O Paráclito - Setembro 2016

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O Paráclito Paróquia Divino Espírito Santo-Holambra /SP-Diocese de Amparo - Setembro 2016

A Transmissão da Revelação: Relação entre Tradição, Sagrada Escritura e Magistério

E

m qualquer catecismo aprendemos que Deus nos fala pela Escritura e pela Tradição.; estas duas fontes, conforme os catecismos clássicos são dignas de igual veneração, pois tem a mesma origem divina. O Concílio Vaticano II, e por conseguinte o Catecismo da Igreja Católica (nn. 80-82), imposta o tema de uma forma um pouco diversa, de agora em diante não se falará

mais de duas fontes, pois ambas promanam da mesma fonte divina, e formam de certo modo um só todo, tendendo para o mesmo fim (Cf. Const. Dogm. Dei Verbum, 9), falar-se-á sim de modalidades distintas de transmissão. O texto da Dei Verbum também faz uma inversão curiosa: ordem tradicional “Escritura e Tradição”, se transforma em “Tradição e Escritura”; não quer o Concílio dar maior importância à Tradição em detrimento da Sagrada Escritura - como se disse acima ambas merecem igual reverência (cf. DV 9) -, ambas são canais por onde passa a Palavra

de Deus, mas pelo simples fato de que a Tradição antecede a Escritura, a fato, a acompanha, define e esclarece. De fato, a Revelação, iniciada com a Vocação de Abraão (séc. XIX a.C.) já tem esta característica, uma vez que foi transmitida de geração em geração - “...narrareis estas palavras aos teus filhos...” (Dt 6,6) - e só depois de muito tempo registradas por escrito, sob inspiração divina. Pensemos, por exemplo, na fonte sacerdotal do Pentateuco, datada do séc. V a.C., e que, com intenção teológica, fala de fatos bem anteriores. A Tradição, tanto em Israel como na Igreja, acompanha a Escritura, na sua formação e na sua leitura. É também ela que diz o que faz parte da Escritura, uma vez que nem o Antigo nem o Novo Testamento nos dão um catálogo dos livros bíblicos; portanto, mesmo quem diz não aceitar a Tradição (protestantes), forçosamente a aceita neste ponto, bem como em dogmas fundamentais como a Santíssima Trindade, que não encontra expressão clara na Escritura. O fato fundamental do qual procede a fé cristã é a vontade de Deus de nos revelar o mistério de sua vida e seu plano de Salvação, que é uma progressiva configuração à própria vida divina. Para tanto, fala pelos profetas de muitos modos e por muitas maneiras, culminando com o envio do próprio Filho, Palavra Eterna do Pai (cf. Hb 1,1-2; DV 3-4); por fim, Pai e Filho, ou o Pai pelo Filho, nos enviam o Espírito Santo, auxílio interior que abre os olhos da alma (cf. DV 4-5). Quis Deus que nesta obra divina tivessem parte os próprios beneficiários; é assim que as Sagradas Escrituras não descem dos céus, como em alguns mitos pagãos, mas são formadas em Israel e na Igreja que lhe sucede e aí devem ser lidas com o mesmo espírito que foram compostas, pois um foi o Espírito que as inspirou e é Ele que conduz a Igreja até a consumação. Assim, Tradição e Escritura constituem um depósito sagrado (cf. 2Tm 1,12-14) confiado à Igreja (cf. DV 10) e dentro desta Igreja ao Colé-

gio Episcopal, sucessores dos Apóstolos e que têm por função serem “Mestres da Verdade”, com a autoridade de Cristo e assistidos que são pelo mesmo Espírito que os elegeu e em consonância com o Supremo Pastor, que entre eles é o Bispo de Roma. A este corpo Eclesial, que constitui o Magistério, compete interpretar autenticamente a Palavra de Deus, que nos vem pela Tradição e Escritura; ele, porém é servo desta Palavra “não ensinando senão o que foi transmitido, enquanto por mandato divino e com a assistência do Espírito Santo, a ouve piamente, haurindo deste único depósito da fé todas as coisas que propõe à fé como divinamente reveladas” (DV 10). Tradição, Escritura e Magistério, cada um a seu modo, concorrem, de forma harmônica e eficaz, para a realização da plenitude da vocação cristã, falando da mesma Verdade. Como expressão dessa Verdade são infalíveis enquanto tratam de seu objeto próprio, que são a fé e os costumes; ou seja, enquanto nos ensinam o que devemos crer e como devemos agir para a plena realização dos desígnios de Deus a nosso respeito. Deve-se ainda enfatizar que o Magistério nada cria na Revelação, mas cabe-lhe ser o depositário e intérprete da mesma, esclarecendo aquilo que está de alguma forma ainda que obscura e implícita, no Depósito da Fé (cf. Pio XII, Humani Generis, DS 3886) ao mesmo tempo que aplica a Palavra sempre atual aos nossos dias. O Magistério não é uma terceira fonte ao lado da Tradição e da Escritura, mas é, em última análise, a Tradição oral que continua a falar pelos séculos através de seus autênticos intérpretes. O Magistério só se pronuncia após ter auscultado a Palavra de Deus oral e escrita, depositadas na Igreja, procurando, com a assistência do Espírito Santo, deduzir desse depósito as conclusões nele contidas, para as desdobrar em nossa vida, em nossa história. Fonte: http://www.infosbc.org.br/portal/index. php/sagrada/274-sagrada


PALAVRA DO PÁROCO

A Tradição deu origem às Escrituras

N

este mês de setembro vivemos o convite de nos aprofundarmos nas escritas bíblicas, e nela nos encontramos com Jesus. Nas letras da Sagrada Escritura, encontramos a pessoa de Jesus e ali tudo se refere a Ele, ao Pai e ao Espírito Santo. Nestes textos lemos um pouco sobre a vida de povo que narrou oralmente sua fé e, mais tarde, alguém fez um relato escrito dessa sua experiência com Deus. Antes de se escrever o texto bíblico, existiu uma relação fé, de proximidade e intimidade do homem com o Senhor Deus de maneira oral, baseada numa fé autêntica e sólida, fruto da expressão de uma comunidade de pessoas que conviviam entre si e clamavam pelo Deus-salvador. Uma comunidade que via em Deus o único meio de vida e sobrevivência, consolo e proteção. Narrativas bíblicas são histórias de uma coletividade, um grupo de pessoas, de uma nação e posteriormente de um povo de fé. E a fé não O Grupo de Coroinhas e Auxiliares da Paróquia, durante obra de misericórdia realizada na Semana da Família, caiu nas graças dos idosos e em especial do senhor Jan Broekhoven durante apresentação no Centro Social Holandês. Broekhoven transmitiu a coordenadora Martina Brandes os parabéns às crianças.

era produto comercializável, não era individualizada, mas ao contrário, era uma experiência concreta, gratuita e comunitária da ação de Deus na história do seu povo. A ninguém foi dada a fé para si mesmo, com fim em si mesmo. Desse modo, é fácil entender o porquê se devia fundamentalmente celebrar a fé em família, pois a fé não se tratava de objeto individual, mas somente para alcance comunitário. Além disso, a todo o povo oferecia uma identidade distintiva e também dava garantia de perpetuidade das memoráveis ações de Deus com filhos do povo. Assim, essa mesma gente falava sua história uns para os outros, explicava o que havia acontecido no passado com seus familiares, e ensinava - sem erro - o jeito certo de compreender o que se ouvia a fim de não haver confusões nem tampouco deixar que cada um entendesse como bem o quisesse. Com a dinâmica de narrar, ouvir e aprender,

firmou-se a Tradição, e posteriormente os textos foram surgindo como complementação das apresentações faladas. Não havia necessidade de se escrever tudo da fé e de Deus num livro, e nem se poderia fazer tudo isso caber num livro. Nossa igreja, desde o princípio, por meio de seus ministros, guarda a Tradição e a Escritura como tesouro da fé, isto é, a Revelação. Aos ministros que guardam a genuína Revelação, chamamos Magistério; é deles que provém a segurança apostólica sobre o que podemos e devemos crer, pois os escritos bíblicos surgem somente depois da oralidade Tradicional da Igreja. Restringir toda a fé apenas na escrita empobrece a riqueza da revelação, pois que ela não foi narrada por Deus aos homens para que estes escrevessem, mas sob a ação do Espírito Santo os hagiógrafos escreveram algumas coisas daquilo que aprenderam da Tradição.

Coroinhas visitam Centro Social

Louva Kids visita o Santuário de Aparecida

Tradicional Festa de Nossa Senhora Aparecida 08 de Outubro Local: Salão de Festa da Igreja Matriz Colabore faça sua doação, peça a um amigo também! 2

O movimento Louva Kids fez uma peregrinação até o Santuário de Aparecida, no dia 23 de julho. Durante o dia o seminarista Everton Nucchi conduziu momentos de oração e espiritualidade. Os membros do Louva-Kids tiveram a oportunidade de rezar diante da Porta Santa e conhecer lugares como singela capela, construída no Porto de Itaguaçu onde os fiéis tenham um espaço confortável para fazer suas preces silenciosas à Mãe Divina. A parede que fica atrás do altar é de vidro, o que permite que os visitantes tenham uma visão belíssima do Rio Paraíba do Sul, localizado logo em frente. Além disso, lá também está a o monumento conhecido como “Os Três Pescadores”, esculpido pelo renomado artista Chico Santeiro em 1970. Paróquia Divino Espírito Santo-Holambra /SP-Diocese de Amparo - Setembro 2016


Agenda AGENDA de Setembro - Mês da Bíblia SETEMBRO – MÊS DA BÍBLIA 1ªSEMANA

DIA 01/09 02/09 03/09

SEM 5ª 6ª SÁB

04/09

2ªSEMANA

DOM 05/09 06/09 07/09 08/09 09/09 10/09 11/09

3ªSEMANA

12/09 13/09

2ª 3ª 4ª 5ª 6ª SÁB DOM 2ª 3ª

14/09 15/09

16/09 17/09

SÁB 18/09

4ª SEMANA

DOM

19/09 20/09 21/09 22/09 23/09 24/09 25/09

2ª 3ª 4ª 5ª 6ª SÁB

5ª SEMANA

DOM 26/09 27/09 28/09 29/09 30/09

2ª 3ª 4ª 5ª 6ª

01/10 SÁB 02/10 DOM

1ªSEMANA

03/10 04/10 05/10 06/10 07/10 08/10

2ª 3ª 4ª

HR 19h30

19h30 19h00 19h30 19h30 8h00 10h00 17h30 19h00

Novena de N.Sra do Amparo Padroeira da DioceseNa Catedral (Amparo) Adoração Ao Santíssimo Missa na Matriz Após a Missa Reunião do CAEP Celebração da Palavra na Capela. N.Sra da Rosa Mística Missa na Matriz Missa Capela São José Celebração da Palavra na Capela N. Sra. De Fátima Missa na Matriz Missa na Matriz Tríduo da Padroeira na Capela de N.Sra do Amparo Celebração da Palavra na Matriz Reunião dos membros da Pastoral Familiar Tríduo da Padroeira na Capela de N.Sra do Amparo Reunião do CPP Tríduo da Padroeira na Capela de N.Sra do Amparo Dia da Independência do Brasil (Feriado) Missa na Capela N.Sra do Amparo-Dia da Padroeira Missa na Matriz Missa na Matriz- Bodas de Diamante de Lucildo e Hermelinda de Campos Missa na Capela N.Sra de Fátima Missa na Matriz Missa na Matriz Reunião dos agentes da Pastoral da Criança Tríduo de Santa Cruz Missa na Matriz Após a Missa-Formação Iniciação Vida Cristã Tríduo de Santa Cruz Missa de Exaltação à Santa Cruz Missa na Cde.N.Sra.Aparecida (Bairros) Reunião com os Agentes da Pastoral do Dízimo Missa na Matriz Louva Kids Cde. N.Sra do Amparo (Fundão) Missa no Cond. Duas Marias. Celebração da Palavra na Capela N.Sra da Rosa Mística Missa na Matriz 2ºEncontro Diocesano de Coroinhas e AuxiliaresSerra Negra/SP Missa na Capela São José Celebração da Palavra na Capela N.Sra de Fátima Missa na Matriz Missa na Matriz Retiro do Clero Retiro do Clero Celebração da Palavra na Matriz Reunião com os Agentes da Pastoral da Saúde Retiro do Clero Pós Encontro E.C.C. Retiro do Clero Preparação para o Batismo Missa na Matriz Preparação para o Batismo Missa na Matriz Missa na Capela N.Sra da Rosa Mística Missa Na Matriz e Batismo Missa na Cde. N.Sra das Graças Missa na Matriz

19h00

Celebração da Palavra na Matriz

14h00 19h00 19h30

Missa com os Idosos no Clube da Terceira Idade Celebração da Palavra na Matriz Missa-Tríduo de São Francisco de Assis-Cde. São Francisco de Assis (Camanducaia) Missa no Cde. Duas Marias Celebração da Palavra na Capela N.Sra da Rosa Mística Missa na Matriz Tríduo de São Francisco de Assis - Cde. São Francisco de Assis (Camanducaia) Missa Capela São José Celebração da Palavra na Capela N. Sra. De Fátima Missa na Matriz Missa na Matriz Tríduo de São Francisco de Assis-Cde. São Francisco de Assis (Camanducaia) Início da Novena de N.Sra Aparecida Missa na Matriz Reunião com os membros da Pastoral Familiar Novena de N.Sra Aparecida Reunião do CPP Novena de N.Sra Aparecida Novena de N.Sra Aparecida

19h00 19h00 19h30 8h00 8h00 10h00 19h00 19h30 19h00 19h30 19h30 19h30 19h30 19h30 19h00 19h30 8h00 10h00 19h00 19h30 19h00 19h30 19h30 19h30 19h30 19h00 14h30 18h00 19h00 19h30 8h00 8h00 8h00 10h00 19h00 19h00 20h00

18h00 19h00 19h30 19h30 8h00 8h00 10h00 19h00 19h30 19h30 19h00 19h30 19h30

5ª 6ª SÁB

09/10 DOM

19h30 19h30 8h00 10h00 19h00

Programação Semanal em sua Comunidade SEMANA 2ª Feira

4ª Feira

5ª feira

6ªFeira 6ª Feira Sábado Domingo

LOCAL Cde. N S Rosa Mística – Imigrantes Cde N S Fátima – Rincão Cde. N S Amparo – Fundão Cde. N S Rosa Mística – Imigrantes Reunião dos missionários da Mãe Rainha Cde. N Sra. Aparecida – Bairros Grupo de Oração – Rincão Cde. N S Rosa Mística - Imigrantes Grupo de Oração – Matriz Cde. Santa Cruz – Palmeiras (Primeira 6ªFeira do mês) Coroinhas – Matriz Grupo de Jovens - Matriz

PROGRAMA Terço

HORÁRIO 19h30m

LOCAL Capela

Terço

20h

Capela

Terço

19h30m

Residência

Terço dos Homens

19h30m

Capela

Encontro

19h30m

Matriz

Terço

19h30m

3ª idade

Encontro

19h30m

Capela

Terço das Mulheres

19h30m

Capela

Encontro

Matriz

Terço

Após a missa 20h

Capela

Encontro Encontro

14h30m 17 h30m

Matriz Matriz

Horário de Atendimento na Paróquia PADRE Atendimento ao público: 4ª Feira – 14h30 até 17h 5ª; 6ª e Sábado- 09h30 até 11h. SECRETARIA PAROQUIAL 2ª à 6ª Feira: 07h30 às 12h 13h às 17h Sábado: 08h às 11h Telefone: 3802 1213 E mail: matrizholambra@hotmail.com

O dízimo tem a função de atender as carências da Igreja O Catecismo da Igreja e o Código de Direito Canônico não falam em (10%); esta exigência não aparece no Novo Testamento, mas apenas no Antigo; e a Igreja não obriga pagar os 10% de tudo o que se ganha; embora isso seja bonito e meritório para quem desejar fazer, e a Igreja Católica até aprove isso. Quem quer e pode, pode até dar mais que 10% da renda pessoal. O que o Catecismo diz é o seguinte (§2043) quando fala do quinto Mandamento da Igreja: “Os fiéis cristãos têm ainda a obrigação de atender, cada um segundo as suas capacidades, às necessidades materiais da Igreja”. O que diz o Código de Direito Canônico: Cânon 222 § 1. “Os fiéis têm obrigação de socorrer às necessidades da Igreja, a fim de que ela possa dispor do que é necessário para o culto divino, para as obras de apostolado e de caridade e para o honesto sustento dos ministros.” Entendo, então, que o dízimo, deve ser dado a Igreja: em primeiro lugar, uma boa parte na paróquia onde a pessoa participa da missa e dos demais sacramentos. Mas, uma parte dele pode ser dada a outras instituições da Igreja que fazem evangelização e caridade: Comunidades aprovadas pelos bispos, Congregações, etc.; obras de caridade da Igreja, etc. Cada fiel deve discernir o quanto deve dar e como deve dar, 10%, ou menos ou mais. São Paulo diz: “Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento” (2 Cor 9,7)

Oração do Rosário Novena de N.Sra Aparecida Missa na Matriz Novena de N.Sra Aparecida Missa na Capela N.Sra de Fátima Missa na Matriz Missa na Matriz Novena de N.Sra Aparecida

Paróquia Divino Espírito Santo-Holambra /SP-Diocese de Amparo - Setembro 2016

Dízimo direto em conta bancária Itaú Agência 1828 Conta Corrente: 04761-1 3


Aconteceu na Paróquia Festa da Matriz

Homenagem para os pais

Louva kids

Aniversário do Padre Paulo

Dia do Sacerdote

Semana da Família

4

Feijoada da Cde.N.Sra de Fátima

Paróquia Divino Espírito Santo-Holambra /SP-Diocese de Amparo - Setembro 2016


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