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Os princípios do medo

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Em defesa do país

Em defesa do país

Apesar de “só”

ter perdido 174 mil dólares de Hong Kong, a vítima tentou vender um imóvel em Macau para “financiar” a investigação do alegado da polícia do Interior. A mulher chegou a equacionar vender uma casa para entregar dinheiro aos burlões

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UMA mulher com 60 anos foi burlada em 174 mil dólares de Hong Kong, depois de ter sido enganada por, pelo menos, duas pessoas, que se fizeram passar por um funcionário de uma empresa especializada no envio de correio e um agente da polícia do Interior.

Segundo a Polícia Judiciária, citada pelo Ou Mun, o caso aconteceu a 26 de Março. Num primeiro momento, a mulher recebeu uma chamada de um alegado trabalhador de uma empresa especializada no envio de correio do Interior da China para Macau. A conversa serviu para que o burlão informasse a vítima que estava a ser acusada de ter enviado uma encomenda de correio para o Interior que continha o passaporte de outra pessoa e uma grande quantia de dinheiro. O suspeito acrescentou ainda que o dinheiro tinha sido enviado para o Interior ao abrigo de um esquema de lavagem de capitais.

Como a mulher negou qualquer envolvimento com a “encomenda”, a chamada telefónica foi transferida para outra pessoa, que se apresentou com agente de uma polícia chinesa.

O agente “já foste”

Face à perspectiva de ter problemas legais com as autoridades do Interior, a mulher concordou imediatamente em realizar uma videochamada com o alegado agente. A conversa serviu para responder a várias perguntas e fornecer os dados da sua conta bancária.

De acordo com o relato, o “agente” explicou à vítima que

Com a desculpa da complexa burocracia do sistema de investigação no Interior, o “agente” pediu à vítima para adiantar 174 mil dólares de Hong Kong estava a ser investigada por ter enviado 2 milhões de renminbis para o Interior para serem lavados, com o passaporte de outra pessoa. No entanto, como o agente reconhecia que a vítima negava qualquer envolvimento, concordou em “aprofundar a investigação” para ilibar a mulher.

Contudo, com a desculpa da complexa burocracia do sistema de investigação no Interior, o “agente” pediu à vítima para adiantar 174 mil dólares de Hong Kong, que seriam utilizados para financiar a investigação. Após a conclusão da investigação, o agente prometeu que o dinheiro seria devolvido na íntegra. Num segundo momento, a vítima admitiu que era proprietária de um imóvel em Macau avaliado em 6 milhões de dólares de Hong Kong. Face a esta informação, o “agente” pediu-lhe que vendesse o imóvel, para pagar as investigações. No entanto, como o imóvel era ainda propriedade de outra pessoa, que recusou a venda, a mulher não conseguiu o dinheiro. Foi também nessa altura que a vítima desconfiou de que teria sido burlada e decidiu apresentar queixa. João Santos Filipe

Criptomoeda Mulher Perde Mais De 380 Mil Patacas Em Burla

U MA mulher perdeu cerca de 380 mil pataca através de uma burla em criptomoeda. A informação foi divulgada pela Polícia Judiciária (PJ) no sábado, e foi citada ontem pelo Jornal Ou Mun.

Num primeiro momento, a mulher foi convencida por um estranho que conheceu online a entrar num programa de investimento em moeda digital. A 12 de

Março, a vítima aderiu ao “programa de investimento”, fez o download de uma aplicação digital e carregou a conta pessoal com 9 mil patacas. Após alguns dias, decidiu retirar o seu dinheiro, o que conseguiu, e obteve um lucro de 960 patacas.

Depois da operação bem-sucedida, a 3 de Abril, o suspeito voltou a contactar a mulher, que decidiu fazer um novo investimento, no valor de 200 mil patacas, com perspectivas de aumentar ainda mais os seus ganhos.

No dia seguinte o suspeito voltou a contactá-la para lhe dizer que havia uma nova promoção: se a mulher entrasse numa nova ronda de investimento com mais 80 mil dólares americanos na aplicação, ficava automaticamente habilitada para receber uma comissão de 8 mil dólares americanos.

A mulher explicou que não tinha tanto dinheiro, mas o “parceiro” de negócios arranjou uma solução: era possível investir esse mon- tante em parceria com outras pessoas. No seguimento da conversa, a mulher investiu mais 170 mil patacas.

A 9 de Abril a vítima tentou levantar os alegados ganhos, mas não conseguiu. Ao invés recebeu uma mensagem que precisava de investir mais 20 mil dólares americanos. Face à situação, suspeitou que teria sido vítima de burla e apresentou queixa às autoridades.

MUITA MADEIRA teca foi precisa na construção de inúmeros e enormes juncos para criar uma armada. Também a nova capital Beijing requeria grandes quantidades para edificar especialmente a Cidade Imperial e além das árvores desbastadas nas províncias chinesas, ainda foi necessário recorrer a florestas de outros países.

Nos Estaleiros do Tesouro (Baochuan chang), situados fora da muralha da cidade de Nanjing, saiu parte dos navios da armada e todos os baochuan, onde no maior seguiria o Almirante Zheng He. Com compartimentos interiores forrados a madeiras preciosas, à ida transportava os exóticos produtos chineses de troca e no regresso, trazia os oferecidos tributos de grande valor, tesouros a dar o nome do admirável maior junco da armada, os baochuan.

As técnicas de construção naval eram passadas oralmente e só muito mais tarde, para não cair em mãos erradas, o navio de guerra foi registado em desenho nos documentos históricos chineses.

Para trás estavam saberes adquiridos por dinastias com experiência de navegar e invenções náuticas reconhecidas nas viagens já realizadas ao longo de milénios.

As invenções chinesas como o leme de popa e o sistema de o içar e baixar, a divisão do casco do barco em compartimentos estanques, as velas e a bússola marítima, permitiram aos juncos chineses chegar por mar aberto a longínquos países e regiões, do Oceano Pacífico, até ao continente americano e no Índico, do Golfo Pérsico às costas de África Oriental.

"O leme enquanto instrumento de manobra foi uma invenção dos antigos construtores de barcos de Guangdong” segundo Joseph Needham, que elogia e reconhece ser essa invenção pioneira no mundo náutico.

Também a passagem dos lemes laterais para um leme centrado na popa (a parte traseira do junco) começou a ser utilizado no século I, aparecendo na Europa no século XIII. Este leme axial, fixado no eixo longitudinal da embarcação, variava nas formas e dimensões conforme as condições de navegação, tendo um sistema de roldanas a içar e baixá-lo, permitindo assim entrar em zonas de fundos baixos. Existe o leme perfurado, para menor resistência à força da água e o leme compensado, em que parte da superfície da porta do leme se encontra para trás do eixo, a dar uma manobra mais fácil. No baochuang de Zheng He o leme tinha 11,7 metros e por isso ha-

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