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PASSAROLA VOADORA

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elas quanto tempo dura a protecção conferida por uma infecção de SARS-CoV-2, até que ponto somos susceptíveis a novas variantes e se a imunidade natural reduz as probabilidades de infecções severas.

O estudo procurou ainda avaliar os diferentes graus de imunidade entre variantes e a forma como se vão desvanecendo com o tempo.

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O largo escopo da investigação analisou dados de estudos realizados desde o início da pandemia até Setembro do ano passado, incidindo principalmente sobre as variantes alfa, beta, delta e ómicron BA.1.

Leis da gravidade

O grupo de cientistas da COVID-19 Forecasting Team separou dados relativos a protecção contra reinfecções, das consequências sintomáticas da doença e dos casos severos de covid-19 (definidos pela necessidade de hospitalização ou morte).

As do beta

AO longo das sucessivas ondas pandémicas, um pouco por todo o mundo, a imunidade de grupo gerada pela infecção natural por covid-19 foi sendo apregoada como um mal que vinha para o bem. No entanto, a constante mutação do novo tipo de coronavírus, e outros factores como a vacinação em massa, entraram na equação.

Na semana passada, a prestigiada revista científica The Lancet publicou um dos mais exaustivos estudos sobre a graduação da imunidade conferida por infecções das diversas variantes de SARS-CoV-2.

O estudo resulta da análise a uma compilação de 65 estudos, realizados em 19 países, que compararam os riscos de contrair covid-19 entre pessoas que já foram infectadas previamente e entre quem nunca foi infectado. As investigações científicas que se debruçaram sobre a chamada imunidade híbrida (combinação de imunidade natural e vacinação) não foram tidas em consideração para este estudo, financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates.

Os cientistas procuraram respostas para várias questões, entre

Um dos resultados mais relevantes indica que infecções produzidas pelas variantes alfa, beta e delta conferiam maior grau de imunidade natural, em comparação com a variante ómicron BA.1. Contrair covid-19 com as variantes pré-omicrónicas conferia uma protecção elevada para novas infecções sintomáticas (82 por cento), face à protecção moderada (45 por cento) resultante da infecção pela variante ómicron BA.1.

Também a duração do período de elevada protecção imunológica difere. Nas primeiras variantes, os estudos indicam que as defesas contra novas infecções baixam para 78,6 por cento passados 10 meses, enquanto na variante ómicron BA.1 a protecção baixava mais rapidamente para 36,1 por cento passados 10 meses.

No que diz respeito à severidade da doença, os dados indicam que as variantes pré-omicrónicas conferem 90 por cento de protecção nos 10 meses seguintes, e 88 por cento para a ómicron BA.1, apesar de diferentes graus de quebra imunológica após esse período.

Os resultados revelaram também que a protecção contra doenças graves após infecção natural é comparável à imunidade recebida pela toma de duas doses de vacina, para todas as variantes da SARS-CoV-2.

À procura de sentido

A avaliação ao progresso de uma doença respiratória altamente contagiosa é uma tarefa complicada, ainda para mais quando esta doença atinge o patamar de transmissibilidade como a SARS-CoV-2, que se tornou progressivamente mais contagiosa e capaz de contornar a resposta imunológica gerada por infecções das primeiras variantes. Enquanto perspectiva de fundo, o estudo refere que os anticorpos

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