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Edição Especial Humana Day
HUMANA DAY
Por uma educação de qualidade
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DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A AULAS DE ALFABETIZAÇÃO PARA ADULTOS P.4 E 5
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DE 2010 A 2015, SEIS EDIÇÕES DO HUMANA DAY PARA RECORDAR P. 6 E 7
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O PROGRESSO DAS COMUNIDADES: O GRANDE OBJETIVO DOS NOSSOS PROJETOS DE COOPERAÇÃO P. 8 E 9
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A educação de qualidade constitui um dos pilares do nosso trabalho no hemisfério Sul Pela segunda vez em sete edições, a educação é o tema do Humana Day
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odos os anos, os programas de cooperação da Associação Humana envolvem cerca de 5.000 pessoas, sobretudo em áreas rurais com elevados índices de pobreza. Todos os recursos gerados a partir da atividade de recolha e valorização da roupa em Portugal são dedicados à finalidade social da organização; graças a isto, entre 2013 e 2015 foram atribuídos 1,4 milhões de euros a projetos nas áreas da educação e da agricultura em África, mais concretamente na Guiné-Bissau e Moçambique.
· 1,4M €· foi o montante destinado entre 2013 e 2015 a projetos de educação e agricultura em Moçambique e na Guiné-Bissau A partir destes dados conclui-se que a educação é um dos pilares do nosso trabalho nos países do hemisfério Sul. O nosso objetivo é promover a formação, a educação, a capacitação e o desenvolvimento das comunidades nos países em vias de desenvolvimento. A educação é uma peça fundamental para consegui-lo e essencial para o desenvolvimento sustentável. É uma das ferramentas mais importantes para construir uma sociedade mais justa, pacífica e inclusiva, bem como para contribuir para que se quebrem os ciclos geracionais de pobreza.
Quem somos
Onde estamos Edição: Humana Portugal Fotografías: Arquivo Humana
O papel do professor é essencial para alcançar uma educação de qualidade.
Deste modo, a Associação Humana dedica o Humana Day, o nosso evento anual de sensibilização, à educação. Será a segunda vez em sete edições que mostraremos à sociedade o nosso trabalho nesta área; desde há alguns meses que preparamos um conjunto de atividades agrupadas sob o tema “Educação de qualidade para o desenvolvimento”. Desde a sua criação, os programas e iniciativas da Humana People to People centraram-se na educação: tanto a nível das escolas de formação de professores como a aulas de alfabetização para adultos e de matemática nos projetos agrícolas; as organizações congéneres da Humana trabalham, não só, com vista a melhorar
A HUMANA Portugal é uma associação sem fins lucrativos, que desde 1998 promove a proteção do meio ambiente através da reutilização têxtil e implementa programas de cooperação em África, bem como de ajuda social em Portugal. Atualmente contamos com cerca de 1.500 contentores para a recolha de roupa usada à disposição dos cidadãos, distribuídos pelo território nacional, onde poderão colocar as suas doações. De igual modo, o poderão fazer diretamente numa das sete lojas secondhand da associação. A Humana faz uma gestão eficaz das doações de roupa usada e incentiva a reutilização e o consumo responsável. Um ob-
SEDE: Rua B, nº 104, Armazém A Urbanização do Passil 2890-171 Alcochete T. +351 21 280 15 87 F. +351 21 280 15 86
É uma ferramenta essencial para construir uma sociedade mais justa, pacífica e inclusiva A educação desempenha um papel crucial na promoção do conhecimento de que necessitamos para alcançar
jetivo partilhado pela Diretiva Quadro de Resíduos e o Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (MAOTE), cuja prioridade é reduzir a produção de resíduos desde a sua origem e aumentar a preparação para reutilização e reciclagem de resíduos domésticos e similares. A reutilização e a reciclagem têxtil contribuem para a proteção do meio ambiente: cada quilo de roupa que se reutiliza e não é incinerada evita a emissão de 3.169 kg de CO2 segundo dados da Comissão Europeia. A recolha de roupa é um serviço gratuito para os municípios e representa uma pou-
DELEGAÇÕES: Norte Rua da Gandra, nº 520 3885-246 Cortegaça T./F. +351 256 788 035
o acesso a una educação equitativa e de qualidade, como também com vista a conseguir uma educação para a inclusão e para o desenvolvimento. Parece óbvio que não é suficiente promover a educação, é igualmente necessário promover um modelo qualitativo, equitativo e inclusivo.
um desenvolvimento sustentável. Por outro lado, um sentimento de objetivo comum é fundamental para as comunidades locais, nacionais e globais, bem como uma consciencialização face aos desafios que temos de superar. É igualmente necessário haver um compromisso de cidadania participativa que implique a ação cívica e social com base num sentido de interligação com os outros. Por isso, boa parte das organizações da Humana People to People na Europa realizam programas de sensibilização em agrupamentos escolares, abordando questões ambientais e sociais, promovendo o diálogo sobre estas matérias. Assim, “uma educação que capacita é aquela que desenvolve os recursos humanos necessários para sermos produtivos, para continuarmos a aprender, para resolvermos problemas, sermos criativos e para vivermos juntos, em paz e harmonia com a natureza. Quando as nações garantirem que este tipo de educação é acessível a todos, entrará em andamento uma revolução silenciosa: a educação tornar-se-á o motor do desenvolvimento sustentável e a chave para um mundo melhor”. Power, C. (2015) The Power of Education: Education for All, Development, Globalization and UNESCO.
pança significativa nos custos de recolha e eliminação de resíduos urbanos. Além da sua componente ambiental, a gestão de têxtil usado é um importante motor de desenvolvimento. Por um lado, na criação de emprego em Portugal: a Associação tem atualmente 70 funcionários (gerando um posto de trabalho permanente a tempo inteiro por cada 75.000 quilogramas de roupa recolhida); e por outro, porque os recursos obtidos com a gestão de têxtil usado viabilizam os programas de ajuda social e de sensibilização em Portugal e de cooperação para o desenvolvimento em África.
LOJA | PORTO
LOJAS | LISBOA Sul Av. Vilamoura XXI, Edif. Portal de Vilamoura, Loja C-1 Bloco B 8125-017 Quarteira
Av. Almirante Reis, nº 26 1150-018 Lisboa T. +351 21 812 91 80
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O caminho para o desenvolvimento sustentável O progresso no acesso a uma educação gratuita é notório, mas ainda há um longo caminho que percorrer
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mbora tenhamos assistido a um progresso incrível nos últimos 15 anos, ainda resta um longo caminho por percorrer no que diz respeito à educação. Os números demonstram o seguinte panorama: atualmente existem mais 83 milhões de crianças na escola do que em 1999; e mais de 20 milhões de crianças que não o conseguiriam ter feito no cenário anterior ao ano 2000, concluíram o ensino básico nos países de baixo e médio rendimento. O número de crianças fora da escola teve uma redução de 102 milhões em 2000 e para 58 milhões em 2012. São dados encorajadores.
A educação é, sem dúvida, uma das mais poderosas ferramentas para alcançar uma mudança positiva na vida das pessoas. Nos mais pequenos, isto significa fomentar os valores que queremos ver espelhados na sociedade do presente e do futuro. Ao nível dos que concluem o ensino secundário, traduz-se no desenvolvimento de competências profissionais que posteriormente contribuem para a sua independência económica. No caso dos adultos, isto pode significar que uma mãe saiba medicar o seu filho doente seguindo as instruções re-
cebidas. Ou, simplesmente para satisfazer uma mera curiosidade, visto que é uma forma de saber mais sobre o mundo que nos rodeia. Apesar de na grande maioria dos países o ensino básico ser atualmente gratuito, ainda existem barreiras significativas que impedem que milhões de crianças frequentem a escola devido às dificuldades relacionadas com a pobreza, o género, a localização, a etnia e a capacidade física. Além disso, uma experiência educativa de alta qualidade é essencial para garantir que estejam pre-
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milhões É o número de crianças fora da escola em todo o mundo. Em 2000, este número ascendia a 102 milhões Contudo, apesar deste êxito, nos países em desenvolvimento um em cada seis alunos continuam a não concluir o ensino básico, e um em cada três adolescentes não chega ao ensino superior. Por outro lado, aproximadamente 250 milhões de crianças não atingem os níveis mínimos de aprendizagem após quatro anos de formação, apesar de a maioria ter frequentado ou estar a frequentar a escola.
Atualmente existem mais 83 milhões de crianças na escola do que em 1999.
parados para enfrentar a vida para além da escola com êxito.
Hoje em dia ainda existem todos os tipos de barreiras que impedem milhões de crianças de frequentar a escola Ao mesmo tempo, os jovens têm dificuldade em encontrar emprego. As crises económicas, um setor privado frágil e outros fatores, não se coadunam com a criação de empregos suficientes que absorva a oferta de novos profissionais que entram todos os anos no mercado de trabalho. A longo prazo, os efeitos positivos da educação de qualidade estão claramente identificados, aos níveis micro e macro. O seu papel vai mais além da capacidade produtiva e económica, que é obviamente importante já que tem um impacto direto em questões culturais, sociais e éticas. A educação que uma pessoa recebe ao longo da sua vida não só influencia em grande medida a sua capacidade profissional, como também molda a sua capacidade de resposta aos desafios de vida que enfrenta.
A educação influencia a nossa formação profissional e a forma como enfrentamos os desafios da vida
Ponte entre Portugal e os países do hemisfério Sul VII Prémios de Reutilização Têxtil entre as atividades programadas para o Humana Day
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Humana Portugal organiza no próximo mês de outubro o Humana Day, um evento anual partilhado por cerca de dez organizações da Federação Humana People to People na Europa. A edição de 2016, será dedicada à Educação sob o tema Quality Education for Development. O grande objetivo deste evento de sensibilização, que se celebra na quinta-feira dia 13 de outubro em Lisboa, é dar a conhecer a atividade da Associação e o seu modo de ação nos diferentes países em que está presente, demonstrando a importância do trabalho realizado nos projetos de cooperação da Humana People to People no âmbito da educação. À semelhança de edições anteriores, além da cerimónia de entrega dos Prémios Humana de Reutilização
Têxtil - que visa homenagear as entidades que mais se distinguiram em benefício da comunidade, baseados num modelo de economia circular com um objetivo social e solidário o evento incluirá a Exposição sobre Cooperação para o Desenvolvimento, onde se mostra como através dos programas implementados se criam condições para promover uma educação de qualidade em países do hemisfério Sul. O programa de atividades terá ainda outras ações previstas, e que contam com a participação das Lojas Humana: os clientes que se dirigirem aos nossos estabelecimentos de Lisboa e Porto irão receber informações sobre o evento, tanto através das montras decoradas para a ocasião e respetivo material impresso, como de vídeos que serão exibidos nos ecrãs das televisões.
Celebração do Humana Day 2013 no Auditório Mar da Palha do Oceanário de Lisboa.
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Comprometidos com a A Humana People to People contribui para o cumprimento do Quadro de Ação de Educação 2030, impulsionado pelas Nações Unidas
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m maio de 2015 celebrou-se o Fórum Mundial de Educação onde foi aprovada a Declaração de Incheon, que exorta a adoção de uma nova visão de educação, reconhecida como uma componente fundamental do desenvolvimento sustentável. Posteriormente, as Nações Unidas criaram a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável que inclui 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de âmbito mundial.
O ODS4 é dedicado à educação e seu principal objetivo é “assegurar a educação inclusiva e de qualidade, promovendo oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos”. Nestas páginas mostramos como a Humana People to People contribui para o cumprimento do ODS4, e de que forma o fazemos, através das Escolas de Professores do Futuro e das aulas de alfabetização e aritmética para adultos.
Formando os futuros professores As EPF, cuja origem remonta a 1993, estão localizadas em áreas rurais de sete países
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Objetivo de Desenvolvimento do Milénio (ODS) dedicado à educação determina que um dos desafios a nível mundial é o aumento do número de professores qualificados. Este é, precisamente um dos nossos objetivos há 23 anos e, por isso, a Humana People to People aposta na Escolas de Professores do Futuro (EPF). Em 1993 foi criada a primeira em Maputo, Moçambique, e atualmente as organizações que constituem a Federação dão apoio a 56 centros de formação de professores do ensino básico na Zâmbia, Malawi, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, República Democrática do Congo e Índia. No final de 2015, as 56 EFPs destes 7 países formaram mais de 25.000 professores, 9.000 dos quais mulheres.
· 56 · É o número de Escolas de Professores do Futuro (EPF) geridas pela Humana People to People A formação incide nos futuros professores, promovendo o pensamento crítico e a sua capacidade de adaptação às condições muitas vezes difíceis da maioria das escolas, situadas em zonas rurais, carentes de recursos e com um rácio de 50 alunos por cada professor. As EPF são credenciadas a nível nacional e contam com um programa de formação concebido em colaboração com os respetivos ministérios da educação. Este programa inclui uma extensa formação prática para que os alunos apliquem a teoria no terreno, acumulando experiências muito úteis para o seu desempenho profissional. Além disso, promove o papel ativo dos futuros professores na comunidade, levando a cabo a realização de iniciativas de desenvolvimento de pequena escala nas comunidades e nas escolas locais onde realizam estas práticas. A
No final de 2015, já se tinham formado mais de 25.000 professores nos 56 centros de formação apoiados pela Humana People to People.
manutenção da escola é também da sua responsabilidade, a qual, é equitativamente repartida entre homens e mulheres.
de e inclusão; tanto eles como elas promovem a formação de clubes de mulheres para favorecer o seu desenvolvimento.
A abordagem e a filosofia da Humana baseiam-se no conceito de que os professores são um dos fatores mais importantes na experiência de aprendizagem das crianças. Para além de reforçar a importância dos docentes bem formados e capacitados para iniciar as crianças no mundo da aprendizagem contínua, são modelos a seguir nas suas comunidades e têm um papel importante na promoção de normas culturais mais inclusivas e justas.
No Malawi, o nosso parceiro local focou-se sobretudo no aumento do número de professoras qualificadas nas zonas rurais; isto permite que, atualmente, se formem mais estudantes mulheres do que homens. Na República Democrática do Congo, 40% dos novos alunos da Escola Mbankana são raparigas, apenas quatro anos após a sua abertura. E, em Angola, a percentagem de inscrição de mulheres atingiu 43% dos alunos em 2014.
Os professores tornam-se modelos a seguir nas suas comunidades Em todas as EPF, a formação prática que os professores recebem inclui aspetos relacionados com a igualda-
O nosso parceiro em Moçambique conseguiu que 40 alunos com deficiência visual frequentassem o ensino em três escolas, contando para isso com o apoio das organizações locais. Apesar das dificuldades evidentes, receberam uma resposta muito positiva e conseguem, todos os dias, desafiar as convenções estabelecidas e continuar a crescer como pessoas e como profissionais.
As instalações e a localização das escolas são outro fator essencial para a formação. Se as escolas não estiverem a uma distância que os pais considerem segura, estes poderão estar relutantes em enviar os seus filhos para a escola, sobretudo as filhas. Além disso, se não existir água corrente ou instalações sanitárias adequadas, frequentar a escola durante a menstruação é desconfortável para as meninas. Se as salas de aula não contarem com condições mínimas ou nem sequer existam, como acontece em muitos casos, a estação das chuvas significa muitas vezes a interrupção das aulas.
A formação dos professores incluiu a igualdade de género, a melhoria das condições higiénico-sanitárias e o empreendedorismo, entre outros fatores
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educação Asseguramos que todos sabem ler, escrever, somar e subtrair Estas competências básicas abrem um vasto leque de possibilidades para os pequenos agricultores
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prender a ler, a escrever, e ter noções de matemática é fundamental para proporcionar aos indivíduos e comunidades oportunidades para o seu desenvolvimento económico. Para um pequeno agricultor isto significa ser capaz de planear e realizar um controlo eficaz da sua produção agrícola. Também pode significar a diferença entre ter ou não ter a capacidade para criar um orçamento familiar e, através
dele, poupar. Ou adquirir os conhecimentos necessários para lidar melhor com os mercados locais e pagar menos para obter os mesmos produtos. Por isso, os projetos de desenvolvimento agrícola e rural da Humana incluem aulas para adultos em zonas com baixos índices de alfabetização. Em Gemena (República Democrática do Congo), no âmbito do programa Farmers Club cofinanciado pela Agencia Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), os colaboradores do projeto deram formação entre 2011 e 2014 a 203 pessoas (163 delas eram mulheres). Em Oio (Guiné-Bissau), o projeto de energia solar cofinanciado pela União Europeia permitiu às escolas locais começar a ministrar cursos noturnos de literacia para adultos. Dados referentes ao primeiro semestre de 2016, indicam que 710 agricultores estavam matriculados em aulas noturnas de alfabetização para adultos, tendo já adquirido as competências básicas nos domínios da leitura e da escrita.
Os projetos são dirigidos a adultos e realizados em zonais rurais com elevadas taxas de analfabetismo As aulas de alfabetização para adultos são essenciais para o desenvolvimento das pessoas e das comunidades no seu conjunto.
Aprender um ofício para conseguir um emprego A formação profissional prepara os jovens para a sua transição para o mercado de trabalho
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s jovens de hoje são os homens e mulheres de amanhã entre os quais figuram os pensadores e líderes da próxima geração. Uma sociedade sustentável e justa só depende da sua visão, valores e capacidades. Contudo, existem muitos países do hemisfério Sul, e também do Norte, nos quais o sistema educativo não prepara os jovens para a sua transição para o mercado de trabalho. Em Moçambique, Angola, Guiné-Bissau e Namíbia, a Humana impulsiona escolas profissionais que oferecem cursos na área do comércio com o objetivo de reforçar as capacidades dos jovens. Em Angola, estes cursos são conjugados com o certificado escolar nacional, o que significa que, no final da formação, os alunos recebem o seu diploma do ensino secundário
para além de um grau académico em comércio. Na Guiné-Bissau, os programas de formação foram concebidos de modo a satisfazer as necessidades da comunidade a longo prazo. Os alunos têm acesso a formação sobre energia e gestão de água, semelhante à administrada nos projetos promovidos pela Humana no âmbito do desenvolvimento agrícola. Em Moçambique, o nosso parceiro local assinou recentemente um memorando de entendimento com uma das maiores empresas de construção do país na qualidade de entidade formadora preferencial. Por outro lado, os alunos que se formarem contam com apoio na procura de emprego ou para iniciarem os seus próprios negócios.
Nos centros de formação profissional capacitam-se os jovens em áreas como energia e eletricidade.
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edições para reter na memória A segurança alimentar, o papel da mulher nos projetos de desenvolvimento, a educação e as alterações climáticas foram os temas escolhidos no Humana Day em anos anteriores. A origem do nosso evento anual de sensibilização remonta a 2010.
ração Humana People to People na Europa.
como as nossas entidades colaboradoras, amigos e a sociedade em geral.
Após um processo de reflexão e maturidade, nesse ano teve lugar a primeira edição do Humana People to People Day, um evento celebrado em setembro e que contou com a participação de 17 organizações da Fede-
Foi criado com um objetivo que ainda hoje se mantém: dar a conhecer os projetos de cooperação desenvolvidos nos países do hemisfério Sul, no âmbito de uma celebração que envolve toda a equipa da Humana, bem
O tema da primeira edição foi Education for All e a tónica foi dada a um dos principais Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (agora os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) das Nações Unidas. Seis anos
depois recuperamos o espírito dessa cerimónia e voltamos a dedicar o nosso evento por excelência à educação. Em 2011, a segurança alimentar foi o tema principal desta segunda edição. Sob o slogan Food for All, foi realizado um conjunto de atividades na
Um prémio que reconhece o apoio da cidadania à recolha seletiva com um fim social Os Prémios de Reutilização Têxtil são uma demonstração de agradecimento aos nossos parceiros
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quilos por habitante, passando pelo melhor rácio entre quilos por contentor ou entidades que se distinguiram em áreas como a Responsabilidade Socioambiental e Apoio Social.
ma das atividades mais aguardadas em cada edição do Humana Day é a entrega dos Prémios de Reutilização Têxtil (anteriormente denominados Prémios de Reciclagem Têxtil). É um prémio com o qual a Associação reconhece o apoio e agradece a colaboração dos cidadãos, municípios e entidades privadas no âmbito da reutilização e da reciclagem de roupa usada e cooperação para o desenvolvimento. Desde a primeira edição em 2010, dezenas de municípios, entidades e empresas receberam este prémio simbólico: inicialmente foi uma escultura em pedra e durante vários anos e até à data consiste num batik realizado em países africanos onde estejamos a desenvolver programas de cooperação. O ano passado incluímos ainda, fotografias dos nossos
Premiados da edição de 2014 do Humana Day na sede da Associação, em Alcochete.
projetos, tiradas pelo multipremiado fotojornalista Samuel Aranda. A Humana conta com a colaboração de cerca de 135 entidades públicas e 140 privadas que confiam na gestão
eficaz e profissional que fazemos da roupa usada doada pelos cidadãos. Os prémios estão divididos em várias categorias: desde a maior quantidade de quilos recolhidos anualmente, até à entidade com melhor proporção de
Após serem homenageados, os premiados coincidem essencialmente em três aspetos nos seus discursos: indicam os cidadãos como destinatários finais do reconhecimento; confessam que ainda há um longo caminho a percorrer no que toca à sensibilização para a importância da reutilização têxtil e destacam os benefícios da recolha seletiva na prevenção de resíduos. Na próxima edição do Humana Day, a 13 de outubro em Lisboa, serão premiadas as entidades públicas e privadas que mais se destacaram nas diferentes categorias a nível nacional. Desde já, os nossos parabéns a todos!
7 menageadas, clientes, amigos e cidadãos em geral. Em 2012, o Humana Day foi dedicado ao papel ativo da mulher no desenvolvimento das comunidades. Foi um evento que adquiriu um carácter especial porque coincidiu com o 14º aniversário da Associação em Portugal e pela primeira vez, foi celebrado fora das nossas instalações, envolvendo a participação de cerca de 100 pessoas. O objetivo foi explicar que um melhor aproveitamento das competências e capacidades das mulheres contribui para uma melhoria das sociedades.
As alterações climáticas foram o tema do nosso evento de sensibilização durante três anos
loja da Avenida Almirante Reis, 26, num dia de “portas abertas” que foram complementadas pela entrega dos Prémios de Reutilização Têxtil. As atividades compreenderam uma exposição fotográfica sobre segurança alimentar e um sorteio entre os clientes das lojas Humana. Os prémios atribuídos nesta edição foram esculturas em pedra da Friends Forever executadas por artistas do Zimbabwe. Um evento no qual estiveram presentes representantes dos municípios e empresas colaboradoras ho-
Sob o tema Women in Action, esta terceira edição, foi celebrada no Centro Cultural de Belém e contou igualmente com a entrega dos Prémios de Reutilização Têxtil. Nesta cerimónia foram distinguidas 31 entidades públicas e privadas, entre diversas categorias, com especial destaque para o prémio Contentor nº 1000 em Portugal atribuído à Câmara Municipal de Loulé, e que constituiu um marco na atividade da Humana a nível nacional. Outra novidade foi a participação de dois convidados especiais enquanto oradores: Paulo Silva, Embaixador da Guiné-Bissau em Madrid e Mónica Ferro, a então deputada do Grupo Parlamentar do PSD e à data docente do ISCSP; que destacaram o contributo da Humana no trabalho desenvolvido ao nível da cooperação salientando o papel essencial das
mulheres no progresso das comunidades. As edições de 2013 a 2015 centraram-se nas alterações climáticas e nas suas consequências sob o tema Our Climate, Our Challenge. Em 2013 e tal como na edição anterior, o Humana Day foi celebrado fora das nossas instalações, desta vez, no auditório Mar da Palha do Oceanário de Lisboa, alcançando uma participação global de 150 pessoas. Para além de outras atividades que compunham o evento foi realizada uma exposição com stands dedicados, constituída por elementos dos projetos de cooperação, como: filtros de água, painéis solares, poços com bombas de corda, cozinhas melhoradas, infografia Farmers Clubs, entre outros. Nesta cerimónia, pudemos ainda contar com a intervenção do especialista Pedro Teiga, Doutor em Engenharia do Ambiente pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e Coordenador Nacional do Projecto Rios. No seu discurso enfatizou a importância da luta contra as alterações climáticas em termos de sustentabilidade global, bem como o trabalho desenvolvido pela Humana nesta matéria. Nesse ano e no âmbito da entrega dos prémios Humana de Reutilização Têxtil, foram distinguidas 28 entidades públicas e privadas. Os prémios foram batiks artesanais elaborados no programa Humana Youth in Action por jovens artistas sul-africanos. Em 2014 continuámos o debate estabelecido no ano anterior e voltámos a celebrar o Humana Day nas nossas instalações em dois momentos distintos, dotando os eventos de um caracter mais local. Deste modo, o palco da celebração do primeiro evento
foi a sede da Humana em Alcochete, e o segundo teve lugar na nossa delegação do Porto. Ambos os eventos incluíram a respetiva entrega dos Prémios de Reutilização Têxtil, uma exposição sobre o trabalho realizado pela Humana em programas apoiados (como os Clubes de Agricultores) e sobre o seu contributo para a redução do aquecimento global.
As nossas instalações e lojas acolheram todas as celebrações, exceto nas edições de 2012 e 2013 No ano passado e pelo terceiro consecutivo com o tema Our Climate, Our Chalenge o Humana Day foi celebrado numa das nossas lojas, a da Avenida Almirante Reis, 94, em Lisboa. Com uma adesão muito significativa, este evento de sensibilização, foi palco da participação entusiasta de 250 pessoas, entre clientes, parceiros, equipa da Humana e cidadãos que se foram juntando, interagindo nas várias atividades que estavam a decorrer (DJ, preços especiais, photocall) em ambiente de festa e animação constante. Um dos pontos fortes deste evento foi o desfile de moda secondhand, onde um grupo de modelos amadores pertencentes à equipa da Humana desfilou e encantou com roupa dos nossos estabelecimentos, demonstrando que a moda mais sustentável é aquela que já foi produzida. Uma celebração que permitiu sensibilizar os cidadãos para a importância da reutilização têxtil e demonstrar que gestos simples e diários poderão ter um efeito positivo na luta contra o aquecimento global.
Humana nos “European Development Days 2016” Elucidando sobre o projeto de educação e formação que desenvolvemos em Moçambique
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Olga Guerrero durante a sua intervenção nos EDD sobre educação em Moçambique.
m junho, a Humana participou em Bruxelas, no segundo seminário da European Education Practitioners Network (EPN) da qual a Humana People to People faz parte. O evento teve lugar no âmbito dos European Development Days (EDD), um dos encontros sobre cooperação mais importante do continente.
em Moçambique, bem como o trabalho desenvolvido pela Humana nesta área.
Durante a sua intervenção enquanto oradora no seminário, intitulado Quality Education for Inclusive Societies, Olga Guerrero da Humana apresentou soluções para a educação e formação profissional para jovens desempregados ou não escolarizados
Durante o seminário, os membros da EPN e da UNESCO Teachers Task Force impulsionaram o debate sobre a educação de qualidade partilhando os seus conhecimentos e boas práticas no sentido de alcançar a inclusão através da educação, em linha com o ODS4. Entre outros, foram abordados os seguintes temas: um melhor acesso a educação de qualidade no Burun-
A educação de qualidade está no topo da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável. Tanto assim, que o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 4 enfatiza o ensino básico e secundário gratuito, equitativo e de qualidade. O ODS4 insiste, ao mesmo tempo, na eliminação das desigualdades em termos de exclusão de crianças e jovens vulneráveis.
di e República Democrática do Congo; o apoio a escolas comunitárias na Zâmbia; a formação profissional de jovens em Moçambique e o papel do professor no fortalecimento dos sistemas educativos. Olga Guerrero explicou aos presentes que, apesar de ter uma das economias mais dinâmicas de África, os níveis de educação de Moçambique continuam entre os mais baixos do mundo, o que provoca um grave défice de formação, assim como uma crescente população jovem que se vê privada de alguns dos seus direitos. A sua apresentação baseou-se num projeto financiado pela UE e implementado pelo nosso parceiro local ADPP-Moçambique centrado na capacitação juvenil e na inclusão socioeconómica através da educação e da formação profissional para uma melhor integração no mundo laboral.
Os nossos projetos de formação de professores
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romover a formação, a educação, a capacitação e o progresso das comunidades envolvidas ão o objetivo principal dos programas de cooperação da Humana People to People. Estes são os pilares para melhorar as condições de vida da população e aumentar a sua força social, económica e política, assim como a confiança nas suas capacidades. Neste contexto, a educação é uma peça chave na luta contra a pobreza e no desenvolvimento das comunidades e das pessoas. A Humana trabalha em estreita colaboração com os ministérios da educação dos países em que desenvolve os seus projetos, para poder adaptá-los às diferentes realidades. Estes programas são realizados principalmente em duas áreas: a formação de professores do ensino básico e a formação profissional para jovens.
GuinéBissau Parceiro Local: ADPP-Guiné-Bissau População: 1,6 milhões Capital: Bissau Rendimento per capita: 550 $ Escolas de Professores do Futuro (EPF) da HPP: 1
República Democrática do Congo Parceiro Local: HPP-Congo População: 69,3 milhões Capital: Kinshasa Rendimento per capita: 453 $ Escolas de Professores do Futuro (EPF) da HPP: 1
Angola Parceiro Local: ADPP-Angola População: 17,7 milhões Capital: Luanda Rendimento per capita: 5.729 $ Escolas de Professores do Futuro (EPF) da HPP: 14
Zâmbia Parceiro Local: DAPP-Zâmbia População: 15 milhões Capital: Lusaka Rendimento per capita: 4.171 $ Escolas de Professores do Futuro (EPF) da HPP: 1
Índia Malawi Parceiro Local: DAPP-Malawi População: 16,8 milhões Capital: Lilongwe Rendimento per capita: 320 $ Escolas de Professores do Futuro (EPF) da HPP: 4
Moçambique Parceiro Local: ADPP-Moçambique População: 25,3 milhões Capital: Maputo Rendimento per capita: 635 $ Escolas de Professores do Futuro (EPF) da HPP: 11
Parceiro Local: HPP-India População: 1.236 bilhões Capital: Nova Deli Rendimento per capita: 1.460 $ Escolas de Professores do Futuro (EPF) da HPP: 24
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2.127 toneladas de têxtil recolhidas no 1º semestre A roupa usada recolhida neste período evitou a emissão de 6.740 t de CO2 para a atmosfera
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Humana recolheu no primeiro semestre deste ano 2.127.463 kg de roupa e calçado usados em Portugal através dos contentores distribuídos por todo o território nacional; um valor homólogo ao recolhido no mesmo período do ano anterior, para lhes dar um fim social a nível de programas de cooperação e ajuda social.
para marcar na agenda · novembro ·
19 sábado
· novembro ·
até
27
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Semana Europeia da Prevenção de Resíduos Iniciativa europeia que promove a implementação de atividades, ações e eventos de sensibilização sobre recursos sustentáveis na área da prevenção de resíduos.
Um número alcançado, graças à colaboração de mais de 700.000 doadores que depositaram com confiança a sua roupa usada numa rede de 1.500 contentores e 7 lojas secondhand, e ao apoio de 275 entidades públicas e privadas com quem estabelecemos parcerias. A reutilização e a reciclagem têxtil contribuem para a proteção do meio ambiente ao reduzir em parte os resíduos gerados pelos cidadãos, dando uma segunda vida à roupa que de outra forma iria parar ao aterro para incineração. Cada quilo de roupa que se reutiliza e não é incinerada evita a emissão de 3.169 kg de CO2 segundo dados da Comissão Europeia. As 2.127 toneladas recolhidas no primeiro semestre representaram a não emissão de 6.740 toneladas de CO2 para a atmosfera. A Humana faz uma gestão eficaz das doações de têxtil incentivando a reutilização e a consciencialização para um desenvolvimento sustentável em termos ambientais, sociais e económicos. Devido à natureza dos materiais que usamos diariamente, a grande percentagem dos resíduos é
passível de ser valorizada. No caso do resíduo têxtil, este tem um alto potencial de reutilização sem necessidade de tratamento. A colocação de roupa usada em contentores destinados para o efeito inicia o ciclo de reutilização e valoriza adequadamente este recurso tanto em termos de materiais como de energia, aumentando o seu tempo de vida no circuito de consumo. Num contexto em que a preparação para reutilização e a prevenção são entendidos como fatores decisivos na hierarquia de resíduos, a atividade da Humana Portugal tem um papel essencial. Neste sentido e à semelhança de anos anteriores, a Humana irá participar na Semana Europeia da Prevenção de Resíduos (EWWR), que decorre de 19 a 27 de novembro, com o objetivo de promover ações de sensibilização para a importância da
reutilização têxtil; dado que ao estender a vida útil de um produto, preparando-o para reutilização estamos a reduzir a quantidade de resíduos produzidos. Várias entidades participam nesta iniciativa que visa incentivar mudança de comportamentos ao nível do consumo e da consequente produção de resíduos, sensibilizando para a importância da prevenção como um fator determinante na aplicação da hierarquia de gestão dos mesmos. Na edição de 2015, mais de 12.035 ações foram efetuadas em toda a Europa.
Incentivamos a reutilização têxtil e a consciencialização para um desenvolvimento sustentável
A gestão têxtil de roupa usada com um objetivo social impulsiona a melhoria das condições de vida das comunidades e o crescimento sustentável.
Aprendendo a “Crescer Saudável” em Feira Pedagógica Dia Mundial da Criança comemorado com diversas atividades lúdicas de carácter educacional
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e 1 a 4 de junho, a Humana Portugal esteve presente na XV Feira Pedagógica sob o tema “Crescer Saudável”, que decorreu no Parque da Cidade do Barreiro. Um evento organizado pelo Município e respetiva comunidade educativa que contou com diversas atividades e animação do espaço a cargo de várias entidades, entre as quais a Humana; que visaram a promoção do desenvolvimento integral das crianças, a cooperação, a autonomia, o respeito pelo ambiente e a solidariedade. As atividades de sensibilização promovidas pela Humana tiveram início dia 1 de junho, no âmbito das celebrações do Dia Mundial da Criança, com uma série de iniciativas lúdicas e educacionais, nas quais os mais novos adquiriram práticas mais amigas do ambiente associadas ao tema do evento e à importância da reuti-
lização têxtil. Estas ações contaram com a participação de diversos agrupamentos escolares do concelho envolvendo cerca de três centenas de crianças, ao longo do primeiro dia. Os ateliers temáticos começaram no dia 3 de junho com diversas iniciati-
vas de carácter pedagógico, com animação desportiva, jogos tradicionais e a atividade “Reciclar a Brincar”, dirigidas essencialmente ao público escolar, onde aprenderam que um resíduo como o têxtil se pode converter em recurso se for colocado no contentor apropriado, e que dando uma
Atividades desenvolvidas no Parque da Cidade do Barreiro durante a XV Feira Pedagógica.
segunda vida à roupa estamos a proteger o meio ambiente. Durante quatro dias, 7.000 crianças e a restante comunidade educativa participaram em ações e workshops sob tema “Crescer Saudável”, em exposições dos trabalhos desenvolvidos durante o ano letivo, apresentações de teatro, música e dança em dois palcos (Exterior- Tenda do Parque e Interior – Auditório Municipal Augusto Cabrita) e desenvolveram aptidões para construir um futuro mais saudável, ecológico e sustentável para todos. A abertura oficial da XV Feira Pedagógica, que coincidiu com a comemoração do Dia da Criança, contou com a presença do Sr. Presidente da Câmara, Carlos Humberto de Carvalho e a Vereadora da Educação, Regina Janeiro.
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Moda sustentável: de tendência a comportamento A oferta secondhand seduz cada vez mais pessoas todos os anos
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desafio da nossa rede de lojas secondhand é chegar a cada vez mais pessoas, convencidos de que a oferta de roupa de qualidade a preços acessíveis é uma magnífica opção de compra. Graças a isto, atingimos recentemente os 200.000 clientes, o que revela que esta opção de consumo conquista cada vez mais adeptos no nosso país.
pulação que agora pondera mais as suas decisões de compra. Ao benefício ambiental junta-se o benefício social de comprar em lojas geridas por organizações como a Associação Humana: os recursos obtidos com a nossa atividade tornam possíveis os programas de ajuda social e de sensibilização em Portugal e de cooperação para o desenvolvimento em
países como a Guiné-Bissau e Moçambique. Atualmente a rede de lojas Humana é composta por 7 estabelecimentos: 6 em Lisboa e 1 no Porto, sendo que a intenção da Associação é ampliar esta oferta para facilitar o acesso dos cidadãos a uma moda sustentável e com objetivo social.
A compra de roupa em segunda mão é uma opção que, embora recente em Portugal, depressa se popularizou como uma alternativa à oferta convencional, à imagem do que ocorreu noutros países europeus. Hoje em dia, a oferta de compra ou de troca de artigos tem-se multiplicado. Isto é explicado por diversos motivos: os preços acessíveis, o auge do vintage e da moda sustentável e a consolidação de valores como o consumo responsável ou a consciência social. Assim, devido à consolidação destes valores ou como consequência da crise, a sustentabilidade ganhou importância na indústria da moda e alterou os hábitos de consumo da po-
Desde março que Lisboa conta com uma nova loja, localizada na Rua Morais Soares nº 70.
Nova coleção chega às lojas a 5 de setembro com montras dedicadas ao Humana Day
No que diz respeito a ações de sensibilização e mais concretamente, à celebração do nosso acontecimento anual por excelência, o Humana Day, a nossa rede de lojas terá como é habitual um papel participativo e preponderante na sua divulgação. Este ano, dedicado à educação, com o tema Quality Education for Development, este evento de sensibilização será comemorado a 13 de outubro no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Assim, já a partir de 5 de setembro coincidindo com a entrada da nova
O perfil dos clientes é variado: desde os que visitam as lojas quase diariamente para dar uma vista de olhos e “ficarem a namorar” uma peça de roupa, até aos clientes ocasionais que moram longe dessas cidades e quando as visitam, não perdem a oportunidade de entrar numa loja para aproveitarem os preços baixos. Também encontramos os que querem contribuir para a proteção do ambiente sem renunciar à qualidade; os que se identificam e querem colaborar com o objetivo social da Associação; as produtoras de televisão, cinema e teatro que necessitam de tipo de vestuário que dificilmente encontrarão noutro tipo de lojas; entre outros. A variedade de motivos e idades é tão grande que é precisamente isso que enriquece o dia a dia dos nossos estabelecimentos. Este ano já tivemos algumas novidades: em março abrimos uma nova loja na Rua Morais Soares, 70, em Lisboa; e em abril encerrámos a loja da Avenida Columbano Bordalo Pinheiro, 7 E, estando prevista a sua reabertura em novas instalações.
coleção, as montras das lojas Humana estarão decoradas para a ocasião e os clientes que se dirigirem aos nossos estabelecimentos de Lisboa e Porto irão receber informações sobre o evento, tanto através do respetivo material impresso, como de conteúdos multimédia que serão exibidos no interior das lojas. Uma iniciativa associada às atividades programadas para o Humana Day e onde se pretende que todos tenhamos um papel a desempenhar e uma responsabilidade na formação e no exercício da cidadania.
“Estação Terminal” brilha com roupa usada Um espetáculo que contou com o apoio das Lojas Humana através do empréstimo de roupa para os figurinos
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epois de esgotadas todas as apresentações no Teatro D. Maria II, onde estreou a 12 de maio, a terceira parte da trilogia da Companhia Limitada – Estação Terminal – de Madalena Victorino e Pedro Salvador, esteve novamente em cena nos dias 7 e 8 de julho, no Largo do Intendente, inserido no Festival Bairro Intendente em Festa. Tal como nas edições anteriores, este projeto propôs-se reinventar a solidão urbana. Nos dois primeiros momen-
tos, levou o espetáculo à casa de pessoas que vivem isoladas e vários públicos a recantos abandonados da cidade. Num terceiro momento, começou na rua e trouxe para dentro do Teatro Nacional os ambientes envolventes; posteriormente no Largo do Intendente, experimentaram-se vários palcos dentro e fora do Largo. Um espetáculo composto por nove atos, em locais diferentes, onde um enorme e variado elenco de 65 participantes reinventou esta temática no universo da margem, do excesso, da noite e da festa.
Estreia de “Estação Terminal” no Largo do Intendente, a 7 de julho. Foto © Ivo Rodrigues/ Marco Gaspar.
“Quando se trabalha em continuidade um tema como este, é preciso saber reinventá-lo, olhá-lo de fora, virá-lo do avesso”, explicam os autores deste trabalho que orbita em torno de interlocutores específicos, convidados especiais nos quais se baseiam
as narrativas. Uma produção do nosso parceiro Largo Intendente, o qual a Humana apoiou através da cedência de roupa usada, que imprimindo credibilidade ao espetáculo constituiu-se como mais um exemplo possível de reutilização.
E TU,
?
porque compras na Humana
Qualidade, preços baixos, apoio a projetos solidários, moda sustentável…muitos são os motivos para preferir as lojas secondhand.
Maria Carvalho 50 anos
Filomena Martins 56 anos
Amjad Pervez 50 anos
“Sou cliente habitual há muito tempo e conheço todas as lojas. Venho bastantes vezes e mesmo que não tenha algo específico em mente, acabo sempre por comprar alguma peça, seja para mim ou para a minha família. Identifico-me com o vosso conceito e vou acompanhando o trabalho da Humana. Já conheço as funcionárias e sou sempre muito bem atendida nas vossas lojas.”
“Essencialmente porque só compro roupa em segunda mão. Como tal, aqui encontro peças com qualidade a preços muito bons. Conheço a vossa finalidade social e dado que a oferta disponível se enquadra nas minhas opções de compra, faz todo o sentido a minha preferência pelas lojas Humana. Gosto bastante da forma como a roupa está organizada e facilmente encontro o que procuro.”
Deolinda Blanco 67 anos
“Compro na Humana porque acho uma excelente ideia a reutilização de roupas, na medida em que todos devemos contribuir para a redução do desperdício. Por isso, sempre que posso, opto por comprar roupa em segunda mão. Os recursos serem destinados a um objetivo social é algo de valorizar e que me agrada bastante. É tudo bom!... daí a minha preferência pelas lojas Humana.”
João Costa 62 anos
“É a primeira vez que venho, entrei, porque gostei da roupa da montra e efetivamente as peças têm muita qualidade e os preços são acessíveis. Não tenho qualquer preconceito relativamente à roupa em segunda mão, e pelo o que vejo, nem consigo distinguir a diferença. Se além disso, temos a possibilidade de com as nossas compras contribuir para projetos de ajuda, melhor ainda!... com certeza vou regressar mais vezes.”
“Desde longa data que sou cliente das lojas e conheço o trabalho da Humana, nomeadamente, o encaminhamento dos recursos obtidos para projetos em África. Faço bastantes compras nas vossas lojas, porque tenho uma família alargada e a oferta disponível permite-me adquirir peças com qualidade a preços muito interessantes. Além disso, questões associadas à reutilização e ao ciclo virtuoso da roupa faz-me todo o sentido enquanto consumidor.”
Nadiana Zambone 28 anos “Comecei a vir às lojas Humana por indicação de uma amiga. Agora sou cliente habitual porque entendo que as roupas têm muita qualidade e me revejo no conceito de moda sustentável, especialmente no que diz respeito a comprar roupa em segunda mão. É muito válido! Reutilizamos e conseguimos ter sempre peças novas a preços muito acessíveis. A finalidade social foi também um dos motivos que me fez tornar cliente.”
Humana Day 2016: Data e atividades previstas Tema: Quality Education for Development
O
s programas e iniciativas implementados pela Humana People to People nos países do hemisfério Sul estão ligados à educação desde o seu início. A educação é essencial para o desenvolvimento sustentável e uma das ferramentas mais importantes na construção de uma sociedade mais justa, pacífica e inclusiva. Desde Escolas de Formação de Professores a aulas de alfabetização e aritmética para adultos, as organizações que formam a HPP trabalham na promoção de um modelo educativo de qualidade, equitativo e inclusivo. O qual, é imprescindível para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Atividades Principais: • Entrega dos VII Prémios Humana de Reutilização Têxtil.
• Exposição de cooperação e mos-
tra de materiais relativos ao trabalho desenvolvido pela Humana no âmbito da promoção da educação de qualidade em países do hemisfério Sul.
Data 13 de outubro Centro Cultural de Belém | Lisboa