Abelardo Bueno by Grupo Coruja

ANO 01 | EDIÇÃO 10

Ilha Pura

O espaço de alojamento de 18 mil atletas durante os Jogos Olímpicos de 2016 se transformará em um bairro planejado e sustentável.

Em breve

A Vila Olímpica e Paraolímpica Rio 2016 estará assim. Hoje um grande canteiro de obras que gera emprego, atrai os olhares de investidores para a região e valoriza o seu patrimônio.

Lazer verde

Descubra espaços ao ar livre, pertinho da sua casa, que oferecem contato com a fauna e flora locais. Programa para toda a família, e de graça.

Sumário Julho. 2014 | ANO 01 | EDIÇÃO 10

Vila dos Atletas

Lazer verde

Música clássica

Prêmio Nobel

Sumário 30 Transpor te escolar 32 Pet 38 Fotografia 46 Programe-se

Diretor Executivo

Paulo Roberto Mesquita

Foto de capa

RIO2016/LUMO Arquitetura

Diretora Administrativa

Fotografia

Editora-Chefe

Revisão

Rebeca Maia

Tereza Menezes Dalmacio jornalismo@idesigncom.com.br

Comercial

(21) 3471-6799 | 7898-7623 contato@idesigncom.com.br

Repórteres

Aldilene Mafra | Cristiano Kubis Guilherme Cosenza | Ricardo Oliveira

Produção

Ana Deveza

(www.rio2016.com)

Hilton Ribeiro e Natália Moraes Tatiana Lopes

Direção de Arte Rachel Sartori

Design/Diagramação Charles Pereira

Design

Marcília Almeida Renato Passos Guilherme Dore

www.idesigncom.com.br contato@idesigncom.com.br Avenida Armando Lombardi, 800 | 238 Barra da Tijuca – Rio de Janeiro RJ – CEP 22640-906

Foto: Fabio Giannini (fvdstudio.com.br)

Editorial

É ouro

á comentamos aqui que o entorno da Avenida Abelardo Bueno virou país de todos. Recentemente abrigou o Centro de Transmissão Internacional. Mais de 18 mil jornalistas credenciados, de 32 nações, trabalharam ali por pouco mais de um mês, na Copa Mundo. Daqui a pouco, em 2016, a região vai receber muitos outros sotaques. Gente dos quatro cantos do planeta estará aqui em busca de recordes e medalhas. Nesse momento, a Olimpíada de 2016 é modelada com argamassa, ferro e cimento. Canteiros de obras a todo vapor. Um batalhão de profissionais dá forma aos espaços. No geral, 140 mil pessoas estão envolvidas diretamente na organiza-

ção do evento, segundo o próprio Comitê (COI). Receberemos mais de dez mil atletas de 200 nações, do Novo e Velho Mundos. O Rio vai se tornar terra de todos. A Vila Olímpica, que é construída em uma área de 800 mil metros quadrados, vai alojar as delegações, somando 18 mil pessoas, entre atletas, técnicos e outros profissionais. Em construção, 3.604 apartamentos, além de toda uma área de apoio e lazer. Uma cidade dentro de outra. Mesmo com o fiasco esportivo da Copa do Mundo, continuamos na vitrine. Mostrando que sabemos preparar o terreno para receber quem vem nos visitar. Se a Copa deixou uma boa impressão, não foi nos campos, mas nos

calçadões, bares, hotéis e restaurantes. É essa gente brasileira que marcou gol de placa, na hospitalidade, na gentileza e no alto-astral. Em breve, bem aqui, pertinho de você, vamos receber o mundo em nossa vizinhança. Com certeza, medalhas virão para muitos atletas, mas, de antemão, sabemos que o carioca é prata da casa e ouro na receptividade. Que venham os jogos! jornalismo@idesigncom.com.br. Tereza Dalmacio Editora-Chefe

Meio ambiente

Lazer verde

e na vizanhanรงa Por Aldilene Mafra

Entrada do Parque Natural Chico Mendes.

PROMOÇÃO VÁLIDA ATÉ 09 DE AGOSTO OU ENQUANTO DURAREM OS ESTOQUES. FRETE NÃO INCLUSO. IMAGEM MERAMENTE ILUSTRATIVA. Campanha válida somente para a loja Masotti citada neste anúncio.

Denise Monsores, gestora do parque.

om 25 anos de existência, o Parque Natural Chico Mendes, é excelente opção de lazer para o morador da Avenida Abelardo Bueno e região, pela proximidade, por oferecer um contato direto com a natureza e ainda por ser de graça. O Parque, que leva o nome do líder seringueiro do Acre, Chico Mendes (que fez história na luta pela preservação da Floresta Amazônica e foi assassinado), foi fundado com o objetivo de proteger uma das lagoas mais importantes da Barra da Tijuca – a das Tachas. Desde a inauguração do parque, o crescimento urbano da região avançou de maneira significativa, o que afetou não só o Parque Chico Mendes, como também outras áreas de preservação da Barra da Tijuca, como Bosque da Barra e o Parque Marapendi. Os três são remanescentes dessa invasão populacional na Zona Oeste. Denise Monsores, gesto-

ra do Parque Chico Mendes há sete anos, destaca a importância de proteger uma área como essa. “Nosso comprometimento é manter uma unidade de conservação, pois nos preocupamos com os animais que aqui habitam e com a chegada de outras espécies, que em sua maioria são aves. Ao todo possuímos registro de 139 espécies de aves que já chegaram aqui”, lembra. A obrigação de preservar não é só dos gestores do parque, mas também da população vizinha e dos visitantes do local. Por isso, ações de educação ambiental são desenvolvidas frequentemente, na tentativa de conscientizar o público. “As pessoas que chegam aqui têm uma certa aproximação com os animais, por isso os circuitos de trilhas são bem sinalizados, com descrição também em braile, para deficientes visuais, com o nome das espécies que ali residem. >>

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Jacaré habitante da lagoa das Tachas.

Sueli Borges, frequentadora assídua do Parque Chico Mendes.

Descrição de espécie em braile, para deficientes visuais.

8 Lagoa das Tachas.

É importante respeitar a área dos animais, o seu espaço”, explicou. Passear pelas trilhas é um grande prazer e requer pouco esforço. O caminho é feito de terra batida, que facilita bem a caminhada. Ao todo o parque possui dez trilhas ecológicas em aproximadamente 44 mil metros quadrados. Dos pontos centrais onde estão localizados os deques podem ser vistos jacarés-de-papo-amarelo e capivaras. Para as crianças, a opção de recreação é o playground, que conta com brinquedos e locais apropriados para piqueniques. A professora Sueli Borges, moradora da região, visita o parque com frequência, e adora. “As pessoas deveriam aproveitar mais lugares como este, pois nessa loucura que vivemos no dia a dia, são áreas verdes de preservação como o Parque Chico Mendes que nos dão as energias necessárias para enfrentar o mundo lá fora. Já perdi a conta de quantas

Capivara vista perto de uma das trilhas ecológicas.

vezes passei horas aqui contemplando essa paisagem. Frequento o parque há 12 anos e recomendo, é um lugar excelente para o passeio em família, com amigos e até sozinho”. Ao contrário de Sueli, Paulo Cezar, morador do Recreio, visitava pela primeira vez o Chico Mendes com a sobrinha, Amélia Alves, e a neta, Ilanna Calvo (3 anos). “Hoje decidi fazer um programa em família, pois além de minha sobrinha, que é bióloga, estar visitando a cidade, a pequena é doida por animais e natureza. Então, como moro aqui perto vi que seria uma ótima alternativa visitar o parque”, afirmou. A bióloga Amélia estava encantada com o lugar. “Acho que esse tipo de programação deveria estar no roteiro das escolas e dos pais, porque lugares como este são ótimos para as crianças. As cidades tinham por obrigação priorizar esse tipo de passeio, pois o Rio, por exem-

Paulo Cezar, morador do Recreio, com a neta, Ilanna Calvo, e a sobrinha, Amélia Alves.

plo, é belíssimo e riquíssimo na área ambiental e não tem somente Cristo e Pão de Açúcar”, ressaltou. O parque recebe mais de três mil visitantes por mês. Em época de férias escolares, esse número pode dobrar. Um passeio bem procurado é a visita noturna, quando algumas espécies saem de seus esconderijos. Mas é preciso programar.

Alerta do parque para os visitantes.

Trilhas sinalizadas.

ValĂŠria Cristina visitava o parque com a sobrinha, Sthefany Caroline (16 anos), e a flha, Jhenifer Marinho (18 anos).

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9 Ambientalista Chico Mendes, que deu nome ao parque.

O Parque Chico Mendes está localizado na Avenida Jarbas de Carvalho, 679, no Pontal de Sernambetiba, Recreio. Aberto de terça a domingo, das 8h às 17h, com entrada gratuita. As visitas guiadas acontecem com agendamento prévio. Elas acontecem de terça a sexta, em dois horários: às 10h e às 14h. Mais informações pelo telefone 2437-6400.

Olimpíadas 2016

Ilha Pura

Por Cristiano Kubis

Região vai receber bairro planejado que alia a beleza do Parque Estadual da Pedra Branca e da Lagoa de Jacarepaguá e ainda será a Vila dos Atletas em 2016

região entre a Abelardo Bueno e a Salvador Allende é uma das que mais crescem no Rio de Janeiro. No transporte, a implantação da Transcarioca e da Transolímpica. No lazer, o lançamento do Centro Metropolitano, sem contar com a HSBC Arena e o Riocentro. Na infraestrutura, a construção da Ponte Estaiada e a duplicação de vias. Transporte, avenidas, pontes, infraestrutura para a Olimpíada de 2016. Vila dos Atletas, equipamentos esportivos – o Rio se transforma para receber atletas dos cinco continentes. O Parque Olímpico, por exemplo, localizado no antigo Autódromo de Jacarepaguá (área do tamanho do bairro do Leme), receberá mais de 120 mil pessoas por dia durante a Olimpíada. No local, ocorrerão disputas de 14 modalidades olímpicas e nove paraolímpicas. No espaço também haverá disputas de ciclismo, basquete, tênis, entre outros esportes. A ideia da organização é aproveitar as instalações temporárias e definitivas como legado após os jogos olímpicos. Maria Sílvia Bastos Marques, presidente da Empresa Olímpica Municipal (EOM), espera que, com as transformações geradas pelos jogos olímpicos, o Rio se torne a melhor cidade do Hemisfério Sul para se viver, trabalhar e visitar. Além de todos os outros equipamentos olímpicos, há ainda a Vila dos Atletas, que abrigará os competidores e depois será mais um

Foto: Fabio Giannini - Fvdstudio.com.br

bairro planejado dentro de outro grande bairro. Trata-se da Ilha Pura. Planejado em uma área de 800 mil metros quadrados, esse novo empreendimento de 3.604 apartamentos nasce para alojar os atletas, e, após o evento esportivo, será comercializado para proprietários definitivos. O prazo de entrega é março de 2016. De acordo com Carlos Fernando de Carvalho, presidente da Carvalho Hosken (incorporadora responsável pelo projeto), a ideia é transformar a Vila dos Atletas em um ícone mundial, sendo a de mais alto padrão na história dos jogos olímpicos. “Somos vizinhos do Parque Estadual da Pedra Branca, estamos de frente para uma lagoa e a cinco minutos da praia. Além do alto padrão de acabamento de suas unidades residenciais, a Ilha Pura contará com uma multiplicidade de facilidades, que reunirão qualidade de vida, moradia, serviços e entretenimento”, conta o empresário.

Com a obra em andamento, 40% concluída, já é possível ver onde os atletas olímpicos ficarão instalados em 2016. Em frente ao Riocentro e ao Parque dos Atletas, os edifícios são adaptados às normas de acessibilidade. A natureza do local é farta, de um lado está o Parque Estadual da Pedra Branca, e do outro, a Lagoa de Jacarepaguá. De acordo com Maurício Cruz, diretor-geral da Ilha Pura, o maior desafio é construir os 3.604 apartamentos ao mesmo tempo e em um único canteiro de obras. “É diferente de quando se entregam os condomínios em etapas. Aqui, temos um ritmo grande, com grande logística de

materiais, equipamentos e mão de obra. Apesar de difícil, estamos superando bem”, opina. Para o diretor, os atletas olímpicos serão surpreendidos. Maurício diz que o esforço é para criar um projeto jamais visto na cidade. “A qualidade de vida que queremos proporcionar é completa. Temos a proximidade da praia, transporte intermodal, vida sustentável, segurança, serviços e entretenimento”. O principal pilar do projeto é a sustentabilidade. A Vila dos Atletas vai abrigar 17.950 atletas e comis-

são técnica. Na área a ser construída (755.000 m²), também está prevista a construção de um empreendimento comercial exclusivo para os moradores pós-olimpíada. A Ilha Pura é um bairro planejado que segue conceitos parecidos com os do RIO2, Cidade Jardim e Península, e terá um volume geral de vendas de 4 bilhões de reais. >>

Maurício Cruz, diretor-geral da Ilha Pura.

“Beleza pura” Visionário. À frente do seu tempo. Um homem que apostou na sustentabilidade desde quando ninguém ouvia falar sobre o tema. Esse conceito está embutido em todos os grandes projetos assinados por ele e por sua empresa. Parques, áreas verdes, grandes condomínios com conceitos totalmente ecológicos. Marcas do tra-

balho desse engenheiro inquieto, empreendedor, apaixonado pelo que faz. E essa paixão impulsiona o crescimento, gera empregos e constrói com solidez, equilíbrio e preservação ambiental. Podemos citar aqui, como modelo, não só pra gente, mas para o mundo, a Península: 780 mil me-

tros quadrados de área, com 8% de construção, dois imensos parques, cinco jardins temáticos, trilha, fauna e flora ricas. Um oásis dentro de uma capital cosmopolita. A Carvalho Hosken Engenharia e Construções, empresa fundada em 1951, é a responsável por esse e outros projetos sustentáveis, entre eles o condomínio RIO2. Acompanhe a entrevista. >>

REVISTA ABELARDO BUENO: HÁ MAIS DE 60 ANOS, A CARVALHO HOSKEN ATUA NO CENÁRIO DE ENGENHARIA DO BRASIL E, PRINCIPALMENTE, NO RIO DE JANEIRO. POR QUE O SENHOR INVESTIU EM UMA REGIÃO QUANDO NINGUÉM APOSTAVA NELA? QUAL O OLHAR QUANDO ADQUIRIU 10 MILHÕES DE METROS QUADRADOS NA BARRA DA TIJUCA? CARLOS FERNANDO DE CARVALHO: Hoje parece óbvio que o único caminho do crescimento com desenvolvimento é no sentido oeste. Isso já havia sido dito pelo urbanista grego Doxiadis, em estudo feito por encomenda do governador Carlos Lacerda. Eu conheço a Barra desde criança. Nascido em Jacarepaguá, desde cedo fazia longas caminhadas com o meu pai, chegando até a Barra da Tijuca. Ficava encantado com a beleza da região. Logo depois de formado, fundei uma empreiteira – era a Carvalho Hosken – em 1951. Nos anos 60, resolvi transformar a empresa numa imobiliária para atuar no Rio. No dia a dia, fui percebendo que a Zona Sul do Rio dava mostras de saturação. A infraestrutura não suportava um crescimento desordenado, com prédios cada vez mais altos, sem a devida infraestrutura. As ruas já eram estreitas para o trânsito, que aumentava muito com a chegada da indústria automobilística. Então veio à minha cabeça a visão da infância. Aquela era a região para onde o Rio iria crescer. Quando o governador Negrão de Lima contratou o urbanista Lucio Costa, já consagrado por ter projetado Brasília, para fazer o plano de ocupação da Baixada de Jacarepaguá, e o início das obras para a construção da ligação da Zona Sul com a Barra da Tijuca, não tive mais dúvidas e me atirei com todas as forças na conquista dessa região. REVISTA ABELARDO BUENO: COMO FOI A SUA PARCERIA COM O URBANISTA LUCIO COSTA NA ELABORAÇÃO DO PLANO PILOTO DA BAIXADA DE JACAREPAGUÁ? CARLOS FERNANDO DE CARVALHO: As relações com o Lucio Costa foram sempre cordiais. Muitas discordâncias, muita discussão, sempre nos limites civilizados. O Lucio era um profissional inteligentíssimo, com uma grande visão do todo, porém sem dar muita importância para o desenvolvimento comercial. Contratado pelo poder público, ele fazia um plano para o Governo sem levar em conta a viabilidade econômica. O projeto foi feito, algumas modificações tiveram que ocorrer, como em qualquer plano de desenvolvimento de uma cidade. Mas a região aí está, na sua concepção, desenvolvida como foi pensada. Nossas discussões foram sempre em torno desse assunto.

Carlos Fernando de Carvalho, presidente da Carvalho Hosken

Como previu o Lucio Costa, passados mais de 40 anos do início da conquista da Barra, toda aquela região que vai da Abelardo Bueno, onde está o Centro Metropolitano até a Ilha Pura, será o novo destino do bem morar na cidade.

REVISTA ABELARDO BUENO: TODOS OS PROJETOS DA CARVALHO HOSKEN BUSCAM UMA AÇÃO COM DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTÁVEL. QUE TIPOS DE CARACTERÍSTICAS OS EMPREENDIMENTOS DA EMPRESA REMETEM À SUSTENTABILIDADE? CARLOS FERNANDO DE CARVALHO: Os empreendimentos da CH sempre miram o habitante. Aquele que vai morar. Conforto, beleza, segurança, paisagismo, enfim, felicidade. Esse foi e é o pensamento básico. Na Península, recuperamos um manguezal e fizemos uma trilha ecológica nas margens, para os que ali moram. É hoje o único manguezal preservado na região urbana da cidade. Dois imensos parques, obras de arte deslumbrantes. E o mais importante de tudo: criamos a Sociedade Civil, que, com a contribuição de todos, cuida e preserva o bairro. É o melhor lugar para se morar na cidade.

No RIO2, o mesmo modelo e igualmente uma associação para cuidar do lugar, e o mesmo no bairro planejado Cidade Jardim. Os que entenderam e compraram, viram seus investimentos ganharem uma valorização fantástica. REVISTA ABELARDO BUENO: A CARVALHO HOSKEN INOVOU COM EMPREENDIMENTOS PLANEJADOS, COMO O RIO2 E A PENÍNSULA, POR EXEMPLO, QUE, ALÉM DE CONDOMÍNIOS, TRAZEM MAIS SEGURANÇA, QUALIDADE DE VIDA, SERVIÇOS E LAZER AO MORADOR. COMO ESSE CONCEITO PODERIA SER INTRODUZIDO TAMBÉM NA POLÍTICA PÚBLICA DE ADMINISTRAÇÃO DOS BAIRROS CARIOCAS? CARLOS FERNANDO DE CARVALHO: Acho que o Governo deveria estudar essa experiência para aplicar em outros bairros da cidade. A iniciativa privada já percebeu, e hoje vemos anúncios de condomínios lançados em diversos pontos da cidade, afirmando que estão replicando a experiência da Barra. Sem falsa modéstia, somos o exemplo. Hoje, paisagismo, conforto, parques e trilhas são itens obrigatórios em praticamente todos os lançamentos.

REVISTA ABELARDO BUENO: A NOVA TACADA DA CARVALHO HOSKEN É A ILHA PURA. UM BAIRRO QUE PRIMEIRO VAI ALOJAR OS ATLETAS OLÍMPICOS PARA 2016 E, DEPOIS, SERÁ ENTREGUE AOS PROPRIETÁRIOS DE FORMA DEFINITIVA. QUE PRECAUÇÕES A EMPRESA ESTÁ ADOTANDO PARA EVITAR PROBLEMAS COMO OS QUE A VILA DO PAN 2007 APRESENTOU? CARLOS FERNANDO DE CARVALHO: A Ilha Pura foi uma paixão desde a primeira vez que vi. Entre a Lagoa Dourada e o maravilhoso verde da montanha.Vi, gostei e comprei. Sabia que não era para logo. Como previu o Lucio Costa, passados mais de 40 anos do início da conquista da Barra, toda aquela região que vai da Abelardo Bueno, onde está o Centro Metropolitano, até a Ilha Pura, será o novo destino do bem morar na cidade. Será o alojamento para os atletas olímpicos de mais alto padrão já feito na história das olimpíadas. Você dá o exemplo da Vila do Pan e pergunta que precauções estão sendo tomadas, eu digo: trabalhar com a mesma qualidade e responsabilidade com que sempre trabalhamos. Nessa empreitada, temos um parceiro, a Odebrecht OR, que é outra assinatura de confiança para qualquer pessoa que esteja escolhendo um empreendimento imobiliário. A Ilha Pura será a réplica da Península nessa região. REVISTA ABELARDO BUENO: TEM SIDO GRITANTE O CRESCIMENTO DA BARRA DA TIJUCA NAS ÚLTIMAS TRÊS DÉCADAS. AGORA, A ABELARDO BUENO E SALVADOR ALLENDE RECEBEM DIVERSOS EMPREENDIMENTOS, DEIXAM DE SER AVENIDAS DE PASSAGEM, E TRAZEM ESSE AR DE NOVO BAIRRO, QUASE DE CIDADE. ESSE DESENVOLVIMENTO ACELERADO, ESSA CONVERGÊNCIA PARA ESTE LADO DA CIDADE É APENAS FRUTO DA ESCOLHA DO RIO PARA A SEDE DA OLÍMPIADA, OU JÁ HAVIA UM PLANEJAMENTO PRÉVIO PARA O QUE ACONTECE HOJE? CARLOS FERNANDO DE CARVALHO: O caminho da Cidade para esse lado da Abelardo Bueno e Salvador Allende é o rumo natural do crescimento. Como já disse, foi como projetou o Lucio Costa. Região a ser desenvolvida depois que a primeira parte estivesse ocupada. A hora chegou. Claro que, sem a vinda dos Jogos Olímpicos, esse avanço teria sido muito mais lento. Os jogos trouxeram infraestrutura em cinco anos, o que seria difícil acontecer em 30.

Fotos: RIO2016/LUMO Arquitetura (www.rio2016.com)

Acessibilidade, água, luz, esgoto, lagoa limpa e utilizável para transporte, lazer e locomoção. Agora, vamos ocupá-la. Aposto que essa nova fase deixará a cidade mais linda do que já está, após a primeira ocupação. REVISTA ABELARDO BUENO: PARA ENCERRAR: AOS 90 ANOS E COM UM CURRÍCULO INVEJÁVEL, UMA VIDA PAUTADA NA CONSTRUÇÃO, DE TÃO GRANDES EMPREENDIMENTOS E CONCEITOS RENOVÁVEIS, COM MAIS ESSE TRABALHO – A ILHA PURA –, AINDA PODEMOS ESPERAR NOVOS PROJETOS COM A MESMA MARCA E GRANDEZA PARA O FUTURO? CARLOS FERNANDO DE CARVALHO: Com o meu entusiasmo e o meu vigor, sinto como se estivesse começando. Espero poder realizar muito no futuro da nossa Barra da Tijuca.

Eu moro aqui

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Cinema de Guerrilha abre novas frentes

Cinema O

açougueiro Ricardo Rodrigues, que se tornou cineasta e já foi nosso personagem em outra edição da Revista Abelardo Bueno, está com mais um trabalho na praça, e aplaudido pela crítica. O curta O Perdão fez pré-estreia em dois famosos festivais de cinema brasileiros – o IV Cine Faces (Rio de Janeiro) e o I Festival de Cinema no Vale dos Dinossauros (Paraíba). A obra é baseada em uma história real: o caso

de uma jovem que se vê arrependida de ter abandonado sua filha e, ao perceber o que fez, corre ao encontro da criança. A produção, que começou em 2012, passou por algumas dificuldades, e só voltou a rodar neste ano. Com esse intervalo, a trama acabou ganhando mais tempero. Nesse período de dois anos, a atriz Thuainy Campos, que interpreta a personagem principal, casou-se

e deu à luz Sophie. No retorno às filmagens, algumas cenas foram refeitas, e a atriz contracenou com a própria filha. Como tudo na vida do Ricardo, é a emoção de um fato cotidiano que o inspira. Nesse enredo não foi diferente. “Um amigo me contou sobre essa mulher que, quando era jovem, ao descobrir que seu filho nasceu com síndrome de Down, acabou por abandoná-lo debaixo

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da ponte. Em seguida, ela foi à igreja pedir perdão e se arrependeu. Quando escutei essa história, logo pensei: ‘Isso é cinema, e falar das minorias sempre sensibiliza as pessoas. Casos como esse não aparecem nas estatísticas’”, afirma. Para quem não se lembra, o cineasta, traz no currículo a participação em 213 festivais e mostras de cinema, no Brasil e no exterior. “Desde o meu primeiro filme – O Mendigo (de 2010) –, a participação dos meus projetos em festivais tem sido importante. Acreditamos que, com a película O Perdão, também vamos emplacar dezenas de festivais pelo país e em outros países”, relata. A produção O Mendigo rendeu a Ricardo uma homenagem em Hollywood. Além de cineasta, Ricardo é escritor, poeta, produtor e roteirista. A participação dele no desenvolvimento de cada trabalho é efetiva. “Eu acompanho cada fase dos meus projetos”, ressalta. Ricardo ainda assina outros traba-

lhos, entre eles: Gigantes da Alegria, Enterro de Anão, Vozes do Mundo de Quem não Tem Voz e O Evangelista. As temáticas abordadas pelo cineasta permeiam as necessidades das classes menos beneficiadas, além de assuntos polêmicos, como religião e vida de deficientes. “É uma característica minha procurar o outro lado da moeda, é uma preocupação que eu tenho pela vida dos menos favorecidos”, explica. Ricardo faz parte do Cinema de Guerrilha da Baixada (CGB) e foi um dos idealizadores do projeto ao lado de Thuainy Campos, que é moradora da Baixada e formada pela PUC. “A ideia é dar aula para os moradores da Baixada. Nesse projeto, eles podem aprender sobre atuação, o trabalho de elaboração de um curta, desde a fase de produção até a filmagem. E o bacana é que eles podem tirar registro de ator”, finaliza Ricardo.

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Esporte

Praia legal

Subprefeitura da Barra e Jacarepaguá e a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, através da operação Praia em Forma, estão concluindo o mapeamento dos espaços ocupados na orla da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes, para atividades físicas. O objetivo é identificar e regulamentar, com a concessão de autorizações e alvarás, o uso desses locais para a prática de esporte, sem prejuízo para o público em geral.

O subprefeito Alex Costa explica que o objetivo é organizar o espaço público, uma vez que a praia é para todos. “Temos visto que está aumentando o número de atividades esportivas na areia. É necessário regularizar e orientar esses profissionais a procurar a Subprefeitura para atualizar os alvarás e as autorizações para utilizarem o espaço público. É esse trabalho que estamos fazendo esta semana aqui na Barra”, informa. Os fiscais da Praia em Forma estão identificando as atividades e

orientando os profissionais a procurar a Subprefeitura. Eles estão percorrendo toda a orla fiscalizando tendas, assessorias desportivas, empresas e profissionais. A vistoria contou com a presença do subprefeito Alex Costa, do administrador regional da Barra, Thiago Balzana, do coordenador da Praia em Forma, Marcelo Barbosa, e do presidente do Conselho Regional de Educação Física, Regional 1, André Fernandes.

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É bom, é na Barra A SEÇÃO É BOM, É NA BARRA COBRE EVENTOS ARTÍSTICOS E CULTURAIS NO BAIRRO. SEMPRE UMA INDICAÇÃO DO LEITOR. DESTA VEZ, A DICA FOI DO MÚSICO RICARDO BENJAMIN FRANCO, MORADOR DA AVENIDA ABELARDO BUENO, QUE SUGERIU A COBERTURA DA APRESENTAÇÃO DA ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA. PARTICIPE TAMBÉM, INDIQUE O PROGRAMA, E A NOSSA REPORTAGEM VAI TRAZER TODOS OS DETALHES PARA VOCÊ.

A música alemã conquista o público N

a véspera do jogo Brasil x Alemanha, a Orquestra Sinfônica Brasileira apresentou na Cidade das Artes duas peças alemãs: O Idílio de Siegfried, de Wagner, e Sinfonia nº 1 em Dó Menor, de Brahms. Com regência do maestro titular da orquestra, Roberto Minczuk, o público se extasiou com tanta beleza e harmonia. O concerto foi um sucesso. Que a Alemanha é berço dos grandes nomes da música clássica, como Franz Schubert, Ludwig van Beethoven e Wolfgang Amadeus Mozart, entre outros, a humanidade já sabia. Mas que também reina no futebol, foi surpresa para todo mundo, principalmente

para nós, brasileiros. Mas a Copa já passou, e vamos voltar ao concerto, até porque a derrota não foi digerida por muita gente. Segundo o maestro, a peça O Idílio de Siegfried, composta em 1869, traz como inspiração momentos da vida familiar e conjugal de Wagner, como o fato de ter sido concebida como um presente de aniversário para Cosima, sua mulher, após o nascimento do filho do casal. A música serve também para celebrar o ano em que o compositor e a mulher finalmente puderam se casar, em 1870, depois de anos perturbadores em que Cosima lutava pelo divórcio do seu primeiro marido.

Na segunda parte do concerto, apresentação da Sinfonia nº 1 em Dó Menor, de Johannes Brahms. Sublime. De tirar o fôlego. A história conta que a inspiração para escrevê-la surgiu em 1854, depois que o compositor escutou pela primeira vez a Sinfonia nº 9, de Beethoven. Decidiu compor a sua própria sinfonia também na mesma nota que a obra do conterrâneo, em dó menor. Diante do sucesso e importância da peça de Beethoven, Brahms sentiu-se desafiado a compor algo não menos arrebatador e demorou quase 21 anos (de 1855 a 1876), entre esboços e retoques finais, para dar-se por satisfeito e finalizar a sinfonia. Se você também é amante da música clássica, prepare-se. Outros concertos estão programados. Programe-se: 16 DE AGOSTO – CICLO MOZART MAIS TCHAIKOVSKY Cidade das Artes, às 16h.

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Aromas e sabores A 24

Luciano Gomes, chef (Cantinho de Minas).

pesar do nome, o restaurante ampliou o cardápio e traz o melhor da culinária brasileira. Sabores, aromas, cores, texturas, a diversidade gastronômica que aguça o paladar. Lá, nó início, há 16 anos, o Cantinho de Minas foi buscar na comida regional a sua inspiração, aquela do fogão à lenha, feita pelas avós, como conta um dos sócios, o empresário Marcelo Rocha. Mas ele percebeu que o Brasil tem muito mais a oferecer: “Reunimos em nosso cardápio os principais pratos de cada cantinho do Brasil, com uma variedade que atende todos os gostos, desde as mais deliciosas carnes grelhadas até os frutos do mar, e ainda uma grande variedade de saladas, sem esquecer o cardápio de sobremesas de dar água na boca, com destaque para o cuscuz, quindão e tortas”, conta Marcelo. Quem assina a cozinha do Cantinho de Minas é o chef Luciano Gomes, que nos ensina como fazer um dos pratos mais pedidos na casa: o bobó de camarão.

Receita

bobó de camarão

Uma típica iguaria baiana que ganhou os cariocas. De origem africana, o bobó de camarão começou a ser preparado no século 17 e, desde então, vem sofrendo readaptações que acabam dando um sabor ainda mais especial ao prato. Carro-chefe do restaurante Cantinho de Minas, o prato, considerado contemporâneo, é um dos mais famosos no estabelecimento. Diferente do tradicional, esse em especial não leva o famoso dendê baiano. O material foi trocado pelo azeite de oliva. Essa adaptação ganhou aprovação do público, pois se transformou em uma versão mais leve e característica em cidades como o Rio de Janeiro.

Receita para seis pessoas: 1 kg de aipim (mandioca) cozido 2 kg de camarões com casca 1 l de leite 250 ml de leite de coco (opcional) 1 colher de sopa de açafrão-da-terra 2 cebolas grandes picadas 1/2 molho de coentro 3 dentes de alho 3 pimentões: 1 verde, 1 amarelo e 1 vermelho 300 g de molho de tomate 2 tabletes de caldo de camarão Sal a gosto Azeite de oliva

Modo de preparo: bata no liquidificador o aipim cozido, o leite, o leite de coco (opcional) e o açafrão-da-terra. Em seguida, refogue uma cebola com seis dentes de alho junto com os pimentões, o coentro e os dois tabletes de caldo de camarão. Em seguida, adicione o aipim que foi batido no liquidificador. O camarão é refogado à parte, aos poucos. Um dos segredos é temperá-lo fora do fogo para não perder o líquido. Sirva com arroz branco.

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lávio Duncan, morador da Barra, escritor, empresário, 34 anos e há dez dedica-se também ao próximo, na melhoria de vida de quem mais precisa. Em 2011, lançou o Portal Pescador de Ideias. Nele, um caminho para discussão com a sociedade para contribuir com quem vive nas ruas. Palestras, voluntariado, conversa olho no olho; enfim, um levante social em prol do outro. Essa semente lançada frutifica, ganha força, conquista novos colaboradores e surpreende o próprio autor: ele foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz por diversos pro-

fissionais da área social da Universidade Estácio de Sá. “A universidade encaminhou ao comitê organizador do Prêmio um dossiê sobre o projeto que desenvolvi”, explica. Flávio trabalha levando em consideração a situação crítica em que vivem muitos cidadãos brasileiros, abandonados às margens da sociedade. É difícil mensurar os motivos que fazem essas pessoas morarem nas ruas das grandes cidades brasileiras. Os motivos que configuram esse cenário são muitos, problemas financeiros, desestruturação familiar, falta de

oportunidade de emprego. É perceptível que o número de moradores de rua aumenta a cada dia, e, tendo em vista esse panorama, a sociedade, as autoridades e a população no geral não podem ficar de braços cruzados diante dessa situação. Incomodado com esses dados, Flávio resolveu estender a mão para quem mais necessita. O primeiro passo foi buscar entender melhor toda essa questão, com cursos voltados para o Terceiro Setor. Há 16 anos ele começou a mobilizar, familiares, amigos e conhecidos para desenvolverem juntos ações que pudes-

Nobel da Paz

sem ressocializar cidadãos excluídos e marginalizados. “Quando se fala em projetos sociais no nosso país, quando se toma uma atitude com nenhum interesse por trás, as pessoas logo estranham. No início, eu sofri muita resistência no que se refere à interação da população carioca com esses moradores de rua”, afirma. Com o apoio de profissionais especializados e gente disposta a ajudar, Flávio deu seguimento aos projetos e hoje soma em seu currículo até uma indicação ao prêmio Nobel da Paz. “Visitamos comunidades e fazemos pesquisas para entender o que estão enfrentando, a demanda do lugar, qual o nível de escolaridade e as questões que configuram tal cenário. Eu tenho consciência de que não posso resolver todos os problemas, mas que pelo menos posso ajudar de alguma maneira”, ressalta. Flávio não trabalha sozinho. Hoje ele possui uma equipe de 12 pessoas. “Muitos querem ajudar, mas Foto: Arquivo Pessoal

não sabem como. A maioria chega pra mim e fala que o problema é a parte financeira, que se tivessem mais dinheiro gostariam de contribuir com obras sociais. Ou então gostariam de ter mais tempo disponível. Então, acima de tudo, procuro esclarecer que não tenho dinheiro, que tenho problemas como qualquer cidadão, mas não preciso abrir mão da minha vida para doar uma hora do meu dia para ajudar as pessoas. Com o andar da carruagem, comecei a perceber que eu precisava profissionalizar o oferecimento dos serviços dos projetos com oficinas de manicure e cabeleireiro, por exemplo. Hoje as 12 pessoas que estão engajadas têm suas vidas e são próximas do Terceiro Setor”, explica. Pescador de ideias, mostra pra que veio, chama a atenção e faz a diferença pra muita gente. Um trabalho que ajuda quem precisa e ganha o apoio da sociedade.

Educação

Volta às aulas, com segurança

Foto: www.rio.rj.gov.br

Prefeitura dá continuidade à segunda etapa da vistoria do transporte escolar, que se estende até o dia 1º de agosto. A frota de 1.461 veículos, entre ônibus, micro-ônibus e vans que prestam esse serviço, deve passar por rigorosa inspeção, em que são verificados o tacógrafo – instrumento que mede a velocidade do veículo e a distância percorrida–, o estado de conservação, sistema de frenagem, pneus, assentos, piso, parte elétrica, o funcionamento do cinto de segurança e toda a documentação. Além disso, para o veículo ser aprovado, as infrações passaram a ser contabilizadas por pontos: gravíssima, sete pontos; grave, cinco pontos; média, quatro pontos e leve, três pontos. Ao atingir 20 pontos no prazo de um ano, o motorista deverá cumprir suspensão de 30 dias e participar de curso de reciclagem. A Prefeitura recomenda que pais e responsáveis pelos alunos con-

tratem apenas o transporte escolar regulamentado por ela e exija um profissional sério, que cumpra suas obrigações e responsabilidades. Em caso de dúvida na escolha do transporte escolar, observe sempre se o veículo possui: placa vermelha e faixa amarela, que deverá medir 40 cm de largura em toda a extensão das partes laterais e traseira da carroceria e possuir escrita “ESCOLAR” na cor preta. O número da autorização deve estar fixado no veículo com o selo de vistoria e o cartão de identificação do Autorizatário e do Auxiliar (fixado junto ao para-brisa). Se o veículo for cadastrado na Prefeitura e apresentar irregularidade, os responsáveis pelos alunos, ou mesmo qualquer cidadão, podem denunciar por meio da Central de Teleatendimento 1746. Devem informar a placa, data, hora e local da irregularidade para identificar o infrator. Caso seja veículo particular realizando

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o transporte não autorizado de alunos, a denúncia deve ser feita a uma autoridade policial. Vistoria: os responsáveis pelo transporte escolar devem comparecer à Gerência de Vistoria (Estrada do Guerenguê, 1.630, Curicica, Jacarepaguá) e apresentar o Cartão de Identificação de Auxiliar de Transporte (CIAT) original do permissionário e monitor, Certificado de Registro de Licenciamento de Veículo (CRLV) atualizado; comprovante de pagamento do IPVA e DPVAT; Carteira Nacional de Habilitação (CNH), categoria D atualizada. A lista completa de documentos exigidos pode ser encontrada no site da Prefeitura.

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Pet

Mundo cão... e gato! D

a família. Como um filho. Assim, os cães e gatinhos ocupam o coração de cada dono. É uma relação daquelas em que não falta nada. Cumplicidade, carinho, diversão e muita amizade. Para atender essa relação tão exigente, amorosa as pet shops inovam. São serviços e produtos especializados para o animal de estimação, que recebe o título de “melhor amigo do homem”.

Da saúde à alimentação, passando pelo conforto e lazer, os serviços especializados apostam na qualidade, inovação e atendimento personalizado. Há novidades no mercado, como a cerveja canina, além de mimos especiais. Já pensou você e a sua mascote num book fotográfico? Para entender esse mercado aquecido, que em 2012 faturou R$ 14,2 bilhões, cresceu mais

de 7% e tem um projeção de faturar em 2020 mais de 20 bilhões de reais, a nossa reportagem entrevistou a veterinária Natalia Pires, que também é empresária de loja pet, no Shopping Metropolitano. Para ela, essa explosão de produtos e serviços é consequência do fato de o animal estar cada vez mais dentro de casa. “Os cães ficavam no quintal fazendo guarda. Era difícil entrar no lar.

Hoje em dia, pessoas com mais idade ou casais que não querem ter filhos procuram a companhia de um animal de estimação”, opina. Essa proximidade na relação é uma das causas do crescimento do setor. O animal de estimação hoje é companhia de famílias inteiras e recebe cuidados mais que especiais. Apenas no quesito “limpeza do animal”, Natalia afirma que os donos procuram de sapatinho a vermífugo, passando por produtos para limpar a patas e também contra pulgas e carrapatos. Banho e tosa são um capítulo à parte. A empresária explica o passo a passo. “Primeiro, damos um banho com xampus específicos e escovamos o pelo para tirar os nós. Depois, o animal é seco para que sejam feitas a tosa, hidratação, cortar as unhas e escovação dos dentes”.Toalete completa para os bichanos. O Studio Pet é outra novidade no setor que tem chamado atenção: “Já temos uma boa lista de espera para fazer books, canecas, calendários, entre outros produtos com o animal”, afirma a empresária. De acordo com ela, é maneira de registrar o momento e servir de lembrança. “Tenho certeza de que vai ser um sucesso”. Mas não é só em limpeza e estética que as pet shops estão investindo. A saúde no animal tem cada vez mais valor com, inclusive, drogarias específicas. Na Pet a Pet, Natalia afirma que objetivo é ter tudo para o animal na loja. “Além da estética, investimos nos medicamentos para o conforto do nosso cliente e o bem-estar do animal”, finaliza. Dados: Estudo Pet Brasil 2013

Literatura

Viver

é uma terapia

reud, me Segura Nessa!. Esse é o novo romance da escritora Laura Conrado, após o sucesso de Freud, Me Tira Dessa!. Com novas aventuras, a história da menina que se apaixonou pelo terapeuta vai continuar. Agora a personagem principal do livro, Catarina, encara uma série de descobertas sobre si própria e o mundo. No seu novo romance, e sob a bênção do Pai da Psicanálise, Laura faz uma análise divertida sobre os encontros e desencontros da entrada na vida adulta. Ela confronta traições, inseguranças, dúvidas e os riscos das escolhas adultas quanto a dinheiro, sexo e amor. Com a mesma dose de emoção e humor, mais uma vez, “Cat” recorre a Freud para se segurar nessa nova fase. A escritora admite que dar continuidade à história foi uma vontade dela e, principalmente, de seus leitores. Nessa sequência, Laura revela que procurou fazer os trajetos da personagem e sentir as mesmas emoções dela para o desenvolvimento do enredo. “Eu me baseio muito no dia a dia de pessoas que conheço. Minha ficção é quase toda baseada em casos reais”, completa. Paciente de terapias há muitos anos e filha de psicóloga, Laura procura empregar na sua personagem questões discutidas em sessões terapêuticas. “Uma missão que eu tenho é acabar com o preconceito

de se fazer terapia. Muitos leitores me falam que depois ficam com vontade de marcar uma sessão”. Para não falar bobagem, a escritora diz que estuda muito o mundo da psicanálise. Mas ela também lembra que, mesmo sendo um livro técnico, a literatura dela é forma de ajudar e fazer as pessoas refletirem. “A mensagem que passo é para meus leitores procurarem se conhecer”. No ano de lançamento de Freud, me Segura Nessa!, Laura informa que a editora, os leitores e ela própria estão a fim de fazer um terceiro livro. Segundo a própria escritora, deverá ser o último, para formar uma trilogia. Nascida em Belo Horizonte, Laura Conrado é ganhadora do Prêmio Jovem Brasileiro, como destaque na Literatura em 2012. Jornalista e pós-graduada em Educação, Criatividade e Tecnologia, ela também tem publicações destinadas ao público infantil e adolescente.

35 Laura Conrado, escritora.

Fotografia

ExposiĂ§ĂŁo retrata 38

o meio ambiente recuperado

Projeto Mutirão de Reflorestamento é pano de fundo de um mostra fotográfica no Parque Marapendi, no Recreio. O projeto existe há mais de 20 anos no Rio e já recuperou a encosta de 150 comunidades na cidade. Uma delas é a comunidade Camarista Méier, com 52,6 hectares, onde foram replantadas espécies nativas da Mata Atlântica. Esse trabalho específico foi fotografado pelas lentes de Carlos Manoel e virou exposição. Um dos objetivos da ação é tentar reduzir os efeitos da ocupação

desordenada em áreas verdes e de risco, fator que traz sérios prejuízos ecológicos e econômicos para a cidade. A iniciativa possui alguns pontos diferentes de outras ações ambientais. Uma delas é incentivar a colaboração dos moradores dessas comunidades no replantio e na ajuda da conscientização da população em geral. A ação florestal traz de volta espécies desaparecidas da área, como o cachorro-do-mato, tucano e jiboias. Em visita à exposição, Paula Dadalti, médica e moradora do Re-

creio dos Bandeirantes, falou sobre a importância desse trabalho. “Sou frequentadora do parque há alguns anos. Eu já tinha conhecimento desse projeto e acho bem importante esse tipo de iniciativa que estimula a educação ambiental. É fundamental que as escolas abordem mais o tema. Formar uma consciência ecológica é importantíssimo na infância. Sempre trago meus filhos aqui, falo da importância da reciclagem e mostro como é importante cuidar do meio ambiente”, afirmou.

Ana Clara Diniz, agente ambiental do Parque Marapendi, falou sobre o papel da comunidade nesse processo educacional. “Quando a comunidade participa e ajuda a plantar, o benefício não é só para o meio ambiente, mas também para todos. Todo esse processo de colaboração faz com que eles valorizem e compreendam quanto é importante preservar”, finalizou. O Parque Marapendi está localizado na Avenida Alfredo Balthazar da Silveira, 635. Para mais informações, entre em contato através do telefone (21) 2497-7088.

Ana Clara, agente ambiental do Parque Natural de Marapendi.

Paula Dadalti, com os filhos, Antônio Bento (6 anos) e Ana Maria (2 anos).

Educação

Estudantes

premiados

om o objetivo de chamar atenção para a necessidade de respeitar a sinalização nas pistas do BRT, a Subprefeitura da Barra e Jacarepaguá, em parceria com a 7ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), promoveu um concurso com o tema “Segurança no Trânsito” entre os alunos das escolas próximas à Transcarioca. A premiação dos vencedores aconteceu

no final de julho, no auditório da Escola Governador Carlos Lacerda. A Transcarioca é um corredor expresso que liga 27 bairros, todos com grande densidade populacional. Os ônibus articulados do BRT transportam até 160 passageiros. Para evitar acidentes, é fundamental que pedestres e motoristas respeitem a sinalização. >>

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A ideia do concurso surgiu como forma de conscientizar os alunos sobre as medidas preventivas. O concurso foi dividido em duas categorias. Os alunos do 1º ao 5º ano deveriam enviar desenhos sobre o tema da segurança e os do 6º ao 9º ano deveriam enviar selfies (fotografias deles) no BRT com um slogan também sobre segurança. Foram inscritos 49 trabalhos de alunos de 11 escolas municipais. Todos receberam um certificado de participação. A comissão que avaliou os trabalhos foi composta pelas professoras Ignezita Monteiro (ex-coordenadora da 7ª CRE), Sheila Regina de Oliveira, Elizabeth Cristina Moutella, Rosângela Dantas e Simone Avelar, pela jornalista Nida Rego e pela chefe de gabinete da Subprefeitura da Barra, Valéria Pimentel, além do subprefeito da Barra e Jacarepaguá, Alex Costa.

O grupo concedeu um prêmio especial à aluna Jade Araújo, da turma 1501, do Ciep Doutor Adelino da Palma Carlos, que desenhou as obras do BRT, com máquinas e homens trabalhando, nas transformações do bairro. Participaram da solenidade de entrega dos prêmios representantes das escolas municipais Professor Augusto Cony, Dom Armando Lombardy, Domingos Paschoal Cegalla, Madre Teresa de Calcutá, Mano Décio da Viola, Morvan de Figueiredo, Renato Leite, Barão da Taquara, Carlos Drummond de Andrade, Governador Carlos Lacerda e do Ciep Dr. Adelino da Palma Carlos. Também estiveram presentes a coordenadora da 7ª CRE, Sônia Marques, e a assessora da Subprefeitura, professora Ignezita Monteiro.

A aluna Jade com a professora Ignezita Monteiro Dantas.

O grupo que participou do concurso.

VENCEDORES Categoria Desenho, para alunos do primeiro ao quinto ano: 1º lugar - Camily Rodrigues da Silva Livramento, aluna da turma 1301 da Escola Madre Teresa da Calcutá. Prêmio: um tablet. 2º lugar - Paula Teixeira Araújo, aluna da turma 1502 da Escola Municipal Morvan de Figueiredo. Prêmio: uma máquina fotográfica de 16 megapixels. 3º lugar - Maria Luiza, aluna da turma 1504 da Escola Dom Armando Lombardi. Além do desenho, a aluna escreveu no seu trabalho: “Cuide da sua vida! Atravesse no sinal e na faixa!”. Prêmio: um MP3 Prêmio especial: Jadde Araújo, aluna da turma 1501, do Ciep Doutor Adelino da Palma Carlos. Prêmio: um tablet. Categoria Selfie com Slogan, para alunos do sexto ao nono ano: 1º lugar: Gabriel Moraes, Ciep Carlos Drummond de Andrade. Prêmio: laptop. Frase: “Fique ligado” ao atravessar! De olho no sinal, BRT vai passar!”. 2º lugar: Ygor Mota dos Santos, aluno da turma 7701, do Ciep Carlos Drummond de Andrade. Frase: “Pra não encurtar a vida, preste muita atenção. BRT: “mão na roda” pra população”. 3º lugar: Topázio Ferreira dos Santos, da turma 1701, do Ciep Carlos Drummond de Andrade. Prêmio: máquina fotográfica de 16 megapixels. (Frase: “BRT: atravesse quando o sinal fechar e sua morte vai ter que esperar”.

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Agosto,

mês dos pais

ata especial, hora de reunir a família e os amigos. Para comemorar o Dia dos Pais, a Barra da Tijuca está cheia de atrações dos mais variados estilos e promete movimentar a Zona Oeste nesse período.

rograme-se Rio Design

Referência de moda na cidade, o Rio Design, prestigia neste mês dos pais os chefes de família, com a exposição Meu Pai Tem Estilo. A ação, gratuita, busca apresentar looks e alternativas de presentes para que os filhos façam uma boa escolha. Para realizar essa exposição, a figurinista Maria Cândida, que já participou de grandes eventos de moda, como Fashion Rio, se inspirou no famoso estilista Marc Jobs, que se apresentou no The Metropolitan Museum of Art, em Nova York, há cinco anos. As peças estão fundamentadas em sete estilos: contemporâneo, criativo, esportivo, moderno, romântico, sexy e tradicional. Ao todo são 24 manequins, que estarão à vista do público na praça central do Rio Design da Barra da Tijuca até o dia 12 de agosto, no horário de funcionamento do shopping. Av. das Américas 7.777

Barra Music

No dia 14 de agosto, haverá participação internacional na festa Ploc, que será realizada no Barra Music. Jon Secada é o grande convidado. O evento ainda contará com participações de Silvinho Blau Blau e Dr. Silvana, além de Banda Ploc e Síndico Du Ben. Com início às 23h, a festa promete atrair milhares de pessoas. Av. Ayrton Senna, 5.850

Teatro Bradesco

Um dos mestres do humor brasileiro, Tom Cavalcante, traz o espetáculo No Tom do Tom para a Barra da Tijuca. O Rio de Janeiro é umas das principais cidades escolhidas pelo artista para receber suas famosas imitações. O irreverente humorista faz sátiras com temas da atualidade, regadas a uma boa dose de improviso. As apresentações acontecem nos dias 15 e 16 de agosto no Teatro Bradesco, às 21h30 e 21h, respectivamente. Av. das Américas, 3.900

Cidade das Artes

Um dos grandes palcos de cultura da Barra, a Cidade das Artes, promove neste ano a série Medalhas de Ouro do Piano. O evento recebe feras que venceram os mais prestigiados concursos de piano do mundo. Um deles é Lukas Geniusas (24 anos), campeão da premiação alemã German Piano Award em 2012. Desde os 12 anos, o jovem participa de festivais, e por isso seu currículo conta com diversas premiações. Entre elas está o primeiro lugar no Concurso A Step to Mastery para Jovens Pianistas em 2002, em São Petersburgo, o 1º Prêmio no First Open OMS Competition em 2003 e o 2º lugar no Concurso Chopin para Juventude em Moscou no ano de 2004. Lukas fará sua apresentação no dia 31 de agosto, a partir das 17h. Av. das Américas, 5.300

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