6 minute read

Ambições verdes

Next Article
Armada (XI)

Armada (XI)

instalada de energia eólica e solar quanto todos os outros países do mundo combinados.

Em Gansu, onde vastas planícies são interrompidas por vales profundos e cadeias montanhosas com picos nevados, estão alguns dos maiores parques eólicos e solares do planeta, visando aproveitar a abundância de vento, sol e água da região.

Advertisement

Em Gansu, onde vastas planícies são interrompidas vales profundos e cadeias montanhosas com picos nevados, estão alguns dos maiores parques eólicos e solares do planeta

NO remoto oeste chinês, berço da exploração de petróleo e carvão, estão a ser construídos alguns dos maiores parques eólicos e fotovoltaicos do mundo, ilustrando os esforços da China para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis. Em Gansu, uma província empobrecida e esparsamente povoada, a energia eléctrica gerada a partir de fontes renováveis ascende já a 40 por cento da produção total, explicou Ding Kun, vice-director da Divisão de Desenvolvimento da filial local da State Grid, a estatal chinesa que em Portugal detém 25 por cento da REN - Redes Energéticas Nacionais.

Trata-se de um valor superior à média do país, que se fixou em 31,9 por cento, no ano passado, segundo dados publicados pelo grupo de reflexão (‘think tank’) Ember.

A China é o maior emissor de gases poluentes do mundo, devido à sua dependência do carvão, mas é também líder global em energias renováveis. Em 2022, o país asiático acrescentou tanta capacidade

A capacidade de exploração técnica de energia eólica e solar da província ascende a 5,6 mil milhões de quilowatts e 95 mil milhões de quilowatts, respectivamente, explicou Ding Kun.

Era do renovável

No norte da região, na borda oriental do deserto de Gobi, que se estende por mais de 1.600 quilómetros quadrados, está o parque

Ucr Nia Pequim Contesta San Es Impostas Pelos Eua Contra Mais Empresas Chinesas

AChina contestou no passado sábado as sanções dos EUA contra mais empresas chinesas pelas supostas tentativas de escaparem ao controlo norte-americano das exportações para a Rússia, considerando-as uma medida ilegal que ameaça as cadeias de abastecimento globais.

O Departamento de Comércio dos EUA colocou na quarta-feira mais cinco empresas com sede na China continental e em Hong Kong na sua lista de entidades sancionadas, impedindo-as de negociar com qualquer empresa norte-americana sem que previamente recebam uma licença especial muito difícil de obter.

Washington tem reforçado a aplicação de sanções contra empresas estrangeiras que considera estarem a apoiar a Rússia na sua guerra contra a Ucrânia, forçando-as a escolher entre negociar com Moscovo ou com os EUA.

Um total de 28 entidades de países como Malta, Turquia e Singapura foi agora acrescentado à lista.

Num comunicado divulgado no sábado, o Ministério do Comércio da China afirma que esta acção dos EUA “não tem base na lei internacional e não é autorizada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas”.

“É uma sanção unilateral típica e uma forma de ‘jurisdição de braço longo’ que prejudica se- riamente os direitos e os interesses legítimos das empresas e afecta a segurança e a estabilidade da cadeia de abastecimento global. A China opõe-se firmemente a isso”, refere. de Jiuquan – o maior da China e um dos maiores do mundo, com capacidade instalada de mais de 20 gigawatts.

Os EUA, acrescenta, “devem corrigir imediatamente estas irregularidades e interromper sua repressão irracional sobre as empresas chinesas”.

O ministério refere que China “protegerá resolutamente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”.

Em 2022, o país asiático acrescentou tanta capacidade instalada de energia eólica e solar quanto todos os outros países do mundo combinados

A cerca de 200 quilómetros, a outrora próspera cidade de Yumen, o “berço da indústria petrolífera chinesa” que entrou em decadência, nos últimos 20 anos, à medida que os poços de crude se esgotaram, está a construir um dos maiores parques de energia solar do país.

Um sinal escrito em inglês e chinês continua a identificar Yumen como “Terra Sagrada do Petróleo”. No centro da cidade, ergue-se uma estátua de Wang Jinxi, o “Homem de Aço” que liderava uma equipa encarregue da perfuração de campos petrolíferos, e que se tornou numa figura exaltada pelo regime, nos anos 1960, como parte das campanhas para inspirar os operários. Ele “trabalhava tão afincadamente que, por vezes, se esquecia de comer”, contava a propaganda maoista.

Mas, numa planície desértica nas redondezas da cidade, estão agora a ser instalados anéis gigantes de painéis solares. No centro de cada círculo há uma torre, projectada para receber a luz do sol reflectida e concentrá-la num feixe, gerando calor suficiente para operar uma usina termoelétrica – uma técnica designada Energia Solar de Concentração. Aproveitando as capacidades tecnológicas da State Grid para transmissão de energia a longa distância, a energia produzida em Gansu viaja

Ucr Nia China Diz Que N O Vai Vender Armas

AChina não vai vender armas para nenhum dos lados em conflito na Ucrânia, garantiu sábado o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, em resposta às preocupações ocidentais de que Pequim pode fornecer assistência militar a Moscovo.

Qin Gang tornou-se o responsável chinês de mais alto escalão a fazer uma declaração tão explicita sobre a venda de armas à Rússia, noticiou a agência Associated Press (AP).

O chefe da diplomacia chinesa acrescentou que a China também irá regular a exportação de artigos com uso duplo: civil e militar. “Em relação à exportação de itens militares, a China adopta uma atitude prudente e responsável”, frisou Qin, durante uma conferência de imprensa ao lado da homóloga alemã, Annalena Baerbock.

“A China não fornecerá armas às partes relevantes do conflito e administrará e controlará as exportações de itens de uso duplo de acordo com as leis e regulamentos”, assegurou.

O ministro chinês também reiterou a disponibilidade da China em ajudar a encontrar uma solução pacífica para o conflito.

A Casa Branca saudou sábado as garantias feitas por Qin de que a China não fornecerá armas à Rússia, mas expressou uma certa apreensão.

cerca de 1.500 quilómetros até à província de Hunan, fornecendo assim o sudeste chinês, a região mais industrializada do país. Gansu ambiciona ser um ‘hub’ na produção e distribuição de ener- gia ‘verde’ para o resto da China, devido à sua localização central no noroeste do país. A província faz fronteira com Shaanxi, Qinghai, Ningxia e Xinjiang, regiões administrativas cujas redes de distribuição eléctrica não estão directamente conectadas entre si.

“As redes dessas regiões estão conectadas a Gansu e conectadas entre si através de Gansu”, resumiu Ding. João Pimenta, Lusa

SUDÃO CHINA APELA A CESSAR-FOGO PARA EVITAR QUE “SITUAÇÃO SE AGRAVE”

AChina acompanha com “grande atenção” a situação no Sudão e exorta as duas partes a “chegarem a um cessar-fogo e evitarem que a situação se agrave”, segundo um comunicado divulgado ontem pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. “A China está a acompanhar de perto a situação no Sudão e insta os dois lados a chegarem a um cessar-fogo e a evitarem que a situação se agrave. A China espera que todas as partes conversem e impulsionem o processo de transição política”, refere.

Em Dezembro de 2022, o Presidente chinês Xi Jinping reuniu-se em Riade com o Presidente do Conselho Soberano, o general

Abdel Fattah al-Burhan, a quem transmitiu que a China apoiava todas as partes no Sudão “para continuarem a promover uma transição política estável através do diálogo e da consulta”.

“A China opõe-se à interferência de forças externas nos assuntos internos do Sudão e continuará a falar a favor dos amigos sudaneses no cenário internacional”, disse Xi na altura.

No Sudão, o ponto determinante do conflito entre os militares rivais, após semanas de tensão, ocorreu no sábado quando o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) - liderado pelo vice-presidente do Conselho Soberano e número dois do exército, Mohamed Hamdan Dagalo - acusou o exército sudanês de atacar uma das suas bases em Cartum.

Por sua vez, as forças armadas asseguraram que esta acção ocorreu em resposta a um ataque que o RSF tinha efectuado em Cartum.

O resultado destas acusações mútuas tem sido uma batalha terrestre e aérea, já que o exército sudanês enviou os seus caças para bombardear posições das forças paramilitares.

Estes confrontos ocorreram apenas dois dias depois de o exército ter alertado que o país atravessa uma “situação perigosa” que pode levar a um conflito armado, depois de unidades do RSF se terem “mobilizado” na capital sudanesa e noutras cidades, sem o consentimento ou coordenação das forças armadas.

“Como dissemos sempre, não acreditamos que seja do interesse da China seguir nessa direcção. Continuaremos a monitorizar de perto”, destacou a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adrienne Watson, em comunicado.

A diplomata alemã, também se referiu sábado ao papel da China como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, referindo que tinha uma responsabilidade especial para ajudar a acabar com o conflito.

“Devo dizer abertamente que me pergunto por que razão a posição chinesa não incluiu até agora um pedido ao agressor russo para parar a guerra”, disse Annalena Baerbock.

A chefe da diplomacia alemã sublinhou que “nenhum outro país tem mais influência na Rússia do que a China”.

Cinema Jo O Canijo Vence Pr Mio De Melhor

REALIZADOR NO FESTIVAL DE CINEMA DO URUGUAI tador, um efeito cansativo mas esteticamente admirável”, acrescentou.

O filme “Mal Viver” já tinha vencido no final de Fevereiro o Urso de Prata para prémio do júri do 73.º Festival de Cinema de Berlim.

This article is from: