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Sumário

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12 Mesa Redonda

48 Automóveis

22 Brasília, Coisa & Tal

50 Vida Moderna

24 Visão de Brasília

52 Esporte

26 Capa

54 Saúde

30 Gestão e Negócios

58 Comportamento

32 Fatos, Fotos e Frases

60 Música

88 Diz aí, Mané

34 Gente

62 Artes Plásticas

90 Tá lendo o quê?

36 Cidades

64 Turismo

38 Finanças

66 Gastronomia

40 Meio Ambiente

68 Plano Gastrô

42 Educação

72 Mala sem Rodinha

46 Personagem

76 Planos & Negócios

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80 Mundo Animal 82 Economia 84 Vinhos 86 Propaganda & Marketing

92 Ponto de Vista 94 Cresça e Apareça 96 Justiça 98 Charge


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Expediente

Editorial Correr não é só um exercício para fortalecer as pernas. Mais que isso, é um estilo de vida. Para descobrir um pouco sobre a rotina desses atletas do asfalto, a Plano Brasília

DIRETOR EXECUTIVO Edson Crisóstomo crisostomo@planobrasilia.com.br

entrevistou pessoas de diferentes profissões e classes sociais,

DIRETORA DE PROJETOS ESPECIAIS Nubia Paula nubiapaula@planobrasilia.com.br

de ajudar a manter a forma, pode ter até função terapêutica

que trazem em comum a paixão pela corrida. A atividade, além

ou ser um propulsor da criatividade. Duvida? Então confira a impressionante história de nossos personagens na matéria de capa.

Plano

BRASÍLIA Editora-Chefe Luciana Amaral

EQUIPE DE REPORTAGEM Yuri Achcar, Natasha Dal Molin, Ludmila Rocha COLABORADORES Antônio Testa, Bohumil Med, Carla Ribeiro, Carlos Grillo, Cerino, Fádua Faraj, Rubem Soares, João Paulo Mariano, Romário Schettino, Tarcísio Holanda, Bianca Moura e Paulo Piratininga DESIGN GRÁFICO Yara Dantas e Anita Antonini

Esta edição traz, ainda, uma entrevista reveladora com o ex-Chefe da Casa Civil, Hélio Doyle, que conta finalmente todos os bastidores de sua saída do governo Rollemberg. Para ele, o atual governador poderia ser um marco da mudança, mas optou pela velha política e ainda de forma envergonhada. Em relação à Câmara Legislativa, acusa os deputados distritais de gastarem exageradamente com publicidade, servidores comissionados

nos

gabinetes

e

verbas

indenizatórias.

Em “Saúde”, o conceituado ginecologista Paulo Guimarães,

FOTOGRAFIA Moreno e Catarine Silveira

especializado em cirurgia cosmética íntima, diz que a busca

REVISÃO Charles Vieira

pela estética genital é cada vez mais comum e encarada

TIRAGEM 60.000 exemplares

de forma natural pela mulher moderna. O procedimento,

REDAÇÃO Comentários sobre o conteúdo editorial, sugestões e críticas às matérias: redacao@planobrasilia.com.br

segundo o médico, ajuda a aumentar a autoestima feminina. Para quem curte aventuras off-road e, ao mesmo tempo, o conforto de um sedã, o Fiat Toro pode ser uma ótima opção.

AVISO AO LEITOR Acesse o site da editora Plano Brasília para conferir na íntegra o conteúdo de todas as revistas da editora: www.planobrasilia.com.br PLANO BRASÍLIA EDITORA LTDA. SCLN 115 Bl. A Sl. 215 CEP: 70876-540, Brasília-DF Comercial: 61 3041-3313/ 3034-0011 Redação: 61 3202.1357 Administração: 61 3039.4003 revista@planobrasilia.com.br 28 de Março de 2016

A picape, lançada este ano, já virou um fenômeno de vendas, graças à sua versatilidade, alta tecnologia e design arrojado. Confira todos os detalhes deste supercarro neste número. E mais: conheça a história do chef de cozinha que virou cervejeiro e leva a sua marca, a Braz Bier, para vários lugares da capital federal. São mais de 20 estilos de cerveja, feitas segundo os mais rigorosos padrões internacionais de qualidade. Sabor e toque caseiro também podem ser encontrados nos quitutes

Não é permitida a reprodução parcial ou total das matérias sem a prévia autorização dos editores. A Plano Brasília Editora não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados.

da Toca da Mata, loja na 408 Sul fundada pela saudosa Dona Netinha e herdada pela filha, Eliane da Glória. Boa leitura!

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Mesa Redonda

Por: Edson Crisóstomo, Romario Schettino, Luciana Amaral | Fotos: Moreno

Por uma nova política Conhecido como hábil estrategista político, o jornalista Hélio Doyle faz uma análise do primeiro ano do governo Rollemberg e revela os bastidores de sua saída da Casa Civil Quando chefe da Casa Civil, o jornalista Hélio Doyle acreditava estar preparado para enfrentar o caldeirão de ciúmes, vaidades e inveja, no intrincado xadrez do cenário político do Distrito Federal. Afinal, o poder não lhe era algo estranho ou desconhecido. Foi Secretário de Governo durante a gestão de Cristovam Buarque e Secretário de Articulação Institucional no governo de Joaquim Roriz. Também coordenou a campanha vitoriosa que levou Rodrigo Rollemberg ao posto máximo do Executivo no DF. Hábil articulador político, causou ciumeira no próprio PSB, partido do governador, durante sua rápida passagem pela “supersecretaria”. O jornalista, contudo, diz não ter ambições políticas, apenas realizou seu trabalho da melhor

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forma possível e considera estar muito mais à vontade longe do poder. Nesta entrevista, Hélio Doyle conta à revista Plano Brasília os detalhes de sua saída da Casa Civil e diz que falta coragem ao governo atual em romper com os velhos esquemas políticos. O senhor foi responsável, juntamente com o governador Rodrigo Rollemberg, pela instalação do governo. O que deu certo neste primeiro ano? HD > Na verdade, não foram só eu e ele; a

participação no governo envolveu outras pessoas. Eu tive um papel, mas as decisões, é claro, foram todas do governador. O ano de 2015 foi bem complicado, muita coisa não deu certo. O que deu certo foi o fato das contas terem sido mantidas

sob controle e este foi o principal mérito deste governo. O problema fiscal e financeiro ainda não está resolvido, mas existe perspectiva de resolução em até dois anos, eu acho. Quando eu estava na Casa Civil, dizia às pessoas que só o fato de conseguir manter a cidade funcionando já poderia ser considerado uma vitória, até porque a situação era muito ruim, mesmo. Havia a questão do atraso de salários, de não haver dinheiro para o pagamento e as dívidas com os fornecedores. Existia, enfim, um caos na gestão. Eu sempre digo: historicamente, o governo do Distrito Federal foi montado de forma a não funcionar e a favorecer situações irregulares. Não foi feito para ser eficaz, para atender bem a população. Agora, felizmente, há um déficit menor, os


salários estão sendo pagos em dia. Para mim, levando-se em conta o que eu vi no início, é uma façanha. E o que deu errado? HD > A forma do governo se relacionar

com a Câmara Legislativa e com a sociedade. Em relação à Câmara, havia uma expectativa dos próprios deputados eleitos de que esta relação fosse diferente. Eu sou testemunha disso, porque, durante o período de transição, conversei pessoalmente com a maior parte dos parlamentares. Quando viram que não seria diferente, iniciou-se uma confusão que se mantém até hoje. Acredito que, desde o começo, o governo dialogou mal com a sociedade, seja com os sindicatos, com as associações comunitárias, com a OAB ou os movimentos sociais. Vou dar um exemplo: logo no início de 2015, havia a intenção da Secretaria de Educação em adiar o início do ano letivo. Defendíamos que esta questão fosse discutida junto ao Sindicato dos Professores, mas não foi o que ocorreu. A Secretaria simplesmente anunciou o adiamento, provocando reações contrárias dos professores. Outros erros também ficaram evidentes, como a lentidão em tomar determinadas decisões. Reconheço que isto não é só culpa do governo ou do governador, mas também da própria estrutura da máquina. O senhor atribui tudo isso a um certo vacilo? HD > Vacilo e medo. Faltou muita

coragem ao governo. Faltou também experiência?

HD > Sim. O governo encontrou uma realidade muito adversa, uma situação que deveria tê-lo motivado a ousar, a enfrentar, a inovar. Mas não houve coragem. O governo está empurrando

com a barriga muita coisa que poderia estar sendo equacionada desde o primeiro semestre; algumas desde o primeiro mês de gestão. Muita gente cobrou, por exemplo, eleições diretas para as administrações regionais... HD > Isto já poderia estar sendo trabalhado desde o primeiro dia de

O governo encontrou uma realidade adversa, que deveria tê-lo motivado a ousar, mas não houve coragem

governo. Volto a repetir: faltou coragem. Por quê? Entendeu-se, equivocadamente, que entregar administrações regionais para parlamentares seria um caminho. Eu entendo que isto traz mais problemas. Houve muitas greves em 2015. O diálogo com os sindicatos foi ruim ou eles são muito resistentes a chegar a um acordo?

HD> As duas coisas. Enquanto eu estava no governo, tentavam passar uma imagem minha de adversário do sindicato. Não é verdade. Pelo contrário: fui sindicalista e conheço bem como funciona essa área. Apesar disso, há pouca gente no governo que entende a dinâmica de um sindicato e a cabeça de um dirigente sindical. No começo, conseguimos até estabelecer um diálogo em torno do pagamento dos atrasados dos servidores. A proposta inicial era pagar em 10 meses e, se houvesse recursos, este prazo seria antecipado. Houve greve, mas, na época, até onde eu sei, o governo havia colocado todas as contas à disposição dos sindicatos. Nenhum deles quis vê-las; se tivessem ido, perceberiam que eram reais. O governo não estava inventando, até porque ele seria muito masoquista de inventar um problema para si próprio. Esse é o tipo de discussão que se resolve numa mesa, com planilha e máquina de calcular. Não é preciso apelar para a greve. Em relação a este tema, tenho um posicionamento divergente da postura majoritária de esquerda: a greve em serviço público, especialmente em serviços essenciais, como saúde e educação, deve ser repensada. Não dá para você, a qualquer momento, paralisar aulas ou interromper atendimento médico. Os que têm menos dinheiro são os que mais usam o serviço público. Então, essas greves são contra o povo mais necessitado, e não contra

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o governo. Eu não estou negando a possibilidade de paralisação, mas é preciso haver uma razão muito forte para isso. E o não pagamento dos atrasados não era motivo para uma greve daquele porte. Acho que o governo, naquele momento, deveria ter sido mais duro, mas acabou cedendo às pressões.

membros desse órgão teriam acesso a todos os dados. A cada legislatura, a avaliação dos deputados distritais piora. E o mais curioso: eles criam despesas o tempo todo. Parece que são eleitos apenas para isso. De onde os deputados pensam que o dinheiro vem? E de onde vem, afinal?

A sociedade esperava que o governo endurecesse, não é?

HD > Esse “endurecer” não pode ter um conteúdo antissindical, antitrabalhador. Interessa a defesa da população. Como o governo recuou naquele momento, fatalmente vamos ter outras greves. Este recuo aconteceu no dia em que quase invadiram o Palácio do Buriti. Eu, como sindicalista, o que posso deduzir? Basta invadir o palácio para conseguir as coisas. É óbvio. Por isso que eu digo: faltam experiência e coragem ao governo. Nunca ficou muito clara essa disputa entre o governador e o líder da oposição, Chico Vigilante, sobre a questão dos recursos disponíveis pelo GDF. Qual a realidade, afinal?

HD > O governo encontrou uma situação bastante complicada, o secretário da fazenda relatava as dificuldades e não tínhamos clareza do número exato. O número concreto era o saldo em conta corrente, de 64 mil reais. Existem outras contas, mas geralmente de fundos e despesas vinculadas. No início, tínhamos muita dificuldade em fornecer os números exatos e demorou para que isso ficasse claro. Íamos a reuniões em que a Fazenda chegava com um número, o Planejamento chegava com outro e a Administração com mais outro. A Comunicação queria preparar o material de divulgação, mas os números não batiam. Para mim, dos 24 deputados da Câmara, o Chico (Chico

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Os deputados distritais não estão nem aí para o governo, a crise ou de onde vem o dinheiro. Eles gastam demais Vigilante-PT) é o melhor parlamentar. Ele estava no papel dele de defensor do governo anterior e aproveitou-se com muita habilidade dessa confusão. Quem quis acreditar no Chico, acreditou no Chico; quem quis acreditar no governo, acreditou no governo; e quem teve dúvida, ficou na dúvida. Foi um erro o qual inclusive assumo, mas as circunstâncias levaram a isso. O governo nunca quis esconder as contas; pelo contrário: criou o Conselho de Transparência, dizendo que todos os

HD > É preciso entender a dinâmica dos distritais. Nunca houve em Brasília o caso de um distrital que saísse direto da Câmara para se eleger governador. Então, qual é a preocupação desse parlamentar? É reeleger-se distrital ou eleger-se deputado federal. Para isso, você precisa ter apoio de segmentos da sociedade, e não da maioria da população. Portanto, não estão nem aí para o governo, a crise, ou de onde vem o dinheiro. Eles gastam exageradamente com publicidade, excesso de servidores comissionados nos gabinetes e verbas indenizatórias. Se eles pensassem no global, ou seja, como candidatos ao governo ou mesmo ao Senado, deixariam um pouco de lado esse corporativismo. Por que o senhor renunciou à Casa Civil?

HD > O chefe da Casa Civil funciona como um anteparo para o governador, uma espécie de porta-voz do governo. Então, isso já cria uma série de ciúmes e inimizades. Eu sabia desse problema, até porque tive a mesma função com outro nome no governo Cristovam Buarque. Outro fator é que eu não sou do PSB e o partido dizia que eu estava aparecendo demais. Acho até que houve um medo injustificado de eu ter alguma aspiração política e querer ocupar o espaço que poderia ser do governador. Eu não tenho afinidade com o partido e essa afinidade ficou menor ainda depois que o PSB apoiou o Aécio no segundo turno da eleição presidencial.


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O senhor estava no PSD...

HD> Eu já tinha saído logo no dia seguinte à eleição. Fui ao cartório eleitoral para me desfiliar do partido.

gestão na Casa Civil, montando uma boa estrutura de servidores, inclusive os do PT, que vinham do governo anterior e estavam entre os mais competentes.

Acharam que era um infiltrado?

HD > Na verdade, era (risos). Eu sentia muita dificuldade em lidar com o PSB, que tinha duas pessoas muito próximas ao governador: o chefe de gabinete – que é uma pessoa muito competente, mas está no lugar errado – e o Secretário de Relações Institucionais. Em determinado momento, eu comecei a contrariar interesses. Entre os interesses contrariados, estão os de deputados. O problema começou quando vazou um caso de nepotismo envolvendo um dos principais assessores da Celina (Celina Leão-PDT) e ela atribuiu o vazamento a mim, apesar de eu não ter nada a ver com isso. Depois houve uma outra notícia também atribuída a mim. O governador começou a se sentir incomodado com aquilo. Certa vez, ele me chamou e perguntou se eu não queria ser secretário numa outra área, a Secretaria de Mobilidade. Então fiz uma pergunta a ele: “Você quer me colocar na Mobilidade ou quer me tirar da Casa Civil”? E ele respondeu com honestidade: “As duas coisas”. Em relação à saída da Casa Civil, ele apresentou dois motivos: o primeiro era a dificuldade no relacionamento com vários deputados, principalmente com a Celina. Ela dizia que havia muitos petistas na Casa Civil, mas, até hoje, apenas uma saiu de lá. O outro motivo – que mais pareceu um pretexto – era de que ele precisava de um chefe da Casa Civil com maiores características de gestor. Eu teria, segundo o Rodrigo, um perfil mais voltado à política e comunicação. Na realidade, eu já estava fazendo a

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cuidava de várias coisas. Pensei então na possibilidade de ir para a Mobilidade, que é uma área a qual me identifico. Contudo, nesse meio tempo, Celina anunciou o rompimento com o governo. Aí ficou difícil. Tivemos uma conversa eu, Rollemberg, Marcão (Marcos Dantas, Secretário de Relações Institucionais e Sociais) e Rômulo (Rômulo Neves, Chefe de Gabinete). Nesta reunião, surgiu outra ideia: eu iria para a chefia de gabinete e o Rômulo iria para uma diretoria da Terracap. Eu pensei nessa ideia durante uns dois dias, conversando com vários amigos. Cheguei à conclusão de que não valeria a pena, embora considere a chefia de gabinete muito importante. O poder faz alguma falta?

Perguntei ao Rodrigo: ‘Você quer me colocar na Mobilidade ou me tirar da Casa Civil’? E ele disse: ‘As duas coisas’ Quase todos esses servidores eram do governo federal e requisitados pelo GDF. A única petista que saiu da Casa Civil depois de mim, voltou para o órgão de origem. Mas, enfim: acho que eu estava fazendo o papel correto, com excesso de trabalho, inclusive, porque

HD > Nenhuma. E acho que já dei demonstração disso, porque já estive no poder, de alguma forma. Fui secretário de governo do Cristovam, equivalente à Casa Civil. No governo Roriz, meu cargo tinha alguma relevância, com atuação importante na área de comunicação e na relação com o governo federal. Eu saí dessas duas funções e nunca me fizeram falta. Muito pelo contrário: acho até melhor estar fora do poder do que dentro. O senhor falou da dificuldade da relação do governador com o Legislativo. A eleição da Celina foi um problema, porque, se é verdade que o PSB não tinha deputado nenhum, tinha como aliado o PDT. Por que Celina virou a “leoa” da Câmara?

HD > Minha posição na transição era de que o governador não deveria se envolver na eleição da Câmara. Era isso que eu conversava com os deputados. Quando começou a transição, eu acreditava firmemente que haveria


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um novo estilo de política. Então, eu peguei um caderninho e conversei um a um com os deputados. Anotava o que eles esperavam, deixando claras estas aspirações. Acho perfeitamente legítimo que um deputado que apoie um governo, sinta-se participante e possa indicar pessoas. Mas não concordo – é até uma linha “reguffiana” – que um deputado deixe a Câmara para ser secretário. Um dos deputados com quem não conversei foi o Dr. Michel (PP-DF), que se tornou conselheiro do Tribunal de Contas do DF. Aliás, havia conversado com ele, mas sobre outro assunto. Certa vez, ele me contou que era policial e ficava indo às nossas reuniões anotando o nome de quem estava presente (risos). Era espião. Ficou estabelecido, posteriormente, que a relação com a Câmara iria ficar a cargo da Secretaria de Relações Institucionais. Até eu defendia essa tese, mas é óbvio que a Casa Civil tem um papel junto à Câmara, independentemente de sua função. O governador aderiu à candidatura da Celina desde o início. Porém, todo parlamentar com quem eu conversava era contra. Para ser alguém do PDT, a melhor opção seria o Joe (Joe Valle). Mas havia também muita resistência a ele. Chegou-se a pensar num grande acordo e aceitar um do PT, que poderia ser o Chico Leite. Os deputados também não o queriam. No fim das contas, a “coisa” avançou para o lado da Celina. Confesso a vocês que, fato consumado, tive uma conversa com uma deputada, a Liliane Roriz, para garantir o voto na Celina. Não fui só eu quem conversei, mas quis ajudar. A Celina disse que só foi presidente porque o governador apoiou.

HD > É verdade. Porque, se fosse por ela mesma, não daria certo. Da mesma maneira, se o governador quisesse ter

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repensando algumas coisas e não sei como será em 2018. Eu mantenho boas relações não só com o Rodrigo, como com vários secretários de governo dele, principalmente os que estavam no meu tempo. Eu acho que o governo ainda tem oportunidade de acertar. Até agora não acertou, a não ser aquilo que falei no início. Apesar disso, eu torço para que dê certo e que o Rodrigo seja candidato à reeleição. Até porque, independentemente de outros fatores, não vejo alternativa melhor. E dificilmente surgirão alternativas melhores.

Hoje eu não me sentiria à vontade de trabalhar contra o Rodrigo, a não ser que ele me decepcionasse inteiramente agido agora, ele impediria a aprovação da maioria pela reeleição dela. O senhor é reconhecidamente um grande jornalista, muito estimado por ex-alunos da UnB e estrategista de campanha política. Qual o palanque de Hélio Doyle em 2018?

HD > Ninguém elege um governador sozinho. Se as circunstâncias não fossem favoráveis, talvez Agnelo não tivesse sido eleito em 2010 e nem o Rodrigo nas últimas eleições. Estou

Nas redes sociais, vemos que está prevalecendo, em Rollemberg, a imagem de mau administrador. Isto lhe preocupa?

HD > Do meu ponto de vista de apoiador do governo, amigo do Rodrigo e estrategista, preocupa bastante essa imagem que vem se consolidando. Sob o ponto de vista político, fico também preocupado, porque não vejo alternativas. A direita se organiza e não vejo na esquerda pessoas em condições de substituir o Rodrigo. Agora, onde eu vou estar, eu não sei. Quando saí do governo Cristovam, recebi convites do Roriz e do Arruda para a eleição seguinte. Recusei ambos. Achei que deveria ter uma quarentena eleitoral. Ficaria muito chato eu ter feito a campanha do Cristovam, ter saído do governo dele nas circunstâncias que eu saí e trabalhar com um adversário, até porque ele era candidato à reeleição. Já quando fui convidado novamente em 2002 para fazer a campanha do Roriz, eu aceitei. Mas aí o Cristovam não era o candidato contrário. Hoje eu não me sentiria à vontade de trabalhar contra o Rodrigo, a não ser que ele me decepcionasse inteiramente, coisa que não aconteceu.


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Como é a sua relação com o governo, atualmente?

HD > As pessoas acham que eu tenho vínculo com o governo, que eu sou consultor, mas não sou. Para mim, o consultor é o que trabalha de forma organizada, sistemática e remunerada. Eu não trabalho de forma organizada para o governo, nem sistematicamente e nem sou remunerado. Sou só um palpiteiro. Às vezes me reúno socialmente com pessoas do governo e dou minha opinião voluntariamente. Também converso muito com o pessoal da Comunicação e ainda falo pelo WhatsApp com o Rodrigo. Mas não me sinto comprometido com o governo e nem me sinto impedido de criticá-lo. No Twitter, inclusive, eu faço isso, quando vejo que algo está errado. Hoje eu me considero um cidadão jornalista. Depois que saiu da Casa Civil, como foi sua trajetória?

HD > Eu tenho sido muito procurado por empresários, mas não quero fazer

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A direita se organiza e não vejo na esquerda pessoas em condições de substituir o Rodrigo

esse trabalho de intermediação, vamos dizer assim. Disse ao Rodrigo que não iria me recusar a conversar com as pessoas. Quando eu achar que as ideias e projetos são interessantes, irei encaminhá-las ao governo. Quando não valer a pena, ficarei na minha. Não tem problema. Tenho feito, aí sim, algumas consultorias na área de Comunicação e escrito para o site Brasil 247. Apesar das pressões, é possível uma nova maneira de fazer política?

HD > Sim. Não gostaria que Brasília voltasse aos velhos esquemas, mas vejo uma movimentação nesse sentido. Acho que o Rodrigo está perdendo uma excelente oportunidade de ser um marco da mudança política, inclusive com reflexos nacionais. O Rodrigo optou pela velha política e ainda de maneira envergonhada. Então, ele sai perdendo de qualquer jeito. Muita gente trata a opção pela nova política como ilusão. Eu discordo. É uma questão de decisão.


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Brasília e Coisa & Tal

Fotos: Divulgação, Fábio Rodrigues Pozzebom, Tony Winston

Romário Schettino

romario21@uol.com.br

Impeachment sem crime é golpe

O “desembarque” do PMDB Depois de mais de cinco anos, o PMDB decidiu “desembarcar” do governo Dilma Rousseff. A decisão foi tomada em dois minutos por uma ala peemedebista, que já não apoia a gestão petista há muito tempo. O curioso é que essa ala do partido não pede a saída de Michel Temer da vice-presidência, porque quer vê-lo na presidência no lugar de Dilma, caso o impeachment seja aprovado. O PMDB, mais conhecido como o partido da boquinha, e que tem mais seis mil cargos em todos os escalões do governo, será que vai entregar todos de uma só vez? O Palácio do Planalto espera para ver o tamanho da dissidência, para avaliar com quem contar nas votações parlamentares. Dilma deve aproveitar também para rearrumar a casa e ter com quem possa contar sem o risco da traição. Há quem diga, também, que o suposto acordo entre Temer e Eduardo Cunha pode atrapalhar a trama. Cunha aceitaria deixar a presidência da Câmara em troca da manutenção do mandato. Será? O mundo condena a conspiração

Organizações sociais de várias partes do mundo denunciam o atual processo de impeachment no Brasil como um “golpe das elites contra um governo legalmente eleito por mais de 54 milhões de eleitores”. Movimentos de juristas, intelectuais e políticos portugueses protestam contra a presença do ministro Gilmar Mendes em Lisboa para, supostamente, comandar um debate jurídico na capital portuguesa. O boicote ao evento inclui a afirmação de que se trata de uma “conspiração”. Na Suécia, juristas já disseram que, em seu país, é inadmissível juízes como os que existem no Brasil. Citam o juiz Sérgio Moro e o ministro do STF, Gilmar Mendes. Os protestos se repetem na França, na Espanha, Bolívia, Equador, Venezuela e Uruguai.

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A presidenta Dilma Rousseff enfrenta um processo de impeachment na Câmara dos Deputados que parece ser sui generis. A sociedade está dividida entre os que apoiam o golpe e os que resistem a ele. Na opinião de centenas de juristas, apesar de fazer parte do ordenamento jurídico e constitucional, o impeachment, para ser legítimo, precisa ser precedido de um crime de responsabilidade qualificado, comprovado. Esse não é o caso de Dilma. O questionável julgamento das contas de Dilma pelo Tribunal de Contas da União, referente ao ano de 2014, sequer foi julgado pelo Senado, como manda a Constituição. Além disso, mesmo que a condenação fosse mantida, ela se refere ao mandato anterior. A Carta Magna é clara, ao afirmar que o pretendido crime de responsabilidade precisa se referir ao atual mandato. Crise do PT e Olívio Dutra Em entrevista ao jornalista Roberto D’Ávila, o político gaúcho Olívio Dutra deu uma aula de honradez política, criticando a atual direção do PT e cobrando mais participação social nas políticas de Estado. Dutra acha que “o Estado não tem que ser pequeno nem grande; tem que ser do tamanho das necessidades da população, que é para quem ele serve. O Estado não pode ser propriedade exclusiva dos ricos e dos políticos”.

Sugestões à Dilma A base social que apoia Dilma Rousseff não entende por que ela não toma decisões importantes dirigidas à classe média brasileira, nesse momento de crise econômica e política. Por exemplo, por que não redimensionar as alíquotas do Imposto de Renda para Pessoa Física? Por que não propor a taxação das grandes fortunas? Em vez disso, Dilma fala em mexer na Previdência. Haja paciência! Dilma deveria fazer uma ampla campanha de esclarecimento sobre o papel da proposta de nova CPMF, que não atingirá os pobres, mas sim, os ricos. Deveria também ampliar, com mais força, a reforma agrária e a agricultura familiar. Falta assessoria ou capacidade de ouvir conselhos?


Parlamentarismo, já? O Senado aprovou o requerimento (no 131/2016) para instalação de uma comissão especial temporária para debater a implantação do sistema parlamentarista. Se a proposta for aprovada na comissão, será submetida a referendo popular. A comissão especial será formada por 14 senadores e igual número de suplentes de todos os partidos representados no Senado, ampliando sua legitimidade. Os membros do colegiado serão indicados pelo presidente da Casa, senador Renan Calheiros. Taí uma boa discussão. Prisões em Brasília

Estão na Papuda o ex-senador Luiz Estevão, o ex-deputado Benedito Domingos e o ex-distrital Carlos Xavier. Isso porque a recente decisão do Supremo Tribunal Federal permite a prisão de condenados em segunda instância. É o fim dos infindáveis recursos protelatórios. Enquanto isso, o deputado Eduardo Cunha continua solto e atazanando o Conselho de Ética da Câmara e os ministros do Supremo.

Rollemberg viaja de férias Em meio às mais variadas crises, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) viaja de férias para Portugal. As diárias são pagas com recursos públicos. Enquanto isso, a máquina do GDF continua burocrática e devagar, quase parando.

Zika: em busca da vacina

O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Eduardo de Azeredo Costa, disse que a prioridade é combater o Aedes aegypti e descobrir a vacina contra o vírus zika. “Essa situação exige pressa e é necessário abrir mão das patentes em benefício da população. O Brasil já assinou tratados que dá livre acesso aos resultados das pesquisas”.

Brasil e EUA firmaram acordo para desenvolver vacina contra o zika, com previsão de investimento brasileiro no montante de US$ 1,9 milhão nos próximos cinco anos. A parceria será realizada entre a Universidade do Texas e o Instituto Evandro Chagas, do Pará. Sobre o papel da imprensa nessa atual epidemia, Azeredo disse que “a mídia pressiona muito e nem sempre na direção correta, mas é nosso papel entender isso e dar as respostas”.

Julgamento histórico na Guatemala A antropóloga Rita Segato, professora da UnB, foi peçachave em histórico julgamento na Guatemala que, pela primeira vez, considerou um crime de gênero como um crime de Estado. As quinze mulheres maias festejaram as condenações a 240 e 120 anos de prisão para aqueles que as submeteram à escravidão sexual e doméstica em um quartel do Exército, quando já se iniciava o processo de paz na Guatemala. A entrevista com Rita Segato está no blog www.jornaldoromario.com.br.

Negritude e modernismo brasileiro Livro da professora Maria de Lourdes Teodoro, que discute a negritude africano-antilhana e modernismo brasileiro, foi lançado no restaurante Carpe Diem, 104 Sul. Leitura recomendada nas boas livrarias do ramo.

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Visão de Brasília Fotos: Divulgação

Antonio TestA

Cientista político.

2016 começou com uma grande

onda de violência contra a sociedade brasiliense

Crimes banais contra a vida chocam a cidade. Cresce significativamente o crime contra o patrimônio. Prospera a economia informal e a indústria do desmonte e da receptação. Esforços são feitos pelas polícias civil e militar para manter a ordem, impedir o crescimento da violência e conter a sanha dos criminosos. Mas os resultados não são significativos. Há problemas estruturais que ainda não foram resolvidos na gestão pública. Políticas de segurança têm necessariamente que ser de Estado e não de governo. Não adianta muito querer começar tudo novamente. É necessário dar continuidade a ações de combate à criminalidade e intensificar o policiamento ostensivo. Para tanto, a segurança pública necessita se tornar uma prioridade do governo, mas prioridade de verdade, não apenas no nível do discurso. Já faz muitos anos que o crime contra a vida, o índice de homicídios, é alarmante no DF. Também já era previsto o crescimento do crime contra o patrimônio, tendência identificada por estudos da própria Secretaria de Segurança Pública, já nos primeiros anos do governo passado.

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O GDF, no governo passado, procurou implementar o programa de governo denominado Pacto pela Vida. Era um conjunto de ações articuladas entre os vários órgãos de segurança e demais áreas afins, com o objetivo de diminuir a violência social, o número de homicídios e o crime contra o patrimônio. Aquele programa não teve o necessário apoio e nem a continuidade merecida. Uma pena! A população local se ressente e hoje sofre os efeitos negativos da não priorização daquela política pública. O atual governo, que na área de segurança segue, pelo menos em tese, a mesma cartilha do modelo pernambucano que influenciou o Pacto pela Vida, ainda não conseguiu implementar ações articuladas que gerem pelo menos sensação de segurança no seio da população, e nem consegue avançar fortemente no combate ao crime contra o patrimônio. Evidentemente, o problema não é só policial: é, também, de aplicação da legislação que, muitas vezes, privilegia os criminosos, gerando uma grotesca sensação de impunidade, pois a ação policial nem sempre é mantida pela justiça, que devolve às ruas criminosos perigosos.

Há também o efeito perverso da aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente. A criminalidade juvenil é tratada como tabu por vários setores da sociedade. Criminosos juvenis são tratados como menores em conflito com a lei, como se fossem abandonados pela sorte, e são protegidos pelo ECA, estatuto que foi elaborado para cuidar de crianças e adolescentes em situação de risco, e não para proteger criminosos juvenis. A sensação de insegurança e a sensação de impunidade são duas consequências de um trágico ambiente social que os brasilienses são obrigados a vivenciar. Tudo isso ocorre, sobretudo, devido a contradições sistêmicas derivadas do funcionamento de instituições públicas. Decorrem também da aplicação de leis ultrapassadas e outras mal elaboradas, não obstante a eventual boa vontade do legislador. Do ponto de vista gerencial, é hora de o governo local comunicar aos criminosos que serão tratados com o devido rigor legal. E que sua prioridade é garantir a paz social e o direito do cidadão, antes que este se torne mais uma vítima. E todos sabemos, inclusive os criminosos, que vítimas e suas famílias não têm direitos. Criminosos, sim, têm.


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Capa

Por: Luciana Amaral | Fotos: Moreno, Divulgação, Haruo Mikami

Dando asas aos pés

Paulo Octavio já participou de maratonas, inclusive a de Nova York: “Mantenho o mesmo peso há 50 anos”

Cada vez mais pessoas descobrem na corrida um meio prazeroso de garantir qualidade de vida, condicionamento físico e até fazer novas amizades Há quem corra das dívidas, do sofrimento, da insatisfação. Outros correm para terminar suas tarefas a tempo de ver a sua novela favorita na televisão. Mas há quem “corra” sentado no escritório, suando para finalizar o relatório pedido pelo chefe. Ou age como o jornalista que “corre” para cumprir o deadline. Muita gente, porém, sabe conjugar o verbo “correr” em sua literalidade, na prática, nas ruas, abraçando o mundo com os pés. Para essas pessoas, correr é mais que um exercício físico: é um estilo de vida, uma terapia e até uma oportunidade de deixar a criatividade fluir. O empresário Paulo Octavio prefere fazer seus treinos sozinho, na esteira. Em vez de correr todos os dias, alterna a atividade com outros exercícios ao longo da semana, como tênis e musculação. Apesar disso, sua corrida nem sempre se limita ao ambiente indoor e, de vez em quando, ele marca presença em provas tradicionais no calendário

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dos corredores. “Corro desde que era jovem, mas quando lancei o projeto Brasília Olímpica, em 1990, em parceria com o jornal Correio Braziliense, promovi uma maratona, a qual tive oportunidade de participar”, conta o empresário. “Depois, fiz mais três maratonas, a última em Nova York, Estados Unidos, no ano 2000”. A partir daquela época, optou por trajetos menores e menos exaustivos, como a Corrida de Reis, que faz parte do calendário anual de eventos esportivos na capital federal. “Atualmente, acho melhor correr em provas mais curtas, pois estou numa idade um pouco avançada e não devo me exceder”, justifica. Para o empresário, a corrida dá disposição e, ao mesmo tempo, relaxa, diminuindo o estresse. “Praticar esportes é fundamental em qualquer faixa etária. Devido a este hábito, tenho o mesmo peso – 73 kg – há 50 anos”.


Foto: Marcelo Horn/Governo do Rio

Grupo da Acquatreino Running – Assessoria Esportiva: corridas alternadas com o deep water running

Corrida na água Realizar a atividade em grupo pode ser uma boa saída para quem deseja iniciar a corrida sem se deixar levar pelo desânimo. Ter orientação adequada, a fim de evitar lesões, também é fundamental. Pensando nisso, os professores de Educação Física Roberto Motta e Marco Antonio Mota criaram o Acquatreino Running – Assessoria Esportiva, especializada em deep water running (corrida em piscina funda) e corrida de rua, há 14 anos no mercado. Roberto, que começou a correr em 1991 e participou de três maratonas, percebeu que a atividade na água poderia melhorar sua performance como corredor. “O deep water running ajuda a manter o condicionamento físico em corredores lesionados”, explica. Em 2007, criou com Marco Antonio o grupo de corrida de rua, que se reúne às segundas e quartas no Parque da Cidade. A servidora pública e atleta Darilene Lopes teve problemas no joelho que não se resolveram mesmo após as sessões de fisioterapia. Para evitar a intervenção cirúrgica, seu ortopedista lhe indicou a corrida na água. “Na época diziam que eu nunca mais iria correr. Não só voltei a correr, como melhorei meu tempo”, comemora. Hoje, ela alterna o deep water running com o treinamento no asfalto, feito com o grupo de corrida da Acquatreino. Os resultados são visíveis: no ano passado, no dia 15 de novembro, Darilene foi a primeira colocada no Cross Urbano Caixa, um circuito de seis quilômetros utilizando arquibancadas, rampas, túnel de acesso e

gramado do Estádio Nacional Mané Garrincha. Uma de suas próximas metas é a maratona de Brasília. O porteiro Henrique Machado de Carvalho, outro participante do grupo de corrida, percorre cerca de 40 quilômetros por semana. Conheceu o trabalho desenvolvido por Roberto Motta em 2012, enquanto se recuperava de um acidente de moto, mas já era corredor nessa época. Após seis meses, voltou à ativa, fazendo, no mesmo ano, a Volta da Pampulha e a São Silvestre. Na mais famosa corrida de rua de São Paulo, cravou 1 hora, quatro minutos e 58 segundos, ficando na 469a posição entre milhares de corredores. Já na última São Silvestre, conseguiu a 217a colocação. Participou, até o momento, de cinco maratonas, tendo ficado em primeiro lugar na prova realizada em Goiânia, na categoria de 40 a 44 anos. “Meu sonho é correr em Buenos Aires e ficar entre os três melhores brasileiros. Se Deus quiser, esse ano dá certo”, diz, otimista. O servidor público federal Rogério Pádua corre desde 1984, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida. Participou de maratonas em 1991, 1992 e 1996. “Sou graduado em Educação Física e nunca virei um atleta profissional, mas um amador buscando aperfeiçoamento”, afirma. Em 2010, sofreu de tendinite patelar em ambos os joelhos e, por orientação médica, parou a corrida temporariamente para praticar o deep water running. “Tive ganho na parte física e muscular; atualmente, corro tanto na água quanto no asfalto. Vou completar 50 anos me

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sentindo muito bem”. Já o bancário Gilmar Araújo, que tem histórico na família de obesidade, diabetes e doenças cardíacas, faz da corrida um meio de preservar sua saúde. “Antigamente corria sozinho no Parque da Cidade, mas, após um tempo, comecei a sentir dores no joelho. Então, vi o grupo do Roberto e me interessei pelo trabalho. A corrida, associada às atividades na piscina, dá ótimos resultados”, avalia. Para ele, todo corredor deve estar atento não só ao ritmo e às passadas, mas também ao repouso. “Descansar também faz parte do treinamento. O corpo deve se recuperar do exercício”, pontua.

Unindo o lazer ao esporte O publicitário Amilton Coelho, sócio-diretor de criação da agência Bees, lança mão da esteira apenas em dias muito chuvosos. “Na academia a vantagem é poder imprimir um ritmo mais regular, constante. Por outro lado, na rua o desafio é maior, devido às subidas e intempéries. Eu prefiro a corrida externa”, afirma. Antes de ter se rendido à atividade, há cerca de 15 anos, Amilton não praticava nenhum exercício físico. Então, resolveu começar apenas para movimentar o corpo, chegando, no máximo, a 4 quilômetros. Incentivado por uma amiga, partiu com um grupo do Iate Clube até a Ponte JK. A “brincadeira” rendeu 16 quilômetros. O bom desempenho deu ânimo ao publicitário para ir ainda mais longe. Participou, então, de várias provas na faixa dos 10 km e meias maratonas em Brasília, Rio de Janeiro e Buenos Aires. “Este ano meu objetivo é fazer uma maratona fora do país, provavelmente em Amsterdã, na Holanda”, revela. “Gosto de correr em lugares bonitos, pois fico mais motivado pela paisagem do que pelo desafio em si. Minha ideia é juntar lazer com esporte”. Para Amilton, a corrida funciona também como uma terapia. “Não há problema algum que não consiga resolver em 10 quilômetros”, conclui. Momento de superação Adão Passos, funcionário de carreira do Banco de Brasília (BRB), fez da corrida um atalho para superar o momento mais delicado de sua vida: a morte precoce de seu filho, vitimado por um câncer. “Encontrei na atividade força para seguir em frente”, lembra. Em 2010, ao ver um anúncio na internet do Circuito do Sol, realizado em 31 de janeiro daquele ano na Esplanada dos Ministérios, resolveu se inscrever. Gastou um pouco mais de 40 minutos para percorrer cinco quilômetros. “Ali, percebi que conseguia ficar sozinho comigo mesmo. Era melhor que qualquer terapia”, relata. Desde então, não parou mais: entrou para um grupo de corrida do BRB, que conta com assessoria esportiva, e fazia, no mínimo, três treinamentos por semana. Após seis meses de prática, já conseguia correr 10 quilômetros. No dia 22 de outubro de 2010, correu sua primeira maratona. “Participar de um grupo é fundamental, porque um apoia o outro”, acredita. “E ainda dá para fazer muitas amizades”.

Amilton Coelho: “Não há problema algum que eu não consiga resolver em 10 quilômetros”

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Atualmente, Adão percorre cerca de 40 quilômetros a cada semana. Como um Forrest Gump – personagem vivido por Tom Hanks nos cinemas – corre, às vezes, longos trajetos sem um destino definido, faça chuva ou faça sol. “Na corrida, seu maior adversário é você mesmo”, ensina. “O corredor de rua não pode escolher tempo. Tem que ter determinação e disciplina; caso contrário, irá desistir”. Em seu “currículo” de esportista, ele contabiliza mais de 50 meias maratonas em lugares como Buenos Aires, Rio de Janeiro e, é claro, Brasília. Mesmo durante suas viagens a lazer pelo país ou para o exterior, o treino não para, realizando trajetos de 20 quilômetros no mínimo. Apesar de esbanjar saúde e fazer check-ups cardiológicos periódicos, Adão sofreu um infarto no ano passado. Excesso de exercícios? Muito pelo contrário. “Foi a corrida que me salvou”, garante. “Tanto que não tive nenhuma sequela”. O próprio


médico liberou-o para participar, pela segunda vez, da Corrida de São Silvestre, no final de 2015. “Por incrível que pareça, meu desempenho foi melhor agora que na ocasião anterior”, comemora. Para quem deseja participar de uma prova nesse estilo, ele dá a dica: “Esqueça os outros. O mais importante é vencer você mesmo”. Com um ritmo mais leve, a esposa de Adão, Isabel Cristina Cavalcanti – também funcionária de carreira do BRB –, aproveita os finais de tarde de terça e quinta para correr com o marido. Começou com 3,5 km e, hoje, já faz 7,5 km, tendo, inclusive, participado de corridas de rua na capital federal. “Antigamente, quando era gerente da área de saúde ocupacional, fazia parte do grupo de corrida do banco, mas, devido a um problema na coluna, tive de parar”, conta. “Retornei no ano passado, com o incentivo do Adão. Se eu fosse correr sozinha, acho que não teria muito ânimo. A meta agora é chegar aos 10 quilômetros”, diz Isabel, que também faz musculação na academia quatro vezes por semana.

Isabel Cristina e Adão Passos correm juntos às terças e quintas, sempre no fim da tarde

Acompanhamento médico

Brasília dispõe de vários grupos e assessorias técnicas para quem deseja correr de forma saudável e com menores riscos de lesões. Mas, antes de iniciar, é fundamental consultar um médico. Segundo o cardiologista Fausto Stauffer, do Hospital Santa Lúcia, a avaliação clínica é necessária para que se conheça os fatores de risco do paciente. “Naqueles com mais de 40 anos, essa avaliação deve ser realizada junto a um cardiologista, inclusive com realização de eletrocardiograma”, frisa. “Não podemos esquecer da avaliação ortopédica naqueles que possuem sintomas, como dor no joelho e coluna. Essa será realizada mais como forma de prevenir novas lesões e evitar o agravamento de lesões já existentes”. Stauffer explica que a corrida, quando realizada de forma adequada – 150 minutos por semana em intensidade moderada –, é capaz de melhorar o condicionamento cardiovascular. “Além disso, o exercício físico aeróbico ajuda no controle dos fatores de risco, reduzindo a pressão arterial, glicose, colesterol e peso. Também auxilia na prevenção de eventos cardiovasculares, como infarto e AVC, e reduz a chance de ter um novo evento, caso o paciente já seja cardiopata”, detalha.

Fausto Stauffer: “O exercício físico aeróbico ajuda no controle dos fatores de risco” PLANO BRASÍLIA

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Gestão e Négocios

A crise está aí.

Rubem Soares de Oliveira Lima Sócio e consultor da Horizonte Soluções www.GCHS.com.br

Como posso enfrentá-la?

De que forma as empresas devem encarar os momentos de crise de todo o mercado de atuação? O mundo muda constantemente e influencia os países, seus governos e suas empresas. Crises nem sempre devem ser vistas de modo ruim, pois situações assim influenciam as empresas e as faz mudar. Esses momentos também criam um ritmo novo de surgimento de novos negócios, o que oxigena a economia e propicia o desenvolvimento de novos mercados. Enfim, não se deve esperar que a crise vai passar e que tudo voltará ao que era. Empresas devem buscar inovação no que fazem, procurando novos mercados e produtos, revendo e barateando seu processo de armazenagem e logística, desenvolvendo métodos mais eficientes e rápidos de prestar serviços ou de desenvolver soluções. A inércia empresarial faz com que as pessoas se enfraqueçam, que deixem de ter atitude proativa; assim, a descrença e, consequentemente, a falta de atitude, atingem boa parte dos colaboradores e trazem impactos ainda maiores ao momento empresarial. A regra nesse momento é não ficar parado; os colaboradores precisam sentir que o líder está focado e que todos saibam onde a empresa pretende chegar. Isso permite que a empresa passe por mudanças e se ajuste a novas situações, possibilitando que o empresário ou o executivo possa enxergar oportunidades e que os colaboradores os auxiliem a alcançá-las. Uma vez que toda empresa está alinhada,

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os executivos devem ouvir seus colaboradores, pois, na experiência, aprendi que várias das melhoras que já implementei vieram de sugestões das mais diversas áreas e níveis hierárquicos da empresa. Um erro muito comum é achar que subsídios ou regimes especiais podem ser a única salvação. Não para deixarem de lado isso, mas muitas vezes a solução pode estar dentro da empresa. Focar somente uma estratégia pode ser um tiro no pé. Um bom velejador, quando analisa que o vento está mudando, posiciona o barco de modo que o mesmo se desloque o máximo possível, até que a rajada de vento possa ser melhor absorvida e desloque o barco o mais rápido possível. Não se pode também ser rígido em relação à estratégia tomada, pois o vento pode mudar novamente, então análise constante e adaptação são fundamentais. O momento da crise revela quem já estava de olho no futuro e quem navega olhando para sua própria bússola, ou pior, para o passado, preocupado com o sucesso ou fracasso seu e de sua concorrência atual. A utilização de uma comunicação mais fluida, que se resume em deixar os colaboradores cientes da situação da empresa e do mercado, pode servir de motivação e de meio para a transformação. A empresa nada mais é que um grupo de pessoas que cooperam juntas para atingir objetivos comuns. Assim, a informação e a comunicação são grandes armas para se enfrentar a crise.


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Fatos, Fotos e Frases Fotos: Divulgação

“O problema do sexo casual é que os homens se apaixonam.” Sabrina Sato

“Delcídio foi preso com um advogado, um banqueiro e um chefe de gabinete. Nunca foi tão bem equipado pra cadeia.” Fernando Gabeira “Estupidez foi fazer lei que obriga o país a gastar 10% do PIB em educação; na Ásia os gastos são de 4%.”

Maílson da Nóbrega

“Os ‘brasileiros de bem’ precisam ter a mesma ousadia dos ‘canalhas’ para ajudar a acabar com a crise política, econômica e financeira pela qual passa o Brasil.” Ministra Carmen Lúcia “A propaganda política do PT tratou o eleitor como imbecil.” William Waack

“Nem estranharam o vocabulário de cabaré vagabundo usado por Lula.” Augusto Nunes

“O PT não aprende. Mente para justificar mentiras.” Ricardo Noblat

“Se formos dividir o Brasil em cotas, em guetos, não seremos uma nação, mas o retalho de um país.” Rachel Sheherazade

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Gente

Por: Edson Crisóstomo | Fotos: Divulgação, Moreno

Telmo Ximenes

E-mail:crisostomo@planobrasilia.com.br

Helenice e a aniversariante Maria Barbosa

Maria Barbosa com os seus queridos amigos

Maria Barbosa ladeada por Maurinho, Laura, Daniela e Robson

Josée Cabral e Mariacom Barbosa filhos Daniela, José Cabral Maria Barbosa os filhose Daniela, Elisangela, Abilio Elisangela, Abilio e Tarcísio

Política Fé e per$ua$ão Com a fé de um franciscano e a determinação de negociar de um xeque árabe, o Ministro da Casa caiu (digo, da Casa Civil), Luiz Inácio Lula da Silva, no passado afirmou que na Câmara dos Deputados havia 300 picaretas. Hoje, busca apoio da classe para dar continuidade à governabilidade petista.

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E o brasileiro que se dane... Trezentos pixulecos pela diária e um pão com mortadela por um voto nas manifestações de rua. Já na Câmara, qualquer coisa na casa de R$ 2 milhões, o diálogo é fácil; só não é transparente para a sociedade. Na fila A crise e tão grande, que já existe fila para impeachment...


Mari Carmen Saenz e David Lechtig

Telmo Ximenes

Aniversariante Fernanda Sotero, a irmã Manuela e seus pais Dra. Márcia Nobrega e Dr. Alexandre Sotero

o e Tarcício Rogerio Santos, Betta Doelinger, Barbara Soares e Alessandra Távora

Caixa Rápido Legado Da nefasta política de gastos acima de uma folga na arrecadação, culminando com os números da caixa preta, do Bolsa Família e da Previdência Social, ficará o assombroso número de 3,5 milhões de desempregados, que perderam a condição de carteira assinada entre 2015 e 2016 . Alguém tem dúvida que herança será esta?

Roriz David e Samanta Sallum Rogéria Xerxenevsky, Leonardo Gama,Liliane Hélio Vieira, Wagnon e Luciana Isaac

Geleia Geral Agenda cultural A jornalista e cantora Luciana Amaral apresenta na cidade o show Tributo, pelo projeto Caldeirão do Fulô. Acompanhada pelos músicos Charles Roberto e Bruno Assumpção, a intérprete faz releitura de sucessos nacionais e internacionais. O show acontece no dia 16 de abril, sábado, a partir das 19h30, no Fulô do Sertão (CLN 404, Bloco B). Couvert a R$ 10.

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Cidades

Por: João Paulo Mariano | Fotos: Moreno, Divulgação

O varejo em crise Pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio em parceria com o Sebrae mostra que, no Distrito Federal, houve queda nas vendas dos setores de comércio e serviço, em janeiro. O consumidor, por sua vez, está muito mais cauteloso na hora da compra Promoção: essa é a palavra chave do início deste ano para os lojistas da capital. Segundo a Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal, realizada pelo Instituto Fecomércio em parceria com o Sebrae, as vendas no comércio caíram 13,45%, em janeiro, em comparação a dezembro do ano passado. A pesquisa ainda revela uma queda de 5,2% nas vendas do setor de serviços. Por esta razão, só com muita criatividade e preços atraentes é que vai ser possível incentivar o consumo, renovar os estoques e “respirar” durante a crise que assola a economia brasileira. Juscelino Lima, gerente de uma loja de bijuterias, é enfático: “Há mais de um ano que as vendas começaram a cair. A renda da loja diminuiu. Mesmo assim, precisamos pagar o aluguel”. O empreendimento fica no Setor Comercial Sul, onde centenas de pessoas passam diariamente. Porém, nem a boa localização foi suficiente para evitar a demissão de duas pessoas nos últimos meses. Nesse ritmo, a previsão é que mais duas tenham de ser dispensadas em breve. A queda nas vendas do segmento de armarinho, suvenires e bijuterias foi de 15,49%. No ranking do prejuízo, há outros setores em situação ainda pior: calçados (-32,21%), vestuário e acessórios (-27,21%). A pesquisa corrobora uma tendência preocupante já apontada em outro estudo, feito em nível nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Houve um recuo de 10,3% no comércio varejista durante o mês de

Letícia Gomide cortou gastos em áreas como o salão de beleza e sempre fica de olho nas promoções 36

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janeiro, em relação ao mesmo período do ano passado, o pior índice desde 2001. Fase delicada Os maus resultados não foram surpresa para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), Adelmir Santana. “O Brasil está numa fase difícil. São juros, preços altos, inflação na casa dos dois dígitos. Tudo isso dificulta muito para o comerciante”, constata. Além disso, lembra ele, muitos estão endividados e o desemprego atinge 257 mil pessoas. Para completar, janeiro é sempre um mês delicado, pois o brasileiro começa a pagar os impostos anuais e ainda precisa se preocupar com matrícula estudantil e material escolar. Por isso, livrarias e papelarias saem ganhando nessa época e registraram um aumento de 61,67% nas vendas. No setor de serviços, somente os segmentos de atividades de condicionamento físico (3,02%), manutenção e serviços para TI (2,16%), e capacitação e treinamento (1,14%) tiveram um desempenho positivo. O presidente da Fecomércio avisa que 2016 deve ser tão ruim para os negócios quanto 2015. “Teremos uma melhora somente em 2017”, prevê. Economizar sempre Se está difícil para quem vende, para quem compra a palavra-chave é “economizar”. A servidora pública Letícia Gomide, ao frequentar a loja de acessórios e bijuterias do empresário Iraldo Aguiar, optou por adquirir as peças no atacado. Conseguiu um bom abatimento no preço. Ela admite que, devido à crise, não consome mais da mesma forma. Por isso, fica de olho nas promoções. “Tudo está muito caro”, observa. Se Letícia não compra, Iraldo perde. “De um ano para cá, o lucro da loja caiu em 50%. Dezembro foi um pouco melhor, mas não adiantou muito”, afirma o dono da loja. Segundo a pesquisa do Instituto Fecomércio em parceria com o Sebrae, o segmento de vestuário e acessórios teve uma queda nas vendas de 27,21%.


Para a servidora pública, os itens de supermercado são os que mais encareceram, mas como são essenciais, ela teve de cortar gastos em outras áreas, como o salão de beleza. Em janeiro, o segmento de cabeleireiros caiu 27,73%. Burocracia ÁlvaroSilveiraJúnior,presidentedaCâmaradeLojistasdoDF(CDL-DF), considera o atual momento bastante preocupante para a economia do Distrito Federal, trazendo consequências como o fechamento de empresas e mais demissões que contratações. “A cidade perde de todos os lados”, observa. “Se esse ano for tão ruim quanto 2015, estaremos no ‘lucro’, já que a previsão é de que a crise seja ainda maior”. Outro problema, segundo ele, é o excesso de burocracia. Apesar de haver a tentativa do governo atual de acelerar o processo de abertura e formalização de empresas, os trâmites ainda ocorrem de forma muito lenta. “O tempo conta muito, para quem vai abrir uma loja”, considera. “A pessoa tem que pagar aluguel e funcionários, mesmo quando não está formalizada”. Álvaro Júnior aposta numa pequena recuperação a partir de julho. “Este ano, vamos reerguer o Liquida DF 2016, no segundo semestre, para tentar levantar as vendas no varejo”, revela.

Setor produtivo indica soluções para a crise O governador Rodrigo Rollemberg e seis secretários do GDF debateram com líderes empresariais soluções para tirar o Distrito Federal da crise. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista), Edson de Castro, disse que a não concessão de alvarás e habite-se determina a fuga de empresas para vários estados. A cadeia produtiva parou e há mais de 2.250 lojas e 980 salas comerciais fechadas no DF. O presidente da Associação dos Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), Paulo Muniz, sugeriu a criação de um Pacto de Governabilidade visando a volta do desenvolvimento econômico e a realização de um seminário entre governo, setor produtivo e o Ministério Público, para o debate de medidas que tirem o DF da crise em que se encontra. O governador Rodrigo Rollemberg qualificou o encontro como positivo. “Quando assumi, a situação era bem pior. O buraco de R$ 6 bilhões caiu pela metade. Nosso maior desafio é recuperar a economia do DF e tudo faremos nesta direção”.

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Finanças

Por: Manuela Rolim | Fotos: Divulgação

Saia da inadimplência Empresas de cobrança estão entre as que mais faturam em plena crise econômica Parece improvável, mas há quem consiga lidar bem com o cenário de crise. É o caso das empresas de cobranças, inclusive as judiciais. No momento em que a grande maioria dos brasileiros está inadimplente, ter um negócio especializado em questionar as dívidas pode ser muito vantajoso. Na opinião de Samuel Gomes de Sousa, proprietário da Êxito Cobrança e Assessoria, o perfil dos endividados mudou. “Estamos falando de um cenário atípico e, portanto, de endividados fora do comum também. Hoje, o problema das pessoas é, de fato, a falta de dinheiro na conta. Não estamos lidando com quem não quer pagar, mas com quem não tem verba para isso, o que muda até nossa forma de trabalhar”, ressalta. Abordar um cliente, neste caso, é ainda mais delicado, completa Samuel. Segundo ele, os funcionários precisam passar por cursos e treinamentos diários. “Temos que estar antenados, principalmente, com a lei. Qualquer pessoa que se sentir moralmente assediada durante a cobrança, pode nos processar. A questão é que está difícil para todo mundo e a nossa intenção é ajudar todos os lados”, acrescenta. O empresário oferece o serviço aos bancos, faculdades, empresas de cartões de crédito e até ao comércio varejista. “Essas instituições nos contratam, ou seja, elas terceirizam o trabalho de cobrança dos seus clientes inadimplentes”, diz. Atualmente, a Êxito atende oito empresas de grande porte da capital. Na lista dos débitos mais frequentes, estão os boletos, títulos, cheques, mensalidades, notas promissórias e cartões de crédito. Samuel também faz cobranças judiciais. “Atuamos em qualquer tipo de inadimplência”, frisa.

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O empresário destaca ainda a importância da tecnologia no mundo das cobranças. A internet e, agora, até os aplicativos ajudam no processo. Os devedores recebem e-mails corporativos, SMS, ligações e, inclusive, mensagens no WhatsApp. “Os endividados são cobrados diariamente, mas de formas e meios diferentes. Quando o cobramos via mensagem de celular, por exemplo, ele se sente mais resguardado e fica mais à vontade”, assegura. Samuel conta que, antes de criar a própria marca, ganhou experiência em outra empresa de cobrança. “Foi quando eu me descobri. Fui escolhido como o melhor cobrador da empresa e, em seguida, do DF. Por fim, do Brasil. Depois, resolvi abrir meu próprio negócio, em 2003”, completa. Entre os clientes da Êxito, está o Colégio Marista João Paulo II. Para o auxiliar administrativo da tesouraria do colégio, Leandro Venâncio de Souza, ao contratar esse tipo de serviço, o retorno é bastante positivo. “Hoje, mesmo em tempos de crise, a nossa inadimplência está controlada. O cenário ruim não nos impactou. Acreditamos que ter profissionais capacitados para tratar do assunto com os pais dos DÉBORA CRISTINA LAROCCA RIGAILO alunos ou os próprios universitários SAMUEL SOUSA é fundamental”, conclui. ÊXITO COBRANÇAS E ASSESSORIA


DICAS PARA SE LIVRAR DAS DÍVIDAS 1 – Faça um mapeamento da situação. Um diagnóstico

preciso das dívidas é sempre o primeiro passo para sair do vermelho.

2 – Assuma a sua dívida e não tenha vergonha dela. Pedir

ajuda aos familiares ou a um credor pode ser vantajoso, mas é preciso ter cuidado. Lembre-se que o débito é apenas seu.

3 – Pare de fazer novos gastos. O pagamento da dívida

deve ser prioridade. Qualquer dinheiro extra deve ser guardado e utilizado para quitar o débito.

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– Abra mão das economias para abater a dívida e diminuir o valor das parcelas.

5

– A ordem é economizar. Reduzir despesas desnecessárias é fundamental para forçar o devedor a manter o foco.

6 – Peça um empréstimo, se esta for a única saída. No entanto, pesquise antes e procure uma linha de financiamento com juros mais baixos. 7 – Negocie com os credores. Procure um acordo que se adeque ao seu orçamento e às suas possibilidades.

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Meio Ambiente

Por: Chico Sant’Anna | Fotos: Divulgação, Pedro Ventura

Park Way: um novo santuário para animais silvestres

Iniciativas de instituições públicas e privadas estão reinserindo animais nas matas do Park Way. Mas problemas como a grilagem de terras e a falta de fiscalização são um empecilho a medidas sustentáveis Eles estão voltando. Na verdade, são parentes daqueles que foram obrigados a deixar as matas do Park Way quando o bairro começou a ter uma ocupação mais acentuada. Ou que simplesmente foram capturados e engaiolados. Mesmo assim, graças à preservação de algumas importantes manchas de vegetação natural, principalmente nas áreas da APA Gama-Cabeça do Veado, tem sido possível repopular o bairro com animais silvestres apreendidos pelas autoridades ambientais. Em 2015, foram reintroduzidas cerca de 1.500 aves de diferentes portes e espécimes, além de 30 mamíferos. Se olhasse para a relação de aves reintroduzidas ao meio ambiente, certamente Chico Buarque e Francis Hime poderiam compor uma nova versão de Passaredo. Só de pintassilgos foram mais de uma centena. De coleiros e curiós, outras quatrocentas aves. Os canários-da-terra também estão voltando, colorindo as matas. Por questão de segurança, para evitar a ação do homem que vem aí, como diz Chico Buarque na canção, não iremos precisar o local das solturas. Aves de grande porte também foram contempladas. Carcarás, falcões cariri e até urubus estão de casa nova. Há aves de hábitos noturnos, como as corujas e curiangos, mas também temos as que preferem a luz do sol, como o ticotico, azulão, sabiá e pássaro-preto. O cerrado do Park Way ganhou ainda novos exemplares de seriema, galinha d’água e curicaca. Algumas dessas aves já se ambientaram e sentemse em casa nos jardins de muitos moradores que vivem

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próximos às áreas de soltura. Esses afortunados passaram a presenciar novos amigos ciscando pelos jardins de suas casas. As curicacas, sempre em casais, são um exemplo. Mamíferos Veados, tamanduás, capivaras, tatus e bichospreguiça são alguns dos espécimes de mamíferos que voltaram ao meio ambiente do Park Way. Há roedores também. A capacidade deles em permanecer na região e de se multiplicar depende muito do poder público e também dos moradores na preservação do ecossistema. A administração regional do Park Way coordenou, na última virada de ano, um importante programa de reflorestamento do bairro. Foram quase 15 mil mudas de árvores plantadas, buscando reconstituir o meio ambiente. Mudas obtidas junto à Novacap, Universidade de Brasília e Terracap. Todos esses órgãos deviam realizar ações de compensação ambiental em função dos desmatamentos que provocaram decorrentes da realização de outros empreendimentos, a maioria deles imobiliários. Sorte do Park Way, que ganhará mais sombras. Mas de nada adiantará ações desse perfil, se o poder público não for mais efetivo no combate à grilagem, ao descarte de entulho – e mesmo de lixo doméstico –, e às queimadas criminosas, que eliminam em poucas horas o que a natureza levou anos para construir.


Falta fiscalização Os mananciais d’água também precisam ser preservados. Não são poucos os casos de cursos d’água e nascentes desviadas ou aterradas – até mesmo por obras públicas, como foi o caso da adaptação da EPIA para o BRT do Gama. Historicamente, o GDF também não tem respeitado a natureza existente no Park Way. Além do exemplo do BRT, outro caso gritante é o novo estacionamento para taxistas do aeroporto. A área para onde eles foram transferidos, após o despejo executado pela InfraAmérica, é de proteção ambiental.

O bicho-preguiça é um dos espécimes de mamíferos que voltaram ao meio ambiente do Park Way

Aeroporto Por isso, há entre os moradores do Park Way um grande temor quanto aos planos de expansão da InfraAmérica.

Todos temem que a Cidade Aeroportuária, com uma população projetada de 30 mil a 40 mil pessoas e cujo projeto inclui um shopping e até um parque aquático, não só invada novas matas virgens, localizadas nos fundos das concessionárias de automóveis e também nos fundos da quadra 14 do bairro, mas que, com o volume de trafego de aviões, carros e pessoas, espante os animais que hoje, com muito custo, estão sendo reinseridos no bairro. No novo local não há sequer saneamento, coleta de esgoto ou de lixo. Dejetos são jogados nas bordas de um quadradão pavimentado, cuja vegetação ao redor serve de sanitário. A justiça já determinou a reconstituição do lugar, mas ninguém fez nada até o momento e a degradação aumenta cada vez mais.

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Educação

Por: Thiago de Mello | Fotos: Divulgação

Robótica para crianças A SuperGeeks oferece, na capital federal, cursos para inclusão digital de crianças a partir de 7 anos de idade. Nas aulas, elas aprendem desde programação, até robótica e desenvolvimento de games e aplicativos Brasília, agora, tem uma escola de programação e robótica para crianças e adolescentes. É a SuperGeeks. Fundada em 2014, em São Paulo, a instituição possui uma proposta totalmente inovadora, inclusive para os padrões mundiais: ensinar crianças, a partir dos sete anos, a programar computadores. Os estudantes aprendem a programar desenvolvendo games profissionais, aplicativos para dispositivos móveis, sistemas web, robótica e inteligência artificial. A SuperGeeks conta com aulas grátis para que as crianças possam conhecer um pouco sobre o mundo da ciência da computação, antes de optarem pela matrícula. O curso regular da escola tem duração de, em média, quatro anos, sendo

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uma fase por semestre escolar. Além disso, o colégio oferece, ainda, um curso rápido, chamado QuickCode, e cursos extras, onde os alunos podem se especializar em determinadas ferramentas que tenham tido mais afinidade durante o regular. O ensino de programação para crianças e adolescentes está em alta, principalmente em países desenvolvidos. A Inglaterra, por exemplo, já inseriu a matéria no currículo escolar. Nos Estados Unidos, por sua vez, políticos estão avaliando como implementar o sistema. A metodologia da SuperGeeks faz com que as crianças e adolescentes aprimorem o inglês e disciplinas como física, matemática e português, além de aprenderem a desenvolver games profissionais.

Serviço

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Horário de atendimento: Segunda a sábado, das 9h30 às 17h30 Tel.: (61) 4063-8008


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Educação

Por: Luciana Amaral | Fotos: Moreno

Supere todos

Foto: Moreno

os seus limites

Rita Faria e Rodrigo Oliveira: Ginástica cerebral para todas as idades

Método criado por um brasileiro, o Supera tem como objetivo desenvolver as habilidades cognitivas por meio da chamada ginástica cerebral. Pessoas de todas as idades podem ser beneficiadas Assim como o corpo, o cérebro também precisa de exercícios. Para sair de sua zona de conforto, a pessoa pode propor a si tarefas aparentemente simples, mas que se tornam, de início, complexas, pela falta de hábito. Quer um exemplo? Experimente andar para trás, escovar os dentes de olhos fechados, ou pegar um caminho diferente para o trabalho. Não é tão fácil quanto parece. Sair do “piloto automático”, aliás, exige um esforço, tal qual levantar “ferro” na academia. Para malhar a “massa cinzenta”, a neuróbica, ou aeróbica dos neurônios realmente é bastante efetiva. Mas é possível ir muito além disso e aproveitar uma fonte inesgotável de possibilidades. Pelo menos é o que promete o Método Supera, criado em 2005 pelo engenheiro aeronáutico Antonio Carlos Perpétuo, em São José dos Campos (SP). O projeto é resultado de uma experiência pessoal de Perpétuo, cujo filho sofria com a falta de concentração e rendimento ruim na escola. Ao viajar ao exterior, o engenheiro descobriu o ábaco, a calculadora milenar chinesa, que trouxe resultados extraordinários no desenvolvimento do raciocínio lógico da criança. Depois, juntamente com especialistas, como psicólogos, pedagogos e neurocientistas, reuniu, além do ábaco, outros jogos e ferramentas. Assim, criou o Método Supera, que visa incrementar as habilidades cognitivas por meio da ginástica cerebral. “Toda a nossa metodologia é baseada em

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fatos e dados. Não existe ‘achismo’”, frisa Rodrigo Oliveira, gestor de inauguração das franquias do Método Supera. Recentemente,eleesteveemBrasíliaparadarsuporteàcriação de mais uma franquia, localizada na SEPS 707/907 e dirigida pelos franqueados Rita Cristina Corrêa de Faria e Marcelo Marcondes Cerdeira. “O Supera é uma marca sólida. Já chegamos a mais de 200 unidades em todo o Brasil”, relata Rodrigo. “Temos, inclusive, unidades em Portugal e, em breve, vamos abrir na Austrália”. Aulas semanais No período de 7 a 12 de março, foi realizada, na unidade brasiliense, uma série de palestras abertas ao público, para explicar o método e inaugurar o empreendimento. Qualquer pessoa, a partir dos 5 anos de idade, pode se matricular. As turmas são divididas em quatro faixas etárias, para crianças, adolescentes, adultos e idosos, cada uma com um mínimo de 4 e um máximo de 12 pessoas. Na capital federal, optou-se por turmas de 4 a 8 pessoas, a princípio. Antes, porém, cada aluno passa por uma entrevista e recebe um kit, contendo atividades direcionadas às suas necessidades cognitivas e com material suficiente para 18 meses de curso. São oito apostilas de conteúdo exclusivo, um ábaco, um tangram e um manual do aluno, além de senha e login de acesso ao Supera Online, para atividades complementares.


As aulas são semanais e ministradas por educadores devidamente capacitados no método. Segundo Rita Corrêa, as duas horas de aula costumam ser bastante intensas, com o uso de jogos, vídeos motivacionais e dinâmicas de grupo. Contudo, o limite e o ritmo de cada um é respeitado. Não há obrigação, por exemplo, de todos terminarem uma apostila ao mesmo tempo. O processo é individual. “A critério do educador, pode ser proposto ao aluno fazer em casa 15 minutos de exercícios diários com o ábaco e a apostila”, explica Rita, que é gestora pedagógica da franquia, além de ser psicóloga, psicopedagoga e neuropsicóloga. Jogos desafiadores De acordo com ela, os jogos utilizados nas aulas são conhecidos e estão disponíveis no mercado. A diferença está na forma como são direcionados durante as aulas do Supera. “Eles ajudam no desenvolvimento da criatividade

e capacidade cognitiva”, destaca a gestora. Esse tipo de ferramenta, que alia o lado lúdico ao desafio, também está no Supera Online, uma plataforma desenvolvida em parceria com a Scientific Brain Training, da França. Os jogos, acessíveis apenas a alunos por meio de login e senha, são sempre trabalhados dentro dos pilares da ginástica cerebral: novidade, variedade e desafio constante. Grandes benefícios Treinar o cérebro traz, naturalmente, benefícios a qualquer pessoa e pode ser um diferencial até para quem deseja crescer profissionalmente. “As atividades propostas no Supera ajudam a desenvolver o pensamento lateral, que é a capacidade de pensar ‘fora da caixa’, de achar soluções novas e criativas”, afirma Rita. “Hoje o mercado procura por pessoas proativas, com novas ideias, que não esperam acontecer, mas fazem acontecer”, acrescenta Rodrigo. A prevenção de doenças degenerativas cerebrais, como o Alzheimer, é outro grande benefício trazido pelo método. “A partir de 18 meses de curso, é possível postergar, amenizar e até retroagir sintomas relacionados a patologias que venham a agir contra o seu cérebro”, finaliza o gestor.

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Personagem (in memorian) Por: Bianca Moura | Fotos: Moreno, Arquivo Pessoal

Um cantinho

de Minas em Brasília

O segredo do sucesso da Toca da Mata tem nome: Dona Netinha Alguns estabelecimentos comerciais trazem a marca da tradição. Exemplo disso é a Toca da Mata, inaugurada há 30 anos com a finalidade de estender para fora do lar uma das paixões da matriarca da família – a cozinha. Dona Netinha, como ficou conhecida Ana da Aparecida Caetano, abriu o estabelecimento em 1986, ao lado de cinco filhas mulheres, para comercializar produtos fabricados na fazenda da família, em Luziânia. No endereço da 408 Sul, elas começaram a vender desde os tradicionais queijos mineiros, a salgados e petas frescas, doces em compotas e linguiças artesanais. O ponto ganhou decoração rústica e prateleiras de madeira repletas de quitutes produzidos pela mineira.

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À medida que a clientela aumentava, as filhas perceberam que não conseguiriam conciliar o novo ofício na loja à rotina habitual, no serviço público. Apenas Eliane da Glória, que hoje comanda tudo sozinha, aos 62 anos, decidiu abandonar o magistério. Assim, pôde se dedicar exclusivamente ao comércio acompanhada da mãe. Os anos se passaram e mais quatro novas lojas foram inauguradas – atualmente, duas continuam em funcionamento –, produtos diversos entraram e saíram do cardápio e até começaram a servir almoço. Porém, em 11 de setembro de 2014, Dona Netinha veio a óbito, vítima de uma fibrose no pulmão. Ainda é comum aparecer fregueses perguntando pela matriarca. Não é para menos: Dona Netinha transformou a Toca

da Mata na sua residência e a clientela na extensão dos seus familiares. Ela chegou a benzer crianças, abençoou pedidos de casamentos, aconselhou colegas em crise. Fez de tudo um pouco. Casos de Dona Netinha O episódio em que a casa começou a servir almoço mostra um pouco da personalidade acolhedora da mineira. Aos domingos, ela cozinhava para o freguês, que podia se deliciar, a cada semana, com uma iguaria diferente: uma semana era frango caipira; na outra, tutu de feijão; em outra ocasião, pernil. Tudo simples, servido em tigelinhas, bem feito e com bastante fartura, como manda a tradição mineira.


Após a morte da mãe, Eliane da Glória assumiu sozinha a administração da Toca da Mata

Durante a semana, a ideia era preparar refeições exclusivamente para os funcionários. Mas quando um cliente surgia por volta das 12h, Dona Netinha logo oferecia um prato de comida. Frequentemente, deixava para receber o pagamento depois. “Quando ela não estava, as pessoas chegavam a mim para perguntar sobre o almoço; então descobri que minha mãe estava distribuindo os pratos para os clientes e vizinhos de comércio. Fazia tudo escondido”, recorda, com bom humor, a filha. Foi então que a loja começou a trabalhar oficialmente com o que já fazia na informalidade. O almoço, atualmente, é servido apenas na 411 Sul no sistema self-service, a R$ 36,90 o quilo.

Receitas da casa Mesmo com a morte da mãe, Eliane continuou tocando o negócio com a ajuda do marido e, quando possível, dos dois filhos, que optaram por seguir carreiras distintas fora da área comercial. “Um dia eu quero parar, porque a rotina diária de um comércio é muito desgastante” confessa. Enquanto esse dia não chega, o cliente pode aproveitar para se deliciar com a diversidade de quitutes da casa. O carro-chefe da loja, o salgado chamado de “religiosa” – batizado com esse nome devido ao seu formato em chapéu de freira –, pode ser consumido, cada um, a R$ 6, em três sabores: frango, camarão e palmito sem lactose. A receita da iguaria nasceu a partir da união da culinária mineira de Dona Netinha com o tempero baiano de uma salgadeira, que ajudava na criação dos produtos. “A baiana gostava de pimentão e coentro, mas mamãe não tolerava. Então elas foram fazendo testes e adaptando as receitas”, detalha Eliane. O segredo, segundo ela, está na massa feita a partir do empadão e na fartura do recheio. Outro sucesso entre os consumidores, o pão da vovó, recheado com frango desfiado e queijo minas, custa R$ 5. Eliane garante que o salgado mantém a clientela fiel há décadas. “Temos casos de pessoas que comiam ainda adolescentes, quando estudavam no Marista, e hoje compram o pão da vovó para os filhos”, revela. Se o pão da vovó atrai fãs tipicamente brasilienses, a broa de milho, que sai ao valor de R$ 5, chamou a atenção de clientes famosos. De passagem por Brasília, há cerca de cinco anos, o sertanejo Zezé de Camargo visitou o estabelecimento em busca da broa para presentear a sua então esposa, Zilu. Saiu do lugar satisfeito. Dias depois, foi

Dona Netinha criou receitas exclusivas que fizeram o sucesso da Toca da Mata: até o cantor Zezé de Camargo rendeu-se aos quitutes da mineira

a vez de a própria Zilu ir ao local comer o salgado. “Ficamos morrendo de vergonha, porque não tínhamos nada. Ela deve ter ficado decepcionada”, lamenta Eliane. Entre outras personalidades que costumavam frequentar a casa, estavam nomes da política local. O ex-governador José Aparecido de Oliveira e Maria de Lourdes Abadia, vice-governadora no último mandato de Roriz, eram clientes assíduos do estabelecimento. O início Dona Netinha mudou-se do município mineiro de Guarda-Mor para a nova capital em 1964, com o marido e os oito filhos (cinco mulheres e três homens). Trocou a fazenda do estado vizinho por outra em Luziânia, com a finalidade de ficar mais próxima de Brasília. No início, ela comercializava seus produtos na Cidade Livre, acampamento dos pioneiros que, mais tarde, transformou-se na região administrativa do Núcleo Bandeirante. O negócio fluiu tão bem, que Dona Netinha fez da sua residência na época, na 705 Sul, uma feira livre para comercializar seus produtos. A freguesia – formada por professoras, médicas e servidoras públicas – podia encontrar frango caipira, que ela matava e tratava na fazenda; grandes tachos de doces de frutas e queijos diversos. Ela trazia tudo da fazenda e comercializava no mesmo dia, uma vez por semana. Um dia, após denúncia anônima, 12 fiscais chegaram ao lar da mineira em busca do comércio improvisado da senhora. Os oficiais fiscalizaram e não encontraram nada. Os clientes já haviam comprado tudo. O que restou foi apenas o constrangimento de Dona Netinha, que viu, naquele episódio, a necessidade de formalizar seu negócio. Esse e outros “causos” estão reunidos no livro Dona Netinha: uma heroína anônima, uma homenagem de sua filha Heloísa Helena. A edição pode ser encontrada na loja da 408 Sul a R$ 15.

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Automóveis

Por: Luciana Amaral | Fotos: Moreno, Divulgação

Um campeão

da versatilidade Novo Fiat Toro reúne características que agradam tanto os usuários de picapes quanto os de veículos de passeio. A novidade pode ser adquirida em Brasília na concessionária Bali Num dos lançamentos mais surpreendentes e bem-sucedidos do ano, a Fiat conseguiu agradar vários segmentos de público, numa verdadeira jogada de mestre. O novo Fiat Toro, disponível em Brasília na concessionária Bali desde a segunda metade de fevereiro, é um Sport Utility Pick-up (SUP), reunindo, num mesmo carro, o desempenho arrojado, a praticidade e o espaço das melhores picapes; o conforto de um veículo de passeio; e a robustez dos off-roads. Pode levar até cinco pessoas com total segurança, sendo seu tamanho

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superior às picapes compactas e inferior às médias. É por estas e outras características que o Toro já é um campeão de vendas, ultrapassando rivais como o Duster Oroch, da Renault. Segundo Fábio Silva, gerente comercial da Bali, a crise econômica não afugentou os consumidores. Foram realizados cerca de 110 test drives no dia 20 de fevereiro, durante evento de apresentação do Toro, ocorrido na concessionária. Até o dia 22 daquele mês, já haviam sido vendidas mais de 20

unidades na Bali. De lá para cá, o número mais que dobrou e ainda há clientes na fila. “Um produto como esse, com design futurista, cheio de tecnologia, consegue despertar o desejo de consumo e atrai compradores, mesmo em época de crise”, avalia Fábio. “Diante de uma novidade dessas, o cliente até antecipa a troca de seu veículo”. À sua escolha O carro está disponível em até quatro versões, com opções de câmbio manual


ou automático e trações de 4x2 e 4x4. São eles o Freedom 1.8 16V Flex AT6, Freedom 2.0 16V Diesel (com câmbio manual de 6 marchas) 4x2 e 4x4, e, ainda, o top de linha: Volcano 2.0 16V Diesel AT9 4x4. Há também a série especial de lançamento, o Opening Edition 1.8 16V Flex AT6, cuja edição é limitada. A versão de entrada – Freedom 1.8 16V Flex AT6 – sai pela quantia de R$ 76.500, já equipado de série com câmbio automático de seis marchas, arcondicionado, direção elétrica, vidros e travas elétricas, sensor de estacionamento traseiro, piloto automático com controlador de velocidade, Hill Holder (auxiliar de partida em subidas) e rádio Connect com comando no volante, entre outros itens. Já o Volcano traz atrativos como arcondicionado dual zone, rodas de liga leve de 17”, câmera de ré, central multimídia Uconnect Touch NAV de 5”, quadro de instrumentos com display em TFT de 7” colorido, faróis de neblina cornering (que acompanham as curvas), faróis principais com DRL (LEDs de segurança diurnos), câmbio automático de última geração de 9 marchas e outros aparatos tecnológicos que tornam este carro o mais sofisticado e completo da marca. Estrutura diferenciada Uma característica comum e inovadora em todos os modelos do Fiat Toro é a estrutura monobloco, que traz ao usuário da picape a mesma sensação de conforto de um SUV ou de um sedã. Desta forma, os níveis de vibração dentro da cabine diminuem consideravelmente, uma vantagem e tanto em relação a outras picapes. “O eixo e o habitáculo estão numa peça só, tornando o carro mais firme e confortável”, explica Silva. Os bancos dianteiros têm regulagem elétrica, enquanto os traseiros trazem espaço suficiente para garantir o bem-

estar dos passageiros. Com tantos atributos, há casos de consumidores que acorreram à concessionária para adquirir um veículo comum, mas acabaram se rendendo às peculiaridades do Toro. “Um cliente nos procurou recentemente para comprar um Uno Vivace quatro portas completo, que estava em oferta por R$ 33.990. Porém, ao ver o Toro, fez o test drive e levou o carro com alguns adicionais por pouco mais de R$ 82 mil”, revela o gerente comercial. O design arrojado, todo desenvolvido no Brasil, é outro atrativo do veículo. As linhas robustas e o visual “musculoso” impressionam logo à primeira vista e, como o nome do automóvel sugere, a frente escancara sua identidade com os “olhos do touro”. Tal efeito ocorre graças ao Split Lighting, grupo ótico dividido em dois conjuntos. Já na parte traseira, os engenheiros pensaram numa solução pouco comum a usuários de picapes: a tampa é dividida ao meio, com abertura lateral das portas e maior praticidade para carga e descarga. Resistente e seguro O Toro é capaz de suportar cargas de até uma tonelada. “Testamos e rodamos o equivalente a mais de 1 milhão de km em percursos severos e

vários tipos de terreno, para certificar a capacidade de carga de uma tonelada. Durante todo esse período de testes exaustivos, não tivemos nenhum dano estrutural”, observa Fabiano Soares, da Engenharia de Carroceria da Fiat Chrysler Automobiles (FCA). “O sucesso que obtivemos só foi alcançado com o uso de aço de alta resistência em 85% da estrutura, além da extensa aplicação de adesivos estruturais”. Os itens de segurança também são destaque. O Toro conta com air bags para motorista e acompanhante, mas pode ser complementado com proteção nas laterais (side bags), janelas (window bags) e até nos joelhos (knee bags). Tais acessórios trazem a tecnologia Flexible Venting Technology Air Bag (FVT), inédita em carros nacionais, que leva em conta a absorção do impacto e o perfil físico do motorista. O sistema Easy Entry /Keyless Entry ‘N’ Go, por sua vez, permite ao motorista dar entrada e partida no motor sem necessidade da chave. Mais interessante ainda é a função Remote Start – também novidade em veículos brasileiros –, que liga o carro a aproximadamente 50 metros de distância, acionando também o ar-condicionado.

Fábio Silva: “Um produto como esse atrai compradores mesmo em época de crise”

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Vida Moderna

Por: Bianca Moura | Fotos: Moreno

Foto: Moreno

Novidade nas ruas da capital

Os tuk tuks estão invadindo a cidade e chamam a atenção da população. A moto adaptada com três rodas serve até para os negócios O motorista habituado ao trânsito de Brasília, já deve ter encontrado um desses veículos circulando por aí: um tipo de moto adaptada, com três rodas, oficialmente chamado de triciclo, mas, na boca do povo, ficou conhecido como tuk tuk. Em época de crise, o transporte transformou-se em fonte de renda. Os viajantes podem ter esbarrado em um tuk tuk ao fazerem passeios turísticos, ou ao pedirem um táxi em países da América do Sul, como Peru e Bolívia; da Europa e, principalmente, em cidades asiáticas, onde o veículo tornou-se mais popular. Na capital, o setor turístico adequou-se à novidade e, hoje, os passageiros podem conhecer monumentos importantes da área central da cidade a bordo do triciclo. A iniciativa do casal João Carlos Miranda, 25 anos, e Lana Carolina Ribeiro, 20, saiu do papel há um mês, mas já apresenta bons resultados. “Todo mundo para, quando ele passa. Muitos querem tirar fotos, outros embarcam no passeio”,

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afirma a empresária. O veículo tem mais de 500 km rodados e carrega, por fim de semana, cerca de 15 pessoas. O trajeto turístico – batizado de city tuk – começa e termina na Torre de TV, passa pela Catedral, Esplanada dos Ministérios, Estádio Nacional Mané Garrincha e Memorial JK, com direito à pausa de até dez minutos em cada lugar. O passeio dura cerca de 40 minutos e custa R$ 25, a dupla. O interessado pode chegar ao ponto de encontro, na Torre de TV, sempre aos sábados e domingos, das 9h às 17h, e procurar pelo casal. Ou ligar e agendar com antecedência. Lana conta que os dois viraram o ano de 2016 com o intuito de investir em um negócio juntos. Quando pesquisaram valores de motos para entrar no mercado de entrega de marmitas, descobriram o tuk tuk. “Compramos sem ainda nem decidir bem o que fazer. Não tínhamos experiência na área de turismo”, diz. O lançamento do mototurismo foi feito em um bloco de carnaval.

Além dos passeios turísticos, o transporte está disponível para aluguel. Custa R$ 100 a hora, sendo sempre manuseado por um condutor contratado da empresa. Beba tranquilo Mas a utilidade do veículo não para por aí: serve como apoio para passageiros do Park Way, que precisam caminhar muito até a parada de ônibus; transportador de mercadorias; e até como transporte para quem decidiu beber e optou pela carona solidária. É o caso do Bar Godofredo, na 408 Norte, que disponibiliza, gratuitamente, o tuk tuk para buscar e levar para casa moradores das asas Sul e Norte. O cliente pode ligar com antecedência ou fazer o pedido na hora e entrar para uma lista de espera. O solicitante deve assinar um termo de responsabilidade. A ação começou há cerca de seis meses, e rendeu ao estabelecimento o Prêmio Sem Excesso, da Associação


Brasileira de Bebidas, com o apoio da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). O proprietário do Godofredo, Aylton Tristão, importou a ideia quando viajou para Machu Picchu, no Peru, e conheceu modelos semelhantes adotados por bares e restaurantes locais. Onde comprar A Trino Motors Triciclos Motocar é a única concessionária autorizada a comercializar o tuk tuk no Distrito Federal e Entorno. Desde setembro de 2014, quando a unidade foi inaugurada, cerca de 300 triciclos foram vendidos. E a procura pela novidade só cresce. “Estamos na contramão da crise. Recebemos clientes de todos os perfis, da pessoa que quer apenas andar com ele na rua, ao cliente que quer voltar ao mercado por meio do triciclo”, explica Marcelo Ferreira, 48 anos, que comanda a concessionária ao lado do sócio Rafael Braz.

Eles conheceram o transporte quando estavam de passagem por Amsterdã, na Holanda, e viram no curioso veículo uma forma de empreendedorismo. “De volta ao Brasil, descobrimos que havia uma única montadora no país e começamos, então, o processo para abrir a nossa loja”, completa. De acordo com o empresário, até hoje existe apenas uma única fábrica de tuk tuk no país, em Manaus (AM). Modelos O tuk tuk pode ser encontrado em três formatos: um deles serve exclusivamente para conduzir passageiros e está disponível nas cores vermelha, azul e amarela. O motociclista pode transportar até duas pessoas na cabine traseira e ainda sobra espaço para bagageiro. Há, ainda, mais dois modelos comercializados para carga, que são vendidos apenas na cor branca, mas podem ser adaptados pelo comprador. Uma unidade custa até R$ 19 mil.

Um dos principais atrativos da condução é a mistura dos benefícios do automóvel e da moto: tem a proteção do primeiro e o consumo baixo de combustível do segundo. De acordo com a Trino Motors, pode ser até 65% mais econômico que um carro.

Marcelo Ferreira, da Trino Motors: “Estamos na contramão da crise”

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Esporte

Por: Luciana Amaral | Fotos: Divulgação

Triathlon para todos A academia Companhia Athletica de Brasília e o triatleta Leandro Macedo estabelecem uma parceria promissora, que visa atrair mais pessoas à prática do triathlon

Modalidade que reúne corrida, ciclismo e natação, o triathlon, apesar de ser desafiador, não é algo passível de ser praticado, apenas, por superatletas. Pelo contrário: qualquer pessoa com saúde suficiente para participar de treinamentos periódicos e bem direcionados, poderá, um dia, ter o condicionamento necessário para enfrentar uma prova. É o que esclarece o triatleta Leandro Macedo, que acaba de fechar uma parceria com a Companhia Athletica de Brasília para oferecer, aos alunos da academia, uma grade de aulas indoor, visando capacitá-los a esse esporte. “A ideia é que mais gente aceite o desafio de um triathlon e possa, ao menos, fazer parte de uma prova pequena”, diz. O programa deverá ser implantado até o fim do mês de março. O papel

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de Leandro é fazer um trabalho de consultoria junto aos professores da Cia. Athletica, mostrando como integrar adequadamente os treinamentos em ciclismo, natação e corrida. No ambiente indoor serão utilizados, no caso, a spinning bike, a piscina coberta e a esteira. Além disso, haverá treino funcional, com o intuito de fazer o aluno adquirir força, equilíbrio e massa muscular necessários para a prática do triathlon. A preparação mental, por sua vez, também faz parte do programa, na chamada “aula zen”, que inclui alongamento e meditação. O objetivo é trabalhar a mente para melhorar a concentração, suportar a dor, ter tranquilidade e, principalmente, diminuir a ansiedade antes de uma competição. Não quebre o ritmo Tanto pessoas já condicionadas fisicamente quanto iniciantes podem participar do programa. “Quem tem o costume de se exercitar, consegue se preparar em uns três meses. Já quem está começando do zero, pode levar de seis a nove meses”, afirma Leandro. “Com o tempo, o indivíduo estará apto a concluir uma competição menor e, se mantiver o ritmo, logo fará parte de provas mais longas”. Dependendo do nível e da disponibilidade de tempo, o aluno pode fazer três, seis ou até nove aulas por semana, em geral de uma hora de duração, cada. Há também aulas com modalidades conjugadas, chegando a uma hora e meia de treino.

De acordo com o triatleta, o treinamento indoor traz várias vantagens. “Ele é feito num volume menor, mas é mais intenso. A pessoa consegue fazer as três modalidades num lugar só e, com isso, ganha tempo”, destaca. “Até mesmo quem pratica triathlon há mais tempo e compete em provas mais longas, lança mão do treinamento indoor”. Profissionais de países com invernos rigorosos, segundo Leandro, costumam se utilizar desse artifício durante os três meses de frio intenso. Porém, a atividade física em ambiente interno pode ser mais extenuante, psicologicamente. “Quando você está ao ar livre, o tempo parece passar mais rápido, devido à paisagem e outros elementos. Por isso, para o treino indoor ser eficaz, precisamos preparar também a parte mental”, pontua. Novos talentos De acordo com o triatleta, a parceria com a Cia. Athletica acontece num momento especial. “É ano de Olimpíadas e o Brasil sediará o evento. Também faz 25 anos que ganhei o Circuito Mundial de Triathlon da ITU (International Triathlon Union), numa época que sequer era esporte olímpico”,


lembra. “Sempre quis atrair mais adeptos para esse esporte e mostrar que é possível praticá-lo, se bem orientado”, pondera. Sua intenção é também revelar novos talentos, principalmente na faixa dos 14 aos 16 anos, tornando-os competitivos em provas do circuito nacional e internacional. Porém, alunos que desejam apenas manter o corpo em forma, também são bem-vindos. “O triathlon é um exercício completo, pois trabalha membros superiores e inferiores. Uma modalidade dá suporte muscular à outra. Então, o ciclismo ajuda quem vai correr, enquanto a natação auxilia a corrida e a pedalada, pois melhora a parte cardiopulmonar”, exemplifica. O único pré-requisito é saber nadar. “Na piscina, não fazemos uma aula de natação comum; ensinamos somente a técnica voltada a águas abertas, que faz parte do triathlon. Aqueles que quiserem se encaixar na proposta do programa, mas não sabem nadar, terão de aprender primeiro”, esclarece.

S

Distâncias do triathlon • Short: 750 m de natação, 20 km de ciclismo e 5 km de corrida. • Olímpico: 1.500 m de natação, 40 km de ciclismo e 10 km de corrida. • Meio Ironman: 1.900 m de natação, 90 km de ciclismo e 21 km de corrida. • Ironman: 3.800 m de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida.

Serviço

Companhia Athletica Tel.: (61) 3322-4000 Endereço: Shopping Pier 21

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Saúde

Redação: Luciana Amaral | Fotos: Moreno

Desvendando a estética íntima

Paulo Guimarães: “A mídia estimula a mulher a buscar sua estética íntima”

Segundo o ginecologista Paulo Guimarães, as cirurgias cosméticas íntimas femininas deixaram de ser um tabu. Além de melhorarem o aspecto da região genital, ajudam a resgatar a autoestima da mulher Ficar com o corpo bonito e bem esculpido é o sonho de muitas mulheres. Por isso, muitas recorrem a serviços dermatológicos e a cirurgiões plásticos. E o que dizer das partes íntimas? Tais como qualquer outra região do corpo, elas também envelhecem, ficam flácidas e precisam de uma ajudinha profissional para voltarem à boa forma. Por esta razão, as mulheres já deixaram o constrangimento de lado e recorrem cada vez mais a especialistas em cirurgia estética íntima. Uma das maiores referências desta área no Brasil, o ginecologista Paulo Guimarães é pioneiro na região CentroOeste em endoscopia ginecológica e no uso do laser para tratamento de patologias ginecológicas. Sua clínica, a GyneLaser, já esteve em Goiânia, Campinas, Fortaleza e Brasília; hoje, encontra-se somente na capital

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federal. Porém, o médico continua a ministrar, como já faz há 25 anos, cursos e conferências por todo o país e no exterior, em lugares como Argentina, Estados Unidos e Portugal. Nesta entrevista à Plano Brasília, Paulo Guimarães, membro titular da Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), dá mais detalhes sobre a cirurgia estética íntima e o uso do laser na ginecologia. Uma de suas áreas de atuação é a estética íntima. Muitas mulheres procuram esse tipo de tratamento ou ainda há tabus acerca do tema? PG > Eu sou médico com atuação na área da endoscopia ginecológica e estética íntima. Não faço ginecologia comum, portanto. A ginecologia hoje tem mais de 29 áreas de atuação. Hoje, a própria mídia já estimula a mulher a

buscar a sua estética íntima e a paciente partilha esse tipo de procedimento em seus grupos sociais da mesma forma que faria com um botox, uma prótese ou uma lipoaspiração. Há uma necessidade de exibição muito grande, porque faz parte da autoafirmação da mulher atual. Qual a faixa etária das mulheres que buscam esse tipo de procedimento? PG > Antigamente, eram mulheres a partir dos 40 anos, seja para buscar o rejuvenescimento, por motivo de segundas núpcias ou novo namorado. Agora, você vê meninas de 16, 17 anos trazidas pela mãe. Temos, ainda, as mulheres praticantes de musculação. Algumas colocam peso exagerado nas pernas e começam a ter relaxamento pélvico, perdendo o tônus muscular na região pélvica. Outras usam verdadeiras “bombas” nas academias à base de


testosterona, que, ao mesmo tempo que melhora a musculatura, envelhece precocemente a região genital. Outras pacientes que frequentam nossa clínica são aquelas que realizaram cirurgia bariátrica. A região vulvar, neste caso, fica extremamente flácida. Por isso, é necessária a cirurgia para adequação da estética genital feminina. A cirurgia é indicada para quem sofre com perda da libido? PG > A estética genital feminina não traz marido de volta e não dá orgasmo, mas melhora consideravelmente a autoestima da mulher. Logicamente, quando isto ocorre, a resposta sexual é bem melhor. Agora, imagine uma mulher bonita, mas com baixa autoestima. Não vai funcionar da mesma maneira. Na verdade, a melhora da resposta sexual não está tanto nos órgãos genitais, mas no aspecto psicológico, afetivo.

A cirurgia estética íntima pode ter uma indicação clínica? PB > A Federação Internacional de Ginecologia denomina esse tipo de procedimento de cirurgia cosmética genital feminina. A hipertrofia dos lábios vaginais, por exemplo, aumenta a incidência de infecções urinárias e candidíase, pois a quantidade exagerada de pele é foco de contaminação. Então existe, neste caso, uma indicação clínica. Porém, a maioria procura esse tipo de procedimento simplesmente para mudar de aparência, e não para corrigir um defeito.

clitóris, retirada de bordas escurecidas, flacidez de grandes lábios, entre outras. Vale citar, ainda, a himenoplastia, que é a reconstrução do hímen. Este procedimento é procurado por mulheres vítimas de estupro e até muçulmanas que, quando voltam aos seus países de origem, querem mostrar aos seus futuros maridos que ainda são virgens. Existem, ainda, mulheres que, para comemorar o aniversário de casamento, querem dar um hímen novo ao marido. Outras fazem a himenoplastia com o intuito de celebrar novas núpcias ou, simplesmente, presentear o parceiro.

Quais os tipos de cirurgia estética íntima? PG > Muita gente acha que esta cirurgia está resumida aos pequenos lábios vaginais, mas vai muito além disso. Temos cirurgia do capuz clitoriano, cirurgia de

O cirurgião plástico pode se especializar nesta área? PG > A estética genital não tem propriamente um “dono”. Contudo, cada vez mais, a estética está resguardada às suas especialidades. Por exemplo: o

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oftalmologista faz botox, blefaroplastia, implante de cílios e prótese ocular. O otorrinolaringologista está cuidando do nariz, com a rinoplastia. Os oncologistas fazem a oncoplástica, ou seja, a reconstituição do órgão às vezes mutilado pelo câncer. E a ginecologia teria esse papel de melhorar a estética íntima. Eu ministro esse curso há quase 10 anos. Temos hoje mais de 800 profissionais no Brasil e na América Latina formados por nós. Desses, 80% são ginecologistas. Mas temos também cirurgiões plásticos frequentando nossos cursos, assim como dermatologistas. Recentemente, temos recebido proctologistas, que aprendem a fazer clareamento anal tanto para a população feminina quanto a masculina homoafetiva. Mesmo o cirurgião plástico se especializou: alguns se dedicam à cirurgia facial, outros à

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prótese e à lipoaspiração, e outros à cirurgias de remodelação. Como prevenir o envelhecimento genital? PG > Mulheres que depilam com cera devem parar e usar outros métodos, pois provoca escurecimento na região. As que utilizam essas “bombas” das academias feitas com hormônios masculinos, também sofrem com o envelhecimento genital, assim como aquelas que usam roupas apertadas, ou ficam muito tempo sentadas em locais quentes. Uma forma de prevenir é usar cremes genitais, que melhoram o colágeno, o clareamento e a textura genital. Aquelas que apostam na prevenção desde cedo terão melhores resultados em tratamentos do que as que nunca investiram nisso.

Sua clínica é uma das pioneiras no uso do laser. Quais as vantagens desta tecnologia? PG > Nós trabalhamos com o laser desde 1996. Somos pioneiros no Centro-Oeste. Fomos os primeiros a utilizar esta tecnologia no tratamento da endometriose e do HPV. Mais recentemente, passamos a utilizar o laser na estética íntima, incontinência urinária, estreitamento vaginal e relaxamento pélvico. Assim como no rosto, o laser clareia, melhora o colágeno, a elastina e rejuvenesce a vulva. Não se trata de uma cirurgia, mas um tratamento sem cortes e sem internação. Utilizamos, no máximo, uma anestesia em forma de creme. São necessárias entre duas e três sessões e a paciente pode ir para casa dirigindo. Dez dias depois, ela tem atividade


sexual liberada. A grande vantagem é que o procedimento é ambulatorial e minimamente invasivo.

vão embora para casa no mesmo dia. A endoscopia ginecológica é uma especialidade minha que já tem, inclusive, registro na Febrasgo.

O que é a endoscopia ginecológica? PG > Trata-se da utilização da videolaparoscopia para cirurgias ginecológicas minimamente invasivas. É útil no tratamento da endometriose, do cisto de ovário, problemas tubários e dores pélvicas que atingem uma em cada cinco mulheres. Sou um dos pioneiros da cirurgia videolaparoscópica, a qual faço desde 1990, quando tinha clínica em Goiânia. Temos também a videohisteroscopia, que é a endoscopia do útero. É útil para tratar sangramentos, miomas e pólipos, por exemplo. Nesses procedimentos, você opera sem necessidade de pontos. As pacientes chegam pela manhã e

Existem contraindicações a todos esses procedimentos, tanto o laser, quando a endoscopia ginecológica? PG > A princípio, qualquer tratamento ou medicamento tem contraindicações. A paciente pode ter, por exemplo, uma diabetes, hipertensão ou problema cardiológico que a torne inapta a submeter-se a uma intervenção cirúrgica, independentemente se é laparoscópica, histeroscópica ou convencional. Já o laser pode ser utilizado em mulheres de qualquer faixa etária, mas é contraindicado a gestantes, devido à fragilidade imunológica da mulher nesse período.

Faça parte da melhor equipe de ginástica de Brasília!

- Setor de Clubes Sul (ao lado do Pier 21)

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Comportamento

Por: Luciana Amaral | Fotos: Moreno, Divulgação

Cervejas com o toque do chef

Alexandre Braz pretende, em breve, engarrafar sua produção

A Braz Bier, criada pelo chef Alexandre Braz, traz mais de 20 estilos de cerveja e qualidade que não deixa nada a dever aos mais rigorosos padrões internacionais Assim como os pratos criados pelos mestres da gastronomia, a bebida mais apreciada pelos brasileiros também segue uma receita, ou melhor, várias receitas. “Fazer cerveja é como fazer comida”, defende o mestre cervejeiro e chef de cozinha Alexandre Braz, formado pelo renomado Le Cordon Bleu, de Paris. “Fiz curso de enólogo e sommélier de vinhos com Marco Luigi, no Rio Grande do Sul, onde morei por 12 anos”, conta. Já sua formação como beer sommélier ocorreu por meio de um curso com Maurício Beltramelli, em Campinas (SP), que é empresário, sommélier e Mestre em Estilos de Cerveja. Para aprender a fabricar sua própria bebida, Alexandre fez curso para produção de cerveja com Felipe Schneider, da WE Consultoria, empresa especializada em insumos e equipamentos para cervejeiros.

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Vale frisar que as brejas vendidas em larga escala – as standard american lagers, chamadas erroneamente de “pilsen” – a preços módicos nas prateleiras dos supermercados, não têm nada a ver com as produzidas pelos cervejeiros artesanais, que seguem padrões rigorosos, de acordo com os estilos das quatro escolas cervejeiras existentes: alemã, belga, inglesa e americana.

Diversidade O chef já produz mais de 20 tipos diferentes de cerveja. Para tornar sua produção conhecida e torná-la um bom negócio, criou sua própria marca, a Braz Bier, resultante dos encontros gastronômicos que Alexandre promove desde setembro de 2006 com colegas e amigos do Banco do Brasil. A chamada Confraria do Braz funciona na quadra 5 do ParkWay, onde os

convivas criam, degustam e harmonizam pratos com vinho e também com cerveja. Para levar a Braz Bier ao público, Alexandre optou por comercializar suas brejas numa Kombi, transformando seu negócio num food truck – ou melhor, um pub truck – presente em eventos semanais que ocorrem em lugares diversos do Distrito Federal, como a Praça do Cruzeiro, a quadra 14 do Park Way e o Ginásio do Cave, no Guará. As cervejas são acondicionadas em barris de 30 e 50 litros, e servidas na pressão – o conhecido “chopp” – em copos de 330 ml, mas a intenção do chef, no futuro, é poder também engarrafar seu produto. Alguns passos foram dados, como a montagem de uma microcervejaria, que ainda depende de alguns ajustes, mas já conta com equipamentos de alto padrão e três salas de controle de temperatura. “Nosso objetivo


é colocar no mercado, em breve, três mil garrafas de 355 ml e 600 ml”, revela. A ideia do chef é, ainda, fazer edições especiais de suas cervejas, colocando-as em garrafas de champagne. “Vamos também ter uma loja fixa em shopping”, adianta.

crítico de minha própria cerveja”, salienta. “Ao obedecer determinados padrões, é possível obter uma bebida com a mesma qualidade dos melhores rótulos do mundo. Você pode, inclusive, usar a criatividade e criar uma receita única, sem fugir ao estilo proposto”, ensina.

Sua mais recente criação, uma breja no estilo red ale e de excelente drinkability, foi lançada oficialmente durante o St. Patrick’s Day, evento ocorrido nos dias 17 e 18 de março na Praça do Cruzeiro e inspirado numa tradicional festa irlandesa.

Ótima aceitação De acordo com ele, a aceitação do público tem sido excelente. “Nas redes sociais, temos mais de 6 mil seguidores”, comemora. “Ao chamarmos pessoas para os eventos, cerca de 70% daqueles que convidamos comparecem. É um número expressivo”, considera. Alexandre credita boa parte do sucesso de suas cervejas ao rigoroso controle de qualidade, desde a escolha dos ingredientes até a higiene e atenção aos mínimos detalhes durante o processo de fabricação. “Procuro primar pela qualidade de meu produto. Fiz os cursos justamente para me tornar um

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Música

Por: Luciana Amaral | Foto: Mirah

Emoção e técnica em fina sintonia Há apenas 6 anos em Brasília, a cantora Márcia Tauil é uma das grandes intérpretes da música popular brasileira na atualidade. Seu talento é reconhecido por nomes como Eduardo Gudin e Roberto Menescal “Vai lá ver a Marcinha cantar”. Quem faz o convite é ninguém menos que um dos maiores nomes da bossa nova, Roberto Menescal, autor de clássicos como O Barquinho, Você e Telefone, entre outros. E quem atende ao nobre convite, não se arrepende. No palco, “Marcinha”, ou melhor, Márcia Tauil, traz uma interpretação singular aos maiores sucessos da música popular brasileira e, ainda, aposta em composições próprias. Oriunda de Guaxupé (MG), Márcia vem de uma família de músicos e iniciou sua carreira ainda na adolescência, no grupo de baile Opus Band, do irmão Ivan Tauil. Em plena década de 1980, o repertório ia do forró de Elba Ramalho ao romantismo de Whitney Houston. “Com o surgimento do axé, os grupos de baile passaram por um momento de transição; então, resolvi seguir carreira própria e quis gravar o meu primeiro CD”, conta a artista, que já trabalhou como locutora de rádio. No dia de seu aniversário, 2 de dezembro, chegou em São Paulo

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de mala, cuia e “gogó”, pronta para ganhar um público para lá de exigente. Seu objetivo era conseguir uma oportunidade num conceituado espaço gastronômico e cultural, o Villaggio Café. Coincidentemente, naquela data ocorreria um show em homenagem ao compositor José Carlos Costa Netto, dono da Dabliú Discos, com a presença de nomes como Vânia Bastos, Vicente Barreto, Roberto Menescal e Eduardo Gudin. Foi nesta ocasião que Márcia entregou ao compositor uma fita de videocassete com uma amostra de seu trabalho musical. No ano seguinte, Tauil subiu ao palco do Villaggio e convidou Costa Netto para assisti-la. Em 1999, lançou, pela Dabliú Discos, o CD Águas da Cidade, com tiragem de 3 mil cópias e uma seleção de canções que mais marcaram sua trajetória. “Foi a primeira vez que a família de Álvaro Carrilo permitiu a uma cantora gravar uma versão de Sabor a Mi”, relembra. Em junho de 2003, a convite de

Eduardo Gudin e Costa Netto, Márcia gravou seu segundo álbum, Sementes no Vento, que traz as principais músicas de ambos os compositores, entre elas, Verde e Paulista. O disco foi lançado no Japão, numa parceria entre a Ward Records e a Dabliú Discos. O show de lançamento, contudo, foi realizado no teatro do SESC Vila Mariana, em São Paulo, com a participação de Paulinho Nogueira e Paulo César Pinheiro. A cantora também realizava shows constantes pelo interior de São Paulo e Minas Gerais, muitos deles com a presença de Roberto Menescal como convidado especial. Logo, Márcia passou a dividir o palco com o Mestre Menesca, como muitos amigos gostam de chamálo, entoando as canções mais icônicas do prestigiado músico. Numa época em que “muita gente boa pôs o pé na profissão”, sua voz continuou a encantar plateias e os críticos mais exigentes. Em 2007, a música Canção na Estrada, composta por ela e


Mana Tessari, foi premiada na categoria Regional, do Festival Viola de Todos os Cantos, promovido pela Rede Globo de Televisão. Em 2009 veio o bicampeonato com a canção Colheita, outra parceria com Mana Tessari. Novas perspectivas A vinda a Brasília trouxe novos horizontes à artista. Em 2012, gravou com Sandra Duailibe, Cely Curado e Nathália Lima o álbum Elas Cantam Menescal. O disco traz 10 faixas compostas por Roberto Menescal, quatro delas feitas especialmente para o projeto. A canção Clube da Bossa, por exemplo, com letra de Márcia e música de Menescal, foi criada em homenagem a um evento de mesmo nome que ocorre semanalmente no Teatro Sesc Silvio Barbato, no Setor Comercial Sul. Já em 2013, o blog Mais Cultura Brasileira

considerou a cantora como uma das cinco melhores vozes entre as artistas brasileiras. Naquele mesmo ano, a cidade de Mococa, no interior de São Paulo, criou o Troféu Márcia Tauil, com o objetivo de descobrir novos intérpretes. Em palcos de casas conhecidas de Brasília, como Feitiço Mineiro e Fulô do Sertão, Márcia continuou sua trajetória de shows ao lado de artistas como Jaime Ernest Dias e José Cabrera, além de fazer um trabalho com o maestro Flávio Fonseca. “Regida por ele, tive a oportunidade de cantar em um evento com a Orquestra Filarmônica de Brasília, no final de 2015”, relata a cantora. Mix Voice Capaz de encantar o público com bom traquejo no palco e voz segura, Márcia também descobriu outras formas de exercer o seu talento. Hoje, ela é professora

de canto e ensina aos seus alunos uma técnica norte-americana, o Mix Voice, a mesma utilizada, por exemplo, por Barbra Streisand e Stevie Wonder. Para isso, ela fez especialização em cursos com o professor Ronnie Kneblewski e com a cantora e médica Daniela Stieff Tostes. “Antigamente eu cantava apenas por intuição; depois, passei a utilizar o Mix e minhas performances melhoraram consideravelmente”, comemora Márcia. No ano passado, ela foi convidada pela cantora lírica Janette Dornellas a assumir as aulas de canto popular na Casa da Cultura Brasília (703 Norte), um espaço onde acontecem apresentações, cursos e workshops, sempre com o intuito de fomentar a cultura na capital. “Está sendo uma experiência muito interessante, pois eu e Janette unimos nossos estilos, fazemos shows juntas e ainda produzimos shows de outros músicos”, afirma.

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Nova exposição do artista plástico André Cerino

A cidade e seus nexos urbanos

Cidades | Acrílico sobre tela | 100 x 180 cm | 2014

Cidades | Acrílico sobre tela | 140 x 180 cm | 2013

Cidades | Acrílico sobre tela | 140 x 180 cm | 2014

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Cidades | Acrílico sobre tela | 140 x 180 cm | 2014


Mariano Czarnobai

Jorge Etecheber Vilmar Carvalho

Espetáculo - A Comédia dos Erros

Cidades | Acrílico sobre tela | 140 x 180 cm | 2013

Cidades | Acrílico sobre tela | 80 x 140 cm | 2014

Cidades | Acrílico sobre tela | 140 x 180 cm | 2014

Cidades | Acrílico sobre tela | 70 x 170 cm | 2014

galeriadearte andrécerino

Galeria

Ateliê

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Turismo

Por: João Paulo Mariano | Fotos: Divulgação

Um recanto para fugir da agitação

Empreendimento localizado a 84 km de Brasília, o Hotel Fazenda Cabugi oferece tradição rural e conforto para os visitantes. Agora, inova seus serviços trazendo o sistema all inclusive Quem não gostaria de um lugar rodeado de natureza e cheio de tranquilidade após semanas intensas de trabalho, estudos e outros afazeres? A ideia do descanso é sempre tentadora. É um desejo cuja realização parece sempre estar longe. Porém, é possível encontrar ambientes como o descrito em lugares próximos de Brasília, onde os únicos ruídos são o assoviar dos pássaros e a agitação da água corrente. Se a decisão de pegar a estrada for o caminho escolhido para o tão sonhado descanso, pelo menos daquele fim de semana ou feriado prolongado, a 96 km de Brasília há um recanto com muito verde e jeito de interior. Com aquela atmosfera de fartura e tranquilidade que só eram encontradas na casa dos avós. Quando se passa pelos 4 km de chão batido de boa qualidade, é possível ser transportado para uma reserva ecológica com 15 mil árvores. Este é o Hotel Fazenda Cabugi. Localizado no município goiano de Alexânia, ele é facilmente acessado pelos moradores de Brasília, de Anápolis, que fica a 73 km dali, ou de Goiânia – a apenas 124 km. Ele é o destino especial para “sair da agitação urbana, que é cada vez maior”, segundo afirma o diretor geral e fundador do empreendimento, Itamar Fonseca. 64

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O fundador e o verde “Sou muito ligado à natureza, tanto que vim morar aqui”, diz o proprietário do hotel fazenda, que nasceu em Campina Grande, na Paraíba, mas depois se mudou para um povoado no interior de Goiás. Itamar já tinha a fazenda há algum tempo e sua mãe, que morava na cidade, preferiu apostar na vida pacata do ambiente rural da fazenda de seu filho, aproveitando para visitar os netos e bisnetos no local. Após uma estada de duas semanas, ela instigou Itamar a pensar seriamente em instalar, ali, uma pousada ou um hotel fazenda. Foi o estopim, para que ele começasse a investir em um negócio relacionado ao turismo rural, algo que já havia cogitado anteriormente, só não sabia como colocar em prática. Na época, ele já era empresário, só que do ramo de papelaria, com lojas em shoppings. Sua primeira atitude foi deixar a casa no Lago Norte e mudar-se definitivamente para a fazenda. Desta forma, ele pôde começar a idealizar o hotel. Em 1997, foram construídas algumas acomodações. No Carnaval de 1998, pela primeira vez, a fazenda de Itamar, que antes só recebia visita dos parentes e amigos, estava cheia de caras novas. Estava inaugurado o Hotel Fazenda Cabugi, ocupando uma área de 160 hectares. Sustentabilidade O cuidado com o meio ambiente é um princípio seguido à risca. Desde 1987, a fazenda de Itamar faz parte de programas de reposição florestal, com o apoio do Clube da Semente do Brasil. O intuito é preservar as áreas de mata ciliar – aquela ao redor de rios e nascentes – e de Cerrado. “É um trabalho permanente. Todo ano são plantadas de 500 a mil árvores”, revela Itamar. Nos últimos 18 anos, foram 15 mil. O lugar hoje comporta seis nascentes – antes eram quatro. Além dos animais típicos da fazenda, como vacas, cavalos e galinhas, no Cabugi é possível observar lobosguará, raposas, quatis e até emas, entre outros bichos. As acomodações do hotel, por sua vez, seguem os preceitos da sustentabilidade, a começar pela água, aquecida com energia solar. Novidades Para tornar o lugar ainda mais aprazível, Itamar implantou, em junho do ano passado, o sistema all inclusive, novidade que caiu no gosto dos hóspedes e fez o lucro do empreendimento aumentar em até 30%, um feito formidável em tempos de crise econômica. “Qualidade é o nosso negócio”, filosofa o proprietário.


No regime all inclusive são oferecidos os serviços de pensão completa – café da manhã, almoço e jantar. Despesas extras feitas durante a estada também estão previamente incluídas no pacote, como bebidas, lanches, porções de tira-gostos, picolés, sucos, passeios a cavalo, charretes e pescaria. Com isso, não é preciso assinar comandas, nem conferir despesas na hora do check out , que é muito mais rápido. “Implantei o sistema após conhecer, com minha esposa, alguns resorts no litoral que seguem essa proposta”, conta ele. Fartura gastronômica No Cabugi, o bem-estar é garantido logo ao acordar: o café da manhã, digno dos melhores cafés coloniais, apresenta uma variedade imensa de pães, queijos, bolos e outras delícias. “Grande parte dos produtos vem da própria fazenda, como o leite, que é tirado da vaca criada no local”, explica. Os ovos e o frango são caipiras e boa parte das hortaliças são produzidas ali mesmo. Para aqueles que gostam de um almoço diversificado e reforçado, são disponibilizadas mais de 30 receitas à base de carnes, além de outros pratos que misturam a culinária regional brasileira e a internacional. Apreciadores de cerveja podem escolher entre sete marcas, para acompanhar as refeições e tira-gostos. Os que preferem o vinho ou espumante, por sua vez, também podem degustar ótimos rótulos. E o melhor: tudo isso faz parte do pacote all inclusive . Diversão para todos Em média, o Hotel Fazenda Cabugi recebe 130 hóspedes em um fim de semana, sendo mais de 80% oriundos da capital federal. São cinco mil pessoas a cada ano, que aproveitam atrações como piscinas adulto e infantil com água corrente e aquecida, quadras esportivas, charrete, duchas, área para caminhadas, bar, jardins, nascentes, recanto dos adultos, apresentações de música ao vivo e contato direto com a natureza. As áreas coletivas são afastadas dos quartos, para que todos possam desfrutar do espaço tranquilamente. “Passar o verniz” Para garantir o sucesso do empreendimento, os mais de 40 funcionários são treinados periodicamente por meio de workshops e palestras. Esse tipo de investimento se traduz nos serviços de excelência e na boa aceitação do público que frequenta o lugar. Mas Itamar quer ir além: “Não pretendo fazer meu negócio crescer, por enquanto. Quero ‘passar o verniz’ e aumentar cada vez mais o nível de qualidade do Cabugi”, finaliza.

Cabugi em números - Área: 160 hectares - Acomodação máxima: 160 pessoas por dia - Árvores: Mais de 15 mil - Nascentes: 6 - Altitude média: 1060 mt

Serviço Escritório em Brasília: de 2ª a 6ª, das 8h às 18h – (61) 3963.8070 Hotel Fazenda: todos os dias, das 7h30 às 18h – (62) 3336.1199 / 3336.3210 fazenda@hotelfazendacabugi.com.br Facebook Hotel Fazenda Cabugi

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Gastronomia

Por: Manuela Rolim | Fotos: Nubia Paula

Reinventando

a gastronomia

Mais do que um hábito, o veganismo é uma filosofia de vida e permite a criação de pratos variados, muito saudáveis e repletos de sabor

Cynara Arnt: sabor e saúde

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Na mesa dos vegetarianos, carne nenhuma tem vez. Já no cardápio dos veganos, a restrição é ainda mais radical. Nas refeições, até produtos de origem animal não são bem-vindos. Em ambos os casos, no entanto, ao contrário do que pensa a maioria, sobram nutrientes, muito sabor e pratos diversificados. Não à toa, é crescente o número de fãs desse hábito alimentar. Mais do que isso, para muitos adeptos, a comida não é apenas questão de costume, mas uma filosofia de vida. Para a empresária Cynara Arnt, 40 anos, não é difícil agradar o paladar de adultos e crianças com pratos vegetarianos ou veganos. Proprietária da cozinha delivery Vegan-se, ela explica que a gastronomia se reinventa. “Não deixamos de consumir sobremesas, doces, bolos, salgados e até pratos como feijoada, moqueca, bobó e estrogonofe. A diferença é que substituímos os ingredientes. Ainda assim, o resultado é tão saboroso quanto o tradicional”, garante Cynara. A empresária relata os benefícios desse estilo de vida para toda a família. “Já éramos vegetarianos e, mesmo assim, meu marido tinha que tomar vários remédios para controlar as taxas, principalmente o colesterol. Foi aí que decidimos nos tornar veganos”, conta ela, admitindo que o início não foi fácil. “Faltavam opções na cidade, o que nos levou a abrir a nossa loja. Ser vegano é absolutamente possível e o maior beneficiado é a própria pessoa, além dos animais e do planeta. Para mim, essa filosofia representa a verdadeira evolução na qualidade de vida da população”, opina. O único problema, completa Cynara, ainda é o preconceito. “Está enraizada a ideia de que a refeição vegetariana ou vegana é sem graça, mas isso é pura falta de informação. Uma moqueca, por exemplo, fazemos com algas marinhas, mas também podemos utilizar banana da terra. Fica delicioso”, conclui.


A nutricionista Magnólia Nery diz que alguns se tornam adeptos do vegetarianismo ou veganismo por opção; outros por necessidade, inclusive crianças. “Já temos uma geração nova e jovem de vegetarianos. Normalmente, são filhos de pais que seguem essa linha. Algumas pessoas, porém, são vegetarianas devido às alergias alimentares”, afirma. De acordo com Magnólia, no geral, as crianças demandam muita energia em virtude do crescimento e da formação do intelecto, fato que precisa ser levado em consideração pelos pais. “As dietas vegetarianas são ricas em antioxidantes, carboidratos e fibras. No entanto, são pobres em proteína e gordura saturada, além do colesterol. Se a família entender que existem alimentos, como vegetais, leguminosas e cereais, com quantidades proteicas suficientes para fazer essa substituição sem maiores prejuízos, não haverá déficit de crescimento da criança. Por outro lado, se não houver esse cuidado, a criança poderá apresentar anemia ou outras complicações, devido à não ingestão adequada de gorduras e proteínas, assim a vitamina B12 e a não absorção de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K)”, explica. Para ela, o ideal é acostumar a criança desde o nascimento. “O corpo não sente falta do que não conhece, mas sente falta dos nutrientes que estão contidos nesses alimentos, caso não sejam ofertados de outra maneira. Portanto, uma criança vegetariana deve ser apresentada aos alimentos naturais que contêm fontes proteicas”, frisa. E acrescenta: “Mesmo vegetariana, se a pessoa consome muitos itens industrializados, que são ricos em carboidratos simples (açúcares) e gordura trans, e também ingere poucas frutas, vegetais e água, ela se tornará um vegetariano propenso a doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, ou até artrose, trombose, cardiopatias, entre outras”, declara.

Receita Bolo de cenoura com cobertura de cacau (Vegan-se) INGREDIENTES: Para a massa 1 cenoura média 2 pequenas xícaras de óleo (35ml) 2/3 xícara (chá) de água 1 xícara (chá) de açúcar 1 xícara (chá) de farinha de trigo 1 colher (sobremesa) de fermento químico em pó 1 colher (sopa) de farinha de linhaça dourada (para a cobertura) Água de coco Cacau Açúcar mascavo

PREPARO: Para fazer a massa, primeiro bata no liquidificador a cenoura, o óleo, a água, a linhaça e o açúcar. Em seguida, peneire a farinha de trigo e acrescente ao bolo, mexendo bem com um fouet. Depois, adicione o fermento em pó e bata por três minutos com um fouet. Por fim, leve a mistura para assar em uma forma untada (papel manteiga no fundo) no forno pré-aquecido (180 graus) por 40 minutos. Desenforme o bolo quando estiver frio e acrescente a cobertura. Serviço

Vegan-se Tel.: (61) 3522-7875 Endereço: 406 Norte, Bloco D, Subsolo 46 vegan-se.blogspot.com.br

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Plano Gastrô

Da Redação | Fotos: Divulgação, Rafael Lobo e Daniel Zukko

SANTÉ 13 Seis novas sobremesas começam a fazer parte, agora em abril, do menu à la carte do contemporâneo Santé 13. As delícias prometem agradar os mais diversos paladares: ótimas opções para fechar com chave de ouro o almoço ou o jantar. Diretamente do filme Histórias Cruzadas, o restaurante resgata um clássico do sul dos EUA, a Tart Miny’s, torta de chocolate com massa crocante amanteigada – R$ 29. Já o Delicioso Brownie leva brownie de chocolate com calda toffee de caramelo, ao crocante de Kit Kat e sorvete de creme – R$ 29. Outra opção é o Bolo Quente de Chocolate: acompanha sorvete, chantilly com castanhas e calda de brigadeiro (R$ 38). Também vale experimentar a Torta Mousse de Nutella Cremosa, acompanhada de sorvete de pistache (R$ 32); o Cheesecake com massa Oreo e geleia de frutas amarelas (R$ 28); e a Sopa Fria de Morango, elaborada com morango cozido com especiarias e um toque de laranja, acompanhada de ganache de chocolate branco com fava de baunilha e torrada de bolo amanteigado (R$ 29).

Serviço

Santé 13 – CLN 413, Bloco A, Loja 40 Tel.: (61) 3037-2132 Funciona de segunda a quinta, das 12h às 15h, e das 19h às 23h30; sexta e sábado, das 12h às 16h e das 19h a 1h; domingo, das 12h às 17h.

UNIVERSAL DINER O restaurante Universal Diner lançou, no último dia de março, o Prato da Boa Lembrança 2016. Batizada de Filé Quase nos 20, em homenagem ao tempo de existência da casa, a receita assinada pela chef Mara Alcamim é composta de filé mignon ao molho de vinho e fondue de gruyère, acompanhado de risoto de castanhas. O prato é individual e sai a R$ 120. Como parte da tradição da Boa Lembrança, ao saborear a receita, o cliente ganha uma cerâmica exclusiva pintada à mão. Serviço

Universal Diner – CLS 210, Bloco C, Loja 18 Tel.: (61) 3443-2089 Funciona de segunda a sexta, das 12h às 15h e das 19h a 0h; sábado, das 12h às 16h e das 19h a 1h.

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DELFINNA ASA NORTE O Restaurante e Bar Delfinna abrirá, em breve, uma nova unidade, na 108 Norte. A ideia é manter a mesma tradição e qualidade gastronômica que fizeram o sucesso da unidade no Pontão do Lago Sul. O local oferecerá almoço diariamente em formato de buffet (a quilo). Já o menu à la carte estará disponível durante todo o dia – almoço, happy hour e jantar. Entre os petiscos, um dos favoritos é a casquinha de siri, gratinada com queijo (R$ 19,90). Já para os apreciadores de carne vermelha, a sugestão gastronômica é o filé acebolado com fritas, servido na chapa com batata frita palito, por R$ 53,90. A originalidade é marca registrada no bar da Delfinna. Atualmente, o carro-chefe da casa é o chope weiss. Consiste numa bebida artesanal de trigo, com aroma de cravo e mel (R$ 13,50). Mas se a preferência for bebidas destiladas, a dica é o caipilé de coco com frutas vermelhas, que traz amora, framboesa, morango e abacaxi com hortelã. O toque final fica por conta do picolé de coco. Há versões com saquê, vodca e cachaça. Uma das novidades da Delfinna Asa Norte é o brunch, um vasto buffet de café da manhã às sextas, sábados e domingos.

Serviço

Delfina Asa Norte – SCLN 108, Bloco A, Loja 44 Tel.: (61) 3573-4992 Inauguração em data a ser definida

PARRILLA MADRID Graças ao sucesso do evento Calçadão do Parrilla, o restaurante Parrilla Madrid passou a oferecer aos clientes um novo cardápio especializado em hambúrgueres artesanais desenvolvidos pelo chef Gil Guimarães. Todos eles levam carne 100% black angus moída diariamente na casa. Para sugar os molhos e o suco da carne, um brioche leve e macio preparado pelo próprio restaurante. O bacon também é artesanal, produzido a partir da barriga de porco caipira. O queijo meia cura, por sua vez, vem diretamente da Serra do Salitre (MG). Além disso, os picles de pepino são feitos na casa, enquanto os molhos de Jack Daniel’s foram desenvolvidos em parceria com a Cornucópia Pimentas, que também fornece os picles de jalapeño. No novo cardápio do Parrilla Madrid, o cliente vai poder montar o hambúrguer ou escolher entre as oito opções da casa. O lanche fica ainda mais completo com as fritas de batata roxa Asterix, que podem ser servidas com sal e páprica, alho ou alecrim (R$ 12). De sobremesa, o Brioche Choco Bacon traz sorvete de chocolate e bacon (R$ 17); já o Brioche Hermano combina sorvete de creme e calda de doce de leite argentino (R$ 16). Para acompanhar, a carta de bebidas oferece opções de cervejas artesanais, além dos refrescantes Clericot, Aperol Spritz e a sangria de vinho tinto. Destaque para o Sunset, feito com vinho branco, licor limoncello, soda limonada, uvas verdes e hortelã.

Serviço

Parrilla Madrid – CLS 408, Bloco D, Loja 1 Tel.:(61) 3443-0698 Horário de funcionamento: terça e quarta, das 18h às 00h30; quinta e sexta, das 18h à 1h; sábado e domingo, das 12h às 17h e das 18h a 1h.

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Plano Gastrô ROÇA CULT Já no sexto ano de atividades, o Roça Cult acontece numa propriedade próxima ao Rio Bartolomeu e oferece, em sistema de buffet, o Almoço na Roça, feito com ingredientes orgânicos. Entre os pratos, arroz branco, feijoada à moda da casa, frango caipira com quiabo, angu de milho, pernil assado e risoto vegano. Para adoçar o paladar, doces do cerrado com sorvete. A programação também inclui brechó, feira de trocas e exposições do artista plástico Murillo Hortêncio e de artistas convidados. Serviço

Roça Cult –Dia 17/04, das 12h às 20h. Endereço: Chácaras Santa Rita de Cássia e São José (BR 251, Km 29, Cava de Cima, Módulo 1/13, São Sebastião) Obs.: o local não aceita cartões. Não é permitido som automotivo, entrada com alimentos, bebidas e animais de estimação

NOVA PIZZA DO BACO A pizzaria Baco oferece a exclusiva Fior di latte & Due Pomodoro, feita com fior di latte, mozzarella típica italiana e ingredientes como o tomate Giallo, tomates Sweet Grapes produzidos na fazenda Silvander em Corumbá de Goiás, parmesão, basílico, azeite e flor de sal. A massa é a mesma da Vera Pizza Napoletana, que possui receita artesanal de sabor único e faz parte da dieta mediterrânea, com baixo teor calórico, bordas aeradas e ao mesmo tempo crocantes, e meio fino com delicioso perfume de pão fresco. A Fior di latte & Due Pomodoro custa R$ 59 e vai estar disponível no cardápio do Baco enquanto durarem os ingredientes. Serviço

Baco Pizzaria Asa Sul – CLN 408, Bloco C, Loja 35 Tel.: (61) 3244-2292 Baco Pizzaria Asa Norte – CLN 309, Bloco A, Loja 30/40 Tel.: 3274-8600 Funciona diariamente das 18h a 1h

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AL GUSTO DE FRIDA Uma das paixões da artista mexicana Frida Kahlo era a gastronomia. Na cozinha, utilizava os sabores para esquecer os dissabores de uma vida nada fácil. Inspirado nessa paixão da pintora, o chef David Lechtig, que comanda a rede de restaurantes El Paso, programou aula de culinária, degustação de vinhos e cata de tequila para a temporada do movimento cultural Frida Pop, de 12 a 30 de abril. Para comandar as panelas no curso de culinária, que será ministrado no Instituto Cervantes, dia 13 de abril, Lechtig convidou a chef mexicana Mari Carmen Saenz, uma das responsáveis por tornar a cozinha do México Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. Durante o taller, em espanhol, os alunos terão a chance de experimentar os pratos que aprenderam. O menu escolhido foi baseado nas preferências gastronômicas da artista mexicana. Saenz ensinará aos alunos uma das sopas mais emblemáticas do México, do estado de Guerrero, o pozole rojo con puerco, elaborada com milho, feijão, legumes e carne suína. Também no mesmo dia, um prato tradicional do estado de Jalisco,

as enchiladas tapatias, tortilhas de milho recheadas de filé mignon cortado na ponta da faca, com molho agridoce. Como sobremesa, o pastel de chocolate blanco, um bolo cremoso de chocolate branco. Além da tequila e da cerveja, o México também é um país produtor de bons vinhos. Pratos típicos, como o guacamole, mole poblano, file diablo e churros podem ser harmonizados com rótulos também mexicanos. É essa degustação e harmonização, inéditas em Brasília, que o jornalista e especialista Rodrigo Leitão vai apresentar no El Paso do Terraço, dia 18 de abril. Rodrigo explica que o México é considerado como a região da baixa Califórnia na produção de vinhos, onde são produzidos rótulos mais robustos e quentes, que acompanham muito bem carnes e a culinária condimentada, tão característica do país de Frida Kahlo. A tequila, por sua vez, outra paixão de Frida, será apresentada pelo chef David Letchig, que ensinará aos participantes um pouco da história e da arte da degustação desta destilada extraída da agave azul. O evento será no dia 25, no El Paso do Terraço.

Serviço

Dia 13/04, às 18h30 – Aprenda Espanhol Cozinhando. Aula com a chef mexicana Mari Carmen Saenz, no Instituto Cervantes (SEPS 707/907). Inscrições no local. Taxa: R$ 80. Dia 18/04, às 20 h – Degustação de vinhos mexicanos com Rodrigo Leitão, no El Paso do Terraço Shopping. Taxa: R$ 80. Dia 25/04, às 20 h – Cata de Tequila. Inscrição no El Paso do Terraço Shopping. Taxa: R$ 50.

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Mala sem Rodinha

Paulo Piratininga

Fotos: Divulgação

Jornalista & empresario

SEU PET TEM TRATAMENTO VIP NA REDE DE HOTÉIS PRIVÉ Não tem coisa melhor do que viajar e poder levar seu animalzinho de estimação. E a Rede de Hotéis Privé oferece hospedagem para o seu amiguinho com todo conforto e comodidade. A rede cobra um adicional de R$ 90 na diária, para que o animal de pequeno porte (cães e gatos) aproveite todos os cuidados e atividades oferecidos pela equipe do Vida Mansa Pet Care. Enquanto a família curte os empreendimentos e parques aquáticos do Privé Diversão, o pet é coberto de mimos, como banho, tosa, brincadeiras, adestramento, aulas de obediência e apoio comportamental. Caso o hóspede opte por deixar apenas no espaço Vida Mansa Pet Care, a diária custa R$ 59,90. Situado no Privé Riviera Park Hotel, o ambiente pode ser utilizado pelos clientes dos seis empreendimentos da rede, bastando apresentar o Registro Geral do Animal (RGA) durante o check-in. Acesse www.hoteisprive.com.br ou 0800 62 7575.

CACHOEIRAS REFRESCANTES A POUCOS QUILÔMETROS DE PORTO DE GALINHAS Além de oferecer lindas praias e uma programação ecológica fascinante, Porto de Galinhas é também um ponto de partida para os turistas explorarem a natureza do interior de Pernambuco. Seguindo em direção à Zona da Mata, por aproximadamente uma hora chega-se em Primavera, cidade que abriga a Cachoeira do Urubu, uma das mais imponentes do estado, com 33 metros de queda d’água. Localizada no Parque Ecoturístico que leva o mesmo nome, a cachoeira é uma boa opção para refrescar-se em meio a um cenário quase intocado, coberto pela Mata Atlântica. Dentro do parque há uma completa infraestrutura

de hospedagem e lazer, com área para camping, piscina com toboágua, banho de bica, canyoning, passeio de caiaque e bote. Além disso, disponibiliza redários, lojinhas com vendas de artesanato, bares e restaurantes. Um deles, bastante requisitado, é o Restaurante Moquém. Geralmente, o passeio até a região da cachoeira é feito em um jipe, que pode ser contratado no balneário. O cenário, tomado pelas plantações de cana e pelas casas dos cortadores desse tipo de lavoura, é inspirador. Uma boa dica é solicitar ao guia uma parada para ver o corte e a moagem da cana.

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Mais informações: (81) 3552-1205 ou www.portodegalinhas.org.br


AUTOCONHECIMENTO PARA ATINGIR ALTA PERFORMANCE Carla Ribeiro convida você a conhecer formas objetivas e inovadoras para desenvolver seu potencial e seguir um caminho de realizações profissionais e pessoais. 7 dias de conteúdo de alta qualidade, com mais de 35 palestrantes de renome nacional e internacional!

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Desenvolvimento: Seven-e | Soluções em Tecnologias Educacionais


PUERTO VALLARTA E RIVIERA NAYARIT OS CUSTOS DE UM ATENDIMENTO RECEBEM EVENTOS DA ELITE DA VELA MÉDICO NO EXTERIOR

Puerto Vallarta e Riviera Nayarit receberão, até o dia 30 de maio, a primeira edição da FMV CUP Vallarta Nayarit – evento oficial da Federação Mexicana de Vela (FMV) e parte do calendário internacional da vela. O torneio reunirá 790 barcos e 2.500 velejadores de cerca de 50 países. A competição terá cinco etapas – WesMex, San Diego-Vallarta Race, MEXORC, Banderas Bay Regatta e o Campeonato Mundial da Classe Laser. Para adquirir pacotes com destino a esses paraísos no Pacífico mexicano, a dica é consultar um agente de viagem e escolher as opções de roteiros das seguintes operadoras: AGAXTUR: www.agaxtur.com.br CVC: www.cvc.com.br FLOT VIAGENS: www.flot.com.br FLYTOUR: www.flytour.com.br MASTER VIAGENS: www.viagensmaster.com.br MMT GAPNET: www.mmtgapnet.com.br NEW AGE: www.newage.tur.br Acesse www.puertovallartarivieranayarit.com

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Planejar uma viagem ao exterior em períodos de crise requer muita criatividade e organização financeira. Por isso mesmo, a contratação de uma assistência de viagem deveria ser um dos primeiros pontos a ser levado em consideração. Porém, segundo pesquisas do Ministério do Turismo, realizada com viajantes internacionais, constatouse que 65% dos brasileiros não contratam nenhum tipo de assistência de viagem ou seguro quando vão para o exterior. Para se ter uma ideia, um atendimento médicohospitalar nos Estados Unidos custa, no mínimo, US$ 3 mil. Se houver cirurgias e procedimentos complexos, o valor final pode variar de US$ 30 mil a 100 mil. Já um atendimento odontológico simples pode custar € 200 para quem estiver na Europa. Exames de sangue e raios-X variam de US$ 200 a US$ 700 nos Estados Unidos, enquanto na Europa saem entre € 150 e € 500. O plano Euro Max, carro-chefe da GTA, atende todos os continentes e tem custo de US$ 39 a US$ 125. Contempla, entre outros benefícios, assistência médica por acidente (por evento), assistência médica por enfermidade (por evento), assistência médica para pré-existência, fisioterapia (prescrição médica), assistência odontológica, assistência farmacêutica (por evento), extensão de internação hospitalar, convalescença em hotel por dia (máximo de cinco dias), repatriação sanitária e repatriação por morte. Também oferece planos específicos para esportistas (a partir de US$ 55), cruzeiros (a partir de US$ 15) e até para doenças pré-existentes (a partir de US$ 42). Consulte seu agente de viagem e acesse www.gtaassist.com.br para conhecer os planos


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Planos e Negócios Fotos: Divulgação

Oferecemos aulas para crianças a partir dos 2 anos e para adultos sem limite de idade! Venham conhecer e descobrir qual o ritmo que faz seu coração bater mais forte!

Serviço

O Estúdio de Dança Aline Saliha foi criado no início de 2008 com o intuito de trazer a Brasília um espaço diferenciado para a prática da dança, uma nova forma de enxergar a dança. Acreditamos que dançar vai muito além de decorar e executar sequências de passos e, por isso, trabalhamos cada aluno como um ser integral, onde as dimensões físicas, psicológicas e sociais são interligadas. Em nossas aulas, vamos além do ensino da técnica (que é passada com muita qualidade) e a cada aula são propostos diferentes desafios, para que nosso aluno possa se conhecer e desenvolver seus potenciais. Todos podem dançar. Mais do que isso, acreditamos que todos devem dançar! Todos devem se dar a chance de experimentar o quanto a dança nos acrescenta. A disciplina, o foco e todo o trabalho corporal feito nas aulas nos mostram como somos capazes de ultrapassar limites e de nos relacionar bem conosco e com os outros.

ESTÚDIO DE DANÇA ALINE SALIHA Tel.: (61) 3248-1831/ 8425-3118 End.: Deck Brasil SHIS QI 11, Bloco G, Sala 8 Brasília-DF – CEP 71.625-500 estudioalinesaliha@gmail.com

Rosa Rodrigues Boutique Busca encantar a mulher moderna que é sofisticada, independente e conectada com as tendências mundiais, através de peças exclusivas. Serviço

ROSA RODRIGUES BOUTIQUE Tel.: (61) 3032-8378/ 9278-7070 End.: SCLN 115, Bl A, Lj 05 - Brasília-DF - Enviamos para todo o Brasil https://instagram.com/rosarodriguesboutique/ snap: rosarodrigues61Terça a sábado: 10h às 18h

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Em 25 anos, muita coisa acontece. As boas eu não consigo esquecer. A lei que criou o Passe Livre Estudantil, por exemplo, foi e tem sido um grande alívio para mim e para milhares de estudantes do DF. Hoje, eu estou na faculdade. E continuo me beneficiando com ela. Nada de pagar passagens, nem quando ando de ônibus, nem quando uso o metrô. Valeu, Câmara! 25 ANOS APROVANDO O MELHOR PARA VOCÊ.

Lei do Passe Livre nº 4.462/2010

Jordana Mascarenhas Estudante, 25 anos

0800 941 8787 www.cl.df.gov.br PLANO BRASÍLIA

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Hospital Daher oferece serviço de urologia de excelência O hospital Daher acaba de preparar um laboratório integrado ao centro cirúrgico. Atualmente, as biópsias no transoperatório já acontecem em laboratório fora, mas agora poderão ser feitas no próprio hospital. Será o único serviço particular da região do Distrito Federal a contar com este diferencial, com estrutura recém-inaugurada e uma equipe de profissionais de alto nível.

Serviço

Hospital Daher Tel.: (61) 3248-4848 / 3213-4848 Fax: (61) 3213-4813 End.: SHIS - QI 07 - Conj. F - Lago Sul - Brasília-DF CEP: 71615-570

Serviço

Golden Fit Tel.: (61) 3037-0205 End.: Setor Comercial Norte, quadra 1, lote D, Edifício Vega Luxury Mall www.goldenfit.com.br

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Nova academia na cidade Uma academia pensada por quem é apaixonado por atividades físicas e entende as necessidades de quem pratica. Assim surgiu a Golden Fit. Instalada no coração da capital federal, no Setor Comercial Norte, o empreendimento é uma iniciativa dos sócios Roberto Camilo e os irmãos Georges, Gabriel, Miguel e Rafael Pantazis. A proposta da Golden Fit é facilitar a vida de quem trabalha ou estuda na região. Por isso, o treino é personalizado de acordo com o objetivo e o tempo que cada aluno tem diariamente. Entre as modalidades oferecidas estão musculação, alongamento, spinning e zumba. “Adquirimos aparelhos biarticulados (de execução independente dos membros) e todas as esteiras possuem TV, ventilação frontal e tela touchscreen. Estamos preparados para um público exigente, que tenha duas horas ou apenas 15 minutos para se exercitar”, destaca Roberto.


Temos como foco a confeitaria personalizada e temática, tais como bolos, cupcakes, biscoitos e doces. Além disso oferecemos bolos, tortas, brownie, bem casados e docinhos (tradicionais, gourmet e belgas).

Qr. 207 Conjunto J Casa 17 – Santa Maria – Brasília/DF 8593.6736 | 3052.0032

Email: meliciacake@g�ail.com

Melícia Cake

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Mundo Animal

Por: Jeferson de Oliveira | Foto: Divulgação

Combatendo o estresse

Você sabia que seu animal de estimação pode lhe ajudar no dia a dia? Contra o estresse e problemas psicológicos como depressão, o uso sem moderação do seu melhor amigo pode ser, também, o melhor remédio

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O p s i c ó l o go D a n i e l Po r te l a d e D e u s Albano explica que a sensação de solidão, vazio e tristeza são sentimentos derivados d a d e p r e s s ã o . “A p e s s o a s e s e n t e s o z i n h a , sem vontade de levantar da cama, e seu animal de estimação pode fazer muito bem e s s e p a p e l d e co m p a n h e i ro ” , a f i r m a . O s c ã e s , p o r exe m p l o , p o d e m a l i v i a r a te n s ã o d e u m d i a e s t re s s a nte d e t ra b a l h o , f a z e n d o com que toda atenção seja dada a ele. A s e r v i d o ra p ú b l i c a M a r i a A p a re c i d a M o d e s t o Pe re i r a , g e re n t e d e d e s e n v o l v i m e n t o d e p e s s o a s d a S e c re t a r i a d e Fa z e n d a , é “ m ã e ” de dois cãezinhos da raça buldogue francês. V i ce nt i n a M a r i a ( V i ck y ) e G o d of re d o s ã o bem mimados pela servidora, que estampa sorrisos ao falar deles. Para ela, um animal pode influenciar no humor e na autoestima. “ I s s o é p rova d o c i e nt i f i c a m e nte , t a nto que existem tratamentos para a cura de doenças e traumas, nos quais são utilizados animais”, argumenta. “Às vezes eu chego em casa cansada do trabalho, mas eles (Vicky e G o d of re d o ) m e f a z e m e s q u e ce r d i s s o ” . M a r i a A p a re c i d a d e d i c a s e u te m p o a o s bichos, diariamente, uma hora e meia pela m a n h ã e ce rc a d e t rê s h o ra s à n o i te . “ E l e s d o r m e m n o q u a r to e m e a co rd a m p a ra b r i n c a r. Q u a n d o v o u p a r a o b a n h o , a m b o s d e i t a m n o t a p e te d o b a n h e i ro . N a h o ra d o c afé , f i c a m s e nt ad i n h o s , p r ó x i m o s à m e s a . Já quando chego do trabalho, eles fazem a fe s t a ” , re l at a . C i d a co nt a q u e o s ga s to s p re c i s a m e s t a r d e nt ro d o o rç a m e nto , d e a co rd o co m a condição de cada um. “Costumo comprar

peitoral, cinto de segurança, coleira, xampu e p ro d u to s p a ra o b e m - e s t a r e s e g u ra n ç a deles. Mas não é barato”, admite. A b a i xo o m a u h u m o r Thiago Lucas, chefe da assessoria de c o m u n i c a ç ã o d a S E F, é “ p a i ” d e B o n o , u m c ach o r ro d a raç a d a s ch u n d , h á q u a s e t rê s a n o s . “ C o m e l e , a p re n d i a l i d a r co m a s adversidades e a ter paciência”, afirma. “ Te r u m c a c h o r r o é c o m o t e r u m f i l h o , v o c ê p r e c i s a s e o r g a n i z a r. A n t e s d e d o r m i r, e u j á sei como vai ser o próximo dia; penso que devo levantar tal hora, passear com ele. E i s s o i nf l u e n c i a n o t ra b a l h o , vo cê a p re n d e a se organizar melhor também no âmbito p rof i s s i o n a l ” . O pet é um antídoto ao mau humor m at i n a l . “ O B o n o ve m m e aco rd a r e , então, já começa a farra. Não adianta ser emburrado. Além disso, sou ‘obrigado’ a f a z e r e xe rc í c i o s p e l o m e n o s d u a s ve z e s ao dia, ao caminhar com ele”, conta. S e g u n d o T h i a go , e s s a re l aç ã o co m o bichinho obedece a um limite. “Bono é um animal. Não tento substituir o contato humano pelo dele”, pondera. “Mas sei que existem algumas pessoas solteiras que podem ter tido alguma decepção ou o u t ra e , p o r i s s o , p re fe re m a co m p a n h i a d o s a n i m a i s ” . O u t ra re g ra , d e aco rd o co m o assessor de comunicação, é não gastar mais com o cão do que com ele mesmo. “Mas faço o possível para que Bono fique bem de saúde e tenha um mínimo de conforto”, frisa.

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Economia

José Alves de Sena PRESIDENTE DO SICOOB CREDFAZ

Cooperativa de Crédito

Caminho para superar crises e armadilhas A economia do Brasil apresenta cenário bastante preocupante para 2016, com expectativa de 3% de recuo no PIB. Embora esse número não seja apontado como definitivo, há consenso, entre os analistas, de que o país continuará com dificuldades, visto que as medidas necessárias para a recuperação do crescimento econômico dependem da capacidade do governo de negociar com o Congresso Nacional. O que não vem acontecendo com a fluidez exigida pelo mercado. Por causa dessa inabilidade, projetos importantes para impulsionar a economia acabam como objeto de barganha e pressão. Embora crítico para o setor produtivo e à imensa maioria da população, há quem lucre no momento de crise. Esse tipo de oportunismo pode ser percebido na cobrança de taxas administrativas e juros cada vez mais abusivos. Assim como uma moeda lançada ao alto para tirar a sorte, os problemas econômicos também geram ganhadores e perdedores. Esses últimos, a classe média trabalhadora. Os aproveitadores lançam mão de várias ferramentas: linhas de crédito oferecidas para compra de eletroeletrônicos, automóveis, celulares e até de alimentos. Isso pode ser comprovado pela média dos juros dos cartões de crédito, que desafiam o bom senso com taxas acima de 400% ao ano nas instituições financeiras tradicionais. Além disso, as tarifas sobre as movimentações nas contas correntes são responsáveis por perdas significativas. A cooperativa de crédito carrega consigo o DNA da solidariedade. Todos os cooperados são essencialmente proprietários da mesma e, por isso, gozam dos benefícios que, em outros modelos, são destinados apenas aos sócios e acionistas. Cada um participa com cotas de capital, que rendem e servem para definir a participação. Quanto mais investe, maior é o ganho. Na dialética do mercado, a negação da lógica de exploração vem do sistema de crédito cooperativo. Mesmo operando dentro de um ambiente capitalista, não corrobora com essas práticas; todavia, apresenta-se como alternativa segura, inteligente e solidária, pela qual todos os produtos e serviços oferecidos pelos bancos e financeiras ficam à disposição dos cooperados sem altos custos. É possível a contratação de seguros para automóveis, residências e cobertura pessoal (seguro de vida), ainda cartões de crédito e débito, consórcio, previdência privada e empréstimos, bem como fazer aplicações financeiras, poupança e utilizar serviços intrínsecos à conta corrente, que pode ser acessada por

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meio da internet ou dos caixas eletrônicos. Em suma, o modelo do cooperativismo dispõe de tudo aquilo que outros têm, mas com custos menores e mais vantagens. Para o presidente do Sicoob Credfaz Servidor Federal, José Alves de Sena, a falta de informação ainda é o maior desafio a ser vencido pelo crédito cooperativo. “Todos os produtos e serviços oferecidos pelos bancos e financeira também são encontrados aqui, com as mesmas garantias das instituições tradicionais de crédito”. assegura. “Os bancos têm o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) e o cooperativismo conta com o FGcoop, que exerce o mesmo papel”. Ele termina dizendo que existe um grande potencial de crescimento para o setor, que, quando alcançado, vai modificar drasticamente as relações entre consumidores e instituições financeiras. “Em países onde o cooperativismo de crédito responde por 10% do PIB bancário, os bancos não dão mais o tom do dinheiro”, sinaliza. Sena fala que isso representa um grande avanço, porque as práticas predatórias são minimizadas por meio de ajustes naturais do mercado. “As cooperativas exercem concorrência positiva e trazem benefícios”.

Entenda as vantagens de ser cooperado do Sicoob Credfaz Servidor Federal: Ingresso fácil Para ingressar na cooperativa, bastam preenchimento dos formulários cadastrais, apresentação de documentos e um depósito mínimo de R$ 120, que é integralizado em forma de cota de capital. Quanto mais negócios, maior será o retorno do cooperado, visto que a participação nos resultados (sobras) da cooperativa é calculado tendo por base as operações realizadas pelo cooperado. Crédito justo As taxas de juros aplicadas pela cooperativa não podem ser comparadas com quaisquer outras, simplesmente porque não têm a finalidade de gerar lucros para os investidores, mas atender as demandas dos cooperados. Esse é um fator absolutamente relevante. Os ideais que norteiam as atividades não estão atrelados à usura, mas aos valores intrínsecos à solidariedade. Motivo pelo qual os empréstimos contratados na cooperativa sempre oferecem melhores condições.


Cooperativa gera sobras Ao término de cada ano, as contas da cooperativa são fechadas. Depois de apurados os resultados, os valores que excedem as despesas são rateados entre os cooperados de acordo com a participação. Isto é: além de todos os benefícios dos produtos e serviços, ainda recebem montantes oriundos das sobras. Todos os serviços contratados na cooperativa colaboram para o aumento desse bolo. O Sicoob Credfaz Servidor Federal está entre aquelas que mais distribuem sobras, proporcionalmente no Distrito Federal. Nos anos de 2014 e 2015, mais de R$ 5 milhões foram distribuídos. Decisões colegiadas Os rumos da cooperativa e a diretoria são definidos pela Assembleia Geral, formada pelos delegados, que são eleitos por meio do voto direto. Eles respondem por assuntos extremamente relevantes, como a destinação dos recursos da cooperativa e percentual de repasse das sobras. Sendo assim, fica garantida a participação de todos os cooperados, por meio dos representantes, no processo decisório da entidade, que é essencialmente democrático. Essa dinâmica traz maior transparência e segurança nas decisões tomadas. Segurança e estabilidade Assim como qualquer instituição que opera no mercado financeiro, a cooperativa é fiscalizada pelos órgãos de controle oficiais. O Banco Central acompanha regularmente as atividades, a fim de que sejam resguardados os direitos dos participantes. Ademais, auditorias independentes e o Conselho Fiscal também monitoram as operações financeiras e administrativas da cooperativa, a fim de que sejam apresentados relatórios contábeis durante a Assembleia Geral, que tem, entre outras prerrogativas, aprovar ou não as contas. O Sicoob Credfaz Servidor Federal goza de ótima saúde financeira, com mais de 20 anos de atuação, sendo referência nos quesitos rentabilidade e segurança aos investidores. Comodidade Investimentos nas áreas de comunicação e tecnologia possibilitam aos cooperados acesso imediato às informações da conta corrente. Transferências, pagamentos e consultas podem ser realizados por meio do internet home banking, que pode ser acessado por meio de computadores, tablets e smartphones com rapidez e máxima segurança. Esses mesmos serviços e saques também podem ser efetuados nos caixas eletrônicos espalhados nas capitais e por todo território nacional, através das redes conveniadas. Acesso livre Os diretores da cooperativa sempre estão à disposição dos cooperados, sem a necessidade de protocolos e formalidades. Isso porque há entendimento da importância dos relacionamentos interpessoais para o desenvolvimento da organização. Eles interagem com os cooperados e apresentam as melhores formas para atendê-los, sem burocracia. Capacitação e educação financeira A cooperativa subsidia programas de reeducação financeira para os integrantes, por entender que muitos indivíduos ainda não sabem lidar corretamente com as questões do orçamento doméstico. A mudança de hábitos de consumo e planejamento das contas são estimulados, a fim de proporcionar desenvolvimento na economia familiar, por meio do equilíbrio das contas e retomada na capacidade de investimentos. Esses cursos são oferecidos inclusive pela internet e, muitas vezes, sem nenhum custo.

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Vinhos

Antônio Matoso Filho

Esse vinho que

servidor público, apreciador e estudioso de vinhos desde 1982

eu gosto é bom?

Frequentemente ocorre de me encontrar com uma pessoa que se interessa por vinhos e, quando sabe que é um tema ao qual me dedico, logo me pergunta: o vinho “tal” é bom? Se respondo afirmativamente, a pessoa fica mais à vontade e confessa que gosta muito desse “tal” vinho. E eu então é que entro em parafuso: o que importa se eu disser que o vinho não é bom, ou que o tal vinho não agrada ao meu paladar? Já houve situação em que a pessoa se desconsertou e passou a questionar seu próprio gosto – e claro, o próprio vinho do qual gosta, também. Em um Brasil que padece de tantas outras ignorâncias, chega a ser intrigante ter pessoas que se sentem diminuídas por gostar de um vinho mais popular, que um “conhecedor” considera mediano ou ruim. Parece que gosto pessoal e personalidade ficam anuladas após a opinião de um connaisseur. Um pouco sem sentido, isso! É fato que não temos tradição de beber vinhos cotidianamente, como os europeus dos maiores países produtores e mais tradicionais. Beber uma taça de vinho em cada refeição, como eles fazem naturalmente, está longe de se tornar um hábito inarredável aqui nos trópicos. Assim, a falta de conhecimento do assunto é natural e compreensível. Temos muito que conhecer e consumir, para chegarmos aos níveis dos primeiros colocados no mercado mundial. Então, é de se esperar que a maioria dos brasileiros, quando se interessa por beber um vinho, se sinta um tanto perdida e desorientada diante de tantas alternativas. E quando a pessoa vai pedir orientação a um vendedor de supermercado, pode até ser mal orientado. Em casas especializadas, felizmente, talvez haja profissionais mais capacitados a identificar (descobrir) os anseios gustativos do interessado e lhe direcionar algo em harmonia com o seu bolso e paladar. E é fato, existem vinhos bons e ruins. Não necessariamente apenas vinhos muito caros são bons. Ainda bem, existe um segmento de valores intermediários que podem proporcionar qualidade sem agredir muito o bolso do enófilo. No Brasil a legislação já assegura que o vinho de “qualidade mínima” tem que ter em seu rótulo (ou contra-rótulo) a classificação vinho “fino” (feito exclusivamente com uvas viníferas). Para atenuar o desconhecimento de quem estiver interessado em saber um pouco mais sobre vinhos, recomendo

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procurar um curso, ofertado por uma casa especializada ou alguma instituição do segmento, que é o primeiro passo para o bem intencionado e curioso começar sua via sacra nesse vasto universo. Comprar livros e revistas sobre o tema também dará bons suportes. Viajar pelas regiões de países produtores é, talvez, o mais encantador estudo e aprendizado. E aí, será só o começo da odisseia. Conhecer as características das uvas e suas particularidades de aromas e sabores nos vinhos conforme a região que os produz, aprender as nuances distintas das regiões, tipicidades e culturas enogastronômicas associadas, assim como as diferenças na qualidade das safras, vai mostrar um pouco porque o mundo do vinho chega a ser assunto inesgotável, desafiador. E o gosto? Provou e gostou, ou não gostou de determinado vinho? Foi “ao” encontro ou “de” encontro com as expectativas e preferências pessoais? Depois de algum conhecimento e prática, é importante delinear estilos, tipos ou procedências que agradam, mas não é menos importante manter a curiosidade para conhecer as características de algo novo ou jamais provado. Beber um vinho que nos agrade em boa companhia, é muito mais importante do que o preço, a fama e a pontuação do vinho por críticos. Identificar as características que são afins ao gosto pessoal (e da companhia também) requer algum tempo e prática, mas não espere a opinião de um especialista para desfrutar um bom vinho. É importante manter o hábito de provar vinhos de várias uvas e regiões distintas para ampliar o conhecimento e, quem sabe, descobrir novos sabores e aromas que agradam. Participar de degustações, feiras e exposições ajuda muito na ampliação do conhecimento. Após algum tempo de prática, a pessoa vai saber diferenciar um bom vinho de uma zurrapa ou engodo (sim, existem alguns vinhos caros que, pode-se dizer, são como comprar “gato por lebre”). Verá que são dispensáveis as recomendações dos “entendidos” e cairá por terra também mitos do tipo que apenas vinhos famosos e caros é que são bons. Aliás, alguns desses caros famosos podem resultar em mero desperdício de dinheiro para o seu paladar específico. Esqueça os formalismos e saia de perto de quem bebe vinho de nariz empinado pelo preço e fama e que nem sabe descrever o que está degustando. Deixe de lado os formalismos, beba o vinho que lhe agrade e caiba no seu bolso, e seja feliz!


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Diz Aí, Mané “É só começar a chover,

que meu cabelo já se levanta, pra ver o que tá acontecendo”

“Já que a moda agora é lançar desafios, eu desafio todos a depositar R$ 100 na minha conta”

“Quando eu era pequeno, era obrigado a comer; agora que eu cresci, sou obrigado a parar”

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“Antigamente, o cravo brigava com a rosa e a rosa saía despedaçada. Hoje em dia, a rosa compra Acnase, que elimina cravos e fica mais linda e solteira”

“A pessoa posta cada passo que dá no Facebook, depois reclama que as pessoas tomam conta da vida dela”

“Dica de como usar sandália gladiadora: não use”

“As más línguas falam de mim; as boas bebem comigo!”

“Tem gente que consegue ser mais falso que cachaceiro pedindo dinheiro para comprar pão”

“Estou mais abandonado que panetone em véspera de Páscoa”


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Boa leitura com um bom café Locação, venda e assistência técnica de máquinas para café espresso Brasília: 106 Norte Bl.C Lj. 52 | Tel: 61.3033-1010 Goiânia: Rua 17 nº 64 - St Oeste | Tel: 62.3942 4588

Tá lendo o quê? Fotos: Divulgação

Daniel Zukko Jornalista, empresário, idealizador e apresentador do programa #minhabrasilia

Livro Operação Cavalo de Troia Autor J.J. Benítez

Biografia, ficção, fé e ciência. Parecem temas bastantes controversos para um único livro, porém o jornalista espanhol J.J. Benítez conseguiu resumir tantas paixões em uma série genial, chamada Operação Cavalo de Troia. O livro conta detalhes da última semana do Cristo, pelo olhar de um cientista americano que acompanhou, lado a lado, todo o sofrimento do nazareno. O autor se recusa em taxar a obra como ficção e afirma: “Sou jornalista, escrevo sobre fatos”. Tire suas conclusões.

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Alessandra Távora Videologger e blogueira do Cerveja & Esmalte

Monaliza Maia Gerente de marketing do Terraço Shopping e JK

Livro Santa Catarina à mesa

Livro Cem Anos de Solidão

Autor João Alexandre Lombardo

Autor Gabriel García Márquez

Ganhei esse livro e fiquei muito interessada na forma como ele aborda a história do vinho, da cerveja e da gastronomia regional, harmonizando as duas bebidas. Fiquei fascinada com as fotos, os roteiros e fiquei com vontade de viajar para visitar as vinícolas e cervejarias, conhecer a parte histórica. O livro é muito bem escrito e prende a atenção de todos que apreciam beber e comer bem. Atende a todos os públicos, abrindo os horizontes até de quem gosta de uma bebida e não gosta da outra. É um daqueles livros que transporta você a uma outra época, um outro lugar.

Li a obra numa circunstância muito especial: era estudante de Ciências Políticas e Jornalismo na antiga Iugoslávia e fui passar um verão na Grécia, junto com outros amigos de várias nacionalidades, colhendo pêssegos numa cidadezinha chamada Makrohori. Um dos amigos, um mexicano, tinha o livro em espanhol. E assim, debaixo daqueles pés de pêssego, num dos verões mais quentes do século, passei meus dias lendo as histórias de realismo mágico do colombiano. Não sei se foram as circunstâncias extraordinárias, mas, desde então, este tem sido o meu livro favorito.

Rafaela Dornas Jornalista e apresentadora do programa Inside (SBT Brasília)

Livro Chacrinha – a Biografia Autor Eduardo Nassife e Denilson Monteiro

Adoro biografias e a última que li foi a do Chacrinha, o apresentador de maior sucesso da televisão brasileira. É i m p re s s i o n a nte a t ra j e t ó r i a desse comunicador e como ele foi responsável pelo sucesso e formação de artistas consagrados. Um grande aprendizado, principalmente para q u e m t ra b a l h a co m te l e v i s ã o .

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Ponto de Vista

Weslei Antonio Maretti

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Sociólogo

VERÁS QUE O FILHO TEU NÃO

FOGE À LUTA Com certeza, o povo brasileiro não merecia o que está sofrendo hoje. Fico a pensar nos milhões de pessoas que confiaram na pessoa de um metalúrgico que, por seus méritos, conseguiu se transformar no Presidente da República do Brasil com o maior índice de aprovação popular. Conseguiu, também, levar o Brasil para fóruns internacionais em posição de destaque, por ter sido reconhecido como um grande estadista. E agora a população assiste à derrocada de seu ídolo por ter-se mostrado desonesto, manipulador e chefe de quadrilha. Dois adjetivos ficam evidentes nos últimos acontecimentos que qualificam a pessoa de Lula: egoísta e covarde. Egoísta, porque somente pensou em si, em sua imagem sendo destruída, com o risco de ser preso por ordem do juiz Sergio Moro em razão dos crimes que teria praticado. Egoísta, porque poderia ser a esperança de seu partido e de milhões de seus seguidores como uma liderança do PT nas eleições de 2018. Porém, renunciou a tudo isso para se esconder no foro privilegiado de Ministro de Estado. Covarde, porque preferiu a proteção do foro privilegiado a responder como cidadão comum a atos delituosos que lhe são imputados. O pior é que tentam compará-lo a Mandela, Gandhi e outros líderes que passaram grande parte de suas vidas encarcerados por defenderem princípios como liberdade e democracia. Os últimos acontecimentos mostraram a sua verdadeira face, uma pessoa covarde, mesquinha e que somente

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pensa em seu umbigo, sem nenhum sentimento de responsabilidade política. Por outro lado, a ainda Presidente da República tentou a sua última cartada. Empregou toda a reserva de suas forças para tentar se salvar, colocando em xeque uma dita proposta de governo para os pobres. Agora, ou vai ou racha. Julgou que Lula poderia fazer o que ela nunca soube fazer, ou seja, articular forças para viabilizar um projeto. Mostrou também algumas características pessoais, como pouca inteligência, incapacidade de avaliar uma situação de crise e megalomania por julgar que pode tudo. Os últimos episódios causaram indignação na população informada, na classe política e no Poder Judiciário. A tempestade parece que está somente no começo. Tudo indica que “não vai, vai rachar”. O mais importante é que não houve nenhuma necessidade de quarteladas ou de qualquer outro tipo de manobras ilegais e inaceitáveis para um país que é regido por um Estado de Direito Democrático. Os golpistas de plantão, aqueles que vivem presos no passado e não conseguem acompanhar o desenvolvimento político do país, podem guardar os seus rancores e deixar de, constantemente, verbalizar a sua ânsia por uma nova intervenção militar. Esta não é necessária, porque as instituições brasileiras e seu povo organizado estão conduzindo o país para um porto seguro dentro da lei e da ordem.


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Cresça e Apareça

CARLA RIBEIRO Especialista em Programação Neurolinguística

O autoconhecimento

(PNL) e tetracampeã mundial de caratê

mudou a minha história e

pode mudar a sua também

Quando chegou o momento na minha vida de escolher uma carreira profissional, foi muito difícil. Primeiro, escolhi Economia para seguir a história de meu falecido pai. Depois, outros cursos, até me decidir pelo Direito. Mas paralelo a essa dedicação acadêmica, comecei minha jornada no caratê. Essa trilha acabou se revelando uma trajetória de autoconhecimento. Só depois de um tempo, aprendi que era responsável pela minha história. Quando iniciei os treinos de caratê, havia uma distância muito grande a percorrer, para não ser uma lutadora medíocre. Foram muitos treinos com o objetivo de aumentar a força física, a agilidade, a destreza e a explosão muscular. Levantar cedo em dias chuvosos ou abdicar de saídas noturnas eram superadas pelo forte desejo de ser uma boa lutadora. Sem dúvida, ser uma profissional do esporte é escolher uma vida marcada por abnegação. Por isso, é preciso ter muito claro o porquê de se fazer o que se faz. Em pouco tempo, comecei a participar de competições e ganhar vários títulos: tricacampeã brasileira, tricampeã sul americana, tetracampeã

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pan americana, tetracampeã mundial de caratê, campeã mundial de kickboxing, recordista do Guinness Book 98. Minha experiência como atleta de alto rendimento e meus estudos de Programação Neurolinguística (PNL), e coaching foram fundamentais para entender melhor minha missão e meu propósito de vida, que se funde com a missão do instituto social que leva meu nome e desenvolve o programa Formando Campeões. Este já ajudou mais de duas mil famílias em Brasília, e foi finalista do Prêmio Unicef, formando campeões na vida e pessoas comprometidas com um mundo melhor. Com mais de 10 anos trabalhando com projetos sociais e mais de 20 participando de competições, verifiquei que várias pessoas deixam de desenvolver seus dons, de se profissionalizar em áreas que gostariam por causa do medo de fracassarem. Testemunhei o quanto é importante a pessoa ter significativo grau de autoconhecimento para tomar decisões acertadas. Porque, quando alguém conhece bem o próprio perfil, consegue ver com clareza os papéis que pode desempenhar e identificar as condições necessárias para ter êxito.

Foi dessa demanda social que surgiu a ideia de realizar o 1o Congresso Online Nacional de Autoconhecimento para Alta Performance (Conapape). Convidei grandes especialistas na área de alta performance e alguns atletas de renome internacional, que estarão oferecendo informações idôneas e atualizadas, focadas em transformar a vida das pessoas que vão participar do Conapape. Dentre nossos convidados, temos o pós-doutor em Sociologia, professor Pedro Demo; o tricampeão mundial de Fórmula 1, Nelson Piquet; o sociólogo dr. Antônio Testa; a educadora dra. Dulce Magalhães; o professor Homero Reis; o professor Ruy Mattos; Leila do vôlei; o campeão olímpico Joaquim Cruz; o campeão mundial de vela Lars Grael; Hortência do basquete; o filósofo e PhD Luiz Felipe Pondé; e o palestrante e professor Luiz Marins. Assim como eu mudei a minha vida com as informações que serão compartilhadas no Conapape, tenho certeza que será um marco na vida das pessoas que assistirem e seguirem as dicas compartilhadas pelos palestrantes. Na minha palestra, compartilho os 12 princípios da alta performance. Seguir esses princípios muda a vida de qualquer um. Na verdade, o Conapape não propõe nada milagroso, mas oferece estratégias inteligentes e efetivas para se obter excelência na vida. Vale a pena participar. O evento, totalmente on line, acontecerá de 25 de abril a 1o de maio. As vagas para cada palestra são limitadas. Inscrições gratuitas pelo site: www. congressodealtaperformance.com.br


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Justiça

Roberto Caldas Alvim de Oliveira advogado trabalhista em Brasília-DF

Trabalhar em casa é bom ou é ruim? A Consolidação das Leis do Trabalho prevê que “não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado à distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego” (art. 6). Trabalhar em casa, mesmo com vínculo de emprego, não é novidade, mas tal lei foi sancionada para igualar direitos, tais como hora extra, adicional noturno e assistência em caso de acidente de trabalho que, antes, não eram devidamente respeitados. O controle da atividade realizada em casa poderá ser feito pelos meios telemáticos e informatizados de comando, ou, ainda, mediante a comprovação da realização das tarefas pré-determinadas pelo empregador e no tempo por ele fixado, sendo que o empregado poderá comparecer à sede da sua empresa de tempos em tempos para providências que exijam a sua presença. O trabalho em casa traz muitos benefícios ao empregado, como, por exemplo: controle do tempo de trabalho, conforto do seu lar, desnecessidade de deslocamentos, perda de tempo com engarrafamentos, despesas com estacionamento e com o seu veículo, entre outros. Contudo, o empregado deverá estar atento para a necessidade de se conscientizar de que está em casa, mas no trabalho, e não poderá desviar a sua atenção para os problemas domésticos, a fim de cumprir rigorosamente a jornada de trabalho delimitada pelo empregador. Para o empregador também é vantajoso manter o seu empregado em casa, pois, mesmo que tenha que arcar com todas as despesas com internet, telefone e energia elétrica, ainda assim ele economizará nos seus custos fixos e a tendência é de que o empregado que trabalha em casa

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aumente a sua produtividade, atraindo, consequentemente, aumento da receita do empregador. Por outro lado, o empregador deve se policiar para não acionar indiscriminadamente o seu empregado via e-mail, mensagens e telefonemas após o expediente diário, para evitar o pagamento de horas extras e, até mesmo, indenização pelo estresse causado ao trabalhador que já está no seu horário de descanso e não deve ser importunado com exigências que já o colocarão em alerta para a atividade do dia seguinte. A princípio, portanto, trabalhar em casa é uma boa solução para o empregado e para o empregador. Todavia, merece reflexão o fato de o empregado estar ausente da empresa, aonde o contato com os seus colegas permite encontrar soluções mais rápidas para os seus questionamentos do que quando se está sozinho, sem alguém para dividir uma dúvida. Também, o seu crescimento profissional poderá ser afetado, na medida em que ele não estará vivenciando a evolução diária da sua empresa, as novas soluções, as metas atingidas e as projeções para o futuro que, certamente, chegarão ao seu conhecimento bem depois de já ter sido decidido no ambiente comum de trabalho. Por último, importante destacar que nem todas as atividades permitem o trabalho em casa, especialmente aquelas que demandam algum tipo de equipamento que, necessariamente, estará à disposição na sede da empresa. De qualquer forma, a regulamentação do trabalho em casa privilegia a qualidade de vida do trabalhador e vem em boa hora para se adequar à realidade moderna, com a utilização da internet e aparelhos inteligentes que facilitam a vida de todos.


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Charge

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