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Investimento de ponta
Barbosa Quase 190 Inspec Es No Bairro Social
OInstituto de Habitação (IH) realizou 188 inspecções aos edifícios do Bairro Social Tamagnini Barbosa desde o início do ano até metade do mês passado, indicou a presidente substituta do organismo Kuoc Vai Han. A revelação do IH foi dada em resposta a interpelação escrita de Nick Lei, na sequência dos problemas estruturais registadas nos edifícios de habitação social no Bairro do Toi San.
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Recorde-se que no final do ano passado, as paredes exteriores dos três edifícios de habitação social do Bairro Social de Tamagnini Barbosa foram pintadas e todas as janelas de alumínio substituídas. Porém, de acordo com queixas de moradores, mais de três dezenas de apartamentos continuam a revelar debilidades face aos elementos, realidade reforçada pelas chuvadas que recentemente têm assolado Macau, alagando apartamentos e danificando mobílias e equipamentos.
O IH sublinhou que, “com o intuito de melhorar o ambiente habitacional dos moradores do Bairro Social de Tamagnini Barbosa, nos últimos anos, tem vindo a realizar várias obras de reparação e manutenção, de grande envergadura”. Além disso, o organismo liderado por Arnaldo Santos afirma atribuir “grande importância ao presente caso de infiltração”, que motivou o envio de pessoal ao local e indicação ao “empreiteiro para proceder à inspecção integral e à execução das obras de reparação”.
O IH afirmou ainda que irá, em conjunto com o empreiteiro, “continuar a prestar atenção às infiltrações de água nas janelas de alumínio após a respectiva reparação, especialmente durante a passagem de tufões, e a proceder ao devido acompanhamento”. J.L.
MACAU está a ponderar criar vistos de curta duração para a área da inovação tecnológica que abrangem Portugal e Brasil, indica o documento de consulta pública lançado na sexta-feira pelas autoridades sobre diversificação da economia.
Um dos pontos do plano, que também passa por um reforço da cooperação com Portugal no turismo e na educação, centra-se na possibilidade de ser criado um regime de vistos de curta duração para a inovação tecnológica, tanto em Macau como em Hengqin, uma ilha cuja gestão é partilhada entre o ex-território administrado por Portugal e a província chinesa de Guangdong.
“Iremos estudar a autorização de uma adequada permanência de curta duração (visto de negócios ou visto de empreendedorismo) destinada às equipas de inovação tecnológica do exterior (incluindo Brasil e Portugal) para a criação de negócios em Macau e Hengqin, facilitando-lhes a procura de parcerias locais e do Interior da China”, pode ler-se no documento.
Uma estratégia em sintonia com a vontade de se avançar para “uma selecção das melhores
Produto Interno
“AUMENTA-SE gradualmente o peso das quatro grandes indústrias, reforçando continuamente a dinâmica do desenvolvimento económico e a competitividade geral, procurando para que, no futuro, o peso do sector não-jogo ocupe cerca equipas de inovação tecnológica do Brasil e de Portugal, atraindo-as a instalarem-se em Macau e em Hengqin, ou a cooperarem com as equipas das cidades da Grande Baía”, mas também através do alargamento de um concurso de inovação e empreendedorismo a estes dois países.
A Área da Grande Baía é um projecto de Pequim para criar uma metrópole mundial que integra Hong Kong, Macau e nove cidades da província de Guangdong, numa região com cerca de 80 milhões de habitantes e com um produto interno bruto (PIB) superior a um bilião de euros, semelhante ao PIB da Austrália, da Indonésia e do México, países que integram o G20.
Intercâmbio académico
“Serão, ainda, fomentados os programas para o prosseguimento de estudos em Portugal, aprofundando-se a cooperação entre as instituições do ensino superior de Macau e as de Portugal, com vista à formação de 60 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).”
A meta para reduzir a dependência económica do território da indústria do jogo consta do “Plano de desenvolvimento da diversificação adequada da economia da Região Administrativa de quadros em língua portuguesa”, refere o mesmo documento.
Aposta lusófona
Portugal é também referido no âmbito da exploração de mercados turísticos internacionais: “No que diz respeito à exploração de mercados de visitantes, para além da expansão dos mercados do Sudeste e do Nordeste Asiático, serão explorados gradualmente mercados como a Índia, o Médio Oriente, a Europa e os Estados Unidos, e realizar-se-ão, em Portugal e Espanha, actividades de promoção turística de Macau”.
A consulta pública releva uma estratégia para atrair as melhores equipas de investigação do Brasil e Portugal para Macau e a Ilha da Montanha
O sublinhado numa aposta nos países lusófonos repete-se em termos genéricos ao longo de quase 200 páginas do documento de consulta pública, seja no âmbito da medicina tradicional chinesa, no mercado de obrigações, na criação de uma plataforma de serviços financeiros com os países de língua portuguesa, o apoio à entrada de produtos lusófonos no interior da China, ou mesmo com a construção de um Centro de Intercâmbio e Cooperação de Ciência e Tecnologia entre a China e as nações lusófonas. A consulta pública vai decorrer durante 30 dias, até 02 de Setembro. Para o Governo, “a promoção do desenvolvimento da diversificação adequada da economia constitui o ponto-chave para resolver os conflitos e os problemas profundos surgidos no decurso do desenvolvimento socioeconómico de Macau, tratando-se de um desígnio obrigatório para alcançar a prosperidade e a estabilidade a longo prazo”, num território dependente da indústria do jogo.
Reduzir Peso Do Jogo Para 40 Por Cento
Especial de Macau (2024 – 2028)”, que se encontra em consulta pública desde sexta-feira até 2 de Setembro.
O Governo irá realizar três sessões de consulta destinadas ao público que se realizam nos dias 23, 25 e 26 de Agosto.
A estratégia, definida no Segundo Plano Quinquenal, estabelece o desenvolvimento da diversificação adequada da economia “1 + 4”, ou seja, a aposta “nas indústrias de turismo e lazer integrado, big health de medicina tradicional chinesa, financeira moderna, a indústria de tecnologia de ponta, a reconversão e valorização das indústrias tradicionais e de convenções, exposições e comércio, e de cultura e desporto”. Um dos grandes objectivos é aligeirar a dependência económica da RAEM do jogo. J.L.