Portfólio 2017-2018

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PORT

FOLIO [ ] Arquitetura

2017-2018 IAGO ALBUQUERQUE



PORT

FOLIO [ ] Arquitetura

IAGO ALBUQUERQUE 2017-2018


IAGO ALBUQUERQUE BARROS


Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Fortaleza (2017). Se formou no curso de especialização em assistência técnica, habitação e direito à cidade da Residência em Arquitetura, Urbanismo e Engenharia da FAUUFBA (2019). Tem interesse na questão do direito à moradia, e toda a complexidade do habitar nas cidades latino-americanas como também na pesquisa, extensão e docência das matrizes do curso de Arquitetura e Urbanismo. Por fim, desenvolve pesquisas sobre casas autoconstruidas e trabalha no assessoramento de movimentos sociais por luta a moradia na cidade de Salvador


PORTFOLIO

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL 2013

IAGO ALBUQUERQUE BARROS Brasileiro, solteiro, 25 anos, CAU nº: A148840-6. Rua Frederico Edelweiss, 522. Apartamento 206.

Avenida Pirajá, nº 1000 – Caxias, MA 22/06/13 até 27/07/13 * 14/12/13 até 24/01/2014

Cargo: Estagiário

Salvador – Rio Vermelho – BA

Principais atividades: Desenvolvimento de projeto e execução da obra de residências unifamiliares para o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV)

Rua Des. Leite Albuquerque,1450 Apartamento 301.

2014

Fortaleza- Aldeota - CE (71) 993502733 iago.albuquerque@gmail.com

FORMAÇÃO

Secretaria Especial da Copa 2014 (SECOPA) Avenida Dom Luís, 807 05/03/14 até 01/10/14

Cargo: Estagiário

• Graduado em Arquitetura e Urbanismo

Principais atividades: Elaboração de planilhas orçamentarias, Acompanhamento do andamento de obras das estruturas temporárias da Arena Castelão (sede da copa em Fortaleza), leitura e análise de projetos de engenharia

Universidade de Fortaleza, conclusão em 2017.1

• Especialista em assistência técnica, habitação e direito à cidade pela Universidade Federal da Bahia, conclusão em 2018.2

Sobreira e Rossi Arquitetura

HABILIDADES

Pátio Dom Luís, torre 2, sala 1004 10/10/14 até 12/02/15

SKETCHUP

AUTOCAD

RM Arquitetura e Urbanismo

Cargo: Estagiário

REVIT

CORELDRAW

PHOTOSHOP

Principais atividades: Elaboração de projetos na área de Arquitetura Hospitalar, desde o desenvolvimento inicial até detalhes construtivos. Também execução de projetos de ambientação residencial e comercial em geral

2016

VRAY

INDESIGN

QGIS

PACOTE OFFICE

DESENHO À MÃO LIVRE

ARCHICAD

Boulevard Independencia 599, Torréon, Cohuila – México 05/12/16 até 25/01/17

Cargo: Estagiário Principais atividades: Elaboração de projeto de uma torre comercial de 9 pavimentos, na concepção arquitetônica de alguns ambientes e elaboração de detalhes construtivos em geral para execução da obra

2019

ILLUSTRATOR

TAAV Arquitectos

SOUSA BARROS EMPREENDIMENTOS Avenida Pirajá, nº 1000 – Caxias, MA

Cargo: Arquiteto (FREELANCER)

idiomas INGLÊS

Principais atividades: Desenvolvimento de projeto e execução da obra de residências unifamiliares, multifamiliares, loteamentos e condominios privativos. E Criação/execução de projeto de ambientação.

ESPANHOL

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PORTFOLIO

2014

EXPERIÊNCIA ACADÊMICA

de melhorias habitacionais e o acompanhamento das obras de autoconstrução, em dialogo com os moradores beneficiados com o projeto. Em paralelo o profissional desenvolveu, em parceria com seus ocupantes, um projeto alternativo para realoção de algumas familias moradoras do Forte São Paulo da Gamboa.

Universidade de Fortaleza (UNIFOR) Fortaleza – CE 2014.1 - 2015.1

2018

Cargo: Bolsista de Pesquisa (PROBIC/ FEQ) Título: Escritório da acessibilidade: Um modelo de atuação no ensino universitário

2018.1 e 2018.2

Cargo: Monitoria voluntária - tirocínio acadêmico

2015

Descrição: Projeto de pesquisa que visou propor transformações nos espaços externos e internos do campus da UNIFOR, tornando-os acessíveis às pessoas com deficiência física. Foi elaborado e executadas durante esse período projetos de rampas, banheiros acessíveis, piso podotátil e outras obras de acessibilidade no campus da faculdade

Descrição: O aluno atuou como monitor da disciplina de Atelier 3, na montagem do plano de curso, das atividades proposta e também na orientação dos alunos. A disciplina trata do habitar contemporâneo na cidade de Salvador, trabalhando com derivas urbanas, cartografias, planejamento territorial e projeto urbanístico em um primeiro momento. E em seguida faz o recorte para trabalhar com os projetos habitacionais coletivos e unifamiliares.

Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT) – Lisboa – Portugal 2015.1

PUBLICAÇÕES

Cargo: Bolsista do programa Overseas

BARROS, I. A.; CARVALHO, I. M.; SILVA, B. M. D.; LOURETO, L. A.. ACESSIBILIDADE NO MUNDO: VIVÊNCIAS DE ALUNOS DA UNIVERSIDADE DE FORTALEZA NO EXTERIOR. In: VI Encontro Nacional de Ergonomia do Ambiente Construído & VII Seminário Brasileiro de Acessibilidade Integral, 2016, Recife. Anais do VI Encontro Nacional de Ergonomia do Ambiente Construído & VII Seminário Brasileiro de Acessibilidade Integral. São Paulo: Blucher Design Proceedings, 2016. v. 2. . 388 - 393

2016

Descrição: Experiência de intercambio em Portugal, focando na pesquisa e elaboração de desenhos propositivos vinculados a área de Paisagismo e intervenções urbanas para a cidade de Lisboa

Universidade de Fortaleza (UNIFOR) Fortaleza – CE

BARROS, I. A.; MELO, J. N. M.; MAGALHAES, A. P.; FEITOSA, A. B.. Intervenção em waterfronts: O caso da orla urbana do centro histórico de Belém. In: XXII Encontro de Iniciação à Pesquisa - Universidade de Fortaleza, 2016, Fortaleza. anais do XXII Encontro de Iniciação à Pesquisa. 2016.

2016.1

Cargo: Voluntário de pesquisa (PAVIC/ FEQ) Título: implementação

Metodologia das ZEIS em

de Fortaleza.

BARROS, I. A.; GOES, G. V.; CIARLINI, N. A.; ALMEIDA, A. V.; MENSURADO, A. Análise de uma intervenção patrimonial: Edifício do Estoril em Fortaleza/Brasil. In: Congresso ibero-americano Patrimônio, suas matérias e imatérias, 2016, Lisboa. Congresso iberoamericano - Patrimônio, suas matérias e imatérias. Lisboa: LNEC, 2016.

Descrição: O Projeto de Pesquisa buscou analisar a metodologia de implementação das ZEIS em Fortaleza, bem como acompanhar o desenvolvimento das políticas públicas desenvolvidas para esse fim. Para contribuir com a análise foi utilizado como objeto estudo a ZEIS do Poço da Draga, em Fortaleza, realizando pesquisas, mapeamentos georreferenciados, levantamentos e entrevistas para a criação de um censo socioparticipativo que deve auxiliar na luta da comunidade permanecer no seu local de origem.

2017

Universidade federal da bahia (ufba) SALVADOR – ba

BARROS, I. A.;BRASIL, A. B.; ARAUJO, A. M.; OLIVEIRA, F. G. C.; ROCHA, F. S.; LIMA, G. M.; WEBER, G. B.; MUNIZ, L. F.; VIEIRA, S. B. H. L.; MARTINS, T. S.. Conhecendo o Poço da Draga: uma proposta conjunta de levantamento de informações sobre a comunidade. In: II Seminário Nacional sobre Urbanização de Favelas (II URBFavelas), 2016, Rio de Janeiro. Anais do II Seminário Nacional sobre Urbanização de Favelas. 2016.

Universidade federal da bahia (ufba) SALVADOR – ba

BARROS, I. A. MELHORAR PARA RESISTIR: UMA EXPERIÊNCIA DE ASSESSORIA TÉCNICA NO CAMPO DA MELHORIA HABITACIONAL PARA O TRABALHO FINAL DA GRADUAÇÃO (TFG) NA FAVELA DO POÇO DA DRAGA EM FORTALEZA/CE. In: IV FORUM HABITAR, 2016, Belo Horizonte. A produção do habitar: projeto e tecnologias, 2016

2017.2- 2018.2

Cargo: Profissional residente Descrição: O aluno foi parte do corpo discente do curso de especialização em assistência técnica e direito à cidade da faculdade de arquitetura da UFBA, na qual atua assessorando comunidades vulneráveis em Salvador. Atuando em específico na localidade da Gamboa de Baixo na elaboração de projetos

BARROS, I. A. ; CARNEIRO, D. M. E. ; SOUZA, E. B. O. ; BAHIA FILHO, L. S. . ASSESSORIA TéCNICA E EXTENSãO UNIVERSITáRIA, ROMPIMENTOS TEMPORAIS: O CASO DA GAMBOA DE BAIXO. ENANPUR, 2019

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SELEÇÃO DE PROJETOS

CENSO SOCIOPARTICIPATIVO DO POÇO DA DRAGA

PÁGINA

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plano de ocupação do forte s.p. da gamboa PÁGINA

12

ARQUITET0S PERIFÉRICOS PÁGINA

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PORTFOLIO

censo

tas nas residências do Poço da Draga. O objetivo era obter dados sociais compatíveis com a realidade da comunidade que, no atual ano, comemora 110 anos de permanência no local. Esta data serve de referência aos moradores como tempo de existência da comunidade, que possui registros de moradores datando do início do século XX. A questão que norteia a fundamentação teórica dessa pesquisa é: Até onde dados levantados e divulgados por órgãos oficiais representam um diagnóstico coerente de uma comunidade, que se sente insegura com os riscos de remoção?

sócioparticipativo

no Poço da draga(2016)

Metodologia de ação visou-se produzir um documento simplificado, que permitisse a auto aplicação pelos próprios moradores da comunidade, conforme esta fosse ampliada com o passar dos anos. Com esse intuito, utilizou-se como base o formulário modelo para mapeamento da comunidade Poço da Draga, apresentado no dossiê Zona Especial de Interesse Social do Poço da Draga fornecido pelo Laboratório de Estudos da Cidade (LEC, 2013). Foram utilizados quatro tópicos básicos: dados pessoais, dados da casa, renda familiar mensal e perguntas complementares, para a elaboração do questionário aplicado. O cronograma compreendido de quatro meses resultou na aplicação em mais de 90% das casas, subdividindo a equipe em quarto partes ficando cada uma responsável com um setor específicico da comunidade. Cada sub-equipe era composta por um aluno da pesquisa, um membro do PROPOÇO e um morador da localidade onde o sub-grupo estava atuando. Buscando-se sempre como preferência da entrevista a ser realizada com o chefe ou responsável pela família de cada residência. Este contato imediato dos aplicadores com os entrevistados só foi possível devido a participação decisiva dos membros moradores que compunham a equipe do levanta-

AUTORes

Iago Albuquerque/ Prof. dra. Amiria Brasil/ Alice martins/ Fernanda Casimiro/ Sinara Barros/ Sérgio Rocha/ Germana lima

TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

AUTOcad, QGUIS, GOOGLE EARTH, PHOTOSHOP, ILLUSTRATOR.

APRESENTAÇÃO O presente trabalho narra parte processo de desenvolvimento da pesquisa iniciou-se através da busca de dois moradores do Poço da Draga, Sérgio Rocha e Germana Lima, membros do movimento ProPoço, por argumentos com relação às ameaças de remoção advindas do poder público, através de dados levantados que mostrassem a realidade do local. Com este intuito, procuraram o Grupo de Pesquisa sobre Metodologia de Implementação de ZEIS do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIFOR, para formular um metodologia de pesquisa sócio-espacial participativa, mediante a levantamentos de dados, aplicação de questionários e entrevis-

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PORTFOLIO

Centro Fortaleza

POÇO DA DRAGA 9


PORTFOLIO mento, pois eles foram capazes de sobrepujar certos contratempos nesse tipo de pesquisa, tais como: horários que os respondentes não estavam presentes, buscando, assim, turnos alternativos para a aplicação; esclarecer que o grupo não era ligado a nenhum órgão público que pudesse comprometer a coleta das informações devido a desconfiança por parte dos moradores e, por fim, conseguir conquistar a confiança dos residentes na mobilização desta tarefa.

RESULTADOS Para traçar o perfil da comunidade, foram aplicadas cerca de 310 fichas. A partir da aplicação destas, foram identificados 340 imóveis, e 371 famílias, levando em consideração as coabitações, que correspondem a aproximadamente 1200 moradores. Os dados de moradia divergem dos encontrados pela HABITAFOR, que registraram 354 imóveis, com um total de 1032 pessoas, e também dos dados encontrados pelo IBGE, com 318 imóveis, onde vivem 1051 pessoas. Já nos dados do PLHISFor, apesar de apresentar um número mais aproximado de moradores, como 1132 pessoas, difere bastante quanto ao números de moradias, com 284 imóveis e apenas 257 famílias. A discrepância dos dados salienta o êxito de um levantamento de informações mais aprofundado.

Ano de chegada dos moradores no Poço da draga

ATUAÇÃO DA EQUIPE

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PORTFOLIO

outros resultados obtidos

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PORTFOLIO

plano de ocupação do forte são paulo da gamboa

a Comunidade da Gamboa de Baixo, cuja estreita interação com a natureza à sua volta é um aspecto fundamental, uniu-se para lutar pelo seu reconhecimento como parte do patrimônio cultural material e imaterial - e pela permanência no local. A comunidade fez, portanto, parcerias com a Fundação Mário Leal e Universidade Federal da Bahia (UFBA) por meio da Residência em Arquitetura, Urbanismo e Engenharia (RAU+E), que vêm trabalhando com a comunidade, apoiando e reforçando a continuidade de sua cultura. Esta proposta foi idealizado e montado por professores e alunos da terceira turma da RAU+E que foram convidados a prestar assessoria técnica à Associação Amigos de Gegê dos Moradores da Gamboa de Baixo. A partir de vários momentos de interação no segundo semestre de 2017, tendo como mais importantes uma reunião com os moradores do Forte de São Paulo da Gamboa, houve a solicitação da demanda. Esta proposta foi produzida a partir de três visitas e entrevistas na comunidade da Gamboa e, também, a partir da uma reunião no Fórum ArquiMemória 5 com participação de representantes das comunidades do Centro Antigo de Salvador. Nesse sentido, surgiu a necessidade de um instrumento que comunicasse toda a história e os anseios dos moradores da Gamboa de Baixo.

AUTORes

1º Etapa: Iago Albuquerque/ Daniel Marostegan/ Umberto Violatto/ Leonardo das Virgens/ Olívia Santiago 2º Etapa: Iago Albuquerque

A iniciativa deste caderno é uma ação que busca a afirmação da relação pacífica e cultural que a comunidade estabelece no Forte de São Paulo. Assim, são propostos caminhos para seu uso e gestão, de forma a possibilitar, sobretudo, a permanência dos moradores nesse lugar da cidade e permitir a reinserção da comunidade no espaço urbano de Salvador.

TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Desenho a mão livre, Desenho técnico a mão, PHOTOSHOP, ILLUSTRATOR e INDESIGN

APRESENTAÇÃO Diante da ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal na Bahia para que a União e Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) executem obras emergenciais de consolidação e restauração do Forte de São Paulo da Gamboa,

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PORTFOLIO BAHIA

SALVADOR

GAMBOA

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FORTE S.P. DA GAMBOA


PORTFOLIO

1º etapa- diretrizes para o uso e gestão do forte

reunião com os moradores

oficinas participativas

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PORTFOLIO

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PORTFOLIO

etapa 2- o projeto de uso do forte O projeto trata de um plano de ocupção que visa atender as 18 famílias que moram no espaço. Ressaltando que somente 4 familías estão previstas para permacer nesta proposta, as remanecentes, pretende-se que sejam realocadas para novas unidades habitacionais dentro da Gamboa, idealizadas pelo Arquiteto Fabricio Zanolli em 2014. O conceito da intervenção trata por garantir o direito à habitar no forte e que ao mesmo tempo este espaço esteja aberto para a cidade, com o intuito de transmitir a sua

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PORTFOLIO MUSEU COMUNITÁRIO

história. E ,sobretudo, pretende ser um espaço de convivência entre moradores e visitantes entendendo que o forte é um bem importante na trajetória da cidade de Salvador. Objetiva-se restaurar as estruturas originais da construção do forte adaptando novos usos para esses espaços, portanto, as estruturas em anexo feita por seus moradores, pretende-se demolir a fim de preservar a sua história. As habitações, assim como os espaços coletivos para os residêntes foram postos nas edificações das extremidades, e no meio, o museu comunitário. Por fim, interligando estas intervenções, o pátio, que será o palco das diversas atividades que já acontecem no espaço, agregando também, novas possibilidades de apropriação. Um atracadouro foi previsto para fortalecer as atividades pesqueiras mas também para quem vir à visitar o espaço. A seguir, discorre-se um pouco mais sobre estas propostas:

A ideia de museu comunitário vem para que possa transmitir a historia dos Gamboenses, do forte e da consolidação daquele espaço para além da oralidade. As estratégias adotadas foram a de demolir as estruturas anexas e preservação das fachadas originais. E que, em diálogo ao restauro, pudesse criar uma nova dinâmica espacial entre os compartimentos para viabilizar a atividade proposta. Para isso, foram criados rasgos dentro edifício que permitem a circulação dos visitantes entre as salas de exposição do museu. Os dois compartimentos a esqueda foram destinados a recpção e curadoria, e os três da esquerda para a exposição do acervo do museu.

APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DAS PROPOSTAS COM OS MORADORES DO FORTE

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PORTFOLIO EDIFICAÇÃO DE USO MISTO Localizada no antigo quartel do Forte São Paulo da Gamboa, conhecida pelos moradores como ‘‘o casarão’’ pelos moradores, a proposta a seguir se trata de uma edificação de uso misto (habitação + serviços coletívos). No início, pretendia-se que todo o edifício fosse habitação, porém, nos levamentos, foi verificado que o pavimento seria demasiado

enclausurado para abrigar a atividade, necessitando propor novas aberturas que iriam descaracterizar as fachadas originais. As modificações realizadas por os moradores que hoje habitam no forte foram removidas, e as paredes internas, para divisão dos comodos, foram feitas com paredes de drywall por ser leve e de fácil manejo, para que não fosse alterada a estrutura da edificação.

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PORTFOLIO

USO DO PÁTIO DO FORTE O forte é, sobretudo, um espaço de encontros que fortalece o sentido de comunidade na Gamboa de baixo. Para isso pretende-se restaurar a sua pavimentação original e tratar da sua ambiência paisagística, para que possa de fato ser um mais convidativo para seus moradores e para quem possa de fora vir visitá-lo.

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PORTFOLIO

ARQUITEToS PERIFÉRIC0S

moradores autoconstrutores na tentativa de construir coletivamente soluções para patologias construtivas, tanto como o planejamento da casa para o futuro.

observações

Importante destacar que devido a dimensão da proposta, para esse portfólio, foi selecionado apenas os principais desenhos melhor ilustram a ideia. Apenas dois casos dos sete trabalhados estão aqui expostos. O trabalho completo pode ser acessado pelo link < https://issuu.com/iagoalbuquerque>

ASSESSORIA TÉCNICA PARA MELHORIAS HABITACIONAIS NA GAMBOA DE BAIXO. AUTOR

Iago Albuquerque Barros

TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO

Desenho a mão livre, Desenho técnico a mão, PHOTOSHOP, ILLUSTRATOR e INDESIGN

APRESENTAÇÃO

Este trabalho narra o caminhar da assessoria técnica em arquitetura, urbanismo e engenharia para o território da Gamboa de Baixo em Salvador, fruto do trabalho. O processo foi dividido em duas etapas, que se iniciou com a atuação dos profissionais residentes em se aproximar território e de estabelecer vínculos com a Gamboa, visto as inúmeras interações com grupos universitários sem retorno efetivo para os moradores. Em seguida, o trabalho discorre sobre a atuação específica do profissional residente em questão no campo de projetos de melhorias habitacionais para habitações autoconstruídas da Gamboa. Consolidando um grupo paralelo de atuação da assessoria, juntamente com alunos bolsistas da graduação da Faculdade de Arquitetura da UFBA, para lidar com a demanda de assessoria no território. Por fim, o trabalho aborda, sobretudo, a interação dos arquitetos academicistas com o

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PORTFOLIO

BRASIL SALVADOR

BAHIA

gamboa de baixo 21


PORTFOLIO objetivos

contingente de moradores cadastrados na proposta trazida pelo profissional residente, e entendendo também a importância de trazer experiências como esta para dentro do processo de formação acadêmica de alunos da graduação em Arquitetura e Urbanismo, foram aplicadas, para auxiliar no processo/projeto, duas bolsas de extensão ofertadas pela UFBA. No intuito somar forças na confecção dos trabalhos da residência ampliar a equipe, mas também contribuir no ensino crítico de arquitetura destes alunos. Para além dos estudantes bolsistas a equipe foi coordernada pelo residente em questão orientado por dois docentes do programa RAU+E.

1. Reconhecer o potencial das habitações da Gamboa, e a capacidade dos moradores em investir a curto, médio e longo prazo na melhoramento/ ampliação de suas casas. 2. Construir uma proposta de melhoria habitacional, que possa oferecer respostas a melhores condições ambientais, urbanas e sociais, dentro das dificuldades postas dentro de comunidades que sofrem o processo de exclusão territorial. 3. Entender as necessidades, desejos e sonhos dos moradores perante suas casas, traduzindo essas colocações através do projeto arquitetônico de melhoria habitacional.

MÉTODO

a equipe de trabalho

O processo metodológico de aproximação com os moradores ocorreu a partir da compreensão do momento de baixa articulação e de bastante desgaste nas relações entre os moradores e as interações universitárias que aconteceram na na Gamboa, antes da atuação desta edição da RAU+E. A estratégia se baseou em entender a mobilização comunitária e nas características topográficas da Gamboa que tem influência direta na mobilidade dos moradores por toda a extensão de seu território. Percebendo que alta declividade do terreno setoriza a Gamboa em três áreas, uma referente a cada rua, com um único ponto de interseção entre elas. A separação torna pouco comum o deslocamento dos moradores de uma rua para outra. Portanto, a equipe tomou como

O primeiro momento da atuação terceira edição foi conduzido por três residentes, sendo dois Arquitetos e Urbanistas, e um Engenheiro Eletricista. Tendo como objetivo principal conquistar a confiança dos moradores da Gamboa, visto o grande número de interações com a universidade que sucederam a equipe em questão. Levando também em consideração também a falta de um retorno efetivo para o território a partir dessas trocas. Em seguida, mas também em paralelo a atuação da equipe, se iniciam os trabalhos individuais. Referente a proposta de melhorias habitacionais para os moradores autoconstrutores da Gamboa. E como seria impossível levar esse trabalho sozinho, visto o

ATUAÇÃ AtuaOção DA EQUIPE

REPAROS ESTRUTURAIS

APROVEITAENTO DE ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO NATURAL

AMPLIAÇÕES

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DISTRIBUIÇÃO DE CÔMODOS


PORTFOLIO estratégia descentralizar sua base de interlocução no território, na intenção de interagir com o maior número de moradores possível. A aproximação se iniciou com a equipe de três residentes na Gamboa. E foi dentro desse processo de construção coletiva da residência, que se inicia os trabalhos individuais, específicos para o eixo de melhorias habitacionais. No qual teve suas próprias metodologias de aproximação, que em certo momento trabalhava em conjunto com a equipe de residentes, e em momentos mais específicos, com a equipe de estudantes bolsistas da graduação. A metodologia adotada passou por diversas alterações, e aconteceu em sete etapas homogêneas, no sentido de que nem toda casa passou por todas as fases, ou aconteceram de forma sequenciada como foi idealizado pela equipe. E foram elas: A divulgação no território; Reuniões através das oficinas; Visitas às casas; Medições; discussão de projeto com os moradores; Entrega do projeto; E, por fim, o acompanhamento da obra.

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PORTFOLIO

1ºdivulgação das atividades

4ºmedições

2ºoficinas em grupo

5ºdiscussões de projeto

3º visitas as casas

5ºentrega de projeto 24


PORTFOLIO

6ยบacompanhamento da obra

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PORTFOLIO

caso 1- a laje de dona lene

do os cômodos internos, planejando iluminação e ventilação dos ambientes, para entregar para um de seus filhos como presente de casamento. O levantamento das alvenarias acarretaria na criação da terceira laje, que, por enquanto, passa a ser uma espaço recreativo para os fins de semana da família. Mesmo que Lene ainda tenha o desejo de fechar a primeira e a terceira laje para criar novas unidades habitacionais para o restante dos filhos, a urgência estava em edificar o pavimento intermediário. E a partir do entendimento dessas informações relatadas pelo seus futuros moradores, através das conversas na calçada de casa, que se inicia o processo de assessoria. O futuro (que será presente até o final deste percurso) empreendimento familiar possui três fachadas livres, e uma quarta parcialmente aberta, o que facilita o processo de captação de iluminação e ventilação natural para dentro da edificação. Aumentando, também, a possibilidade de criar aberturas para contemplar o entorno de vista sem interrupções para a baía de todos os santos. O primeiro passo tomado pela equipe, foi fazer uma medição da laje para entender o que poderia ser feito naquele espaço. Afinal, com a ausência das alvenarias ficava difícil entender a dimensão do espaço, já que se tratava-se de um vão aberto livre de divisões internas. O dimensões obtidas no levantamento da laje se aproximou dos 69 metros. E sem que chegasse a um desenho prévio, ficou acordado com Lene e seu filho, que a casa seria contemplada com: 2 quartos (sendo uma suíte); 1 banheiro social; 1 cozinha; 1 sala; 1 área de serviço. Outra preocupação, antes de iniciar o desenho do projeto, foi a de levantar a estrutura e fundação da casa para entender onde poderiam passar as alvenarias sem comprometer a segurança de seus ocupantes. Para este momento, foi solicitado o auxílio de um Engenheiro civil da Faculdade de Engenharia da UFBA, que auxiliou a equipe na verificação das fundações da casa, dimensionamen-

Dona lene não nasceu na Gamboa, veio de alagoas para salvador no início de sua vida adulta, contudo, seus 8 filhos foram criados na Gamboa, e se identificam com o local. Dona Lene pretende permanecer no território, e deseja o mesmo para os filhos, não medindo esforços para que cada um tenha sua casa na Gamboa. Ela mora em uma grande casa, com sete quartos, na rua hamilton sapucaia, bem por debaixo do viaduto da contorno. Parte da casa em que Lene vive, já foi desmembrada para criar uma outra casa, com acesso independente, para seu primeiro filho que casou. A interação esperada por Dona Lene por parte da equipe de assessores, era referente ao fechamento com alvenarias da segunda laje. Dividin-

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PORTFOLIO

3,57

to dos pilares, vigas e lajes para entender a possibilidade de concretizar a obra de forma segura. Na primeira visita para discutir o projeto, foi levado um levantamento da estrutura e uma primeira ideia de planta baixa do projeto. Inicialmente foi priorizado setorizar onde iria ficar cada ambiente, entre espaços coletivos e espaços privados da casa, casando com a estrutura existente levantada. O que confirmou despreocupação em realizar qualquer reforço estrutural. Para além do que tinha sido acordado com os moradores na primeira conversa, a planta tridimensional impressa, o programa de necessidades da casa trazia também a adição de uma pequena varanda,

VARANDA QUARTO

1,10

SALA

1,10

BANHEIRO

COZINHA

A. SERVIÇO

2,50

BANHEIRO

QUARTO

ENTRADA

3,10

1,00

1,30

va la/

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PLANTA EM PERSPECTIVA integrada a sala. Devido a dimensão que a sala estava, naquela etapa de desenvolvimento do projeto. PERSPECTIVA Poucos dias depois do ínicio do desenho da proposta, Dona Lene contacta a equipe inforEXPLODIDA PERSPECTIVA mado que no dia seguinte o pedreiro já iria está EXPLODIDA na gamboa, disponível para iniciar sua. Portanto, a

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PORTFOLIO

PERSPECTIVA PERSPECTIVA EXPLODIDA EXPLODIDA 28

EVOLUÇÃO DA OBRA

equipe se comprometeu em finalizar naquele mesmo dia todos os desenhos detalhados, com a maquete física para auxiliar no diálogo com os executores da obra e acompanhar mais de perto a obra. No dia seguinte ao contato de Lene, a equipe se soma ao pedreiro contratado e seu ajudante para discutir o projeto proposto de acordo com as implicações de dona Lene e seu filho. Entendido a proposta, começa então a obra. O primeiro passo foi fazer a marcação dos cômodo, com tijolos, linhas e desenhos do piso e nas paredes. Apesar de seguir as medidas como o projeto previa, alguns ajustes foram feitos para arredondar algumas medidas para melhor encaixe dos blocos, sem quebras, evitando o desperdício de material, sem que fosse comprometido a estrutura também. A proposta entregue contou com os cômodos citados anteriormente, colocados de forma agrupada na laje. De um lado: Os dois quartos (sendo um, suíte) e um banheiro social conectados através de um pequeno corredor; E do outro lado: Cozinha, sala e varanda integradas, e área de serviço. Foi priorizado a garantia de iluminação e ventilação para todos os cômodos, principalmente no cruzamento


PORTFOLIO

0,90 0,90 0,60

1,60

2,0 0

0,50

1,00

1,50

1,10

0,60

1,50

O TÃ DE POR GRA DE

VISTA DA COZINHA PARA A SALA

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PORTFOLIO

caso 2- a casa de gleide

amplo, e tem seus utensílios de cozinha (pia, geladeira e fogão), juntos de um guarda-roupa de casal, o que confunde e deixa o espaço não muito funcional para dinâmica que o cômodo prever. Por último, o banheiro, alongado, paralelo a cozinha e com abertura pra sala, o local também é utilizado como uma área de serviço, e é um pouco escuro devido a janela ser muito pequena para o tamanho do espaço. Ademais, o banheiro não tinha suas paredes revestidas com azulejo, mas recentemente Gleide começou a reforma do cômodo para impermeabilizar o cômodo. O processo de assessoria para Gleide foi feita a através de muitas visitas a sua casa, e de consequentemente muitas alterações no projeto. A demanda reportada para a equipe, foi a de construir uma escada na sala para dar acesso a laje superior, onde se pretendia construir um quarto com um banheiro e uma varanda contemplativa. Gleide sinalizava pressa em ter o projeto em mãos, pois já estava com o material comprado, e precisava começar urgentemente pois a laje da casa, que não tinha qualquer tipo de impermeabilização, estava vazando durante o período chuvoso. Portanto a construção do pavimento superior também pretendia responder a esse problema. Após todos os levantamentos realizados, e o programa da casa ter sido previamente discutido com a moradora, a equipe produz então a maquete da casa e começa a discutir as possibilidades, como: Posição e tipo da escada; Tamanho do quarto, banheiro e varanda; E direcionamento e altura do telhado do novo pavimento de ampliação. A primeira proposta foi entregue logo no início das conversas, contudo não foi muito bem aceita por gleide. Devido a escada ter ficado para fora do quarto, dando acesso direto para a varanda, e da varanda para o quarto. Entendendo que a sacada também funcionaria como um hall de entrada para o quarto. Na segunda proposta, a escada é incorporada para dentro do quarto, a partir do questionamento de gleide em ter uma circulação vertical expos-

Membro da associação de moradores, Gleide mora sozinha em sua casa térrea de aproximadamente 23m². Entre tantas casas visitadas ao longo do processo de assessoria a Gamboa de Baixo, a casa de gleide, sem dúvidas, foi a que pareceu apresentar menos problemas sérios. Todos os cômodos possuem janelas, e tem suas quatro fachadas livres, o que garante a residência um conforto térmico e lumínico agradável para sua proprietária. O que mais incomoda gleide, é o tamanho que a casa tá hoje. A casa atualmente é constituída por apenas três cômodo, E são eles: Uma sala integrada com a cozinha, através de um balcão, e um banheiro. . A casa ainda não possui quarto. A sala é pequena, com muitas aberturas (duas janelas e duas portas), em seguida, incorpora a sala, a cozinha. O espaço não é muito

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PORTFOLIO

1

Definição da demanda: Ampliar a casa verticalmente adicionando um novo quarto, banheiro e varanda.

2

3

Segunda opção: varanda muito pequena

ÃO

IAÇ

QU

MA

Primeira opção: Escada precisaria ser colocada para dentro do quarto. 4

E

TE

DA

A

L MP

Banheiro atrapalhando circulação do quarto, e varanda grande.

PLANTA DE AMPLIAÇÃO ta poderia trazer problemas de segurança da casa. Visto que ela mora sozinha, e passa a maior parte do dia fora da Gamboa trabalhando. Porém, desta vez, a varanda fica muito pequena, com pouco menos de 3 metros quadrados. E novamente o vez o projeto volta para a equipe realizar as modificações. Em seguida, é decidido juntamente com Gleide em mudar o banheiro de lugar e incorporá-lo ao mesmo alinhamento da varanda, que agora passa ter o seu formato em ‘’L’’. A iniciativa de agrupar esses dois ambientes também tem relação com o fato de proteger o quarto da incidência solar causadas pela exposição na direção poente. Mas sem impedir a contemplação das visuais do seu entorno, já que a casa está de frente a baía de todos os santos. Nesta última proposta, entregue a moradora, tentou priorizar também a ventilação natural dos cômo-

PROCESSO DE DEFINIÇÃO DO PROJETO

31


PORTFOLIO do, garantindo o cruzamento de ventos no quarto. Local de maior permanência no novo pavimento. É necessário ressaltar que para a definição da planta do pavimento de ampliação da casa da Gleide, foi feito um levantamento da estrutura existente para entender onde poderiam se localizar as novas paredes de bloco, sem que fosse comprometida a integridade física da casa. Por isso foram medidas todas as vigas e pilares da casa como também as distâncias de seus eixos. A posição de apoio das vergas também foi observado, com isso, a equipe consegue gerar uma planta estrutural que serviu como ponto de partida no processo de idealização da proposta.

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3,45

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1,25

1,50

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escada helicoidal

nto

PLANTA ESTRUTURAL

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Vigotas

ten

2,32

s exi

Legenda: Vigas

Reforço estrutural

Alvenaria de bloco cerâmico/Alt.= >2,50 ; <3,80

Alvenaria de bloco cerâmico Alt.= 30 cm

32


PORTFOLIO 2,73

2,00

1,05

5,24

BHO

2,32

1,50

PLANTA EM PERSPECTIVA

EVOLUÇÃO DA OBRA

VARANDA

1,50

3,45

QUARTO

33


PORTFOLIO

outros produtos realizados

viga metálica ou em concreto

maquetes e m para estelecer prop

pilar em concreto

uso de maquetes físicas p facilitar o dialogo com o moradores

SALA

REFORÇO ESTRUTURAL NA PAREDE QUE VAI SER DEMOLIDA

Situação atual

Layout 1 34

Layout 2


Legenda: Térreo 1 pavimento

2 pavimentos 3 pavimentos

Uso do solo

Legenda: residencial comércial

misto institucional

P. d e 650 saúde m

UPA

(2,2

km)

m rua g a

bo

a

de

Col 700 égio est m .

vazio (á. permeável) ‘’vazio’’ (ruas)

rua bc, dos ing.

Legenda: residencial Vazio (com potencial construtivo)

pça . gra Campo nde 400 m

Cheios e vazios

wallmart 400m

para os

õ es Porte das edifica ç

orno cont o d da aveni

cim

a

mapas interativos as diretrizes das postas

PORTFOLIO

M.A.M Salvador 800m

Diagnóstico técnico participativo da Gamboa

Legenda: Ruas externas Rua hamilton sapucaia Rua Barbosa leal

Edificações externas Casas da Gamboa áreas verdes

Rua da Resistência

acessos

Forte S.P. da gamboa. Bica, Lavanderia e Pier.

35




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