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Um Verão em Coloane

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Os passos atrás

Os passos atrás

Coloane Encontrado corpo em trilho

Após

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Ter

morto um residente da RAEM em Gongbei, o homem fugiu para Macau, onde está detido.

O suspeito de 44 anos está indiciado dos crimes de homicídio qualificado e posse de arma proibida

UM residente, acusado de matar outro cidadão de Macau com uma tesoura, em Zhuhai, vai aguardar julgamento em prisão preventiva.

A informação foi divulgada pelo Ministério Público, na sexta-feira, através de um comunicado.

“Realizado o primeiro interrogatório judicial ao arguido, tendo em conta a gravidade dos factos, o Juiz de Instrução Criminal, sob a promoção do Delegado do Procurador titular do inquérito, aplicou-lhe a medida de coacção de prisão preventiva”, foi revelado.

Segundo a mesma fonte, a medida do juiz terá sido aplicada para evitar a fuga de Macau, a “continuação da prática de actividade criminosa da mesma natureza e a perturbação da ordem pública e tranquilidade social”.

O homem está indiciado pela prática do crime de homicídio qualificado pode ser punida com pena de prisão até 25 anos, e a prática do crime de detenção de arma proibida pode ser punida com pena de prisão até dois anos.

No texto, o MP apelou ainda aos residentes que devem evitar cometer infracções no exterior: “a lei penal de Macau aplica-se

[...] a factos criminosos praticados fora de Macau por residente de Macau, pelo que os cidadãos de Macau devem cumprir rigorosamente as legislações tanto no interior como no exterior da RAEM, não praticando quaisquer infracções e incorrendo em responsabilidade jurídica daí resultante”, foi indicado.

Noite de álcool

O homem de 44 está preso, em Macau, desde segunda-feira, depois de ter cometido o crime na madrugada desse dia. O homicídio resultou de uma altercação entre os residentes de

Macau numa festa em Gongbei, com o mais velho, de 54 anos, a morrer vítima dos ataques com uma tesoura.

“No dia da ocorrência dos factos, os dois estavam em Zhuhai para se divertirem, durante esse período, o arguido ter-se-

A medida do juiz terá sido aplicada para evitar a fuga de Macau e a “continuação da prática de actividade criminosa”

-á envolvido numa altercação com o ofendido e, em seguida, usou uma arma branca para lhe desferir golpes nas várias partes do corpo, resultando em lesões graves que levaram à sua morte”, confirmou o MP.

Após perceber que tinha morto uma pessoa, o suspeito entrou em Macau e ainda saiu para Hong Kong, horas antes de regressar ao território. Com a entrada na RAEM, o homem evita uma pena mais pesada, dado que no Interior pode ser aplicada a pena de morte, enquanto em Macau a pena máxima de prisão está limitada a 25 anos. João Santos Filipe

Na manhã de ontem foi encontrado um cadáver no Trilho à Beira-Mar de Long Chao Kok (Garra do Dragão, em português), que tem início na Rua Long Chao Kok, em Hac Sá, e termina nas vivendas de Cheoc Van, Coloane. Após o corpo ter sido descoberto, a Polícia Judiciária e os bombeiros deslocaram-se ao local, para investigarem um potencial crime, tendo a remoção do corpo sido concluída pelo meio-dia. O cadáver foi transportado pelos Serviços de Saúde numa maca dentro de veículo com arca-congeladora por volta do meio-dia. O caso foi classificado como descoberta de corpo. O alerta para a situação foi dado por volta das 8h, altura em que um residente se encontrava naquela zona para pescar. O Trilho à Beira-Mar de Long Chao Kok tem um percurso rochoso altamente irregular e com vários degraus.

PJ Burlada em 731 mil dólares de Hong Kong

Uma mulher foi burlada em 731 mil dólares em Hong Kong, num esquema com investimento em moedas virtuais. O caso foi revelado na sexta-feira pela Polícia Judiciária, e teve início em Abril deste ano. O investimento foi feito através de uma aplicação online, depois da mulher ter conhecido através da Internet um “especialista em finanças”. No início, a aplicação supostamente utilizada para investir, mostrava que a mulher estava a ter um retorno considerado atraente. A certo ponto, o especialista chegou mesmo a depositar cerca de 120 mil patacas na conta da mulher, resultado de ganhos. Com um sinal de confiança, a vítima decidiu aumentar o investimento, com 731 mil dólares de Hong Kong. Contudo, apesar da aplicação continuar a mostrar um aumento dos retornos, a mulher nunca conseguiu levantar o dinheiro. Por esse motivo, nos finais de Julho apresentou queixa junto da Polícia Judiciária.

Ilha Artificial Carro incendiou-se no sábado

Um carro incendiou-se no sábado, quando estava estacionado na Ilha Artificial da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, de acordo com o Jornal Ou Mun. O alerta para a emergência foi dado pelas 18h22, e quando os bombeiros chegaram ao local, as chamas já estavam extintas. Apesar da emergência, não houve feridos a registar, sendo que a origem das chamas ainda está a ser investigada. Uma análise preliminar permitiu apurar que apesar de o fogo ter começado na frente da viatura não houve propagação para outras áreas, o que contribuiu para que as chamas fossem facilmente extintas. Por sua vez, o proprietário, que não estava no veículo, afirmou que tinha deixado a viatura estacionada na manhã de sexta-feira, tendo depois abandonado o local.

Trânsito Três multas por condução sem luzes

Três pessoas foram multadas por conduzir à noite sem as luzes dos veículos ligadas, entre sexta-feira e sábado de madrugada. Os dados foram revelados pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), numa operação em que foram parados 32 veículos. Além dos três casos de condução com as luzes desligadas, houve ainda duas pessoas multadas por conduzirem sem o cinto de segurança e um condutor multado por fazer inversão de marcha em cima de uma passadeira para peões.

PINTURA, CALIGRAFIA E TRADUÇÃO

Paulo Maia e Carmo

Esbeltas e altivas debruçam-se e espalham sobre as sebes a sua formosura, Sedutoras, desvendam à gente comum o mistério da sua tranquilidade pura. E é ainda mais ao crepúsculo que elas se mostram primorosas, como uma pintura Uma vez chegado o frio, ver-se-á como nos ramos virados a Sul, o seu espírito perdura.

Li Fangying (1696-1754)

Escrito em Agosto 1742 na moradia da árvore verde wutong

ELE HÁ quem se interrogue perante determinados fenómenos naturais se estes não terão sido criados para induzir na humanidade determinados valores, incitar a certos comportamentos e evitar outros, como se a própria Natureza fosse um imenso livro de moral, quiçá de religião. E há, é claro, quem troce deste pressuposto, sublinhando que na Natureza existem exemplos capazes de satisfazer os mais opostos argumentos e nada fora do ser humano deve ser considerado na construção de uma verdadeira moral. Isto apesar do que é verdade e justo aqui nesta cidade, passa por aberração e mentira naquela, e assim por diante…

Ora tomemos o seguinte exemplo. Pelo monte Chungwu esvoaça um pássaro, cujas características já fizeram a desgraça de incontáveis pedras de tinta, dada a quantidade de textos que a sua existência estimulou. Poderia, afinal, tratar-se apenas de mais uma espécie de pato selvagem, como existem tantas outras, nos

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