Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
Índice Nota Introdutória
7
1 Mensagem do Conselho de Administração
9
7.3 Informação sobre as Transacções Relevantes com Entidades Relacionadas.
78
7.4 Informação sobre Outras Transacções
79
7.5 Indicação do Modelo de Governo e Identificação 2 Hospital de Faro, E.P.E.
11
dos Membros dos Orgãos Socais
2.1 Breve Apresentação
11
7.6 Remunerações dos Membros dos
2.2 Missão, Objectivos e Estrutura
16
2.3 Caracterização do Dispositivo Assistencial
17
Órgãos Sociais 7.7 Análise da Sustentabilidade da Empresa nos Domínios Económico, Social e Ambiental
3 Órgãos Sociais
23
4 Estrutura Organizacional
24
5 Actividade Global
27
5.1 Actividade Assistencial
27
Internamento
28
Actividade de Ambulatório
32
Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental
38
Outras Actividades
39
Cumprimento do Plano de Desempenho
40
5.2 Evolução dos Indicadores de Recursos Humanos/Formação
43
Recursos Humanos
43
Formação
49
5.3 Análise dos Indicadores
81 82
85
7.8 Avaliação sobre o Grau de Cumprimento dos Princípios de Bom Governo 94 7.9 Apresentação do Código de Ética
97
7.10 Identificação dos Mecanismos Adoptados com vista à Prevenção de Conflitos de Interesses
8 Proposta de Aplicação de Resultados Nota Introdutória
97
99 99
a. Balanço Analítico
100
b. Demonstração de Resultados
103
c. Demonstração de Fluxos de Caixa
105
d. Activo Imobilizado
106
e. Descontos e Retenções
107
Económico-Financeiros
54
Análise Económica
54
Estrutura de Custos
56
Estrutura dos Proveitos
63
Vendidas e Matérias Consumidas
111
Análise Financeira e Patrimonial
65
g. Demonstração de Resultados Financeiros
112
Indicadores Económico Financeiros
67
h. Demonstração de Resultados Extraordinários
113
5.4 Investimentos
71
6 Desenvolvimento Estratégico e
f. Demonstração do Custo das Mercadorias
i. Mapa do Desenvolvimento das Despesas com Pessoal
114
j. Mapa de Controlo do Orçamento de Compras
116
Actividades para 2010
73
Linhas Estratégicas
73
k. Mapa de Controlo do Orçamento
Plano de Investimentos 2010
75
de Investimentos
117
l. Mapa de Controlo do Orçamento 7 Governo da Sociedade 7.1 Missão, Objectivos e Políticas da Empresa
77 77
Económico – Custos e Perdas/Proveitos e Ganhos 118
7.2 Regulamentos Internos e Externos a que a Empresa está Sujeita
77
9 Certificação Legal de Contas
133
Nota Introdutória Em cumprimento do estabelecido no ponto 13 da Portaria n.º 898/2000, de 28 de Setembro, que aprovou o Plano Oficial de Contabilidade do Ministério da Saúde (POCMS), o Conselho de Administração do Hospital de Faro, E.P.E., apresenta o Relatório e Contas, relativo ao período de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2009, do qual o presente Relatório de Gestão e Prestação de Contas de 2009 faz parte integrante, como instrumento de apoio no âmbito da Gestão Hospitalar.
Este Relatório está estruturado da seguinte forma: 1. Mensagem do Conselho de Administração 2. O Hospital de Faro 3. Orgãos Sociais 4. Estrutura Organizacional 5. Actividade Global de 2009 6. Desenvolvimento Estratégico e Actividade para 2010 7. Governo e Sociedade 8. Proposta de Aplicação de Resultados 9. Demonstrações Financeiras 10. Anexos ao Balanço e à Demonstração de Resultados 11. Certificação Legal de Contas.
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1
MENSAGEM
do CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
2009, foi o 1º ano completo de gestão deste Hospital como E.P.E. Esta transição pressupôs a apresentação de um plano de negócios para o período 2008-2013, no âmbito do qual foi definida uma estratégia de renovação e desenvolvimento da infra-estrutura e dos serviços prestados aos utentes, com vista à melhoria da qualidade e da satisfação das necessidades em saúde da população da nossa área de referência (o Algarve) e a implementação de sistemas que nos permitam atingir os objectivos estratégicos definidos para o período acima mencionado. Ao longo do ano (2009) registaram-se diversas condicionantes, algumas já constatadas em anos anteriores, as quais acabaram por influenciar o desempenho global desta Instituição. Em termos genéricos, as seguintes situações vêm penalizando a eficiência do Hospital há já vários anos, pelo que também neste exercício, foram considerados objectivos de melhoria: • Diminuir a pressão das urgências, que continua a ser elevada; • Diminuir o peso da actividade cirúrgica originada no Serviço de Urgência em comparação com a produção cirúrgica programada; • Aumentar a acessibilidade dos utentes da nossa área de influência, aos cuidados de saúde programados; • Moderar o aumento dos custos, que continuam a apresentar taxas de crescimento acima da média dos hospitais do mesmo grupo; • Melhorar a capacidade de facturação das nossas actividades, quer em tempo, quer em valor. Porque queremos ser um Hospital de qualidade excelente, em permanente aperfeiçoamento profissional e técnico, capaz de lograr um alto grau de satisfação dos agentes sociais, dos profissionais que nele trabalham e, especialmente, dos seus utentes, trabalhámos na prossecução destes macro-objectivos, desenvolvendo actividades nas seguintes áreas: • Continuação do trabalho de desenvolvimento da Instituição, quer em termos do meio envolvente em que está inserida, quer em termos dos recursos internos de que dispõe; • Continuação das acções previstas nas linhas estratégicas de desenvolvimento; • Acompanhamento da produção, tendo em conta as metas assistenciais a atingir e o necessário equilíbrio económico-financeiro. Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
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É neste sentido que deve ser realçado o papel fundamental de todos os colaboradores do Hospital, consubstanciado na grande dedicação e no abnegado esforço, determinantes para os êxitos que todos queremos alcançar e da missão que queremos continuar a cumprir. A crescente exigência associada à acessibilidade e à qualidade na prestação dos cuidados de saúde dão origem a novos desafios, aos quais importa responder rapidamente e com sucesso, pelo que, na definição das actividades a desenvolver em próximos exercícios, os esforços para melhorar a qualidade da prestação de serviços e para minimizar o risco, serão colocados no topo das prioridades. Temos consciência das dificuldades resultantes da eleição destas prioridades, mas é um desafio que muito nos entusiasma e para o qual procuraremos dar uma resposta eficiente. A falta de sustentabilidade económico-financeira verificada nos últimos anos, é para nós, não só uma grande preocupação, mas também um desafio que nos obriga a procurar um rigoroso equilíbrio entre a definição dos objectivos estratégicos na vertente assistencial, com a necessária racionalização dos recursos humanos e materiais, sem negligenciar o investimento indispensável à progressiva diferenciação e aquisição de meios técnicos. Apesar deste cenário, o Hospital de Faro não deixará de dar resposta aos novos desafios definidos pela Tutela, prevendo-se, para 2010, o reforço da sua capacidade de resposta nas seguintes áreas: • Tratamento da Infertilidade; • Combate à Obesidade. Encontra-se também previsto o alargamento do protocolo celebrado com a Rede de Cuidados Continuados Integrados para as áreas de Convalescença, com 30 camas e a dos Cuidados Paliativos, com 10 camas. Como perspectivas de actividade para 2010, espera-se um ligeiro crescimento das actividades programadas (internamento, consulta externa e cirurgia) ao passo que em algumas actividades de ambulatório se esperam taxas de crescimento mais elevadas, como é o caso da Cirurgia de Ambulatório e de alguns Hospitais de Dia. Para terminar, deixamos uma palavra de confiança e de agradecimento a todos os colaboradores, salientando que os êxitos que queremos atingir dependem da forma como cada um abraça a missão e aplica os seus valores, em prol dos altos desígnios exigidos pela Comunidade.
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2 HOSPITAL DE FARO, E.P.E.
2.1 BREVE APRESENTAÇÃO Situado numa zona central da cidade de Faro e de fácil acessibilidade, o Hospital de Faro, E.P.E. foi programado para substituir o antigo Hospital da Santa Casa da Misericórdia. O actual empreendimento hospitalar viu iniciada a sua construção em 1977, a qual foi concluída em 1979, tendo oficialmente iniciado a sua actividade a 4 de Dezembro desse mesmo ano, após publicação do respectivo Quadro Orgânico de Pessoal. Desde a sua criação, e até à actualidade, são atribuições legais desta Instituição a prestação global de cuidados de saúde à população da sua área de influência, directamente através dos seus serviços ou indirectamente através da contratação com outras Entidades, bem como assegurar as actividades de saúde e os meios necessários ao exercício das suas competências na área geográfica abrangida. Ao longo dos anos, muitas foram as adaptações de estrutura e de organização que sofreu, mudanças que alteraram a sua capacidade de resposta assistencial, com acréscimo significativo dos níveis de complexidade, diferenciação técnica e de especialização nos Serviços. Actualmente, com uma área total de 46.500 m2, o Conjunto Hospitalar é composto por um bloco principal, orientado a Sul, com 8 pisos, divididos em área poente e nascente. Nele estão situados a maior parte dos Serviços de Internamento de agudos. Estão ainda localizados neste edifício os Serviços de Urgência, os Blocos Operatório Convencional e de Partos, a Medicina Física e Reabilitação, a Anatomia Patológica, a Imagiologia, a Esterilização Central, o Serviço de Imunohemoterapia, o Laboratório de Análises Clínicas, o Serviço de Alimentação e Dietética, o Serviço Social, os serviços Farmacêuticos assim como diversos serviços de apoio. As Consultas Externas e a Unidade de Cirurgia Ambulatório estão localizadas num edifício separado, a funcionar desde 2004, numa posição paralela ao edifício principal, encontrando-se no topo o heliporto. Num outro edifício do complexo hospitalar, encontra-se instalado o Conselho de Administração e diversos Serviços Administrativos.
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Num edifício independente, a cerca de 1 km do Complexo Hospitalar encontram-se instalados o Departamento de Psiquiatria e a área do internamento do serviço de Pneumologia. No que diz respeito à assistência, o Hospital de Faro dispõe de um Serviço de Urgência Polivalente que engloba a Urgência Geral, a Urgência de Ginecologia e Obstetrícia e a Urgência Pediátrica. O Internamento está organizado por Especialidades Clínicas, correspondendo as respectivas lotações aos rácios definidos pelas Redes de Referenciação Hospitalar. Dispõe ainda de Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos, de Cuidados Intensivos Polivalentes e de Cuidados Intensivos Coronários. No âmbito do tratamento das doenças cardiovasculares, o Hospital de Faro encontra-se apetrechado com uma moderna Unidade de Hemodinâmica e uma Unidade de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC). No início do ano de 2007, através da celebração de protocolo com a ARS Algarve, o Hospital de Faro assumiu, no âmbito da Rede de Cuidados Continuados, a gestão de uma Unidade de Convalescença. Esta Unidade tem como objectivo o tratamento e supervisão clínicas e de enfermagem, de forma continuada e intensiva, bem como de cuidados de reabilitação, na sequência do internamento hospitalar. A duração prevista de internamento não deverá ali exceder os 30 dias. Esta Unidade funciona nas Instalações do Centro de Saúde de Loulé e tem uma capacidade máxima 20 camas.
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ENQUADRAMENTO DO HOSPITAL NA REGIÃO E COM AS RESTANTES ENTIDADES DE SAÚDE O grupo de Hospitais Públicos da Região do Algarve é composto pelo Hospital de Faro, E.P.E. e pelo Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA, E.P.E.), que integra o antigo Hospital Distrital de Lagos (HDL) e o Hospital do Barlavento Algarvio (HBA). No início de 2007, entrou em funcionamento o Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul (Hospital especializado do SNS), situado no Município de São Brás de Alportel, que dispõe de 54 camas de internamento. O Hospital do Barlavento Algarvio (HBA) está localizado em Portimão e é de construção recente (1999). Em 2002, foi transformado em Sociedade Anónima e, em Agosto de 2004, deu-se a criação do Centro Hospitalar, passando nessa altura a designar-se CHBA, SA. Em Dezembro de 2005, ocorreu nova transformação, já que o CHBA passou a Entidade Pública Empresarial (E.P.E.). O Hospital de Faro está localizado no Concelho com o mesmo nome. A sua construção ficou concluída em 1979 tendo-se, entretanto, procedido a diversas obras de melhoria, requalificação e ampliação das instalações. De acordo com o papel que lhe é conferido pelas Redes de Referenciação Hospitalar é Unidade de fim de linha nas seguintes áreas: • Apoio Perinatal Diferenciado • Anatomia Patológica • Cardiologia de Intervenção • Cirurgia Vascular • Genética Médica • Medicina Física Reabilitação • Nefrologia • Neurocirurgia • Neurologia • Psiquiatria e Saúde Mental – Infantil e Adolescência • Reumatologia • Urgência/Emergência Na Região do Algarve, existem também quatro Hospitais privados, com um total de 210 camas. O rácio de camas do sector público na Região, por 1.000 habitantes, é de 1,95. O rácio no Algarve (sector público mais sector privado) é de 2,48, sendo inferior à média Nacional, que se fixa nos 3,75. Recentemente, e na sequência de estudos desenvolvidos por iniciativa da Tutela, não só foi decidida a construção do Novo Hospital Central do Algarve, como a substituição do actual Hospital de Faro por aquela futura Unidade, perspectivando-se que os respectivos trabalhos estejam concluídos em meados de 2013.
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EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE NA ÁREA DE ATRACÇÃO A Região do Algarve destaca-se pelo dinamismo demográfico apresentado nas últimas décadas. Esta Região registou um forte crescimento populacional a partir dos anos 90 (13,6% entre 1991 e 2001). No Algarve, podem definir-se duas áreas bastante diferenciadas, a saber: uma de baixa densidade populacional (com menos de 100 hab./Km2, que abrange uma superfície superior a 70% do território) e uma outra, de alta densidade populacional (mais de 100 hab./Km2) concentrada na faixa central do litoral Sul. Devido ao crescimento da população entre 1991 e 2001, verificaram-se alterações na sua pirâmide etária que se traduzem na diminuição da população jovem e no aumento da população com mais de 65 anos. Em 2001, 73.613 habitantes do Algarve tinham uma idade igual ou superior a 65 anos, o que significa uma percentagem de 18,6% sobre o total de habitantes da Região. O índice de envelhecimento da Região (128) em 2001 era, segundo dados do INE, superior ao da média Nacional (105). Os dados indicam a existência de uma modificação na estrutura familiar clássica. O Algarve apresenta valores superiores aos registados em Portugal relativamente à proporção de idosos com mais de 75 anos que vivem sós (2% da população com mais de 75 anos), a par dum menor número médio de membros por família (2,6). A taxa global de fecundidade na Região diminuiu, entre 1990 e 2004 de 48,8 para 47,4 observando-se, em simultâneo, que a fecundidade se verifica numa idade cada vez mais avançada. Não obstante, o índice de fecundidade na Região é, ainda assim, superior ao de Portugal Continental (42,2)1 e o mesmo ocorre com a taxa de natalidade: 11,7% no Algarve e 11,0% no Continente (INE, Estimativas 2004). A taxa de mortalidade no Algarve (11,0%) é também superior à apresentada no Continente (9,7% em 2004), segundo as estimativas do INE para esse ano. Ainda que a esperança média de vida à nascença tenha sofrido um crescimento positivo na Região do Algarve entre 1990 e 2004, de aproximadamente três anos (de 73,8 para 76,9, respectivamente) esta é, ainda, a região que apresenta a esperança média de vida mais baixa em Portugal Continental, onde a média é de 77,7 anos2 . O forte crescimento populacional que se registou na Região do Algarve durante os últimos 25 anos não se realizou de maneira uniforme em todo o território. Entre 1991 e 2001, os Concelhos de Alcoutim, Castro Marim, Monchique e Vila do Bispo experimentaram um crescimento negativo (INE, Censo 1991 e 2001), superior a 10% da população e são estes os Concelhos que simultaneamente apresentam a maior percentagem de população idosa, com valores superiores a 25% 3. Dois dos factores que contribuem para o forte dinamismo demográfico apresentado na Região são o seu forte poder de atracção de imigrantes e turistas. 1
Projecções de população residente por sexos e grupos etários quinquenais, 2005-2040, Estrutura de Missão Parcerias da Saúde, 2006.
2
Ibidem.
3
A percentagem de população com idade igual ou superior a 65 anos na Região é de 18,9% (INE, Censo 2001).
O movimento de entrada de imigrantes (oriundos, na sua maioria, da Ucrânia, Grã-Bretanha e Brasil) efectivava-se num total de 62.877 emigrantes residentes no Algarve em 20054. Do total de nados vivos na Região em 2005, 19% eram de mãe Estrangeira5. Por outro lado, o Algarve é a Região com maior poder de atracção de turistas em Portugal Continental, o qual se regista fundamentalmente na faixa central do litoral Sul da Região e durante os meses de Verão. A população presente no Algarve, em épocas normais, era de 825.518 pessoas em 2006, o que representa mais do dobro da população residente no Algarve (ARS Algarve, 2006). Em época alta, a população presente ascendeu a 1.567.610 pessoas em 2006 e prevê-se que, em 2031 seja de 1.736.840 pessoas . Finalmente, e segundo as estimativas realizadas pelo INE (hipótese média), a população algarvia crescerá consideravelmente até 2025, chegando, nesse ano, aos 502.936 habitantes. De novo, este crescimento ocorrerá nas freguesias situadas no litoral, enquanto as freguesias da Serra e Barrocal registarão um crescimento negativo. Em suma, os diferentes vectores que caracterizam a dinâmica demográfica da Região do Algarve, referidos ao longo deste capítulo, colocam desafios ao nível das necessidades de saúde existentes e da oferta de serviços de saúde. A forte concentração populacional registada na faixa litoral da Região, a sazonalidade, o aumento da população imigrante e o reforço e diversificação da oferta turística no Algarve são outros factores que exigem a revisão do actual modelo de prestação de cuidados de forma a responder às necessidades emergentes, garantido simultaneamente a sustentabilidade e equidade na prestação dos serviços de saúde, ao mesmo tempo que se persegue o desideratum de aumento da qualidade dos serviços prestados. O Hospital de Faro é o hospital de referência em várias especialidades para a região do Algarve, que segundo o Anuário Estatístico da Região do Algarve 2008, tem 430.084 habitantes residentes e é, simultaneamente, um hospital geral para a população da sua área de influência directa, que é de cerca de 250.000 habitantes. No que se refere à referência regional, presta assistência em áreas de maior complexidade donde se destacam: • Unidades de Cuidados Intensivos: Unidade de Cuidados Intensivos Geral; Unidade de Cuidados Intensivos Coronários e Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos; • As especialidades de Nefrologia, Neurocirurgia e Cirurgia Plástica; • Unidade de Cardiologia de Intervenção – Hemodinâmica e Pacing; • Unidade de AVC e Unidade de Cuidados Intermédios na Urgência; • Centro de Diagnóstico Pré Natal.
4
SEF, Nacionalidades mais representativas no Algarve 2005.
5
ARS Algarve, 2006, Nados vivos 2000/2005 nos Hospitais da Região de Saúde do Algarve.
6
ARS Algarve, 2006. Dinâmicas demográficas e turísticas no Algarve, 1986-2031.
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2.2 MISSÃO, OBJECTIVOS E ESTRUTURA
VISÃO O Hospital de Faro quer ser um hospital de qualidade excelente, em permanente aperfeiçoamento profissional e técnico, capaz de lograr um alto grau de satisfação dos agentes sociais, dos profissionais que nele trabalham e, especialmente, dos seus utentes.
MISSÃO O Hospital de Faro é um hospital público, com características de hospital central, cuja finalidade é elevar a qualidade dos cuidados de saúde prestados à população, e satisfazer as necessidades e expectativas dos seus utentes mediante a prestação de serviços de saúde especializados. Para isso, assume como vectores principais de actuação o desenvolvimento da melhoria contínua nos seguintes domínios: • A motivação e o desenvolvimento profissional das pessoas que trabalham no Hospital; • A eficiência e o equilíbrio financeiro da gestão; • A contribuição para a melhoria do Sistema Nacional de Saúde, pela cooperação e coordenação com outras organizações deste sistema.
VALORES O Hospital de Faro e os seus Colaboradores desenvolvem a sua actividade no respeito pelo valor fundamental que é o Trabalho em prol dos Utentes, pois o Doente/Utente é o protagonista essencial dos Cuidados Assistenciais prestados, constituindo, por isso, o centro de toda a atenção dos Profissionais de Saúde da Instituição. Para além desse valor fundamental, outros há que são igualmente prosseguidos, a saber: • Trabalho de Equipa; • Orientação para os resultados (ganhos em saúde); • Aposta na inovação; • Sentido de pertença; • Gestão participativa.
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2.3 - CARACTERIZAÇÃO DO DISPOSITIVO ASSISTENCIAL O Hospital dispõe actualmente, nas áreas assistenciais, de um conjunto de recursos humanos de elevada qualidade e um conjunto de recursos técnicos altamente sofisticados do ponto de vista técnico científico, que conferem uma melhoria, facilitação e agilização dos procedimentos quer no âmbito da gestão clínica quer no que se refere às áreas se apoio, os quais se reputam de essenciais, tendo em conta o papel que lhe é concedido pelas diferentes Redes de Referenciação Hospitalar, o actual nível das listas de espera, os desafios que lhe são colocados pelo facto de ter que criar condições internas que permitam garantir uma eficiência económico-financeira.
Neste quadro de exigências, o Hospital possui de um vasto conjunto de recursos os quais podem ser agrupados em três grandes áreas: • Serviços de Prestação de cuidados de Saúde; • Serviços de Apoio à Prestação de Cuidados de Saúde; • Serviços de Apoio à Gestão e à Logística Geral. Os serviços de prestação de cuidados de saúde são compostos conforme a tabela “Dispositivo Assitencial” (pág.18). À semelhança dos anos anteriores, durante o ano de 2009 o Hospital tem desenvolvido um conjunto de iniciativas no sentido de aumentar as competências destas valências, apostando fortemente em políticas de qualidade e investigação.
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DISPOSITIVO ASSISTENCIAL SERVIÇOS DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS SAÚDE
Internamento
UCI's
Hospital Dia
Urgências
Consulta Externa
Cir. Ambul.
MCDT’s
Outros
Anestesiologia Cardiologia
Hemodinámica
Cirurgia Geral Cirurgia Plástica Dermatologia Doeças Infecciosas Estomatologia Gastrenterologia Ginecologia/Obstetrícia Hamatologia Clinica Imagiologia Imunoalergologia Imuno-Hemoterapia Medicina Física e Reabilitação Medicina Nefrologia Neurocirurgia Neurologia Oftalmologia Oncologia Ortopedia Otorrinolaringologia Patologia Clínica Inclui o Centro de Desenvolvimento
Pediatria (1) Pneumologia
Serviço domiciliário à comunidade/ Residentes
Psiquiatria Reumatologia Senologia Unidade Cuidados Intermédios (2) Unidade Cuidados Intensivos
Inclui a Unidade AVC
Urgência Geral Urologia
Existe
24 Horas
12 Horas ou menos
QUALIDADE É sabido que a qualidade em cuidados de saúde pode significar um diagnóstico adequado no momento certo, uma escolha terapêutica correcta efectuada no instante idóneo, e um tratamento eficaz administrado na ocasião certa, eliminando-se ou reduzindo-se, ao máximo, todos os efeitos secundários. Ora, tendo em conta que o tempo do pessoal e os recursos são deveras valiosos, a qualidade também poderá traduzir-se numa gestão eficiente de recursos limitados, com o objectivo de melhorar sempre a cura, os cuidados e a consolação. Por outro lado, não se ignora que um modelo de qualidade contribui para a gestão eficiente dos recursos, melhora os tempos de espera e a satisfação dos utentes, favorece a competência e a motivação do pessoal, e garante a segurança e a eficácia do tratamento. Assim, e pese embora, se reconheça que em Portugal não existe, ainda, um plano de qualidade de aplicação de carácter geral e obrigatório para os hospitais públicos, a verdade é que esta Instituição prestou, já no ano de 2009, uma atenção à qualidade como um elemento primordial dos Objectivos Institucionais. Assim sendo, na actividade assistencial pretendeu-se assegurar, permanentemente, a prestação de cuidados de saúde de qualidade, acessíveis e em tempo oportuno e, concomitantemente, procurando também garantir a maior segurança dos utentes, em todo o processo assistencial. Foi precisamente neste contexto, que se começou a desenhar uma política formal de qualidade, consubstanciada numa melhoria contínua, quer dos cuidados de saúde, quer dos serviços de gestão e apoio, de acordo com as necessidades e as legítimas expectativas dos utentes/doentes. Aliás, o cumprimento dos objectivos assumidos nos próprios contratos-programa e nos planos de acção têm sido impreterivelmente objecto de uma avaliação constante e de uma monitorização rigorosa para assegurar, justamente, a concretização das metas estabelecidas e o sucesso do Hospital de Faro, enquanto prestador de cuidados de saúde diferenciados e de excelência. Constituiu, igualmente, um desígnio do Hospital de Faro promover a melhoria contínua de todos os níveis das suas estruturas de gestão, de forma a dotar a Unidade Hospitalar de um modelo de gestão ainda mais competente, efectivo, participado e motivado, no quadro de uma política de permanente desenvolvimento organizacional. Evidentemente que, para alcançar estes ambiciosos desideratos, muito tem contribuído o envolvimento de todos os profissionais do Hospital. De facto, sendo que a qualidade é uma condição sine qua non para que seja possível atingir os objectivos propostos, o Hospital de Faro tem trilhado um caminho já relevante neste domínio. Além disso, a política de qualidade constitui, por si só, um verdadeiro imperativo ético que ajuda a obter os melhores resultados de saúde esperados para o utente/doente e também a redução de eventuais desperdícios. Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
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Posto isto, é forçoso assinalar que no Hospital de Faro funcionam, em permanência, diversas Comissões Técnicas, tais como: a Comissão de Controlo de Infecção, a Comissão de Farmácia e Terapêutica, a Comissão de Altas, a Comissão de Feridas, a Comissão de Coordenação Oncológica, a Comissão de Ética, a Comissão Técnica de Certificado de Interrupção da Gravidez, que acabam por ser Grupos de Trabalho que têm como intuito a melhoria da qualidade das nossas actividades de promoção, de prevenção e de prestação de cuidados, com base numa avaliação contínua e sistemática. Estas Comissões apoiam os Órgãos de Administração do Hospital no acompanhamento e na tomada de decisões relativas a aspectos gerais ou específicos de actuação, segundo as suas atribuições e obrigações. Finalmente, note-se que no ano de 2009 o Hospital de Faro, E.P.E. diligenciou no sentido de se discutirem diversos modelos de qualidade, de concepção e de desenvolvimento de protocolos clínicos e avançou, inclusivamente, com diversas actividades nesta matéria. Neste sentido, e a título meramente exemplificativo pode-se referir o processo de certificação do Serviço de Imuno-hemoterapia, a monitorização de segurança do sistema de distribuição individual em dose unitária, a monitorização da segurança do Sistema de Distribuição Tradicional, o melhoramento e a avaliação constante dos serviços de limpeza e a introdução de novas funcionalidades do sistema de pesagem de resíduos Hospitalares perigosos, entre outros.
INVESTIGAÇÃO A Investigação é um dos pilares estruturais do Centro de Formação, Investigação e Conhecimento (CFIC) do Hospital de Faro, E.P.E., justificando-se, por isso, a constituição formal de uma Unidade de Investigação. Esta Unidade de Investigação, surgiu em Janeiro de 2009, com o intuito de estimular o crescimento da vertente da investigação no Hospital, e tornou-se fundamental poder contar com o contributo e com os conhecimentos de todos os profissionais, na prossecução dos seguintes objectivos: • Contribuir para o desenvolvimento da investigação na área da saúde; • Fomentar a criação de uma cultura científica guiada por objectivos e critérios de avaliação mensuráveis; • Estimular a cooperação científica inter-institucional Nacional e Estrangeira; • Identificar áreas prioritárias de investigação; • Apoiar a acção dos investigadores; • Recolher, organizar, divulgar e disponibilizar informação necessária para fins de investigação, docência, tutoria ou prestação de serviços, através de meios próprios ou de recursos partilhados do CFIC. 20 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
Para além da organização de várias acções formativas na área de Investigação Clínica, a constituição de uma comunidade de prática baseada na plataforma de e-learning do Hospital é outra das actividades actualmente em desenvolvimento. A criação desta comunidade de prática possibilitou a promoção e uma maior notoriedade da Investigação junto dos colaboradores do Hospital e a dinamização da sua actuação. Aqui, para além da compilação e permanente actualização de informações relacionadas com a Investigação, é prestado apoio aos investigadores ou pessoas que pretendam desenvolver investigação no/ou sobre o Hospital. Este apoio à distância foi reforçado, através da disponibilização de ferramentas de conferência e “chat”, mediante as quais todos os interessados podem esclarecer dúvidas, em directo, com um elemento da Unidade de Investigação, que se disponibiliza para esses fins, de acordo com um calendário estabelecido. Relativamente aos Projectos de Investigação e Ensaios Clínicos, é de referir que todos são apoiados e dinamizados pela Unidade de Investigação, encontrando-se a decorrer permanentemente várias actividades. Por outro lado, o Hospital de Faro E.P.E., há já alguns anos, que mantém relações cordiais com a Universidade do Algarve e, em conjunto, têm apresentado temas de interesse para as duas Instituições. Já foram convidados Professores Universitários e Investigadores a mostrar os seus trabalhos, o que posteriormente, serviu de motivação aos Médicos Internos e responsáveis pela Formação. Actualmente, com a implantação do Curso de Medicina PBL na Universidade do Algarve, esta interligação tem sido ainda mais produtiva. Já foram convidados alguns responsáveis de Formação e Internos para conhecer o funcionamento deste novo sistema de aprendizagem e alguns Médicos já tiveram hipótese de participar na formação destes futuros colegas, mediante a realização de seminários PBL. De referir também que existe uma Comissão Intra-Hospitalar que tem reuniões bi ou trimestrais com os responsáveis do Curso, para elaborar os objectivos e planos de formação para os alunos. Assim, são planificadas as visitas periódicas pelos diferentes Serviços do Hospital, com a finalidade de aprender com a prática, o que foi explicado nas aulas teóricas.
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ÓRGÃOS
SOCIAIS
Os elementos que compõem o Conselho de Administração foram nomeados através do Despacho nº 28327/2008, de 05 de Novembro, do Ministro de Estado e das Finanças e da Ministra da Saúde, sendo este Órgão constituído por cinco elementos, sendo um o Presidente, dois os Vogais Executivos e dois os Vogais Não Executivos, respectivamente:
• Presidente - Dra. Ana Paula Pereira Gonçalves; • Vogal Executivo (1) - Prof. Doutor Francisco Manuel Dionísio Serra; • Vogal Executivo (2) - Dr. António Miguel Ventura Pina; • Directora Clínica - Dra. Maria Helena Marques Pereira Branco Gomes; • Enfermeira Directora - Enf.ª Maria Filomena do Rosário Rafael Martins.
Fazendo parte dos Órgãos Sociais, o Fiscal Único é o responsável pelo controlo de legalidade, da regularidade e da boa gestão financeira e patrimonial da Instituição. Foi nomeado pelo Despacho nº 11123/2009, de 05 de Maio, do Ministro das Finanças e é constituído por um Fiscal Único efectivo e um suplente, respectivamente:
Efectivo - Sociedade Grant Thornton & Associados, SROC; Suplente - Sociedade Alves da Cunha, A. Dias & Associados, SROC.
Com os Órgãos Sociais, atrás mencionados, encontram-se criadas condições para a efectiva segregação de funções de Administração, Execução e de Fiscalização.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
23
4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
4 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Conselho de Administração
Órgãos de Apoio Técnico
Conselho Consultivo
Gabinetes de Apoio
Comissão de Controlo de Infecção
Centro de Formação, Investigação e Desenvolvimento
Comissão de Coordenação Oncológica
Gabinete de Comunicação
Comissão de Ética
Gabinete de Estatística
Comissão de Farmácia e Terapêutica
Gabinete de Auditoria, Planeamento e Controlo de Gestão
Comissão de Feridas
Gabinete Jurídico e Contencioso
Comissão Técnica de Certificação da IVG Equipa de Gestão de Altas
Suporte à Prestação de Cuidados
Prestação de Cuidados
Apoio Geral e Logística
Anatomia Patológica
Anestesiologia
Serviço de Gestão de Doentes
Bloco Operatório
Cardiologia
Serviço de Aprovisionamento
Cirurgia Ambulatória
Cirurgia Geral
Dietética e Nutrição
Cirurgia Plástica
Serviço de Instalações e Equipamentos
Esterilização
Dermatologia
Serviços Gerais
Farmácia
Diabetologia
Serviço de Gestão Financeira
Imagiologia
Gastrenterologia
Serviço de Informática
Imuno-Hemoterapia
Ginecologia e Obstetrícia
Serviço de Recursos Humanos
Patologia Clínica
Medicina Física e Reabilitação
Psicologia
Medicina I
Apoio Espiritual e Religioso
Medicina II
Serviço Social
Nefrologia
Gabinete do Utente
Neurocirurgia Neurologia Oftalmologia Oncologia Ortopedia Otorrinolaringologia Pediatria Pneumologia Psiquiatria Senologia Urgência Unidade de AVC Unidade de Cuidados Coronários Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos Urologia Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
25
5 ACTIVIDADE GLOBAL 5.1 ACTIVIDADE ASSISTENCIAL O movimento assistencial de 2009 reflecte o compromisso do Hospital em melhorar e garantir a acessibilidade aos cuidados de saúde, com maior enfoque no ambulatório e na actividade cirúrgica. Movimento assistencial do triénio de 2007 a 2009
Indicadores Globais
2007
2008
2009
Δ% 08/07
Δ% 09/08
Internamento
Doentes Saídos Dias Internamento
19.801
19.641
20.011
-0,80%
1,90%
154.718
153.048
160.669
-1,10%
5,00%
28.735
31.640
31.516
10,10%
-0,40%
134.557
136.195
145.462
1,20%
6,80%
169.578
200.216
200.967
18,07%
0,40%
4.439
4.584
4.683
3,30%
2,20%
7.836
8.303
8.637
6,00%
4,00%
219
3.401
5.912
1453,00%
73,80%
2.398.026
2.647.634
2.387.083
10,40%
-9,80%
Hospital de Dia
Total Sessões Urgência
Total Doentes Assistidos Consultas Externas Médicas Total Consultas
Serviço Domiciliário Total Domicílios Actividade Cirúrgica
Bloco Operatório Convencial Cirurgia do Ambulatório Análises/Exames Total Análises e Exames
Tabela: 1 nota: Estão incluídos os doentes crónicos
Os resultados apresentados no quadro anterior demonstram que existiu, durante o ano 2009, um aumento da procura de cuidados de saúde, com reflexo nas várias linhas de actividade do Hospital, nomeadamente no internamento e na urgência. O aumento verificado pode ser explicado pela conjugação de vários factores, entre os quais, o progressivo envelhecimento da população, as condições climatéricas rigorosas, o surto da Gripe H1N1 ou mesmo, o agravamento da crise económica. Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
27
INTERNAMENTO Durante o ano de 2009, esta linha de actividade sofreu varias reestruturações, que passou pelo redimensionamento da lotação de serviços; criação de unidades novas para dar uma resposta mais eficiente aos doentes que entram pela urgência, assim como promovendo a substituição dos episódios de internamento de curta duração, por episódios de ambulatório. Apesar do crescimento significativo da actividade de ambulatório, a verdade é que não se verificou grande impacto na actividade do internamento, uma vez que houve um acréscimo quer do nº de doentes saídos quer do nº de dias de internamento, de 1,9% e de 3,5% face a 2008, respectivamente.
Total do Internamento Lotação Praticada Doentes Saídos Dias Internamento
2007
2008
2009
Δ 09/08
Δ% 09/08
488
478
501
23
4,80%
19.801
19.641
20.011
370
1,90%
154.718
153.048
158.479
5.431
3,50%
Demora Média
7,81
7,79
7,92
0,13
1,60%
Doente/cama
40,58
41,09
39,94
-1,15
-2,80%
Taxa de Ocupação
86,86
87,48
86,66
-0,82
---
0,75
0,78
0,69
-0,09
---
Taxa de Reinternamento -72 horas
Tabela: 2
A demora média sofreu um ligeiro aumento de 1,4%, situando-se nos 7,92 dias, apesar do Hospital durante o ano de 2009 ter desenvolvido uma politica de gestão de altas proactiva no sentido de obter uma redução dos tempos de internamento inapropriados. A taxa de Reinternamento nas primeiras 72 horas após alta foi de 0,69%, representado um decréscimo de 0,09% face ao ano 2008. Merece ainda destaque, a particularidade de o ano em análise ficar caracterizado pela Gripe H1N1, o que forçou o Hospital a criar condições para tratar os potenciais portadores desta patologia, criando-se assim ao nível do internamento o serviço de Doenças Infecciosas com a lotação de 15 camas.
28 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
ESPECIALIDADES MÉDICAS Como se pode constatar no quadro seguinte, verificou-se um aumento de 5,7% de doentes saídos nas Especialidades Médicas. Este acréscimo reflectiu-se especialmente nos Serviços de Medicina, representado um aumento de 3.967 doentes saídos de internamento. Movimento assistencial do triénio de 2007 a 2009:
Especialidades Médicas
2007
Lotação Praticada Doentes Saídos Dias Internamento
2008
2009
Δ 09/08
Δ% 09/08
161
161
179
18
11,20%
7.279
6.393
6.755
362
5,70%
60.620
56.747
62.370
5.623
9,90%
Demora Média
8,33
8,88
9,23
0,35
4,00%
Doente/cama
45,21
39,71
37,74
-1,97
-5,00%
103,16
96,3
95,46
-0,84
---
0,77
0,99
0,73
-0,26
---
Taxa de Ocupação Taxa de Reinternamento -72 horas
Tabela: 3
A taxa de ocupação foi de 95,46%, sendo a rotatividade de doente por cama de 37,74 doentes. A taxa de reinternamento nas primeiras 72 horas após alta, decresceu em -0,26% comparativamente com o ocorrido em 2008.
ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS O quadro em baixo, representa o movimento assistencial verificado no triénio de 2007 a 2009. Movimento assistencial do triénio de 2007 a 2009.
Especialidades Cirúrgicas Lotação Praticada Doentes Saídos Dias Internamento Demora Média
2007 154
2008 147
2009 147
Δ 09/08
Δ% 09/08 0
0,00%
5.394
5.882
5.997
115
2,00%
45.883
48.913
48.126
-787
-1,60%
8,51
8,32
8,03
-0,29
-3,50%
Doente/cama
35,03
40,01
40,8
0,79
Taxa de Ocupação
81,63
90,91
89,7
-1,21
---
0,74
0,61
0,72
0,11
---
Taxa de Reinternamento -72 horas
2,00%
Tabela: 4
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
29
Na análise dos dados apresentados, pode-se verificar que a lotação dos Serviços das Especialidades Cirúrgicas não sofreu alteração comparativamente com o ano anterior (147 camas). Por outro lado, constata-se que houve um aumento de 2,0% de doentes saídos das Especialidades cirúrgicas, observando-se, simultaneamente, uma diminuição dos dias de internamento (-0,6%). Este facto está relacionado com o aumento das cirurgias realizadas no ano de 2009. A demora média reduziu-se em -3,5%, em comparação com o ano de 2008, enquanto a taxa de ocupação sofreu uma pequena descida (de 90,91% para 89,70%).
OBSTETRÍCIA/GINECOLOGIA Os Serviços de Obstetrícia e Ginecologia mantiveram a mesma lotação. Movimento assistencial do triénio de 2007 a 2009.
Obstetrícia/Ginecologia Lotação Praticada Doentes Saídos Dias Internamento
2007
2008
2009
Δ 09/08
Δ% 09/08
68
71
71
0
0,00%
4.719
4.935
4.609
-326
-6,60%
18.336
18.707
17.677
-1.030
-5,50%
Demora Média
3,89
3,79
3,84
0,05
1,30%
Doente/cama
69,4
69,51
64,92
-4,59
-6,60%
73,88
71,99
68,21
-3,78
---
0,87
0,77
0,65
-0,12
---
Taxa de Ocupação Taxa de Reinternamento - 72 horas
Tabela: 5
Verificou-se, contudo, uma diminuição comparativamente com o ano de 2008, quer em relação ao número de doentes saídos de internamento (6,6%), quer em relação aos dias de internamento (- 5,5%), Em consequência, a taxa de ocupação e o indicador doente por cama, com valores 68,21% e 64,92 doente/cama respectivamente, foram inferiores aos do ano transacto. A demora média revelou um ligeiro aumento, na ordem de 1,3%.
PEDIATRIA A lotação do Serviço de Pediatria não sofreu alteração. Movimento assistencial do triénio de 2007 a 2009
30 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
Pediatria
2007
Lotação Praticada
2008
2009
Δ 09/08
Δ% 09/08
28
28
28
0
0,00%
Doentes Saídos
1.171
1.140
1.166
26
2,30%
Dias Internamento
5.603
5.758
5.413
-345
-6,00%
Demora Média
4,67
4,97
4,54
-0,43
-8,70%
Doente/cama
42,82
41,36
42,61
1,25
3,00%
Taxa de Ocupação
54,82
56,19
52,96
-3,23
---
0,51
0,96
0,86
-0,1
---
Taxa de Reinternamento -72 horas
Tabela: 6
Verificou-se um aumento de 2,3% de doentes saídos, comparativamente com o ano de 2008, correspondendo a 26 doentes saídos de internamento. Os dias de internamento revelaram uma diminuição na ordem dos 6%, com impacto na demora média, registando um decréscimo de 8,7%.
UCI’S UC INTERMÉDIOS Em 2009, o Hospital dispunha de três Unidade de Cuidados Intensivos, (Polivalente, Cardiologia e Pediatria/ Neonatologia), e mais duas Unidades de Cuidados Intermédios (AVC e Polivalente), com uma lotação total de 47 camas. A Unidade de Cuidados Intermédios Polivalente foi criada com a finalidade de absorver os utentes provenientes do Serviço de Urgência que careciam de cuidados de saúde de maior complexidade. Movimento assistencial do triénio de 2007 a 2009.
UCI`s, UC Intermédios e UAVC Lotação Praticada
2007
2008 42
Doentes Saídos Dias Internamento Demora Média Doente/cama Taxa de Ocupação Taxa de Reinternamento - 72 horas
2009 42
Δ 09/08 47
Δ% 09/08 5
11,90%
781
782
878
96
12,30%
11.795
11.639
12.817
1.178
10,10%
15,1
14,88
14,6
-0,28
-1,90%
18,6
18,62
18,68
0,06
76,94
75,72
74,71
-1,01
---
0,30%
0,26
0,38
0,34
-0,04
--Tabela: 7
Estas UCI’s e UC Intermédios comportaram 878 doentes saídos, para 12.817 dias de internamento, correspondendo a um aumento superior a 10%, comparativamente com o ano de 2008. A demora média foi de 14,6 dias, correspondendo a um decréscimo de 1,9%, consequência da criação da nova Unidade de Cuidados Intermédios Polivalente do Serviço de Urgência. Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
31
ACTIVIDADE DE AMBULATÓRIO CONSULTA EXTERNA O que caracterizou esta linha de actividade no ano de 2009, foi o elevado crescimento verificado nas primeiras consultas externas, facto que demonstra os esforços desenvolvidos pelo Hospital, no sentido de optimizar a acessibilidade por parte dos utentes à consulta externa. Em 2009, o Hospital obteve uma taxa de acessibilidade de 32,1%, quando em 2008 era de 26,1%, assumindo-se, assim, uma taxa de acessibilidade superior ao valor de referência nacional para os Hospitais Centrais que é de 30%. Esta situação só foi possível com a conjugação de factores como a eficiência na gestão dos recursos humanos com o aumento do n.º de consultas referenciadas.
Indicadores de Qualidade e Eficiência
2007
Taxa de Acesso
2008
Δ 09/08
2009
% 09/08
22.5%
26,1%
32,1%
5,9%
678
801
804
3
Consultas por dia útil
0,4% Tabela 8
nota: estes dados da tabela 1 contemplam a Psiquiatria
No total das consultas externas, o Hospital de Faro realizou mais 752 consultas (550 da psiquiatria e 202 da soma das restantes especialidades), quando comparado com o período homólogo. O comportamento verificado resulta, exclusivamente, do aumento significativo do nível das primeiras consultas (mais 11.781). Em contrapartida, ao nível das consultas subsequentes, houve uma redução na ordem dos 8,1%, facto que se ficou a dever, exclusivamente, a uma correcção no registo das consultas da especialidade de oncologia (subconsulta de avaliação de quimioterapia), na ordem das 16.166 consultas, por questões relacionadas com os critérios de aceitação/recusa, pelas entidades externas, dos actos clínicos praticados.
Indicadores de Actividade (sem psiquiatria)
2007
2008
2009
Δ 09/08
% 09/08
Primeiras
37,303
51,599
63,380
11,781
22,8%
Seguintes
125,656
143,434
131,855
-11,579
-8,1%
Total
162,959
195,033
195,033
202
0,1% Tabela 9
Na generalidade, todas as especialidades produziram mais consultas, destacando-se a Oftalmologia, a Gastrenterologia a Dermatologia e a Ortopedia onde se realizaram mais 6.182; 3.677; 2.089 e 1.521 consultas, respectivamente. Contudo, apesar de na generalidade das especialidades se verificar um aumento de produção, não houve impacto ao nível total das consultas realizadas, quando comparado com 2008, o que se deve, mais uma vez, à especialidade de Oncologia, pelas razões já identificadas. 32 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
Especialidades
2007
2008
2009
Δ 09/08
% 09/08
ANESTESIOLOGIA
1.800
4.186
5.648
1.462
34,9%
CARDIOLOGIA
4.014
4.283
4.669
386
9,0%
CIRURGIA GERAL
9.997
11.115
12.572
1.457
13,1%
CIR. PLÁSTICA
2.415
2.486
2.256
-230
-9,3%
SENOLOGIA
5.151
6.778
5.349
-1.429
-21,1%
DERMATOLOGIA
6.367
6.547
8.636
2.089
31,9%
ESTOMATOLOGIA
2.104
2.145
1.757
-388
-18,1%
FISIATRIA
5.704
7.010
6.771
-239
-3,4%
GASTRENTEROLOGIA
6.940
7.693
11.370
3.677
47,8%
GINECOLOGIA
5.705
5.889
7.084
1.195
20,3%
10.801
10.392
10.954
562
5,4%
MEDICINA DO TRABALHO
1.675
1.796
1.163
-633
-35,2%
NEFROLOGIA
5.002
5.319
5.834
515
9,7%
NEUROCIRURGIA
1.518
1.574
1.881
307
19,5%
NEUROLOGIA
2.758
2.751
2.434
-317
-11,5%
OBSTETRÍCIA
5.415
9.723
9.893
170
1,7%
OFTALMOLOGIA
4.629
14.972
21.154
6.182
41,3%
12.277
14.168
14.793
625
4,4%
OTORRINOLARINGOLOGIA
3.361
4.374
5.895
1.521
34,8%
PNEUMOLOGIA
4.260
4.393
4.407
14
0,3%
UROLOGIA
3.631
4.489
5.087
598
13,3%
PEDIATRIA
7.791
8.781
9.792
1.011
11,5%
IMUNODEFICIÊNCIA
3.678
3.774
3.827
53
1,4%
18.594
23.133
7.347
-15.786
-68,2%
REUMATOLOGIA
1.231
2.516
2.688
172
6,8%
IMUNO-HEMOTERAPIA
8.728
9.393
8.695
-698
-7,4%
IMUNOALERGOLOGIA
1.034
998
1.236
238
23,8%
14.372
12.347
10.034
-2.313
-18,7%
162.959
195.033
195.235
202
0,1%
MEDICINA INTERNA
ORTOPEDIA
ONCOLOGIA
CONS. HIPOCOAGULAÇÃO Total Consultas Médicas
Tabela 10
Com o objectivo claro de se atingir uma maior eficiência nesta linha de actividade, dando uma resposta eficiente e em tempo útil nos tratamentos dos utentes, o Hospital tem vindo a criar consultas multidisciplinares, sendo que em 2010 novas especialidades realizarão este tipo de consultas. Assim, em 2009, o Hospital já realizou uma consulta multidisciplinar na especialidade de Gastrenterologia (consulta do Pólipos, Cólon e Recto, onde se realizaram 538 consultas) e outra ao nível da Senologia (consulta de Senologia CDT, no âmbito da qual se realizaram 330 consultas).
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
33
HOSPITAL DE DIA No Hospital de Dia, e ao nível da actividade global (sessões), a mesma mantém-se idêntica à do ano de 2008. No entanto, verificou-se um aumento do número de doentes tratados, uma vez que em 2009 foram tratados mais 850 doentes que em 2008, ou seja, em média, o número de sessões por doentes tratados diminuiu, o que poderá dever-se a uma maior eficiência das terapêuticas realizadas em Hospital de Dia.
Indicadores de Actividade (sem psiquiatria) Sessões
2007
2008
2009
Δ 09/08
% 09/08
26.588
28.925
29.162
237
0,8%
5.114
4.937
5.787
850
17,2%
5
6
5
-1
-14,0%
Doentes Tratados N.º Sessões por doente
Tabela 11
Dos tratamentos realizados ao nível desta linha de actividade, destaque-se a Hemodiálise e a Quimioterapia, onde o n.º de sessões aumentou, verificandose o mesmo ao nível do número de doentes tratados em Quimioterapia.
N.º Sessões por Serviço Hemodialise Quimioterapia
2007 2.558
2008 2.126
2009
Δ 09/08
2.377
251
% 09/08 11,8%
5.835
7.149
7.433
284
4,0%
Doenças Infecciosas
2.498
2.684
4.579
1.895
70,6%
Pediatria
2.346
2.193
1.733
-460
-21,0%
642
931
942
11
1,2%
Oncologia (S/ Quimioterapia)
Pneumologia
8.142
10.040
6.437
-3.603
-35,9%
Outras
4.567
3.802
5.661
1.859
48,9% Tabela 12
SERVIÇO DE URGÊNCIA A urgência é uma actividade onde o Hospital tem pouca capacidade de intervenção, o que limita logo à partida o seu planeamento. Contudo, tratando-se de uma urgência polivalente, tem que estar preparada para dar resposta eficiente e em tempo oportuno, a todas os doentes que a ela recorram, sobretudo nas Especialidades em que o Hospital é fim de linha. Como podemos analisar pelo quadro que se segue, em 2009, o número de utentes que recorreu às urgências aumentou significativamente, sendo ao nível da Urgência Geral e da Urgência Pediátrica que se registaram os maiores aumentos, mais 6.099 e 2.952 episódios de urgência, respectivamente.
34 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
Actividade das Urgências
2007
2008
2009
Δ 09/08
% 09/08
Geral
82.929
81.060
87.159
6.099
7,5%
Pediátrica
41.604
43.781
46.733
2.952
6,7%
Obstetrícia/Ginecologia Total
10.024
11.354
11.570
216
1,9%
134.557
136.195
145.462
9.267
6,8% Tabela 13
Apesar de se tratar de uma urgência polivalente, que tem como objectivo último dar uma resposta eficiente aos casos urgentes, ou seja a tempo de evitar que a evolução da doença coloque em risco a qualidade de vida do utente ou provoque a morte, verifica-se que o n.º de urgências com internamento não acompanhou o crescimento confirmado no atendimento da urgência, notando-se mesmo uma pequena redução do n.º de utentes que foram internados. Como causa para este paradigma, esteve o facto do aumento das urgências se apurar no motivo de doença, com destaque para o surto da Gripe H1N1, sendo que esta causa tem como destino principal o exterior não referenciado.
Destino das Urgências Altas
2007
2008
2009
Δ 09/08
116.056
117.509
127.099
Internamentos
16.818
16.694
16.611
-83
-0,5%
Transferencias
1.433
1.733
1.480
-253
-14,6%
250
259
272
13
5,0%
Óbitos
9.590
% 09/08 8,2%
Tabela 14
Conclui-se que o aumento do número de episódios resultou, ainda, de utentes da área de influência directa do Hospital e que é na faixa etária da população activa, que se verificaram os maiores aumentos do número de episódios.
Conselho de Residência
2007
2008
2009
Δ 09/08
% 09/08
Faro
44.138
45.068
47.872
2.804
6,2%
Loulé
23.984
24.814
25.953
1.139
4,6%
Olhão
23.693
24.511
27.877
3.366
13,7%
Albufeira
11.007
9.870
9.974
104
1,1%
7.785
8.155
8.415
260
3,2%
Tavira
13.765
13.977
14.809
832
6,0%
Outros Distritos de Portugal
Outros Distritos de Faro
7.491
7.191
7.647
456
6,3%
Sem Indicação Distrito
2.694
2.609
2.915
306
11,7% Tabela 15
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
35
Faixa etária Menos 1 [1-5[
2007
2008
2009
Δ 09/08
% 09/08
7505
7987
7768
-219
-2,7%
22013
21650
21638
-12
-0,1%
[5-10[
9601
11179
11740
561
5,0%
[10-15[
4678
5159
6306
1.147
22,2%
[15-25[
12760
12400
14071
1.671
13,5%
[25-45[
33483
32958
35153
2.195
6,7%
[45-65[
20346
20561
22519
1.958
9,5%
[65-75[
10178
9688
10560
872
9,0%
[75-85[
9822
10137
10677
540
5,3%
>=85
4171
4491
5019
528
11,8% Tabela 16
ACTIVIDADE CIRÚRGICA No ano em análise, houve um aumento significativo desta linha de actividade, com especial destaque para a cirurgia de ambulatório, onde se realizaram mais 2.361 cirurgias. Este aumento significativo da actividade cirúrgica de ambulatório fez com que o Hospital superasse os parâmetros definidos pela Tutela em que a actividade cirúrgica programada realizada em ambulatório deveria ser 46,2%, e no Hospital de Faro foi 53,3%.
Indicadores Actividade Cirúrgica Base Total Cirurgias
2007
2008
2009
Δ 09/08
% 09/08
7.480
11.009
13.319
2.310
21,0%
Cirurgia Programada
4.002
4.371
3.978
-393
-9,0%
Cirurgia Urgência
3.259
3.237
3.462
225
7,0%
Cirurgia Ambulatório
219
3.401
5.879
2.478
72,9%
5.399
9.638
11.906
2.268
23,5%
Cirurgia Programada
2.434
3.486
3.272
-214
-6,1%
Cirurgia Urgência
2.746
2.931
3.097
166
5,7%
219
3.221
5.537
2.316
71,9%
Total Doentes
Cirurgia Ambulatório
Tabela 17
Indicadores Actividade Cirúrgica Adicional Total Cirurgias
2007
2008
2009
Δ 09/08
% 09/08
575
695
1.230
535
72,2%
Cirurgia Programada
575
695
1.197
502
72,2%
Cirurgia Ambulatório
0
0
33
33
Total Doentes
436
564
938
374
Cirurgia Programada
436
564
907
343
Cirurgia Ambulatório
0
0
31
31
60,8% Tabela 18
36 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
Este aumento da produção cirúrgica permitiu uma redução dos doentes em lista de espera para cirurgia, passando de 4.608 para 4.342 doentes (redução de 10%) a 31 de Dezembro de 2008 e 2009, respectivamente. Em simultâneo, verificou-se uma redução do tempo médio de espera, uma vez que no final do ano de 2008 o doente esperava, em média, 6,2 meses pela cirurgia enquanto, no final de 2009, o doente esperava 5,7 meses pela cirurgia.
Programada Convencional (base; urgente e adicional)
2007
Cirurgia Geral Cirurgia Plástica e Reconstrutiva Estomatologia Ginecologia Neuro-Cirurgia Obstetrícia Oftalmologia Ortopedia Otorrinolaringologia
2008
2009
Δ 09/08
% 09/08
2.038
2.268
2.458
190
8,4%
341
371
259
-112
-30,2%
33
0
0
0
1.063
1.095
1.021
-74
-6,8%
372
255
206
-49
-19,2%
1.035
988
1.148
160
16,2%
331
109
1
-108
-99,1%
1.582
1.935
2.033
98
5,1%
417
238
188
-50
-21,0%
Urologia
412
687
1.046
359
52,3%
Senologia
212
357
277
-80
-22,4%
7.836
8.303
8.637
334
4,0%
Total
Tabela 19
Ao nível da actividade convencional realizaram-se mais 334 cirurgias, sendo que o grande aumento foi verificado na especialidade de Urologia, onde se realizaram mais 359 cirurgias. Ao nível da actividade de ambulatório, todas as especialidades aumentaram a sua produção, mas o destaque vai para as especialidades que durante o ano de 2009 começaram a desenvolver esta linha de actividade, como é o caso da Otorrinolaringologia e da Urologia.
Cirurgia do Ambulatório (base e adicional)
2007
Cirurgia Geral Cirurgia Plástica e Reconstrutiva
2008
2009
Oftalmologia
219
566
271
91,9%
72
133
61
84,7%
11
11
50
202
152
304,0%
2.544
3.821
1.277
50,2%
66
66
Otorrinolaringologia Urologia Senologia
46
46
3
60
57
12
12
437
995
558
127,7%
3.401
5.912
2.511
-26,2%
Pneumologia Dermatologia Cirúrgica TOTAL
219
% 09/08
295
Estomatologia Ginecologia
Δ 09/08
1900,0%
Tabela 20
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
37
DEPARTAMENTO DE PSIQUIATRIA E SAÚDE MENTAL O Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental localizado em Faro, em instalações exteriores à área física do Hospital de Faro, abarca as linhas de actividade de Internamento, Consulta Externa, Hospital de Dia e Serviço Domiciliário. A sua área de influência corresponde a toda a região do Sotavento Algarvio. A estratégia desenvolvida pelo Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental visou o estreitamento da relação de proximidade com o utente, a família e a comunidade, implementando medidas no âmbito de intervenção comunitária, contribuindo, assim, para o reforço da melhoria das linhas de actividade. Movimento assistencial do triénio de 2007 a 2009.
Departamento de Psíquiatria
2007
2008
2009
Δ 09/08
Δ% 09/08
Internamento Lotação Praticada
35
35
35
0
0,00%
457
509
606
97
19,10%
12.481
13.480
14.266
786
5,80%
Demora Média
26,11
25,34
22,5
-2,84
-11,20%
Doente/cama
13,66
15,2
18,11
2,91
19,10%
Taxa de Ocupação
97,7
105,23
111,67
6,44
---
Taxa de Reinternamento - 72 horas
0,66
0,39
0,66
0,27
---
Doentes Saídos Dias Internamento
Consulta Externa 774
677
1.040
363
53,62%
Seguintes
Primeira
7.852
6.514
6.701
187
2,87%
Total
8.626
7.191
7.741
550
7,65%
N.º de Sessões
2.147
2.715
2.954
239
8,80%
N.º de Doentes
317
373
347
-26
-6,97%
1.423
1.520
1.498
-22
-1,45%
Hospital-de-Dia
Serviço Domiciliário N.º de Consultas N.º de Visitas
3.016
3.064
3.185
121
3,95%
Total
4.439
4.584
4.683
99
2,16% Tabela 21
O internamento é dotado por uma lotação de 35 camas, sendo 5 destas de doentes crónicos. No quadro acima, verifica-se que em 2009 se registou um aumento de 97 doentes saídos, correspondendo a um acréscimo de 19,1%. Embora se tenha registado um aumento dos dias de internamento (+ 5,8%), a demora média baixou 11,2% comparativamente com o ano anterior. Nas consultas externas o aumento significativo de mais de 50% nas primeiras consultas, reforçou a taxa de acesso em 13,4%, facto que consubstancia o esforço do Hospital na melhoria da acessibilidade dos utentes à consulta externa.
38 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
A actividade do Hospital de Dia cresceu em 8,8% nas sessões, o que representou mais 239 sessões. No entanto, houve uma diminuição de menos 26 doentes tratados que no ano anterior (-7%). Em 2009, foram realizadas 2.954 sessões de Hospital de Dia. Tendo como objectivo o incremento da relação de proximidade com o utente e família, o total de visitas domiciliárias realizadas em 2009 cresceu 2,2%, correspondendo a 4.683 visitas.
MEIOS COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA A actividade de MCDT’s é essencial no suporte de toda a actividade desenvolvida no Hospital, para se conseguir um diagnóstico e uma terapêutica mais adequada a cada doente, em tempo útil. Contudo, no ano de 2009, verifica-se uma redução dos exames/análises realizados no Hospital, facto que em muito se deve à convenção realizada para que muitas das análises realizadas ao sangue fossem para uma Entidade externa, de natureza pública. Daí a forte quebra verificada produção do laboratório de Imunohemoterapia.
Cirurgia do Ambulatório (base e adicional) Patologia Clínica
2007 1.398.139
Anatomia Patológica
2008 1.373.973
2009 1.282.154
Δ 09/08
% 09/08
-91.819
-6,7%
13.502
8.135
9.955
1.820
22,4%
Imagiologia
166.285
170.181
193.353
23.172
13,6%
Imunohemoterapia
275.471
313.673
125.788
-187.885
-59,9%
36.042
39.392
31.072
-8.320
-21,1%
Medicina Física e Reabilitação
Cardiologia
382.019
453.139
458.353
5.214
1,2%
Outros Exames
126.568
289.141
286.408
-2.733
-0,9% Tabela 22
OUTRAS ACTIVIDADES No desenvolvimento das actividades clínicas exercidas no Hospital, existem diversas áreas que contribuem também, de maneira decisiva, para complementar a qualidade dos serviços prestados aos doentes, nomeadamente através da actividade de consultas não médicas. Por esta razão, mencionamse aqui algumas dessas actividades, que contribuíram directamente para a qualidade dos serviços prestados: Psicologia, Dietética e Enfermagem.
Consultas não médicas
2007
2008
2009
Δ 09/08
% 09/08
Psicologia
5.232
6.484
6.570
86
1,3%
Dietética
2.466
2.467
2.808
341
13,8%
Enfermagem
2.026
598
1.244
646
108,0%
Total
9.724
9.549
10.622
1.073
11,2% Tabela 23
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
39
CUMPRIMENTO DO PLANO DE DESEMPENHO No desenvolvimento do planeamento anual da actividade global do Hospital de Faro é elaborado um Plano de Desempenho, onde se regista toda a informação relevante para a análise de gestão e onde são estabelecidas metas e objectivos que deveriam ser atingidos no decorrer do ano que está a ser planeado. É deste documento que resultam os compromissos entre o Hospital e a Tutela, sendo simultaneamente a ferramenta de suporte à negociação com o Departamento da Contratualização, sobre qual a actividade que o Hospital realizará para o Serviço Nacional de Saúde e qual o correspondente financiamento. Tendo presente o objectivo deste relatório, que é avaliar a actividade global exercida pelo Hospital de Faro, durante o ano de 2009, neste capítulo é feita uma breve análise sobre o cumprimento da actividade assistencial definida no Plano de Desempenho, independentemente de qual a Entidade responsável pelo doente tratado. Apresenta-se, de seguida, um quadro resumo onde se demonstra a taxa de execução do Plano de Desempenho definido para 2009.
40 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
Cumprimento Plano Desempenho Plano Desempenho 2009
RÚBRICAS
Ano 2009
Desvio (Unid.)
Taxa Execução (%)
CONSULTA EXTERNA Total Consultas Externas as 1 Consultas
216.444
200.967
-15.477
92,85%
68.000
64.420
-3.580
94,74%
Consultas Subsequentes
148.444
136.547
-11.897
91,99%
Total GDH's de Internamento
23.113
23.736
623
102,70%
GDH Médicos
16.519
16.878
359
102,17%
GDH Cirurgicos Programados
3.226
2.976
-250
92,25%
GDH Cirurgicos Urgentes
3.368
3.882
514
115,26%
Total GDH's Ambulatório
22.723
24.143
1.420
106,25%
GDH Médicos
18.030
18.680
650
103,61%
4.693
5.463
770
116,41%
Total GDH's Ambulatório
200
927
727
463,50%
GDH Internamento
200
898
698
449,00%
0
29
29
Total Atendimentos
137.500
145.462
7.962
105,79%
Urgências S\ Internamento
120.694
128.851
8.157
106,76%
18.483
21.830
3.347
118,11%
GDH INTERNAMENTO
GDH AMBULATÓRIO
GDH Cirurgicos GDH PRODUÇÃO ADICIONAL
GDH Anbulatório URGÊNCIAS
HOSPITAL DE DIA N.º Sessões Total Oncologia (S/ Quimioterapia) Outras
6.290
6.437
147
102,34%
12.193
15.393
3.200
126,24%
4.542
4.683
141
103,10%
SERVIÇO DOMICILIÁRIO Total Visitas
Tabela 24
Pela análise do quadro anterior, verifica-se que em todas as linhas de actividade, o Hospital superou as metas do Plano de Desempenho, com a excepção das consultas externas onde apenas se conseguiu uma taxa de execução de 92,85%.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
41
Este desvio deve-se, essencialmente, ao facto de durante o ano de 2009 se terem desenvolvido vários esforços com o objectivo de melhorar o registo da actividade desenvolvida, para que os registos sejam coerentes com a actividade efectivamente exercida e que simultaneamente cumpram todos os requisitos para que o Hospital consiga facturar eficientemente. No caso particular da consulta externa, o facto da taxa de execução ser inferior a 100%, tal como já foi referido, fica a dever-se a uma correcção no registo das consultas de Oncologia, mais concretamente na sub-consulta de Avaliação da Quimioterapia. Merece especial destaque a actividade exercida ao nível de Cirurgia de Ambulatório, onde o Hospital obteve uma taxa de execução de 116%, indo ao encontro de um objectivo da Tutela que pretende o crescimento da actividade assistencial assente nos cuidados de ambulatório.
42 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
5.2 EVOLUÇÃO DOS INDICADORES DE RECURSOS HUMANOS/FORMAÇÃO Masculino 551
Feminino
RECURSOS HUMANOS 1.777 EVOLUÇÃO/DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS POR GRUPOS PROFISSIONAIS
24% 24%
Gráfico 1 Trabalhadores por Género
Masculino Feminino
Masculino Feminino
76%
Em 31 de Dezembro de 2009, o Hospital de Faro contava com um total de 2.328 trabalhadores, repartindo-se estes por 24% de Homens e 76% de Mulheres. Quanto à repartição por grupo profissional, constata-se que é no grupo profissional de Enfermagem que se concentra o maior número de efectivos (771), seguindo-se os Assistentes Operacionais (618), Pessoal da Carreira Médica (374), Assistentes Técnicos (276) e Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica (161). Os restantes grupos profissionais reuniam, em conjunto, um total de 128 trabalhadores. Gráfico 2 Distribuição dos Recursos Humanos em 2009 por Grupos Profissionais
4%
7%
Assistente Operacional
0%
27%
Assistente Operacional
Assistente Técnico
Assistente Técnico
Dirigente
Dirigente Médico
Médico
Pessoal de Informática
Pessoal de Informática
Pessoal Docente 33%
Pessoal Enfermagem
Pessoal Docente
12%
Pessoal Enfermagem Pessoal Religioso Técnicos Diagnóstico e Terapêutica Técnicos Superiores (1)
0% 0%
Pessoal Religioso Técnicos Diagnóstico e Terapêutica Técnicos Superiores (1)
1% 16%
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
43
800
700
600
500
400
300
200
100
0
2006
2007
2008
2009
Gráfico 3: Evolução dos Principais Grupos Profissionais
Em termos de evolução do número de trabalhadores, verifica-se, que houve um acréscimo de 118 efectivos, o que significa um aumento de 5,34% em relação a 2008. Os grupos que mais contribuíram para este aumento foram Enfermagem com mais 31 Enfermeiros, Assistentes Operacionais com mais 22 elementos, Médicos com mais 26 e Técnicos Superiores com mais 16 trabalhadores.
Grupo Profissional Dirigente Médico Técnicos Superiores (1)
2006
2007
2008
2009
13
12
9
9
326
336
348
374
69
61
85
101
Pessoal Enfermagem
616
673
740
771
Técnicos Diagnóstico e Terapêutica
126
145
152
161
Assistente Técnico
251
241
267
276
Assistente Operacional
560
468
596
618
Pessoal Docente
2
2
2
2
Pessoal de Informática
6
7
9
14
Pessoal Religioso
2
2
2
2
1.971
1.947
2.210
2.328
Total
Tabela 25 - Evolução da Distribuição de Trabalhadores por Grupo Profissional (1) Inclui o Pessoal Técnico Superior de Saúde
44 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
ABSENTISMO Durante o ano de 2009 houve um total de 42.919 ausências verificadas. Como se pode conferir pelo gráfico acima, o tipo de ausência com maior destaque é a ausência por doença (38%), sendo logo seguida pela falta por acidente em serviço ou doença profissional (18%) e protecção na parentalidade (10%). Gráfico 4 Ausências ao trabalho por Motivo
1%
10%
22%
Casam
1%
Casamento
1%
Prote
Protecção na parentalidade
Faleci
Falecimento de familiar
0%
Doença Por acidente em serviço ou doença profissional Assistência a familiares
Por ac profis Assist
0% 1% 1%
Trabalhador-estudante 38%
Doenç
3%
Traba
1%
Por conta do período de férias
38%
4%
Com perda de vencimento
Por co
Com p
Cump
Cumprimento de pena disciplinar Greve
Greve
18%
Motivo da Ausência Casamento
TOTAL
% 440
1,03%
4.131
9,63%
516
1,20%
16.217
37,79%
Por acidente em serviço ou doença profissional
7.863
18,32%
Assistência a familiares
1.862
4,34%
Trabalhador-estudante
369
0,86%
Por conta do período de férias
530
1,23%
Com perda de vencimento
578
1,35%
0
0,00%
1.224
2,85%
Protecção na parentalidade Falecimento de familiar Doença
Cumprimento de pena disciplinar Greve
27
0,06%
Outros
9.162
21,35%
TOTAL
42.919
100,00%
Injustificadas
Tabela 26 - Total de Ausências por Motivo
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
45
ESTRUTURA ETÁRIA Em termos da distribuição de idades entre os trabalhadores, pode-se constatar que, no final de 2009, 1.789 trabalhadores encontravam-se entre os 18 e os 49 anos de idade, o que representa 76,85% do total de efectivos. Enquanto que os restantes 539 tinham mais de 50 anos, o que representa 23,15% do total de trabalhadores. Como se pode verificar através da tabela,
Escalão etário e género Menos de 20 anos
Masculino
Feminino
TOTAL
%
Acumulado
2
0
2
0,09%
0,09%
20-24
31
153
184
7,90%
7,99%
25-29
77
292
369
15,85%
23,84%
30-34
81
236
317
13,62%
37,46%
35-39
74
233
307
13,19%
50,64%
40-44
64
240
304
13,06%
63,70%
45-49
82
224
306
13,14%
76,85%
50-54
71
190
261
11,21%
88,06%
55-59
48
137
185
7,95%
96,01%
60-64
19
56
75
3,22%
99,23%
65-69
2
16
18
0,77%
100,00%
70 e mais TOTAL
0
0
0
0,00%
551
1.777
2.328
100,00%
Tabela 27 - Distribuição de efectivos por escalão etário e género
a maioria dos trabalhadores do Hospital têm idade compreendida entre os 25 e 49 anos, uma situação estável a médio prazo, tendo em conta que neste momento o quadro do Hospital se encontra estabilizado. A média de idades de 2009 foi de 39,81 anos, um número que tem vindo a decrescer nos últimos anos, fruto do número de aposentados e novas contratações, tendo sido de 41,05 e 40,23 em 2007 e 2008, respectivamente. Verifica-se, deste modo, uma tendência de rejuvenescimento da Organização.
DISTRIBUIÇÃO DE EFECTIVOS POR TIPO DE VÍNCULO O ano de 2009, foi um ano de alteração da legislação do trabalho, restruturação dos vinculos, carreiras e remunerações no Sector Público. O Hospital de Faro, enquanto Entidade Pública Empresarial, tem ainda mais de metade dos trabalhadores em Regime de Contrato em Funções Públicas, uma situação que com o decorrer dos anos se irá alterar, já que todas as novas contratações, por força da lei, têm que ser efectuadas no âmbito do Código do Trabalho. O Hospital de Faro, tem vindo a seguir uma política de estabilização dos seus Recursos Humanos, no entanto, como se pode verificar pela tabela inferior, tem ainda uma taxa de contratação a termo de 32,56%.
46 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
Vinculo
Total
%
Regime de Contrato em Funções Publicas Contrato por Tempo Indeterminado
1.248
53,61%
Contrato a Termo Resolutivo
121
5,20%
Cedência de Interesse Público
19
0,82%
Comissão de Serviço
2
0,09%
Contrato Individual Trabalho Lei 7/2009, C/Termo
625
26,85%
Contrato Individual Trabalho Lei 7/2009, S/Termo
301
12,93%
12
0,52%
2.328
100,00%
Regime de Contrato no âmbito do Código do Trabalho
Contrato de Prestação de Serviços Total Geral
Tabela 28 - Distribuição de trabalhadores por vínculo
HABILITAÇÕES LITERÁRIAS Relativamente às habilitações literárias dos trabalhadores do Hospital de Faro, pode-se concluir que 50% têm o nível de Ensino Superior e que apenas 16% têm menos do que o 9º Ano. Para este facto contribui, em muito, os grupos de Enfermagem, Médico, Técnico Superior e Técnico de Diagnóstico e Terapêutica, que pela especificidade da carreira, apenas permitem que possam ingressar indivíduos com formação a nível do Ensino Superior.
Habilitação Literária
Total
Menos de 4 anos de escolaridade
% 18
0,77%
4 anos de escolaridade
203
8,72%
6 anos de escolaridade
148
6,36%
9.º ano ou equivalente
269
11,55%
11.º ano
116
4,98%
12.º ano ou equivalente
416
17,87%
Bacharelato
118
5,07%
Licenciatura
1.019
43,77%
19
0,82%
2
0,09%
2.328
100,00%
Mestrado Doutoramento Total
27
0,06%
Outros
9.162
21,35%
TOTAL
42.919
100,00%
Injustificadas
Tabela 29 - Distribuição de efectivos por Habilitação Literária
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
47
SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO No ano 2009, foram registados 71 acidentes de trabalho, tendo-se perdido um total de 2087 dias de trabalho. Destes, foram contabilizados 44 acidentes sem ocorrência de baixa, 15 com menos de 30 dias de baixa e 12 com mais de 30 dias de baixa.
No local de trabalho
Acidentes de trabalho
Nº total de acidentes
1a3 dias de baixa
Total M
10
4 a 30 dias de baixa
In itinere
Superior a 30 dias Mortal de baixa
1a3 dias de baixa
Total
0
0
0
3
F
58
M
4
0
3
1
0
F
21
0
12
9
2
Nº de dias de trabalho perdidos por acidentes ocorridos no ano
M
176
0
23
153
F
816
0
192
624
Nº de dias de trabalho perdidos por acidentes ocorridos em anos anteriores
M
31
0
0
31
F
803
0
0
803
Nº de acidentes com baixa
0
0
2
0
0
0
0
261
0
0
261
0
0
0
0
0
0
0
0
De acordo com a tabela abaixo apresentada, verifica-se, em pormenor, quais os Indicadores de Recursos Humanos do Hospital de Faro, E.P.E., durante o ano 2009.
Valor
Nível etário
39,81
Leque etário
3,83
Índice de envelhecimento
11,94
Leque salarial ilíquido
25,42
Índice de Tecnicidade
60,91
Taxa de contratação a termo
32,56
Taxa de Incidência de acidentes no local de trabalho Tabela 31 – Indicadores de Recursos Humanos
48 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
0 0
INDICADORES DE RECURSOS HUMANOS
Índice de trabalhadores Estrangeiros
0 0
Tabela 30 - Distribuição de Acidentes de Trabalho
Indicador
4 a 30 Superior dias de a 30 dias Mortal baixa de baixa
5,2 2,92
FORMAÇÃO O Centro de Formação, Investigação e Conhecimento (CFIC) tem como objectivo principal tornar-se numa Unidade Formativa de referência, através da formação que proporciona aos profissionais da Instituição. Pretende-se apostar numa linha de formação que promova a actualização e a optimização das competências próprias dos profissionais do Hospital de Faro, E.P.E. seguindo, ao mesmo tempo, as linhas de orientação definidas pelo POPH. O Centro de Formação, Investigação e Conhecimento do Hospital de Faro, E.P.E., desenvolveu em 2009, em conformidade com anos anteriores, um plano de formação abrangente, procurando dar resposta às áreas definidas internamente como estratégicas e de forma a complementar as necessidades expressas pelas várias áreas, especialidades e/ou unidades funcionais e grupos profissionais específicos. A metodologia utilizada na planificação e realização da formação procurou garantir uma articulação estreita e flexível com as áreas e profissionais, conjugando-se as prioridades e disponibilidades dos sectores envolvidos, dos formadores e das capacidades humanas e materiais do CFIC.
A FORMAÇÃO NO HOSPITAL DE FARO Acompanhando as evoluções que se registam a nível das novas tecnologias e procedimentos que são necessários para o desenvolvimento das actividades profissionais, também, o sector da saúde não é excepção. Para que a adaptação seja viável, o Hospital de Faro, E.P.E. aposta num método para aumentar as competências dos seus profissionais de reduzida escolaridade, proporcionando-lhes formação com base no desenvolvimento de um novo projecto, denominado RVCC – Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, ainda que abrangendo um grupo pouco alargado de profissionais (sendo exemplo os Assistentes Operacionais, entre outros). A formação constitui, igualmente, um compromisso assumido por parte das Chefias e Responsáveis junto dos seus Colaboradores, não obstante as limitações inerentes à sua dispensa para participação em actividades formativas. Desta forma, o processo RVCC no Hospital de Faro, E.P.E., em parceria com a Associação IN LOCO, promoveu, nos últimos anos, o campo da educação de adultos, que fez surgir a criação de ofertas formativas dirigidas a adultos com baixos níveis de escolaridade, partindo do reconhecimento de saberes e de competências adquiridas em contextos não formais, o que tem constituído um novo e aliciante campo de trabalho e reflexão. Nesta perspectiva, o Hospital de Faro, E.P.E. continua a colaborar com a Associação IN LOCO, no sentido de dotar os profissionais com novas competências e aumentar os seus níveis de escolaridade. Este procedimento foi reconhecido e muito bem aceite pelos profissionais envolvidos, resultando numa enorme adesão a esta iniciativa conjunta.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
49
O processo de RVCC teve início em 2004 e tem vindo a progredir e a manter-se até à presente data, registando-se uma forte motivação e elevado nível de empenho por parte da generalidade dos adultos envolvidos. Em regra, este processo é realizado em horário pós-laboral e nas instalações do Centro de Formação, Investigação e Conhecimento. Os profissionais do Hospital de Faro devem desenvolver competências para fazer face a uma diversidade de situações subjacentes, tanto à sua realidade profissional, como aos objectivos que se pretendem atingir, sendo a formação dos Recursos Humanos uma grande aposta para o desenvolvimento das organizações e da sociedade em geral. Neste sentido, o Hospital de Faro, E.P.E. à semelhança de outras Organizações/Empresas pretende ir mais além, colaborando na implementação do RVCC profissional aos seus colaboradores. O Hospital de Faro, E.P.E. pretende elevar e valorizar as competências dos seus profissionais da saúde, estando o Centro de Formação, Investigação e Conhecimento disponível para colaborar na implementação e desenvolvimento formativo do processo de RVCC profissional.
ANÁLISE DA FORMAÇÃO DESENVOLVIDA O ano 2009 ficou marcado por uma intensa actividade formativa. Foram realizadas cerca de 84 acções de formação cujas temáticas se relacionaram, fundamentalmente, com conteúdos ligados às áreas da saúde, tendo como principais destinatários Médicos, Enfermeiros, Técnicos Superiores de Saúde, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, Assistentes Operacionais, entre outros profissionais ligados directamente à prestação de cuidados de saúde. A par destas formações foram, igualmente, realizadas outras formações, de carácter mais transversal, destinadas a todos os Profissionais, mas com especial preponderância dos profissionais da Carreira Administrativa, Técnicos Superiores, Assistentes Técnicos, Assistentes Operacionais, entre outros. Grande parte das acções de formação foi realizada com recurso a formadores internos. No entanto, havendo temáticas que pela sua especificidade e complexidade necessitavam de formadores mais experientes e conceituados, foi necessário recorrer à colaboração de formadores externos. Foi, igualmente, necessário proceder à contratação de algumas Entidades externas, concretamente: ALENTO, UALG, HM Consultores, INA, ARS Algarve e o CHBA. Saliente-se que as formações realizadas enquadraram-se em três vertentes de financiamento: • Cursos com recurso a financiamento do Programa Operacional de Saúde – Saúde XXI; • Cursos suportados pelo Hospital de Faro, E.P.E.; • Cursos relativos ao Projecto de Intervenção Integrada em Violência Doméstica na região do Algarve – POPH – Tipologia 8.7.7. 50 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
Desta forma, o Centro de Formação, Investigação e Conhecimento estimulou uma diversidade de formações, de acordo com o plano previamente elaborado, em função das necessidades formativas dos mais variados grupos profissionais, tentando melhorar ou aperfeiçoar, de uma ou de outra forma, as suas qualificações. Para o desenvolvimento das várias acções de formação, o Hospital de Faro, E.P.E. recorreu ao financiamento quer interno, quer externo, nomeadamente às verbas disponíveis nos quadros comunitários de apoio.
Formação Obrigatória No ano de 2009, o Hospital de Faro, E.P.E. só realizou formação obrigatória na área da infecção hospitalar e que será abordada no ponto seguinte. Formação na Área de Controlo de Infecção O corrente ano reflectiu uma forte execução de acções de formação na área da Prevenção e Controlo da Infecção Associada aos Cuidados de Saúde (PIACS). Esta temática está relacionada com os objectivos do Plano Nacional de Saúde e do Programa Nacional de Prevenção das Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS), constituindo uma problemática que é unanimemente considerada como geradora de grande prejuízo e condicionante do nível de qualidade na prestação de diversos serviços hospitalares. Neste âmbito, foram realizadas 34 acções, abrangendo um grupo de 573 profissionais: Médicos, Enfermeiros, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, Assistentes Técnicos e Assistentes Operacionais, o que constituiu um volume de formação considerável, num total de 7697 horas.
INDICADORES DE FORMAÇÃO Uma das prioridades do Hospital de Faro, E.P.E. é a ampliação no âmbito da formação a todos os grupos profissionais. Analisando a participação em 2009, verifica-se uma evolução significativa no prosseguimento desta prioridade. Como se pode verificar na tabela 1, a participação em actividades formativas repartiu-se pelos vários grupos profissionais com maior destaque para os Enfermeiros (48%) e Médicos (17%). No mesmo contexto, é de referir o volume da formação, sendo os valores mais relevantes igualmente para Enfermeiros e Médicos, respectivamente, 54% e 17%. Contudo, é de realçar que estes dois grupos profissionais constituem, também, os efectivos com maior relevância.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
51
Grupo Profissional Dirigente Médico
N.º Formandos
Volume de Formação
%
%
2
0%
33,5
0%
263
17%
3673,5
17%
Técnico Superior de Saúde
10
1%
145
1%
Técnico Superior
50
3%
833
4%
Informática
7
0%
146,5
1%
Docente
2
0%
24
0%
Enfermagem
739
48%
11982
54%
Técnico Diag. Terapêutica
173
11%
1490
7%
Asistente Técnico Assistente Operacional Total
87
6%
1959
9%
192
13%
1926,5
9%
1525
100%
22213
100%
Tabela 32
Com vista à análise das áreas temáticas através da tabela 2, pode constatarse que, das 84 acções de formação realizadas, 34 enquadram-se na área temática de “Formação de Prevenção e Controlo IACS”, envolvendo 573 participantes. Este é um projecto de intervenção formativa dirigido a todos os profissionais, para desenvolver os conhecimentos no âmbito das Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde, que pretende assim, transmitir informação necessária ao desenvolvimento dos procedimentos que cumpram as recomendações da Comissão do Controlo da Infecção e do desempenho das actividades inerentes às funções. A área que envolve a temática “Prevenção das Úlceras de Pressão/Feridas” é igualmente uma das mais contempladas. Em termos de número de acções não é tão significativo como a anterior, mas em número de formandos e volume de formação é ainda assim algo significativo, já que é necessário dar uma continuidade no combate à infecção, para que a cultura de qualidade, a nível operacional, possa obter um valor de apreciação cada vez mais elevado. A tabela (Tabela 33) que se segue comprova o movimento associado à Formação, nos âmbitos supra mencionados:
52 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
TEMÁTICA
N.º DE ACÇÕES
N.º DE FORMANDOS
Formação de Promotoras do Aleitamento Materno
6
111
Higiene e Limpeza nos Serviços de Internamento
1
12
VOLUME DE FORMAÇÃO
DESTINATÁRIOS
Enfermeiros, Técnicos Superiores, Docentes, Técnicos Diagnóstico e Terapêutica, 1940 Técnicos Superiores de Saúde, Assistentes Operacionais 80,5 Assistentes Operacionais Dirigentes, Médicos, Técnicos Superiores de Saúde, Técnicos Superiores, Informática, 682,5 Docentes, Enfermeiros, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, Assistentes Técnicos, Assistentes Operacionais
SIADAP para "Avaliador"/ Como preparar-se para a avaliação de desempenho na qualidade de avaliado
2
50
Seminário: Tendências, Cenários e Estratégias
1
20
515
Triagem de Manchester
1
19
125 Médicos e Enfermeiros
Prevenção das Úlceras de Pressão / Feridas
8
134
Dirigentes, Médicos, Técnicos Superiores de Saúde
1876 Enfermeiros
Qualidade / Gestão do Risco em Saúde
1
18
378 Enfermeiros
CIPE/ SAPE
2
26
693 Enfermeiros
Sistema de Classificação Doentes por Graus de Dependência
1
21
294 Enfermeiros
Formação de Prevenção e Controlo IACS
34
573
Ensino à distância com a plataforma de aprendizagem Dokeos
3
57
Médicos, Técnicos Superiores, Informática, 1257,5 Enfermeiros, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, Assistentes Técnicos, Assistentes Operacionais
O Novo Regime dos Contratos de Trabalho da Função Pública
1
14
Técnicos Superiores, Enfermeiros, Técnicos 402 de Diagnóstico e Terapêutica, Assistentes Técnicos
O Novo Regime dos Vínculos, Carreiras e Remunerações
1
15
225
Técnicos Superiores, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, Assistentes Técnicos
O Novo Estatuto Disciplinar dos Trabalhadores da Função Pública
1
15
525
Médicos, Enfermeiros, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, Assistentes Técnicos
Investigação
1
15
613
Técnicos Superiores, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica
Radiologia Dentária
1
16
7697
Médicos, Enfermeiros, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, Assistentes Operacionais
64 Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica
Profissionais de Saúde vs Familiares dos seus Pacientes! O que fazer?
1
23
Técnicos Superiores de Saúde, Técnicos Superiores, Enfermeiros, Técnicos de Diag294 nóstico e Terapêutica, Assistentes Técnicos e Assistentes Operacionais
Ética - Uma Questão de Atitude
1
19
Médicos, Técnicos Superiores, Enfermeiros, 133 Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, Assistentes Técnicos
Atendimento ao Público
2
39
1448
Técnicos Superiores, Assistentes Técnicos, Assitentes Operacionais
3º Curso de Diabetologia - Actualização
1
13
34,5 Médicos e Técnicos Superiores de Saúde
Antibioterapia na Prática Clínica
1
21
117 Médicos
Fast para Médicos
1
16
64 Médicos
Ventilação Não Invasiva
1
40
240 Médicos e Enfermeiros
Cuidados Continuados - Dor Crónica / Pé diabético
2
51
559 Enfermeiros
Suporte Imediato de Vida
3
55
440 Médicos e Enfermeiros
Intervenção Integrada em Violência Doméstica na Região do Algarve
2
54
318
Suporte Avançado de Vida
2
38
684 Médicos e Enfermeiros
2º Curso de Electrocardiografia
1
29
250 Médicos
Curso de ATLS
1
11
264 Médicos
84
1525
TOTAL
Técnicos Superiores, Docente, Enfermeiros, Assistentes Técnicos, Assistentes Operacionais
22213 Tabela 33
INTERNATO MÉDICO Uma formação de qualidade produzirá benefícios para os Formandos, para quem os recebe (a Instituição Hospitalar) e para quem deles precisa (os Doentes). No ano 2009, o número de Médicos Internos que estava a estagiar nas diferentes áreas do Hospital era de 113, considerando 19 do ano comum e 94 dos diferentes anos de formação específica. Dos Internos do Hospital de Faro E.P.E., 42 solicitaram e realizaram estágios em outras Instituições Nacionais e 4 em Instituições Internacionais. Este pedido de realização de estágios noutras Instituições, deve-se, principalmente, ao facto do Hospital de Faro não possuir nalgumas áreas capacidade formativa total, daí que os Internos tenham que complementar a sua formação noutros Hospitais. São também autorizados estágios no Estrangeiro, pela importância que revela na formação do Interno, no contacto com outras realidades, sendo também uma mais-valia na qualidade da prestação dos cuidados de saúde no Hospital de Faro. De salientar que existe uma relação de um Orientador de formação para cada 2 Internos, embora em serviços como os de Medicina Interna existam Orientadores com 3 Internos. O tempo disponibilizado pelos responsáveis de formação com os Internos, para que estes possam desfrutar de uma boa formação, poderá ser, algumas vezes, superior a 3 horas por semana. Alunos de outras Universidades também são recebidos no Hospital de Faro, no âmbito de colaboração existente, de forma a completarem a realização de estudos de pré-graduação, através de estágios em alguns Serviços.
5.3 ANÁLISE DOS INDICADORES ECONÓMICO-FINANCEIROS ANÁLISE ECONÓMICA Poder-se-á dizer que o Hospital de Faro encerrou com um resultado líquido negativo relativamente ao período de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2009 no valor de -15.636.204,83€. Esta situação é, essencialmente, provocada pelo crescimento dos custos no ano de 2009, resultante do crescimento da actividade hospitalar. Para além disso são de acrescentar, igualmente, as consequências do agravamento da situação desfavorável da economia mundial, a que a economia portuguesa não é alheia. De realçar que o resultado líquido do Hospital de Faro, no exercício em análise, embora negativo, a exemplo já verificado em períodos anteriores, melhorou substancialmente em relação ao ano de 2008, (47,85%).
54 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
Resultados
2007
Resultados Operacionais: Resultados Financeiros:
(B)-(A)= (D-B)-(C-A)=
∆
2008
-5.631.612,37 -438,10%
∆
2009
-30.303.567,74
38,76%
-18.558.470,58
731,77%
137.740,32
-668,39%
-782.896,01
-5.615.052,56 -437,23%
-30.165.827,42
35,88%
-19.341.366,59
16.559,81
Resultados Correntes:
(D)-(C)=
Resultados Antes de Impostos:
(F)-(E)=
-6.607.151,17 -353,78%
-29.982.256,26
47,86%
-15.633.263,45
Resultado Líquido do Exercício:
(F)-(G)=
-6.607.151,17 -353,80%
-29.983.476,74
47,85%
-15.636.204,83 Tabela 34
Demonstração Comparativa de Resultados por Naturezas Conta
Designação
CUSTOS E PERDAS 61 Custo das merc. vendidas e das mat. consumidas 62 Fornecimentos e serviços externos Sub-Total Custos com pessoal 641+642 Remunerações 643/4/5/6/7/8 Encargos Sociais Sub-Total 66 Amortizações e ajustamentos do exercício 65 Outros custos e perdas operacionais (A) ..................................... 68 Juros e custos similares: (C) ..................................... 69 Custos e perdas extraordinários (E) ..................................... 86 Imposto sobre o rendimento do exercício (G) ..................................... 88 Resultado líquido do exercício Total Geral PROVEITOS E GANHOS 71 + 72 Vendas e Prestações de serviços 74 Transf. e Subs. Correntes Obtidos 73 + 76 Outros proveitos e ganhos operacionais (B) ..................................... 78 Juros e proveitos similares (D) ..................................... 79 Proveitos e ganhos extraordinários (F) .....................................
2007 36.472.166,67 18.321.633,25 54.793.799,92
∆ 5,68% 38,42% 16,63%
49.377.831,14 2,78% 8.735.176,87 4,91% 58.113.008,01 3,10% 3.356.707,53 17,65% 188.617,53 -3,75% 116.452.132,99 9,87% 20.140,80 162,10% 116.472.273,79 9,90% 1.437.301,58 -39,96% 117.909.575,37 9,29% 0,00 0,00% 117.909.575,37 9,29% -6.607.151,17 -353,80% 111.302.424,20 -11,16% 11.973.456,43 94.256.207,50 4.590.856,69 110.820.520,62 36.700,61 110.857.221,23 445.202,97 111.302.424,20
269,32% -48,26% 1,52% -11,89% 419,14% -11,74% 135,07% -11,16%
2008
∆
38.545.043,56 25.361.658,41 63.906.701,97
7,52% 10,38% 8,66%
2009 41.445.192,36 27.993.478,93 69.438.671,29
50.749.779,98 11,10% 56.380.711,11 9.163.646,06 14,81% 10.521.138,44 59.913.426,04 11,66% 66.901.849,55 3.949.279,85 3,27% 4.078.597,65 181.546,52 44,60% 262.524,10 127.950.954,38 9,95% 140.681.642,59 52.788,85 1570,13% 881.644,89 128.003.743,23 10,59% 141.563.287,48 862.959,59 181,63% 2.430.377,86 128.866.702,82 11,74% 143.993.665,34 1.220,48 141,00% 2.941,38 128.867.923,30 11,74% 143.996.606,72 -29.983.476,74 47,85% -15.636.204,83 98.884.446,56 29,81% 128.360.401,89 44.220.610,85 48.766.113,57 4.660.662,22 97.647.386,64 190.529,17 97.837.915,81 1.046.530,75 98.884.446,56
162,33% -99,99% 31,26% 25,07% -48,17% 24,92% 486,56% 29,81%
116.002.166,57 3.455,92 6.117.549,52 122.123.172,01 98.748,88 122.221.920,89 6.138.481,00 128.360.401,89 Tabela 35
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
55
10.000.000,00
0,00
Resultados Operacionais
Resultados Financeiros
Resultados Correntes
Resultado Líquido do Exercicio
Resultados Antes de Impostos
-10.000.000,00
-20.000.000,00
-30.000.000,00
-40.000.000,00
-50.000.000,00
-60.000.000,00
Gráfico 5 - Resultados
Resultados
2007
Pela análise dos dados apresentados nos quadros anteriores pode verificarse que o Hospital de Faro tem tido, aos longos dos anos, dificuldades em libertar meios suficientes para o seu auto-financiamento. Esta situação é essencialmente justificada pelo facto da receita operacional, necessária para que o mesmo exerça a sua actividade básica regular, ser sistematicamente inferior à respectiva despesa, também por força de um considerável atraso nos acertos entre a produção realizada e a respectiva facturação, previstos em sede de contratualização, a efectuar com as entidades com as quais o Hospital mantém o maior volume de facturação.
ESTRUTURA DE CUSTOS Os custos de 2009 foram no montante de 143.993.665,34€, valor este superior ao verificado em anos anteriores, embora seja de salientar que existe uma constante preocupação do Conselho Administração do Hospital de Faro na contenção dos mesmos.
Pode dizer-se que, em termos homólogos, a estrutura de custos evoluiu de forma negativa, como se pode analisar no quadro apresentado na página seguinte.
56 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
2008
2009
Mapa Comparativo de Custos Designação
2007
∆
2008
∆
2009
Custo das Merc. Vendidas e das Mat. Consumidas
36.472.166,67
5,68%
38.545.043,56
7,52%
41.445.192,36
Fornecimentos e Serviços Externos
18.321.633,25
38,42%
25.361.658,41
10,38%
27.993.478,93
Subcontratos
7.979.667,59
9,42%
8.731.559,25
18,35%
10.333.602,29
Electricidade
485.883,34
23,33%
599.236,64
16,20%
696.329,06
Combustiveis
11.103,71
25,63%
13.949,19
2,22%
14.258,97
312.423,96
11,79%
349.264,78
2,59%
358.294,11
Água Outros fluidos
0,00
0,00%
0,00
0,00%
0,00
Ferramentas e utensílios de desgaste rápido
1.022,44
-37,60%
638,03
75,31%
1.118,50
Livros e documentação técnica
9.570,77
15,68%
11.071,03
50,80%
16.695,07
Material de escritório
801,23
136,22%
1.892,66
12,39%
2.127,18
Artigos para oferta
617,10
-8,81%
562,73
-98,68%
7,43
85.208,48
97,45%
168.241,77
4,35%
175.558,18
283,20
212,13%
883,95
81,51%
1.604,45
288.900,39
1,01%
291.825,40
5,78%
308.688,23
6.280,72
-2,46%
6.126,14
14,73%
7.028,64
0,00
0,00%
0,00
0,00%
0,00
12.506,33
-61,41%
4.826,16
74,48%
8.420,90
Rendas e alugueres Despesas de representação Comunicação Seguros Royalties Transportes de mercadorias Transportes de pessoal
0,00
0,00%
6,95
-100,00%
0,00
Deslocações e estadias
84.763,69
-9,97%
76.311,61
-14,45%
65.288,36
Comissões
0,00
0,00%
0,00
0,00%
0,00
Honorários
872.434,18
24,74%
1.088.297,77
-11,33%
964.958,34
Contencioso e notariado
8.073,80
-62,91%
2.994,73
65,19%
4.947,05
Conservação e reparação
1.501.698,95
11,49%
1.674.200,17
15,28%
1.930.082,44
Publicidade e propaganda
56.662,49
-25,87%
42.002,23
-66,50%
14.069,09
Limpeza, higiene e conforto
419.282,98
9,32%
458.362,86
-1,31%
452.356,60
Vigilância e segurança
591.098,21
-0,51%
588.064,48
13,57%
667.849,18
5.587.014,81
100,94%
11.226.683,58
6,21%
11.924.347,45
6.334,88
289,21%
24.656,30
85,95%
45.847,41
58.113.008,01
3,10%
59.913.426,04
11,66%
66.901.849,55
3.356.707,53
17,65%
3.949.279,85
3,27%
4.078.597,65
188.617,53
-3,75%
181.546,52
44,60%
262.524,10
20.140,80
162,10%
52.788,85
1570,13%
881.644,89
1.437.301,58
-39,96%
862.959,59
181,63%
2.430.377,86
Trabalhos especializados Outros fornecimentos e serviços Custos com Pessoal Amortizações do Imob. Corpóreo e Incorpóreo Outros Custos e Perdas Operacionais Juros e Custos Similares Custos e Perdas Extraordinários Total Geral
117.909.575,37
9,29% 128.866.702,82
11,74% 143.993.665,34
Tabela 36 - Mapa Comparativo de Custos
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
57
Gráfico 5 - Resultados 80.000.000,00
70.000.000,00
66.901.849,55
60.000.000,00
50.000.000,00 41.445.192,36 40.000.000,00
30.000.000,00
27.993.478,93
20.000.000,00
10.000.000,00 4.078.597,65 881.644,89
262.524,10
2.430.377,86
0,00 Custo das Merc. Vendidas e das Mat. Consumidas
Fornecimentos e Serviços Externos
Custos com Pessoal
Amortizações do Imob. Corpóreo e Incorpóreo
Outros Custos e Perdas Operacionais
Juros e Custos Similares
Gráfico 6 - Custos
Até Dezembro de 2009, o Hospital gastou 143.993.665,34€, ou seja, em relação ao período homólogo de 2008, houve um aumento de 11,74%. Este aumento da despesa é generalizado, não se verificando uma incidência específica sobre determinada rubrica, embora o aumento seja mais significativo nos Custos com o Pessoal (11,66%) que tem um peso de 46,46% no total dos custos. Em relação ao Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas, esta rubrica representou cerca de 28,78% do total dos custos de 2009. Os Fornecimentos e Serviços Externos foram no total de 27.993.478,93€, sendo 10.333.602,29€ referentes a subcontratos, 11.924.347,45€ de trabalhos especializados e apenas 5.735.529,19€ nas restantes rubricas.
58 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMIDAS De acordo com o Quadro 6, que a seguir se apresenta, o Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas apresenta um aumento global de 7,52%, sendo que, pela sua análise, poder-se-á dizer que todos os tipos de consumos especificados no mesmo, apresentam um aumento da despesa relativamente baixo, tendo como análise os anos anteriores, à excepção da rubrica “Produtos Farmacêuticos”, a qual evidencia um aumento significativo de 8,37%, nomeadamente devido aos medicamentos que mostram um aumento de 10,14%. Assinala-se contudo,que estes aumentos se deveram totalmente ao fornecimento de medicamentos de dispensa obrigatória em ambulatório a novos doentes com patologiado foro infeccioso, oncológico e degenerativo. Ainda no que se refere ao CMVMC, é de esclarecer que o peso do mesmo é essencialmente derivado das rubricas respeitantes a Produtos Farmacêuticos e do Material de Consumo Clínico, as quais são responsáveis por 70,75% e 26,79%, respectivamente, do total dos custos com CMVMC.
Conta
Designação
2007
∆
2008
∆
2009
6161
Produtos Farmacêuticos
26.664.774,47
1,48
27.059.783,79
8,37
29.325.454,25
61611
Medicamentos
23.147.299,05
3,12
23.870.603,07
10,14
26.290.208,50
3.021.975,55
-8,50
2.765.217,22
-10,99
2.461.185,08
495.499,87
-14,44
423.963,50
35,40
574.060,67
8.905.861,47
17,71
10.482.747,38
5,96
11.107.163,03
61612
Reagentes e Produtos de Diagnostico Rapido
61619
Outros Produtos Farmacêuticos
6162
Material de Consumo Clinico
61621
Material de Penso
270.484,79
14,37
309.347,23
-8,23
283.881,01
61622
Material de Artigos Cirurgicos
511.606,13
35,05
690.929,09
-4,86
657.336,20
2.315.453,75
3,13
2.387.813,63
10,81
2.645.943,86
127.551,67
-1,02
126.254,73
-4,06
121.127,63
61623
Material Clinico de Tratamento
61624
Material de Electromedecina
61625
Material de Laboratório
61626
Material de Proteses
61627
Material de Osteosintese
61629
Outro
6163
Produtos Alimentares
148.823,80
14,52
170.434,29
24,84
212.763,49
3.760.813,89
8,35
4.074.821,52
5,15
4.284.511,83
419.711,02
-16,78
349.276,83
-26,18
257.845,85
1.351.416,42
75,66
2.373.870,06
11,37
2.643.753,16
848,69
-7,83
782,22
5,80
827,61
6164
Material de Consumo Hoteleiro
274.031,90
12,20
307.452,90
4,12
320.126,61
6165
Material de Consumo Administrativo
215.203,04
13,26
243.741,92
14,21
278.378,41
6166
Material de Manutenção e Conservação
9,50
450.535,38
-8,28
413.242,45
5,68 38.545.043,59
7,52
41.445.192,36
Total Geral
411.447,10
36.472.166,67
Tabela 37
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
59
1% 0% 1%
1%
1%
0%
24%
1%
24%
1%
1%
0%
Produtos Farmaceuticos
1%
Produtos Material de Farmaceuticos Consumo Clinico
1%
Material de Consumo Clinico Produtos Alimentares Produtos Farmaceuticos Produtos Material de Alimentares Consumo Hoteleiro Material de Consumo Clinico
24%
73% 73%
Gráfico 7 - 2007
1%
0%
0%
27% 27%
0%
73%
1%
1% 1%
1%
1% 1%
Produtos Farmaceuticos
1%
Material de Farmaceuticos Consumo Clinico Produtos 1%
Produtos Alimentares Material de Consumo Clinico Produtos Farmaceuticos Material de Alimentares Consumo Hoteleiro Produtos Material de Consumo Clinico
27%
70% 70%
1% Gráfico 8 - 2008 0% 27% 27%
Material Consumo Hoteleiro Material dede Consumo Produtos Alimentares Administrativo Material Consumo e Material dede Manutenção Material de Consumo Hoteleiro Administrativo Conservação Material de Manutenção e Material de Consumo Conservação Administrativo Material de Manutenção e Conservação
0% 0%
0%
1% 1%
1%
0% 0%
70%
Produtos Farmaceuticos
1%
Material de Farmaceuticos Consumo Clinico Produtos 1%
Produtos Alimentares Material de Consumo Clinico Produtos Farmaceuticos
27%
Material de Alimentares Consumo Hoteleiro Produtos Material de Consumo Clinico
71% 71% 71% Gráfico 9 - 2009 60 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
Material dede Consumo Material Consumo Hoteleiro Produtos Alimentares Administrativo Material dede Manutenção Material Consumo e Material de Consumo Hoteleiro Conservação Administrativo Material de Manutenção e Material de Consumo Conservação Administrativo Material de Manutenção e Conservação
Material dede Consumo Material Consumo Hoteleiro Produtos Alimentares Administrativo Material dede Manutenção Material Consumo e Material de Consumo Hoteleiro Conservação Administrativo Material de Manutenção e Material de Consumo Conservação Administrativo Material de Manutenção e Conservação
Produtos Farmacêuticos Nesta rubrica, a despesa foi de 29.325.454,25€, sendo que a maior parcela diz respeito a medicamentos, com 89,64% do valor total. 30000000
25000000
20000000
15000000
10000000
5000000
0 Medicamentos
Reagentes e Produtos de Diagnostico Rapido
Outros Produtos Farmacêuticos
2007
Gráfico 10 - Produtos Farmacêuticos
2008
2009
Material de Consumo Clínico Relativamente ao material de consumo clínico, importa salientar que este apresenta uma despesa de 11.107.163,03€. Conforme verificável, pela análise do gráfico apresentado abaixo, a subdivisão deste tipo de consumo que tem maior peso relativo é a do material de próteses (38,57%), seguida do material clínico de tratamento (23,82%) e de outros consumos de material clínico (23,80%). 4500000 4000000 3500000 3000000 2500000 2000000 1500000 1000000 500000 0 Outro Material de Penso Material de Artigos Material Clinico de Cirurgicos Tratamento
Gráfico 11 - Material de Consumo Clínico
Material de Electromedecina
Material de Laboratório
Material de Proteses
Material de Osteosintese
2007
2008
2009
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
61
FORNECIMENTO E SERVIÇOS EXTERNOS Relativamente à rubrica Fornecimentos e Serviços Externos, a qual evidencia um gasto anual de 27.993.478,93€, a mesma apresenta, a exemplo dos anos imediatamente anteriores, uma incidência nos trabalhos especializados com 42,59% e nos subcontratos com 36,91%. Outros fornecimentos e serviços Trabalhos especializados Vigilância e segurança Limpeza, higiene e conforto Publicidade e propaganda Conservação e reparação Contencioso e notariado Honorários Comissões Deslocações e estadias Transportes de pessoal Transportes de mercadorias Royalties Seguros Comunicação Despesas de representação Rendas e alugueres Artigos para oferta Material de escritório Livros e documentação técnica Ferramentas e utensílios de desgaste rápido Outros fluidos Água Combustiveis Electricidade Subcontratos 0,00
2.000,00
4.000,00
6.000,00
8.000,00
10.000,00
Gráfico 12 - Fornecimento e Serviços Externos
CUSTOS COM PESSOAL Conforme já foi referido anteriormente, os custos com o pessoal correspondem à despesa que tem maior peso no total dos mesmos. Na realidade, os referidos custos representam 46,46% dos custos efectivos de 2009. Quando comparados com períodos anteriores, verifica-se um crescimento gradual dos mesmos, sendo todavia maior de 2008 para 2009, com um aumento de 6.988.423,51€ (11,66%), devido principalmente a três factores: aumento das contribuições para a Caixa Geral de Aposentações, actualizações salariais obrigatórias e o aumento do número de médicos em formação geral e específica (+20). Em termos de valor absoluto, observa-se que o custo desta rubrica é agravado pelo peso dos encargos s/ Remunerações, os quais apresentam 8.001.374,16€. 62 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
12.000,00
14.000,00
Milhares
2009
2008
2007
Conta
Designação
641 Remunerações dos Orgãos Directivo 642 Remuneração do Pessoal 643 Pensões 645 Encargos S/Remunerações 646 Seg. Acidentes Trabalho 648 Outros Custos com Pessoal Total Geral
2007
∆
316.317,73 49.061.513,41 1.047.273,05 6.480.856,29 2.069,64 1.204.977,89 58.113.008,01
2008
0,14 316.770,37 2,80 50.433.009,61 7,28 1.123.539,32 4,89 6.797.490,17 -71,55 588,91 3,07 1.242.027,66 3,10 59.913.426,04
∆
2009
0,46 318.234,63 11,16 56.062.476,48 2,77 1.154.667,03 17,71 8.001.374,16 -19,62 473,39 9,87 1.364.623,86 11,66 66.901.849,55
Tabela 38
Conforme se pode verificar pela análise do quadro anterior, 83,79% dos custos com pessoal correspondem a remunerações base, 11,96% a Encargos s/ Remunerações e apenas 4,25% para os restantes Custos. Ainda no que se refere aos custos com pessoal, realça-se, como é do conhecimento geral, que o grupo profissional que apresenta a maior despesa é o pessoal Médico, logo seguido pelo pessoal de Enfermagem.
ESTRUTURA DOS PROVEITOS Os proveitos, no período em análise, são no montante de 128.360.401,89€. Contudo, refere-se que os proveitos de 2009 aqui referenciados, são previsionais no que respeita ao SNS. Todavia e em relação aos subsistemas, foi possível facturar a totalidade até a data de 31 de Dezembro de 2009.
Mapa comparativo de Proveitos Designação Vendas e Prestações de serviços Proveitos suplementares Transf. e Subs. Correntes Obtidos Outros proveitos e ganhos operacionais Juros e proveitos similares Proveitos e ganhos extraordinários Total Geral
2007 11.973.456,43 381.380,51 94.256.207,50 4.209.476,18 36.700,61 445.202,97 111.302.424,20
∆ 269,32% 32,68% -48,26% -1,30% 419,14% 135,07% -11,16%
2008
∆
2009
44.220.610,85 506.003,40 48.766.113,57 4.154.658,82 190.529,17 1.046.530,75 98.884.446,56
162,33% 7,78% -99,99% 34,12% -48,17% 486,56% 29,81%
116.002.166,57 545.394,61 3.455,92 5.572.154,91 98.748,88 6.138.481,00 128.360.401,89
Tabela 39
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
63
Tal como em anos anteriores, verifica-se que a receita é essencialmente proveniente da ACSS7, entidade que paga a produção referente ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). Contudo, é de mencionar que o valor referente a essa produção era, até 31 de Agosto de 2008, registado como Subsídio à Exploração, sendo que após a passagem do Hospital de Faro para E.P.E., por motivos legais e contabilísticos, passou a ser registado nas contas correspondentes aos serviços prestados, tal como se pode verificar no quadro supra, causando assim uma variação de 29,81% no total dos Proveitos. 140.000.000,00
120.000.000,00
100.000.000,00
80.000.000,00
60.000.000,00
40.000.000,00
20.000.000,00
0,00 Vendas e Prestações de serviços
Proveitos suplementares
Transf. e Subs. Outros proveitos e Correntes Obtidos ganhos operacionais
Juros e proveitos similares
Gráfico 13 - Receitas
No que toca aos valores totais, é de fácil percepção que houve um acréscimo de 29,81%, causado pelo aumento das Prestações de Serviços. No entanto, quanto aos Juros e Proveitos Similares, verificou-se um grande decréscimo, devido à grande dificuldade de negociação com fornecedores, pelo atraso dos respectivos pagamentos. Comparativamente a 2008, tal decréscimo deveu-se ao facto de, naquele ano, ter sido concedido um empréstimo ao Hospital de Faro pelo FASP-SNS8, o qual possibilitou o pagamento aos fornecedores de todas as dívidas até 30 de Setembro de 2008, atingindo-se, assim, montantes significativos por cada fornecedor e, por conseguinte, a angariação de descontos financeiros, situação que não ocorreu em 2009.
7 8
Administração Central do Sistema de Saúde Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamento do Serviço Nacional de Saúde
2007
Proveitos e ganhos extraordinários 2008
2009
ANÁLISE FINANCEIRA E PATRIMONIAL Para este tipo de análise, que incide sobre os dados do Balanço, pode-se constatar que houve um acréscimo de activo total, o que se fica a dever aos Acréscimos e Diferimentos, que têm um peso de 78,52% do Activo, sendo os mesmos registados em contrapartida da previsão da receita esperada do SNS. De salientar, que à data de 31 de Dezembro de 2009, não existia facturação definitiva, quer do período de 2008, quer de 2009, aumentando assim o valor dos Acréscimos e Diferimentos.
Balanço Comparativo ACTIVO IMOBILIZADO: Imobilizações Incorpóreas Imobilizações Corpóreas Investimentos Financeiros Sub-total ……… CIRCULANTE: Existências Dívidas de terceiros: Curto prazo Depósitos Bancários e Caixa Sub-total ……… ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS: TOTAL DO ACTIVO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO: Capital Restantes Reservas e Out. Capitais Próprios Resultados Transitados Sub-total ……… Resultado líquido do exercício TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO PASSIVO Curto prazo ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:
2007 AL
∆
2008 AL
129.167,21 8.172.601,67 1.852.300,04 10.154.068,92
0,00% 79,27% -100,00% 45,56%
129.167,21 14.650.656,38 0,00 14.779.823,59
0,00% 7,80% 0,00% 7,73%
129.167,21 15.793.366,77 0,00 15.922.533,98
2.570.018,46
13,94%
2.928.382,70
23,61%
3.619.705,63
11.549.738,35 55.885,00 14.175.641,81 0,00 24.329.710,73 2007
12,77% 1753,34% 19,85% 0,00% 160,96% ∆
13.025.067,43 1.035.738,20 16.989.188,33 31.721.410,13 63.490.422,05 2008
20,49% -55,66% 16,38% 311,42% 161,78% ∆
15.693.556,73 459.234,66 19.772.497,02 130.507.593,67 166.202.624,67 2009
6.006.155,75
-22,21%
4.672.000,00
326,41%
19.922.097,00
4.967.207,19
131,13%
11.480.734,55
1,26%
11.625.171,38
-20.138.532,23 -9.165.169,29 -6.607.151,17 -15.772.320,46 2007 26.438.668,88 13.663.362,31
-32,33% -14,52% -353,80% -156,65% ∆ 227,49% 27,24%
-26.649.066,56 -112,51% -10.496.332,01 -138,99% -29.983.476,74 47,85% -40.479.808,75 -0,60% 2008 ∆ 86.584.995,10 123,77% 17.385.235,70 -24,23%
-56.632.543,30 -25.085.274,92 -15.636.204,83 -40.721.479,75 2009 193.751.108,94 13.172.995,48
TOTAL DO PASSIVO
40.102.031,19
159,26% 103.970.230,80
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
24.329.710,73
160,96%
63.490.422,05
∆
2009 AL
99,02%
206.924.104,42
161,78%
166.202.624,67
Tabela 40 - Balanço Comparativo
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
65
Balanço Comparativo em % Conta
Designação ACTIVO IMOBILIZADO: 43+441/6+449 Imobilizações incorpóreas Brutas Imobilizações incorpóreas Líquidas 42+441/6+448 Imobilizações corpóreas Brutas Amortizações Acumuladas Imobilizações corpóreas Líquidas 41+441/6+447 Investimentos financeiros Brutos Investimentos financeiros Líquidos
2007
2008
2009
0,53% 0,53% 153,14% (- 119,55% ) 33,59% 7,61% 7,61%
0,20% 0,20% 73,75% (- 50,67% ) 23,08% 0,00% 0,00%
0,08% 0,08% 31,25% (- 21,54% ) 9,50% 0,00% 0,00%
Total do Activo Imobilizado
41,74%
23,28%
9,58%
Existências Brutas Existências Líquidas 21/2/4/5/6 Dívidas de terceiros - curto prazo - Brutas Dívidas de terceiros - curto prazo - Líquidas 11 a 14 Depósitos bancários e caixa Total do Activo Circulante 27 Acréscimos e Diferimentos TOTAL DO ACTIVO CAPITAL PRÓPRIO: 51 Capital 52/3/5+572/9 Restantes reservas e out. capitais próprios 59 Resultados transitados Sub-total 88 Resultado líquido do exercício Total do Capital Próprio PASSIVO: Dívidas a terceiros - curto prazo Sub-total ……… 27 Acréscimos e Diferimentos Total do Passivo Total do Capital Proprio + Passivo
10,56% 10,56% 47,47% 47,47% 0,23% 58,26% 0,00% 100%
4,61% 4,61% 20,52% 20,52% 1,63% 26,76% 49,96% 100%
1,54% 1,54% 9,44% 9,44% 0,28% 11,90% 78,52% 100%
24,69% 20,42% (- 82,77% ) (- 37,67% ) (- 27,16% ) (- 64,83% )
7,36% 18,08% (- 41,97% ) (- 16,53% ) (- 47,23% ) (- 63,76% )
11,99% 6,99% (- 34,07% ) (- 15,09% ) (- 9,41% ) (- 24,50% )
108,67% 108,67% 56,16% 164,83% 100%
136,37% 136,37% 27,38% 163,76% 100%
116,58% 116,58% 7,93% 124,50% 100%
CIRCULANTE: 32 a 37
Tabela 41 - Balanço Comparativo em %
Quanto ao activo líquido a 31 de Dezembro de 2009, o mesmo ascendia a 166.202.624,67€ para um Capital próprio de -40.721.479,75€ e um passivo de 206.924.104,42€. De mencionar, que o crescimento do total do passivo a curto prazo foi provocado pelo crescente acumular de dívidas a fornecedores, pelos adiantamentos efectuados pela ACSS durante o exercício de 2009, assim como pela divida ao FASP, que ascende a 38.923.004,00€, sendo que os adiantamentos referidos anteriormente influenciaram, até à necessária regularização do correspondente lançamento no sistema informático, os valores das dívidas de curto prazo. Como se pode verificar, o fundo patrimonial não sofreu uma redução acentuada, situação que foi provocada pelo aumento de Capital no valor de 15.250.097,00€ durante o exercício de 2009. 66 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
INDICADORES ECONÓMICO FINANCEIROS Face à diversidade de rácios nos quadros seguintes, analisa-se alguns dos indicadores que parecem significativos para a gestão e permitem ter uma visão geral de como o Hospital de Faro efectuou o encerramento das suas contas, como entidade E.P.E. Para o efeito, destaca-se, desde já, o rácio de Solvabilidade, o qual é calculado para se conhecer a capacidade da Entidade para fazer face aos seus compromissos a médio e longo prazo. O seu valor é negativo, o que ilustra a vulnerabilidade em que a Instituição se encontra, o que equivale a dizer que o Hospital de Faro se apresenta extremamente dependente dos seus credores, embora com melhorias substanciais em relação a 2008. No que se refere ao rácio da Autonomia Financeira, o mesmo indica o grau de independência do Hospital de Faro em relação aos seus credores, sendo um indicador de grande importância na análise e contratação de operações financeiras. Neste caso, a Instituição encontra-se com a sua autonomia financeira abaixo dos valores considerados razoáveis, embora com tendência para melhor. Relativamente ao rácio de Liquidez, este transmite a capacidade do Hospital de Faro em fazer face aos seus compromissos. A Liquidez Geral é um rácio utilizado para avaliar a situação financeira, dado indicar em que medida as dívidas de curto prazo estão cobertas por activos circulantes mobilizáveis, no caso de pagamento dos passivos circulantes exigíveis. Como se pode verificar, no Hospital de Faro, os valores em causa não atingem a unidade (1), o que se torna preocupante, pois os mesmos não deveriam baixar mais do que 1,3, sendo que neste momento tal rácio está com 0,10, pior que 2008, e sem cobertura. No entanto, é de salientar que o rácio de Liquidez Geral não permite, só por si, tirar conclusões determinantes sobre a verdadeira liquidez da Instituição. Assim, para completar e melhorar a informação dada pelo indicador em apreço, é usual analisar o valor do rácio de Liquidez Reduzida. Com este indicador, pretende-se medir a capacidade em cumprir os compromissos de curto prazo, não com a totalidade do activo circulante, mas tão só com a parte deste que não diz respeito às existências. A lógica subjacente é a de que as existências não se transformam em meios líquidos tão rapidamente como os restantes activos circulantes. Uma Entidade com valores aceitáveis, deve apontar neste rácio entre 0,9 e 1,1, denotando tanto mais liquidez, quanto mais próximo estiver da unidade, não sendo o caso do Hospital de Faro, que com 0,08, está pior que no ano anterior. De salientar, ainda, que nos rácios de actividade, o Prazo Médio de Recebimento sofreu uma diminuição. Contudo, não é nada significativo, sendo que em termos genéricos se pode dizer que o seu valor, em Dezembro de 2009, era de 50 dias (quase dois meses), quanto ao Prazo Médio de Pagamento, este era na mesma data de 266 dias, por força do elevado montante de dívidas existentes em Balanço.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
67
Mapa de Indicadores de Rentabilidade Cód
Designação
2007
11.973.456,43 Vendas Líquidas Custos das Existências Vendidas e -36.472.166,67 Consumidas Subcontratos -7.979.667,59 MB Margem Bruta -32.478.377,83 Outros Proveitos Operacionais 4.209.476,18 Fornec. e Serviços Externos (Líquidos de -10.341.965,66 Subcontratos) Custos com o Pessoal -58.113.008,01 Outros Custos Operacionais -188.617,53 MLB Meios Libertos Brutos de Exploração -96.912.492,85 Amortizações e ajustamentos (de exploração) -3.356.707,53 -100.269.200,38 RE Resultados de Exploração Outros Resultados (extra-exploração) 93.672.119,61 MLBT Meios Libertos Brutos Totais -3.240.373,24 Result. a/Custos Fin. de Financiamento e RAJI -6.597.080,77 de Imp. s/Lucros CFF Custos Financeiros de Financiamento -10.070,40 RAI Resultados a/ de Impostos sobre Lucros -6.607.151,17 ISRE Imposto sobre o Rendimento do Exercício 0,00 RL Resultados Liquidos -6.607.151,17 Result. a/Custos Fin. de Financiamento e RAJDI -6.597.080,77 d/Imp. s/Lucros Tabela 42 - Mapa de Indicadores de Rentabilidade
68 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
∆ % 269,32
44.220.610,85
5,68
-38.545.043,56
7,52
-41.445.192,36
9,42 90,59 -1,30
-8.731.559,25 -3.055.991,96 4.154.658,82
18,35 2.201,56 34,12
-10.333.602,29 64.223.371,92 5.572.154,91
60,80
-16.630.099,16
6,19
-17.659.876,64
3,10 -3,75 21,96 17,65 20,64 -47,03 -702,58
-59.913.426,04 -181.546,52 -75.626.404,86 -3.949.279,85 -79.575.684,71 49.619.822,88 -26.006.581,99
11,66 44,60 80,13 3,27 75,99 -92,11 57,27
-66.901.849,55 -262.524,10 -15.028.723,46 -4.078.597,65 -19.107.321,11 3.914.880,11 -11.113.843,36
-354,08
-29.955.861,84
49,28
-15.192.441,01
162,10 -353,78 100,00 -353,80
-26.394,43 -29.982.256,26 -1.220,48 -29.983.476,74
1.570,13 47,86 141,00 47,85
-440.822,45 -15.633.263,45 -2.941,38 -15.636.204,83
-354,10
-29.957.082,32
49,30
-15.195.382,39
2008
∆ 2009 % 162,33 116.002.166,57
Lista Geral de Indicadores Código
Rácios
2007
∆
2008
∆
2009
Tendência
AC
Activo Corrente
14.175.641,81
19,85%
16.989.188,33
16,38%
19.772.497,02 Melhor
AF
Activo Fixo
10.154.068,92
45,56%
14.779.823,59
7,73%
15.922.533,98 Melhor
CP
Capital Próprio
-15.772.320,46 -156,65%
-40.479.808,75
-0,60%
-40.721.479,75 Pior
PC
Passivo Corrente
227,49%
86.584.995,10
123,77%
193.751.108,94 Pior
-15.772.320,46 -156,65%
-40.479.808,75
-0,60%
-40.721.479,75 Pior
26.438.668,88
CPP
Capitais Permanentes
EDV
Endividamento
164,83%
-0,65%
163,76%
-23,97%
124,50% Melhor
ATF
Autonomia Financeira
-64,83%
1,65%
-63,76%
61,57%
-24,50% Melhor
LQG
Liquidez Geral
0,54
-63,40%
0,20
-47,99%
0,10 Pior e SEM cobertura
LQR
Liquidez Reduzida
0,44
-63,01%
0,16
-48,66%
0,08 Pior e SEM cobertura
LQI
Liquidez Imediata
0,00
465,92%
0,01
-80,19%
0,00 Pior e SEM cobertura
ST
Solvabilidade Total
-0,39
1,01%
-0,39
49,45%
-0,20 Melhor
0,46
45,71%
0,66
23,97%
0,82 Melhor
QOT
Racio Q de Tobin
ROI
Rentabilidade do Activo Líquido (Return on Investment)
-27,16%
-73,90%
-47,23%
80,08%
ROE (M)
Rentab. do Capital Próprio (Return on Equity)-Maioritários
41,89%
76,82%
74,07%
-48,16%
0,49
41,53%
0,70
0,21%
-1,55
-76,32%
-2,74
6,62%
-25.926.389,38 -235,49%
-86.981.042,47
RA
Rotação do Activo (turnover)
CI
Cobertura do Imobilizado
FM
Fundo de Maneio
-9,41% Irregular mas Melhor 38,40% Irregular mas Pior 0,70 Melhor -2,56 Irregular mas Melhor
-115,16% -187.151.607,40 Pior e NEGATIVO
Tabela 43- Lista Geral de Indicadores
Racios de Actividade PMR = Prazo Médio de Recebimentos PMP = Prazo Médio de Pagamentos
Pagamentos/Recebimentos Saldo Médio Clientes e Utentes x 360 Vendas e Prestação de Serviços Saldo Médio Fornecedores x 360 Aquisição
2007
2008
2009
39,13
50,40
48,71
174,20
114,98
266,40
Tabela 44
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
69
Mapa de Avaliação da Empresa Cód. 1
Método Abordagem Patrimonial
2007 -15.901.487,67
∆ -155,38%
2008 -40.608.975,96
∆ -0,60%
2
Abordagem Económica
13.313.785,83
-162,40%
-8.308.426,32
40,79%
Valor Substancial
51.563.516,98
85,52%
95.661.804,48
111,17%
-388,52% -507.621.389,88
37,10%
Valor de Rendimento Dívidas 3
Abordagem Financeira Fluxos de Tesouraria
4
Abordagem de Mercado Valor Composto
-102.914.695,72 40.102.031,19 -57.341.608,11
159,26%
103.970.230,80
99,02%
-951,80% -608.947.066,36
43,56%
-2.274.904,84 -1058,53%
45,05%
-66.071.511,70
-353,80% -299.834.767,40
47,85% -156.362.048,30
Irregular mas Melhor
-25.808.428,85
-979,55% -280.946.571,41
43,35% -159.158.544,56
Irregular mas Melhor
Tabela 44- Mapa de Avaliação da Empresa
Gráfico13 - Comparação Anual de Avaliações da Empresa 70 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
-26.355.508,37
2009 Tendência -40.850.646,96 Pior Irregular mas -4.919.429,55 Melhor 202.004.674,87 Melhor Irregular mas -319.281.385,05 Melhor 206.924.104,42 Pior Irregular mas -343.673.758,02 Melhor Irregular mas -14.482.814,31 Melhor
Designação Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Médico-Cirúrgico De Imagiologia De Laboratório Mobiliário Hospitalar De desinfecção e Esterilização De Hotelaria Outros Equipamento de Transporte Ferramentas e Utensilios Equipamento Administrativo e Informático Equipamento Administrativo Equipamento Informático Hardware Software Outras Imobilizações Corpóreas Total Geral
2007 1.890.978,60 € 2.060.725,64 € 1.006.819,84 € 379.304,42 € 2.524,33 € 225.293,94 € 209.449,40 € 58.385,00 € 178.948,71 € 2.747,35 € 1.004.384,64 € 82.641,11 € 921.743,53 € 261.723,28 € 660.020,25 € 4.779,99 € 4.963.616,22 €
2008 6.170.327,03 € 2.767.790,51 € 1.636.221,94 € 402.055,36 € -72.226,82 € 499.706,81 € 32.650,02 € 71.664,96 € 197.718,24 € -7.979,92 € 383,53 € 630.307,45 € 111.726,64 € 518.580,81 € 389.215,38 € 129.365,43 € 2.502,25 € 9.563.330,85 €
2009 Variação 08/09 1.818.929,61 € -4.351.397,42 € 2.216.083,57 € -551.706,94 € 1.220.067,52 € -416.154,42 € 224.765,31 € -177.290,05 € 193.020,27 € 265.247,09 € 210.869,70 € -288.837,11 € 18.945,72 € -13.704,30 € 154.911,81 € 83.246,85 € 193.503,24 € -4.215,00 € 46.023,18 € 54.003,10 € 6.041,69 € 5.658,16 € 685.496,11€ 55.188,66 € 147.052,91 € 35.326,27 € 538.443,20 € 19.862,39 € 234.518,88 € -154.696,50 € 303.924,32 € 174.558,89 € 804,00 € -1.698,25 € 4.773.378,16 € -4.789.952,69 €
Tabela 45
5.4 INVESTIMENTOS Com a construção do novo Hospital Central do Algarve, o investimento na rubrica Edifícios e Outras Construções tende a diminuir, tal como se verificou em 2008, havendo assim uma variação de - 4.351.397,42€. Quanto ao Equipamento Básico, houve necessidade de maior investimento, justificado pela criação das Unidades de Cuidados Intermédios e da Gripe A no Serviço de Urgência, assim como o reforço das competências do Serviço de Gastrenterologia e modernização e requalificação do Serviço de Anatomia Patológica, entre outros. Na rubrica Equipamento de Transporte houve aumento no investimento quando comparado com 2008, devido à aquisição de viaturas ligeiras para suprir o envelhecimento do parque auto e o aumento dos encargos com a respectiva e necessária manutenção. Perante os factos expostos, verificou-se uma redução de 50,09% no investimento total, redução esta que se deveu, sobretudo, à quebra do investimento na rubrica Edifícios e Outras Construções, pelas circunstâncias já antes mencionadas.
DOAÇÕES O valor total das doações foi de 144.436,83€, sendo a maior percentagem destas em equipamento básico médico-cirúrgico no valor de 106.293,69 e equipamento de laboratório no valor de 20.004€. Quanto às restantes, aquelas referem-se a equipamento administrativo e equipamento informático. É de salientar, que a Missão Sorriso, uma iniciativa do Grupo Sonae, ofereceu equipamentos hospitalares para o Serviço de Pediatria. Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
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6 ESTRATÉGICO E ACTIVIDADES
DESENVOLVIMENTO
PARA 2010
O Conselho de Administração não prevê fazer alterações substanciais ao seu rumo de actuação, a não ser impor um ímpeto reformista mais célere para alcançar melhores resultados, seja através da contenção de custos, seja pela melhoria dos processos de facturação. Neste contexto, os objectivos para 2010 são coerentes com as políticas/actividades em desenvolvimento e com os objectivos definidos no Plano Estratégico, onde o utente é o eixo central de todas as orientações organizativas e de gestão que são tomadas.
LINHAS ESTRATÉGICAS Desta forma, assumem-se as seguintes grandes linhas de actuação para 2010: Assegurar o acesso a cuidados de saúde de qualidade - Para se atingir este objectivo vão ser desenvolvidas políticas de gestão centradas no utente e na prestação de serviços de qualidade. Os desafios que se colocam em 2010 nesta linha estratégica são: • Incrementar as actividades assistenciais do H. Faro sem aumentar a dotação global dos recursos humanos: • Aumentar progressivamente a actividade de Consultas Externas do Hospital; • Criar condições para que as especialidades cirúrgicas que ainda não o fizeram, iniciem a actividade de Cirurgia de Ambulatório; • Reorganizar a actividade Cirúrgica Convencional do Hospital, essencialmente ao nível da actividade programada; • Diminuir a pressão sobre os serviços de urgências; • Qualidade do Acesso e Ganhos em Saúde: aumentar/facilitar o acesso aos cuidados de saúde, principalmente na área de cirurgia e consulta externa, através da redução sustentada dos tempos médios de espera por parte dos utentes. Na consulta externa continuar a estabelecer políticas assertivas
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de incremento das primeiras consultas. Para a redução da lista de espera de cirurgias adequar os recursos do bloco Operatório Central à taxa de utilização efectiva, promovendo uma maior eficiência e produtividade. Conjuntamente, reforçar as cirurgias de ambulatório em especialidades como a Urologia e a Otorrinolaringologia;; • Contribuir com a aquisição dos meios técnicos necessários para a consolidação das boas práticas no domínio dos cuidados diferenciados de saúde, e para a progressiva diferenciação e actualização de conhecimentos científicos; Promover o desenvolvimento e a motivação dos Recursos Humanos - Com este objectivo pretende-se, genericamente, apostar na qualificação e motivação profissional através do desenvolvimento de políticas que tenham em consideração o mérito e a responsabilização por resultados. Nesta linha estratégica, a proposta de actuação, surge nos seguintes vectores: • Avaliar permanentemente as necessidades de recursos humanos identificando áreas deficitárias e excedentárias, promovendo a mobilidade interna e a requalificação dos recursos; • Estabelecer uma gestão por objectivos, reforçando a gestão intermédia, de forma a melhorar a interacção entre os serviços e a respectiva performance; • Potenciar a formação, docência e investigação; • Criar condições para o reforço da motivação dos profissionais; Melhorar a eficiência Económico-Financeira - Exige-se ao Hospital que preste cuidados de saúde de qualidade, mas que em simultâneo melhore o seu desempenho, o qual deverá traduzir-se em melhores níveis de produtividade e menores custos unitários. A este nível, propõe-se: • Optimizar e racionalizar as despesas através de uma actuação na normalização do Material do Consumo Clínico, do reforço de normas que contribuam para o objectivo de uniformização das compras; • Avaliar, sempre que necessário, a vantagem da sub-contratação face à contratação; • Avaliar permanentemente as necessidades de recursos humanos, identificando áreas deficitárias e excedentárias; • Afinar os processos que permitam optimizar a relação entre a actividade efectuada e a actividade que é facturada; • Continuar o reforço dos níveis de gestão intermédia, induzindo o desenvolvimento de verdadeiras unidades de gestão, fomentando a descentralização e o aumento da responsabilidade dos Serviços; Para garantir o sucesso das linhas estratégicas identificadas, o Hospital tem que desenvolver um conjunto de outras actividades, as quais são transversais às três áreas de actuação acima referenciadas, destacando-se:
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• Continuação das reformas estruturais com o objectivo de aumentar a eficiência da Instituição na vertente operacional, aumento da capacidade e da flexibilidade da resposta às necessidades das populações; • Continuação das intervenções ao nível das instalações e equipamentos não só no sentido de melhorar as condições de trabalho, mas também orientadas para melhorar as condições de segurança, protecção da privacidade, conforto e comodidade de utentes, visitas e colaboradores em geral – reforçando a qualidade e a humanização dos serviços; • Continuação da intervenção ao nível dos sistemas de informação não só em termos físicos para garantir a integridade e segurança dos dados residentes, mas também na optimização da melhoria das ferramentas de apoio à actividade clínica e não clínica, da monitorização da actividade, da execução orçamental e do controlo dos objectivos, de modo a que possam produzir informações consistentes e atempadas que tornem exequível a condução e controlo das actividades do Hospital, e contribuir para a identificação de métricas de performance que permitam a avaliação do desempenho organizacional; • Adopção de decisões estruturantes, essencialmente ao nível da Auditoria Interna, aprovando e executando um Plano de Auditoria para 2010.
PLANO DE INVESTIMENTOS 2010 Este conjunto de desafios será suportado por um conjunto de investimentos, dos quais se destacam: Acções em curso – conclusão prevista até final do 1.º semestre de 2010 • Deslocalização, requalificação e apetrechamento do Laboratório de Anatomia Patológica; • Requalificação e Apetrechamento da UCI polivalente; • Ampliação da UCIC e criação da 2ª sala de pacing / electrofisiologia do Serviço de Cardiologia; • Beneficiação infra-estruturas básicas - redes de abastecimento de águas e outras; • Reparação e beneficiação da fachada do edifício hospitalar; • Apetrechamento do serviço de Neurocirurgia - equipamento cirúrgico; • Instalação de um controlo mecânico da assiduidade; • Reforço da actividade de MCDT, através da criação de uma unidade de ressonância magnética; • Certificação do laboratório de Imuno-Hemoterapia; • Implementação de um sistema de gestão do medicamento oncológico, através do qual se pretende fazer uma utilização mais racional dos meios disponíveis. Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
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ACÇÕES AUTORIZADAS OU A INICIAR NO CORRENTE ANO COM INÍCIO PREVISTO EM 2010 • Revisão da área de logística do Hospital, nomeadamente ao nível do sistema de distribuição dos materiais de consumo, visando reduzir as existências e desperdícios, quer a nível dos Serviços, quer dos Armazéns; • Obras de adaptação para instalação de uma Unidade de Convalescença; • Obras de adaptação para instalação de uma unidade de Cuidados Paliativos; • Deslocalização e requalificação do Serviço de Pneumologia; • Deslocalização e requalificação do Serviço de Medicina Física e Reabilitação; • Beneficiação, requalificação e apetrechamento do Departamento de Psiquiatria; • Requalificação Sector de recolha e tratamento de cadáveres; • Desenvolvimento do controlo de qualidade e certificação dos Serviços hospitalares.
7 GOVERNO DA SOCIEDADE
Em cumprimento do disposto no artigo 13º. – A do Decreto-Lei n.º 300/2007, passamos a apresentar as componentes que fazem parte deste capítulo: 7.1 MISSÃO, OBJECTIVOS E POLíTICAS DA EMPRESA (Matéria Abordada no capítulo 2).
7.2 REGULAMENTOS INTERNOS E EXTERNOS A QUE A EMPRESA ESTÁ SUJEITA O Hospital de Faro, E.P.E. reger-se pelo seu Regulamento Interno, que se encontra em fase final de elaboração e que será remetido, a mais breve trecho, a Sua Excelência a Senhora Ministra da Saúde para efeitos da necessária homologação ministerial (cfr. o art.7º do Decreto-Lei n.º180/2008, de 26 de Agosto). Para além disso, sempre que a matéria o justifica, do ponto de vista funcional e operacional, são elaborados Regulamentos das áreas de apoio e serviços que pretendem, fundamentalmente, formalizar a organização da prestação dos cuidados de saúde. Convém assinalar que, no ano de 2009, foram elaborados e/ou devidamente actualizados alguns destes Regulamentos Internos, entre os quais se destacam: • O Regulamento dos Serviços Fúnebres; • O Regulamento de Estacionamento; • O Regulamento da Segurança; • O Regulamento da Residência do Hospital de Faro; • O Regulamento para Acesso e Utilização de Espaços Hospitalares destinados a Acções de Promoção, Vendas e Exposições; • O Regulamento Interno de Fundos de Maneio; • O Regulamento da Comissão de Farmácia e Terapêutica; • O Regulamento do Serviço de Auditoria, Planeamento e Controlo de Gestão; • O Regulamento do Gabinete de Comunicação e Relações Exteriores.
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Relativamente a Regulamentos Externos, é de referir que o Hospital foi requalificado por Despacho de Sua Excelência o Senhor Secretário de Estado da Saúde, de 22 de Janeiro de 2008, como Hospital Central. Posteriormente, através do Decreto-Lei nº 180/2008, de 26 de Agosto, o Hospital de Faro deu origem à Entidade Pública Empresarial, enquadrando-se no regime jurídico aplicável às Entidades Públicas Empresariais, e nos Estatutos aprovados pelo Decreto-Lei n.º 233/2005, de 29 de Dezembro, com as especificidades estatutárias que constam do anexo ao Decreto-Lei supra aludido. Para além disso, nos termos do Despacho Conjunto n.º 28327/2008, de 24 de Outubro, dos Senhores Ministros de Estado e das Finanças e da Saúde, foram formalmente nomeados para o triénio de 2008-2010 os membros do Conselho de Administração do Hospital de Faro. Em resumo, a legislação que enquadra a orgânica e o funcionamento do Hospital é actualmente a seguinte: • O Decreto-Lei nº 180/2008, de 26 de Agosto (Diploma criador); • O Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro (Estatutos); • O Decreto-Lei nº 558/99, de 17 de Dezembro, com as alterações introduzidas, e o Decreto-Lei nº 300/2007, de 23 de Agosto (Regime Jurídico do Sector Empresarial do Estado e das Empresas Públicas); • A Lei nº 27/2002, de 8 de Novembro (Regime Jurídico de Gestão Hospitalar); • O Decreto-Lei nº11/93, de 15 de Janeiro (Estatuto do Serviço Nacional de Saúde); • A Lei nº 48/90, de 2 de Agosto (Lei de Bases da Saúde).
7.3 INFORMAÇÃO SOBRE AS TRANSACÇÕES RELEVANTES COM ENTIDADES RELACIONADAS. O Hospital de Faro mantém relações relevantes com várias Entidades destacando-se, de entre elas: • ACSS – Administração Central do Sistema de Saúde, à qual é facturada a prestação de cuidados de saúde aos utentes do Serviço Nacional de Saúde, de acordo com o estipulado no Contrato-Programa assinado anualmente; • ARS Algarve, que actua como Entidade Regional de supervisão da actividade contratualizada com a ACSS. Para além disso, o Hospital de Faro emite facturação relacionada com os seguintes fornecimentos: Prestação de Cuidados de Saúde a cidadãos com o Cartão Europeu (E111), Exames Médicos, vários tipos de Medicamentos, Sangue, bem como, relativa à comparticipação do funcionamento da Unidade de Convalescença de Loulé e outros Protocolos de natureza diversa;
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• Subsistemas Públicos (ADSE, IASFA, ADMG, SAD/PSP e outros) ou Privados (SAMS e outros) de Protecção Social, aos quais são facturados os cuidados de saúde prestados, sempre que o Utente esteja sob Protecção Social de um subsistema; • Seguradoras e outros terceiros responsáveis (Entidade patronal, agressor, etc), a quem é emitida facturação sempre que o utente receba a prestação de cuidados de saúde devido a uma causa que é imputável a uma acção da responsabilidade de terceiros; • Seguradoras – Seguros de Saúde, a quem é efectuada facturação dos cuidados de saúde prestados aos utentes que estejam sob a protecção de um seguro dessa natureza; • Utentes assistidos, a quem o Hospital cobra uma Taxa Moderadora, pelo acesso dos utentes aos cuidados de saúde, o que constitui uma receita marginal face à restante facturação, sendo de realçar o elevado número de utentes isentos; • Utente em nome individual (Independentes), a quem a prestação de cuidados é facturada directamente e pelo seu valor integral, sempre que não exista qualquer sistema de protecção social a quem se possa facturar; • IML – Instituto de Medicina Legal: o Gabinete de Medicina Legal de Faro funciona no Hospital de Faro, mediante Protocolo; • INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica, funciona em colaboração com o Hospital de Faro uma VMER, mediante Protocolo, através do qual o Hospital se responsabiliza pela cedência das equipas de profissionais; • IPSangue - Instituto Português do Sangue, o Serviço de Imunohemoterapia do Hospital de Faro actua em parceria com este Instituto Público, mediante Protocolo; • SUCH – Serviços de Utilização Comum dos Hospitais, o Hospital de Faro integra este consórcio, sendo particularmente relevante a intervenção desta Entidade nos Serviços Gerais e nos Serviços de Instalações e Equipamentos.
7.4 INFORMAÇÃO SOBRE OUTRAS TRANSACÇÕES Procedimentos Adoptados na Aquisição de Bens e Serviços No que respeita à aquisição de serviços e à contratação de empreitadas, o Hospital de Faro rege-se por normas de direito privado, com excepção dos procedimentos que impõem a aplicação do regime do direito comunitário relativo à contratação pública, nos termos do estipulado no Código dos Contratos Públicos (CCP), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro. Os Manuais de Controlo Interno existentes, garantem o cumprimento rigoroso dos princípios gerais da livre concorrência, transparência e boa gestão.
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Transacções que não Ocorrem em Condições de Mercado. Não existiram transacções que não tenham ocorrido em condições de mercado.
Fornecedores Relevantes Do volume de fornecimentos externos apurado pelo Hospital de Faro, apresenta-se de seguida os fornecedores cujo valor dos fornecimentos foi superior a Um Milhão de Euros e que representam mais de 5% do valor total dos mesmos: • ABBOTT LABORATÓRIOS, LDA. • AMGEN – BIOFARMACÊUTICA, LDA. • CRMN – Clínica de Radioterapia e Medicina Nuclear, LDA. • GERTAL – Companhia Geral de Restaurantes e Alimentação, S.A. • HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA PORTUGUESA • GILEAD SCIENCES, LDA. • ROCHE FARMACÊUTICA, LDA. • UNION MEDICA HISPANO-PORTUGUESA, S.L.
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7.5 INDICAÇÃO DO MODELO DE GOVERNO E IDENTIFICAÇÃO DOS MEMBROS DOS ORGÃOS SOCAIS Nos termos do Decreto de Lei 233/2005, de 29 de Dezembro, a Administração e Fiscalização é composta da seguinte forma: • Conselho de Administração; • Fiscal Único.
Composição
Cargo
Órgãos Sociais
Eleição
Mandato
Despacho MEF e MS n.º 28327 / 2008, de 24.10
2008-2010
Conselho de Administração Presidente
Dr.ª Ana Paula Gonçalves
Vogal (1)
Prof. Doutor Francisco Manuel Dionísio Serra
Vogal (2)
Dr. António Miguel Ventura Pina
Directora Clínica
Dra. Maria Helena Branco Gomes
Enfermeira Directora
Dra. Maria Filomena do Rosário Rafael Nunes Fiscal Único
Efecivo Suplente
Grant Thornton & Associados, SROC n.º 67, representada pelo Dr. Carlos Lisboa Nunes, ROC n.º 427 Despacho do Gabinete do Secretário de Estado do Tesouro e Finanças n.º 11123/2009 de 15.04 Alves da Cunha, A. Dias & Associados, SROC n.º 74
2008-2010
Tabela 46: Composição do Conselho de Administração
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7.6 REMUNERAÇÕES DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS
• Conselho de Administração Presidente: Remuneração de 3.655,80 euros, 14 vezes por ano; Despesas de Representação de 1.279,53 euros, 12 vezes por ano; Subsídio de Refeição de 4,27 euros, por dia de trabalho.
Vogais: Remuneração de 3.233,98 euros, 14 vezes por ano; Despesas de Representação de 970,19 euros, 12 vezes por ano; Subsídio de Refeição de 4,27 euros, por dia de trabalho;
Directora Clínica: Remuneração de 4.956,76 euros, 14 vezes por ano; Despesas de Representação de 970,19 euros, 12 vezes por ano; Adicional de 2% de 45,49 euros, 12 vezes por ano; Subsídio de Refeição de 4,27 euros, por dia de trabalho.
Enfermeira Directora: Remuneração de 3.233,98 euros, 14 vezes por ano. Despesas de Representação de 970,19 euros, 12 vezes por ano; Subsídio de Refeição de 4,27 euros, por dia de trabalho;
• Fiscal Único A título de remuneração dos serviços prestados, o Hospital de Faro E.P.E. pagará à Grant Thorton & Associados – SROC, Lda., os honorários anuais que as partes convencionarem, os quais terão, também, em conta as orientações e recomendações da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, estabelecendo-se a quantia de 10.967,00 (dez mil, novecentos e sessenta e sete euros), a qual constitui avença anual correspondente no período de um exercício, podendo, contudo, ser paga fraccionadamente.
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Face ao Estatuto Remuneratório aplicado, as remunerações obtidas pelos membros do Conselho de Administração durante o ano de 2009, foram as seguintes: • Conselho de Administração:
Mandato I
Presidente
Vogal (1)
Vogal (2)
Directora Clínica
Enfermeira Directora
66.536
56.918
56.918
81.037
56.918
1. Remuneração 1.1. Remuneração base/Fixa 1.2. Acumulação de funções de gestão 1.3. Prémios de gestão 1.4. Outras 1.4.1. Adicional 2% 1.4.2. Formadora Interna 2. Outras Regalias e Compensações 2.1. Gastos de utilização de telefones 2.2. Valor de aquisição/renda da viatura de serviço 2.3. Valor do combustível gasto com a viatura de serviço 2.4. Subsídio de deslocação 2.5. Subsídio de refeição 2.6. Outros 2.6.1. Ajudas de Custo 2.6.2. Transportes 2.6.3. Portagens 3. Encargos com Benefícios Sociais 3.1. Segurança Social obrigatório 3.2. Seguros de Saúde 3.3. Seguros de Vida 3.4. Outros 3.4. Encargos com Saúde - ADSE 4. Informações Adicionais 4.1.Opção pelo vencimento de origem (s/n) 4.2. Regime Segurança Social 4.3. Ano de aquisição de viatura pela empresa 4.4. Exercício de funções remuneradas fora grupo 4.5. Outras (identificar detalhadamente)
546 305
948
961
979
966
974
162 462 31 6.273
6.359
5.489
10.491
3.946
0
116
25
0
0
N CGA
N CGA
N CGA
S CGA
N CGA
N
S
N
N
S
Tabela 47 - Remunerações dos membros do Conselho de Administração. Unid: €
• Fiscal Único: 2009 Grant Thornton & Associados, SROC n.º 67, representada pelo Dr. Carlos Lisboa Nunes
6.580,31
Tabela 48: Remuneração do Fiscal Único. Unid: € Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
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Funções e Responsabilidades Da Presidente do Conselho de Administração, Ana Paula Pereira Gonçalves A responsabilidade pelas áreas de Gestão de Materiais, de Gestão de Doentes, Gestão de Recursos Humanos, Higiene e Segurança no Trabalho, Instalações e Equipamentos, assim como, sem prejuízo das competências conferidas pelo Decreto-Lei n.º 188/2003 aos Órgãos de Direcção Técnica, acompanhar o desenvolvimento da Actividade Assistencial;
Do Vogal Executivo, Francisco Manuel Dionísio Serra A responsabilidade pelas áreas do Planeamento e Controlo de Gestão, Sistemas e Tecnologias de Informação, Serviços Financeiros e Departamento de Formação; Substituir a Presidente do Conselho de Administração nas suas ausências e impedimentos;
Do Vogal Executivo, António Miguel Ventura Pina A responsabilidade pelos Serviços Gerais/Área Hoteleira, Segurança e Tratamento de Resíduos, Expediente e Arquivo Geral e Recepção/Encaminhamento do Utente, com supervisão do Gabinete do Utente;
Da Directora Clínica, Maria Helena Marques Pereira Branco Gomes Sem prejuízo das competência próprias que lhe estão atribuídas no artigo n.º 12 do Decreto-Lei n.º 188/2003, de 20 de Agosto, as seguintes responsabilidades nas áreas do Pessoal Médico, Técnico Superior de Saúde, Técnico Superior de Serviço Social, Técnico de Diagnóstico e Terapêutica, afectos às Áreas Assistenciais, assim como as relativas a autorização de despesas decorrentes da prestação de cuidados no exterior;
Da Enfermeira Directora, Maria Filomena do Rosário Rafael Martins Sem prejuízo das competências próprias que lhe estão atribuídas no artigo n.º 13 do Decreto-Lei n.º 188/2003, de 20 de Agosto, as seguintes responsabilidades nas áreas do Pessoal de Enfermagem e do Pessoal Auxiliar que exerça funções em Serviços Assistenciais.
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7.7 ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE DA EMPRESA NOS DOMÍNIOS ECONÓMICOS, SOCIAL E AMBIENTAL
ESTRATÉGIAS ADOPTADAS As estratégias adoptadas pelo Conselho de Administração, para se prosseguirem os objectivos de sustentabilidade, orientam-se pelo que está expresso na missão do Hospital e assentam numa metodologia baseada em dois grandes vectores: • O das opções e eixos estratégicos definidos no Plano de Negócios, que conduziu à obtenção do estatuto de entidade pública empresarial, orientado para a execução de um programa de investimentos, do desenvolvimento das actividades operacionais e de suporte, e do progressivo equilíbrio económico e financeiro da instituição. • O da obtenção de ganhos em saúde, através do qual o Hospital de Faro se afirme através de prestação de cuidados cada vez mais diferenciados, mas também através do reforço do seu papel no âmbito das redes de referenciação hospitalar. O adequado enquadramento das propostas de transformação desenvolvidas ao longo do presente exercício económico tiveram sempre em linha de conta um significativo conjunto de premissas, a saber: 1. Modelo organizativo dos cuidados hospitalares, caracterizado por: • Novos avanços tecnológicos; • Aumento geral da actividade em regime de ambulatório; • Incremento específico da Cirurgia de ambulatório; • Desenvolvimento de soluções alternativas à hospitalização tradicional; • Abordagem de novos problemas éticos; • Informação e papel activo dos utentes no relacionamento com as entidades prestadoras de cuidados; • Forte aposta no alargamento, a todas as áreas assistenciais, das tecnologias de informação e comunicação; • Necessidade da avaliação da qualidade da assistência e da aplicação das novas tecnologias; 2. As políticas traçadas pelos Ministérios de Tutela no domínio da organização e gestão das unidades de saúde. 3. O conceito de que o utente é o eixo central do sistema de saúde, sobre o qual se deve orientar a sua organização. 4. A qualidade dos cuidados e dos serviços que pretendemos prestar.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
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5. A estabilidade das condições de trabalho e a motivação dos profissionais de saúde. 6. A sustentabilidade económico-financeira da instituição.
Passamos a apresentar resumidamente o mapa estratégico do Hospital de Faro.
Mapa Estratégico do Hospital de Faro Cuidados de Saúde da População Serviço Nacional de Saúde Perspectiva Intitucional e da Comunidade
Perspectiva dos Utentes do Hospital
Apredizagem e conhecimento
Hospital de faro como centro de referência no Algarve.
Eficiência e equilíbrio financeiro da gestão.
Redução das listas de espera.
Optimização do cumprimento contratual co ACSS.
Satisfazer as necessidades de cuidados de saúde da população de referência.
Melhorar a cobertura e o acesso aos serviços.
Aumentar a activdade de ConsulReordenar a carteira de serviços do tas Externas. Hospital. Implementar a Cirurgia de Ambulatório. Definir os serviços de referência regional. Diminuir a pressão do serviço Implantar Unidades de Diagnóstico de urgências. Rápido. Reorganizar a actividade cirúrgica do Hospital. Activar e facilitar a acecibilidade Elaborar e desenvolver um Plano dos utentes que veêm referenciade qualidade. dos. Implementar uma gestão por Melhorar a coordenação com os objectivos. cuidados primários. Implementar um sistema integraMelhorar a coordenação com o dode gestão clínica. C.H.B.A. Plano de sitemas de Informação
Plano de Recursos Humanos
Aplicação de gestão clínica.
Adequação das equipas profissionais aos objectivos estratégicos do Hospital.
Aplicação de processos e CRM. Aplicações analíticas para a tomada de decisão. Investimento em infra-estrutura tecnológica.
Melhorar o clima profissional. Externalização de àreas e serviços não assistenciais.
Tabela 49: Mapa Estratégico do Hospital de Faro, E.P.E.
A partir de uma análise SWOT foi possível identificar um conjunto de problemáticas que condicionam o contexto funcional do Hospital tanto na perspectiva das dinâmicas internas, como das externas, designadamente no que diz respeito à sua missão.
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Motivação e Desenvolvimento Profissional Excelência técnica e humana dos profissionais. Sentido de pertença e compromisso com a missão do Hospital. Estabelecer uma política de comunicação e de relações exernas e institucionais.
Desenvolver um Plano de Comunicação. Realizar estudos periódicos de satisfação dos utentes.
Organograma que responda aos objectivos estratégicos do Hospital. Implementar e acttualizarferramentas de gestão. Desenvolver a Formação, Docência e Investigação Adequar a formação dos profissionais às novas necessidades do Hospital. Plano estratégico de investigação. Melhorar a capacidade da actividade docente.
Síntese de Oportunidade
Síntese de ameaças
Dificuldade na retenção de quadros médicos em algumas áreas onde existe carência; Localização e boas acessibilidades físicas e de comunicaDificuldade na captação de especialistas em algumas áreas ções; mais diferenciadas; Necessidades não satisfeitas, especialmente em consultas População envelhecida e com elevada incidência de doene em cirurgias; ças crónicas; Articulação com o Centro Hospitalar do Barlavento e com a Estrutura de custos desiquilibrada face aos indicadorws naRede de Cuidados Primários, cionais e do grupo, em algumas dimensões da actividade, Rede de Cuidados continuados Integrados em desenCondições físicas de trabalho mais atractivas em outros volvimento; hospitais; Turismos sénior (não SNS), cerente de cuidados de saúde Avanços tecnológicos pressionam aumento da despesa, de qualidade; dada a idade de alguns equipamentos actualmente em uso; Construção prevista do Novo Hospital Central do Algarve Potencial perda de actividade para outras instituições. Investimentos previstos e em curso na região;
Tabela 50
POLITICAS PROSSEGUIDAS COM VISTA A GARANTIR A EFICIÊNCIA ECONÓMICA, FINANCEIRA SOCIAL E AMBIENTAL Para que o Hospital possa garantir a sua sustentabilidade é imprescindível que consiga promover um elevado envolvimento de todos os seus responsáveis. No domínio económico, o Hospital deve atingir um excedente bruto de exploração positivo, ou seja, deve conseguir gerar meios libertos líquidos suficientes para o seu auto financiamento, quer em termos da sua actividade quer em termos de potenciais investimentos. Contudo, no momento, enfrenta dificuldades económico-financeiras, facto a que não são alheios alguns factores exógenos, que têm condicionado de maneira importante, a nossa capacidade de realização de proveitos, os quais não cobrem, actualmente, os custos estruturais de produção. Por outro lado, os custos mais representativos, no contexto das actividades de prestação de cuidados, têm crescido consideravelmente todos os anos. A racionalização dos custos, conjugados com bons níveis de produção e uma boa capacidade de realização de receitas são um caminho a seguir para a sustentabilidade a médio/longo prazo tendo em vista a melhoria do desempenho do Hospital, pois só assim se poderá perspectivar o desejado equilíbrio económico-financeiro. A nível social, este Hospital desenvolve esforços para que todos os cidadãos da sua área de referência tenham acesso a cuidados de saúde eficientes e atempados. Por outro lado, pretende-se aumentar a satisfação dos nossos profissionais de saúde, que garanta a melhoria dos serviços prestados. Na gestão do capital humano da empresa, pugna pela promoção da valorização individual dos seus colaboradores, no cumprimento do código do trabalho, em especial quanto aos direitos da maternidade e da paternidade, garantindo elevado volume de formação e dispondo dum serviço activo de segurança e higiene e saúde do trabalho. Em resumo, os esforços desenvolvidos a nível social têm a ver, essencialmente, com o desenvolvimento/reforço da confiança dos cidadãos e dos profissionais nos cuidados de saúde prestados pelo Hospital de Faro. Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
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No domínio ambiental, o Hospital cumpre os requisitos de funcionamento necessários, adoptando práticas e definindo procedimentos coerentes com as melhores práticas de sustentabilidade ambiental, das quais destacamos: • Cumprindo as normas relativas à recolha e tratamento adequados de resíduos hospitalares; • Na adopção do gás natural em alternativa a outros combustíveis, reduzindo a emissão de gases para a atmosfera; • Reduzindo o consumo de papel com o desenvolvimento de iniciativas “Hospital sem papel”, eliminando o consumo de películas radiográficas com o sistema de digitalização de imagens radiológicas e outras; • O Hospital de Faro, EPE contribui para o desenvolvimento sustentável da região em que se insere em virtude da sua actividade: • Está vocacionado para a satisfação de necessidades sociais; • Esforça-se por diminuir os impactes ambientais negativos que possam derivar da sua actividade; • Tem um elevado efeito multiplicador do rendimento regional; • Contribui para a inclusão social ao oferecer um elevado número de empregos, dispersos por elevado número de perfis de qualificações e estratos sociais.
MODELO DE FINANCIAMENTO O âmbito do financiamento do Hospital de Faro, E.P.E. está rigorosamente definido no art.12º do Capitulo III do Decreto-Lei n.º233/2005, de 29 de Dezembro, da seguinte forma: “1. Os hospitais E.P.E. são financiados nos termos da base XXXIII da Lei de Bases da Saúde, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 27/2002, de 8 de Novembro. 2. O pagamento dos actos e actividades dos hospitais E.P.E. pelo Estado é feito através de Contratos-Programa a celebrar com o Ministério da Saúde no qual se estabelecem os objectivos e metas qualitativas e quantitativas, sua calendarização, os meios e instrumentos para os prosseguir, designadamente de investimento, os indicadores para avaliação do desempenho dos serviços e do nível de satisfação dos utentes e as demais obrigações assumidas pelas partes, tendo como referencial os preços praticados no mercado para os diversos actos clínicos. 3. O endividamento dos hospitais E.P.E. não pode exceder em qualquer momento o limite de 30% do respectivo capital estatutário.” Efectivamente, conforme dispõe o art. 5º do Regime Jurídico da Gestão
88 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
Hospitalar, os Hospitais devem pautar a respectiva gestão, entre outros, pelo princípio do financiamento das suas actividades, em função da valorização dos actos e serviços realmente prestados, tendo por base a tabela de preços e os acordos do SNS. Acresce, ainda, que à luz do art. 12º do diploma legal atrás mencionado, o pagamento dos actos e das actividades dos Hospitais E.P.E. pelo Estado é feito através dos já referidos Contratos-Programa, a celebrar com o Ministério da Saúde. Deve assinalar-se que em relação a determinados Cuidados de Saúde prestados a doentes não abrangidos pela responsabilidade do SNS, a respectiva facturação é emitida em nome de Entidades legalmente responsáveis pelo tratamento dos mesmos (terceiros responsáveis), em função de uma tabela de preços aprovada pelo Ministério da Saúde, devendo os utilizadores, nos casos previstos na Lei, contribuir, acessoriamente, com o pagamento de taxas moderadoras, também fixadas superiormente.
GRAU DE CUMPRIMENTO DAS METAS FIXADAS O processo de planeamento fundamenta-se na preparação e negociação anual do Plano de Desempenho, que se consubstancia no contrato-programa celebrado anualmente com a tutela.
Actividade Assistencial(2009) Produção
Contratada (total)
Realizada (total)
Δ % (total)
Realizada (SNS)
Realizada (outros)
Internamento: Doentes Saídos Dias Internamento Actividade Cirurgica Cirurgias C/ Internamento Cirurgias em Ambulatório Consultas Externas Urgências s/ internamento
21.046 157.089
20.011 158.479
95,05% 102,28%
17.792 126.415
2.499 34.254
8.108 3.850 216.444 120.694
8.637 5.912 200.967 128.851
106,52% 153,56% 92,85% 106,76%
7.356 5.400 175.701 110.626
1.276 512 25.266 18.225
Sessões de Hospital de Dia
27.515
31.516
114,54%
26.832
4.684
Tabela 51- Actividade Assistencial (2009)
De uma forma geral, foi possível concretizar e ultrapassar significativamente as estimativas realizadas para a produção, em especial na cirurgia do ambulatório. No que diz respeito ao internamento, verificou-se uma diminuição de doentes saídos, embora o número de dias de internamento tenha aumentado significativamente, em consequência, possivelmente, da transferência de actividades cirúrgicas para o bloco de ambulatório, que foram substituídas por cirurgias mais complexas que geraram internamento. Também existe a percepção de que este facto se deve, em boa parte, ao aumento da complexidade associada à especialização e à idade dos utentes, cada vez mais avançada. Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
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CUMPRIMENTO CONTRATO PROGRAMA - PRODUÇÃO SNS RÚBRICA
Contrato programa 2009
Ano de 2009
Desvio (Unid.)
Taxa Execução (%)
Desvio (%)
CONSULTA EXTERNA Total Consultas Externas
189.106
176.051
-13.055
93,10%
-6,9%
59.411
56.433
-2.978
94,99%
-5,0%
129.695
119.618
-10.077
92,23%
-7,8%
14.500
15.049
549
103,79%
3,8%
GDH Cirurgicos Programados
2968
3.382
414
113,95%
13,9%
GDH Cirurgicos Urgentes
3080
3.283
203
106,59%
6,6%
17.201
15.824
-1.377
91,99%
-8,0%
4.326
5.007
681
115,74%
15,7%
98.794
110.634
11.840
111,98%
12,0%
15.731
18.513
2.782
117,68%
17,7%
-48
0,00%
-100,0%
as
1
Consultas
Consultas Subsequentes GDH INTERNAMENTO GDH Médicos
GDH AMBULATÓRIO GDH Médicos GDH Cirurgicos URGÊNCIAS Urgências S\ Internamento HOSPITAL DE DIA N.º Sessões Total Imuno-Hemoterapia Doenças Infecciosas (Infecciologia) Psiquiatria Outras
48 2.878
3.898
1.020
135,44%
35,4%
2.042
2.561
519
125,44%
25,4%
10.763
12.053
1.290
111,99%
12,0%
4.421
4.683
262
105,93%
5,9%
SERVIÇO DOMICILIÁRIO Total Visitas
Tabela 52- Cumprimento Contracto Programa - Produção SNS 90 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
À semelhança do que aconteceu ao nível do cumprimento do Plano de Desempenho também ao nível do Contrato-programa para o financiamento da produção SNS, o Hospital cumpriu, na generalidade, todas as metas definidas, com a excepção da consulta externa.
Objectivos de Qualidade (2009) Objectivos Nacionais Taxa de (re)admissão no internamento nos 1os cinco dias Número de profissionais envolvidos em programas de formação na área do controlo da infecção (pelo menos 10%) % das 1ªs consultas no total de consultas médicas N.º Doentes referenciados para RNCC / N.º Doentes saídos das especialidades de Medicina Interna, Cirurgia, Ortopedia % Cirurgias de Ambulatório/Total Cirurgias Programadas
Objectivo
Realizado
Cumprimento
1,9%
1,36%
Cumpre
18%
28%
Cumpre
28,4%
32,1%
Cumpre
8,0%
7,93%
Havia uma margem de erro de 10%; pelo que cumpre parcialmente
46,2%
49,8%
Cumpre
7,73
7,9
-9.668.897 € 3.952 €
-15.636.204€ N/d
-18,30%
10,38%
Não Cumpre
Var. % Compras
-0,94%
7,70%
Não Cumpre
Var. % CMVMC
-0,76%
7,54%
Não Cumpre
6,79%
11,63%
Não Cumpre
Demora Média Resultado Operacional do Exercício Custo Unitário por doente padrão Var.% Fornecimentos e Serviços Externos
Var. % Custos com pessoal
Havia uma margem de erro de 10%; pelo que cumpre parcialmente Não Cumpre
Objectivos de Qualidade (2009) 2 Objectivos Regionais Aumento das 1as consultas, face ao realizado em 2008, nas especialidades de Cardiologia, Ortopedia, Urologia e ORL N.º Doentes referenciados (e colocados) para o CMFRS Total de Intervenções Cirúrgicas de Ambulatório realizadas com recurso a técnicas laparoscópicas / Total de Intervenções Cirúrgicas de Ambulatório
Objectivo
Realizado
Cumprimento
18,5% (+2.035 as 1 consultas)
8,6%
Não Cumpre
≥ 450 doentes referenciados; taxa de admissão ≥ 75%
456; 37%
Não Cumpre
10,0%
N/d
Tabelas 53 e 54 - Objectivos de Qualidade (2009)
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
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No que se refere aos objectivos de eficiência e qualidade nacionais o Hospital cumpre os que avaliam a actividade assistencial, mas o mesmo não se verifica ao nível dos indicadores económico financeiros.
FORMA DE CUMPRIMENTO DOS PRINCÍPIOS INERENTES A UMA ADEQUADA GESTÃO EMPRESARIAL No desenvolvimento da sua actividade, o Hospital de Faro baseia-se nos princípios gerais de actuação abaixo apresentados: 1) O Hospital de Faro, E.P.E. cumpre a Missão e os Objectivos que lhe foram determinados de forma económica, financeira, social e ambientalmente eficiente, atendendo a parâmetros exigentes de qualidade, procurando salvaguardar e expandir a sua competitividade, com respeito pelos princípios de responsabilidade social, desenvolvimento sustentável, de serviço público e de satisfação das necessidades da colectividade; 2) Elabora Planos de Actividades e Orçamentos adequados aos recursos e fontes de financiamento disponíveis, tendo em conta o cumprimento das Missões e Objectivos que foram estabelecidos pela Tutela; 3) Define estratégias de sustentabilidade nos domínios económicos, social e ambiental, identificando, para o efeito, os objectivos a atingir e explicitando os respectivos instrumentos de planeamento, execução e controlo; 4) Adopta Planos de Igualdade, após um diagnóstico da situação, tendentes a alcançar no seu seio uma efectiva igualdade de tratamento e de oportunidades entre Homens e Mulheres, de forma a eliminar as discriminações e a permitir a conciliação da vida pessoal, familiar e profissional; 5) Informa, anualmente, os membros do Governo, os Serviços e Organismos da Administração Pública, que exerçam o poder da Tutela ou a função accionista, e o público em geral, do modo como foi prosseguida a sua Missão, do grau de cumprimento dos seus Objectivos, da forma como foi cumprida a Política de responsabilidade social, de desenvolvimento sustentável, e os termos do serviço público efectuado, de acordo com a legislação e restante regulamentação em vigor; 6) Trata com respeito e integridade os seus Trabalhadores, contribuindo activamente para a sua valorização profissional; 7) Trata com equidade todos os seus clientes e fornecedores e demais titulares de interesses legítimos; 8) Conduz os seus negócios com integridade, formaliza-os adequadamente, e não realiza despesas confidenciais ou não documentadas; 9) Aplica um código de ética, que contempla exigentes comportamentos éticos e deontológicos, tendo procedido à sua divulgação por todos os seus colaboradores, clientes, fornecedores e pelo público em geral.
92 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
SERVIÇO PÚBLICO E SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES DA COLECTIVIDADE As obrigações de Serviço Público encontram-se expressamente previstas no artigo 2º, do Capitulo I, do Anexo II do Decreto-Lei n.º233/2005, de 29 de Dezembro, nos seguintes termos: 1 - O Hospital E.P.E. tem por objecto principal a prestação de cuidados de saúde à população, designadamente aos beneficiários do Serviço Nacional de Saúde e aos beneficiários dos subsistemas de saúde, ou de Entidades externas que com ele contratualizem a prestação de cuidados de saúde, e a todos os cidadãos em geral. 2 - O Hospital E.P.E. também tem por objecto desenvolver actividades de investigação, formação e ensino, sendo a sua participação na formação de profissionais de saúde dependente da respectiva capacidade formativa, podendo ser objecto de contratos-programa em que se definam as respectivas formas de financiamento. Pelo exposto, os cuidados de saúde são, para o Hospital, uma prioridade absoluta apesar das condicionantes económicas e/ou financeiras, como se pode confirmar pelo aumento da produção. Para além disso, o Hospital, tem também por finalidade o desenvolvimento de actividades de investigação, formação e ensino, respeitando, no ano em questão, esta vertente de Serviço Público. Nessa óptica, foram encetados profícuos contactos com a Universidade do Algarve para a celebração de um protocolo de colaboração, no âmbito do novo curso de Mestrado Integrado em Medicina, e que estabelece os princípios norteadores do relacionamento entre a prestação de cuidados assistenciais e o ensino, educação e investigação científica. Para além disso, o Centro de Formação, Investigação e Conhecimento apresentou ainda diversos projectos e iniciativas no ano de 2009. Acresce ainda que o Hospital tem vindo a receber um n.º significativo de médicos para frequência do internato de especialidade.
PLANOS DE ACÇÃO FUTUROS O Hospital de Faro apresenta uma debilidade estrutural associada às suas instalações físicas e ao elevado nível de utilização das mesmas, geradora de custos potencialmente ineficientes, quer de manutenção dos edifícios quer dos custos operacionais resultantes da elevada dispersão da actividade por múltiplos edifícios. A eliminação desta potencial ineficiência da estrutura é muito difícil, enquanto se mantiver o funcionamento nas actuais instalações, sendo apenas minimizável através de investimento de reposição em algumas áreas, já amplamente referidas ao longo do presente documento. Analisado o desempenho operacional e a situação financeira dos últimos anos e, tendo em conta as razões que fundamentaram a proposta de transformação do H. Faro em EPE, foram fixados, no âmbito do Plano de Negócios, os seguintes eixos de actuação estratégica, os quais enquadram Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
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diversas linhas de intervenção prioritárias a desenvolver até 2012, tendo em conta a previsão de entrada em funcionamento do novo Hospital Central do Algarve, em 2013: Reorganização do actual modelo de prestação de Cuidados 1. Incrementar a actividade assistencial do H.Faro mantendo a dotação global dos recursos humanos afectos à prestação directa de cuidados 2. Implementar a Carteira de Serviços exigida a um Hospital Central 3. Coordenação com o Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, EPE 4. Coordenação com os Cuidados Primários 5. Potenciar a formação, docência e investigação
Gestão: 6. Plano para o Desenvolvimento dos Recursos Humanos 7. Plano do novo modelo organizativo e de gestão 8. Plano de Gestão Clínica 9. Plano de Sistemas de Informação 10. Plano de Comunicação
7.8 AVALIAÇÃO SOBRE O GRAU DE CUMPRIMENTO DOS PRINCÍPIOS DE BOM GOVERNO O Hospital de Faro assina anualmente um Contrato-Programa com o Ministério da Saúde onde são estipuladas metas a atingir e indicadores de qualidade e eficiência que devem ser tidos em conta no cumprimento das mesmas. Neste sentido, o Hospital de Faro disponibiliza a informação, quer a nível assistencial, quer a nível económico-financeiro, para que o seu desempenho seja avaliado. Ao nível interno, o Hospital de Faro tem desenvolvido procedimentos, no sentido de que todos os seus responsáveis valorizem o papel da gestão enquanto instrumento de realização da Missão Hospitalar, coerente com um elevado grau de satisfação dos doentes. Assim, tem-se desenvolvido um modelo de gestão participativa onde, indicadores assistenciais e económicos, são disponibilizados a todos os responsáveis, de forma a comparar os níveis de produção e custos alcançados, relativamente aos previstos. A avaliação da observância dos Princípios de Bom Governo é feita, em primeira instância, através do acompanhamento directo e persistente que é desenvolvido ao longo do ano pelas diferentes Entidades do Ministério da Saúde, nomeadamente, a A.R.S. Algarve, I.P – Administração Regional de 94 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
Saúde do Algarve, I.P., a ACSS – Administração Central do Sistema de Saúde, a Inspecção-Geral de Actividades em Saúde, a Direcção-Geral da Saúde, o Tribunal de Contas, o Ministério das Finanças e o Revisor Oficial de Contas. Posto isto, e conforme o estatuído no Anexo II - Princípios dirigidos às Empresas do Estado constante da Resolução de Conselho de Ministros n.º 49/2007, de 28 de Março, podemos adiantar que, em 2009, o Hospital de Faro acatou os Princípios de Bom Governo. Senão vejamos: • O Hospital de Faro, E.P.E. cumpriu a sua Missão e os Objectivos fixados atendendo a parâmetros de qualidade, visando salvaguardar e expandir a sua capacidade operacional, com respeito pelos princípios fixados de responsabilidade social, desenvolvimento sustentável, de serviço público e de satisfação das necessidades da colectividade. Devemos, também, sublinhar que o Plano de Actividades e o Orçamento foram elaborados de uma forma adequada aos recursos e às fontes de financiamento disponíveis e tiveram, constantemente, em consideração a Missão e os Objectivos superiormente fixados. Foram, ainda, definidas algumas estratégias de sustentabilidade no domínio económico, identificando para o efeito, os objectivos a atingir e explicitando os respectivos instrumentos de planeamento, execução e de controlo. Claramente, o Hospital de Faro, E.P.E. teve a firme preocupação de cumprir, escrupulosamente, a legislação em vigor e tratou sempre com respeito e integridade os seus colaboradores, contribuindo activamente para a sua valorização profissional, nomeadamente, com a definição de um exigente plano de formação. Aliás, o Centro de Formação, Investigação e Conhecimento melhorou as suas instalações e equipamentos, tendo contratado também novas competências técnicas para poder aprofundar, ao máximo, os conhecimentos de todos os profissionais, no ano em análise. Por outro lado, os Órgãos de Administração e de Fiscalização, devidamente nomeados pela Tutela, apresentam uma dimensão adequada à complexidade do Hospital, assegurando a eficácia do processo de tomada de decisão e garantindo uma capacidade efectiva de supervisão. Existe a necessária segregação de funções, competindo as funções executivas ao Conselho de Administração e as funções de fiscalização ao Fiscal Único. Está igualmente prevista a existência de um Auditor Interno cuja actividade é, necessariamente, articulada com a da Inspecção-Geral de Finanças e da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (cfr. bem dispõe o Decreto-Lei n.º 233/2005, de 29 de Dezembro, aplicável por força do Decreto-Lei n.º 180/2008, de 26 de Agosto). Para além disso, as contas foram avaliadas de uma forma periódica, rigorosa e independente pelo Fiscal Único, sendo emitida a respectiva certificação legal, de acordo com as normas e os princípios que animam a Ordem Jurídica.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
95
O Órgão colegial que dirige o Hospital de Faro, E.P.E. delineou, em 2009, um sistema de controlo interno muito abrangente, tendo para esse efeito elaborado e feito aprovar diversos Manuais de Controlo Interno, seguindo as orientações transmitidas pela Administração Central do Sistema de Saúde, a saber: • O Manual de Compras; • O Manual de Contabilidade; • O Manual de Contas a pagar; • O Manual de Contas a receber; • O Manual de Recursos Humanos; • O Manual de Gestão de Imobilizado; • O Manual de Tesouraria; • O Manual de Logística e de Farmácia; • O Manual de Produção.
Importa, ainda, referir que: • O Hospital de Faro, E.P.E. cumpre o estabelecido no n.º 4 do artigo 6º, no n.º 2 do artigo 15º e no n.º 3 do art. 17º, do Anexo II do Decreto-Lei n.º233/2005, de 29 de Dezembro; • O Hospital de Faro, E.P.E. divulga, devidamente, as remunerações e outros direitos auferidos pelos membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização, fazendo parte das contas apresentadas à Tutela; • Os membros dos Órgãos Sociais do Hospital de Faro, E.P.E. abstêm-se sempre de intervir em decisões que envolvam os seus próprios interesses, acautelando, assim, a sua independência de actuação; • O Hospital de Faro, E.P.E. elaborou um “Plano de Gestão de Riscos contra a Corrupção e Infracções Conexas” na sequência da recomendação do Conselho de Prevenção Contra a Corrupção.
96 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
7.9 APRESENTAÇÃO DO CÓDIGO DE ÉTICA Neste ponto, será necessário sublinhar que o Hospital de Faro, se rege pelas normas de Ética aceites no Serviço Nacional de Saúde, uma vez que não dispõe de um Código de Ética interno, geral para todos os trabalhadores, que está neste momento em fase de conclusão. No entanto, importa referir também que o Hospital de Faro, E.P.E. respeita, em absoluto, os vários Códigos de Ética a que estão sujeitos, na globalidade, os profissionais de saúde e demais colaboradores. Aliás, é esperado e cá prescrito que todos os trabalhadores do Hospital se rejam pelos seus próprios Códigos de Ética Profissional maxime (vejamos o caso dos Médicos e Enfermeiros que dispõem de Códigos Deontológicos aprovados e devidamente publicados pelas respectivas Ordens Profissionais). Assim, a necessidade de se cumprir estritamente o código próprio de cada profissão foi sempre realçado durante o ano de 2009 à semelhança, aliás, dos anos anteriores. Acresce notar que, de entre as várias Comissões de apoio técnico do Hospital, se encontra em pleno funcionamento a Comissão de Ética, que tem por objectivo zelar, justamente, pela observância de padrões de ética no exercício das ciências da saúde, de forma a proteger e garantir a dignidade e integridade humana, procedendo à análise e reflexão sobre temas da prática clínica que envolvam questões de ética.
7.10 IDENTIFICAÇÃO DOS MECANISMOS ADOPTADOS COM VISTA À PREVENÇÃO DE CONFLITOS DE INTERESSES
Com a finalidade de promover e de impulsionar uma cultura de responsabilidade e de observação estrita de regras éticas e deontológicas pelos dirigentes e pelos trabalhadores desta Unidade Hospitalar Pública, de forma a assegurar que os decisores e os agentes estão absolutamente conscientes das suas obrigações legais nomeadamente, no que se refere à obrigatoriedade de denúncia de situações de corrupção, e para fomentar ininterruptamente uma relação Administração/Administrado mais transparente o Hospital de Faro, já no corrente ano, aprovou o “Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas”.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
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8
PROPOSTA DE
APLICAÇÃO DE RESULTADOS Nota Introdutória O resultado líquido, para o período de Janeiro a Dezembro de 2009, apresenta-se negativo em -15.636.204,83€(quinze milhões, seicentos e trinta e seis mil, duzentos e quatro euros e oitenta e três cêntimos), resultante dos seguintes valores:
Resultado Operacional: -18.558.470,58€ Resultados Financeiros: -782.896,01€ Resultados Correntes: -19.341.366,59€ Resultados Antes de Impostos: -15.633.263,45€ Resultados Líquidos: -15.636.204,83€
Propõe assim o Conselho de Administração que o resultado líquido do exercício transite para o período seguinte, na conta de Resultados Transitados.
Faro, 31 de Março de 2010 O Conselho de Administração
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS a. BALANÇO ANALÍTICO Hospital de Faro, EPE
U.M.: Euros
5 - BALANÇO ANALITICO
ACTIVO
CONTAS Designação
Código
31-Dez-2009
EXERCICIOS 2009 Activo Bruto
2008
Amortizaç./Provisões
Activo Líquido
Activo Líquido
IMOBILIZADO : 451 452 453 455 459 445 446
BENS DE DOMÍNIO PÚBLICO Terrenos e recursos naturais ................ Edifícios ................................................ Outras construções e infra-estruturas .. Bens patrim histórico, artist e cultur ... Outros bens domínio público .............. Imolizaç em curso bens dominio ........ Adiantament p/conta bens dom púb.. Total bens de domínio público:
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
431 432 443 449
IMOBILIZAÇÕES INCORPóREAS Despesas de instalação ........................ Despesas investigação e desenvolvim. Imobilizaç em curso imob incorpór..... Adiantamentos p/conta imob.incorp. Total imobilizações incorpóreas:
123.366,99 5.800,22 0,00 0,00 129.167,21
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
123.366,99 5.800,22 0,00 0,00 129.167,21
123.366,99 5.800,22 0,00 0,00 129.167,21
421 422 423 424 425 426 427 429 442 448
IMOBILIZAÇÕES CORPOREAS Terrenos e recursos naturais ................ Edifícios e outras construções .............. Equipamento básico ............................. Equipamento de transporte ................. Ferramentas e utensílios ....................... Equipamento administr e informático Taras e vasilhame ................................ Outras imobilizações corpóreas .......... Imobilizaç em curso imobil corpóreas Adiantament p/conta imob.corpóreas Total imobilizações corpóreas:
90.485,85 14.745.484,62 28.035.684,35 264.399,43 66.111,82 8.229.215,16 294,58 163.741,16 0,00 0,00 51.595.416,97
0,00 2.483.580,95 26.423.751,86 220.567,27 60.278,51 6.467.851,91 0,00 146.019,70 0,00 0,00 35.802.050,20
90.485,85 12.261.903,67 1.611.932,49 43.832,16 5.833,31 1.761.363,25 294,58 17.721,46 0,00 0,00 15.793.366,77
90.485,85 10.920.888,63 1.867.026,87 18.047,13 3.821,07 1.730.881,25 294,58 19.211,00
14.650.656,38
INVESTIMENTOS FINANCEIROS Partes de capital ................................... Obrigações e titulos de participação ... Investimentos em imóveis .................... Outras aplicações financeiras .............. Imobilizaç em curso invest financeir... Adiantament p/conta invest.financ... Total investimentos financeiros:
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
3.619.705,63 0,00 0,00 0,00 0,00 3.619.705,63
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
3.619.705,63 0,00 0,00 0,00 0,00 3.619.705,63
2.928.382,70 0,00 0,00 0,00 0,00 2.928.382,70
411 412 414 415 441 447
CIRCULANTE : 36 34 33 32 37
EXISTÊNCIAS Matérias primas,subsid. e consumo .... Sub-produtos, desperd. resíd e refug... Produtos acabados intermédios .......... Mercadorias .......................................... Adiantamentos p/conta de compras .. Total existências:
POCMS - 5
1
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS a. BALANÇO ANALÍTICO Hospital de Faro, EPE
U.M.: Euros
5 - BALANÇO ANALITICO
ACTIVO
CONTAS
EXERCICIOS
Designação
Código
31-Dez-2009
2009 Activo Bruto
2008
Amortizaç./Provisões
Activo Líquido
Activo Líquido
0,00
0,00
0,00
0,00
28 211 213 215 218 251 229 2619 24
DIVIDAS TERC.- Curto prazo Empréstimos concedidos ..................... Clientes c/c .......................................... Utentes c/c .......................................... Instituições do Ministério da Saúde ... Clientes e utentes cobrança duvidosa Devedores p/execução do orçamento Adiantamentos a fornecedores ........... Adiantamentos a fornec imobilizado . Estado e outros entes públicos ............
11.342.836,76 1.141.515,12 3.209.204,85 0,00 0,00 0,00 0,00 42.157,20
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
11.342.836,76 1.141.515,12 3.209.204,85 0,00 0,00 0,00 0,00 42.157,20
9.753.809,45 1.107.413,60 2.163.664,40 0,00 0,00 0,00 0,00 41.928,57
262/3/4+ 267/8
Outros devedores .................................
2.951.694,71
0,00
2.951.694,71
3.100.849,02
Total dividas de terceiros:
18.687.408,64
0,00
18.687.408,64
16.167.665,04
151 152 153 159 18
TITULOS NEGOCIÁVEIS Acções .................................................. Obrigações e titulos d eparticipação... Titulos da dívida pública ..................... Outros títulos ........................................ Outras aplicações de tesouraria .......... Total dividas de terceiros:
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
13 12 11
DEPÓSIT INST FINANC/CAIXA Conta no Tesouro ................................. Depósitos em instituições financeiras .. Caixa ..................................................... Total depósitos e caixa:
0,00 454.173,63 5.061,03 459.234,66
0,00 454.173,63 5.061,03 459.234,66
0,00 1.035.573,09 165,11 1.035.738,20
271 272
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de proveitos ...................... Custos diferidos .................................... Total acréscimos e diferimentos:
130.507.414,98 178,69 130.507.593,67
130.507.414,98 178,69 130.507.593,67
31.721.410,13 0,00 31.721.410,13
169.196.476,58
66.633.019,66
DIVIDAS TERC.-Médio longo prazo
Total de amortizações:
35.802.050,20
Total de provisões:
0,00
TOTAL DO ACTIVO : POCMS - 5
204.998.526,78
35.802.050,20
2
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS a. BALANÇO ANALÍTICO Hospital de Faro, EPE
U.M.: Euros
PREVISÃO DO BALANÇO ANALITICO CONTAS Designação
Código
FUNDOS PRÓPRIOS E PASSIVO
31-Dez-2009
EXERCICIOS 2009
2008
FUNDO PATRIMONIAL: 51
Património .......................................................................
19.922.097,00
4.672.000,00
56
Reservas de reavaliação .......................…………………
0,00
0,00
574 575 576 577
RESERVAS: Reservas livres ......................................………………… Subsidíos ...............................................………………… Doações ................................................………………… Reservas decorr.da transferên. activos………………… Total das reservas:
6.006.155,75 4.725.877,74 893.137,89 0,00 11.625.171,38
6.006.155,75 4.725.877,74 748.701,06 0,00 11.480.734,55
59
Resultados transitados .........................…………………
-56.632.543,30
-49.980.842,14
88
Resultado líquido do exercício .............…………………
-15.636.204,83
-6.651.701,16
-40.721.479,75
-40.479.808,75
0,00 0,00
0,00 0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
116.735.398,80 31.437.776,94 0,00 38.923.004,00 0,00 1.834.056,19 1.728.070,53
23.696.098,80 13.330.170,72 0,00 44.743.979,91 0,00 1.117.678,17 1.569.964,46
6.086.654,39
5.269.700,65
196.744.960,85
89.727.592,71
6.983.301,93 6.189.693,55 13.172.995,48
6.215.189,40 11.170.046,30 17.385.235,70
TOTAL DO PASSIVO:
209.917.956,33
107.112.828,41
TOTAL F.PRÓPRIOS E PASSIVO:
169.196.476,58
66.633.019,66
TOTAL DO FUNDO PATRIMONIAL:
PASSIVO: 291 292
Provisões: Provisões para cobranças duvidosas ...………………… Provisões p/riscos encargos .................………………… Total de provisões: DIVIDAS TERC.-Médio longo prazo DIVIDAS TERC.- Curto prazo
219 221 228 2311 252 2611 24 262/3/4+ 267/8
273 274
Adiantam.clientes, utentes e instit. MS………………… Fornecedores c/c ..................................………………… Fornecedores - Facturas recpç. e confe.………………… Emprestimos obtidos ............................………………… Credores pela execução do orçamento………………… Fornecedores de imobilizado c/c ........………………… Estado e outros entes públicos .............………………… Outros credores ....................................………………… Total dividas de terceiros: ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de custos ............................………………… Proveitos diferidos ................................………………… Total acréscimos e diferimentos:
POCMS - 5
3
O Responsável
__________________________________
O Conselho de Administração
____________________________________
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS b. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS b. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS c.DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA
U.M.: Euros
Hospital de Faro, E.P.E. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DO PERIODO DE:
JANEIRO
ATÉ DEZEMBRO
DESCRIMINAÇÃO
ORÇAMENTO
DO ANO:
2009
REAL
DIFERENÇAS
ACTIVIDADES OPERACIONAIS : -Recebimentos de clientes -Pagamentos a fornecedores -Pagamentos ao pessoal Fluxo gerado pelas operações:
0,00 0,00 0,00 0,00
108.743.491,88 51.086.753,65 67.126.991,63 -9.470.253,40
0,00 0,00 0,00 0,00
-Pagamentos/Recebimentos do imposto sobre o rendimento -Outros recebimentos relativos à actividade operacional -Pagamentos relativos à actividade operacional Fluxo gerado antes das rubricas extraordinárias:
0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 4.202.113,22 282.484,10 3.919.629,12
0,00 0,00 0,00 0,00
-Recebimentos relacionados com rúbricas extraordiárias -Pagamentos relacionados com rúbricas extraordinárias
0,00 0,00 0,00 0,00
31.516,22 522,51 30.993,71 -5.519.630,57
0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
715.937,36 0,00 0,00 0,00 715.937,36
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
4.470.117,96 0,00 0,00 0,00 4.470.117,96 -3.754.180,60
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
-5.820.975,91 15.250.097,00 164.272,07 3.455,92 9.596.849,08
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 899.541,45 0,00 899.541,45 8.697.307,63
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00
-576.503,54 0,00 1.035.738,20 459.234,66
0,00 0,00 0,00 0,00
FLUXO DE ACTIVIDADES OPERACIONAIS (1) :
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Recebimentos provenientes de : -Investimentos financeiros -Imobilizado corpóreo -Imobilizado Incorpóreo -Subsídio de investimento Pagamentos respeitantes a: -Investimentos financeiros -Imobilizado corpóreo -Imobilizado Incorpóreo -Transferencias de capital FLUXO DE ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO (2) :
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Recebimentos provenientes de : -Empréstimos obtidos -Aumentos de Capital -Juros e proveitos similares -Subsídio e doações Pagamentos respeitantes a: -Empréstimos obtidos -Juros e custos similares -Subsídio e transferencias correntes FLUXO DE ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO (3) :
Variações de caixa e seus equivalentes (4)= (1)+(2)+(3) Efeitos das diferenças de câmbio Caixa e seus equivalentes no inicio do periodo Caixa e seus equivalentes no fim do periodo POCMS - 7.3B
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS d. ACTIVO IMOBILIZADO
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS e. DESCONTOS E RETENÇÕES
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS e. DESCONTOS E RETENÇÕES
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS e. DESCONTOS E RETENÇÕES
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS e. DESCONTOS E RETENÇÕES
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS f. DEMONSTRAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMIDAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS g. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS FINANCEIROS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS h. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS i. MAPA DO DESENVOLVIMENTO DAS DESPESAS COM PESSOAL
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS i. MAPA DO DESENVOLVIMENTO DAS DESPESAS COM PESSOAL
317 318
TOTAL GERAL:
TOTAL DAS COMPRAS: DEVOLUÇÃO DE COMPRAS DESCONT. ABATIM. COMPRAS.
312
31611 31612 31619 3162 3163 3164 3165 3166 3169
Designação
HOSPITAL DE FARO, E.P.E.
COMPRAS: Mercadorias PRODUT. FARMACÊUTICOS: Medicamentos Reagentes e prod. diag. rápido Outros produtos farmacêuticos Material de consumo clinico Produtos alimentares Material consumo hoteleiro. Material consumo administrativo. Material manutenção e conservação Outro material de consumo
Código
Nome da instituição:
41.870.724,68
41.870.724,68
3.433.888,21 11.384.599,32 976,57 321.332,04 250.881,25 487.019,53
25.992.027,76
34.909.161,25
34.605.888,34
34.605.888,34
914,80 341.493,28 287.031,87 451.888,26
1.226,56 347.900,00 305.090,24 453.000,00 34.909.161,25
27.681.829,19 2.738.972,35 3.103.758,59
27.875.586,76 2.820.509,07 3.105.848,62
42.136.515,29
43.012.974,34 876.459,05
27.562.014,85 2.451.918,79 555.818,19 11.371.457,77 805,18 339.353,40 284.818,77 446.787,39
PROCESSADAS
14.642.804,05
14.642.804,05
4.445.210,84 714,46 228.025,06 161.632,50 390.554,29
9.416.666,90
PAGAS
Dados de valores acumulados à data de 31 Dezembro 2009 ORÇAMENTADO PROC. AQUISIÇÃO ENC. ASSUMIDOS
MAPAS DE CONTROLO DO ORÇAMENTO DE COMPRAS - DEZEMBRO 2009
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS j. MAPA DE CONTROLO DO ORÇAMENTO DE COMPRAS
Total da conta 4.2.6: Taras e vasilhame Outras
427 429
45
44
43
Total da conta 423: De transporte Ferramentas e utensilios EQUIPAM. ADMINISTRATIVO e INFORMÁTICO Equipamento administrativo Equipamento informático
424 425 426 4261 4262
TOTAL GERAL :
Total de Imobilizações Corpóreas IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS: Imobilizações incopóreas IMOBILIZAÇÕES EM CURSO: Imobilizações em curso BENS DE DOMINIO PÚBLICO: Bens de dominio público
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS: Terrenos e recursos naturais Edificios e outras construções EQUIPAMENTO BÁSICO: Médico-cirurgico De imagiologia De laboratório Mobiliário hospitalar De desinfecção e esterilização De hotelaria Outro
Designação
HOSPITAL DE FARO, E.P.E.
421 422 423 4231 4232 4233 4234 4235 4236 4239
Código
Nome da instituição:
7.714.727,35
7.714.727,35
1.108.917,11
203.215,23 905.701,88
7.119,23
6.666.831,28
6.666.831,28
810,00
205.000,00
205.000,00
2.919.012,28 46.023,18 6.100,00
1.454.600,00 284.060,02 221.800,00 286.353,00 58.000,00 210.919,26 403.280,00
1.082.828,84 264.383,00 249.831,07 273.955,60 42.246,10 198.547,11 134.423,14 2.246.214,86
3.489.885,82
4.352.476,15
6.439.530,23
6.439.530,23
804,00
170.316,43
170.316,43
2.737.358,09 46.023,18 6.041,69
1.462.473,39 224.882,52 221.224,56 277.727,33 46.197,11 188.784,14 316.069,04
3.478.986,84
5.186.715,98
5.186.715,98
804,00
949.105,64
168.549,09 780.556,55
2.365.811,86 46.023,18 6.041,69
1.306.315,82 224.882,52 204.784,56 220.990,56 22.181,89 188.576,48 198.080,03
1.818.929,61
PROCESSADAS
3.359.445,32
3.359.445,32
730.762,58
159.895,98 570.866,60
1.144.823,48 4.795,64 6.041,69
450.529,07 209.690,52 62.181,36 120.162,57 15.924,34 165.999,31 120.336,31
1.473.021,93
PAGAS/COBRADA S
Dados de valores acumulados à data de 31 Dezembro 2009 ORÇAMENTADO PROC. AQUISIÇÃO ENC. ASSUMIDOS
MAPAS DE CONTROLO DO ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS - DEZEMBRO 2009
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS k. MAPA DE CONTROLO DO ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS
62121 62122 62123 62124 62125 62126 62127 62128 62129
6211
612 6161 6162 6163 6164 6165 6166 6169
Código
Custos e Perdas
Nome da instituição:
Total da conta 6212
Total da conta 61 FORNECIM. E SERVIÇOS EXTERNOS: Sub contractos: Assistência ambulatória Meios complement. diagnóstico: Patologia clinica Anatomia patológica Imagiologia Cardiologia Electroencefalografia Medicina nuclear Endoscopia Gástrica Pneumologia / Imunoalergologia Outros
CUSTOS MERC.VEND. E MAT.CONS.: Mercadorias Produtos farmacêuticos Material de consumo clínico Produtos alimentares Material consumo hoteleiro Material consumo administrativo Material manutenção/conservação Outro material de consumo
Designação
HOSPITAL DE FARO, E.P.E.
0,00
41.685.430,20
29.809.631,31 10.844.782,25 823,11 308.804,03 287.786,20 433.603,30
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
41.613.949,23
29.482.251,30 11.115.416,73 845,93 320.553,92 278.347,98 416.533,37
PROCESSADAS
PAGAS
0,00
0,00
Dados de valores acumulados à data de 31 Dezembro 2009 ORÇAMENTADO PROC. AQUISIÇÃO ENC. ASSUMIDOS
MAPAS DE CONTROLO DO ORÇAMENTO ECONÓMICO - DEZEMBRO 2009
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS l. MAPA DE CONTROLO DO ORÇAMENTO ECONÓMICO – CUSTOS E PERDAS/PROVEITOS E GANHOS
6214 6215 6216 6217
0,00
0,00
0,00 8.403.285,88
0,00
0,00
10.333.602,29
8.854.073,87
1.916.844,95
1.621.701,08
0,00
2.449.657,58 4.487.571,34
1.479.528,42
2.000.285,53 4.027.949,95
753.349,32
10.722,11
33.118,00
PROCESSADAS
0,00
1.288.170,51 180.635,80
TOTAL DA CONTA 6218
621891 621892 621893 621894 621895 621896 621897 621898 621899
0,00
506.804,87 213.426,45
7.649.936,56
Total da conta 62181 Em outras entidades: Assistência ambulatória Meios Complem. Diagnóstico Meios Complem. Terapêutica Produtos vendidos p/farmácias Internamentos e Transportes de Doentes Aparelhos Complem. Terapêutica Assistência no estrangeiro Termalismo Social Outros Trabalhos Exec. Exterior
621811 621812 621813 621814 621815 621819
0,00
ORÇAMENTADO PROC. AQUISIÇÃO ENC. ASSUMIDOS
0,00
Total da conta 62189
CUSTOS MERC.VEND. E MAT.CONS.: Trabalhos executados exterior: Em entidades Ministério Saúde: Assistência ambulatória Meios Complem. Diagnóstico Meios Complem. Terapêutica Prescrição Medicamentos / Cuidados Farmac. Internamentos e Transportes de Doentes Outros Trabalhos Exec. Exterior
Designação
Total da conta 6213 Prescrição Medicamentos / Cuidados Farmac. Internamentos Transporte de doentes Aparelhos complem. Terapêutica
Código
Meios complement. terapêutica: Hemodiálise Medicina fisica e reabilitação
62131 62132
4.511.269,97
3.981.064,33
861.900,43
1.101.560,50 2.017.603,40
530.205,64
4.241,64
461.279,00 64.685,00
PAGAS
0,00
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS l. MAPA DE CONTROLO DO ORÇAMENTO ECONÓMICO – CUSTOS E PERDAS/PROVEITOS E GANHOS
24.586.206,47
Total da conta 62:
Total da conta 641: Remunerações base do Pessoal RCTFP por tempo indeterminado Pessoal c/contracto a termo Resolutivo Pessoal em Reg. Contrato Individual Trabalho Pessoal em qualquer outra situação
Total da conta 6421: Suplementos Remuneratórios Horas extraordinárias Prevenções Noites e suplementos Subsidio de turno Abono para falhas Subsidio de refeição Ajudas de custo
6411 6412 6413 6414 6419
64211 64212 64213 64214
642211 642212 642221 642222 64223 64224 64225
Designação
0,00
0,00 0,00
0,00
2.728,92 1.971.296,76 41.390,73
2.728,92 1.971.296,22 41.390,73
2.728,92 1.971.424,86 41.390,73
35.349.477,80
23.014.060,13 2.893.395,22 9.188.512,85 253.509,60
318.234,63
220.238,11 36.592,72 61.403,80
2.965,85 2.063.843,63 43.155,35
0,00
220.274,39
201.959,89 18.314,50
5.298.977,39 1.612.892,06 3.155.725,65
0,00
220.274,39
201.959,89 18.314,50
PROCESSADAS
27.993.478,93
17.659.876,64
1.264.388,50 1.355.988,92 14.993.651,81 45.847,41
5.282.313,64 1.538.303,62 3.256.184,24
38.667.237,66
25.845.108,20 3.525.793,15 9.081.311,06 215.025,25
330.620,49
330.620,49
ORÇAMENTADO PROC. AQUISIÇÃO ENC. ASSUMIDOS
16.182.920,59
Total da conta 622:
Transferênc. Corrent. conced./Prest sociais
1.162.561,92 1.737.003,40 13.274.417,07 8.938,20
Outros subcontractos Fornecimentos e serviços: Fornecimentos I Fornecimentos e serviços II Fornecimentos e serviços III Outros fornecimentos e serviços
CUSTOS MERC.VEND. E MAT.CONS.: Despesas com o Pessoal Remunerações orgãos directivos Remunerações base Subsidio férias e natal Suplementos de remunerações Prestações sociais directas Outras remunerações
Código
63
6221 6222 6223 6229
6219
2.728,92 1.971.296,22 41.390,73
5.298.977,39 1.612.892,06 3.155.725,65
32.399.010,59
21.095.034,04 2.651.660,32 8.414.132,57 238.183,66
281.678,48
194.921,30 32.392,99 54.364,19
PAGAS
18.472.190,69
13.960.920,72
1.120.278,80 1.327.759,08 11.497.824,87 15.057,97
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS l. MAPA DE CONTROLO DO ORÇAMENTO ECONÓMICO – CUSTOS E PERDAS/PROVEITOS E GANHOS
691 692 693 694 695 696 697 698
65 66 67 68
646 647 648
Código
6423 6424 6425 643 645
64226/7 642281 642282 a 9
Designação
TOTAL GERAL :
Total da conta 69:
Total da conta 64: Outros custos operacionais Amortizações do exercicio Provisões do exercicio Custos e perdas financeiras Custos e perdas extraordinários: Transferências de Capital Concedidas Dívidas Incobráveis Perdas em existências Perdas em imobilizações Multas e penalidades Aumentos de Amortizações e Provisões Correcções relat exerc anteriores Outros custos e perd extraordin
CUSTOS MERC.VEND. E MAT.CONS.: Seg. acidentes trab./Doenç prof. Encargos sociais voluntários Outros custos com pessoal
Total da conta 6422: Prestações sociais directas Subsidio férias e natal Prémios de Desempenho Pensões Encargos s/remunerações
Vestuário, artig pes, alim e alojamento SIGIC Outros Suplementos
1.154.667,03
2.015.544,51
1.154.667,03
2.015.416,41
131.585.564,84
942.741,11
942.741,11
600.366,43
59.306.894,40 309.630,15 4.154.296,08
1.161.213,79
822,16
3.391.154,32
0,00
3.391.154,32
668,39
3.390.831,22
0,00
3.390.831,22
473,39
ORÇAMENTADO PROC. AQUISIÇÃO ENC. ASSUMIDOS
1.067.091,40
13.965.651,92 369.105,40 3.745.151,58
1.778.885,59
144.162.422,21
2.430.377,86
1.558.298,39 467,59
109.763,77 54,92
761.793,19
881.644,89
66.901.849,55 262.524,10 4.078.597,65
1.364.623,86
473,39
PROCESSADAS
1.154.667,03 8.001.374,16
13.926.057,41 512.852,98 6.274.088,29
888.510,34 954.536,10
79.538.488,16
522,51
467,59
54,92
790.552,57
60.012.738,29 262.484,10
1.504.183,30
473,39
PAGAS
1.154.667,03 6.921.240,41
13.926.057,41 506.975,23 3.318.452,45
888.510,34 954.536,10
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS l. MAPA DE CONTROLO DO ORÇAMENTO ECONÓMICO – CUSTOS E PERDAS/PROVEITOS E GANHOS
7421 7422 7423 7424
741
72 73
71221 71222 71223 71224 71225 712261 712262 71227 71228 71229
71211 71212 71213 71214 71215 712161 712162 71218
711
Código
Designação
Total da conta 712: Impostos e taxas Proveitos suplementares Transferências e subsidios correntes obtidos: Transferências - Tesouro Transferências correntes obtidas: Da ACSS Do P.I.D.D.A.C. EU - Fundos Comunitários Proj não co-financiados Quotas de Financiamento
Vendas e prestações de serviços: Vendas Prestações de Serviços SNS Contrato Programa Internamento Consulta Urgência / S.A.P. Quartos particulares Hospital de dia Meios Complementares de diagnóstico. Meios Complementares de terapêutica Outras Prestações de Serviços de Saúde Prestações de Serviços Outras Entidades Responsáveis Internamento Consulta Urgência / S.A.P. Quartos particulares Hospital de dia Meios Complementares de diagnóstico. Meios Complementares de terapêutica Taxas moderadoras Outras Prestações de Serviços de Saúde Outras prestações de serviços
Proveitos e ganhos
711.226,15 18.203.595,22
1.254.234,66 19.157.400,92
131.114,00
1.158.284,00
129.894.755,51
1.882.823,26
3.464.935,00
3.455,92
545.394,61
115.979.692,87
1.646.984,75 53.718,26 1.089.212,78 1.003.629,07 181.895,95
7.044.144,49 1.215.227,42 2.375.106,18
44.141.131,25 22.805.329,60 13.625.668,49
22.473,70
EMITIDO
56.493.272,00 31.985.074,85 17.539.838,08
13.200,00
ORÇAMENTADO
3.455,92
437.066,57
0,00
4.294,91
COBRADO
Dados de valores acumulados à data de 31 Dezembro 2009
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS l. MAPA DE CONTROLO DO ORÇAMENTO ECONÓMICO – CUSTOS E PERDAS/PROVEITOS E GANHOS
78 79
TOTAL GERAL:
Total da conta 76: Proveitos e ganhos financeiros Proveitos e ganhos extraordinários
75
762 763 768 769
Outras transferências correntes obtidas Subsid. correntes obtidos - O. entes públicos Subsidios correntes obtidos - De outras entidades
Designação
Total da conta 74: Trabalhos para a própria entidade Outros proveitos e ganhos operacionais: Reembolsos Produtos de fabricação interna Não especificados alheios ao valor acrescentado Outros
7429 743 749
Código
29.035,00
137.132.172,43
128.360.401,89
5.572.154,91 98.748,88 6.138.481,00
20.000,00 5.728.318,92 181.500,00 25.000,00
5.543.119,91
3.455,92
EMITIDO
5.708.318,92
131.114,00
ORÇAMENTADO
444.817,40
0,00
3.455,92
COBRADO
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS l. MAPA DE CONTROLO DO ORÇAMENTO ECONÓMICO – CUSTOS E PERDAS/PROVEITOS E GANHOS
ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Nota Introdutória O Hospital de Faro, como Entidade Pública Empresarial (E.P.E), foi criado no dia 1 de Setembro de 2008, por força da publicação do Decreto-Lei n.º 180/2008, de 26 de Agosto, extinguindo-se por conseguinte o Hospital Central de Faro, do qual sucederam para E.P.E todos os direitos e obrigações.
Assim, presentemente o Hospital de Faro, contribuinte fiscal nº 508 718 872, com sede na Rua Leão Penedo em Faro, é uma pessoa colectiva de direito público de natureza empresarial, dotada de autonomia financeira e patrimonial, regendo-se nos termos da legislação aplicável ao Sector Empresarial do Estado.
O seu Objecto Social, único, é a prestação de serviços de saúde, nos termos dos seus Estatutos e no respeito pelas normas que o regem, encontrando-se integrado no Serviço Nacional de Saúde
Por obrigatoriedade legal, foi feito o fecho de contas em 31 de Dezembro de 2009, tendo como objectivo conhecer a situação económica financeira da Instituição à data e que ora se apresenta.
As Demonstrações Financeiras apresentadas foram preparadas de harmonia com os princípios contabilísticos definidos pelo POCMS – Plano Oficial de Contabilidade do Ministério da Saúde (Ministério das Finanças e Ministério da Saúde, 2000).
Ao nível do registo e organização contabilística é de evidenciar que o sistema informático do Hospital de Faro está construído segundo as definições do referido POCMS, aprovado pela Portaria nº 898/2000, de 28 de Setembro (Ministério das Finanças e Ministério da Saúde, 2000), destacando-se o detalhe da classe 1, que reflecte a origem e o destino dos fluxos financeiros. As notas que se seguem dizem respeito à numeração sequencial definida no POC, sendo que aquelas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis, ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras.
Os montantes encontram-se expressos em Euros, salvo indicação em contrário.
124 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
Nota 1 – Situações Derrogadas nas Demonstrações Financeiras A derrogação do princípio de especialização no que se refere ao registo das taxas moderadoras no acto em que ocorrem versus momento de recebimento, deve-se à enorme dificuldade, motivada pelo sistema de informação utilizada na gestão de doentes (SONHO), na obtenção de dados que possibilitem, de forma sustentada, o cálculo dos montantes em dívida no final de cada período, embora estejam a decorrer esforços no sentido de solucionar tal dificuldade.
Nota 2 – Comparabilidade de Exercícios Os dados apresentados deste exercício referem-se aos dados de 01 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2009. A receita do Hospital de Faro provém, essencialmente, do Serviço Nacional de Saúde, que antes era contabilizado na rubrica “742 - Transferências Correntes Obtidas”, passando agora a ser contabilizado como “712 - Prestações de Serviços” e como tal, trazendo problemas de comparabilidade de dados.
Nota 3 – Critérios Valorimétricos As demonstrações Financeiras apresentadas foram elaboradas com o objectivo de obter uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira e dos resultados das operações do Hospital e obedecem aos Princípios Contabilísticos geralmente aceites, designadamente: da Entidade Contabilística; da Continuidade; da Consistência; da Especialização; do Custo Histórico; da Prudência; da Materialidade e da Não Compensação.
Os critérios valorimétricos de cálculo utilizados foram os seguintes: Imobilizações Incorpóreas São contabilizadas pelo seu custo histórico e por opção não foram amortizadas ao longo dos exercícios anteriores.
Imobilizações Corpóreas Os bens do activo imobilizado corpóreo figuram pelo seu custo de aquisição, excepto o relativo aos activos do imobilizado obtido a título gratuito, cuja valorização foi obtida pela aplicação do critério do preço de mercado. É política do Hospital de Faro calcular as reintegrações sobre o valor do custo de aquisição, de modo a reintegrar totalmente os bens até ao fim da sua vida útil pelo método das quotas constantes por duodécimos, aplicando as taxas máximas permitidas e constantes do Decreto Regulamentar nº 2/90, de 12 Janeiro, e da Portaria nº 671/00, de 17 Abril.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
125
Existências As matérias-primas, subsidiárias e de consumo, estão valorizadas ao custo de aquisição, com o acréscimo das respectivas despesas adicionais de compra, sendo que o método de custeio das saídas de armazém utilizado é o método do custo médio ponderado.
Dívidas de Terceiros As dívidas de e a terceiros estão expressas pelas importâncias constantes dos documentos que as titulam.
Impostos sobre o Rendimento do Exercício A estimativa do I.R.C. atende às instruções autónomas conforme o preconizado no artigo 81.º do C.I.R.C.
Acréscimos e Diferimentos O Hospital de Faro regista os seus proveitos e custos, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, pelo qual esses proveitos e custos são reconhecidos à medida que são gerados, independentemente do momento em que são recebidos ou pagos. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes proveitos e custos gerados são registados nas rubricas “ Acréscimos e Diferimentos”.
Subsídios Os subsídios atribuídos ao Hospital de Faro, no âmbito de projectos de investimentos, são registados como proveitos diferidos na rubrica de “Acréscimos e Diferimentos” e reconhecidos nas demonstrações de resultados, proporcionalmente às amortizações das Imobilizações Corpóreas Subsidiadas.
Nota 6 – Situações que afectam significativamente impostos futuros De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e a eventual correcção por parte das autoridades fiscais por um período de quatro anos, sendo de dez anos para a Segurança Social. Deste modo, as declarações fiscais do exercício de 2009 podem vir a ser sujeitas a revisão, contudo não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras entregues.
126 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
Nota 7 – Pessoas ao Serviço O Hospital de Faro apresentava a 31 de Dezembro de 2009, 2328 (dois mil trezentos e vinte oito) funcionários e empregados, não estando disponível o número médio. No entanto, o valor apresentado é confiável para efeitos da informação pretendida.
Nota 10 – Activo Imobilizado e Amortizações Acumuladas e do Exercício Foram mantidas as políticas e critérios contabilísticos inerentes ao reconhecimento e contabilização dos imobilizados corpóreos, à sua valorimetria e às bases de cálculo das amortizações, e à respectiva consistência com os exercícios anteriores enquanto Hospital Central de Faro, do qual sucederam todos os direitos e obrigações.
Quanto aos abates de equipamentos, encontram-se subdivididos pelas componentes de Equipamento Básico, Equipamento de Transporte e Equipamento Administrativo e Informático, decompondo-se da seguinte forma:
Equipamento Básico, num total de 277.106,98€, composto de: 1. Médico Cirúrgico: 192.541,99€ 2. De Imagiologia: 117,21€ 3. De Laboratório: 31.768,29€ 4. Mobiliário Hospitalar: 10.120,86€ 5. De desinfecção e esterilização: 3.236,17€ 6. De Hotelaria: 33.664,67€ 7. Outros: 5.657,79€
Equipamento Administrativo e Informático, num total de 281.748,67€, composto de: 1. Equipamento Administrativo: 33.668,32€ 2. Hardware: 248.080,35€
Cumpre também referir que o total de abates, no valor de 558.855,65€, deu origem a perdas, no valor de 109.309,77€, provenientes de equipamento que não estava totalmente amortizado.
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
127
Activo Bruto de 2009 Conta 431 432
421 422 423 424 425 426 427 429
441
Designação Imobilizações Incorpóreas Despesas de Instalação Despesas de Investigação e Desenvolvimento Sub-Total Imobilizações Corpóreas Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Equipamento de Transporte Ferramentas e Utensilios Equipamento Administrativo e Informático Taras e Vasilhame Outras Imobilizações Corpóreas Sub-Total Investimentos Financeiros Imobilizações em Curso de Investimentos Financeiros Sub-Total Total Geral
Saldo Inicial
Aumentos
Transferências e Abates
Saldo Final
123.366,99 € 5.800,22 € 129.167,21 €
- € - € - €
- € - € - €
123.366,99 € 5.800,22 € 129.167,21 €
90.485,85 12.926.555,01 25.819.600,78 218.376,25 60.070,13 7.543.719,07 294,58 162.937,16 46.822.038,83 €
- € 1.824.751,52 € 2.494.587,29 € 46.023,18 € 6.041,69 € 968.131,35 € - € 804,00 € 5.340.339,03 €
- € 5.821,91 € 278.503,72 € - € - € 282.635,24 € - € - € 566.960,87 €
90.485,85 € 14.745.484,62 € 28.035.684,35 € 264.399,43 € 66.111,82 € 8.229.215,18 € 294,58 € 163.741,16 € 51.595.416,99 €
- €
- €
- €
- €
- € 46.951.206,04 €
- € 5.340.339,03 €
- € 566.960,87 €
- € 51.724.584,20 €
Tabela 55 - Activo Bruto de 2009
Amortizações em 2009 Conta
Designação
Saldo Inicial
Reforços
48 4811 4822 4823 4824 4825 4826 4827 4829
Imobilizações Corpóreas Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Equipamento de Transporte Ferramentas e Utensilios Equipamento Administrativo e Informático Taras e Vasilhame Outras Imobilizações Corpóreas Total Geral
- € 2.005.666,38 € 23.952.573,91 € 200.329,12 € 56.249,06 € 5.812.837,80 € - € 143.726,16 € 32.171.382,43 €
- € 477.914,57 € 2.726.911,54 € 20.238,15 € 4.029,45 € 847.210,40 € - € 2.293,54 € 4.078.597,65 €
Tabela 55 - Amortizações em 2009
128 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
Regularizações - € - € 255.733,59 € - € - € 192.196,29 € - € - € 447.929,88 €
Saldo Final - € 2.483.580,95 € 26.423.751,86 € 220.567,27 € 60.278,51 € 6.467.851,91 € - € 146.019,70 € 35.802.050,20 €
Relativamente às contas de Imobilizado, importa destacar os seguintes aspectos: • O único edifício em que o Hospital de Faro é proprietário é o Edifício Lar; • O Complexo Hospitalar sito na Rua Leão Penedo em Faro, não se encontra registado em nome do Hospital, assim como, o edifício dos Serviços de Psiquiatria, Terapia Ocupacional e Pneumologia, situado na Estrada de Loulé, junto à Escola Superior de Saúde de Faro, sendo pois para efeitos contabilísticos bens de Domínio Público, propriedade do Estado, não se encontrando, por conseguinte, registados nas Demonstrações Financeiras; • As ofertas de Imobilizado foram registadas pelo valor de mercado.
Nota 34 – Provisões Acumuladas e do Exercício Não foram constituídas provisões para créditos de cobrança duvidosa nem para outros riscos e encargos.
Nota 35 – Forma da Realização do Capital Social De acordo com o Decreto-Lei nº 180/2008, o Capital Estatutário do Hospital de Faro E.P.E., é constituído por uma dotação em numerário subscrita e integralmente realizadas pelo Estado de 4.672.000,00€, devidamente registado na rubrica de Capital Social, contudo, durante o ano de 2009, foram efectuados aumentos de capital subscritos e realizados no montante de 15.250.097,00€.
Fundos Próprios de 2009 Conta 511
Designação Capital Social Sub-Total
574 575 576
Reservas Reservas Livres Subsídios Doações Sub-Total
Resultados 59 Resultados Transitados 88 Resultados Liquidos do Exercício Sub-Total Total Geral
Saldo Inicial
Transferências
Aumentos 15.250.097,00 € 15.250.097,00 €
4.672.000,00 €
- €
4.672.000,00 €
- €
6.006.155,75 € 4.725.877,74 € 748.701,06 € 11.480.734,55 €
- € - € - €
- € - € 144.436,83 €
- €
144.436,83 €
-49.980.842,14 € -6.651.701,16 € -56.632.543,30 € -40.479.808,75 €
-29.983.476,74 € - € -15.636.204,83 € - € -45.619.681,57 € - € -30.225.147,74 €
Redução
Saldo Final 19.922.097,00 - € € 19.922.097,00 - € €
- € - € - €
6.006.155,75 € 4.725.877,74 € 893.137,89 € 11.625.171,38 - € €
-23.331.775,58 € -6.651.701,16 € -29.983.476,74 € -29.983.476,74 €
-56.632.543,30 € -15.636.204,83 € -72.268.748,13 € -40.721.479,75 €
Tabela 56 - Fundos Próprios de 2009
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
129
O valor do Capital Social corresponde ao Capital Subscrito e Realizado na constituição da nova Entidade Jurídica, quanto às Reservas Livres, decorrem dos valores que deram origem ao Hospital de Faro E.P.E., provenientes do Património do Hospital Central de Faro S.P.A.
Nota 41 – Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas
CMVMC de 2009 Conta 36 312+316 793+693 36 61
Designação Existências Iniciais Compras Regularizações de Existências Existências Finais Custo das Mercadorias Vendidas
Mercadorias -
€ € € € €
Matérias Primas, Subsidiárias e de Consumo 2.928.382,70 € 42.136.515,29 € - € 3.619.705,63 € 41.445.192,36 €
Tabela 57 - CMVMC de 2009
O custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas foi de 41.445.192,36€, cuja demonstração é apresentada no quadro acima. O saldo das existências do exercício de 2009 foi de 3.619.705,63€, o qual engloba as existências nos armazéns, farmácia, serviços clínicos e laboratórios.
Nota 43 – Remunerações dos Órgãos Sociais Durante o exercício de 2009 foi atribuído aos membros do Conselho de Administração o valor de 318.234,63€.
Nota 44 – Repartição do Valor Líquido das Vendas e das Prestações de Serviços Os proveitos gerados referem-se, essencialmente, a prestações de serviços resultantes da actividade de saúde com internamento, registando-se, ainda, proveitos provenientes da Venda de Energia e do Aluguer de Instalações, contudo, sem grande relevância e registados estes últimos na conta de Proveitos Suplementares.
Vendas e Prestações de Serviços relativos a 2009 Conta 711 712
Designação Vendas Prestações de Serviços Total Geral
Tabela 58 - Vendas e Prestações de Serviços relativos a 2009
130 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
2009 22.473,70 € 115.979.692,87 € 116.002.166,57 €
Nota 45 – Resultados Financeiros
Resultados Financeiros Conta
CUSTOS E PERDAS Designação
681
Juros Suportados
685 688 82
Diferenças de Câmbios Desfavoráveis Outros Custos e Perdas Financeiras Resultados Financeiros Total Geral
2009 867.936,43 € - € 13.708,46 € -782.896,01 €
PROVEITOS E GANHOS Designação
Conta
2009
781
Juros Obtidos
1.038,01 €
786
Descontos de P/Pagamento Obtidos
97.710,87 €
-------------
98.748,88 €
Total Geral
98.748,88 €
Tabela 59 - Resultados Financeiros
Nota 46 – Resultados Extraordinários
Resultados Extraordinários Conta 692 694 695 697 698 84
CUSTOS E PERDAS Designação Dividas Incobráveis Perdas em Imobilizado Multas e Penalidades Correcções relativos a Exercícios Anteriores Outros custos e Perdas Extraordinárias Resultados Extraordinários Total Geral
2009 761.793,19 € 109.763,77 € 54,92 € 1.558.298,39 € 467,59 € 3.708.103,14 € 6.138.481,00 €
Conta 794 797 798
PROVEITOS E GANHOS Designação 2009 Ganhos em Imobilizações 454,00 € Correcções Relativas a exercícios Anteriores 424.691,38 € Outros Proveitos e Ganhos Extraordinários 5.713.335,62 €
Total Geral
6.138.481,00 €
Tabela 59 - Resultados Extraordinários
Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
131
Nota 48 – Outras Situações Relevantes No presente Relatório e Contas são feitos comentários, dos quais é permitido extrair análise e apreciação pormenorizadas da situação económica e financeira do Hospital de Faro, sendo de referir como nota final o saldo Activo e Passivo da rubrica “24 – Estado e Outros Entes Públicos”, que apresentava em 31 de Dezembro de 2009 o seguinte desdobramento:
Conta
Designação Activo Imposto sobre o Rendimento (I.R.C.) 2412 Retenções 228,63 € 2413 Imposto Estimado - € Sub-Total 228,63 € Retenções Imposto S/Rendimento(I.R.S.) 2421 Trabalho Dependente - € 2422 Trabalho Independente - € 24291 Sobre outros Rendimentos - € 24299 Retenções ACSS 31.000,47 € Sub-Total 31.000,47 € Imposto sobre Valor Acrescentado(I.V.A.) 2436 Iva a Pagar - € Sub-Total - € Contribuições para a Segurança Social Caixa Geral de Aposenta- € 2452 ções 2453 Segurança Social - € Sub-Total - € TOTAL GERAL 31.229,10 € Tabela 60 - Outras Situações Relevantes
132 | Relatório de Gestão e Prestação de Contas|2009
Passivo
2.941,38 € 2.941,38 € 714.535,26 € 4.397,54 € 149,00 € - € 719.081,80 € 22.161,64 € 22.161,64 € 529.695,77 € 443.261,84 € 972.957,61 € 1.717.142,43 €
9
CERTIFICAÇÃO
LEGAL DE CONTAS
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