Discurso presidente Vera lançamento do livro “Diligências” de Arnoldo Monteiro Bach

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Instituto Histórico e Geográfico de Palmeira Fundado em 13 de fevereiro de 1955 Registro nº 438, Liv A-02 Cartório de Títulos e Documentos CNPJ 07.217.980/0001-28 Declarado de utilidade pública pela Lei nº 310 de 22 de maio 1955. Discurso da Presidente Vera Lúcia de Oliveira Mayer – 10/11/2012 – Lançamento do Livro “Diligências” de Arnoldo Monteiro Bach. Solenidade realizada casa Sede da Fazenda Palmeira.

Prezados

confrades,

distintas

autoridades

nominadas,

minhas cordiais saudações. Estamos reunidos, nesta linda tarde de 10 de novembro de 2012, para brindar o lançamento de mais uma obra

histórica,

exatamente

no

local,

marco

importante

do

surgimento de Palmeira, a Casa Sede da Fazenda. Aqui o desenrolar de tantas e tantas histórias... Antes de mais nada, quero parabenizar meu caro amigo e confrade de Instituto Histórico, o Arnoldo, pelo lançamento de mais um livro. E destacar também que estamos diante de um dos nossos grandes talentos da literatura histórica em nossa região, já renomado, hoje efetivando o lançamento da sua décima primeira obra. Aqui nos encontramos por conta de mais uma: Diligencias. Obra que condensa valioso estudo sobre as diligencias em nosso País, vindas de tão longe até chegarem aos Campos Gerais e alcançarem a nossa Palmeira. Ensina-nos a psicologia, que a pessoa humana é dotada de quatro desejos básicos na vida, sendo um deles a busca de novos conhecimentos. Neste sentido o Arnoldo tem averbado na história, a trajetória dos transportes, do trabalho, da economia, e de outros temas ligados

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à nossa terra e a nossa gente, como fez em: Carroções, Vapores, Trens, Porcadeiros, Tropeiros, Colônia Cecília e agora em Diligencias. Sabemos das suas exaustivas pesquisas em torno de temas que incitam leitores de diversos gostos e idades. A escrita peculiar do Arnoldo, a maneira simples de discorrer, torna a leitura fácil e agradável, pois suas histórias estão repletas de episódios inusitados e pitorescos do cotidiano, com a inserção da história oral, colhida da memória daqueles que vivenciaram ou foram protagonistas de tantos acontecimentos. Histórias cujas fontes e referencias são construídas por aqueles que têm algo para contar, para mostrar, para lembrar. Depoimentos daqueles que vão deixando marcas, esperando, sim, o momento exato para imprimir seu nome como atores da própria história, e isso é algo que nosso escritor tem contemplado em todas as suas obras, trazendo à tona a memória e o legado de tantos anônimos que ajudaram e ajudam a construir uma nação. Daí tem os livros, a nobre função de preservar os nomes, os feitos, as marcas. Tornam indeléveis os acontecimentos e renovam, hoje, sempre e a cada dia, os fatos narrados como uma herança escrita, pois a tradição oral morre com os seus falantes. O importante é o papel, o texto, o registro. Vale muito o que fica impresso. A escritura da história desta forma é o que o nosso escritor Arnoldo tem feito, colocando nos livros a história do povo, cotada pelo próprio povo. Somente o que se acha grafado tem o poder de sobreviver aos que se vão, e renascer com os que veem os livros pela primeira vez, ou naqueles que lutam todos os dias para que outros dias nasçam com melhores caracteres.

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Encontrar a imagem, a lembrança, a metáfora que contêm múltiplos universos em poucas palavras não é um ofício popular, precisamente porque é o fruto de um contínuo labor, comparável ao do escultor, que – como uma vez mencionou Michelangelo – deve retirar da pedra bruta tudo aquilo que não é a estátua. Desta perspectiva, o cinzel desnuda a pedra, tal como a pena, a caneta, e mais recentemente o computador do escritor deve fazer com a realidade: Desnudar o fato banal, lapidar a imagem bruta, destroçar a memória-prima em seu confuso estado natural até que dela possa emergir triunfante, a beleza histórica. Numa avaliação apressada, tendemos a imaginar que toda literatura, quanto mais for volumosa e complexa, melhor ela é, mais densa e significativa. Tendemos a avaliar a inteligência, ou a sofisticação das pessoas pelo tamanho dos livros que leram, e mais ainda, dos que escreveram. Deus ilumine você Arnoldo e a sua esposa Soeli, co-autora anônima

de

suas

incondicionalmente

obras, o

apóiam,

também o

aos

ajudam

seus e

filhos

que

principalmente

o

prestigiam. Muito Obrigado.

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