Revista Casa Leblon

Matéria

Ano I - Nº 09

Rio 450

Contagem regressiva para o aniversário da cidade.

Copa do Mundo de Rua

Jovens de 19 países batem um bolão.

Agenda para o seu fim de semana

Teatro, shows, grandes espetáculos. É a Zona Sul em cena e em grande estilo.

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Matéria

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feliz.

Sumário

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08 Noivas

Do vestido branco às alianças, do buquê jogado às amigas solteiras, até a chuva de arroz ou pétalas na saída da igreja

12 Mães

Jovens, determinadas e atentas às mudanças

14 Copa do Mundo de Rua O esporte como ferramenta de transformação

17 Tempero do Chef

17

Receitas para deixar o dia dela mais especial

22 Rio 450

Contagem regressiva para a grande festa

29

12 26 22 34

26 Grafite

Arte das ruas e das galerias

29 Se eu Fosse VocĂŞ Das telonas para o palco

34 Arte, cultura, shows Programe o seu fim de semana

Distribuicao ~

~

A Revista Casa Leblon é distribuída nos seguintes espaços: • Jardim Pernambuco | Condomínios de casa (Alto Leblon) • Residenciais das ruas/avenidas

Periodicidade: mensal | 9ª edição: abril/2014 | Tiragem: 10.000 exemplares Afrânio de Melo Franco Almirante Ferreira Guimarães Almirante Guilhem Alto Leblon Aristides Espínola Ataulfo de Paiva Bartolomeu Mitre Borges de Medeiros Capitão César de Andrade Carlos Góis Codajás Cupertino Durão

Delfim Moreira Desembargador Alfredo Russel Dias Ferreira Doryval Caymmi Félix Pacheco Gabriel Mufarrej General Artigas General San Martin General Urquiza General Venâncio Flores Humberto de Campos Igarapava

Revista Casa Leblon é uma publicação

Diretor Executivo Paulo Roberto Mesquita Diretora Administrativa Rebeca Maia Diretor Comercial Victor Bakker Editora-Chefe e Diretora de Criação Tereza Dalmacio terezadalmacio@idesigncom.com.br Comercial (21) 3471-6799 contato@idesigncom.com.br Repórter Aldilene Mafra | Cristiano Kubis Guilherme Cosenza | Ricardo Oliveira Produção Monique Gonçalves Fotografia Hilton Ribeiro | Natália Moraes Revisão Tatiana Lopes Direção de Arte/Diagramação Rachel Sartori Design Charles Pereira | Marcília Almeida Estagiário de Design Renato Passos Foto Capa Hilton Ribeiro Produção Gráfica Grafitto www.idesigncom.com.br Tel.: 21 3471-6799 Avenida Armando Lombardi, 800 | 238 Barra da Tijuca – Rio de Janeiro

06

João Lyra José Linhares Leôncio Correia Praça Atahualpa Praça Baden Powell Professor Azevedo Marques Rainha Guilhermina Rita Ludolf Rodolfo Albino Sambaíba Timóteo da Costa Visconde de Albuquerque

Editorial

E ela vem chegando...

No altar, no campo ou na fazenda, o sonho do amor eterno, do casamento feito em casa, do encontro apaixonado, da vida que se transforma numa nova construção.

E se tem casamento, tem festa. Se é Dia das Mães, é alegria. A Revista registra esses dois momentos e traz ainda jovens de dezenove países que encontram no esporte uma saída mais digna de vida. Você vai conhecer também o trabalho de um artista

baiano que adotou o Rio e transformou a cidade numa grande tela. Cores, personagens, tintas e pincéis. A arte de rua que ganha as galerias da Zona Sul e do mundo.

E para fechar esta edição especial, teatro, shows, espetáculos, boa comida e o principal: ótima companhia – a sua.

Divirta-se. Surgira. Escreva pra gente. jornalismo@idesigncom.com.br

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Noivas

CELEBRANDO O AMOR

Do vestido branco às alianças, do buquê jogado às amigas solteiras, até a chuva de arroz ou pétalas na saída da igreja. A celebração do amor em uma cerimônia de casamento ainda atrai muitos casais. Cercados por tradições seculares e muitos simbolismos, os ritos matrimoniais enchem de significado a união dos noivos.

Apesar de envolver os dois sexos, as mulheres são as que sonham mais com o casamento. Tanto que maio é considerado o mês das noivas. Há quem diga que esse período dedicado a elas existe por causa de uma tradição importada dos países do Hemisfério Norte, onde esta época do ano é muito importante para os costumes populares. Naquela parte do mundo, a chegada de maio é celebrada com muitas flores, em homenagem à natureza, que refloresce, e à primavera, que por lá atinge a plenitude. Ao longo dos séculos, esses elementos se associaram à celebração do amor no casamento. Essa mesma ligação com as flores e a feminilidade fez com que maio, além de mês das noivas, também fosse considerado mês das mães e de Maria.

Casamento entre requinte e intimidade

M

esmo com a tradição ainda frequente, há quem seja contrário a festas com estruturas exageradas e prezam por momentos mais intimistas. É para essas pessoas que a organizadora de casamentos Simone Toses, em parceria com o decorador Cadé Sadala, criou o projeto Home Wedding (Casamento em Casa). Essa opção de estilo de evento é bem mais econômica e torna mais fácil diminuir o número de convidados, restringindo a festa à família e amigos.

Com mais de 10 anos em organização de casamentos, Simone explica que a ideia deu certo porque muitos noivos têm preferido um belo jardim com uma boa vista a salões fechados e delimitados. “O contato com a natureza dá uma ideia de qualidade de vida e longevidade, que se aliam muito bem no momento do ‘sim’. A opção pela casa, além de aumentar a sensação de aconchego do lar, restringe a cerimônia para convidados mais próximos”, declara.

VELAS E LUZES ARTIFICIAIS AJUDAM A DAR AINDA MAIS DESTAQUE À NATUREZA. FOI MONTADO UM TOLDO PARA PROTEGER A FESTA E OS CONVIDADOS EM CASO DE CHUVA.

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Fotos : Matheus Brasão

Simone relata que as cerimônias em propriedades particulares da família ou mobiliário próprio na decoração do salão são opções para tornar as bodas ainda mais íntimas e personalizadas.

Alguns itens da decoração da sua própria casa, como bandejas, tapetes e porta-retratos, se encaixam numa decoração tradicional, e ainda dão aquele toque exclusivamente seu, deixando tudo mais intimista.

Um exemplo bem-sucedido de home wedding planejado por Simone aconteceu em uma casa de Angra dos Reis.

Nesse caso, os noivos solicitaram que a inspiração fosse Provence e Côte d’Azur, com toque rústico. Além disso, era importante que houvesse muitos espaços ao ar livre e demonstrasse ser um ambiente alegre. Na iluminação, o pôr do sol é um convidado

Noivas

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Noivas cada vez mais requisitado. Velas e luzes artificiais ajudam a dar ainda mais destaque à natureza. Foi montado um toldo para proteger a festa e os convidados em caso de chuva. Após o casamento, Simone declarou que os noivos ficaram realizados e muito felizes. “Eles esperam a vida inteira pelo dia do seu casamento. Realizá-lo de acordo com o que ela imaginou e sair tudo impecável é perfeito.

E eu sempre me emociono muito ao final de um casamento quando vejo a felicidade estampada nos rostos do casal, seus familiares e amigos”.

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PASSO A PASSO

Destruindo papéis importantes com ou sem fragmentadora Destruindo papéis com ou sem fragmentadora elétrica É comum a gente acumular tanto papel que o escritório vira uma bagunça. Na hora da arrumação, bate aquela “neura” quanto ao sigilo da informação contida nos documentos que queremos descartar. O melhor mesmo é não jogar fora coisas contendo informação pessoal, confidencial, financeira, ou qualquer coisa que possa ser usada contra nós no futuro.

Equipamentos elétricos ou processo manual, doméstico Se você quiser, existem fragmentadoras de papel (também para CDs e cartões de crédito) que podem custar pouco ou muito, dependendo da quantidade de papel que queremos destruir. Se for um escritório grande, é melhor comprar uma profissional, para que resista ao esforço. Para empresas de menor porte, como um escritório domiciliar, pequena empresa ou consultório, basta uma fragmentadora pequena, pois não é cara e pode ser encontrada em lojas especializada em itens domésticos.

Usando a fragmentadora Cada marca é acompanhada pelo seu manual de uso, não vale a pena a gente perder tempo aqui, até porque cada uma deve ser operada do seu jeito.

Usando um processo manual, seguro Com um cesto de papel, ou uma lata de lixo de qualquer tamanho (podem ser necessárias várias operações se a quantidade de papel for grande), rasgue cada grupo de documentos em quatro partes ou mais (é mais fácil se fizermos com algumas páginas de cada vez). Separe as páginas, para que não possam ser reagrupadas. Na área de serviço, usando um balde, misture água, sabão em pó e uma boa quantidade de detergente com cloro (o cloro é um bom descolorante). Mergulhe todo o papel na mistura, usando um cabo de vassoura ou outro objeto, para proteger as mãos do cloro (tem cheiro intenso e pode descolorir o esmalte). Coloque papel até alcançar a borda do balde, lembrando que todo ele deve estar completamente mer-

gulhado no líquido. Deixe de molho por algumas horas até que o papel esteja bem amolecido, já descolorado parcialmente. Use luvas de borracha para retirar e amassar cada pequeno bolo de papel e descarte no lixo reciclável.

Não tem erro: ficam pequenos bolos de massa de papel que não permitem visualização ou recomposição. Barato e seguro.

Essa é uma ótima opção para quem não quer comprar uma fragmentadora. Boa sorte!

Claudio M. Zyngier Especialista em “Faça Você Mesmo” czyngier@multicoisas.com.br

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Mães

AMOR QUE

não se mede

No mês das mães, uma homenagem a quem não mede esforços para cuidar, proteger e amar incondicionalmente o seu rebento. Na Praia do Leblon, nossa equipe de reportagem registrou esse sentimento que acompanha cada um por toda uma vida.

Para Débora Mac Lennan, moradora do Leblon, ser mãe é surpreendente e uma experiência única. Rafael (5 meses) é seu primeiro filho, e já a acompanha nos passeios pelo calçadão. Ela conta que, desde o nascimento do bebê, o amor só cresce. “Hoje, reconheço que minha mãe era uma guerreira, e muito do que ela me ensinou quero ensinar ao meu filho”, afirma.

Mãe de João (6 anos) e Antônio (4 anos), Cristiana Castro relata que o maior desafio materno é conciliar as demandas do trabalho com a vida pessoal e não carregar culpa. “O mais importante é você escolher uma educação formal que se concilie com a familiar”, declara.

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Mães Este trio representa um encontro de gerações. Maria Luisa (avó), Milla Bastos e sua filha, Lys (3 anos). Para Maria, ser avó é melhor ainda, pois a diversão é grande e sem tantas preocupações. “Um Dia das Mães perfeito é com as três reunidas”, definiu Milla.

Para Paula Castro, ser mãe no século 21 é um desafio. Ela divide os horários de trabalho para dar atenção aos seus dois filhos, Emanuela (12 anos) e Miguel (9 anos). Na opinião de Paula, educar é uma das tarefas mais difíceis.

Caroline Barros interrompeu seu momento de leitura para falar com a Casa Leblon de como uma mulher jovem se comporta no mundo nos tempos atuais. Para ela, a busca principal do público feminino é estabilizar-se profissionalmente para depois pensar em construir uma família. “Sou de Minas Gerais, e provavelmente não estarei com minha mãe no dia dela.

Mas é para dar orgulho a ela que estou estudando no Rio”, disse.

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Vidigal

Street Child World Cup Com a atenção toda voltada para o Brasil por conta da Copa do Mundo, um projeto criado pela ONG Save the Children, Em 2010 na Copa da África, o Street Child World Cup (Copa do Mundo das Crianças de Rua) sobe o morro carioca para chamar atenção sobre o grave problema social dos jovens que vivem nas ruas.

O projeto, que recebe o apoio de personalidades do futebol, como Pelé e David Beckham, quer levar educação e criar oportunidades de vida para essa criançada. O objetivo é minimizar a situação de risco social de tantos mundo afora.

Participam da Copa do Mundo de Rua jovens de 19 países, entre 14 e 17 anos. As seleções masculinas e femininas entram em campo não apenas para ganhar a partida, mas para construir um futuro melhor. A equipe masculina do Brasil é formada pela garotada de Fortaleza, e a feminina, por meninas cariocas.

Além dos jogos, os jovens também participaram de atividades artísticas e passeios turísticos, como os realizados ao Cristo Redentor e ao Maracanã. A comunidade escolhida para visita foi o Vidigal. O grupo esteve na Vila Olímpica do morro e foi recebido com festa.

A capoeira e o street dance, do Nós do Morro, entusiasmaram a moçada. Em seguida, um bolinha: um jogo amistoso entre a garotada.

Marcelo Melo, um dos coordenadores do Nós do Morro, não pensou duas vezes quando foi convidado para participar do evento. “Toda essa interação só traz benefícios para todas as partes, porque o nosso ideal é exatamente este: dar acesso à cultura para quem não tem oportunidade. A arte é aliada do esporte; juntos, eles ajudam muitas pessoas”, ressalta.

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Animada, a garotada aprendeu um pouco dos costumes brasileiros no Vidigal.

Wallace Coutinho e Arthur Bispo, dois jovens da comunidade, marcaram presença e adoraram o encontro. “Há dez anos estou no Nós do Morro, e atividades como esta proporcionam um intercâmbio de valores e costumes para os dois lados”, explica.

Vidigal Já Arthur acredita que o aprendizado é muito positivo. “Trocar ideias e experiências sempre é muito válido, e a visita do pessoal da Copa da Rua foi muito importante, não só para eles como para o morro do Vidigal e o Brasil. Estou no projeto do Nós do Morro há oito anos e não desperdiço a oportunidade de aprender, principalmente sobre a realidade de jovens de outros países que estão na nossa faixa etária. Eles estão agarrando a oportunidade, e isso é maravilhoso, pois muitos não tiveram essa chance e infelizmente até hoje estão pelas ruas das grandes capitais mundo afora”, relata.

Acompanhadas de seus líderes, as seleções estrangeiras se divertiram muito durante a visita. Uma delas foi o grupo da África do Sul, que, com os seus responsáveis – Phinolile Cavaleiro e Zamo Zulu.

“Vamos levar para casa toda essa atmosfera e animação que tomam conta de nós facilmente. Participamos da primeira edição em 2010, e todos os jovens daquela ocasião não estão mais nas ruas. Agora eles estudam. Não é só o futebol que está em jogo, mas principalmente o futuro desses jovens. O que esperamos é que eles levem para a vida todos os valores proporcionados pelo projeto Copa da Rua”, diz Zulu.

Pincel, tinta, encontro entre povos. Foi o que se viu nesse trabalho na comunidade. Renato

Machado é um dos responsáveis pela parte artística do projeto e afirmou que não foi à toa a escolha do Vidigal para a visita das seleções. “Eu já havia trabalhado aqui no Nós do Morro e tive a oportunidade de estar presente em países da África e do Oriente Médio, e as realidades se assemelham bastante. Pensei que trazer essas crianças para cá

seria muito importante, não só para elas quanto para a comunidade como um todo”, comenta.

Renato faz um balanço desse encontro. “É incrível perceber como o esporte e a arte são linguagens universais para mudar vidas. Eles são essenciais para que os próprios jovens enxerguem o futuro que têm pela frente. Imagina

amistoso entre as meninas da Copa da Rua.

Juan Paiva, Marcelo Melo, Arthur Bispo, José Mario, Raquel Polisrchuck, Karoline da Silva, Wallace Coutinho, Diego Francisco e Dhonata Augusto. Grupo Nós do Morro.

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Vidigal pensar que um tempo atrás eles nem tinham certidão de nascimento e hoje possuem até passaporte, o que possibilitou a vinda deles para o Brasil. Graças a essa iniciativa, esses adolescentes não estão mais nas ruas. O nosso objetivo é mostrar para a sociedade que nem tudo está perdido e que podemos ter esperança de dias melhores”, afirma.

Tão pequenos e já possuem um histórico de tirar o fôlego.

Eles deram a volta por cima, e

os passos daqui pra frente são bem largos na busca por um futuro melhor. Agora a responsabilidade de representarem crianças do mundo todo que precisam de ajuda faz com que eles sejam ainda mais especiais. A competição se tornou um dos maiores incentivos para a campanha brasileira “Criança não é de rua”, que atua na defesa dos direitos de crianças e adolescentes que moram nas ruas do Brasil.

Muro da comunidade, onde as meninas puderam deixar um recado.

Davi Mico Preto ensinando capoeira aos visitantes.

José Mario (Nós do Morro), Renato Machado (Copa de rua), Marcelo Melo (nós do morro) e Vanessa Soares (nós do morro).

William de Paula, professor de capoeira, Tocando berimbau.

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Renato Machado, coordenador artístico do projeto.

Grupo Nós do Morro faz demonstração de street dance.

Gastronomia

Tempero do chef O LEBLON OFERECE POLO GASTRONÔMICO RICO. A MESA É FARTA E SELETA. A NATA DA GASTRONOMIA CARIOCA ESTÁ AQUI. CHEFS RENOMADOS E JOVENS TALENTOS, QUE JÁ CONQUISTARAM O PALADAR DA CLIENTELA. E NESTA EDIÇÃO, A REVISTA CASA LEBLON TRAZ O SABOR DA MAMMA, CULINÁRIA ITALIANA E RECEITAS PARA FESTEJAR O DIA DAS MÃES.

D

ia das Mães chegando, hora de pôr a mesa com muito amor e sabor. Para celebrar a data, temperos, cheiros, receitinhas, segredos da gastronomia italiana, em que as mammas reúnem as famílias para degustar a melhor “cucina”.

E foi o renomado chef Cristiano Costa, supervisor dos restaurantes italiano Ráscal, que preparou uma das especialidades da casa – o ravióli – para você surpreender quem mais ama. Além do prato principal, também sobremesa: uma saborosa cheesecake.

Mas antes de entrar na cozinha, conheça um pouco da história do Cristiano, um paraibano que, como muitos outros nordestinos, desembarcou em São Paulo em busca de trabalho e realização profissional.

Aos 16 anos, na maior cidade do país, ele já sabia o que queria. “Sempre gostei de cozinhar, mas não tinha idade suficiente para trabalhar, por isso tive que esperar completar 18 anos para poder entrar no ramo”, lembra.

Cristiano conseguiu uma vaga para trabalhar no restaurante Viena e lá ficou até se mudar para o Rio. “Depois que entrei, comecei a trabalhar

como ajudante. Passei pelas duas etapas – cozinheiro 1, cozinheiro 2. Ganhei experiência, estudei mais e, em 2006, me mudei para o Rio para trabalhar na rede Ráscal, que pertence à empresa do Viena, onde comecei”.

Ele começou a trabalhar como pizzaiolo do restaurante, e sua dedicação e sabedoria na arte da culinária o fizeram crescer dentro da empresa. Hoje ele é chef supervisor e responsável por todos os restaurantes da rede Ráscal no Rio de Janeiro. O segredo de seu sucesso ele não esconde de ninguém: “A primeira coisa para o trabalho dar certo é amar o que você está fazendo, e eu amo e tenho carinho por tudo que faço. Até mesmo em casa eu procuro inovar e fazer diversos tipos de pratos”. C Outro ponto que destaca é ouvir o cliente. “O retorno de quem prova a sua comida é muito importante. Os elogios são sempre muito bem-vindos, e eu recebo muitos. Mas um comentário sobre o tempero, um detalhe aqui, outro ali, de um pessoa que tem o paladar apurado, sempre me impulsiona e incentiva.

Afinal, servir o melhor, objetivando a supremacia, é busca permanente”, finaliza.

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Gastronomia MASSA PARA RAVIÓLI VERDE-ESPINAFRE INGREDIENTES PARA A MASSA 750 GRAMAS DE ESPINAFRE COZIDO 500 GRAMAS DE FARINHA BRANCA 500 GRAMAS DE FARINHA DE SEMOLINA 4 OVOS 5 GEMAS 1 COLHER (DE SOPA) DE AZEITE 1 COLHER (DE CHÁ) DE SAL RAVIóLI VERDE-ESPINAFRE

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INGREDIENTES DO RECHEIO 500 GRAMAS DE MUÇARELA DE BÚFALA MODO DE PREPARO LAVE O ESPINAFRE E COZINHE RAPIDAMENTE. ASSIM QUE MURCHAR, JOGUE-O NA ÁGUA COM GELO (PARA MANTER A COR VERDE).

ESPREMA O ESPINAFRE COZIDO ATÉ RETIRAR TODA A ÁGUA. PASSE O ESPINAFRE EM UM MOEDOR OU PROCESSADOR, ATÉ VIRAR UMA PASTA. TRANSFIRA PARA UMA TIGELA E JUNTE OS OVOS, AS GEMAS, O SAL E O AZEITE. MISTURE MUITO BEM E BATA AOS POUCOS NO LIQUIDIFICADOR ATÉ HOMOGENEIZAR. RESERVE. Cheesecake páscal

Gastronomia MISTURE AS DUAS FARINHAS NA BATEDEIRA. EM SEGUIDA, JUNTE-AS À MISTURA DE OVOS E ESPINAFRE. BATA ATÉ A MASSA FICAR HOMOGÊNEA – SE NECESSÁRIO, ACRESCENTE UM POUCO MAIS DE FARINHA. FORME UMA BOLA COMPACTA. COLOQUE DENTRO DE UM SACO PLÁSTICO, RETIRE O AR E FECHE BEM. DEIXE DESCANSAR POR UMA HORA EM TEMPERATURA AMBIENTE. RECEITA RÁSCAL – CHEESECAKE RÁSCAL RENDE NOVE UNIDADES INGREDIENTES 800 G DE CREAM CHEESE 250 G DE AÇÚCAR 1 COLHER (DE CHÁ) DE BAUNILHA 3 OVOS 2 GEMAS ½ XÍCARA DE CREME AZEDO

MODO DE PREPARO DEIXE O FORNO PRÉ-AQUECIDO (O IDEAL É 110 °C). SEPARE ALGUMAS FORMINHAS E COLOQUE UMA RODELA DE PÃO DE LÓ NO FUNDO DE CADA UMA. BATA O CREAM CHEESE NA BATEDEIRA. ADICIONE O AÇÚCAR, A BAUNILHA E OS OVOS. BATA BEM E COLOQUE O CREME AZEDO. FAÇA ISSO ATÉ VIRAR UM CREME. DESPEJE CUIDADOSAMENTE ESSE CREME SOBRE O PÃO DE LÓ, NA FÔRMA ANTERIORMENTE PREPARADA. LEVE AO FORNO EM BANHO-MARIA POR 30 MINUTOS. DESLIGUE O FORNO, RETIRE DO BANHO-MARIA E LEVE À GELADEIRA POR NO MÍNIMO TRÊS HORAS. CUBRA A CHEESECAKE COM A OUTRA RODELA DE PÃO DE LÓ E FINALIZE COM O CREME AZEDO. RETIRE DA FÔRMA. SUGESTÃO: QUANDO FOR SERVIR, EXPERIMENTE ENFEITAR COM MORANGOS, GOIABADA, RASPAS DE LIMÃO OU CALDA DE FRUTAS VERMELHAS.

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Matéria Lazer

No ano da Copa,

a bola é majestade...

... até dentro d’água. Uma espécie de pedalinho, redondo, com cara de bola, chama atenção de quem passa na Lagoa. É o floatball, um barco elétrico em formato de bola, projeto de Deco,

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ex-jogador do Fluminense, em parceria com o empresário Giovanni Ligi.

A embarcação, importada da África do Sul, passeia pela lagoa a uma velocidade abaixo de 10 km/h.

O passeio acontece de segunda a sexta, das 10h às 15h e das 18h às 22h. Nos sábados, domingos e feriados, das 10h às 22h.

O embarque é no Complexo Lagoon, na Avenida Borges de Medeiros, 1.424. Cada 20 minutos de passeio saem por R$ 20 (por pessoa). Crianças e maiores de 60 anos pagam meia.

Matéri Lazera

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Cidade

contagem regressiva

para os 450 anos do Rio

E

m 2015, a cidade do Rio de Janeiro completará 450 anos, e a contagem regressiva já começou. Você pode participar dessa caminhada de forma divertida. Acompanhe no perfil do Instagram: @rio450.

Com curadoria de fotógrafos consagrados, a iniciativa consiste em lançar uma missão relacionada a um determinado período histórico e selecionar uma foto da cidade a cada dia, até o aniversário de 450 anos.

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As fotos vencedoras de cada dia serão publicadas com um texto, que estabelece uma relação entre a imagem e a história do Rio de Janeiro.

No dia 1º de março de 2015, serão selecionadas 450 fotos das belezas, dos recantos e da gente do Rio, e, acima de tudo, 450 histórias. A estimativa dos organizadores é que ao final do concurso @rio450 sejam produzidas quase 500 mil imagens da cidade. O perfil @rio450 é fru-

to de uma parceria do Comitê Rio450 e do @rio365. Entre as missões já realizadas, estão: #Rio450_PaodeAcucar #Rio450_Chegadas #Rio450_MataAtlantica #Rio450_Tribos #Rio450_Portugal #Rio450_PraçaXV #Rio450_SaoSebastiao #Rio450_Ilhas #Rio450_ValedoCarioca #Rio450_Relevo #Rio450_Jacarepagua.

Cidade É você que escolhe como será a festa Das ideias sugeridas pela população, 30 voltam para votação no portalrio450anos. com.br, e as mais populares estarão no calendário comemorativo. Em quase dois meses de consulta pública, o portal recebeu quase 1.500 ideias de festas e presentes para a celebração. Agora, cabe aos cariocas escolher as suas preferidas. “O carioca será o grande protagonista do aniversário de 450 anos”, explica o presidente do Comitê Rio450, Marcelo Calero.

Existem coisas que o dinheiro não compra

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Com 2 fábricas, 3 lojas e mais de 15 anos de atuação no Estado do Rio, a Belle Acoustique é hoje uma das empresas mais reconhecidas e com maior know how quando o assunto é Acabamentos em Sistemas de Perfis de PVC no Rio de Janeiro, sendo a única, no Brasil, a ter recebido o Selo Quality empresarial.

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ENTRE NO CLIMA DO ANIVERSÁRIO DA CIDADE. RIO DE JANEIRO, CIDADE MARAVILHOSA, BONITA POR NATUREZA E ABENÇOADA POR DEUS. O RIO, POESIA VIVA, CANTADO POR TANTOS, QUE CONTAGIA OS DAQUI E OS DE FORA, COMO UM CERTO MINEIRO DE ITABIRA.

“

Este Rio peralta!

Rio dengoso, erótico, fraterno, aberto ao mundo, laranja de cinquenta sabores diferentes (alguns amargos, por que não?), laranja toda em chama, sumarenta de amor ”.

Trecho do poema Retrato de Uma Cidade Carlos Drummond de Andrade

“

Cristo Redentor Braços abertos sobre a Guanabara Este samba é só porque Rio, eu gosto de você A morena vai sambar Seu corpo todo balançar Aperte o cinto, vamos chegar Água brilhando, olha a pista chegando E vamos nós Pousar...”

Foto: Thiago Esteves (www.stevez.com.br)

Matéri Ci dadea

Trecho da música Samba do Avião, de Tom Jobim

AQUI CIRCULA UM POVO BONITO, ANTENADO, ESPIRITUOSO, COM UMA FORMA TODA PARTICULAR DE VIVER. O JEITO CARIOCA NÃO AGRADA A TODOS, MAS CONQUISTA MUITOS. AQUELA COISA MEIO MALANDRA, CANTADA NA VOZ DE TANTOS MESTRES, ENTRE ELES TOM JOBIM. RIO DE JANEIRO, BERÇO DA BOSSA NOVA. PALCO DE GRANDES EVENTOS, COMO CARNAVAL, ROCK IN RIO, RÉVEILLON EM COPACABANA. AQUI ESTÁ O TEMPLO DO ESPORTE MAIS QUERIDO DO BRASIL, REPRESENTADO PELA FIGURA DO “MARACA”, CARINHOSAMENTE TRATADO PELA SUA GENTE. O RIO É FESTA, FUTEBOL, SAMBA, FUNK, PRAIA, MAR, CORPOS DOURADOS, GERAÇÃO SAÚDE, BOEMIA, OPOSTOS QUE SE ATRAEM, UMA VERDADEIRA MISCELÂNEA BRASILEIRA. O RIO, QUASE NO ALTO DOS SEUS 450 ANOS, CONVIDA VOCÊ PARA DANÇAR, PARA CELEBRAR ESTA CIDADE FACEIRA, COM A CARA DA SUA GENTE. Visite: rio450anos.com.br.

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MatĂŠria

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Grafite

Arte não só de rua

Q

uando sentei, junto à fotografa Natália Moraes, na sala de estar de Tomaz Viana, não pude deixar de reparar nos quadros e esculturas espalhados por toda a casa. Mas o que mais me chamou atenção foram os livros que estavam apoiados na mesa de centro da sala. Entre os quais pude notar: Keith Haring, the Political Line e Petite Encyclopédie de La Peinture, do autor Stefano Zuffi, e Memórias Inventadas, de Manoel de Barros, entre outros títulos nacionais e internacionais.

Não pude deixar de fazer a velha leitura do conceito preestabelecido sobre a imagem formada pela sociedade com relação aos pseudointelectuais.

Contudo, ao contrário do que eu, naquele momento, imaginava, e creio que muitas outras pessoas também, o dono desses livros na realidade, passava muito longe da imagem intelectual comum que se formou na minha cabeça. Com roupas largas, boné de aba reta, que remete aos rappers americanos, e tatuagens por todo o corpo – ele diz que já perdeu a conta de quantas tem –, Tomaz Viana, nome dado por seus pais, sai de cena e dá lugar ao artista de rua e grafiteiro TOZ. Com trabalhos espalhados por muros e galerias

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de todo o país, TOZ é o grande nome da cultura de rua que embebeda de cores os lugares por onde passa.

Baiano criado em Salvador, o grafiteiro veio para o Rio de Janeiro ainda na adolescência para estudar Design na faculdade diz. TOZ ainda não imaginava trabalhar com o grafite.

“Sempre gostei da cultura hip hop. Nunca fui a favor do sistema e vi nessa maneira de expressão artística uma forma de falar dos anseios e pensamentos da minha geração”. TOZ foi encantado e estimulado pela geração

Tomaz Viana, GRAFITEIRO.

hip hop dos anos 90. “Eu escutava os artistas da cena daquela época, como o americano Ice-T e o grupo Public Enemy. Do Brasil, veio a influência do Planet Hemp e dos Racionais MC’s, cuja música Domingo no Parque foi um marco para mim”, completa.

A cumplicidade com o hip hop levou TOZ a conhecer de perto o mundo do grafite.“Meu amigo Rodrigo Abranches, o Rod, tinha o sonho de se transformar em DJ, então ele começou a procurar e buscar informações sobre o mundo do hip hop. Acabamos partilhando essas pesquisas, e

Grafite eu comecei a cada dia mais entrar nesse universo”, relata. O grafiteiro acabou se envolvendo ainda mais no hip hop quando dentro da faculdade, passou a fazer parte do grupo Flash Beck Crew. “O grupo era formando por um pessoal que gostava de desenhar e de ouvir esse estilo de música. Foi aí que tudo começou”. O grupo passou a ter vontade de expressar seus sentimentos e indignações. Mas TOZ conta que, em vez de pichar as paredes, como muitos fazem, a sua vontade era de desenhar.

“Eu nunca tive uma caligrafia muito boa. Via aquelas pessoas subirem muito alto nos prédios para escrever seus nomes. Mas eu queria chegar lá no alto e fazer o meu desenho”.

Para isso, o grupo teve que se precaver para que sua arte não fosse confundida com pichações. Toz e seus amigos elaboraram então um método para diferenciar-se do outro grupo. “‘Vimos que não precisávamos nos esconder, não estávamos fazendo nada errado. Um dia grafitamos uma parede da Zona Sul. Quando uma viatura da polícia parou do nosso lado, um policial perguntou o que estava acontecendo. Eu menti e disse que era um trabalho de revitalização do ambiente e que estávamos fazendo pela faculdade. Assim, além de não nos prender, o policial ainda contatou pelo rádio as demais viaturas da região para que não nos atrapalhassem [risos]”.

Agora, 20 anos após o início dos trabalhos de TOZ e outros grafiteiros, o movimento cultural popular do grafite vive um período sólido e longe das adversidades iniciais de quem sonhava em poder se expressar em público. “Passamos por muitos problemas até fazermos do grafite uma profissão de verdade. No início, vivíamos na rua e, como tais, precisávamos lidar com os diversos problemas que a rua traz. Hoje isso já não existe. Foram criadas diversas oficinas que ajudam quem quer entrar no mercado e trabalhar”, comemora. Entre elas, está a oficina do próprio TOZ, a primeira do Rio. Nessa nova fase, o grafiteiro viu seu nome ganhar força, e seus de-

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Grafite senhos passaram a ser valorizados, mas ele jamais esqueceu a rua. “A rua é a minha origem, sempre volto pra lá. Procuro um muro onde possa pintar, procuro conhecer o ambiente e as pessoas que vivem ali. Surgindo a oportunidade, começo a trabalhar”, explica.

O mercado estabelecido do grafite apresentou para Toz um novo lado da arte, as galerias. “Descobri o universo das galerias em 2007, quando

fui para Belo Horizonte e expus Nina e Shimu no País das Maravilhas. Nelas, meu tempo de criação é maior, e eu posso passar melhor a minha ideia e minha visão do mundo”. Hoje com seis exposições individuais e mais de 10 exposições coletivas, Toz, que é faixa preta de jiu-jítsu, vive um momento único em sua carreira: “Como diria o grande Hélio Gracie: ‘Treinamos para isso’”, resume. Ele ainda orienta quem

Exposições Realizadas por Toz: Exposições individuais 2012 - Vendedor de Alegria - Galeria Movimento - Rio de Janeiro 2011 - Salão de Arte - Clube Hebraica - São Paulo 2010 - Insônia - Galeria Movimento - Rio de Janeiro 2010 - Toz em Família - Galeria Movimento - Rio de Janeiro 2008 - Toz, Entre Nós - Galeria Movimento - Rio de Janeiro 2007 - Nina e Shimu no País das Maravilhas - Galeria Carminha Macedo - Belo Horizonte

Exposições coletivas 2011 - Tudo de Novo - Flesh Beck Crew - Galeria Movimento Rio de Janeiro 2011 - Restos Urbanos - Clark Art Center - Rio de Janeiro 2011 - Tudo de Novo - Flesh Beck Crew - Galeria Spray - São Paulo 2011 - Exposição Liberdade - Carlos Vergara - Rio de Janeiro 2011 - The Change - Banco Mundial - Washington DC - USA 2011 - Exposição Rio Nova Arte - BNDES - Rio de Janeiro 2010 - I Bienal Internacional do Grafitti - MUBE - São Paulo 2010 - Arte 24hrs - Sesc - Pier Mauá - Rio de Janeiro 2009 - Conversando Calado - Galeria Movimento - Rio de Janeiro 2008 - Laços do Olhar - Instituto Tomie Ohtake - São Paulo 2007 - Fabulosas Desordens - Caixa Cultural - Rio de Janeiro 2006 - Flesh beck na Choque - Galeria Choque Cultural São Paulo 2006 - O Que É Normal? - Espaço Cultural Ecco - Brasília 2006 - Mostra Santos de Arte sem Barreiras - Centro Cultural Patrícia Galvão - São Paulo 2005 - Projéteis de Arte Contemporânea - Palácio Gustavo Capanema - Rio de Janeiro

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quer ter uma obra de qualidade feita por grafiteiros, mas não tem como pagar os valores altos dos nomes mais conhecidos. “Existe hoje uma gama imensa de artistas no grafite.

Não é necessário ter muito dinheiro para ter uma peça dessas em casa. Se não tem como comprar as obras dos artistas mais famosos, procure os novos artistas. Existe muita gente boa começando”, finaliza.

Teatro

Sucesso

das telonas vira musical

M

ais uma superprodução invade o Leblon. Após Elis – a Musical, o teatro Oi Casa Grande abriu as cortinas para Se Eu Fosse Você – o Musical, que estreou no fim de abril. Trata-se de uma adaptaçãodos filmes homônimos, que foram vistos por mais de nove milhões de espectadores (segunda maior bilheteria desde a retomada do Cinema nacional). O espetáculo, que conta com a trilha sonora composta por sucessos de Rita Lee, tem a supervisão de Daniel Filho e direção de Alonso Barros. Protagonizado por Claudia Netto e Nelson Freitas, uma sessão foi reservada apenas para convidados e encheu a plateia de estrelas.

Em meio ao jardim de talentos que se formou, estava Tony Ramos, que interpretou o protagonista na versão cinematográfica.

Ele conta que se divertiu muito ao assistir ao espetáculo. “Eles conseguiram somar os dois filmes e, com isso, pegar as partes mais engraçadas de maneira excelente”.

Com relação a ter ciúme do personagem, ele afirma que não sente isso. “Quando você faz um personagem, ele é do povo.

Quando você tem boas histórias, eu sou o primeiro a incentivar para que elas sejam recontadas”, declarou o ator.

Além de atores consagrados, a nova geração que se destaca também compareceu.

Hugo Bonemer, que atua como Martin de Malhação, novela teen da Rede Globo, também fez musicais bem-sucedidos dos quais ele se orgulha. “A gente está vivendo um momento tão bonito,fazendo referências a artistas dos últimos 20 anos em espetáculos. Vamos torcer para que os

CENAS DO ESPETÁCULO.

tony ramos e a esposa.

CENAS DO ESPETÁCULO.

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Teatro próximos musicais sejam também autorais”, disse Hugo. Igor Rickli, que contracenou com Bonemer no musical Hair, estava acompanhado da esposa, a atriz Aline Wirley, que fez parte da banda pop feminina Rouge.

Ela, que está grávida de Igor, disse que adoraria ver ou fazer um espetáculo em homenagem ao grupo de que fez parte. “A história do Rouge é muito rica – pelo menos eu acho –, e seria muito legal de contar. Nós até já falamos sobre isso”, afirmou.

Após a apresentação, Claudia Netto, que atua como a protagonista Helena, disse que a estreia foi ótima e que estava

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muito emocionada por conseguir colocar o espetáculo em cena. “Ensaiamos muito, e é bem complicada a técnica do musical”. A atriz conta que assistiu à versão para os cinemas, em que Gloria Pires interpreta sua personagem. Mas ó fez isso depois que começou a ensaiar.

Com isso, ela conta que não se inspirou na atuação do filme.

“Não é uma questão de se inspirar, porque fazemos outra linguagem, mas de saber de onde veio isso para acrescentar ao trabalho”, resumiu Claudia.

Outro artista que participou do filme e marcou presença foi Dennis Carvalho. Ele disse

que acha ótimo que os musicais tenham ganhado força no Brasil. “Acho ótimo, porque há uma nova geração de cantores e atores que se formaram com remontagens da Broadway, e agora com produtos brasileiros como esse”, disse Dennis, que teve seu discurso reforçado pelo ator Rodrigo Lombardi. “Eu acho que o mercado nacional tem muita aceitação e muita gente talentosa que pode fazer bonito.

Eu adoraria fazer parte de um musical”, declarou Rodrigo.

Com orçamento de oito milhões e 22 atores em cena, a comédia aborda a acidental troca de cor-

Pierre Baitelli.

RODRIGO LOMBARDI E A ESPOSA, BETTY BAUMGARTEN.

RODRIGO SANTANA.

dennis carvalho.

LEO JAIME.

Aline Wirley e Igor Rickli.

tony ramos.

Hugo Bonemer.

pos de um casal, que tem que aprender a lidar com a diferença do sexo oposto. “Se Eu Fosse Você é uma historia de amor, de compreensão. De entendimento desses dois animais tão diferentes que são o homem e a mulher, com manias, vontades e jeitos opostos de pensar, mas que se complementam. E que não vivem um sem o outro”, observou Daniel Filho.

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Teatro

incêndios Incêndios é a primeira montagem brasileira do autor libanês Wajdi Mouawad. E para um grande texto, uma diva: Marieta Severo.

A

nea, o autor libanês se tornou conhecido pela plateia brasileira com a versão nacional de Incêndios, em montagem de Aderbal Freire-Filho, protagonizada e produzida por Marieta Severo.

A engenhosa carpintaria de Mouawad despertou a atenção de Marieta Severo para a saga da árabe Nawal, cuja vida é atravessada por décadas de uma guerra civil que parece nunca ter fim. Ela passa seus últimos anos em

voluntário exílio no Ocidente, onde morre e deixa em testamento uma difícil missão para seu casal de filhos gêmeos (Felipe de Carolis e Keli Freitas): encontrar o pai e também um irmão perdido em seu remoto passado no Oriente. “É a história de três destinos que buscam suas origens, em uma tentativa de solucionar a equação de suas existências”, resumiu Mouawad na apresentação da primeira montagem da peça. A trajetória da protagoFotos : Leo Aversa

literatura de Wajdi Mouawad é marcada por situações devastadoras: guerras, exílios, perdas e injustiças.

Não à toa, Incêndios (2003) é o título de seu mais celebrado espetáculo, com dezenas de prêmios, elogiadas produções ao redor do mundo e um longa-metragem homônimo, dirigido por Denis Villeneuve e indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Apontado como um dos grandes nomes da dramaturgia contemporâ-

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Teatro nista encontra paralelo na vida do autor, nascido no Líbano, mas radicado no Canadá desde a década de 80. Encenado com sucesso em 15 países, Incêndios chegou às mãos de Marieta e Aderbal através do ator Felipe de Carolis, também produtor da atual montagem junto com Pablo Sanábio e Maria Siman.

Ao longo do processo de ensaios, a produção organizou uma série de workshops para o elenco com historiadores, filósofos e especialistas em conflitos do Oriente Médio. Mesmo sem ter um local específico, o universo árabe é discretamente ambientado em cena, com ajuda dos figurinos de Antônio Medeiros e a cenografia de Fernando Mello da Costa, parceiro de longa data de Aderbal.

A concepção do espetáculo se vale da própria poética da cena para expressar as situações reais criadas pelo autor. “O palco infinito pode ir de um continente a outro e de um tempo a outro, desde que o conjunto da encenação desperte a imaginação do espectador, e é isso que as atrizes e os atores de Incêndios têm como objetivo. Em um cenário de grande impacto plástico em sua simplicidade, o talento do elenco queima no mesmo fogo a realidade e a ilusão”, diz Aderbal.

Esse é mais um incêndio entre os vários – literais e metafóricos – que acontecem durante a busca do casal de gêmeos pelo passado da mãe no outro lado

do planeta. Ao se deparar com suas origens, eles veem o fogo da guerra – mesmo depois de seu fim – agir implacavelmente em suas vidas.

Mouawad constrói uma intrincada teia de relações, segredos e sentimentos. “Incêndios não é propriamente uma peça sobre a guerra, mas sobre promessas que não são cumpridas,

sobre tentativas desesperadas de consolo, sobre maneiras de se permanecer humano em um contexto desumano”, resumiu o autor após receber o Prêmio Molière pelo texto.

Teatro Poeira Rua São João Batista, 104 – Botafogo.

Tel.: 2537-8053.

Temporada: até 27 de julho.

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diversão e arte

Teatro, cinema, exposições. O Leblon é celeiro da arte, a melhor vibe da Zona Sul, que oferece opção de lazer para todas as tribos. Escolha o seu programa e aproveite o melhor da temporada.

A Toca do Coelho | Sala Fernanda Montenegro, Leblon.

Baseada na montagem da Broadway, a versão brasileira é um espetáculo sensível, com alta qualidade artística e com direção de Dan Stulbach. A Toca do Coelho é um retrato vívido, de esperança e tentativas de uma família em busca de tornar o impossível novamente possível em todos os aspectos da vida. Becca (Maria Fernanda Cândido) e Paulo Corbett (Reynaldo Gianecchini) precisam retornar à sua existência cotidiana, após uma perda chocante e súbita. Enquanto Becca encontra dor nas lembranças familiares, Paulo encontra conforto. Becca tenta lidar com as questões familiares com sua irmã, Isa (Simone Zucato), e sua mãe (Selma Egrei), e estende a mão para o adolescente envolvido no acidente que provocou todas as mudanças em suas vidas. O casal tenta reencontrar o seu caminho de volta para uma vida que ainda tem potencial para o riso, a beleza e a felicidade.

Sextas e sábados, às 21h. Domingos, às 18h.

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Teatro Mágico de Oz – Uma Aventura em Busca do Sonho | Teatro Vannucci, Gávea.

Duas bruxas, moradoras de um lugar mágico chamado Oz, eram amigas de infância, mas decidiram seguir caminhos diferentes quando se tornaram adultas. Uma, sempre paparicada e elogiada por todos à sua volta, seguiu o caminho do bem. Já a outra, que sofreu preconceito e rejeição da sociedade, acabou seguindo o caminho do mal e se tornou uma bruxa cruel. Mas a chegada de uma menina em Oz pode mudar tudo. Acidentalmente, Dorothy, uma garota comum, cai nas terras encantadas desse estranho país e vive uma aventura inesquecível. Com sua pureza e amor, ela passa valores importantes para todos que encontra durante seu caminho. A partir daí, a menina faz com que cada personagem se conheça interiormente e descubra dentro de si coisas que eles nem imaginavam que possuíam: inteligência (Espantalho), sentimentos (Homem de Lata), coragem (Leão), perdão (Bruxa Boa) e amizade (Bruxa Má). Uma verdadeira lição de vida e aprendizado sobre quem somos nós!

Sábados, domingos e feriados, às 16h30. Até 31 de agosto.

Exposição Área 91 – Oi Futuro Ipanema Espaçonaves abandonadas, apreendidas ou apenas estacionadas em galpões durante a noite se transformam em atração para mais de 10 mil pessoas. Essas são as aparelhagens do tecnobrega, peças fundamentais do movimento musical originado e consumido em Belém do Pará e redondezas, mas que a cada ano expande suas fronteiras. O recorte da série apresentada está em identificar elementos da estética dos filmes de ficção científica que ajudam a despertar nos frequentadores das festas de aparelhagem o fascínio pelo fantástico, pelo inacreditável. O título da mostra, Área 91, faz referência ao código de comunicação de Belém e também à base militar americana Área 51, onde, segundo ufólogos, o governo dos EUA esconde e estuda objetos voadores não identificados. Esse projeto foi contemplado com o primeiro lugar na categoria livre criação no XII Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia 2012.

Terça a domingo, 13h às 21h. Até 11 de maio. Entrada franca. Classificação etária: livre.

Shows Samba do Entardecer com Pretinho da Serrinha – Miranda, Lagoa.

Pretinho da Serrinha se apresenta no projeto Samba do Entardecer, na Miranda. Músicas como A Doida, Acertando os Ponteiros, Amiga da Minha Mulher e Batucada Quente fazem parte do repertório do show. Apadrinhado por Caetano Veloso, Pretinho da Serrinha é arranjador, compositor e cantor. Criado no morro da Serrinha, no Rio de Janeiro, aprendeu a tocar percussão ainda menino, quando frequentava as rodas de samba em sua comunidade.

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