Revista DIGITAL

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ZINE Z

O GLOBO

r i o s h o w. c o m . b r

Sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Terça-feira, 8 de abril de 2003

megazine@oglobo.com.br

Vestibular:

Uma turma precoce mal sai do ensino fundamental e já pensa na faculdade

Ação:

Feras dos esportes radicais disputam eliminatórias dos X Games no Rio

Devagar, quase parando Um roteiro com programas calminhos para quem se acabou no carnaval

ESTRATÉGIA DE MODA

UM PANORAMA DE COMO AS GRIFES VÊEM OS JOVENS

Entrevista e produção dos retratos para coluna de perfil

Rede Fashion

29 DEZEMBRO 2008

oglobo.com.br/digital

DIGITAL

No aniversário do clássico ’Neuromancer’, um ensaio ciberfuturista para receber 2009

O GLOBO

Styling de editorial e reportagem

Seleção de produtos para coluna de consumo


18 18 PERFIL PERFIL

IGOR FIDALGO IGOR FIDALGO

QUANDO QUANDOOOBATUQUE BATUQUEÉÉ

FOTO: ANA BRANCO FOTO: ANA BRANCO CAROL MONTE CAROL MONTE e sua fábrica de e sua fazer som —fábrica com de fazer som a ajudinha do — com a ajudinha Pro Tools, claro do Pro Tools, claro

digital digital

A produtora Carol Monte A produtora Carol Monte conta como se tornou como se tornou umaconta das poucas uma dasno poucas certificadas software certificadas Pro Tools no paísno software Pro Tools no país

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m dezembro de 2007, Carol Monte tinha 28 anos e se viu m dezembro de Som 2007,Livre CarolApresenta Monte tinha 28 anos e se apontada pelo selo como a pro - viu apontada pelo selo Som Livre Apresenta como a messa do verão. A aposta não surgiu à toa: no CD do promessa do verão. nas A aposta não surgiu à toa: no CD do projeto Irreversíveis, lojas desde março, a produprojeto Irreversíveis, nas lojas desde março, a produtora musical toca mais de dez instrumentos... todos pelo comtora musical toca mais de dez instrumentos... todos pelo putador. Certificada em Londres pela DigiDesign, empresa fa-computador. Certificada Londres DigiDesign, empresa bricante do software Pro em Tools, Carol pela gaba-se de ser uma das fabricante do software Pro Tools, Carol gaba-se de ser uma poucas que detém o pomposo diploma no Brasil: “Se a Amy das poucasvier queaqui detém o pomposo no Brasil: “Se a Amy Winehouse e quiser gravardiploma uma música, encontrará Winehouse vier aqui e quiser gravar uma música, encontrará no site da DigiDesign só três profissionais com esta formação no site da DigiDesign três profissionais com esta formação no país. Eu sou um deles”,só exemplifica. no país. Eu sou um deles”, exemplifica.

Como funciona o Pro Tools? Mas você e o Léo Benitez são Como funciona o Pro Tools? "a banda" MasIrreversíveis você e o LéoouBenitez con- são "a banda" É um programa de gra- tam com outros Irreversíveis músicos? ou conum programa de gra- tam com outros músicos? vação,Éedição e mixagem vação, Toco ediçãomúsicas e mixagem O nosso videoclipe, que de áudio. áudio.tipo Toco O nosso numde teclado de músicas pia- começará a ser videoclipe, exibido em que num teclado tipo de piacomeçará a exibido em no, e as notas são conver- julho, faz umaser paródia no, e as notas são converjulho, faz uma paródia tidas em qualquer instru- com isso. Além de tocar totidas em qualquer instrucom isso. Além de mento, tais como bateria, dos os instrumentos e tocar can- tomento, tais Depois como bateria, dos os instrumentos e canviolino e órgão. de tar, atuamos como quatro violino e órgão. Depois de tar, atuamos como quatro gravar a sequência do MI- personagens diferentes. sequência do MIpersonagens diferentes. DI degravar cada aáudio separaNo fim, aparecemos atrás DI de cada áudio separaNo fim, aparecemos damente, edito tudo no das câmeras, numa insi-atrás damente, edito tudo no dasirônica câmeras, numa Pro-To ols. nuação de que fize-insiPro-Tools. nuação irônica de que mos tudo naquele vídeofizemos Mas tudoquem naquele vídeo fez tuComo você conseguiu ser uma também. também. Mas quem fez Como você conseguiu ser uma do mesmo ali foi o diretor tudas únicas certificadas da Digido mesmo ali foi o diretor Nathanael Leclery. Designdasnoúnicas Brasil?certificadas da DigiNathanael Leclery. Design no Brasil? Fui para Londres em Vocês não têm um site da banFui para Londres 2006 fazer um curso ex- em da. Por Vocês quê? não têm um site da ban2006 fazer um curso exda. Por quê? tensíssimo. Porém, t e n s í s s i m o . P o r é m , quando cheguei lá, tive Já fazemos um trabalho cheguei Já fazemos trabalho que quando fazer três provas lá, es- tivena internet desde oum primeique fazer três provas esna internet desde o primeipecíficas para conseguir ro álbum, de 2005. Acredipecíficas para conseguir ro álbum, de 2005. Acrediconcluir. Me especializei to que na fase 2.0 do cibeconcluir. e, Mevoltando especializei to quea na do cibeno software respaço, de fase hoje,2.0basta no software e, voltando respaço, a de hoje, basta para o Brasil, percebi ter bom conteúdo numa para o Brasil, percebi ter bom conteúdo numa que poderia gravar todo plataforma livre. Nosso queCD poderia plataforma livre. Nosso o meu com agravar ajudatodo trabalho está no My Space, o meu CD com a ajuda trabalho está no My dele. You Tube, Fotolog... Q Space, dele. You Tube, Fotolog... Q


ABRIMOS A CAIXA

preta

E

ntrando no espaçoso apartamento de Preta Gil, somos tomados por um incrível orgulho de ser cariocas: do quarto dela, a vista é para a praia do Pepino; da sala, a pedra da Gávea faz o coração palpitar. Ela nos recebe com olhar leve e está bem confortável, vestindo calça esportiva da marca alemã Adidas e descalça. Seu yorkshire Zion não pára de saltar, fazendo a festa com a equipe que chega para fazer a reportagem, mas acaba se sentindo em casa. Você também foi tomado por uma intimidade atroz? Pois é assim que os quase cinco mil “amigos” que Preta Gil coleciona no Orkut também se sentem, especialmente quando ela aparece online na sua comunidade oficial — onde é moderadora — e começa a conversar. Sim, Preta já passou madrugadas a fio trocando posts com fãs, mas frisa: “Controlo muito bem minha privacidade. Se vocês estão aqui, é porque eu escolhi que estivessem”. Essa seleção criteriosa também acontece na internet: “Só adiciono nos meus perfis quem tem algo para me dizer. Na minha comunidade, também elimino participantes de cidades rivais que começam a discutir ou que não sejam muito ativos. Nada de passivos aqui”, diverte-se.

É verdade que, além da sua comunidade, você também já foi moderadora de grupos de amigos artistas? Fui moderadora da comunidade da Ivete Sangalo durante um ano. Era a plantonista, fazendo faxina toda madrugada. Limpava spams, apagava lixos e comentários ruins, excluía usuários maleducados... Hoje, só cuido da minha, mas participo ativamente dos grupos da Ana Carolina, do Los Hermanos e da Ivete, claro.

Online, duvidam muito que você é você? Sempre. Mas os próprios internautas que me conhecem, que encontro nos meus shows, confirmam para os desavisados que eu escrevo mesmo, que passo madrugadas postando no Orkut. Hoje

estou bem mais calma, mas ainda adoro.

Quantos pedidos de amigos você recebe por dia? Cerca de 50. Quando participo de algum programa de TV ou rádio, chegam a 200.

Você também tem um blog superlido no seu site oficial, o www.pretagil.com.br. Estou viciada em fazer vídeos. Outro dia, gravei, da cama, um convite para irem assistir ao meu show no Espaço Laranja, em Laranjeiras. Estava sem maquiagem e mostrei duas espinhas que tinham nascido na testa. O Zé Pedro, DJ, ligou para minha assessora dizendo que ia no meu show porque viu o tal vídeo no blog. É uma forma de trazer meus fãs para mais perto de mim.

PRETA GIL: 50 pedidos de “add” por dia no Orkut, que sobem para 200 quando ela está em algum programa

IGOR FIDALGO

18 PERFIL PERFIL 03

Conheça a intimidade techie de Preta Gil, que tem mais de quatro mil fãs no Orkut, é moderadora de sua própria comunidade e adora bater papo online madrugada adentro

FOTO: ANA BRANCO

CAROL MONTE Ana Branco e sua fábrica de fazer som — com a ajudinha do Pro Tools, claro


O

escritório de Muti Randolph fica no seu apartamento, um espaçoso loft na praia de Botafogo. Por ali, já passaram os DJs mais importanANA BRANCO tes do FOTO: mundo, em eventos concorridíssimos. Este mesmo espaço intimista, onde ele trabalha em ritmo nonCAROL MONTE stop, apareceu recentemene sua fábrica de te na fazer revista som“Frame”, — com a bíblia doadesign dedointeriores e ajudinha Pro Tools, claro arquitetura. Foi listado como um dos dez escritórios mais noticiados pela publicação, visto pela capa que Muti ganhou pelo projeto do clube paulistano D-Edge. Tal obra, inclusive, é o ponto de partida para entender o segmento profissional no qual ele, nos últimos anos, tornou-se referência: assinar projetos integrados de design, arquitetura e iluminação. É dele, por exemplo, o teto fatiado do clube 69, em Ipanema, cuja projeção de imagens videográficas é animada de acordo com o som que sai das picapes. Imagens orquestradas pelo som, inclusive, têm sido uma tônica dominante no trabalho deste carioca de 38 anos, que veste a camisa da evolução e tem na tecnologia uma fonte de inspiração.

IGOR FIDALGO IGOR FIDALGO

PERFIL 03

ARQUITETO DE a história QUANDO O BATUQUEdoConheça Émultiartista Muti

imagens digital

Randolph, que começou como A produtora Carol Monte designer gráfico e hoje é conta como se tornou referência na criação de uma das poucas interativos certificadasambientes no software Pro Tools no país

Divulgação/Liu Lage

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E

m dezembro de 2007, Carol Monte tinha 28 anos e se viu apontada pelo selo Som Livre Apresenta como a promessa do verão. A aposta não surgiu à toa: no CD do projeto Irreversíveis, nas lojas desde março, a produtora musical toca mais de dez instrumentos... todos pelo computador. Certificada em Londres pela DigiDesign, empresa fabricante do software Pro Tools, Carol gaba-se de ser uma das poucas que detém o pomposo diploma no Brasil: “Se a Amy Winehouse vier aqui e quiser gravar uma música, encontrará no site da DigiDesign só três profissionais com esta formação no país. Eu sou um deles”, exemplifica.

Como funciona o Pro Tools?

MUTI: “Desde sempre fui fissurado por tecnologia. Ela me inspira”

Como a tecnologia te ajuda no dia-a-dia?

Como você começou?

Desde sempre fui fissurado por tecnologia. Ela me inspira. Sou da época que o PC não tinha mouse. Ganhei o meu primeiro computador em 1988, um Mac II. Nesta época, já trabalhava com design gráfico, e o processo de separação de cor para confecção de fotolito em policromia era feito através de impressão fotográfica. Com o Photoshop 0.9, versão beta, criei uma metodologia para otimizar este processo pelo computador.

Nos anos 90, dava consultoria técnica para agências de publicidade. Não existiam bons profissionais de fotocomposição, retoque e ilustração no Brasil. Comecei a trabalhar muito com isso, e cheguei a ser contratado pela agência Contemporânea. Fiquei lá dentro só seis meses. Foi a única vez que tive carteira assinada. Montei meu escritório em casa, e nunca mais quis outro formato. A capa do álbum “Os cães ladram mas a caravana não para”, do Planet Hemp,

É um programa de gravação, edição e mixagem de áudio. Toco músicas num teclado tipo de piano, e as notas são convertidas em qualquer instrumento, tais como bateria, violino e órgão. Depois de gravar a sequência do MIDI de cada áudio separadamente, edito tudo no Pro-Tools.

Mas você e o Léo Benitez são "a banda" Irreversíveis ou contam com outros músicos?

O nosso videoclipe, que começará a ser exibido em julho, faz uma paródia com isso. Além de tocar todos os instrumentos e cantar, atuamos como quatro personagens diferentes. No fim, aparecemos atrás das câmeras, numa insinuação irônica de que fizefoi um dos meus primeiros E 2007, quando vídeo o clube 69 em meados dos anos 90 — mos tudo naquele trabalhos culturais de granfoi inaugurado em Ipanee o U.Turn tinha essa caComo você conseguiu ser uma também. Mas quem fez tude visibilidade. ma, fiz algo semelhante. ra. Logo depois, assinei do o mesmo ali foi o diretor das únicas certificadas da DigiCriei Leclery. um sistema que proprojeto de iluminação do Nathanael Design no Brasil? jeta videografismos no teD-Edge, um dos mais reVocê se formou em design gráto da pista de dança. Esda minha fico na PUC, no fim dos anos Fuipresentativos para Londres em Vocês não têm um site da bantas imagens são animadas 80. Como você começou a as-2006 carreira. fazer um curso ex- da. Por quê? d e a c o rd o c o m o s o m . sinar projetos de arquitetura?t e n s í s s i m o . P o r é m , Criei um programa no MaSempre pego jobs que os Foi sua primeiralá, assinatura quando cheguei tive de Já fazemos um trabalho cromedia Director, com arquitetos, por convenambiente participativo? que fazer três provas es- na internet desde o primeiajuda do arquiteto de linSim. Me inspirei nos sisteção, têm receio de fazer. O pecíficas para conseguir ro álbum, de 2005. Acrediguagem Caio Barra Costa, mas de dos anos 80 U.Turn, extinta casa noconcluir. Meáudio especializei to que na fase 2.0 do cibee já levei este sistema pae espalhei barras de luz turna de São Paulo, foi no software e, voltando respaço, a de hoje, basta ra diversas outras frentodo o percebi clube. Como meu primeiro trabalho de para por o Brasil, ter bom conteúdo numa tes. É uma forma de casar um grande equalizador arquitetura, em 1997. Fique poderia gravar todo plataforma livre. Nosso imagem e som tecnologigráfico, estasa barras quei muito conhecido peo meu CD com ajuda pistrabalho está no My Space, camente, com sensível cam de acordo com o ritlo design orgânico e ilusdele. You Tube, Fotolog... Q simbiose estética. ■ mo das músicas dos DJs. trações em 3D que fazia


DECORAÇÃO EM

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IGOR FIDALGO

movimento

FOTO DE MARINA MARCHETTI

Videoartista Cila MacDowell, que tem investido em FOTO: ANA BRANCO videodecoração, explica como nasce seu trabalho CAROL MONTE e sua fábrica de fazer som — com a ajudinha do Pro Tools, claro

E

la não sossega — e precisáriamos de muito espaço para contar tudo o que a multiartista Cila MacDowell tem feito. Formada em desenho e com mestrado em arte e tecnologia, ela se especializou em escultura e novas mídias na Tyler School of Art, na Filadélfia (EUA). Seu projeto de fim de curso foi um périplo artístico: montou quatro instalações, que cruzavam esculturas com desenhos no papel e imagens de computação gráfica, para discutir o quão tátil é a arte na contemporaneidade. Bem na fita, digo, na tela, a expo ganhou uma montagem na galeria de arte do Ministério da Cultura, em Brasília. Cila participou também de “Música e imagem”, ópera do Teatro Municipal dirigida por Carla Camurati. Em 2007, ela inaugurou a galeria de arte Entretanto, em Copacabana. Por aqui, Cila é requisitadíssima para as festas mais chiques da cidade, onde sua projeção de imagens ganha toda a atenção. A novidade mais quente, contudo, vem do seu último nightlife project, a festa Decó — que aconteceu durante duas edições no Salão Vermelho do Rio Scenarium e volta a rolar em julho: a criação de imagens que funcionam como arquitetura. Ela chama essa sua arte de videodecoração e, aqui ao lado, explica para a gente como a cria.

CILA MACDOWELL, seu Mac e a videodecoração projetada na parede

Para começar, qual a diferença de videodecoração para videocupação ou videocenografia? A videocenografia agrega história e valor cênico. É focado num espetáculo. A videocupação é um manifesto urbano que abraça, engole, ocupa, de fato, um espaço da cidade. A videodecoração acontece ao vivo, em festas, mas não é como o tra-

balho de videoarte feito em clubes, quando a imagem conversa com a música. A videodecoração é tipo um objeto animado.

Como nascem estas imagens? Algumas são filmadas, outras escaneadas. Tem aquelas que vêm de livros de pesquisa ou que desenho ao vivo através de um tablet.

Também costumo fotografar para, depois, animar.

Depois de colhidas, como viram uma videodecoração? Tenho dois parceiros de produção, que é o Module8 VJ e o AfterEffects. O primeiro software tem menos precisão, faz uma animação sem render. Ao vivo, é o que uso para animar de forma mais

fluida e dinâmica. O After constrói filmes com precisão, administrando camadas que gero no PhotoShop numa linha de tempo. É um trabalho em equipe...

O que te inspira? O obra do cineasta Peter Greenway “100 objetos para representar a Terra”, que assisti há uns dez anos. ■


18 PERFIL

IGOR FIDALGO

SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO QUANDO O BATUQUE É

fotografada digital FOTO: ANA BRANCO

CAROL MONTE e sua fábrica de fazer som — com a ajudinha do Pro Tools, claro

PERFIL 03

Estilista da grife jovem que veste as garotas mais A produtora Carol coolsMonte do Rio promove conta comoexperiências se tornou high-tech uma das poucas em loja da rede certificadas no software POR IGOR FIDALGO Pro Tools no país FOTO DE DANIEL BENASSI

EQ

uando Katia Barros da coleção são exibidos num m dezembro 28polegadas anos e se viu telãotinha de 54 touchdecidiude ter2007, uma Carol grife, Monte apontada pelo quatro selo Som Livrescreen. Apresenta como a prona - teEla vai tocando só tinha memessatros do verão. A aposta à toa: no do para mudar asCD imagens. quadrados para nãolasurgiu projeto Irreversíveis, desde março, produampliar, vera um detalhe vender seu peixe. Era onas anolojasPode tora musical toca mais instrumentos... todos pelo comdo acessório... No look-book de 1997 quando eladee dez o sócio putador. Certificada Londresapelaem DigiDesign, fa- ver papel, nãoempresa era posível Marcelo Bastosem lançaram bricante dodentro software Pro Tools, Carola gaba-se de ser composição deuma umadas bijoux, Farm, da saudosa Bapoucas que detém o pomposo Brasil: “Se a Amy exemplo. bilônia Feira Hype. Hoje, diploma a por no Winehouse vier aqui e quiser gravar uma música, encontrará dupla tem 25 lojas em São no site da DigiDesign só trêsBrasíprofissionais esta formação Paulo, Belo Horizonte, A ideiacom é exclusiva? no país. sou um deles”, exemplifica. lia, Eu Recife, Ceará, Porto Ale- Sim, encomendamos o progre, Florianópolis... Tem tam- jeto de uma empresa de tecbémfunciona um blog, em seis Mas Como o Proque, Tools? você e Ao Léo são nologia. ideiaBenitez era reprodumeses de vida, já é acessado"a banda" con- em zir as Irreversíveis funções do ou iPhone mil garotas por diatam com É por um dez programa de graoutros músicos? grande escala. Tanto que os — todas Farm- comandos de toque para vação, ediçãototalmente e mixagem addicteds... E ainda uma con- O ampliar de áudio. Toco músicas nosso videoclipe, que são e mudar a foto cept-store no Fashion Mall, num teclado tipo de pia- começará a ser em da iguais aos doexibido smartphone 350 metros quadrados,julho, no, ecom as notas são converfazForam uma três paródia Apple. meses de estrutura high-te-comdesenvolvimento. tidascom emuma qualquer instruisso. Além de tocar to- disAlém ch de fazer inveja a lojas mento, tais como bateria, dedos so, os instrumentos can-uma essa tela vem ecom tecnologia, o alto violino e órgão.dado Depois deníveltar, câmera: atuamosa como garota quatro pode se fode aexperiência queMIo am-personagens gravar sequência do diferentes. tografar com o visual que biente DI de cadaproporciona. áudio separa- No fim, aparecemos acabou de montar eatrás mandar damente, edito tudo no das para câmeras, numa insio seu email.

Pro-Por Toolque s. essa experiência? Anuação irônica de que fizemosVocês tudojá naquele vídeo cliente compra mais? haviam criado outras Mas na quem Nãovocê é esse o foco. fazer atambém. tecnologias loja? fez tuComo conseguiu serÉuma ali provador, foi o diretor loja ser um ambiente Dentro do ela perdas únicas certificadas da Digi-agra-do mesmo Nathanael Leclery. dável e surpreendente. Tusonaliza sua trilha-sonora. Design no Brasil?

KATIA BARROS: a alta tecnologia consegue tornar o ambiente mais agradável para as clientes jovens

do que faz parte da vida da Pode escolher entre a Rádio carioca interessa. Preci- Vocês Farm, nadaloja Fui parame Londres em nãoque têm toca um site ban-o dia samos entender seus inputs inteiro, ou um playlist de 2006 fazer um curso ex- da. Por quê? para reproduzir na loja ferMPB, slow music, house... tensíssimo. Porém, ramentas que gerem escolher não quando cheguei lá, tiveemo- JáTambém fazemospode um trabalho ção. A roupa, estando amarouvir música alguma, que fazer três provas es- na internet desde o primei-para rada conceitualmente ao dé-ro álbum, ficar dedeconversinha com a pecíficas para conseguir 2005. Acredicor, ao cheiro e à música, amiga do lado. concluir. Me especializei to que na no faseprovador 2.0 do cibepromove uma comunicaçãorespaço, Para oafim a tela no software e, voltando de deste hoje,mês, basta mais direta e eficaz. de 54 polegapara o Brasil, percebi ter touch-screen bom conteúdo numa das promete mais uma inoque poderia gravar todo plataforma livre. Nosso QuaisCD são com essas ferramentas? vação:está o nosso poderá o meu a ajuda trabalho no Myblog Space, acessado por instalamosYou ser Q elas ali deleRecentemente, . Tube, Fotolog... um álbum de fotos digital na mesmo, durante o troca-troante-sala do provador. Looks ca de roupas. ■


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O NOVO

M

rádio

úsica sempre movimentou a vida de Fred D’Orey, o carioca que foi campeão de surfe nos anos 70 e 80 e, em 1995, lançou a grife Totem. Naquela época, abriu o primeiro ponto de venda da rede, que hoje soma nove lojas espalhadas pelo Rio e está em quase 300 multimarcas Brasil adentro. É com a música que coleciona desde que era um garoto do Arpoador que o empresário vem construindo a imagem e a história de sua marca. O otimismo das cores e a liberdade da cultura beach, tônica mais forte na moda carioquíssima da Totem, estão presentes em suas lojas através de um selecionado podcast que ele monta mano a mano. E que pretende levar para as multimarcas, quiçá para picos como Portugal, Estados Unidos, Inglaterra e Austrália, onde o chamado lifestyle da grife é festejadíssimo. Não à toa, seus playlists lideram o ranking de acessos no site da Totem e atraem uma legião de seguidores. O crítico musical Arthur Dapieve é um deles, morou?

Como você monta os podcasts? Hoje mantenho um servidor com mais de mil músicas, e as lojas acessam playlists. A trilha que toca nos pontos-de-venda no Rio não é baixada e sim acessada via streaming, tal como funcionam as rádios virtuais. Seleciono de acordo com o espírito das coleções e consigo administrar o que as lojas estão ouvindo. Controlo para que não seja tocada música de outra coleção, por exemplo. Na Totem, não rola o CD da

FOTO: ANA BRANCO

Fanático por música, Fred D’Orey conta como fez seus podcasts liderarem acessos no site da Totem vendedora ou gerente! Madonna e Bono Vox tem seus espaços em outros lugares. Minha missão é trazer novidades, mostrar o lado autoral do rock.

Como é feita a administração? Começou com a Pandora, uma das primeira rádios virtuais que fez muito sucesso no Brasil. Quando o acesso para cá foi suspeso devido à limitações de audição, começei a comprar iPods para as lojas. Mas não fazia sentido ter um tocador em cada Marco Antonio Cavalcanti

CAROL MONTE e sua fábrica de fazer som — com a ajudinha do IGOR FIDALGOPro Tools, claro

ponto de venda. Acabei implementando um software freeware que permitia que, em qualquer lugar do mundo, eu controlasse a música que estava tocando na loja. Mas o número de acessos começou a prejudicar a conexão do nosso programa administrativo e precisei migrar para o sistema que tenho hoje.

Qual a repercussão? Enorme! Os podcasts já foram acessados simultaneamente por 1.800 internautas, e 85% dos visitantes que entram no meu site baixam as playlists para o iTunes. E ainda rolam histórias engraçadas, como a que o Arthur Dapieve me contou. Disse que 90% da trilha de uma viagem que fez num fim de semana foi abastecido pelo podcast da Totem. Outra vez, recebi email de um cara que morava na Alemanha querendo saber qual era a terceira música que tocava quando abria o site, pois ele queria comprar o álbum da banda.

Você costuma navegar em rádios virtuais?

FRED D’OREY: programações musicais sob medida

Adoro a francesa Nova, que tem altos sons (http://www.novaplanet.com/radio-nova), e a Morning Becomes Eclectic, comandada pelo diretor music a l i n g l ê s N i c H a rc o u r t (http://www.kcrw.com/music/programs/mb). n


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TECNOLOGIA

IGOR FIDALGO IGOR FIDALGO

na essência

PERFIL 03

OEstudio questiona o QUANDO O BATUQUE É uso das tecnologias

FOTO: ANA BRANCO

F

digital

abrício da Costa é o integrante mais popular do coletivo criaCAROL MONTE etivo sua OEstudio, fábrica de cujo trabalho no mundo da moda é uma experimentação que viabiliza diversos projetos profissionais do fazer som — com agrupo. ajudinha do Através de suas coleções, são testadas técnicas que Pro Tools,futuramente claro serão usadas em trabalhos para outras empresas. Quem

acompanha a carreira do grupo sabe que tecnologia sempre foi a tônica dominante no portfolio deles. Ano passado, por exemplo, seu desfile contou com uma banda de músicos virtuais, que tocavam com videogame Nintendo Wii. E a coleção que será apresentada na próxima quarta-feira, durante o SPFW, nasceu a partir de uma reflexão bem interessante: será que estamos explorando bem as tecnologias disponíveis hoje em dia? Nesta entrevista, Fabrício da Costa explica o que resultou desse questionamento.

Como nasceu a nova coleção? A partir de uma reflexão. Tecnologia nada mais é do que o conhecimento de uma técnica. Pode ser algo rudimentar, sem necessariamente ser moderno. Começamos a nos perguntar se estávamos explorando bem as tecnologias. Decidimos retomar a essência do ser humano, que são os sentidos que nascem com as pessoas.

Qual a inspiração? O inverno 2009 do OEstudio chama-se Fashion Olhos. Pessoas com dificuldades têm sentidos aflorados. Em uma das reuniões da coleção, nos perguntamos como um cego escolhia suas roupas. Contactamos o Instituto Benjamin Constant, que mandou deficientes visuais para nosso atelier. Aqui, descobrimos que eles descartam características captadas pelo tato (texturas, volumes, comprimentos...) e acionam a imaginação. Daí, criamos uma nova pensata: o imaginário é a imagem escondida dentro do armário. Para estimular essas imagens que nascem na cabeça de quem não enxerga, confeccionamos uma moda sensorial, com roupas que fazem barulho, es-

tampas em braile, volumes localizados que dão diferentes temperaturas às peças...

O mote é a deficiência visual? Falamos também da cegueira das pessoas no dia-a-dia. Muitos de nós estamos de olhos fechados para a crise, por exemplo. O problema brasileiro da crise é ela de fato ainda não existir por aqui; assim, só sabemos que ela vai piorar. Teremos itens que podem ser usados frente-e-verso e com múltiplas funções. Outras que parecem vários elementos e são um só (uma blusa que parece ser uma camisa + gravata + blazer, mas é uma única peça). Temos pouca estamparia e os materiais e a mão-de-obra foram os mais simples. É a nossa resposta de economia à crise.

Que ideias este desfile desencadeia? Fiquei fascinado com a questão da visão digital: a ideia de implantar um microchip na cabeça, cujas células se comunicam através da eletricidade com um laser que sai da bengala do deficiente, é fantástica. Ele mapearia a área apontada e devolveria para o chip. Mas isso é sci-fi total.

na coleção que será na Monte A apresentada produtora Carol próxima SPFW conta como se tornou uma das poucas certificadas no software Pro Tools no país

Marcelo Carnaval

E

m dezembro de 2007, Carol Monte tinha 28 anos e se viu apontada pelo selo Som Livre Apresenta como a promessa do verão. A aposta não surgiu à toa: no CD do projeto Irreversíveis, nas lojas desde março, a produtora musical toca mais de dez instrumentos... todos pelo computador. Certificada em Londres pela DigiDesign, empresa fabricante do software Pro Tools, Carol gaba-se de ser uma das poucas que detém o pomposo diploma no Brasil: “Se a Amy Winehouse vier aqui e quiser gravar uma música, encontrará no site da DigiDesign só três profissionais com esta formação no país. Eu sou um deles”, exemplifica.

Como funciona o Pro Tools? É um programa de gravação, edição e mixagem de áudio. Toco músicas num teclado tipo de piano, e as notas são convertidas em qualquer instrumento, tais como bateria, violino e órgão. Depois de gravar a sequência do MIDI de cada áudio separadamente, edito tudo no Pro-Tools. Como você conseguiu ser uma das únicas certificadas da DigiDesign no Brasil?

Mas você e o Léo Benitez são "a banda" Irreversíveis ou contam com outros músicos? O nosso videoclipe, que começará a ser exibido em julho, faz uma paródia com isso. Além de tocar todos os instrumentos e cantar, atuamos como quatro personagens diferentes. No fim, aparecemos atrás das câmeras, numa insinuação irônica de que fizemos tudo naquele vídeo também. Mas quem fez tudo mesmo ali foi o diretor Nathanael Leclery.

Fui para Londres em Vocês não têm um site da ban2006 fazer um curso ex- da. Por quê? tensíssimo. Porém, quando cheguei lá, tive Já fazemos um trabalho que fazer três provas es- na internet desde o primeipecíficas para conseguir ro álbum, de 2005. Acrediconcluir. Me especializei to que na fase 2.0 do cibeno software e, voltando respaço, a de hoje, basta para o Brasil, percebi ter bom conteúdo numa que poderia gravar todo plataforma livre. Nosso o meu CD com a ajuda trabalho está no My Space, dele. You Tube, Fotolog... Q DESFILE MANIFESTO: Fabrício da Costa discute as várias formas da cegueira nos dias de hoje


IGOR FIDALGO

FOTO DE LIU LAGE

O

trema da grife Ausländer vem do seu criador, Ricardo Bräutigam. Porém, na internet, Auslander se escreve assim, sem os dois pontos sobre a letra A. Interessante mesmo é a linguagem que a marca vem desenvolvendo através de projetos simples, mas muito bem bolados. O dia-adia da equipe e de Ricardo, por exemplo, estão sendo filmados sem interrupção. A ideia é integrar estudantes de moda e curiosos em geral aos bastidores de criação de um desfile. Designer gráfico com trabalhos publicados pela badalada editora Taschen e premiado pela MTV no VMB de 2004 pelo site da banda Detonautas, Ricardo sonha mais alto: transformar estes making-offs em conteúdo da futura Ausländer TV. Assim mesmo, com trema, e transmitida pela internet.

Como surgiu a a Ausländer TV? Estávamos lançando o blog da marca em dezembro de 2008. Eram os últimos dias antes do desfile de estreia da Ausländer no Fashion Rio, que aconteceu em janeiro deste ano. O primeiro vídeo foi do feeting (prova de looks que serão apresentados na passarela) e depois não paramos mais. Por ter formação em design gráfico, já filmo pensando na edição. E, na maioria das vezes, eu mesmo edito. Não precisa ser algo complexo, mas é importante manipular o material com o nosso DNA. Há duas semanas, por exemplo, fui para um haras em Teresópolis e fizemos uma versão do reality “A simple life”, aquele com a Paris Hilton e Nicole Richie. Uma brincadeira ficcional que acabou indo parar no //blog.auslander.com.br.

Essa mistura da vida real e ficção vai ser o tom da TV? Sim. A última reunião importante do nosso desfifle de verão, que vai acontecer daqui a dois dias no Fashion Rio, foi na fábrica da Levi’s. Filmamos toda a visita, mostrando detalhes do corte do jeans, e estes takes interessam muito estudantes de moda, por exemplo. E o nosso “A very simple life”, que gravamos no haras com imagens do galinheiro e cavalos, seria o lado divertido da TV.

Quais programas são referências para o seu trabalho? Os vídeos da Nylon TV (www.nylonmag.com/nylontv) e da Vogue Francesa ( w w w. v o gue.fr/video/voguetv ). Por aqui, temos o Gema (www.gemagema.tv) e a TV Modices (www.modices.com.br/category/tv).

Qual sua câmera e qual programa você usa para editar? Tenho um grande parceiro para filmagens mais elaboradas, que é André Pires. O tal feeting que deu origem à ideia da TV foi feito com uma câmera de cinema, mas os outros vídeos são filmados com uma câmera fotográfica profissional Cannon EOS 1000. Também tenho uma Sony Cybershot portátil que uso para fazer outros planos. Para editar, também não tem drama: uso o iMovie, que vem com qualquer MacBook.

Para você, qual o futuro da moda na web? Aos poucos, o conteúdo dos sites serão resumidos para vídeos. É melhor ver e ouvir do que só ler. Mas não acho que isso vai acabar com as revistas. Não existem saudosistas que preferem fotografar com filme em vez de usar câmeras digitais? Também existirão aqueles que preferem os livros a ver documentários na web. ■

PERFIL 03 18 PERFIL

DIA A DIA COM JEITÃO DE

reality show

FOTO: ANA BRANCO

Empresário cria programa para web com bastidores de desfiles

CAROL MONTE e sua fábrica de fazer som — com a ajudinha do Pro Tools, claro

BRÄUTIGAM e a inseparável câmera: tudo fica registrado, já com destino certo — a web


PERFIL 03 PERFIL 03 PERFIL 03

o no Rio há 20 anos, o tradicional estilista Heckel o conta mais quantos vestidos vende por semana. nstaladointernautas no Rio há 20 aflitas anos, o lhe tradicional estilista Heckel be de cor quantas escrevem Verri não conta mais quantos vestidos vende ca de consultoria virtual: “Num intervalo de setepor semana. Mas de Rio corresponde quantas internautas aflitas lhe escrevem no há 20 anos, o tradicional estilista Heckel ndo de 35 nstalado a 50sabe emails”, delicadamente. em busca de consultoria virtual: “Num intervalo de sete Verri conta mais vestidos vende reformulou seunão website, háquantos sete meses, com in-por semana. dias, respondo a 50 emails”, responde delicadamente. Mas sabepara dede cor35 quantas internautas aflitas lhe escrevem instalar Desde uma base venda virtual, Heckel não que reformulou seu website, há sete meses, com inem busca de consultoria virtual: “Num intervalo de sete ue a tal tenção consultoria fariauma mais sucesso do que o e- Heckel de instalar base para venda virtual, não dias, respondo de 35 a 50 emails”, responde delicadamente. Se antes ele que seque dedicava exclusivamente à preimaginou a tal consultoria faria mais sucesso do que eDesde reformulou seu website, há sete meses, comoinSe antes ele se dedicava exclusivamente à prelfaiatariacommerce. de roupas que vestem socialites como tenção de instalar uma base para venda virtual, Heckel não da e alfaiataria de roupas que vestem socialites como rcondescisão Ferraz Milu hojefaria ele mais precisa di- do que imaginou que a talVillela, consultoria sucesso o eRegina Marcondes Ferraz e Milu Villela, hoje ele precisa ditempo: commerce. parte deleSefica para fica antes eleas seagulhas, dedicava parte exclusivamente à previdir o seu tempo: parte dele fica para as agulhas, parte fica cisão da alfaiataria de roupas que vestem socialites como op.

II

para o laptop. Regina Marcondes Ferraz e Milu Villela, hoje ele precisa dividir o seu tempo: parte dele fica para as agulhas, parte fica percebeuQuando que, além Tantoque, assédio você percebeu além incomoda? Tanto assédio incomoda? para o laptop. Quase perco minha privacio estilo,deprecisava Quase perco minha privacicuidar do estilo, precisava dade. Viajando, encontro m comunicação? dade. Viajando, encontro “investir” em comunicação? Quando você percebeu que, além Tanto assédio incomoda? com clientes nos Aconteceu quando decidi com clientes nos aeroporu quando decidi privacide cuidar do estilo, precisava Quase perco minhaaeroportos.fui Por aqui, já fuiencontro intercepimplementar o tos. e-commerce. Por aqui, já intercepar o e-commerce. dade. Viajando, “investir” em comunicação? tadocorria enquanto na Tenho quatro lojas nodecidi Rio e com tado enquanto na tro lojasAconteceu no Rio e quando clientes noscorria aeroporpraia, fazia compras no suo site funciona como uma tos. 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No geral, um ou s são suficientes as dúvidas.

HECKEL VERRI e o seu inseparável Dell na HECKEL VERRI loja da Henrique Dumont, HECKEL VERRI em Ipanema e o seu inseparável Dell na e o seu inseparável Dell na loja da Henrique Dumont, loja da Henrique Dumont, em Ipanema em Ipanema

IGOR FIDALGO

FOTO DE DANIEL BENASSI

IGOR FIDALGO

FOTO DE DANIEL BENASSI

IGOR FIDALGO

ENTRE AGULHAS ENTRE AGULHAS ENTRE AGULHAS

COLABOROU Gabriel

FOTO DE DANIEL BENASSI

& cliques & cliques & cliques

Requisitadíssimo, estilista vira consultor informal — via internet, claro

Requisitadíssimo, estilista vira consultor informal — via internet, claro

Requisitadíssimo, estilista vira consultor informal — via internet, claro


PERFIL 03 18 PERFIL

IGOR FIDALGO

‘TECNOLOGIA DESTACADA DA ARTE

Artista plástico totalmente não ortodoxo FOTO: ANA BRANCO e criador de tecnologias apresenta obras que marcaram o início de sua carreira — uma criativa mistura de bactérias, CAROL MONTE mutações, proteínas e satélite e sua fábrica de

não me interessa‘

Fabio Rossi

N

a quinta-feira, o artista plástico Eduardo Kac vai inaugurar mostra na Galeria de Arte Laura Marsiaj. Um dia antes, estará em BH, lançando sua “Digital Poetry”. Mas é amanhã, no Oi Futuro do Flamengo, que a obra de Kac será explorada, em uma retrospectiva dos seus 30 anos de trabalho. Ele já deu vida a uma coelha fluorescente (“GFP Bunny”, 2000) e aplicou textos em uma bactéria, criando palavras por meio de mutações (“Gênesis”, 1999). Também inseriu suas proteínas em uma petúnia (“Natural History of the Enigma”, 2003/2008), chegando, assim, ao “plantimal” que batizou de Edúnia. Eduardo Kac falou conosco sobre lagoglifos (!), arte transgênica e... Google Earth.

Por que aplicar uma obra no telhado do centro cultural?

EDUARDO KAC e, ao fundo, o lagoglifo que pode ser visto via Google Earth

Esta imagem em P&B faz parte da série de lagoglifos — gravuras sobrepostas com base na pictografia. É um desdobramento da “GFP Bunny” que chamo de “Lagoogleglyph”. No dia 6 de janeiro, um satélite do Google Earth fez uma imagem desta instalação. Este registro poderá ser visto no painel de 12m que fica na entrada do Oi Futuro, em uma plotagem da imagem espacial, ou pelo celular, pela própria ferramenta da Google.

Qual a força do seu

fazer som — com a ajudinha do trabalho? Pro Tools, claro

Não trabalhar com metáforas. Para a série de “Holopoetry”, usei holografia. Bioarte trata de organismos vivos. Quando falo de uma imagem espacial, quero dizer que contratamos mesmo um satélite para fazer tal registro. Minha arte é instável, efêmera, fluida... Não exploro tecnologia através da arte. Aliás, não tenho interesse em destacar a tecnologia através da minha arte. Não exploro novas tecnologia, eu as crio.

Você cirou tecnologia? Crio para todas as minhas obras. Em 1996, levei roteador, modem e cabos para instalar uma rede em Atlanta, onde montei a instalação “Rara Avis”. A obra promovia uma troca de papéis: um papagaio robô (colorido) tinha uma câmera na cabeça e ficava numa gaiola junto a 30 passarinhos de verdade, todos monocromáticos. O espectador vestia um capacete de realidade virtual e tinha a visão do papagaio, que ficava sempre cercado pelos pássaros.

E a expo que abre amanhã? É uma animação paramétrica em tempo real feita em Java. Está sempre em mutação: não há frame ou sequência de animação, e seus padrões jamais se repetem. É um organismo vivo. Não está em loop. Não tem começo. Nem meio. Nem fim. ■


18 PERFIL

IGOR FIDALGO

Cris Matthiesen

E A IMAGEM... E A IMAGEM... QUANDO O BATUQUE É CAROL MONTE e sua fábrica de fazer som — com arcosdoKotlhar tem a ajudinha 31 anos, Pro Tools, claro é formado

M

dança dança digital Marcos Kotlhar criou um jeito original de animar a festa — e acabou ganhando o mundo

M

em Fine Arts e, quando era estudante na Cooper Union, em Nova York, criou um programa que fazia as imagens se moverem de acordo com o som. Acabou recebendo um convite para trabalhar na MTV americana, editando vinhetas de abertura e encerramento. Um ano depois, já no Brasil, percebeu que, se juntasse suas imagens com som ao vivo, poderia rolar uma festa. Este clique veio na casa do amigo Eduardo Christophe, idealizador e DJ da Moo. Precisa dizer que Marcos virou o videoartista oficial da festa? Com um prêmio Young Gun e três leões de Cannes na bagagem, o cara é diretor de arte da AlmapBBDO e vai viajar para o Art Directors Club 89th Annual Awards. Será jurado. Antes, porém, encontrou um tempo para nos contar o segredo desse inteligente programa de animação.

arcos Kotlhar tem 31 anos, é formado em Fine Arts e, quando era estudante na Cooper Union, em Nova York, criou um programa que fazia as imagens se moverem de acordo com o som. Acabou recebendo um convite para trabalhar na MTV americana, editando vinhetas de abertura e encerramento. Um ano depois, já no Brasil, percebeu que, se juntasse suas imagens com som ao vivo, poderia rolar uma festa. Este clique veio na casa do amigo Eduardo Christophe, idealizador e DJ da Moo. Precisa dizer que Marcos virou o videoartista oficial da festa? Com um prêmio Young Gun e três leões de Cannes na bagagem, o cara é diretor de arte da AlmapBBDO e vai viajar para o Art Directors Club 89th Annual Awards. Será jurado. Antes, porém, encontrou um tempo para nos contar o segredo desse inteligente programa de animação.

Seu trabalho é videoarte ou vi-

Seu trabalho é videoarte ou vi-

deoprojeção? em como

A produtora Carol Monte conta como se tornou uma das poucas certificadas no software Pro Tools no país IGOR FIDALGO

Marcos Kotlhar criou um jeito original de FOTO:animar ANA BRANCOa festa — e acabou ganhando o mundo

PERFIL 03

Party Monster/Divulgação

E

m dezembro de 2007, Carol Monte tinha 28 anos e se viu apontada pelo selo Som Livre Apresenta como a promessa do verão. A aposta não surgiu à toa: no CD do projeto Irreversíveis, nas lojas desde março, a produtora musical toca mais de dez instrumentos... todos pelo computador. Certificada em Londres pela DigiDesign, empresa fabricante do software Pro Tools, Carol gaba-se de ser uma das poucas que detém o pomposo diploma no Brasil: “Se a Amy Winehouse vier aqui e quiser gravar uma música, encontrará no site da DigiDesign só três profissionais com esta formação no país. Eu sou um deles”, exemplifica.

Como funciona o Pro Tools? É um programa de gravação, edição e mixagem de áudio. Toco músicas num teclado tipo de piano, e as notas são convertidas em qualquer instrumento, tais como bateria, violino e órgão. Depois de gravar a sequência do MIDI de cada áudio separadamente, edito tudo no Pro-Tools.

Mas você e o Léo Benitez são "a banda" Irreversíveis ou contam com outros músicos? O nosso videoclipe, que começará a ser exibido em julho, faz uma paródia com isso. Além de tocar todos os instrumentos e cantar, atuamos como quatro personagens diferentes. No fim, aparecemos atrás das câmeras, numa insinuação irônica de que fizemos tudo naquele vídeo também. Mas quem fez tudo mesmo ali foi o diretor Nathanael Leclery.

Como você conseguiu ser uma das únicas certificadas da DigiDesign no Brasil? MARCOS KOTLHAR: “Não tenho banco de dados, faço tudo do zero. Um fato que me ajuda muito é qu

Mais um belo MARCOS KOTLHAR: “Não tenho deoprojeção? banco de dados, faço tudo do zero. Um fato que me ajuda muito é que sempre gostei de ler, treinar, pesquisar...” registro da leitora Honestamente, nem eu sei. Honestamente, nem eu sei. Fui para Londres em

meno daNormalmente,

Vocês não têm um site da ban-

e sócia-atleta Cris duas semanas d som eduas converta em de vá-antecedênQuando voltei para o Brasil, chamamos (abstratas, artísticas, fotoquer som e convertaNormalmente, em vá- Quando voltei para oquer Brasil, semanas chamamos 2006 fazerdiferentes. um curso exda. aPor quê?da festa. Eu cia. Não tenho b Matthiesen. Quer rios parâmetros conheci galera de animações geradas a pargráficas...). Vejo muita coisa rios parâmetros diferentes. conheci a galera da festa. Eu cia. Não tenho banco de dade animações geradas a parn sexemplo, í s s i m opegar . P oar é m mais? Está cheio na, damos dos, faço tudo d Posso,t epor só, tinha laptop emprestado som emtinha tempo animação no www.motionoPosso, por exemplo, tir pegar a só o real. laptop emprestados, faço tudo do “zero”. Um o de tir do som em tempo real. lá no nosso blog quando cheguei lá, tive Já fazemos trabalho fato que me aj amplitude (volume) do ajuda áu- muito do da minha mãe. Fizum o adoro teste grapher.com amplitude (volume) do áué e as palesfato que me do da minha mãe. Fiz o teste de fotografia. que fazer trêsdeprovas esna internet desde funo primeierramenta que sempre go dio e jogar na escala uma para ver se o programa dio e jogar na escala de uma que sempre gostei de ler, tras de tecnologia, entretenipara ver se o programa funComo funciona o software que Como funciona o software Confira que em pecíficas para conseguir ro álbum, de ao 2005. Acreditreinar, esfera (imagem) igual. Além cionava com som vivo. esfera (imagem) igual. Além treinar, pesquisar... m e n t o e d e s i g n d o pesquis você criou? cionava com som ao vivo. você criou? oglobo.globo.com/ ver por perto. concluir. Metridimenespecializei to que na fase 2.0 do cibede usar ambiente Lembro que todos .ficaram www.ted.com no vimeo.com/marque todos ficaram O nome doLembro programa é Roublogs/fotoglobo/ O nome do programa é Rou- de usar ambiente tridimenno software e, voltando respaço, a de Ehoje, basta sional, tenho total espantados —, inclusive eu. Você tem cosk estão hospedados os uma list total espantados — inclusive eu. também dini, igual ao nome do mágiVocê tem uma lista de sites esdini, igual ao nome do mági- sional, também tenho para o Brasil, percebi ter bom conteúdo numa autonomia de animação. A partir daí, pensamos em pecializados que partir daí, pensamos em pecializados que possam servir meus vídeos. ■ co. Só queA não tem muito co. Só que não tem muito autonomia de animação. que poderia gravar todo plataforma livre.teNosso incorporá-los às festas de referência? às festas temistério: éincorporá-los aberto e flexível, de referência? mistério: é aberto e flexível, o meu CD com a ajuda trabalho está no My Space, Normalmente, sou como veio awww.butdoesitfloat.com ideia de levar máticas. Em C O L A B O R O U G a b r www.butdoesitf iel máticas. Normalmente, o Almeida (earodrigues@oglobo.com.br) Projeto gráfico Editor, que Mas sou de levara função Em , sempossui a função Editor, queMarianaMas como veio a ideia possui Q dele. You Tube,o Fotolog... udigital@oglobo.com.br Siteque oglobo.com.br/digital essecom programa a Moo?imagensavisado Sobreiratema com pre encontro im avisado sobre o tema permite que eu grave qualprepara encontro legais sobre esse programa para a Moo? permite eu grave Capa: qual-AP Photo


18 PERFIL PERFIL 05

IGOR FIDALGO

ENTRE SCRATCHES, LOOPS E

FOTO DE LIU LAGE

E

m 2002, Breno Ungierowicz tinha 24 anos. Foi quando tomou duas decisões importantíssimas: começou a tocar como DJ profissional em baladas undergrounds nos clubes mais quentes do Rio e passou a assinar seu sobrenome somente como Ung. Dois anos depois, o DJ Breno Ung já era o nome mais requisitado nas pistas de dança da cidade. Junto ao repertório surpreendente, a vontade de buscar novos sons através da experimentação de mídias fora do comum sempre foi uma constante na sua carreira. Agenciado no Brasil pela gravadora Tropical Beats e, em Berlim, fazendo parte do cast da High Grade Records, Breno já apertou sua mesa de som para caber mais de um MacBook. Agora, quem diria, quer levar seu iPhone para as pistas.

Há quanto tempo você tem o iPhone? Há exatos três meses e meio — já o suficiente para me considererar um iPhonemaníaco.

O que te surpreendeu mais? Poder simular instrumentos musicais com tamanha sensibilidade. O processador do iPhone é similar ao de um computador e reproduz samples de 16bits, que é o padrão sonoro do CD. Tenho lido muito sobre tais softwa-

cliques res que emulam instrumentos digitalmente através do smartphone e estou estudando atualmente os emuladores de contrabaixo, sintetizador e bateria.

Quando o gadget vai estrear nas pistas de dança? A ideia é o brinquedinho participar do live PA que farei na próxima Smalltech, que vai acontecer dia 6 de março, na Fosfobox. Em meio a loops de techhouse e scratches de techno, preten-

do fazer uma interferência com o contrabaixo que levo dentro do telefone.

Ouvi falar que você também toca flauta pelo iPhone... O de flauta é um dos mais impressionantes. Basta assoprar no microfone e combinar com os dedos nos “buraquinhos” para conseguir um som igual ao das flautas de verdade. Mas requer um treinamento mais profundo, e por isso não vai rolar na festa. Mas, contabilizando todos os

Depois de levar contrabaixos, teclados e iBooks para PAs de música eletrônica, o DJ Breno Ung ensaia participação do iPhone em seu festejado set emuladores, toco seis instrumentos pelo iPhone.

Você já fez turnês por Alemanha, Portugal, Inglaterra, França e Holanda. O que mais te impressionou em termos de tecnologia nestes países? Vi em muitos lugares o controlador MIDI sendo usado em parceria com as picapes. É uma espécie de pianinho cujas teclas têm funções específicas. Uma é programada para soltar um gritinho, outra emite um eco e assim

BRENO UNG e seus “múltiplos” instrumentos

FOTO: ANA BRANCO

CAROL MONTE e sua fábrica de fazer som — com a ajudinha do Pro Tools, claro

por diante. Mas a novidade mais high-tech veio mesmo de uma festa aqui no Rio. Quando o DJ Ritchie Hawtin tocou na festa Moo ano passado, ele usou o Lemor, criação da empresa Jazz Mutant. Nada mais é que uma tela touch-screen de LCD com aproximadamente 14 polegadas, que posibilita que os próprios DJs criem seus controladores MIDIs. Além de manipular o design, definimos qual função cada tecla terá. ■


18 PERFIL

IGOR FIDALGO

IGOR FIDALGO

FOTO: ANA BRANCO

CAROL MONTE e sua fábrica de fazer som — com a ajudinha do Pro Tools, claro

QUANDO O BATUQUE É É SPAM. MAS ÉA produtora Carol Monte

digital do bem! conta como se tornou uma das poucas certificadas no software Pro Tools no país

Produtora de festas de rock, Suzana Trajano conta como faz suas baladas lotarem só com convites virtuais

Q

uem curte rock, provavelmente já viu Suzana Trajano nos clubes mais legais do Rio produzindo suas festas incendiárias. Não é para menos: aos 30, ela já tem 14 anos de estrada na arte de fazer baladas. Porém, se em 1994, as filipetas de papel eram colecionadas pelos freqüentadores, hoje o item, de fato, virou artigo de colecionador. Suzana, agora, usa comunidades como Orkut, Fotolog e Twitter para convidar seus seguidores. E ainda encontra tempo para ajudar a ONG casaartevida.org.br. “Chamarei o público pela internet. Vamos bombar nas doações”.

Quando você viu que a internet podia ajudar a lotar as festas? De dois anos para cá, comecei a fazer a Inferninho, uma festa cujo ícone era uma diabinha. Muitos lugares jogavam fora o flyer impresso, achando que se tratava de um convite para termas. Criei uma comunidade da festa no Orkut, onde passei a divulgar os DJs. Descobri que o povo do rock é territorial, mas a galera eletrônica, nem tanto... Os que curtem techno, electro e house flutuam por diversas boates. Percebi que divulgar festas de eletrônico no Orkut não funcionava. Envio email para mais de 20 mil cadastrados e solto scrap para amigos no Orkut.

E você também criou estratégia para atrair os góticos... Pois é. Acho que a turma gótica é a única que ainda usa Fotolog (risos). Eles adoram ser fotografados! Por isso, a Gotham é a minha única festa que ainda tem um perfil no Fotolog. No Twitter, também

PERFIL 03

rola. Um teaser curto, tipo “GÓTICOS, ESSE SÁBADO TEM GOTHAM!”, basta.

Há novas formas de difundir eventos? Comunidades como o Gema.ning, também funcionam muito. A Kraut bombou no dia 12 de julho, essencialmente pelo boca-a-boca do Gema.ning. Legal é que, divulgando pela internet, posso postar link para o Google Maps indicando a localização do clube ou complementos, como vídeos do YouTube ou clipes. Já o grande desafio será a Funkstastic, minha balada de black music que acontecerá 23 de julho no Cinematéque, com o DJ Corello. Ele é O cara dos bailes de charm da Zona Norte. Quero atrair a galera dele para a Zona Sul.

Seus flyers virtuais não podem ser confundidos com spam? Todos os cadastrados podem ser retirados, e isso está escrito na mensagem. São spams sim, mas são do bem.

E

m dezembro de 2007, Carol Monte tinha 28 anos Marco e seAntonio viuCavalcanti apontada pelo selo Som Livre Apresenta como a promessa do verão. A aposta não surgiu à toa: no CD do SUZANA TRAJANO e as projeto Irreversíveis, nas lojas desde março, a produfilipetas virtuais: tora musical toca mais de dez instrumentos... todos pelo comdivulgação pela internet putador. Certificada em Londres pela DigiDesign, empresa faajuda o planeta e atinge diretamente o seubricante público do software Pro Tools, Carol gaba-se de ser uma das poucas que detém o pomposo diploma no Brasil: “Se a Amy Winehouse vier aqui e quiser gravar uma música, encontrará no site da DigiDesign só três profissionais com esta formação no país. Eu sou um deles”, exemplifica.

Como funciona o Pro Tools? É um programa de gravação, edição e mixagem de áudio. Toco músicas num teclado tipo de piano, e as notas são convertidas em qualquer instrumento, tais como bateria, violino e órgão. Depois de gravar a sequência do MIDI de cada áudio separadamente, edito tudo no Pro-Tools. Como você conseguiu ser uma das únicas certificadas da DigiDesign no Brasil? Fui para Londres em 2006 fazer um curso extensíssimo. Porém, quando cheguei lá, tive que fazer três provas específicas para conseguir concluir. Me especializei no software e, voltando para o Brasil, percebi que poderia gravar todo o meu CD com a ajuda dele.

Mas você e o Léo Benitez são "a banda" Irreversíveis ou contam com outros músicos? O nosso videoclipe, que começará a ser exibido em julho, faz uma paródia com isso. Além de tocar todos os instrumentos e cantar, atuamos como quatro personagens diferentes. No fim, aparecemos atrás das câmeras, numa insinuação irônica de que fizemos tudo naquele vídeo também. Mas quem fez tudo mesmo ali foi o diretor Nathanael Leclery. Vocês não têm um site da banda. Por quê? Já fazemos um trabalho na internet desde o primeiro álbum, de 2005. Acredito que na fase 2.0 do ciberespaço, a de hoje, basta ter bom conteúdo numa plataforma livre. Nosso trabalho está no My Space, You Tube, Fotolog... Q


PERFIL 05 18 PERFIL POR IGOR FIDALGO

TECNOLOGIA

FOTO: CAMILLA MAIA

é fashion O

stylist José Camarano comemora: o Gema.TV, site de vídeos de moda que criou há um ano, atingiu 18 mil acessos diários semana passada. Trata-se de uma rede de relacionamento que permite o upload de fotos e vídeos, a criação de comunidades e interação em tempo real entre participantes. Esta semana, José e seu clã de amigos/stylists estarão cobrindo a São Paulo Fashion Week. Além de produzir cerca de dez vídeos por dia durante o Fashion Rio, ele ainda arranjou tempo de assinar a produção de moda dos desfiles da Totem, da Chiaro e de seis marcas que participaram do Fashion Freqüência.

No meio da semana de moda carioca, você teve o seu site invadido por hackers. Mas rolou uma conversa de que você até respondeu bem ao ataque... Estávamos lançando o novo design do Gema.TV. Aproveitamos que tudo sumiu do servidor e subimos a nova versão do site em seguida ao ataque. Nossos internautas nem se deram conta, pois já estávamos anunciando que haveria queda de dados devido ao upgrade. Saímos por cima.

Você utilizará QRcode (quickresponse) neste novo site? QRcode é o código de barras bidimensional que codifica todo tipo de informação (texto, links, números de telefone e perfis) em uma imagem pixelada. Através de um scanner decodificador, que pode ser baixado em qualquer celular com câmera digital, é possível traduzir o código binário da imagem. A pessoa fotografa a figura e manda o programinha criptografar. Em segundos, o software diz o que está escrito ali. Como você vai usar isto no Gema.TV? Vamos espalhar pela cidade cartazes com links secretos do site, numa ação de marketing de guerrilha. Quem quiser saber o que está escrito, precisará fotografar o QRcode com o celular e decodificar para ter acesso a um conteúdo exclusivo, disponível em www.gemagema.tv. Q INPUT

QRcode é uma febre no Japão. As pessoas estão tatuando seus QRcodes — que vêm com seus dados pessoais e informações virtuais (email, blog...) — no corpo!

JOSÉ CAMARANO exibe no iPod o QRcode, o novo código de barras bidimensional

FOTO: ANA BRANCO

Stylist ganha web com site sobre moda e prepara marketing baseado em novo código de barras

CAROL MONTE e sua fábrica de fazer som — com a ajudinha do Pro Tools, claro


18 PERFIL

IGOR FIDALGO

IGOR FIDALGO

QUANDO O BATUQUE É

IGOR FIDALGO

FOTO: ANA BRANCO

PERFIL 03

digital mac book pro

CO-ESTRELANDO... CO-ESTRELANDO...

Personagem conta apenas CAROL MONTE e sua fábrica comdeseu Personagem fazer som — com notebook a ajudinha do conta apenas Pro Tools, claro para escapar seu dacom solidão notebook para escapar da solidão uando Rita, a namorada de Dário, decide viajar para o

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FOTO DE LIU LAGE

A produtora Carol Monte conta como se tornou FOTO DE LIU LAGE uma das poucas certificadas no software Pro Tools no país

mac book pro E

Chile, o solitário rapaz fica inconsolável. Passa três dias dentro de casa, imune aos encontros e desencontros contemporâneos podem acabar com seu uando Rita, a namorada deque Dário, decide viajar para o relacionamento — leia sexo, drogas e rock n’roll. Diante da Chile, o solitário rapaz fica inconsolável. Passa três segurança o hermético imprime seu dia ae dia, ele diasque dentro de casa,lar imune aos no encontros desendecide romper os laços com o exterior e promete para si: só contros contemporâneos que podem acabar com seu regressará ao mundo real quando Rita voltar de viagem. Esta relacionamento — leia sexo, drogas e rock n’roll. Diante da ésegurança a sinopseque da peça “Talvez”, e encenada Álamo o hermético larescrita imprime no seu diapor a dia, ele Facó, da Cia. de Atores, cuja estreia no Rio está marcada para decide romper os laços com o exterior e promete para si: só amanhã, noaoTeatro Clara Machado, da regressará mundoMaria real quando Rita voltarnodePlanetário viagem. Esta Gávea. Em cena, só o“Talvez”, ator e... um MaceBook Pro. por Álamo é a sinopse da peça escrita encenada

Prefiro chamar a peça de sólo, emsurgiu vez de Não Como a monólogo. ideia de encaixar há solidão no espetáculo o computador no monólogo? e, sim, um aventura humana Prefiro chamar a peça de sóde quem está sozinho. Há lo, em vez de monólogo. Não cinco anos, estava numa há solidão no espetáculo e, reunião amigoshumana no Joá sim, um de aventura com meu irmão. Ele não de quem está sozinho.desHá grudava do computador, cinco anos, estava numa pois estava onreunião de paquerando amigos no Joá line uma russa. A cada “Ohcom meu irmão. Ele não desoh” que ouvia do ICQ dele, grudava do computador, era tomado por referências pois estava paquerando ondaquele país: imaginava o line uma russa. A cada “Ohcenário da conversa, as paioh” que ouvia do ICQ dele, sagens russas... Naquela era tomado por referências época, decidi que iria, de aldaquele país: imaginava o guma forma, encaixar um cenário da conversa, as paicomputador no roteiro de sagens russas... Naquela uma peça de teatro. época, decidi que iria, de al-

PERFIL 03

New Order e Tunng que tocam em cena são acionadas pertório. As canções de banpor mim mesmo. compudas como WhiteOStripes, tador que está no palco o New Order e Tunng que étomeu laptop pessoal, que cam em cena são acionadas comprei Mercado Livre. por mim via mesmo. O compuSalvei nele importantes tador que está no palco évío deos YouTube que exibo meu do laptop pessoal, que para o público, como aquele comprei via Mercado Livre. que ensina a construir Salvei nele importantesuma víbomba-caseira. deos do YouTube que exibo para o público, como aquele

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m dezembro de 2007, Carol Monte tinha 28 anos e se viu apontada pelo selo Som Livre Apresenta como a promessa do verão. A aposta não surgiu à toa: no CD do projeto Irreversíveis, nas lojas desde março, a produtora musical toca mais de dez instrumentos... todos pelo computador. Certificada em Londres pela DigiDesign, empresa fabricante do software Pro Tools, Carol gaba-se de ser uma das poucas que detém o pomposo diploma no Brasil: “Se a Amy Winehouse vier aqui e quiser gravar uma música, encontrará no site da DigiDesign só três profissionais com esta formação no país. Eu sou um deles”, exemplifica.

Como funciona o Pro Tools? É um programa de gravação, edição e mixagem de áudio. Toco músicas num teclado tipo de piano, e as notas são convertidas em qualquer instrumento, tais como bateria, violino e órgão. Depois de gravar a sequência do MIDI de cada áudio separadamente, edito tudo no Pro-Tools.

Mas você e o Léo Benitez são "a banda" Irreversíveis ou contam com outros músicos?

Como você conseguiu ser uma das únicas certificadas da DigiDesign no Brasil?

O nosso videoclipe, que começará a ser exibido em julho, faz uma paródia com isso. Além de tocar todos os instrumentos e cantar, atuamos como quatro personagens diferentes. No fim, aparecemos atrás das câmeras, numa insinuação irônica de que fizemos tudo naquele vídeo também. Mas quem fez tudo mesmo ali foi o diretor Nathanael Leclery.

Fui para Londres em

Vocês não têm um site da ban-

A peça estreiou em novembomba-caseira. bro de 2008, no projeto “Autopeças”, que comemorou Em cena, você está conectado? os 20 anos da AtoA peça estreiouCia. em de novemres. Na sede da companhia, bro de 2008, no projeto “Aurola internet wireless e topeças”, que comemorou abro todos os documentos os 20 anos da Cia. de Atoonline. O Rioda é companhia, a quarta cires. Na sede dade que abriga o espetá-e rola internet wireless culo (que já passou por Cuabro todos os documentos ritiba, São Paulo e São José online. O Rio é a quarta cido Rio Preto), mas decidi dade que abriga o espetánão atençãopor para a culochamar (que já passou Cu-

tensíssimo. Porém, quando cheguei lá, tive Já fazemos um trabalho reprodução dos arquivos desliga o telefone e o intert á aou c opara n t efugir c eo ndela? dprimeio fora do que fazer três provas esna internet desde ÁLAMO FACÓ e seu Mac em cena: mergulho na rede para distrair a solidão voluntária na comunicação sem fio. pecíficas O fone para para conseguir romper com ro o álbum, apartamento. Viro o laptop de 2005. Acredifoco não é este. mundo Passa to a que emna direção ao do público, concluir. Meexterior. especializei fase 2.0 cibe- para usar o portátil como seu unique eles vejam os e no software e, voltando respaço, a de hoje, basta reprodução dos arquivos desliga o telefone e o inter- t á a c o n t e c e n d o vídeos fora do verso. Suas conversas com músicas que estou acessanComo é essa interação entre o para o Brasil, percebi ter bom conteúdo numa na comunicação sem fio. O fone para romper com o apartamento. Viro o laptop amigos Messenger, e ligolivre. umaoperiférico nele personagem o computador? que poderia gravar todo plataforma Nosso para foco não é eeste. mundo pelo exterior. Passaem a do, em direção público, idiomas diferentes e simulpara exibir uma projeção Quando Dário decide não o meu com acomo ajuda trabalho My os Space, usarCD o portátil seu unique está eles no vejam vídeos e aneam e n t conversas e , d e i x a mcom - nYou o Tube, nas cortinas teatro. Tudo sair casa interação até Rita entre voltar, Q acessandoele.tverso. Fotolog... Suas músicas que do estou Comodeé essa atualizado sobre o que o esé acionado ao vivo. ■ ele quebra a campainha e amigos pelo Messenger, em do, e ligo um periférico nele personagem e o computador?

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Quando Dário decide não sair de casa até Rita voltar, ele quebra a campainha e

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18 PERFIL PERFIL 03

FAZENDO RIR PELO

celular

Atriz e roteirista encena esquetes esotéricos pelo projeto Cine Mobile

C Ana Branco

IGOR FIDALGO

FOTO: ANA BRANCO arioca de 32 anos, geminiana e formada em filosofia na PUC, Suzana Pires é daquelas atrizes naturalmente engraçadas, que fazem rir mesmo fora do palco. Há pouco, CAROLdenMONTE começou a escrever uma coluna bem mulherzinha e sua and fábrica de tro do seu site, o www.suzanapires.com.br. Os artigos estilo “Sex fazer som — com the city” chamaram atenção e daí veio o convite para roteirizar a ajudinha as picantes histórias do programa “As Pegadoras”, exibido pe- do Pro Tools, claro lo Multishow nas madrugadas de quinta-feira. Da sua última peça, o sucesso “De perto ela não é normal”, Suzana tirou a personagem Tia Sueli, uma mulher que só veste couro e pérolas, e cujos cachos dourados cheiram a naftalina. “Ela existe. Me inspirei numa senhorinha de verdade, que andava pelas ruas de Copacabana e que comecei a perseguir”, lembra a atriz. Encarnada neste tipo caricato, Suzana filmou dicas esotéricas para todos os signos, que estão disponíveis para os usuários da operadora Claro através do serviço Cine Mobile. É acessar para morrer de rir.

A perseguição nas ruas de Copacabana indica que esse ambiente inspira você? Totalmente. O mundo me inspira. O que eu vejo, leio ou escuto na rua pode virar um personagem de uma peça ou uma história do programa. Adoro ir no Rio Design Barra, aqui perto de casa, por exemplo. Por mais que seja um shopping família, sempre procuro sentar perto de um grupo de amigas. São ideias para o roteiro de “As Pegadoras” na certa. Outro lugar interessante é o Baixo Leblon, especialmente a Pizzaria Guanabara. É um prato cheio.

Como funciona seu trabalho de roteirista? Recebo histórias de meninas que assistem ao programa pela internet. São casos picantes, mas verossímeis. Nada fantasioso como um bombeiro que vai consertar a pia e acaba na cama. Pego detalhes destas histórias e roteirizo para o programa. SUZANA PIRES: esquetes inspirados em personagens reais que ela encontra pelas ruas da Zona Sul do Rio

Você costuma acessar bate-papos eróticos?

Já acessei, no início. Fiz uma megapesquisa sobre o tema quando comecei a escrever. Mas, como o foco do programa são histórias de verdade, que podem acontecer com qualquer um, a internet não me inspira muito. Muita coisa que é dita ali não é verdade, como as descrições das pessoas ou o que elas falam sobre a sua vida.

Como é a participação de Tia Sueli no Cine Mobile? São pílulas de humor em forma de vídeo para assistir no celular. Quem tem aparelhos 3G pode fazer o download para o telefone. É possível também assistir sem baixar, através do site da Claro. Gravamos pequenos vídeos com comentários divertidos sobre as características astrológicas. Divertidos, porém sérios, pois estas características são verdadeiras. A ideia é a pessoa assistir ao vídeo do signo dela e do namorado, ou da pessoa em que está interessada, para ver se combina.


18 PERFIL

IGOR FIDALGO

FOTO: MARCO ANTÔNIO CAVALCANTI

PERFIL 05

COMPUTADOR A SERVIÇO DA É QUANDO O BATUQUE FOTO: ANA BRANCO

IGOR FIDALGO

CAROL MONTE e sua fábrica de fazer som — com a ajudinha do Pro Tools, claro

digital arte

A produtora Carol Monte conta como se tornou uma das poucas certificadas no software Pro Tools no país

Fusão de tecnologia com artesanato é destaque na obra do artista plástico curitibano Walton Hoffmann

W

alton Hoffmann não sabe ao certo se tem 52 ou 53 anos. Bem humoradíssimo, o artista plástico curitibano tem impressionado a turma da arte com seus objetos onde propõe a reflexão: “Não quis ter aquele compromisso com a arquitetura. Meus prédios de acrílico espelhado não têm função de maquete. Mas podem ter”, explica o descendente de islandeses e suecos, sobre a expo deste ano. A dita reflexão vem da imagem do público que é projetada nas obras, como uma contestação ao fenômeno “Big Brother”. Da cultura escandinava dos seus bisavós, Walton trouxe o gosto pelas sombras típicas do folclore sueco, imagens recorrentes nos seus trabalhos. Do mundo moderno, ele tira mão-deobra para desenhar e recortar suas placas de acrílico com ajuda do Corel DRAW! 13 e do Adobe Photoshop 9.02.

Quando a tecnologia entrou no seu processo criativo? Comecei a usar Photoshop na montagem da exposição “Em busca da Terra do Nunca”, de 2006. Pesquisava imagens da cultura escandinava e inseria nas minhas obras digitalmente. Comecei pintando quadros figurativos há 15 anos, em uma época que a arte estava focada em es-

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HOFFMANN m dezembro de 2007, Carol Monte tinha 28 anos e esesua viu cidade acrílico: os apontada pelo selo Som Livre Apresenta de como a pro desenhos de puzzles messa do verão. A aposta não surgiu à toa: no CD do foram feitos em Corel projeto Irreversíveis, nas lojas desde março, a produDRAW! 13 tora musical toca mais de dez instrumentos... todos pelo computador. Certificada em Londres pela DigiDesign, empresa fabricante do software Pro Tools, Carol gaba-se de ser uma das poucas que detém o pomposo diploma no Brasil: “Se a Amy Winehouse vier aqui e quiser gravar uma música, encontrará no site da DigiDesign só três profissionais com esta formação no país. Eu sou um deles”, exemplifica.

Como funciona o Pro Tools? É um programa de gravação, edição e mixagem de áudio. Toco músicas num teclado tipo de piano, e as notas são convertidas em qualquer instrumento, tais como bateria, violino e órgão. Depois de gravar a sequência do MIDI de cada áudio separadamente, edito tudo no Pro-Tools. Como você conseguiu ser uma das únicas certificadas da DigiDesign no Brasil?

culturas. Hoje, quando a pintura começa a ganhar força novamente, sinto-me atraído pela criação de objetos. Costumo dizer que estou na linha de fogo, remando contra a maré. Não consigo ficar parado, preciso evoluir. Agora, em 2008, montei a exposição “Assim é se lhe parece”. Nela, trabalho quase totalmente com objetos.

Mas você e o Léo Benitez são "a banda" Irreversíveis ou contam com outros músicos? O nosso videoclipe, que começará a ser exibido em julho, faz uma paródia com isso. Além de tocar todos os instrumentos e cantar, atuamos como quatro personagens diferentes. No fim, aparecemos atrás das câmeras, numa insinuação irônica de que fizemos tudo naquele vídeo também. Mas quem fez tudo mesmo ali foi o diretor Nathanael Leclery.

(http://www.museoreinasofia.es). dapara para executar cortes Vocês Como você produz estes objetos? Fui Londresosem não têm um site da ban- Digo que minha arte liga o que desenhei no Corel. O Eu os desenho a mão, esca2006 fazer um curso ex- da. Por quê? artesanal com a tecnoloresultado são peças com neio e vetorizo no Corel tensíssimo. Porém, gia. Sem o encaixe perfeito. DRAW! 13. As linhas do quando cheguei lá, tive Já fazemos umcomputador, trabalho não conseguiria tanto dequebra-cabeça são impresque fazer três provas es- na internet desde o primeitalhismo no recorte. sas do lado avesso de uma A internet inspira seu trabalho?ro álbum, de 2005. Acredi- E pecíficas para conseguir semnaa fase paciência um arplaca de acrílico de 1986, Não inspira diretamente,to que concluir. Me especializei 2.0 dode cibetesão que executa a máfora de linha, que enconmas navego muito em si-respaço, a de hoje, basta no software e, voltando quina que faz o corte trei num galpão em Curitimuseus e galerias.ter bom conteúdo numaa laparateso de Brasil, percebi ser para mim, resultado ba. É 100% puro e permite preferidos são osplataforma que Meus poderia gravar todo livre.oNosso não seria tão preciso. que faça os cortes com portais do nova-iorquino o meu CD com a ajuda trabalho está no My Space, Esfusão é pura Qarte conmuita precisão. Uma má(www.moma.org) e do esdeleMoma . You ta Tube, Fotolog... quina a laser é programa- p a n h o l R e i n a S o f i a temporânea. Q


18 PERFIL PERFIL 03

IGOR FIDALGO

CELULAR: MELHOR AMIGO DA

mulher

H

á dez anos, a cena seria inimaginável. No meio de um churrasco, a florista Suzana Milman começa a fotografar a família de uma amiga. Empolgada pelas crianças, que queriam ver as imagens em um laptop próximo, ela transfere, como mágica, os arquivos para o computador. Primeiro detalhe: Suzana fez as fotos com seu aparelho celular, dispensando uma câmera digital. Segundo: ela usou tecnologia Bluetooth para enviar tais arquivos. A história pode parecer prosaica em 2008, mas ilustra com propriedade o dia-a-dia da badalada florista que assina os arranjos do hotel Copacabana Palace, da joalheria H.Stern de Ipanema e do restaurante 00, na Gávea. Suzana Milman é apaixonada pelo celular N95, da Nokia, e é uma desbravadora dos inúmeros recursos que o aparelho oferece.

Como é a sua dinâmica de trabalho? Tenho um escritório em Benfica, dentro da Cadeg, e abri uma loja da Florisbela em Ipanema há quatro meses. Muitas vezes, tenho a necessidade de estar em dois lugares ao mesmo tempo. Posso precisar visitar a casa de uma cliente, para ver onde meus arranjos serão colocados, e ao mesmo tempo estar envolvida com a montagem de vasos para

um casamento. Decidi que meu florista e eu teríamos o mesmo celular, para facilitar nossa comunicação. Enquanto eu fotografo a locação de um evento, ele vai me enviando as imagens conforme vai criando as bases. Se não existisse um celular que possuísse todas estas funções, teríamos que fotografar, descarregar num computador e só depois enviar... Isso demandaria tempo. Marco Antonio Cavalcanti

Florista que assina os arranjos mais FOTO: ANA BRANCO chiques do Rio declara sua paixão CAROL MONTE pelo celular e sua fábrica de fazer som — com Nokia N95 a ajudinha do Pro Tools, claro

Era assim que você fazia antes? Sim. Usávamos uma Sony Cybershot DSC-W1 e, depois de fazer as fotos, procurávamos um computador com acesso à internet para enviar as imagens. Nem sempre era fácil. A comunicação entre eu e meus funcionários demorava muito mais.

Por que essa paixão pelo N95? Na verdade, sou apaixonada pela Nokia. Já tive um Samsung, mas a interface não é tão prática. Antes do N95, tive um Nokia A61 que era melhor na hora de responder emails ou enviar mensagens. Cada tecla representava uma letra e eu escrevia muito mais rápido. Mas a falta de uma câmera digital integrada dificultava. Com o N95, acesso internet via web (não é wap, como a maioria dos celulares, e às vezes nem tem custo, pois conecto através de Wi-Fi), filmo, a g e n d o c o m p ro m i s s o s , consulto mapas, abro planilhas, arquivo meu banco de imagens, listo meus sites favoritos...

E quais são seus bookmarks? SUZANA, SUAS flores e o N95 velho de guerra: a vida dela nunca foi a mesma depois que comprou o aparelho

Entro quase toda semana em sites especializados como www.theknot.com, www.antonytodd.com, www.hervegambs.com, www.prettyflowers.com.br e www.terraviva.com.br.


18 PERFIL

IGOR FIDALGO

IGOR FIDALGO

PERFIL 03

QUANDO O BATUQUE É ELA ESTÁ SEMPRE

FOTO: ANA BRANCO

CAROL MONTE e sua fábrica de fazer som — com a ajudinha do Pro Tools, claro

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uando o Radar55 ( www.radar55.com) foi lançado, em 2006, só havia notícias sobre o Rio e sobre a internet. Hoje, ele envia quase um milhão de emails por mês com dicas culturais (tais como beleza, design, arte, gastronomia...) também para São Paulo, Porto Alegre e Brasília. Esse progresso fez a jornalista Juliana Pinheiro Mota incorporar ao projeto inicial uma galeria de arte e uma loja multimarcas, ambos online. Antes de se tornar essa poderosa editora de conteúdo, com a invejável taxa de aproximadamente 30% de abertura no envio de suas newsletters, a carioca de 31 anos nem imaginava que o negócio poderia ir tão longe. Resultado: transformou sua brincadeira num verdadeiro Google de coisas legais.

Como surgiu o site? Sempre era procurada por amigas para sugerir roteiros ou contar novidades sobre moda e design. Por falta de tempo, não conseguia responder. Criei um site para arquivar estas dicas. A diretora de arte Mariana Ochs me mostrou o www.dailycandy.com, um portal de moda que tem esse perfil, e decidi fazer algo neste formato. O “Radar Rio e Por aí”, que só tem links de URLs bacanas, começou assim: os leitores acessavam, assinavam e passavam a re-

digital antenada

A produtora Carol ComoMonte o site conta como se tornou Radar55 virou uma das poucas galeria de arte e certificadas no software ainda obtém Pro Tools no país 30% de retorno nas newsletters

ceber, gratuitamente, um email com dicas. É assim até hoje. O fato de eu não enviar minha newsletter para um mailing comprado — e sim para internautas que escolheram receber tais mensagens — fez o sistema funcionar.

O que são 30% de abertura? Quando uma gigante da internet faz publicidade de um produto para seus milhões de leitores, o retorno de abertura não chega a 1%. JULIANA E A BOLA assinada pelo designer Paul Smith: sucesso do Radar55 deve-se ao cadastro voluntário dos leitores

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Mas é considerável, quando retorno. Elas têm interesse diência. O 55loja mostra a m dezembro de 2007, Carol Monte tinha 28 anos e se viu falamos de milhões de ca- no que estão lendo porque força do consumo da interapontada pelo selo Som Livre Apresenta como a prodastrados. Tenho dez mil as- escolheram receber. net. Existem leitores que messa do verão. A aposta não surgiu à toa: no CD do sinantes no Radar55. Alguns preferem comprar no site a projeto Irreversíveis, nas lojas desde março, a produrecebem mais de uma dica Como surgiram a galeria de arte ir a uma loja na esquina. tora musical toca mais de dez instrumentos... todos pelo compor dia (por terem escolhi- e a loja virtuais? Vendemos muito para o Rio putador. Certificada em Londres pela DigiDesign, empresa fado notícias do Rio, Brasília e Começamos a ter muito con- e para praças como Salvabricante do software Pro Tools, Carol gaba-se de ser uma das internet, por exemplo). São teúdo sobre arte e o assunto dor, São Paulo e Acre. poucas que detém o pomposo diploma no Brasil: “Se a Amy 25 mil mensagens enviadas ganhou espaço próprio. O Winehouse vier aqui e quiser gravar uma música, encontrará diariamente. Estas pessoas 55arte é uma vitrine de no- Aonde vai chegar o Radar55? no site da DigiDesign só três profissionais com esta formação lêem o email e clicam nele, vos artistas plásticos. Atra- Internacionalização. Além no país. Eu sou um deles”, exemplifica. “abrindo” meu site a partir vés de notas que os leitores de ter cobertura em mais cida mensagem que enviei pa- classificam as obras, assim dades brasileiras, quero ter Como funciona o Pro Tools? Mas você e o Léo Benitez são ra elas. Por isso, a minha “ta- como os votos que dão às colaboradores em Paris, No"a banda" Irreversíveis ou conxa de abertura” beira 30% de notícias, quantifico a au- va York, Londres...

É um programa de gravação, edição e mixagem de áudio. Toco músicas num teclado tipo de piano, e as notas são convertidas em qualquer instrumento, tais como bateria, violino e órgão. Depois de gravar a sequência do MIDI de cada áudio separadamente, edito tudo no Pro-Tools. Como você conseguiu ser uma das únicas certificadas da DigiDesign no Brasil? Fui para Londres em 2006 fazer um curso extensíssimo. Porém, quando cheguei lá, tive que fazer três provas específicas para conseguir concluir. Me especializei no software e, voltando para o Brasil, percebi que poderia gravar todo o meu CD com a ajuda dele.

tam com outros músicos?

Simone Marinho

O nosso videoclipe, que começará a ser exibido em julho, faz uma paródia com isso. Além de tocar todos os instrumentos e cantar, atuamos como quatro personagens diferentes. No fim, aparecemos atrás das câmeras, numa insinuação irônica de que fizemos tudo naquele vídeo também. Mas quem fez tudo mesmo ali foi o diretor Nathanael Leclery. Vocês não têm um site da banda. Por quê? Já fazemos um trabalho na internet desde o primeiro álbum, de 2005. Acredito que na fase 2.0 do ciberespaço, a de hoje, basta ter bom conteúdo numa plataforma livre. Nosso trabalho está no My Space, You Tube, Fotolog... Q


E O LAPTOP CHEGOU À

cozinha

18 PERFIL PERFIL 03 Cardápio em netbook permite uma riqueza de informações que seria impossível em um cardápio impresso

IGOR FIDALGO

S

Leonardo Aversa/Arquivo

JAVIER TORRES: cozinhas monitoradas e planos de o cliente emitir o próprio pedido pelo computador

ente a cena: você chega no restaurante mais sofisticado de São Conrado e solicita o cardápio. Em vez daquele livro impresso, recebe um netbook. Mais do que um charme, a estratégia do chef catalão Javier Torres —- sócio do restaurante Eñe com o irmão Sergio —surgiu quando viu laptops Sony Vaio em bares e restaurantes transados. “Por que não oferecer um conteúdo elaborado dentro daquele potencial cardápio digital?”, pensou. Na inauguração do restô, os clientes ainda estavam tímidos, com medo de manusear os netbooks, mas a ideia engrenou. Fã da brasileira batata baroa, do cruzamento da cozinha ibérica com a contemporânea e da moderna panela Gastrovac, Javier, com todo respeito, é um nerd da alta gastronomia: além do cardápio em imagens, monitora o Eñe a partir da webcam que instalou no estabelecimento. Esteja na Europa ou em qualquer outro continente, seu olhar está ali, na cozinha.

Qual a principal diferença em oferecer os pratos via netbook? O cliente navega pelo cardápio vendo fotos, textos descritivos que explicam a composição e a preparação dos pratos e ainda tem acesso a dicas de harmonização com vinhos da nossa adega. Tudo isso poluiria um cardápio impresso.

Existem planos do cardápio substituir os garçons?

Eles são só ilustrativos, não servem para fazermos a emissão de pedidos. Os pratos ainda são tirados manualmente. Nesta primeira versão, ainda não contabilizaFOTO: ANA BRANCO mos quais páginas são mais acessadas, mas este é o desenvolvimento lógico. No fuCAROLeleMONTE turo, quando o cardápio e sua fábrica trônico virar padrão, incor- de fazer som — com poraremos esta funcionalidaa ajudinha do de para que o cliente possa Pro Tools, claro fazer o pedido pelo próprio computador — mas sem dispensar os garçons, cujo trabalho é essencial para a excelência do nosso serviço.

Vocês continuam líderes nesta iniciativa? Não conhecemos restaurantes brasileiros com esta plataforma. Acreditamos que o cardápio digital do Eñe possivelmente ainda seja uma novidade mundial, já que, até agora, só achamos referências de algumas enotecas americanas que oferecem carta de vinhos em laptops.

Quando está em Barcelona, em seu restaurante local, o Dos Cielos, você acompanha o Eñe do Itaim Bibi pelas câmeras que instalou no restô paulistano. Como monitora o funcionamento do Eñe Rio? Acabamos de instalar webcams na filial carioca e posso, mesmo estando em outro continente, conferir o espaço do Rio também.

E o que você acessa quando você não está na cozinha — ou de olho nas cozinhas? Adoro o portal lomejordelagastronomia.com e o site oficial do evento Madri Fusion (madridfusion.net), onde chefs trocam receitas e experiências. Também não perco os posts dos blogs blog.santisantamaria.com e elmundo.es/elmundo/blogs/cocinandopalabras. (COLABOROU Ga-

briel Sobreira)


IGOR FIDALGO

PERFIL 03

FOTO: ANA BRANCO

IGOR FIDALGO

CAROL MONTE e sua fábrica de fazer som — com a ajudinha do Pro Tools, claro

IGOR FIDALGO

A produtora Carol Monte conta como se tornou uma das poucas certificadas no software Pro Tools no país

Fabio Rossi

digital

para fora para fora

DE DENTRO DE DENTRO

QUANDO O BATUQUE É

PERFIL 03 Fabio Rossi

18 PERFIL

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m dezembro de 2007, Carol Monte tinha 28 anos e se viu apontada pelo selo Som Livre Apresenta como a promessa do verão. A aposta não surgiu à toa: no CD do projeto Irreversíveis, nas lojas desde março, a produtora musical toca mais de dez instrumentos... todos pelo computador. Certificada em Londres pela DigiDesign, empresa fabricante do software Pro Tools, Carol gaba-se de ser uma das poucas que detém o pomposo diploma no Brasil: “Se a Amy Winehouse vier aqui e quiser gravar uma música, encontrará no site da DigiDesign só três profissionais com esta formação no país. Eu sou um deles”, exemplifica.

Como funciona o Pro Tools?

Mas você e o Léo Benitez são "a banda" Irreversíveis ou contam com outros músicos?

É um programa de gravação, edição e mixagem de áudio. Toco músicas O nosso videoclipe, que num teclado tipo de pia- começará a ser exibido em no, e as notas são conver- julho, faz uma paródia tidas em qualquer instru- com isso. Além de tocar toDHAVAL CHADHA, DO CDI: “A liderança deve vir de dentro. Nós damos o treinamento, mas os projetos de inclusão digital devem ser comandados por líderes das próprias comunidades” mento, tais como bateria, dos os instrumentos e canviolino e órgão. Depois de tar, atuamos como quatro m 2007, Dhaval ma penetração na web, e esCientista social indiano quedetrabalha nodevem Brasil a sequência do MIpersonagens diferentes. DHAVAL CHADHA, DO CDI: “A liderança deve vir de dentro. Nós damos o treinamento, mas os projetos inclusãogravar digital serdá comandados por líderes das próprias comunidades” Chadha estava se fortamos ampliando os domíDI de cada áudio separa- No fim, aparecemos atrás boas dicas de como ampliar os domínios da web mando em Harvard e nios do CDI nestas áreas. damente, editodá tudo no das câmeras, numana insim 2007, Dhaval ma penetração web, e esCientista social indiano que trabalha no Brasil decidiu criar um gruAcreditamos no potencial Pro-Tools. nuaçãotamos irônica de que fizeChadha estava se forampliando os domíparadicas ne- mos com treinamento e cade cursos profissionalizan- do telefone celular como ferpo acadêmico focado na que ele demonstra boas de como ampliar os domínios da web mos tudo vídeo áreas. mando em Harvard e nios naquele do CDI nestas abertura de mercados. A ini- gociar com líderes locais so- pacitação técnica para que tes, de graduação, de lín- ramenta de educação, uma Mas quem no fez potencial tudecidiu criar um gruAcreditamos vocêtudo conseguiu ser uma também. guas, via e-learning. É vez que mais de 80% dos ciativa rendeu uma foto do bre educação digital em co- esses espaços, que geral- Como do mesmo ali foi celular o diretor ca-únicas de certificadas cursos profissionalizanpo acadêmico focado na que ele demonstra para ne- mos com treinamento edas do telefone como ferda Digiindiano na capa do “New munidade carentes. Em meio mente são celeiros para jo- social, pois integra a comu- brasileiros tem um. São mais Nathanael Leclery. que no tes, de graduação, de línabertura de mercados. A ini- gociar com líderes locais so- pacitação técnica para Design ramenta de educação, uma Brasil? digitalmente, e auto- de 165 milhões de aparelhos York Times”, em 2008. Como a tantos projetos, els conver- gos online, se configurem nidade

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ciativa rendeu uma foto do bre educação digital em co- esses espaços, que geral- guas, tudo via e-learning. É vez que mais de 80% dos a área social era o seu target, sou conosco sobre a inten- também como centros de sustentável, porque os do- aqui, e 75% destes são aptos social,Londres pois integra a comuindiano na capa do “New munidade carentes. Em meio mente são celeiros para jo- para brasileiros tem um. São mais não tême um site conteúdo. da bandas LAN Housesem cobra- Vocês enviou seu currículo para o ção de transformar as LAN e n s i n o e o p o r t u n i d a d e . Fuinos a baixar gerar nidade digitalmente, e autoYork Times”, em 2008. Como a tantos projetos, els conver- gos online, se configurem de 165 milhões de aparelhos 2006riam fazer curso ex- da. Por quê? porum estes cursos. Comitê de Democratização Houses brasileiras em pólos Apresentamos também parporque a área social era o seu target, sou conosco sobre a inten- também como centrost eden s í sustentável, aqui, e 75% destes são aptos s s i m o . P o r é m , os do- Qual ceiros que podem viabilizar da Informática, o nosso CDI, de educação a distância. o segredo para que os prod e . noscheguei das LANlá, Houses cobraenviou seu currículo para o ção de transformar as LAN e n s i n o e o p o r t u n i d aquando a baixarum e gerar conteúdo. tive Já jetos fazemos trabalho estas ações. propondo trabalhar com faRecentemente, Sir Tim Berners sociais funcionem nas copar- fazer riamtrês por provas estes cursos. Comitê de Democratização Houses brasileiras em pólos Apresentamos também que es- um na internet desde o primeivelas durante um ano. Com Que estratégia é essa? Lee, o pai do WWW, ganhou munidades? ceiros que podem viabilizar da Informática, o nosso CDI, de educação a distância. Qual de o segredo para que os propecíficas conseguir ro álbum, 2005. um português praticado na Atualmente, 47% dos brasi- Por exemplo... milhão para de libras para levar inA liderança deveAcredivir de denestas ações. propondo trabalhar com faRecentemente, Sir Tim Berners jetos sociais funcionem concluir. Me especializei to que fase 2.0 do cibe- nas copista de dança da Casa da leiros que acessam internet Uma LAN House localizada ternet para todo o mundo atratro.na Nós damos o treinamenvelas durante um ano. Com Que estratégia é essa? Lee, o pai dovoltando WWW, ganhourespaço, um munidades? no software a de hoje, basta Matriz e nas mesas altas da o fazem através de LAN Hou- no interior do Brasil pode ONG Web Fundation. vés da sua e, to, mas os projetos de incluum português praticado na Atualmente, 47% dos brasi- Por exemplo... milhão de libras para levar inA liderança deve vir de denpara o Brasil, percebi ter bom conteúdo numa champanheria Ovelha Ne- ses. Estabelecimentos com funcionar como uma sala de Como ele poderia começar? são digital, por exemplo, depista de dança da Casa da leiros que acessam internet Uma LAN House localizada todo o mundo atraternet para tro. Nóslivre. damosNosso o treinamenque Através poderia gravar plataforma gra, Dhaval passaria tranqui- visão comunitária nos pro- aula virtual para cursos de de açõestodo específivem ser comandados por líMatriz e nas mesas altas da o fazem através de LAN Hou- no interior do Brasil pode vés dacom sua ONG Web Fundation. to,está mas os My projetos de inclua ajuda Space, lamente por um carioca, so- curam, mas o CDI não patro- u m a u n i v e r s i d a d e , p oor meu cas.CD O Oriente Médio e trabalho a deres dasnocomunidades de champanheria Ovelha Ne- ses. Estabelecimentos com funcionar como uma saladede Como ele poderia começar? são digital, por Qexemplo, del e . You Tube, Fotolog... bretudo pela nonchalance cina estes projetos. Entra- exemplo. Existem projetos América Latina têm baixíssi- baixa renda. ■ gra, Dhaval passaria tranqui- visão comunitária nos pro- aula virtual para cursos de Através de ações específi- vem ser comandados por lílamente por um carioca, so- curam, mas o CDI não patro- u m a u n i v e r s i d a d e , p o r cas. O Oriente Médio e a deres das comunidades de bretudo pela nonchalance cina estes projetos. Entra- exemplo. Existem projetos América Latina têm baixíssi- baixa renda. ■


18 PERFIL PERFIL 05 IGOR FIDALGO

Conheça o executivo acadêmico que dedica sua vida ao ensino e se especializou em e-learning

FOTO DE LIU LAGE

R

oberto Meireles é um cara visceralmente dedicado à educação. Começou como professor em 1990, antes mesmo de terminar os créditos da sua pós-graduação no Coppead/UFRJ. Dois anos depois, estava produzindo programas curriculares de pós para todo o Brasil, com foco especial no Nor te e no Nordeste do país. “Era pouco sustentável viajar tanto para passar menos de 24 horas em uma cidade”, lembra o executivo acadêmico, que contabiliza mais de 50 viagens para Belém naquele período. A idéia de lecionar virtualmente surgiu algum tempo depois, quando Roberto Meireles participou de congressos em Dublin, na Irlanda, e em Miami, nos Estados Unidos, e acabou se especializando em e-learning. Com quase 20 anos de vida acadêmica, Roberto é hoje sócio-fundador do Instituto Rio Moda, central de desenvolvimento de competências na área de estilo que tem no ensino a distância seu pilar conceitual. Workaholic assumido, ele faz musculação com o laptop a tiracolo, não dorme mais que seis horas por noite e não sente sono: “Pulo da cama excitado com o dia que tenho pela frente”.

AO MESTRE VIRTUAL,

com carinho Como era a plataforma de ensino a distância em 1997? Usávamos Windows e era basicamente um software que conjugava fór uns e chats. Os alunos tinham acesso a um material escrito, liam o desenvolvimento nos fóruns e tiravam eventuais dúvidas através dos chats. Nesta época, usávamos o Web-CT, um dos mais famosos LMS (Learning Manegement System). Sempre

ROBERTO MEIRELES: multiplicando o ensino graças ao uso da rede

prezei pela qualidade. Acredito que é preciso ter excelência, mesmo sem a presença física. Depois, partimos para web conferência de voz com o Centra Symposium.

Quantas pessoas podem ter acesso às aulas simultaneamente? Até 45. De 2005 a 2007, a PUCRJ treinou mais de dois mil funcionários do Banco do Brasil no MBA em Executivo Financeiro. Por três meses,

fui tutor de 15 turmas, com 40 alunos virtuais cada.

Como acontecem as palestras virtuais do Instituto Rio Moda? Em geral, fazemos duas por ano, resumindo as principais tendências. Ainda não cobramos por este serviço, pois estamos apresentando a empresa ao mercado. A próxima palestra será disponibilizada em março. Basta nos contactar atra-

FOTO: ANA BRANCO

CAROL MONTE e sua fábrica de fazer som — com a ajudinha do Pro Tools, claro

v é s d o w w w. i n s t i t u t o r i o m oda.com.br, para receber o CD com o material.

Como é o sistema hoje? Usamos o MicroPower Presence. O e-learning contemporâneo se divide em sistemas síncronos (que acontece com dezenas de pessoas online estudando em tempo real) e assíncronos (cada um estuda no seu melhor horário). Os sistemas assíncronos são mais comuns, pois o aluno pode escolher a hora da aula. A tela do software é dividida em duas partes: em 80% da área, compartilhamos aplicativos de Powerpoint e imagens. Nos 20% restantes, os usuários veem quem está participando, numa lista semelhante ao MSN.

A velocidade da conexão influencia o aprendizado? Aproveitamos a largura de banda da forma mais produtiva possível, resumindo as apresentações dos alunos no início da palestra virtual. Depois, para ganhar agilidade, utilizamos só troca de mensagens de texto e dividimos conteúdos. Nas aulas síncronas, quem quiser tirar uma dúvida aperta um ícone e o instrutor passa o microfone, tal como uma aula de verdade. ■


18 PERFIL

IGOR FIDALGO

PERFIL 03

IGOR FIDALGO

Como a tecnologia FOTO: ANA BRANCODuarte ajudou Rafael três Comoaamanter tecnologia plataformas ajudou Rafael Duartea CAROL MONTE caminho ade manter três e sua fábrica deSantiago fazer som — com plataformas a a ajudinha do caminho de Santiago Pro Tools, claro

À À

s 11h da última sextafeira, o fotógrafo Rafael Duarte chegou, sjunto 11h da última sextacom os atletas feira, o fotógrafo Jaime Vilaseca e Pedro RaArraes, àfael reta Duarte final do chegou, caminho junto de com os atletas de Santiago Compostela, Jaime Vilaseca e Pedroem Ar-9 numa jornada iniciada raes, à reta final do caminho de julho. Todo o périplo de Santiagodedebicicleta Compostela, aconteceu e foi numa jornada iniciada 9 oglodocumentado no blogem de julho. Todo o périplo bo.globo.com/blogs/santiago2009, e aconteceu de(twitter.com/pedaisbicicleta e foi pelo Twitter documentado no blog santiago). Mas como três oglobrabo.globo.com/blogs/santiago2009 ,e sileiros conseguiram atualitwitter.com/pedaispelo Twitter ( zar um blog e twitar em meio santiago Mas como três braa uma).estrada de barro, pesileiros conseguiram atualidra e cascalho? Elementar, zar blogandarilho: e twitar emalguns meio meuum caro ados uma estrada de barro, pe40 quilos que cada um dra e cascalho? Elementar, deles carregou sob duas romeu caro andarilho: das eram referentesalguns a um dos 40 quilos que ecada laptop HP Pavilion a umum cedeles carregou Q11. sob duas rolular Motorola Ambos, das eram referentes a um usando o serviço de roaming laptop HP Pavilion e a um ceinternacional da TIM, mantilular Q11. Ambos, veramMotorola o trio conectado duusando o serviço de roaming rante a peregrinação. internacional da TIM, mantiveram trio seconectado Como o ogrupo preparou? durante a peregrinação. Começou quatro meses antes, com séries em academia Como o grupo se preparou? e treino de bike. Também roComeçou quatro meses anlou uma readaptação nutrites, comjá séries cional, que,em naacademia viagem, econtávamos treino de bike. rocomTambém suplemenlou readaptação nutritos uma alimentares. Não podia cional, já que, natínhamos viagem, beber álcool, pois contávamos com Chinesa suplemenque subir a Vista às tos alimentares. podia 5h30m, antes doNão tabalho. beber poisconsumia tínhamos Aqui, álcool, cada um que subir a Vista Chinesa às quatro litros e meio de água 5h30m, doatabalho. por dia, antes parando cada 20 Aqui, cada um quilômetros paraconsumia comer. E quatro litrossolar. e meio de água muito filtro por dia, parando a cada 20 quilômetros para comer. E muito filtro solar.

QUANDO BATUQUE É PERFIL 03 BLOGAR COMOFÉ BLOGAR COM FÉ A produtora Carol Monte

eu vou digital eu vou

conta como se tornou uma das poucas certificadas no software Pro Tools no país

FOTO DE RAFAEL DUARTE FOTO DE RAFAEL DUARTE

IGOR FIDALGO

E

m dezembro de 2007, Carol Monte tinha 28 anos e se viu apontada pelo selo Som Livre Apresenta como a proRAFAEL DUARTE messa do verão. A aposta não surgiu à toa: no e os parceiros da CD do projeto Irreversíveis, nas lojas desde março, a produjornada: conexão tora musical toca mais de dez instrumentos... todos permanente RAFAEL DUARTE pelo computador. Certificada em Londres pela DigiDesign, empresa fae os parceiros da bricante do software Pro Tools, Carol gaba-se deconexão ser uma das jornada: poucas que detém o pomposo diploma permanente no Brasil: “Se a Amy Winehouse vier aqui e quiser gravar uma música, encontrará no site da DigiDesign só três profissionais com esta formação no país. Eu sou um deles”, exemplifica.

Como funciona o Pro Tools? É um programa de gravação, edição e mixagem de áudio. Toco músicas num teclado tipo de piano, e as notas são convertidas em qualquer instrumento, tais como bateria, violino e órgão. Depois de gravar a sequência do MIDI de cada áudio separadamente, edito tudo no Pro-Tools.

Por que preferiram pegar a trilha dos andarilhos a seguir pela estrada de asfalto? Por que preferiram pegar a trilha O caminho de Santiago tem dos andarilhos seguiratravespela esvárias trilhasa que trada asfalto? Pegamos a sam adeEspanha.

O caminho de Santiago trilha francesa. Poucostem civárias trilhas que atravesclistas escolhem esta, mas é sam Espanha. Pegamos a a queagarante a maior sensatrilha francesa. Poucos cição. Ali, cada grama é essenclistas escolhem esta, mas é cial, pois o peso nas costas aenorme. que garante maior sensaÉ um acaminho onde ção. Ali,nos cada grama é essenvamos libertando do pecial, pois onuma peso nas costasao é so físico, analogia enorme. caminho onde peso dasÉ um nossas questões vamos nosÉlibertando do pepessoais. onde conheceso analogia ao mosfísico, mais numa pessoas e recebepeso das nossas questões pessoais. É onde conhecemos mais pessoas e recebe-

Mas você e o Léo Benitez são "a banda" Irreversíveis ou contam com outros músicos?

O nosso videoclipe, que começará a ser exibido em julho, faz uma paródia com isso. Além de tocar todos os instrumentos e cantar, atuamos como quatro personagens diferentes. No fim, aparecemos atrás das câmeras, numa insinuação irônica de que fizemos tudo naquele vídeo mos mais inputs através de- Como garvocê o laptop, descarregar também. tu- para Quais Mas dicasquem vocês fez deixam conseguiu ser uma as las: da quebra de limites de fotos... Quando da parávamos ali foi o diretor quem quiser seguir o desafio? das únicas certificadas Digi- do mesmo cada um, reflexões pes(a maioria deNathanael Leclery. É preciso tirar um tipo de Designem no albergues Brasil? mos maisCada inputs de- gar laptop, descarregar as Quais dicas vocês deixam para soais... umatravés tem uma les, oprivados), recarregávacredencial do peregrino, las: da quebra limites de Fuifotos... Quando parávamos quem quiser seguir o desafio? mensagem paradepassar. mos todos os aparelhos. que você consegue na Assopara Londres em Vocês não têm um site da bancada um, reflexões pesem albergues (a maioria deÉ preciso tirar um tipo de ciação dos Confrades e Ami2006 fazer um curso ex- da. Por quê? soais... Cada umajudou? tem uma les, privados), recarregávacredencial do peregrino, Como a tecnologia Levaram mais gadgets? gos do Caminho de Santiatensíssimo. Porém, mensagem passar. mos todos os aparelhos. você consegue na AssoO aparelhopara celular era usaA câmera Sony A300 foi com Já que go, na Casa Espanha (no quando cheguei lá, tive fazemos umdatrabalho ciação dos Confrades e Amido para acessar o Twitter. duas objetivas. Mas quase Humaitá, Zona Sul do Rio). que fazer três provas es- na internet desde o primeiComo a tecnologia ajudou? pecíficas Levaram mais gadgets? gos de SantiaPermitia uma atualização tudo foi feitoconseguir com uma lente Alémdo disso, o conteúdo que para ro álbum, deCaminho 2005. AcrediO aparelho celular era A câmera Sony A300 foi com go, na Casa da Espanha muito mais dinâmica do usaque 28/2.8, que tem efeito de publicamos no blog, que esconcluir. Me especializei to que na fase 2.0 do cibe- (no acessar o Twitter. do duas objetivas. Mas quase Humaitá, Zona Sul do Rio). ligarpara o computador e espeuma de 50mm. Não só pela tá também no portal Tim no software e, voltando respaço, a de hoje, basta Permitia uma atualização foi feito com lente Além conteúdo que carregado. Ele rar tudo ser praticidade, masuma também Wap, conteúdo édisso, uma ogrande encicloparatudo o Brasil, percebi ter bom numa muito mais do que 28/2.8, que tem efeito de publicamos no blog, que também eradinâmica uma bússola papela segurança. Imagina se pédia para quem quiser que poderia gravar todo plataforma livre. Nosso esligar o computador espeuma deum 50mm. só pela tá também no Tim ra detectar o sinal daeoperaentra grão dentro do atravessar. a realidao meu CD com a Não ajuda trabalho está noMostra My portal Space, rar tudo ser carregado. praticidade, mas também Wap, é uma grande enciclodora. Quando pegava, eraEle o sensor? Não tinha assistênde, a estrutura e o dia a dia dele. You Tube, Fotolog... Q também eradeuma bússola pamomento descansar, lira detectar o sinal da operadora. Quando pegava, era o momento de descansar, li-

pela segurança. Imagina se cia técnica no caminho... entra um grão dentro do sensor? Não tinha assistência técnica no caminho...

pédia para quem quiser ■ dos peregrinos. atravessar. Mostra a realidade, a estrutura e o dia a dia dos peregrinos. ■


18 PERFIL PERFIL 03 IGOR FIDALGO

EM BUSCA DA INTERNET Depois que mudou de PC para Mac, Fabão, um dos vocalistas do Monobloco, virou um verdadeiro caçador da conexão sem fio

E

m São Paulo, ele seria Fabião. Mas como bom carioca, Fábio Allman, uma das vozes do coletivo de percurssão Monobloco, é simplesmente Fabão. A falta da letra i no codinome artístico sinaliza uma das caraterísticas da sua forma de compor: "Os botões do estúdio intimidam. Sou um cara tosco, gosto de fazer música batendo na pedra", explica. Por isso, há menos de um ano, Fabão trocou o PC por um Mac e viu sua vida profissional mudar. Descomplicar, sobretudo. O computador da maçã permite que ele use uma série de periféricos com mais facilidade, ampliando seu processo de criação. Com 15 anos de estrada, Fabão — que além do Monobloco, também é vocalista da banda O Salto — destaca como um dos pontos antos da carreira ter subido ao placo do Rock in Rio III com Cássia Eller. Mas o que mais tem chamado atenção não é tudo isso: flamenguista, pisciano, defensor da bicicleta como meio de transporte, skatista e surfista, ele é um verdadeiro caçador de hotspots wireless pela cidade.

Como o Mac mudou sua vida? Há um ou dois anos, vem acontecendo um verdadeiro efeito dominó no Monobloco.

wireless

Todos que tinham PC começaram a migrar para MacBooks ou MacBooks Pro. Antigamente, só usava o PC para ver emails e acessar internet. Hoje, uso para criar música. Por exemplo: gravo qualquer som com um minimicrofone da Belkin que comprei na Austrália. Depois é só exportar para o Mac e editar. Posso compor o tempo todo.

Como é esse vício por hotspots? Não chega a ser um vício, mas realmente adoro pro-

curar internet wireless. Na última viagem que fizemos para Europa, promovendo uma oficina de percussão e vários shows, cheguei a conversar com minha mãe enquanto esperava um espetáculo no Royal Albert Hall começar. Para passar o tempo, peguei o Mac e vi que tinha wireless ali. Liguei a webcam integrada e falei com ela, sem delay, pelo Skype. O futuro chegou.

E tem a facilidade de encontrar hot-spots na Europa...

Não é só na Europa. Existe internet sem fio disponível em cada esquina do mundo. Estou no Monobloco desde 2000, dividindo os vocais com Pedro Luis, Alexandre Momo e Renato Biguli. Já viajei para Austrália, Nova Zelândia, Inglaterra e Irlanda com os caras. O AirPort, do Mac, é muito mais sensível que o do PC, e fico impressionado com a quantidade de redes abertas. Fora do Brasil, é bem mais fácil. Por aqui, ainda existe muito medo, e a

FOTO: ANA BRANCO

CAROL MONTE e sua fábrica de fazer som — com a ajudinha do Pro Tools, claro

maioria dos sinais é protegida por senha. Mas chegaremos lá.

E na web, quais são seus vícios? De cara, eu diria que são o YouTube e o MySpace, sem dúvida. Tenho assistido muitas raridades no YouTube, como os programas antigos da TV Tupi. O MySpace é um case de sucesso da relação entre fãs e músicos. Por ali, converso com muitos internautas que acompanham meu trabalho. Simone Marinho

FABÃO NA PRAIA da Urca: ali, ele não coneguiu conectar, pois o sinal estava bloqueado por senha. "Mas chegamos lá", acredita


18 PERFIL

IGOR FIDALGO

PERFIL 03

IGOR FIDALGO

QUANDO O BATUQUE É O GRINGO DO SMS

digital de ouro FOTO: ANA BRANCO

CAROL MONTE e sua fábrica de fazer som — com a ajudinha do Pro Tools, claro

V

ivendo no Rio há sete anos, o italiano Federico Pisani Massamormile chegou ao Brasil para comandar a blah!, comunidade social móvel precursora no conceito de redes de relacionamento. Em 2004, depois de fazer a blah! somar cinco mil usuários em Ásia, América Latina e EUA, Federico criou a Hanzo, companhia de mobile marketing. Hoje, fornece interfaces para plataformas de conteúdo e gerenciamento de interatividade para telefones celulares. Complicado? Quando fala de sua vasta lista de clientes, Federico deixa mais claro no que consiste o trabalho da carioca Hanzo. Durante a entrevista, por sinal, Federico mostra por que já se considera um nativo do Rio: na sua mesa de trabalho, cartões de crédito se misturam com barras de cereais e potes de suplementos vitamínicos, mostrando que leva a vida de forma leve, bem humorada e saudável. Tal como os bons cariocas.

O que faz exatamente uma empresa como a Hanzo, na área de mobile marketing? Nós criamos enquetes, conteúdos, convites e cupons promocionais para empresas de diferentes portes e disponibilizamos estes serviços pelo telefone celular. É uma forma de divulgação, mas diferente daquela feita por email, que acaba

E

m dezembro de 2007, Carol Monte tinha 28 anos e se viu apontada pelo selo Som Livre Apresenta como a proFabio - Rossi messa do verão. A aposta não surgiu à toa: no CD do projeto Irreversíveis, nas lojas desde março, a produtora musical toca mais de dez instrumentos... todos pelo computador. Certificada em Londres pela DigiDesign, empresa fabricante do software Pro Tools, Carol gaba-se de ser uma das poucas que detém o pomposo diploma no Brasil: “Se a Amy Winehouse vier aqui e quiser gravar uma música, encontrará no site da DigiDesign só três profissionais com esta formação no país. Eu sou um deles”, exemplifica.

sendo confundida com spam. Precisamos do opt-in (um tipo de autorização) de cada telefone celular fornecido pela empresa para poder encaminhar o conteúdo que geramos. Não podemos soltar material algum sem este certificado, que é gerado pelo próprio usuário.

Como funciona o Pro Tools?

Você pode contar como é que esse tipo de estratégia de marketing funciona “na vida real”? O trabalho que fizemos para Eliana Tranchesi é um bom exemplo. Recebemos opt-ins de dez mil números de celulares de clientes da Daslu para convidá-las para um evento. O retorno foi sensacional: elas respondiam à SMS, que vinha com a assinatura de Eliana, achando que a mensagem havia sido enviada diretamente pela empresária. Também já criamos mobile-cupons para o Ponto Frio. Numa campanha publicitária, divulgamos um número para envio de SMS, e, os consumidores que mandassem a mensagem receberiam de volta um código para ganhar desconto no ponto de venda.

Onde mais encontramos informações sobre marketing e telefonia? No Brasil, gosto do www.meioemensagem.com.br e do www.teletime.com.br. Mas diariamente acesso sites de notícias em geral. Gosto muito do www.drudgereport.com e do italiano www.dagospia.it.

A produtora Carol Monte O italiano conta como se tornou Federico Pisani uma das poucas Massamormile certificadas no software atua Proconta Toolscomo no país no mercado de mobile marketing

FEDERICO PISANI: executivo do tipo relax, cada vez mais carioca

É um programa de gravação, edição e mixagem de áudio. Toco músicas num teclado tipo de piano, e as notas são convertidas em qualquer instrumento, tais como bateria, violino e órgão. Depois de gravar a sequência do MIDI de cada áudio separadamente, edito tudo no Pro-Tools. Como você conseguiu ser uma das únicas certificadas da DigiDesign no Brasil? Fui para Londres em 2006 fazer um curso extensíssimo. Porém, quando cheguei lá, tive que fazer três provas específicas para conseguir concluir. Me especializei no software e, voltando para o Brasil, percebi que poderia gravar todo o meu CD com a ajuda dele.

Mas você e o Léo Benitez são "a banda" Irreversíveis ou contam com outros músicos? O nosso videoclipe, que começará a ser exibido em julho, faz uma paródia com isso. Além de tocar todos os instrumentos e cantar, atuamos como quatro personagens diferentes. No fim, aparecemos atrás das câmeras, numa insinuação irônica de que fizemos tudo naquele vídeo também. Mas quem fez tudo mesmo ali foi o diretor Nathanael Leclery. Vocês não têm um site da banda. Por quê? Já fazemos um trabalho na internet desde o primeiro álbum, de 2005. Acredito que na fase 2.0 do ciberespaço, a de hoje, basta ter bom conteúdo numa plataforma livre. Nosso trabalho está no My Space, You Tube, Fotolog... Q


18 PERFIL PERFIL 03

IGOR FIDALGO

ESSA ESPONJA

tem poder K

ika Serra e MdC Suingue moraram em Londres por quase dez anos e hoje fazem um dos programas de rádio mais festejados da terra da rainha. Batizado de Caipirinha A p p re c i a t i o n S o c i e t y, é transmitido pela Open Air, uma estação universitária de Londres, e tem enorme repercussão também na internet, através do podcast www.cas.podomatic.com. A receita do sucesso está no formato: com duas horas de duração, ele não é ao vivo — o que permite uma produção mais documental, com entrevistas, externas e coberturas de eventos — e é gravado aqui no Brasil. Tudo acontece no escritório que o casal montou na sua própria casa, um colorido apartamento no Leme, no Rio. Entrando na sala, a parede de azulejos antigos que é cara da Brasil insinua o estilo da dupla. Sim, eles curtem muito cultura brasileira — mas no iPod deles, assim como no CAS, só entra o que não for clichê.

Qual a fórmula do Caipirinha Appreciation Society? É o que chamamos de brazilian music beyond the cliches! Não entra axé, forró, MPB e bossa nova — até porque a última não precisa da gente para ser divulgada. Apresentamos muitas bandas novas, sambi-

FOTO DE DANIELLA DUARTE/BUG

Programa gravado FOTO: ANA BRANCO no Rio e transmitido em rádio inglesa faz CAROL MONTE sucesso na internet e sua fábrica de fazer som — com a ajudinha do Pro Tools, claro

ne profissional. Um tripé de mesa ajuda muito. Como somos dois no ar, o microfone vai de um lado para o outro e, sem base, essa mobilidade daria muito ruído. Um detalhe banal mas que faz toda a diferença é a esponjinha do microfone, que filtra as imperfeições. Existe um kit do podcaster à venda na Amazon.com que sai por mais ou menos US$ 100 — mas com menos de R$ 100, o cara compra esses instrumentos listados por aqui, para começar o seu programa. E já vai começar com jeitão profissional... Invista também em programas mais cur tos. Vinte minutos é a duração ideal.

Existe algum software específico para gravar os podcasts? Não é necessário um programa complexo. Usamos o GarageBand, que vem com o Mac, mas o Audacity também é bom. É freeware (ou seja, gratuito). KIKA E MDC SUINGUE: casal carioca ensina como criar um podcast para ganhar o mundo através da rede

nhas antigos, música eletrônica produzida por aqui, hip-hop e o estilo chamado de nova MPB. Antes, quando era um programa de rádio tradicional, feito ao vivo, tínhamos limitações. Quando começamos a gravá-lo, passamos a experimentar mais.

Experimentações técnicas ou em termos de linguagem?

Qual o primeiro passo para quem quer ter um podcast?

As duas coisas. Costumamos comparar o podcast com cinema: é um espaço para deixar a criatividade fluir, a preço de banana. Dá para testar efeitos, fazer vinhetas... E tudo de graça, só com seu computador.

Criar um perfil no www.podomatic.com . Funciona como um blog, mas, em vez de postar imagens e textos, você publica também um arquivo de som. Em segundo lugar, tenha um bom fone de ouvido e um microfo-

Quais são os podcasts que vocês mais costumam ouvir? De todo tipo de assunto! Curtimos, por exemplo, o Nerdcast, sobre tecnologia (jovemnerd.ig.com.br/categoria/nerd cast), o Rapaduracast, que fala sobre cinema (www.rapadura cast.com.br), o Podcastle, sobre xadrez (www.firew.org/xadrez plus/podcastle/pods.php) e o Péssima Ideia, de variedades, (pessimaideia.com). ■


18 PERFIL Domingos Peixoto

IGOR FIDALGO

IGOR FIDALGO

IGOR FIDALGO

PERFIL 03

PE

ODA GRITO DA O GRITO QUANDO O BATUQUE É Jornalista carioca m Jornalista carioca mostra

independência independência digital

como funciona um como funciona uma editora A produtora Monte de livros que só imp de livrosCarol que só imprime conta como se tornou exemplares exemplares de acordo com a de aco umademanda, das poucas demanda, aproveitando as aproveit certificadas no software facilidades da tecno facilidades da tecnologia Pro Tools no país

FOTO: ANA BRANCO

CAROL MONTE e sua fábrica de fazer som — com a ajudinha do Pro Tools, claro

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FOTO DE LIU LAGE

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FOTO DE LIU LAGE

ANA CAROLINA xpatriada em São Pau- xpatriada em São Paum dezembro de 2007, Carol Monte tinha 28 anos e se viu Fialhoaepro o Kindle: lo, a jornalista carioca lo, a jornalista carioca apontada pelo selo Som Livre Apresenta como mais uma na Ana Carolina Fialho já Ana Carolina Fialho já messa do verão. A aposta não surgiu à toa: no CD do torcida pela é quase uma cidadã da é quase uma cidadã da projeto Irreversíveis, nas lojas desde março, a produchegada do Terra da Garoa — onde, Terra da Garoa — onde, tora musical toca mais de dez instrumentos... todosleitor peloeletrônico comaliás, aliás, quase já não existe ga- quase já não existe gaputador. Certificada em Londres pela DigiDesign, empresa fada Amazon roa... Ana admite que cansou roa... Ana admite que cansou bricante do software Pro Tools, Carol gaba-se de ser aouma Brasildas da correria das redações. da correria das redações. poucas que detém o pomposo diploma no Brasil: “Se a Amy não parou de corContudo, não parou deContudo, corWinehouse vier aqui e quiser gravar uma música, encontrará rer atrás de boas histórias rer atrás de boas histórias no site da DigiDesign só três profissionais com esta formação dos outros. Mais especificados outros. Mais especificano país. Eu sou um deles”, exemplifica. mente, daquelas que muitas mente, daquelas que muitas nos. Como vezes não saem do papelvezes ou, não saem do papel ou, Como funciona o Pro Tools? Mas você e o Léo Benitez são para para ser mais específico, da ser mais específico, da com seu "a banda" Irreversíveis ou contela do computador. Coordetela do computador. CoordeÉ um programa de gra- tam com outros músicos? tratou nadora de da Editorama, brasinadora da Editorama, brasivação, edição e mixagem leira leira pioneira no conceito de pioneira no conceito de de áudio. Toco músicas O nosso videoclipe, que o, contou autopublicação, sua missão autopublicação, sua missão num teclado tipo de pia- começará a ser exibido em é facilitar o meio de campo é facilitar o meio de campo no, e as notas são conver- julho, faz uma paródia mui entre entre o novo autor e a editoo novo autor e a editotidas em qualquer instru- com isso. Além de tocar to— cá para nós, uma relarelamento, tais como bateria, dos os instrumentos e canolha, ra — cá para nós, uma ra ção um tanto espinhosa.ção um tanto espinhosa. violino e órgão. Depois de tar, atuamos como quatro Na empresa comandada clusão? Na empresa comandada gravar a sequência do MI- personagens diferentes. pelo expert em tecnologia pelo expert em tecnologia DI de cada áudio separa- No fim, aparecemos atrás Henrique Volpi, Ana viabilia, mas Henrique Volpi, Ana viabilidamente, edito tudo no das câmeras, numa insiza a consolidação de livros za a consolidação de livros Pro-Tools. nuação irônica de que fizeque, se não fosse pelo que, con- se não fosse pelo conmos tudo naquele vídeo la,no a impressão é feita no faturaano, as Adwards, lojas virtuais faturaAdwards, qu la, a impressão ano, as só lojas virtuais que movimenta ceito daComo cauda longa,areverceito da cauda longa, revera editora? só é feita funciona editora? Como funciona Como você conseguiu ser uma também. Mas quem fez tuÉ a ramdo R$ mesmo 8,2 bilhões. momento da compra. É a ramda R$compra. 8,2 bilhões. 4.500 visitantes únicos por visitant aforaa pelo berado mundo afora berado pelo Omundo autor banca a primeira edi- momento autor banca primeiraOediali foi o diretor4.500 das únicas certificadas da Digimês. Já a divu produção sob demanda.produção sob demanda. mês. Já a divulgação propriaeditor da ção da obra. editor Chris Anderson, da Chris Ele acompanha ção daAnderson, obra. Ele acompanha Nathanael Leclery. Design no Brasil? mente dita acontece via mente Goo- dita aco “Wired”, se- e partirevista “Wired”, jamaisrevista se- o E como funciona a divulgação? E como funciona a divulgação? o design e a revisão e partidesign ejamais a revisão gleBook, Faceb gleBook,seFacebook e Twitter. riam possíveis. riam possíveis. Você diria que oemercado literáe equipe diria que mercado literáAutor equipe se falam atra- Vocês cipa da Você estratégia deo lançacipa da estratégia de lançaFui para Londres emAutor não têmfalam um siteatrada banda Editorama — A ideia da Editorama A —ideia vés dw http://editorama.ning.com, rio está em ascensão na rede? vés dw http://editorama.ning.com, rio está em ascensão na rede? mento. Caso a Editorama mento. Caso a Editorama 2006 fazer um curso ex- da. Por quê? que já imprimiu 150 títulos que já imprimiu 150 títulos Segundo que relacionamento Há planos dos t Segundonuma a eBit, que recenterelacionamento pri- de Há planos dos títulosprida Editoraqueira investir segunqueira investir numa segunt e n rede saí eBit, s sde im o .recenteP o r é m ,rede criada,ela há banca dois estes desde que foi criada, hádesde dois que mente colheu dados de 1.500 vada. Internamente, todos se mente vada. Internamente, todos se ma poderem ser lidos no Kindle? da edição, elacolheu bancadados estesde 1.500 da foi edição, quando cheguei lá, tive Já fazemos um trabalhoma poderem ser é inserir novo auanos — é inserir o novoanos au- — custos virtuais, o comércio via comunicam Skype eoMSN, o nosso foco virtuais, comércio via comunicam via Skype e MSN, É o via nosso foco. Só aindaÉnão custos o escritor ficaocom o lojas e ooescritor fica com o elojas que fazer três provas es- na internet desde primeitor no processo publicator no processo da publicawebpecíficas cresceu 39% no Brasil para evitar deslocamentos. O temos, pois a cresceu 39% no Brasil para evitar deslocamentos. O temos, pois a tecnologia aindobro deweb direitos autorais. dobro deda direitos autorais. para conseguir ro álbum, de 2005. Acredição. Sabe aquela dificuldade ção. Sabe aquela dificuldade entre 2007 e 2008. O produto melhor exemplo sou eu mesda não cheg entre 2007 e 2008. O produto melhor exemplo sou eu mesda não chegou ao Brasil. concluir. Me especializei to que na fase 2.0 do cibeque sempre conseguir que sempre foi conseguir na internet é o ma: depois de anos vivendo Quem tem oK mais vendido na internetmais é no o vendido ma: depois de anos vivendo Quem tem o Kindle por aqui, O que é impressão sob demanda, O que éfoi impressão sob demanda, software e, voltando respaço, a de hoje, basta editordaleia que um editor leia sua que obraum (POD, livro, com 17% deste total. aquela loucura de redação, só pode ler o com 17% deste total. aquela loucura de redação, só pode ler obras estrangeisigla em inglês)? siglasua emobra inglês)? (POD, da livro, para o Brasil, percebi ter bom conteúdo numa e, entre Uma idas evez vindas, finale, entre idas e vindas, finalmais faz compras virhoje trabalho de casa, com ras. Assim qu mais faz comprasQuem virhoje trabalho de casa, com ras. Assim que títulos nacioUma vezQuem a obra publicada, a obra publicada, que poderia gravar todo plataforma livre. Nosso mente publique o seu livro? mente publique o seu livro? tuais aminhas classe C, represenminhas gatas no colo. publinais puderem tuais é a classe noacolo. A publinais puderem ser folheados Monteiro elada fica disponível no siteC,darepresenela fica disponível no site o émeu CDgatas com ajuda trabalho está noAMy Space, Bem, através da Editorama, ço eletrônicoBem, através da Editorama, expressivos 42% dos cidade da Editorama é feita digitalmente, o dos cidade da Editorama é feita digitalmente, os livros da Ediempresatando e na expressivos Amazon.com.42%tando empresa e na Amazon.com. dele. You Tube, Fotolog... Q esse drama era. queira compráesse drama já era. online. Este somentetorama através do Google estarã compradores online. compradores Este somente através do Google estarão lá dentro.torama ■ Caso alguém queira compráCasojáalguém


Paula Kossatz/Divulgação

18 PERFIL PERFIL 03

FOTO: ANA BRANCO

CAROL MONTE e sua fábrica de fazer som — com a ajudinha do Pro Tools, claro LUCIANA PESSANHA e a bomba desenhada pelo grafiteiro Marcelo Jou, símbolo das mulheres retratadas no seu livro e no blog

IGOR FIDALGO

Blog da escritora que publicou livro sobre mulheres que perderam o controle levará casos de internautas para o teatro

D

e longe, ninguém diz que a escritora Luciana Pessanha publicou, recentemente, um manual sobre mulheresbombas. Com fala calma, a carioca, que já escreveu quatro livros, está há dois anos tentando terminar seu primeiro romance: “É preciso se jogar, não dá para parar. Romances pedem que você mergulhe — de preferência, num lugar que não tenha telefone”, explica. Sobre “Como montar uma mulher-bomba — Manual para terroristas emocionais”, lançado pela Editora Rocco, Luciana diz que o mote foi a

EXPLODINDOMULHERES

virtualmente desmitificação da mulher fatal. Ex-publicitária, que largou as agências para escrever para revistas e jornais, ela conta que existem homens que não passam de montadores: vivem a vida iludindo as mulheres, deixando-as no limite, prestes a explodir. Pouco antes de publicar o manual, Luciana decidiu criar um blog para colher mais casos de mulheres-bombas e montadores. A intenção do www.mulher-bomba.blogspot.com é adaptar as contribuições dos internautas para o teatro. “O manual vai virar um workshop”, diverte-se.

O livro aproveitou alguma história do blog? Criei o blog depois de escrever o livro, meses antes de publicá-lo. Para o manual, pesquisei fatos reais que, ao longo da minha vida, me interessaram. Ficção são poucos, como Medeia, que trouxe da tragédia grega. Algumas histórias são de conhecimento público, como a de Lorena Bobbit, que cortou o pênis do marido, John, foi de vítima a vilã e acabou absolvida pela Justiça. Esta, especificamente, não entrou no livro, mas pretendo colocá-la no blog.

Até que ponto o blog, de uma forma geral, serviu como uma ferramenta de pesquisa? Totalmente. Há quase quatro anos, fui convidada pelo Euclydes Marinho para assinar o conteúdo do site promocional do filme “Mulheres Sexo Verdades Mentiras”. A missão era captar patrocínio para o filme acontecer, o que rolou em 2007. Editorialmente, o site tinha matérias sobre sexo, curiosidades e depoimentos de internautas. O meu xodó, entretanto, era o blog no qual eu falava sobre erotismo, com muito humor: suingue, fetiche e sa-

domasoquismo foram algumas das pautas que eu me diverti fazendo. Mas o melhor mesmo vinha dos blogs de pessoas comuns, que muitas vezes ganhavam voz dentro do site.

Um dica da internet. O Google Reader ( www.google.com.br/reader) salvou minha vida. Leio diariamente o New York Times, o New York Review of books, o Le Monde Diplomatique e blogs de amigos através do sistema RSS. Não sei o que seria de mim sem os avisos de atualização que o GR gera. ■


18 PERFIL Leonidas Assis

IGOR FIDALGO

MICROMETRAGEM MICROMETRAGEM QUANDO O BATUQUE É

é aéonda a onda

digital O

PERFIL 03

P

O

IGOR FIDALGO

Cineasta vence concurso Cineasta vence concurso A produtora Carol com supercurtas filmados comMonte supercurtas filmados FOTO: ANA BRANCO conta como se tornou com digital ou celular com digital ou celular uma das poucas certificadas no software CAROL MONTE Pro ToolsComo no rolou país essua fábrica de sobre personagens ção não era linear, 95. O que primeiro o Como microfilmes urbanos que o ci- Desde sua estréia ção não er 95. Orolou primeiro foi ono fors microfilmes sobre personagens urbanos o ci- foiDesde sua estréia no for-jamais

fazer som Sergio — com Bloch criouneasta possível uma montamédia-metragem neasta podemSergio ser pequenos — apodem mato de micrometragem? seria possí “Burro- mato deseria Bloch criou ser pequenos —“Burroa média-metragem micrometragem? amaioria ajudinha do gem profissional sem-rabo”, que retrata o conão passa de dois minutos — mas suas Decidique fazer pílulas dos pergem profiss retrata o comaioria não passa de dois minutos — mas suas sem-rabo”, Decidi fazer pílulas dos num per- filme Pro Tools,têm clarorendido grande repercussão no mercafeito em mídias alternatitidiano dos catadores de idéias

sonagens destes dois dos catadores de últiidéias têm rendido grande repercussão no merca- tidiano sonagens destes dois últi- feito em m vas. Ignorando recicláveis do. A última delas, sobredo. Sheila, uma delas, nordestina saíaumamateriais mos filmes e nasceu vas. Ignora materiais recicláveis queo “PerA última sobreque Sheila, nordestina que saía que mos filmes e nasceu ofatores “Per- técnicos como luz, trabalham nas ruas do Rio. pelo Rio produzida com pelo roupaRio exótica, acaba de conquism dezembro de Monte tinha 28 anos se viue ensona sobre rodas”. SãoCarol oito nicos como nas ruas do2007, Rio. produzida com roupa exótica, acaba de conquis- trabalham sona sobre rodas”. Sãoesom oito Em 2004, comecei a série sotar o primeiro lugar no concurso Cel.u.cine, aconteceuCel.u.cine, apontada selo Livrequadramento, Apresenta comoéapossível pro- quadrame microfilmes Em 2004, comecei pelo aindependentes, série so-Sommicrofilmes tar o primeiro lugarque no concurso que aconteceu independentes, editar um micrometragem bre cariocas que Proganhambre a cariocas dentro do 41° Festival de Brasília do41° Cinema Brasileiro. Pro-do Cinema messa do verão. A aaposta surgiuser à toa: no CD do editar um que podem ser assistidos que ganham dentro do Festival de Brasília Brasileiro. quenão podem assistidos como curtas, em movimento o em movido pelo Oi Futuro, o Cel.u.cine projeto Irreversíveis, desdefazemos março, acom produvia telefones celulares, cada como fazem movimento com o nas movido peloconvidava Oi Futuro,cineastas o Cel.u.cinevida convidava cineastascomvida vialojas telefones celulares, cada médias ou longas. sobre Rodas”. (sejam eles profissionais,(sejam promissores ou amadores) a fil- “Tudo tora musical toca mais de dez instrumentos... todos pelo comum contando a história de contando “Tudo sobre Rodas”. Dois eles profissionais, promissores ou amadores) a fil- Dois um a história de médias ou depois, veio ohisprimeiro mar com seus telefones celulares câmeras digitais his- ouanos putador. Certificada em DigiDesign, empresa um trabalhador queLondres ganhaum apela anos depois, veio o primeiro mar com ou seus telefones celulares câmeras digitais trabalhador que ganha afadesdobramento desta tórias de figuraças que ganham a vida nos centros das ci-a vida bricante software Pro Tools,vida Carol gaba-se de ser uma das Existem Existem sites especializados em vidado sobre rodas. desdobramento desta série, tórias de figuraças que ganham nos centros das ci- série, sites sobre rodas. o “Sobremas Rodas Brasil”, que dades. Os filmes deviam ter até três minutos, mas ter “Persona detém o pomposo diploma no Brasil: a Amy hospedar film hospedar filmes“Se supercurtos? o poucas “Sobre que Rodas Brasil”, que dades. Os filmes deviam até três minutos, “Persona para personagens de sobre rodas”, de Bloch, não precisou de doisnão para ga- abria Winehouse vier aquia eedição quiser gravar uma música, oawedição ww.encontrará curtadele? ocurta.comAdoro .br de dele? sobre rodas”,nem de Bloch, precisou nem de dois para ga- abria Epara comopersonagens foi feita o ww E comoAdoro foi feita todo o país. Foi aí que desnhar as graças do júri. nhar as graças do júri. no site DigiDesign três profissionais esta formação w. q f w o r l d . t v . O w w w. v i d e otodo oC país. Foi oda mo u maíf ique l msó edesn orm aClo, m oe uomwwcom e o w w w. qfwo filme normal, cobri Sheila, que esteve nos no país. um deles”, log.tv também tem ótimos filcobri Sheila, que esteve nosexemplifica. comEuosou programa Final Cut. log.tv també com o programa Final Cut. dois filmes. mes. quando a edi- mes. personagens dois filmes. Antigamente, quando a ediHá quanto tempo vocêurbanos? vem filmando personagens urbanos? Antigamente, arcou aHá quanto tempo você vem filmando

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Como funciona o Pro Tools?

É um programa de gravação, edição e mixagem de áudio. Toco músicas num teclado tipo de piano, e as notas são convertidas em qualquer instrumento, tais como bateria, violino e órgão. Depois de gravar a sequência do MIDI de cada áudio separadamente, edito tudo no Pro-Tools. Como você conseguiu ser uma das únicas certificadas da DigiDesign no Brasil? Fui para Londres em 2006 fazer um curso extensíssimo. Porém, quando cheguei lá, tive que fazer três provas específicas para conseguir concluir. Me especializei no software e, voltando para o Brasil, percebi que poderia gravar todo o meu CD com a ajuda dele.

Mas você e o Léo Benitez são Divulgação "a banda" Irreversíveis ou/ Americo con-Vermelho tam com outros músicos? O nosso videoclipe, que começará a ser exibido em julho, faz uma paródia com isso. Além de tocar todos os instrumentos e cantar, atuamos como quatro personagens diferentes. No fim, aparecemos atrás das câmeras, numa insinuação irônica de que fizemos tudo naquele vídeo também. Mas quem fez tudo mesmo ali foi o diretor Nathanael Leclery. Vocês não têm um site da banda. Por quê? Já fazemos um trabalho na internet desde o primeiro álbum, de 2005. Acredito que na fase 2.0 do ciberespaço, a de hoje, basta ter bom conteúdo numa plataforma livre. Nosso trabalho está no My Space, You Tube, Fotolog... Q


IGOR FIDALGO

FOTO DE DANIELLA DUARTE/BUG

18 IDEIA PERFIL BOA 03

‘NÃO ACREDITAMOS NO FUTURO DE UMA CRIANÇA Vice-presidente do centro cultural da Oi avalia o primeiro aniversário da Nave, escola estadual que prepara o jovem para as profissões do futuro

A

Oi ainda se chamava Telemar quando George Moraes entrou para a empresa, em 1999. Hoje, é vice-presidente do Oi Futuro, o instituto que abriga as melhores exposições de videoarte do Rio, e diretor de comunicação corporativa da empresa. Ele também comanda a Nave, escola estadual localizada na Rua Uruguai, na Tijuca, que está formando os programadores do futuro. Nave é uma contração bem bolada de Núcleo Avançado de Educação. Por lá, além das aulas tradicionais, os promissores estudantes da Nave são capacitados tecnicamente com uma dinâmica de fazer inveja a colégios estrangeiros. George contou para a DIGITAL sobre o orgulho de estar envolvido com a criação das profissões do futuro.

Os professores do Nave têm treinamento específico? A ementa tradicional deve dialogar com a técnica. Para isso, destinamos uma faixa de tempo para que os dois grupos docentes possam interagir. As aulas acontecem das 7h às 17h e mesclam o ensino clássico (matemática, português...) com disciplinas da área digital.

Por que a escola ensina programação de jogos eletrônicos? Nada está mais próximo do jovem do que a linguagem dos games. Escola não é pa-

sem internet’

ra ser chata. Como o trabalho, deve ser um lugar prazeroso. Seguindo esse conceito, usamos os fundamentos históricos, por exemplo, para criar o enredo de um jogo. Ensinamos os alunos a programar com base em conceitos matemáticos...

Criado em 2008, o Nave formará sua primeira turma em 2010. Sairão preparados para quê? Para as profissões do futuro, como tratamento de imagens em alta definição e sound design. Além da habilitação técnica para programação de jogos eletrônicos, o Nave também tem formação para roteiro de mídias digitais e geração de multimídia. E a grande novidade deste ano é o Espaço Mídia-Educação, que integrará produção de vídeo, áudio e fotografia com as práticas pedagógicas. Dentro deles, modernas ilhas de edição com isolamento acústico e estúdio profissional para gravações em chroma-key.

As aulas tradicionais são... tradicionais? Nada é comum no Nave. Temos smart-boards em todas as salas, e os alunos não precisam copiar textos. No fim da aula, plugam seus pendrives no servidor do professor e gravam o conteúdo da aula. É a dinâmica de estudo do futuro. Se eu pudesse, voltaria para escola só para estudar nestas salas de aula. ■

FOTO: ANA BRANCO

CAROL MONTE e sua fábrica de fazer som — com a ajudinha do Pro Tools, claro

GEORGE MORAES: “Se pudesse, voltaria para a escola só para estudar nas salas de aula do Nave”


18 PERFIL

IGOR FIDALGO

IGOR FODALGO

DICA 03

DICA 03 DICA QUANDO O BATUQUE É O ASSISTENTE A produtora Carol Monte Fotógrafo de conta como se tornou O ASSISTENTE O ASSISTENTE moda conta uma das poucas IGOR FODALGO

IGOR FODALGO

digital invisível invisível invisível

03

FOTO DE DANIELLA DUARTE/BUG

FOTO DE DANIELLA DUARTE/BUG FOTO DE DANIELLA DUARTE/BUG Acompanho de perto a car-

reira do Martin Parr, que é um fotógrafo da Magnum, Acompanho de pertoagência a car- fundada Acompanho de perto carpeloa Caro software Fotógrafo de como Fotógrafo deMartin Parr,tier-Bresson. reira do quedo é Martin reira Parr, que Ele é inglês ée certificadas no software um fotógrafo da Magnum, um fotógrafo Magnum, Adobe Lightroom moda conta moda conta tem uma certa da ironia no seu CAROL MONTE agência fundada pelo Caragência fundada pelo Pro Tools no país olhar sobre a culturaCarde e sua fábrica de um como o softwaretornou-se como o software tier-Bresson. Ele é inglês e Nan Goldin tier-Bresson. Ele é inglês fazer som — com massa. registrae parceiro valioso Adobe Lightroom Adobe temLightroom uma certa ironiasnapshots no seu tem uma certa ironia a ajudinha do de sua vida.noÉ seu um olhar sobre de olhar sobre a cultura de no estúdio Pro Tools, claro tornou-se um tornou-se um a cultura trabalho forte e visceral, bamassa. Nan Goldin registra massa. Nan Goldin registra sicamente constituído por parceiro valioso parceiro valioso snapshots de sua vida. Étinha um 28 snapshots de suaevida. É uma ábio Seixo clica profis- vos migram direto, sem fios, descarregar as fotos e perce- Como retratos das pessoas que você fica sabendo de tais m dezembro de 2007, Carol Monte anos se viu no estúdio no estúdio trabalho forte e visceral, batrabalho forte e visceral, s i o n a l m e n t e h á 1 5 para o computador. O mais bi que o cartão estava des- lançamentos muitoaexpressiapontada high-techs? pelo selo Som Livrecircundam, Apresenta como pro- basicamente constituído por sicamente constituído anos. Campanhas de legal é que, no momento da configurado. Perdi 4GB de Através Adoro as imagens depor armessa de dofóruns, verão. principalA aposta nãovo. surgiu à toa: no CD do vos migram direto, sem fios, descarregar as fotos e perceeixo clica profisvos migram direto, sem fios, descarregar as fotos e perceábio Seixo clica profisretratos das pessoas que a retratos das pessoas que você fica sabendoComo de tais você fica sabendo de tais exato momento moda e publicidade foto, fico com dois backups: trabalho noComo te de Andreas Gursky, que mente. Adoro o www.dpreprojeto Irreversíveis, nas lojas desde março, a produ- a O mais bi que o cartão estava desa l m e n t esão h áo1seu o computador. O mais bi que o cartão estava dess5i oforte, npara a l malém eon computador. t edah graná 1 5 para circundam, muito expressilançamentos high-techs? um no cartão da câmera e que o inserilançamentos no leitor. high-techs? faz umatodos miniaturização da view.com, toca quecircundam, reúnedetodos os expressitora musical mais dezmuito instrumentos... pelo comlegal é que, no momento da configurado. Perdi 4GB de Campanhas de legal é que, no momento da configurado. Perdi 4GB de anos. Campanhas de vo. Adoro as imagens de arvo. Adoro as imagens de arAtravés de fóruns, principalAtravés de fóruns, principalde intimidade com a fotogra- outro no meu iMac. realidade. Ele costuma fotolançamentos deem máquinas putador. Certificada Londresepela DigiDesign, empresa fafoto, fico com dois backups: trabalho no exato momento e publicidade foto, fico com dois backups: exato momento moda publicidade tefotográficos. dePro Gursky, que tegaba-se de Andreas Gursky, Adoro bricante o www.dpremente. Adoro oAndreas www.dpremente. fia digital. Noe recém-aberto grafar objetos multiplicaEtrabalho não tem no como resgatar? periféricos do software Tools,Ali Carol de ser uma das que um no cartão da câmera e que o inseri no leitor. te, além da um no cartão da câmera e que o inseri no leitor. sãograno seu além da granfaz uma miniaturização da faz uma miniaturização view.com , que reúne todos os view.com , que reúne todos os estúdio doforte, Cosme Velho, condos, em série. Ilhas, vitrais Já perdeu fotos? Sim, pois o cartões deixam sãoque publicados reviews de poucas detém o pomposo diploma no Brasil: “Se a Amy dae outro iMac. Sim. e com a ta fotograoutroHá nodois meuanos, iMac.fotografa- trilhas de dados de intimidade comnode a meu fotograrealidade. Ele costuma fotorealidade. Eleencontrará costuma fotolançamentos de máquinas e lançamentos de máquinas com a filha Flora, 2 anos, pessoas, vistas em quantidaque permiprofissionais, falam gravar so-e uma Winehouse vier aquique e quiser música, No recém-aberto fia No recém-aberto grafar objetos multiplicagrafar objetos multiplicaE não temdecomo resgatar? E não tem como resgatar? periféricos fotográficos. Ali periféricos fotográficos. Ali paradigital. exercitar seus truques. va uma campanha de e de longe, parecem moda tem a recuperação. Mas, na bredao DigiDesign que já testaram. no site só três profissionais com esta formação piosme Velho, estúdio do Cosme Velho, dos, em série. Ilhas, etão dos, em série. Ilhas, vitrais Já perdeu fotos?conSim, pois o cartões deixam Já perdeu fotos? Sim, pois o cartões deixam são publicados reviews de são publicados reviews de vitrais Ele aconfotografa e, em fração de e, xels de pequenas. Olha ea depois de registrar uns hora da correria, foi melhor no país. Eu sou um deles”, exemplifica. a Flora, deta 2 anos, com a filha Flora, de 2 anos, pessoas, vistas em quantidapessoas, vistas em quantidaSim. Há dois anos, fotografatrilhas de dados que permiSim. Há dois anos, fotografatrilhas de dados que permiprofissionais, que falam soprofissionais, que falam sosegundos, já tem sua imagem cinco looks em três horas, fui refazer tudo. tecnologia aí de novo... ■ E quais são suas referências? ar seus truques. para exercitar seuscampanha truques. e de longe, parecem de e pide longe, parecem piva uma tem a recuperação. vamoda uma campanha de moda Mas, tem ana recuperação. na Como bre o queMas, já testaram. brefunciona o que jáde na tela do computador. Deta- de o testaram. Pro Tools? Mas você e o Léo Benitez são a e, em fração de Ele a fotografa e, em fração de xels de tão pequenas. Olha atão pequenas. Olha a xels de e, depois de registrar uns hora da correria, foi melhor e, depois de registrar uns hora da correria, foi melhor lhe importantíssimo: sem fios. "a banda" Irreversíveis ou contem sua Alguns imagemcolegas segundos, jácinco temainda sua imagem ■ tecnologia aí de novo... tecnologia aí de novo... ■ looks em três horas, fui refazer tudo. cinco looks em três horas, fui refazer tudo. E quais são suas referências? E quais são suas referências? descoÉ um programa de gra- tam com outros músicos? omputador. Detana tela do computador. DetaFÁBIO SEIXO: nhecem tal ferramenta, mas o vação, edição e mixagem tíssimo: sem fios.LightRoom, junto lhe importantíssimo: semafios. a boa tecnologia Adobe um de áudio. Toco músicas O nosso videoclipe, que gas aindatransmissor desco-colegas Alguns aindajaponês, descoserve para facilitar wireless num teclado tipo de pia- começará a ser exibido em FÁBIO SEIXO: FÁBIO SEIXO: erramenta, mas o tal nhecem ferramenta, mas o o dia-a-dia são seus mais frequentes parno, e as notas são conver- julho, faz uma paródia a boa tecnologia a boa tecnologia Room, junto a um Adobe LightRoom, junto a um ceiros de estúdio. Para quem tidas em qualquer instru- com isso. Além de tocar toservejaponês, para facilitar serve para facilitar wireless japonês, transmissor wireless gosta de fotografia, Fábio deimento, tais como bateria, dos os instrumentos e cano dia-a-dia o dia-a-dia s frequentes par-a mais são seus frequentes parxa aqui sua dica. violino e órgão. Depois de tar, atuamos como quatro údio. Para quem ceiros de estúdio. Para quem gravar a sequência do MI- personagens diferentes. ografia, Fábio gosta de fotografia, deiO quedeimudou no seuFábio dia-a-dia DI de cada áudio separa- No fim, aparecemos atrás dica. xa a suaLightRoom? dica. comaqui o Adobe FOTO: ANA BRANCO

F F

Uso o software há dois anos. no seu dia-a-dia OO que mudou noé seu Photoshop um dia-a-dia prograLightRoom? com o Adobe LightRoom? ma clássico de tratamento e are há dois anos. Uso o softwaree há dois anos. manipulação, o LightRoom p é um O prograPhotoshop é um prograé um aplicativo complemende tratamento e ma clássico de tratamento tar. É todo pensado para oe o, e o LightRoom manipulação, e oserve LightRoom fotógrafo, pois para ivo complemenéeditar um aplicativo complemeno nosso fluxo de trapensadotar. para oEnquanto É todo pensado paraas o balho. clico, pois serve para fotógrafo, pois serve para imagens já vão entrando no sso fluxoeditar de tra-o catalogadas nosso fluxocom de trasistema pauanto clico, as balho. Enquanto clico, as lavras-chaves, nome do vão entrando no imagens já vão entrando no cliente e categoria do trabalogadas com pa- gerando sistema catalogadas palho. Vai umacom biblioves, nome do lavras-chaves, nome do teca de forma automática, egoria do trabacliente e categoria do trabaentende? Antes era preciso ndo umalho. biblioVai gerando bibliofotografar e ficaruma descarrema automática, teca de forma automática, gando as imagens do cartão ntes era no preciso entende? eraospreciso leitor...Antes Agora, arquificar descarrefotografar e ficar descarreagens dogando cartãoas imagens do cartão Agora, osnoarquileitor... Agora, os arqui-

E

damente, edito tudo no Pro-Tools.

Como você conseguiu ser uma das únicas certificadas da DigiDesign no Brasil? Fui para Londres em 2006 fazer um curso extensíssimo. Porém, quando cheguei lá, tive que fazer três provas específicas para conseguir concluir. Me especializei no software e, voltando para o Brasil, percebi que poderia gravar todo o meu CD com a ajuda dele.

das câmeras, numa insinuação irônica de que fizemos tudo naquele vídeo também. Mas quem fez tudo mesmo ali foi o diretor Nathanael Leclery. Vocês não têm um site da banda. Por quê?

Já fazemos um trabalho na internet desde o primeiro álbum, de 2005. Acredito que na fase 2.0 do ciberespaço, a de hoje, basta ter bom conteúdo numa plataforma livre. Nosso trabalho está no My Space, You Tube, Fotolog... Q


18 PERFIL PERFIL 03 IGOR FIDALGO

‘NÃO HÁ MAIS DESIGN ESTÁTICO NA

web’

D

aniel Rothier é a testemunha de uma época que poucos lembram: “O primeiro site da Rede Globo era feito em Times News Roman com fundo branco”. Sim, a internet já foi visualmente mais simples e o cara estava lá, em meados dos anos 90, começando a desenvolver os primeiros sites do Brasil. Na divisão de web da agência Artplan, em 1992, ele criou as pioneiras home pages da Bradesco Seguros, Barrashopping e Petrobras. Depois foi para TV Globo e, passado o minimalismo da primeira versão, Daniel desenhou mais de 700 websites de novelas, minisséries, programas esportivos e de entretenimento e projetos institucionais. Em 2006, abriu a Simples Studio com a publicitária Sabrina Brito, uma full-agency de internet.

No que consiste o conceito fullagency? Temos um departamento de mídia muito forte, além de criar websites, hotsites, promoções e propagandas virtuais. Também desenvolvemos jogos e virais, um movimento que vem crescendo bastante. Os sites que fazemos têm características muito marcantes: integram

entretenimento e informação. Este binômio está virando uma marca da Simples.

Vocês foram pioneiros na utilização de vídeo em Flash em sites empresariais, há dois anos, quando rolou o boom do YouTube. Qual a inovação que a Simples está trazendo agora? No site da Universal Channel (uc.tv.br), que acabamos de finalizar, inauguramos a programação em Papervision.

Conheça um empresário que viu a internet nascer e confira suas apostas para o futuro do webdesign Foram quase seis meses de desenvolvimento e tem pouquíssima gente no Brasil que faz. É um novo framework de Action Script 3, que possibilita navegação tridimensional. Criamos um menu em forma de roleta para os vídeos das séries e atrações do canal. É bem mais atrativo do que as listas lineares que normalmente vemos pela web. Outro destaque é a integração do programa de

FOTO: ANA BRANCO

CAROL MONTE e sua fábrica de fazer som — com a ajudinha do Pro Tools, claro

edição After Effects no site da série “Heroes”.

plas camadas. Não existe mais o design estático.

Qual o desafio do webdesigner no futuro?

Quais são suas referências online da união do bom design com a funcionalidade da web 2.0?

Entender que ele não desenha mais um site estático. Atualmente, estamos na era da web 2.0, e é preciso saber que os internautas, hoje, devem conseguir deixar o site com a sua cara. O webdesigner do futuro cria possibilidades de desenho em múlti-

O pageflakes.com é um site de mash-up bem mais interessante esteticamente que o iGoogle. Também indico o bluevertigo.com.ar/bluevertigo.htm, o deviantart.com e o thefwa.com, que sugere diariamente uma URL bacana para visitar. Fábio Rossi

O PRIMEIRO site da TV Globo era minimalista, uma obra de Rothier



Rede Fashion

29 DEZEMBRO 2008

oglobo.com.br/digital

G L T I I A D

No aniversário do clássico ’Neuromancer’, um ensaio ciberfuturista para receber 2009

O GLOBO


Às vésperas de 2009, mostramos como o mundo da moda está interagindo com a tecnologia

O FUTURO

FOTOS DE FÁBIO SEIXO E DANIELLA DUARTE

é ciber

IGOR FIDALGO


CAPA 05

Q

uando o escritor William Gibson escreveu o clássico da ficção-científica “Neuromancer”, em 1983, nem imaginava que, décadas depois, seu livro seria uma referência. Comemorando bodas de prata este ano, a obra — contemporânea de “Blade Runner”, filme de Ridley Scott, e inspiradora da trilogia “Matrix”, de Larry e Andy Wachowski — antecedeu vários termos que hoje fazem parte do nosso dia-a-dia digital. Foi Gibson, por exemplo, quem introduziu os conceitos de realidade virtual e de ciberespaço, destilando em sua narrativa uma visão precursora do que imaginava por futuro — e que hoje, para nós, é presente.>>

Acima e ao lado: Peruca comprida Fiszpan (R$ 450) com origâmi Rodrigo Coelho, maiô Rosa Chá (R$ 200), legging U/W (R$ 116) colete de franjas Ágatha (preço sob consulta) e colar Sobral para Karl Laggerfeld (R$ 120) e bota de cowboy My Philosophy (preço sob consulta)


No cultuado livro, William Gibson narra a história de Case, um cowboy que furava os protocolos de segurança (para nós, nada mais do que um hacker espertalhão) e que se meteu numa grande enrascada quando decidiu passar a perna nos seus patrões. Infectado por uma micotoxina que o deixou vagando drogado, em busca de medicinas alternativas que o deixassem saudável novamente, Case conhece Molly, uma samurai-ciborgue que o ajuda nesta missão. Inspirado pelo espectro neurocientífico de Molly, que é geneticamente modificada e tem circuitos integrados ao seu corpo, a equipe da DIGITAL montou um ensaio de moda hightech embalado pela cor da nova era. Com ajuda da reluzente luz negra que pipoca nas pistas de dança, o branco das roupas tecnológicas que usamos no editorial ganhou uma aura toda especial. A brincadeira fashion tentou prever como seria retratada Molly se “Neuromancer” não fosse uma obra futurista, e, sim, um retrato contemporâneo. Para nós, ela usaria um cinturão de iPhones para se comunicar com as diversas realidades paralelas, como vimos na capa desta edição. E lembra quando víamos óculos supertecnológicos em filmes de ficção-científica? O modelo da Oakley, que vem com tocador de MP3, mostra que o futuro chegou. Peruca de cachos Fiszpan (R$ 520) turbante de organza translúcida Casa Turuna (R$ 7, o metro), brincos de cones Sobral para Karl Lagerfeld (R$ 55), sutiã com quadradinhos neon (R$ 130, o conjunto com underwear) colar de chapas de prata Espaço 8 (R$ 82)


CAPA 07

Peruca chanel Fiszpan (R$ 450), casaqueto Ágatha (R$ 160), óculos com tocador de MP3 Thump Pro, da Oakley para a Quali Ótica (R$ 1.090, com capacidade de 1 GB) gargantilha com pingente de chip Sobral (R$ 299)

Fotos Fabio Seixo e Daniella Duarte. Coordenação de moda e styling Igor Fidalgo. Assistente de styling Rodrigo Coelho. Maquiagem Mimi Marques (com produtos Polimaia, Neutrolab e L’Oreal). Cabelo G. Junior (com perucas Fiszpan). Modelo Ana Claudia Guerra (L’Agence Rio). Agradecimentos Atelier da Imagem (25413314) e Monique Argalji (My Philosophy). Contatos: Ágatha (25433246), Any Rai (3089-1176), Casa Turuna (2509-3908), CCM Sports (2541-4146), Claro (1052), Elle Cinq (33854143), Espaço 8 (2238-0654), Fiszpan (2274-7834), Pselda (2512-2251), Rosa Chá (24223744), Sadaro (2239-0602), Sobral (2274-7162), Sociedade Anônima (3201-2064), Vanessa Robert (2529-2128) e U/W (2480-2374).


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