AS ARTES VISUAIS E A MINHA RELAÇÃO COM A PEDRA

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AS ARTES VISUAIS E A MINHA RELAÇÃO COM A PEDRA

Ilda Silvério 2012


A minha bola de cristal


REFLETINDO... – No meu percurso académico tento compreender como as diversas artes interagem umas com as outras. – O conceito de “pedra filosofal” é transversal à minha pesquisa, e a sua relação com o mito do quinto império e os paradigmas subjacentes à fundação de Portugal e do Brasil. – As questões históricas e mitológicas interessamme e as do quinto império particularmente por ser essencialmente português.


– O porquê do mito? – Terão os mitos fundamento? – O porquê da sua divulgação e apropriação de um povo? – Porquê durante milhares de anos muitos predisseram os eventos que precederiam a vinda de um ser? – Têm sido reveladas inspirações e visões sobre quem seria, onde apareceria e quais os percursos da história humana?


– Será que a sociedade pode despertar para a liberdade e mancipar-se dos valores de agressão, quando seus elementos fazem esse despertar individual? – Estarão estes preparados para compartilhar da sua emancipada visão de humanidade? – O período deste despertar foi há muito tempo profetizado? – Pesquisas sobre obras do Padre António Vieira, Luis de Camões, Dom Bosco, Fernando Pessoa, Bandarra e Agostinho da Silva entre outos, apontam para isso.


A necessidade de compreender a possibilidade de sermos cocriadores, em união, harmonia e amor contribuirmos de forma positiva para a evolução da criação do Universo, faz parte de toda a minha pesquisa no curso de Artes Visuais e foi evoluindo intuitivamente. Agora que estou a terminar a minha licenciatura, percebo que a minha relação com a pedra é transversal e uma linha orientadora na minha pesquisa artística.


Esta minha relação com as pedras é tão intensa que, mesmo em trabalhos não relacionados ao uso desse material, as pedras atraem minha atenção, e para exemplificar, vou apresentar alguns exemplos de trabalhos académicos que elaborei. Os dois exemplos escolhidos são sobre o quadro “A Virgem dos Rochedos” de Leonardo Da Vinci: -A análise de imagem; -A análise de objeto artístico;


FUNDAMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL (A análise de imagem) e HISTORIA DAS ARTES VISUAIS I (A análise do objeto artístico) – A proposta em ambos os trabalhos era analisar dois quadros, contudo ao descobrir um terceiro quadro a minha pesquisa concentra-se nos três.


A VIRGEM DOS ROCHEDOS


FOTOGRAFIA No tema fotográfico do primeiro projeto de fotografia analógica no primeiro semestre, abordei o meu dilema existencial e intitulei-o de

VIAGEM FOTOGRÁFICA DE UMA SONHADORA? “A ALMA” DO “SER” “HUMANO”


“ENIGMA” Linhas fortes e sombras sugerem os símbolos encontrados na entrada do túmulo em Jerusalém e contém uma mensagem ainda por decodificar: O Iluminado sobre o planeta? Que é forte como um rochedo? E como ele é dilacerado? Atribuí-lhe o nome simbólico de ENIGMA - o homem, o cristo, o deus!!! Aquele que que é um Mago!


O princípio e o fim? Os olhos que tudo vêem, o princípio que rasga, que fura todas as barreiras, todas as convenções, todos os limites. O amor incondicional, pequenino, ativo e inteligente como um vírus. Tudo é pó e tudo regressa ao pó! …Uma Pedra no meio de tantas outras…Numa pedreira.


Foto analógica – O Enigma


Foto digital – A pedra


Foto anal贸gica - Outro olhar


Foto digital – Contraste


Foto anal贸gica-Autorretrato (na gruta)


DESENHO Os meus primeiros desenhos improvisados foram de pedras colhidas no jardim da universidade. Poderia ter escolhido outros objetos, porém o que me chamou a atenção naquele momento foram as formas orgânicas daquelas pedrinhas.


Carv達o sobre papel


Nanquim sobre papel


Grafite sobre papel


Nanquim sobre papel


Grafite e carv達o sobre papel duplex Autorretrato- se eu fosse uma casa


ESCULTURA Pesquisa em diversos materiais para a execução de uma escultura monumental em pedra num parque sensorial a construir em Faro, Portugal, procurando despertar e estimular nos cidadãos a conscientização da sua ligação com a Terra, a história e a preservação, funcionando como uma metáfora a nível planetário.


Escultura em cart茫o - L贸tus + Escultura em barro


Escultura em barro – Um coração


Escultura em cartรฃo - Crianรงas abraรงando um sonho: Um Mundo Melhor.


Escultura em cartão – Planeta em risco


Estudos para escultura


Estudos para escultura


Estudo para escultura


Escultura em pedra “DEVIR”


Cocriação


Uni達o, harmonia e amor


Escultura em barro – Cocriação


Escultura em barro – Cocriação


MONOGRAFIA: ROMÂNTICOS, VISIONÁRIOS E MÍSTICOS • - WILLIAM BLAKE, poeta, pintor, gravador, ilustrador e escultor • -CASPAR DAVID FRIEDRICH, pintor, gravador, desenhador e escultor • -WILLIAM TURNER, começou como pintor topográfico e foi se inclinando para as paisagens, principalmente as marítimas.


William Blake


APRESENTAÇÃO: CONCEITO AMPLIADO DE ARTE E ESCULTURA SOCIAL • JOSEPH BEUYS - se dizia escultor, mas, diferente das obras tradicionais, sua pretensão era produzir uma obra com domínio ampliado, acessível através dos órgãos dos sentidos, que se propagaria pela sociedade, chamava-a: escultura social.


BEUYS – cadeira com gordura


ROTEIRO PARA CINEMA Escrevi um roteiro para cinema baseado no livro “O ENCONTRO COM A ALMA GÊMEA” de Paulo Kronemberger, cuja história se passa na Ilha de Páscoa, ilha vulcânica no centro do Oceano Pacífico, conhecida pelas suas enormes estátuas de pedra, chamadas Moais e revela os segredos do início da vida humana no planeta e desvenda o local de uma pedra à beira-mar, chamada de Umbigo do Mundo, que abriga o sentimento do amor universal.


Homenagem póstuma ao escritor e pintor que me convidou para ir morar com a sua família em São Paulo.


VIDEO-INSTALAÇÃO Meu autorretrato A ideia da Art Postal permanece imbuída de conceitos esotéricos, simbolizados no material empregue, na forma da lápide, nos três triângulos, simbolizando três pirâmides, com os lados proporcionais à de Quéops – “O Livro da Vida”. Na lápide é projetado um vídeo silencioso e é colocado um cristal de quartzo terapêutico quebrado ao meio, tal como eu, separada de meu complemento energético, e projectando luz azul sobre o alto de um dos triângulos, e assim fortalecer a mensagem de forma a se tornar mais simbólica e mística.


A LAPIDE – eu sou


PERFORMANCE O simbolismo como é quase universal em seu significado, encontra-se na arte egípcia, com a morte do natural, como sendo um caminho para o absoluto, que se produz-se através da morte, tendo esta duplo sentido: o da aniquilação do corpo e do nascimento de algo novo, superior.


Registo da minha performance


PINTURA Foram feitos por mim vários trabalhos, depois de uma análise cuidadosa das minhas esculturas (com a realização de estudo de desconstrução das mesmas e esboços de novas ideias) produzindo várias composições pictóricas bidimensionais e tridimensionais.


OBSERVANDO O MAR acrilico sobre tela


ADテグ E EVA acrテュlico sobre tela


DESENHO DIGITAL •

A minha pesquisa artística consistia em fazer uma intervenção artística num lugar de Faro à minha escolha, inicialmente escolhi o teatro Lethes e posteriormente o teatro das Figuras e apesar de ter elaborado o projeto do edifício, a minha intervenção artística consistiu em elaborar um projeto de uma escultura em pedra para a rotunda, que seria um olho virado para o espaço, um lago.


DESENHO DIGITAL Teatro das figuras


Intervenção artística na rotunda


GRAVURA SOLAR

• Curso realizado na quinta do escultor Mestre Arlindo Arez em seu atelier em Alcalar , perto do local onde se encontra uma necrópole do séc. III A.C. e composta por um conjunto de sepulturas megalíticas, sendo a mais impressionante a grande mamoa.


Grande mamoa – Alcalar Portimão - Portugal


GRAVURA SOLAR


LITOGRAVURA


PEDRA LITOGRテ:ICA


“REVELAÇÃO” LITOGRÁFICA


CONSAGRAÇÃO


ATELIER • Durante a minha permanência em São Paulo, enquanto conciliava os meus estudos na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, projetei e dirigi a construção de um edifício que se destina a ser o meu atelier e laboratório artístico.


O MEU “PROJETO FINAL” (em construção)


No meu atelier já construído, em plena atividade artística


HOMENAGEM • Em dezembro de 2011, tive oportunidade de me deslocar à praia da trindade, onde após alugar um barco, fiz uma performance, um ritual. • Entreguei as cinzas de meu falecido esposo ao mar. • O Helder tem sido a musa inspiradora do meu trabalho artístico e toda a pesquisa subjacente.


Rochedos na praia da Trindade- RJ


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