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Entre curtas e longas
“FAZER o caminho holandês” é o nome do novo festival de cinema da Cinemateca Paixão inteiramente dedicado às produções cinematográficas holandesas. Entre amanhã e o dia 25 deste mês, será possível ver curtas e longas-metragens de diversos realizadores. O filme mais antigo data de 2001. Incluem-se ainda co-produções produzidas por realizadores holandeses e de outros países.
Alguns dos filmes que se apresentam nesta iniciativa foram parte integrante do Festival de Cinema de Roterdão, considerado um dos maiores festivais de cinema do mundo
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Numa nota divulgada no seu website, a direcção da Cinemateca Paixão aponta que os filmes europeus são conhecidos por “revelarem culturas ricas e por apelarem à consciência do público para com diversas questões”, sendo que os filmes da Holanda, ou Países Baixos, “são conhecidos por apresentarem um ponto de vista único e diversificado”, bem como “críticas às questões sociais”.
Alguns os filmes que se apresentam nesta iniciativa foram parte integrante do Festival de Cinema de Roterdão, considerado um dos maiores festivais de cinema do mundo. Com este festival, será possível “vaguear por esta nação livre com uma rica atmosfera artística”, conhecida pela sua “progressividade, igualdade, pragmatismo, abertura, diversidade cultural e inovação».
Viagens e histórias pessoais
O primeiro filme a ser exibido, já esta sexta-feira, é o mais antigo de todos, datando de 2001, e é uma produção totalmente holandesa, do realizador Nanouk Leopold. Exibido também no dia 22, “Îles Flottantes”, uma comédia, conta a história de três mulheres na casa dos 30 anos que querem mudar de vida, mas acabam por fazê-lo de forma errada. Nas vidas de Sasha, Kaat e Isa contam-se separações dolorosas, casos de violência doméstica e paixões que se transformam em densos labirintos, onde a amizade é ponto fulcral nesta história.
No sábado, e também no dia 21, será exibido “Zurich”, de Sacha Polak, uma co-produção entre a Holanda, Alemanha e Bélgica. Este filme de 2015 revela a história de Nina que inicia uma viagem de carro sem destino certo para deixar o passado para trás. Pelo meio, encontra-se com um camionista alemão, Matthias, com quem decide prosseguir viagem. No entanto, opta por esconder a sua identidade e a sua vida, mas esta será uma viagem que lhe dará muitas das respostas que ela procura para si mesma.
No domingo, e também no dia 18, será dia de exibir “Splendid Isolation”, de Urszula Antoniak, uma produção do ano passado feita totalmente na Holanda. Esta é a história de Anna e Hannah e de uma catástrofe pouco conhecida à qual escaparam. É numa ilha algo isolada, e vivendo numa casa abandonada, que Anna toma conta de Hannah, que se encontra numa condição muito frágil. Têm uma relação, mas aquele período fá-las pensar na forma como a vivência entre as duas evoluiu. Quando Hannah vê alguém na praia, que representa a Morte, tudo muda.
Com este festival, será possível “vaguear por esta nação livre com uma rica atmosfera artística”, conhecida pela sua “progressividade, igualdade, pragmatismo, abertura, diversidade cultural e inovação»
A co-produção com a Bósnia e Herzegovina, “Take Me Somewhere Nice”, de Ena Sendijarevic, integra também o cartaz do festival. A película poderá ser vista nos dias 15 e 19 de Março. Destaque ainda para os títulos “Layla M.”, de Mijke de Jong, exibido nos dias 17 e 23 de Março, e ainda “Three Minutes: A Lengthening”, de Bianca Steiger, um trabalho mais recente, de 2021. Este filme será exibido nos dias 14 e 25 de Março.
A Cinemateca Paixão optou ainda por exibir uma selecção de quatro curtas-metragens, nos dias 19 e 24 de Março. São elas “Noor”, de Louka Hoogendijk, “Spotless”, de Emma Branderhorst, “The Walking Fish”, de Thessa Meijer, e “Harbour”, de Stefanie Kolk. A.S.S.
Há festa no Museu
24.º aniversário do MAM celebrado com actividades culturais
OMuseu de Arte de Macau (MAM) celebra 24 anos de existência no próximo dia 19 e, a pensar na efeméride, foram organizadas uma série de actividades culturais para esse dia e também para o dia 18. Será, assim, promovida a iniciativa “Fim-de-semana com Artes 2023”, com o tema “Artes sem Limites”, que significa que “a exploração das artes chinesa e estrangeira, a criatividade e a partilha das artes não têm fronteiras”.

O evento agendado para os dias 18 e 19 inclui programas culturais como “Artes Visuais x Música — Performance Interdisciplinar ao Vivo”, “Visuais × Imagens ― Exibição de Documentários”, “Encontro no MAM”, “Domingo de Arte em Família”, bem como a actividade “Tire uma Foto de Grupo e Compartilhe!” e a visita guiada sobre a exposição de Fang Lijun, patente no MAM.
Música e companhia
No programa “Artes Visuais x Música — Performance Interdisciplinar ao Vivo” os curadores Pal Lok, Fan Sai Hong e três músicos de Macau, Iat U Hong, Akitsugu Fukushima e Ivan Wing, inspirados pela mostra de Fang Lijun, criaram um “espectáculo interdisciplinar” de nome “De Sombra e Luz”, baseado “num conjunto diversificado de músicas originais e efeitos visuais abstractos”. Trata-se de um espectáculo que apresenta “ao público, de forma curiosa, a luz e a escuridão de um universo caótico” no mesmo espaço onde são exibidos os trabalhos do artista chinês.
Na iniciativa “Visuais X ImagensExibição de Documentários” apresenta três documentários representativos do universo das artes, intitulados “Papel & Cola”, “As vidas chinesas de Uli Sigg” e “Ascensão”. Estes vão “permitir ao público sentir as infinitas possibilidades da criatividade artística, do coleccionismo e dos efeitos visuais a partir do prisma do famoso artista francês JR, do coleccionador de artes modernas chinesas Uli Sigg e da jovem realizadora de documentários Jessica Kingdon”.
As exposições “Alegoria dos Sonhos”, do colectivo YiiMa, composto por Guilherme Ung Vai Meng e Chan Hin Io e “Luz Poeirenta”, de Fang Lijun, serão exploradas com mais detalhe no programa “Encontro no MAM”, bem como a mostra “Prelúdio do Estilo Moderno de Macau”. Neste “Encontro” participam a directora do MAM, Un Sio San, o coordenador da exposição, Tong Chong, o curador Ng Fong Chao e a investigadora Kan Pui Ian. Além disso, serão ainda realizados, sucessivamente, os programas “Domingo de arte em família: Humanos e Figuras, “Tire uma foto de grupo e compartilhe!,“Flash, Flash para Amigos do MAM - Presentes surpresa a serem resgatados com selos Flashing, bem como visitas guiadas, criando um ambiente artístico ao público.
A participação nos programas do evento “Fim-de-Semana de Artes 2023” é gratuita, sendo necessária a inscrição prévia para alguns programas. As inscrições podem ser feitas desde ontem na plataforma da Conta Única.