Revista Util by Grupo Coruja

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Ano VII Novembro/Dezembro util.com.br

MATHEUS NACHTERGAELE 20 ANOS DE CARREIRA, JEITO DE MENINO E TALENTO DE GIGANTE. O ATOR, QUE INTERPRETA JOÃOSINHO TRINTA NO CINEMA, REVELA MAIS UMA DE SUAS FACETAS.

UTIL Turismo cultural. • NATAL Receita para adoçar a festa. • MARACANÃ Piquenique no gramado. • UFC Wanderlei Silva se despede. • VIAJARTE Cinema, teatro, música, viagem e inspiração. • FESTAS DE FIM ANO Cuidado para não cair em tentação e conheça algumas dicas para manter a forma.

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ENCONTRO COM

Lembre-se, este espaço é seu. Não deixe de escrever pra gente. Envie uma foto. Conte sua história. Aguardamos a sua participação. Quer saber mais sobre nosso trabalho? Envie seu e-mail para jornalismo@idesigncom.com.br.

DANIEL ROCHA, HUGO BONEMER E BRUNO GISSONI Amei a capa da revista: três gatos, três super atores. Parabéns ao jornalista Ricardo Oliveira. Excelente reportagem! Maira Souza, bióloga, Juiz de Fora

CONSTELAÇÃO A Revista UTIL completou mais um ano de vida e foi muito bom rever todas aquelas capas. Quantas estrelas, hein? Há muitos anos uso os ônibus da UTIL, adoro a empresa e a publicação. Parabéns! E que venham muitos mais anos. Mariana Antonielli Peixoto, aposentada, Rio de Janeiro

PESO-PESADO Adoro UFC, MMA, pancada. Depois que a Revista começou a tratar desse assunto, ficou muito mais bacana. Luca Amarino Silva, estudante, Rio de Janeiro

Essa é a última edição do ano e queremos confirmar a nossa parceria com cada leitor, com cada passageiro UTIL. Ao longo do ano, procuramos traçar novos roteiros e trazer informação leve, para tornar a sua viagem mais agradável. Entretenimento, arte, cultura, qualidade de vida e solidariedade estão sempre em nossa pauta. 2015 vem aí e queremos mapear outros caminhos, trazer atrativos e muitas inovações. Você é o nosso convidado nessa busca permanente por bons assuntos e viagens inesquecíveis. Enquanto o novo ano não chega, que tal programar a festa da virada? Ou as férias? Descobrir uma nova cidade para conhecer e também festejar? O embarque está aberto, pronto para você e sua família. Planeje e programe-se com antecedência, e viva novas aventuras com gente muito querida. Se desejar, partilhe esse momento aqui, envie a sua foto, conte a sua história. Afinal, estamos aqui por sua causa. E nada como vibrarmos com a sua viagem e dividirmos com outros leitores as suas descobertas. Obrigada pela companhia e pela parceria. Vamos viajar também em 2015. Boas festas. Boa Leitura. Boa viagem. Tereza Menezes Souza Editora-Chefe jornalismo@idesigcom.com.br

EDITORIAL

EMBARQUE ABERTO

SUMÁRIO

Capa

Saúde e Beleza

Entrevista com Matheus Nachtergaele

Dra. Heloisa Rocha

Células-tronco A revolução na medicina

Festas de fim de ano Receita para adoçar o Natal

Web Rádio

Viajarte

Um forma diferente de conhecer o maior símbolo do futebol brasileiro

UFC Wanderlei se despede

Essa onda já pegou

Assista, ouça, aventure-se e inspire-se

UTIL Eu Vou e Volto

20 Turismo Cultural Por dentro do Palácio

26 Trinta

A história do homem que reinventou o Carnaval

SUMÁRIO

Maracanã

SAÚDE E BELEZA

TEMPO DE FESTAS E TAMBÉM DE MANTER A FORMA O VERÃO É UMA ÉPOCA PROPÍCIA PARA O LAZER, ESPECIALMENTE PARA O PASSEIO AO AR LIVRE, PARA CURTIR O SOL E A NATUREZA. ÉPOCA DE MUITAS FESTAS, DE VIAJAR, IR À PRAIA OU REFRESCAR-SE NUMA PISCINA JUNTO COM OS AMIGOS. ÉPOCA DE MESA FARTA E MUITA COMIDA. PARA NÃO CAIR TOTALMENTE EM TENTAÇÃO, CONHEÇA ALGUMAS DICAS IMPORTANTES. ALIMENTAÇÃO CORRETA: normalmente, durante o verão costumamos ter uma inibição natural do nosso apetite, ao contrário do inverno. Esse efeito anorexígeno induzido pelo calor, pode agir negativamente se ficarmos muito tempo em jejum. Tome cuidado com os alimentos que são extremamente calóricos, como queijos amarelos, amendoins, salgadinhos industrializados, pastéis, calabresa, salame fatiado, patês, sorvetes, maioneses, dentre outros. Uma boa opção é consumir alimentos menos calóricos e substituir o frito pelo assado, o sorvete pelo picolé de fruta, o chocolate pela barra de cereal, a maionese pelo molho de iogurte e os queijos amarelos pelos brancos. Além disso, abuse das frutas, dos legumes, das hortaliças e das carnes magras. No verão as pessoas costumam tirar férias, por isso não cumprem corretamente os horários de alimentação, o que torna mais fácil comerem mais e saírem de determinada dieta. Portanto, é importante, nessa época do ano, estabelecer seus horários de refeições, nunca esquecendo de respeitar o desjejum matinal, pois afinal é a refeição mais importante do dia. O desjejum também é o responsável por “acordar o seu metabolismo “e evitar um prejuízo nas suas funções acadêmicas e cognitivas.

CONSUMO DE ALIMENTOS EM PRAIAS E CLUBES: procure levar o seu lanche de casa, pois dificilmente você vai encontrar algo saudável nesses locais. Faça uma alimentação à base de frutas, hortaliças e lanches naturais. Leve de casa pedaços de frutas e legumes variados, cortados e higienizados. Dê preferência à frutas e legumes da época, como manga, uvas, pêssego, abacaxi, ameixas, pepino, tomate, cenoura, salsão etc. Outra dica é preparar lanches naturais: rale uma cenoura e uma beterraba, fatie o salsão e monte seu sanduíche com ricota, queijo cottage, peito de peru ou atum. Evite o uso de maionese, dê preferência aos molhos de iogurte natural. O mesmo vale para o milho de barraquinha, que deve ser consumido sem manteiga.

SAÚDE E BELEZA CUIDADO COM O EXCESSO DE BEBIDA ALCOÓLICA: Especialmente nessa época do ano (e nas festas que sempre acontecem) devemos ficar atentos ao seu uso, pois as bebidas alcoólicas são consumidas com maior frequência. Além de conterem calorias extras, quando ingeridas em grande quantidade, podem levar a quadros de desidratação, pois o álcool retira a água das células, agindo como um diurético, ou seja, estimulando a formação de urina com consequente perda de água do organismo.

NATAL E ANO-NOVO O FINAL DO ANO ESTÁ CHEGANDO E ESSA É A ÉPOCA EM QUE OS ALIMENTOS CONSUMIDOS SÃO EXTREMAMENTE CALÓRICOS: CASTANHAS, NOZES, PANETONES, SOBREMESAS CREMOSAS E MUITA BEBIDA ALCOÓLICA. UMA CEIA DE NATAL REGADA A VINHO, FAROFA E SOBREMESAS PODE PASSAR DE MIL CALORIAS, OU SEJA, PRATICAMENTE A METADE DO QUE UMA PESSOA SAUDÁVEL DEVE CONSUMIR EM UM DIA INTEIRO. MUITAS PESSOAS MANTÉM UM PLANO ALIMENTAR SAUDÁVEL DURANTE TODO O ANO, POR ISSO NÃO HÁ PERIGO ALGUM EM CONSUMIR ALIMENTOS DIFERENTES, E ATÉ MESMO BEBIDA ALCOÓLICA, NAS FESTAS DE FIM DE ANO. LEMBRANDO QUE, TUDO DEVE SER CONSUMIDO COM MODERAÇÃO. DICAS VÁLIDAS PARA NÃO COMETER EXAGEROS: 1 - Não entenda o Natal como um momento em que a comida é o centro das atenções. O objetivo deve ser a confraternização entre familiares e amigos. 2 - Sirva-se de pequenas quantidades, se você for o anfitrião. Coloque canapés lights (com ricota, damasco, ameixa, mussarela de búfala etc), troque o doce por frutas, a farinha de mandioca por farofa de aveia e a maionese por iogurte. Além disso, retire sempre a pele das aves, misture o arroz com vegetais (arroz com brócolis, por exemplo) e faça um salada bem caprichada para acompanhar os pratos. Se for utilizar doces em caldas, prefira o pêssego e ou o

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vinho branco, de preferência com água gaseificada. Lembre-se que o álcool se transforma diretamente em triglicerídeo (gordura).

figo, principalmente se a calda for feita de frutose. Uma boa alternativa é fazer um cesta bem colorida de frutas frescas e uma bandeja de frutas secas, pois são nutritivas, ricas em vitaminas, minerais, fibras e aumentam a saciedade. Aves (chester, peru e frango) são ideais para o seu cardápio. Para os acompanhamentos prefira purê de maçã, legumes sauté ou refogados. Lombo de porco (sem gorduras) pede acompanhamentos como frutas frescas (abacaxi, manga, ameixa, laranja e maçãs verdes), uva passa e limão. O importante é ter CRIATIVIDADE!

5 - Cuidado com castanhas, nozes, amendoins e passas em excesso, pois são muito calóricos, apesar de serem saudáveis (gorduras essenciais). Lembre-se que cada castanha possuí mais ou menos 20 calorias.

3 - Prefira os salgados assados ao invés dos fritos.

7 – Tempere a salada com limão ou vinagre balsâmico. Evite a maionese e o azeite em excesso.

4 - Sempre faça da alimentação e da segurança no trânsito suas prioridades (Lei Seca). Se não puder evitar as bebidas alcoólicas (aumentam o apetite, contribuem com calorias e retenção de líquidos), intercale-as com água, sucos, ou mesmo refrigerantes diet ou light. Lembre-se: a moderação é a chave. Não exagere nas dosagens de vinhos e champanhes, pois uma boa parte deles contém açúcares. Opte por

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6 – Cuidado com a farofa, pois cada colher de sopa contém mais ou menos 150 calorias.

8 - Dê preferência a panetones com recheio de frutas cristalizadas, e não com recheio de chocolate. Sempre lembrando que não se deve exagerar. 9 - No intervalo das festanças faça alguma atividade para gastar calorias. Pode ser uma caminhada, um jogo de frescobol, uma pedalada ou mesmo uma ida até a academia. Aproveite o

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10- Dê um presente de natal e contribua para a boa forma da pessoa presenteada: um livro sobre nutrição, uma bola, um vídeo de yoga ou aulas de natação são ideias que agradam. 11- Nos dias que se seguem as festas, mantenha o seu cardápio; afinal, não é porque exagerou ontem que não precisa cuidar das refeições do dia seguinte. Sucos mais elaborados são uma ótima opção, já que no verão não é interessante acordarmos com o corpo “inchado” no dia seguinte. Crie e prepare sucos diversos: abacaxi com hortelã, melancia com limão, laranja com maracujá etc. 12– Cuidado com essa frase: “Vou fazer dieta uma vez por ano!”. Você já reparou quantas vezes a palavra “dieta “é pronunciada? Em aniversários, casamentos, festas etc. Agindo assim, você notará que saiu da dieta várias vezes, comprometendo seus objetivos de perda de peso durante o ano inteiro.

13 - Procure alimentar-se em casa com metade das calorias que você tem direito por refeição; o restante poderá ser completado com os alimentos servidos durante as festas. 14 - Diga sempre “não quero, obrigada”, jamais, “não posso”. Isso chama a atenção sobre você e sua dieta, o que poderá trazer um sentimento de autopiedade. Quem faz dieta está cuidando da saúde e não se submetendo a um sacrifício inútil. Para finalizar, é importante salientar que depois da comilança de fim de ano, é adequado retornar, logo depois do término das festas, às práticas saudáveis do dia a dia, ou seja, evitar a consumo excessivo de gorduras e carboidratos e voltar ao seu peso ideal, caso o tiver “perdido”.

Dra. Heloisa Rocha

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LITERATURA

“SIMPLES ASSIM: CÉLULAS-TRONCO” Esse é o nome do livro do médico Adelson Alves. Mas antes de chegar a ele, conheça a história desse profissional que, ainda estudante, conheceu a eficiência desse tratamento. O primeiro transplante de células-tronco realizado no mundo aconteceu em 1988, pela equipe da cientista e médica Eliane Gluckman. O transplante foi feito em um paciente que sofria de Anemia de Fanconi. Ainda garoto, o paciente recebeu as células de sua irmã para que o transplante fosse possível. A operação foi um sucesso e o resultado foi visto anos depois, quando o mesmo garoto, agora adulto, se tornou engenheiro e seguiu sua vida com saúde, sem se preocupar que um dia sofreu com a doença que quase lhe tirou a vida. O pernambucano Adelson Alves fazia parte da equipe de médicos e estudantes que ajudou o garoto. Na época do transplante, o único brasileiro da equipe, ainda estava completando seus estudos no curso de medicina. Anos mais tarde, o resultado visto no paciente acabou sendo decisivo para que Adelson escolhesse o seu caminho dentro da profissão: “estava em um congresso na França quando encontrei o garoto que havia sido operado. Ele já estava adulto e tinha se transformado em um engenheiro. Estava forte e saudável, nem parecia o mesmo paciente que eu encontrei anos atrás”. A perspectiva do novo tratamento fez com que Dr. Adelson se especializasse e trabalhasse a fundo com as células-tronco. De volta ao Brasil, Adelson se deparou com um grande dificuldade de se trabalhar com as células-tronco: “aqui tudo que é novo tem uma rejeição natural, muitos dizem que a célula-tronco é uma coisa passageira, que pode ser moda, mas a realidade é que as pessoas desconhecem o poder dessas células”. O tratamento consiste na implantação das células-tronco no lugar das células danificadas, causado-

ras da doença. Por serem adaptáveis a qualquer espaço do organismo, as células-tronco fazem a função que as células ruins faziam quando estavam saudáveis, reprogramando o organismo e impedindo que ele continue a produzir as células danificadas. Para isso, deve-se fazer a retirada das células-tronco logo após o parto. “O processo é totalmente indolor, leva cerca de cinco minutos e não traz riscos nem para a mãe nem para o bebê”, afirma o médico. Na hora em que a mãe dá à luz ao filho, as células são retiradas do cordão umbilical, sem agredir nenhum dos dois. Assim que é retirada, a célula-tronco é armazenada em um ambiente adequado e refrigerado na temperatura ideal.

Adelson também explicou a importância de se guardar a própria célula: “um fator muito interessante das células-tronco é o fato de que elas podem ser utilizadas no paciente de onde foi tirada. Nesses casos, as células são 100% compatíveis”. O médico também alerta para a importância do armazena-

mento em um país como o Brasil: “nosso país tem um grande número de miscigenação. Com isso, é muito difícil que haja uma compatibilidade de uma pessoa com a outra. Muitas pessoas morrem ainda na fila dos transplantes. O fato da pessoa preservar as suas próprias células é uma prevenção para futuros acidentes, que podem ou não vir a ocorrer”. Outro fator importante que o médico esclarece é o fato de pacientes que trazem doenças em sua formação genética, que pela teoria já seriam células danificadas: “na realidade as doenças vem de fora e não de dentro do organismo. Todos os dias nossos corpos são agredidos por todos os cantos, pelo sol, pela roupa, comida etc. Podem ocorrer casos com células-tronco danificadas, mas é uma porcentagem mínima, os grandes agressores estão do lado de fora”. Pensando na questão de falta de informação dentro do próprio país, Adelson resolveu ajudar na luta pela célula-tronco e montou um livro, junto com o também médico e PHD da área Alysson Renato Muotri: “Simples Assim: Células-Tronco”. “A ideia do livro é apresentar de forma didática o mundo das células-tronco. Apresentando assim, para os leigos e médicos de outras especialidades, a importância de se guardar as células-tronco como forma de preservar a vida”, contou o médico. A leitura do livro é tão agradável quanto os desenhos assinados por Ziraldo: “o Ziraldo não conhecia o que era a célula-tronco. Um dia, em uma festa de amigos, encontrei-o. Começamos a conversar e no final do bate-papo ele olhou pra mim e disse: ‘vou fazer a ilustração do livro para você’. De começo fiquei lisonjeado, afinal era o Ziraldo, mas disse que não teria como pagar pelo valor, então ele disse: ‘fica tranquilo! Isso é um presente’ (risos)”. O livro “Simples Assim: Células-Tronco” é uma ótima opção para quem quer ficar por dentro desse assunto, que ainda é muito polêmico hoje em dia, ou para quem quer simplesmente uma boa leitura recheada de bons conhecimentos.

Guilherme Cosenza

LITERATURA

Quando o procedimento é feito de maneira correta, a célula pode durar por muitos anos. Adelson explica: “a capacidade de duração dela ainda é indefinida, mas a mais antiga célula-tronco tem 34 anos. Basta que se faça o armazenamento de maneira correta”. A utilização dessas células pode ajudar no combate de mais de 200 doenças, evitando que o paciente precise passar por diversas etapas longas e agressivas ao corpo. Um exemplo disso é o caso do câncer, pois a utilização da célula-tronco diminui a necessidade da quimioterapia durante o tratamento.

GASTRONOMIA

BOLO DE REIS A gastronomia natalina é de encher os olhos e dar água na boca. Portanto, aproveitando a proximidade das festas de fim de ano a reportagem foi até a capital paulista conversar com a chef e produtora culinária do Studio Sergio Coimbra, Tarisa Gaia. Ela sugeriu uma doce receita: o “Bolo de Reis”. Mas antes de colocar a mão na massa, contou pra gente como receitas, temperos e utensílios passaram a ser o prato principal em sua vida. Há cinco anos, formada pela Universidade Anhembi Morumbi, Tarisa escolheu a profissão muito antes de entrar na faculdade. A sua memória afetiva sempre trouxe imagens da infância quando via as avós e a mãe cozinhando, além da paixão que sentiam por esse universo. A jovem chef já passou por diversos restaurantes, como o Tordesilhas, da chef Mara Salles; Lola Bistrot, da chef Daniela França; e o Le Buteque, do chef Erick Jacquin, restaurante que destaca como uma de suas grandes escolas: “trabalhei um ano e meio com Erick Jacquin e aprendi de verdade o que é trabalhar com a gastronomia. Acabou sendo uma das minhas maiores experiências até hoje”. O papo está bom, mas vamos ao prato. Tarisa escolheu o Bolo de Reis por ser uma das receitas que mais lhe remetem ao Natal. Além de ser super saboroso, é fácil de fazer. “Esse tipo de bolo sempre lembra aquela receita que nossas avós fazem quando chega perto do Natal, é uma receita de família, que remete às nossas origens. Até os dias de hoje, essa receita ainda é muito tradicional nas ceias”, comenta Tarisa.

Original de Portugal, o Bolo de Reis foi criado como forma de homenagear os três Reis Magos que trouxeram os presentes para o menino Jesus em seu nascimento. Sempre preparado no período entre os dias 25 de dezembro e 6 de janeiro – data em que se desmonta a árvore de Natal. O bolo tem formato de rosca, justamente para lembrar uma coroa real. As frutas secas e cristalizadas brincam com o lúdico e rementem as pedras preciosas presas nas coroas dos reis.

INGREDIENTES: Para a massa 200g de manteiga em temperatura ambiente 1 xícara (chá) de açúcar mascavo 4 ovos 1 lata de leite condensado 1 xícara (chá) de farinha de trigo 1 colher (café) de essência baunilha

Para o glacê 2 xícaras e meia (chá) de açúcar de confeiteiro 2 colheres (sopa) de leite quente 2 colheres (sopa) de suco de limão

MODO DE PREPARO: Massa: Bata a manteiga na batedeira, até virar um creme. Adicione o açúcar mascavo e junte as gemas uma a uma, batendo sempre, até que fiquem bem incorporadas à massa. Acrescente o leite conden-

sado em fio, sem parar de bater. Desligue a batedeira e misture a farinha de trigo peneirada junto com a canela, essência de baunilha, o fermento, as frutas cristalizadas e as passas. Por último, incorpore delicadamente as claras em neve. Asse em uma forma grande, com furo central (25 cm de diâmetro), em forno médio (180ºC), preaquecido, por cerca de 1 hora. Desenforme o bolo ainda quente.

GASTRONOMIA

1 colher (café) de canela 1 colher (sopa) de fermento químico em pó 1 xícara (chá) de frutas cristalizadas 1 xícara (chá) de uva-passa preta

Glacê: Misture os ingredientes e despeje sobre o bolo. Decore com cerejas e folhinhas feitas com figo ou limão cristalizado.

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ESCOLHA DE CORAÇÃO OS CLIENTES UTIL JÁ TÊM UMA RELAÇÃO DE AFETIVIDADE COM A EMPRESA. A TRADIÇÃO, A QUALIDADE DO SERVIÇO PRESTADO E O CONFORTO FALAM MAIS ALTO NA HORA DE VIAJAR. Em visita ao Rio de Janeiro, a cearense Ângela Moraes aproveitou os preços da UTIL para visitar o irmão em São Paulo: “quero aproveitar que estou no Sudeste para visitá-lo. É a primeira vez que vou pegar um ônibus da empresa. Quando falei que iria para São Paulo, todo mundo mandou que eu comprasse daqui; o serviço foi muito elogiado pelas pessoas que me indicaram”.

Saindo do Rio para ir em direção a Três Corações, Leonardo dos Santos estava pronto para ir visitar a família. Ele havia comprado a passagem para ir com o primo e aproveitar o fim de semana com seus parentes: “estamos indo para matar a saudade. Como não podemos ir sempre, embarcamos na UTIL para mais um reencontro familiar.”

Vindo de Juiz de Fora para o Rio de Janeiro, o mestrando Rafael Fernandez acabava de chegar à cidade para apresentar sua dissertação e aproveitou para elogiar os serviços da UTIL: “a empresa é muito boa, tem ótimo atendimento e possui um excelente serviço. Sempre acabo utilizando os ônibus da UTIL e estou muito satisfeito”.

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Maria Márcia dos Santos estava pronta para passear na cidade mineira de Belo Horizonte. Ela também contou para nossa equipe que utiliza os ônibus da UTIL para fazer outro trajeto, saindo do Rio de Janeiro direto para Guarulhos: “sempre viajo pela UTIL. Não tenho absolutamente nada do que reclamar, pois o serviço é ótimo e de muita qualidade”.

Kaike Souza estava ansioso para viajar em direção à Barbacena; o motivo: visitar a namorada. O rapaz contou que sempre utiliza os serviços da empresa, pois tem conforto durante a viagem e a garantia de chegar ao seu destino de maneira tranquila: “no geral, eu gosto bastante da qualidade dos ônibus e do serviço”.

Voltando para sua casa em Juiz de Fora, Paula Teixeira estava no guichê da UTIL para comprar sua passagem. Ela, que tem o costume de viajar sozinha, escolheu os ônibus da empresa pela tradição no serviço prestado: “sempre pego os ônibus da UTIL. Desde que comecei a viajar sozinha, sempre opto pela tradição. A UTIL sempre falou mais alto pra mim”.

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TURISMO CULTURAL

POR DENTRO DO PALÁCIO Abrir as portas do Antigo Palácio da Justiça para uma visita lúdica e informativa é o objetivo do programa “Por dentro do Palácio”, realizado pelo Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro por meio do seu Centro Cultural (CCPJ-Rio). Guiados por atores que interpretam Têmis, a deusa grega das leis e dos juramentos, e o jurista brasileiro Ruy Barbosa, os visitantes podem conhecer as instalações do palácio, no Centro do Rio, e conhecer suas histórias nas visitas teatralizadas que acontecem às quintas-feiras (para escolas e outros grupos - mediante agendamento) e no último sábado de cada mês (para o público em geral). Sempre com entrada gratuita, o programa já recebeu desde a sua criação, em janeiro de 2011, mais de sete mil visitantes.

Durante a visita, as pessoas têm a chance de conhecer as áreas mais nobres do Palácio e suas antigas funções, tais como: o Salão Histórico do Primeiro Tribunal do Júri, o Salão dos Passos Perdidos, o Tribunal Pleno e a Câmara Isolada. Além das áreas históricas, o visitante também tem a oportunidade de conhecer as instalações do Centro Cultural, como a Sala de Acervo de Figurinos do “Teatro na Justiça” (1999-2013), e a Sala Multiuso. Os textos apresentados pelos personagens em suas andanças pelo Antigo Palácio da Justiça foram escritos a partir de pesquisas extraídas de fontes sobre mitologia, teatro, biografia, discursos históricos, história do Antigo Palácio da Justiça e funcionamento dos tribunais. Os figurinos, adereços e caracterização que compõem os persona-

O passeio começa nas escadarias do Antigo Palácio da Justiça, onde Têmis recebe os visitantes. Após uma breve contextualização, a deusa os leva para o Salão dos Passos Perdidos. Com o nome oficial de Salão dos Bustos, o espaço ficou conhecido dessa forma por ser o local onde advogados, familiares, jornalistas e curiosos se reuniam durante os intervalos dos julgamentos. Ainda no segundo pavimento, a visita segue com Ruy Barbosa pelo suntuoso salão histórico do Primeiro Tribunal do Júri, local preferido das crianças, onde elas podem conhecer o funcionamento de um júri. Seguindo para o terceiro andar, são visitadas a Câmara Isolada, exemplar de uma sala de sessão onde os desembargadores se reuniam para o julgamento em colegiado dos processos em segunda instância; e o Tribunal Pleno, local onde se reuniam os desembargadores, por ocasião das sessões do mais alto órgão do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro. O plenário recebeu eventos marcantes da vida Judiciária e política do país, sendo que o mais importante deles foi a promulgação do Código Penal Brasileiro, em 1940, com a presença do então Presidente da República Getúlio Vargas. A visita é encerrada no térreo, quando o público conhece o Pátio Interno do Palácio, apresentado pelo nobre jurista e as dependências do CCPJ-Rio, com uma passagem pela Sala de Acervo de Figurinos, local onde Têmis toma um chá com “gostinho museológico”. Na Sala Multiuso, onde são realizadas diversas atividades, como espetáculos teatrais, musicais, exibições de filmes e cursos, entre outros, os cicerones se despedem de seus queridos visitantes.

SERVIÇO: “Por dentro do Palácio” Visitas Abertas – Último sábado de cada mês, às 16h Visitas Agendadas – para escolas e outros grupos – duas visitas, quintas-feiras, entre 12h e 16h Local – Antigo Palácio da Justiça: Rua Dom Manuel, 29, Centro, Rio de Janeiro – RJ Entrada gratuita (distribuição de senhas no local, 15 minutos antes de cada sessão) Informações – (21) 3133-3366 / 3133-3368

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gens são criações de experientes profissionais do teatro, convidados por Silvia Monte, idealizadora e diretora artística do programa, para participar da sua ficha técnica. De acordo com Silvia, que também é diretora do CCPJ-Rio, o projeto tem cumprido seu objetivo original: “estimular que o cidadão visite o Antigo Palácio da Justiça para conhecer, de forma descontraída, um pouco da memória e do funcionamento do Judiciário”.

CAPA

MATHEUS NACHTERGAELE ATOR COMPLETA 20 ANOS DE CARREIRA EM UM ANO PRODUTIVO EM QUE INTERPRETA JOÃOSINHO TRINTA NO CINEMA Jeito de menino, gargalhada completamente entregue, olhar maduro, diversas facetas escondidas na manga. Essas são algumas das impressões deixadas pelo artista que nasceu em São Paulo, em 1969. Filho do ator belga Jean-Pierre Nachtergaele, começou no Centro de Pesquisa Teatral de Antunes Filho e na companhia “Teatro da Vertigem”, quando chamou atenção por seu trabalho em “O livro de Jó”, de 1995. Depois de interpretar o personagem Cintura Fina, na minissérie da TV Globo “Hilda Furacão”, a carreira de Matheus Nachtergaele explodiu. Estreou no cinema como o guerrilheiro Jonas de “O que é isso, companheiro?” (1997), de Bruno Barreto. Interpretou Isaías, no premiado “Central do Brasil” (1998), de Walter Salles. Na televisão, trabalhou em várias minisséries de sucesso, entre elas “O auto da Compadecida”, com direção de Guel Arraes, que em 2000 chegou às telas de cinema em versão reduzida. Por esse trabalho, recebeu o prêmio de melhor ator no Grande Prêmio Cinema Brasil. Foi um dos poucos atores profissionais escalados para “Cidade de Deus” (2002), de Fernando Meirelles, que recebeu no Festival de Havana um prêmio especial para o conjunto do elenco. Em 2008, lançou seu primeiro longa como diretor, “A festa da menina morta”, produzido por Vânia Catani. O filme foi selecionado para a mostra “Um Certo Olhar” do Festival de Cannes e recebeu no Festival de Gramado 2008 os prêmios de Melhor Ator, Melhor Fotografia, Melhor Música, Melhor Filme do júri popular e prêmio da crítica. No Festival do Rio 2008, também levou os prêmios de Melhor Direção de ficção e Melhor Ator. Esse ano tem sido recheado de mais projetos, na lista estão: o seriado da Rede Globo, “Doce de Mãe”, em que viveu Fernando, além da filmagem de novos filmes como “Trinta”, baseado na vida de Joãosinho Trinta. Para o ano que vem já

está previsto, pelo menos, o lançamento de outros dois longas “O Sangue Azul”, de Lírio Ferreira e o “Big Jato”, de Cláudio Assis. UTIL - Qual o segredo para ter se mantido no mercado durante esses 20 anos? Eu não sei. Eu procurei o tempo todo lembrar do que eu queria desde o início. Tinha a ver com utilizar a arte dramática para descobrir a mim e ao povo brasileiro, o qual eu faço parte. Essa foi a tônica o tempo todo. Eu aprendi durante a minha

UTIL - O que mais te atrai em um texto ou personagem? Eu fiz papéis muito variados. Fiz bastante teatro em peças trágicas como “O Livro de Jó” e “A Gaivota”. Eu participei da chamada “retomada do cinema brasileiro”. Acho que eu tive a honra e a sorte de ser ator nesse momento. Procurei estar em histórias que me interessavam na televisão, com autores que gosto, diretores que admiro e projetos que eu considero de entretenimento inteligente. Não tenho muita preocupação quanto ao gênero ou veículo.

Foto: Ricardo Gama

UTIL - Você fez filmes de muito sucesso e outros como “A Concepção” e “A Febre do Rato”, que não atingiram o grande público, mas tinham sexualidade e nudez bastante afloradas. Você acha que o Brasil está mais conservador para projetos mais ousados? Eu acho que existem filmes populares incríveis como o “Auto da Compadecida”, “Cidade de Deus” e “Central do Brasil”. Mas também acho que sempre é necessário, em todas as épocas, obras de uma certa radicalidade. Essas obras fazem o público respirar e os conceitos serem colocados à prova. O cinema competitivo só acontece se houver cinemas de bilheteria e de autoria. Às vezes, as coisas se unem. Espero continuar a fazer todo tipo de projeto. Eu me entrego sem preconceito e me arrisco. UTIL - Você acha que os atores têm o papel de influenciar na política? Eu não acho que os atores tenham a função de influenciar diretamente nas opções políticas das pessoas. Mas, acho que o ator tem uma função social. É por isso que eu presto bastante atenção aos projetos em que participo, porque eles possuem uma mensagem. UTIL - O ator depende da exposição da vida pessoal? Como você controla isso? Eu estou mudando um pouco isso. Durante um período, eu me expus bastante. Acho que isso me deixou muito cansado e pode ter atrapalhado as minhas personagens. Então, eu estou voltando a querer ficar mais quieto e falar mais de trabalho. Existe toda uma indústria em volta da vida dos atores. É complicado porque, no fundo, isso não é o nosso trabalho. Fica um pouco difícil escapar disso às vezes, pois sou muito sincero. Não tenho medo de ser quem eu sou. Não fico por aí an-

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formação que existia uma função social no trabalho do ator, que se apresenta de várias formas. Eu procurei estar muito concentrado na vocação dos projetos. Não é muito fácil, pois você tem que estar, de uma certa maneira, atento e não se deixar levar por ondas de sucesso muito grandes.

CAPA dando com guarda-costas, roupa de marca, nem aviso a imprensa dos eventos que eu vou. É um pouco incômodo você não ter muito a vida pessoal privada. Mas, acho que faz parte do mundo em que estamos. UTIL - No intervalo de uma personagem para a outra, como você descansa? Não tem muito como se livrar das personagens. Elas fazem parte da nossa matéria, misturadas com a história delas que nos modificam e deixam marca. Nos últimos 20 anos, eu passei mais tempo sendo personagem do que sendo eu mesmo (risos). Esse ano, eu passei apenas um mês em casa. Eu estava no “Doce de Mãe”, como Fernando, ou filmando, ou

dirigindo uma peça em Tiradentes. Durante as divulgações dos trabalhos é que eu arranjo tempo para ser eu mesmo. UTIL - Você consegue identificar qual foi o seu maior sucesso? O que isso significa para você? O sucesso artístico nem sempre coincide com a opinião geral. Tem o sucesso pessoal também, quando você acha que deu um passo artístico, como o “Paizinho” de “A Febre do Rato”. O “João Grilo”, do “O Auto da Compadecida”, é uma marca para mim. UTIL – O que Ariano Suassuna, autor do “O Auto da Compadecida”, que faleceu esse ano, representa para você?

CAPA

Ele foi um grande dramaturgo e um defensor do que seria a brasilidade. Eu acho que existem várias brasilidades, uma vez que somos um país mestiço e jovem. Ele era o defensor de uma delas. Um grande “cavaleiro armorial” que eu amava. Sinto-me muito honrado de ter feito parte da adaptação mais conhecida da obra dele. UTIL - Você costuma ficar nervoso durante as cenas ou quando contracena com atores que você admira muito? Eu fico nervoso sempre e todos os dias. No teatro é uma estreia por noite. No cinema são em média três cenas por dia. Já em televisão, às vezes, você faz 20 cenas diárias. Quando me perguntam se eu tenho preconceito com novelas eu digo que não, mas prefiro as minisséries ou microsséries, porque fico nervoso demais durante muito tempo. Quando trabalhei com a Fernanda Montenegro, no “Central do Brasil”, eu fique nervoso. Só quando fizemos uma peça foi que o medo diminuiu e se tornou um respeito enorme. UTIL – Como foi atuar no filme “Trinta”, que é baseado na vida do carnavalesco Joãosinho Trinta? É um filme com um maior apelo popular, pois a figura do Joãozinho é bastante amada. Mas é um filme muito consequente em homenagear um grande artista tão ousado quanto ele. Ele foi um homem do povo, que injetou a cultura no Carnaval. Quase todo mundo conhece o Joãosinho. Ele transformou o Carnaval em uma ópera popular.

Eu aprendo muito no convívio com as pessoas. Tenho um ouvido bom para sotaque. Se eu fico um bom tempo, na região, me apego à musicalidade que tem a ver com a cultura, o clima e a economia do local. Todas as viagens são muito fascinantes. Mas não tem jeito; por algum motivo, muitas vezes, fui escolhido para representar nordestinos. Então, sempre que eu vou ao nordeste, é muito forte para mim. É como se eu me sentisse em casa.

UTIL - Como você conseguiu identificar a personagem de Joãosinho Trinta dentro de você? Em primeiro lugar, eu quis fazer uma homenagem. Fiz aulas de balé durante quatro meses e foi bem difícil. Eu sentia a presença dele, mas não de uma forma espiritual. É claro que eu fiquei emocionado o tempo inteiro, porque ele é um gênio. Era como se eu estivesse tendo uma aula. Procurei não fazer uma caricatura dele.

UTIL - Qual é o maior desafio da arte de atuar? Eu acho que o grande desafio da minha carreira de ator é que fica cada vez mais difícil convencer o público de que você é aquela personagem. O público nos descobre pelas frestas de cada uma delas. Então, a gente é revelado, aos poucos, mesmo que você preserve muito a vida pessoal. Mas, amo o que faço.

UTIL - Quando você viaja para filmar, como os locais te influenciam?

Ricardo Oliveira

CINEMA

Coletiva do filme “Trinta” no Festival do Rio.

Matheus Nachtergaele, Mariana Nunes e Paulo Tiefenthaler.

Paulo Machline, diretor.

telonas Da Sapucaí para as Considerado um ícone do Carnaval brasileiro, Joãosinho Trinta nasceu em São Luís, em 1933, morreu há menos de três anos, e revolucionou a cena artística. Ele foi responsável pela criação de 11 desfiles vencedores no Rio de Janeiro e mais oito vice-campeões. Apesar disso, iniciou sua carreira como dançarino de balé e dirigiu produções de ópera no Theatro Municipal, mas foi no Carnaval que chegou ao estrelato. Sua trajetória inspirou a realização do filme “Trinta”, dirigido por Paulo Machline. O diretor já tinha assinado o documentário “A raça síntese de Joãosinho Trinta”, exibido no Festival do Rio, o que serviu de pesquisa para o longa-metragem. “Eu tenho o projeto de fazer uma trilogia dedicada às novas artes populares brasilei-

ras: futebol, Carnaval e novela”, conta Machline. O esporte nacional oficial já foi tema de seu curta-metragem “Uma história de futebol”, que chegou a ser indicado ao Oscar na categoria. Em 2002, já em busca de um novo tema para dar continuidade a sua trilogia, o diretor leu um artigo de Carlos Heitor Cony, na Folha de S. Paulo, que contava um pouco da história desconhecida de Joãosinho. “Eu como fã, nunca imaginei que a vida dele fosse tão interessante. Conheci a sua jornada a partir daquele texto, e foi aí que comecei a desenvolver o projeto”, diz o diretor. De lá para cá, passaram-se 12 anos. Machline se dedicou a outros projetos – dentre eles, o drama “Natimorto” –, mas sempre manteve a vontade de contar a história de vida do carnavalesco. O encontro entre o diretor e o homenageado aconteceu durante a preparação do carnaval de 2003. “Ele ficou lisonjeado

CINEMA

Foto: Julia Schmidt Foto: Julia Schmidt

Foto: Julia Schmidt

Matheus Nachtergaele e Mariana Nunes.

em ter um filme sobre ele. Fiquei três ou quatro meses com ele, entendendo de longe quem Joãosinho era. Quando me aproximei do seu universo, conheci as frustrações dele”, declara Machline. Em a “A raça síntese de Joãosinho Trinta”, o diretor fez questão de deixar de fora a trajetória do erudito ao popular para contar isso em “Trinta”. O longa-metragem retrata como o funcionário do Theatro Municipal, que esteve à frente de várias funções dentro da instituição, que chegou até a dirigir óperas, foi daquele universo para as passarelas do Carnaval carioca e se transformou em uma das maiores mentes criativas dos desfiles das escolas de samba. A história do filme justifica, portanto, sua estreia mundial no Festival do Rio, em uma sessão que aconteceu em outubro, exatamente, no Theatro Municipal, cenário que foi parte importante da trajetória de Joãosinho. Machline diz que Matheus Nachtergaele sempre foi sua opção inicial para o papel-título. Durante a exibição de seu documentário no Festival do Rio, em 2009, foi que Matheus conheceu Joãosinho. O ator conta que, naquela ocasião, o carnavalesco já tinha aprovado sua escalação para o papel. “Ele e eu aproveitamos aquelas três horas juntos para definir algumas coisas importantes”, afirma Nachtergaele. O elenco é composto também por Paulo Tiefenthaler, como o carnavalesco Pamplona; Paola Oliveira, no papel de Zeni Pamplona, esposa de Pamplona e bailarina do Theatro Municipal; Milhem Cortaz, como o chefe de barracão Tião; Fabrício Boliveira, como Calça Larga; Mariana Nunes, como Isabel; e Ernani Moraes, como Germano. Nas participações especiais estão os atores Vinicius de Oliveira e Marco Ricca. O filme de Paulo Machline é sua homenagem a uma das maiores lendas da arte brasileira no século XX.

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PIQUENIQUE NO GRAMADO DO MARACANÃ? Parada obrigatória da maioria dos turistas que vistam o Rio de Janeiro, ele recebe grandes eventos do esporte, entre os maiores está a Copa do Mundo realizada no Brasil. O famoso estádio Jornalista Mario Filho, mais conhecido como Maracanã, agora é também palco de outros tipos de lazer. O templo do futebol brasileiro abre suas portas para os interessados em vivenciar uma experiência diferente: um piquenique no estádio. É isso mesmo, há aproximadamente três meses a bola era protagonista dos eventos até então, agora divide espaço com as famosas toalhas de padrão xadrez e cestas de frutas. O “Piquenique Show de Bola” foi uma das ideias encontradas pela administração do local para movimentar o estádio fora dos horários dos jogos.

Aproveitar um dia de sol com os amigos e a família se tornou uma alternativa de lazer ainda mais especial. Para compor o ambiente e tornar possível a realização do piquenique, a equipe de eventos do Maracanã pensou nos mínimos detalhes. “Os setores disponíveis para o piquenique são os norte e sul do gramado sintético. Os visitantes terão direito a cesta de frutas, minissanduíches, empadinhas, sucos, mate e o clássico biscoito carioca. Já para a sobremesa são oferecidos brownies, cupcakes, salada de frutas e docinhos. Para alugar o espaço, os interessados poderão escolher entre pacotes de alimentos que custam R$ 150 (de segunda a quinta) e R$ 180 (sexta, sábado, domingo e

Matias Advogados iniciou suas atividades em 2001 no Rio de Janeiro, com o objetivo de prestar assistência jurídica eficiente e abrangente para seus clientes. No ano de 2014 o escritório inaugurou sua nova filial na Barra da Tijuca, objetivando uma maior aproximação com seus clientes que residem ou trabalham na região. Atendemos pessoas físicas e jurídicas em diversas áreas.

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feriados) por pessoa; lembrando que crianças até quatro anos não pagam”, ressalta a gerente de eventos do estádio, Viviane Campano. Mas não só o piquenique se tornou uma das atrações diferenciadas, entre as mais pedidas, também encontram-se os aniversários. Recentemente, até um casamento agitou o estádio em uma área chamada Bossa Nova. “Nosso objetivo maior com certeza é o futebol, mas entre um jogo e outro nós temos muito tempo sem uso, com espaços vazios. A ideia é que consigamos movimentar o estádio fazendo uso pleno de todas as áreas disponíveis. Ao todo, temos 26 ambientes destinados a eventos no complexo Maracanã, englobando o Maracanãzinho”, destaca. Em outros países os estádios já são utilizados para eventos extras. “Estrutura e espaço nós temos. Inspirados em países da Europa decidimos implantar essa ideia, que está fazendo bastante sucesso. A vista que temos da grama sintética é muito bonita e o clima do Rio de Janeiro é propício para um programa como um piquenique. Esse projeto não será apenas para o verão, resolvemos torná-lo fixo, assim só dependeremos das condições climáticas. Nosso compromisso é de deixar a área disponível até três horas antes da abertura dos portões para os jogos de futebol”, explica. Para mais informações acesse o site do estádio: www.maracana.com

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TECNOLOGIA

MAIS ÁGIL, MAIS FÁCIL E NA PALMA DA MÃO Hoje é assim: prático, rápido e eficaz. Basta um bom computador e soltar a voz. Se voltarmos no tempo e buscarmos um pouco da história radiofônica, vamos descobrir que há muito tempo, o rádio era um grande equipamento sofisticado, e fazer uma rádio era um grande desafio. O rádio nasceu das mãos do italiano Guglielmo Marconi. O inventor transmitiu da Europa, mais precisamente da Inglaterra, em 1901, sinais radiográficos que puderam ser ouvidos do outro lado do Atlântico Norte. Esse feito lhe rendeu o Prêmio Nobel de Física em 1909 e o título de Pai do Rádio. Desde sua criação e com o passar do tempo, o rádio sofreu inúmeras transformações estruturais e financeiras, passando de um aparelho elitizado ao mais popular veículo de comunicação da atualidade. Antigamente, para se ouvir rádio, era necessário comprar imensos aparelhos de alto custo e se associar às estações de música clássica, único estilo de programação disponível na época. Hoje, o mais simples celular pode ter fácil e total acesso às redes radiofônicas de maneira gratuita. Outro caminho de evolução que as rádios estão tomando são as transmissões via internet. Atualmente, já existem diversas emissoras de rádio dos mais variados tipos que migraram para o formato on-line, e ainda há um número gigante de rádios que nasceram a partir da internet – são as chamadas web rádios ou rádios on-line. Contudo, o início das rádios on-line não foi tão glamoroso como o das rádios convencionais, conforme explica Pedro Amorim, jornalista e proprietário da “Estação Indoor”, empresa que trabalha com a comunicação on-line. “Conheci as web rádios quando fazia estágio em uma rádio comunitária. Lá descobri a oportunidade que estava nascendo. Porém, ainda não existia esse ‘boom’ de emissoras. O ‘produ-

to’ ainda era muito marginalizado, com players que só tocavam músicas aleatórias; o popular ‘gosto do programador’. Não havia uma preocupação para saber quem estava ouvindo e o que o ouvinte queria”, afirma. Com um começo tomado por novas descobertas, Pedro conta as dificuldades pelas quais passou para lidar com essa nova maneira de ser fazer rádio: “o início foi difícil, pois não havia conhecimento sobre as web rádios. Então, as descobertas foram através de tentativas de ‘erro e acerto’. Confesso que no início foi complicado. Mas a partir do momento em que se descobre para quem estamos direcionando, tudo fica um pouco mais tranquilo. Vale lembrar também que a explosão das redes sociais alavancaram demais essas divulgações”. Pedro ainda ganhou experiência trabalhando como diretor de programação das rádios ”My Way” e “Previdência”, ambas on-line. Parceiro de Pedro durante grande parte da caminhada pelas web rádios está Leonardo Lobo, também jornalista. A dupla foi responsável pela criação de grande parte dos projetos envolvendo a rádio “My Way”. “Na época da faculdade, eu e o Pedro, junto com um grupo de amigos, tentamos estruturar uma web rádio para viabilizar novas oportunidades para os alunos terem o primeiro contato com a área. Então, esse projeto acabou vingando e se transformou na rádio “My Way”, comenta. Desde então, a dupla trabalha com a função de expandir as web rádios pelo Brasil. Leonardo conta as facilidades que existem na hora de se montar uma rádio pela internet: “o fato de não precisar da mesma infraestrutura que uma rádio convencional já é um grande passo. Isso acaba fazendo com que você possa priorizar a sua mão de obra com mais qualidade. O orçamento é bem mais enxuto, e você consegue atingir um público específico, segmenta-

TECNOLOGIA do”. Pedro, por sua vez, destacou outros pontos positivos que esse tipo de transmissão pode trazer. “Através da transmissão on-line, você pode falar com o mundo todo por um custo baixo. Algo que não era imaginado antigamente pelas rádios. Há também uma maior possibilidade comercial, liberdade de criação, trabalhar com recursos além do áudio, poder atacar diferentes nichos de mercado, entre muitos outros”, assegura. No entanto, montar uma rádio on-line também traz alguns empecilhos na criação. “Uma das grandes dificuldades se dá pelo fato de ser um segmento novo, em comparação com a rádio convencional. Sendo assim, tudo que é novo demora um tempo de maturação para que o público consu-

midor adquira o hábito e dê credibilidade para a rádio”, explica Leonardo. Pedro ainda ressalta a falta de leis de incentivo para o mercado de rádios on-line, o que atrapalha na parte criativa em todo o nicho radiofônico: “criam-se mais dificuldades, e isso complica a descoberta de novos talentos. Esse é um problema também das rádios convencionais, que sofrem com a carência de produtos inovadores”. Mesmo sem grandes incentivos por parte do governo, Pedro conseguiu desenvolver um projeto de comunicação que o qualificou como um dos vencedores do Programa Shell Iniciativa Jovem – a “Estação Indoor”. “A Estação visa trabalhar a comunicação de uma forma

inovadora, atingindo o público por meio do áudio, aumentando os níveis de reconhecimento e empatia do cliente com o estabelecimento”, conta Leonardo. Pedro ainda explica como surgiu a ideia do projeto. “Depois de 10 anos trabalhando com esse mercado, eu tinha um projeto que ampliaria mais esse nicho da web rádio, fazendo o aumento de relacionamento de consumo entre um empreendimento e seu cliente através da música. Isso é o chamado de musicbranding, algo pouco difundido no nosso país, embora não seja nenhuma novidade lá fora”, finaliza.

Guilherme Cosenza

Fotos: Divulgação

UFC

OBRIGADO, WAND O mundo da luta se despede esse ano de um dos nomes que ajudou a consagrar e lançar o MMA Nacional para o mundo inteiro. O “Cachorro Louco” ou o “The Axe Murderer”, Wanderlei Silva anunciou sua aposentadoria em setembro desse ano. O lutador curitibano fez história no mundo da luta, junto com diversos atletas brasileiros como Rodrigo Nogueira (o Minotauro), Rogério Nogueira (o Minotouro), Maurício “Shogun” Rua, Murilo “Ninja”, Ricardo Arona, Vitor Belfort, entre outros. Com dois títulos de um dos torneios mais violentos e competitivos do mundo das lutas mistas, o extinto evento japonês Pride, Wanderlei não só deu um show em suas lutas, mas também foi um mestre na hora de vender um combate. Para quem sempre acompanhou a carreira de Wanderlei, é fácil se lembrar das rixas com os lutadores dos torneios por onde passava, como seu eterno desafeto por Quinton Jackson e o brasileiro Ricardo Arona no Pride; e Vitor Belfort e Chael Sonnen no UFC. As farpas com os dois últimos lutadores renderam-lhe duas participações no programa The Ultimate Fighter. As lutas entre os técnicos das edições, no entanto, acabaram não acontecendo. Na primeira, Vitor acabou lesionando a mão e na segunda, o combate acabou sendo suspenso devido à fuga de

Wanderlei de um exame antidoping surpresa, o que lhe rendeu mais tarde o banimento das competições de MMA. O lutador começou sua carreira ainda cedo na academia Chute Boxe, sob o comando do treinador Rudimar Fedrigo. A academia era o celeiro de grandes nomes como os irmãos Murilo “Ninja”, Maurício “Shogun”, a lutadora Cris Cyborg e ninguém menos que o ex-campeão dos médios do UFC, Anderson Silva (o Aranha). Aranha afirmou, em sua visita a casa do TUF Brasil, que Wanderlei seria o Pelé do MMA. A Chute Boxe foi à casa de Wanderlei por muito tempo, até que ele fundasse a Wand Fight Team, nos Estados Unidos, onde treinou até o fim de sua carreira. Wanderlei teve sua ascensão de fato no mundo da luta ao participar do Pride. No evento, o brasileiro conseguiu derrotar o quase invencível e grande nome do MMA americano, Dan Henderson. Mesmo sem enxergar de um olho, devido à agressividade do combate, o brasileiro conseguiu reverter o jogo e ganhar a luta por decisão unânime dos juízes. Tempos depois foi a vez de desafiar o grande carrasco dos lutadores brasileiros, o herói japonês Kazushi Sakuraba, que havia vencido três dos irmãos Gracie (Royler, Royce e Renzo), além do “Fenômeno” Vitor Belfort. Wanderlei não só desafiou o japonês, como venceu de forma contundente, com um belo nocaute vindo de suas joelhadas. Para não dizer que foi sorte, Sakuraba, hoje amigo do brasileiro, ainda tentou mais duas vezes vencer o lutador e acabou sendo derrotado em todas. A maneira agressiva de lutar, somada a sua explosão com joelhadas, rendeu a Wanderlei o apelido de “The Axe Murderer” (O Assassino do Machado). Seus golpes, que lembravam a força e o corte de um machado, ajudaram o brasileiro a levar diversos lutadores à lona, entre eles um de seus maiores desafetos, o americano Quinton Jackson, que experimentou por duas vezes o gosto do joelho de Wanderlei.

Wanderlei foi um dos maiores lutadores de MMA muito antes do boom do UFC no Brasil surgir. Em seu país, o estilo de luta de Wanderlei fez com que os jornalistas brasileiros o apelidassem de “Cachorro Louco”, por sempre entrar na luta, independente do adversário, e nunca andar para trás; sempre atacando como um cachorro em seu ataque. Hoje, muito do que é visto dentro das competições de MMA por todo mundo tem a influência desse curitibano que ajudou a mudar a imagem do MMA no Brasil, antes vista como uma briga sem lei, para um esporte de contato e respeitado não só no país, mas também no mundo inteiro, permitindo que grandes atletas daqui ganhassem o mundo.

Quer saber mais? Acesse o site: www.oneround.com.br Guilherme Cosenza Aprove, discorde e participe pelo e-mail guilherme@idesigncom.com.br

UFC

A qualidade de seus combates rendeu a Wanderlei diversos frutos, como o título de herói do MMA no Japão, onde até os dias de hoje o lutador é adorado com diversos brinquedos e jogos com seu nome e seu rosto, além do título de “Maior Lutador de Vale Tudo de Todos os Tempos”, em 2005. Wanderlei também é o recordista com o maior número de nocautes da história do Pride, ganhou prêmios de “Melhor Luta da Noite” por cinco vezes, “Melhor Nocaute da Noite” por três vezes, entre muitos outros títulos e recordes impostos por ele. O brasileiro é adorado e respeitado por grande parte dos atletas, sejam profissionais ou amadores. Wanderlei encerra sua carreira com um cartel invejável a qualquer lutador com 35 vitórias, 12 derrotas, uma luta sem resultados, um empate e grandes polêmicas, aos 38 anos de idade.

Gestão Operacional

O SÍNDICO ENTROU DE FÉRIAS, E AGORA?

ara grande parte da população, normalmente, todo final e início de ano é época de férias. Para os síndicos não é diferente. Alguns até dão preferência para outros meses do ano, mas, independentemente do período, alguns pontos importantes devem ser observados para que tudo fique sob controle durante sua ausência no condomínio. Planejar-se com antecedência é essencial para que tudo saia de forma tranquila e sem sobressaltos. O primeiro passo é escolher a pessoa que assumirá o condomínio enquanto o síndico estiver fora. A dica é consultar a Convenção para saber qual deve ser o substituto direto do síndico. Após definido, lembre-se de apresentá-lo formalmente à administradora e avisar a todos os condôminos e funcionários. O segundo passo é preparar uma lista contendo pontos relevantes que precisam estar bem alinhados, entre eles, pendências existentes no condomínio e criar um plano de contingência, listando todos os procedimentos a serem tomados em situações emergenciais. Além disso, é importante conhecer as informações

sobre obrigações trabalhistas e financeiras, funcionários que sairão de férias no mesmo período, avisar aos contatos na empresa de segurança e monitoramento sobre a ausência do síndico. Lembre-se de se certificar sobre o livro de ocorrências também; pois caso haja qualquer problema, deve-se registrar no caderno. Essas medidas podem ajudar a manter o condomínio organizado e com todas as rotinas funcionando dentro do esperado. São ações que podem garantir a tranquilidade necessária para o bem-estar de todos os condôminos. O gerente de condomínios da CIPA, Claudio Affonso, fala sobre a importância da Gestão Operacional, inclusive para os condomínios, inclusive durante a ausência do síndico. "com a Gestão Operacional CIPA, o síndico tem à sua disposição serviços sob medida, mais comodidade, segurança e conforto em todas as atividades envolvidas na rotina do condomínio. Oferecemos mais facilidade no dia a dia condominial e até mesmo durante as férias do síndico, para que ele possa descansar despreocupado".

Foto: Guto Costa

VIAJARTE CINEMA

GASTRONOMIA

DEBORAH SECCO OUSA NO CINEMA

CARDÁPIO DE UM PRATO SÓ

ÁRVORE DA LAGOA

Dentro da expansão do CasaShopping, há uma loja que tem causado burburinho desde a inauguração, em março, desse ano. Trata-se do restaurante L’Entrecôte de Paris, que oferece um único prato principal, o L’Entrecôte Classique, um corte exclusivo de contrafilé (o noix d’entrecôte), fatiado e regado com um molho, cuja receita é guardada a sete chaves. Para acompanhar, batatas fritas e salada. A fachada remete aos charmosos bistrôs de Saint-Germain-des-Prés ou La Bastille. Ao entrar no salão, o piso hidráulico, com cara de antigo, a iluminação indireta e os quadros de uma França de outros tempos — a da Belle Époque — aumentam a sensação de estar em Paris. Marcelo Malta é o empresário que trouxe essa franquia que veio de fora e já fazia sucesso em São Paulo, desde 2008. “Nosso conceito é transmitir o clima francês desde a decoração, que é baseada na loja oficial na França. A batata frita é servida à vontade, com um molho com 21 ingredientes secretos, que passa por quatro processos de cozimento e leva seis horas pra ficar pronto”, relata. Se há apenas um prato principal, é grande a variedade de sobremesas. São 15, de clássicos franceses, como crème brûlée e tarte tatin, aos nacionais, como o mil-folhas, feito com doce de leite, e o flã de iogurte com calda de frutas tropicais. Dentre as bebidas, há uma carta de vinho especial, uma vasta diversidade de cervejas importadas e o clássico chope carioca.

A Árvore da Natal da Lagoa, a maior árvore de Natal flutuante do mundo, segundo o Guinness Book of Records, chega à 19ª edição com o tema “Natal de Luz, Natal de Amor”. A inauguração desse símbolo de Natal da cidade é um dos três maiores eventos do Rio de Janeiro, após o Carnaval e o Réveillon. Desde 1996, ano da primeira edição, a Árvore conta com o patrocínio da Bradesco Seguros e o apoio da Prefeitura da cidade. Com 85 metros de altura, equivalente a de um edifício de 28 andares, a Árvore da Lagoa tem aproximadamente 542 toneladas. A estrutura é montada sobre uma base de 810 metros quadrados, composta por 11 flutuadores que pesam entre 12 e 16 toneladas. Cerca de 1.200 pessoas - entre produtores, engenheiros, técnicos e artistas - estão envolvidas no projeto. A partir de sua inauguração, no dia 29 de novembro, a Árvore será acesa de segunda a quinta-feira, do anoitecer até às 2h da manhã. De sexta-feira a domingo, o horário vai até às 3h da manhã. Seguindo a tradição, a maior árvore de Natal flutuante do mundo será acesa pela última vez em seis de janeiro, Dia de Reis. Informações: arvorenatalbradescoseguros.com.br

Deborah Secco interpreta, aos 34 anos, uma das personagens mais arriscadas de sua carreira. Ela é a protagonista do longa-metragem “Boa sorte”, que estreia dia 20 de novembro. A atriz, que atualmente está na novela das seis “Boogie Oogie” (TV Globo), já atuou em filmes como “Caramuru: A invenção do Brasil” e “Meu tio matou um cara”, mas se consagrou como protagonista de “Bruna surfistinha” (2011), onde interpretou a história real da ex-garota de programa Raquel Pacheco. Em “Boa sorte” ela vive Judite, uma viciada em drogas e portadora de HIV, que se envolve com João (João Pedro Zappa), um garoto com problemas de comportamento. Os dois se conhecem numa clínica de reabilitação e vivem um romance transformador. Dirigido por Carolina Jabor (“O mistério do samba”), o drama recebeu os prêmios de Melhor Filme (Júri Popular) e Direção de Arte no Festival de Paulínia deste ano. Artistas como Deborah, que atuam desde crianças, costumam ter dificuldade de se manter na mídia e conseguir papeis mais radicais como esse. Fugir da zona de conforto é essencial para que o ator ganhe reconhecimento de críticos. O que aparenta é que Secco alcançou a liberdade artística que sempre quis ter.

VIAGEM

VIAJARTE TEATRO OS SALTIMBANCOS TRAPALHÕES – O MUSICAL São 40 artistas em cena e músicas com letras de Chico Buarque. Renato Aragão, como o famoso Didi – que dispensa apresentações – é o protagonista de “Os Saltimbancos Trapalhões”, em cartaz na Cidade das Artes no Rio de janeiro. Assinado por Charles Möeller, o texto da montagem foi inspirado no conto “Os Músicos de Bremen”, que também deu origem à peça “Os Saltimbancos”, dos italianos Sergio Bardotti e Luis Enríquez, e ao filme “Os Saltimbancos Trapalhões” (1981). Chico Buarque foi o responsável por todas as letras das canções e criou clássicos como “Piruetas”, “História de Uma Gata” e “Hollywood”, que naturalmente fazem parte dessa versão para o teatro. “Eu nunca fiz teatro na minha vida. Pisar no palco é uma novidade, mas fiquei muito tranquilo por estar com Charles e Claudio”, conta Renato. No palco, o foco é a história de Didi e Dedé: dois funcionários humildes que se tornam a grande atração de um circo, por conta da incrível capacidade de fazer o público rir. O sucesso desperta a ira do Barão (Roberto Guilherme), dono do circo, e do mágico Assis Satã (Nicola Lama), que passam a persegui-los. Personagens como a vilã Tigrana (Adriana Garambone) e a mocinha Karina (Giselle Prattes) ajudam a criar ainda mais confusões. “Na adaptação, Didi encontra o conto dos Irmãos Grimm (“Os Músicos de Bremen”) dentro de uma garrafa, resolve encená-lo como um musical e vira um fenômeno popular”, resume Charles.

MÚSICA

NOVO CD DE MARJORIE ESTIANO A cantora e atriz Marjorie Estiano lançou seu mais novo álbum, “Oito”, resultado de um trabalho que já dura alguns anos. O trabalho, produzido por André Aquino, é composto por 11 faixas, sendo oito de autoria da própria cantora, e inclui ainda as participações especiais de Gilberto Gil e Mart’nália nas faixas “Luz do Sol” e “A Não Ser o Perdão”. Estiano e Gil já haviam feito parceria na música “Chiclete com Banana” para o CD e DVD “Cidade do Samba”, idealizado por Zeca Pagodinho e que trouxe diversos clássicos da música brasileira. A cantora já tinha escrito letras de músicas no passado, mas explica que, dessa vez, o processo foi como uma fuga. Isso aconteceu porque ela não encontrava um repertório com discurso e sonoridade com o qual pudesse se identificar, e a saída foi compor. Nesse período de experimentação, ela juntou releituras de músicas que, independente do gênero, gostava de cantar. Entre elas estava “Ta-Hí”, interpretada por Carmem Miranda. A experiência foi tão boa que Marjorie resolveu colocar a canção no repertório do novo disco. A sonoridade do disco é bem diferente de seus últimos trabalhos, o que pode causar um certo estranhamento no início. Marjorie agora aposta em um som bem mais alternativo – e parece que nunca esteve tão confortável.

INSPIRAÇÃO CASA COR RIO 2014 Em sua 24ª edição, a Casa Cor Rio começou em outubro e acontece até sete de dezembro, em um prédio de arquitetura arrojada, limpa e contemporânea, com fachada de pele de vidro e andares com 5 metros de pé direito. Com uma vista urbana com horizonte voltado para a Pedra da Gávea, a praia e as lagoas da Barra da Tijuca, o prédio faz parte da expansão do CasaShopping. Ao todo, 44 equipes de profissionais, entre arquitetos, decoradores e paisagistas, criaram projetos que ocupam os dois pavimentos do edifício, uma área de 4.500 m² no total. Um dos andares, dividido em dois espaços simétricos com 1500 m² cada, abriga lofts, estúdios e apartamentos em pequenas metragens, que vão de 40 a 110 m², além das áreas de convivência complementares, como lavanderia, cozinha gourmet, fitness room, home office, adega, sala de jogos e home theater. O shopping disponibilizou dois andares totalmente vazios para o evento. É a primeira vez que a Casa Cor Rio tem a oportunidade de desenhar o seu espaço. “Sem as limitações de paredes e colunas, nossos profissionais ganharam total liberdade de criação. Até então, estivemos em casas antigas, hotéis, clubes e apartamentos com plantas fechadas que precisávamos respeitar”, conta Mayer.

Ricardo Oliveira Aprove, discorde e participe pelo e-mail ricardo@idesigncom.com.br

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Significa contra em "antiético" Entidade dos advogados (sigla)

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EDITORA-CHEFE Tereza Dalmacio terezadalmacio@idesigncom.com.br REVISORA Laila Silva PRODUTORA Ana Deveza FOTOGRAFIA Hilton Ribeiro | Natália Moraes FOTO CAPA Hilton Ribeiro DIREÇÃO DE ARTE | DIAGRAMAÇÃO Rachel Sartori DESIGN Charles Pereira | Marcília Almeida ESTÁGIO DE DESIGN Renato Passos

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Tereza Dalmacio | Jornalista (MTB 513)

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