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A preparar o futuro

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Espalhar a palavra

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O vice-presidente da Associação

Novo insiste

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Ovice-presidente da Associação Novo Macau, Sulu Sou, defende que com o fim da pandemia não se devem esquecer as “cicatrizes” do passado. Para o ex-deputado, a situação da economia nos últimos anos veio demonstrar a necessidade de diversificar o mercado do turismo, para apostar na qualidade em vez da quantidade.

Em declarações ao jornal All About Macau, Sulu Sou recordou que durante os três anos da política de zero casos de covid-19, o Executivo insistiu em apontar a vulnerabilidade económica criada pela excessiva dependência do turismo e do jogo.

No entanto, o ex-deputado teme que com o regresso do turismo do Interior em números significantes e com “as cicatrizes a sararem lentamente” que as lições do passado sejam esquecidas.

Para o antigo deputado, a pandemia serviu para recordar o território que não pode apostar num turismo de quantidade, com cerca de 40 milhões de visitantes por ano, mas que a prioridade deve passar pela qualidade, nos turistas com maior poder de compra. Se este não for o caminho, Sulu Sou considera que os governantes pouco terão aprendido com os últimos três anos.

O vice-presidente da Associação Novo Macau avisou também para o problema do excesso de turistas. “O excesso de turismo não é um problema exclusivo de Macau, muitas cidades por todo o mundo estão a lidar com o mesmo problema”, indicou. “Podemos estudar as soluções adoptadas e tentar adaptá-las a Macau”, acrescentou.

No mesmo sentido, Sulu Sou considerou o excesso de dependência do mercado do turismo do Interior uma das maiores lições, e vincou a necessidade de mudar esta realidade, com uma maior internacionalização.

Factor novidade

Outro dos factores abordados pelo ex-deputado em declara- ções ao Jornal All About Macau, foi a iniciativa de encerrar a Avenida Almeida Ribeiro ao trânsito e realizar nelas pequenos espectáculos turísticos.

Para o antigo deputado, a pandemia serviu para recordar o território que não pode apostar num turismo de quantidade, com cerca de 40 milhões de visitantes por ano, mas que a prioridade deve passar pela qualidade

Sulu Sou reconheceu ter visitado a avenida nos dias do encerramento, mas desvalorizou o impacto na promoção do património de Macau. Segundo Sou, além das pessoas poderem tirar fotografias num local onde normalmente não é possível, com edifícios históricos como plano de fundo, pouco mais há que realmente revele a verdadeira identidade cultural da cidade.

Ao mesmo tempo, e apesar dos vários elogios à iniciativa, o ex-deputado questionou se estes se manterão no futuro, caso o encerramento da avenida aconteça regularmente. “Quando os residentes começarem a sentir que o encerramento deixou de ser novidade, vão sentir-se aborrecidos. Depois vão surgir as críticas”, justificou. João Santos Filipe

Covid-19 EUA e Austrália cancelam exigências de teste

Os Estados Unidos devem cancelar ainda hoje a medida que exigia que quem viajasse com proveniência da China, incluindo Macau, tivesse de apresentar um resultado negativo de um teste de ácido nucleico para entrar no país. A informação foi confirmada ontem pelo Centro de Prevenção e Controlo de Doenças, mas à hora de fecho de ontem do HM ainda era incerta. A agência Reuters apontava para que entrasse hoje em vigor. Também a partir de sábado, quem viajar para a Austrália vindo da China, incluindo de Macau e Hong Kong, deixa de precisar de teste. A medida tinha entrado em vigor em Janeiro deste ano, poucas semanas depois do Interior e Macau terem passado a conviver com o vírus da covid-19, e foi justificada com a falta de informação transparente sobre a evolução da pandemia no país. Segundo as autoridades australianas, nos últimos meses não foi detectada nenhuma variante “significativa” de covid-19 o que justifica o fim a medida de precaução.

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