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As ruas de ninguém
ontem, o CPSP apenas tinha recebido um aviso para manifestação no Dia do Trabalhador, mas o organizador cancelou o pedido. Wong Wai Man, que chegou a candidatar-se a deputado, desistiu da manifestação por temer que fosse desvirtuada por outras forças
PELO quarto ano consecutivo, não haverá em Macau desfiles das tradicionais manifestações do Dia do Trabalhador. Após três anos em que a pandemia e a defesa da saúde pública justificaram o cancelamento dos cortejos reivindicativos, este ano o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) confirmou ao HM apenas ter recebido um aviso de manifestação para o dia 1 de Maio, que viria a ser cancelado pelo organizador.
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“O CPSP recebeu um aviso de organização de manifestação para o dia 1 de Maio, mas o organizador confirmou o cancelamento da actividade. Até agora, o CPSP não recebeu outro aviso”, indicaram ontem à noite as autoridades ao HM.
Wong Wai Man, presidente da Associação dos Armadores de Ferro e Aço e ex-candidato a deputado, reconheceu ao
BRUXELAS HO SUBLINHA SUCESSO DE “UM PAÍS, DOIS SISTEMAS”
HM ter feito o pedido que foi retirado, por temer que a manifestação fosse aproveitada para outros propósitos.
“Depois de considerar os interesses gerais de Macau e o impacto para a sua imagem, optei pela estabilidade [para o território]”, contou Wong Wai Man, ao HM. “Se fizesse uma manifestação estava a entrar em conflito com o interesse público, e o interesse público deve prevalecer sobre os interesses privados”, acrescentou.
No entanto, o ex-candidato a deputado, que deixou a sua marca por se vestir de soldado comunista, também confessou temer que a manifestação fosse aproveitada por pessoas com outros propósitos, embora sem concretizar quem poderia “infiltrar-se” ou com que interesses. “Tive medo que a manifestação fosse aproveitada para outros propósitos”, admitiu.
Sempre a encolher do Executivo reuniu em Bruxelas com a secretária-geral adjunta do serviço europeu para a acção externa (SEAE) para os Assuntos Económicos e Globais, Helena König, a quem sublinhou o sucesso do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’ em Macau”, enquanto “salvaguarda dos direitos fundamentais da população previstos na Lei Básica”, salientando também “a estabilidade e harmonia da sociedade” de Macau.
Caso se confirme a ausência de qualquer manifestação, este é o quarto ano consecutivo sem demonstrações por ocasião do Dia do Trabalhador.
A última vez que houve saídas à rua foi em 2019, quando a União Geral dos Proprietários do Pearl Horizon entregou uma carta na sede do Gabinete de Ligação do Governo Central e a Associação da Reunião Familiar de Macau se deslocou à sede do Chefe do Executivo. Nenhuma das manifestações esteve relacionada com a covid-19.
Em 2020, numa altura em que a pandemia assolava o território há quase cinco meses, não foram submetidos pedidos de manifestação por receio do vírus. No ano seguinte, o CPSP recebeu três avisos de manifestação. Por pressões das autoridades ligadas às medidas de controlo da pandemia, duas manifestações foram canceladas pelos promotores, a Federação das Associações dos Operários de Macau e Associação dos Direitos dos Trabalhadores de Jogo, e a manifestação da Associação Poder do Povo foi proibida. No ano passado, e depois da proibição de manifestações e pressões contra a organização, as associações optarem por não voltar a fazer pedidos, como confessou, no ano passado Cloee Chao, presidente da Nova Associação dos Direitos de Trabalhadores da Indústria de Jogos a este jornal. Nunu Wu (com J.S.F.)
OChefe
o reforço da cooperação comercial entre Macau e União Europeia (UE) e a recuperação económica pós pandemia.
O Chefe do Executivo salientou ainda que a UE é o segundo maior parceiro de Macau em termos comerciais, e referiu que as empresas europeias são bem-vindas na Grande Baía e na Zona de Cooperação Aprofundada de Hengqin.
Segundo um comunicado divulgado ontem pelo Gabinete de Comunicação Social (GCS), durante a reunião que decorreu na terça-feira, Ho Iat Seng e Helena König abordaram também
Helena König reiterou que Macau é um dos mais importantes parceiros comerciais da União Europeia, segundo o GCS, e espera que ambas as partes reforcem continuamente a cooperação comercial, alargando-a às restantes cidades da Grande Baía. J.L.
DSA Representantes de Macau foram a seminário em Xangai
Representantes da Direcção dos Serviços de Auditoria (DAS) de Macau participaram num seminário, em Xangai, sobre actividade de auditoria em investimentos financeiros. Apesar de ter decorrido entre os dias 17 e 20 de Abril, o Governo apenas anunciou o evento ontem. Durante o seminário o director dos Serviços de Auditoria do Comissariado da Auditoria, Neoh Hwai Beng, reuniu com representantes da delegação do Gabinete de Auditoria Nacional em Xangai e com o responsável da delegação, Peng Huazhang. Em cima da mesa estiveram temas como a prática de auditoria no âmbito de fundos de investimento do Governo, títulos e fundos de participação privados. Além disso, a comitiva da DSA teve um encontro com representantes da Bolsa de Valores de Xangai e visitou também a Shanghai Urban Planning Exhibition Hall.
Cartão de consumo Termina hoje prazo de carregamento
O prazo de carregamento do cartão de consumo no valor de 8 mil patacas no âmbito do plano de subsídio de vida termina hoje, de acordo com um comunicado da Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico e da Autoridade Monetária de Macau. Os interessados, e que preenchem os requisitos exigidos, podem deslocar-se aos 170 postos de instalados em bancos e outras instituições para fazer o respectivo carregamento do cartão de consumo. Para fazerem o carregamento, o cartão precisa de ter um saldo igual ou inferior a 10 patacas.
Vales de saúde Apoio pode começar a ser usado na segunda-feira
Os vales de saúde do programa de comparticipação de 2023 podem começar a ser usados a partir de segunda-feira, e têm validade até 30 de Abril de 2025. Como tem sido habitual “os vales continuam a ser distribuídos por via electrónica e a comparticipação por beneficiário é de 600 patacas”, indicaram ontem os Serviços de Saúde. O Governo sublinha que o programa de vales de saúde tem como objectivos “apoiar médicos do sector privado no exercício da sua actividade, promover o sistema de medicina familiar, consciencializar os residentes para a importância da protecção da saúde e reforçar a colaboração entre a saúde
OMinistério Público (MP) optou por não recorrer da decisão que condenou os ex-directores das Obra Públicas, Li Canfeng e Jaime Carion com penas efectivas de prisão de 24 anos e 20 anos, respectivamente. Segundo o HM apurou, o prazo para apresentar o recurso terminou no dia 20 de Abril, mas a instituição liderada por Ip Son Sang não fez entrar no tribunal qualquer recurso.
A decisão não é uma surpresa, uma vez que o colectivo de juízes liderado por Lou Ieng Ha deu praticamente como provados todos os factos que constavam da acusação, que esteve a cargo dos delegados coordenadores Lai U Hou e Sio In Ha.
Até ontem, apesar do envio por parte do HM de mais de três emails, o MP recusou sempre revelar o sentido da decisão sobre um eventual recurso do acórdão de 31 de Março.
A menos de 12 horas da data limite para a apresentação do recurso, [...] a instituição liderada por Ip Son Sang ainda estava a “analisar a sentença em causa”
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A menos de 12 horas da data limite para a apresentação do recurso, e quando já tinham passado mais de 19 dias da leitura de sentença, a instituição liderada por Ip Son Sang ainda estava a “analisar a sentença em causa”. O HM voltou a tentar esclarecer junto do MP, por mais duas vezes, se tinha havido recurso, mas as questões levantadas ficaram sem resposta.
Outros recursos
Apesar de os delegados do MP terem optado por não recorrer, o mesmo não aconteceu com os defensores de vários arguidos que vão levar o caso para o Tribunal de Segunda Instância (TSI).
Após ter sido conhecida a sentença de condenação de Li Canfeng a pena de 24 anos de prisão, pelos crimes de associação ou sociedade secreta, corrupção passiva para acto ilícito, branqueamento de capitais e falsificação e inexactidão de documentos, o defensor do arguido, João pública e privada, além disso pretende promover o desenvolvimento dos recursos médicos comunitários”. O programa de 2023 apenas será aceite por profissionais de saúde que não recebam subsídios do Governo e o vale de saúde pode ser transmitido pelo titular a parentes, como pai, mãe, filhos e cônjuge.
Móveis Instalados 60 postos de recolha
O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) vai instalar, entre os dias 1 a 7 de Maio, 60 postos de recolha de móveis, seis deles na Taipa e quatro em Coloane. As mobílias que já não sejam utilizadas podem ser colocadas nestes locais entre as 20h e as 23h. O IAM