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Portugal global

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Dar mais um grito

Dar mais um grito

Sábado é feriado em Portugal, comemorando-se o Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas. Em Macau, organizam-se uma série de actividades, incluindo a tradicional cerimónia do hastear da bandeira portuguesa e romagem à Gruta de Camões. Noutros locais do mundo, celebra-se a portugalidade com a presença de governantes para todos os gostos

CENTENAS de actividades previstas em todo o mundo, com duas dezenas de membros do Governo em contacto directo com as comunidades lusófonas, assinalam este ano o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. O programa, anunciado na quarta-feira, inclui iniciativas na Europa, América, Ásia, Oceânia e em África.

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Em Macau, estará o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, André Moz Caldas. No sábado, tem lugar a habitual recepção do 10 de Junho,

Lisboa Gulbenkian Homenageia Paula Rego Com Duas Das Mais Celebradas Pinturas

DUAS das mais celebradas pinturas de Paula Rego (1935-2022) estão expostas desde ontem, pela primeira vez, na sede da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, para prestar homenagem e assinalar um ano da morte da artista.

As obras “Anjo” (1998) e “O Banho Turco” (1960) ficarão expostas até ao dia 24 de Julho “como forma de homenagear uma das artistas portuguesas com maior reco- nhecimento internacional”, assinalou a Gulbenkian, em comunicado.

Paula Rego, “que estabeleceu uma forte relação com a Fundação desde que foi bolseira no início da década de 1960”, manifestou satisfação pública pela aquisição das obras pela Gulbenkian, em 2022, para a Colecção do Centro de Arte Moderna.

As duas pinturas não tinham sido apresentadas pu- blicamente até agora devido ao encerramento do edifício do CAM para obras de remodelação, tendo abertura prevista para 2024.

Com a aquisição destas duas pinturas, a Fundação tornou-se a instituição privada com o maior e mais significativo conjunto de obras da artista, reunindo 37 peças entre pintura, desenho e gravura.

Enquanto “O Anjo” sintetiza todo o programa ar- tístico da pintora, “O Banho Turco” possui no verso um nu de Paula Rego, realizado por Victor Willing (19281988), seu marido e também artista.

As duas obras ficarão expostas entre 08 de Junho e 24 de Julho no átrio da sede da Fundação Calouste Gulbenkian, junto à escadaria principal, com entrada livre.

Adicionalmente, duas outras obras da artista podem ser vistas na exposição “Histórias de uma Colecção. Arte Moderna e Contemporânea” do CAM, a decorrer até 18 de Setembro na Galeria Principal da Fundação. com a cerimónia do hastear da bandeira no Consulado-geral de Portugal em Macau e Hong Kong e a romagem à Gruta de Camões. No Albergue SCM decorre um seminário profissional sobre a calçada portuguesa com o mestre calceteiro Fernando Simões. Ao longo deste mês, haverá ainda diversas actividades inseridas no programa “Junho, Mês de Portugal na RAEM”.

Uma delas é a pintura “Retrato de Grimau” (1964), uma das primeiras aquisições para a Colecção do CAM, em 1965, e o tríptico “Vanitas”, encomendado directamente à artista em 2006 para as celebrações do cinquentenário da Gulbenkian.

Em Portugal, o 10 de Junho celebra-se em Peso da Régua, onde o Presidente da República, o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros estarão no sábado.

As celebrações deste dia arrancaram oficialmente na segunda-feira, com a visita de Estado do Presidente da República (PR) à África do Sul, onde se estima que residam mais de 300 mil portugueses e lusodescendentes.

O primeiro-ministro, António Costa, o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, assinalam igualmente o Dia de Portugal na África do Sul. Já o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, celebra o 10 de Junho com a comunidade portuguesa na Namíbia.

Também em África, estarão mais quatro governantes: os ministros da Cultura, Pedro Adão e Silva, e do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e as ministras da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, que se juntam aos portugueses e lusodescendentes em Moçam-

Concertos, exposições, peças de teatro, evidenciando o trabalho de artistas portugueses, cinema ou documentários, seminários, feiras tradicionais e momentos de leitura são algumas das iniciativas agendadas para assinalar o 10 de Junho bique, Cabo Verde, Angola e São Tomé e Príncipe, respectivamente. Na Oceânia, mais concretamente na Austrália, estará o secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos. No continente americano marcarão presença sete membros do Governo.

Cultura para todos

A informação divulgada indica que a ministra da Justiça, Catarina

As celebrações deste dia arrancaram oficialmente na segunda-feira, com a visita de Estado do Presidente da República à África do Sul, onde se estima que residam mais de 300 mil portugueses e lusodescendentes

Sarmento e Castro, vai assinalar o Dia de Portugal junto dos portugueses e lusodescendentes residentes no Canadá, enquanto nos Estados Unidos da América, junto das comunidades portuguesas de São Francisco e Newark, estarão, respectivamente, o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, e a secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes.

Pela América Latina passarão o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, a celebrar junto da comunidade portuguesa na Venezuela, e a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, que assinala o 10 de Junho na Argentina.

Já o secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, António Mendonça Mendes, e o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, estarão, respectivamente, no Brasil e na Colômbia. Na Europa, em Espanha, vai estar o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva.

Em França, estará a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, na Bélgica vai estar o secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, Mário Campolargo, no Luxemburgo o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix, e na Suíça o secretário de Estado da Educação, António Leite.

Cumprindo a tradição, a rede diplomática e consular portuguesa vai assinalar o Dia de Portugal com centenas de actividades distintas, combinando iniciativas próprias com as do movimento associativo local, “um esforço empreendido pelas associações lusófonas locais que conta, em inúmeros casos, com o apoio das embaixadas e consulados”, sublinha do MNE.

Concertos, exposições, peças de teatro, evidenciando o trabalho de artistas portugueses, cinema ou documentários, seminários, feiras tradicionais e momentos de leitura são algumas das iniciativas agendadas para assinalar a data.

Frc Juiz Vasco Fong Apresenta Livro Na Rea Do Direito

sim na opção político-criminal do legislador, razão pela qual pretende esta obra oferecer um pouco de dogmática à interpretação do artigo em causa, contribuindo, singelamente, para uma discussão pública do seu conteúdo e, quem sabe, a alteração legislativa desta norma penal.

Ojuiz Vasco Fong, do Tribunal de Segunda Instância, apresenta na próxima quarta-feira o livro “Comentário ao Crime de Fuga à Responsabilidade (P.P.Art.89º da Lei do Trânsito de Macau)”, da autoria de Pedro Sá Machado, em colaboração com David Sá Machado, e que será apresentado a partir das 18h30 na Fundação Rui Cunha (FRC). O livro, bilingue, nasce a partir do programa curricular ministrado, por Pedro Sá Machado, na disciplina de Direito Criminal e Processo Criminal I do curso de mestrado em Língua Portuguesa na Faculdade de Direito da Universidade de Macau, o qual passou pela anotação e comentário de decisões de jurisprudência da RAEM suficientemente controversas para uma discussão científica em sala de aula. Ora, um dos acórdãos objecto de debate foi precisamente o que agora dá à estampa.

Na perspectiva do autor, o problema principal do crime de fuga à responsabilidade não está na forma como o juiz decide, mas

Esta obra é uma edição CRED-DM – Centro de Reflexão, Estudo e Difusão do Direito de Macau, ligado à FRC.

Pedro Sá Machado é professor convidado da Faculdade de Direito de Macau, Investigador Colaborador no Instituto Jurídico da Faculdade de Direito de Coimbra, doutor e mestre em Ciências Jurídico- Criminais pela Faculdade de Direito de Coimbra e ainda especialista em Direito Penal Económico Europeu da Faculdade de Direito de Coimbra.

Diversidade de pavilhões no Jardim do Humilde Administrador, Suzhou php?curid=31690333

•Cima: Figura 27. By kevinmcgill from Den Bosch, Netherlands - Loquat Pavillion, CC BY-SA 2.0, https:// commons.wikimedia.org/w/index.

•Meio: Figura 28. By ChinaTravelSavvy.Com - China php?curid=10545260

Travel Guide, CC BY-SA 3.0, https:// commons.wikimedia.org/w/index.

•Baixo: Figura 29. By King of Hearts php?curid=91290184

- Own work, CC BY-SA 4.0, https:// commons.wikimedia.org/w/index.

O SOLO por onde se passeia não é esquecido. Surge amiúde pavimentado com diversas cores e texturas, com seixos, lascas de pedras ou de tijolos que compõem padrões geométricos, florais ou animais.

Um outro elemento arquitectónico que enfatiza a simbiose entre natureza e cultura são os 流杯亭liubeiting, os Pavilhões para Taças Flutuantes. O mais conceituado calígrafo da China, Wang Xizhi (303-361 d.C.) e outros quarenta letrados deslocaram-se um dia até ao Pavilhão das Orquídeas nos arredores de Shaoxing, no Zhejiang, para um “encontro refinado” ( 雅集 yaji). Sentaram-se ao longo da água corrente dos canais e aí levaram a cabo um jogo literário. Depositaram taças de vinho na água e deixaram-nas flutuar rio abaixo. Quando uma taça parava de se mover em frente de um dos letrados, este tinha não só de ingerir o vinho nela contido mas de compor de imediato um poema. O processo repetiu-se até se esgotar o vinho. Posteriormente, os poemas criados nesse dia foram coligidos num volume com um prefácio célebre tanto pela qualidade literária como caligráfica, o 兰亭集序, Lanting Jixu (Prefácio aos Poemas do Pavilhão das Orquídeas), da autoria de Wang Xizhi. Mais tarde, os poemas foram gravados em estelas colocadas no Pavilhão das Orquídeas. O Pavilhão das Orquídeas ganhou fama e com ele o seu jogo literário e os paisagistas de jardins passaram a mandar construir pavilhões para taças flutuantes.

•Figura 30. Pormenor de À espera da taça flutuante num riacho flutuante do Pavilhão das Orquídeas, de Wang Zhengming de 1542, onde o pintor retratou o encontro refinado de Wang Xizhi e dos seus companheiros. By Wen Zhengming - http://www. allempires.com/forum/forum_posts. asp?TID=13247, Public Domain, https://commons.wikimedia.org/w/ index.php?curid=24725109

Os jardins imperiais

Os jardins chineses que sobreviveram até hoje às vicissitudes da história e da natureza não são muito antigos: ou foram construídos ou reconstruídos na última dinastia chinesa, a dinastia Qing (1644 - 1912 d.C.). Todavia, segundo se depreende a partir de registos históricos da dinastia Zhou (ca. 1046 – 256 a.C.), os seus antepassados

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