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ECONOMIA BANCOS REDUZEM REMUNERAÇÃO DOS DEPÓSITOS A PRAZO Atrás do prejuízo
A medida visa promover a recuperação económica após o fim da estratégia ‘zero covid’ levada a cabo nos últimos anos
OS principais bancos estatais da China reduziram ontem as taxas dos depósitos a prazo, visando estimular o crescimento da segunda maior economia mundial, face à recuperação débil registada após o fim da estratégia ‘zero covid’.
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Vários indicadores económicos, incluindo o comércio externo, consumo ou actividade da indústria transformadora sugerem um desaceleramento na recuperação da economia da China, após Pequim ter abolido, em Dezembro, as medidas de prevenção contra a covid-19, que no ano passado empurraram o país para um ciclo de bloqueios e estagnação.
Para desencorajar a poupança, de modo a promover a actividade e apoiar a economia, os principais bancos do país reduziram as taxas para a remuneração dos depósitos.
O Banco Industrial e Comercial da China, o Banco de Construção da China, o Banco da China e o
Para desencorajar a poupança, de modo a promover a actividade e apoiar a economia, os principais bancos do país reduziram as taxas para a remuneração dos depósitos
Banco Agrícola da China reduziram em cerca de 15 pontos base a taxa de remuneração para depósitos a prazo.
A medida, que responde a um pedido do Governo chinês, entrou ontem em vigor.
“É provável que os bancos menores sigam o exemplo”, afirmou Ting Lu, analista do banco de investimento japonês Nomura Bank.
Os principais bancos chineses já tinham reduzido em Setembro, pela primeira vez desde 2015, a taxa de juros dos depósitos.
Das quedas
Segundo dados divulgados na quarta-feira pelas alfândegas da China, as exportações do país registaram em Maio uma queda
MONGÓLIA INTERIOR XI JINPING PEDE “MILAGRES” CONTRA DESERTIFICAÇÃO
OPresidente chinês, Xi Jinping, pediu ontem “novos milagres” na luta contra a desertificação, durante uma visita à região da Mongólia Interior, onde tiveram origem várias das tempestades de areia que atingiram o norte da China, nos últimos anos.
Citado pela agência noticiosa oficial Xinhua, o Presidente da China exor- tou a que se trabalhe com “coragem, determinação e perseverança”, no sentido de “consolidar a barreira verde que se estende ao longo de milhares de quilómetros” no norte do país.
Xi Jinping, que fez estas declarações na localidade de Bayannur, na fronteira com a Mongólia, destacou que o pasto nos prados da região tem sido “excessivo” e que
“algo deve ser feito para reabilitar as pastagens”.
O líder chinês também lembrou que a “China é um dos países onde o fenómeno da desertificação é mais grave” e que os “problemas de desertificação se registam em áreas economicamente subdesenvolvidas”.
“As catástrofes do sistema ecológico causadas pela desertificação, os perigos das tempestades de areia e da erosão dos solos limitaram o desenvolvimento económico e social do norte da China”, disse Xi, acrescentando, no entanto, que o controlo da desertificação no país “mostra uma tendência positiva”.
Xi culpou as “condições anormais geradas por alterações climáticas” pelas tempestades de areia que
O Banco Industrial e Comercial da China, o Banco de Construção da China, o Banco da China e o Banco Agrícola da China reduziram em cerca de 15 pontos base a taxa de remuneração para depósitos a prazo atingiram a China com “mais frequência” nos últimos dois anos. homóloga de 7,5 por cento, enquanto as importações caíram 4,5 por cento.
Em Abril passado, tempestades de areia originárias de partes do deserto de Gobi, situado no norte da China e no sul da Mongólia, varreram o norte do país, afectando mais de 400 milhões de pessoas e uma área com 2,29 milhões de quilómetros quadrados.
A recuperação do consumo em Maio ficou também aquém do esperado, sinalizando falta de confiança dos consumidores, perante as fracas perspectivas económicas e possíveis perdas de empregos.
Segundo dados divulgados pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE) da China, a taxa oficial de desemprego jovem (entre os 16 e 24 anos) ascendeu a 20,4 por cento em Abril, um novo máximo histórico e muito acima do valor de 13 por cento registado em 2019, antes da pandemia.
Também a actividade da indústria transformadora da China voltou a contrair no mês passado, de acordo com dados oficiais divulgados na semana passada.
Cortes nas taxas fixadas pelo Banco Popular da China são esperados devido à “rápida deterioração” de vários indicadores económicos, disse Ting Lu.
O crescimento económico nos primeiros três meses do ano acelerou para 4,5 por cento, em comparação com igual período de 2022, mas os analistas dizem que o pico da recuperação provavelmente já passou.
O ritmo de crescimento ficou também aquém da meta estabelecida pelo Partido Comunista para este ano: “cerca de 5 por cento”.
AChina disse ontem esperar que Portugal adopte políticas “racionais” e “autónomas”, após um órgão consultivo do Governo português ter deliberado a exclusão de facto de empresas chinesas do desenvolvimento das redes de quinta geração (5G).
“Esperamos que o lado português faça escolhas políticas racionais de forma autónoma e adira à criação de um ambiente de negócios aberto, justo e não discriminatório”, afirmou o ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, numa nota enviada à agência Lusa, em Pequim.
A diplomacia chinesa considerou que “construir muros e barreiras” e “quebrar laços” só “prejudica os mais vulneráveis”.
“A cooperação com benefícios mútuos é o único caminho certo”, realçou.
No mês passado, a Comissão de Avaliação de Segurança, no âmbito do Conselho Superior de Segurança do Ciberespaço de Portugal, divulgou uma deliberação sobre o “alto risco” para a segurança das redes e de serviços 5G do uso de equipamentos de fornecedores que, entre outros critérios, sejam de fora da União Europeia, NATO ou OCDE e cujo “ordenamento jurídico do país em que estão domiciliados permita que o Governo exerça controlo, interferência ou pressão sobre as suas actividades a operar em países terceiros”.
A deliberação não refere nomes de empresas ou de países, mas surge após anos de pressão exercida por Washington sobre os países aliados para que excluam o grupo tecnológico chinês Huawei das infraestruturas de telecomunicações.
Os Estados Unidos apontam para a Lei Nacional de Inteligência da China, que estipula que “todas as organizações e cidadãos devem apoiar, ajudar e cooperar com o Estado em matéria de Inteligência Nacional”.
A empresa negou categoricamente aquelas acusações e lembrou que a lei chinesa não exige que a Huawei instale mecanismos