Hospital de Faro_Relatório de Gestão e Contas 2012

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RELATÓRIO DE GESTÃO E PRESTAÇÃO DE CONTAS Hospital de Faro | 2012

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ABREVIATURAS E SIGLAS ACSS

Administração Central do Sistema de Saúde

INE

Instituto Nacional de Estatística

APCER

Associação Portuguesa de Certificação

HCI

Human Computer Interaction

ARS

Administração Regional Saúde

LIC

Lista Inscritos Cirurgia

AVC

Acidente Vascular Cerebral

MCDT

Meios Complementares Diagnóstico e Terapêutica

CFIC

Centro de Formação Investigação e Conhecimento

OMS

Organização Mundial de Saúde

CMVMC

Custo Mercadorias Vendidas Matérias Consumidas

PMP

Prazo Médio Pagamento

DGS

Direcção-Geral da Saúde

POPH

Programa Operacional Potencial Humano

DGTF

Direção Geral Tesouro Finanças

REE

Resíduos Elétricos e Eletrónicos

EFQM

European Foundation for Quality Management

RNCCI

Rede Nacional Cuidados Continuados Integrados

E.P.E.

Entidade Pública Empresarial

ROC

Revisor Oficial de Contas

FASP – SNS

Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do Serviço Nacional Saúde

SICA

Sistema Informação p/ Contratualização e companhamento

GAPCG

Gabinete Auditoria Planeamento Controlo Gestão

SINAS

Sistema Nacional de Avaliação em Saúde

GDH

Grupo de Diagnóstico Homogéneo

SIRIEF

Sistema Recolha Informação Económico Financeira

GCRE

Gabinete Relações e Comunicação Externa

SNS

Serviço Nacional de Saúde

IGAS

Inspeção-geral das Atividades em Saúde

TC

Tribunal de Contas

IGCP

Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, I.P.

TIC

Tecnologias de Informação e Comunicação

IGH

Indicadores de Gestão Hospitalar

UCISU

Unidade de Cuidados Intermédios do Serviço de Urgência

INEM

Instituto Nacional Emergência Médica

UTCO

Unidade Tratamento Cirúrgico Obesidade

Relatório de Contas | 2012 Propriedade: Hospital de Faro Rua Leão Penedo - 8000-386 Faro Tel: 289 891 100 | Fax: 289 891 159 E-mail: administracao@hdfaro.min-saude.pt www.hdfaro.min-saude.pt

Conceção gráfica/fotografia: Gabinete de Comunicação Publicação: Maio 2013 Impressão: Hospital de Faro Páginas do documento: 151 Anexos: 68 Total: 224 Tiragem: 8 Numeração: Versão Digital


Deliberação Com fundamento no art.7º do Decreto-Lei n.º233/2005, de 29 de dezembro, aplicável “ex vi” do n.º2 do art.1º do Decreto-Lei n.º180/2008, de 26 de agosto, o Conselho de Administração do Hospital de Faro, E.P.E. delibera por unanimidade de votos dos seus membros aprovar o Relatório de Gestão e Contas referente ao ano 2012 e que é composto por 218 páginas. Mais, se delibera que os membros deste órgão colegial que administra o Hospital de Faro, EPE, no uso das competências decorrentes dos diplomas legais acima citados, apenas rubriquem as páginas deste documento referentes à Demonstração de Resultados, à proposta de aplicação dos resultados e à certificação legal das contas.

Faro, aos 30 dias do mês de abril de 2013

Dr. Pedro M. H. Nunes Presidente do Conselho de Administração

Dr.ª Graça Pereira Vogal Executivo

Dr. Luís Miguel Martins Vogal Executivo

Dr. José Vieira dos Santos Enfermeiro Diretor

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

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CONTEÚDOS 7 Nota introdutória 8 Mensagem do Conselho de administração

Capítulo 1 10 Hospital de Faro, e.p.e.

24 Compromisso de colaboração entre o Hospital de Faro, EPE e Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve, para o funcionamento de cursos de pósgraduação e mestrados, em enfermagem 25 Protocolo celebrado com a Direcção-Geral da Saúde para prestação de serviços no âmbito da certificação/ acreditação de unidades de gestão clínica 25 Manutenção do protocolo de colaboração entre o Hospital de Faro e a Universidade do Algarve no domínio do apoio ao funcionamento do novo Curso de Medicina

10 Missão; Visão; Valores 11 Evolução histórica 12 Enquadramento do Hospital de Faro 14 Breve análise conjuntural

Capítulo 2 27 Recursos Humanos

15 Caraterização da região do algarve

27 Evolução/distribuição dos recursos humanos por grupos profissionais

15 Indicadores demográficos

29 Estrutura etária

16 Indicadores de saúde

29 Distribuição de efetivos por tipo de vínculo

18 Órgãos sociais

29 Centro de Formação, Investigação e Conhecimento

19 Modelo organizativo de 2012

29 Habilitações literárias

20 Departamento de Medicina

29 Segurança, higiene esaúde no trabalho

20 Departamento de Cirurgia

32 Análise da formação

20 Departamento Materno-Infantil

32 Formandos

20 Serviços não departamentalizados

32 Áreas temáticas

21 Departamento de Relações Exteriores e Apoio aos Utentes

33 Formação obrigatória

22 Estrutura orgânica 24 Cooperação com entidades externas 24 Da concorrência à colaboração: Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA) 24 Protocolo do Hospital de Faro com o IPO Coimbra/ Radioterapia 24 Protocolo entre o Hospital de Faro e Ordem dos Enfermeiros no âmbito do “Programa Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem”

33 Área de controlo de infeção 33 Indicadores de formação 33 Internato médico 35 Unidade de investigação 35 Atividades 38 Atividades formativas desenvolvidas por iniciativa dos serviços clínicos


Capítulo 3 41 Gestão hospitalar 41 Desenvolvimento estratégico 42 Departamento Emergência Urgência e Cuidados Intensivos

64 Material de consumo clínico 64 Transporte de doentes 65 Fornecimento serviços externos 65 Grau de cumprimento dos indicadores de qualidade e eficiência

42 Alteração da base da VMER 42 Implementação e monitorização de equipas no Serviço de Urgência Geral

Capítulo 4 69 Investimentos

42 Integração dos SUB’s no SUG 43 Diminuição da demora média das unidades de medicina intensiva 43 Departamento Medicina

Capítulo 5 71 Atividade assistencial 71 Dispositivo assistencial

43 Composição e lotação 71 Caracterização 43 Departamento Cirurgia 71 Evolução da atividade assistencial 44 Funcionamento e atividades 71 Internamento 45 Departamento Materno Infantil 71 Análise dos princípios indicadores globais da 45 Serviços clínicos não departamentalizados 47 Serviços de apoio clínico 47 Contributos do núcleo transportes 47 Contrato programa 47 Grau de cumprimento de metas fixadas em 2012

atividade em internamento 73 Doentes saídos 75 Demora média 75 Número de partos 77 Intervenções cirúrgicas com origem no internamento

48 Grau de cumprimento do Plano Desempenho – Atividade total

77 Principais grupos de diagnóstico homogéneos em 2012

52 Grau de cumprimento da atividade SNS

82 Ambulatório programado

52 Grau de Cumprimento do Orçamento

82 Cirurgia de ambulatório

53 Grau de cumprimento do Plano de ajustamento

84 Consulta externa

54 Medidas de Ajustamento

87 Hospital de dia

64 Recursos Humanos 64 Medicamentos

88 GDH’s médicos de ambulatório 89 Acessibilidade


89 Lista de espera cirúrgica; 89  Serviço de Urgência 91 Meios complementares de diagnóstico 91 Realizados no Hospital de Faro; 91 Realizados no exterior 92 Outras atividades 92 Gabinete do Utente/Sim – Cidadão; 94 Serviço de Auditoria Interna; 95 Gabinete de Comunicação

120 Regulamentos internos e externos a que a empresa está sujeita 121 Informação sobre as transações relevantes 121 Informação sobre outras transações 121 Procedimentos Adotados na Aquisição de Bens e Serviços; 121 Transações que não Ocorrem em Condições de Mercado 124 Funções e responsabilidades 124 Mandato 2011/2013 126 Remunerações dos membros dos órgãos sociais 126 Fiscal Único 126 Mandato II

Capítulo 6 97 Análise económico-financeira 100 Estrutura dos custos 102 Custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 104 Produtos farmacêuticos 107 Material consumo clínico

127 Análise da sustentabilidade da empresa nos domínios económicos, social e ambiental 127 Estratégias Adotadas 127 Políticas prosseguidas com vista a garantir a eficiência económica, financeira social e ambiental 127 Sustentabilidade Económico-financeira; 128 Sustentabilidade Social

108 Fornecimento e serviços externos

128 Sustentabilidade Ambiental

110 Custos com pessoal

129 Resíduos Hospitalares perigosos e não perigosos

110 Estrutura dos proveitos

131 Grau de cumprimento de metas fixadas

113 Análise financeira e patrimonial

131 Serviço público e satisfação das necessidades da coletividade

116 Indicadores Económico Financeiros 132 Viabilidade do cumprimento dos Princípios de Bom Governo (RCM n.º49/2007, de 28 de Março), devidamente fundamentada

Capítulo 7 119 Governo da sociedade 119 Missão, Objetivos e Politicas da Empresa 119 Missão; Visão; Valores

133 Existência de código de ética 134 Informação sobre a existência de um sistema de controlo compatível com a dimensão e complexidade da empresa, de modo a proteger os investimentos e os seus ativos, o qual deve abarcar todos os riscos relevantes pela empresa


134 Identificação dos mecanismos adotados com vista à prevenção de conflitos de interesse (ponto 22 da RCM n.º49/2007, de 28 de Março)

Capítulo 8 137 Cumprimentos de Normas Legais 137 Cumprimentos dos Objetivos de Gestão (artigo 11º do Decreto Lei n.º 300/2007, de 23 de Agosto 137 Risco Financeiro (Despacho n.º 101/2009 – SETF, de 30 Janeiro e do cumprimento limites dos máximos de acréscimo de endividamento definidos para 2012 no despacho n.º 155/2011-MEF, de 28 de abril 139 Prazo Médio Pagamentos (PMP) – RCM 34/2008 de 22 de Fevereiro com alterações do Despacho nº 9870/2009, de 13 Abril 140 Deveres de informação – Despacho 14277/2008, de 23 de Maio 140 Cumprimento das recomendações emitidas pela aprovação do Relatório de Gestão e Contas de 2011 141 Remunerações 141 Fiscal único 141 Trabalhadores 144 Da aplicação do disposto no artigo 32º do Estatuto de Gestor Público (EGP), conforme republicado pelo Decreto-Lei n.º8/2012, de 18 de Janeiro, no que se refere, designadamente 144 Da contratação pública 145 Princípio da Igualdade do Género - Resolução do Conselho de Ministros n.º19/2012, de 23 de Fevereiro 145 Plano de redução de Custos 147 Princípio da unidade tesouraria do estado 147 Outras informações

Capítulo 9 151 Aplicação de resultados;

Anexos 189 Anexo ao balanço e à demonstração de resultados 207 Certificação Legal de Contas 213 Relatório e Parecer do Fiscal Único 217 Avaliação de Desempenho dos Gestores


Hospital de Faro, E.P.E. www.hdfaro.min-saude.pt


Nota introdutória Em cumprimento do Decreto-Lei n.º 558/99 de 17 de dezembro, pela redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 300/2007, de 23 de agosto, o Hospital de Faro, E.P.E, doravante apenas designado por Hospital de Faro, apresenta para o período de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2012, os seguintes documentos:

Relatório de Gestão elaborado em conformidade, designadamente, com o disposto no artigo 13º-A do Decreto-Lei acima identificado;

Documentos de prestação de contas anuais;

Relatório anual do órgão de fiscalização e a certificação legal de contas.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

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Mensagem do Conselho de administração No

relatório de contas respeitante a 2011 inserimos,

como era nossa obrigação, o seguinte: “O atual Conselho de Administração tomou posse dois dias

Com a ajuda de todos os profissionais deste hospital a quem tudo se deve na sua sustentabilidade e perenidade através dos anos, havemos de conseguir.”

apenas antes de terminar o ano de 2011. Assim o relatório de contas que se apresenta traduz a ação empenhada dos que nos antecederam. Incumbidos agora de gerir os destinos do Hospital de Faro nos próximos três anos cabe-nos em tempos de inevitável turbulência económica assegurar a missão desta importante unidade do nosso Serviço Nacional de Saúde. Como todos os que nos antecederam daremos o nosso melhor não esquecendo que ao hospital público cabe garantir a segurança de quem vive em permanência ou transitoriamente na região do algarve. Para tal é necessário expandir os seus quadros, garantir que trabalhar nesta instituição seja um projeto para a vida, qualquer que seja a carreira profissional. Recuperar, renovar, sedimentar os valores do hospital público, fixar e atrair quadros jovens; Este, o desafio que a conjuntura económica torna ainda mais árduo.

8

Hoje ao apresentar o relatório de contas do exercício de 2012, todo ele decorrido sob nossa responsabilidade, pouco nos parece ser de acrescentar. O Hospital de Faro cumpriu a sua missão produzindo cuidados de saúde de qualidade conseguindo encerrar o ano de uma forma financeiramente estável. Foi possível cumprir a lei dos compromissos não acumulando dívida. Pelo contrário, para além, das transferências extraordinárias recebidas para pagamento de dívidas anteriores a 31 de dezembro de 2011 foi possível, no nosso exercício, retirar cerca de 5,9 milhões de euros com idêntico objetivo. Foi neste exercício que se assistiu à reorganização dos espaços do hospital, para além da reorganização estrutural produzindo um novo regulamento interno. Foi o ano em que se aumentou o número de camas, fixando-


se este, agora em 583 o que permitiu criar um novo ser-

As restrições financeiras que no futuro se irão sentir, ain-

viço de Medicina, alojar com dignidade os serviços de

da com maior gravidade, conflituarão com a necessidade

Neurologia, Oncologia e Pneumologia.

de reorganizar áreas centrais do hospital como os blocos

Foi o ano em que se retiraram definitivamente todas as camas dos corredores e em que se alargou o espaço do Serviço de Urgência que igualmente a partir de agora não contará com doentes internados em macas nos corredores. O cumprimento dos indicadores e objetivos da instituição, nomeadamente, na área financeira onde se deram passos significativos para se atingir a meta definida pelo ministério, um EBIDTA positivo (um indicador atingido antes da especialização do subsídio de férias). Apesar de em 2012 termos sido autorizados a contratar médicos, enfermeiros, assistentes operacionais, farmacêuticos e técnicos de diagnóstico e de terapêutica, ainda são

operatórios e as unidades de intervenção na área da cardiologia e neurorradiologia, bem como, equipar a nova sala de trauma e renovar o parque de equipamento obsoleto. Continuamos a contar com todos os trabalhadores deste hospital para que em cada minuto do seu trabalho diário adotem uma cultura de poupança e de discriminação do que é desejável, supérfluo ou imprescindível – única forma de conseguirmos garantir a nossa missão assistencial. O Conselho de Administração assume-se, mais uma vez, como um facilitador e dinamizador sabendo que todos, em conjunto, conseguiremos garantir à população que servimos os seus direitos.

gritantes as carências de recursos humanos tanto mais, quando se nos exige a responsabilidade pela Unidade de Convalescença de Loulé e os Serviços de Urgência Básica de Vila Real de Santo António, Loulé e Albufeira.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

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Capítulo 1 Hospital de Faro, e.p.e. O Hospital de Faro

Visão

Dotado de todas as valências básicas e complementares

O Hospital de Faro pretende consolidar-se como unida-

que permitem ajustar a sua classificação ao nível II de

de de excelência no sistema de saúde, com competência,

diferenciação da Carta Hospitalar, o Hospital de Faro é

saber e experiência, dotada dos mais avançados recursos

um hospital público instituído, organizado e administra-

técnicos e terapêuticos, vocacionada para a garantia da

do a pensar na população e na prestação de cuidados

equidade e universalidade do acesso e de assistência, com

diferenciados a doentes agudos.

vista à elevada satisfação dos doentes e dos profissionais.

Missão

Valores

O Hospital de Faro pretende caracterizar-se como hos-

Focalização total e geral no doente

Respeito pela dignidade humana, pela diversidade

pital central de referência no SNS e na região, com funções diferenciadas na prestação de cuidados de saúde,

cultural e direitos do doente

na formação pré e pós-graduada e contínua, sustentadas na permanente atualização do conhecimento científico e

técnico dos seus profissionais. Caracterizar-se como garantia na segurança em saúde

Universalidade e equidade no acesso aos cuidados de saúde

de todos os que habitam ou visitam a região do algarve

Elevados padrões de humanização, qualidade e competência técnica dos serviços prestados

e a sua área de influência. •

Eficácia e eficiência na utilização dos recursos

Garantia de integridade, confidencialidade, privacidade e cordialidade

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Responsabilidade social e ambiental


Evolução histórica

Construído para substituir o antigo Hospital da Santa

Modernas unidades de eletrofisiologia e hemodinâmica e uma unidade de acidentes vasculares cerebrais (AVC) para o tratamento das doenças cardiovasculares;

Área centralizada de Consultas Externas e uma moderna Unidade de Cirurgia de Ambulatório, ambas localizadas em edifício autónomo, em cujo topo se situa o heliporto, a funcionar desde 2004.

Casa da Misericórdia, o Hospital de Faro iniciou a sua atividade a 4 de dezembro de 1979, após publicação do seu quadro orgânico de pessoal. Ao longo dos anos, muitas foram as adaptações de estrutura e de organização que sofreu, permitindo dessa forma melhorar e alterar a sua capacidade de resposta assistencial, com acréscimo significativo dos níveis de complexida-

No início do ano de 2007, através da celebração de pro-

de, diferenciação técnica e de especialização dos serviços.

tocolo com a ARS - Algarve, o Hospital de Faro assumiu,

Foi requalificado por Despacho de Sua Excelência o Senhor Secretário de Estado da Saúde, de 22 de janeiro de 2008, como Hospital Central. Posteriormente, através do Decreto-Lei nº 180/2008, de 26 de Agosto, o Hospital de Faro foi transformado em entidade pública empresarial (E.P.E.), enquadrando-se nos estatutos aprovados pelo Decreto-Lei n.º 233/2005, de 29 de dezembro. Dispõe atualmente, de acordo com o seu estatuto, de um amplo leque de oferta de serviços, dos quais se destacam: •

no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados RNCCI, a gestão de uma Unidade de Convalescença, sedeada em Loulé, a 20 quilómetros de Faro. Em 2011, a ARS Algarve e o Hospital de Faro, foi celebrado um acordo, tendo como objetivo a deslocalização da Unidade de Convalescença de Loulé para o 4º do edifíco das Consultas Externas, a partir do dia 30 de Janeiro de 2012. No entanto, concluiu-se não ser vocação do hospital público gerir uma Unidade de Convalescença com as especificações determinadas pela Rede Nacional de Cuidados Continuados, e a ARS Algarve opta pela não renovação do acordo, após o

Serviço de Urgência Polivalente que engloba a Urgência Geral, a Urgência de Ginecologia e Obstetrícia e a Urgência Pediátrica;

término da sua vigência (31 de agosto de 2012).

Internamento organizado porespecialidades clínicas, em conformidade com as normas definidas pelas redes de referenciação hospitalar;

brir a Unidade de Convalescença de Loulé, em termos si-

O Hospital de Faro apresentou disponibilidade para reamilares ao anterior acordo, prevendo-se a sua reabertura no início do 2º trimestre de 2013.

Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos, de Cuidados Intermédios e Intensivos Polivalentes bem como de uma unidade dedicada à prestação de Cuidados Intensivos Coronários;

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

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Enquadramento do Hospital de Faro

O Hospital de Faro, localizado na cidade de Faro presta assistência direta à população do sotavento algarvio abrangendo os concelhos de Albufeira, Alcoutim, Castro Marim, Faro, Loulé, Olhão, São Brás de Alportel, Tavira e Vila Real de Santo António. O Hospital de Faro é também o centro de referência para

4

toda a região do algarve, abrangendo, de acordo com

1

os dados provisórios dos censos 2011, uma população residente de cerca de 450.000 habitantes, número que pode triplicar, na época alta do turismo. O grupo de hospitais públicos da região do algarve é

5

composto pelo Hospital de Faro, e pelo Centro Hospita3

lar do Barlavento Algarvio (CHBA, E.P.E.), sendo que este último agrupa o antigo Hospital Distrital de Lagos (HDL) e o Hospital do Barlavento Algarvio (HBA). 2

No início de 2007, em regime de parceria público-privada, entrou em funcionamento o Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul (Hospital especializado do SNS), situado no município de São Brás de Alportel, que dispõe de 54 camas de internamento

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14

15

6

9

13

16

10

8 7 12 11

Barlavento

Sotavento

1 Aljezur

8 Albufeira

2 Vila do Bispo

9 Loulé

3 Lagos

10 São Brás de Alportel

4 Monchique

11 Faro

5 Portimão

12 Olhão

6 Silves

13 Tavira

7 Lagoa

14 Alcoutim 15 Castro Marim 16 Vila Real de Santo António

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

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Breve análise conjuntural Dada a atual conjuntura económico-financeira que o país

para o melhor funcionamento do hospital, nem contribuí-

atravessa, o exercício de 2012 foi marcado pela conten-

ram de forma expressiva para a redução da despesa.

ção na despesa pública, que se traduziu na definição e adoção de medidas orçamentais restritivas.

Em contrapartida, não podemos deixar de enaltecer os esforços desenvolvidos diretamente pelo Ministério da

A publicação da Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro, e do

Saúde, através da ACSS para obtenção de ganhos finan-

decreto-lei nº 127/2012 de 21 de junho, a designada Lei

ceiros através de:

dos Compromissos, vêm colocar um conjunto de novos desafios à gestão hospitalar, que mudaram radicalmente

sendo que sua regularização gerou descontos

os conceitos normalmente utilizados para a concretiza-

financeiros;

ção das estratégias definidas, impossibilitando a realização de orçamentos deficitários, ou seja a realização de

Elaboração do acordo APIFARMA, através do qual,

despesa com valores além da receita efetiva da institui-

com base no volume de compras de medicamentos

ção, conduzindo a um acréscimos de endividamento e

realizado pelas entidades do SNS, o fornecedor

o consequente atraso no pagamento aos fornecedores.

terá que emitir uma Nota de Crédito. Este acordo,

Independentemente dos defeitos e virtudes da Lei dos Compromissos, é hoje claro que algo teria de ser feito para travar o aumento do défice nas contas públicas. Também a transferência para o SNS da responsabilidade financeira relativa aos cuidados de saúde prestados pelos estabelecimentos do SNS aos beneficiários dos subsistemas públicos de saúde, nos termos do acordo celebrado entre os Ministérios das Finanças e o da Saúde, veio influenciar negativamente o equilíbrio financeiro desta instituição.

celebrado entre a APIFARMA, o Ministério da Saúde, o Ministério das Finanças e o Ministério da Economia e Emprego, tem como objetivo contribuir para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e garantir o acesso ao medicamento. Como resultado das adversidades orçamentais, sobressaem algumas limitações ao exercício das competências, que legalmente estão atribuídas à gestão, com a proliferação de normas legais impositivas da obtenção de pareceres prévios vinculativos à prática de atos de gestão

Este pacote legislativo surge devido a anos de sobre or-

corrente, criando-se assim um ambiente administrativo

çamentação que levaram a um sobre-endividamento no

mais burocrático.

Estado, como um todo.

Em síntese, a envolvente externa, em 2012, foi um fator

Importa mencionar que, as dificuldades ao pleno funcio-

limitativo ao desenvolvimento de algumas das atividades

namento de verdadeiros serviços partilhados do Ministé-

e investimentos.

rio da Saúde, ágeis na resposta às necessidades dos organismos do SNS, ainda não produziram as economias de escala desejáveis, ou seja, não contribuíram de forma ativa

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Negociação da dívida vencida de fornecedores,


Caraterização da região do algarve O algarve é a principal região turística do país, sendo que internacionalmente é conhecido como destino de férias, pelas suas praias e sol. Segundo o website Turismo de Portugal, em 2011 o algarve registou, a nível nacional, o maior número de dormidas de estrangeiros (10,2 milhões), que se traduziram no aumento absoluto mais acentuado (+9%, ou seja, +815 mil dormidas que em 2010). Ainda segundo a mesma fonte, o algarve foi também para o mercado interno, a região que se posicionou em 1º lugar, com 3,8 milhões de dormidas, embora com um decréscimo absoluto de 19 mil dormidas (-0,5%), face a 2010.

2010 2009 2008 0-14

15-25

25-65

+65

Gráfico 1 Percentagem populacional do algarve.

Indicadores demográficos Segundo os censos 2011, a população residente no al-

De acordo com os dados estatísticos dos hospitais da

garve era de 450.993 habitantes, o que significa um

regionais, em 2011 nasceram no algarve 4.386 crianças

aumento de cerca de 14% na última década, tendo, no

(menos 386 do que em 2010), das quais 1.042 são filhas

entanto, havido um crescimento demográfico inferior ao

de mãe estrangeira.

verificado nos últimos dez anos, que foi de 15,76%, correspondendo a (395.218 habitantes).

Estes valores colocam o algarve como uma das regiões portuguesas com maior natalidade, confirmando a cres-

A estrutura demográfica da região apresenta uma com-

cente importância da população migrante e na sua contri-

ponente jovem que ronda os 26% (0-24 anos), enquanto a

buição para o rejuvenescimento da população na região.

população idosa (+de 65 anos) representa 19% do total em 2010, ou seja, um p.p. acima da média nacional (gráfico 1). O aumento da população na região deve-se essencial-

Apesar do decréscimo de nascimentos, ainda permitiu à região apresentar um saldo natural positivo, conforme se observa na tabela 1.

mente ao saldo positivo dos movimentos migratórios e também pelo aumento da natalidade decorrente da fixação de uma população migrante jovem.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

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Indicadores de saúde Destacamos neste item, alguns indicadores de saúde que contextualizam sucintamente a região do algarve (ver tabela 2). No que se refere aos índices de médicos/1000 habitantes e de enfermeiros/1000 habitantes, os últimos dados disponíveis mostram que o algarve apresenta indicadores desfavoráveis, quando comparado com o restante país. Esta escassez de recursos humanos, que se tem vindo a acentuar nos últimos anos, principalmente no que respeita ao grupo de pessoal médico, constitui um dos principais constrangimentos à consolidação da reforma dos CSP e à melhoria da acessibilidade dos cidadãos à prestação de cuidados de saúde especializados.

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Contexto Demográfico e Social em 2011

Algarve

Portugal

Acréscimo populacional

3.620,0

-734,0

Saldo migratório

3.270,0

3.815,0

Taxa de crescimento efetivo (%)

0,83

-0,01

Taxa de crescimento migratório (%)

0,75

0,04

Índice de dependência total

54,0

49,9

Índice de dependência de jovens

24,3

22,7

Índice de dependência de idosos

29,7

27,2

Taxa bruta de natalidade (por mil habitantes)

11,2

9,5

1,7

1,4

Taxa bruta de mortalidade (por mil habitantes)

10,3

10,0

Taxa bruta de pré-escolarização

76,0

85,0

1,5

0,5

Algarve

Portugal

18,7

18,5

Médicos por 1000 habitantes

3,2

3,9

Enfermeiros por 1000 habitantes

5,1

5,9

Tx. incidência de casos notificados de doenças de declaração obrigatória (‰)

0,4

0,3

TMP: por 1000 000 habitantes

628,7

603,3

TMP: por doença do aparelho circulatório por 100 000 habitantes

163,7

174

TMP: por doenças isquémica do coração por 100 000 habitantes

42,7

41,5

TMP: por lesões autoprovocadas intencionalmente (suicídio) por 100 000 habitantes

11,5

7,8

156,8

155,9

TMP: por tumores maligno do cólon e reto por 100 000 habitantes

21,7

21,8

TMP: por tumores maligno da mama por 100 000 habitantes

22,9

20,2

TMP: por tumores maligno do colo e útero por 100 000 habitantes

6,4

3,7

TMP: por tuberculose por 100 000 habitantes

1,7

1,5

Índice sintético de fecundidade

População estrangeira que solicitou estatuto legal de residente por 100 habitantes

Tabela 1 - Indicadores Demográficos Fonte: INE, Estatísticas Demográficas 2010 (última publicação).

Indicadores

Esperança média de vida aos 65 anos

TMP: por tumores malignos por 100 000 habitantes

Tabela 2 - TMP de mortalidade padronizada Fonte: INE, Estatísticas Demográficas 2010 (última publicação).

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

17


Órgãos sociais

Por despacho conjunto nº 17422/2011 proferido pelos Ministros das Finanças e da Saúde, publicado em D.R. 2ª série nº 248 de 28.12.2011, foram designados para integrar o órgão de administração os seguintes elementos, que iniciaram funções no dia 28 de dezembro de 2011: •

Presidente – Dr. Pedro Manuel Mendes Henriques Nunes

Vogal Executivo – Dr. Luis Miguel da Costa e Cunha Martins

Vogal Executivo – Dr.ª Graça Maria Palma Pereira

Diretor Clínico – Dr. Jorge Manuel Domingues Salvador

Enfermeiro Diretor – Enf.º José Fernando Vieira dos Santos

Fazendo parte dos Órgãos Sociais, o Fiscal Único é o responsável pelo controlo da legalidade, da regularidade e da boa gestão financeira e patrimonial da Instituição. Nomeado pelo Despacho nº 351/2012, de 22 março do Ministério das Finanças, e constituído por um Fiscal Único efetivo e um suplente, abaixo designados: •

Sociedade Grant Thornton & Associados, SROC - Efetivo

Sociedade Alves da Cunha, A. Dias & Associados, SROC - Suplente

Os Órgãos Sociais atrás mencionados, constituem-se como garantia da existência de condições imprescindíveis à efetiva segregação das funções de administração, execução e de fiscalização. Nos termos do art.º 17 dos Estatutos dos Hospitais EPE aprovado pelo Decreto-Lei 233/2005 de 29 de dezembro, o Hospital de Faro contou ainda com um auditor interno, designado pelo Conselho de Administração.

18


Modelo organizativo de 2012 O país vive uma grave crise económico-financeira com

Foram criadas estruturas de coordenação entre serviços

particular incidência nos meios disponibilizados às en-

(departamentos), com necessidades ou problemáticas

tidades públicas prestadoras de serviços, entre as quais

afins, que promovem a otimização da sua partilha no in-

as de saúde.

teresse comum, e uma estrutura vertical de organização

Neste contexto, as administrações dos hospitais têm res-

e direção de toda a área de urgência.

ponsabilidades específicas em garantir uma organização

Cada departamento é coordenado por um director de

eficiente que maximize a utilização dos bens públicos e

departamento escolhido de entre médicos com currículo

que garanta aos portugueses, mesmo no período difícil

adequado e referência dos seus pares nas respetivas áreas.

que se vive, os cuidados de saúde a que têm direito e as condições técnicas e éticas da sua prestação que não podem ser beliscadas pelas carências financeiras. Foi entendimento do Conselho de Administração do Hospital de Faro, tendo em vista a melhoria contínua dos cuidados prestados pelo hospital, a sua cada vez maior

Igualmente cada departamento contará com um enfermeiro supervisor ou enfermeiro chefe e um administrador hospitalar da respetiva carreira. Assim, com a designação de departamento, foram criados os seguintes:

eficiência e a assunção das suas responsabilidades enquanto hospital central e de referência para toda a região do algarve, proceder à reorganização interna nos termos que a seguir se definem. A unidade sistémica da organização do hospital é o serviço clinico que constitui por tal facto um centro de responsabilidade. Cada serviço clínico é dirigido por um director de serviço, nos termos da lei, responsável por toda a atividade do serviço, por um enfermeiro chefe com as atribuições que a lei igualmente lhe confere e, quando for o caso, por um técnico superior de tecnologias de saúde. A cada serviço clínico foi adstrito um técnico superior

Departamento de Emergência, Urgência e Cuidados Intensivos Integra os anteriormente denominados: •

Serviço de Urgência Geral

Unidade de AVC

Unidade de Cuidados Intermédios do Serviço de Urgência

Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente

com experiência na área económica, financeira e de gestão que presta a assessoria necessária à tomada de decisões judiciosa.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

19


Departamento de Medicina Coordena os serviços da área médica, sendo particularmente responsável pelo fluxo de doentes no hospital, garantindo, enquanto internados ou em convalescença, o seu correto acompanhamento clínico. Integram este departamento os serviços de: •

Medicina I

Medicina II

Medicina III

Cardiologia

Dermatologia

Gastroenterologia

Nefrologia

Neurologia

Oncologia

Pneumologia

Departamento Materno-Infantil Coordena os serviços e unidades que asseguram a qualidade da assistência à mulher enquanto mãe e à criança nas mais variadas idades, do nascimento aos 18 anos, nomeadamente os serviços de Pediatria e Obstetrícia. Integram este departamento os serviços: •

Pediatria

Obstetrícia

Serviços não departamentalizados Foram ainda identificados um conjunto de serviços clínicos que, pela sua especificidade não carecem de coordenação departamental, contudo interagindo com vários

Departamento de Cirurgia

serviços integrados em departamentos. Tais serviços, designados serviços não departamentali-

Coordena os serviços da área cirúrgica, sendo responsável

zados são:

pela utilização dos Blocos Operatórios, maximização da atividade em cirurgia de ambulatório e a utilização judi-

Anatomia Patológica

ciosa de meios. Tal coordenação será realizada em per-

Anestesiologia

manente articulação com a direção do serviço de Anes-

Imagiologia

tesiologia.

Imuno-hemoterapia

Medicina Física e Reabilitação

Patologia Clínica

Psiquiatria e Saúde Mental

Saúde Ocupacional

Integram este departamento os serviços: •

Cirurgia I

Cirurgia II

Cirurgia Plástica

Um hospital moderno, apesar da sua missão ser essen-

Estomatologia

cialmente a prestação de serviços clínicos à população

Ginecologia

que serve é, por si mesmo, um centro de formação e

Neurocirurgia

promoção do conhecimento, uma organização complexa

Oftalmologia

que gere avultados meios humanos e financeiros pro-

Ortopedia I

curando otimizá-los em torno da sua função primordial,

Ortopedia II

bem como um interventor social relevante no contexto

Otorrinolaringologia

da região em que se insere já que, como muitas vezes

Urologia

acontece, e Faro não é exceção, se constitui como o maior empregador da região.

20


Neste contexto o Conselho de Administração criou o

Cada serviço, em plena autonomia técnica, procura coor-

Serviço de Controlo de Gestão, Auditoria, Codificação e

denar os espaços e plataformas técnicas de uso comum.

Gestão de Inscritos para Cirurgia.

Cada departamento é assessorado por técnicos da área

Assim, o hospital foi organizado em conjuntos de servi-

financeira coordenado por administradores hospitalares,

ços de apoio à clínica que ora se identificam:

onde o objetivo principal é a otimização da utilização dos recursos de que dispõem, quer sejam financeiros,

Serviço de Aprovisionamento e Logística

Serviços Hoteleiros

Centro de Formação, Investigação e Conhecimento

Divisão de Gestão de Recursos Humanos

Gabinete de Estatística

Gabinete de Informática

Gabinete Jurídico e Contencioso

Serviço de Dietética

Deste modo, o Hospital de Faro desenvolveu um modelo

Serviços Farmacêuticos

de gestão alicerçado em grandes áreas departamentais,

Serviços Financeiros

os quais incorporam de forma gradual novas modalida-

Serviço de Gestão Documental

des de coordenação e estratégias de gestão, assentes

Serviços Gerais

nos seguintes princípios:

Serviço de Instalações e Equipamentos

Serviço de Psicologia

Serviços Religiosos

Serviço Social / Gabinete do Utente

humanos ou físicos. Estas estruturas de coordenação reportam diretamente ao Conselho de Administração tendo o encargo de permitir um fluxo de informação que permita apoiar uma gestão harmónica do Hospital de Faro e a tomada rápida de decisões necessárias ao seu bom funcionamento.

Desenvolvimento de uma gestão orientada para resultados;

Integração de uma gestão para os processos e utentes, assente em critérios de qualidade, eficiên-

Departamento de Relações Exteriores e Apoio aos Utentes Por decisão do Conselho de Administração foi também

cia e cooperação; •

Corresponsabilização dos profissionais;

Trabalho multidisciplinar e em equipa, promotora da motivação e empenho dos colaboradores;

Partindo do modelo organizacional descrito no or-

criado o Departamento de Relações Exteriores e Apoio

ganograma apresentado na página seguinte, a in-

aos Utentes do Hospital de Faro que integra:

corporação destes novos conceitos de gestão clínica continuou a ser implementada de forma progressiva,

Gabinete de Comunicação;

de maneira que a sua adoção não provocasse rutu-

Gabinete Sim – Cidadão e;

ras ou efeitos não desejados para a organização.

Gabinete de Apoio e Informação do Serviço de Urgência.

Na tomada de decisão da criação de departamentos foram tidos como princípios orientadores a maior eficácia e eficiência orientadas primariamente para o interesse dos doentes e utentes do Hospital de Faro, o estabelecimento de sólidas hierarquias funcionais baseadas em competências adquiridas e demonstradas pela trajetória profissional.


Estrutura orgânica Conselho de Administração

Conselho Consultivo

Departamento de Cirurgia

Departamento Materno-Infantil

Serviço de Cirurgia geral 1

Serviço de Obstetrícia

Serviço de Cirurgia geral 2

Serviço de Pediatria

Serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva

Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos.

Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência

Serviço de Estomatologia Serviço de Ginecologia

Departamento de Medicina

Serviço de Neurocirurgia Serviço de Oftalmologia

Serviço de Cardiologia

Serviço de Ortopedia 1 Serviço de Ortopedia 2

Unidade de Cuidados Intensivos Coronários

Serviço de Otorrinolaringologia

Unidade de Reabilitação Cardíaca

Serviço de Urologia

Unidade de Hemodinâmica e Cardiologia de Intervenção

Departamento de Emergência, Urgência e Cuidados Intensivos

Serviço de Dermatologia Serviço de Gastrenterologia Serviço de Infeciologia

Serviço Urgência Geral

Serviço de Medicina 1

Unidade de AVC

Unidade de Diabetologia

Serviço de Medicina Intensiva

Unidade de Imunodeficiência

Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER)

Unidade de Imunoalergologia

Sala de Reanimação (Diretos)

Unidade de Reumatologia

Unidade de Trauma (a criar)

Serviço de Medicina 3

Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente (UCIP)

Unidade de Imunodeficiência

Unidade de Cuidados Intermédios do Serviço de Urgência (UCISU)

Serviço de Neurologia

Equipa de Emergência Médica Intrahospitalar (EEMI) (a criar)

Unidade de Hematologia Clínica

Serviço de Medicina 2

Serviço de Nefrologia

Serviço de Oncologia

Serviço de Pneumologia

22

Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental

não departamentalizados

departamentalizados

Serviços Clínicos

Serviço de Anatomia Patológica Serviço de Anestesiologia Serviço de Imunohemoterapia Serviço de Medicina Física e de Reabilitação Serviço de Patologia Clínica Serviço de Radiologia Serviço de Cuidados Paliativos


Serviços de Apoio

Comissões Técnicas e Órgãos Consultivos

Serviços de apoio à prestação

1. Comissões Técnicas

de cuidados de saúde Comissão de Morte Cerebral Núcleo de Transportes

Comissão de Antimicrobianos

Serviço de Assistência Espiritual e Religiosa

Comissão de Controlo da Infecção Hospitalar

Serviço de Esterilização

Comissão de Coordenação Oncológica

Serviços Farmacêuticos

Comissão de Ética

Serviço de Nutrição

Comissão de Farmácia e Terapêutica

Serviço de Psicologia

Comissão de Feridas

Serviços Logísticos de Cirurgia (blocos operatórios)

Equipa de Gestão de Altas

Serviço Social e Gabinete do Utente

Grupo de trabalho para Implementação do Sistema de Gestão do Risco Clínico

Serviços e gabinetes de apoio à gestão e logística geral

Comissão Técnica de Certificação da Interrupção Voluntária da Gravidez Grupo de Nutrição Clínica Conselho Técnico de Diagnóstico e Terapêutica

Centro de Formação, Investigação e Desenvolvimento Departamento de Relações Exteriores e Apoio aos Utentes Gabinete da Qualidade Serviço de Aprovisionamento Serviço de Auditoria Serviço de Codificação e Gestão de Inscritos para Cirurgia Serviço de Contencioso Serviços Gerais e Ambiente Serviços Hoteleiros Serviço de Gestão de Doentes Serviço de Gestão de Recursos Humanos

2. Órgãos Consultivos Conselho Consultivo Geral Conselhos Consultivos Sectoriais Departamento de Medicina Departamento de Cirurgia Departamento Materno/Infantil Departamento de Emergência, Urgência e Cuidados Intensivos

Serviço de Gestão Documental Serviço de Gestão Financeira Serviço de Gestão do Sistema de Faturação Serviço de Informática Serviço de Instalações e Equipamentos Serviços Jurídicos e Assessoria Legal Serviço de Saúde Ocupacional

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

23


Cooperação com entidades externas Da concorrência à colaboração: Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA).

Com o objetivo de contribuir para a excelência dos cui-

Durante o ano de 2012 foram realizados protocolos de

de promoção, disseminação, implementação e avaliação

aquisições conjuntas entre o Hospital de Faro e o CHBA,

de programas de melhoria contínua da qualidade do

nomeadamente na área do medicamento, com vista

exercício profissional e dos cuidados de enfermagem.

dados de enfermagem foi celebrado em outubro de 2011, o Protocolo de Adesão ao Programa Nacional de implementação dos Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem, definidos pela Ordem dos Enfermeiros. O referido protocolo prevê o desenvolvimento de ações

à obtenção de economias de escala, o que se traduziu numa elevada redução de custos.

Uma vez concluída a fase formativa, os profissionais identificam as áreas que pretendem melhorar, tendo como referência os Padrões de Qualidade dos Cuidados

Protocolo do Hospital de Faro com o IPO Coimbra/ Radioterapia.

de Enfermagem, definidos pela Ordem dos Enfermeiros. Posteriormente, seguir-se-á a definição e implementação do programa de melhoria da qualidade, com os respetivos indicadores.

Iniciou-se em 01 de julho o protocolo com o IPO Coimbra, que permite ao Hospital de Faro contar com um especialista de Radioterapia a participar nas reuniões de decisão clínica.

Protocolo entre o Hospital de Faro e Ordem dos Enfermeiros no âmbito do “Programa Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem”. 24

Compromisso de colaboração entre o Hospital de Faro, EPE e Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve, para o funcionamento de cursos de pós-graduação e mestrados, em enfermagem. Deste compromisso, a desenvolver em sede de posterior celebração de Acordo Específico, resultará a participação futura nas áreas de docência e realização


de estágios do Hospital de Faro no “Erasmus Mundus Master in Emergency and Critical Care Nursing”. Foi dada continuidade à parceria celebrada em 2010 com Secção Regional do Sul da Ordem dos Enfermeiros, tendo como objetivo a realização de cursos em Suporte Básico de Vida Pediátrico dirigidos a pais de crianças até aos oito anos de idade. Na sequência do sucesso registado na edição de 2010, o Hospital de Faro e a Secção Regional Sul da Ordem dos Enfermeiros deram continuidade à iniciativa, alargando desta vez, o seu âmbito a professores, educadores e outros cuidadores de crianças desta vez sob o lema “Pequenos gestos salvam Vidas!”

Manutenção do protocolo de colaboração entre o Hospital de Faro e a Universidade do Algarve no domínio do apoio ao funcionamento do novo curso de Medicina. Ao longo do ano, manteve-se e fortaleceu-se a parceria referida, promovendo a colaboração e articulação entre as duas instituições, por forma a garantir os elevados padrões de qualidade e rigor necessários à prossecução dos objetivos definidos, tendo o Hospital de Faro recebido

Protocolo celebrado com a Direcção-Geral da Saúde para prestação de serviços no âmbito da certificação/ acreditação de Unidades de Gestão Clínica.

como alunos estagiários os estudantes do citado curso. Para além disso foi também substancialmente reforçado em ações de docência o contributo dos clínicos hospitalares com a universidade.

No seguimento do estabelecido no 2º semestre de 2011, foi dada continuidade ao desenvolvimento de iniciativas conducentes à acreditação de alguns dos serviços clínicos, sob a orientação técnica da DGS. Os serviços alvo da são da área materno infantil, nomeadamente Pediatria, Obstetrícia e Ginecologia.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

25


26


Capítulo 2 Recursos Humanos Evolução/distribuição dos recursos humanos por grupos profissionais Em 31 de dezembro de 2012, o Hospital de Faro empregava um total de 2.443 trabalhadores, repartidos por 24% de homens e 76% de mulheres. Quanto à repartição por grupo profissional, constatámos que é no grupo profissional de enfermagem que se concentra o maior número de efetivos (816), seguindo-se os

Gráfico 2 Percentagem de trabalhadores por género Feminino 76% Masculino 24%

assistentes operacionais (608), pessoal da carreira médica (424), assistentes técnicos (275) e técnicos de diagnóstico e terapêutica (172). Os restantes grupos profissionais reuniram, em conjunto, um total de 148 trabalhadores. Verifica-se um acréscimo de 49 efetivos, o que significa um aumento de 1%, relativamente a 2011. Os grupos que mais contribuíram para este aumento foram, o pessoal de enfermagem (31), o pessoal médico (20) e os técnicos superiores (10). Verificou-se uma diminuição de 8 assistentes técnicos e 4 assistentes operacionais. Durante o ano 2012 houve um total de 51.366 ausências. Como podemos verificar na tabela 4, os tipos de ausência com maior destaque são, sem dúvida, as ausências por doença (42%), seguindo-se as faltas por proteção na parentalidade (33%).

Gráfico 3 Distribuição de recursos humanos por grupo profissional Assistente operacional Assistente técnico Pessoal religioso Enfermeiros Informática Dirigentes Docentes Médicos Técnico de Diag. e Ter Técnico superior

| 25% | 11% | 0% | 34% | 1% | 0% | 0% | 17% | 7% | 5%

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

27


Grupo profissional

2010

2011

2012

10

13

13

Médico

385

404

424

Técnicos superiores 1

108

107

117

Enfermeiros

794

785

816

Técnicos diagnóstico e terapêutica

168

172

172

Assistente técnico

269

283

275

Assistente operacional

597

612

608

2

1

1

16

16

16

1

1

1

2350

2394

2443

Nº de dias

%

Acidente trabalho

1435

2,79

Assistência a familiares

2076

4,04

591

1,15

21707

42,26

597

1,16

1176

2,29

324

0,63

6197

12,06

16943

32,98

320

0,62

51366

100,00

Dirigente

Pessoal docente Pessoal de informática Pessoal religioso Total

Tabela 3 - Distribuição de recursos humanos por grupo profissional 1

Inclui pessoal técnico superior de saúde.

Motivo da ausência

Casamento Doença Falecimento familiar Greve Injustificadas Outras Proteção parentalidade Trabalhador estudante Total

Tabela 4 - Distribuição de ausências por motivo

28


Estrutura etária Em termos de distribuição por faixas etárias, podemos verificar que, no final de 2012, 1.843 trabalhadores se encontravam entre os 20 e os 49 anos de idade, o que representa 75,44% do total de efetivos. Os restantes 600 contam com mais de 50 anos, representando 24,56% do total de trabalhadores.

vel entre as referidas áreas e os profissionais, conjugandose as prioridades e disponibilidades dos setores envolvidos. Da leitura da tabela 7, e como reflexo das fortes limitações orçamentais, é nítida a redução dos recursos financeiros alocados à formação profissional. Os encargos apresentados são apenas, resultado dos custos indiretos envolvidos com formandos e alguns consumíveis.

A tabela 5 mostra que a maioria dos trabalhadores do Hospital de Faro têm idades compreendidas entre os 25 e 54 anos e, que a média de idades no ano 2012 foi de 40,10 anos.

Habilitações literárias No que diz respeito à distribuição por habilitações literárias, conclui-se que 60.37% dos trabalhadores do Hospi-

Distribuição de efetivos por tipo de vínculo No Hospital de Faro, enquanto entidade pública empresarial (E.P.E.), mais de 50% dos trabalhadores encontra-se em Regime de Contrato em Funções Públicas, situação essa que, com o decorrer dos anos irá sofrer alterações, tendo em conta que as novas contratações, por força da

tal de Faro têm o nível de Ensino Superior e que apenas 12,67% têm escolaridade inferior ao 9º Ano. Para este facto contribuíram, em muito, os grupos de Enfermagem, Médico, Técnico Superior e Técnico de Diagnóstico e Terapêutica, que pela especificidade da carreira, apenas podem ingressar indivíduos com formação ao nível do ensino superior (ver tabela 8).

lei, têm que ser efetuadas em Regime de Contrato Individual de Trabalho. O Hospital de Faro, tem vindo a seguir uma política de estabilização de Recursos Humanos, como se observa na tabela 6, em 31 de dezembro de 2012 tinha apenas 184

Segurança, higiene e saúde no trabalho

trabalhadores em contrato a termo, o que corresponde a

No ano 2012 foram registados 109 acidentes de trabalho,

7,53% (ver tabela 6)

correspondendo a uma perda de cerca de 1.279 dias de trabalho, sendo que, desses, 520 dias referem-se a acidentes ocorridos em anos anteriores.

Centro de Formação, Investigação e Conhecimento

Dos acidentes ocorridos durante o exercício em causa, foram contabilizados 83 acidentes sem ocorrência de baixa médica, 21 com menos de 30 dias de baixa médica e 5 com mais de 30 dias de baixa médica (ver tabela 9).

A área da formação do Hospital de Faro, desenvolveu em 2012, à semelhança de anos anteriores, um plano de formação abrangente que procurou sobretudo, responder às necessidades expressas no diagnóstico de necessidades em áreas assistenciais estratégicas. A metodologia utilizada na planificação e realização da formação pretendeu garantir uma articulação estreita e flexíRelatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

29


Escalão Etário/Género

Femi.

Masc.

Total

%

Acum.

0

2

2

0,08

0,08

20 a 24

64

13

77

3,15

3,23

25 a 29

401

122

523

21,41

24,64

30a 34

251

82

333

13,63

38,27

35a 39

233

85

318

13,02

51,29

40 a 44

230

69

299

12,24

63,53

45 a 49

227

64

291

11,91

75,44

50 a 54

218

70

288

11,79

87,23

55 a 59

144

60

204

8,35

95,58

60 a 64

63

20

83

3,40

98,98

65 a 69

16

9

25

1,02

100,00

1847

596

2443

100,00

Menos de 20

Total

Tabela 5 - Distribuição de efetivos por escalão etário e género Vínculo

Total

%

Regime de contrato em funções públicas

1274

52,15

Contrato por tempo indeterminado

1085

44,41

10

0,41

4

0,16

175

7,16

Regime de contrato no âmbito código trabalho

1164

47,65

Contrato individual trabalho Lei 7/2009, C/termo

184

7,53

Contrato individual trabalho Lei 7/2009, S/termo

980

40,11

5

0,20

2443

100,00

Cedência de interesse público Comissão de serviço pública Contrato de trabalho a termo resolutivo Lei 59/2008

Contrato de prestação de serviços Total

Tabela 6 - Distribuição de trabalhadores por vínculo. Ano

Custos diretos

Custos Indiretos

Total

2010

186.446.21

366.321.80

552.768.01

2011

97.404.43

279.321.19

376.725.72

2012

-

135.293.79

135.293.79

Tabela 7 - Custos com a formação

30


Habilitação Literária

Total

%

25

1,02

4 anos escolaridade

158

6,47

6 anos escolaridade

129

5,28

9 anos escolaridade

262

10,72

11 anos escolaridade

80

3,27

12 anos escolaridade

314

12,85

Bacharelato

195

7,98

Licenciatura

1160

47,48

Mestrado

120

4,91

Total Geral

2443

100,00

Menos de 4 anos escolaridade

Tabela 8 - Distribuição de efetivos por habilitação literária

No local de Trabalho Acidentes de Trabalho

Nº total de acidentes ocorridos no ano de referência

Nº de acidentes com baixa ocorridos ano de referência

Nº de dias de trabalho perdidos por acidentes ocorridos no ano

Nº de dias de trabalho perdidos por acidentes corridos em anos interiores

Total

< a 1 dia (sem dar lugar a baixa)

1a3 dias baixa

4 a 30 dias de baixa

> a 30 dias de baixa

Mortal

M

18

F

80

M

5

0

5

0

F

12

2

7

3

M

62

0

62

0

F

293

4

115

178

0

0

0

0

512

0

512

0

M

0

F

11

M

0

0

0

0

F

9

4

3

2

M

0

0

0

0

403

5

87

311

M

0

0

0

0

F

0

0

0

0

M F

In itinere Nº total de acidentes ocorridos no ano de referência

Nº de acidentes com baixa ocorridos ano de referência

Nº de dias de trabalho perdidos por acidentes ocorridos no ano

Nº de dias de trabalho perdidos por acidentes ocorridos anos anteriores

F

Tabela 9 - Distribuição de acidentes de trabalho.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

31


Análise da formação Formandos

Áreas temáticas

O alargamento do âmbito da formação a todos os gru-

No decurso do ano 2012 realizaram-se cerca de 30 ações

pos profissionais é um dos objetivos prioritários do CFIC.

de formação, envolvendo 585 formandos (23,7% dos

Ao analisar a participação dos diferentes grupos profis-

2.465 profissionais).

sionais em 2012 verifica-se que, fruto dos constrangi-

As temáticas mais desenvolvidas em 2012 foram, es-

mentos orçamentais acima aludidos, o número de ações

sencialmente, dirigidas a profissionais prestadores de

de formação, realizadas em 2012 (34) ficou aquém dos

cuidados de saúde e prendem-se com a prestação e o

anos anteriores (145 em 2011 e 124 em 2010). O mesmo

aperfeiçoamento.

se verifica em relação ao número de formandos (de 2.138 em 2011 e 2.029 em 2010 para 585 em 2012).

A temática de “Controlo de Infeção Hospitalar (IACS) assumiu um papel preponderante, à semelhança de anos

Do mesmo modo, no que se refere ao volume de horas

anteriores. Por se tratar de formação obrigatória será

utilizadas na formação, os valores decresceram em re-

destacada num ponto próprio.

lação aos anos anteriores. Das 40.304h gastas em 2010, passou-se para 21.487 horas em 2011 e no ano transato obteve-se um volume de 7.101,5h. A participação em atividades formativas repartiu-se pelos vários grupos profissionais, no entanto com maior destaque para a enfermagem (49%), seguido do grupo profissional dos assistentes operacionais (30%) e os médicos com (17%). Quanto ao volume de horas formativas, destacam-se as utilizadas pela enfermagem, pelos assistentes técnicos e pelos médicos, com 42% (8.672,5 h), 17% (3.611,5 h), e 14% (3.000,5 h), respetivamente (ver tabela 10).

Também com um número significativo de formandos, o projeto formativo de “Prevenção das Úlceras de Pressão/ Feridas”, contou com a participação de 56 profissionais que se traduziu num volume de formação de 1.176 horas. Os resultados dos estudos de prevalência vindos a realizar no Hospital de Faro, aconselham a manutenção da aposta nesta área de formação, por forma a melhorar o indicador e consequentemente, aumentar a qualidade dos cuidados de saúde prestados à população. A área temática “Saúde Ocupacional” também se destaca pelo número de ações realizadas (6) e pelo número de formandos que envolveu (58). Contudo, o volume de horas de formação não é muito elevado (232) por se tratar de módulos de curta duração. A tabela 11 mostra a participação em atividades formativas repartida pelos vários grupos profissionais, mais uma vez com maior destaque para a enfermagem com cerca de 49% (289), assistentes operacionais com 30% (173) e médicos com 17% (100). Quanto ao volume da formação, os valores mais relevantes continuam a ser a enfermagem com 3.184 horas (45%), seguidos dos Assistentes Operacionais com 1.902,5 h, que corresponde a cerca de 27%. Logo de seguida surge a categoria profissional dos Médicos, com cerca de 22% e um volume total de 1.568 h de formação.

32


É importante referir que estes grupos profissionais constituem

Neste âmbito, foram promovidas 12 ações abrangendo

também, os efetivos com maior número de ativos no Hospital.

um grupo de 252 profissionais: médicos, enfermeiros e

A tabela 11 comprova o movimento associado à formação, nos âmbitos supramencionados. A par das ações de formação identificadas na tabela foram igualmente realizadas outras de caráter mais trans-

assistentes operacionais, o que se traduziu num volume de formação de 2.520 horas.

Indicadores de formação

versal, destinadas a todos os profissionais, mas com es-

Como já anteriormente referido, o ano 2012 carateri-

pecial incidência sobre os profissionais da carreira ope-

zou-se, por uma diminuição da atividade formativa, re-

racional e administrativa.

gistando-se, por esse motivo um decréscimo em todos

Grande parte das ações de formação foi realizada com recurso a formadores internos, não havendo lugar a pa-

os indicadores (número total de ações, número total de participantes e volume de formação).

gamento de monitoria. Em 2012 não houve recurso a

Isso não significou uma menor valorização desta área,

financiamento do POPH pelo que toda a formação foi

mas antes a adoção de uma política que, não descuran-

suportada pelo Hospital de Faro, EPE.

do a sua importância, a procurou ajustar à atual situação económico-financeira e à contenção orçamental em vigor.

Formação obrigatória Conforme já mencionado, no ano de 2012 o Hospital de

Internato médico

Faro, E.P.E. realizou formação obrigatória na área da In-

O Hospital de Faro, devido ao elevado número de inter-

feção Hospitalar.

nos que acolhe anualmente, detém uma responsabilidade acrescida enquanto entidade responsável por propor-

Área de controlo de infeção O ano em análise refletiu uma forte execução de ações de formação na área da Prevenção e Controlo da Infeção Associada aos Cuidados de Saúde (PIACS). Esta temática

cionar formação médica (cientifica, técnica e prática) de qualidade às futuras gerações médicas. No exercício de 2012esta instituição recebeu 47 internos do ano comum e 16 internos de especialidade, isto é, um total de 63 jovens médicos.

integra os objetivos do Plano Nacional de Saúde e do

Neste contexto, o CFIC e a Direção do Internato Médico

Programa Nacional de Prevenção das Infeções Associa-

dedicaram especial atenção à formação dos internos, quer

das aos Cuidados de Saúde (IACS), constituindo-se como

dos médicos do ano comum quer das especialidades.

elemento fundamental à abordagem de uma problemática, que é unanimemente considerada como geradora

Assim, em simbiose com a atividade assistencial, no âm-

de elevados custos e condicionante ao nível de qualida-

bito do internato médico da especialidade realizaram-se

de na prestação de diversos serviços hospitalares.

de forma regular, 35 sessões de formação clínica com o objetivo de, por um lado, garantir uma abordagem alar-

Este projeto formativo visou desenvolver conhecimen-

gada de temas, e por outro, criar uma dinâmica que per-

tos no âmbito das Infeções Associadas aos Cuidados de

mita contribuir para a formação de todos os médicos,

Saúde e, também, transmitir o conhecimento necessário

incluindo os do internato do ano comum.

ao desenvolvimento dos procedimentos, com vista ao cumprimento das recomendações da Comissão do Controlo da Infeção, por parte dos profissionais envolvidos na prestação de cuidados.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

33


Grupo Profissional

N.º de Formandos

%

2

Género

Volume de Formação

%

H

M

0%

1

1

7

0%

100

17%

43

56

1568

22%

Ténico superior.de saúde

1

0%

0

1

31

0%

Técnico superior

5

1%

0

5

124

2%

Informática

0

0%

0

0

0

0%

Docente

0

0%

0

0

0

0%

289

49%

54

235

3184

45%

Técn. Diag. e de Terapêutica

7

1%

3

4

75

1%

Assistente técnico

7

1%

0

7

206

3%

Assistente operacional

173

30%

18

155

1902,5

27%

Total

585

100%

120

464

7101,5h

100%

Dirigente Médico

Enfermagem

Tabela 10 - Formação desenvolvida por grupo profissional em 2012

Código

Temática

N.º de ações

Horas de formação

N.º de formandos

Vol. de formação

720

720

Úlceras por Pressão e Feridas Crónicas

3

21

56

1176

Enfermeiros

Cuidados em Fim de Vida

2

16

40

640

Enfermeiros

720

Prevenção e Controlo de IACS

12

10

252

2520

Enfermeiros, Médicos e Assistentes Operacionais

720

Programa de Acolhimento em Saúde Ocupacional

6

4

58

232

Enfermeiros e Assistentes Operacionais

142

Mendeley - gestor Bibliográfico e de PDF

1

3

19

57

Tabela 11 - Formação desenvolvida por grupo profissional em 2012

34

Destinatários

Todos os grupos profissionais


Unidade de investigação

Atividades

A Investigação é um dos pilares estruturais do Centro de

Durante o ano de 2012 foram apoiados vários projetos

Formação, Investigação e Conhecimento (CFIC) do Hos-

de investigação científica e ensaios clínicos na área de

pital de Faro, E.P.E., pelo que foi formalmente instituída

Anestesiologia, Cardiologia, Nefrologia, Oncologia, con-

em Janeiro de 2009, a Unidade de Investigação com os

forme tabela 12.

seguintes objetivos: •

Contribuir para o desenvolvimento da investigação na área da saúde;

Fomentar a criação de uma cultura científica guiada por objetivos e critérios de avaliação mensuráveis;

Estimular a cooperação científica inter-instítucional nacional e estrangeira;

Identificar áreas prioritárias de investigação;

Apoiar a acção dos investigadores;

Recolher, organizar, divulgar e disponibilizar informação necessária para fins de investigação, docência, tutoria ou prestação de serviços, através de meios próprios ou de recursos partilhados do CFIC.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

35


36

Serviço Responsável

Promotor

Resumo

Anestesiologia 42160443 PAI 2001

Janssen Cilag

Estudo Aleatorizado, em Dupla Ocultação, controlado por Placebo, Multicênctrico para Avaliar a Eficácia, Segurança e Tolerabilidade de JNJ-42160443 como terapêutica Adjuvante em Doentes com Dor Oncológica, Seguido de uma Fase de Extensão Aberto

Cardiologia Improv-IT

Shering Plough Farm

Estudo Multicêntrico, de Dupla Ocultação e com Distribuição Aleatória para Avaliar o Benefício Clínico e a Segurança de Inegy (Ezetimiba/Sinvastatina) vs. Sinvastatina em Monoterapia em Doentes de Alto Risco com Síndrome Coronário Agudo (“IMProved Reduction of Outcomes: Vytorin Efficacy International Trial – IMPROVE-IT”).

Cardiologia RIVAROX ACS3001-Atlas

Janssen - Cilag Farmaceutica

Estudo Aleatorizado, em Dupla-Ocultação, Controlado por Placebo, Multicêntrico Conduzido pela Ocorrência de Eventos, para Avaliação da Eficácia e segurança do Rivaroxaban em Doentes com Síndroma Coronário Agudo Recente

Cardiologia SIGNIFY C1316257-083

Servier

O propósito deste ensaio consiste em demonstrar que a ivabradina reduz os eventos cardiovasculares em doentes com doença arterial coronária estável sem insuficiência cardíaca sintomática. O objetivo principal consiste em demonstrar a superioridade da ivabradina sobre o placebo na redução da mortalidade cardiovascular ou do enfarte do miocárdio não fatal (parâmetro de avaliação final composto).

Cardiologia 20050222 RED -HFTrial

Amgen

Estudo multicêntrico , com dupla ocultação, aleatorizado, controlado por placebo para avaliar a eficácia e segurança do tratamento com Darbepoetina alfa na mortalidade e morbilidade em sujeitos com insuficiência cardíaca, com disfunção sistólica sintomática do ventrículo esquerdo e anemia.

Cardiologia CSPP100F2301 ATMOSPHERE

Novartis Farma

O Objetivo deste estudo é avaliar o efeito de Aliscireno e a Terapêutica de associação Aliscireno/Enalapril (em comparação com a monoterapiacom Enalapril), em adição ao tratamento convencional da insuficiência cardíaca crónica (ICC),no aumento do tempo decorrido até à ocorrência de morte cardiovascular (CV) ou hospitalização devidas a insuficiência cardíaca, em doentes com insuficiência cardíaca crónica estável (Classes NYHA II - IV).

Cardiologia Takeda SYR322402

PPD Global Research & D.

Estudo multicêntrico, aleatorizado, dupla ocultação, controlado com placebo para avaliar a resposta cardiovascular após o tratamento com Alogliptina em associação com o tratamento padrão em doentes com diabetes do tipo 2 e síndrome coronário agudo.


Boehringer Ingelheim

A phase III, randomised, double-blind, placebo-contrlled group, efficacy and safety study of BI 10773(10mg and 25 mg administered once daily)as add on to pre-existing antidiabetic therapy over 52 weeks in patients with type 2 diabetes mellitus and renal impairment and insufficient glycaemic control.

Oncologia M10-300

Abbott

An Open-Label, Randomized Phase 2 Study of ABT-869 in Comnation With mFolfox6 (Oxaliplatin 5-Fluorouracil, and Folinic Acid) Versus Bevacizumab in Combination With mFolfox6 as Second-line Treatment of Subjects With Advanced Colorectal Cancer.

Oncologia PETTACC 8

Merck SA

Tratamento adjuvante do cancro do colen estadio III com resseção total, com Folfox 4 versus, Folfox 4 + Cetuximab.

Infecciologia/ Pediatria Celsentri A4001031

Pfizer

Anti-Retroviral

Nefrologia C-SCADE -8 BI. Trial.1245.25

Boheringer Ingelheim

Anti-diabético oral

Hemato-Oncologia JUMP CINC424A2401

Novartis

Inibidor da Janus Kinase

Cardiologia ACCOAST H7T-MC-TADF

Lilly

Antagonista dos recetores da thienopyridine platelet adenosine diphosphate (ADP) - 3ª Geração

Cardiologia 15693 X-VERT Cardioversion Study

Bayer

Anticoagulante

Nefrologia C-SCADE 5 TrialNo.1245.36

Tabela 12 - Ensaios Clínicos

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

37


Atividades formativas desenvolvidas por iniciativa dos serviços clínicos Como complemento à atividade formativa desenvolvida pelo CFIC, os serviços hospitalares, no decurso de 2012, promoveram um conjunto de outras formações igualmente vocacionadas para o desenvolvimento de competências multidisciplinares, conforme se observa na tabela 13.

38


Iniciativas

Serviço Promotor

Seminário "A Pessoa em Situação Crítica e a Gestão do Risco Clínico em Meio Hospitalar"

Serviço de Urgência

1º Curso de Cirurgia Percutânea da Mão

Serviço de Ortopedia

4ªs Jornadas de Pneumologia

Serviço de Pneumologia

Seminário + Workshop da UCIP

UCIP

4º Encontro Diabetes com a Medicina Geral Familiar

Unidade de Diabetologia

Terapia do Riso em Pediatria

Serviço de Pediatria

4ª Semana da Não-Violência

Núcleo Hospitalar de Apoio a Crianças e Jovens em Risco

Congresso de Medicina Interna

Serviço de Medicina

Seminário Avaliação de Riscos Psicossociais

Jornadas de Cardiologia 2012

Serviço de Cardiologia

VII Jornadas de reumatologia e Medicina Familiar

Unidade de Reumatologia

1ªs Jornadas do Internato Médico (JIMA)

Comissão de Internos

VI Colóquio Pediatria

Serviço de Pediatria

1º Encontro do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental

DPSM

IV Curso de Urgência e Emergência em Ginecologia Obstetrícia

Serviço de Ginecologia e Serviço de Obstetrícia

Trissomia 21 Intervenção e Inclusão

Associação de Portadores de Trissomia 21 do Algarve (APATRIS 21).

A Saúde Ocupacional no Setor da Saúde

Serviço de Saude Ocupacional

Colóquio Igualdade de Género - Saúde e Desenvolvimento Socioeconómico

Centro de Formação, Investigação e Conhecimento

IV Encontro de Reflexão sobre Interrupção da Gravidez por Opção da Mulher

Serviço de Obstetrícia

Alimentação na criança e jovem com paralisia cerebral

Grupo de Nutrição Clínica

Dia Mundial da Diabetes

Unidade de Diabetologia

Tabela 13 - Atividades formativas desenvolvidas por iniciativa dos serviços clínicos

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

39


40


Capítulo 3 Gestão Hospitalar Desenvolvimento estratégico A departamentalização dos serviços do Hospital de Faro foi

Pretende-se replicar, ao nível interno, a lógica da contra-

decidida por deliberação do Conselho de Administração no

tualização externa da atividade hospitalar e incrementar

início do ano de 2012, tendo sido publicitada através da Or-

sistemas de informação de gestão adequados à monito-

dem de Serviço nº1/12 de 17 de janeiro.

rização da atividade dos departamentos, permitindo a

Esta decisão de gestão estratégica do Conselho de Ad-

tomada oportuna de decisões corretivas.

ministração visou “uma melhoria contínua dos cuidados

A conjugação de pensamentos, visões e experiências ad-

prestados pelo Hospital de Faro, a sua cada vez maior efi-

quiridas entre os membros hierárquicos dos respetivos

ciência e a assunção das suas responsabilidades enquan-

departamentos, refletiram-se nas constantes e assertivas

to hospital central e de referência para toda a região do

soluções, face às diversas necessidades que o Hospital de

algarve” num quadro “de específicas responsabilidades

Faro enfrentou, como instituição pública e idónea.

em garantir uma organização eficiente que maximize a utilização dos bens públicos e que garanta aos utentes, mesmo em período de situação económico-financeira muito complexo, os cuidados de saúde a que têm direito e as condições técnicas e éticas da sua prestação”. A departamentalização visou também a promoção de um processo de reengenharia hospitalar, reconhecendo a necessidade de alterar a estrutura dos cuidados,

Tendo sido o ano de 2012 fomentado por profundas alterações ao nível da administração hospitalar, os responsáveis pelos departamentos verificaram substanciais vantagens que o Hospital de Faro protagonizou e a sua procura beneficiou. Apresenta-se, nas próximas páginas, de forma resumida, as ações adotadas por cada um dos departamentos.

de acordo com lógicas assistenciais direcionadas para a globalização dos cuidados, aproveitando sinergias e complementaridade de funções e especialidades. Por outro lado, pretende-se que os departamentos constituam verdadeiros órgãos de gestão intermédia que, sem quebrar a unidade de conjunto, sejam dotados de poder decisório, possibilitando a desconcentração da tomada de decisão nos termos e no âmbito dos orçamentos-programa previamente contratualizados com o Conselho de Administração do Hospital de Faro.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

41


Departamento Emergência Urgência e Cuidados Intensivos Reorganização dos espaços físicos da Medicina Intensiva e UAVC: •

UCIP passou para o espaço físico da UCISU –

Alteração da base da VMER O Veículo Médico de Emergência e Reanimação encontrava-se localizado no Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental, no entanto, por se tratar de um meio de intervenção rápida foi deslocalizado para o complexo principal do Hospital, permitindo dessa forma uma maior coordenação e cooperação com o Serviço de Urgência Geral.

albergava 9 camas, aumentou para 16, passou a concentrar-se, num único local os doentes com ventilação invasiva não havendo dispersão de recursos humanos com as competências requeridas, bem como, permitiu maior concentração dos meios físicos adequados (ventiladores, etc.) •

Implementação e monitorização de equipas no Serviço de Urgência Geral •

UCISU passou para o espaço físico da UAVC –

membros da equipa permite construir uma base

Dispões de 10 camas. Passou a não ter doentes

sólida para a melhor interligação e desempenho.

com ventilação invasiva, adotando uma estratégia de apoio aos cuidados intensivos, permitindo a

essa valência para uma Unidade Intermédia,

Nomeação e definição de competências de Chefes de Equipa do Serviço de Urgência Geral

passagem dos doentes da UCIP que já não requerem •

“Qualquer equipa necessita de uma liderança sólida

aonde se podem estabilizar melhor os doentes

e reconhecida na instituição - os chefes de equipa

que não se encontram “bem” o suficiente para ir

são isso mesmo.

para uma enfermaria “”normal””. Por outro lado, as duas unidades têm uma proximidade física que é potenciadora de recursos e agilização. A UCISU mantém ainda o seu papel importante de apoio ao Serviço de Urgência e à sua sala de Reanimação.” •

A homogeneização e conhecimento mútuo dos

UAVC passou para espaço físico da UCIP - ficou com

As suas competências são o seu âmbito de ação, supervisionado pelo Conselho de Administração. A sua autoridade, daí decorrente, sobrepõe-se a interesses particulares dos serviços, centrando a atividade hospitalar na resolução dos fluxos na urgência.”

6 camas de agudos e 4 de subagudos. Aumentou a sua capacidade instalada de 6 para 10 camas e numa diferente articulação: agudos (6) e subagudos (4), o que permite melhorar a agilização no tratamento e manejo do doente com AVC em fase inicial, diminuindo demoras médias e aumentando o número de doentes tratados por cama. •

Por forma a garantir aos utentes o acesso a cuidados urgentes, cujo papel difere da vocação pretendida para as equipas dos Cuidados de Saúde Primários, estando por isso melhor enquadrado no seio hospitalar, entendeu a

Realização de obra da Decisão Clínica - Concluída

ARS Algarve, IP fazer transitar a gestão dos SUB’s de Al-

01/2013. Permitirá “resolver” um problema de muitos

bufeira, Loulé e Vila Real de Santo António para o Hospi-

anos: doentes em maca no corredor do Serviço de

tal de Faro, permitindo assim a criação de um sistema de

Urgência. Por conseguinte, os doentes passam a estar

urgência único e integrado no algarve.

concentrados num espaço físico com tudo à sua volta: recursos humanos - médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e outros; recursos matérias - medicamentos, dispositivos e consumíveis; e com todas as condições para higienização, alimentação e monitorização.

42

Integração dos SUB’s no SUG


Diminuição da demora média das unidades de medicina intensiva

Infeciologia, (anteriormente integrado no Serviço de Medicina Interna 2, para o piso 2 do edifício principal

A diminuição da demora média permitiu tratar mais doentes por cama, assim bem como permitiu também a diminuição dos custos por doente tratado.

Autonomização e deslocalização do Serviço de

do Hospital, com 12 camas; •

Deslocalização dos Serviços de Oncologia Médica e Pneumologia, até então localizado no

Transporte doente crítico passa a ser da responsabilida-

complexo do departamento de Psiquiatria e Saúde

de do médico prescritor.

Mental, para o Edifício do Ambulatório, com respetivamente, 11 e 23 camas;

Cada serviço passa a assumir a responsabilidade do acompanhamento médico das transferências, permitin-

do uma redução de custos associados ao transporte do doente crítico, com a eliminação da respetiva escala de prevenção médica.

Interna 2 (incremento de 5 camas, cada; •

Ampliação do Serviço de Medicina Interna 1 (aumento de 6 camas);

Departamento Medicina

Ampliação dos serviços de Neurologia e Medicina

Abertura da Unidade dos Cuidados Paliativos, com uma lotação de 4 camas

O Departamento de Medicina, tem como missão atingir os objetivos definidos pelo Conselho de Administração, funcionando como entidade de gestão intermédia, mais

Departamento Cirurgia

próxima dos serviços prestadores e faz a “ponte” entre

O Departamento Cirúrgico em conformidade com o dispos-

estes e o órgão de gestão do Hospital.

to na Ordem de Serviço nº 1/12 de 17 de janeiro e tendo por base o nº 1 do artº 9 do Dec. Lei nº 233/2005 de 29 de

Composição e lotação: O Departamento de Medicina era, inicialmente, composto por 10 Serviços, que correspondiam a uma lotação de 170 camas (Cardiologia, Dermatologia, Gastroenterologia, Infeciologia, Medicina Interna I, Medicina Interna II, Nefrologia, Neurologia, Oncologia Médica e Pneumologia). Tendo como objetivo principal, a melhoria da qualidade na prestação dos cuidados de saúde aos utentes do Hospital de Faro, entendeu o Conselho de Administração ser urgente a criação de mais um Serviço de Medicina

dezembro, coordena os serviços da área cirúrgica, sendo responsável também, pela utilização dos Blocos Operatórios. Este órgão de gestão assegura a articulação com a direção de serviço de Anestesia, no sentido de garantir uma organização eficiente e potenciar a maximização dos recursos disponíveis. No decurso da departamentalização, foram redistribuídos recursos de acordo com as necessidades sentidas, proporcionando assim, um aumento da capacidade de alguns serviços cirúrgicos, conforme o quadro seguinte.

Interna (3), aumentando assim para 11 os serviços que

Assim, verificou-se um aumento significativo da lotação

compõem o Departamento de Medicina, acrescentando

global dos serviços que constituem o departamento, em

mais 35 camas às já existentes.

35 camas, obtidas pela melhoria da utilização dos espa-

Mas para além deste facto relevante, outros contribuíram

ços físicos, consequente da reorganização.

para o aumento da lotação supracitada, nomeadamente:

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

43


Piso

Serviços

Lotação 2011

Lotação 2012

SERVIÇOS

0

26

Ortopedia 2

52

26

Ortopedia 1

8

18

Neurocirurgia

13

20

Ginecologia

Cirurgia 1

48

28

Cirurgia 2

3

3

UTCO

2

2

Oftalmologia

15

17

Urologia

3

5

ORL

2

4

Cirurgia Plástica

0

12

Departamento de Cirurgia

0

26

146

181

20

Total do departamento

Tabela 14 - Comparação da capacidade de lotação do Departamento de Cirurgia.

Funcionamento e atividades A direção do departamento reúne habitualmente, uma vez por semana, de forma ordinária, e sempre que necessário.

Das medidas exercidas pelo Departamento Cirúrgico, algumas são comuns aos outros departamentos:

Levantamento e confirmação da estrutura dos recursos humanos disponíveis nos Serviços;

Foi considerado prioritário, submeter ao Conselho de Administração uma proposta de regulamento do Bloco Central, com o objetivo de melhorar a articulação entre os vários serviços cirúrgicos e o próprio Bloco e assim, potenciar a capacidade produtiva e eficiente dos recursos disponíveis.

Reestruturação dos centros de custo;

Expurgo das listas de espera para as consultas externas;

Reorganização e apoio ao programa da obesidade;

Elaboração de relatórios de gestão trimestrais

O Departamento de Cirurgia promove reuniões com os

relativos a cada serviço e posterior apreciação com

diretores de serviço e enfermeiros chefes procurando

os diretores dos serviços;

implementar uma relação dinâmica e construtiva, num esforço conjunto, convergindo as visões da clínica e da gestão, fomentando as boas práticas e a utilização adequada dos recursos.

44

Elaboração do plano de desempenho do departamento para 2013.


Departamento Materno Infantil

Para isso, tem sido promovido o registo de toda a produção realizada, com vista ao seu lançamento estatístico para uma faturação adequada.

O Departamento Materno-Infantil foi criado pela Ordem de Serviço n.º1/2012 de 17 de janeiro, tendo como sua responsabilidade a coordenação dos serviços e unidades que asseguram a qualidade da assistência à mulher enquanto mãe, e à criança desde o nascimento até aos 18 anos de idade. A coordenação é assegurada por um director da especialidade de pediatria, coadjuvado por uma enfermeira supervisora e uma administradora hospitalar. Foi adstrito um técnico superior para apoio na tomada de decisão económica, financeira e de gestão, mas que, devido à sua inexperiência na área, não teve continuidade no grupo. Durante o ano 2012, procedeu-se à redefinição da organização interna do Serviço de Ginecologia/ Obstetrícia, desdobrando-se para a responsabilidade de dois direto-

Serviços clínicos não departamentalizados Os serviços não departamentalizados são constituídos pelos serviços de apoio aos serviços clínicos, nomeadamente os meios de diagnóstico, terapêutica e anestesia, sendo os primeiros compostos pelos serviços de Anatomia Patológica, Fisiatria, Imagiologia, Imuno-hemoterapia e Patologia Clínica. Os meios de diagnóstico e terapêutica têm cada vez mais um papel fundamental no processo de diagnóstico e tratamento dos doentes. Os recursos tecnológicos mais recentes permitem aos médicos, os meios necessários para um diagnóstico preciso e precoce, com manifesto

res de serviços distintos.

benefício para os doentes. Passou a existir uma maior

Na sequência desta reorganização, o departamento desen-

importantes no que diz respeito ao procedimento e à

volve as suas competências orgânico-funcionais e de res-

terapia, tanto em situações de urgência, como no caso

ponsabilidade no âmbito dos serviços de Pediatria, Obstetrí-

de doenças crónicas.

cia e Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais/Pediátricos,

segurança e apoio necessário para a tomada de decisões

assim como dos serviços de Urgência destas especialidades.

Contudo, e apesar da veracidade dos meios de diagnós-

A lotação foi reajustada para um total de 98 camas: 27 no

avanço da assistência médica, os seus impactos devem

Serviço de Pediatria, 49 no Serviço de Obstetrícia e 22 na

ser discutidos no que diz respeito ao elevado custo da

UCI Neonatais/ Pediátricos.

crescente diferenciação destes meios disponíveis nos

O departamento reúne mensalmente com os serviços para acompanhamento das dificuldades que poderão impedir um bom desempenho da atividade assistencial. O departamento tem implementado práticas de melhoria contínua de qualidade, ambiente e segurança, seguindo as normas e orientações da entidade competente do Ministério da Saúde, caminhando para a acreditação dos serviços.

tico e terapêutica contribuírem significativamente para o

hospitais, sendo esta maior diferenciação acompanhada por um custo crescente associado. Este impacto financeiro tem consequências tanto para o Serviço Nacional de Saúde como para o doente. Tornase indispensável uma constante necessidade de sensibilização da classe médica, no que respeita à solicitação apropriada de exames complementares de diagnóstico e terapêutica, para que a prescrição indevida não venha a limitar a indicação devida possibilitando assim um aten-

Relativamente aos sistemas de informação, o DMI pro-

dimento de maior qualidade e mais justo na prestação

curou desenvolver relatórios de informação estatística

dos cuidados de saúde aos doentes.

trimestral e anual fiáveis, com o intuito de possibilitar a avaliação da produção realizada e dos custos associados, de modo a permitir uma intervenção corretiva nos desvios encontrados ao longo do período em análise.

Os serviços não departamentalizados não têm intervenção na prescrição de exames, colaborando apenas na sua realização, e a sua produção depende dos restantes serviços clínicos, tornando-se deste modo difícil assegurar Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

45


uma utilização racional e eficiente dos recursos disponí-

veis, devido ao número elevado de prescrições de MCDT.

Reduziu o número de pools de plaquetas produzidas, havendo uma racionalização em função das necessidades.

Neste âmbito, e não obstante o complexo contexto orçamental, os serviços implementaram um conjunto de procedimentos e comportamentos, para que através

Serviço de Patologia Clínica

dos quais seja exequível uma redução da despesa, utilizando criteriosamente os recursos disponíveis, dando

O Serviço de Patologia Clínica limitou o pedido de aná-

sempre privilégio à qualidade, o interesse do doente, e

lises clínicas, no sistema CliniData, por tipo e frequência

a eficiência clínica.

de análises e eliminou determinadas análises clínicas que não traziam qualquer benefício para o doente.

Algumas medidas reorganizativas implementadas pelos serviços para a redução da despesa:

Efetuou a divulgação de dados estatísticos aos Diretores de Serviço.

Serviço de Anestesia

Serviço de Imagiologia:

Mediante a criação de indicadores para o serviço, efe-

O Serviço de Imagiologia adotou alguns procedimentos

tuou uma avaliação mais eficiente dos tempos de ocu-

com vista à melhoria dos serviços prestados, assim como

pação das salas, e dos cancelamentos, com a apreciação

ao ajustamento necessário à realidade económico-finan-

das causas que motivaram estes cancelamentos.

ceira do Hospital de Faro:

Serviço de Fisiatria

Reavaliação técnica das aquisições de material de modo a haver uma eventual redução de custos em aquisição de material;

O Serviço de Fisiatria criou um banco de ajudas técnicas que veio permitir em situações urgentes obter de ime-

profissionais do serviço com o objetivo de uma

diato o material de apoio que os doentes necessitam,

utilização mais eficiente dos mesmos;

com repercussão a nível de qualidade de resposta, de oportunidade e na diminuição dos custos;

Sensibilização com vista à otimização das doses de radiação de forma a permitir uma maior poupança

A nível organizacional e de gestão, houve uma reorga-

do tempo de vida útil das ampolas;

nização do horário de funcionamento do serviço, num horário mais alargado a funcionar das oito horas às vinte

Divulgação dos preços dos materiais junto dos

Realização de uma triagem prévia ao envio dos

horas em atividade programada, sem que esse alarga-

exames para a rede, otimizando os PACS (sistema de

mento tivesse implicado aumento de recursos humanos.

arquivo das imagens radiológicas).

Serviço de Imuno-hemoterapia No Serviço de Imuno-hemoterapia substituiu-se:

O equipamento automático de grupagem sanguínea de doentes, por técnicas manuais;

A utilização de plasma adquirido à indústria farmacêutica por plasma solidário obtido a partir de colheitas de sangue realizadas pelo próprio Serviço;

46

Serviço de Anatomia Patológica O Serviço de Anatomia Patológica, praticou uma gestão controlada dos stocks, sensibilizado para uma maior rentabilização dos recursos existentes.


Serviços de apoio clínico

A conclusão do processo de informatização do serviço,

Contributos do núcleo transportes

monitorização das requisições bem como no aprovei-

Com vista à redução de custos, o Núcleo de Transportes

realização de outras tarefas.

adaptou a gestão da avença às necessidades e à realidade do Hospital de Faro, tornando-a dessa forma mais eficiente. Cerca de 63% dos transportes foram realizados através da solução adotada. Em 2011 apenas se conseguiu alcançar os 53%.

permitiu não só uma significativa melhoria na gestão e tamento, quase integral de um assistente técnico para

Com vista à identificação de eventuais oportunidades de melhoria ou deteção de erros, o NT solicitou a realização de uma auditoria interna ao seu funcionamento, tendo sido efetuadas algumas recomendações que se encontram em fase de implementação.

O volume de transportes apresentou uma redução de cerca de 25%, fruto, não só do rigor da aplicação da legislação, muito mais restritiva a partir do 2º semestre de 2012 mas também de uma monitorização diária das

Contrato programa

prescrições/autorizações. A acrescentar ainda, o facto dos transportes dos doentes crónicos em diálise, passar a ser da responsabilidade da ARS e da mudança de instalações do Serviço de Pneumologia para o Edifício principal do Hospital de Faro. No que concerne ao volume de faturação, apesar do aumento dos preços a partir do 2º semestre, do cancelamento da avença durante um mês e da diminuição do número de ambulâncias disponibilizadas pela avença durante o 2º semestre, ainda foi possível uma redução de cerca de 33% face a 2011 e 48% face a 2010, ultra-

Grau de cumprimento de metas fixadas em 2012 A elaboração do Plano de Desempenho para 2012 e a celebração do respetivo Contrato Programa traduziu-se num forte desafio, uma vez que as regras superiormente definidas obrigavam a que, por um lado, a continuidade de garantia de idêntico nível de cuidados em áreas consideradas como prioritárias e que, por outro lado, o cumprimento rigoroso dos níveis de redução de despesa.

passando largamente o objetivo definido pela tutela,

Assim, o orçamento foi um elemento fulcral na definição

nos termos da revisão do Memorando de Entendimento

seus objetivos anuais, com vista ao crescimento progres-

sobre as Condicionalidades de Politica Económica, que

sivo e sustentável, que serviu de linha de orientadora

correspondia a1/3 no ano de 2012, face ao período ho-

para o processo de tomada de decisões.

mólogo de 2010. Neste sentido, tal como a metodologia do Contrato PrograApesar das regularizações a efetuar, decorrentes do in-

ma para 2012 previa, o Conselho de Administração em arti-

cumprimento do contrato, por parte do fornecedor, o

culação com o Departamento de Contratualização da ARS

volume de faturação da avença diminuiu cerca de 10%

Algarve, elaboraram um plano de ajustamento, por forma a

face ao período homólogo e a diminuição dos transpor-

garantir nos próximos anos um EBITDA nula ou positiva.

tes à chamada foi de 42% O Contrato Programa de 2012 foi avaliado nas seguintes É ainda de realçar o facto de os transportes à chamada corresponder a uma percentagem relativamente baixa

vertentes:

Plano Desempenho – Atividade Total

de faturação que os mesmos representam (62%).

Orçamento,

Para além das reduções atrás mencionadas, também foi

Plano de Ajustamento;

alcançada uma redução de cerca de 10% face a 2011 e de

Produção SNS

Indicadores de Qualidade e Eficiência

dos pedidos efetuados (37%), inversamente ao volume

26% face a 2010, no que diz respeito ao preço m.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

47


Grau de cumprimento do plano desempenho – atividade total A tabela 15 apresenta a avaliação da execução do Plano

Como adiante se explicará a situação verificada em inter-

de Desempenho de 2012, que serviu de base à negocia-

namento é justificada pelos seguintes factos:

ção do Contrato-Programa.

utentes intervencionados em bloco convencional;

Os objetivos assistências definidos para o ano de 2012, de uma forma geral, não foram atingidos, sendo que foi ao nível da atividade de ambulatório onde se registou o

pela carência de recursos humanos, ao nível do pessoal médico. Durante o ano de 2012, apesar dos esforços desencadeados, não foi possível o reforço do quadro médico, tal como previsto em fase de planeamento.

Redução do número de partos (-206 do que em 2011), levando a uma redução de 50% médicos

maior desvio entre o planeado e o realizado. A diminuição da atividade é essencialmente originada

Cancelamento do SIGIC interno – menos 583

(mãe e nascituro),

Redução do número de doentes internados a partir do Serviço de Urgência (118) relativamente ao ano anterior

Relativamente à atividade cirúrgica a acentuada redução de atividade deve-se essencialmente ao fato de, em 2012 se proceder à reorganização dos blocos operatórios, razão pela qual se optou por suspender a atividade adicional.

48


Linha de Atividade Assistencial

Real 2010

Real 2011

Real 2012

Plano Desemp. 2012

Taxa de Execução PD

Doentes saídos - sem berçário e SO

20.199

19.748

18.951

21.012

90,19%

Doentes saídos - base de dados GDH

24.168

22.362

21.961

23.190

94,70%

169.640

171.942

174.297

175.470

99,33%

Número total de consultas

219.782

235.052

217.830

230.326

94,57%

Número total de consultas médicas

206.125

207.820

185.157

207.307

89,32%

62.883

61.288

54.235

65.675

82,58%

Número consultas médicas subsequentes

143.242

146.532

130.922

153.345

85,38%

% Primeiras consultas médicas no total consultas médicas

30,51%

29,49%

29,29%

31,68%

92,46%

21.433

23.010

18.191

21.570

84,33%

Número de atendimentos (total)

148.145

150.050

131.303

148.350

88,51%

Número de atendimentos (sem Internamento)

131.436

134.732

117.904

132.150

89,22%

Programada convencional

4.545

4.620

4.267

5.109

83,52%

Programada ambulatória

5.426

4.584

2.947

5.257

56,06%

Cirurgia urgente

3.746

3.720

3.053

2.623

116,39%

Número de GDH médicos

20.934

23.724

24.579

25.640

95,86%

Número de GDH cirúrgicos

4.362

3.357

2.762

3.550

77,80%

3.567

7.787

3.662

1.800

203,44%

Internamento

Total de dias de internamento Consulta externa

Número primeiras consultas médicas

Hospital de Dia Número de sessões a) Urgência

Intervenções cirúrgicas

GDH de Ambulatório

Visitas domiciliárias Número de visitas domiciliárias

Tabela 15: Atividade total Observações: As sessões de HDI não incluem as sessões de quimioterapia, uma vez que estas, estão incluídas nos GDH médicos de ambulatório

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

49


ICM

% Doentes Equi.

Preço Unitário (€)

Contratado Quantidade

Valor (€)

1. Consultas Externas N. de Primeiras Consultas Médicas

83,79 €

57.699

4.834.599,21 €

N. Consultas Médicas

76,17 €

134.120

10.215.920,40 €

2. Internamento

N. de doentes equivalentes

GDH Médicos

0,7797

92,35%

2.116,37 €

13.553

22.364.261,89 €

GDH Cirúrgicos Programados Base

1,5457

99,37%

2.116,37 €

3.466

11.338.232,60 €

GDH Cirúrgicos Programados

1,5457

99,37%

1.404,04 €

2.675

5.805.350,88 €

GDH Cirúrgicos Urgentes

1,5457

99,37%

2.116,37 €

3.723

12.178.949,78 €

Dias de Internamento

Doentes de Psiquiatria Crónicos

78,40 €

1.460

114.464,00 €

Valor total do internamento

51.801.259,15 €

3 Episódios de GDH de ambulatório

GDH Cirúrgicos Base

0,7215

2.116,37 €

3.501

5.345.890,30 €

GDH Cirúrgicos Adicional

0,7215

1.404,04 €

333

337.333,95 €

GDH Médicos

0,1481

2.116,37 €

22.979

7.202.409,01 €

Valor dos GDH de Ambulatório

12.885.633,26 €

4 Urgências

121,81 €

121.314

14.777.258,34 €

Hematologia

325,27 €

727

236.471,29 €

Imuno-hemoterapia

325,27 €

0

0,00 €

Psiquiatria

33,79 €

3.005

101.538,95 €

Psiquiatria (Uni. Sócio-Ocupacionais)

33,79 €

0

0,00 €

Outros

22,32 €

12.944

288.910,08 €

Valor Total do Hospital de Dia

626.920,32 €

6 IG até 10 semanas

Medicamentosa

313,72 €

640

200.780,80 €

Atendimentos SU – Polivalente 5 Sessões em Hospital de Dia

N. IG Cirúrgica N. IG

408,48 €

114

46.566,72 €

7 Planos de saúde

VIH/Sida

10.156,80 €

600

6.094.080,00 €

Doentes em tratamento de ambulatório Diagnóstico Pré-Natal Protocolo I

41,80 €

0

0,00 €

Protocolo II

71,60 €

1.068

76.468,80 €

36,68 €

1.800

66.024,00 €

0,00 €

8 Serviços Domiciliários N. de visitas 9 Lar (IPO) Dias de estadia

69,75 €

0

10 Outros

Medicamentos de cedência hospitalar em amb.

1.080.412,46 €

Internos

836.327,07 €

Valor da produção

103.542.250,53 €

11 Convergência

4.001.008,73 €

Total

107.543.259,26 €

Incentivos Institucionais

4.480.969,14 €

Proveitos extra Contrato-Programa

112.024.228,40 €

Tabela 16 - Avaliação CP

50


Produção Quantidade

Marginal/Adicional Valor (€)

Quantidade

Total

Taxa de execução

Valor Máx de especialização

Estimativa da Especialização

Valor (€)

53.412

4.475.391,48 €

0

0,00 €

4.475.391,48 €

92,57%

4.907.118,20 €

4.475.391,48 €

129.164

9.838.421,88 €

0

0,00 €

9.838.421,88 €

96,30%

10.369.159,21 €

9.838.421,88 €

13.376

22.072.188,22 €

0

0,00 €

22.072.188,22 €

98,69%

22.587.904,51 €

22.072.188,22 €

3.303

10.805.015,08 €

0

0,00 €

10.805.015,08 €

95,30%

11.338.232,60 €

10.805.015,08 €

1.468

3.185.889,75 €

0

0,00 €

3.185.889,75 €

54,88%

5.805.350,88 €

3.185.889,75 €

3.541

11.583.578,08 €

0

0,00 €

11.583.578,08 €

95,11%

12.300.739,28 €

11.583.578,08 €

1.460

114.464,00 €

0

0,00 €

114.464,00 €

100,00%

115.608,64 €

114.464,00 €

47.761.135,14 €

0,00 €

47.761.135,14 €

52.147.835,91 €

47.761.135,14 €

3.080

2.747

4.194.561,74 €

0

0,00 €

4.194.561,74 €

78,46%

5.345.890,30 €

4.194.561,74 €

333

337.333,95 €

0

469.025,88 €

806.359,83 €

100,00%

806.359,83 €

806.359,83 €

22.979

7.202.409,01 €

0

72.027,22 €

7.274.436,23 €

100,00%

7.310.445,15 €

7.274.436,23 €

11.734.304,70 €

541.053,10 €

12.275.357,80 €

13.462.695,28 €

12.275.357,81 €

115.240

14.037.384,40 €

0

0,00 €

14.037.384,40 €

94,99%

14.925.030,92 €

14.037.384,40 €

727

236.471,29 €

72

3.512,92 €

239.984,21 €

109,90%

240.018,36 €

239.984,21 €

0

0,00 €

0

0,00 €

0,00 €

0,00 €

2.735

92.415,65 €

0

0,00 €

92.415,65 €

91,01%

103.062,03 €

92.415,65 €

0

0,00 €

0

0,00 €

0,00 €

0,00 €

10.577

236.078,64 €

0

0,00 €

236.078,64 €

81,71%

293.243,73 €

236.078,64 €

564.965,58 €

3.512,92 €

568.478,50 €

636.324,12 €

568.478,50 €

640

200.780,80 €

1.599,97 €

202.380,77 €

105,31%

203.792,51 €

202.380,77 €

0

0,00 €

0

0,00 €

47.265,22 €

0,00 €

600

6.094.080,00 €

91.411,20 €

6.185.491,20 €

110,00%

6.185.491,20 €

6.185.491,20 €

34

60

0

0,00 €

0

0,00 €

0,00 €

0,00 €

870

62.292,00 €

0

0,00 €

62.292,00 €

81,46%

77.615,83 €

62.292,00 €

1.800

66.024,00 €

990,36 €

67.014,36 €

110,00%

67.014,36 €

67.014,36 €

0

0,00 €

0

0,00 €

0,00 €

0,00 €

1.080.412,46 €

1.080.412,46 €

1.080.412,46 €

1.080.412,46 €

836.327,07 €

836.327,07 €

836.327,07 €

836.327,07 €

96.751.519,51 €

638.567,55 €

97.390.087,06 €

94,06%

83.352.702,66 €

4.001.008,73 €

4.001.008,73 €

0

4.001.008,73 €

100.752.528,24 €

638.567,55 € 101.391.095,79 €

-6.152.163,47 €

87.353.711,39 €

2912629,941

4480969,14

4.480.969,14 €

104.303.725,73 €

112024228,4

180

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

51


Grau de cumprimento da atividade SNS

salientar que as entidades públicas apenas podem assumir compromissos financeiros na medida dos fundos disponíveis;

Reproduzem-se para a avaliação do grau de cumprimento do Contrato Programa (Atividade SNS) as explicações aduzidas no título anterior, as quais serão devidamente

Grau de cumprimento do orçamento Ao nível da execução económica, pela primeira vez, o Hospital de Faro desde a sua transformação em empresa pública do estado, realiza uma despesa inferior ao es-

Acordos efetuados entre o Ministério da Saúde e a indústria farmacêutica:

detalhadas aquando da análise, ponto a ponto, das diversas linhas de atividade (ver tabela 16).

Aplicação da Lei dos Compromissos, que vem

Negociação de dívida vencida com fornecedores;

Acordo com APIFARMA.

Aumento de custos com cirurgias realizados no exterior (SIGIC) devido à conhecida carência de Pessoal Médico no Hospital de Faro.

Especialização do subsídio de férias, de acordo com orientação produzida pela ACSS na sequência do Acórdão do Tribunal Constitucional.

timado em orçamento, alcançando uma poupança de 11.377.755,81€ (8,40%) face ao contratualizado. Este feito permitiu que em 2012 o Hospital de Faro apresente um EBITDA no valor de -2.016.417,11€, valor nunca atingido num passado recente. Refira-se que os resultados agora apresentados incluem a especialização dos subsídios de férias, como consequência da decisão do Tribunal Constitucional de considerar inconstitucional a suspensão do pagamento dos subsídios de férias ou equivalente dos funcionários públicos (art.º 29º da Lei do Orçamento

tão resultou numa redução de custos nunca verificado na história recente do hospital, dando corpo aos objetivos nacionais, registando-se ao nível dos custos um decréscimo de 10,63% (-14.757.557,07€) relativamente ao ano de 2011. No entanto, é de salientar que, antes da especialização do subsídio de férias (custos não orçamentados), a redução da despesa seria de 12,83% (-17.805.067,44€).

de Estado), o que implicou um acréscimo de custos de

Realce-se ainda que a redução ao nível da despesa foi

3.015.019,39€, ou seja, não considerando esta variável, os

claramente superior à redução dos proveitos o que per-

resultados obtidos, concretizam-se num EBITDA positivo

mitiu uma melhoria significativa dos indicadores econó-

de 1.182.244,22€.

micos quer quando comparados com o orçamento, quer

Principais medidas que contribuíram para os resultados apresentados:

Gestão orçamental minuciosa. A rigorosa monitorização mensal da execução orçamental permitiu que ao longo do ano fossem identificados desvios para os quais foram adotadas medidas corretivas por forma a ajustar a despesa ao orçamento aprovado;

52

A estratégia de gestão aplicada pelo atual Órgão de Ges-

quando comparados com o período homólogo. No que diz respeito aos custos, quando comparados com o período homólogo, verifica-se uma redução em todas as rubricas, com a exceção de subcontratos, fato que se deve os custos resultantes de SIGIC realizado no exterior. Ao nível dos proveitos verifica-se uma redução de 2,67% que resulta de uma diminuição da atividade realizada conjugada com a diminuição dos preços unitários pagos pelo SNS através do CP.


Apesar da excelente recuperação em 2012, existem ainda indicadores a corrigir, pelo que o caminho da sustentabilidade económico-financeiro continua a ser um desafio a prosseguir nos próximos anos.

Grau de cumprimento do plano de ajustamento No cumprimento da metodologia do Contrato Progra-

Tendo em conta que por força do seu estatuto e da sua situação periférica, o Hospital de Faro é obrigado a manter serviços/atividades estruturalmente deficitárias, mas imprescindíveis ao cumprimento da sua missão e às crescentes exigências de diferenciação, não será uma aspiração de fácil concretização. Do ponto de vista económico-

ma para 2012, e porque o Hospital de Faro, em sede de orçamento, estimou fechar o ano de 2012 com EBITDA negativo, houve a necessidade de elaborar um plano de ajustamento (2012/2013) em colaboração com a ARS Algarve, espelhando compromisso da adoção de determinadas medidas com vista à redução de custos.

financeiro é naturalmente geradora de constrangimen-

Na tabela 18 apresentam-se, de forma resumida, as refe-

tos e condicionantes a uma gestão mais eficaz.

ridas medidas. Saliente-se que a redução de custos prevista no Plano de Ajustamento para o ano de 2012 era de 7.992.767€, e na realidade a redução de custos efetiva atingiu os -12.455.020€, que corresponde a uma execução do Plano de Ajustamento em cerca de 156%. Importa salientar que, não existindo a especialização do subsídio de férias, a redução dos custos nas linhas propostas atingiria 15.502.530€, que corresponde a uma execução do Plano de Ajustamento em cerca de 194%.

Indicadores económicos

Real 2011

Real 2012

Taxa de variação face a 2011

CP Contratual. 2012

Desvio face CP (valor)

Desvio face CP (%)

Resultado líquido (antes impostos)

-17.034.106,40

-5.523.671,17

-67,57%

-9.983.093,00

4.459.421,83

-44,67%

Custos totais

138.819.959,84 124.062.402,77

-10,63% 135.440.158,18

-11.377.755,41

-8,40%

Custos operacionais cash

130.790.822,51 115.474.018,99

-11,71% 128.318.273,39

-12.844.254,40

-10,01%

Consumos (produtos farmacêuticos)

31.351.967,79

25.237.309,45

-19,50%

30.718.114,30

-5.480.804,85

-17,84%

9.307.247,35

6.705.321,84

-27,96%

9.554.858,67

-2.849.536,83

-29,82%

FSE (subcontratos)

10.569.637,68

11.201.513,03

5,98%

13.592.588,12

-2.391.075,09

-17,59%

FSE (serviços)

16.946.166,60

12.697.691,72

-25,07%

13.422.837,13

-725.145,41

-5,40%

Suplementos remuneratórios

13.424.882,15

11.618.499,07

-13,46%

13.569.584,49

-1.951.085,42

-14,38%

Salários base e subsídios de férias e natal

39.066.177,79

38.421.515,80

-1,65%

37.020.637,66

1.400.878,14

3,78%

-2,67% 125.457.065,18

-6.918.333,58

-5,51%

3.799.270,13

-65,33%

Consumos (material de consumo clínico e outros)

Proveitos

121.785.853,44 118.538.731,60

EBIDTA

-13.779.843.92

-2.016.417,11

-85,37%

-5.815.687,24

Tabela 17: Indicadores económicos

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

53


Medidas de ajustamento Custos com pessoal Eliminação subsídio férias e Natal acima dos 1000€ e eliminação de um subsídio entre 600€ e 1000€

Data de conclusão

2012

Redução de custos

-2.698.278 €

2010

2011

2012

6.189.741 €

3.511.555 €

3.445.964€

Variação real 2012 face 2011

Execução do Plano de Ajustamento

2.632.335€

-65.943€

Aplicação da decisão do Tribunal Constitucional – pagar férias em 2013, implica especialização das mesmas em 2012.

Custos com pessoal Redução em horas extraordinárias - (MOU - 20%)

Data de conclusão

2013

Redução de custos

-937.584 €

2010

2011

2012

5.283.676 €

4.735.283 €

4.083.553 €

Variação real 2012 face 2011

-651.730 €

Execução do Plano de Ajustamento

285.854 €

Considerando as variações remuneração base + Horas Extraordinárias + Prevenções + Contratação de serviços Médicos a redução de despesa prevista no plano de ajustamento encontra-se superado.

Custos com pessoal Medida 3.84 - Rever mecanismos pagamento do regime prevenção e por chamada - 2013 - 20%

Data de conclusão

2013

Redução de custos

-428.738 €

2010

2011

2012

1.719.246 €

1.497.295 €

1.134.428 €

Variação real 2012 face 2011

-362.867 €

Execução do Plano de Ajustamento

65.871 €

Considerando as variações remuneração base + Horas Extraordinárias + Prevenções + Contratação de serviços Médicos a redução de despesa prevista no plano de ajustamento encontra-se superado.

54


Custos com pessoal médico Passagem do Pessoal Médico em contrato de prestação Serviços Médicos para os quadros do Hospital (Remuneração Base)

Data de conclusão

2013

Redução de custos

2.137.613 €

2010

2011

2012

2.177.216 €

2.665.493 €

2.817.010 €

Variação real 2012 face 2011

Execução do Plano de Ajustamento

-1.986.096 €

151,517 €

Considerando as variações remuneração base + Horas Extraordinárias + Prevenções + Contratação de serviços Médicos a redução de despesa prevista no plano de ajustamento encontra-se superado.

Custos com pessoal de enfermagem Deixarão de receber horas extraordinárias, sendo que em contrapartida aumenta o n.º de profissionais totais (aumento da Remuneração Base)

Data de conclusão

2013

Redução de custos

1.093.013 €

2010

2011

2012

4.650.297 €

5.027.110 €

5.280.735 €

Variação real 2012 face 2011

Execução do Plano de Ajustamento

-839.388 €

253.625 €

Considerando as variações remuneração base + Horas Extraordinárias + Prevenções + Contratação de serviços Médicos a redução de despesa prevista no plano de ajustamento encontra-se superado.

Encargos sobre remunerações Por força das duas medidas anteriores esta rubrica de despesa crescerá

Data de conclusão

2013

Redução de custos

426.659 €

2010

2011

2012

7.878.440 €

7.498.776 €

7.895.695 €

Variação real 2012 face 2011

396.919€

Execução do Plano de Ajustamento

-29.740 €

Considerando as variações remuneração base + Horas Extraordinárias + Prevenções + Contratação de serviços Médicos a redução de despesa prevista no plano de ajustamento encontra-se superado.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

55


Contratação de serviços médicos - empresas: Serão realizados esforços no sentido de diminuir o número de RH a trabalhar no Hospital com este tipo de contrato. Simultaneamente serão realizados contatos no sentido de diminuir os custos unitários hora praticados, no sentido de aproximar os preços dos definidos por despacho

Data de conclusão

2013

Redução de custos

-4.019.948 €

2010

2011

2012

8.041.513 €

6.149.541 €

2.964.051 €

Variação real 2012 face 2011

-3.185.490 €

Execução do Plano de Ajustamento

834.458 €

Considerando as variações remuneração base + Horas Extraordinárias + Prevenções + Contratação de serviços Médicos a redução de despesa prevista no plano de ajustamento encontra-se superado.

Eletricidade Aumento do IVA verificado em outubro de 6% para 21%; aumento 4% do preço unitário

Data de conclusão

2013

Redução de custos

246.219 €

2010

2011

2012

709.839 €

838.492 €

1.060.331 €

2010

2011

2012

288.351 €

232.318 €

172.950 €

Variação real 2012 face 2011

221.838 €

Execução do Plano de Ajustamento

-24.381 €

Cumpre

FSE Comunicação Redução dos custos em comunicação face a 2011 em 50%

Data de conclusão

2013

Redução de custos

-94.089 €

Em 2012 atingiu-se uma taxa de execução de 63%

56

Variação real 2012 face 2011

-59.368 €

Execução do Plano de Ajustamento

34.721 €


FSE Combustíveis Otimização da utilização dos recursos por parte dos serviços

Data de conclusão

2013

Redução de custos

5.385 €

2010

2011

2012

154.564 €

279.855 €

426.558 €

2010

2011

2012

1.976.095 €

2.170.988 €

2.239.633 €

2010

2011

2012

582.980 €

644.771 €

537.156 €

Variação real 2012 face 2011

Execução do Plano de Ajustamento

141.318 €

146.703 €

Não Cumpre

FSE Alimentação Otimização do processo; negociação com fornecedor

Data de conclusão

2013

Redução de custos

-30.010 €

Variação real 2012 face 2011

Execução do Plano de Ajustamento

98.655 €

68.645 €

Não Cumpre

FSE Segurança Negociação com fornecedor

Data de conclusão

2013

Redução de custos

-94.500 €

Variação real 2012 face 2011

-107.615 €

Execução do Plano de Ajustamento

-13.115 €

Cumpre

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

57


FSE Higiene limpezas Negociação com fornecedor

Data de conclusão

2012

Redução de custos

11.086 €

2010

2011

2012

478.583 €

498.982 €

496.421 €

2010

2011

2012

2.040.569 €

2.354.049 €

2.295.444 €

Variação real 2012 face 2011

-2.561 €

Execução do Plano de Ajustamento

-13.647 €

Cumpre

FSE Manutenção conservação. Renegociar CAT’s e assistências técnicas.

Data de conclusão

2013

Redução de custos

-1.003.568 €

Variação real 2012 face 2011

-58.605 €

Execução do Plano de Ajustamento

944.963 €

Em 2012 atingiu-se uma taxa de execução 6%

FSE Ajudas técnicas Reavaliar atribuição as ajudas técnicas; otimização do processo.

Data de conclusão

Redução de custos

2013

-308.903 €

Cumpre

58

2010

12.689 €

2011

695.428 €

2012

71.850 €

Variação real 2012 face 2011

Execução do Plano de Ajustamento

-623.579 €

-314.676 €


FSE Outros trabalhos especializados Avaliação dos trabalhos especializados contratados; Negociação com fornecedores

Data de conclusão

Redução de custos

2013

-492.131 €

2010

2011

1.780.422 €

1.327.748 €

2012

318.662 €

Variação real 2012 face 2011

Execução do Plano de Ajustamento

-1.009.086 €

-516.955 €

Variação real 2012 face 2011

Execução do Plano de Ajustamento

-222.664 €

79.489 €

Cumpre

FSE Estudos e pareceres. Reavaliação dos trabalhos de consultoria, realizando apenas os prioritários.

Data de conclusão

Redução de custos

2013

-302.153 €

2010

37.662 €

2011

272.760 €

2012

50.095 €

Em 2012 atingiu-se uma taxa de execução de 74%

Transportes de doentes Redução custos com transporte de doentes em um terço face a 2010 até 2012. Hospital de Faro fez grande esforço em 2011.

Data de conclusão

2013

Redução de custos

-393.488 €

2010

2011

2012

2.060.667 €

1.580.286 €

1.063.580 €

Variação real 2012 face 2011

-516.706 €

Execução do Plano de Ajustamento

-123.218 €

Cumpre

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

59


Subcontratos MCDT’s - Redução dos custos com MCDT’s realizados no exterior. Rentabilizar os recursos internos.

Data de conclusão

2013

Redução de custos

-434.719 €

2010

2011

2012

2.634.774 €

1.972.969 €

1.509.952 €

Variação real 2012 face 2011

-463.017 €

Execução do Plano de Ajustamento

-28.298 €

Cumpre

Subcontratos Cirurgias - envio dos utentes que necessitem de cirurgias torácicas para a rede de referenciação.

Data de conclusão

2012

Redução de custos

-1.637.427 €

2010

2011

2012

2.242.481 €

1.637.427 €

0€

Variação real 2012 face 2011

-1.637.427 €

Execução do Plano de Ajustamento

0€

Cumpre

Subcontratos Acessos Vasculares - só enviar 1º acessos para o exterior e para um fornecedor com preço unitário mais baixo. Posteriormente é para se passar a fazer os acessos vasculares no Hospital de Faro.

Data de conclusão

2013

Redução de custos

-138.832 €

2010

2011

2012

369.900 €

240.697 €

123.236 €

Em 2012 atingiu-se uma taxa de execução de 85%

60

Variação real 2012 face 2011

-117.461 €

Execução do Plano de Ajustamento

21.371 €


Subcontratos Radioterapia - O aumento do número de utentes com patologias oncológicas tem originado um aumento do envio de doentes para fazer tratamentos de radioterapia. Por outro lado, tem-se utilizado com maior frequência o uso da braquiterapia.

Data de conclusão

2013

Redução de custos

791.582 €

2010

2011

2012

2.391.545 €

2.895.170 €

2.993.510 €

Variação real 2012 face 2011

Execução do Plano de Ajustamento

-693.242 €

98.340 €

Cumpre

SIGIC Adicional: os doentes em lista de espera para cirurgia que sejam transferidos quer para o convencionado quer para o hospital da rede de referência passam a ser da responsabilidade do hospital de origem.

Data de conclusão

2013

Redução de custos

3.192.239 €

2010

2011

2012

0€

2.556 €

3.967.262 €

Variação real 2012 face 2011

3.964.706 €

Execução do Plano de Ajustamento

772.467 €

Cumpre

Produtos farmacêuticos Medida 3.68 - Criar sistema uniforme de codificação para produtos médicos e farmacêuticos + Medida 3.56 - Revisão do Sistema internacional de preços de referência + reforços de protocolos internos para contenção da despesa com medicamentos; reforço negociação com fornecedores.

Data de conclusão

2013

Redução de custos

-2.530.717 €

2010

2011

2012

31.118.631 €

31.351.968 €

25.237.309 €

Variação real 2012 face 2011

-6.114.658 €

Execução do Plano de Ajustamento

-3.583.941 €

Cumpre

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

61


Material consumo clínico O novo sistema de armazenamento permitirá uma gestão mais eficiente ao nível da rotação dos artigos e dos níveis de stocks.

Data de conclusão

2013

Redução de custos

5.473 €

2010

2011

2012

10.477.103 €

9.307.247 €

6.705.322 €

2010

2011

2012

255.578 €

173.677 €

21.538 €

Variação real 2012 face 2011

-2.601.926 €

Execução do Plano de Ajustamento

-2.607.399 €

Cumpre

Material manutenção e conservação Outsourcing das oficinas

Data de conclusão

2013

Redução de custos

-164.289 €

Variação real 2012 face 2011

-152.139 €

Execução do Plano de Ajustamento

12.150 €

Em 2012 atingiu-se uma taxa de execução de 93%

Material hoteleiro Gestão stocks; Racionalização da utilização por parte dos serviços

Data de conclusão

2013

Redução de custos

-92.213 €

2010

2011

2012

356.148 €

330.213 €

263.584 €

Em 2012 atingiu-se uma taxa de execução de 72%

62

Variação real 2012 face 2011

-66.629 €

Execução do Plano de Ajustamento

25.584 €


Material administrativo Gestão stocks; Racionalização da utilização por parte dos serviços

Data de conclusão

2013

Redução de custos

-100.449 €

2010

2011

2012

300.146 €

306.871 €

181.595 €

2010

2011

2012

96.208.858 €

90.199.524 €

74.696.199 €

Variação real 2012 face 2011

Execução do Plano de Ajustamento

-24.827 €

-125.276 €

Cumpre

Avaliação global

Data de conclusão

Plurianual

Redução de custos

-7.992.767 €

Variação real 2012 face 2011

-12.455.020 €

Execução do Plano de Ajustamento

-4.462.253€

Em termos globais o Hospital a 31 de dezembro de 2012 já tinha superado a execução do plano de ajustamento proposto para 2012 e 2013.

Tabela 18: Plano de ajustamento.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

63


As medidas mais relevantes tomados pelo órgão gestionário e que contribuíram para atingir as metas acima expressas, foram:

Medicamentos •

Reforço e otimização das competências da Comissão de Farmácia e Terapêutica na justificação das

terapêuticas adotadas;

Recursos humanos •

grupos fármaco-terapêuticos de maior volume

Reestruturação do modelo de gestão do Hospital

financeiro;Desenvolvimento de processos de

de Faro, por forma a potencializar os recursos

compras em conjunto com o Centro Hospitalar

humanos existentes; •

Renegociação dos protocolos relativos aos

Barlavento Algarvio, no sentido de aumentar a capacidade negocial;

Aposta no reforço do quadro interno do pessoal médico, em detrimento da contratualização de serviços médicos em regime de prestação de serviços (através de empresas);

Contratualização de pessoal de enfermagem em detrimento do recurso a horas extraordinárias;

atualmente prestados, com vista à otimização, dos recursos humanos disponíveis; Monitorização e revisão dos contratos de prestação

Redução de stocks existentes em armazém para níveis ajustados às necessidades, devido a alteração do processo de armazenamento (final do ano de 2011);

Revisão das escalas do Serviço de Urgência, mantendo os níveis de cuidados diferenciados

Material consumo clínico

Controlo na introdução de novos produtos, garantido que os mesmos são objeto de uma correta avaliação técnica e económica, ao mesmo tempo que se programa a substituição de outros.

de serviços médicos. Avaliação dos contratos de prestação de serviços médicos, por áreas clínicas, tendo sempre presente a otimização dos recursos existentes por forma a diminuir os custos. Os

64

Transporte de doentes

contratos celebrados obedecem às regras definidas

Revisão e atualização dos critérios de prescrição de

pelos normativos legais em vigor, nomeadamente no

transportes dos doentes em situação de tratamento

que se refere ao custo unitário por hora.

em ambulatório.


Fornecimento serviços externos •

Renegociação / Suspensão de contratos para a realização de trabalhos especializados, salvo

O Hospital de Faro cumpriu cerca de 73,5% dos indica-

em situações excecionais de caráter urgente e

dores correspondentes aos Objetivos de Qualidade e Efi-

inadiável, suscetíveis de comprometer a eficácia do

ciência, relativamente aos indicadores contratualizados.

desempenho operacional do Hospital;

No que diz respeito aos Objetivos Nacionais, atingiu um

Redução de custos com serviços de consultoria e outros de natureza similar;

Grau de cumprimento dos indicadores de qualidade e eficiência

A acrescer às medidas atrás referidas, foram

índice de desempenho idêntico ao contratado. O maior desvio verificado, corresponde aos indicadores relacionados com a CTH (consulta a tempo e horas) (Consultar tabela19).

também adotadas medidas de carácter administrativo resultantes da aplicação da lei do Orçamento do Estado para 2012, que contribuíram quer positivamente, quer negativamente para os resultados atingidos, das quais destacamos: •

Redução da massa salarial em linha com a redução preconizada para a Administração Pública – manutenção das reduções salariais; suspensão do subsídio de férias e Natal, em coerência com o Orçamento do Estado 2012 para o Serviço Nacional de Saúde;

Elaboração dos protocolos com as empresas farmacêuticas para a redução dos custos com o consumo de medicamentos hospitalares;

Negociações com os fornecedores de FSE, no sentido de dar cumprimento ao artigo 26º da Lei do Orçamento do Estado, em linha com o objetivo global da redução dos custos operacionais;

Responsabilização financeira de cirurgias efetuadas no exterior (SIGIC).

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

65


Objectivos

Objetivos Nacionais

50

Acesso

15

Meta

Real

Grau de Cumprimento (%)

Grau de Cumprimento (%)

Percentagem das primeiras consultas no total de consultas médicas (%)

3

30,0

29,3

97,7

97,7

Cumpre Parcial.

Permilagem de doentes sinalizados para a RNCCI, em tempo adequado, no total de doentes saídos (%)

3

100,00

118,70

118,7%

118,7

Cumpre

Percentagem de consultas realizadas e registadas no CTH no total de 1as consultas (%)

3

22,5

19,5

86,7

86,7

Cumpre Parcial.

Percentagem de doentes cirurgicos tratados em tempo adequado (%)

3

84,0

81,6

97,1%

97,1%

Cumpre Parcial.

Percentagem de utentes referenciados para consulta externa atendidos em tempo adequado (%)

3

60,0

57,3

95,5

95,5

Cumpre Parcial.

Desempenho Assistencial

20

Demora média (dias)

5

8,00

9,12

86,0

86,0

Cumpre

Percentagem de doentes saídos com duração de internamento acima do limiar máximo (%)

3

2,0

1,8

110,0

110,0

Cumpre

Percentagem de reinternamentos em 30 dias (%)

3

8,3

7,7

107,2

107,2

Cumpre

Percentagem de partos por cesariana (%)

3

32,5

32,2

100,9

100,9

Cumpre

Percentagem da cirurgia de ambulatório (GDH) no total de cirurgias programadas (GDH) (%)

3

55,0

48,8

88,7

88,7

Não Cumpre

Percentagem do consumo de embalagens de medicamentos genéricos, no total de embalagens de medicamentos (%)

3

30,0

32,4

108,0

108,0

Cumpre

Desempenho económicofinanceiro

66

Peso Relativo Indicador (%)

15


Percentagem dos custos com pessoal, ajustados no total de proveitos operacionais (%)

3

52,7

54,9

95,9

95,9

Cumpre Parcial.

Percentagem dos custos com horas extraordinárias, suplementos e FSE (selecionados), no total de custos com pessoal (%)

3

25,9

19,8

113,7

113,7

Cumpre Parcial.

Percentagem de proveitos operacionais extra contratoprograma, no total de proveitos (operacionais) (%)

3

8,6

6,4

74,9

74,9

Não Cumpre

EBITDA (€)

3

-5.815.687,24 €

-2.016.417,11 €

102,2

102,2

Cumpre Parcial.

3

0,00 €

-13.933.898,75 €

120,0

Cumpre

Objetivos Regionais Algarve

50

% Episódios em LIC com grau de prioridade "prioritário" e "muito prioritário" com TMRG excedido (exceto patologias de obesidade) (%)

10

20,0

28,3

58,50%

58,5%

Não Cumpre

Mediana do tempo de espera dos episódios em LIC (Cirurgia Geral) (meses)

10

5,0

3,9

122,00%

120,0%

Cumpre Parcial.

Taxa de crescimento das 1as consultas, face ao realizado no ano anterior (Otorrino) (%)

5

30,0

-0,1

-0,3

0,0

Não Cumpre

Taxa de crescimento das 1as consultas, face ao realizado no ano anterior (Ginecologia) (%)

5

30,0

-0,1

-0,3

0,0

Não Cumpre

Tempo médio de resposta do hospital ao pedido de consulta (Oftalmologia) (dias)

5

180,0

508,7

-82,6

0,0

Não Cumpre

Tempo médio de resposta do hospital ao pedido de consulta (Ortopedia) (dias)

5

180,0

518,0

-87,8

0,0

Não Cumpre

% Cirurgias de Ambulatório no Total Cirurgias Programadas (Cirurgia Geral) (%)

5

43,0

42

97,7%

97,7%

Cumpre Parcial.

% Cirurgias de Ambulatório no Total Cirurgias Programadas (Ortopedia) (%)

5

33,0

21,2

64,2%

64,2%

Não Cumpre

Acréscimo de Dívida Vencida (€)

Tabela 19 – Indicadores de eficiência. Nota: Indicadores referentes à atividade cirúrgica calculados pela ARS com base nos dados provisórios disponíveis no SIGLIC em 11.01.2013, com exceção dos indicadores "% cirurgias de ambulatório no total de cirurgias programadas(cirurgia geral) (ortopedia)", calculados com base nos dados constantes do mapa de atividade cirúrgica do SICA tendo em conta o n.º de cirurgias e não de GDH's como definido no BI do indicador.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

67


Rubrica

Ano de 2011

Ano de 2012

-

-

∆ (€) 012/2011

1.428.090,00

Equipamento básico

2.435.248,58

1.060.507,55

143.799,93

-916.707,62

-86,44%

570.068,72

645.220,46

77.824,29

-567.396,17

-87,94%

2.371,39

-246,20

-10.996,17

4466,36%

Total

4.970.083,80

2.327.257,83

221.624,22

-2.105.633,61

-90,48%

Imobilizações em curso

4.014.659,04

2.197.135,30

1.249.493,76

-947.641,54

-43,13%

520.204,23

946.473,85

426.269,62

81,94%

Outras imobilizações corpóreas

Bens de domínio público

Tabela 20 – Mapa resumo de investimentos Nota: Estes valores não contemplam as doações. Estes valores são líquidos de abates

-

-

-

∆ (%) 012/2011

Edifícios e outras construções

Equipamento administrativo/informático

68

Ano de 2010

-


Capítulo 4 Investimentos Em termos de investimento total, registou-se um decrés-

que tenham que receber outros tipo de cuidados, como

cimo de cerca de 74% (-3.254.723,27€) no investimento

transfusões, aerossóis ou injetáveis, estando assegura-

total, opção decorrente da política de contenção de cus-

das as melhores condições de conforto.

tos adotada.

O doente agudo verá desta forma aperfeiçoados os seus

Contudo, em 2012 foi realizado um investimento de

circuitos de passagem e acomodação, procedendo-se

grande importância para a instituição, permitindo dessa

de igual modo a uma redistribuição dos recursos huma-

forma, acabar com a imagem que durante anos estig-

nos afetos ao serviço, com a consequente reorganização

matizou o Hospital de Faro, com doentes internados em

do trabalho, numa ótica mais funcional, em conceito de

macas nos corredores do Serviço de Urgência Geral.

equipa e focalizada no doente.

Num ano em que o Hospital de Faro sofreu profundas

Também os doentes menos urgentes vão poder benefi-

transformações com a requalificação e redistribuição

ciar de outras condições. A construção desta área de de-

de serviços e áreas de apoio, a realização das obras no

cisão clínica veio ainda permitir uma redistribuição mais

Serviço de Urgência Geral e a criação de uma área de

eficaz dos espaços e a possibilidade de intervenção nou-

decisão clínica, veio materializar um dos principais com-

tras áreas, como é o caso do balcão de enfermagem e do

promissos assumidos no início do ano pelo Conselho de

balcão de observação médica que dispõe de 5 postos de

Administração - acabar com as macas acumuladas nos

observação individualizados e mais amplos.

corredores das urgências.

Outra das alterações foi a deslocalização da sala de ob-

A ampliação corresponde a um acréscimo de 560m

2

servações que se encontra agora integrada na área de

que, somados aos atuais 1.180m do Serviço de Urgên-

decisão clínica, libertando assim espaço para a instala-

cia, permitiu criar uma área de decisão clínica destinada

ção de uma futura sala de trauma (planeada para o 1º

a acolher e acomodar os doentes que, após passarem

semestre de 2013), pela qual passarão todos os doentes

pela triagem de enfermagem e pela observação médica,

politraumatizados e que funcionará em plena articulação

aguardam o resultado de exames complementares de

com a sala de reanimação.

2

diagnóstico, a observação por especialistas ou eventualmente a transferência para um serviço de internamento. O novo espaço, cujo investimento total ascendeu a cer-

É de salientar a inexistência de qualquer derrapagem financeira, nem necessidade de financiamento suplementar em relação ao orçamento do hospital.

ca de 600 mil euros, foi projetado para um formato de openspace, facilitador do ponto de vista da monitorização clínica, e possui uma capacidade de 26 camas, com possibilidade de individualização, às quais se somam 9 postos de tratamento em cadeirões, que se poderão alargar a 12 em caso de necessidade, para os doentes Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

69


70


Capítulo 5 Atividade Assistencial Dispositivo assistencial: Caracterização

Evolução da atividade assistencial

O Hospital Faro dispõe, na área assistencial (ver tabela 21), de um conjunto de recursos humanos de elevada qualidade e um conjunto de recursos altamente sofisticados do ponto de vista técnico e científico, que confe-

Internamento

refere às áreas de apoio clínico.

Análise dos princípios indicadores globais da atividade em internamento

Os serviços de prestação de cuidados de saúde são com-

O ano de 2012 foi caraterizado por um incremento sig-

postos conforme a tabela que se segue. À semelhança

nificativo do número de camas (ver tabela 22), por forma

dos anos anteriores, durante o ano de 2012 o Hospital

a aproximar a região do algarve da média nacional do

de Faro desenvolveu um conjunto de iniciativas no senti-

ratio cama/100.000 habitantes. Contudo, este fato não

do de aumentar as competências destas valências, apos-

resultou num aumento de produtividade, verificando-se

tando fortemente na política de qualidade, formação e

mesmo uma diminuição dos doentes saídos na ordem

conhecimento, matérias já abordadas neste documento.

dos 797 doentes, à semelhança do que já tinha aconte-

rem uma melhoria, facilitação e agilização dos procedimentos quer no âmbito da gestão clínica, quer no que se

Durante este capítulo será efetuada uma análise, necessariamente resumida, das principais linhas de atividade, obedecendo à estrutura do Contrato Programa. Para além da análise da atividade assistencial, será também apresentada uma abordagem de um conjunto de atividades desenvolvidas durante o ano de 2012, que contribuíram de forma objetiva para a melhoria nos cuidados de saúde, uma otimização de processos-chave e um aperfeiçoamento do relacionamento no Hospital de Faro, quer com os seus profissionais, quer com todos os stakeholders.

cido no ano transato. Esta quebra de produção deve-se, inequivocamente, a um decréscimo da atividade cirúrgica programada pela suspensão da atividade cirúrgica adicional e, não menos significativo, a uma quebra da natalidade com uma expressão incontornável. A quebra produtiva conjugada com o aumento da lotação teve como consequência uma redução na taxa de ocupação e dos doentes por cama. A taxa de ocupação foi de 81,4%, afastando-se da plena utilização dos recursos disponíveis, sendo que estão a ser desenvolvidos esforços no sentido da readaptação da capacidade instalada às necessidades da população, visando otimizar os recursos de que se dispõe. Por ser um hospital com urgências a nossa taxa de ocupação não deverá ser superior a 85%. Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

71


Serviços de prestação de cuidados saúde

Anestesiologia Cardiologia Cirurgia Geral Cirurgia Plástica Dermatologia Doeças Infecciosas Estomatologia Gastrenterologia Ginecologia/ Obstetrícia Hamatologia Clinica

Inter.

· · · · ·

UCI's

·

Hospital de Dia

· · · ·

· ·

· · ·

Imagiologia

Urgência

24 h 24 h 24 h 24 h

24 h 24 h

24 h

Imunoalergologia Imuno-Hemoterapia Med. Física e Reabilitação Medicina Nefrologia Neurocirurgia Neurologia Oftalmologia Oncologia Ortopedia Otorrinolaringologia Patologia Clínica Pediatria Pneumologia Psiquiatria Reumatologia Senologia Uni. C. Intermédios Uni. C. Intensivos Urgência Geral Urologia

· · · · · · · · · · · ·

· · · · · · ·

· · · ·

· · ·

Tabela 21 – Dispositivo Assistencial

72

24 h

24 h 24 h 12 h 12 h 12 h 12 h 24 h 12 h 24 h 24 h 24 h 12 h

24 h

Consulta Externa

· · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · ·

Cir. Ambul.

· · · · ·

MCDT’s

· ·

·

· Existe

12 h

·

Hemodinâmica

· · · · · · · · · · ·

· · · ·

· · · · · · · · ·

· ·

Inclui o Centro de Desenvolvimento

Equipa de Saúde Mental Comunitárias

Inclui a Unidade AVC

24 h 24 h

Outros

·


Indicadores

2010

2011

2012

Δ 2012 face 11 (nº)

Δ 2012 face 11 (%)

514

503

585

82

16,30%

20.199

19.748

18.951

-797

-4,04%

Dias internamento doentes saídos

163.188

171.188

164.714

-6.474

-3,78%

Dias internamento doentes tratados

169.640

171.942

174.297

2.355

1,37%

Demora média

8,40

8,71

9,20

0,49

5,59%

Taxa ocupação

90,42

93,65

81,41

-12,24

-13,07%

Doente cama

39,30

39,26

32,39

-6,87

-17,49%

Readmissões

188

156

158

2

1,28%

Taxa mortalidade

6,19

7,16

7.08

-0,08

1,10%

Qualitativos

Quantitativos

Lotação Doentes saídos

1,59

0,24

3,32

22,79

32,67

36,05

3,33

81,41

93,65

90,42

Tabela 22 – Evolução dos indicadores quantitativos e qualitativos do internamento

1 | Dep. Emergência 2 | Dep. Medicina 3 | Dep. Cirurgia 4 | Dep Mat. Infantil 5 | Dep. Psiquiatria 6 | Dep. MFR 7 | Dep. Convalescença

2010

2011

2012

1

2

3

4

5

6

7

Gráfico 4 Taxa de ocupação (%)

Gráfico 5 Peso relativo dos doentes saídos por departamento (%)

No que se refere aos dias de internamento, verificou-se um

Doentes saídos

crescimento de 1,37%, facto que não se pode dissociar: O número de doentes saídos em 2012 foi de 18.951, indi•

A atividade em regime de ambulatório, onde são

cador que sofreu uma redução de 4,04%, corresponden-

tratadas as patologias menos complexas;

do a menos 797 doentes.

Doentes onde há protelamento da alta médica, ou

A justificação desta quebra deve-se, em larga medida,

seja, têm alta clínica mas não administrativa.

à redução da atividade operatória da especialidade de

Naturalmente, a situação acima descrita refletiu-se num aumento da demora média em quase meio-dia, situando-se em 9,20 dias.

ortopedia e na redução do número de partos que se traduz diretamente no número de internamentos no Serviço de Obstetrícia. Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

73


Estas duas especialidades suportam 79,5% da redução

na Unidade de Cuidados Intermédios, mercê da departa-

produtiva do internamento.

mentalização dos serviços hospitalares.

Cumpre ainda referir que relativamente à Medicina Inter-

Considerando, em termos restritos, apenas os serviços

na a redução deve-se apenas a um critério organizacio-

de Medicina Interna em 2012 verificou-se uma ligeira su-

nal: em 2011 a produção da Unidade AVC estava incluída

bida de 10 doentes saídos.

na Medicina Interna, em 2012 passou a ser considerada

Nº Doentes Saídos por Especialidade

2010

2011

2012

Δ 2012 face 11 (nº)

Δ 2012 face 11 (%)

Cardiologia

1.291

1.185

1.231

46

3,88%

25

9

3

-6

-66,67%

Doenças Infecciosas

126

210

203

-7

-3,33%

Gastrenterologia

609

629

613

-16

-2,54%

53

37

47

10

27,03%

2.328

3.176

2.912

-264

-8,31%

Nefrologia

658

561

422

-139

-24,78%

Neurologia

362

295

396

101

34,24%

Oncologia Médica

460

410

347

-63

-15,37%

1.142

1.068

1.210

142

13,30%

Pneumologia

577

560

666

106

18,93%

Psiquiatria

707

604

640

36

5,96%

2.415

2.258

2.204

-54

-2,39%

232

193

188

-5

-2,59%

1.128

1.124

984

-140

-12,46%

327

374

523

149

39,84%

3.514

3.182

2.961

-221

-6,95%

187

66

33

-33

-50,00%

1.731

1.735

1.322

-413

-23,80%

Otorrinolaringologia

222

143

118

-25

-17,48%

Urologia

973

1.097

919

-178

-16,23%

Unidade Cuidados Intermédios

551

319

481

162

50,78%

94

98

160

62

63,27%

Unidade Cuidados Intensivos Coronários

183

155

150

-5

-3,23%

Unidade Cuidados Intensivos Pediátricos

304

260

218

-42

-16,15%

20.199

19.748

18.951

-797

-4,04%

Dermatologia

Medicina Física e Reabilitação Medicina

Pediatria

Cirurgia Geral Cirurgia Plástica Ginecologia Neurocirurgia Obstetrícia Oftalmologia Ortopedia

Unidade Cuidados Intensivos

Total

Tabela 23 – Doentes saídos por especialidade de internamento

74


Demora média

Número de partos

A demora média é, ainda hoje, o principal indicador de

Em 2012 confirma-se a tendência decrescente do número de

gestão dos hospitais, dado o peso do internamento na

partos que já se havia registado em 2011, e consequente-

respetiva estrutura da despesa (ver tabela 24).

mente uma redução das cesarianas ainda mais acentuada.

Tratando-se de um indicador do domínio da eficiência, é

A diminuição dos partos confirma-se tanto nas mães de

também um indicador de qualidade, designadamente pelo

origem portuguesa como estrangeiras, sendo que nestas

risco associado à permanência do doente no hospital, com

continua a assumir particular relevância as nacionalidades

uma possibilidade acrescida de infeção nosocomial.

brasileira (144), romena (95) e ucraniana (60) (ver tabela 25).

Em 2012, a evolução deste indicador no Hospital de Faro é desfavorável, pois apresenta um aumento de 0,49 dias

Aumentos significativos na demora média das

20,82

21,23

Esta situação justifica-se por:

23,71

face a 2011.(ver tabela 24).

Unidades de Medicina Intensiva e pela descida da produção de Obstetrícia, cuja demora média geralmente se situa em menos de 4 dias;

Atividade em regime de ambulatório, onde são tratadas as patologias menos complexas;

Casos de protelamento de alta hospitalar, ou seja, situações em que os doentes, após alta clínica, são mantidos em internamento à espera da resposta da segurança social ou de outras soluções encontradas pela própria família. Em 2012, a situação agravou-se devido ao fato da RNCCI da região do algarve, ter perdido 20 camas de convalescença. De facto, para controlar os casos de altas proteladas é fundamental a cooperação/coordenação com a rede nacional de cuidados continuados integrados (RNCCI), que se

2010

2011

2012

Gráfico 6 Mães estrangeiras (%)

apresenta como uma solução para o problema da utilização inapropriada do internamento hospitalar, através da satisfação de necessidades de saúde e de natureza social, com relevo para as que decorrem do envelhecimento populacional.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

75


Demora Média

2010

2011

2012

Δ 2012 face 11 (nº)

Δ 2012 face 11 (%)

2,65

3,00

3,09

0,09

3,00%

Dermatologia

21,45

54,67

14,33

-40,34

-73,79%

Doenças Infecciosas

12,62

16,60

17,70

1,10

6,63%

8,43

8,52

7,37

-1,15

-13,50%

Medicina Física e Reabilitação

11,47

28,84

25,74

-3,10

-10,75%

Medicina

13,08

11,45

13,45

2,00

17,47%

Nefrologia

6,95

8,35

10,81

2,46

29,46%

Neurologia

10,22

13,03

9,75

-3,28

-25,17%

Oncologia Médica

8,20

9,77

9,72

-0,05

-0,51%

Pediatria

4,50

5,16

4,63

-0,53

-10,27%

Pneumologia

11,49

12,67

11,52

-1,15

-9,08%

Psiquiatria

19,14

20,26

21,35

1,09

5,38%

Cirurgia Geral

8,05

7,66

8,32

0,66

8,62%

Cirurgia Plástica

4,24

5,10

4,45

-0,65

-12,75%

Ginecologia

4,03

3,95

4,08

0,13

3,29%

Neurocirurgia

7,40

14,69

12,72

-1,97

-13,41%

Obstetrícia

3,84

3,95

4,05

0,10

2,53%

Oftalmologia

3,39

2,85

12,06

9,21

323,16%

10,18

10,08

12,20

2,12

21,03%

Otorrinolaringologia

5,16

8,82

11,09

2,27

25,74%

Urologia

6,64

5,95

6,91

0,96

16,13%

Unidade Cuidados Intermédios

4,25

4,34

11,17

6,83

157,37%

10,08

10,51

24,79

14,28

135,87%

Unidade Cuidados Intensivos Coronários

1,77

1,79

11,62

9,83

549,16%

Unidade Cuidados Intensivos Pediátricos

11,07

10,51

21,57

11,06

105,23%

8,40

8,66

9,20

0,54

6,24

2010

2011

2012

Δ 2012 face 11 (nº)

Δ 2012 face 11 (%)

Eutócicos

1.693

1.537

1.490

-47

-3,06%

Distócicos - cesariana

1.089

943

814

-129

-13,68%

271

252

222

-30

-11,90%

3.053

2.732

2.526

-206

-7,54%

Cardiologia

Gastrenterologia

Ortopedia

Unidade Cuidados Intensivos

Total

Tabela 24 - Evolução da Demora Média por Especialidade

Número de partos

Distócicos - outros Total Tabela 25 - Número de Partos por tipo

76


0,00

8,06

41,71

44,88

58,29

47,05

Intervenções cirúrgicas com origem no internamento Em 2012 verificou-se uma quebra de 1.062 intervenções cirúrgicas. Este significativo decréscimo é consequência, não só de não se ter realizado atividade adicional, como também na diminuição da atividade urgente. Foi a especialidade de ortopedia que registou a maior descida absoluta, com menos 448 cirurgias, representando cerca de 42% de toda a quebra produtiva. Contudo, ressalve-se o acréscimo da atividade cirúrgica programada base, que resulta da otimização dos recursos disponíveis. Na verdade, nesta área o Hospital de Faro depara-se com inúmeras dificuldades por falta

2011

de recursos médicos especializados, nomeadamente na área da anestesia, o que implica enormes constrangimentos na gestão operacional do bloco operatório.

2012 Atividade programada

Atividade urgente

Atividade adicional

70,42

29,58

68.22

Principais grupos de diagnóstico homogéneos em 2012

31,78

Gráfico 7 Peso relativo por tipologia de atividade de cirurgia (%)

Em 2012, os GDH’s cirúrgicos, aumentaram face a 2011, em termos relativos, passando de uma relevância de 29,58% para 31,78%, apesar de em termos absolutos terem sido realizados menos 891 GDH’s. A tabela 28 apresenta os 25 GDH’s mais frequentes no Internamento, comparativamente ao ano de 2011.

2011 2012 2011

2012

Gráfico 8 GHD’s cirúrgicos (%)

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

77


Doentes

Cirurgias

Indicadores

2010

2011

2012

Δ 2012 face 11 (nº)

Δ 2012 face 11 (%)

Atividade programada (base)

4.074

3.944

4.267

323

8,19%

Atividade urgente

3.746

3.762

3.053

-709

-18,85%

471

676

0

-676

-100,00%

Total

8.291

8.382

7.320

-1.062

-12,67%

Atividade programada (base)

3.210

3.059

3.375

316

10,33%

Atividade urgente

3.353

3.299

2.675

-624

-18,91%

329

583

0

-583

-100,00%

6.892

6.941

6.050

-891

-12,84%

Atividade adicional

Atividade adicional Total

Tabela 26 - Evolução da atividade em cirurgia convencional

Especialidade

2010

2011

2012

Δ 2012 face 11 (nº)

Δ 2012 face 11 (%)

Cirurgia Geral

2.294

2.328

2.303

-25

-1,07%

97

78

64

-14

-17,95%

107

153

66

-87

-56,86%

13

18

10

-8

-44,44%

Cirurgia Plástica e Reconstrutiva

223

211

209

-2

-0,95%

Ginecologia

795

730

777

47

6,44%

Ginecologia oncológica

154

188

112

-76

-40,43%

Neurocirurgia

265

270

312

42

15,56%

1.197

1.036

886

-150

-14,48%

259

59

17

-42

-71,19%

1.607

1.791

1.343

-448

-25,01%

Otorrinolaringologia

136

130

114

-16

-12,31%

Urologia

875

993

788

-205

-20,64%

Senologia

246

359

295

-64

-17,83%

23

38

24

-14

-36,84%

8.291

8.382

7.320

-1.062

-12,67%

U.T.C.O. Cirurgia Pediátrica Geral Cirurgia Pediátrica Urológica

Obstetrícia Oftalmologia Ortopedia

Outras Total

Tabela 27 - Número de cirurgias em bloco convencional por especialidade.

78


GDH

Designação GDH

Tipo

2012

2012-1

2011

629

Recém-nascido, peso ao nascer > 2499g, sem procedimento significativo em B.O., com diagnóstico de recém-nascido normal

M

2266

373

Parto vaginal, sem diagnósticos de complicação

M

1306

371

Cesariana, sem CC

C

662

89

Pneumonia e/ou pleurisia simples, idade> 17 anos, com CC

M

515

541

Perturbações respiratórias, exceto infeções, bronquite ou asma, com CC major

M

513

14

Acidente vascular cerebral com enfarte

M

446

372

Parto vaginal, com diagnósticos de complicação

M

418

430

Psicoses

M

315

127

Insuficiência cardíaca e/ou choque

M

274

359

Procedimentos no útero e/ou seus anexos, por carcinoma in situ e/ou doença não maligna, sem CC

C

268

10º

10º

533

Outras perturbações do sistema nervoso, exceto acidente isquémico transitório, convulsões e/ou cefaleias, com CC major

M

242

11º

11º

494

Colecistectomia laparoscópica, sem exploração do colédoco, sem CC

C

209

12º

12º

211

Procedimentos na anca e/ou no fémur, exceto procedimentos articulares major, idade> 17 anos, sem CC

C

192

13º

14º

219

Procedimentos no membro inferior e/ou no úmero, exceto na anca, pé ou fémur, idade >17 anos, sem CC

C

189

14º

13º

853

Procedimentos cardiovasculares percutâneos, com stent eluídor de fármacos, com enfarte agudo do miocárdio

C

189

15º

15º

167

Apendicectomia sem diagnóstico principal complicado, sem CC

C

188

16º

19º

90

Pneumonia e/ou pleurisia simples, idade > 17 anos, sem CC

M

169

17º

18º

544

Insuficiência cardíaca congestiva e/ou arritmia cardíaca, com CC major

M

165

18º

23º

818

Substituição da anca, exceto por complicações

C

164

19º

16º

775

Bronquite e/ou asma, idade < 18 anos, sem CC

M

156

20º

33º

311

Procedimentos transuretrais, sem CC

C

147

21º

17º

569

Perturbações dos rins e/ou das vias urinárias, exceto insuficiência renal, com CC major

M

140

22º

26º

557

Perturbações hepatobiliares e/ou pancreáticas, com CC major

M

134

23º

39º

383

Outros diagnósticos pré-parto, com complicações médicas

M

131

24º

22º

122

Perturbações circulatórias com enfarte agudo do miocárdio, sem complicações major, alta vivo

M

128

25º

24º

Tabela 28 - 25 GDH’s Mais frequentes no internamento Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

79


GDH

Designação GDH

2012

2011

n.º

371

Cesariana, sem CC

662

748

-86

359

Procedimentos no útero e/ou seus anexos, por carcinoma in situ e/ou doença não maligna, sem CC

268

252

16

6,3%

494

Colecistectomia laparoscópica, sem exploração do colédoco, sem CC

209

234

-25

-10,7%

211

Procedimentos na anca e/ou no fémur, exceto procedimentos articulares major, idade> 17 anos, sem CC

192

194

-2

-1,0%

219

Procedimentos no membro inferior e/ou no úmero, exceto na anca, pé ou fémur, idade> 17 anos, sem CC

189

205

-16

-7,8%

853

Procedimentos cardiovasculares percutâneos, com stent eluídor de fármacos, com enfarte agudo do miocárdio

189

194

-5

-2,6%

167

Apendicectomia sem diagnóstico principal complicado, sem CC

188

178

10

5,6%

818

Substituição da anca, exceto por complicações

164

191

-27

-14,1%

311

Procedimentos transuretrais, sem CC

147

187

- 40

-21,4%

116

Outras implantações de pacemaker cardíaco permanente

126

147

-21

-14,3%

162

Procedimentos para hérnia inguinal e/ou femoral, idade> 17 anos, sem CC

123

121

2

1,7%

808

Procedimentos cardiovasculares percutâneos, com enfarte agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca ou choque

117

104

13

12,5%

381

Abortamento com dilatação e/ou curetagem, curetagem de aspiração e/ou histerotomia

106

126

-20

-15,9%

224

Procedimentos no ombro, cotovelo ou antebraço, exceto procedimentos major nas articulações, sem CC

103

120

-17

-14,2%

651

Cesariana de alto risco, sem CC

98

108

-10

-9,3%

585

Procedimentos major no estômago, esófago, duodeno, intestino delgado e/ou intestino grosso, com CC major

96

124

-28

-22,6%

149

Procedimentos major no intestino delgado e/ou no intestino grosso, sem CC

89

93

-4

-4,3%

158

Procedimentos no ânus e/ou estomas, sem CC

81

73

8

11,0%

160

Procedimentos para hérnia exceto inguinal e/ou femoral, idade >17 anos, sem CC

81

69

12

17,4%

2

Craniotomia, idade> 17 anos, sem CC

81

63

18

28,6%

229

Procedimentos na mão ou no punho, exceto procedimentos major nas articulações, sem CC

77

128

- 51

-39,8%

315

Outros procedimentos no rim e/ou nas vias urinárias, em B.O.

74

96

- 22

-22,9%

148

Procedimentos major no intestino delgado e/ou no intestino grosso, com CC

67

92

- 25

-27,2%

165

Apendicectomia com diagnóstico principal complicado, sem CC

59

85

- 26

-30,6%

260

Mastectomia subtotal por doença maligna, sem CC

59

74

- 15

-20,3%

Tabela 29 - GDH Cirúrgicos

80

%

-11,5%


GDH

Designação GDH

2012

2011

n.º

%

629

Recém-nascido, peso ao nascer> 2499g, sem procedimento significativo em B.O., com diagnóstico de recém-nascido normal

2.266

2.391

-125

-5,2%

373

Parto vaginal, sem diagnósticos de complicação

1.306

1.376

-70

-5,1%

89

Pneumonia e/ou pleurisia simples, idade> 17 anos, com CC

515

520

-5

-1,0%

541

Perturbações respiratórias, exceto infeções, bronquite ou asma, com CC major

513

535

-22

-4,1%

14

Acidente vascular cerebral com enfarte

446

457

-11

-2,4%

372

Parto vaginal, com diagnósticos de complicação

418

416

2

0,5%

430

Psicoses

315

282

33

11,7%

127

Insuficiência cardíaca e/ou choque

274

287

-13

-4,5%

533

Outras perturbações do sistema nervoso, exceto acidente isquémico transitório, convulsões e/ou cefaleias, com CC major

242

243

-1

-0,4%

90

Pneumonia e/ou pleurisia simples, idade> 17 anos, sem CC

169

181

-12

-6,6%

544

Insuficiência cardíaca congestiva e/ou arritmia cardíaca, com CC major

165

143

22

15,4%

775

Bronquite e/ou asma, idade < 18 anos, sem CC

156

123

33

26,8%

569

Perturbações dos rins e/ou das vias urinárias, exceto insuficiência renal, com CC major

140

136

4

2,9%

557

Perturbações hepatobiliares e/ou pancreáticas, com CC major

134

110

24

21,8%

383

Outros diagnósticos pré-parto, com complicações médicas

131

143

-12

-8,4%

122

Perturbações circulatórias com enfarte agudo do miocárdio, sem complicações major, alta vivo

128

137

-9

-6,6%

121

Perturbações circulatórias com enfarte agudo do miocárdio e/ou complicações major, alta vivo

127

111

16

14,4%

379

Ameaça de abortamento

123

118

5

4,2%

620

Recém-nascido, peso ao nascer entre 2000 e 2499g, sem procedimento significativo em B.O., com diagnóstico de recém-nascido normal

120

133

-13

-9,8%

316

Insuficiência renal

113

82

31

37,8%

321

Infeções dos rins e/ou das vias urinárias, idade> 17 anos, sem CC

113

130

-17

-13,1%

88

Doença pulmonar obstrutiva crónica

113

78

35

44,9%

204

Perturbações do pâncreas, exceto por doença maligna

110

128

-18

-14,1%

208

Perturbações das vias biliares, sem CC

103

145

-42

-29,0%

320

Infeções dos rins e/ou das vias urinárias, idade> 17 anos, com CC

103

101

2

2,0%

Tabela 30 – GDH’s Médicos Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

81


Ambulatório programado

Cirurgia de ambulatório

A atividade em regime de ambulatório diminuiu signi-

A atividade cirúrgica de ambulatório em 2012 confirma

ficativamente em todas as linhas de atividade, fato em

a tendência decrescente verificada nos últimos anos,

grande parte justificado por não ter sido realizada ati-

apresentando uma redução significativa na ordem dos

vidade adicional.

35,71%. Esta quebra é particularmente acentuada nas especialidades de Oftalmologia e Dermatologia, especialidades onde o hospital apresenta fortes restrições ao nível dos recursos médicos.

Indicadores

2010

2011

2012

Δ 2012 face 11 (nº)

Δ 2012 face 11 (%)

5.426

4.584

2.947

-1.637

-35,71%

206.125

207.820

185.157

-22.663

-10,91%

Nº 1as Consultas Médicas

62.883

61.288

54.235

-7.053

-11,51%

Nº Sessões

21.433

23.010

18.191

-4.819

-20,94%

57,45

49,78

40,85

-8,93

-17,94%

30,51

29,78

29,29

-0,49

-1,64%

4,14

4,58

4,75

0,17

3,76%

Qualitativos

Quantitativos

Nº Cirurgias Ambulatório Nº Consultas Médicas

% Cirurgias Ambulatório no total Atividade Cirúrgica Programada Taxa de Acesso às Consultas Externas Nº de Sessões HDI por Doente

Tabela 31 - Indicadores da atividade programada de ambulatório Especialidade

2010

2011

2012

Δ 2012 face 11 (nº)

Δ 2012 face 11 (%)

Cirurgia Geral

627

642

692

50

7,79%

Cirurgia Pediátrica Geral

230

344

155

-189

-54,94%

25

75

27

-48

-64,00%

Cirurgia Plástica e Reconstrutiva

164

172

331

159

92,44%

Dermatologia

991

677

179

-498

-73,56%

Estomatologia

70

95

68

-27

-28,42%

229

394

282

-112

-28,43%

Neurocirurgia

0

1

0

-1

-100,00%

Oftalmologia

2.447

1.176

553

-623

-52,98%

Ortopedia

323

526

282

-244

-46,39%

Otorrinolaringologia

193

206

164

-42

-20,39%

Pneumologia

12

32

23

-9

-28,13%

Urologia

18

96

45

-51

-53,13%

Senologia

97

148

146

-2

-1,35%

5.426

4.584

2.947

-1.637

-35,71%

Cirurgia Pediátrica Urológica

Ginecologia

Total

Tabela 32 - Número de cirurgias de ambulatório por especialidade

82


A tabela 33 identifica os 25 GDH’s mais produzidos (cerca de 87% do total produzido) nesta linha de atividade.

GDH

Designação GDH

2012

2011

n.º

%

222

Procedimentos no joelho, sem CC

573

83

490

590,36%

266

Enxerto cutâneo e/ou desbridamento, exceto por úlcera da pele ou celulite, sem CC

281

586

-305

-52,05%

119

Laqueação venosa e flebo-extração

215

131

84

64,12%

39

Procedimentos no cristalino, com ou sem vitrectomia

204

517

-313

-60,54%

171

115

56

48,70%

137

124

13

10,48%

162 270

Procedimentos para hérnia inguinal e/ou femoral, idade> 17 anos, sem CC Outros procedimentos na pele, no tecido subcutâneo e/ou na mama, sem CC

262

Biópsia e/ou excisão local da mama por doença não maligna

132

104

28

26,92%

6

Descompressão do túnel cárpico

114

128

-14

-10,94%

160

Procedimentos para hérnia exceto inguinal e/ou femoral, idade> 17 anos, sem CC

110

39

71

182,05%

343

Circuncisão, idade <18 anos

100

104

-4

-3,85%

40

Procedimentos extraoculares, exceto na órbita, idade> 17 anos

85

69

16

23,19%

359

Procedimentos no útero e/ou seus anexos, por carcinoma in situ e/ ou doença não maligna, sem CC

72

83

-11

-13,25%

42

Procedimentos intraoculares, exceto na retina, íris e/ou cristalino

58

56

2

3,57%

187

Extrações e/ou restaurações dentárias

53

84

-31

-36,90%

466

Continuação de cuidados, sem história de doença maligna como diagnóstico adicional

45

79

-34

-43,04%

163

Procedimentos para hérnia, idade <18 anos

42

45

-3

-6,67%

267

Procedimentos perianais e/ou pilonidais

41

55

-14

-25,45%

364

Dilatação e/ou curetagem e/ou conização, exceto por doença maligna

38

41

-3

-7,32%

55

Procedimentos diversos no ouvido, nariz, boca e/ou garganta

38

34

4

11,76%

60

Amigdalectomia e/ou adenoidectomia, idade <18 anos

37

37

0

0,00%

35

16

19

118,75%

34

2

32

1600,00%

465 468

Continuação de cuidados, com história de doença maligna como diagnóstico adicional Procedimentos extensos, em B.O., não relacionados com o diagnóstico principal

494

Colecistectomia laparoscópica, sem exploração do colédoco, sem CC

32

18

14

77,78%

158

Procedimentos no ânus e/ou estomas, sem CC

31

34

-3

-8,82%

362

Laqueação de trompas, endoscópica

31

61

-30

-49,18%

Tabela 33 - 25 GDH’s Mais produzidos.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

83


Consulta externa As Consultas Externas registaram um decréscimo de

Efetivamente as especialidades que apresentaram maiores

10,91%, tendo sido realizadas menos 22.663 consultas

subidas foram na área médica: Pediatria (+1.609), Oncolo-

face a 2011, sendo que este decréscimo de atividade re-

gia Médica (1.589) e Medicina Física e Reabilitação (1.228).

sulta, quer de primeiras consultas, quer de subsequentes.

O número de primeiras consultas baixou em 2012 em li-

A tendência decrescente é mais acentuada nas especia-

nha com o total de consultas: um decréscimo na ordem

lidades cirúrgicas, em linha portanto, com a quebra pro-

dos 11%. Em termos absolutos a quebra foi de 7.053 con-

dutiva das intervenções cirúrgicas.

sultas, valor que se distancia da quebra verificada em

42,23

40,76

2,43

2,93

0,08

0,08

11,47

11,12

12,72

14,88

31,07

30,22

2011: menos 1.595. Todavia em 2012, em termos relativos, é mantida uma Taxa de Acesso semelhante a 2011, na ordem dos 29%, ficando ligeiramente aquém do objetivo contratualizado para este indicador (30%).

2011 2012

Saliente-se que cerca de 15% das consultas marcadas não foram realizadas, sendo a principal razão a falta do utente. Acresce referir que, proporcionalmente, as consultas provenientes dos Centros de Saúde aumentaram 0,85%, no universo das primeiras consultas. Apesar deste indicador ter melhorado, caso tivessem sido realizadas as cerca de 7.800 consultas marcadas e não realizadas, o objetivo definido em Contrato Programa para a acessibilidade em primeiras consultas teria

Cuidados Urgências Internade saúde mento

Hospital de dia

Consulta Outros privada

sido alcançado.

Gráfico 9 - Evolução das consultas por origem de referência (%)

Indicadores de atividade

2010

2011

2012

Δ 2012 face 11 (nº)

Δ 2012 face 11 (%)

Primeiras

62.883

61.288

54.235

-7.053

-11,51%

Seguintes

143.242

146.532

130.922

-15.610

-10,65%

Total

206.125

207.820

185.157

-22.663

-10,91%

Tabela 34 - Evolução das consultas externas por tipo

84


Especialidade

2010

2011

2012

Δ 2012 face 11 (nº)

Δ 2012 face 11 (%)

Anestesiologia

5.166

5.428

3.612

-1.816

-33,46%

Cardiologia

5.685

7.065

6.891

-174

-2,46%

13.285

16.013

12.821

-3.192

-19,93%

Cirurgia Plástica

2.483

2.331

2.175

-156

-6,69%

Dermatologia

8.898

8.090

4.889

-3.201

-39,57%

Doenças Infecciosas

3.840

4.405

4.519

114

2,59%

292

298

295

-3

-1,01%

2.523

2.423

2.919

496

20,47%

10.247

11.181

10.261

-920

-8,23%

0

206

112

-94

-45,63%

Ginecologia

7.338

7.911

7.660

-251

-3,17%

Hematologia Clinica

9.351

10.746

7.322

-3.424

-31,86%

Imunoalergologia

1.321

1.547

1.750

203

13,12%

Imuno-hemoterapia

9.881

10.415

9.924

-491

-4,71%

Medicina Física e Reabilitação

5.446

6.448

7.676

1.228

19,04%

11.885

10.594

9.927

-667

-6,30%

Nefrologia

7.948

6.644

5.518

-1.126

-16,95%

Neurocirurgia

2.161

3.777

2.193

-1.584

-41,94%

Neurologia

2.437

3.189

3.240

51

1,60%

Obstetrícia

10.714

10.228

9.726

-502

-4,91%

Oftalmologia

17.832

10.261

7.960

-2.301

-22,42%

7.600

8.428

10.017

1.589

18,85%

14.862

15.774

11.589

-4.185

-26,53%

4.643

5.813

5.616

-197

-3,39%

11.449

8.436

9.750

1.314

15,58%

Pneumologia

4.856

5.305

5.632

327

6,16%

Psiquiatria

9.030

10.285

9.710

-575

-5,59%

Reumatologia

1.581

1.226

1.166

-60

-4,89%

Senologia

5.757

6.466

4.947

-1.519

-23,49%

Urologia

4.583

5.426

4.679

-747

-13,77%

Medicina no Trabalho

3.031

1.461

661

-800

-54,76%

206.125

207.820

185.157

-22.663

-10,91%

Cirurgia Geral

Endocrinologia Estomatologia Gastrenterologia Genética

Medicina

Oncologia Médica Ortopedia Otorrinolaringologia Pediatria

Total

Tabela 35 - Número de consultas externas por especialidade

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

85


Especialidade

2010

2011

2012

Δ 2012 face 11 (nº)

Δ 2012 face 11 (%)

Anestesiologia

3.715

2.845

1.821

-1.024

-35,99%

Cardiologia

1.833

2.177

2.253

76

3,49%

Cirurgia Geral

5.837

5.893

5.527

-366

-6,21%

731

700

735

35

5,00%

3.068

3.491

2.335

-1.156

-33,11%

352

309

658

349

112,94%

90

102

86

-16

-15,69%

1.008

951

1.058

107

11,25%

0

156

60

-96

-61,54%

Gastrenterologia

2.810

3.005

2.607

-398

-13,24%

Ginecologia

2.544

2.530

2.274

-256

-10,12%

Hematologia Clinica

635

506

602

96

18,97%

Imunoalergologia

273

264

276

12

4,55%

Imuno-Hemoterapia

1.618

1.951

1.544

-407

-20,86%

Medicina Física e Reabilitação

1.694

2.050

2.650

600

29,27%

Medicina

3.072

2.441

2.454

13

0,53%

Nefrologia

1.156

1.148

979

-169

-14,72%

Neurocirurgia

848

805

951

146

18,14%

Neurologia

899

1.289

1.287

-2

-0,16%

Obstetrícia

5.013

4.694

4.460

-234

-4,99%

Oftalmologia

7.205

3.272

2.635

-637

-19,47%

767

960

1.483

523

54,48%

Ortopedia

6.697

6.790

5.120

-1.670

-24,59%

Otorrinolaringologia

2.129

2.941

2.709

-232

-7,89%

Pediatria

3.851

3.427

2.878

-549

-16,02%

Pneumologia

1.194

1.187

1.309

122

10,28%

Psiquiatria

1.115

804

733

-71

-8,83%

Reumatologia

332

221

226

5

2,26%

Senologia

864

1.011

1.116

105

10,39%

1.289

1.476

1.290

-186

-12,60%

244

112

119

7

6,25%

62.883

59.508

54.235

-5.273

-8,86%

Cirurgia Plástica Dermatologia Doenças Infeciosas Endocrinologia Estomatologia Genética

Oncologia Médica

Urologia Medicina no Trabalho Total

Tabela 36 - Número de primeiras consultas externas por especialidade

86


Hospital de dia O Hospital de Dia registou um decréscimo de 4.819 sessões, menos 20,94% que em 2011.

No entanto, esta diminuição não é real, pois resulta de ajustamentos ao nível dos registos administrativos destes trata-

Esta diminuição verificou-se especialmente na especialidade de Infeciologia, que reduziu 87,58% o seu número de sessões, ou seja, menos 3.053. representando 63% de toda a quebra produtiva.

mentos, dado que em anos transatos o registo da colheitas de sangue eram registados como sessões de infeciologia, Todavia, o aumento do número de sessões por doente é de destacar, dado que a quebra produtiva não foi acompanhada na mesma proporção pela diminuição do

2010

2011

2012

2010

Gráfico 10 Evolução de sessões por doente (%)

3,82

6,48

6,80

4,75

3,55

3,15

número de doentes tratados.

2011

2012

Gráfico 11 Doentes tratados (%)

Especialidade

2010

2011

2012

Δ 2012 face 11 (nº)

Δ 2012 face 11 (%)

Doenças infeciosas

4.075

3.486

433

-3.053

-87,58%

572

641

819

178

27,77%

2.823

3.439

2.966

-473

-13,75%

798

711

595

-116

-16,32%

Oncologia (s/quimioterapia)

4.576

5.096

3.908

-1.188

-23,31%

Outros

3.605

4.076

4.129

53

1,30%

Pediatria

2.550

2.043

1.657

-386

-18,89%

852

756

949

193

25,53%

1.582

2.762

2.735

-27

-0,98%

21.433

23.010

18.191

-4.819

-20,94%

Hematologia clínica Hemodialise Nefrologia

Pneumologia Psiquiatria Total

Tabela 37 - Número de sessões no Hospital de Faro por especialidade Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

87


GDH’s médicos de ambulatório O quadro seguinte identifica os GDH’s médicos produzidos em ambulatório. À semelhança dos anos anteriores, os GDH’s gerados no âmbito do tratamento das patolo-

gias oncológicas representam 96% do total, tendo sido registado, um crescimento de 5,89%, relativamente ao ano transato, no que diz respeito à radioterapia.

GDH Designação GDH

2011

n.º

%

16.132

15.234

898

5,89%

6.581

6.669

- 88

-1,32%

409

Radioterapia

410

Quimioterapia

125

Perturbações circulatórias exceto enfarte agudo do miocárdio, com cateterismo cardíaco, sem diagnóstico complexo

307

321

- 14

-4,36%

35

Outras perturbações do sistema nervoso, sem CC

149

164

- 15

-9,15%

854

Procedimentos cardiovasculares percutâneos, com stent eluidor de fármacos, sem enfarte agudo do miocárdio

88

100

Sintomas e/ou sinais respiratórios, sem CC

86

27

59

218,52%

876

Quimioterapia com leucemia aguda como diagnóstico adicional ou com uso de alta dose de agente quimioterapêutico

61

115

-54

-46,96%

323

Cálculos urinários, com CC e/ou litotrícia extracorporal por ondas de choque

60

100

-40

-40,00%

466

Continuação de cuidados, sem história de doença maligna como diagnóstico adicional

48

101

-53

-52,48%

117

Revisão de pacemaker cardíaco, exceto substituição do gerador

30

124

Perturbações circulatórias exceto enfarte agudo do miocárdio, com cateterismo cardíaco e/ou diagnóstico complexo

20

118

Substituição do gerador de pacemaker cardíaco

465 543

Continuação de cuidados, com história de doença maligna como diagnóstico adicional Perturbações circulatórias, exceto enfarte agudo do miocárdio, endocardite, insuficiência cardíaca congestiva e/ou arritmia, com CC major

88

30 17

8

3

7

36

-29

-80,56%

7

15

-8

-53,33%

Outros procedimentos vasculares, com CC major

6

6

852

Procedimentos cardiovasculares percutâneos, com stent não eluidor de fármacos, sem enfarte agudo do miocárdio

5

5

15

Acidente vascular cerebral não específico e/ou oclusão pré-cerebral sem enfarte

3

3

12

Perturbações degenerativas do sistema nervoso

2

2

432

Outros diagnósticos de perturbações mentais

2

461

Procedimentos em B.O., com diagnóstico de outros contactos com os serviços de saúde

2

2

87

Edema pulmonar e/ou insuficiência respiratória

1

1

99

Sintomas e/ou sinais respiratórios, com CC

1

1

1

1

1

1

112

Outros procedimentos cardiotorácicos sem diagnóstico principal de anomalia congénita Procedimentos cardiovasculares percutâneos, sem enfarte agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca ou choque

21

-19

133

Aterosclerose, sem CC

1

1

341

Procedimentos no pénis

1

1

408

Perturbações mieloproliferativas ou doenças malignas mal diferenciadas, com outros procedimentos em B.O.

1

1

479

Outros procedimentos vasculares, sem CC

1

1

812

Disfunção, reação e/ou complicação de dispositivo ou procedimento em B.O., cardíaco ou vascular

1

Tabela 38 – GHD’s Médicos de ambulatório

17,65%

8

550

108

88

2012

6

-5

-90,48%

-83,33%


Acessibilidade Lista de espera cirúrgica Apesar de em 2012 se ter verificado uma redução na produção cirúrgica programada (-20%) face a 2011, esta não influenciou o número de episódios em LIC, tendo-se verificado uma redução de 25% face ao mesmo período de 2011. De acordo, com os dados do SIGLIC, em 31/12/2012 existiam registados em LIC 3.736 episódios no Hospital de Faro, menos 25% do que em Dezembro de 2011 (-1.255 episódios). As especialidades onde se verificou uma maior redução foram:

Cirurgia Geral (-32%); Cirurgia Plástica (-51%); Dermatologia Cirúrgica (-98%); Oftalmologia (-43%) e UTCO (-42%). A média de tempo de espera para cirurgia agravou-se em 0,4 meses, passando dos 5,7 meses em 2011, para 6,1 meses em 2012. Conforme dados da tabela 38, o número de episódios com o TMEG (Tempo Máximo de Espera Garantido) reduziu 25% em 2012, face a 2011. Redução esta proporcionalmente equivalente à verificada nos episódios em LIC.

Indicadores de LIC

2010

2011

2012

∆ 2012 face 2011 (nº)

∆ 2012 face 2011 (%)

Episódios em LIC

4.536

4.991

3.736

-1255

-25%

Média do tempo de espera (meses)

5,5

5,7

6,1

0,4

7%

Mediana do tempo de espera (meses)

4,7

4,6

4,5

-0,1

-2%

Episódios em LIC com tempo de espera superior à prioridade (todas as patologias)

660

864

648

-216

-25%

Episódios em LIC com tempo de espera superior a 9 meses independentemente da prioridade

551

664

575

-89

-13%

Tabela 39 - Indicadores de LIC

Serviço de urgência Os hospitais têm pouca capacidade de intervenção no que se refere à procura do serviço de urgência, o que não deixa de se traduzir numa limitação do planeamento desta atividade. Contrariando a tendência crescente dos anos anteriores, salvaguardando que a Urgência de Obstetrícia/Ginecologia já havia registado um decréscimo em 2011, o número de atendimentos baixou, na generalidade do Serviço de Urgência (12,49%), com uma redução de 18.747 atendimentos.

Para este fato contribuiu diretamente o aumento das taxas moderadoras, que manifestamente permitiu moderar o recurso ao serviço, dado que em muitas situações não seriam verdadeiramente urgentes. Pese embora se tenha verificado uma redução na produção do Serviço de Urgência, em termos absolutos verificou-se uma redução do número de óbitos, e uma redução muito significativa do número de Utentes que não responderam, sugerindo um aproveitamento mais otimizado nos recursos existentes.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

89


Destino da Urgência Geral

2010

2011

2012

Δ 2012 face 11 (nº)

Δ 2012 face 11 (%)

Exterior

47.863

50.506

41.284

-9.222

-18,26%

Internamento

11.397

10.583

10.465

-118

-1,11%

254

376

358

-18

-4,79%

1.590

1.652

1.492

-160

-9,69%

Consulta Externa

10.329

10.160

8.860

-1.300

-12,80%

Centro Saúde

11.239

12.272

10.745

-1.527

-12,44%

Abandono

3.823

1.877

1.665

-212

-11,29%

Não respondeu

2.180

2.703

1.904

-799

-29,56%

Falecidos Transferidos Out. Hospitais

5,91

7,80

0,38

0,40

24,76

27,80

54,18

51,30

12,84

11,40

0,50

0,50

1,44

0,90

Tabela 40 - Destino dos doentes atendidos

2011 2012

Cor

Não aplicável

Vermelho

Laranja

Amarelo

Verde

Azul

Genérico

0:22:36

Vermelho

00:48:44

Laranja

00:29:49

Amarelo

01:31:55

Verde

03:54:32

Azul

12:38:57

Branco

10:23:59

Total

02:33:59

Branco

Gráfico 12 Triagem de Manchester

No que se refere à classificação de grau de prioridade clí-

Os tempos de espera para atendimento (desde a triagem

nica, na urgência geral, constata-se que a percentagem de

até à primeira observação médica) variam consideravel-

doentes urgentes aumentou face a 2011, o que contraria

mente consoante a prioridade, sendo que em termos

a tendência de anos anteriores, confirmando-se assim a

médios, o tempo de espera na urgência geral em 2012

verdadeira razão do aumento das taxas moderadoras.

foi de 2horas e 34 minutos.

90


Meios complementares de diagnóstico Realizados no Hospital de Faro

Realizados no exterior

As técnicas realizadas no Hospital revelam uma diminui-

Os exames requisitados ao exterior registaram em 2012

ção em linha com a quebra registada nas diferentes linhas

um aumento expressivo no âmbito da Consulta Exter-

de produção. De registar que todas as linhas de atividade

na, que se deve em larga medida a exames de Imagio-

diminuíram a sua produção, contudo existe um decréscimo

logia. O aumento desta atividade resulta da carência de

de exames associados ainda mais expressivo, indicando, por-

recursos médicos da especialidade, conjugada com da

tanto, uma utilização mais criteriosa dos recursos disponíveis.

suspensão da atividade adicional interna (ver tabela 42).

Para este fato contribuiu, de forma positiva, o processo de informatização, designadamente no que concerne à obrigatoriedade da prescrição eletrónica por parte dos serviços requisitantes (ver tabela 41).

MCDT`s por área requisitante

2010

2011

2012

Δ 2012 face 11 (nº)

Δ 2012 face 11 (%)

82.673

84.652

72.973

-11.579

-13,69%

Urgência

669.842

671.171

587.095

-84.076

-12,53%

Consulta Externa

619.035

596.230

575.492

-20.738

-3,48%

Internamento

543.099

529.106

466.092

-63.014

-11,91%

Laboratórios

14.111

19.341

5.630

-13.711

-70,89%

1.928.760

1.900.500

1.707.282

-193.118

-10,16%

MCDT`s por área requisitante

2010

2011

2012

Δ 2012 face 11 (nº)

Δ 2012 face 11 (%)

Hospital de Dia

413

250

220

-30

-12,00%

Urgência

755

129

195

66

51,16%

12.731

8.771

14.640

5.869

66,91%

Internamento

5.048

2.297

2.241

-56

-2,44%

Laboratórios

17.122

17.432

16.814

-618

-3,55%

Total

36.069

28.879

34.110

5.231

18,11%

Hospital de Dia

Total

Tabela 41 - Realizados no Hospital de Faro

Consulta Externa

Tabela 42 - Realizados no exterior

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

91


Outras atividades Gabinete do Utente Sim – Cidadão O Gabinete do Utente funciona em conjunto com o Ser-

Paralelamente foram recebidas 1.029 exposições na for-

viço Social. Assenta num modelo de atendimento perso-

ma escrita, entradas pelas diferentes vias de participa-

nalizado e tem como atribuições, entre outras, as previs-

ção disponíveis: Livro Amarelo, Internet, carta, caixa de

tas no Despacho 26/86 de 24/07/1986, do Ministério da

sugestões, sendo que 82% correspondem a entradas no

Saúde, a saber:

Livro Amarelo. O quadro 1 retrata a evolução e tipologia

Informar os utentes dos seus direitos e deveres em relação aos Serviços de Saúde;

Receber as reclamações sobre o funcionamento dos Serviços e/ou o comportamento dos funcionários;

das exposições escritas: Apresentam-se como causas para o aumento do número de exposições: •

participação cívica,

Receber as sugestões formuladas pelos utentes no que respeita à organização e funcionamento dos Serviços.

posta a todas as exposições dos utentes do Serviço Nacional de Saúde.

Maior diferenciação dos serviços,

Alteração e adaptação aos novos procedimentos implementados em alguns serviços, como a urgência e a imagiologia,

O Gabinete do Utente integra o sistema designado por Sim-Cidadão (Despacho 5081/2005, 2ª série) do Gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, “que se destina a fazer a recolha, tratamento e monitorização das exposições feitas pelos utentes do S.N.S.” Durante o ano de 2012, o Gabinete do Utente atendeu 535 utentes e decorrente desse atendimento acionaramse 1.082 atos.

Aumento dos meios disponíveis ao cidadão para efetuarem as suas exposições,

Ao Gabinete do Utente é conferida a responsabilidade pela análise, tratamento, proposta de resolução e res-

Maior consciencialização das pessoas e

Alterações legislativas (ex. taxas moderadoras e transporte em ambulância).

Em relação aos tempos de resposta, verifica-se um aumento do número de exposições respondidas em menos de 90 dias, refletidas pelo aumento das respostas dadas entre os 61 e os 90 dias, como pode ser observada na tabela 44. Mantêm-se as dificuldades em responder às exposiçes elaboradas pelo cidadão no prazo de 30 dias.

92


Ano

Reclamação

Elogio

Sugestão

Total

2011

782

92

30

904

2012

880

120

29

1029

Tabela 43 – Evolução e tipologia das exposições escritas.

Número de dias

Até 30 dias

De 31 a 60 dias

De 61 a 90 dias

Mais de 90 dias

2011

36.84

12.71

8.72

41.72

2012

25.82

25.12

17.52i

31.54

Tabela 44 – Tempos de resposta

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

93


Serviço de Auditoria Interna A atividade de Auditoria Interna tem como objetivo cola-

os objetivos genéricos previstos para o ano, tendo em

borar na adoção de decisões estruturantes, que promo-

termos do cumprimento do PAA sido realizadas 3 das

vam a qualidade do Hospital/Serviços e que contribuam

4 auditorias que se encontravam inicialmente prevista,

para uma otimização da gestão e desenvolvimento es-

conforme se apresenta na tabela 45.

tratégico do Hospital. Foi também prestado o apoio solicitado pelo CA no Foi com o objetivo de cumprir este desígnio que foi de-

acompanhamento e na coordenação das respostas re-

senvolvida toda a atividade do Serviço de Auditoria In-

metidas às entidades inspetoras externas (IGAS).

terna (SAI) durante o ano de 2012. No âmbito das atividades internas, e no que respeita à No ano em análise ocorreram algumas alterações no

formação do pessoal, o auditor interno participou em

funcionamento deste serviço, nomeadamente, a altera-

três das ações realizadas pelo IPAI - Instituto Português

ção da sua designação, a mudança do auditor interno

de Auditoria Interna.

responsável e dos recursos humanos afetos ao seu funcionamento, bem como, o âmbito da sua atuação, uma

Por último, cumpre referir que foi reformulado o Plano

vez que a sua atividade ficou dedicada em exclusivo à

Anual de Atividades do SAI para 2012 e no mês de Dezem-

auditoria interna.

bro foi elaborado o plano para o ano de 2013, cumprindo já as orientações previstas no novo Estatuto dos Hospitais

Em termos da atividade desenvolvida pelo SAI, é de re-

E.P.E. (Decreto-Lei nº 244/2012, de 9 de Novembro).

ferir que as alterações estruturais acima apresentadas condicionaram em termos temporais a realização de um Plano Anual de Auditorias (PAA) mais ambicioso, uma vez que o mesmo foi aprovado pelo Conselho de Administração (CA) no mês de Maio. Cumpre ainda referir neste âmbito, que a execução do PAA ficou também condicionada pelo número de recursos humanos afetos a este serviço, que na maior parte do ano se limitou apenas ao auditor interno.Pese embora os condicionalismos atrás mencionados, foram cumpridos

Auditorias previstas em plano de atividade de 2012

Início de trabalhos

Relatório final

Transportes de doentes não urgente

17.Mai.2012

25.Set.2012

Controle de existências em armazéns

12.Jun.2012

8.Fev.2013

Contratos de assistência técnica

8.Ago.2012

23.Jan.2013

Procedimentos de aquisições Tabela 45 – Cumprimento do PAA.

94

Transferida para o PAA 2013


Gabinete de Comunicação A atuação do Gabinete de Comunicação centra-se genericamente na dinamização e sistematização de ações de comunicação interna e externa que contribuam para

Destacam-se, pela sua importância, as seguintes ações: •

concretização de ações, dentro do Hospital de

melhorar a acessibilidade e proximidade do Hospital de

Faro ou na comunidade, desde que se revistam de

Faro junto dos seus públicos, bem como projetar uma

interesse para a instituição e para os seus públicos.

imagem positiva da instituição e dos seus profissionais, contribuindo simultaneamente, para elevar os níveis de

motivação e sentido de pertença.

Gestão de conteúdos de todas as plataformas virtuais de comunicação – Site Institucional, Intranet e presença do Hospital de Faro nas redes

Assim, durante o ano de 2012, o Gabinete de Comunica-

sociais.

ção desenvolveu e apoiou as atividades de comunicação e de cooperação no seio do Hospital de Faro, e entre este

Apoio comunicacional na planificação e

e outras entidades externas.

Divulgação, acompanhamento e cobertura mediática das iniciativas ou eventos importantes para a instituição.

Elaboração de notícias, envio de comunicados de imprensa e redação de respostas a fornecer à imprensa sobre matérias importantes para a imagem do Hospital de Faro na comunidade ou no sentido de promover a divulgação de boas práticas ou iniciativas promovidas pelos serviços.

Criação e dinamização da Política de Protocolos Comerciais (vantagens para os profissionais, com o objetivo de estimular o sentimento de pertença e reforçar a perceção de que trabalhar no Hospital de Faro é efetivamente uma vantagem).

Conceção e implementação de estratégias que reforcem a identidade visual corporativa do Hospital. de Faro

Criação, divulgação e padronização de materiais gráficos e de comunicação.

Normalização gráfica de documentação de circulação interna e apoio na sua codificação e implementação.

Assessoria aos órgãos de gestão em matéria de comunicação.

Articulação com os órgãos de comunicação social sobre matérias do foro institucional.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

95


96


Capítulo 6 Análise Económico-Financeira Tal como já foi referido o ano 2012 foi um ano onde se

Cumprimento do Contrato Programa em termos

verificou uma alteração ao nível da gestão, passando a

económico-financeiros, não se ultrapassando a

gestão orçamental e ser um fator decisivo no momento

orçamento previsto, mesmo após a especialização do

da tomada de decisão.

subsídio de férias, custo não previsto em CP;

Esta medida estratégica permitiu:

EBITDA de -2.016.417,11€, aproximando-se do indicador de eficiência económica exigido pelo

Redução de custos em 10,63%, registando-

Ministério da Saúde. Contudo sem a aplicação

se uma despesa inferior à verificada em

do acórdão do Tribunal Constitucional o valor do

2011 (-14.757.557,07€), sendo que antes da

EBITDA seria positivo em 1.182.244€

especialização do subsídio de férias a redução de custos seria de 12,83%

Resultados

2010

2011

2012

-14.680.390,97 €

-28,86%

-18.916.560,19 €

54,44%

-8.618.805,73 €

-908.324,37 €

4,05%

-871.559,06 €

57,54%

-370.083,82 €

Resultados correntes

-15.588.715,34 €

-26,94%

-19.788.119,25 €

54,57%

-8.988.889,55 €

Resultados antes de impostos

-18.224.072,75 €

6,53%

-17.034.106,40 €

67,57%

-5.523.671,17 €

Resultado líquido do exercício

-18.229.316,68 €

6,48%

-17.047.387,00 €

67,53%

-5.535.277,25 €

EBITDA

-10.070.630,55 €

-36,83%

-13.779.843,92 €

85,37%

-2.016.417,11 €

Resultados operacionais Resultados financeiros

Tabela 46 – Análise económico-financeira.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

97


0

-5000000

-10000000

-15000000

-20000000

2010 2011 2012

Resultados Operacionais

Resultados Financeiros

Resultados Correntes

Resultados Antes de Impostos

Resultado Líquido do Exercício

EBITDA

2010

-14680390,97

-908.324,37

-15.588.715,34

-18.224.072,75

-18.229.316,68

-10.070.630,55

2011

-18916560,19

-871.559,06

-20.528.286,89

-17.034.106,40

-17.047.387,00

-13.779.843,92

2012

-8.618.805,73

-370.083,82

-8.988.889,55

-5.523.671,17

-5.535.277,25

-2.016.417,11

Gráfico 13 Resultados económico-financeiros

98


Conta

Designação

2010

2011

2012

CUSTOS E PERDAS 61

Custo das merc. vendidas e das mat. consumidas

42.508.179,98 €

-2,44%

41.470.267,47 €

-21,85%

32.409.413,07 €

62

Fornecimentos e serviços externos

29.413.105,67 €

-6,45%

27.515.803,68 €

-13,14%

23.899.204,75 €

71.921.285,65 €

-4,08%

68.986.071,15 €

-18,38%

56.308.617,82 €

Sub-Total Custos com pessoal 641+642

Remunerações

57.062.844,29 €

-7,73%

52.649.477,57 €

-4,24%

50.418.560,06 €

643/4/5/6/7/8

Encargos Sociais

10.055.407,91 €

-10,57%

8.992.313,24 €

-4,41%

8.595.690,15 €

67.118.252,20 €

-8,16%

61.641.790,81 €

-4,26%

59.014.250,21 €

4.413.347,24 €

-2,23%

4.314.978,88 €

-3,12%

4.180.260,28 €

Sub-Total 66

Amortizações e ajustamentos do exercício

67

Provisões

196.413,21 €

318,37%

821.737,39 €

194,76%

2.422.128,34 €

65

Outros custos e perdas operacionais

215.661,76 €

-24,44%

162.960,55 €

-7,25%

151.150,96 €

143.864.960,06 €

-5,52%

135.927.538,78 €

-10,19%

122.076.407,61 €

937.318,56 €

-6,44%

876.985,39 €

4,87%

919.726,91 €

144.802.278,62 €

-5,52%

136.804.524,17 €

-10,09%

122.996.134,52 €

3.844.865,32 €

-47,58%

2.015.435,67 €

-47,09%

1.066.268,25 €

148.647.143,94 €

-6,61%

138.819.959,84 €

-10,63%

124.062.402,77 €

5.243,93 €

153,26%

13.280,60 €

-12,61%

11.606,08 €

148.652.387,87 €

-6,61%

138.833.240,44 €

-10,63%

124.074.008,85 €

-18.229.316,68 €

-6,48%

-17.047.387,00 €

-67,53%

-5.535.277,25 €

130.423.071,19 €

121.785.853,44 €

118.538.731,60 €

121.719.943,36 €

-8,42%

111.476.821,26 €

-3,71%

107.338.565,09 €

138.838,23 €

-35,61%

89.402,09 €

79,55%

160.519,60 €

7.325.787,50 €

-25,68%

5.444.755,24 €

9,44%

5.958.517,19 €

129.184.569,09 €

-9,42%

117.010.978,59 €

-3,04%

113.457.601,88 €

28.994,19 €

-81,28%

5.426,33 € 10029,19%

549.643,09 €

129.213.563,28 €

-9,44%

117.016.404,92 €

-2,57%

114.007.244,97 €

1.209.507,91 €

294,33%

4.769.448,52 €

-4,99%

4.531.486,63 €

130.423.071,19 €

-6,62%

121.785.853,44 €

-2,67%

118.538.731,60 €

(A) 68

Juros e custos similares:

(C) 69

Custos e perdas extraordinários

(E) 86

Imposto sobre o rendimento do exercício

(G) 88

Resultado líquido do exercício

Total Geral PROVEITOS E GANHOS 71 + 72

Vendas e Prestações de serviços

74

Transf. e Subs. Correntes Obtidos

73 + 76

Outros proveitos e ganhos operacionais

(B) 78

Juros e proveitos similares

(D) 79

Proveitos e ganhos extraordinários

(F)

Tabela 47 - Demonstração comparativa de resultados por naturezas

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

99


Estrutura dos custos Como se demonstra na tabela seguinte, todas as rubricas de custos operacionais apresentam reduções significativas, com especial destaque os custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (CMVM) (-21,85%); dos fornecimentos e serviços externos (FSE) (-13,14%) e dos custos com pessoal (CP) (-4,26%), sendo que as mesma serão alvo de análise mais detalhado nas próximas páginas. Refira-se que os custos com pessoal e com as CMVMV representam no seu conjunto cerca de 74%, sendo que neste hospital os FSE também tem um peso significativo devido, essencialmente, à necessidade de contratar serviços médicos em regime de prestação de serviços para colmatar a carência de especialistas.

100


Designação

2010

2011

2012

Custo das Merc. vendidas e das Mat. consumidas

42.508.179,98 €

-2,44%

41.470.267,47 €

-21,85%

32.409.413,07 €

Fornecimentos e serviços externos

29.413.105,67 €

-6,45%

27.515.803,68 €

-13,14%

23.899.204,75 €

12.688,63 €

5380,72%

695.428,23 €

-89,67%

71.849,72 €

67.118.252,20 €

-8,16%

61.641.790,81 €

-4,26%

59.014.250,21 €

4.413.347,24 €

-2,23%

4.314.978,88 €

-3,12%

4.180.260,28 €

Provisões do exercício

196.413,21 €

318,37%

821.737,39 €

194,76%

2.422.128,34 €

Outros custos e perdas operacionais

215.661,76 €

-24,44%

162.960,55 €

-7,25%

151.150,96 €

Juros e custos similares

937.318,56 €

-6,44%

876.985,39 €

4,87%

919.726,91 €

3.844.865,32 €

-47,58%

2.015.435,67 €

-47,09%

1.066.268,25 €

148.647.143,94 €

-6,61%

138.819.959,84 €

-10,63%

124.062.402,77 €

Outros fornecimentos e serviços Custos com pessoal Amortizações do Imob. corpóreo e incorpóreo

Custos e perdas extraordinários Total

0,86

1,45

0,74

0,63

0,12

0,12

1,95

0,59

3,37

3,11

47,57

44,40

19,26

19,82

26,12

29,87

Tabela 48 - Mapa comparativo de custos

2011 2012

Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas

Fornecimentos Custos com e Serviços Pessoal Externos

Amortizações Provisões do do Imobilizado exercício Corpóreo e Incorpóreo

Outros Custos e Perdas Operacionais

Juros e Custos Similares

Custos e Perdas Extraordinários

Gráfico 14 Estrutura dos custos (%)

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

101


Custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas Os CMVMC apresentam uma redução de despesa de 9.060.854€, sendo que foi em produtos farmacêuticos onde se registou a maior redução absoluta (-6.114.658,84€), seguido do material consumo clínico (-2.601.925,51€). Os resultados globais alcançados resultam sobretudo da adoção de medidas gestionárias, já referidas em capítulos anteriores, sobretudo no capítulo gestão hospitalar, conjugado com o acordo APIFARMA também já mencionado. Apesar da redução significativa de custos com os produtos farmacêuticos, os mesmos apresentam uma subida no peso dos custos com consumos, passando de cerca de 76% para 78%, sendo que este crescimento é essencialmente justificado pelo aumento da despesa com medicamentos de dispensa gratuita como à frente se demonstra.

102


1,44

1,96

2,15

20,69

22,44

24,65

77,67

75,60

73,21

2010 2011 2012 Produtos farmacêuticos

Material de consumo clínico

Outros consumos

Gráfico 15 Evolução dos produtos farmacêuticos (%) Designação

2010

2011

2012

31.118.630,71 €

0,75%

31.351.967,79 €

-19,50%

25.237.309,45 €

27.880.886,04 €

1,49%

28.296.395,75 €

-19,45%

22.793.380,01 €

2.625.608,50 €

-4,00%

2.520.571,51 €

-20,20%

2.011.361,81 €

612.136,17 €

-12,60%

535.000,53 €

-19,15%

432.567,63 €

10.477.103,47 €

-11,17%

9.307.247,35 €

-27,96%

6.705.321,84 €

Material de penso

299.714,42 €

-12,22%

263.090,05 €

-18,65%

214.011,21 €

Material de artigos cirurgicos

656.889,02 €

21,57%

798.573,94 €

-25,05%

598.495,66 €

2.472.299,51 €

-5,32%

2.340.872,76 €

-21,94%

1.827.384,26 €

Material de electromedecina

117.229,03 €

72,46%

202.167,99 €

-46,96%

107.222,07 €

Material de laboratório

170.794,22 €

3,85%

177.378,00 €

-9,55%

160.436,59 €

3.940.066,48 €

-20,86%

3.117.994,90 €

-34,77%

2.033.750,48 €

556.616,31 €

-29,15%

394.387,42 €

-16,98%

327.419,81 €

2.263.494,48 €

-11,08%

2.012.782,29 €

-28,63%

1.436.601,76 €

573,64 €

-49,20%

291,39 €

-77,65%

65,13 €

Material de consumo hoteleiro

356.148,17 €

-7,28%

330.212,72 €

-20,18%

263.583,81 €

Material de consumo administrativo

300.146,49 €

2,24%

306.870,77 €

-40,82%

181.594,50 €

Material de manutenção e conservação

255.577,50 €

-32,05%

173.677,45 €

-87,60%

21.538,34 €

42.508.179,98 €

-2,44%

41.470.267,47 €

-21,85%

32.409.413,07 €

Produtos farmacêuticos Medicamentos Reagentes e produtos de diagnóstico rápido Outros produtos farmacêuticos Material de consumo clínico

Material clínico de tratamento

Material de próteses Material de osteosintese Outro Produtos alimentares

Total

Tabela 49 - Custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

103


0,08

0.05

0,72

0,62

0,19

Dado que a despesa com medicamentos é a principal

0,31

Produtos farmacêuticos componente dos CMCMC, merece uma análise mais pormenorizada. Da análise da tabela 50 conclui-se que apenas a farmácia que manipula os medicamentos oncológicos (citotóxicos) é que apresenta um aumento de consumos. A farmácia de ambulatório é a que apresenta o maior consumo de medicamentos hospitalares. Estes consu2011

mos estão essencialmente relacionados com custos com

2012

a dispensa gratuíta de medicamentos, e ainda a medicamentos consumidos no hospital de dia de oncologia. A tabela 51 demonstra os custos com a dispensa gratuita de medicamentos, que representam mais de 50% dos custos com medicamentos, correspondendo a cerca de 70% dos custos da farmácia de ambulatório. Ainda referente aos medicamentos de dispensa gratuita, destacam-se os medicamentos biológicos, destinados ao tratamento da patologia da artrite reumatoide que o hospital por imperativo legal, está a dispensar medicamente a utentes seguidos no privado (consultas particulares).

104

Farmácia

Farmácia de ambulatório

Gráfico 16 Consumo de medicamentos por tipo - Farmácia

Farmácia de citotóxicos


Tipo Farmácia

Farmácia Farmácia ambulatório Farmácia citotóxicos Total

2011

2012

%

8.909.972,40

4.501.120,54 €

-4.408.851,86 €

-49,48%

17.705.184,82

16.418.865,41 €

-1.286.319,41 €

-7,27%

1.681.238,53

1.873.394,06 €

192.155,53 €

11,43%

28.296.395,75 €

22.793.380,01 €

-5.503.015,74 €

-19,45%

Tabela 50 – Consumo de produtos farmacêuticos

Medicamentos por patologia

2010

2011

2012

%

6.582.235,23 €

6.946.305,45

7.216.628,17 €

70.322,72 €

3,75%

614.587,90 €

451.496,87

516.495,81 €

64.998,94 €

12,58%

91.330,53 €

198.842,37

268.415,85 €

69.573,48 €

25,92%

438.409,83 €

394.546,51

428.232,07 €

33.685,56 €

7,87%

886,49 €

376,4

536,69 €

160,29 €

29,87%

371.036,25 €

382.366,36

390.663,00 €

8.296,64 €

2,12%

1.574.278,30 €

1.772.524,92

1.954.086,37 €

181.561,45 €

9,29%

Doença Crohn

372.198,20 €

326.692,21

375.602,08 €

48.909,87 €

13,02%

Medicação doentes esclerose múltipla

834.121,19 €

862.374,53

905.316,11 €

42.941,58 €

4,74%

29.212,74 €

20.346,02

14.261,95 €

-6.084,07 €

-42,66%

186.381,22 €

192.381

177.966,23 €

-14.414,77 €

-8,10%

139.757,07 €

106.528,34

90.691,43 €

-15.836,91 €

-17,46%

134.134,46 €

155.933,03

336.723,28 €

180.790,25 €

53,69%

434,45 €

2.018,18

2.489,51 €

471,33 €

18,93%

11.369.003,86 €

11.812.732,19 €

12.678.108,55 €

865.376,36 €

6,83%

HIV Insuficientes renais crónicos Doença de Gaucher Medicação doentes oncológicos Medicação doentes tuberculose e lepra Medicação doentes de Hunter Artrite, reumatoide, EA, AP, AIJP e Psor P

Medicação esclerose Lat. Ami. (ELA) Hepatite C Medicamentos cedidos c/ autorização do Conselho de Administração Medicamentos para doentes com Hemofi./ hemoglo/lupus Doentes com síndrome de Lennox Gastaurt Total

Tabela 51 - Medicamentos por patologia. Período compreendido entre janeiro e dezembro.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

105


Medicamentos por patologia

2010

2011

2012

n.º

%

809

874

925

51

5,84%

1090

1058

930

-128

-12,10%

1

1

1

0

0,00%

1514

1295

1318

23

1,78%

28

15

19

4

26,67%

1

1

1

0

0,00%

181

217

231

14

6,45%

30

31

41

10

32,26%

106

113

119

6

5,31%

Medicação esclerose Lat. Ami. (ELA)

21

18

17

-1

-5,56%

Hepatite C

58

59

51

-8

-13,56%

HIV Insuficientes renais crónicos Doença Gaucher Medicação doentes oncológicos Medicação doentes tuberculose e lepra Medicação doentes de Hunter Artrite, reumatoide, EA, AP, AIJP e Psor P Doença de Crohn Medicação doentes esclerose múltipla

Medicamentos cedidos c/ autorização do C.A.

112

104

105

1

0,96%

Medicamentos para doentes com Hemofi./ hemoglo/ lupus

4

3

10

7

233,33%

Doentes com síndrome de Lennox - Gastaurt

2

3

4

1

33,33%

2010

2011

2012

∆%

8.136,26 €

7.947,72 €

7.801,76 €

-1,84%

563,84 €

426,75 €

555,37 €

30,14%

91.330,53 €

198.842,37 €

268.415,85 €

34,99%

289,57 €

304,67 €

324,91 €

6,64%

31,66 €

25,09 €

28,25 €

12,57%

371.036,25 €

382.366,36 €

390.663,00 €

2,17%

8.697,67 €

8.168,32 €

8.459,25 €

3,56%

12.406,61 €

10.538,46 €

9.161,03 €

-13,07%

Medicação doentes esclerose múltipla

7.869,07 €

7.631,63 €

7.607,70 €

-0,31%

Medicação esclerose Lat. Ami. (ELA)

1.391,08 €

1.130,33 €

838,94 €

-25,78%

Hepatite C

3.213,47 €

3.260,69 €

3.489,53 €

7,02%

Medicamentos cedidos c/ autorização do CA

1.247,83 €

1.024,31 €

863,73 €

-15,68%

33.533,62 €

51.977,68 €

33.672,33 €

-35,22%

217,23 €

672,73 €

622,38 €

-7,48%

8.136,26 €

7.947,72 €

7.801,76 €

-1,84%

Tabela 52 – Medicamentos por patologia: número de doentes.

Medicamentos por patologia

HIV Insuficientes renais crónicos Doença de Gaucher Medicação doentes oncológicos Medicação doentes tuberculose e lepra Medicação doentes de Hunter Artrite, reumatoide, EA, AP, AIJP e Psor P Doença de Crohn

Medicamentos para doentes com Hemofi./ hemoglo/ lupus Doentes com síndrome de Lennox - Gastaurt Total

Tabela 53 – Medicamentos por patologia: Custo médio unitário por doente

106


Material consumo clínico Os custos com material de consumo clínico, no exercício em análise, apresentam uma redução de 27,96% (-2.601.925€), resultantes da diminuição da despesa com próteses (-1.084.244€); material cirúrgico (-200.078€) e outros consumos (-576.180€). Importa referir que apesar dos custos com próteses apresentarem uma diminuição em termos relativos, os custos com material de tratamento sofreram um aumen-

21,42

21,63

21,60

4,88

4,24

5,31

30,33

33,50

37,61

2,39

1,91

1,63

1,60

2,17

1,12

27,25

25,15

23,60

8,93

8,58

6,27

3,19

2,83

2,86

to de cerca de 2,1%.

2010 2011 2012

Material de penso

Material de artigos cirúrgicos

Material clínico de tratamentos

Material de Material de eletromedicina laboratório

Material de próteses

Material de osteosíntese

Outro

Gráfico 17 Evolução do material de consumo clínico (%)

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

107


Fornecimento e serviços externos Os fornecimentos e serviços externos (FSE) apresenta-

Esta alteração levou a um crescimento exponencial dos

ram em 2012, custos no valor de 23.899.204€, no entan-

custos relacionados com entidade do Ministério da Saú-

to, verifica-se uma diminuição de 3.616.599€ face a 2011.

de, uma vez que a atividade realizada no convencionado

Os subcontratos conjuntamente com os FSE III represen-

é faturada pela ARS Algarve.

tam cerca de 88% desta despesa.

No FSE III, os custos mais representativos são os trabalhos especializados e os custos com conservação e reparação.

Relativamente aos subcontratos os mesmos representam um acréscimo da despesa, o qual está estritamente

Relativamente aos trabalhos especializados a diminuição

relacionado com as alterações da responsabilidade fi-

do custo está associado à diminuição dos custos com a

nanceira dos SIGIC realizados no exterior, que até 2011

contratação dos serviços médicos, por força da reorganiza-

era da Administração Regional de Saúde da região, pas-

ção de serviços, mas também pela aplicação de normativos

sando em 2012 pela metodologia da CP, para o hospital

0,30

2,53

0,04

41,10

48,98

50,97

3,55

2,95

9,56

6,52

5,00

46,87

38,41

41,04

2,17

legais, nomeadamente no que se refere a custo por hora.

de origem.

2010 2011 2012

Subcontratos

FSE I

Gráfico 18 Evolução dos fornecimentos e serviços externos (%)

108

FSE II

FSE III

Outros FSE


Designação

2010

2011

2012

Fornecimentos e Serviços Externos

29.413.105,67 €

-6,45%

27.515.803,68 €

-13,14%

23.899.204,75 €

Subcontratos

12.072.139,03 €

-12,45%

10.569.637,68 €

5,98%

11.201.513,03 €

Realizados em entidades MS

2.185.237,12 €

-8,23%

2.005.435,74

164,27%

5.299.736,38 €

Outras Entidades

9.886.901,91 €

-13,38%

8.564.201,94

-31,09%

5.901.776,65 €

FSE I

1.469.413,86 €

22,13%

1.794.623,45 €

27,28%

2.284.111,95 €

Eletricidade

709.838,97 €

18,12%

838.492,15 €

26,46%

1.060.330,58 €

Combustíveis

154.563,58 €

81,06%

279.854,79 €

-86,02%

39.126,39 €

Água

417.549,76 €

25,63%

524.549,54 €

16,30%

610.026,94 €

0,00 €

0,00%

0,00 €

100,00%

387.431,67 €

847,27 €

32,94%

1.126,38 €

331,13%

4.856,17 €

13.194,17 €

-20,62%

10.473,06 €

-55,99%

4.608,68 €

2.869,71 €

80,44%

5.178,00 €

168,52%

13.904,01 €

Artigos para oferta

305,49 €

-71,58%

86,83 €

-100,00%

0,00 €

Rendas e alugueres

169.556,98 €

-20,46%

134.862,70 €

21,48%

163.827,51 €

687,93 €

-100,00%

0,00 €

0,00%

0,00 €

FSE II

866.786,39 €

12,83%

977.979,51 €

-46,91%

519.209,53 €

Comunicação

288.351,09 €

-19,43%

232.318,08 €

-25,55%

172.950,34 €

5.817,90 €

-46,56%

3.108,88 €

74,90%

5.437,48 €

0,00 €

0,00%

0,00 €

0,00%

0,00 €

4.486,69 €

-99,75%

11,28 €

6764,27%

774,29 €

Transportes de pessoal

0,00 €

100,00%

23,76 €

-100,00%

0,00 €

Deslocações e estadias

63.974,10 €

-14,65%

54.604,74 €

-50,89%

26.814,34 €

Comissões

0,00 €

0,00%

0,00 €

0,00%

0,00 €

Honorários

504.156,61 €

36,45%

687.912,77 €

-54,47%

313.233,08 €

14.992.077,76 €

-10,10%

13.478.134,81 €

-27,12%

9.822.520,52 €

Contencioso e notariado

4.219,00 €

-55,32%

1.885,06 €

18,84%

2.240,20 €

Conservação e reparação

2.040.568,93 €

15,36%

2.354.049,20 €

-2,49%

2.295.444,38 €

10.968,70 €

-50,48%

5.432,03 €

232,87%

18.081,61 €

Limpeza, higiene e conforto

478.582,70 €

4,26%

498.981,65 €

-0,51%

496.420,93 €

Vigilância e segurança

582.980,35 €

10,60%

644.771,01 €

-16,69%

537.156,32 €

11.874.758,08 €

-16,01%

9.973.015,86 €

-35,09%

6.473.177,08 €

12.688,63 €

5380,72%

695.428,23 €

-89,67%

71.849,72 €

Outros fluidos Ferramentas e utensílios de desgaste rápido Livros e documentação técnica Material de escritório

Despesas de representação

Seguros Royalties Transportes de mercadorias

FSE III

Publicidade e propaganda

Trabalhos especializados Outros fornecimentos e serviços

Tabela 54 - Mapa comparativo de custos

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

109


Custos com pessoal

Estrutura dos proveitos

Apesar do orçamento do hospital para 2012 ter sido ela-

Os proveitos em 2012 apresentaram uma redução de

borado de acordo com orientações emanadas através da

2,67% face ao ano transato, redução essa que resulta da

LOE 2012, houve a necessidade de em março do corren-

diminuição da atividade realizada e da descida por mais

te ano especializar o custo referente ao subsídio de férias,

um ano consecutivo dos preços unitários pagos pelo CP.

após o Tribunal Constitucional determinar o pagamento de férias em 2013.

Para uma análise rigorosa face ao período anterior convém ressalvar:

Apesar desta medida administrativa, o Hospital de Faro apresentou uma redução significativa em custos com pessoal, tal como previa no seu orçamento. Os custos com pessoal, tal como já foi referido, é rubrica com maior peso relativo, à semelhança de anos anteriores. A redução deste custo é de 4,26% (-2.627.540,60 €), sendo que se excluirmos a especialização do subsídio de férias, a redução dos custos seriam de 9,2% (-5.675.050,97 €). Em 2012, todas as variáveis dos Custos com Pessoal apresentaram uma redução, em particular os custos associados às remunerações do pessoal onde se verificou uma redução na ordem dos 2.213.739 €. Consultar página 111

Em 2012 o hospital tem valor de convergência de cerca de 4.000 milhões, variável que nunca teve;

A existência de uma avaliação prévia ao cumprimento dos indicadores de qualidade e eficiência, possibilitou a especialização dos valores correspondentes ao grau de cumprimento dos incentivos.

Ressalve-se que o hospital apresentou atrasos significativos na faturação do CP, pelo que os proveitos SNS resultaram de uma estimativa de atividade, pelo que os mesmos são previsionais. Em resultado da descida dos preços unitários, assim como da diminuição da atividade, os proveitos referentes à prestação de serviços perdeu importância, ano após ano, situando-se em 2012 nos 90%. Consultar página 112.

110


Designação

2010

2011

2012

308.346,49 €

-13,97%

265.270,36 €

-11,44%

234.930,74 €

56.754.497,80 €

-7,70%

52.384.207,21 €

-4,23%

50.170.467,78 €

Pensões

1.193.136,57 €

-36,60%

756.488,46 €

-93,79%

47.010,52 €

Encargos sem remunerações

7.878.439,73 €

-4,82%

7.498.775,72 €

-2,89%

7.282.270,20 €

88.719,60 €

141,75%

214.480,82 €

-5,54%

202.602,21 €

Encargos sociais voluntários

281.236,02 €

-15,36%

238.031,86 €

-21,35%

187.219,62 €

Outros custos com pessoal

613.875,99 €

-53,65%

284.536,38 €

-7,51%

263.162,92 €

67.118.252,20 €

-8,16%

61.641.790,81 €

-5,28%

58.387.663,99 €

Remunerações dos órgãos diretivos Remuneração do pessoal

Seg. acidentes trabalho

Total

Tabela 55 – Custos com pessoal.

As remunerações de pessoal diminuíram essencialmente devido a:

46,87

38,41

41,04

46,87

38,41

41,04

46,87

38,41

41,04

46,87

46,87

38,41

41,04

46,87

38,41

41,04

Pensões em resultado da aplicação da Lei OE/2012.

46,87

38,41

Suspensão do SIGIC realizado internamente;

41,04

38,41

Redução de trabalho extraordinário, quer em presença física, na ordem dos 14% (-651.730€), quer em prevenção, na ordem dos 24% (-362.862€);

41,04

2010 2011 2012

Remunerações base do pessoal

Suplementos remuneratórios

Horas extraordinárias

Prevenções

Noites e suplementos

Prestações sociais diretas

Subsídios de férias e de natal

Gráfico 19 Remuneração do pessoal

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

111


Designação

2010

2011

2012

121.719.943,36 €

-8,42%

111.476.821,26 €

-3,71%

107.338.565,09 €

Proveitos suplementares

865.117,26 €

-19,59%

695.621,61 €

12,86%

785.079,03 €

Transf. E Subs. correntes obtidos

138.838,23 €

-35,61%

89.402,09 €

79,55%

160.519,60 €

6.460.670,24 €

-26,49%

4.749.133,63 €

8,93%

5.173.438,16 €

28.994,19 €

-81,28%

5.426,33 €

10029,19%

549.643,09 €

1.209.507,91 €

294,33%

4.769.448,52 €

-4,99%

4.531.486,63 €

130.423.071,19 €

-6,62%

121.785.853,44 €

-2,67%

118.538.731,60 €

Vendas e prestações de serviços

Outros proveitos e ganhos operacionais Juros e proveitos similares Proveitos e ganhos extraordinários Total Geral

3,82

3,92

0,93

0,46

0,00

0,02

4,36

3,90

4,95

0,14

0,07

0,11

0,66

0,57

0,66

90,55

91,54

93,33

Tabela 56 - Mapa comparativo de proveitos

2010 2011 2012

Vendas e prestações de serviços

Proveitos suplementares

Gráfico 20 Evolução dos proveitos (%)

112

Trasnsferências e subsídios corrente sobtidos

Outros proveitos e ganhos operacionais

Juros e proveitos similares

Proveitos e ganhos extraordinários


Análise financeira e patrimonial Esta análise, que incide sobre os dados do Balanço, permite constatar que houve um acréscimo do ativo total, que, à semelhança dos anos anteriores se fica a dever aos Acréscimos e Diferimentos, que assumem um peso de 81% no Ativo e são registados em contrapartida da previsão das receitas faturáveis ao SNS. De salientar que, até à data de 31 de Dezembro de 2012, não foi possível fechar toda a faturação SNS de 2010 e 2011, pelos atrasos na validação das faturas por parte da ACSS.

Os adiantamentos anteriormente referidos, com origem na ACSS, irão continuar a influenciar os valores do passivo de curto prazo, enquanto não for possível ajustar os tempos de aceitação da faturação, facto que possibilitará o débito de elevados montantes, das contas da Classe 2 para crédito das contas da Classe 7. É de salientar a diminuição da dívida com fornecedores c/c, no valor de 20.807.780,20 €, o que significa uma redução de cerca de 30%. Esta diminuição resulta de dois fatores:

Recebimento de verba por parte da ACSS para regularização de divida vencida;

Esta situação não tem permitido o encerramento formal dos processos de faturação e o procedimento dos acertos de contas previstos nos Contratos-Programa, razão pela

Em 2012, os compromissos assumidos foram pagos

qual se verifica um aumento do valor dos Acréscimos e

dentro dos prazos de pagamento negociados com o

Diferimentos, proveniente do acumulado referente aos

fornecedor.

anos 2010/2011/2012. Nas tabelas que se seguem encontra-se registado o Balanço Comparativo em termos absolutos e percentuais. Entende-se dever salientar que quanto ao ativo líquido, em 31 de Dezembro de 2012 o mesmo ascendia a 418.268.878,52€ para um Capital próprio de -36.291.279,76 € e um passivo de 454.560.158,28 €. Refira-se que o aumento da dívida de terceiros é consequência do fecho da faturação do CP 2009, dado que a ACSS, até à data, não efetuou a correspondência do valor da verba recebida para pagar a dívida vencida a fornecedores em 2012, ao valor referente a cada ano de CP não fechado, em termos de faturação (2009; 2010; 2011; 2012). O crescimento do passivo total a curto prazo é uma consequência das provisões, conjuntamente com os pagamentos por conta das Prestações de Serviços efetuados pela ACSS e os valores dos empréstimos efetuados pelo FASP-SNS.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

113


ATIVO

2010 AL

2011 AL

2012 AL

0,00 €

0,00%

0,00 €

0,00%

0,00 €

62.852.683,67 €

0,49%

63.162.384,37 €

-4,54%

60.295.545,22 €

0,00 €

0,00%

0,00 €

0,00%

0,00 €

62.852.683,67 €

0,49%

63.162.384,37 €

-4,54%

60.295.545,22 €

3.340.693,91 €

-12,90%

2.909.634,27 €

37,78%

4.008.776,28 €

13.876.488,24 €

-22,78%

10.715.276,34 €

54,39%

16.543.627,61 €

180.944,99 €

-20,59%

143.686,28 €

316,17%

597.984,42 €

17.398.127,14 €

-20,86%

13.768.596,89 €

53,61%

21.150.388,31 €

Acréscimos e Diferimentos:

249.509.031,45 €

31,63%

328.423.218,68 €

2,56%

336.822.944,99 €

Total do Ativo

329.759.842,26 €

22,92%

405.354.199,94 €

3,19%

418.268.878,52 €

2010

2011

2012

Capital

22.422.097,00 €

0,00%

22.422.097,00 €

0,00%

22.422.097,00 €

Reservas de Reavaliação

42.466.225,74 €

0,00%

42.466.225,74 €

0,00%

42.466.225,74 €

Restantes Reservas e Out. Capitais Próprios

11.849.232,97 €

1,00%

11.968.080,17 €

0,52%

12.030.293,77 €

-72.397.915,34 €

25,18%

-90.627.232,02 €

18,81%

-107.674.619,02 €

4.339.640,37 €

-417,33%

-13.770.829,11 €

-123,34%

-30.756.002,51 €

Resultado líquido do exercício

-18.229.316,68 €

-6,48%

-17.047.387,00 €

-67,53%

-5.535.277,25 €

Total do Capital Próprio

-13.889.676,31 €

-121,88%

-30.818.216,11 €

-17,76%

-36.291.279,76 €

PASSIVO

2010

2011

2012

Provisões

0,00 €

100,00%

576.871,54 €

288,00%

2.238.264,50 €

331.054.438,88 €

28,33%

424.836.444,78 €

2,97%

437.466.636,31 €

12.595.079,69 €

-14,58%

10.759.099,73 €

38,07%

14.855.257,47 €

Total do Passivo

343.649.518,57 €

26,92%

436.172.416,05 €

4,22%

454.560.158,28 €

Total do Capital Próprio e Passivo

329.759.842,26 €

22,92%

405.354.199,94 €

3,19%

418.268.878,52 €

IMOBILIZADO: Imobilizações Incorpóreas Imobilizações Corpóreas Investimentos Financeiros Sub-total CIRCULANTE: Existências Dívidas de terceiros: Curto prazo Depósitos Bancários e Caixa Sub-total

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO:

Resultados Transitados Sub-total

Curto prazo Acréscimos e Diferimentos:

Tabela 57 – Balanço comparativo.

114


Conta

Designação

2010

2011

2012

0,00%

0,00%

0,00%

19,06%

15,58%

14,42%

0,00%

0,00%

0,00%

19,06%

15,58%

14,42%

ATIVO IMOBILIZADO: 43+441/6+449

Imobilizações incorpóreas Brutas

42+441/6+448

Imobilizações corpóreas Brutas

41+441/6+447

Investimentos financeiros Brutos

Total do Ativo Imobilizado CIRCULANTE: 32 a 37

Existências Brutas

1,01%

0,72%

0,96%

21/2/4/5/6

Dívidas de terceiros - curto prazo - Brutas

4,21%

2,64%

3,96%

0,05%

0,04%

0,14%

5,28%

3,40%

5,06%

75,66%

81,02%

80,53%

100%

100%

100%

6,80%

5,53%

5,36%

12,88%

10,48%

10,15%

3,59%

2,95%

2,88%

(- 21,95% )

(- 22,36% )

(- 25,74% )

(- 5,53% )

(- 4,21% )

(- 1,32% )

(- 4,21% )

(- 7,60% )

(- 8,68% )

0,00%

0,14%

0,54%

100,39%

104,81%

104,59%

3,82%

2,65%

3,55%

104,21%

107,60%

108,68%

100%

100%

100%

11 a 14

Depósitos bancários e caixa

Total do Ativo Circulante 27

Acréscimos e Diferimentos

Total do Ativo

CAPITAL PRÓPRIO: 51

Capital

56

Reservas de Reavaliação

52/3/5+572/9

Restantes reservas e outros capitais próprios

59

Resultados transitados

88

Resultado líquido do exercício

Total do Capital Próprio

PASSIVO 29

Provisões

21/2/3/4/5/6

Dívidas a terceiros - curto prazo

27

Acréscimos e Diferimentos

Total do Passivo

Total do Capital Próprio + Passivo

Tabela 58 – Balanço comparativo em %

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

115


Indicadores económico-financeiros Neste ponto será efetuada a análise a alguns dos indica-

O rácio de Liquidez, demonstra a capacidade financeira

dores mais significativos para a gestão e que permitem

da Instituição face aos compromissos, Indica em que me-

dar uma visão geral da situação económica e financeira,

dida as dívidas de curto prazo estão cobertas por ativos

à data do encerramento das contas, sendo que, generi-

circulantes mobilizáveis, caso seja necessário proceder ao

camente e por comparação com o ano anterior, a grande

pagamento dos passivos circulantes exigíveis. O Hospital

maioria se deterioraram.

de Faro, apresenta um índice inferior à unidade (1), o que se torna preocupante, na medida em que o mesmo não

O rácio da Autonomia Financeira indica o grau de inde-

deveria ser inferior a 1,3.

pendência do Hospital de Faro em relação aos seus credores. A Instituição tem uma autonomia financeira abaixo

No entanto, o rácio de Liquidez Geral não permite, só por

dos valores considerados razoáveis tendo este indicador

si, tirar conclusões determinantes sobre a verdadeira li-

piorado em 2012.

quidez da Instituição. Assim, para completar e melhorar a informação dada pelo indicador em apreço é usual anali-

O rácio de Solvabilidade, calculado para apurar a capacidade

sar o valor do rácio de Liquidez Reduzida. Este indicador,

que a Entidade tem para fazer face aos seus compromissos a

pretende medir a capacidade de cumprimento dos com-

médio e longo prazo é negativo, o que ilustra a vulnerabili-

promissos de curto prazo, não considerando a totalidade

dade da Instituição, e a dependência dos credores.

do ativo circulante, mas apenas a parte deste que não diz respeito às existências. A lógica subjacente

refere que as existências não se

transformam em meios líquidos tão rapidamente como os restantes ativos circulantes. Os valores aceitáveis para este rácio situam-se entre 0,9 e 1,1, denotando tanto mais liquidez, quanto mais próximo estiver da unidade, o que não se verifica no caso do Hospital de Faro, uma vez que esse rácio apresenta um valor 0,03.

116


Código

Rácios

2010

2011

2012 Tendência

62.852.683,67 €

63.162.384,37 €

60.295.545,22 € Irregular mas Pior

AF

Ativo Fixo (Imobilizado Líquido)

CP

Capital Próprio (Total Fundo Patrimonial)

-13.889.676,31 €

-30.818.216,11 €

-36.291.279,76 € Irregular mas Pior

PC

Passivo Corrente (Curto Prazo)

331.054.438,88 €

424.836.444,78 €

437.466.636,31 € Pior

104,25%

107,66%

108,68% Pior

-4,25%

-7,66%

-8,68% Pior

EDV

Endividamento

ATF

Autonomia Financeira

LQG

Liquidez Geral

0,04

0,03

0,04

Melhor mas sem cobertura

LQR

Liquidez Reduzida

0,03

0,02

0,03

Melhor mas sem cobertura

LQI

Liquidez Imediata

0,001

0,0003

0,0014

Melhor mas sem cobertura

ST

Solvabilidade Total

-0,04

-0,07

ROI

Rentabilidade do Ativo Líquido (Return on Investment)

-5,58%

-4,24%

RA

Rotação do Activo (turnover)

0,37

0,28

0,26 Pior

CI

Cobertura do Imobilizado

-0,22

-0,49

-0,60 Pior

-0,08 Pior -1,32% Melhor

Tabela 59 – Listagem geral de indicadores

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

117


118


Capítulo 7 Governo da Sociedade

Em cumprimento do disposto na resolução do Conselho de Ministros nº 49/2007 de 28 março, que aprovou os Princípios do Bom Governo, passamos a apresentar as suas componentes:

Missão, objetivos e politicas da empresa Missão

Valores

Caracterizar-se como hospital central de referência no

Focalização total e geral no doente.

Respeito pela dignidade humana, pela diversidade

SNS e na região, com funções diferenciadas na prestação de cuidados de saúde, na formação pré e pós-graduada

cultural e direitos do doente.

e contínua, sustentadas na permanente atualização do conhecimento científico e técnico dos seus profissionais.

de saúde.

Caracterizar-se como garante na segurança em saúde de todos os que habitam ou visitam a região do Algarve e a

sua área de influência.

Visão

dos mais avançados recursos técnicos e terapêuticos, vo-

Elevados padrões de humanização, qualidade e competência técnica dos serviços prestados.

Eficácia e eficiência na utilização dos recursos.

Garantia de integridade, confidencialidade,

Consolidar-se como unidade de excelência no sistema de saúde, com competência, saber e experiência, dotada

Universalidade e equidade no acesso aos cuidados

privacidade e cordialidade. •

Responsabilidade social e ambiental.

cacionada para a garantia da equidade e universalidade do acesso e de assistência, com vista à elevada satisfação dos doentes e dos profissionais. Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

119


Regulamentos internos e externos a que a empresa está sujeita Através do Decreto-Lei nº 180/2008, de 26 de Agosto, o Hospital de Faro foi enquadrado no regime jurídico aplicável às designadas entidades públicas empresariais, cujos

Por outro lado, importa salientar que, o Regulamento Interno Hospital de Faro, E.P.E. foi totalmente revisto em 2012 pelo atual Conselho de Administração e, novamente restituído a Sua Excelência o Senhor Ministro da Saúde precisamente para efeitos da necessária homologação ministerial (cfr. preceitua o art.7º do Decreto-Lei n.º180/2008, de 26 de Agosto).

estatutos foram anteriormente aprovados pelo Decreto-

No que concerne a este item, convém fazer notar que,

Lei n.º 233/2005, de 29 de Dezembro, com as alterações

do ponto de vista funcional e operacional, foram neste

legais entretanto introduzidas, e com as especificidades

hospital preparados em 2012 modernos normativos in-

estatutárias que constam do respetivo anexo.

ternos das áreas de apoio e de serviços, que granjearam

Assim sendo, o Hospital de Faro é uma pessoa coletiva de direito público, e de natureza empresarial, dotado de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, integrado na rede de prestação de cuidados de saúde do denominado Serviço Nacional de Saúde Português, com

fundamentalmente formalizar e restruturar a nova organização interna da prestação dos cuidados de saúde, que foram alvo de uma cuidada avaliação preambular, e de uma posterior validação por parte do órgão colegial que chefia o hospital.

o número de pessoa coletiva 508 718 872, e com sede na

Nesta linha, não podemos olvidar que, algumas das

Rua Leão Penedo em Faro.

obrigações do Hospital de Faro constam justamente do

Ademais, ao abrigo do preceituado no artigo 6º dos supraditos Estatutos, através do Despacho Conjunto n.º 17422/2011, de 21 de Dezembro, dos Excelentíssimos Senhores Ministros de Estado e das Finanças e da Saúde, foi nomeado, pelo período de três anos, o atual Conselho de Administração do Hospital de Faro EPE. Ora, sendo presidido pelo Mestre Pedro Manuel Mendes Henriques Nunes, o órgão de administração é ainda integrado pelo Dr. Jorge Manuel Domingues Salvador,

indicado Regulamento Interno, que foi desenhado totalmente de acordo com as novas diretrizes de departamentalização do hospital, com os planos estratégicos superiormente aprovados, e, ainda, em estreita articulação com as atribuições específicas das demais instituições integradas no seio do Serviço Nacional de Saúde. Donde, foram cá produzidos, e/ou devidamente atualizados no ano de 2012 os normativos internos seguintes:

que assumiu o cargo de Diretor Clínico, pelo Enf.º José Fernando Vieira dos Santos nas funções de EnfermeiroDiretor, pela Dra. Graça Maria Palma Pereira, e pelo Dr.

Assiduidade de Recursos Humanos;

• •

quadradora, pelo regime jurídico do apontado sector empresarial do Estado, pelas normas próprias em vigor para o Serviço Nacional de Saúde, pelas demais normas legais de gestão hospitalar em vigor, e, ainda por todas as normas gerais e especiais que, por força da sua natureza jurídica, lhe foram igualmente aplicáveis.

120

O Regulamento da Comissão de Farmácia e Terapêutica;

Neste quadro, o Hospital de Faro rege-se pelo diploma próprio da sua criação, toda a respetiva legislação en-

O Regulamento do Gabinete da Qualidade e Segurança do doente;

Luís Miguel da Costa e Cunha Martins, ambos com cargos de Vogais do Conselho de Administração.

O Regulamento de Planeamento e Controlo de

Manual de Processo “Anatomia Patológica”;

O Regulamento do Serviço de Urgência Obstétrica e Ginecológica;


Informação sobre as transações relevantes O Hospital de Faro mantém relações relevantes com várias Entidades destacando-se, de entre elas:

INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica com o qual vigora Protocolo na área da assistência pré-hospitalar

SUCH – Serviços de Utilização Comum dos Hospitais, o Hospital de Faro integra este consórcio,

ACSS – Administração Central do Sistema de Saúde, à qual é faturada a prestação de cuidados de saúde aos utentes do SNS, de acordo com

sendo particularmente relevante a intervenção desta Entidade nos Serviços Gerais e nos Serviços de Instalações e Equipamentos.

o estipulado no Contrato-Programa assinado anualmente. No ano de 2010 entraram em vigor novas regras de faturação, as quais determinaram que os Subsistemas Públicos – ADSE, IASFA, ADMGA e SAD/PSP – fossem integrados no sistema de pagamentos do SNS, ou seja, o Hospital de Faro passou a faturar as prestações de serviços efectuados para estes subsistemas, à ACSS.

ARS Algarve, para a qual o Hospital emite facturação relacionada com os seguintes fornecimentos: Prestação de Cuidados de Saúde a cidadãos com o Cartão Europeu (E111), Exames Médicos, vários tipos de Medicamentos, tratamento de utentes internados na Unidade de Convalescença de Loulé no âmbito de Protocolo celebrado com

Informação sobre outras transações Procedimentos Adotados na Aquisição de Bens e Serviços No que respeita à aquisição de serviços e à contratação de empreitadas, o Hospital de Faro rege-se por normas de direito privado, com exceção dos procedimentos que impõem a aplicação do regime do direito comunitário relativo à contratação pública, nos termos do estipulado no Código dos Contratos Públicos (CCP), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro.

a RNCCI e ainda outros serviços prestados no

Os Manuais de Controlo Interno existentes garantem o

âmbito de Protocolos de natureza diversa. Em

cumprimento rigoroso dos princípios gerais da livre con-

sentido contrário, recebe facturação emitida pelo

corrência, transparência e boa gestão.

Laboratório Regional de Saúde Pública – Laura Ayres (sob tutela da ARS), no âmbito do estudo e tratamento do sangue e seus derivados, SIGIC realizado em entidades convencionadas bem como outras, de pequeno montante e naturezas diversas.

Seguradoras e outros terceiros responsáveis a

Transações que não Ocorrem em Condições de Mercado Não existiram transações que não tenham ocorrido em condições de mercado.

quem é emitida facturação sempre que um utente receba cuidados de saúde devido a uma causa imputável a um terceiro;

Utentes em nome individual (independentes) que não demonstrem possuírem o estatuto de beneficiários do SNS ou de outro sistema que ofereça garantias semelhantes, e que não tenham cobertura de seguros de protecção na doença; Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

121


Fornecedores relevantes Listagem das Entidades com fornecimentos superiores a Um Milhão de Euros e que representam mais de 5% do valor total dos mesmos:

Nome

Nº Contribuinte

Montante

F9814046

GILEAD SCIENCES, LDA.

503604704

3.418.404

F9801216

A.R.S. ALGARVE - ADMINSTRACAO REGIONAL DE SAÚDE

503148709

3.390.237

F9803349

QUADRANTES FARO-UNID.RADIOTER.ALGARVE, LDA

505446120

2.947.269

F9819142

SUCH-SERV.UTILIZAÇAO C.HOSPITAIS

500900469

2.580.395

F9818171

ROCHE FARMACÊUTICA QUÍMICA, LDA.

500233810

2.183.714

F9801417

AMGEN - BIOFARMACEUTICA, LDA.

502942959

1.837.172

F9801171

ABBOTT LABORATORIOS, LDA

500006148

1.820.897

F9802141

BRISTOL-MYERS SQUIBB ,SA

500048193

1.747.686

F9821018

UNIÃO MEDICA HISPANO-PORTUGUESA, S.L.

980297427

1.668.917

F9813356

MERCK SHARP & DOHME, LDA.

500191360

1.419.938

F9812131

LABORATORIOS PFIZER, LDA.

500162166

1.419.736

F9802045

BAXTER MEDICO-FARMACEUTICA, LDA.

503347345

1.042.717

Tabela 60 - Fornecedores relevantes

122


Indicação do modelo de governo e identificação dos membros dos órgãos socais Identificação dos Órgãos Sociais Nos termos do Decreto-Lei 233/2005, de 29 Dezembro, a Administração e Fiscalização foi composta durante o ano de 2012 pelos seguintes elementos:

Cargo

Órgãos sociais

Eleição

Mandato

Conselho de Administração Presidente

Mestre Pedro Manuel Mendes Henriques Nunes

Despacho

Vogal

Dr. Luis Miguel da Costa e Cunha Martins

MEF e MS

Vogal

Dra. Graça Maria Palma Pereira

n.º 17422/2011

Diretor clínico

Dr. Jorge Manuel Domingues Salvador

de 28.12

Enf.Diretor

Enfº José Fernando Vieira dos Santos

Efetivo

Fiscal Único

Suplente

Grant Thornton & Associados, SROC n.º 67, representada pelo Dr. Carlos Lisboa Nunes, ROC n.º 427 Alves da Cunha, A. Dias & Associados, SROC n.º 74

Despacho Secretária de Estado do Tesouro e Finanças n.º 351/2012 de 22.03

2011-2013

2011-2013

Tabela 61 – Identificação dos órgãos sociais

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

123


Funções e responsabilidades Mandato 2011/2013 O Conselho de Administração e os seus Membros, desenvol-

Aprovar e submeter a homologação do Ministro da

vem as suas funções de acordo com o estipulado no Decreto-

Saúde, o regulamento interno e fazer cumprir as

Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro, das quais destacamos:

disposições legais e regulamentares aplicáveis;

Compete ao Conselho de Administração garantir o cumprimento dos objetivos básicos, bem como o exercício de

terapêuticos, ouvida a comissão de ética, sem

todos os poderes de gestão que não estejam reservados

prejuízo do cumprimento das disposições aplicáveis;

a outros órgãos, e em especial:

Propor planos de ação anuais e plurianuais e

Decidir sobre a realização de ensaios clínicos e

Acompanhar e avaliar sistematicamente a atividade desenvolvida pelo hospital E. P. E., designadamente

respetivos orçamentos, bem como os demais

responsabilizando os diferentes sectores pela

instrumentos de gestão previsional legalmente

utilização dos meios postos à sua disposição e pelos

previstos, e assegurar a respetiva execução;

resultados atingidos, nomeadamente em termos da qualidade dos serviços prestados;

Celebrar Contratos-Programa externos e internos;

Definir linhas de orientação a que devem obedecer

adequadas, se for caso disso, sobre queixas e

a organização e o funcionamento do hospital E. P. E.

reclamações apresentadas pelos utentes;

Tomar conhecimento e determinar as medidas

nas áreas clínicas e não clínicas, propondo a criação

de novos serviços, sua extinção ou modificação;

Decidir sobre a admissão e gestão do pessoal;

Definir políticas referentes a recursos humanos,

Autorizar a aplicação de todas as modalidades de

incluindo remunerações dos trabalhadores e dos

regimes de trabalho legalmente admissíveis;

titulares dos cargos de direção e chefia;

Autorizar a realização de trabalho extraordinário e

prevista na lei, independentemente da relação

de prevenção dos trabalhadores do hospital E. P. E.,

jurídica de emprego;

independentemente do seu estatuto, bem como autorizar o respetivo pagamento;

Designar o pessoal para cargos de direção e chefia;

Aprovar o regulamento disciplinar do pessoal e as condições de prestação e disciplina do trabalho;

Acompanhar a execução do orçamento, aplicando as medidas destinadas a corrigir os desvios em relação às previsões realizadas;

Assegurar a regularidade da cobrança das dívidas e autorizar a realização e o pagamento da despesa do Hospital de Faro E. P. E.;

Apresentar os documentos de prestação de contas, nos termos definidos na lei;

124

Exercer a competência em matéria disciplinar


Tomar as providências necessárias à conservação do património afeto ao desenvolvimento da sua atividade e autorizar as despesas inerentes, previstas no plano de investimentos.

Sem prejuízo do disposto no número anterior e em normas especiais, o Conselho de Administração detém, ainda, as competências legalmente atribuídas aos titulares dos cargos de direção superior de 1.º grau da administração central do Estado relativamente aos funcionários e agentes da Administração Pública. O Conselho de Administração pode delegar as suas competências nos seus membros ou demais pessoal de direção e chefia, com exceção das previstas nas alíneas a) a j) do n.º 1, definindo em ata os limites e condições do seu exercício. Relativamente a este assunto encontra-se publicado em Diário de República:

Deliberação (extrato) nº 291/2013 de 1 Fevereiro 2013;

Deliberação (extrato) n.º 1341/2012 de 28 Setembro de 2012;

Deliberação (extrato) n.º 125/2013 de 17 Janeiro de 2013

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

125


Remunerações dos membros dos órgãos sociais Estatuto remuneratório fixado Conselho Administração

Fiscal Único Mandato II

Presidente:

Fixada pelo n.º 2 do Despacho da Senhora Secretária de

• •

Remuneração de 3.655,80 euros, 14 vezes por ano;

estado do Tesouro n.º 351/2012 de 22 de Março no valor

Despesas de Representação de 1.279,53 euros, 12

de 10.967,18€.

vezes por ano;

Subsidio de Refeição de 4,27 euros por dia de trabalho;

A remuneração anual ilíquida do Fiscal Único efetivo do Hospital de Faro, E.P.E., é a constante do contrato de prestação de serviços celebrado entre o Conselho de Ad-

Vogais

ministração deste Hospital e o respetivo Fiscal Único, em

Remuneração de 2.975,83 euros a partir de abril 2012,

Estatutos da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas,

14 vezes por ano (3.233,98 euros até abril de 2012)

com o limite máximo equivalente a 22,5% da quantia cor-

Despesas de Representação de 1.190,33 euros a partir de abril de 2012, 12 vezes por ano; (970,19 euros até abril)

Subsidio de Refeição de 4,27 euros por dia de trabalho;

harmonia com o estabelecido nos artigos 59.º e 60.º dos

respondente a 12 meses do vencimento de base mensal ilíquido atribuído, nos termos legais, ao presidente do conselho de administração do Hospital de Faro, E.P.E., sem prejuízo do previsto no n.º 1 do artigo 12.º da lei n.º 12-A/2010, de 30 de Junho, no artigo 19.º da lei n.º 55A/2010, de 31 de Dezembro, e das reduções futuras que

Diretor Clínico

Remuneração de 4.107,02 euros, 14 vezes por ano.

Despesas de Representação de 970,19 euros, 12 vezes por ano;

Subsidio de Refeição de 4,27 euros por dia de trabalho;

Enfermeiro Diretor

Remuneração de 2.975,83 euros a partir de abril 2012, 14 vezes por ano; (3.233,98€ até abril)

Despesas de Representação de 1.190,33 euros a partir de abril 2012, 12 vezes por ano; (970,19 euros até abril)

126

Subsidio de Refeição de 4,27 euros por dia de trabalho;

vierem a ser legalmente definidas.


Análise da sustentabilidade da empresa nos domínios económicos, social e ambiental

Políticas prosseguidas com vista a garantir a eficiência económica, financeira social e ambiental

Estratégias adotadas

Sustentabilidade económico-financeira

A contínua empresarialização do sector da Saúde em Portugal, a situação económico-financeira do Serviço

Para que o Hospital possa garantir a sua sustentabilidade

Nacional de Saúde, os modelos de financiamento, as

é imprescindível que consiga promover um elevado en-

crescentes exigências dos nossos utentes, as novas prá-

volvimento de todos os seus responsáveis.

ticas em saúde, bem como as crescentes evoluções em tecnologias de informação, acarretam uma crescente

No domínio económico, o Hospital deve atingir um ex-

necessidade de definir uma linha orientadora, decidindo

cedente bruto de exploração positivo (EBITDA positivo),

quais os objetivos prioritários que nos permitam atingir

ou seja, deve conseguir gerar meios libertos líquidos su-

os melhores resultados.

ficientes para o seu auto financiamento, quer em termos da sua atividade quer em termos de potenciais investi-

O desafio crucial para o Hospital em 2012 foi implemen-

mentos. A obtenção deste resultado está dependente do

tar um elevado grau de flexibilidade que lhe permitisse

modelo de financiamento em vigor, que se caracteriza

adaptar-se às mudanças e que sejam coerentes com as

por:

expectativas dos utentes da sua área de influência.

Os hospitais E.P.E. são financiados nos termos da base

No momento atual, face às alterações da pirâmide de-

XXXIII da Lei de Bases da Saúde, com as alterações

mográfica e ao aumento das doenças crónicas e onco-

introduzidas pela Lei n.º 27/2002, de 8 de Novembro;

lógicas, o planeamento dos próximos dois anos (2012 e 2013) assenta nas seguintes premissas: aplicar as reco-

O pagamento dos atos e atividades dos hospitais

mendações que contribuam para a melhoria do acesso e

E.P.E. pelo Estado é feito através de Contratos-

da qualidade dos cuidados, consolidando o sistema inte-

Programa a celebrar com o Ministério da Saúde

grado de gestão, para que possam obter-se mais ganhos

no qual se estabelecem os objetivos e metas

em saúde, num quadro de sustentabilidade. Para o efeito

qualitativas e quantitativas, sua calendarização, os

exigem-se melhorias ao nível da gestão do desempenho

meios e instrumentos para os prosseguir;

nas seguintes áreas: •

Acessibilidade aos cuidados de saúde;

Qualidade e segurança nos serviços prestados aos

O endividamento dos hospitais E.P.E. não pode exceder em qualquer momento o limite de 30% do respetivo capital estatutário.

utentes;

O Hospital de Faro, apresenta em 2012 um EBITDA negativo, sendo que se verificou uma melhoria significativa deste in-

Desenvolvimento da política de gestão integrada;

Promover o desenvolvimento e a motivação dos

onde a gestão orçamental esteve sempre presente no mo-

Recursos humanos;

mento da decisão, como já oportunamente foi demonstra-

Sustentabilidade económico-Financeira;

Participar no desenvolvimento de políticas de cooperação entre os vários intervenientes do SNS,

dicador em resultado de uma mudança da gestão corrente,

do. Contudo, continuamos a apresentar um EBITDA negativo, assim como resultados líquidos negativos, pelo que o hospital ainda tem um longo caminho a percorrer por forma a garantir a sustentabilidade económico-financeira.

sobretudo com a ARS Algarve. Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

127


Sustentabilidade social

Sustentabilidade ambiental

A nível social, o Hospital de Faro tem desenvolvido es-

A sustentabilidade ambiental é uma visão que os Ser-

forços para que todos os cidadãos da sua área de refe-

viços Gerais e Ambiente têm vindo a desenvolver nos

rência tenham acesso a cuidados de saúde eficientes e

últimos anos, o que se demonstra através da evolução

atempados.

da triagem e encaminhamento dos resíduos, das várias

Disso foi dado conta ao longo do presente Relatório sempre que se enunciaram e analisaram as medidas promovidas relacionadas com a oferta assistencial

fileiras e fluxos, produzidos no âmbito da atividade diária de um hospital. A atividade diária de um hospital, como o Hospital de

Por outro lado, pretendeu-se também, através de inter-

Faro, não produz apenas resíduos sólidos perigosos, mas

venções concretas, aumentar o grau de satisfação dos

também resíduos de risco biológico e químico e, resídu-

colaboradores da organização, designadamente atra-

os não perigosos como os equiparados a urbanos.

vés da criação de condições destinadas à melhoria das respectivas competências e das condições de trabalho,

Um hospital produz ainda resíduos líquidos perigosos,

áreas em que o CFIC e Serviço de Saúde Ocupacional

lâmpadas fluorescentes, resíduos elétricos e eletróni-

desempenharam um papel decisivo.

cos, resíduos específicos da atividade oficinal, como por

Nos dias que correm, onde as dificuldades económi-

exemplo latas de tinta ou de diluente.

cas têm vindo a agravar-se para muitos portugueses, o

Todos estes resíduos têm de ser devidamente conten-

Hospital de Faro tem, também, a obrigação de ajudar os

torizados e corretamente encaminhados, consoante

utentes e profissionais mais carenciados.

o fluxo a que pertencem. Muitas vezes esses resíduos

Assim, passamos a exemplificar medidas adotadas de cariz social:

O Serviço de Alimentação cumpre, com o artigo pessoa internada, desde que isentos do pagamento

sustentabilidade ambiental, tem vindo a identificar to-

de taxa moderadora no acesso às prestações de

dos os tipos de resíduos produzidos e a trabalhar para

saúde, no âmbito do SNS, têm direito a refeição

um encaminhamento 100% correto, de todas as fileiras

gratuita fornecida pelo hospital, desde que

e fluxos.

dos profissionais de saúde, através de formações em ser-

relativamente aos excedentes, verifica a sua

viço, numa quantidade sensivelmente de 6 ações por ano.

integridade e no caso de estarem extremamente

Desta forma, pretende-se uma progressiva melhoria na

O Serviço de Rouparia faculta roupa civil, a todos os utentes que aquando a sua alta, por algum motivo, económico-social, ou outro não têm disponível roupa para vestirem; O Serviço Social dispõe de fundo de maneio que permite após uma análise económica, ajudar os utentes na compra de medicamentos ou na deslocação de utentes entre o hospital e a sua residência.

128

De igual forma, tem sido trabalhada a formação interna

O Serviço de Alimentação do Hospital de Faro,

entrega-os a alguns profissionais carenciados;

no exercício de gestão de resíduos hospitalares. O Hospital de Faro, na prossecução de uma política de

íntegros, no lugar de colocar no lixo como desperdício,

clínica exercida num hospital, são facilmente esquecidos

6º da Lei 106/2009, em que os acompanhantes de

verificado o cumprimento dos requisitos;

específicos, mas com produção devida à atividade não

correta triagem e acondicionamento dos resíduos nos locais de produção, por parte dos nossos profissionais.


Resíduos hospitalares perigosos e não perigosos A produção de 2012 relativamente aos resíduos não perigosos e indiferenciados (Grupo I e II) e aos resíduos perigosos (Grupo III e Grupo IV) encontra-se discriminada na tabela 62.

Relativamente aos resíduos resultantes da atividade oficinal foram recolhidos e encaminhados como fluxo específico para a entidade gestora de resíduos, 32 quilogramas de embalagens contaminadas, no ano 2012,

Observou-se uma redução em todas as tipologias de

correspondendo a uma recolha única, uma vez que este

resíduos hospitalares relativamente aos anos anteriores,

procedimento se iniciou em Outubro de 2012.

conforme demostra a tabela abaixo.

No que respeita a resíduos das componentes recicláveis,

A referida redução é mais evidente nos resíduos de Grupo

o Hospital de Faro separa e encaminha para a entidade

III (resíduos de risco biológico) o que é resultado da política

gestora as seguintes fileiras: papel e cartão, embalagens

formativa interna de melhoria da triagem de resíduos hospi-

de plástico e vidro. Para além destes resíduos recolhidos

talares.

a partir da central de ecopontos, também são realizadas recolhas pontuais e encaminhamento para entidade ges-

Em 2009 iniciou-se a recolha continuada de resíduos lí-

tora de resíduos elétricos e eletrónicos (REE), lâmpadas

quidos perigosos, sendo que até então existiam recolhas

fluorescentes, pilhas e tonners.

pontuais e não sistematizadas. Em 2012 foram recolhidas e encaminhadas para o gestor de resíduos, os seguintes líquidos perigosos:

Resíduos líquidos biológicos;

Álcool;

Formol;

Xilol;

Solventes não halogenados e,

Amálgama dentárias.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

129


Ano - 2012

Grupo I e II (indiferenciados)

Grupo III

Grupo IV

Janeiro

28.310,00

21.644,30

1.750,95

Fevereiro

27.443,65

18.859,50

1.574,05

Março

29.455,95

20.405,85

1.544,60

Abril

26.374,20

18.876,40

1.389,40

Maio

30.487,50

20.937,85

1.693,30

Junho

31.464,45

19.912,45

1.551,10

Julho

28.617,15

19.189,20

1.359,65

Agosto

28.304,38

18.985,27

1.392,99

Setembro

26.314,90

17.457,70

1.279,30

Outubro

28.824,35

19.414,20

1.517,00

Novembro

26.488,00

18.609,00

1.632,70

Dezembro

26.327,45

17.956,15

1.322,10

Total anual

338.441,98

232.245,87

18.007,14

2010

2011

2012

Grupo 1 e 2

379.869,40

340.517,35

338.411,98

Grupo 3

276.879,70

271.814,80

232.245,87

Grupo 4

19.901,15

22.278,75

18.007,14

Tabela 62 - Quantidades mensais em quilogramas de resíduos hospitalares sólidos.

Tabela 63 – Evolução da redução de resíduos hospitalares.

Grupos 1 e 2

Grupo 3

Grupo 4 2010

2011

2012

Gráfico 21 Evolução das quantidades produzidas de resíduos hospitalares classificados como Grupo 1 e 2, Grupo 3 e Grupo 4.

130


Grau de cumprimento de metas fixadas O Hospital de Faro, todos os anos faz o planeamento das atividades para o ano seguinte, que será a base de negociação para o Contrato-Programa, celebrado anualmente com o Ministério da Saúde.

Serviço público e satisfação das necessidades da coletividade Toda a atividade do Hospital de Faro em 2012 propendeu para a satisfação das impreteríveis necessidades ine-

O Contrato-Programa constitui o instrumento de defini-

rentes ao serviço público que ministra à prezada popula-

ção e de quantificação das atividades a realizar pelo Hos-

ção que aqui ocorre, em rigorosa observância da política

pital, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde. Assim, o

nacional de saúde superiormente gizada.

Contrato Programa define, nomeadamente, os objetivos de produção e Indicadores de Qualidade e Eficiência a atingir, para além do Orçamento Económico-Financeiro.

Assim sendo, este Hospital cultivou em 2012 uma filosofia de prestação de serviço público enformada pelos seguintes valores:

No referido documento (alvo de avaliação no capítulo 5 – Gestão Hospitalar), e pode constatar-se que:

Uma cultura de respeito mútuo e de pendor humanista no tratamento de todos os

Ao nível da atividade assistencial, não foram

nossos estimados utentes, salvaguardando,

alcançados os objetivos, no entanto, em termos de

permanentemente, os seus direitos e a sua dignidade;

atividade SNS, algumas linhas de atividade foram superadas;

A prestação de cuidados de saúde em equipas integradas e multidisciplinares de médicos e

Ao nível do orçamento, no que respeita aos custos,

de outros profissionais de saúde, focando-se

o objetivo foi integralmente cumprindo., Já quanto

ininterruptamente nas necessidades e expectativas

aos proveitos verificou-se um desvio face ao

dos nossos caros utentes;

planeado, por força da diminuição da atividade;

• •

Uma formação académica e profissional contínua de

Relativamente aos Indicadores de Qualidade e

todos os nossos profissionais de saúde para, assim, se

Eficiência, os indicadores nacionais apresentam uma

assegurar que os mesmos são uma fonte confiável de

elevada taxa de execução, já ao nível dos regionais,

conhecimentos e de informação;

a taxa de cumprimento é baixa.

• •

A investigação constante para se poder melhorar alguns

Para informação mais detalhada sobre esta matéria

protocolos clínicos e para promover a atualização

consultar o capítulo 5 – Gestão Hospitalar.

permanente do conhecimento e a valorização profissional e pessoal;

Um compromisso com a qualidade visando melhorar os processos que suportam os cuidados de saúde proporcionados aos nossos utentes;

Uma saudável atmosfera de trabalho promovendo sempre o trabalho de equipa, a responsabilidade pessoal, a inovação, a confiança e a comunicação no contexto hospitalar; Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

131


Um compromisso social para beneficiar os cidadãos e a comunidade através dos melhores e mais diferenciados cuidados de saúde;

No que tange a este ponto, podemos asseverar que, durante todo o ano de 2012, o Hospital de Faro cumpriu os objetivos de um genuíno serviço público.

Viabilidade do cumprimento dos princípios de bom governo (RCM n.º49/2007, de 28 de março), devidamente fundamentada Podemos antecipar que, no ano de 2012, o Hospital de Faro acatou globalmente os denominados “Princípios de

De facto, tendo este organismo público por objeto prin-

Bom Governo”, sendo seguro que, a avaliação da estri-

cipal a prestação de cuidados de saúde à população

ta observância dessas premissas foi sendo feita, trans-

designadamente, aos beneficiários do Serviço Nacional

versalmente, por via de um acompanhamento direto e

de Saúde, aos beneficiários dos subsistemas de saúde,

persistente desenvolvido pelas distintas entidades dos

ou de entidades externas que com ele contratualizem a

mui respeitosos Ministério da Saúde e das Ministério das

prestação de cuidados de saúde, e a todos os cidadãos

Finanças maxime, pela A.C.S.S. – Administração Central

em geral, foi precisamente nessa mesma linha que se

do Sistema de Saúde, IP, pela A.R.S. do Algarve, I.P. pela

atuou durante todo o citado ano. Aliás, podemos aqui

Inspeção-Geral de Atividades em Saúde, pela Direção-

adiantar que, os cuidados de saúde com qualidade foram

Geral de Saúde, pela Entidade Reguladora da Saúde,

aqui uma prioridade absoluta.

pelo Tribunal de Contas, e pelo Revisor Oficial de Contas.

Para além disso, este Hospital que, tem também por fina-

Por outra banda, importa agora realçar que, o Hospital e

lidade o desenvolvimento de atividades de investigação,

os seus decisores tiveram o firme fito de cumprir escru-

formação e ensino, respeitou, no ano em questão, esta

pulosamente toda a diversa legislação em vigor, tratan-

mesma vertente de serviço público. Nessa ótica, mante-

do com todo o respeito e integridade os seus trabalha-

ve-se a profícua cooperação com a mui reputada Univer-

dores, e contribuindo ativamente para a valorização pro-

sidade do Algarve, no âmbito do Protocolo de Colabora-

fissional. Mais, o “Centro de Formação, Conhecimento e

ção do Curso de Mestrado Integrado em Medicina.

Investigação” agenciou precisamente para se alargar as

Em suma, foi numa justa perspetiva de prestação de um serviço público de excelência que o Hospital de Faro pautou em 2012 toda a sua atividade, caracterizando-se

diversas competências técnicas, e, concomitantemente, aprofundar ao máximo os conhecimentos de todos os profissionais e colaboradores no ano aqui em apreço.

a mesma pela prestação de diferenciados cuidados de

Em síntese, alvitramos que o Hospital de Faro cumpriu os

saúde acessíveis e em tempo oportuno, e sem esquecer

chamados Princípios de Bom Governo, particularmente:

a necessidade de um investimento no conhecimento, na formação, e na investigação.

Houve cumprimento da missão e dos objetivos determinados de forma económica, financeira, social e ambientalmente eficiente, atendendo a parâmetros exigentes de qualidade;

Existiu um tratamento hospitalar com equidade para todos os nossos estimados utentes;

Foi divulgada a nossa missão, os nossos objetivos, e as nossas políticas internas;

132


Foram elaborados os Planos de atividades e o Orçamento adequados aos recursos e às fontes de financiamento disponíveis;

Existência de código de ética O Hospital de Faro dispõe de um «Código de Ética» apli-

Foram definidas as estratégias de sustentabilidade,

cável a todo o universo hospitalar e que está disponível

com a identificação dos objetivos a atingir;

na Intranet.

Existiu continuamente uma igualdade de tratamento e de oportunidades entre homens e mulheres;

Além disso, acatamos em absoluto os vários códigos de ética a que estão sujeitos a grande globalidade dos profissionais de saúde e os demais colaboradores. Donde, a necessidade de se cumprir estritamente o código pró-

Foi produzida informação anual ao respeitoso

prio de cada profissão foi, sempre, aqui precavido du-

Ministério da Saúde e aos restantes órgãos e diversos

rante o ano de 2012.

serviços que exercem o poder de supervisão, que permitem avaliar os níveis de desempenho, quer na

Acresce mencionar que, de entre as várias e importantes

perspetiva assistencial, quer na dimensão económica

comissões de apoio técnico deste Hospital encontrou-se

e financeira;

em pleno funcionamento em 2012 a Comissão de Ética, que teve por objetivo justamente zelar pela observância

Foi cumprida a legislação e a regulamentação em vigor, enviando-se todos os processos para fiscalização prévia do Tribunal de Contas;

de padrões de ética no exercício das ciências da saúde, de forma a proteger, e garantir a dignidade e integridade humana, procedendo à análise, e reflexão sobre temas da prática clínica que envolvam questões dessa índole.

Foram realizados procedimentos com respeito pela integridade dos nossos trabalhadores, contribuindose aqui ativamente para a sua valorização profissional;

Existiu uma condução com integridade da atividade do hospital, não sendo praticadas quaisquer despesas confidenciais ou não documentadas.

Acrescenta-se, ainda, que o Hospital divulga devidamente as remunerações e outros direitos auferidos pelos membros dos órgãos de administração e de fiscalização, fazendo parte das contas devidamente aprovadas pela Tutela, e tendo permanentemente associado o respetivo suporte documental.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

133


Informação sobre a existência de um sistema de controlo compatível com a dimensão e complexidade da empresa, de modo a proteger os investimentos e os seus ativos, o qual deve abarcar todos os riscos relevantes pela empresa. O Hospital de Faro satisfez a sua missão, bem como os múltiplos objetivos que lhe foram sendo fixados pela Tutela de uma forma económica, financeira, social e ambientalmente eficiente, atendendo, sempre, a parâmetros de máxima qualidade, propendendo salvaguardar e expandir a sua competitividade, mas com absoluto respeito pelos princípios superiormente fixados. Por outro lado, os órgãos de administração e de fiscalização foram devidamente nomeados pela Tutela, sendo certo que, apresentam uma dimensão considerada apropriada à complexidade deste hospital central, assegurando, permanentemente, a eficácia ao processo de tomada de decisão e, garantindo a capacidade efetiva de uma supervisão.

Identificação dos mecanismos adotados com vista à prevenção de conflitos de interesse (ponto 22 da RCM n.º49/2007, de 28 de março) Neste hospital (da esfera pública) a prevenção de conflitos de interesses foi reputado como um dos mais relevantes Princípios de Bom Governo que importou sempre precaver. Por isso, podemos adiantar que, durante todo o ano de 2012 os diversos membros dos órgãos dirigentes deste organismo público abstiveram-se incessantemente de intervir nas decisões que pudessem porventura, envolver os seus próprios interesses mormente, na aprovação de despesas por si realizadas. De igual modo, todos os representantes do Conselho de Administração não tomaram sequer partido nas deliberações que pudessem abranger, direta ou indiretamente, os seus próprios interesses conforme, aliás, impõe as regras legais em vigor. Devemos, ainda, acrescentar que, logo no início do mandato dos elementos que integram o órgão de administração, foram prontamente efetuadas

O Órgão Colegial que dirige o Hospital de Faro manteve

as exigíveis declarações de interesses patrimoniais junto

o sistema de controlo interno criado em 2009 que foi

da competente entidade fiscalizadora.

elaborado com base nos Manuais de Procedimentos e Controlo Interno, seguindo as orientações emanadas pela ACSS, a saber:

Manual de Compras;

Manual de Contabilidade;

Manual de Contas a pagar;

Manual de Contas a receber;

Manual de Recursos Humanos;

Manual de Gestão de Imobilizado;

Manual de Tesouraria;

Devemos, também, sublinhar que o Hospital de Faro elaborou em 2012 o seu competente Relatório de Contas de 2011, sendo este instrumento remetido atempadamente à Tutela, e a sua informação disponibilizada na internet e na intranet.

134

Resta-nos, ainda, mencionar que, durante todo o ano a que se reporta este instrumento, o Conselho de Administração granjeou cultivar uma política de total transparência em todos os domínios de atuação, uma vez que, considera que essa mesma transparência é um dos outros princípios basilares de uma boa governação empresarial.

Explicitação fundamentada da divulgação de toda a informação atualizada prevista na RCM n.º 49/2007, de 28 março Consultar tabela 64


Informação a constar no Site do SEE

Divulgação S

N

Comentários N.A.

Estatutos atualizados (PDF)

x

Historial, Visão, Missão e Estratégia

x

Ficha síntese da empresa

x

Identificação da Empresa: Missão, objetivos, politica, obrig. serv. público e modelo de financiamento

x

Modelo Governo / Identificação dos Órgãos Sociais:

Modelo de Governo (identificação dos órgãos sociais)

x

Estatuto remuneratório fixado

x

Remunerações auferidas e demais regalias

x

Regulamentos e Transações:

Regulamentos Internos e Externos

x

Transações Relevantes c/ entidade (s) relacionada (s)

x

Outras transações

x

Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental

x

Avaliação do cumprimento dos PBG

x

Código de Ética

x

Informação Financeira histórica e atual

x

Esforço Financeiro do Estado

x

Existência de Site

x

Historial, Visão, Missão e Estratégia

x

Organigrama

x

Órgãos Sociais e Modelo de Governo:

Identifica dos órgãos sociais

x

Identificação das áreas de responsabilidade do CA

x

Identificação de comissões existentes na sociedade

x

Identificar sistemas de controlo de riscos

x

Remuneração dos órgãos sociais

x

Regulamentos Internos e Externos

Transações fora das condições de mercado

x

Transações relevantes com entidades relacionadas

x

Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental

x

Código de Ética

x

Relatório e Contas

x

Provedor do cliente

x

Tabela 64 - Explicitação da divulgação de toda a informação atualizada prevista na RCM n.º 49/2007, de 28 Março Legenda: S-Sim

N – Não N.A – Não Aplicável

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

135


136


Capítulo 8 Cumprimentos de Normas Legais Este relatório de gestão para além de ser elaborado em conformidade, designadamente, com o disposto no artigo 13º-A do Decreto-lei n.º 558/99 de 17 de Dezembro, pela redação que lhe foi dada pelo Decreto-lei n.º 300/2007 de 23 de Agosto, deve ainda integrar informação relativa ao cumprimento de outros dispositivos legais. Assim, apresentamos, individualmente, a informação solicitada nos moldes consentâneos com as orientações recebidas através do Ofício Circular n.º 001578, de 28 Fevereiro de 2012 da DGTF.

Cumprimentos dos objetivos de gestão (artigo 11º do Decreto Lei n.º 300/2007, de 23 de agosto) O relatório, através do capítulo 5 afere sobre o cum-

Risco financeiro (Despacho n.º 101/2009 – SETF, de 30 janeiro e do cumprimento limites dos máximos de acréscimo de endividamento definidos para 2012 no despacho n.º 155/2011-MEF, de 28 de abril) Neste âmbito de ação podemos referir que o Hospital de Faro, enquanto entidade pública de carácter empresarial, tem regras apertadas e diversos constrangimentos, do ponto de vista eminentemente financeiro, pelo que em 2012 não recorreu a qualquer tipo de financiamento.

primento do Contrato Programa. Por outro lado o Fis-

Contudo, possui do passado pedidos de adiantamento

cal Único apresentou o relatório referente à avaliação

efectuados ao FASP-SNS, traduzindo-se assim a Gestão

do grau e das condições de cumprimento em 2012 das

do Risco Financeiro realizada pelo Hospital (consultar ta-

orientações e objetivos de gestão e à avaliação do de-

bela 65).

sempenho individual dos gestores executivos, o qual seque em anexo.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

137


FASP

Montante Concedido:

44.743.979,91 €

Data Inicio Operação:

19 de Dezembro de 2008

Capital em Divida:

34.842.206,14 €

Montante Concedido:

4.080.797,96 €

Data Inicio Operação:

31 de Julho de 2009

Capital em Divida:

4.080.797,96 €

Total Capital em Divida:

38.923.004,10 €

Total Juros em Divida:

2.589.532,65 € Saldo Devedor =

Período de Juros

41.512.536,75 €

Juros Suportados

Início

Fim

Valor

Juros Pagos

19-Dez-08

18-Jan-09

108.988,88 €

19-Jan-09

31-Dez-09

775.182,03 €

1-Jan-10

31-Dez-10

1.659,52 €

Total Juros Pagos

885.830,43 €

Juros Em Divida

1-Jan-10

31-Dez-10

800.229,58 €

1-Jan-11

31-Dez-11

862.396,29 €

1-Jan-12

31-Dez-12

926.906,78 €

Total Juros em Dívida

2.589.532,65 €

Total Processado =

3.475.363,08 €

Tabela 65 – Risco financeiro e cumprimento limites dos máximos de acréscimo de endividamento definidos para 2012

138


Prazo médio pagamentos (PMP) – RCM 34/2008 de 22 de fevereiro com alterações do Despacho nº 9870/2009, de 13 abril

Como se pode verificar na tabela 67, a divida vencida, inferior a 240 dias, que efetivamente diz respeito a divida

Na tabela 66 apresenta-se o cálculo do Prazo Médio

de 2012, é de apenas 4% do total da divida a fornecedores

de Pagamento (PMP) ponderado, relativo aos anos de

externos, a qual resulta de processos de compra superio-

2010 e 2011.

res a 350.000€, os quais aguardavam visto do Tribunal de, razão pela qual não podíamos efetuar pagamentos.

No ano de 2012 entra em vigor a Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso, que determina que as entida-

Contudo esta medida veio aumentar o prazo médio de

des apenas se podem gerar despesa para a qual tenham

pagamentos, uma vez que o hospital apresenta ainda

capacidade para pagar. Em função desta nova norma le-

divida de 2010 por regularizar. Convém contudo men-

gislativa e no cumprimento da mesma, o atual Conselho

cionar que durante o ano em análise o hospital recebeu

de Administração delibera não pagar divida anterior a 1

cerca de 23.000M€, o que permitiu diminuir significativa-

de janeiro de 2012, sem que fosse disponibilizada verba

mente a divida do hospital.

específica para regularização de divida vencida.

PMP (ponderado)

1ºT 2011

2ºT 2011

3ºT 2011

4ºT 2011

1ºT 2012

2ºT 2012

3ºT 2012

4ºT 2012

360

371

397

394

780

677

468

402

PMP a fornecedores

Tabela 66 – Prazo médio de pagamentos a fornecedores nos ternos da RCM 34/2008 com as alterações introduzidas pelo Despacho 9870/2009.

Pagamentos em atraso

221 – Fornecedores conta corrente

0-90 dias

72.183,90€

90-120 dias

703.350,05€

120-240 dias

1.639.292,69€

240-360 dias

>360 dias

15.027.194,92€

30.287.635,70€

2611 – Fornecedores de imobilizado

-

-

-

588.525,99€

739.062,47€

2629 – Outros fornecedores

-

-

-

5.943,36€

6.403,20€

26889 – Outros credores – diversos

-

-

918.431,72€

5.501.232,71€

1.623,65€

53.379.58€

16.541.719,64€

36.587.713,66€

Diversos Total

72.183,90€

703.350,05€

3.941,87€ 1.643.234,56€

Tabela 67– Mapa da posição a 31/12/2011 dos pagamentos em atraso, nos termos do DL 65-A/2011, de 17 de maio.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

139


Deveres de informação – Despacho 14277/2008, de 23 de Maio O Hospital de Faro, durante o ultimo trimestre de cada ano elabora o plano de desempenho para o ano seguinte, que posteriormente serve como base para a elaboração do Plano de Atividades e o Contrato-Programa.

Cumprimento das recomendações emitidas pela aprovação do Relatório de Gestão e Contas de 2011. Ao nível da contenção da despesa foram dados passos muito importantes em 2012, tal como ao longo deste documento foi mencionado. Estes esforços serão conti-

Segundo o Despacho 14277/2008, de 23 de Maio, o Hospital tem o dever de prestar as seguintes informações:

nada pela Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atra-

Planos de Desempenho - (inscritos no sofwtare SICA,

so, colocou à gestão hospitalar um conjunto de novos

disponibilizado pela ACSS para o efeito) .

desafios que mudaram radicalmente os conceitos normalmente utilizados para a concretização das estraté-

Plano de Ajustamento.

Orçamento Anual – Inscrito no SICA e no SIRIEF, aplicações da ACSS e da DGTF, respetivamente. Plano de Investimentos Anual e Plurianual – informação enviada nos mesmos termos que o orçamento anual.

A publicação da Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro, desig-

Plano de Atividades Anual e Plurianual. e respetivos

nuados durante o corrente ano.

Relatórios Trimestrais de execução orçamental: durante o ano de 2012 procedeu-se à remessa regular destes documentos, nomeadamente para a ACSS.

gias definidas. Uma das condições é o cumprimento dos prazos dos pagamentos dos compromissos assumidos. A Tesouraria do Hospital de Faro depende essencialmente dos adiantamentos recebidos referente aos duodécimos do Contrato Programa, ou seja, a capacidade de fluxos de caixa é bastante limitada. Pelo exposto e uma vez que a lei supramencionada prevê penalizações às entidades incumpridoras, deliberou o atual Conselho de Administração, em inícios do ano de 2012, pelo não pagamento de qualquer dívida anterior a 31/12/2011, dada a incapacidade financeira para o fazer. Pelo exposto, entendeu o Órgão de Gestão deste hospital efetuar os pagamentos referentes ao ano de 2012 dentro dos prazos médios de pagamento, acordados em sede de negociação entre os fornecedores e a ACSS, sendo a divida anterior reportada para as Instituições que tutelam a entidade. Em 2012 o Hospital de Faro, à semelhanças das outras entidades, foi contemplado com uma verba destinada ao pagamento de dívidas anteriores a 31/12/2011. Contudo, o referido pagamento extraordinário obedecia a um conjunto de critérios de pagamento definidos em Conselho de Ministros. Sendo um dos referidos critérios a morosidade, importa referir que o hospital não teve capacidade de liquidar totalmente o ano de 2010. Esta situação não permitiu diminuir os prazos médios de pagamento. Ao nível dos armazéns, a implementação de um novo modelo de logística, permitiu avanços significativos no apuramento das existências e do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas.

140


Remunerações Órgão de gestão Relativamente às remunerações do Conselho de Administração informamos:

A não atribuição de prémios de gestão, em cumprimento do artº 29º da Lei 64-B/ 2011;

A aplicação da redução de 5% nos termos do art.º 12 da Lei 12-A/2010;

Cumprimento do artº 20º da Lei 64-B/2011;

Cumpriu-se o artº 21º da Lei 64-B/2011

(Consultar tabela 69)

Fiscal único 2011

2012

10.967,18 €

10.967,18 €

Redução remuneratória*

1.096,72 €

1.096,72 €

Remuneração anual efectiva

9.870,46 €

9.870,46 €

Remuneração anual auferida

* Decorrente da Lei 55-A/2010 ou Lei 64-B/2011, conforme aplicável

Tabela 68 – Remunerações do Fiscal Único.

Trabalhadores Relativamente ao restantes trabalhadores confirma-se que:

Cumpriu o artº 20º da Lei 64-B/2011;

Cumpriu-se o artº 21º da Lei 64-B/2011

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

141


Presidente

Vogal

Vogal Diretor Clinico

Pedro Nunes

Luis Martins

Graça Pereira

Jorge Salvador

José Santos

51.391,54 €

43.441,95 €

43.895,10 €

54.177,79 €

43.455,15 €

Não

Não

Não

Sim

Não

Entidade de Origem (identificar)

HF

Entidade pagadora (origem/Destino)

1.1.Remuneração Anual

51.181,20 €

42.436,07 €

42.436,07 €

57.498,28 €

42.436,07 €

1.2.Despesas de Representação (Anual)

15.354,36 €

13.623,54 €

13.623,54 €

11.642,28 €

13.623,54 €

0,00 €

0,00 €

0,00 €

0,00 €

0,00 €

1.4.Redução decorrente da Lei 12-A/2010

2.385,42 €

2.002,77 €

2.002,77 €

1.969,74 €

2.002,77 €

1.5.Redução decorrente da Lei 64-B/2011

5.683,83 €

4.704,89 €

4.704,92 €

5.825,79 €

4.737,62 €

1.6.Suspensão do pagamento dos subsidios de férias e natal

7.311,60 €

5.951,66 €

5.951,66 €

8.214,04 €

5.951,66 €

0,00 €

0,00 €

0,00 €

0,00 €

0,00 €

51.154,71 €

43.400,29 €

43.400,26 €

53.130,99 €

43.367,56 €

2. Remuneração variável

0,00 €

0,00 €

0,00 €

0,00 €

0,00 €

3.Isenção de Horário de Trabalho (IHT)

0,00 €

0,00 €

0,00 €

0,00 €

0,00 €

236,83 €

41,66 €

494,84 €

1.046,80 €

87,59 €

0,00 €

1.029,07 €

1.020,53 €

1.016,26 €

1.024,80 €

1.016,26 €

4.822,82 €

1.829,27 €

8.494,08 €

7.776,45 €

4.096,73 €

Seguros de saúde

0,00 €

0,00 €

0,00 €

0,00 €

0,00 €

Seguros de vida

0,00 €

0,00 €

0,00 €

0,00 €

0,00 €

Seguro de Acidentes Pessoais

0,00 €

0,00 €

0,00 €

0,00 €

0,00 €

Outros (indicar)

0,00 €

0,00 €

0,00 €

0,00 €

0,00 €

Acumulação de Funções de Gestão (S/N)

Entidade (identificar)

Mandato I Adaptado ao EGP (Sim/Não) Remuneração Total (1.+2.+3.+4.) OPRLO

1.3.Senha de presença (Valor Anual)

1.7.Reduções de anos anteriores 1. Remuneração Anual Efetiva Líquida (1.1+1.2.+1.3-1.4-1.5-1.6-1.7)

4.Outras (ajudas custo e transporte) Subsídio de deslocação Subsídio de refeição Encargos com benefícios sociais Regime de Proteção Social ADSE/Seg.Social/Outros)

142

Enfermeiro Diretor


Remuneração anual

0,00 €

Parque Automóvel

Cargo

Cargo

Cargo

Cargo

Cargo

I

I

I

I

I

Modalidade de Utilização

a)

a)

na

na

Na

Valor de referência da viatura nova

Ano Inicio

Ano Termo

N.º prestações (se aplicável)

Valor Residual

Valor de renda/prestação anual da viatura de serviço

571,61 €

521,73 €

Plafond anual Combustível atribuído

Outros (Portagens / Reparações / Seguro)

Limite definido conforme Art.º 33 do EGP (Sim/Não)

Cargo

Cargo

Cargo

Cargo

Cargo

I

I

I

I

I

80,00 €

80,00 €

80,00 €

80,00 €

80,00 €

Gastos anuais com comunicações móveis

Outras (indicar)

Limite definido conforme Art.º 32 do EGP (Sim/Não)

Cargo

Cargo

Cargo

Cargo

Cargo

I

I

I

I

I

na

na

na

na

na

Custos anuais com Alojamento

Ajudas de custo

Outras (indicar)

Mandato

Combustível gasto com a viatura

Outras regalias e compensações Mandato Plafond mensal atribuído em comunicações móveis

Gastos c/ deslocações Mandato Custo total anual c/ viagens

* Decorrente da Lei 55-A/2010 ou Lei 64-B/2011, conforme aplicável Tabela 69 – Remunerações dos membros do Conselho de Administração do Hospital de Faro. a.

Utilização para fim próprio com cartão especifico aos dias úteis das 20h às 8h e fim semana quando não seja necessário o seu uso no interesse do Hospital

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

143


Da aplicação do disposto no artigo 32º do Estatuto de Gestor Público (EGP), conforme republicado pelo Decreto-Lei n.º8/2012, de 18 de janeiro, no que se refere, designadamente:

Da contratação pública

À utilização de cartões de crédito e outros instrumentos

mo órgão de fiscalização da despesa pública, a mesma

de pagamento por gestores públicos tendo por objeto a

foi realizada com sucesso. Aliás, podemos asseverar que,

realização de despesas ao serviço da empresa;

todos os atos e em todos os contratos que foram subme-

No ano de 2012 o hospital deu total cumprimento às diversas normas que disciplinam a chamada contratação pública. Nesse sentido, foram aqui diligentemente desenvolvidos todos os competentes procedimentos justamente à luz do mui exigente normativo legal, sendo certo e seguro que, em todos os casos em que a despesa pública associada exigia a fiscalização prévia do supre-

tidos ao crivo do respeitoso Tribunal de Contas para esse Quanto a este ponto, importa logo salientar que, nesta Ins-

efeito obtiveram o respetivo visto, não se tendo regista-

tituição de Saúde não foram atribuídos quaisquer cartões

do uma qualquer recusa de visto.

de crédito aos gestores públicos que chefiam o Hospital tendentes a custear as despesas ao serviço desta empre-

Neste item não podemos deixar de destacar um proces-

sa pública em estrito cumprimento do disposto no n.º1 do

so de contratação pública muito em particular, e que foi

artigo 32 EGP. Com efeito, podemos asseverar que, no ano

a imprescindível empreitada realizada no ano em causa

de 2012 foi aqui rigorosamente observado o normativo le-

para ampliação do Serviço de Urgência Geral. Com efei-

gal vigente e, por conseguinte, nenhum dos membros que

to, não podemos perder este ensejo para aqui relembrar

compõe o órgão colegial que administra este organismo

que, a pública e notória carência de espaços adequados

público usufruiu de cartões de crédito e/ou um outro ins-

e humanizados que caracterizavam o Serviço de Urgên-

trumento análogo para suportar os custos ao serviço desta

cia criavam diversos problemas para os prezados uten-

entidade conforme, aliás, se deixou antedito.

tes, e inúmeros constrangimentos para os próprios profissionais de saúde que aí prestavam funções.

Nessa linha de atuação, as despesas ao serviço da empresa foram sempre alvo de pedidos de reembolso devi-

Donde foi com o início e a finalização desta insubstituível

damente fundamentados, e que apenas foram satisfeitos

obra de ampliação, que se logrou ultrapassar definitiva-

nas situações em que legalmente tal pode e deve suceder.

mente o cenário “de macas nos corredores” deste hospital público, pondo, justamente, termo a uma imagem

O reembolso a gestores públicos de quaisquer despesas

deveras negativa, que durante muitos anos foi estigmati-

que caiam no âmbito do conceito de despesas de repre-

zando esta Instituição assistencial.

sentação pessoal. Nesta a linha de atuação foram criadas as condições No que concerne a este item, cumpre fazer notar que,

para entrada em pleno funcionamento das instalações

inexistiu a utilização de mecanismos para restituição de

da denominada «Área de Decisão Clínica», que é um es-

despesas que se incluíssem na noção de despesas de

paço totalmente novo, criado de raiz, e projetado para

representação pessoal. Efetivamente, as despesas desta

garantir as melhores condições de tratamento, e acolhi-

concreta natureza foram suportadas pelos próprios ges-

mento utentes/doentes.

tores, sem qualquer espécie de reembolso, dando-se, assim, uma total guarida ao estatuído no n.º2 do art.32º do

É curial, ainda, notar que, estas imperiosas obras de am-

Decreto-Lei n.º8/2012, de 18 de Janeiro.

pliação que se concretizaram no final de 2012, e que decorreram no prazo rigorosamente contratado, corres-

Mais se assinala que, o valor máximo das despesas as-

pondem a um acréscimo de aproximadamente quinhen-

sociadas a comunicações foi igualmente acatada neste

tos e sessenta metros quadrados, garantindo precisa-

organismo público.

mente acolher e melhor acomodar os doentes.

144


Aliás, esse recente espaço foi organizado para funcionar num modelo “openspace”, facilitador do ponto de vista da monitorização clínica, tendo capacidade de vinte e seis camas, com possibilidade de individualização, às quais se acumularam nove postos de tratamento, que se poderão alargar a doze em caso de necessidade, para os doentes que tenham que receber outro tipo de cuidados, tais como, transfusões, aerossóis ou injetáveis, dispondo, ainda, de mais duas casas de banho para utentes, uma com banho assistido, um vestiário para profissionais, uma sala de equipamentos, e uma sala de apoio aos serviços de limpeza.

Princípio da igualdade do género - resolução do conselho de ministros n.º19/2012, de 23 de fevereiro. O Hospital de Faro, enquanto entidade pública empresarial, tratou sempre com respeito e integridade os seus inestimáveis trabalhadores, contribuindo ativamente para a sua valorização profissional. Para além disso, o órgão decisor granjeou uma ainda mais efetiva igualdade de tratamento e de oportunidades entre homens e mulheres, eliminando,

Concomitantemente pode-se aqui adiantar que, os do-

sempre, as discriminações, e permitindo ao máximo a con-

entes menos urgentes vão igualmente poder usufruir

ciliação da vida pessoal, familiar e profissional.

de muito melhores condições. Isto porque, esta mesma inadiável obra de ampliação permitiu, doravante, uma redistribuição bem mais eficaz dos espaços e a possibilidade de intervenção noutras áreas, como é o caso do balcão de enfermagem e do balcão de observação médica que, aliás, passou a dispor de 5 postos de observação individualizados, e bem mais amplos.

Nesse sentido, e no estrito cumprimento da supra-aludida Resolução do Conselho de Ministros, promoveu-se no ano de 2012 a algumas medidas concretas que visaram justamente uma genuína melhoria em termos de igualdade género no seio desta empresa, sendo que, existe já uma presença plural mui significativa de mulheres nos denominados cargos de chefia. Aliás, fazemos já notar

Convém, ainda, mencionar que, o cognominado “doente

que, diversos dos nossos Serviços, tais como, a Urgência,

agudo” viu desta forma substancialmente aperfeiçoados

a Farmácia, a Psiquiatria, a Psicologia, a Oftalmologia, a

os seus circuitos de passagem e acomodação, proceden-

Oncologia, os Serviços Financeiros, os Recursos Huma-

do-se, de igual modo, a uma redistribuição dos recursos

nos, em que a direção foi atribuída a mulheres, ou estas

humanos afetos ao Serviço, com a consequente reorga-

foram reconduzidos nos cargos já pelo órgão colegial

nização do trabalho, numa ótica mais funcional, em con-

que dirigiu o hospital no ano aqui em apreço.

ceito de equipa, e focalizada sempre no doente. Em suma: o órgão colegial que dirigiu este estabelecimento assistencial garante que esta inigualável obra de ampliação, foi realizada no prazo constante da propos-

Plano de redução de custos

ta vencedora, honrou o valor do contrato firmado, e re-

O Hospital de Faro elaborou o plano previsional de ges-

presentou indubitavelmente um passo importantíssimo

tão para 2012, o qual inclui a identificação de medidas

para a defesa do direito à saúde dos utentes que acor-

que permitissem a redução de despesa.

rem ao nosso já ampliado Serviço de Urgência.

Este documento já foi alvo de avaliação no capitulo 5 – Ges-

Resta, finalmente, referir que, em matéria de contratação

tão Hospitalar, sendo que em termos sintéticos o hospital

pública mormente, ao nível da racionalização de política

em 2012 apresentou uma redução de despesa superior à

de aprovisionamento de bens e serviços foram sempre

apresentada no plano de ajustamento (ver tabela 69).

observados os Acordos- Quadros desenvolvidos pelo SPMS, Serviços Partilhados do Ministério da Saúde EPE.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

145


Designação

2010

2011

2012

57.999.233,75

56.225.253,04

48.481.423,44

337.613,26

324.274,08

285.701,07

Reduções decorrentes de alterações Legislativas (€)

0,00

31.368,49

30.518,61

Aumentos decorrentes de alterações Legislativas (€)

0,00

0,00

0,00

222.362,51

287.435,88

283.919,86

Reduções decorrentes de alterações Legislativas (€)

24.273,53

23.850,54

Aumentos decorrentes de alterações Legislativas (€)

57.435.603,65

55.603.623,98

47.878.321,90

Reduções decorrentes de alterações Legislativas (€)

2.323.408,20

2.091.200,79

Aumentos decorrentes de alterações Legislativas (€)

3.654,33

9.919,10

33.480,61

Designação

2010

2011

2012

Nº Total RH (O.S. + Dirigentes + Efetivos)

2350

2394

2443

Nº Órgãos Sociais (O.S.) (número)

5

5

5

Nº Dirigentes sem O.S. (número)

5

8

8

2340

2381

2430

Gastos com pessoal (€) Gastos com Órgãos Sociais (€)

Gastos com Dirigentes sem O.S. (€)

Gastos com Efetivos sem O.S. e sem Dirigentes (€)

Rescisões / Indemnizações (€)

Nº Efetivos sem O.S. e sem Dirigentes (número)

Tabela 70 – Redução do número de efetivos e de cargos dirigentes

146


Princípio da unidade tesouraria do estado

Outras informações

O Hospital de Faro em 2012 não efetuou qualquer apli-

qualquer auditoria conduzida pelo Tribunal de contas.

Durante o ano de 2012 não foi realizada no hospital

cação financeira. Os pagamentos/recebimentos são, essencialmente, efetuados por recurso aos serviços bancários disponibilizados pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, I. P. (IGCP, I. P.). Assim, o Hospital atuou da seguinte forma: •

Para recebimento de verbas de clientes/entidades externas, via transferência bancária, é indicado sempre o NIB/IBAN das contas abertas no IGCP;

Os montantes recebidos em numerário/cheque, provenientes da cobrança das taxas moderadoras e de faturas emitidas, são entregues na Tesouraria diariamente e depositados de imediato na conta do IGCP, através de depósito externo;

Pese embora, as ações acima descriminadas, existem alguns serviços bancários relativamente aos quais o Hospital de Faro recorre a duas entidades bancárias, a saber: •

Depósitos de Vales Postais, recebidos para pagamento das taxas moderadoras;

Utilização de Terminais de Pagamento Automático (TPA)

Contudo estão a ser desenvolvidas diligências visando a transferência destes serviços para o IGCP.

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

147


Resumo

Cumprimento das Orientações legais

Cumprimento S

N

Quantificação Justificação

N.A.

Objectivos de Gestão:

O Órgão de Gestão não possui objetivos específicos definidos pelo Ministério. Assim, desenvolve a sua atividade tendo presente essencialmente os seguintes documentos:

1 - Contrato Programa, o qual define metas orçamentais; assistenciais e indicadores de qualidade e eficiência. O cumprimento deste documento encontra-se avaliada no capitulo 5 Gestão Hospitalar

2 - Lei do Orçamento do Estado sempre que

Gestão do Risco Financeiro

x

Limites de Crescimento do Endividamento

x

Evolução do PMP a fornecedores

Não aplicável

Em 2012 apenas suportou Juros referente ao FASP/2008 Aumentou 8 dias face a 2011

x

Atrasos nos Pagamentos ("Arrears")

x

Deveres Especiais de Informação

x

Ver justificação dada no ponto 4. PRAZO MÉDIO PAGAMENTOS (PMP) – RCM 34/2008 DE 22 DE FEVEREIRO COM ALTERAÇÕES DO DESPACHO Nº 9870/2009, DE 13 ABRIL

Ver justificação dada no ponto 4. PRAZO MÉDIO PAGAMENTOS (PMP) – RCM 34/2008 55.548.201,81 € DE 22 DE FEVEREIRO COM ALTERAÇÕES DO DESPACHO Nº 9870/2009, DE 13 ABRIL Não aplicável

Recomendações do acionista na aprovação de contas:

Redução do Prazo Médio Pagamento

x

aumentou 8 dias face a 2011

6. Cumprimento das recomendações emitidas pela aprovação do Relatório de Gestão e Contas de 2011.

Plano Redução Dos Custos

x

-14.757.557,07 €

Inventariação de Bens e Imobilizado

x

Não aplicável

Em execução - encontra-se o hospital a reestruturar a área de património e imobilizado.

Valor das existencias em armazém

x

Não aplicável

Implementação de um novo modelo de Logística

Reforço do Sistema Controlo Interno para as rubricas Clientes e outros devedores

x

Em execução

Proveitos SNS

x

Em execução - reorganização da área de pré faturação.

Remunerações:

Não atribuição de prémios de gestão, nos termos art.º 29.º da Lei 64-B/2011

148

x

Não aplicável


Cumprimento das Orientações legais

Cumprimento S

N

Quantificação

Justificação

N.A.

Órgãos Sociais - redução de 5% por aplicação artigo 12º da Lei n.º 12-A/2010

x

10.363,47

Órgãos Sociais - suspensão sub. Férias e natal , nos termos do art.º 21º da Lei 64B/2011

x

33.380,62

Auditor Externo - redução remuneratória nos termos do artº 26º da Lei 64-B/2011

x

1.096,72

Restantes trabalhadores - redução remuneratória, nos termos do art.º 20º da Lei 64-B/2011

x

2.119.912,89

Restantes trabalhadores - suspensão sub. Férias e natal , nos termos do art.º 21º da Lei 64-B/2011

x

5.244.575,52

Artigo 32º do EGP

Utilização de cartões de crédito

x

Reembolso de despesas de representação pessoal

x

Contratação Pública Normas de contratação pública

x

Normas de contratação pública pelas participadas

x

Contratos submetidos a visto prévio do TC

x

Adesão ao Sistema Nacional de Compras Públicas

x

Parque Automóvel

x

Principio da Igualdade do Género

x

Não aplicável

Não aplicável

21 Processos

Todos visados. Ver informação do ponto 9 - Da Contratação pública

0%

o hospital tem o mesmo n.º de veículos que em 2011

Plano de Redução de Custos

Gastos com pessoal

x

-12,07%

Fornecimentos e Serviços Externos

x

-18,75%

Redução nº Efetivos e Cargos Dirigentes

Nº de efetivos

x

4%

Contratação de enfermeiro e de Pessoal Médico, e entrada de 40 novos Internos

Nº de cargos dirigentes

x

60%

Princípio da Unidade de Tesouraria

x

554.119,40

Pagamento dos descontos dos salários de dezembro

Tabela 71 – Resumo

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

149


150


Capítulo 9 Aplicação de Resultados Proposta de aplicação de resultados O resultado líquido, para o período de janeiro a dezembro de 2012, apresenta-se negativo em -5.535.277,25€ (cinco milhões, quinhentos e trinta e cinco mil, duzentos e setenta e sete euros e vinte e cinco cêntimos), resultante dos seguintes valores: Resultado Operacional:

-8.618.805,73€

Resultados Financeiros:

-370.083,82€

Resultados Correntes:

-8.988.889,55€

Resultados Antes de Impostos:

-5.523.671,25€

Resultados Líquidos:

-5.535.277,25€

Propõe assim o Conselho de Administração que o resultado líquido do exercício transite para o período seguinte, na conta de resultados transitados.

Faro, aos 30 dias do mês de abril de 2013.

Dr. Pedro M. H. Nunes Presidente do Conselho de Administração

Dr.ª Graça Pereira Vogal Executivo

Dr. Luís Miguel Martins Vogal Executivo

Dr. José Vieira dos Santos Enfermeiro Diretor

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

151


152


Anexos Balanço Analítico Demonstração de Resultados Demonstração dos Fluxos de Caixa Ativo Imobilizado Amortizações e Provisões Provisões Acumuladas Descontos e Retenções Demonstração do Custo das mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas Demonstração dos Resultados Financeiros Demonstração de Resultados Extraordinários Desenvolvimento das Despesas com o Pessoal Decomposição das Dividas de Clientes, Utentes e Estado Mapas de Controlo Orçamental: Mapa de controlo Orçamental de Compras Mapa de Controlo Orçamental dos Investimentos Mapa de Controlo do Orçamento Económico Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados

Relatório de Gestão e Prestação de Contas · 2012

153





































Anexo ao balanço e à demonstração de resultados NOTA PRÉVIA As notas que se seguem estão ordenadas de acordo com o Plano Oficial de Contabilidade do Ministério da Saúde (POCMS). As notas omitidas devem entender-se como não aplicáveis à Entidade.

1 Caracterização da entidade 1.1 Identificação Designação: Hospital de Faro, E.P.E. Número de identificação: 508 718 872 Endereço da sede: Rua Leão Penedo, 8000 – 386 Faro O Hospital de Faro (HF), como entidade pública empresarial (E.P.E), foi criado no dia 1 de setembro de 2008, por força da publicação do Decreto-Lei n.º 180/2008, de 26 de agosto, extinguindo-se por conseguinte o Hospital Central de Faro, do qual sucederam para E.P.E todos os direitos e obrigações. O seu objeto social, único, é a prestação de serviços de saúde, nos termos dos seus Estatutos e no respeito pelas normas que o regem, encontrando-se integrado no Serviço Nacional de Saúde. Os montantes encontram-se expressos em Euros (€), salvo indicação em contrário.


1.2 Legislação

1.3 Estrutura organizacional efetiva

O Hospital de Faro, é uma pessoa colectiva de direito público de natureza empresarial, dotada de autonomia

(Ver Modelo de Governo)

financeira e patrimonial, regendo-se nos termos da legislação aplicável ao sector empresarial do estado. Por obrigatoriedade legal, foi feito o fecho de contas em 31 de dezembro de 2012, tendo como objetivo conhecer a situação económica financeira da instituição à data e que ora se apresenta.

1.4 Discrição sumária das atividades Desenvolvendo como atividade única a prestação de serviços de saúde, o Hospital de Faro, presta a assistên-

As demonstrações financeiras apresentadas foram pre-

cia aos seus utentes através de um Serviço de Urgência

paradas de harmonia com os princípios contabilísticos

Polivalente (que engloba a Urgência Geral, a Urgência de

definidos pelo POCMS – Plano Oficial de Contabilidade

Ginecologia e Obstetrícia e a Urgência Pediátrica), do in-

do Ministério da Saúde (Ministério das Finanças e Minis-

ternamento que está organizado por especialidades clí-

tério da Saúde, 2000).

nicas, correspondendo as respetivas lotações aos rácios definidos pela rede de referencia hospitalar, da Consulta

Ao nível do registo e organização contabilística é de evi-

Externa e do Hospital de Dia, organizados também por

denciar que o sistema informático do Hospital de Faro

especialidades. Desenvolve ainda atividades através de

está construído segundo as definições do referido PO-

Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátri-

CMS, aprovado pela Portaria nº 898/2000, de 28 de Se-

cos, de Cuidados Intensivos Polivalente e de Cuidados

tembro (Ministério das Finanças e Ministério da Saúde,

Intensivos Coronários.

2000), destacando-se o detalhe da classe 1, que reflecte a origem e o destino dos fluxos financeiros. O regime jurídico aplicável ao Hospital de Faro, é o seguinte:

Decreto-lei nº 180/2008, de 26 de Agosto - Diploma criador;

Decreto-lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro - Estatutos;

Decreto-Lei nº 558/99, de 17 de Dezembro, com as alterações introduzidas, e o Decreto-Lei nº 300/2007,

Os responsáveis do Hospital de Faro à data de 31 dezem-

de 23 de Agosto - Regime Jurídico do Sector

bro de 2012 são:

Empresarial do Estado e das Empresas Públicas;

1.5 Recursos humanos – Identificação dos responsáveis pela direção da entidade

Lei nº 27/2002, de 8 de Novembro - Regime Jurídico

(Presidente do Conselho de Administração)

de Gestão Hospitalar;

Decreto-Lei n.º188/2003, de 20 de Agosto -

Decreto-Lei nº11/93, de 15 de Janeiro - Estatuto do

Lei nº 48/90, de 2 de Agosto - Lei de Bases da Saúde;

Normas especiais cuja aplicação decorra do seu objeto social e do regulamento.

Dr. Luis Miguel da Costa e Cunha Martins (Vogal Executivo do Conselho de Administração)

Serviço Nacional de Saúde

Dra. Graça Maria Palma Pereira Vogal Executiva do Conselho de Administração)

Regulamentação da Lei de Gestão Hospitalar;

Mestre Pedro Manuel Mendes Henriques Nunes

Dr. Jorge Manuel Domingues Salvador (Diretor Clínico)

Dr. José Fernando Vieira dos Santos (Enfermeiro Diretor)


a periodicidade trimestral.

Quanto a remunerações, os referidos membros, foi-lhes atribuído um rendimento efetivo de 236.361,53€ confor-

utilizado e do modo de articulação com a

O Hospital de Faro apresentava a 31 de dezembro de

contabilidade central;

2012, 2443 funcionários e empregados, sendo responsáDra. Lídia Regala.

Existência ou não de descentralização contabilística e, em caso afirmativo, breve descrição do sistema

me capitulo sexto deste relatório.

vel pela Gestão de Recursos Humanas a Técnica Superior,

Durante o exercício foram preparados Relatórios com

Não existe descentralização contabilística, a contabilidade encontra-se centralizada nas instalações do Hospital de Faro, EPE (Edifício da Administração), na dependência do Departamento

1.6 Organização contabilística •

Existência ou não de um manual de procedimentos contabilísticos;

Não existe qualquer outra informação de relevo que deva

Administrativos e Contabilísticos - Contabilidade

ser enunciada.

Indicação dos livros de registo utilizados;

São utilizados os livros obrigatórios previstos na legislação comercial. Descrição sumária da organização do arquivo dos documentos de suporte;

A organização do arquivo dos documentos de suporte segue a sequência numérica das Autorizações de Pagamento por Rubricas.

Breve descrição das principais características do sistema informático utilizado/existente;

O sistema informático utilizado corresponde à aplicação Microssft Dynamics NAV fornecida pela Glintt, existindo lançamentos que são efectuados por ligações automáticas de outras aplicações, tais como: da aplicação GHAF – Farmácia e Logística, do SONHO – Aplicação de Gestão de Doentes e do RHV – aplicação dos Recursos Humanos.

1.7 Outra Informação considerada relevante

É utilizado o Manual de Procedimentos geral/orçamental/analítica.

Financeiro.

Existência ou não de Demonstrações Financeiras Intercalares;


2. Notas ao balanço e às demonstrações financeiras 2.1 Situações derrogadas nas demonstrações financeiras A derrogação do princípio de especialização no que se refere ao registo das taxas moderadoras o acto em que ocorrem versus momento de recebimento, deve-se à

2.3 Critérios valorimétricos utilizados relativamente às várias rubricas do balanço e da demonstração dos resultados, bem como métodos de cálculo respeitantes aos ajustamentos de valor, designadamente amortizações e provisões.

enorme dificuldade, motivada pelo sistema de informação utilizada na gestão de doentes (SONHO), na obtenção

As demonstrações Financeiras apresentadas foram ela-

de dados que possibilitem, de forma sustentada, o cálculo

boradas com o objectivo de obter uma imagem verda-

dos montantes em dívida no final de cada período, embo-

deira e apropriada da situação financeira e dos resultados

ra estejam a decorrer esforços no sentido de solucionar

das operações do Hospital e obedecem aos Princípios

tal dificuldade na cobrança e registo de dívidas (a receber)

Contabilísticos geralmente aceites, designadamente: da

de taxas moderadoras com a contratação da aplicação do

Entidade Contabilística; da Continuidade; da Consistên-

pagamento de taxas moderadoras com a ACSS

cia; da Especialização; do Custo Histórico; da Prudência; da Materialidade e da Não Compensação.

2.2 Indicação e comentário das contas do balanço e das demonstrações dos resultados cujos conteúdos não sejam comparáveis com o exercício anterior As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos registos da Entidade, os quais se encontram de acordo com os princípios do POCMS e instruções da ACSS.

Os critérios valorimétricos de cálculo utilizados foram os seguintes:

Imobilizações incorpóreas Não existe qualquer valor desta natureza.

Imobilizações corpóreas Os bens do ativo imobilizado corpóreo figuram pelo seu custo de aquisição, exceto o relativo aos ativos do imobilizado obtido a título gratuito, cuja valorização foi obtida pela aplicação do critério do preço de mercado e dos Terrenos e Edifícios que foram inscritos pelo valor de mercado com base na avaliação efectuada por uma empresa especializada e independente, em conformidade com a legislação aplicável (Portaria nº 671/2000, de 17 de Abril – CIBE). Os bens de domínio público, propriedade do Estado, bens ao serviço dos cidadãos que apoiam a instituição na prestação dos seus serviços, procedeu o Hospital de Faro em 2010 à relevação contabilística do valor dos imóveis de domínio público, com base na avaliação efectuada por Empresa especializada e independente American Appraisal.


É política do Hospital de Faro calcular as reintegrações

Acréscimos e diferimentos

sobre o valor do custo de aquisição, de modo a reintegrar totalmente os bens até ao fim da sua vida útil pelo

O Hospital de Faro regista os seus proveitos e custos, de

método das quotas constantes por duodécimos, aplican-

acordo com o princípio da especialização dos exercícios,

do as taxas máximas permitidas e constantes do Decreto

pelo qual esses proveitos e custos são reconhecidos à

Regulamentar nº 2/90, de 12 Janeiro, e da Portaria nº

medida que são gerados, independentemente do mo-

671/00, de 17 Abril, sendo que, no caso dos Edifícios a

mento em que são recebidos ou pagos. As diferenças

taxa aplicada será da vida útil remanescente do bem pro-

entre os montantes recebidos e pagos e os correspon-

posta pela empresa que procedeu à avaliação dos imó-

dentes proveitos e custos gerados são registados nas

veis em 2010.

rubricas “ Acréscimos e Diferimentos”.

Mediante o exposto e cumprindo a legislação em vigor o aumento das amortizações resultante de reavaliações de

Subsídios

imobilizado só são aceites fiscalmente, quando ao abrigo de legislação de caracter fiscal, assim e perante tal facto

Os subsídios atribuídos ao Hospital de Faro, no âmbito

o impacto do aumento das amortizações resultante da

de projectos de investimentos, são registados como pro-

reavaliação dos edifícios não é aceite fiscalmente sendo

veitos diferidos na rubrica de “Acréscimos e Diferimen-

acrescido no quadro 7 da modelo 22 do IRC.

tos” e reconhecidos nas demonstrações de resultados, proporcionalmente às amortizações das Imobilizações

Existências As matérias-primas, subsidiárias e de consumo, estão valorizadas ao custo de aquisição, com o acréscimo das respetivas despesas adicionais de compra, sendo que o método de custeio das saídas de armazém utilizado é o método do custo médio ponderado.

Corpóreas Subsidiadas, com exceção do financiamento atribuído ao Hospital de Faro pela ARS Algarve, IP, para a criação de Unidade de Convalescença e de Cuidados Paliativos no âmbito da implementação da rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI). Tal facto deve-se a incerteza quanto à forma contabilística de registo do referido subsídio já que o objeto da obra foi alterado aguardando indicações do reajustamento quanto aos efeitos do referido projeto.

Dívidas de e a terceiros As dívidas de e a terceiros estão expressas pelas importâncias constantes dos documentos que as titulam.

Provisões De acordo com a Portaria nº 898/2000, de 28 de Setembro,

Impostos sobre o rendimento do exercício A estimativa do I.R.C. atende às tributações autónomas conforme o preconizado no artigo 88.º do C.I.R.C.

a constituição de provisão deve respeitar apenas às situações a que estejam associados riscos em que não se trate apenas de uma simples estimativa de um passivo certo, a sua contabilização pretende registar perdas potenciais e tem como objectivo corrigir o resultado de um exercício e de um custo correspondente a riscos ou despesas a pagar de ocorrência e de montante, em geral, incerto. A constituição de provisões baseia-se no Principio Contabilístico da Especialização dos Exercícios e no Princípio Contabilístico de Prudência.


Estabelece o primeiro Principio que os proveitos e os custos são reconhecidos quando obtidos ou incorridos independentemente do seu recebimento ou pagamento, devendo incluir-se nas demonstrações financeiras dos períodos a que respeitam. Estabelece o segundo que é possível integrar nas contas um grau de precaução ao fazer as estimativas exigidas nas condições de incerteza,

2.7 Movimentos ocorridos nas rubricas do activo imobilizado constantes do balanço e nas respectivas amortizações e provisões, de acordo com as tabelas seguintes:

sem contudo, permitir a criação de reservas ocultas ou provisões excessivas. Face à definição de critérios objetivos de constituição ou reforço das provisões definidas nos artigos 35.º a 36.º do CIRC e à periodização do lucro tributável definido no art.º 18.º n.º1 do mesmo Código, a constituição da provisão é obrigatória, para efeitos fiscais, pelo que, quando o sujeito passivo não constitua provisão que, de acordo com os critérios definidos, deveria ter sido constituída, originará a não-aceitação para efeitos fiscais, no exercício em que se vier a efectivar, do custo ou perda não objecto de provisão. Foram constituídas as seguintes provisões de acordo com o critério definido no ponto 2.7.1 do POCMS:

Para Cobranças Duvidosas;

Para Riscos e Encargos.

O montante de provisão para cobertura de dívidas em mora há mais de um ano e cujo risco de incobrabilidade seja devidamente justificado, exceptuando as dívidas sobre entidades públicas, determinado de acordo com a mesma Portaria. Quanto à Provisão para Outros Riscos e Encargos e mediante informação solicitada ao Gabinete Jurídico do Hospital de Faro, relativamente aos processos judiciais em curso contra o mesmo, por factos que à data de 31 de Dezembro de 2012, as responsabilidades sejam de ocorrência provável ou certa, mas incertas quanto ao seu valor ou data de ocorrência constituídas segundo o Código do IRC artigo 39 nº 1 a), sendo que, nos processos com provável sentença a desfavor do Hospital de Faro e segundo o referido Gabinete é no valor de 2.238.264,50€, sendo que, e cumprindo o princípio contabilístico da prudência por precaução criada uma provisão pela totalidade dos mesmos.

Consultar páginas 195, 196 e 197


Contas

Designação

Saldo Inicial

Reavaliações

Aumentos

Tranferências e Abates (1)

Saldo Final

Terrenos e Recursos Naturais

8.845.575,00€

0,00€

0,00€

0,00€

8.845.575,00€

Complexo hospitalar

7.681.200,00€

0,00€

0,00€

0,00€

7.681.200,00€

Unidade de psiquiatria

1.164.375,00€

0,00€

0,00€

0,00€

1.164.375,00€

Edifícios

34.223,404,23€

0,00€

5.913.110,13€

0,00€

40.136.514,36€

Complexo hospitalar

31.395.270,38€

0,00€

5.913.110,13€

4.335,70€

37.304.044,81€

Unidade de psiquiatria

2.828.133,85€

0,00€

0,00€

0,00€

2.828.133,85€

Imobilizações em curso de bens de domínio público

6.211.794,34€

0,00€

831.014,87€

5.793.315,45€

1.249.493,76€

49.280.773,57€

0,00€

6.744.125,00€

5.793.651,15€

50.227.247,42€

Bens de Domínio Público 451

452

445

Sub-total Imobilizações incorpóreas 431

Despesas de instalação

0,00€

0,00€

0,00€

0,00€

0,00€

432

Despesas de investigação e desenvolvimento

0,00€

0,00€

0,00€

0,00€

0,00€

Sub-Total

0,00€

0,00€

0,00€

0,00€

0,00€

Imobilizações Corpóreas 421

Terrenos e Recursos Naturais do lar

1.227.600,00€

0,00€

0,00€

0,00€

1.227.600,00

422

Edifícios e outras construções do lar

3.608.400,00€

0,00€

0,00€

0,00€

3.608.400,00€

423

Equipamento básico

30.477.242,26€

0,00€

306.385,80€

162.585,87€

30.621.042,19€

424

Equipamento de transporte

251.666,04€

0,00€

0,00€

0,00€

251.666,04€

16.399,81€

0,00€

0,00€

0,00€

16.399,81€

162,11€

0,00€

0,00€

0,00€

162,11€

Mercedes – Benz Vito – Matrícula 32-70-PB

21.982,72€

0,00€

0,00€

0,00€

21.982,47€

Mercedes – Benz 313 CDI – Matrícula 14-33-RN

36.751,95€

0,00€

0,00€

0,00€

36.751,95€

211,90€

0,00€

0,00€

0,00€

211,990€

Ford Transit 330 L – Matrícula 97-67-VL

36.340,24€

0,00€

0,00€

0,00€

36.340,24€

Ford Transit 330 L – Matrícula 20-44-XU

30.881,71€

0,00€

0,00€

0,00€

30.881,71€

Ford Transit 330 L – Matrícula 55-95-ZO

31.912,67€

0,00€

0,00€

0,00€

31.912,67€

Honda Accord – Matrícula 44-97-HT

6.000,00€

0,00€

0,00€

6.000,00€

0,00€

Renault 5 TD – Matrícula 42 – 23-HT

1.500,00€

0,00€

0,00€

1.500,00€

0,00€

Fiat Iveco – Matrícula 55-95-HP

9.500,00€

0,00€

0,00€

9.500,00€

0,00€

14.000,00€

0,00€

0,00€

0,00€

14.000,00€

4.795,64€

0,00€

0,00€

0,00€

4.795,64€

Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 17-IO-64

20.613,77€

0,00€

0,00€

0,00€

20.613,77€

Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 17-IO-66

20.613,77€

0,00€

0,00€

0,00€

20.613,77€

425

Ferramentas e utensílios

50.395,63€

0,00€

5.757,63€

0,00€

56.153,26€

426

Equipamento administrativo e informático

10.300.866,30€

0,00€

139.441,34€

61.617,05€

10.378.690,59€

427

Taras e vasilhame

0,00€

0,00€

0,00€

0,00€

0,00€

429

Outras imobilizações corpóreas

17.508,46€

0,00€

0,00€

0,00€

17.508,46€

45.933.678,69€

0,00€

451.584,77€

241.202,92€

46.144.060,54€

Imobilizações em curso de investimentos financeiros

0,00€

0,00€

0,00€

0,00€

0,00€

Sub-total

0,00€

0,00€

0,00€

0,00€

0,00€

95.214.452,26€

0,00€

7.195.709,77€

6.038.854,07€

96.371.307,96€

Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 36-41-AM Auto rádio

Auto rádio

Citroen Jumper Fourgon – Matrícula 72-95-JQ Grande Reparação - Matrícula 55-95-ZO

Sub-total Investimentos Financeiros 441

Total Geral 1) Os abates são no valor de 170.968,91€


Contas

48

Designação

Terrenos e Recursos Naturais do lar

4822

Edifícios e outras construções do lar

4823

Equipamento básico Equipamento de transporte Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 36-41-AM Auto rádio Mercedes – Benz Vito – Matrícula 32-70-PB Mercedes – Benz 313 CDI – Matrícula 14-33-RN Auto rádio Ford Transit 330 L – Matrícula 97-67-VL Ford Transit 330 L – Matrícula 20-44-XU Ford Transit 330 L – Matrícula 55-95-ZO

-€

-€

-€

-€

65.672,76€

65.672,82€

-€

131.345,58€

22.612.805,41€

2.481.119,08€

89.125,16€

25.004.799,33€

203.454,83€ 16.399,81€ 162,11€ 21.982,47€ 36.751,95€ 211,90€ 36.340,24€ 28.629,76€ 27.591,03€

Renault 5 TD – Matrícula 42 – 23-HT

1.250,18€

Fiat Iveco – Matrícula 55-95-HP

6.333,45€

Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 17-IO-64 Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 17-IO-66

4827

Amortizações acumuladas

4.000,00€

Grande Reparação - Matrícula 55-95-ZO

4826

Abates

Honda Accord – Matrícula 44-97-HT

Citroen Jumper Fourgon – Matrícula 72-95-JQ

4825

Amortizações do exercício

Imobilizações Corpóreas

4811

4824

Amortizações Iniciais

Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo e informático Taras e vasilhame

4829

Outras imobilizações corpóreas

4852

Edificios Complexo Hospitalar Unidade de psiquiatria Total Geral

11.666,55€ 1.398,88€ 5.368,25€ 5.368,25€ 43.741,21€ 8.493.031,41€ -€ 10.770,92€ 622.591,35€ 620.581,60€

14.433,59€ 0,00€ 0,00€ 0,00€

12.273,23€ 0,00€ 0,00€ 0,00€

205.615,19€ 16.399,81€ 162,11€ 21.982,47€

0,00€

0,00€

0,00€

0,00€

0,00€

0,00€

2.251,95

0,00€

3.989,04€

0,00€

500,00€

4.500,00€

0,00€

31,26€

1.281,44€

0,00€

158,34€

6.491,79€

1.749,96€

0,00€

599,52€

0,00€

2.576,76€ 2.576,76€ 3.395,78€ 755.762,64 -€ 1.637,24€ 858.239,13€

49.212,60€

32.052.067,89€

4.180.260,28€

211,90€ 36.340,24€ 30.881,71€ 31.580,07€

0,00€ 13.416,51€ 1.998,40€

0,00€

7.945,01€

0,00€

7.945,01€

-€

47.136,99€

55.167,04€

9.193.627,01€

-€

-€

-€

12.408,16€

-€

1.480.830,48€

809.026,53€

2.009,75€

36.751,95€

1.429.608,13€ 51.222,35€ 156.565,43€

36.075.762,74€


Contas

Designação

Ativo Bruto

Amortizações Acumuladas

Ativo Líquido

Terrenos e Recursos Naturais

8.845.575,00€

0,00€

8.845.575,00€

Complexo hospitalar

7.681.200,00€

0,00€

7.681.200,00€

Unidade de psiquiatria

1.164.375,00€

0,00€

1.164.375,00€

Edifícios

40.132.178,66€

1.480.830,48€

38.651.348,18€

Complexo hospitalar

37.304.044,81€

1.429.608,13€

35.874.436,68€

Unidade de psiquiatria

2.828.133,85€

51.22,35€

2.776.911,50€

Imobilizações em curso de bens de domínio público

1.249.493,76€

0,00€

1.2499.493,76€

50.227.247,42€

1.480.830,48€

48.764.416,94€

Bens de Domínio Público 451

452

445

Sub-total Imobilizações incorpóreas 431

Despesas de instalação

0,00€

0,00€

0,00€

432

Despesas de investigação e desenvolvimento

0,00€

0,00€

0,00€

Sub-Total

0,00€

0,00€

0,00€

Imobilizações Corpóreas 421

Terrenos e Recursos Naturais do lar

1.227.600,00€

0,00€

1.227.600,00€

422

Edifícios e outras construções do lar

3.608.400,00€

131.345,58€

3.477.054,42€

423

Equipamento básico

30.621.042,19€

25.004.799,33€

5.616.242,86€

424

Equipamento de transporte

234.666,04€

205.615,19€

29.050,85€

16.399,81€

16.399,81€

0,00€

162,11€

162,11€

0,00€

Mercedes – Benz Vito – Matrícula 32-70-PB

21,982,47€

21,982,47€

0,00€

Mercedes – Benz 313 CDI – Matrícula 14-33-RN

36.751,95€

36.751,95€

0,00€

211,90€

211,90€

0,00€

Ford Transit 330 L – Matrícula 97-67-VL

36.340,24€

36.340,24€

0,00€

Ford Transit 330 L – Matrícula 20-44-XU

30.881,71€

30.881,71€

0,00€

Ford Transit 330 L – Matrícula 55-95-ZO

31.912,67€

31.580,07€

332,60€

Honda Accord – Matrícula 44-97-HT

0,00€

0,00€

0,00€

Renault 5 TD – Matrícula 42 – 23-HT

0,00€

0,00€

0,00€

Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 36-41-AM Auto rádio

Auto rádio

Fiat Iveco – Matrícula 55-95-HP

0,00€

0,00€

0,00€

14.000,00€

13.416,51€

583,49€

4.795,64€

1.998,40€

2.797,24€

Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 17-IO-64

20.613,77€

7.945.01€

12.668,76€

Peugeot Patner 1.6 HDI – Matrícula 17-IO-66

20.613,77€

7.945.01€

12.668,76€

425

Ferramentas e utensílios

56.153,26€

47.136,99€

9.016,27€

426

Equipamento administrativo e informático

10.378.690,59€

9.193.627,01€

1.185.063,58€

427

Taras e vasilhame

0,00€

-€

0,00€

429

Outras imobilizações corpóreas

17.508,46€

12.408,16€

5.100,30€

46.144.060,54€

34.594.932,26€

11.549.128,28€

Imobilizações em curso de investimentos financeiros

0,00€

0,00€

0,00€

Sub-total

0,00€

0,00€

0,00€

96.371.307,96€

36.075.762,74€

60.295.545,22€

Citroen Jumper Fourgon – Matrícula 72-95-JQ Grande Reparação - Matrícula 55-95-ZO

Sub-total Investimentos Financeiros 441

Total Geral


2.8 Cada uma das rubricas dos mapas atrás referidos foi desagregado no mesmo, contudo foram evidenciadas as seguintes informações:

2) Equipamento de Transporte no valor de 17.000,00€. 3) Equipamento Administrativo e Informático, num total de 56.783,15€, composto por:

Equipamento Administrativo: 13.755,01€

Hardware: 43.028,14€.

Foram mantidas as políticas e critérios contabilísticos inerentes ao reconhecimento e contabilização dos imobilizados corpóreos, à sua valorimetria e às bases de cálculo das amortizações, e à respetiva consistência com os exercícios anteriores enquanto Hospital Central de Faro, do qual sucederam todos os direitos e obrigações com exceção dos Terrenos e Edifícios que foram avaliados pela American Appraisal sendo registados pelo Justo Valor no ano de 2010. Relativamente às contas de Imobilizado, importa destacar

2.11 Quadro discriminativo das reavaliações: De referir que durante o exercício de 2012 não foram efetuadas reavaliações sendo que a reserva de reavaliação existente no balanço refere-se à avaliação dos imóveis em 2010 e divulgada no respetivo relatório conforme tabela da página 183.

os seguintes aspectos:

O único edifício que é propriedade do Hospital de Faro é o Edifício Lar;

2.12 Imobilizado em curso

O Complexo Hospitalar sito na Rua Leão Penedo

Quanto às imobilizações em curso, o valor apresentado nas

em Faro e do edifício dos Serviços de Psiquiatria,

demonstrações Financeiras são no total de 1.249.493,76€ e

Terapia Ocupacional e Pneumologia, situado na

encontram-se subdivididos da seguinte forma:

Estrada de Loulé, junto à Escola Superior de Saúde

de Faro, sendo pois para efeitos contabilísticos

Obstetrícia no valor total de 121.333,24€.

bens de Domínio Público, propriedade do Estado, registados como tal na contabilidade;

Obras existentes para a instalação do Serviço de

Ampliação do serviço de Urgência no valor total de 541.823,38€.

As ofertas de Imobilizado foram registadas pelo valor de mercado.

Obras no Internato Geral Ginecologia no valor de 152.039,97€.

Quanto aos Abates temos um total de 170.968,91€ e encontram-se subdivididos da seguinte forma:

Obras de Internamento no valor total de 143.371,88€.

1) Equipamento Básico, num total de 97.185,76€, com-

Instalações Sanitárias na Cirurgia Geral no valor de 109.179,45€.

posto por:

Médico-Cirúrgico: 78.287,93€

De Imagiologia: 457,77€.

De Laboratório: 8.273,15€

Mobiliário Hospitalar: 9.225,59€

De Hotelaria: 941,32€

Obras no Sistema de chamadas no Internato Médico no valor de 45.058,72€.

As restantes obras têm um valor total de 136.687,12€.


Designação

Bens de Domínio Público

Custos Históricos a)

Reavaliações b)

Valores Contabilísticos Reavaliados

0,00€

8.845.575,00€

8.845.575,00€

4.014.659,04€

33.708.200,00€

37.717.859,04€

Edifícios

0,00€

0,00€

0,00€

Outras construções e infraestruturas

0,00€

0,00€

0,00€

Bens de domínio público

0,00€

0,00€

0,00€

4.014.659,04€

42.548.775,00€

46.563.434,04€

90.485,85€

1.137.114,15€

1.227.600,00€

13.175.757,81€

-9.567.357,81€

3.608.400,00€

1.556.775,24€

7.925.492,66€

9.482.267,90€

21.833,54€

46.495,92€

68.329,46€

3.627,54€

6.634,52€

10.262,06€

1.507.414,34€

376.231,17€

1.883,645,51€

294,58€

-294,58€

0,00€

15.609,99€

-6.865,29€

8.744,70€

16.371.798,89€

-82.549,26€

16.289.249,63€

Investimentos em imóveis

0,00€

0,00€

0,00€

Sub-total

0,00€

0,00€

0,00€

20.386.457,93€

42.466.225,74€

62.852.683,67€

Terrenos e Recursos Naturais

Sub-total Imobilizações corpóreas Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo e informático Taras e vasilhame Outras imobilizações corpóreas Sub-total Investimentos financeiros

Total Geral a) Líquidos de amortizações b) Engloba as sucessivas reavaliações

2.13 Indicação dos bens utilizados em regime de locação financeira, com menção dos respectivos valores contabilísticos Não existe qualquer valor desta natureza.

2.23 Valor global das dívidas de cobrança duvidosa incluídas em cada rubrica de dívidas de terceiros constantes do balanço. Da análise rigorosa e específica das contas correntes de cada cliente, conclui-se que existiam dívidas de terceiros que estavam em mora há mais de um ano e cujo risco de incobrabilidade era devidamente justificado, pelo que à data de 31 de Dezembro de 2012, procedeu-se à transfe-


rência da conta 211 – Clientes C/C para a conta 218 – Clientes e Utentes de Cobrança Duvidosa de forma a refletir o valor de 1.257.225,69€ de clientes de cobrança duvidosa.

2.27 Valor das dívidas a Terceiros a mais de cinco anos, repartidos pelas respetivas rubricas de balanço:

221

Entidade

A.M Cunha. LDA. Biomérieux Portugal, LDA.

292,46 21,78

Celpur – Técnica Ambiental, LDA.

183,15

F.V.C. – Fábrica Vilas Carreiras

183,77

M. Augusto Silva & Filhos, LDA.

1.596,59

M. B. Ortopedia, LDA.

1.211,46

Ortoimplante, SOC. De Ortopedia, S.A.

Total Geral

Valor

50.460,63

Papelmunde – Sociedade Manufacturas Gráficas, LDA.

214,60

Paulo Ferreira – Trading

103,49

Shortes Portugal, LDA.

-24,54

Técnomédica – Equipamentos Médicos, LDA

1.422,62

Voxmania – Import e Export, LDA.

3.494,26 59.160,27


2.31 Desdobramento das contas de provisões acumuladas, explicitando os movimentos ocorridos no exercício, de acordo com o quadro seguinte: Conta Entidade

Saldo inicial

Aumentos

Redução

Salo Final

-€

-€

-€

-€

19

Proteções para aplicações - tesouraria

291

Provisões para cobranças duvidosas

441.279,06€

451.106,30€

-€

892.385,36€

292

Provisões para risco e encargos

576,371,54€

1.971.022,04€

309.629,08€

2.238.264,50

39

Provisões para depreciação de existências

-€

-€

-€

-€

49

Provisões para investimentos financeiros

-€

-€

-€

-€

1.018.150,60€ 2.422.122.128,34€

309.629,08€

3.130.649,86£

Total Geral

Para efeitos de constituição da Provisão para Cobrança Duvidosa, consideram-se as dívidas de terceiros que estejam em mora há mais de um ano e cujo risco de incobrabilidade seja devidamente justificado, tendo para esse efeito considerado para o seu cálculo o valor constante da conta 218 – Clientes e Utentes de Cobrança Duvidosa pelas seguintes percentagens:

Créditos em mora há mais de 12 meses e até 24 meses - 50%;

Créditos em mora há mais de 24 meses - 100%.

Ainda no que se refere as Provisões, é de esclarecer que foram constituídas Provisões para Outros Riscos e Encargos, nomeadamente sobre processos judiciais intentados contra o Hospital de Faro, uma vez que se afigura provável que uma eventual condenação no pagamento dos valores peticionados no valor de 2.238.264,50€.


2.32 Explicitação e justificação dos movimentos ocorridos no exercício, em cada uma das contas da classe 5 – “ Fundo Patrimonial”, constantes no Balanço De acordo com o Decreto-Lei nº 180/2008, o Capital

Quanto às Doações, em conformidade com o descriti-

Estatutário do Hospital de Faro E.P.E., é constituído por

vo na Diretriz Contabilística 02/91 da CNC, as Doações

uma dotação em numerário subscrita e integralmente

de Equipamento Imobilizado diz respeito à relevação do

realizadas pelo Estado de 22.422.097,00€, devidamente

Imobilizado doado ao HF por diversas entidades pelo va-

registado na rubrica de Capital Social.

lor de 62.213,60€.

Quanto às Reservas Livres, decorrem dos valores que de-

No que se refere aos Resultados Transitados, durante o

ram origem ao Hospital de Faro E.P.E., provenientes do

exercício de 2012, procedeu-se à transferência do Resul-

Património do Hospital Central de Faro S.P.A.

tado do Exercício anterior, de acordo com a aplicação

As Reservas de Reavaliação no valor de 42.466.225,74€, decorrente do registo dos activos avaliados por Empresa

de resultados deliberada por aprovação do Conselho de Administração do Hospital de Faro.

independente em 2010.

Conta

Entidade

Saldo inicial

Transferências

Aumentos

Redução

Saldo Final

511

Capital Social

22.422.097,00€

-€

-€

-€

22.422.097,00€

56

Reservas de reavaliação

42.466.225,74€

-€

-€

-€

42.466.225,74€

Sub-total Reservas 574

Reservas livres

6.006.155,75€

-€

-€

-€

6.006.155,75€

575

Subsídios

4.725.877,74€

-€

-€

-€

4.725.877,74€

576

Doações

1.236.046,68€

-€

62.213,60€

-€

1.298.260,28€

-17.047.387,00€

-€

-107.674.619,02€

Sub-total Resultados 59

Resultados transitados

-90.627.232,02€

88

Resultados líquidos do exercício

-17.047.387,00€

-€

5.535.277,25€

-17.047.387,00€

-5.535.277,25€

Sub-total

-107.674.619,02€

-€

-22.582.664,25€

-17.047.387,00€

-113.209.896,27€

Total Geral

-30.818.216,11€

-€

-22.520.450,65€

-17.047.387,00€

-36.291.279,76€


2.33 Demonstração dos custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas, de acordo com o mapa seguinte: Conta

Designação

Mercadorias

Matérias primas, subsidiárias e de consumo

36

Existências iniciais

-€

2.909.634,27€

312+316

Compras

-€

33.508.555,08€

793+693

Regularizações de existências

-€

-€

36

Existências finais

-€

4.008.776,28€

61

Custos das mercadorias vendidas

-€

32.409.413,07€

O custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas foram no montante de 32.409.413,07€, cuja demonstração é apresentada no quadro acima. O saldo final das existências do exercício de 2012 foi de 4.008.776,28€, o qual engloba as existências nos armazéns, farmácia, serviços clínicos e laboratórios.

2.35 Vendas e das prestações de serviços Os proveitos gerados referem-se, essencialmente, a prestações de serviços resultantes da actividade de saúde com internamento, registando-se, ainda, proveitos provenientes da Venda de Energia e do Aluguer de Instalações, contudo, sem grande relevância e registados estes últimos na conta de Proveitos Suplementares.

Conta

Designação

711

Vendas

712

Prestações de serviços

Total

2012

388,81€ 107.338.176,28€ 107.338.565,09€


2.37 Demonstração dos resultados financeiros, como se segue: Custos e perdas Conta Designação

681

Juros Suportados

685

Diferenças de câmbios desfavoráveis

688

Outros custos e perdas financeiras

82

Resultados financeiros

Total geral

2012

2011

908.290,24€

862.396,29€

-€

218,80€

11.436,67€

14.370,30

-370.083,82€

-871.559,06€

549.643,09€

5.426,33€

2012

2011

6.958,72€

3.297,21€

13,42€

-€

96.975,48€

2.108,62€

445.695,47€

20,50€

549.643,09€

5.426,33€

Proveitos e ganhos Conta Designação

781

Juros óbitos

785

Diferenças de câmbios favoráveis

786

Descontos de P/pagamento obtidos

788

Outros P. e G. Financeiros

Total geral


2.38 Demonstração dos resultados extraordinários, como se segue: Custos e perdas Conta Designação

691

Transferências de capital concedidas

692

Dívidas incobráveis

694

Perdas em imobilizado

695

Multas e penalidades

697

Correções relativos a exercícios anteriores

698

Outros custos e perdas extraordinários

84

Resultados extraordinários

Total Geral

2012

2011

190,69€ 5.638,88€

13.958,71€

10.993,98€

12.535,82€ 1.492,30€

958.801,39€

1.980.992,59€

90.643,31€

6.456,25€

3.465.218,38€

2.754.012,85€

4.531.486,63€

4.769.448,52

2012

2011

3.649,41€

1.689,00€

Proveitos e ganhos Conta Designação

792

Recuperação de dívidas

794

Ganhos e, Imobilizações

797

Correções relativas a exercícios anteriores

798

Outros proveitos e ganhos extraordinários

Total geral

715,75€ 3.993.237,60€

4.136.176,33€

534.599,62€

630.867,44€

4.531.486,63€

4.769.448,52€


2.39 Outras Informações consideradas relevantes para melhor compreensão da posição financeira dos resultados

No presente Relatório e Contas são feitos comentários,

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fis-

dos quais é permitido extrair análise e apreciação porme-

cais estão sujeitas a revisão e a eventual correção por par-

norizadas da situação económica e financeira do Hospital

te das autoridades fiscais por um período de quatro anos,

de Faro, sendo de referir como nota final o saldo Activo e

sendo de dez anos para a Segurança Social. Deste modo,

Passivo da rubrica “24 – Estado e Outros Entes Públicos”,

as declarações fiscais do exercício de 2012 podem vir a

que apresentava em 31 de Dezembro de 2012 o desdo-

ser sujeitas a revisão, contudo não terão um efeito signifi-

bramento abaixo apresentado.

cativo nas demonstrações financeiras entregues.

Conta Designação

Ativo

Passivo

Imposto sobre o rendimento (I.R.C.) 2411

Pagamentos por conta

2412

Retenções

2413

Imposto estimado

Sub-total

210.000,00€ 210,55€ -€

11.606,08€

210.210,55€

11.606,08€

Retenções Imposto S/rendimentos (I.R.S.) 2421

Trabalho dependente

-€

-€

2422

Trabalho independente

-€

-€

24291

Sobre outros rendimentos

-€

-€

24229

Retenções ACSS

41.928,57€

10.928,10€

41.928,57€

10.928,10€

-€

55.168,10€

-€

55.168,10€

-€

438,679,63€

1.214,47€

-€

1.214,47€

438,679,63€

253.353,59€

516.381,91€

Sub-total Imposto sobre valor acrescentado (I.V.A.) 2436

Iva a Pagar

Sub-total Contribuições para a Segurança Social 2452

Caixa Geral de Aposentações

2453

Segurança Social

Sub-total Total Geral


Certificação Legal de Contas







Relatório e Parecer do Fiscal Único





Avaliação de Desempenho dos Gestores




Hospital de Faro, E.P.E. www.hdfaro.min-saude.pt



Segue-nos no

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