2 minute read

Feng Yuan, o urso preto e a cor vemelha

GU KAIZHI (c.345-c.405) será o autor de uma memorável pintura narrativa que hoje se pode observar através de uma cópia feita a tinta e cor sobre seda, que se encontra no Museu Britânico. No extenso rolo horizontal Advertências para as senhoras da corte (Nushi Zhentu, 329 x 25 cm) estão representadas situações que ilustram um texto do funcionário e poeta Zhang Hua (232-300). A que seria a quarta cena mas que no rolo preservado é a primeira por dela faltarem as três primeiras, também consta do Livro de história dos antigos Han (Qian Hanshu, do ano 111 A.D., vol. 9) e relata um facto ocorrido no reinado do imperador Han Yuan (75-33 a.C.), que na altura tentava impor no Império a doutrina de Confúcio, mas era visto como indeciso e incapaz de pôr termo aos conflitos internos que minavam a sua administração.

Essa parábola ilustrada no rolo de Gu Kaizhi envolve a Senhora Feng Yuan (?-6 a.C.) e é descrita em quatro linhas de quatro caracteres que podem ser traduzidos:

Advertisement

«Quando um urso preto saltou da jaula, Feng Yuan correu para a sua frente. Como é que ela não teve medo? Sabia que poderia morrer mas não se importou.»

E o que se vê figurado é só o essencial: o urso preto que se aproxima perigosamente da impassível Feng Yuan de saia rosada e de mãos postas que se interpõe entre a fera e o imperador sentado num estrado, acompanhado de outras senhoras da corte. Junto dela, dois guardas, um dos quais de traje vermelho forte, acorrem de lanças em riste e afastando-se vai a Senhora Fu, rival de Feng Yuan. Da situação se poderia extrair uma plêiade de sentidos, como o simbolismo do urso, percebido como exemplo da audácia masculina ou mais imediatamente a coragem de Feng Yuan, consciente do seu lugar e papel na ordem social, disposta a dar a vida pelo imperador, assegurando a continuidade da harmonia sob o Céu. Qianlong, o imperador que reconhecia o fascínio da pintura, guardaria cuidadosamente o rolo atribuído ao pintor da dinastia Jin Oriental, dentro de um estojo de brocado com uma tira beje para o título onde escreveu: «Pintura de Gu Kaizhi das Advertências às Senhoras com texto, uma verdadeira relíquia. Preciosa obra de arte do Palácio interior, classe divina.»

Mas a sua admiração ver-se-ia também no modo como, durante o seu reinado (1735-96), pintores ligados à corte recriaram a história de Feng Yuan. Numa dessas pinturas, a de Jin Tingbiao (?-1767) nota-se outra concepção do espaço; num rolo vertical a acção decorre numa linha oblíqua subindo da direita e vê-se a Senhora Feng com uma fita vermelha no cimo de escadas, único indício do palácio. Na versão de Cheng Zhidao (rolo vertical,tinta e cor sobre papel,193 x 130,8 cm, Museu de Arte de Seattle) activo entre 1726- c.1772, o palácio é figurado em pormenor, ela tem os braços bem abertos evidenciando a parte superior do vestido, toda vermelha.

DEFESA RECUSA DE TELEFONEMA DOS EUA JUSTIFICADA COM “ATMOSFERA DESADEQUADA”

“Visto que esta abordagem irresponsável e gravemente errada dos EUA não criou a atmosfera adequada para o diálogo e para as trocas entre os dois exércitos, a China não aceitou a proposta dos EUA de realizar um telefonema entre os dois ministros da Defesa”, frisou Tan.

Oministério da Defesa chinês disse na sexta-feira que recusou um telefonema do secretário da Defesa norte-americano, após os Estados Unidos terem abatido um balão chinês alegadamente usado para espionagem, porque Washington “não criou a atmosfera adequada” para o diálogo.

A acção dos EUA “violou gravemente as normas internacionais e estabeleceu um mau precedente”, disse o porta-voz do ministério, Tan Kefei, em comunicado.

DIPLOMACIA ASCENSÃO DA CHINA EXIGE ABORDAGEM “PRAGMÁTICA” E “DIÁLOGO”

A China “reserva-se ao direito de usar os meios necessários para lidar com situações semelhantes”, acrescentou.

O secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, tentou, no sábado, discutir a questão do balão com o seu homólogo chinês, Wei Fenghe, mas foi recusado, disse o Pentágono.

Os EUA dizem que o balão faz parte de um enorme programa de vigilância aérea militar que visa mais de 40 países, sob a direcção do Exército de Libertação Popular, as Forças Armadas da China.

HM • 1ª vez • 13-2-23

This article is from: