Palavra de Jerusalém, Julho - Agosto 2022

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PALAVRA

EMBAIXADA CRISTÃ INTERNACIONAL EM JERUSALÉM / JULHO/AGOSTO 2022 / EDIÇÃO EM PORTUGUÊS

DE JERUSALÉM

Restaurado NA TERRA PROMETIDA


PALAVRA DO

PRESIDENTE Queridos amigos, A última pergunta que os discípulos fizeram para Jesus antes da sua ascenção foi: “Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?” (Atos 1.6) Muitos comentaristas modernos censuram os discípulos por ainda estarem apegados a um antigo paradigma do nacionalismo judeu que estava prestes a morrer. Hoje, sabemos melhor e não faríamos uma pergunta aparentemente tão tola. A Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém foi estabelecida em 1980 em reconhecimento da significância bíblica de Jerusalém e sua conexão única com o povo judeu. Hoje a ICEJ representa milhões de cristãos, igrejas e denominações para a nação e povo de Israel. Reconhecemos na restauração de Israel a fidelidade de Deus em guardar sua antiga aliança com o povo judeu. Nossos principais objetivos são: * Estar ao lado de Israel em apoio e amizade; * Equipar e ensinar a igreja global sobre os própósitos de Deus para com Israel e com as nações do Oriente Médio; * Ser uma voz ativa de reconciliação entre judeus, cristãos e árabes e apoiar as igrejas e congregações na Terra Santa. De seus escritórios em Jerusalém, a ICEJ alcança mais de 170 países, com representações em mais de 90 países. Nossa visão é: * Alcançar cada segmento da sociedade israelense com o testemunho cristão de conforto e amor, e * Alcançar e ativamente representar o apoio das denominações, igrejas e cristãos de cada nação da terra. A Embaixada Cristã Internacional é um ministério interdenominacional com base na fé apoiado por contribuições voluntárias de nossos membros e amigos ao redor do globo. Convidamos você a se juntar a nós enquanto ministramos a Israel e ao povo judeu no mundo todo, doando para o trabalho contínuo e testemunho da ICEJ.

WORD FROM JERUSALEM

CRÉDITOS Presidente - ICEJ Dr. Jürgen Bühler VP de Assuntos Internacionais Mojmir Kallus VP de Finanças David Van der Walt VP de Operações Barry R. Denison VP e Porta-Voz Senior Internacional David Parsons VP de Assistência Social e Aliá Nicole Yoder Editora-chefe/Diretora de Publicações Laurina Driesse Equipe de Redatores Anastasiya Gooding Designer Gráfico/Ilustrador Ryan Tsuen Administração Tobi H Fotografia Shutterstock, Adobe Stock, Carina Reiger, James Cheatham, Dennis Zinn/JNF, newsroom.intel.com, Equipe ICEJ e Representações, wikimedia commons, YouTube.com Coordenadora para Língua Portuguesa Priscilla Campos Tradução e Adaptação Ester Hansen Priscilla Campos, Julia La Ferrera, Elisabete Fonseca, Fernando Marques A Nova Bíblia King James foi usada para todas as referências bíblicas salvo indicação em contrário. Palavra de Jerusalém é publicada pela Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém. A reprodução total ou parcial sem permissão por escrito é proibida. Palavra de Jerusalém não tem preço de assinatura e é custeada por contribuições do mundo todo. Todos as contribuições para este ministério são dedutíveis dos impostos (nos países onde isso se aplica). Para mais informações, visite-nos em www.icej.org INTERNATIONAL CHRISTIAN EMBASSY JERUSALEM P.O. Box 1192, Jerusalem • 9101002, ISRAEL

Apenas três versículos antes, lemos que Jesus “apareceu-lhes durante quarenta dias, falando das coisas concernentes ao reino de Deus.” Então é bastante notável assumir que – depois de três anos experimentando os ensinamentos pessoais do próprio grande Rei, depois de observar Jesus orar, comer e curar pessoas, e depois de 40 dias de encontros incríveis com o Senhor ressurreto – os discípulos tenham entendido tudo errado e ainda estavam presos a uma esperança antiga. Lembrem-se, os próprios discípulos já tinham pregado o evangelho do Reino e se regozijado que “até os demônios se submetem a nós em Seu nome.” (Lucas 10.9,19) Assim, é extraordinário o quanto alguns teólogos conseguem ser condescentes. Prefiro acreditar que os ensinamentos de Jesus eram claros e que não lhes deixou nenhuma dúvida. Deus iria restaurar o Seu Reino a Israel. Os discípulos estavam apenas incertos quanto ao tempo, e Sua resposta naquele dia foi “apenas o Pai sabe”. Mas o Reino vindouro para Israel continuou sendo a esperança da Igreja Primitiva, como Paulo deixou tão claro – que a restauração futura de Israel será a “vida dentre os mortos” para todo o mundo. Hoje, estamos mais próximos do que nunca desse dia. O retorno de Israel à Terra Prometida é milagroso. A maioria dos israelenses com quem converso concordam que a existência de Israel, seus avanços consideráveis, sua proteção durante o tempo de guerra, e o “verdejar” do deserto são todos milagres. Em poucos anos, a nação que começou como uma nação de refugiados em uma terra deserta, que sobreviveu a repetidas guerras e é costantemente ameaçada, boicotada e criticada em todo o mundo, de alguma forma superou alguns dos países mais ricos da Europa em relação ao PIB per capita. Que incrível! Mas tudo isso é apenas o início do milagre que ainda está por vir. Um espetáculo de ópera começa com uma abertura magnífica, uma peça orquestral que imediatamente captura a atenção de todos. Mas essa é apenas a introdução da obra de arte principal – a própria ópera. Hoje, Israel é exatamente assim. Uma abertura impressionante, milagrosa e fascinante para o espetáculo real, a manifestação prometida do Reino de Deus. O próximo ato que podemos esperar é o derramamento do Espírito de Deus. Os profetas hebreus falaram repetidas vezes sobre esse dia que viria em breve. E, claro, o clímax será a vinda do próprio Rei. Já hoje, a abertura nos fascina e nos chama para a ação até aquele dia em que a cortina se abrirá e o ato principal se iniciará. Como ICEJ, estamos comprometidos em nos posicionarmos em apoio a Israel nesse estágio crítico de sua história. Peço que vocês considerem, em oração, se unirem conosco nessa posição enquanto lêem essa revista. Em Seu grande amor.

Dr. Jürgen Bühler

Presidente Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém

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FOTO DA CAPA: Vale de Jezreel visto da Fonte de Ein Harod, no sopé do Monte Gilboa. PARA EDIÇÕES ANTERIORES:

www.icej.org/media/word-jerusalem

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SUMÁRIO

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A IGREJA MESSIÂNICA UM SINAL DOS NOSSOS TEMPOS

8 ISRAEL, A NAÇÃO UNICÓRNIO

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JULHO/AGOSTO 2022 EDIÇÃO EM PORTUGUÊS

ICEJ AJUDA A FORNECER 'O PRIMEIRO LAR NA PÁTRIA' AOS NOVOS IMIGRANTES JUDEUS

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GRUPOS DE TURISMO VISITAM OS PROJETOS SOCIAIS E OS ABRIGOS ANTIBOMBA

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LAR HAIFA ACOLHE SOBREVIVENTES DO HOLOCAUSTO FUGIDOS DA UCRÂNIA


ENSINO

A IGREJA

Messiânica

UM SINAL DOS NOSSOS TEMPOS POR DR. JÜRGEN BÜHLER, ICEJ

“VOCÊS CRISTÃOS ERAM SIONISTAS ANTES DE NÓS JUDEUS O SERMOS. É IMPORTANTE RECONHECER

E

ssas foram as palavras do ex-Primeiro Ministro de Israel Benjamin Netanyahu quando se dirigiu aos delegados da reunião do Café da Manhã de Oração por Jerusalém no Knesset, em junho. Realmente, foram principalmente os protestantes e os teólogos e ministros evangélicos que se levantaram após a Reforma e pela primeira vez defenderam publicamente

a restauração nacional de Israel. Fossem os puritanos, os moravianos, os metodistas, os pietistas ou os movimentos emergentes dos pentecostais e reformadores, todos acreditavam em um destino futuro com o povo de Israel de volta à sua antiga terra natal. Pela primeira vez em séculos, a Reforma permitiu que até mesmo os cristãos comuns tivessem acesso às Escrituras em suas línguas usuais e, assim, verdades

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bíblicas fundamentais foram redescobertas – incluindo o prometido ajuntamento dos judeus em sua terra ancestral. O ADVENTO DE UM MOVIMENTO DE “RAÍZES JUDAICAS” Com o aumento da disponibilidade da Palavra de Deus, cresceu uma conscientização – especialmente na Europa e na América do Norte


ENSINO

– do papel central e permanente de Israel na história da redenção. Paralelamente, houve um maior despertamento para as raízes judaicas na fé cristã. Pesquisas sobre o Antigo Testamento e o Talmude começaram a florescer em muitos institutos teológicos na Europa. No Reino Unido, os trabalhos de John Gill (1697-1771) e do Bispo J.B. Lightfoot (1828-1889) tiveram um grande impacto, à medida que seus comentários incluíam muitas perspectivas rabínicas e foram amplamente lidos pelos cristãos. Nos séculos XVIII e XIX, vários “Institutum Judaicum” foram estabelecidos em universidades alemãs, sendo o mais proeminente em Leipzig, por Franz Delitzsch (1813-1890), cujo comentário sobre o Antigo Testamento é amplamente lido até hoje. Delitzsch também foi conhecido por sua primeira tradução do Novo Testamento para o hebraico, notavelmente décadas antes do reavivamento da língua hebraica por Eliezer Ben Yehuda. O professor de Oxford, Alfred Edersheim, também contribuiu grandemente para a crescente compreensão, na época, das raízes hebraicas do cristianismo. Edersheim foi o filho de uma família rabínica e recebeu treinamento no Talmude antes de se tornar um judeu convertido. Sua obra seminal “A vida e os tempos de Jesus, o Messias” expandiu o despertamento cristão para o caráter judaico de Jesus e dos Evangelhos. UM NOVO FENÔMENO Foi essa compreensão recém-encontrada do caráter judaico de Jesus e da Igreja Primitiva que levou ao despertar de outro fenômeno nos círculos cristãos. Muitos judeus começaram a crer que Yeshua (Jesus) era seu Messias esperado, ao mesmo tempo em que mantinham as tradições judaicas. Durante séculos, os judeus que chegavam à fé em Jesus, embora em pequeno número, eram normalmente forçados a fazer uma mudança radical, renunciando à sua identidade judaica. Desde os primeiros conselhos ecumênicos, eles eram proibidos de participar em uma sinagoga, manter as tradições judaicas ou celebrar os feriados judaicos - inclusive o Shabat. Mas, com a redescoberta do caráter judaico de Jesus e dos primeiros Apóstolos, cresceu a consciência de que aqueles cristãos originais

do primeiro século não se Ministérios do Povo Escolhido, entre 200.000 e 300.000 judeus uniram a uma religião cristã, mas eram simplesmente messiânicos estavam vivendo judeus que acreditavam em principalmente na Europa Yeshua como o Messias. A oriental antes da 2ª Guerra primeira expressão moderna Mundial, com apenas alguns desse despertar foi em 1882, poucos decidindo seguir o exemplo de Rabinowitz ao quando Joseph Rabinowitz, o Joseph Rabinowitz mesclar-se com as igrejas filho de uma família rabínica, abraçou a fé em Yeshua como seu Messias. tradicionais. Ele se recusou a unir-se a uma denominação Tragicamente, sua fé em Yeshua não salvou cristã e não abandonou suas tradições, mas suas vidas na terra da Reforma, uma vez que, manteve o estilo judaico de adoração com uma durante o Holocausto, a maioria dos judeus casa de oração judaica singular em Kishinev, messiânicos pereceram em Auschwitz e outros Moldávia – onde os cultos eram realizados campos de morte nazistas, ao lado de seus em ídiche. Muitos consideram esse o início companheiros judeus. Uma igreja evangélica do movimento judaico messiânico moderno. na Alemanha, nessa época, até mesmo adaptou Rabinowitz experimentou, com expectativa, seus estatutos para considerar que “judeus não significativa resistência tanto das comunidades eram permitidos em suas congregações”, pois judaicas quanto das cristãs. eram “assassinos de Cristo”. Infelizmente, o Mas ele também encontrou país que ajudou a iniciar o movimento cristão parceiros entusiastas nas sionista tornou-se a nação que escreveu o igrejas protestantes, entre capítulo mais escuro da história judaico-cristã. líderes como Franz Delitzsch, na Alemanha, que viu, em UMA JANELA PARA AS NOSSAS ORIGENS sua posição, uma nova Hoje, o movimento messiânico está representação das próprias experimentando mais uma vez uma medida origens do cristianismo. Ao de crescimento, com estimativas atuais tempo em que Rabinowitz entre 7.000 e 20.000 adesões em Israel. Para tornou-se, mais tarde, um muitos teólogos e líderes eclesiásticos hoje, membro da Igreja Anglicana a comunidade judaico-messiânica representa (para o receio de alguns de um mover de Deus pequeno, mas profético, seus membros), a ideia de em nosso tempo. Até mesmo no Vaticano, cristãos hebreus ganhou em Roma, já houve consultas entre clérigos interesse crescente entre os católicos e líderes messiânicos nos últimos protestantes e os evangélicos. anos. O próprio fato de que, depois de 1800 De acordo com o historiador da igreja, Prof. anos, uma corrente judaica do cristianismo Donald M. Lewis, esses números crescentes está reemergindo, não apenas é fascinante, de convertidos judeus impactou de maneira mas parece abrir novamente uma janela de significativa o desenvolvimento e a teologia do volta para quando o cristianismo começou pela novo movimento para a restauração de Israel, primeira vez. especialmente na Inglaterra. Lewis até mesmo Para muitos cristãos sionistas hoje, esse broto vê a “linguagem restauracional” da Declaração messiânico pequeno, mas em crescimento, de Balfour, em 1917, como sendo fortemente representa a forma mais original de sua fé. moldada pelos ensinamentos desses crentes Ao longo dos séculos, muitos se esqueceram judeus, que foram fortes defensores de uma de que Jesus foi judeu e que era chamado de terra natal judaica restaurada em Eretz Israel. “Rabi” por seus seguidores. Seus discípulos Esse movimento messiânico nascente e os autores do Novo Testamento eram todos experimentou um crescimento significativo judeus. Até meados do segundo século, a na Europa oriental, particularmente durante igreja ainda seguia tradições judaicas. Os a virada do século XIX para o XX. De acordo primeiros discípulos se reuniam no Templo em com o bem-conhecido pastor luterano Richard Jerusalém, observavam leis judaicas referentes Wurmbrand, esse movimento cresceu, à dieta e nem pensavam em iniciar uma nova apenas na Romênia, para mais de dezenas religião mundial. Inicialmente, os gentios de milhares de adesões. Em um estudo de eram autorizados a entrar apenas com muita doutorado realizado por Mitch Glaser, chefe dos relutância, e o batismo do primeiro gentio

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ENSINO

convertido, Cornélio, só ocorreu depois de uma liderança clara do Espírito Santo (ver Atos 10). Até mesmo quando Paulo – o Apóstolo para os Gentios – começou, mais tarde, suas viagens missionárias para a Ásia Menor, Grécia e Roma, ele sempre fez questão de começar seus pontos de ministério nas sinagogas locais, pois entendia que as Boas-Novas da chegada do Messias foram prometidas por Deus primeiramente para os judeus e, apenas então, para os gentios (Romanos 1:16). Mas, uma vez que os primeiros gentios foram aceitos, a demografia da igreja mudou rapidamente. Até mesmo no final do primeiro século, a maioria dos cristãos eram gentios e, a partir daí, a liderança da igreja mudou rapidamente das mãos dos judeus para as dos gentios. Dois fatores principais contribuíram para essa mudança. Primeiro, os convertidos gentios rapidamente superaram em número os cristãos judeus. Muitas das congregações dentro do Império Romano, que começaram como sendo predominantemente judias, foram alteradas pelo grande número de cristãos gentios, mesmo no tempo de Paulo. Em segundo lugar, as conquistas romanas da Judeia, sob as lideranças de Vespasiano e Tito (69/70 AD) e, mais tarde, Adriano (134 AD) dizimaram a população judia na Terra de Israel, com cerca de dois terços assassinados e o restante espalhados por outros países. Paralelamente, Jerusalém foi perdida como centro da vida espiritual dos judeus. A importância de Jerusalém para os primeiros cristãos é difícil de ser superestimada. O primeiro concílio da igreja teve lugar em Jerusalém, e Paulo ainda visitava a cidade santa com regularidade para relatar, aos líderes Apóstolos, os seus esforços ministeriais em expansão. Enquanto estava ali, ele também visitava o Templo nos feriados bíblicos e sempre trazia doações das novas igrejas que ele fundava para os “pobres entre os santos” de Jerusalém (Romanos 15.26). E ele nunca vinha sozinho; sempre trazia consigo uma delegação dos novos convertidos gentios (Atos 20.4), já que, aparentemente, ele queria certificar-se de que eles estavam bem conectados com Jerusalém. Portanto, quando o Templo foi destruído em 70 AD, isso foi, não apenas um terremoto político, como também espiritual. Em 134 AD, Adriano também baniu os judeus de Jerusalém. Em um ato de humilhação, a província da Judeia foi renomeada Palestina em homenagem a um dos antigos inimigos de Israel, enquanto Jerusalém foi renomeada Aelia Capitolina. Com isso, o Bispado de Jerusalém também foi colocado em

mãos gentias. O último judeu na antiguidade a servir como Bispo de Jerusalém foi Judas Kiriakos, o bisneto de Judas, irmão de Jesus. Mas ele foi substituído em 135 AD pelo primeiro bispo gentio, Marcus que, notavelmente, não era mais o “Bispo de Jerusalém”, mas o “Bispo da Aelia Capitolina”. A partir de então, o novo centro espiritual do cristianismo foi Roma. Ao longo dos últimos 200 anos, não apenas a influência judaica na igreja se desvaneceu, mas a igreja se separou mais e mais de Israel e dos judeus. De fato, essa igreja gentia se considerava a “Nova Israel”, substituindo os judeus como o povo escolhido de Deus. UM SINAL DE ESPERANÇA Portanto, uma igreja messiânica reemergindo em Israel é, para muitos cristãos, não apenas parte da restauração de Israel nos dias modernos, mas também um antídoto poderoso contra a Teologia da Substituição e até mesmo o anti-israelismo. Até mesmo Paulo usou sua própria identidade, de israelita da tribo de Benjamin, como uma mensagem simbólica para a igreja de que Deus não tinha rejeitado Seu povo (Romanos 11.1). A pergunta que muitos teólogos fazem hoje é: Como o Novo Testamento vê o corpo judeu messiânico? Esse questionamento, na verdade, pode ter sido ofensivo para a igreja judaica primitiva, enquanto para as congregações gentias posteriores – tais como a Igreja Luterana alemã, que veementemente exclui os judeus messiânicos do programa dos dias nacionais de igreja – teria sido um anátema. Para eles, é difícil aceitar que a fé da Igreja Primitiva foi um cumprimento das antigas esperanças do povo judeu por sua nação. Os primeiros Apóstolos, como Paulo e Pedro, nunca lutaram com sua identidade judaica, mesmo quando lutaram pela aceitação dos gentios no Corpo do Messias. A compreensão de Paulo era de que a história da salvação é semelhante a uma antiga oliveira. Essa árvore nobre brotou das raízes da fé de Abraão como

David Roberts: O Cerco e a Destruição de Jerusalém Pelos Romanos Sob o Comando de Tito, 70 d.C.

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GENTIOS SERIAM “ENXERTADOS”, PARA QUE ELES PUDESSEM TIRAR FORÇA E ESPERANÇA DA SEIVA NUTRITIVA DESSA ANTIGA ÁRVORE DA FÉ MESSIÂNICA uma tradição principalmente de homens e mulheres judeus com uma esperança messiânica. Agora, Paulo entendia que Deus estava abrindo espaço nessa árvore antiga para os gentios. Alguns dos galhos nobres (judeus) foram parcialmente cortados a fim de que galhos de oliveira brava (gentios) pudessem ser “enxertados”, para que eles pudessem tirar força e esperança da seiva nutritiva dessa antiga árvore da fé messiânica. Paulo viu nesse processo o cumprimento da promessa de Deus para Abraão, de que “em ti todas as famílias da terra serão abençoadas”. (Gênesis 12.3; Gálatas 3.8). Essa “substituição de galhos” não era permanente, entretanto, uma vez que Paulo entendeu que, um dia, Deus iria enxertar os galhos nobres de volta à oliveira. Paulo até mesmo deu um significado maior a esse retorno dos galhos originais. Em Romanos 11.12-15, ele afirma uma verdade maravilhosa: se a queda dos judeus já trouxe bênçãos para os gentios, quanto mais a sua aceitação! Os galhos originais enxertados de volta à árvore representarão uma liberação do poder de Deus para ressurreição. Portanto, pregadores como John Wesley previram nisso um catalizador para o maior avivamento que ainda há de vir. O foco deveria ser, portanto, mais em como a Igreja pode abrir espaço e oferecer relevância a esse broto recém-formado e ainda gentil que está crescendo diante de nossos olhos, de cristãos judeus. A Igreja precisa se posicionar com eles em suas orações, amizades e apoio, ao mesmo tempo em que reconhece o caráter único do nosso tempo. Portanto, enquanto nos posicionamos, em apoio inabalável, com Israel e o povo judeu, também reconhecemos nossa conexão inseparável e nossa amizade com nossos irmãos e irmãs messiânicos, particularmente em Israel. Ao fazer isso, protegemos a Igreja contra a Teologia da Substituição e testificamos que as promessas eternas de Deus são realmente “Sim e Amém” no Messias (2 Coríntios 1.20). Esses tempos em que vivemos são realmente maravilhosos!


POR DENTRO DA EMBAIXADA

ICEJ REALIZA SUA MAIOR CONFERÊNCIA DE LIDERANÇA INTERNACIONAL POR DR. MOJMIR KALLUS, VICE-PRESIDENTE DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS

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epois de dois anos reunindo-se exclusivamente por meios virtuais, os diretores e as equipes nacionais da rede global da ICEJ finalmente puderam se encontrar fisicamente em Jerusalém, em maio, para nossa Conferência anual de Liderança Internacional (CLI). Os três dias de reuniões da CLI foram cheios de alegria e gratidão ao Senhor por nos conduzir através do difícil período da COVID e nos tornar ainda mais fortes e unidos do que nunca. Isso ficou evidenciado pela participação recorde, pelos relatórios positivos da nossa liderança em Jerusalém e pelos muitos testemunhos dos nossos colegas de ministério de todo o mundo. A programação da CLI começou com uma cerimônia especial de plantação de árvores organizada pelo KKL/Fundo Nacional Judaico (JNF) em um viveiro perto de Jerusalém e culminou com a premiação de certificados para os treze primeiros graduados bem-sucedidos do Curso de Liderança da ICEJ. Entre esses dois eventos, houve excelentes palestras e ensinamentos bíblicos, apresentações sobre o status e o crescimento do ministério e muita oração e discussões sobre os planos para o futuro. A plantação de árvores marcou uma reafirmação da parceria de décadas entre ICEJ e o JNF para assegurar o “verdejamento” de Israel. As árvores plantadas por nossos representantes de 25 países eram carvalhos nativos do Mediterrâneo, os quais serão utilizados para restaurar áreas queimadas na Floresta de Jerusalém. A CLI desse ano foi um evento híbrido, ou seja, as pessoas podiam participar presencialmente ou online. Juntamente com nossa equipe de Jerusalém, tivemos uma adesão recorde de 264 participantes de mais de 75 países. Isso incluiu 52 participantes presenciais de outros países e mais 190 que se uniram a nós por meio de nossa plataforma online, desenvolvida especialmente para as conferências da Festa e do Envision.

Presidente da ICEJ, Dr. Jürgen Bühler, lidera uma sessão na CLI.

Alguns delegados fizeram esforços extras para estar conosco em Jerusalém, como o diretor nacional taiwanês, Joseph Chou, e sua esposa Deborah. Eles vieram para os quatro dias de reuniões sabendo que teriam que permanecer em quarentena por duas semanas inteiras uma vez que retornassem a Taipei. Suas viagens ministeriais pelos países de língua chinesa continuaram ao longo dos últimos dois anos de restrições de viagem impostas pelo COVID, mesmo que isso significasse passar mais da metade do ano em quarentena. A Conferência de Liderança Internacional é a reunião anual de negócios mais importante da nossa família global de líderes, os quais constituem a espinha dorsal do ministério da ICEJ. Com suas habilidades e dedicação, esses líderes nacionais são grandes recursos para a Embaixada Cristã, e somos abençoados por trabalhar junto com eles em direção à visão de alcançar cada nação da terra com nossa mensagem bíblica de posicionarse com Israel.

Participantes da CLI desfrutam de uma última noite juntos no antigo porto de Jaffa.

Líderes da ICEJ e do JNF na cerimônia especial de plantação de árvores para inaugurar a CLI.

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ASSUNTOS ATUAIS

ISRAEL

A NAÇÃO UNICÓRNIO POR CALEV MYERS

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uitos de vocês estão familiarizados com os Dez Mandamentos. Sem olhar para Êxodo 20 em suas Bíblias, quais são as primeiras palavras escritas ali? “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito.” Assim, Deus escolheu identificar-Se como o Deus que tirou Israel do Egito. Essa frase é repetida outras 130 vezes no Antigo e no Novo Testamentos. De fato, a qualquer momento em que Ele quer dizer algo importante para os filhos de Israel, Ele começa com essa frase. Por quê? Bem, o milagre do Êxodo do Egito foi um evento tão desafiador à natureza, tão ilógico e irracional que vamos querer ouvir o que o Deus que realizou esse milagre tem a dizer. Certo? Mas depois que Deus Se identifica repetidamente dessa maneira, Ele então diz duas vezes - uma vez em Jeremias 16.14 e uma vez em Jeremias 23.7 – que o dia está chegando quando Ele não mais será chamado o Deus que tirou os filhos de Israel do Egito, mas o Deus que levou os descendentes de Israel de volta do norte e de todos os países para onde Ele os tinha expulsado. O atual re-ajuntamento do povo judeu de volta à Terra de Israel é um milagre de proporções bíblicas. Isso se sobrepõe ao Êxodo do Egito a tal ponto que Deus diz: “Eles não vão mais me chamar Aquele que fez aquilo, mas o Deus que fez isso.” E nosso primeiro Primeiro-Ministro, David Ben Gurion disse “se uma pessoa quer ser realista em Israel, precisa acreditar me milagres.” Vamos falar sobre os sucessos tecnológicos e empresariais de Israel, por quê hoje somos chamados a “Nação Unicórnio”. Precisamos tratar disso no contexto de um milagre incrível que excede, e muito, a nossa economia. Israel é o único país que vive na mesma terra, fala a mesma língua, mantém a mesma fé e o mesmo nome que tínhamos 3000 anos atrás. Não há outro país assim na terra. E o fato de que nada disso existiu por 2000 anos deveria ser inimaginável. Por que isso? Bem, a geração mais nova cresceu em uma explosão de informação. Quaisquer fatos

que ouvem de qualquer pessoa, eles podem pesquisar no Google e conferir, em poucos segundos, se é uma informação acurada ou não. Por isso, todos são céticos. E dizemos que há um Deus que pode fazer milagres e ressuscitar pessoas dos mortos? Alguém aqui já viu uma pessoa ressuscitando dos mortos? E que tal uma nação inteira ressuscitando dos mortos? Vejam, olhando para o milagre de Israel, é tão irracional, tão ilógico e desafia todas as leis da natureza e da história. É o maior milagre que podemos apontar hoje para mostrar para esta geração que há um Deus nos céus. Um Deus que pode escolher uma nação e dizer que este povo estará nesta terra e será abençoado. Não importa o que a ONU diz, ou o que a UE diz, ou o que a BBC, a CNN ou a Al Jazeera dizem, isso vai acontecer. Isso tem sido importante para mim. Aquilo que tem mantido a minha fé firmemente fundamentada na Bíblia e no Deus de Abraão, Isaque e Jacó é sair de minha casa todos os dias e ver um milagre de proporções épicas que não tenho meios de explicar. Isso é

Um vinhedo no Deserto do Negev

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uma história importante. Antes de falarmos sobre economia, vou dizer algumas palavras quanto à ecologia de Israel. Há muitas coisas a se dizer sobre mudanças climáticas. Al Gore não foi o primeiro a predizer as mudanças climáticas. Eu daria esse crédito ao profeta Isaías. Entre outros versículos, Isaías 35 diz que fontes de água arrebentarão no deserto e Ele dará o esplendor do Carmelo, que é muito tropical e lindo, para o Neguev. E o deserto de Israel realmente está vindo à vida, hoje em dia. Israel tem a mais elevada produção agrícola per capita que qualquer país do mundo, mesmo embora vivamos em uma terra desértica. Há apenas um país no mundo que tem mais árvores hoje, do que tinha há 100 anos, e é Israel. Na verdade, temos 450 milhões de árvores a mais do que tínhamos há 100 anos. Cientistas britânicos chegaram aqui em na década de 1930 e disseram que havia recursos de água suficientes para suprir um máximo de dois milhões de pessoas. Esses mesmos recursos de água, hoje, estão suprindo 12 milhões de


ASSUNTOS ATUAIS

A Intel abriu um novo centro de desenvolvimento de 11 andares em Petah Tikvah em 2019, apresentando-o como o "edifício mais inteligente do mundo" devido aos seus 14.000 sensores que controlam luzes, temperatura, ventilação, estacionamento, etc.

pessoas em Israel e na Faixa de Gaza, ao mesmo tempo em que exportamos água para nossos vizinhos. Reciclamos e reusamos mais água do que qualquer país do mundo, por uma grande margem. Mas de 80% da nossa água é reusada. A Espanha está em segundo lugar, com 40%. Dessalinizamos mais água do que qualquer outro país do mundo, já que 90% da água nas torneiras em qualquer lugar de Israel, hoje, vem de água dessalinizada. Trouxemos a irrigação por gotejamento para o mundo, métodos inteligentes para a agrigultura em áreas áridas. Um simples kibbutznik estava caminhando por uma fileira de pinheiros, há cerca de 40 anos, e notou que um deles era duas vezes mais alto do que os demais. Ele olhou para baixo e viu um cano furado. História verdadeira! Ele pensou consigo mesmo, se pudéssemos criar canos intencionalmente furados, poderíamos nos dar muito bem com a agricultura em climas áridos. Ele criou uma empresa chamada Netafim, que foi vendida a uma empresa mexicana por 5 bilhões de dólares há cerca de cinco anos. Enquanto isso, em ciência e cultura, Israel tem a maior taxa per capita de títulos universitários do que qualquer nação do mundo, o maior número per capita de engenheiros e PhDs, por uma grande margem, e a maior taxa de empreendedorismo entre mulheres. Temos mais museus per capita do que qualquer país

do mundo, mais orquestras e publicamos mais livros per capita, por uma grande margem. E aqui está uma estatística engraçada: Berseba tem o maior número per capita de grandes mestres do xadrez do que qualquer cidade do mundo. Agora, em relação à nossa economia, temos o maior número per capita do mundo de empresas iniciantes, mais de 2600 empresas iniciantes nesse preciso momento. Israel tem a maior quantidade per capita do mundo de centros de Pesquisa e Desenvolvimento, e quase todas as empresas multinacionais sérias têm sua Pesquisa e Desenvolvimento em Israel. Esta é uma lista bem parcial de cerca de 25 dentre 250 dessas empresas: Alibaba, Amazon, Apple, AT&T, Barclays, Dell, DropBox, eBay, Facebook, General Electric, General Motors, Google, HP, Huawei, IBM, Intel, John Deere, Johnson & Johnson, Lenovo, Marvel, Microsoft, Monsanto, Nokia, PayPal, PepsiCo, Philips, Samsung, SanDisk, Texas Instruments, Xerox. Essa é uma lista pequena, e talvez vocês já tenham ouvido falar de algumas dessas empresas. Bibi Netanyahu diz que há três razões por que todos os países do mundo, hoje em dia, querem desenvolver relações diplomáticas com Israel: tecnologia, tecnologia e tecnologia. E há duas coisas que todo líder de todo país deseja para seu povo: prosperidade econômica e segurança. Bem, Israel está suprindo prosperidade

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econômica através da inovação, com todas essas empresas que mencionei, e segurança ao compartilhar nossa inteligência de excelência e ao prevenir ataques terroristas em todos os continentes. E isso é muito mais importante, hoje em dia, do que combustíveis fósseis. Minha expectativa é que a lista de nações que estão mudando suas embaixadas para Jerusalém irá crescer no futuro próximo. Mesmo os grandes agentes da Liga Árabe estão todos fazendo negócios com Israel hoje em dia. Vimos empresários adiantandose à comunidade diplomática nos Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos, fazendo negócios com Israel, e levou de cinco a dez anos para que a comunidade diplomática os alcançasse. É por isso que acredito que a mãe de todos os acordos de paz provavelmente acontecerá nos próximos cinco anos, pois é onde a Arábia Saudita e os EAU estavam há cinco anos. Há mais empresas israelenses negociadas na NASDAQ, em Nova York, do que todo o continente europeu. O Banco Deutsche, da Alemanha, recentemente classificou o shekel israelense como a segunda moeda mais forte do mundo, atrás somente do yuan chinês. Com relação a unicórnios, cada empresa iniciante quer que sua saída seja um “unicórnio”, o que significa um bilhão de dólares em financiamento inicial. O ano de 2021 foi o melhor em arrecadação de fundos para inícios de empresa em nossa história. Nas IPOs (ofertas públicas iniciais) na NASDAQ, em Nova York, havia 72 desses em 2021, que, juntos, arrecadaram mais de 71 bilhões de dólares. Agora, foi criado um novo termo chamado de “decacorn”, que é arrecadar pelo menos 10 bilhões de dólares na oferta pública inicial. Houve, pelo menos, dois desses em Israel, em 2021. Assim, Israel continua a liderar o cenário de inovação global; eu poderia até dizer que superou, e muito, o Vale do Silício, a essa altura. Calev Myers é um advogado israelense e fundador do ARISE, que promove investimentos cristãos em Israel. Esse artigo é um trecho de sua apresentação na Conferência de Liderança Internacional da ICEJ, em maio.


POR DENTRO DA EMBAIXADA

ICEJ FAZ TRANSMISSÃO ESPECIAL PELO DIA EM MEMÓRIA DO HOLOCAUSTO P O R DAV I D PA R S O N S

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nquanto Israel observava o Yom HaShoah, o Dia Nacional em Memória do Holocausto, a Embaixada Internacional Cristã em Jerusalém se envolvia em uma série de eventos para marcar a ocasião solene, que neste ano caiu em 27-28 de abril. Devido à nossa parceria singular com Yad Vashem, o museu e memorial oficial do Holocausto em Israel, a ICEJ aproveitou um acesso especial para compartilhar com o mundo cristão as cerimônias oficiais em memória do Holocausto. O evento âncora foi nossa transmissão ao vivo da cerimônia oficial de colocação da coroa de flores, que foi realizada ali. Com o título de

“Não Esqueçamos”, o programa transmitido contou com um relatório ao vivo dos líderes sêniors da ICEJ, Dr. Jürgen Bühler e Mojmir Kallus, depois que eles depositaram a coroa de flores durante a cerimônia estatal na Praça do Gueto de Varsóvia. O programa também incluiu trechos de discursos realizados pelo Presidente de Israel Isaac Herzog e o Primeiro-Ministro Naftali Bennett na noite anterior, assim como as músicas apresentadas naquela noite e gravações de seis sobreviventes do Holocausto que acenderam as velas oficiais. A transmissão também foi transmitida ao vivo para o Lar Haifa de Sobreviventes do Holocausto, com um relatório sobre como observavam o Yom HaShoah ali, e concluiu com uma entrevista com Sari Granitza, diretora dos Amigos Cristãos de Yad Vashem. A ICEJ também co-patrocinou o Seminário anual de Liderança Cristã, realizado naquela semana pelos Amigos Cristãos do Yad Vashem, que atraiu dezenas dos principais líderes eclesiásticos e de ministério de todo o mundo para virem a Jerusalém para as

LÍDERES DA ICEJ PARTICIPAM DE RECEPÇÃO PRESIDENCIAL EM EVENTO DE ORAÇÃO NO KNESSET

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cerimônias do Yom HaShoah. Eles também foram enriquecidos por uma série de palestras ministradas por especialistas sobre o Holocausto, e por encontros pessoais com sobreviventes. A ICEJ sente-se honrada em servir como parceira cristã do Yad Vashem, altamente reverenciado como a única instituição de Israel designada pelo parlamento para honrar os seis milhões de judeus que pereceram no genocídio nazista.

om os ajuntamentos públicos uma vez mais sendo permitidos aqui em Israel, os líderes da ICEJ em Jerusalém têm estado ocupados participando de reuniões e recepções oficiais, o que não havia sido possível ao longo dos últimos dois anos. Entre esses eventos, o presidente da ICEJ, Dr. Jürgen Bühler, foi convidado para a recepção tradicional de Páscoa realizada na Residência Presidencial em abril, para diplomatas e líderes comunitários religiosos em Israel. Além de cumprimentar o Presidente Isaac Herzog, o Dr Bühler também esteve com o Ministro israelense de Relações Exteriores, Yair Lapid. Enquanto isso, no início de junho, Jürgen recebeu um pedido para trazer uma mensagem e uma oração na recepção de abertura do Café da Manhã de Oração por Jerusalém no Knesset, com centenas de cristãos e líderes judeus na audiência. Sua esposa, Vesna Bühler também foi convidada para cantar, apresentado o amado hino “Maravilhosa Graça”, entre outros hinos de adoração. Entre os demais palestrantes que discursaram nessa sexta edição anual do Café da Manhã de Oração por Jerusalém estavam o Ministro de Estado israelense Matan Kahana, o líder da oposição Benjamin Netanyahu, o exembaixador dos EUA para Israel David Friedman, a ex-congressista Michele Bachmann e Nick Vujicic, um palestrante motivacional cristão que nasceu sem braços ou pernas e também estará falando na Festa dos Tabernáculos em outubro.

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POR DENTRO DA EMBAIXADA

TOUR DA ICEJ-ALEMANHA DISTRIBUI ALIMENTOS PARA ISRAELENSES NECESSITADOS POR BIRTE SCHOLZ

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uas vezes por semana, a garagem cinzenta de um shopping center em Rishon LeZion se torna um lugar de bondade e provisão para israelenses em necessidade. Por um pequeno custo, eles podem receber os suprimentos alimentares da semana para suas famílias, sejam elas grandes ou pequenas. Há anos a ICEJ vem apoiando esse centro de distribuição de alimentos juntamente com “Pitchon Lev” (Coração Aberto). Em maio, um grupo de visitantes da ICEJ-Alemanha veio para ajudar no centro. Sa'ar, que organiza a distribuição de alimentos, deu as boas-vindas ao grupo alemão. “Obrigado por estarem aqui!”, ele disse. “Seus esforços são importantes para o suprir o alimento de hoje para 500 famílias. Todas as semanas, com a ajuda de voluntários, distribuímos alimentos para milhares de israelenses em necessidade. A longo prazo, queremos ajudá-los a romper o ciclo da pobreza.” O diretório alemão da ICEJ está financiando o aluguel mensal de um caminhão refrigerado que agora é exigido por Israel para a distribuição de alimento aos necessitados. “Esse caminhão recolhe os bens doados pelas empresas e fazendas”, relatou Sa'ar. “Nós o recebemos em março de 2020 – bem a tempo, porque as novas regulamentações teriam nos forçado a fechar nossos centros de distribuição se não tivéssemos um caminhão refrigerado – em um momento quando a crise do corona deixou milhares de israelenses desempregados e em necessidade de assistência!”

Sa'ar então designou as tarefas para o grupo, para a distribuição de vegetais, pão, derivados de leite e carne. “As pessoas vêm com carrinhos e sacolas rasgadas; há tantas pessoas em necessidade”, disse Tina, uma voluntária alemã. “É tocante poder ajudar hoje.” “Você é imediatamente bem-recebido, como parte da equipe, e dá para os pobres algo para comer”, acrescentou Susanne, que adorou essa chance de participar. “Entre os que recebem o auxílio estão muitos que falam russo”, notou Helena. “Acho que alguns têm vergonha por precisarem de ajuda. Eles parecem tão tristes, mantendo os olhos no chão. Mas quando me dirijo a eles em russo, um sorriso ilumina seus rostos. É muito lindo de se ver.”

ICEJ-NORUEGA TRAZ ESTUDANTES DE ESCOLA BÍBLICA PARA VISITAR ISRAEL

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o início de maio, a ICEJ-Noruega trouxe um grupo de estudantes de um colégio bíblico luterano em um tour especial por Israel. No último dia do tour, os estudantes visitaram o escritório central global da ICEJ em Jerusalém. Eles foram calorosamente recebidos pela equipe, antes que o Presidente da ICEJ Dr. Jürgen Bühler, o Vice-Presidente e Porta-voz Sênior David Parsons e Dag Øyvinid Juliussen, o Diretor nacional do escritório da Noruega, instruíssem os estudantes quanto ao mandato, história e trabalho da ICEJ e o fundamento bíblico para o sionismo cristão. Antes de chegar em Jerusalém, os alunos desfrutaram de tours guiados ao redor do Mar da Galileia e passaram a noite no Kibbutz Ein Gev, nas margens do lindo lago bíblico. No Dia Memorial, quando

POR EQUIPE ICEJ os israelenses se lembram dos soldados caídos e das vítimas do terror, o grupo foi convidado a passar tempo com os residentes do kibbutz, lembrando-se de seus amados. “Foi uma experiência absolutamente inesquecível”, disse Martin Gellein, o representante da ICEJ que liderou esse grupo da Noruega. “Sentimos como se estivéssemos nos tornando parte de suas lutas, sofrimentos e esperança para o futuro”. Em Jerusalém, os alunos tiveram tours guiados para os locais bíblicos importantes na Cidade Velha e ao redor. Eles também tiveram o privilégio de participar de uma refeição de Shabbat pela primeira vez, organizados por Shabbat de uma Vida, que oferece a experiência de um Shabbat

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autêntico na casa de uma família judia anfitriã no coração de Jerusalem.


POR DENTRO DA EMBAIXADA

GRUPOS DE TURISMO VISITAM PROJETOS E ABRIGOS ANTIBOMBAS DA ICEJ P O R L AU R I N A D R I E S S E

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medida que Israel escancara suas portas para turistas pós-corona, grupos de excursão da ICEJ vindos da Alemanha, do Reino Unido e da Finlândia vieram recentemente a Israel para visitar nossos projetos de AJUDA e ver os abrigos antibombas portáteis que doaram. As crianças de uma creche na comunidade mista judaico-árabe de Maalot Tarshiha, no norte de Israel, agora têm um lugar seguro para correr em caso de um ataque de mísseis, graças às doações generosas de cristãos na Alemanha. Um grupo de excursão da ICEJ-Alemanha visitou a cidade em maio e viu o abrigo em primeira mão. Enquanto isso, o grupo de excursão da ICEJ-Reino Unido foi recebido calorosamente – uma boas-vindas completas, incluindo café árabe –, enquanto visitavam a comunidade árabe de Ras Ali, perto

dali. Mostrando sua gratidão pelo abrigo antibombas doado pelos cristãos britânicos, os líderes da comunidade entregaram à equipe do Reino Unido uma foto da linda região de Zebulom. Durante seu tempo na Terra, o grupo do Reino Unido, liderado pelo pastor Mike

O grupo da ICEJ-Alemanha dentro de um abrigo anti-aéreo que eles mesmo doaram, no norte de Israel.

Até esta data, a ICEJ já doou 172 abrigos antibombas vitais para comunidades em todo Israel, sendo que dez deles foram colocados na região de Zebulom ao longo do último ano, mais ou menos. Enquanto isso, Jani Salokangas, da ICEJ-Finlândia, foi acompanhado pela nossa equipe de AJUDA da ICEJ, assim como pelo diretor nacional da ICEJ-Zimbábue, Jeni Stables, durante uma visita recente para ver um abrigo antibombas estabelecido em Sderot, no Neguev. Ali, eles descobriram que o abrigo protegia um mundo animado de jovens estudantes que lhes fizeram uma serenata com alguns Salmos queridos cantados em hebraico, e se alinharam com muito entusiasmo para tirar fotos! Ajudenos a proteger mais comunidades israelenses da ameça de ataques de mísseis, suprindo-as com abrigos antiaéreos portáteis.

POR FAVOR DOE EM: give.icej.org/crisis

Kerry, também visitou os sobreviventes do Holocausto que residem da Casa da ICEJ para sobreviventes do Holocausto em Haifa. Tanto Maalot Tarshiha quanto Ras Ali estão localizadas na região de Zebulom, perto da grande cidade portuária de Haifa, tornando essas duas cidades extremamente vulneráveis a ataques de mísseis do Hezbolá, no Líbano. Grupo do Reino Unido entrando em um abrigo antibombas em Ras Ali.

Jeni Stables da ICEJ-Zimbabue é recebida por crianças judias ao visitar um abrigo em Sderot.

CARAVANAS DA ICEJ ALCANÇAM JOVENS UCRANIANOS POR L AURINA DRIESSE

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m maio, representantes da ICEJ Zimbábue e da ICEJ Suíça ficaram muito felizes em acompanhar nossa equipe de Assistência Social na entrega de presentes de “boas-vindas ao lar” para cerca de 50 jovens imigrantes recém-chegados da Ucrânia e de outras ex-repúblicas soviéticas. Os pacotes incluíam itens essenciais como produtos de higiene pessoal, roupas de cama e toalhas, além de um cartão-presente para comprar roupas muito necessárias. Atualmente alojados em um centro de absorção, muitos desses jovens escaparam do conflito ucraniano e chegaram a Israel com apenas uma mala. “Foi uma visita especial”, observou Nicole Yoder, vice-presidente da ICEJ para Assistência Social e Aliá. “Tivemos a oportunidade de compartilhar com eles sobre os cristãos de todo o mundo que querem abençoar Israel.” Considerando a triste história das relações judaico-cristãs, um jovem ficou curioso para saber como o governo israelense recebe os cristãos. Seu rosto se iluminou ao saber que temos um bom relacionamento

com o governo e que os doadores cristãos da ICEJ de todo o mundo amam e cuidam do povo judeu e generosamente doam para ajudá-los. Enquanto os jovens ucranianos estão encantados por estar em Israel e impressionados com a bondade que estão experimentando, muitos estão muito preocupados com seus amigos e familiares que ainda estão na Ucrânia, especialmente quando ouvem notícias trágicas de casa ou não ouvem nenhuma notícia. Obrigado por apoiar Cerca de 50 jovens imigrantes o trabalho da ICEJ ucranianos ouviram da ICEJ sobre o de cuidar de jovens amor cristão pelo povo judeu. imigrantes. Através de sua

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POR DENTRO DA EMBAIXADA

O! V NO VO! NO VO! NO

SITE DA ICEJ DE 'CARA NOVA'!

Quando foi a última vez que você visitou o site da Embaixada Cristã?

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ós estamos muito animados para compartilhar com vocês o nosso novo site em icej.org/pt. Com apenas alguns cliques, o site pode ser visualizado em seu computador, seu notebook ou confortavelmente em seu celular. Então, quais são alguns dos novos recursos que você pode esperar ver? Ao visitar icej.org/pt, você verá um novo visual com fontes maiores, tornando o texto mais fácil de ler. O site é multilíngue, disponível em inglês, francês, chinês, russo, espanhol, português e outros idiomas importantes. Possui páginas de 'Doação' aprimoradas, onde o recibo de confirmação também é aprimorado e enviado quase em tempo real. Você também tem a opção de configurar doações recorrentes mensais ou trimestrais. Nossos formulários on-line facilitam o contato conosco, inscrevendo-se para receber nossos e-mails com as Últimas Notícias e a Carta de Oração mensal Isaías 62 com motivos de oração. Na parte inferior da página inicial, você pode procurar as informações de contato de um escritório da ICEJ perto de você, simplesmente clicando em uma região do mapa e depois no

país, ou usando a função de pesquisa. Nossa estrutura de menu simples torna mais fácil encontrar o que você está procurando. A nossa página inicial dá-lhe as boas-vindas com os últimos destaques da ICEJ. De relance, você pode se manter informado sobre o que está acontecendo em nossa seção “Esta semana em Jerusalém” e, ao rolar para baixo, você pode ler os últimos artigos em “Destaques”. Em nossa página inicial, dê uma olhada na seção “Descubra a ICEJ”. Aqui você pode aprender sobre Nosso Propósito, Um Mandato Bíblico, Uma Visão Profética, Nosso Chamado Bíblico , Nossa História e No Que Cremos. Nesta seção, você também pode conhecer a liderança e a equipe da ICEJ e, se estiver se perguntando como pode servir em Jerusalém, confira nossas últimas vagas abertas! Enquanto estiver nesta seção, lembre-se também de ler nossa última revista e navegar pela nossa maravilhosa Revista, bem como comentários e artigos interessantes. A seguir, na seção “Nosso Trabalho”, você descobrirá o coração da ICEJ, enquanto diariamente cumprimos nosso Mandato Bíblico na Terra de Israel: ‘“Consolai, consolai o Meu povo!” diz o vosso Deus. Isaías 40:1.’ Veja as áreas de foco do nosso Ministério: Aliá e Integração, Israel em Crise, Um Futuro & uma Esperança, Sobreviventes do Holocausto, Combate ao Antissemitismo, Iniciativas de Oração,

Juventude e nossas atividades de Educação. Se você gostaria de explorar Israel e obter uma compreensão mais profunda de sua história bíblica e moderna, basta clicar em “Entenda Israel”. A restauração moderna de Israel é de grande significado profético, e nesta seção vamos ajudá-lo a entender o porquê. Nossa seção “Eventos” é onde você verá os vários eventos organizados pela ICEJ, desde webinars on-line e Encontros Globais de Oração até nossa Conferência Envision para Pastores e Líderes, nossa celebração anual da Festa dos Tabernáculos, bem como o Tour de Verão Arise para jovens. Lembre-se também de visitar nossa guia de menu online “Loja”, onde você pode esperar uma variedade de Recursos disponíveis para compra, com entrega direta de Jerusalém para sua casa! Nosso novo site certamente proporcionará uma experiência de navegação agradável. Estamos ansiosos para que você nos visite em:

www.icej.org/pt Também vamos amar ouvir sua opinião! Compartilhe seus comentários conosco enviando um e-mail para media@icej.org

! VO NO VO! NO VO! NO Equipe da ICEJ com uma jovem imigrante ucraniana (2ª da direita)

generosidade, eles podem experimentar em primeira mão o amor dos cristãos por eles.

POR FAVOR CONTINUE A DOAR EM: give.icej.org/ukrainianaliyah


ICEJ ASSISTÊNCIA SOCIAL

Marcha de bandeiras no Dia de Jerusalém entrando pela portão de Damasco

como suicídio, drogas e crime.”

UM DIA DE JERUSALEM DIFERENTE PARA LOD ESTE ANO P O R L AU R I N A D R I E S S E

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o domingo (29 de maio), Israel marcou o Dia de Jerusalém, o qual, normalmente, é um tempo de celebração e marchas com bandeiras. Mas, ultimamente, também se tornou um dia cheio de tensão e ameaças dos inimigos de Israel. Ano passado, no Dia de Jerusalém, o Hamás disparou mísseis de Gaza sobre Jerusalém, desencadeando uma guerra de mísseis que durou 11 dias. A violência varreu Israel, à medida que confrontos entre árabes e judeus eclodiam em várias das principais cidades. Em Lod, próximo ao aeroporto Ben-Gurion, residentes judeus e árabes, que viviam juntos há décadas, começaram a lutar nas ruas. Lod é uma cidade mista de árabes, judeus religiosos e imigrantes judeus etíopes e, infelizmente, é cronicamente repleta de pobreza, drogas, violência e crime. Mas, no ano passado, as brigas de rua foram um ponto ainda mais baixo para todos. ABRINDO ESPAÇO PARA A PAZ Nicole Yoder, Vice-presidente da ICEJ para Assistência Social e Aliá, visitou recentemente uma das 14 escolas em Lod, que ainda está se curando do conflito do ano passado. Ali, ela aprendeu que não apenas as crianças, mas até mesmo os professores locais continuam a lidar com o trauma e o medo gerados por essa crise. Trabalhando com autoridades de ensino locais, a ICEJ está apoiando uma iniciativa especial chamada o “Quarto de Paz”, que está sendo colocado nas escolas em Lod. Essa iniciativa cria um espaço para cura dentro da estrutura escolar, provendo aconselhamento, diagnósticos, tratamento e sessões de teriapia em grupo com as crianças, assim como conselhos para os pais. “Estou suplicando por mais horas de tratamento”, a conselheira escolar Sabrin contou para Nicole. “Vemos crianças que precisam do serviço e, se elas não conseguirem, você vai ver os resultados na comunidade,

“Em maio passado, eu tinha medo de vir trabalhar por causa da violência. Agora estamos vendo depressão, transtorno do estresse pós-traumático, e tudo isso em cima do corona”, ela acrescentou. “Precisamos, em primeiro lugar, nos sentir seguros, então podemos oferecer uma resposta e ajuda.” Nicole também ouviu Diana, uma psicóloga veterana, que descreveu seu trabalho em Lod no ano passado como um dos tempos mais difíceis da sua vida. Ela tentou permanecer neutra e profissional, mas, com o conflito tão perto, era extremamente difícil. “Essa é praticamente a única oportunidade para as crianças daqui conseguirem ajuda, principalmente as árabes. Elas são carentes. Para que possam retornar a uma boa trajetória de desenvolvimento, precisam conseguir ajuda na escola porque provavelmente não receberão em nenhum outro lugar”, ela concluiu. “Com as doações de vocês, construímos uma resposta de primeiros socorros,” observou Hadas, uma psicóloga da cidade de Lod. “Essa escola não tinha um Quarto de Paz, mas ele foi acrescentado desde o conflito de maio passado. Em outra ocasião, as crianças viram suas classes serem incendiadas na frente delas. Colocamos três Quartos de Paz ali.” Hadas também falou de um encontro com a mãe de uma criança que estava quase terminando o tratamento e não queria que as sessões parassem, pois estavam ajudando tanto. Realmente, com as suas doações generosas, esses Quartos de Paz estão trazendo esperança novamente para as crianças de Lod. ILUMINANDO UM LUGAR ESCURO Enquanto estava em Lod, Nicole também visitou o centro comunitário Ramat Eshkol, que se tornou um lugar amigável para as pessoas se envolverem em atividades inspiradoras. Em 2018, eles fizeram uma mudança deliberada para organizar eventos para judeus e árabes em um espaço compartilhado no mesmo andar. Então vieram as batalhas de rua em maio do ano passado. Chanadi, uma líder comunitária árabe, compartilhou como foi difícil recomeçar a trabalhar com suas colegas judias. “Havia muito medo. Tive que separar as questões internas de identidade e política, para considerar as implicações práticas do dia-a-dia”, ela explicou. Racheli, uma assistente social judia, descreveu suas próprias dificuldades. “De repente, havia guerra nas ruas e foi muito assustador”, ela recordou. “Havia muita confusão. Amo minhas colegas árabes e judias, mas depois da crise foi difícil retornar ao trabalho e falar com minhas colegas árabes.” Hadas, a diretora dos programas judeus no Centro, acrescentou: “Maio do ano passado foi difícil, mas vivemos juntos em paz por muitos anos… Precisamos decidir o que vamos fazer daqui em diante.” Iludai, uma trabalhadora judia etíope, recontou como ninguém podia ir para os abrigos públicos quando soavam os alarmes de mísseis por

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ICEJ ASSISTÊNCIA SOCIAL

causa dos confrontos nas ruas. “Meu local de trabalho foi queimado”, ela disse. “Conversamos bastante sobre o que aconteceu. Foi muito difícil. Minha filha ainda tem medo quando saio para trabalhar.” Com Lod abalada pelos eventos de maio passado, pequenos passos estão sendo dados para se reconstruir a confiança e unificar as comunidades, incluindo os projetos de “espaço Nicole Yoder com a equipe compartilhado”. O árabe e judia do centro processo incluiu uma comunitário de Lod. pesquisa comunitária, a qual mostrou a necessidade de uma área de recreação compartilhada para as crianças. Assim, o parque infantil foi remodelado e novos equipamentos foram comprados. Eles também prepararam uma área para bicicletas, assim como um clube de bicicletas que as crianças podem desfrutar. A Embaixada Cristã está apoiando a reconciliação e a coexistência neste

centro comunitário de Lod, financiando a renovação da área externa para bicicletas e o novo clube de bicicletas, modernizando os bancos para sentar-se à sombra e comprando bicicletas para as crianças usarem. Com o tempo, as crianças árabes e judias no clube de bicicletas esperam, juntas, representar Lod em competições. Bancos instalados pela ICEJ no “A d o a ç ã o f o i centro comunitário de Lod. significativa porque acendeu uma luz em um lugar escuro”, assegurou Hadas. “Todos estavam em pós-trauma. Essa doação abriu possibilidades para árabes e judeus. É proibido deixar essa oportunidade morrer.” Obrigado a todos por apoiarem nosso trabalho de ajuda social em Israel. Por meio das suas doações, esse Dia de Jerusalém acabou sendo muito diferente do ano passado para esta comunidade israelense.

POR FAVOR CONTINUE A APOIAR A ICEJ EM: give.icej.org/givinghope

ICEJ AJUDA FECHAR LACUNAS SOCIAIS ATRAVÉS DA TECNOLOGIA POR L AURINA DRIESSE

Um voluntário no centro comunitário de Ramot consertando um computador.

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ara avançar na maioria das carreiras hoje em dia, uma pessoa precisa de habilidades de informática, especialmente no “País do Start-up”. Entretanto, 25% dos israelenses são analfabetos digitais. De acordo com um relatório recente da Globes, metade das famílias judias mais pobres e quase 60% de todas as famílias árabes em Israel não têm um computador em casa. Por isso, a equipe de Assistência Social da ICEJ estava animada em descobrir uma oportunidade de suprir computadores para famílias carentes, ao mesmo tempo em que ajuda jovens israelenses em situação de risco e voluntários desabilitados do serviço nacional a aprenderem sobre concerto de computadores. Quando a equipe da ICEJ visitou recentemente o centro comunitário

Ramot, em Jerusalém, o laboratório de assistência técnica de computadores tinha sido movido para uma área externa. Jovens animados continuavam o trabalho de conserto enquanto famílias locais vinham recolher os computadores. Nossa equipe rapidamente assumiu as mesas para ajudar a distribuir os computadores reformados para aqueles em necessidade. Graças a doadores cristãos, a ICEJ pôde financiar o conserto de 100 computadores reformados, juntamente com os acessórios e software necessários para que funcionassem corretamente. O laboratório de conserto de computadores é administrado pelos voluntários desabilitados do serviço nacional, jovens em situação de risco e outros com bolsas de estudo para consertos de computadores. Eles participam de aulas de computação semanais e recebem um certificado Cisco em reparos de computadores para aumentar suas qualificações profissionais e mobilidade social. Aqueles que recebem os computadores abarcam todas as faixas etárias e contextos culturais, e são direcionados para o centro Ramot por seus assistentes sociais. Quando recolhem seus computadores, os voluntários do laboratório de conserto alegremente explicam como os computadores funcionam. “Durante a crise do

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corona, a falta de computadores entre a camada populacional mais baixa de Israel tornou-se dolorosamente evidente”, explicou Nicole Yoder, Vice-presidente da ICEJ para Assistência Social e Aliá. “Isso resultou em lacunas de aprendizado, uma vez que as crianças incapazes de participar das aulas virtuais ficaram para trás. Desde março de 2020, o laboratório já reformou 1250 computadores e monitores doados por empresas de tecnologia e pelo setor privado.” Um casal enviou uma carta de gratidão, dizendo: “Nós dois [pais] estávamos desempregados por causa do corona e, em determinado ponto, tínhamos cinco crianças em casa que precisavam estudar online… Não tínhamos um computador em casa e vocês vieram em nosso socorro e realmente nos salvaram.” Por favor, continue a apoiar nosso trabalho de assistência social em: give.icej.org/givinghope

A equipe ICEJ preparando computadores para entregar às famílias israelenses carentes.


ALIÁ & INTEGRAÇÃO

ICEJ AJUDA PROVIDENCIAR O ‘PRIMEIRO LAR NA PÁTRIA’ AOS NOVOS IMIGRANTES JUDEUS P O R A N A S TA S I YA G O O D I N G

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oje, judeus das mais diversas origens estão retornando para Israel, vindos de todas as partes do mundo, cada um com suas próprias histórias pessoais. Alguns vinham planejando se mudar há anos, enquanto outros foram forçados a deixar tudo para trás – salvo por alguns poucos itens em uma mala – enquanto fugiam da guerra para Israel. Cada olim (novo imigrante) chega com um sonho de construir um futuro mais brilhante para suas famílias na terra natal dos judeus. Isso sempre começa encontrando-se uma nova casa, mas como e onde? Uma opção é o projeto “Primeiro Lar na Pátria”, que foi lançado pela rede de kibutzim em 1989. O “Primeiro Lar na Pátria” já recebeu centenas de imigrantes, oferecendo-lhes uma entrada suave enquanto aprendem o hebraico e tomam decisões sobre como se estabelecer de forma permanente. Famílias judias recém-chegadas são recebidas nos kibutzim - o sistema renomado de fazendas coletivas de Israel - onde estudam hebraico nos seus primeiros seis meses. Muitos ficam por um ano inteiro se houver espaço no kibutz. Esse programa também provê uma comunidade integrada, com mentores e outras assistências dos kibutzniks (moradores) locais com quem se encontram todos os dias. Atualmente, cerca de 48 kibutzim no norte e no sul de Israel estão oferecendo lares para famílias judias que acabaram de fazer a Allá. No ano passado, 210 famílias imigrantes de beneficiaram desta porta aberta. Este ano, houve um influxo repentino de 130 novas famílias, devido à crise na Ucrânia, a qual também suscitou a imigração a partir de vários outros países de fala russa. Assim, o programa vem se esforçando para encontrar comunidades agrícolas adicionais que poderiam oferecer apartamentos. Em resposta, dez novos kibutzim rapidamente se uniram ao programa “Primeiro Lar na Pátria”. Ainda assim, sobrou muito trabalho para os coordenadores que estão buscando, com urgência, preparar lugares para os recém-chegados. O que fazer? Para começar, famílias kibutz locais doaram móveis em boas condições para os apartamentos abertos. Entretanto, novos móveis e eletrodomésticos – tais como camas, mesas de cozinha, mesas de estudo, cadeiras, guarda-roupas, geladeiras, ar condicionado e muitos outros itens – são imediatamente necessários para mobiliar os apartamentos. A Embaixada Cristã ficou sabendo desta necessidade e entrou em cena para ajudar a cobrir o orçamento. Nossa doação foi para assegurar mobiliário completo para 50 apartament os no Kibutz Revivim e no Kibutz Mashabei Novo apartamento mobiliado Sadeh, no sul, assim pela ICEJ no Kibutz Revivim. como em kibutzim perto de Nahariya, no norte. Em outra ocasião, ajudamos a mobiliar apartamentos em um hotel/albergue desocupado com pequenos apartamentos de um quarto, onde portas de conexão foram abertas entre os quartos para que as novas

famílias pudessem ter duas unidades cada, a fim de tornar a estadia delas mais confortável. Além de doar esses móveis, a ICEJ também proporcionou pacotes de presente para as novas famílias imigrantes, com artigos para a casa, como cobertores, lençóis e toalhas. Os cestos de boas-vindas foram entregues recentemente a 20 famílias durante uma visita da equipe de Assistência Social da ICEJ ao Kibutz Revivim, enquanto outras 30 famílias receberão seus cestos em breve. A equipe da ICEJ foi calorosamente recebida em Revivim, onde os imigrantes ficaram maravilhados em saber que os presentes vinham de cristãos solidários em todo o mundo. Depois de apenas alguns meses em Israel, cada família já era capaz de se apresentar em hebraico, e havia sorrisos e vivas calorosos por toda parte. Apesar de estar localizado no deserto do Neguev, seu novo lar em Revivim foi transformado em um

Recém-chegados da Ucrânia e Rússia em Revivim. lugar bem verde e charmoso, com casas modestas e uma atmosfera pacífica para mais de 800 residentes. O kibutz é uma comunidade mista de famílias judias russas, brasileiras e sefaraditas, imigrantes anglo-saxões e jovens israelenses completando seu serviço nacional e, agora, os novos imigrantes de fala russa e ucraniana. Dessa forma, seu apoio generoso nos permitiu receber 50 novas famílias de imigrantes judeus que recentemente fugiram para Israel com muito pouco, e supri-los com casas completamente mobiliadas. Muitos outros imigrantes necessitam da nossa assistência à medida Jannie Tolhoek visita um nova que se estabelecem família de imigrantes que agora em sua terra natal tem cama para seus filhos. ancestral. Obrigado por nos ajudar a assegurar que eles sejam calorosamente recebidos e supridos à medida que se ajustam à sua nova vida aqui em Israel.

DOE PARA OS PROJETOS DE ALIÁ & INTEGRAÇÃO: give.icej.org/aliyah

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ALIÁ & INTEGRAÇÃO

Nicole Yoder e Jannie Tolhoek da ICEJ com novos imigrantes judeus patrocinados no curso de treinamento médico para atuarem em Israel.

ICEJ PATROCINA CURSO DE TREINAMENTO MÉDICO P O R A N A S TA S I YA G O O D I N G

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esde 1980, a Embaixada Internacional Cristã Jerusalém tem ajudado fielmente o povo judeu a retornar a Israel e estabelecer suas raízes em sua terra natal ancestral, com seu apoio a diversas iniciativas de integração. Muitas vezes, quando nos encontramos com os olim (novos imigrantes), vemos um desejo ardente em seus corações, não apenas para estabelecer suas vidas pessoais em Israel, mas também para fazer um contribuição especial ao país do qual agora são cidadãos. Em resposta, a ICEJ apoia, de forma ativa, vários programas que auxiliam os novos imigrantes a atualizar suas credenciais profissionais ou a receber treinamento para que possam procurar oportunidades de emprego e desenvolver plenamente suas carreiras aqui em Israel. Um desses programas oferece um curso de treinamento em saúde para médicos de países de fala russa, com o objetivo de ajudálos a passar no exame de recertificação de modo que possam praticar sua profissão em Israel. Esse curso é vantajoso para todas as partes envolvidas, tanto os imigrantes quanto Israel, onde há uma grande necessidade de profissionais da saúde qualificados. Mediante a conclusão bem-sucedida dos exames, esses médicos imigrantes passam por um estágio supervisionado por médicos israelenses antes de estarem completamente qualificados em Israel. Cerca de 99% completam o curso e recebem assistência para encontrar empregos em hospitais por todo o país. Ilya e Olga fizeram a Aliá no ano passado e, por meio da ajuda financeira da ICEJ, entraram no curso médico para começarem o processo de certificação em Israel. Ilya sempre sonhou em fazer a Aliá e queria servir como médico aqui em Israel. Ele estudou para ser um clínico geral

e planeja se especializar em Oncologia. Sua esposa Olga é uma epidemiologista; entretanto, após se mudar para Israel, ela decidiu estudar um novo campo da medicina para expandir seus horizontes. O programa contém muitos benefícios, já que provê um lugar para ficarem, bolsa-alimentação e a liberdade para estudarem sem ter que encontrar trabalho imediatamente. Isso foi muito útil para Ilya e Olga, pois deulhes a oportunidade de focarem nos estudos. “Este é um curso de alto nível e aprendemos várias informações novas que foram muito úteis em nossas carreiras médicas”, disse Ilya. Olga também observou como foi uma grande inspiração para eles aprenderem que há opções de tratamento em Israel que não existiam onde eles trabalhavam antes. “Obrigado por esta oportunidade, e obrigado pelo interesse de vocês nesses programas. Muito obrigado pela ajuda de vocês”, Ilya disse, grato. Agora, eles querem se estabelecer aqui em Israel e serem bons médicos e bons cidadãos. Eles sonham em ser capazes de oferecer aos seus filhos um futuro melhor e mais oportunidades do que poderiam ter tido antes. Dima, junto com sua esposa (também uma médica), se mudaram para Israel, vindos de uma cidade pequena. Dima estudou medicina geral, e agora, tanto ele quanto sua esposa estão concluindo com sucesso o curso de treinamento médico, com os exames a pouco mais de um mês de distância. “Estou muito surpreso pelo presente que este programa tem sido”, ele afirmou. “Israel tem uma das melhores medicinas do mundo.

Não vi nada melhor e sinto que esta é uma oportunidade para avançar.” Enquanto estuda, Dima fez vários amigos entre os outros médicos do programa. Ao final de julho, eles farão os exames. Depois de passar nos exames, eles vão se mudar para lugares diferentes para completar os estágios e construir suas novas vidas e carreiras em uma das cidades de Israel. “Eu gostaria de estudar cardiologia e começar, primeiro, em Haifa”, Dima ofereceu. Nicole Yoder, Vice-presidente da ICEJ para AJUDA & Aliá, se encontrou recentemente com alguns dos médicos em treinamento que estamos financiando e explicou que o nosso apoio financeiro para eles vem de cristãos do mundo todo que querem abençoar o povo de Israel de formas práticas. Emil, um dos coordenadores do programa de treinamento, respondeu: “Muito obrigado por todo o seu apoio e ajuda. Minha profissão é historiador. Sei que houve muitos períodos difíceis ao longo da história entre cristãos e judeus.” “O que vocês e outras organizações cristãs fazem é uma oportunidade para mudar a história ruim, e unir corações. Isso é muito lindo”, Emil acrescentou. “Espero que isso continue e que sejamos irmãos e irmãs vivendo em paz. Muito obrigado.” Em contrapartida, queremos agradecer a vocês nossos apoiadores - por suas ofertas generosas, que estão derrubando barreiras construídas ao longo de séculos e ajudando-nos a forjar novas relações entre o mundo cristão e o povo judeu.

POR FAVOR CONTINUE A APOIAR A ICEJ EM: give.icej.org/aliyah

17 | PALAVRA DE JERUSALÉM


LAR HAIFA

LAR HAIFA RECEBE SOBREVIVENTES DO HOLOCAUSTO FUJINDO DA UCRÂNIA POR YUDIT SETZ

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ICEJ construiu um novo condomínio para residentes em nosso Lar Haifa para sobreviventes do Holocausto, mas estivemos esperando um longo tempo para conseguir instalar um elevador antes que pudesse ser inaugurado. Ainda assim, quem teria pensado que esse atraso significaria que o condomínio agora pode ser ocupado por sobreviventes do Holocausto fugindo da guerra na Ucrânia? UMA VIRADA INESPERADA O trabalho no elevador finalmente começou, e em breve esse prédio estará cheio de residentes que, não apenas são sobreviventes do Holocausto, mas também novos imigrantes de um país assolado pela guerra. Nessa idade avançada, esses sobreviventes ucranianos tiveram que deixar para trás tudo o que construíram na vida e começar de novo com apenas suas memórias e uma pequena mala de roupas. Por agora, os primeiros seis chegados da Ucrânia estão alojados em outros apartamentos no Lar Haifa, enquanto um sétimo novo residente acabou de chegar. Shela, agora com 85 anos, era uma menina quando sobreviveu ao cerco alemão de Leningrado em 1941. Depois da guerra, ela foi parar na Cracóvia, na Ucrânia, onde conheceu o marido. Embora eles tivessem conversado muitas vezes sobre imigrar para Israel, ele queria ficar, por isso nunca aconteceu. Então, o

marido faleceu em 2010 e a única filha faleceu dois anos depois, aos 32 anos, deixando Shela completamente sozinha. Quando as tropas russas começaram a bombardear sua cidade neste inverno, ela estava certa de que seria seu fim. Por meio de um verdadeiro milagre, sua única parente próxima contactou nossa organização parceira para ajudar a resgatar Shela do bombardeamento constante na Cracóvia. Dentro de dois dias, ela teve que fazer uma mala pequena e dizer adeus a tudo o que conhecia. Shela veio diretamente para o Lar Haifa e, dois dias, mais tarde acendeu uma chama memorial em nossa cerimônia do Dia da Lembrança do Holocausto. “O mais difícil aqui é que não posso conversar com as pessoas”, Shela disse, em lágrimas, destacando que ainda não sabe hebraico. Em sua idade, começar de novo é extremamente difícil. UMA REUNIÃO DE FAMÍLIA COMOVENTE Lena também encontrou-se, recentemente, apanhada no cerco russo à Cracóvia. Ela nasceu durante a 2ª Guerra Mundial, no Cazaquistão, para onde sua família tinha fugido da invasão alemã na Ucrânia. Depois da guerra, eles se mudaram de volta para a Cracóvia, onde Lena conheceu seu marido. Lena se tornou enfermeira e eles tiveram dois meninos. Mas o casal decidiu usar um sobrenome russo para que os filhos não sofressem com o antissemitismo desenfreado na Ucrânia naquela época. Um ano e meio atrás, seu marido faleceu de câncer porque não pôde receber nenhum tratamento, devido ao confinamento causado pela COVID. Embora tivessem feito uma solicitação para imigrar para Israel na década de 1990, eles não vieram. E Lena nunca sonhou que colocaria o pé em Israel neste ano! Mas o bombardeio constante à Cracóvia tornouse insuportável. Então, seu primo Arnold ligou de Varsóvia, onde estava esperando com Shela na sua casa bombardeada em Kharkiv e, dias depois na cerimônia do Dia em Memória do Holocausto no Lar Haifa. 1 8 | JULHO/AGOSTO 2022

a esposa para voar para Israel. Lena decidiu deixar tudo para trás também, e unir-se a eles em Israel. No dia 10 de maio, ela chegou ao Lar Haifa, diretamente do aeroporto. A reunião comovente entre esses primos foi em nosso refeitório. “Sinto falta da minha família”, Lena disse, com os olhos cheios de lágrimas. “Ligo para eles todos os dias, mas simplesmente não podia mais viver lá.” Seus filhos ainda estão na Cracóvia, uma vez que não têm permissão para deixar o país, enquanto as duas noras fugiram para o Canadá e para a Alemanha. Assim, Lena está muito

Arnold é reunido em Israel com sua prima Lena. grata pelo lar amoroso que encontrou aqui. “Obrigada, obrigada”, ela continua dizendo. “Quero muito aprender hebraico agora, para poder conversar com todo mundo. Aprendi um pouco de hebraico com o nosso livro de orações.” Seu primo Arnold fugiu para Israel com a esposa, Alla, no aniversário dela, em 2 de maio, e eles chegaram ao Lar Haifa no dia seguinte. Com a maioria dos parentes enterrados na Cracóvia e tendo vivido ali a maior


LAR HAIFA

entenderem. Depois de chegar em Israel, Viktor e Sonia passaram um mês em um hotel financiado pelo governo. Mas então, precisaram de um lugar próprio e encontraram seu caminho para o Lar Haifa. “Queríamos ter vindo para Israel há muito tempo, mas, por causa das circunstâncias da vida, não deu certo”, comentou Viktor, um engenheiro nuclear bem-sucedido nos tempos da União Soviética.

A equipe ICEJ desfruta de um café com os novos moradores do Lar Haifa parte de suas vidas, nunca consideraram partir; isto é, até que um míssil caiu recentemente na casa deles, quebrando todas as janelas. Pouco depois disso, outro míssil caiu no quintal deles. As explosões afetaram Alla, já que ela não conseguia mais lidar com o medo. Naquela noite, eles decidiram partir e, na manhã seguinte, foram recolhidos pela equipe de resgate financiada pela ICEJ. O casal conseguiu fazer uma mala com quatro das fotos de casamento e algumas roupas, e então trancaram a porta atrás de si. Com todos os problemas físicos de Alla, não tem sido fácil para ela. “É muito difícil para mim ver minha esposa sofrendo há tanto tempo, já. E é difícil esperar por todas as consultas médicas”, explicou Arnold. Eles estão muito contentes porque a única filha e o marido também vieram para Israel e estão morando por perto. O neto deles não pôde deixar a Ucrânia, entretanto a esposa, assim como o bisneto de Arnold e Alla também estão vivendo por perto.

urgentemente de medicamentos. Ele e Sonia estão juntos desde os tempos de escola. Ambos sobreviveram à 2ª Guerra Mundial. Quando o exército alemão bombardeou Kiev em 1941, a pequena Sonia foi retirada da cidade pelos pais, Mas a rota para a segurança era cheia de perigos, uma vez que os trens eram visados do ar, enquanto estavam cheios de pessoas. Sonia teve sorte em sobreviver e, depois, retornou a Kiev. Ainda assim, quem teriam imaginado que, ao final de suas vidas, Sonia e o marido teriam que fugir de outro assalto a Kiev em outra jornada perigosa para a segurança? O fato de que a Rússia ajudou a derrotar os nazistas, mas agora é o inimigo da Ucrânia, é algo difícil para eles

Viktor e Sonia com uma colaboradora de língua ucraniana.

OUTRA FUGA DA GUERRA Viktor e sua esposa Sonia decidiram evacuar de Kiev depois que os russos começaram a bombardear a cidade e um míssil explodiu perto da casa deles. Àquela hora, não havia nenhum supermercado ou farmácia abertos e Viktor estava desesperado, pois sua esposa sofria de uma enfermidade crônica e necessitava Arnold e Alla chegam no aeroporto Ben-Gurion.

Quando questionados se estavam aliviados por estarem morando no Lar Haifa agora, Viktor respondeu sem hesitação: “Estamos tão felizes por estar aqui. Não tínhamos mais ninguém para nos ajudar em Kiev, e aqui temos uma comunidade ao nosso redor, e a ajuda médica é muito melhor em Israel.” Para os novos imigrantes, de modo geral, a vida em um país novo é difícil, pois leva muito tempo para se ajustarem a uma língua, clima e cultura diferentes. Mas, para os idosos abandonarem tudo em meio a uma guerra feroz e começar de novo em uma nova terra é algo difícil até mesmo de descrever. Depois de terem suas necessidades básicas supridas, como roupas, alimento e um lugar para viver, a maior necessidade deles é cuidado e atenção, para fazê-los sentir-se seguros e em casa. Ainda há um longo caminho a ser percorrido por esses sobreviventes ucranianos, para terem noção de que estão estabelecidos e em casa. Mas, com a sua ajuda, temos esperança de que estes últimos anos para eles serão verdadeiramente bons aqui, na Terra dos seus antepassados.

Apoie o trabalho no Lar Haifa da ICEJ para Sobreviventes do Holocausto doando em: give.icej.org/survivors

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19 | PALAVRA DE JERUSALÉM


ICEJ FEASTPELO OF TABERNACLES MUNDO 2020

TAVARES

HONRADO COMO HERÓI ESPORTIVO NACIONAL

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m maio, o diretor nacional da ICEJEslovênia foi honrado em uma cerimônia que marcava sua aposentadoria do futebol americano profissional depois de 20 anos como ponta-de-lança para o bem-sucedido clube NK Maribor. Ele finalizou sua carreira como o artilheiro com maior pontuação na história do país e, em um tributo a isso, uma seção do estádio foi nomeada em sua homenagem. Marcos sempre orou para que pudesse jogar até que seu filho mais velho pudesse se unir a ele no campo e, realmente, o filho entrou como um substitudo durante essa emocionante partida de despedida.

TCHECOS E ALEMÃES FAZEM COMÍCIOS DE SOLIDARIEDADE A ISRAEL EM PRAGA POR MOJMIR KALLUS

E

m abril, centenas de cidadãos tchecos e alemães encheram as ruas de Praga em uma marcha solidária por Israel. Entre eles estavam 100 alunos de Ensino Médio da Alemanha e da República Tcheca, que também fizeram um tour, no dia seguinte, pelo infame campo de concentração Terezin. O programa principal foi realizado em um jardim do Parlamento Tcheco, em Praga, e contou com o destaque da Embaixadora Israelense para a República Tcheca, Anna Azari, além de grandes figuras politicas. O ponto alto do evento de solidariedade foi, sem dúvida, a presença de Eva Erben, uma sobrevivente do Holocausto de 92 anos, original da Tchecoslováquia, que agora reside em Asquelom. Fluente em tcheco e em alemão, a animada senhora conquistou respeito por seu jeito doce de recontar sua própria terrível história na Shoáh (Holocausto). Ela deixou bem claro para todos porque o Estado de Israel deve existir – para proteger cada judeu que possa enfrentar perseguição. O evento anual tem sido organizado pelos escritórios da ICEJ na República Tcheca e na Alemanha por 19 anos consecutivos e se tornou uma tradição fixa de advocacia pró-Israel na Europa central

Estudantes Tchecos e Alemães unem-se a marcha pró-Israel em Praga e visitam Terezin (Foto por Carina Reiger)

ICEJ FIJI DÁ AS BOAS-VINDAS AO NOVO EMBAIXADOR DE ISRAEL

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POR EQUIPE ICEJ

ICEJ Fiji organizou, recentemente, um banquete de boas-vindas para Roi Rosenblit, o novo Embaixador de Israel para Fiji e as Nações Insulares do Pacífico. A recepção e jantar foram organizados logo após o Embaixador Rosenblit ter apresentado suas credenciais para o Presidente de Fiji, Ratu William Katonivere, e feito as visitas de cortesia ao Primeiro-Ministro e outras figuras governamentais sêniores. A recepção de gala da ICEJ contou com a participação de vários líderes do governo, da comunidade, de negócios e eclesiásticos, incluindo o primeiro-ministro anterior, além de

vários ministros de gabinete e membros do parlamento, tanto anteriores quanto atuais. Também participaram médicos que receberam treinamento na Escola de Medicina da Universidade Hebraica por meio do Ministério de Relações Exteriores de Israel, oficiais militares que serviram com as forças da ONU em Golan e vários jogadores de rugby de Fiji, que jogam pelo clube de rugby profissional em Tel Aviv. Fine Ditoka, secretária executiva do escritório central da ICEJ em Jerusalém, viajou para casa para esta ocasião, para coordenar o evento de boas-vindas e a visita oficial do Embaixador a Fiji. O diretor nacional da ICEJ-Fiji, Mikaele Mudreilagi, recebeu calorosamente o embaixador e o assegurou do apoio maciço dos cristãos em Fiji por Israel. O Embaixador Rosenblit respondeu expressando seu grande interesse em envolver-se com as nações insulares do Pacífico, especialmente Fiji, devido ao papel estratégico que esta tem na região.


ICEJ PELO MUNDO

CRISTÃOS NA LIBÉRIA CELEBRAM YOM HA'ATZMAUT m maio, o diretor nacional da ICEJ Libéria, Aaron Wright, e sua equipe organizaram um banquete e uma conferência especial para mulheres a fim de marcar o Dia da Independência de Israel.

E

COMÍCIOS PRÓ-ISRAEL NA ESLOVÁQUIA m maio, o diretor nacional da ICEJ-Eslováquia, Peter Švec, e sua equipe organizaram vários Atos Solidários “Leite & Mel”, em Bratislava, para celebrar o Dia da Independência de Israel e o Dia de Jerusalém. As celebrações incluíram palestras de ensinamentos bíblicos e sobre questões atuais, apresentações ao ar-livre de música e dança, feirinhas, programações para as crianças e mais. O Vice-Presidente da ICEJ, Mojmir Kallus, também participou, falou em igrejas locais e teve boas conversas com o Primeiro-Ministro da Eslováquia, Eduard Heger, um cristão devoto e apoiador de Israel.

E

ICEJ UK HOSPEDA A PRIMEIRA DE SEIS CONFERÊNCIAS Em abril, o escritório da ICEJ-Reino Unido organizou a primeira das seis conferências de ensino que planejou para 2022. David Parsons, da equipe de liderança de Jerusalém, foi o palestrante de destaque na conferência de Billinge. Ao longo dos próximos meses, outros palestrantes convidados falarão em conferências em Southampton, Lincoln, Midlands Ocidentais, Londres e Glasgow. A equipe do Reino Unido também lançou um podcast e programa de TV regular chamado “Comunicado de Jerusalém”, na Revelation TV, com os co-apresentadores Simon Barrett e o diretor do escritório local, Rev. David Elms. CONFERÊNCIA NA NORUEGA CONTA COM A PARTICIPAÇÃO DE PALESTRANTES ISRAELENSES ecentemente, o diretor nacional da ICEJ-Noruega, Dag Øyvind Juliussen, e sua equipe realizaram uma grande conferência próIsrael, contando com a participação dos dinâmicos palestrantes convidados, Hananya Naftali e Yosef Hadad.

R ARISE ALEMANHA RECEBE GRUPO DE LOUVOR DE ISRAEL POR CARINA RIEGER

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m maio, o grupo Arise, de jovens adultos, da ICEJ-Alemanha, uniu-se ao líder de louvor israelense, Shilo Ben Hod, e à sua banda, para um tour musical pela Alemanha. O tour foi inaugurado em uma conferência na Capela da Cidade em Stuttgart, onde o pastor árabe Tass Saada, um exmuçulmano e franco-atirador da OLP, também compartilhou sobre seu encontro marcante com Jesus. Conforme o tour seguia em frente, centenas de jovens adultos se juntaram para três cultos e quatro outras noites de adoração em vários locais pelo sul da Alemanha. Além dos momentos maravilhosos de adoração, em hebraico e em inglês, Shilo e sua equipe também compartilharam testemunhos pessoais sobre Israel e encorajaram os jovens cristãos da Alemanha a orarem por Israel. 21 | PALAVRA DE JERUSALÉM


um programa original icej

NOVOS EPISÓDIOS

agora no ar nos canais oficiais da ICEJ e na GOD TV Encontro com Israel, trazido a você pela Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém, apresenta ensinamentos bíblicos enriquecedores, histórias pessoais incentivadoras e eventos emocionantes, todos da Terra de Israel!

Todos os episódios de Encontro com Israel estão disponíveis on demand na GOD.TV/VOD/ ENCOUNTERISRAEL Encontro com Israel vai ao ar na God TV toda seg - sex as 6:15 am e 12:45 pm em cada região

HONRANDO OS ‘JUSTOS ENTRE AS NAÇÕES’ ICEJ FAZ PARCERIA COM O YAD VASHEM PARA GUARDAR SEU LEGADO

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POR ANO

Siga ICEJ @icejofficial escaneie para assistir

A Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém sente-se honrada em servir como a parceira cristã do Yad Vashem – o museu e memorial do Holocausto mais significativo do mundo. Yad Vashem é a única instituição que oferece reconhecimento oficial aos “Justos entre as nações”, uma designação especial que honra não-judeus que assumiram grandes riscos pessoais para salvar, esconder e resgatar judeus durante o Holocausto. O Yad Vashem já plantou cerca de 2000 árvores em seu campus Mt Herzl, em Jerusalém, para honrar os Justos Entre as Nações, mas as árvores precisam de manutenção e cuidado anual. Os Amigos Cristãos do Yad Vashem estão procurando parceiros para ajudar na conservação das 2000 árvores dos Gentios Justos que revestem o Monte da Recordação, em Jerusalém. Você está convidado a se identificar com o legado deles, tornando-se o “Guardião de uma Árvore”. Pela doação de US$365 ao ano, você receberá: • Um certificado com o nome de um “Gentio Justo” e o seu próprio nome como aquele que adotou a árvore. • A história do Gentio Justo. • Uma foto da própria árvore. Juntos, podemos trabalhar por um futuro mais brilhante, para assegurar que “Nunca Mais!”

Faça sua doação hoje em: give.icej.org/yadvashem 22 | JULY/AUGUST 2022


LOJA DA EMBAIXADA // WWW.ICEJSTORE.COM Descrição completa dos produtos loja online

UMA CURTA HISTÓRIA DO SIONISMO CRISTÃO: DA REFORMA AO SÉCULO VINTE E UM Por Donald M. Lewis (InterVarsity Press / 2021) Revisado por David R. Parsons Vice Presidente & Porta-Voz Sênior da ICEJ

CAMISETA DA FESTA 2022 'A TERRA DA PROMESSA'

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apoio cristão a Israel está, hoje, em níveis sem precedentes, uma vez que dezenas de milhares de cristãos em todo o mundo têm um amor irresistível por Israel e pelo povo judeu. Ainda assim, continuamos sendo difamados como não sendo nem um pouco diferentes de gerações passadas de cristãos que eram, em grande parte, antissemitas. Sionistas cristãos são acusados de racismo e de bloquear a paz. Atribuem-nos motivos sinistros, tais como querer desencadear o Armagedom como um cenário final de “converta-se ou morra”. Acadêmicos e jornalistas rebaixam o sionismo cristão como um resultado recente da Direita Cristã nos Estados Unidos. Tudo isso é um grande má-interpretação da história nobre, do escopo global e das motivações sinceras do movimento sionista cristão. Há mais de quatro décadas, a Embaixada Internacional Cristã Jerusalém tem defendido nosso movimento dessas calúnias e declarações fraudulentas. E agora, um livro finalmente foi lançado, o qual arrasa com essas falsidades de uma forma acadêmica incomparável. Uma curta história do sionismo cristão: Da Reforma ao Século XXI - por Donald M. Lewis é o tratado mais compreensível sobre este tema até hoje, cobrindo as atitudes dos cristãos em relação ao povo judeu desde os pais da Igreja Primitiva, o surgimento do evangeliscalismo a partir da Reforma Protestante e o desenvolvimento do sionismo cristão desde então. Ao mesmo tempo em que o livro desnuda alguns dos problemas com os erros de cálculo dos cristãos quanto às profecias bíblicas no passado, ele também é minucioso e persuasivo em estabelecer que a maioria dos evangélicos hoje se importa de forma genuína com Israel e o povo judeu no aqui-e-agora. No processo, o falecido Prof. Lewis desarma, de forma convincente, a noção falsa – amplamente promovida na mídia – de que todos os cristãos pró-Israel são Dispensacionalistas. Também é importante observar que ele apresenta uma percepção excepcionalmente aguçada de que a identidade evangélica ao longo dos últimos séculos tem sido profundamente moldada por nossa abordagem favorável para com Israel e os judeus. Além de servir como um recurso valioso para nosso movimento daqui para a frente, Uma curta história do sionismo cristão também serve como um espelho pessoal para o leitor refletir sobre onde exatamente ele se posiciona em importantes questões bíblicas, proféticas e políticas relacionadas a Israel hoje. Os nossos motivos em relação a Israel são puros? Será que aprendemos a lição com cristãos do passado, cuja fé falhou quando suas expectativas messiânicas fracassaram? Este é uma obra bem-vinda de excelente erudição histórica e religiosa, que lida com visões complexas de teologia, escatologia, o chamado e destino de Israel e as forças que guiam a história do mundo. De fato, Uma curta história do sionismo cristão se enquadra imediatamente no topo da lista de leitura obrigatória de qualquer um que esteja interessado em Israel.

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