Caminhos Sustentáveis
BOLETIM INFORMATIVO DO IMS - INSTITUTO MARISTA DE SOLIDARIEDADE | EDIÇÃO NÚMERO 24 | ANO 2 - JUNHO 2013
Ao leitor
Província Marista Brasil Centro- Norte Superior Provincial Ir. Wellington Mousinho de Medeiros Conselheiros Provinciais Ir. Alexandre Lucena Lôbo Ir. Ataide José de Lima Ir. José de Assis Elias de Brito Ir. José Wagner Rodrigues da Cruz Superintendência Socioeducacional Dilma Alves Superintendência de Organismos Provinciais Ir. James Pinheiro dos Santos Superintendência de Operações Centrais Artur Nappo Dalla libera Gerência Social Cláudia Laureth Faquinote Instituto Marista de Solidariedade Diretora Shirlei Silva Informativo Caminhos Sustentáveis Coordenação da Publicação Rizoneide Amorim Jornalista Responsável Diagramação Textos
Mais uma vez chegamos até sua casa ou seu trabalho, caro leitor. E uma satisfação para nós do IMS (Instituto Marista de Solidariedade) partilhar contigo nossas vitórias e nossa trajetória. Nesta edição, trazemos as informações sobre nosso trabalho no mês de junho que nos proporcionou algumas belas oportunidades de encontrar pessoalmente muitos de vocês nas atividades que executamos pelo País. Gostaríamos de destacar o lançamento oficial de dois novos projetos do IMS: a Rede CFES Sudeste e a Rede Brasileira de Comercialização Solidária, em parceria com a Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego. Ambos foram apresentados ao público em Belo Horizonte durante um grande seminário de integração que reuniu mais de 130 pessoas que participarão dos dois projetos. Foram três dias de trocas de experiências e motivação para começarmos, juntos, a fazer desses projetos uma ação que mudará nossas vidas. Quando juntos podemos mais e é conectando pontos que unimos esforços e nos tornamos mais fortes. Também gostaríamos de destacar a 106º Feira de Economia Solidária apoiada pelo Projeto Nacional de Comercialização Solidária e que ocorreu em Teresina, Piauí. A longa trajetória deste projeto já começa a se encerrar e nas próximas edições partilharemos com vocês os frutos dessa história. Uma boa leitura e obrigado pela parceria de sempre.
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Edição Oniodi Gregolin
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Adeus
O adeus a Sandra Magalhães por João Joaquim de Melo Neto Segundo
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de hansenianos na Amazônia. Ajudou na criação de mais de 50 bancos comunitários em 19 estados do Brasil. Ultrapassou fronteiras, colaborou de forma decisiva com o Governo de Hugo Chaves na Venezuela. Ministrou palestras sobre Economia Solidária e moedas sociais em fóruns internacionais em mais de 15 países. Mostrou que outro mundo e outro modelo de economia já são possíveis. Criou um batalhão de amigos por onde andou. Sorriu, encantou e brilhou nos quatro cantos do planeta. Escreveu livros, educou uma geração, deixou uma saudade imensa em cada um de nós. Lutou durante três anos contra um câncer de mama sem nunca perder o humor e a alegria. Finalmente resolveu partir em 14 de junho de 2013 e lá de cima sacudiu suas longas tranças e os respingos de seu cabelo, como num tilintar de magia acordou multidões que resolveu sair as ruas em grandes manifestações. Agora, sapeca como é, esta se juntando a um monte de outros companheiros no céu e dizendo a DEUS: “Oi, querido, olha aquele povão reunido em Santa Maria, é tudo gente boa, dá coragem e saúde pra eles e diz que a gente mandou um beijo”!
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coordenou estudos e pesquisas para o poder público. Mas o destino já estava selado e o Conjunto Palmeira era sua casa em definitivo. Foi lá que em 1998 foi co-criadora do Banco Palmas e sua já agitada e insurgente vida começaria um novo ciclo. Coordenadora de projetos do banco comunitário se envolveu de forma profunda com a comunidade e ajudou a criar vários serviços solidários no campo das finanças solidária, da comercialização, da capacitação profissional e da educação transformadora. No Banco Palmas ela conheceu a Economia Solidária a qual se dedicou, integralmente, de forma apaixonada os últimos 15 anos de sua vida. Engajou-se profundamente nos movimentos de Economia Solidária de todo o Brasil. Participou da luta pela criação da Senaes-MTE (Secretaria Nacional de Economia Solidaria – Ministério do Trabalho e Emprego) e do FBES (Fórum Brasileiro de Economia Solidaria). Organizou encontros, plenárias e conferências nacionais. Participou na organização de várias edições do Fórum Social Mundial. Discursou para o presidente Lula no II Fórum de Inclusão Financeira do Banco Central com a mesma simplicidade que palestrou nas colônias
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Sandra Magalhães nasceu em 1962 em Morrinhos, um pequeno município do interior do Ceará. Aos 10 anos, mudou-se para Fortaleza e aos 22 anos se formou em Serviço Social. Em 1984 foi contratada pela Prefeitura de Fortaleza e passou a trabalhar na Secretaria de Habitação. Foi designada a coordenar o projeto de urbanização do Conjunto Palmeira, uma imensa favela, sem nenhuma infraestrutura urbana, ao sul da capital. Foi ali, na periferia de Fortaleza, que desabrochou a grande líder política e militante. Sandra participou ativamente dos mutirões comunitários para urbanização do Conjunto Palmeira. Dias e noites se reuniu com os moradores, reforçou os processos participativos, ajudou a organizar várias associações locais, envolveu-se com a comunidade de tal forma que era impossível não considerá-la como filha daquela comunidade. E se o encanto de construir um bairro tijolo a tijolo não bastasse, essa mistura de trabalho, envolvimento e emoção foram ainda mais longe. Nada tão simples, ou tão espetacular, que Sandra tenha simplesmente se apaixonado por um líder comunitário do bairro: Joaquim Melo, com quem viveu amorosamente toda sua vida. Concluída a urbanização do Conjunto Palmeira, em 97, Sandra já era um misto de líder popular e técnica respeitada na municipalidade. Trabalhou em várias secretarias, foi assessora parlamentar,
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Superior Provincial visita sede do IMS Devemos nos abrir e partilhar, fazer unidos em um mesmo coração. O IMS (Instituto Marista de Solidariedade) recebeu, no início de junho (04) a visita pastoral do Irmão Superior Provincial, Wellington Mousinho. O provincial, que estava acompanhado da gerente Social Claudia Laureth, visitou o IMS na parte da tarde. No instituto, foi acolhido por toda a equipe de Brasília que apresentou a ele parte do trabalho e dos projetos executados. A diretora do IMS, Shirlei Silva, conduziu o encontro, que foi iniciado com um momento de oração. Após isso, perpassou a história do IMS desde a sua fundação até o momento atual, detalhando ações e parcerias estratégicas do
instituto. “É uma grande alegria, para nós, receber o Provincial em nossa casa. Possibilitou sentarmos ao redor da mesma mesa e dialogarmos sobre nossa missão como colaboradores Maristas engajados na dimensão social do Instituto”, afirmou a diretora. Irmão Wellington se mostrou muito feliz com a visita e também agradeceu a oportunidade de conviver, mesmo que brevemente, com a equipe. “Eu gostaria que todos os irmãos e colaboradores pudessem sentir isso tudo que estou experimentando, de estar próximo das unidades sociais de nossa Província. É uma sensação de alegria e satisfação conhecer
pessoalmente o trabalho que desenvolvemos na dimensão da solidariedade”, explicou Mousinho. Na sua fala, o Provincial abordou os aspectos de internacionalização e transculturalidade que a Igreja, como um todo, e principalmente a Congregação dos Irmãos Maristas devem observar. “A necessidade de nos abrirmos é um chamado de nosso Superior Geral Ir. Emili Turú. No continente Americano, assim como no Brasil, se percebe um grande avanço na dimensão da solidariedade. O fechamento nos empobrece, devemos nos abrir e partilhar, fazer unidos em um mesmo coração”, encorajou a equipe do IMS.
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Chá com Prosa
Os últimos dias de junho foram marcados por mais um encontro do Chá com Prosa: Direitos Humanos em Pauta que na ocasião trouxe convidados para debaterem “O Trabalho Infantil e a Lei da Aprendizagem”. O evento ocorreu no Escritório Central da PMBCN (Província Marista Brasil Centro-Norte), no dia 27, e contou com a participação de adolescentes, assistentes sociais, universitários e colaboradores Maristas. O encontro foi aberto pelo Ir. James Pinheiro dos Santos, Superintendente de Organismos Provinciais da PMBCN, e trabalhou na perspectiva do tema da erradicação do trabalho infantil, que será discutido, em Brasília (DF), no mês de outubro, durante a III Conferência Global sobre o Trabalho Infantil. Participam do debate como palestrantes convidadas a procuradora do Trabalho, Valeska do Monte, e a coordenadora geral de preparação e intermediação da mão de obra juvenil da Secretaria de Políticas Públicas do Ministério do Trabalho e Emprego, Flávio José da Costa . Os debates contam, ainda, com as presen-
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Adolescentes e jovens debatem Lei da Aprendizagem em Brasília
ças dos jovens ex-aprendizes do Centro Salesiano do Menor (CESAM/DF), Carlos Vinícius e Ághata Sales. O debate foi mediado pela a analista do IMAS, a pedagoga Joseane Barbosa. Em sua fala, Valeska abordou a erradicação do trabalho infantil, trazendo fatos como a antiga Constituição anterior a de 1988, que permitia o trabalho a partir dos 12 anos. “Os legisladores foram amadurecendo e a constituição garantiu a proteção integral à crianças e adolescentes”, explicou. A procuradora também foi categórica ao afirmar que necessitamos alterar a consciência individual de cada um ainda no cerne da educação, para assim poder garantir resultados positivos no futuro. “Precisamos alterar esse ‘padrão cultural de tolerância’”, finalizou. O Chá com Prosa é realizado, desde 2011, pelo Instituto Marista de Solidariedade (IMS) e pelo Instituto Marista de Assistência Social (IMAS) que tem o objetivo de desenvolver esforços para promover debates e ações que contribuam para os direitos humanos em nosso país.
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Seminário Memória e Compromisso relembra luta de cristãos na redemocratização O IMS (Instituto Marista de Solidariedade) participou nos dias 26 e 27 de junho do Seminário Internacional Memória e Compromisso promovido pela Comissão Brasileira Justiça e Paz, organismo vinculado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). O evento foi realizado no CCB (Centro Cultural de Brasília) e teve como objetivo relembrar a participação de cristãos no processo de anista política e de redemocratização do Brasil na década de 1980. Para a CBJP, o resgate dessa memória é fundamental para fazer justiça aos que vivenciaram diversas violações de direitos e para alimentar as esperanças em tempo de opressão, bem como para lançar luzes aos desafios da atualidade. Por isso, o evento provocou reflexões a cerca da conjuntura político-social brasileira com discussões que envolveram o modelo atual de Estado e de desenvolvimento adotado pelo país e suas consequências para a sociedade. A reflexão contou com a presença de nomes como padre Oscar Beozzo, Hamilton Pereira, padre Leonel Narvaez, Maria Clara Bingemer, Maria Vitória Be2
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nevides, frei Carlos Mesters, pastor Walter Altmann, dom Celso Queiroz, entre outros. O encontro foi pautado em análises da conjuntura nacional, internacional e eclesial, do período ditatorial. A reflexão deu-se no sentido de entender quais eram os desafios teológicos e institucionais da Igreja nesse período. Os participantes ainda acompanharam falas sobre os cristãos em luta por transição em diversos países; resgate de experiências e memória da atuação dos cristãos e instituições cristãs; e uma reflexão sobre justiça de transição e desafio cristão de reconciliação, entre outros temas.
Memória e Compromisso O Seminário consiste na primeira fase do projeto Memória e Compromisso. Esse projeto é realizado em parceria com a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, e conta com apoio da Comissão Nacional da Verdade e da Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal. O projeto também conta com a participação do padre Zezinho e Frei Betto, que não participaram do Seminário, mas vão colaborar em outras etapas (como a publicação do livro, do DVD e do CD com as conclusões do projeto).
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A 106ª feira de Economia Solidária, apoiada pelo PNCS (Projeto Nacional de Comercialização Solidária) ocorreu em Teresina, Piauí, entre os dias 20 e 21. Com uma programação bastante diversificada, a I Feira do Comércio Justo e Solidário de Teresina contou com a presença de mais de 100 empreendimentos de 14 municípios do Estado que expuseram e comercializaram seus produtos na Praça Rio Branco da capital. O evento, realizado pelo Fórum Estadual de Economia Solidária (Feespi) e pelo Projeto Nacional de Comercialização Solidária, em parceria com vários órgãos governamentais e não governamentais, objetivou promover e estimular o consumo de bens e serviços produzidos pelos empreendimentos de economia solidária, tendo em vista a capaci-
dade que possuem em gerar trabalho e renda, e ao mesmo tempo, distribuir de forma justa a riqueza que geram. Dando as boas-vindas aos empreendedores e visitantes do evento, a secretária do Trabalho, Larissa Maia, esteve na praça, onde ressaltou a importância da feira. “A Economia Solidária é um negócio inclusivo, baseado no preço justo para quem produz e para quem compra e foi com esse critério que nós, junto ao Governo do Estado, nos organizamos para que a feira acontecesse, divulgando e promovendo os empreendimentos e provando que a economia solidária é uma alternativa de carreira e geração de renda” disse. Durante os dois dias, a Praça Rio Branco foi palco de exposição e comercialização de produtos da área de confecção, artesanato, biojoia e agricultura
familiar. Dentre eles, os doces, a cajuína, o sabão líquido e os remédios caseiros produzidos pelo Coletivo de Mulheres Trabalhadoras Rurais (CMTR-PI), que trouxe ao evento representantes de 7 municípios. “O Coletivo tem como objetivo empoderar a mulher empreendedora e incentivá-la para que gere sua própria renda. Sendo assim, não poderíamos faltar a esse encontro que une grupos de objetivos em comum e dá uma grande visibilidade aos nossos produtos”, diz a coordenadora da Coletiva, Maria José. O PNCS é executado pelo IMS (Instituto Marista de Solidariedade) em parceria com a Senaes-MTE (Secretaria Nacional de Comercialização Solidária – Ministério do Trabalho e Emprego). Até o fim do Projeto, que se encerra ainda neste ano, serão realizadas 108 feiras.
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106ª Feira apoiada Piauí pelo Projeto Nacional de Comercialização Solidária 7
Novos Desafios
IMS lança dois novos projetos em parceria com a Senaes/MTE e FBES
A capital mineira foi o palco, no dia 13 de junho, do lançamento de dois novos projetos que o IMS (Instituto Marista de Solidariedade) começará a executar para o próximo triênio. Os projetos “Rede Brasileira de Comercialização Solidária” e “Rede CFES Sudeste (Centro de Formação e Apoio a Assessoria Técnica em Economia Solidária)” foram oficialmente inaugurados com a presença do movimento da Economia Solidária brasileiro, de autoridades locais e federais e, também, com a presença da Umbrasil (União Marista do Brasil). A mesa de abertura, que ocorreu no Anfiteatro do Colégio Marista Dom Silvério, contou com a presença da diretora do IMS, Shirlei Silva; do presidente da Umbrasil, Ir. José Wagner Rodrigues Cruz; do repre-
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sentante da Senaes (Secretaria Nacional de Economia Solidária), Manoel Vital de Carvalho Filho; e de representantes do Fórum Mineiro de Economia Popular e Solidária, FBES (Fórum Brasileiro de Economia Solidária), Superintendência Regional do trabalho e Emprego de Minas Gerais, Rede Sudeste das/os Educadoras/es, Prefeitura de Belo Horizonte, da
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o movimento de ecosol, são como duas bandeiras de luta: acreditamos na luta de uma comercialização justa e solidária, diferenciada, e é por meio dela construímos outro modelo de sociedade e de economia, que já existe e já funciona”, pontuou. Ambos os projetos lançados são voltados para a economia solidária, com o intuito de formação de redes: um de formadores e outra para o fortalecimento de uma rede nacional de comercialização solidária. Os dois desenhos serão executados por meio de convênio com a Senaes, ligada ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) e são uma estratégia do Governo Federal para o Programa Brasil Sem Miséria. O projeto Rede CFES Sudeste será executado nos quatro estados da região Sudeste e o Rede Brasileira de Comercialização Solidária em 25 estados mais o Distrito federal.
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com o novo que ainda desconhece”, explicou Cruz. “Todo esse movimento resulta no evento de hoje, e trago o exemplo do fundador da congregação Marista, que é São Marcelino Champagnat, que circulou o mundo inteiro, e, com certeza, se deparou com várias experiências como estas que estão aqui hoje”, finalizou. Vital Filho, da Senaes, trouxe o exemplo dos cristãos mundo afora que se organizam em redes para caminhar juntos. “O que Marista fez nos últimos anos foi formar redes e temos, hoje, o coroamento, uma vitória para construir um trabalho de formação. Uma rede de formadores é um exército da paz, de um mundo novo. Necessitamos trabalhar um elemento econômico, trabalhar mais fortemente para fazer de forma diferente e se organizando de forma coletiva”, afirmou Filho. Já para João Lopes, do FBES, “os dois projetos, para
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Cáritas Brasileira e, por fim, do Conselho Estadual de Economia Solidária. Para o presidente da Umbrasil e Conselheiro da PMBCN (Província Marista Brasil Centro-Norte), da qual o IMS faz parte, o lançamento destes dois projetos é o ponto culminante de uma caminha que começou em 1995 quando da fundação do IMS em Belo Horizonte. “Dentro da instituição Marista o IMS tem incidido internamente essa nova lógica de comercialização na base do comércio justo e solidário, ajudando os colégios a entender essa nova lógica, mas nas urbanidades dos nossos estudantes e educadores. Temas como a Economia Solidária, o ambiente rural e da cidade, entendimento de um mercado justo, entram em nossas disciplinas da matriz curricular. É preciso preparar o cidadão em novas lógicas mais sistemáticas, na percepção de contar
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Minas Gerais
Seminário promove debate sobre economia solidária e desenvolvimento local
Ainda no primeiro dia do Seminário de Lançamento dos Projetos “Rede Brasileira de Comercialização Solidária” e “Rede CFES Sudeste (Centro de Formação e Apoio a Assessoria Técnica em Economia Solidária)”, que f oram oficialmente inaugurados no dia 13 de junho em Belo Horizonte (MG), ocorreu um painel sobre a “Economia Solidária como Estra tég ia para a Superação da Miséria e da De-
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sigualdade Social”. A mesa f oi conduzida por Manoel Vital de Car valho Filho, diretor do departamento de f omento a Economia Solidária da Senaes (Secretaria Nacional de Economia Solidária – Ministério do Tra balho e Emprego), e por Sebastiana Almire, representante do FBES (Fórum Brasileiro de Economia Solidária). Ambos os deba tedores fizeram um paralelo entre a Economia Solidária e a su-
peração das desigualdades em nosso País, trazendo elementos constituídos pelo movimento e, também, por políticas públicas que f omentaram o segmento. Vital Filho, relembrou a I Conferência Nacional de Economia Solidária, na qual ficou ref orçada que a Economia Solidária é uma estra tég ia de desenvolvimento, seja local ou nacional. “Fazer economia solidária é tra balhar desenvo lvimen-
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Alimentação dos participantes do Seminário foi preparada pela Rede de Alimentação Sabor Mineiro Uai, uma rede de Economia Solidária
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Participantes do seminário que reuniu mais de 130 pessoas em MG
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to e é tra balhando com desigualdades sociais que se faz todo o sen tido. Quando falamos em desenvolvimento não temos que se esquecer da economia. Analisando nossa realidade econômica no Brasil percebemos o quão social é a economia e sua face afirma claramente que a gente tra balha o econômico numa perspectiva da solidariedade. É tra balhando com a economia que temos como enfrentar a miséria e a pobreza, ela é realmente uma estra tég ia de desenvolvimento”, afirmou Vital Filho. “Dentro do Prog rama Brasil Sem Miséria falou-se de uma secretaria para criar esse objetivo. Na hora de dividir pa peis, a economia solidaria f oi para tra balhar inclusão produtiva. Vimos que tem campo e cidade e dentro do governo tem estruturas que tr a balham nos dois campos. Quando olhamos nos centros urbanos e a Senaes é um prota gonista para este tra balho”, continuou Vital. Para Sebastiana, a formação é o desafio necessário para conseguir avançar ainda mais na conquista de novas lutas. “O urbano é o nosso grande desafio. Já conquistamos grandes apoios para o campo e temos que reconhecer a luta camponesa e daqueles que morreram por conta da luta. Nós, da cidade, acabamos nos acomodando, precisamos garantir a políticas. Quando Vital coloca que a formação é um processo”, finalizou.
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Contexto Sustentável
Conferências de Meio Ambiente começam a ocorrer Muitos de vocês já devem ter observado as Conferências locais de Meio Ambiente que já vem ocorrendo nos últimos meses em suas cidades ou estados. Se não viu vai ver e essa é apenas a primeira etapa para a Conferência Nacional do Meio Ambiente chega à sua quarta edição com o objetivo de contribuir para a implementação da Lei 12.305/2010, que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A meta é qualificar poder público, setor privado, sociedade civil organizada, cooperativas de catadores e cidadãos em geral no grande esforço nacional para reduzir a geração dos resíduos sólidos, assumir
responsabilidades com a construção de uma sociedade sustentável e lançar um novo olhar sobre os resíduos sólidos, reconhecendo-os como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor da cidadania. A 4ª CNMA traz duas novidades em relação às edições anteriores: as conferências livres e a conferência virtual. Essas duas novas modalidades de participação configuram um processo que avança em relação às três conferências anteriores, estabelecendo um espaço para que toda a população interessada discuta e contribua para o tema dos Resíduos Sólidos.
Convocada pela Portaria MMA nº 185, de 04 de junho de 2012, a 4ª CNMA vai centrar a discussão da Política Nacional de Resíduos Sólidos em quatro eixos: 1) Produção e Consumo Sustentáveis, 2) Redução dos Impactos Ambientais, 3) Geração de Emprego e Renda e 4) Educação Ambiental. Entre no site da Conferência e obtenha mais informações, como por exemplo, onde e quando ela ocorrerá na sua cidade ou estado. Envolva-se nessa ação e faça valer o seu direito a democracia. Saiba mais no www. conferenciameioambiente.gov.br. Com informações do site oficial da 4ª CNMA.
Foto do mês: Ciranda feita durante o Seminário de Lançamento dos Novos Projetos do IMS em homenagem a Sandra Magalhães que havia falecido naquele dia.
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