Revista IETEC - Edição 54 - Julho a Setembro 2014

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revista

Mala Direta Postal Nº 9912288642/2011-DR/MG

IETEC

Ano 11 | nº 54 | Julho - Setembro de 2014

DATA:

RUBRICA:

Julián Eguren

Diretor-presidente da USIMINAS

Da academia para o mercado: cresce demanda das empresas por profissionais com mestrado

Saiba como gerir sua carreira e ter sucesso na profissão

Felicidade: a bola está na sua área | Rubens Sakay

Usiminas Aprendizado contínuo:

Caminho para o desenvolvimento

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Opinião

Capa

Curtas

Cenário

Capacitação

4 • Educação e Produtividade Ronaldo Gusmão

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10 a 12

• COP21, a conferência de 2015 sobre o clima - José Goldemberg

• Mestrado: Da academia para o mercado

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• Ineficiência logística Martiniano Lopes e Marcio Ikemori

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• Um modelo de arquitetura

corporativa para o ambiente de BI

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• FELICIDADE - A bola está na sua área - Rubens Sakay

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Fernando Zaidan

USIMINAS • Aprendizado contínuo: Caminho para o desenvolvimento

17 a 20

22 e 23

IETEC em Destaque

• Gestão de Carreira: Fundamental para alcançar os objetivos profissionais

Conhecimento aplicado • Disposição para encarar novos desafios diferencia profissional no mercado de trabalho

32 e 33 • O que causa uma Engenharia Ruim?

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José Ignácio Villela Jr. | COORDENAÇÕES | Administrativo-TH: Cynthia Drummond

Comentários, sugestões e anúncios: comunicacao@ietec.com.br

/ EAD: Ana Carolina Barbosa / Ensino: Fernanda Braga / Financeiro: Sérgio Ferreira Pedagógico: Tâmara Talissa / Treinamento: Gustavo Garzon / Vendas: Sheyla Matos e Ana Flávia Resende Informação: Jacqueline Alves / Comunicação: Stefania Rocha COORDENAÇÕES TÉCNICAS | Gestão de Energia: Carlos Gutemberg / Gestão de Projetos: João Carlos Boyadjian / Ivo Michalick / José Fernando Pereira Inovação

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e Criatividade: José Henrique Diniz / Manutenção: José Henrique Egídio / Meio Ambiente: Antônio Malard / Mineração: Aline Nunes / Qualidade: Pedro Paulo de Oliveira Melo / Sistemas Industriais: José Ignácio Villela Jr. Tecnologia da

Tiragem: 25.000 exemplares Periodicidade trimestral Distribuição gratuita

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Informação: Alexandra Hütner / Telecomunicações: Hudson Ribeiro COORDENAÇÕES DE CURSO | Engenharia de Planejamento: Ítalo Coutinho Engenharia de Software: Fernando Zaidan / Gestão de Negócios: Rodrigo Meister Tecnologia da Informação: Alexandra Hütner

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Todas as matérias e artigos estão disponíveis na revista eletrônica: www.techoje.com.br

REVISTA IETEC | Projeto Gráfico: G30 MKT e COM / Diagramação: Sabrina Lopes Jornalista Responsável: Ana Carolina Pacheco (18358/MG). Impressão: Paulinelli / Foto da Capa: Arquivo USIMINAS

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Educação e Produtividade Ronaldo Gusmão

Opnião

Eng. e Presidente do IETEC

Para que possamos levar metade da população ainda vulnerável para um padrão aceitável de qualidade de vida, o Brasil precisará de um crescimento médio anual de 4,2% do PIB até 2030, segundo especialistas. Uma meta factível se triplicarmos o crescimento da produtividade de forma sistêmica e generalizada. Mas para aumentarmos a produtividade, precisamos produzir novos conhecimentos, desenvolver e empregar muita tecnologia. E para isso é necessário ter educação e pesquisa de qualidade. Os países que se desenvolveram mais rapidamente nas últimas décadas foram os que mais qualificaram sua força de trabalho. O Brasil é perfeitamente capaz deste feito. Desenvolvemos dois setores bem distintos: o agrícola e o aeroespacial, que hoje são altamente competitivos, principalmente devido à ênfase dada em pesquisa e desenvolvimento no passado e que continua com muito investimento ainda hoje. Neste mundo globalizado e altamente conectado, precisamos atrair mais os talentos estrangeiros. Pasmem! O Brasil tinha no início de 1900, 5% da força de trabalho de estrangeiros. Hoje, um século depois, temos somente 0,5% da força de trabalho de estrangeiros. Devemos não só atrair os estrangeiros, mas principalmente oferecer condições para que os brasileiros que estão no exterior tenham um vínculo maior com as instituições brasileiras, elevando assim o nível de qualificação de nossos profissionais e, consequentemente, de nossa produtividade. Para o país tornar-se competitivo é necessário que suas empresas e organizações sejam competitivas, e para isso é necessário que seus colaboradores sejam profissionais competitivos, que por sua vez só o serão se forem qualificados e produtivos. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostrou que a produtividade do trabalhador na indústria brasileira caiu de 30% para 20% se comparado ao trabalhador da indústria norte-americana nos anos de 1973 a 2004. Hoje, um trabalhador norte-americano produz o equivalente à produção de cinco brasileiros, por um mesmo período. E somente com educação poderemos reverter esses números. Educação e pesquisa de qualidade geram novos conhecimentos, que por sua vez geram novas tecnologias, processos, negócios e produtos.

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O Plano Nacional de Educação, aprovado recentemente no Congresso Nacional, deu ênfase ao aumento progressivo no investimento do setor público. O objetivo é chegar a 10% do PIB, em 2024. Outra meta importante e ambiciosa é a de formar 60 mil mestres e 25 mil doutores por ano. A pesquisa de inovação tecnológica (Pintec), realizada pelo IBGE e divulgada no final de 2012, mostrou que entre as 128,68 mil empresas pesquisadas, somente 35,6% haviam sido inovadoras. Essas empresas empregavam nas atividades internas de pesquisa e desenvolvimento somente 11 mil profissionais pós-graduados. Mostrou também que a falta de pessoal qualificado era um gargalo para o avanço da inovação em 72,5% das empresas. O IETEC, referência em educação no setor de engenharia há 27 anos, irá contribuir com essa meta na formação dos mestres. O mestrado em Engenharia e Gestão de Sistemas e Processos, desenvolvido pelo Instituto, é o que tem de melhor nas duas áreas. A união da engenharia com a gestão vem colaborar significativamente para o desenvolvimento do país, vejamos: O Brasil tem cerca de 668 mil engenheiros registrados nos conselhos de engenharia e agronomia, e segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), destes, somente 28% exerciam efetivamente a função típica de engenheiro. Onde estão os outros? Grande parte está exercendo cargos de gestão, e outros em pesquisa e desenvolvimento. Vamos participar ainda mais na qualificação desses profissionais. Nosso objetivo é contribuir significativamente para aproximar o conhecimento acadêmico às necessidades das empresas. Precisamos proporcionar a união da teoria acadêmica avançada dos pesquisadores com a prática profissional dos engenheiros, administradores e outros profissionais de ciências sociais e da terra, formando assim profissionais com base conceitual sólida associada à necessidade empresarial. A formação ideal do profissional é a combinação de uma base ampla de conhecimento matemático teórico com know-how prático. Educação e produtividade, com mais mestres, para um Brasil mais próspero e justo.


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Aprendizado contínuo: Caminho para o desenvolvimento Capa

Foto: Arquivo Usiminas

Julián Eguren, presidente da Usiminas, um dos maiores grupos siderúrgicos brasileiros, é o entrevistado da 54ª edição da Revista IETEC. Julian falou sobre os desafios, investimentos e, principalmente, no valor que a formação contínua de seus profissionais tem para o desenvolvimento da empresa.

Quais são os principais investimentos da Usiminas para os próximos anos? A Usiminas está em fase de conclusão de um forte ciclo de investimentos, iniciado em 2008, de mais de R$ 12 bilhões na modernização de suas unidades e no aumento da produção de aços de alto valor agregado, principalmente chapas grossas, laminados a quente e galvanizados. Também avançamos na expansão de nossa unidade de mineração. Com esse conjunto de projetos, criamos tecnologia com conteúdo local, fortalecemos o nosso parque industrial e nos capacitamos ainda mais para participar dos grandes desafios industriais do país, atendendo a mercados altamente exigentes como o automotivo e a cadeia de óleo e gás. Temos uma forte vocação para a pesquisa e desenvolvimento de produtos inovadores. E isso, certamente, é um diferencial. Agora, estamos focados em fazer com que esses investimentos possam dar o melhor retorno possível. Mas estamos sempre identificando e realizando oportunidades de melhoria de nossa configuração industrial, tendo a produtividade e o desenvolvimento de talentos como principais alvos.

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E os principais desafios para que esses investimentos alcancem os resultados esperados? O consumo de aço no Brasil está diretamente ligado ao desempenho do PIB. Então, consideramos que há muito espaço para avançarmos, principalmente porque o país necessita desenvolver sua infraestrutura para se tornar mais competitivo. Há uma ociosidade de quase 600 milhões de toneladas de capacidade produtiva de aço no mundo e muitas vezes a indústria do aço no país tem que conviver com a falta de isonomia competitiva diante do mercado internacional. Mas acredito que, no Brasil, maiores do que os desafios, só mesmo as oportunidades. E para captá-las, estamos fazendo a nossa parte, investindo na qualificação do nosso pessoal, desenvolvendo produtos inovadores para aplicações mais complexas e buscando a máxima eficiência operacional. Não há mágica, é um processo de melhoria contínua e de disciplina de gestão. Em momentos complexos, você escolhe ser vítima ou protagonista da mudança. O time Usiminas escolheu ser protagonista.

Quais os maiores desafios da Usiminas no Brasil e no exterior na promoção do desenvolvimento sustentável? Acredito que uma empresa verdadeiramente sustentável é aquela que é capaz de se relacionar com excelência com seus acionistas, clientes, empregados, comunidade e fornecedores. Cria-se um ciclo virtuoso, propício à geração de valor em suas múltiplas formas. Isso pode se materializar


Na base disso estão as pessoas, a maneira como elas abordam suas atividades. Estamos criando um ambiente sustentável, em seu conceito mais amplo, quando aprofundamos nas pessoas um modelo de gestão baseado na busca por produtividade. E falar de produtividade inclui dois componentes: tecnologia e conhecimento, um binômio que está relacionado a um melhor sistema educativo. Se olharmos para os países que mais se desenvolvem, vamos perceber que são aqueles que tiveram uma reforma muito importante no sistema educacional. E não estou falando necessariamente em gastar mais com educação, mas em gastar melhor, com mais eficiência.

fornecimento do aço, mas na composição e desenvolvimento do material. Nós temos que entender nosso cliente de modo bastante profundo. E acho que aí temos uma enorme oportunidade. Poucas indústrias na América Latina tem essa enorme “massa muscular” de pesquisa, tecnologia e pessoas com conhecimento para fazer a diferença, como é o caso da Usiminas. Eu acho que é essa oportunidade de liderança industrial que motiva a nossa equipe, dentro de um ambiente multicultural propiciado pela diversidade da própria equipe e pelos acionistas Nippon Steel & Sumitomo Metal Corporation e Techint.

Quais foram os resultados empresariais obtidos nos últimos anos com os investimentos em inovação?

No primeiro trimestre deste ano, registramos o maior Ebitda desde 2010. Aumentamos em duas vezes e meia o lucro bruto na comparação com o mesmo período de 2013, impactando positivamente no lucro líquido. Mesmo com um cenário econômico incerto e “Falar de produtividade inclui ao mesmo tempo desafiador, temos dois componentes: tecnologia e feito esse trabalho forte de integração conhecimento, um binômio que com nossos clientes, de conhecimento, engenharia de aplicação e parceria. está relacionado a um melhor

Há pouco mais de um ano, saiu um ranking das cem empresas mais inovadoras do mundo. Somente duas eram brasileiras. Tem empresas chinesas, européias, americanas. Com todo sistema educativo” Cito um exemplo: desenvolvemos um o protagonismo que o Brasil e a tipo de aço especial para a fabricação de América Latina têm no mundo, este tubos de elevada espessura, fruto de uma parceria com a resultado se mostra totalmente desbalanceado. Acredito Petrobras e Tenaris. Com isso, a Usiminas se tornou uma das que isso está relacionado a um ambiente de educação. poucas siderúrgicas no mundo capacitada para esse tipo de Quais são os projetos de inovação da empresa e as atendimento.

estratégias para manter os profissionais engajados nestes projetos? Nós temos um centro de pesquisa com 17 laboratórios, que é referência no Brasil, e que contribui para o desenvolvimento de melhores processos operacionais e também para o desenvolvimento de aços com tecnologia diferenciada. Por exemplo, aços de altíssima resistência para o setor automotivo ou aços próprios para o emprego em grandes profundidades marítimas, visando explorar a camada do pré-sal. Mas nada disso faz sentido se não tivermos como premissa a pergunta: o que esperam os clientes? Eu respondo: que a gente transforme tudo isso a serviço dele. Que a gente esteja trabalhando com as montadoras, por exemplo, dez anos antes do lançamento do carro. Não é apenas no

Novas tecnologias, parcerias mais fortes, processos operacionais mais eficientes expressam a nossa cultura empresarial. Eles refletem o trabalho integrado de toda a equipe, dos nossos empregados até nossos acionistas.

Qual o valor que a empresa dá para a formação contínua de seus funcionários? Hoje temos uma visão muito clara da importância de desenvolver e capacitar nossa equipe para dar sustentabilidade aos nossos negócios nos próximos anos. Por isso, estamos investindo fortemente no crescimento profissional dos nossos talentos. Em 2014, o plano é aumentar em 50% as horas de treinamento em relação ao ano passado, com foco nas principiais áreas técnicas, de modo a reforçar o patamar de eficiência operacional Revista IETEC | Ano 11 | Julho a Setembro de 2014

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Capa

na prática por meio de alguns exemplos: a otimização no uso de matérias-primas, uma melhor configuração do sistema energético com aproveitamento de gases no processo, a comercialização de resíduos antes descartados, a produção de aços com alto grau de confiabilidade e segurança para usos críticos, como a exploração de petróleo etc.


do grupo e melhorar a base de conhecimento da força de trabalho.

Qual a definição do profissional multiespecialista e qual valor ele tem para o mercado de trabalho? Falando diretamente sobre o movimento de modernização das unidades da Usiminas, entendemos que ele não constitui-se somente de aperfeiçoamento tecnológico. Para nós, este processo também passa por trazer pessoas que possam iniciar suas carreiras já com uma filosofia mais avançada quanto a fazer negócios. O profissional multidisciplinar se desenvolve de forma integrada ao modelo de gestão da empresa, passando por um processo de conhecimento mais profundo e diverso de todo o processo industrial, buscando garantir a continuidade sustentável das diversas atividades ligadas à siderurgia ao longo dos próximos anos. Por exemplo, estamos promovendo uma integração forte entre as equipes de Ipatinga e Cubatão. A ideia é adotarmos as melhores práticas de cada fábrica e compartilhá-las. Ainda lançamos neste ano o Programa Jovens Profissionais Usiminas.

ambiente mais voltado para a inovação, para diferenciação tecnológica e para ganhos de produtividade. Isso exige das equipes um olhar constante para as diferentes formas de trabalhar e produzir.

Nesse contexto, os jovens profissionais devem estar mais integrados à empresa, devem Queremos desenvolver profissionais de ter um outro tipo de ambição: a “O setor industrial vive um forma integrada ao modelo de gestão ambição pelo aprendizado contínuo. voltado para a produtividade, fortalecendo momento de desafios que exigem Jovens que tenham interesse em as expertises técnicas e gerenciais. Nossa um ambiente mais voltado para desenvolver uma carreira em que objetivo é trazer e desenvolver talentos tenham primeiramente o desejo de a inovação, para diferenciação usufruir de todas as possibilidades que transitem lateralmente por diversos setores, o que permite a visão dos tecnológica e para ganhos de de uma grande indústria: produzir, principais processos da empresa. vender, entregar, gerir... E, produtividade” obviamente, que tenham o espírito Acreditamos que estas rotações e o acompanhamento da inovação, que anseiem por novos desafios, mas em um estruturado são uma real oportunidade de desenvolvimento ambiente de partilha, de complementaridade de expertises. e aprendizado para esses profissionais. Conhecedores do panorama global da empresa, eles desenvolverão habilidades nas áreas administrativa, industrial e comercial, o que vai lhes garantir uma ampla formação. Afinal, precisamos Julián Eguren pensar não apenas na Usiminas de hoje, mas também na Usiminas do futuro. Formado em Administração de Empresas, com Mestrado

Quais as diretrizes e premissas para quem deseja seguir carreira dentro de uma grande empresa como a Usiminas? Temos refletido muito quando o assunto é a preparação de nosso pessoal. O mundo pós-crise determinou uma série de mudanças no ambiente produtivo e de trabalho. O setor industrial vive um momento de desafios que exigem um

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em Direção de Empresas pelo Massachussets Institute of Tecnology (EUA), o argentino Julián Eguren possui uma experiência de mais de 25 anos de atividade no setor industrial. Desde 2012, é diretor-presidente da Usiminas. É também Vice-Presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil.


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Cenário

Mestrado: Da academia para o mercado Baixo índice de competitividade do Brasil mostra necessidade de investimento em pesquisa Antes considerada uma titulação específica para quem queria seguir uma carreira acadêmica, nos últimos anos o mestrado tem se destacado pela sua importância também entre as empresas. O nível de competitividade no mercado de trabalho de hoje exige profissionais mais preparados, que sejam capazes de contribuir ativamente para a melhoria de produtividade organizacional e que possuam conhecimento para gerar soluções inovadoras. Os números apontam um crescimento considerável de profissionais com o título de mestre nos últimos anos. Segundo dados do estudo Mestres 2012, do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), que teve o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), de 1996 a 2009 houve o crescimento do número de titulados de 11% ao ano, em média, no país. Um estudo sobre a situação de mestres e doutores no Brasil, entre 1996 a 2009, foi divulgado em abril de 2013 pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), órgão ligado ao MCTI. De acordo com esse estudo, profissionais com mestrado ganham, em média, 84% a mais que profissionais que possuem apenas a graduação. Investir em Ciência e Tecnologia, ou seja, em pesquisa e desenvolvimento, é uma atitude estratégica que garante inovação e desenvolvimento para as organizações. Grandes empresas já investem em centros próprios de pesquisa para o desenvolvimento de projetos inovadores. Como forma de qualificar seus profissionais e criar projetos relacionados à área de mineração, desenvolvimento

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sustentável, logística, energia e siderurgia, a Vale criou, em 2009, o Instituto Tecnológico Vale (ITV), instituição de pesquisa e ensino de pós-graduação. O mestrado oferecido pelo instituto é o primeiro do gênero a ser oferecido por um instituto vinculado a uma empresa do setor mineral. A empresa conta com um portfólio de cerca de 2800 patentes focadas em aspectos como meio ambiente, sustentabilidade, saúde e segurança. Desde 2009, articula junto a universidades o apoio a cerca de 160 projetos de pesquisa que envolvem mais de 800 bolsistas.De acordo com um estudo da revista Nature, o investimento feito pela iniciativa pública e privada no Brasil em pesquisa científica chegou a R$25,6 bilhões por ano. Como resultado, em relação à América do Sul, o Brasil ocupa o primeiro lugar em número de publicações


O Brasil vem perdendo posições pelo quarto ano consecutivo no Índice de Competitividade Mundial. Em 4 anos, o Brasil perdeu 16 posições no ranking: em 2010, o país ocupava a 38ª posição. Em 2011, ocupou a 46ª posição; em 2012, 46ª; 2013, 51ª, e neste ano, ocupou a 54ª posição na pesquisa realizada pelo International Management Development (IMD), ficando à frente apenas de Eslovênia, Bulgária, Grécia, Argentina, Croácia e Venezuela. Os Estados Unidos ocupam a primeira posição do índice, seguidos de Suíça e Cingapura. A pesquisa é sustentada por quatro pilares:

infraestrutura, desempenho da economia, eficiência do governo e eficiência empresarial. No Brasil, os investimentos privados em pesquisa e desenvolvimento foram de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) entre 2005 e 2011. No mesmo período, os gastos chineses passaram de 0,91% para 1,39%. Ainda há muito

para ser feito, mas o Brasil tem todas as condições de reverter esses números e tornar-se mais competitivo e mais inovador.

Mestrado Ietec Atento a essa necessidade do mercado, o Ietec lançou o mestrado em Engenharia e Gestão de Processos e Sistemas, que ratifica a atuação do Instituto na área de educação no Brasil. Após 27 anos de dedicação a cursos de curta-duração, aperfeiçoamento, e MBA em diversas áreas, o Instituto evolui e amplia sua área de atuação, consolidando sua posição como uma instituição de ensino que oferece soluções inovadoras aos profissionais e às empresas. Wanyr Romero, doutora em energia e coordenadora do mestrado no Ietec, explica que o mestrado em Engenharia

e Gestão de Processos e Sistemas é um programa Interdisciplinar, recomendado pela CAPES/MEC, que oferece especialização em áreas que se encaixam entre as de Engenharia e as de Ciências Socais Aplicadas, Gestão de Projetos e Ciências Exatas e da Terra, além de outras opções. Ele se caracteriza por apresentar duas linhas de pesquisa complementares: Linha de Pesquisa 1: Revista IETEC | Ano 11 | Julho a Setembro de 2014

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Cenário

científico-tecnológicas, com 40.306 publicações contra 9.337 da Argentina, país que ocupa a segunda posição, em 2013. Na pesquisa Pintec 2011, a falta de pessoal qualificado avançou posições no ranking de gargalos à inovação. Em relação à indústria, este problema foi o sexto mais relevante no período 2003-2005, subiu para a terceira posição no período 2006-2008 e nesta edição subiu para a segunda posição, considerada pelas empresas como os maiores gargalos da inovação, para as indústrias.


Engenharia de Processos e Sistemas. Linha de Pesquisa 2: Gestão de Processos, Sistemas e Projetos.

Cenário

A primeira linha visa à utilização de diferentes técnicas de modelagem e otimização aplicadas a atividades desafiantes de engenharia, por meio de modelagem quantitativa de processos e sistemas. Assim, serão analisados processos de engenharias química e agrícola (operações unitárias, secagem, dinâmica do meio ambiente), usos de fontes alternativas ou clássicas de energia, simulação de processos energéticos, tratamento térmico e análise de sistemas de produção.

contribuir para o desenvolvimento de Minas Gerais com um conceito fundamentado, com um conhecimento avançado.” Segundo o diretor geral do IETEC, PhD e PPhD em Engenharia de Produção Agro Industrial, Mauri Fortes, o programa apresenta diferenciais importantes em relação a outros programas similares: “O programa de Mestrado em Engenharia e Gestão de Processos e Sistemas diferencia-se de outros programas de Mestrado em vários aspectos.

Em primeiro lugar, o programa permite concentrações A segunda linha visa desenvolver as habilidades de analisar, simultâneas em disciplinas (conhecimentos) de áreas de simular e otimizar aspectos qualitativos e quantitativos engenharia e gestão. Permite especialização em muitas de ações necessárias para áreas associadas classicamente à compreender, antecipar e resolver “O curso vai agregar valor a Engenharia de Produção, Química, problemas empresariais e analisar de Computação, Agrícola, os impactos da implantação de empresas e profissionais que Ambiental, Agroindustrial, de queiram conhecer e se inovações tecnológicas, de forma a Energia, de Processos Industriais maximizar o valor social e acionário inserir no mercado de forma e de Serviços, de Logística, entre das empresas. Em sua formulação outras possibilidades. No que competitiva.” de médio prazo, os projetos deverão concerne às áreas de Gestão, avaliar a sustentabilidade do o Programa permite especializar-se em Gestão de processo de inovação aliado a um diálogo com os parceiros Projetos, Ambiental, da Sustentabilidade, do Ciclo envolvidos (stakeholders). de Vida, da Ecologia Industrial, além de Engenharia De acordo com Wanyr, “Um profissional graduado em Financeira. Pode-se imaginar que programas mistos Administração, por exemplo, pode se especializar na Linha possam satisfazer o interesse profissional de muitos de Pesquisa 2 (LP2), ao mesmo tempo em que pode adquirir participantes.” conhecimentos de Engenharia de Produção, Engenharia de Energia e tópicos de Pesquisa Operacional, matriculando-se em disciplinas da LP1. Semelhantemente, um Engenheiro pode, além das opções da LP1, matricular-se em disciplinas das áreas de economia, gestão de projetos e gestão ambiental, da LP2.” Para Rita Santos Senise, PhD, pesquisadora do Royal Institute of Technology na Suécia, “O conceito do mestrado proposto é atualizado. O Curso de Mestrado contribuirá para fundamentar a questão do gerenciamento de processos. Ao mesmo tempo o Programa inclui uma visão de sustentabilidade e de gestão dos processos de energia. É uma contribuição extremamente atual. O Curso vai agregar valor a qualquer empresa e profissional que queira conhecer, e se inserir no mercado de forma competitiva. Eu acho que a proposta do mestrado reafirma o IETEC como uma instituição capaz de formalizar e de

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Outro diferencial a ser considerado, segundo Mauri, é o foco em análise dinâmica de processos e sistemas, que permitirá aos participantes ter a experiência com linguagem de programação de última geração. Problemas analisados incluirão situações que envolvem simulação de funcionamento dinâmico de empresas e condições de sustentabilidade. O programa inclui um curso de reposição de conhecimento de matemática fundamental, que permitirá que todos os alunos possam ter um desempenho ótimo na disciplina de Análise Dinâmica de Sistemas.

Conheça o programa do mestrado em Engenharia e Gestão de Processos e Sistemas do IETEC ietec.com.br | mestrado@ietec.com.br


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COP21, a conferência de 2015 sobre o clima José Goldemberg Professor, Físico e ex-secretário do Meio Ambiente em São Paulo

Opnião

Será realizada em Paris no final do ano que vem uma grande conferência internacional (a COP 21), cuja agenda é chegar a um acordo global sobre mudanças climáticas, para entrar em vigor em 2020. Esse novo acordo deverá substituir o Protocolo de Kyoto, de 1997, que teve resultados decepcionantes.

E elas estão ocorrendo por questões de interesse próprio, principalmente nos dois maiores emissores: Estados Unidos e China. No primeiro deles, em razão dos avanços tecnológicos e de aumentos de produtividade que, na prática, reduzem tais emissões.

O objetivo do Protocolo de Kyoto era reduzir as emissões de Na China o problema é devido à necessidade urgente de gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global melhorar a qualidade do ar, que está sufocando suas cidades. e pelas mudanças climáticas. Mas adotou uma estratégia que No país asiático, a produção de energia elétrica com a queima não deu certo: os países em desenvolvimento – incluindo o de carvão – que é o pior dos combustíveis, tanto do ponto de vista ambiental quanto de eficiência Brasil, a China e muitos outros – foram “Se há uma área em que o Brasil – e o aumento do uso de automóveis desobrigados de reduzir suas emissões poderia liderar e se destacar que utilizam gasolina são a origem da com a justificativa de que fazê-lo no cenário internacional, é a de poluição. prejudicaria suas perspectivas de desenvolvimento.

mudanças climáticas.”

Além disso, os Estados Unidos mantiveram-se fora do protocolo. Como resultado, as emissões de gases-estufa, em lugar de decrescer, aumentaram cerca de 50% em relação a 1990. A conferência de Paris em 2015 está programada para adotar um novo protocolo ou tratado abrangente, incluindo todos os países. As grandes esperanças e o entusiasmo que levaram à adoção da Convenção do Clima em 1992, no Rio de Janeiro (Rio-92), se dissiparam, como ficou evidente na Rio+20, em 2012. Isso se deve em boa parte ao governo brasileiro, que abandonou a liderança que exerceu em 1992 para exercer o papel de “coveiro” em 2012. É realista esperar resultados concretos da conferência de Paris? Para responder a essa pergunta é preciso lembrar que guerras se vencem nos campos de batalha, e não nas conferências de paz que se reúnem ao fim delas. Batalhas estão ocorrendo em muitos países para levar os governos a adotar medidas que reduzam a poluição em geral e as emissões de gases de efeito estufa em particular.

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Estados Unidos e China, juntos, representam mais de 50% das emissões de gases de efeito estufa e a eles se junta a União Europeia, onde a França pretende desempenhar papel de liderança, como tem declarado o presidente François Hollande. Na sua recente visita aos Estados Unidos, Hollande declarou que “o objetivo da conferência não é apenas encher os hotéis de Paris, mas o de atingir um acordo global, porque estamos em perigo”. O recente episódio da capital francesa envolta em poluição – causada por automóveis e caminhões -, obrigando o governo a adotar rodízio de carros, vai reforçar a determinação de Hollande, que é a de reduzir as emissões em 20% – abaixo do nível de 1990 – até 2020, aumentando a participação de fontes renováveis de energia na França em até 20%. Diante desse quadro, os países em desenvolvimento (entre os quais o Brasil) que até agora não assumiram obrigações de redução de emissões vão ser submetidos a fortes pressões para participarem do esforço global. A estratégia desses países – agrupados no assim chamado Grupo dos 77 – foi sempre a de adiar assumir responsabilidades


em nome de vagas ideias sobre equidade e “responsabilidades históricas” dos países que se industrializaram no fim do século 19 e meados do século 20.Os países industrializados podem ser responsabilizados por muitos dos males que afligem hoje a humanidade, como a herança colonial, a distribuição desigual da renda per capita e tantos outros. Tentar, todavia, compensar esses males usando a Convenção do Clima para isentar os países em desenvolvimento de esforços para evitar novas catástrofes, como as causadas por mudanças climáticas, tem um forte componente de ingenuidade e de falta de realismo. Por essa razão, as conferências preparatórias para a grande conferência de Paris tornaram-se campos férteis para a retórica, a advocacia e até o turismo. Discute-se agora se decisões tomadas anteriormente, como a de que “todos os países” devem contribuir para reduzir as emissões, violam a Convenção do Clima, a qual dividiu os países em duas categorias: a dos industrializados, que deveriam reduzir suas emissões, e a dos países em desenvolvimento, que seriam isentos dessas obrigações. A Convenção do Clima foi adotada em 1992 – há 22 anos, portanto – e muitas coisas mudaram desde então. Uma delas é a contribuição da China, que já supera as emissões dos Estados Unidos. Os líderes políticos entenderam isso muito bem quando tentaram em Copenhague, em 2009, resolver esses problemas. Até o então presidente Lula concordou em apresentar “metas voluntárias” de reduções, que são questionáveis do ponto de vista técnico, mas politicamente representam um avanço porque são o reconhecimento de que os países em desenvolvimento também têm de contribuir. O surpreendente é que desde então a diplomacia brasileira parece ter esquecido o que os chefes de Estado aceitaram em Copenhague e hoje se associa às teses mais retrógradas em discussão. Se há uma área em que o Brasil poderia liderar e se destacar no cenário internacional, é a de mudanças climáticas. Isso ocorreu nos preparativos da Conferência do Rio em 1992. Essa liderança, contudo, foi perdida, como se viu na Rio+20, e não será recuperada se até 2015 a posição brasileira não mudar. Revista IETEC | Ano 11 | Julho a Setembro de 2014

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Ineficiência logística Martiniano Lopes

Marcio Ikemori

Opnião

Sócios da KPMG no Brasil

Ainda não foi realizado nenhum levantamento oficial, mas não é exagero afirmar que dez em cada dez estudos realizados sobre o agronegócio brasileiro apontam a infraestrutura logística do país como um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento do setor. Segundo dados da pesquisa The Global Competitiveness Report 2013-2014, realizado pelo World Economic Forum, o fornecimento desse serviço de forma inadequada é o maior entrave para fazer negócios no Brasil, ficando à frente até dos tão temidos e sempre polêmicos impostos. O mesmo levantamento aponta que, em um ranking de qualidade envolvendo 148 países, o Brasil ocupa a 114ª posição em infraestrutura, a 103ª em ferrovias, a 120ª em rodovias, a 123ª em transporte aéreo e a 131ª em portos. Ou seja, está mais do que claro que a falta de infraestrutura para escoamento da produção, através de ferrovias, rodovias, hidrovias ou portos, é o maior desafio enfrentado diariamente pelas empresas do agronegócio. O resultado da ineficiência logística se reflete diretamente na competitividade da agricultura. O custo do transporte da produção tem uma média global de 30 dólares por tonelada a cada mil quilômetros, enquanto no Brasil este valor atinge 80 dólares por tonelada. Dessa forma, o impacto da logística no agronegócio, segundo estudo da consultoria Intelog, é de 8% do Valor Bruto de Produção (VPB). Apenas para se ter uma ideia, o VPB de 2013 ficou em 421,5 bilhões de reais, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Em 15 de agosto de 2012, o governo federal lançou o Programa de Investimentos em Logística (PIL), que inclui um conjunto de projetos para o desenvolvimento do sistema de transportes nacional, abrangendo ações nos setores rodoviário, ferroviário, hidroviário, portuário e aeroportuário. Segundo o governo, o programa foi construído com o objetivo de disponibilizar uma

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ampla e moderna rede de infraestrutura, obter uma cadeia logística eficiente e competitiva e gerar tarifas razoáveis. Por isso, o setor de agronegócio começou a acompanhar de perto cada passo desse projeto, mas enquanto os problemas estruturais não forem resolvidos, os executivos devem se debruçar sobre seus planos estratégicos para ultrapassar estes obstáculos. Para cumprir o desafio de fazer com que a produção de alimentos cresça 70% no mundo, até 2050, como tem anunciado a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), é necessário planejamento estratégico, o que significa usar todos os recursos disponíveis de forma eficiente. Um passo importante para as empresas é aprofundar a colaboração com parceiros em suas cadeias de suprimento para fortalecer a eficiência operacional e avançar para operações mais flexíveis. A comunicação integrada com os principais participantes dessa rede será de vital importância, a fim de conduzir as melhorias necessárias do produto com a velocidade, qualidade e custo em um mercado cada vez mais exigente. Aqueles que enxergarem a eficácia da cadeia de suprimentos como uma vantagem competitiva terão potencial para se tornarem mais rentáveis os próximos anos. Ter uma cadeia de suprimentos funcionando plenamente em uma nação de dimensões continentais, com graves problemas e deficiências infraestruturais e um sistema tributário complexo e oneroso, nem sempre é uma tarefa fácil. Por isso, na busca incessante pela eficiência operacional - que deve ser o foco constante das empresas do agronegócio que querem sobreviver e aumentar seus lucros - a área de logística deve deixar de ter um perfil estritamente operacional para ocupar uma posição estratégica nos negócios. Elevar a logística e a gestão de suprimentos a um maior nível de importância significa diminuir os custos e aumentar a lucratividade.


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Profissionais reconhecidos pelo mercado à frente de cursos inovadores. Agosto a outubro de 2014

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Gestão de Projetos Curso

Tópicos Avançados em Gerenciamento de Custos em Projetos Administração de Contratos Gerenciamento de Projetos Liderança em Equipes de Projetos Administração de Contratos Gerenciamento de Projetos com a Utilização do Ms Project 2010 Gerenciamento de Riscos em Projetos Gerência de Programas de Projetos Gestão de Portfólio de Projetos Inteligência Emocional em Projetos Auditoria em Projetos Gerenciamento de Conflitos e Crises em Projetos Negociação em Gerenciamento de Projetos Planejamento e Controle de Custos de Projetos Inovação - Liderança Inovadora e Gestão de Pessoas

Início

04/Ago 04/Ago 04/Ago 28/Ago 30/Ago 01/Set 09/Set 22/Set 23/Set 25/Set 01/Out 30/Out 28/Out 29/Out 25/Ago

Término

Horário

07/Ago 06/Ago 12/Ago 14/Ago 21/Ago 28/Ago 11/Set 12/Set 17/Set 18/Set 25/Set 02/Out 29/Out 22/Out 31/Out

Noturno Diurno Diurno Diurno Noturno Noturno Noturno Diurno Noturno Diurno Noturno Diurno Noturno Diurno Diurno

14/Ago 21/Ago 28/Ago 04/Set 24/Set 19/Set 30/Out

Noturno Diurno Diurno Noturno Noturno Diurno Diurno

07/Ago 07/Ago 05/Ago 29/Ago 06/Set 10/Set 12/Set 25/Set 24/Set 26/Set 03/Out 30/Out 29/Out 30/Out 26/Ago

Noturno Noturno Diurno Diurno Sábado Noturno Noturno Noturno Diurno Diurno Diurno Diurno Diurno Diurno Diurno

Gestão e Tecnologia Industrial / Qualidade Produtividade Ind-Medição e Gerenciamento Através da OEE (Eficiência Global Equip) Custos e Formação de Preços Industriais Análises Tributárias CEP - Controle Estatístico do Processo Elaboração de Proposta Técnica e Comercial Mapeamento do Fluxo de Valor Administração de Custos e Produtividade Auditoria de Processos Indicadores de Desempenho da Qualidade Gerenciamento de Contratos de Compras Administração de Materiais Introdução à Manufatura Enxuta - Lean Manufacturing Gerenciamento da Capacidade Produtiva Projeto e Organização do Trabalho (Layout/Ergonomia e Cronoanálise) Indicadores de Performance Logística (Kpi´S)

04/Ago 05/Ago 11/Ago 13/Ago 19/Ago 25/Ago 08/Set 10/Set 15/Set 17/Set 22/Set 01/Out 20/Out 20/Out 30/Out

Engenharia e Construção Análises de Custos em Contratações e Aquisições de Projetos Industriais QSMS-RS Para Projetos de Construção e Montagem Orçamentação de Projetos de Construção Civil Arquivo Técnico de Engenharia: Procedimentos e Boas Práticas Gerenciamento e Administração de Obras de Construção Civil Liderança e Formação de Equipes de Construção e Montagem Aquisições e Logística para Projetos de Construção e Montagem

11/Ago 20/Ago 26/Ago 01/Set 15/Set 18/Set 29/Out

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Gestão e Tecnologia da Informação Curso

Centro de Serviços Compartilhados: CSC Gestão de Negócios Orientada por Processos BPMN Governança de TI Na Prática - Uma Abordagem Através das Bibliotecas de ITSM e a ISO/IEC 20.000 Gerenciamento de Serviços de TI - ISO/IEC 20.000 Execução de Projetos de Processos Orientada pela Metodologia BPM Gestão do Conhecimento e Tratamento da Informação Gerenciamento de Processos de Testes de Software SCRUM - Desenvolvimento Ágil de Software Administração de Contratos em TI

Início

Término

Horário

27/Ago

29/Ago

Diurno

15/Set 17/Set 22/Set 29/Set 06/Out 09/Out

18/Set 19/Set 23/Set 02/Out 08/Out 10/Out

Noturno Diurno Diurno Noturno Diurno Diurno

04/Ago 11/Ago

07/Ago 14/Ago

Noturno Noturno

Mineração Amostragem e Controle de Qualidade em Mineração Beneficiamento de Minérios Fundamentos da Mineração Desmonte de Rochas com Explosivos Lavra Subterrânea: Métodos, Parâmetros e Práticas Otimização, Estabilidade e Segurança de Taludes em Cavas - Operacionais e Finais Pesquisa Geológica e Tecnológica em Mineração Geoestatistica Aplicada Bombeamento de Polpas Planejamento e Controle de Mina Subterrânea

19/Ago 19/Ago 01/Set 11/Set 24/Set 29/Set 07/Out 13/Out 22/Out 30/Out

21/Ago 21/Ago 04/Set 12/Set 26/Set 01/Out 09/Out 15/Out 24/Out 31/Out

Diurno Diurno Diurno Diurno Diurno Diurno Diurno Diurno Diurno Diurno

Meio Ambiente Gestão Ambiental para Gestores Municipais Implantação e Gerenciamento de Aterros Sanitários Tratamento de Esgotos e Efluentes Industriais Gerenciamento da Poluição dos Solos e das Águas Subterrâneas Controle Ambiental da Mineração Drenagem Superficial na Prevenção e Controle da Erosão Gerenciamento de Limpeza Urbana Monitoramento Ambiental Legislação Ambiental Ecodesign: Desenvolvendo Produtos Inovadores e Sustentáveis Tratamento de Esgotos e Efluentes Industriais Gestão Empresarial das Águas

05/Ago 07/Ago 11/Ago 12/Ago 01/Set 01/Set 03/Set 16/Set 23/Set 09/Out 16/Out 27/Out

06/Ago 08/Ago 14/Ago 13/Ago 10/Set 04/Set 04/Set 17/Set 25/Set 10/Out 17/Out 30/Out

Diurno Diurno Noturno Diurno Noturno Noturno Diurno Diurno Diurno Diurno Diurno Noturno

18/Ago

20/Ago

Diurno

25/Ago

28/Ago

Noturno

15/Set

18/Set

Noturno

16/Set

17/Set

Diurno

29/Set 23/Out

02/Out 24/Out

Noturno Diurno

Manutenção Gestão de Custos e Investimentos em Manutenção NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Aspectos Técnicos Eliminação de Acidentes e Perdas da Manutenção Aplicação do TPM nas Atividades Relativas aos Pilares WCM - World Class Manufacturing (Manufatura Classe Mundial) FMEA - Aplicada à Manutenção Auditoria em Manutenção

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Educação a Distância Gerenciamento de Projetos Metodologia Fel como Análise de Viabilidade de Projetos PCM - Planejamento e Controle da Manutenção Gestão de Projetos de Tecnologia da Informação Gerenciamento de Projetos Industriais de Construção e Montagem Administração de Contratos Custos e Orçamentação de Empreendimentos Industriais Preparatório para o Exame PMP/PMI Gestão de Pessoas em Equipes de Projetos Gestão de Pleitos em Projetos Metodologia Fel como Análise de Viabilidade de Projetos

22/Jul 29/Jul 05/Ago 12/Ago 19/Ago 26/Ago 02/Set 09/Set 16/Set 30/Set 21/Out

19/Ago 26/Ago 02/Set 09/Set 16/Set 23/Set 30/Set 28/Out 14/Out 28/Out 18/Nov

Cursos Corporativos

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IETEC em Destaque

Visita ao Aeroporto Internacional de Confins

O Grande Encontro O IETEC participou do Grande Encontro, 5ª Convenção Brasileira de “Lean”, assunto abordado em diversos cursos da instituição. No evento foram apresentadas as melhores práticas do pensamento enxuto nos segmentos da saúde, mineração, agronegócios, siderurgia, automotivo, metalurgia, construção civil e serviços com resultados impressionantes em termos de produtividade e eliminação de desperdícios, estimulando as organizações a tornaremse mais produtivas e competitivas.

Curtas

Pós-graduação em Gestão de Projetos Visita ao Aeroporto Internacional de Confins

Alunos da pós-graduação em Gestão de Projetos em Construção e Montagem do IETEC fizeram uma visita técnica ao Aeroporto Internacional de Confins – Tancredo Neves, orientados pelo professor e coordenador do curso, Ítalo Coutinho. Segundo ele, essa é uma forma unir teoria e prática ao aprendizado dos profissionais, gerando um conhecimento mais consistente.

O Grande Encontro Convenção Brasileira de “Lean”

Gestão da Inovação

Precon Engenharia

Alunos da turma de Gestão da Inovação estiveram no Inhotim, maior centro de arte ao ar livre da América Latina, para aula inaugural do curso. Acompanhados pelos professores Terezinha e José Henrique, os alunos exerceram a criatividade a partir de novas experiências. Para a aluna Juliana, “Os trabalhos desenvolvidos pelos grupos foram extremamente criativos e com certeza contribuíram para o crescimento de todos.”

Curso de Curta duração Trainees da Precon Engenharia

Profissionais trainees da Precon Engenharia realizaram o treinamento Planejamento, Programação e Controle de projetos na Construção, em parceria com o IETEC. “O Ietec traz sempre propostas de cursos muito apropriados para as características do setor e por isso nós enxergamos a possibilidade de alavancar o conhecimento dos nossos profissionais”, disse Mariângela Tolentino Diorio, gerente de Desenvolvimento Humano da Precon Engenharia.

Gestão da Inovação Visita ao Inhotim

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Cenário

Gestão de Carreira: Fundamental para alcançar os objetivos profissionais Saber direcionar a carreira, com clareza sobre seus verdadeiros objetivos, reconhecendo pontos fortes, fracos e trabalhando para alcançar o sucesso profissional nem sempre é uma tarefa fácil. O autoconhecimento, parte fundamental para uma boa gestão de carreira, é um processo que demanda tempo e mesmo profissionais que já possuem certa experiência devem estar sempre atentos para não perderem o foco, pois esse processo é contínuo, e novos interesses e caminhos na carreira não podem ser desconsiderados. As opções de atuação no mercado de trabalho hoje são inúmeras. São mais de duas mil profissões reconhecidas pelo Ministério do Trabalho, de acordo com a CBO, Classificação Brasileira de Ocupações. O que torna ainda mais difícil a definição de um direcionamento para a carreira. Higor Ferreira estava com muitas dúvidas em relação aos seus objetivos e percebeu, durante a realização de seu curso de MBA no IETEC, no módulo de Gestão de Carreira, um norte para sua carreira: “eu estava um pouco perdido, indo conforme as coisas iam acontecendo, e agora eu vejo que posso ter um planejamento, ter um foco para conseguir alcançar um objetivo, que eu nem tinha muita noção do que era.” Ele percebeu que seu interesse inicial, a ascensão do cargo dentro de uma mesma empresa, não era a única atividade que poderia desempenhar, e descobriu o desejo de abrir um negócio em que pudesse aplicar tudo o que aprendeu: “Eu vi que é algo que eu desempenho bem e que posso me dar bem nisso.” Rodrigo Resende é profissional de logística com 11 anos de experiência e estava fora dessa área há quatro anos.

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Resolveu voltar a atuar nesse mercado e para isso se matriculou na pós em Engenharia Logística e MBA em Gestão de Negócios no IETEC. Ele afirma que o módulo de gestão de carreiras oferecido pelo Instituto teve um efeito muito positivo em relação ao seu desenvolvimento na carreira, pois, segundo ele, houve um despertar para questões que acabam ficando adormecidas: “Ajudou a entender que podemos algo mais, principalmente em relação à carreira profissional. Eu sei que eu posso mais, mas ela instigou a querer ir mais longe. Há pouco tempo fui promovido a supervisor de logística na empresa em que eu trabalho e, se eu fui promovido, é porque eu estou realizando um bom trabalho, graças ao conhecimento que estou colocando em prática. E hoje posso dizer que através do MBA pretendo alcançar ainda mais degraus, não parar por aí.” Andrezza Pereira realizou o módulo e percebeu que a mudança de foco na gestão da própria carreira é muito importante: “Muitas vezes não paramos para pensar como vai ser a nossa carreira daqui 5, 10, 15, 20 anos. E essa disciplina foi muito boa para percebermos como é bom parar e pensar o que queremos amanhã, o que precisamos melhorar, quais são os nossos pontos fortes e fracos. No dia a dia corrido, a gente não sabe onde somos bons e onde não somos. A gente perde muito tempo batendo de frente com erros do dia a dia.” De acordo com Silmara Agda, professora do módulo de Gestão de Carreiras no IETEC, “Uma boa gestão de carreira começa com uma boa estratégia para você gerenciar a sua vida. É necessário fazer um panorama do que você quer, quem é você, o que você quer obter da sua vida profissional. Porque a carreira é extremamente importante: ela diz aonde


você vai morar, com quem você vai conviver, com quem você vai negociar, e quais as estratégias para lidar com os desafios em relação ao seu direcionamento no mercado de trabalho.” Ela considera alguns pontos fundamentais na hora de gerir a carreira: “Autoconhecimento; saber muito bem dos seus pontos fortes e pontos fracos, para gerenciá-los, mas

construir sua base profissional em cima dos seus pontos fortes. Tê-los muito claros: as competências que você possui e o que você precisa desenvolver para então avaliar estrategicamente o nível de esforço que você vai empreender para ser o profissional que você quer ser.”

Metodologia DISC Como forma de dar suporte aos profissionais, aumentando a percepção sobre eles mesmos, no módulo de Gestão de Carreiras é utilizada a ferramenta DISC, metodologia de análise de perfil comportamental reconhecida mundialmente para seleção e desenvolvimento de pessoas. Para Rodrigo Resende, a metodologia funcionou muito bem: “Foi perfeito, parece que tira uma foto da gente e põe no papel, se você for sincero, como foi proposto pra gente. Tem que responder de acordo com o que você realmente é, e não do jeito que você quer se moldar. E cai como uma luva.” O DISC não mede inteligência, nem restringe o profissional, não há resultado positivo ou negativo, mas sim, mostra quais as características pessoais mais marcantes em cada um. O DISC trabalha com quatro fatores-chave: Dominância, Influência, Estabilidade e Conformidade.

Dominância

Estabilidade

Indica como você lida com problemas e desafios. Os principais descritores são: competitivo, decidido, direto, orientado para resultados. Fator “D” | COR: VERMELHO | EMOÇÃO: RAIVA

Indica como você lida com mudanças e estabelece o seu ritmo. Os principais descritores são: agradável, bom ouvinte, paciente, sincero, constante, membro de equipe, estável. Fator “D” | COR: VERMELHO | EMOÇÃO: RAIVA

Conformidade

Influência Indica como você lida com pessoas e as influencia. Os principais descritores são: confiante, inspirador, otimista, popular, sociável, confia nos outros. Fator “I” | COR: AMARELO | EMOÇÃO: OTIMISMO

Indica como você lida com regras e procedimentos estabelecidos por outros. Os principais descritores são: preciso, analítico, perfeccionista, cuidadoso e minucioso. Fator “I” | COR: AMARELO | EMOÇÃO: OTIMISMO

Saiba mais sobre Gestão de Carreiras: Assista à entrevista de Tim Gallwey, maior referência em Coach no mundo, para o canal do youtube IetecTV. Tenha acesso a vários artigos de profissionais da área na TecHoje | techoje.com.br Revista IETEC | Ano 11 | Julho a Setembro de 2014

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Conhecimento Aplicado

Curtas

Disposição para encarar novos desafios diferencia profissional no mercado de trabalho Carlos Luiz Costa formou-se em Ciência da Computação em 2003. Três anos depois, cursou a pós-graduação em Gestão e Tecnologia da Informação, no IETEC. Ele obteve resultados práticos assim que finalizou a pós graduação: “Enquanto eu fazia o curso, presenciei uma auditoria interna na área de TI de um cliente do ramo financeiro. E por coincidência, um dos módulos do curso descrevia exatamente este tipo de procedimento. Foi muito bom, aprender na sala de aula e participar praticamente ao mesmo tempo de um exemplo em tempo real.” No ano seguinte, Carlos cursou o MBA em Gestão de Negócios, o que ajudou em suas funções, como o gerenciamento do andamento operacional dos contratos e projetos de implantação de novos clientes na Gás Tecnologia, onde atuava como Analista de Segurança. Em 2011, como Gerente de Operações, Carlos recebeu uma proposta desafiadora da empresa: estender sua área de atuação para fora do país. Assumiu então o cargo de Gerente de Operações para a América Latina e Carlos Luiz Costa decidiu cursar o módulo Gerente de Operações - GÁS Tecnologia de Administração de Projetos, concluindo o MBA Executivo: “Escolhi o IETEC para este último módulo, pois já conhecia a qualidade do ensino, além da oportunidade de conhecer outros colegas em situações semelhantes à minha, e também pelos professores com vasta experiência prática no mercado. Esta combinação de fatores mais uma vez resultou em sucesso no aprendizado, o que reforça a minha experiência com o IETEC sempre como muito positiva.” Mesmo tendo investido no aperfeiçoamento contínuo

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durante sua carreira, ele não pensa em parar: “Pretendo tentar uma certificação de gerenciamento de projetos e também uma certificação em segurança da informação. É comum para as melhores certificações a exigência de comprovação de experiência prática nos domínios os quais se deseja certificar, e nestes últimos anos tenho contabilizado tempo de experiência para estas duas áreas”, afirma. Darcílio Pereira é um profissional que sempre teve foco na carreira. É formado em engenharia e iniciou sua carreira como técnico eletrônico, em 2002. Depois de trabalhar por cerca de 10 anos na área técnica, Darcílo foi convidado para atuar numa área diferente, trabalhar com vendas complexas na linha de aparelhos de imagem, na Philips Healthcare, e por isso decidiu cursar a pós em Engenharia de Vendas, no IETEC, o que foi Darcílio Pereira Key Account Manager Philips essencial para seu melhor desenvolvimento na área: “O curso me proporcionou trabalhar a visão corporativa das empresas, ter visão sistêmica dos processos gerenciais de venda e conhecer todas as etapas do processo de vendas, o que foi muito enriquecedor. Foi de extrema importância para o meu aprendizado e aplicação dos conhecimentos na minha área de atuação.” Como resultado de sua dedicação, em 2014 Darcílio foi premiado pela Philips por seu alto desempenho em vendas na empresa. Ele afirma que o profissional que deseja atuar na área de vendas deve ser dinâmico e capaz de saber usar a informação em benefício da empresa, ou seja, saber como usar a informação, atento às oportunidades, transparente, com espírito de equipe, e que seja capaz de transformar as dificuldades em grandes oportunidades.


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Um modelo de arquitetura corporativa para o ambiente de business intelligence Fernando Zaidan

Opnião

Coordenador da pós-graduação em Engenharia de Software do IETEC

Como alcançar o alinhamento da TI com os negócios organizacionais? Esta pergunta foi feita há alguns anos, contudo sua resposta ainda está sendo perseguida. Não obstante, algumas empresas insistem no “des”alinhamento da TI. Entende-se que a própria necessidade informacional das empresas carece de um perfeito alinhamento entre os negócios e a TI. Entretanto, instrumentos que materializem e permitam tratar dessa questão objetivamente não são tão conhecidos. A Arquitetura Corporativa – ou Empresarial (EA – Enterprise Architecture) é um desses instrumentos, pois é parte da estratégia de negócio de uma organização, assim como um valioso recurso para executivos obterem informação tecnológica correta em suas companhias. A construção de modelos arquiteturais utilizando a linguagem ArchiMate contempla, além do alinhamento, a alta produtividade e o crescimento organizacional. Ainda mais, serão oferecidas aos stakeholders visões específicas, estratégicas, com integração dos negócios, aplicações e infraestrutura de TI. De outro lado, mas não menos importante, sabe-se que os dados nos sistemas transacionais (OLTP – processamento de transações on-line) podem trazer análises pífias para as empresas, abrangendo somente respostas básicas e limitadas. Os bancos de dados transacionais possuem muitos dados que não são transformados em informações estratégicas, sem a possibilidade de análises e resultados adequados. Decerto, haverá deficiências para uma tomada de decisão eficaz. Contrapondo o OLTP, emerge o OLAP (processamento analítico on-line), como forma de responder às análises para a inteligência dos negócios (BI – Business Intelligence), permitindo manusear não somente dados em tabelas pré-definidas, mas pesquisas sofisticadas, com visões multidimensionais, obtendo ganhos mensuráveis para as organizações. O uso de cubos, que materializarão o OLAP, poderá caracterizar dados em três ou mais dimensões, filtrando-os, classificando-

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os e agrupando-os, enfim, transformando-os em informações estratégicas, utilizáveis no conhecimento organizacional. Contudo, o alcance destes objetivos estratégicos é um árduo caminho a se trilhar. Mas, os profissionais da área de BI podem contar agora com o aporte dos arquitetos organizacionais, que se serve de uma linguagem de arquitetura corporativa com vistas na descrição de componentes e suas relações e que priorize o alinhamento consistente, estabelecendo o equilíbrio dos negócios, sistemas e TI. Diante do que foi exposto, questiona-se: por que não utilizar um modelo de EA cujo foco seja o ambiente da inteligência de negócios? Modelo de arquitetura empresarial para o BI O que se propõe aqui é um modelo de arquitetura empresarial, utilizando-se da linguagem de modelagem ArchiMate, concebido para a representação genérica dos elementos no contexto de BI, assim como os seus relacionamentos. Tal modelo está representado na Figura 1, na página ao lado, com as três camadas típicas da EA, contudo com uma pequena variação para fins de clarificação: negócios (subdividida em três camadas); aplicações (subdividida em duas camadas); infraestrutura de TI. Na camada de negócios, os atores (usuários) realizam o papel de analisadores de informações. As buscas por informações analíticas são os serviços desta camada. No que tange à informação, tem-se as tabelas dos bancos de dados transacionais e os cubos OLAP. Cada um destes objetos de dados tem uma relação de acesso com as funções de negócio. Observa-se que, frequentemente, os usuários fazem tentativas de obtenção de respostas analíticas nos sistemas transacionais (OLTP), a maioria sem sucesso. As funções de negócio abarcam (são compostas) os processos de negócios. A função de negócio denominada tentativas de obter respostas OLTP é composta dos processos de escolha de tabelas e construção das consultas SQL, processos estes que aparecem com frequência nos ambientes dos


sistemas transacionais. De outro lado, mas ainda nesta camada de negócios, encontra-se a função de tentativa de obter respostas analíticas. Aqui se encontram os processos definição das métricas e definição das dimensões, que são as escolhas realizadas pelos usuários no ambiente de BI. Em seguida, na camada de aplicações, aparecem os serviços que irão prover as funcionalidades da camada de negócios. São elas as instruções DML (linguagem de manipulação dos dados) e as consultas OLAP para os serviços das informações estratégicas.

no ambiente de BI. Finalmente, na camada de infraestrutura de TI, representam-se dois servidores contendo, de um lado, os sistemas OLTP - BD e aplicações OLTP, e, de outro, o servidor OLAP, composto pelo data warehouse (banco de dados específico, construído para o BI), e as aplicações OLAP.

Ainda na camada de aplicações aparecem os componentes dos sistemas OLTP. A consolidação dos dados dos subsistemas é realizada no conceito de EDI (intercâmbio eletrônico de dados - electronic data interchange), muito comum em ambientes com sistemas heterogêneos. Aparecem também os bancos de dados (BD) dos sistemas OLTP, assim como as inúmeras consultas SQL (linguagem estruturada para consulta em BD). Já o componente sistemas OLAP – cubos multidimensionais é a representação dos diversos cubos que são desenvolvidos

Quanto aos analisadores de informações, ávidos pela tomada de decisão assertiva e não apenas baseada no “achômetro”, avaliou-se que as informações estratégicas serão obtidas a partir das respostas analíticas no ambiente de BI. Ressaltase que este é apenas um modelo genérico de arquitetura corporativa para um determinado contexto, no caso a inteligência de negócios (BI). É possível modelar quaisquer demandas específicas, alcançando o almejado alinhamento da TI com os negócios organizacionais.

Percebe-se, na figura, a notória clareza e o fácil entendimento dos componentes da arquitetura corporativa e seus relacionamentos, fazendo que os stakeholders compreendam como os sistemas OLTP e OLAP podem conviver em harmonia.

Camada de Negócios: atores, papéis e serviços Busca por informações analísticas

Analisadores de informação

Usuários

Camada de Negócios: informação Tabelas BD OLPT

Cubos OLAP

Camada de Negócios Tentativas de obter resposta OLTP Escolha de tabelas

Tentativas de obter resposta analísticas

Construção de consultas SQL

Definições das métricas

Definições das dimensões

Camada de Aplicações: serviços Instruções da linguagem de manipuação de dados - DML

Consultas analíticas (OLAP)

Camada de Aplicações Sistemas OLTP Consolidação dos dados do subsistemas

Banco de dados

Sistemas OLAP cubos multidimensionais

Consultas SQL

Camada de Infraestrutura de TI Servidor 1 OLTP

Servidor 2 OLAP

BD

Data Warehouse

Aplicações OLTP

Aplicações OLAP Figura 1 Revista IETEC | Ano 11 | Julho a Setembro de 2014

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FELICIDADE - A bola está na sua área Rubens Sakay

Opnião

Não há nada tão equivocado quanto atar a felicidade às circunstâncias e aos elementos externos a cada pessoa. Sabemos pelas conclusões científicas que apenas dez por cento da nossa felicidade é explicada pelos fatores externos, as circunstâncias em que vivemos. O cheiro do carro novo desaparece muito rapidamente. O prêmio financeiro que recebemos no final do ano é esquecido na mesma velocidade em que damos a ele um destino. E o mais surpreendente é que esses dez por cento constituem um alvo móvel difícil de acertar, basta analisar os erros e acertos

nas iniciativas para tornar o empregado mais feliz,o que vale também para o nosso familiar, e para nós mesmos. Somos confundidos pelos sinais e informações que recebemos da própria pessoa que será o recipiente do benefício. Esse aspecto móvel das influências circunstanciais foi brilhantemente revelado por Daniel Kahneman, prêmio Nobel de Economia, justamente por suas contribuições nessa área.

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Por outro lado, quarenta por cento da explicação da nossa felicidade está na nossa intencionalidade, a maneira como nos posicionamos diante do mundo, como lidamos com as nossas emoções, como nos levantamos quando caímos, e como explicamos para nós mesmos, as coisas que não encontramos explicação, e é desse lado que abre a chave da felicidade. A despeito da ciência atribuir um expressivo peso à herança genética, cinquenta por cento, hoje sabemos que o esforço que fazemos no campo da intencionalidade, assumindo uma atitude positiva diante da vida, provoca o efeito epigenético

(epigenetic), que significa a expressão do gene sem a alteração do DNA, efeito este que pode influenciar a nossa saúde, bemestar, e felicidade. Aquilo que o conhecimento corriqueiro tem alardeado, de que o pensamento pode influenciar os aspectos bioquímicos e fisiológicos do nosso organismo, é cada vez mais explicado por diversos ramos da ciência, incluindo a florescente

Opinião

Autor do livro “Hoje pode ser um dia melhor” e do blog Projeto Seja Feliz


ciência chamada epigenética. Outro aspecto que interessa particularmente às empresas e às áreas de recursos humanos, é que o esforço que as instituições fazem no campo das circunstâncias é potencializado pelo esforço individual de crescimento pessoal. O resultado é mais ou menos previsível, pessoas felizes que trabalham em instituições que abrigam práticas de recursos humanos que se encaixam com o seu esforço de transformação. Essa transformação de dentro para fora, na definição do Dr. Martin E.P. Seligman, o mais expressivo cientista da felicidade, é o florescer humano, muito bem expresso no seu livro Florescer: - uma nova compreensão sobre a natureza da felicidade e do bem-estar. Em suma, não estamos condenados pela herança genética, nem devemos nos sentir prisioneiros das circunstâncias externas quando tratamos da própria felicidade. Devemos refletir nisso quando gerenciamos pessoas, educamos os nossos filhos e especialmente quando fazemos as próprias escolhas e damos os nossos passos na nossa jornada de crescimento pessoal. Qualquer pessoa pode se tornar uma pessoa melhor e mais feliz, e essa capacidade pode ser ensinada e aprendida, e cito a resposta dada por Seligmana Anna Paula Buchallaem entrevista à revista Veja em 10 de março de 2004, quando perguntado se é possível ensinar alguém a ser feliz, respondeu: “É justamente esse o objetivo do meu trabalho: ensinar as pessoas a ser felizes e como intensificar essa felicidade. A mais agradável das tarefas de um pai – e eu diria que é até a principal – é desenvolver os traços positivos em seus filhos, em vez de apenas tentar apagar os negativos. É isso que garante às crianças os recursos para que se tornem adultos produtivos, equilibrados e satisfeitos. Felizes, enfim”. Difícil fechar o artigo depois de tão clara assertiva, mas me valendo do clima esportivo deste ano, digo para todos que, que a bola está na sua área – chute e faça gol.

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Arte sobre foto de thiAgo fernAndes

Cenário

GRUPO

REALIZAÇÃO

APOIO InstItucIOnAL

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Quanto vale a sombra de um buriti? Prepare sua inscrição ou faça sua indicação até 05 de setembro de 2014

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O que causa uma Engenharia Ruim? Ítalo Coutinho

Cenário

Coordenador do curso de Engenharia de Planejamento do IETEC

Resumo Muitas vezes nos deparamos com manchetes de jornais e portais de notícias com informações sobre atrasos e prejuízos em obras públicas e privadas causadas pela engenharia de baixa qualidade ou até pela sua falta. Uma das graves conseqüências é o empreendimento ficar parado no momento da sua execução (leia-se construção ou fabricação) e os prejuízos são imensuráveis. Mas afinal, de onde vem a Engenharia Ruim? Conforme cada setor da economia ou tipo de empreendimento é possível listar causas que irão culminar em projetos (documentos) de engenharia com qualidade dubitável. Recentemente, os alunos da 8ª turma de Engenharia de Planejamento do IETEC, fizeram uma pesquisa interna para identificar esses principais fatores.

uma engenharia pobre, sem muitos recursos ou informações faltantes. Mas afinal, quais são as causas? Podemos listar as causas para Engenharia Ruim separadas em três grupos: • Fatores internos; • Fatores contextuais; • Fatores externos. Os fatores internos são causas dentro da empresa projetista, do dia a dia da elaboração dos documentos de engenharia. Já os fatores contextuais têm a ver com mercado, fatores que não estão ligados com a projetista ou com a empresa contratante. E as causas originadas por parceiros, fornecedores ou clientes serão classificadas como fatores externos.Veja a figura 1 na página ao lado. Fatores Contextuais:

Antes de falarmos sobre as causas, vamos analisar os problemas mais prováveis causados por uma engenharia ruim: • Atraso no momento da execução: com isso os prazos estabelecidos para entrega do empreendimento ficam prejudicados. • Refazer o que já foi fabricado ou construído: além do atraso causado, existem as perdas materiais, financeiras e desmotivação da equipe em refazer algo que já havia sido feito. • Descumprimento de leis ambientais ou normas regulamentadoras do trabalho: as entidades governamentais de fiscalização poderão embargar o empreendimento ou, no pior dos casos, acidentes fatais podem ocorrer durante a execução do empreendimento ou quando já está entregue para uso. Outros problemas como baixa eficiência do empreendimento instalado (indústria, usina de beneficiamento, etc) invibialização do empreendimento por atrasos ou custos excessivos (estouro do orçamento) poderiam também serem conseqüências de

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• Padronização / “Industrialização” dos Projetos: empresas que fazem projetos (projetistas) aplicam a mesma solução de outro empreendimento. • Falta de Capacitação de Profissionais: capital humano capacitado é raro nesse seguimento e demora-se tempo para preparar bons profissionais. • Fatores ambientais / Legislação: pela imensidão de leis, normas, padrões e regulamentos das empresas, o projeto de engenharia fica prejudicado por não conseguir atender a todas. Fatores Internos: • Deficiência no Planejamento: estimativas ruins ou até mesmo seqüenciamento de atividades ineficiente. • Falta de Cultura de Planejamento: gestão fica apenas com o gerente do contrato e não permeia engenheiros, projetistas e desenhistas.


• Falta de interação entre os Profissionais: como os profissionais de disciplinas diferentes não conversam entre si, a compatibilização dos projetos fica deficiente.

• Prazos Curtos: como os empreendimentos precisam ser implantados em um momento determinado de mercado os prazos sempre são apertados.

• Dimensionamento de Equipe: fazer Engenharia é um trabalho intelectual, fica extremamente difícil quando não se tem planejamento ou dados históricos, conseguir estimar o número adequado de engenheiros, projetistas e desenhistas.

• Custos baixos para aquisições caras de capital humano: a Engenharia é comprada em A1 (formato) ao invés de se buscar uma forma mais inteligente para se comprar engenharia de qualidade.

• Turn-over / Troca Profissionais: a mudança de profissionais durante a execução dos projetos de Engenharia do empreendimento faz com que histórico de informações e estratégias adotadas se percam.

• Morosidade nas decisões/ burocracia: processos de informações internas e externas são morosos e passam em diversas mãos até a decisão final.

• Dificuldades em comunicação e informação: equipes trabalham em locais diferentes, mas mesmo quando estão no mesmo local a comunicação não é favorecida com reuniões produtivas.

que se pôde perceber é que os desafios para resolver cada O causa apontada são grandes; somente nesse levante foram ao todo 13 e poderiam ser mais! Engenheiros e gestores precisam ficar atentos para a coordenação do projeto de Engenharia, deve haver uma coordenação adequada entre o contrato e o produto final esperado pelo cliente a fim de se evitar a pior conseqüência: Engenharia Ruim.

Fatores Externos • Redução das Etapas para fazer os Projetos: quando os clientes iniciam ou retomam os projetos, as etapas clássicas da Engenharia (Viabilidade, Conceitual, Básica, Detalhada) são sobrepostas ou algumas extintas.

Conclusão

Tenha acesso a artigos produzidos por diversos especialistas na área de Engenharia na Techoje

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Olhe para seu negócio e crie serviços extraordinários por meio da TI. Alexandra Hütner Coordenadora do curso de MBA em Análise de Negócios e da Informação do IETEC

Opnião

Os serviços, sobretudo aqueles que envolvem TI, herdam todos os desafios inerentes aos quatro atributos que os diferem dos bens: São intangíveis, indivisíveis, variáveis e perecíveis. Os serviços são intangíveis, pois o resultado não é simplesmente um produto físico que pode ser tocado, sentido, observado, provado, apalpado, ouvido ou cheirado antes de serem adquiridos. São indivisíveis (inseparáveis) por que não se pode separar o processo de fabricação do serviço, do prestador, do cliente e até mesmo – por vezes – de outros clientes. São altamente variáveis, pois o mesmo serviço pode ser executado de formas diferentes ou com qualidades distintas. E finalmente, os serviços são perecíveis e por isso não podem ser armazenados para venda ou utilização posterior. Que desafio! Avaliando cada atributo de forma individual, ganha-se um entendimento mais amplo daquele que será o setor de ponta da indústria nessa década: a indústria de serviços. Se já não é! Com o advento da terceira revolução industrial e com o crescimento da utilização da internet, a demanda e o fluxo de informação aumentaram exponencialmente. Levando a patamares imensuráveis o conhecimento, a prestação de serviços e as pessoas altamente especializadas. Mas como podemos definir serviço? Talvez a forma mais simples de traduzi-lo seja como ações e desempenhos produzidos por uma entidade ou pessoa, para outra entidade ou pessoa, na intenção da geração de valor para quem o adquire. Evidenciando sua condição de ser produzido e consumido ao mesmo tempo, tornando o fornecedor e o consumidor co-produtores do serviço. Bons exemplos são serviços de consultorias, treinamentos, manutenção de equipamentos ou mesmo serviços médicos. Em todos os casos, se o cliente não for participativo dando informações relevantes, tirando suas dúvidas, desdobrando as recomendações sugeridas em ações; o serviço não terá provavelmente os resultados pretendidos.

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Logo, os serviços não se limitam às empresas de serviços. Na verdade, eles podem ser o grande diferencial estratégico de qualquer segmento da economia. E é a partir desse quadro que a Tecnologia da Informação vem abraçar completamente os serviços sendo sua grande alavancadora. A Tecnologia da Informação vem moldando o setor de serviços e exercendo uma influência nunca vista nos negócios. Ela cria oportunidades para novos produtos viabilizando formas diferenciadas para a oferta de serviços existentes de modo mais acessível, rápido e lucrativo. A Tecnologia da informação transforma as ações básicas de pagamento, relatórios, pedidos, atendimento, vendas e comunicação, mudando completamente a experiência do cliente. Uma compra pode ser realizada dentro de casa com apenas 1 clique! A Tecnologia permite que a informação chegue a todo o lugar. Ela conecta pessoas, processos, parceiros, informações, dados e até mesmo “coisas”. Facilita transações globais, provê serviços diferenciados e ainda reúne equipes virtuais por todo o mundo. A Tecnologia da Informação não é somente um canal, ela é capaz de transformar as pessoas e todas as gerações. Descobrimos que não mais nos bastamos sozinhos, precisamos nos conectar para que possamos obter conhecimento e gerar a inteligência necessária. Ela nos tornou multitarefa! Podemos fotografar ou filmar, mandar email, telefonar, navegar pela internet quase ao mesmo tempo por um único dispositivo. Ela pode ser o início, o meio e o fim; ou tudo isso de uma só forma. Recentemente foram divulgados pelo IBGE os resultados econômicos obtidos em 2013. E adivinhem? Os serviços tiveram o maior impacto porque respondem por quase 70% do setor produtivo brasileiro. Em destaque no setor estão atividades de serviços de informação (com alta de 5,3%), transporte, armazenagem e correio (2,9%) e comércio (2,5%). Resta-nos alguma dúvida de qual caminho seguir? Olhe para seu negócio e crie serviços extraordinários para a satisfação do seu cliente por meio da Tecnologia da Informação.


ENGENHEIRO

fAçA A ESCOlHA CERTA

ART-0086

Na hora de preencher a ART no campo (entidade de classe) escolha a SME - Sociedade Mineira de Engenheiros através do código 0086. Assim, você apoia a SME para representar a engenharia mineira e oferecer melhores serviços para você!

Compromisso com as soluções para um futuro sustentável da engenharia e bem estar social.

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