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Pau de dois bicos
Após três anos a depender de subsídios e consumo interno, a normalidade fronteiriça e a possibilidade de levar o automóvel para o Interior afastou o consumo de residentes e prejudicou as PME locais. Leong Sun Iok pede diminuição de custos intermediários na importação de produtos para aumentar a competitividade
ENTRE os muitos vícios nascidos da clausura fronteiriça imposta pelo combate à pandemia, a dependência exclusiva do consumo interno parece estar a afectar as pequenas e médias empresas que subsistiam com base nas despesas dos residentes. Segundo relatos do deputado Leong Sun Iok, comerciantes e gestores de pequenas e médias empresas (PME) referem que desde que a normalidade nas fronteiras foi reposta, e implementado o Programa de Veículos de Macau para Norte, o consumo dos residentes também migrou para o Interior, onde os produtos são muito mais baratos.
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O deputado da Federação das Associações dos Operários de Macau afirmou que, devido às oscilações socioeconómicas que o território atravessou, o tecido empresarial e o Governo devem pensar em conjunto os caminhos para aumentar a competitividade, cabendo ao Governo de Ho Iat Seng ajudar as PME e microempresas a reduzir custos operacionais, actualizar operações e reestruturar o negócio com vista a reduzir os preços finais ao consumidor.
O Executivo deve encontrar também formas de cortar nos custos de importação de bens, diminuindo o peso dos intermediários, para aumentar a competitividade das empresas.
As queixas mais frequentes vieram de responsáveis por oficinas de reparação de automóveis, restaurantes fora dos pontos turísticos e retalhistas, que se queixaram a Leong Sun Iok que os negócios estão piores do antes da pandemia. Custos de vida
Enquanto o comércio nos pontos turísticos, como nas imediações das Ruínas de São Paulo e a Taipa Velha facturaram bem nos feriados do Dia do Trabalhador, muitas lojas dos bairros comunitários optaram por fechar as portas durante esses dias devido à falta de movimento.
Na óptica de Leong Sun Iok, uma das razões que leva os residentes a consumir no Interior é a inflação que se sente em Macau, alavancada pela subida das taxas de juro. Assim sendo, além do corte nos custos intermediários na importação de bens, o deputado sugere a organização de mais eventos como os carnavais de consumo e programas de promoção do consumo dos residentes nos bairros em que vivem.
Apesar de compreender que a população deseja uma nova ronda de cartão do consumo, o deputado da FAOM mostra-se compreensivo face às justificações do Governo para não avançar com a medida.
Em termos de promoção, Leong Sun Iok acha que as PME devem recorrer à publicidade online, através de conteúdos concebidos por influencer, usando métodos que envolvam inteligência artificial, sem, no entanto, explicar como isso poderia ser alcançado.
Casinos Deputado Leong Hong Sai Quer Ver A Seguran A Refor Ada
LEONG Hong Sai apelou às concessionárias de jogo para reforçarem a cooperação com as forças policias, de forma a evitar os crimes dentro dos casinos e o impacto negativo na imagem de Macau. A mensagem foi deixada através de um texto publicado na edição de ontem do Jornal Cheong
Pou. Foi desta forma que o deputado ligado aos Moradores reagiu aos casos recentes, de uma cena de luta com sete pessoas num casino e de um homicídio no quarto de um hotel no Cotai.
“São acontecimentos que vão ter um impacto negativo na imagem de
Macau, e que podem levar os turistas a ficarem preocupados na altura de visitar Macau, o que é prejudicial para o desenvolvimento sustentado do turismo”, indicou Leong Hong Sai. O deputado apontou também que com o aumento do número de turistas a visitarem a cidade há uma tendência natural para o aumento da criminalidade.
Face a esta realidade, apelou às autoridades para que combatam de forma activa as práticas criminosas e que façam tudo para levar os criminosos à justiça.
Quanto ao papel das concessionárias, Leong Hong Sai considerou que o caso
João Luz
da luta com sete pessoas pôs a nu falhas graves na segurança interna dos casinos, devido à demora da intervenção. O legislador sugeriu um melhor treino para estas situações, que inclua procedimentos como a retirada de quem está nas imediações, para evitar que inocentes acabem feridos.