5 minute read
Com toda a tranquilidade
Os números de casos covid-19 chegam às centenas por dia, mas as autoridades de saúde defendem agora que esta deve ser encarada como uma simples doença do foro respiratório, sem necessidade de medidas preventivas adicionais, bem diferente do período de confinamentos e restrições
Avariante não mudou, mas a covid-19 agora é encarada pelas autoridades de saúde como uma doença normal, sem necessidade de implementar mais restrições ou do regresso do código de saúde, apesar de Macau estar a registar centenas de novos casos de covid-19 por dia. Só esta segunda-feira foram registados 851 casos, mas já se atingiu a fasquia dos 957 casos diários.
Advertisement
Números que outrora dariam origem a confinamentos e testes em massa são agora vistos pelas autoridades com normalidade. “As medidas de combate à epidemia são diferentes das adoptadas no passado. Com a evolução epidémica esperamos que os residentes possam tratar a covid-19 como uma doença respiratória comum, ou seja, os infectados podem consultar um médico caso seja necessário, deixando-o decidir se é ou não necessário pedir baixa. Além disso, as empresas e instituições podem decidir se os trabalhadores ficam ou não em casa”, adiantou Chang Tam Fei, chefe substituto da delegação do serviço de urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário, que falou ontem à margem do programa matinal do canal chinês da Rádio Macau, o Ou Mun Tin Toi.
Leong Iek Hou, médica e chefe da divisão de prevenção e controlo de doenças transmissíveis do Centro de Coordenação e de Contingência, frisou que o “período de pico das infecções vai ainda durar algum tempo”, pelo que será necessário avaliar “quando haverá uma tendência de queda” no número de casos.
Pandemia Pedido regresso da máscara nos autocarros
Embora médicos e autoridades de saúde defendam que a covid-19 deve ser encarada como uma doença respiratória normal, vários ouvintes do programa matinal do canal chinês da Rádio Macau defenderam o regresso do uso obrigatório da máscara nos autocarros, por sentirem um maior risco de infecção. Leong Iek Hou disse que o Governo já não segue a política de zero casos covid, defendendo que cada um deve decidir se usa ou não máscara consoante o estado de transmissão do vírus na comunidade, esperando que não se registem casos graves da doença. “Precisamos de manter o alerta, mas não nos devemos preocupar demasiado com a covid-19, devendo tratá-la como uma gripe.” Chang Tam Fei disse, no programa, que “a situação agora é absolutamente diferente, pois a maioria da população foi infectada no último surto”, pelo que “as taxas de gravidade da doença e de mortalidade da mesma devem cair significativamente”.
Topografia Novo curso começa em Setembro
O uso de máscara fica, assim, ao critério de cada um. “A propagação [do vírus que causa a covid-19] é ainda alta, mas o risco de morte ou de doenças graves é baixo, sobretudo para quem já se vacinou e tomou a dose de reforço. Por isso o nosso objectivo, como em todo o mundo, na luta contra a pandemia foca-se na protecção individual de cada um, com a vacinação e o uso de máscara”, frisou a responsável.
Camas para todos Devido ao elevado número de casos de covid-19 e de gripe, a afluência às urgências tem sido grande. Chang Tam Fei prometeu que será dada
“A propagação [do vírus] é ainda alta, mas o risco de morte ou de doenças graves é baixo, sobretudo para quem já se vacinou e tomou a dose de reforço. Por isso o nosso objectivo, como em todo o mundo, na luta contra a pandemia foca-se na protecção individual de cada um, com a vacinação e o uso de máscara.” resposta ao aumento de doentes com a disponibilização de mais camas.
“Prevemos que a epidemia continue por um longo período, nomeadamente durante o inverno deste ano, além dos casos de gripe sazonal e outras doenças respiratórias, pelo que, a fim de enfrentar o maior número de consultas e internamentos, vamos proporcionar mais camas e estamos atentos caso seja necessário transferir os doentes para outras áreas”, rematou. Relativamente à variante XBB da covid-19, Chang Tam Fei disse que estão ainda a ser analisadas novas vacinas, pelo que os Serviços de Saúde de Macau vão “acompanhar o progresso [das investigações] e o efeito dessas vacinas”, rematou. Andreia Sofia Silva
Começa em Setembro o novo “Curso Geral de Topografia” organizado pela Escola de Topografia e Cadastro de Macau. Trata-se de um curso que abrange a teoria básica e a prática técnica da topo-cartografia, introduzindo novas técnicas e tecnologias na área topo-cartográfica para que os alunos possam dominar os conhecimentos e capacidades topográficos e ter capacidades profissionais no exercício da actividade. O curso tem a duração de um ano, sendo destinado aos residentes de Macau e funcionando em regime pós-laboral. As matrículas podem ser feitas até ao dia 21 de Junho na Direcção dos Serviços de Cartografia e Cadastro, no sexto andar do edifício CEM. Fundada em 1975, a escola já realizou 13 cursos gerais de topografia, com aproximadamente de 300 formandos, muitos deles estão a desempenhar funções topo-cartográficas em serviços públicos ou instituições privadas.
Lago Nam Van Aberto Concurso Para Arrendar 12 Espa Os Comerciais
OFundo de Desenvolvimento da Cultura (FDC) anunciou ontem a abertura de um concurso público para arrendar 12 espaços comerciais situados na zona Anim’ Arte do Lago Nam Van. Segundo o FDC, “os concorrentes devem apresentar o plano de desenvolvimento com base na concepção de re- construção de uma zona, incluindo as lojas, as áreas de praça, de graffiti e do lago, no intuito de tornar essas áreas numa praça típica de actividades artísticas e culturais”.
O prazo de arrendamento das lojas será de cinco anos, com “uma renda mensal não inferior a 180 mil patacas como preço base do concur- so”. Os arrendatários, além de serem responsáveis pelo planeamento operacional e manutenção dos espaços, devem “também suportar a segurança, limpeza e manutenção de arborização diárias do espaço circundante e instalações do Anim’Arte Nam Van e respectivos custos.
Os concorrentes devem apresentar um plano de re- vitalização do Anim’ Arte Nam Van, com “direcção operacional de um espaço de encontro transsectorial de artes e cultura, e os objectivos operacionais de ‘educação artística, encontro e convivência, desenvolvimento comunitário, funcionamento comercial’. Além disso, devem ter em conta a uti- lização dos espaços para a realização de, pelo menos, “quatro actividades ao ar livre, nomeadamente, espectáculos, feiras, carnavais ou festivais, bem como, pela menos uma actualização das obras na área de graffiti”. As propostas podem ser entregues no FDC ao dia 17 de Julho. J.L.
DSAL TNR QUEIXAM-SE DE FALTA DE TRADUÇÃO
CERCA de uma dezena de antigos trabalhadores não residentes (TNR) da empresa “Serviços de Limpeza Tai Koo” queixa-se de que a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) apresentou apenas documentos em chinês ou português no caso relativo ao não pagamento, por parte da empresa em questão, de indemnizações por despedimento, horas de trabalho extraordinárias e subsídio de férias. O caso foi julgado em tribunal.
Uma das antigas funcionárias, Mariel, citada pelo jornal All About Macau, disse que a maioria dos documentos e contratos fornecidos pelo Governo estavam nas duas línguas oficiais, sem tradução para inglês ou língua nativa dos funcionários. Os trabalhadores chegaram a pedir ajuda à DSAL, mas, no final, tiveram de recorrer à tradução informal. Mariel disse ainda que, apesar das sessões de julgamento terem decorrido em chinês com tradução para inglês, algumas testemunhas não falam bem inglês, tendo havido incompreensão da parte de algumas das tabelas de cálculo das indemnizações fornecidas pela DSAL, pelo que foram necessárias explicações adicionais da parte de representantes do Ministério Público e do próprio juiz.
Em Julho do ano passado, a DSAL recebeu queixas destes TNR, tendo o representante da DSAL, inspector laboral, declarado em tribunal que a empresa não conseguiu apresentar provas legítimas do despedimento destes trabalhadores.