Alergias - Material Didático 2012

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Alergias Atividade nยบ 5

Sรฃo Paulo, 2012


Sumário 1. Roteiro do Professor 2. Alergias no cotidiano: manchetes de notícias 3. Fichas de discussão: Processo de construção de conhecimento científico Mecanismos imunológicos nas alergias - sensibilização - fase imediata Alérgenos Classificação das alergias Asma – estudo de caso 4. Roteiro da atividade prática 5. Material complementar para o professor 6. Atividade para casa ! ! !

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1. Roteiro do Professor Principais conceitos estruturantes da atividade: i) Alergia ou hipersensibilidade (conceituar alergia na forma de uma resposta imune exacerbada); ii) Ampliação do conceito de imunidade; iii) Alérgenos (associar a substâncias químicas que desencadeiam alergias); iv) Regulação da resposta imune (esse conceito deve ser associado ao conceito de homeostase); v) Profilaxia e anafilaxia; vi) Classes de anticorpos nos processos alérgicos – principalmente IgE (à vezes IgG); vii) Mastócitos e liberação de histamina; viii) Conceito de asma como doença alérgica; ix) Resposta imune na alergia; x) Importância da participação do ambiente no desenvolvimento de doenças – relacionamento disso com a asma e outras doenças. Coletivo 1) Avaliação da atividade anterior (5 min.) Apresentar os gráficos com os resultados da avaliação que a turma fez na atividade anterior – VACINAS. Objetivo: • • •

Ressaltar a importância da opinião dos alunos para a melhoria das próximas atividades e para as próximas turmas; Alertar para que sejam mais “criteriosos” na avaliação; Chamar a atenção para o elevado nível de satisfação com as atividades e “instigá-los” a ver se é isso mesmo que eles pensam.

2) Apresentação dos vídeos: (1) Respiração normal e (2) Asma (10 min.) Objetivo: Comparar a respiração em uma situação normal e com asma; Solicitar aos alunos exemplos vivenciados (por eles ou familiares); Instigá-los no sentido de estabelecer relação entre a Asma (exemplo de alergia) e a resposta imune exacerbada. Perguntar: o que asma tem a ver com o sistema imune? Citar exemplos de outras doenças alérgicas importantes como rinite, alergia a medicamentos, alergias alimentares, etc. 3) Imagens macroscópicas e microscópicas do sistema respiratório (5 min.) • • •

Objetivo: Evidenciar diferenças entre o aparelho respiratório de pessoas sadias e pacientes asmáticos. Nesse caso, são pacientes submetidos à poluição (alérgeno). Caso você considere adequado e sinta que tenha tempo (turma menor, clima mais tranquilo) apresentar novamente essas imagens (Power Point - imagens asma com vídeo 1 e 2) posteriormente nos pequenos grupos. Nos pequenos grupos (60 min) Dividir a turma em 4 grupos. Cada grupo terá um professor do projeto. Ler as fichas e discutir os conceitos estruturantes. Algum aluno deve ler a ficha. Recomenda-se ir parando e perguntando aos alunos, envolvendo todo o grupo. Os conceitos estruturantes devem ser discutidos no grupo. 4) Ficha 1 – Manchetes de notícias que apresentam no título o termo “ALERGIA” (05 min) Objetivo: •

Problematizar o tema da aula

Os títulos de reportagens fazem menção a situações comuns, por isso, é fundamental incentivar os alunos a apresentarem exemplos pessoais ou próximos. Foram selecionadas:

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a.

01 notícia sobre a relação inverno/alergias. Aqui o importante é chamar a atenção para roupas guardadas no armário por muito tempo.

b. 02 manchetes sobre a relação alergia e primavera. Uma delas trata especificamente do efeito do pólen. c.

01 manchete sobre alergia alimentar. Uma problematização possível aqui é a relação com a herança biológica.

d. 01 manchete trata das alergias de pele e.

01 manchete trata da casa como provável desencadeadora dos processos alérgicos. Questionar os alunos a respeito do que eles pensam disso.

f.

01 manchete trata de um caso grave de alergia em uma garota britânica. Ela é alérgica a diversos produtos (leite, grama, ovo, trigo, gato e ácaros). A notícia informa que a garota foi hospitalizada porque sua irmã beijou-a depois de ter tomado leite e isso desencadeou uma reação de hipersensibilidade. (Essa informação, apesar de ser irrelevante para o tema que iremos tratar, pode ser uma curiosidade dos alunos).

4) Retomar o esquema da resposta imune – Kit Células Vacina Na atividade passada avaliamos que a utilização do kit auxiliou bastante na compreensão da resposta imune por parte dos alunos. Por isso, pensamos começar a atividade resgatando o que eles se lembram sobre a resposta e o papel dos diferentes componentes. Como vocês verão, o kit está ampliado com imagens de IgE e mastócito. NÃO INTRODUZIR ESSAS FIGURAS NESSE MOMENTO Objetivo: •

Trata-se de uma atividade RÁPIDA. O intuito é apenas resgatar o que eles recordam. NÃO devemos ficar descrevendo todos os passos e etapas.

É importante finalizar com uma problematização: Como se comporta o sistema imune de uma pessoa durante uma crise alérgica?

5) Discussão das fichas sobre ALERGIA Processo de construção do conhecimento científico (fichas 2, 3 e 4): •

Com a ficha 2 (cujo título é: Ampliando o Conceito de Imunidade) deve-se questionar os alunos a respeito do conceito de resposta imune. Em que medida o estudo das Alergias (e de outras doenças envolvendo o sistema imune) permitiu uma nova compreensão dos mecanismos de ação deste sistema.

As fichas 3 e 4 (Resposta Imune Equilibrada e Exacerbada) são mais esquemáticas e procuram evidenciar mecanismos de produção de conhecimento em ciência.

Como novas observações e resultados experimentais podem alterar conceitos, teorias e conduzir a novas hipóteses? A ficha 3 resgata o conhecimento que até então discutimos com eles (a ação do sistema imune na PROFILAXIA). Ela trata da descoberta de Jenner a respeito da imunização natural em mulheres que ordenhavam vacas ao contraírem a varicela. Aqui o importante e ressaltar a relação entre observação, elaboração de hipótese e experimentação. A ficha 4 apresenta o conceito de ANAFILAXIA. Esses dois conceitos devem ser discutidos com os alunos. s fichas 5 e 6 tratam dos mecanismos imunológicos relacionados às alergias. Nestas fichas alergias são tratadas como sinônimos de hipersensibilidade.

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As alergias ou hipersensibilidade do tipo 1 são uma resposta exacerbada do sistema imune frente à uma substância inócua para a maioria da população. É caracterizada pelos altos níveis de anticorpos IgE específicos e algumas vezes por mastocitose. São didaticamente divididas em etapas: FICHA 5 - A sensibilização: quando o indivíduo entra em contato pela primeira vez com o alérgeno. As células DC (na pele, ou trato respiratório ou gastrointestinal) fagocitam o alérgeno, processam e apresentam para células T naive. Diante da natureza do alérgeno e do microambiente favorável com a presença principalmente de IL-4 essas células se “diferenciam” em células Th2, produtoras de IL-4 e IL-13 entre outras citocinas de perfil Th2. A IL-4 promove a mudança de classe dos anticorpos produzidos pela célula B, passando de IgM para IgE especifica para o alérgeno. As células B específicas para o alérgeno, se transformam em plasmócitos produtores de IgE, sofrem expansão clonal e algumas células B se diferenciam em células B de memória. Quando falar da célula apresentadora de antígenos no processo de sensibilização, lembrar que o ganhador do Prêmio Nobel de Medicina de 2011 (Ralph Steinman) descobriu as células dendríticas, um tipo de célula apresentadora de antígenos. FICHA 6 - A fase imediata: em um posterior contato com o alérgeno o indivíduo sensibilizado sofre com intensos sintomas que são desencadeados em minutos após o contato com o alérgeno e pode durar algumas horas. Essa fase é chamada de imediata, e é resultado da degranulação de mastócitos e basófilos. Entre os grânulos que são estocados nessas células um mediador merece destaque: a Histamina. Esse mediador é um potente vasodilator que leva à formação de edema, coriza, vermelhidão e coceira. Histamina juntamente com outros mediadores sintetizados após a ativação no músculo (PAF, LTC4, LTE4) tem efeito de constrição, aumento os movimentos peristálticos no intestino e leva a constrição brônquica no pulmão. FICHA 7 - mostra exemplos de alérgenos relacionando-os com as vias de contato. É importante instigar os alunos para que eles pensem a respeito da natureza dos alérgenos e suas relações com as diferentes formas de dispersão pelo ambiente e de contato com as pessoas. FICHA 8 - é uma forma de classificação das alergias de acordo com as vias de contato. 6) Asma – estudo de caso As fichas sobre asma poderão ser trabalhadas em sua totalidade ou, dependendo do tempo disponível, pode-se priorizar apenas as fichas 9 e 10. FICHA 9 - Discutir o que acontece imunologicamente na asma Resgatar os conceitos trabalhados nas fichas anteriores aplicados ao caso da asma. FICHA 10 - Asma e tratamento. É uma ficha simples que busca apresentar informações relacionadas a alguns cuidados preventivos com relação a asma e também alguns tratamentos medicamentosos. Aqui vale a pena chamar a atenção do uso das “bombinhas”, pois há um uso corriqueiro desse tipo de medicamento que deve ser discutido (automedicação). FICHA 11 - Mostra alguns dados epidemiológicos em relação à asma no Brasil e no Mundo. Considere que a leitura de gráficos e tabelas é uma habilidade pouco desenvolvida pelos alunos, assim, é necessário ler o gráfico com eles. Não basta deixar que eles vejam a imagem.

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FICHA 12 - ESSA FICHA DEVE FICAR “NA MANGA”, é um texto que, dependendo do gás e da dinâmica dos alunos poderá ser lido e discutido. A intenção foi fazer uma analogia e tratar a cidade de São Paulo como um paciente.

! 7) Retomada do kit célula Retomar o Kit célula e resposta imune. Nesse momento, explorar a resposta imune nas alergias. Há imagens extras com alérgenos, IgE e mastócito. 8) Aula Prática (20 min.) Teste respiratório - Medida de Pico de Fluxo Expiratório (PFE). Coletivo 9) Vídeo (10 minutos) Vídeo sem narração, bom para ir explicando o processo de desenvolvimento da alergia. Solicitar a participação dos alunos para explicar as animações que aparecem. 10) Avaliação da atividade (5-10min.) Os alunos devem responder ao questionário e dar sugestões. O professor deve acompanhar o preenchimento das respostas sentado junto com o grupo.

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2. Alergias no cotidiano Manchetes de notícias

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3. Fichas de discussão

Ampliando o conceito de imunidade! Na maioria das vezes, quando tratamos do sistema imune com vocês enfatizamos sua ação na proteção contra doenças, mas será que é apenas isso? !

Primeiras considerações A imunologia é uma ciência, relativamente, recente. Como ciência experimental deu seus primeiros passos na segunda metade do século XIX. Os primeiros imunologistas tiveram a tarefa de construir o conceito de imunidade e de revelar ao mundo a existência de um complexo sistema de tecidos, células e substâncias solúveis (humorais) responsáveis por nossas defesas e pelo equilíbrio biológico de nosso organismo. Observações contraditórias No final do século XIX algumas observações chamaram a atenção de pesquisadores por serem aparentemente contraditórias com a ideia de um sistema de defesa.

Observação de Alergias - 1 Em muitos países, o início da primavera é um tormento para muitas pessoas. A causa é a febre do feno, uma rinite alérgica que se manifesta por vermelhidão, inchaço e lacrimação ocular, espirros, obstrução ou escorrimento nasal abundante e coceiras intensas. Aqui no Brasil, além da primavera, muitas pessoas, principalmente crianças, são acometidas por crises respiratórias no inverno. Em ambos os casos, o aparecimento e a seriedade dos sintomas dependem de vários fatores, como a época do ano, a região, a sensibilidade do indivíduo e as condições climáticas. Mas o que pode causar essas alergias?


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Ampliando o conceito de imunidade! ! Observação de Alergias - 2

Essa dificuldade dos cientistas em olhar para o

Um dos procedimentos para o desenvolvimento de vacinas era testar amostras de toxinas ou extratos de organismos patogênicos em animais

desenvolvimento de uma explicação mais consistente para as ALERGIAS.

de laboratório para ver como eles respondiam

Foi preciso uma nova geração de cientistas,

gerando uma resposta imune. Em alguns casos,

com uma bateria de novas perguntas, novos

no entanto, os animais morriam de anafilaxia

experimentos, novas observações e novas ideias

(resposta imune exacerbada e descontrolada),

para que se concluísse que:

que pode ser compreendida como uma reação de hipersensibilidade desses animais ao tratamento.

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sistema imune por outra perspectiva tardou o

“em certas circunstâncias, sob a ação de substâncias do meio ambiente (ex. comidas,

Ideia fixa: a concepção de que anticorpos,

ácaros, poluição, etc), o sistema imune de

que poderiam proteger contra as doenças,

certas pessoas perde o controle, tem sua

também pudessem ser responsáveis por outras

regulação desequilibrada, ocorre produção

doenças soava, a princípio, como absurda -

exacerbada de um tipo específico de

Clemens Von Pirquet.

anticorpos (IgE) e gera as Alergias”.

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Resposta Imune Efetora – Vacinação ! ! Experimento

Surgimento da Vacina

Em 1798, Edward Jenner inocula extratos das feridas do gado com vaccínia nos seres humanos. Os seres humanos ficam protegidos contra a varíola.

Novos Conhecimentos É possível estimular o organismo e induzir proteção contra infecções Nasce a Imunologia Clínica como um ramo da Microbiologia! Nasce o conceito de profilaxia (a favor da proteção)! A varíola é erradicada! Como esses novos conhecimentos podem ganhar novas aplicações?

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Resposta Imune Efetora

Observação 1

Utilização do Princípio da ! Vacinação

Conhecimento do sucesso da vacinação desenvolvida por Edward Jenner.

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Cães da realeza morrem ao entrar em contato com a toxina de caravelas. Podemos vacinar e proteger os cães?

Experimento

Descrição da anafilaxia

Em 1901, Richet e Portier inoculam extratos de caravelas em cães. Os cães morrem em decorrência de uma reação sistêmica designada de anafilaxia.

Novos conhecimentos Constata-se que nem toda resposta imune é benéfica e controlada! Nasce o conceito de anafilaxia (contra proteção)! Desenvolvimento de medidas de prevenção/tratamento das reações anafiláticas! !

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Alergia ou hipersensibilidade – mecanismo imunológico Fase de sensibilização e desenvolvimento da memória imunológica ! !

O alérgeno entra no organismo e as células dendríticas (células apresentadoras de antígenos) o capturam. O alérgeno é processado pela célula dendrítica e apresentado para células T virgens .

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As células T se diferenciam em células Th2 (T helper2) e secretam citocina (IL-4) que atua sobre células B desencadeando a mudança de classe de anticorpos produzidos: de IgM para IgE. Anticorpos específicos para o alérgeno da classe IgE são crucias na alergia. As IgE se ligam às membranas de dois tipos de células do sistema imune: MASTÓCITOS e BASÓFILOS. 12!


Alergia ou hipersensibilidade – mecanismo imunológico ?

Fase imediata Os anticorpos IgE produzidos pelos plasmócitos diferenciados a partir de células B, se ligam a receptores nas membranas dos MASTÓCITOS e BASÓFILOS. Essas células são ricas em grânulos que contêm, principalmente,

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histamina. Quando a pessoa alérgica entra em contato com o alérgeno (poeira, amendoim por exemplo) são

! ativadas e liberam substâncias armazenadas em seus grânulos. A liberação da histamina resulta nos sinais clínicos observados, como: edema, vermelhidão, coceira (dermatite), constrição dos brônquios (na asma), aumento do movimento peristáltico (intestino na alergia alimentar).

edema, vermelhidão, coceira (dermatite)

aumento do movimento peristáltico Mastócitos

IgE !

(intestino na alergia alimentar)

constrição dos brônquica (na asma)

Basófilos

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Exemplos de ALÉRGENOS e vias de contato ? O termo alérgeno é utilizado para nomear antígenos capazes de desenvolver uma resposta alérgica ou uma resposta imunológica exacerbada de perfil Th2. !

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Reações alérgicas ou reações de hipersensibildade

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A via de contato com o alérgeno irá determinar o local no corpo onde as reações alérgicas irão se manifestar. ! !

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Alergias e Sistema Imune

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Um estudo de caso - Asma

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O que ĂŠ! asma?

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O que acontece com a pessoa com asma?

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Sintomas e desencadeantes da Asma

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A asma é uma doença alérgica inflamatória crônica

? das vias aéreas inferiores, que causa episódios

recorrentes de obstrução dos brônquios. Na asma, ocorre um aumento da responsividade das vias

Fatores precipitantes e/ou agravantes

aéreas inferiores a vários estímulos, tais como,

!Inespecíficos:

ácaros, pollen, ar frio ou exercício. A inflamação leva

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a uma grande produção de muco e obstrução de

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brônquios e bronquíolos que dificulta a passagem do

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ar, levando a crises repetidas de falta de ar, tosse e

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chiado e aperto no peito, principalmente à noite e

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pela manhã ao se acordar. Na asma, expirar é mais difícil do que inspirar. O ar viciado permanece nos pulmões provocando sensação de sufoco. A palavra asma vem do grego e significa sufocante. Ela acomete pessoas de qualquer idade, a maioria dos casos é diagnosticada na infância e é comum

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manifestar-se em pessoas de uma mesma família. A

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palavra crônica não indica gravidade, mas significa

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que é uma doença prolongada.

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• • • • • • •

Poluentes do ar Fumo Exposição a produtos irritantes Inseticidas Resfriados e gripes Estresse emocional Prática de exercícios vigorosos

Alérgenos específicos: • • • • •

Ácaros (Poeiras) Mofo Pólen Animais domésticos Insetos (baratas)

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ASMA – Prevenção e tratamento

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Todos os pacientes com asma devem receber orientação sobre sua doença e noções de como eliminar fatores desencadeantes, especialmente domiciliares e ocupacionais.

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Pontos importantes:

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1.

Parceria paciente/médico

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2.

! e agravantes Identificar e reduzir a exposição aos fatores de risco

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3.

Avaliar, tratar e monitorar Asma

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4.

Evitar a exacerbação de asma/ controle por meio dos medicamentos

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5.

Permitir atividades normais – trabalho, escola e lazer

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Tratamento básico:

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Drogas devem:

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1.

Dilatar os brônquios (broncodilatadores)

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2.

Diminuir hiperreatividade brônquica e a secreção de muco

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3. Diminuir/inibir a inflamação e as alterações imunológicas ((i) corticoides, (ii) anti-inflamatórios, (iii) anticorpos bloqueadores dos anticorpos da Asma, anti-IgE e anti-IL-4)

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ASMA – Prevenção e tratamento ?

O que podemos fazer para prevenir crises de asma? !

Como a asma é tratada? !

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ASMA e Meio Ambiente ?

Qual a relação entre Asma e o meio ambiente? ! !

Externo

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Doméstico!

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ASMA e meio ambiente.

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Um diagnóstico para São Paulo

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A cidade pode ser entendida como um organismo vivo,

do trânsito e dificuldade para eliminar urina (filtração

onde os bairros seriam órgãos e os habitantes, células

– tratamento de água). Ao exame físico São Paulo

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dessa estrutura. A analogia permite que, na análise da

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saúde desse organismo, seja possível imaginar a

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cidade de São Paulo como um corpo adoecido,

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afetando também seus habitantes.

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São Paulo, paciente com 458 anos, se orgulhava de ser

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uma das cidades que mais cresciam no mundo. Com o

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passar do tempo e, principalmente, nos últimos 60

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anos, perdeu o controle da situação, engordou em

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excesso. Queixa-se de febre (aquecimento), calafrios e intensa sudorese (eventos extremos, chuvas, inundações, ventos fortes), falta de ar (poluição), entupimento de suas artérias, que não permite fruição

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mostra-se um paciente obeso, febril, com notável distribuição das células mais pobres na periferia. Apresenta-se com falta de ar e notório escurecimento, por fuligem, do ar expirado. Apresenta edema generalizado (inchaço), coincidindo com chuvas (congestão arterial). Além disso, observase intensa queda de cabelo, pois sua cobertura vegetal foi severamente destruída. A pele está seca, espessa e escura devido ao asfaltamento e à impermeabilização do solo. Constata-se déficit de audição por excesso de ruídos. (Scientific American Brasil – Abril de 2010)

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ASMA – Epidemiologia

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Como anda a ASMA no Brasil e no mundo?

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Está crescendo?

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Por que será?

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Você tem alguma hipótese?

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ASMA: a situação no Brasil e no mundo

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Casos de Asma no ! Brasil (em milhões) 16,2! 16! 15,8! 15,6! 15,4! 15,2! 15! 14,8! 14,6! 14,4! 14,2!

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2006!

2007!

2008!

2009!

População média no período: 160 milhões /Internações hospitalares por asma = 400 mil !

Fonte: Ministério da Saúde do Brasil !

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4. Roteiro da atividade prática Estrutura da atividade Teste respiratório - Medida de Pico de Fluxo Expiratório (PFE) As medidas de PFE são realizadas com aparelho Mini-Wright. Os pacientes são orientados a realizar três medidas de PFE e o maior valor é escolhido para a curva diária. Quando as duas maiores medidas diferiram de mais de 40 mL, mais duas medidas devem ser realizadas e a maior escolhida. TESTE: • Relativamente barato • Portátil: Ideal para pacientes utilizarem em casa • Avaliar a variabilidade durante o dia INDICAÇÕES: • Confirmar o diagnóstico de asma • Melhorar controle da asma • Identificar causas ambientais de sintomas da asma Provas de função pulmonar: espirometria e medida de pico de fluxo expiratório Os pacientes com asma podem apresentar alteração na função do pulmão. Uma das maneiras de avaliar se a função do pulmão está alterada é realizar uma espirometria ou uma medida de pico de fluxo expiratório. A espirometria é um exame que mede a quantidade de volume de ar que um indivíduo inspira e expira num determinado tempo (alguns segundos). Durante todo o teste, os pacientes permanecem sentados em posição vertical, utilizando um clipe nasal. O tratamento com broncodilatadores é suspenso 12 horas antes do exame, enquanto que outras medicações são mantidas inalteradas. Os valores espirométricos dos pacientes são comparados aos valores de referência para a população brasileira conforme os consensos brasileiros de espirometria. A espirometria é designada como a) Normal, b) Distúrbio Ventilatório Obstrutivo e c) sugestiva de Distúrbio Ventilatório Restritivo. O distúrbio ventilatório obstrutivo é classificado, conforme o valor de porcentagem de volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) em relação ao predito, em leve (VEF1 > 70%), moderado (VEF1 entre 60 e 69%), moderadamente grave (VEF1 entre 50 e 59%), grave (VEF1 entre 49 e 35%) e muito grave (VEF1 < 34%). Os testes são repetidos 15 minutos após a inalação de 400 mcg de Salbutamol, em forma de aerosol dosimetrado, utilizando-se um espaçador. A presença de resposta ao broncodilatador é definida como uma melhora em pelo menos 12% e 200 mL em VEF1. !

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5. Material complementar Resposta Imune na Asma!

A Asma é uma doença causada por reações repetidas de hipersensibilidade no pulmão que causam: •

Obstrução reversível e intermitente das vias respiratórias

Inflamação crônica dos bronquíolos com presença de eosinófilos

A sequência de mecanismos é a seguinte:

1. O antígeno (alérgeno) ultrapassa as barreiras de defesa do trato respiratório. e pelos macrófagos. 2.

O alérgeno é processado e apresentado ao linfócito Th2 (CD4+) pela célula apresentadora de antígeno (APC) que pode ser o próprio Linfócito B, ou macrófago

3. Th2 estimula o linfócito B a produzir anticorpos específicos do tipo IgE 4. A IgE se liga ao receptor de IgE na superfície do Mastócito 5. A ligação do alérgeno à IgE específica ativa o Mastócito 6. O Mastócito libera mediadores inflamatórios (citocinas) que levam ao recrutamento de células inflamatórias, inclusive eosinófilos 7. Mastócito, basófilo e eosinófilo produzem mediadores que causam constrição do músculo que envolve os bronquíolos. !!!!!!!!!!! ! !

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Resposta Imune na Asma Alérgeno

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Linfócitos B

Linfócitos Th2

Produção IL4

Plasmócitos Produção anticorpo IgE

Anticorpos IgE se ligam Mastócitos !

Alérgenos se ligam a anticorpos IgE ligados a Mastócitos !

Degranulação de ! Mastócitos

Constrição Brônquica

Inflamação

Vias aéreas

Liberação Substâncias Inflamatória s

Começam sintomas: Alvéolo s ! ! ! ! ! ! ! ! !

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Neutrófilo

Eosinófilo

Dificuldade de respirar, aperto no peito, chiado, Tosse, fadiga

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Epidemiologia da Asma!

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A ameaça da “jellyfish armada”

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Reportagem do site Ciência Hoje

Caravelas portuguesas invadem praia e Nomuras atacam Japão 2009-07-31 Por Marlene Moura

A costa da Foz do Arelho tem sido massivamente invadida, esta semana, por caravelas portuguesas (Physalia physalis) – comummente chamadas de ‘garrafa azul’. Apareceram às centenas, na passada terça-feira e regressaram hoje, em menor quantidade; no entanto, a praia continua com a bandeira vermelha hasteada, já que são perigosas e causam alergias ou até queimaduras na pele.

Centenas de caravelas portuguesas deram à costa

Esta espécie, também designada por água-viva (e pertencente à classe das Hydrozoas), vive normalmente nas águas profundas do Atlântico e tem tentáculos cheios de células urticantes que podem chegar aos 30 metros. Entretanto, já foram avistadas em outras zonas da nossa costa. O motivo pelo qual se deu este fenómeno não está determinado e, segundo a investigadora Zilda Morais, "as razões podem ser várias". Nos últimos anos, a frequência dos chamados "blooms" tem aumentado, sejam estes de algas ou de invertebrados marinhos. “não são originários dessa zona, nem é o seu local de desova – que costuma ser nos Açores –; no entanto, podem ter ocorrido variações nas correntes marítimas ou na composição e abundância seu alimento que tenham provocado esta migração”, referiu ao «Ciência Hoje».

Zilda Morais acrescentou ainda que “as alterações climáticas têm mais efeitos nestes organismos do que se pensa”. Estes seres marinhos vivem em comunidade (e têm um percurso semelhante às formigas). “Se, nas zonas mais profundas, a temperatura da água sofrer um aumento, pode haver a eclosão em cadeia dos pólipos (a forma bêntica) e a sua transformação em medusas (a forma pelágica)”. É de referir que a Caravela Portuguesa não é considerada uma alforreca verdadeira, pois trata-se de uma colónia e não um de um organismo único. As chamadas 'true jellyfish' pertencem à classe das Scyphozoas. !

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Outra possível razão para a invasão que se verificou na Praia do Mar é a variação no teor de certos sais (cálcio e potássio). A investigadora explicou que “serve de chamariz” para a ‘garrafa azul’. Contudo, sublinha que "o ‘bloom’ dos ‘jellyfish’ se deve maioritariamente devido à mudança de temperatura, mas também à combinação de vários factores". A docente da Cooperativa de Ensino Superior Egas Moniz (Almada), tem-se debruçado sobre o estudo de “recursos naturais abundantes da costa portuguesa e a sua aplicação na área da saúde”, tanto no que diz respeito à população como ao ambiente e, recentemente, tem dado especial atenção à medusa Catostylus tagi, uma alforreca que ocorre nos estuários do Sado e do Tejo. O grupo de investigação, onde Zilda Morais se integra, já desenvolveu um método para extrair colagénio da alforreca, que pode vir a ser usado em produtos cosméticos, e actualmente está a estudar a utilização deste invertebrado como ingrediente na ração para peixes de aquacultura. Nomura pode ter até dois metros de diâmetro

Quando do sexto Congresso Europeu de Compostos Naturais Marinhos, organizado pelo Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), no Porto, foi, inclusivamente, discutida uma proposta para a criação de uma rede europeia que procura compreender as invasões dos ‘jellyfish’, já que não há nenhum organismo que se dedique ao estudo da espécie. Assim, já se poderá, de maneira sistemática, com vista a compreender o fenómeno, acautelar as suas consequências. Medusas gigantes Segundo investigadores da Universidade de Hiroshima, este Verão, o Japão está também sob a iminência da chegada de uma colónia de medusas gigantes, tal e qual a um filme de ficção científica. Os cientistas nipónicos centram estudos na costa chinesa – onde surgiram inicialmente – e sobre a razão que leva a este crescimento desmedido. Já no ano anterior, praias japonesas tinham estado interditas com a possibilidade de sucederem ataques destes enormes invertebrados. A previsão de uma nova invasão pode estar para breve, temem os investigadores.

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Em 2005, as águas japonesas foram inundadas por estes gigantescos ‘jellyfish’ (conhecidos como Nomura) que envenenaram uma série de peixes e custaram aos pescadores biliões de ienes. Desde então, a equipa de investigação da Universidade de Hiroshima, liderada pelo professor Shin-ichi Uye, tem estado atenta para prevenir prejuízos. Praias japonesas interditas

As Nomuras são uma espécie de ‘água-vivas’ japoneses que podem atingir dois metros de diâmetro e pesar mais de 220 quilos e residem geralmente em águas profundas, entre a costa chinesa e japonesa. Zilda Morais adiantou ainda que ““os cientistas nipónicos estão convencidos, após o estudo efectuado em 2005, que o fenómeno está relacionado com o aumento actividade industrial na China e o consequente incremento dos resíduos lançados ao mar.” . Segundo uma notícia publicada pelo jornal britânico «Telegraph», na semana passada, os pescadores tentam manter as medusas à distância usando redes do tipo arame farpado e os investigadores desenvolveram um método de extrair colagénio para futuramente ser usado em produtos cosméticos. *Reportagem publicada em http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=33761&op=all

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História da Asma •

Asma é uma palavra grega que significa ofegante, dificuldade na respiração. Foi utilizada pela primeira vez por Homero na Ilíada.

Hipócrates (460-370 a.C.) descreveu a asma como um ataque paroxístico, mais severo do que uma simples falta de ar afastando o conceito anterior de que a asma era comparada a uma convulsão epiléptica, que era vista como um castigo divino.

Thomas E Willis (1621-16750) foi o primeiro a reconhecer que se tratava de uma doença brônquica, em que ocorria a "contração do brônquio".

Bernardino Ramazzini (1633-1714) descreveu: ' o impacto da exposição à poeira nos padeiros e nos moleiros, que se transformavam " finalmente em asmáticos"

Laënnec (1781–1826) acreditava que o mecanismo da doença consistia em estimulação nervosa, determinando espasmo dos bronquíolos.

Charles H. Blackley (1820-1900) Na metade do século XIX acreditava-se que a rinite era determinada pela inalação de diversas substâncias. Através de experimentações em si próprio, Charles H. Blackley foi capaz de criar uma relação causa e efeito com a poeira e o pólen. Durante as investigações, que incluíam vários testes cutâneos e de broncoprovocação, desencadeou em si mesmo ataques de asma.

Clements von Pirquet (1874-1929), médico austríaco, cria o termo alergia (allos- outro, ergon- ação) (42). Designação de estado de hipersensibilidade causado por exposição a determinado antígeno, dito alérgeno, sendo observadas reações imunológicas nocivas se houver subseqüentes exposições a este mesmo alérgeno.Von Pirquet propos o termo alergia para denotar uma responsividade alterada.

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Vídeos interessantes!

http://www.youtube.com/watch?v=IGDXNHMwcVs Vídeo sem narração, bom para ir explicando o processo de desenvolvimento da alergia http://www.youtube.com/watch?v=nudFAzJsTog&NR=1 Vídeo mais curto com narração http://www.youtube.com/watch?v=qW2KL6TsFCk&featu re=related Aspectos pulmonares específicos

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6. Atividade para casa

Atividade N0 5 – Alergias Nome:______________________________ Série:______ Data:________

Situação 1

O Ministério da saúde tem uma página destinada ao público em geral na qual são esclarecidas dúvidas básicas sobre saúde. Abaixo estão indicadas duas reportagens sobre alergias. http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=35872 http://www.blog.saude.gov.br/saiba-como-combater-a-alergia-durante-operiodo-da-seca/ Visite o site e: - descreva a especialidade médica relacionada com as alergias. - os cuidados para se evitar as alergias na época de seca. - os cuidados que devemos ter com a rinite alérgica. No Youtube você encontra alguns vídeos que tratam do tema, abaixo estão indicados três desses vídeos sobre os quais você deverá ESCREVER UMA SINOPSE enfatizando as explicações que neles aparecem. http://www.youtube.com/watch?v=1jqjZXmooTg http://www.youtube.com/watch?v=y3bOgdvV-_M&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=rpjJc7_qUnY

Situação 2 O que ocorreria a uma pessoa cujo sistema imune não é incapaz de responder adequadamente aos antígenos detectados no meio ambiente? Este é o caso tratado em um filme da década de 1980 - “O menino na bolha de plástico” – que conta a história de Tod Lubitch um garoto que nasceu com essa deficiência rara no sistema imunológico. Essa doença é conhecida como imunodeficiência severa combinada ou SCID. Leia a reportagem a seguir: !

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A ameaça da jellyfish armada

Terapia genética cura doença do 'menino da bolha de plástico

Oito pacientes não precisam mais receber medicação para a rara doença SCID que afeta defesas do corpo Agência Estado 28 de janeiro de 2009

Reportagem do site Ciência Hoje

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,terapia-genetica-cura-doenca-do-menino-da-bolha-de-plastico,314540,0.htm

A terapia genética parece ter curado oito de dez crianças que têm a doença potencialmente fatal do "menino da bolha de plástico", de acordo com um estudo que acompanhou seus progressos por cerca de quatro anos depois do tratamento. Os oito pacientes não estavam mais recebendo medicação para a doença rara, que diminui as defesas do corpo contra infecções. O tratamento bem sucedido é relatado na edição de quinta-feira, 27, da revista New England Journal of Medicine e oferece esperança para o tratamento de outras doenças com a abordagem da terapia genética. A doença do menino da bolha de plástico é formalmente chamada de imunodeficiência severa combinada, ou SCID. Essa deficiência genética é diagnosticada em cerca de 40 a 100 bebês a cada ano nos Estados Unidos. O apelido vem da experiência de um menino de Houston, David Vetter, que se tornou famoso por viver dentro de uma bolha de plástico que o protegia de germes. Ele morreu em 1984, aos 12 anos. Ele tinha o tipo mais comum de SCID. Estudos recentes descobriram que a terapia genética produz um efeito impressionante para essa forma da doença. O novo estudo envolveu uma forma diferente e menos comum de SCID - e uma que tem uma posição chave na história da medicina. Em 1990, ela se tornou a primeira doença a ser tratada por terapia genética, de acordo com o governo dos Estados Unidos. Duas meninas de Ohio que melhoraram, mas continuaram a tomar medicamentos. Essa forma de SCID surge em bebês com um defeito genético que os deixa deficientes em uma enzima chama adenosina deaminase. Pacientes podem ser tratados com injeções duas vezes por semana da enzima ou com um transplante de medula óssea, mas o medicamento é caro e o transplante nem sempre funciona. A terapia genética para o novo estudo foi realizada na Itália e em Israel. Os pesquisadores removeram as células da medula óssea dos pacientes, equiparam as células com cópias do gene que produz a enzima e injetaram as células de volta nos pacientes. Na maior parte dos casos, o procedimento foi realizado antes dos dois anos de idade. O artigo relata o resultado de dois a oito anos depois, com uma média de quatro anos. Todos os 10 pacientes ainda estavam vivos, mas dois deles ainda precisam de mais tratamento. Nenhum deles mostrou sinais de leucemia ou outro problema de saúde devido à terapia.

1. Descreva, em linhas gerais, o que você entendeu da doença e do tratamento. 2. Faça uma pesquisa e identifique como a SCID se manifesta – o que ocorre com o sistema Imune nessas situações? 3. Investigue e faça um esquema mostrando o que é terapia gênica e como essa tecnologia pode auxiliar no tratamento de doenças como a SCID. !

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Projeto Imunologia nas Escolas Plataforma de Ensino e Interação com a Sociedade - iii-INCT

Coordenação Verônica Coelho Paulo Roberto Cunha Sandra Moraes Silvia de O. Sampaio Carolina Lavini Ramos

Visitas ao Laboratório iii-INCT Andrea Kuramoto Carlo Martins Carolina Lavini Ramos Maria Lucia Aparecida C. Marin Karen Kohlsel Karine De Amicis Natália M. Santos Simone Regina Santos

Equipe do projeto na escola Carla Crude Carlo Martins Luciana P. Medina Luciana Mirotti Luiz Fernando F. da Silva* Narciso Junior Vieira Thayna Meirelles Vinícius Santana Wesley Brandão Patrícia Santos – Ass. Comunicação

Parceiros E.E.Romeu de Moraes Dorian P. de Godoy – Diretor Francisco Cardoso Or. Pedagógico Orlando Gearletti Prof. Biologia Maria Claudia Santos Prof. Química Filipe Silva - Prof. Filosofia Faculdade de Educação USP Paulo Sérgio Garcia

* INCT - Análise Integrada do Risco Ambiental/Educadores

Paulo Monteiro!

História da Asma

www.iii.org.br

Sede - Incor - Instituto do Coração /HC/FMUSP Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 44 9º andar, bloco 2 - Cerqueira César São Paulo – SP

Cep: 05403-000

Tel: 55 (11) 2661-5907 educacao@iii.org.br http://projetoimunologianasescolas.blogspot.com

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2. Alergias no cotidiano Manchetes de notícias

Alergia(ao(pólen(é(comum(em( animais(na(Primavera( F.(São(Paulo(25(de(set(2012(

# ugir#da f # a r a as#p 10#Dic o#inverno#o#de#2012# #n lh alergia ia#–#10#de#ju Folha#d

a#Bah

ALERGIA#ALIMENTAR:#Doença#afeta# bebês#desde#os#primeiros#meses# Folha(web(–(junho(2012#

ria(casa( p ó r (p a u :( (s IA o(de ALERG star(dentr (e e d o (p o O(vilã (set(2012# (estar(– Jornal(bem

( has(– n i l o b ão(e( vera( d i h l a e (Verm le(na(prim , a r i Coce as(da(pet(2012# i e Alerg (Sul(–(18(s (do Folha

Prim aum avera#p od e Diad enta # r ema # a l e #jorn r g al#K#2 ias# 0#de #set#

de#2 012 #

Me ban nina#c om d F ol #ale ha# agen Reg rgia s # i on e al#1 #po #vi 5#d e#a de#m ve#e gos nro to#d orre lad e#2 r 012 #co m#b a#em# # eijo #


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3. Fichas de discussão

Ampliando o conceito de imunidade! Na maioria das vezes, quando tratamos do sistema imune com vocês enfatizamos sua ação na proteção contra doenças, mas será que é apenas isso? !

Primeiras considerações A imunologia é uma ciência, relativamente, recente. Como ciência experimental deu seus primeiros passos na segunda metade do século XIX. Os primeiros imunologistas tiveram a tarefa de construir o conceito de imunidade e de revelar ao mundo a existência de um complexo sistema de tecidos, células e substâncias solúveis (humorais) responsáveis por nossas defesas e pelo equilíbrio biológico de nosso organismo. Observações contraditórias No final do século XIX algumas observações chamaram a atenção de pesquisadores por serem aparentemente contraditórias com a ideia de um sistema de defesa.

Observação de Alergias - 1 Em muitos países, o início da primavera é um tormento para muitas pessoas. A causa é a febre do feno, uma rinite alérgica que se manifesta por vermelhidão, inchaço e lacrimação ocular, espirros, obstrução ou escorrimento nasal abundante e coceiras intensas. Aqui no Brasil, além da primavera, muitas pessoas, principalmente crianças, são acometidas por crises respiratórias no inverno. Em ambos os casos, o aparecimento e a seriedade dos sintomas dependem de vários fatores, como a época do ano, a região, a sensibilidade do indivíduo e as condições climáticas. Mas o que pode causar essas alergias?


1 2

Ampliando o conceito de imunidade! ! Observação de Alergias - 2

Essa dificuldade dos cientistas em olhar para o sistema imune por outra perspectiva tardou o

Um dos procedimentos para o desenvolvimento

desenvolvimento de uma explicação mais

de vacinas era testar amostras de toxinas ou

consistente para as ALERGIAS.

extratos de organismos patogênicos em animais de laboratório para ver como eles respondiam

Foi preciso uma nova geração de cientistas,

gerando uma resposta imune. Em alguns casos,

com uma bateria de novas perguntas, novos

no entanto, os animais morriam de anafilaxia

experimentos, novas observações e novas ideias

(resposta imune exacerbada e descontrolada),

para que se concluísse que:

que pode ser compreendida como uma reação de

“em certas circunstâncias, sob a ação de

hipersensibilidade desses animais ao tratamento.

!

substâncias do meio ambiente (ex. comidas,

Ideia fixa: a concepção de que anticorpos,

ácaros, poluição, etc), o sistema imune de

que poderiam proteger contra as doenças,

certas pessoas perde o controle, tem sua

também pudessem ser responsáveis por outras

regulação desequilibrada, ocorre produção

doenças soava, a princípio, como absurda -

exacerbada de um tipo específico de

Clemens Von Pirquet.

anticorpos (IgE) e gera as Alergias”.

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9!


Resposta Imune Efetora – Vacinação ! ! Experimento

Surgimento da Vacina

Em 1798, Edward Jenner inocula extratos das feridas do gado com vaccínia nos seres humanos. Os seres humanos ficam protegidos contra a varíola.

Novos Conhecimentos É possível estimular o organismo e induzir proteção contra infecções Nasce a Imunologia Clínica como um ramo da Microbiologia! Nasce o conceito de profilaxia (a favor da proteção)! A varíola é erradicada! Como esses novos conhecimentos podem ganhar novas aplicações?

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Resposta Imune Efetora

Observação 1

Utilização do Princípio da ! Vacinação

Conhecimento do sucesso da vacinação desenvolvida por Edward Jenner.

!

Cães da realeza morrem ao entrar em contato com a toxina de caravelas. Podemos vacinar e proteger os cães?

Experimento

Descrição da anafilaxia

Em 1901, Richet e Portier inoculam extratos de caravelas em cães. Os cães morrem em decorrência de uma reação sistêmica designada de anafilaxia.

Novos conhecimentos Constata-se que nem toda resposta imune é benéfica e controlada! Nasce o conceito de anafilaxia (contra proteção)! Desenvolvimento de medidas de prevenção/tratamento das reações anafiláticas! !

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Alergia ou hipersensibilidade – mecanismo imunológico Fase de sensibilização e desenvolvimento da memória imunológica ! !

O alérgeno entra no organismo e as células dendríticas (células apresentadoras de antígenos) o capturam. O alérgeno é processado pela célula dendrítica e apresentado para células T virgens .

!

!

As células T se diferenciam em células Th2 (T helper2) e secretam citocina (IL-4) que atua sobre células B desencadeando a mudança de classe de anticorpos produzidos: de IgM para IgE. Anticorpos específicos para o alérgeno da classe IgE são crucias na alergia. As IgE se ligam às membranas de dois tipos de células do sistema imune: MASTÓCITOS e BASÓFILOS. !

12!


Alergia ou hipersensibilidade – mecanismo imunológico ?

Fase imediata Os anticorpos IgE produzidos pelos plasmócitos diferenciados a partir de células B, se ligam a receptores nas membranas dos MASTÓCITOS e BASÓFILOS. Essas células são ricas em grânulos que contêm, principalmente,

!

histamina. Quando a pessoa alérgica entra em contato com o alérgeno (poeira, amendoim por exemplo) são

! ativadas e liberam substâncias armazenadas em seus grânulos. A liberação da histamina resulta nos sinais clínicos observados, como: edema, vermelhidão, coceira (dermatite), constrição dos brônquios (na asma), aumento do movimento peristáltico (intestino na alergia alimentar).

edema, vermelhidão, coceira (dermatite)

aumento do movimento peristáltico Mastócitos

IgE !

(intestino na alergia alimentar)

constrição dos brônquica (na asma)

Basófilos

!

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Exemplos de ALÉRGENOS e vias de contato ? O termo alérgeno é utilizado para nomear antígenos capazes de desenvolver uma resposta alérgica ou uma resposta imunológica exacerbada de perfil Th2. !

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Reações alérgicas ou reações de hipersensibildade

! ! ! ! ! ! !

?

A via de contato com o alérgeno irá determinar o local no corpo onde as reações alérgicas irão se manifestar. ! !

! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !

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Alergias e Sistema Imune

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Um estudo de caso - Asma

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O que ĂŠ! asma?

! ! !

O que acontece com a pessoa com asma?

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Sintomas e desencadeantes da Asma

! ! ! ! ! ! !

A asma é uma doença alérgica inflamatória crônica

? das vias aéreas inferiores, que causa episódios

recorrentes de obstrução dos brônquios. Na asma, ocorre um aumento da responsividade das vias

Fatores precipitantes e/ou agravantes

aéreas inferiores a vários estímulos, tais como,

!Inespecíficos:

ácaros, pollen, ar frio ou exercício. A inflamação leva

!

a uma grande produção de muco e obstrução de

!

brônquios e bronquíolos que dificulta a passagem do

!

ar, levando a crises repetidas de falta de ar, tosse e

!

chiado e aperto no peito, principalmente à noite e

! ! ! ! !

pela manhã ao se acordar. Na asma, expirar é mais difícil do que inspirar. O ar viciado permanece nos pulmões provocando sensação de sufoco. A palavra asma vem do grego e significa sufocante. Ela acomete pessoas de qualquer idade, a maioria dos casos é diagnosticada na infância e é comum

!

manifestar-se em pessoas de uma mesma família. A

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palavra crônica não indica gravidade, mas significa

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que é uma doença prolongada.

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• • • • • • •

Poluentes do ar Fumo Exposição a produtos irritantes Inseticidas Resfriados e gripes Estresse emocional Prática de exercícios vigorosos

Alérgenos específicos: • • • • •

Ácaros (Poeiras) Mofo Pólen Animais domésticos Insetos (baratas)

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ASMA – Prevenção e tratamento

! ! ! ! ! !

Todos os pacientes com asma devem receber orientação sobre sua doença e noções de como eliminar fatores desencadeantes, especialmente domiciliares e ocupacionais.

?

Pontos importantes:

!

1.

Parceria paciente/médico

!

2.

! e agravantes Identificar e reduzir a exposição aos fatores de risco

!

3.

Avaliar, tratar e monitorar Asma

!

4.

Evitar a exacerbação de asma/ controle por meio dos medicamentos

!

5.

Permitir atividades normais – trabalho, escola e lazer

!

! ! !

Tratamento básico:

!

Drogas devem:

!

1.

Dilatar os brônquios (broncodilatadores)

!

2.

Diminuir hiperreatividade brônquica e a secreção de muco

!

3. Diminuir/inibir a inflamação e as alterações imunológicas ((i) corticoides, (ii) anti-inflamatórios, (iii) anticorpos bloqueadores dos anticorpos da Asma, anti-IgE e anti-IL-4)

! ! !

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ASMA – Prevenção e tratamento ?

O que podemos fazer para prevenir crises de asma? !

Como a asma é tratada? !

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ASMA e Meio Ambiente ?

Qual a relação entre Asma e o meio ambiente? ! !

Externo

! ! ! ! !

Doméstico!

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1 2

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ASMA e meio ambiente.

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Um diagnóstico para São Paulo

! ! !

?

A cidade pode ser entendida como um organismo vivo,

do trânsito e dificuldade para eliminar urina (filtração

onde os bairros seriam órgãos e os habitantes, células

– tratamento de água). Ao exame físico São Paulo

!

dessa estrutura. A analogia permite que, na análise da

!

saúde desse organismo, seja possível imaginar a

!

cidade de São Paulo como um corpo adoecido,

!

afetando também seus habitantes.

!

São Paulo, paciente com 458 anos, se orgulhava de ser

!

uma das cidades que mais cresciam no mundo. Com o

!

passar do tempo e, principalmente, nos últimos 60

!

anos, perdeu o controle da situação, engordou em

! ! !

excesso. Queixa-se de febre (aquecimento), calafrios e intensa sudorese (eventos extremos, chuvas, inundações, ventos fortes), falta de ar (poluição), entupimento de suas artérias, que não permite fruição

! !

mostra-se um paciente obeso, febril, com notável distribuição das células mais pobres na periferia. Apresenta-se com falta de ar e notório escurecimento, por fuligem, do ar expirado. Apresenta edema generalizado (inchaço), coincidindo com chuvas (congestão arterial). Além disso, observase intensa queda de cabelo, pois sua cobertura vegetal foi severamente destruída. A pele está seca, espessa e escura devido ao asfaltamento e à impermeabilização do solo. Constata-se déficit de audição por excesso de ruídos. (Scientific American Brasil – Abril de 2010)

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ASMA – Epidemiologia

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Como anda a ASMA no Brasil e no mundo?

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Está crescendo?

! ! !

Por que será?

! ! !

Você tem alguma hipótese?

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ASMA: a situação no Brasil e no mundo

! !

Casos de Asma no ! Brasil (em milhões) 16,2! 16! 15,8! 15,6! 15,4! 15,2! 15! 14,8! 14,6! 14,4! 14,2!

!

2006!

2007!

2008!

2009!

População média no período: 160 milhões /Internações hospitalares por asma = 400 mil !

Fonte: Ministério da Saúde do Brasil !

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4. Roteiro da atividade prática Estrutura da atividade Teste respiratório - Medida de Pico de Fluxo Expiratório (PFE) As medidas de PFE são realizadas com aparelho Mini-Wright. Os pacientes são orientados a realizar três medidas de PFE e o maior valor é escolhido para a curva diária. Quando as duas maiores medidas diferiram de mais de 40 mL, mais duas medidas devem ser realizadas e a maior escolhida. TESTE: • Relativamente barato • Portátil: Ideal para pacientes utilizarem em casa • Avaliar a variabilidade durante o dia INDICAÇÕES: • Confirmar o diagnóstico de asma • Melhorar controle da asma • Identificar causas ambientais de sintomas da asma Provas de função pulmonar: espirometria e medida de pico de fluxo expiratório Os pacientes com asma podem apresentar alteração na função do pulmão. Uma das maneiras de avaliar se a função do pulmão está alterada é realizar uma espirometria ou uma medida de pico de fluxo expiratório. A espirometria é um exame que mede a quantidade de volume de ar que um indivíduo inspira e expira num determinado tempo (alguns segundos). Durante todo o teste, os pacientes permanecem sentados em posição vertical, utilizando um clipe nasal. O tratamento com broncodilatadores é suspenso 12 horas antes do exame, enquanto que outras medicações são mantidas inalteradas. Os valores espirométricos dos pacientes são comparados aos valores de referência para a população brasileira conforme os consensos brasileiros de espirometria. A espirometria é designada como a) Normal, b) Distúrbio Ventilatório Obstrutivo e c) sugestiva de Distúrbio Ventilatório Restritivo. O distúrbio ventilatório obstrutivo é classificado, conforme o valor de porcentagem de volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) em relação ao predito, em leve (VEF1 > 70%), moderado (VEF1 entre 60 e 69%), moderadamente grave (VEF1 entre 50 e 59%), grave (VEF1 entre 49 e 35%) e muito grave (VEF1 < 34%). Os testes são repetidos 15 minutos após a inalação de 400 mcg de Salbutamol, em forma de aerosol dosimetrado, utilizando-se um espaçador.

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A presença de resposta ao broncodilatador é definida como uma melhora em pelo menos 12% e 200 mL em VEF1.

5. Material complementar Resposta Imune na Asma!

A Asma é uma doença causada por reações repetidas de hipersensibilidade no pulmão que causam: •

Obstrução reversível e intermitente das vias respiratórias

Inflamação crônica dos bronquíolos com presença de eosinófilos

A sequência de mecanismos é a seguinte:

1. O antígeno (alérgeno) ultrapassa as barreiras de defesa do trato respiratório. e pelos macrófagos. 2.

O alérgeno é processado e apresentado ao linfócito Th2 (CD4+) pela célula apresentadora de antígeno (APC) que pode ser o próprio Linfócito B, ou macrófago

3. Th2 estimula o linfócito B a produzir anticorpos específicos do tipo IgE 4. A IgE se liga ao receptor de IgE na superfície do Mastócito 5. A ligação do alérgeno à IgE específica ativa o Mastócito 6. O Mastócito libera mediadores inflamatórios (citocinas) que levam ao recrutamento de células inflamatórias, inclusive eosinófilos 7. Mastócito, basófilo e eosinófilo produzem mediadores que causam constrição do músculo que envolve os bronquíolos. !!!!!!!!!!! ! !

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Resposta Imune na Asma Alérgeno

!

Linfócitos B

Linfócitos Th2

Produção IL4

Plasmócitos Produção anticorpo IgE

Anticorpos IgE se ligam Mastócitos !

Alérgenos se ligam a anticorpos IgE ligados a Mastócitos !

Degranulação de ! Mastócitos

Constrição Brônquica

Inflamação

Vias aéreas

Liberação Substâncias Inflamatória s

Começam sintomas: Alvéolo s ! ! ! ! ! ! ! ! !

!

Neutrófilo

Eosinófilo

Dificuldade de respirar, aperto no peito, chiado, Tosse, fadiga

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Epidemiologia da Asma!

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A ameaça da “jellyfish armada”

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Reportagem do site Ciência Hoje

Caravelas portuguesas invadem praia e Nomuras atacam Japão 2009-07-31 Por Marlene Moura

A costa da Foz do Arelho tem sido massivamente invadida, esta semana, por caravelas portuguesas (Physalia physalis) – comummente chamadas de ‘garrafa azul’. Apareceram às centenas, na passada terça-feira e regressaram hoje, em menor quantidade; no entanto, a praia continua com a bandeira vermelha hasteada, já que são perigosas e causam alergias ou até queimaduras na pele.

Centenas de caravelas portuguesas deram à costa

Esta espécie, também designada por água-viva (e pertencente à classe das Hydrozoas), vive normalmente nas águas profundas do Atlântico e tem tentáculos cheios de células urticantes que podem chegar aos 30 metros. Entretanto, já foram avistadas em outras zonas da nossa costa. O motivo pelo qual se deu este fenómeno não está determinado e, segundo a investigadora Zilda Morais, "as razões podem ser várias". Nos últimos anos, a frequência dos chamados "blooms" tem aumentado, sejam estes de algas ou de invertebrados marinhos. “não são originários dessa zona, nem é o seu local de desova – que costuma ser nos Açores –; no entanto, podem ter ocorrido variações nas correntes marítimas ou na composição e abundância seu alimento que tenham provocado esta migração”, referiu ao «Ciência Hoje».

Zilda Morais acrescentou ainda que “as alterações climáticas têm mais efeitos nestes organismos do que se pensa”. Estes seres marinhos vivem em comunidade (e têm um percurso semelhante às formigas). “Se, nas zonas mais profundas, a temperatura da água sofrer um aumento, pode haver a eclosão em cadeia dos pólipos (a forma bêntica) e a sua transformação em medusas (a forma pelágica)”.

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É de referir que a Caravela Portuguesa não é considerada uma alforreca verdadeira, pois trata-se de uma colónia e não um de um organismo único. As chamadas 'true jellyfish' pertencem à classe das Scyphozoas. Outra possível razão para a invasão que se verificou na Praia do Mar é a variação no teor de certos sais (cálcio e potássio). A investigadora explicou que “serve de chamariz” para a ‘garrafa azul’. Contudo, sublinha que "o ‘bloom’ dos ‘jellyfish’ se deve maioritariamente devido à mudança de temperatura, mas também à combinação de vários factores". A docente da Cooperativa de Ensino Superior Egas Moniz (Almada), tem-se debruçado sobre o estudo de “recursos naturais abundantes da costa portuguesa e a sua aplicação na área da saúde”, tanto no que diz respeito à população como ao ambiente e, recentemente, tem dado especial atenção à medusa Catostylus tagi, uma alforreca que ocorre nos estuários do Sado e do Tejo. O grupo de investigação, onde Zilda Morais se integra, já desenvolveu um método para extrair colagénio da alforreca, que pode vir a ser usado em produtos cosméticos, e actualmente está a estudar a utilização deste invertebrado como ingrediente na ração para peixes de aquacultura. Nomura pode ter até dois metros de diâmetro

Quando do sexto Congresso Europeu de Compostos Naturais Marinhos, organizado pelo Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), no Porto, foi, inclusivamente, discutida uma proposta para a criação de uma rede europeia que procura compreender as invasões dos ‘jellyfish’, já que não há nenhum organismo que se dedique ao estudo da espécie. Assim, já se poderá, de maneira sistemática, com vista a compreender o fenómeno, acautelar as suas consequências. Medusas gigantes Segundo investigadores da Universidade de Hiroshima, este Verão, o Japão está também sob a iminência da chegada de uma colónia de medusas gigantes, tal e qual a um filme de ficção científica. Os cientistas nipónicos centram estudos na costa chinesa – onde surgiram inicialmente – e sobre a razão que leva a este crescimento desmedido. Já no ano anterior, praias japonesas tinham estado interditas com a possibilidade de sucederem ataques destes enormes invertebrados. A previsão de uma nova invasão pode estar para breve, temem os investigadores. !

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Em 2005, as águas japonesas foram inundadas por estes gigantescos ‘jellyfish’ (conhecidos como Nomura) que envenenaram uma série de peixes e custaram aos pescadores biliões de ienes. Desde então, a equipa de investigação da Universidade de Hiroshima, liderada pelo professor Shin-ichi Uye, tem estado atenta para prevenir prejuízos. Praias japonesas interditas

As Nomuras são uma espécie de ‘água-vivas’ japoneses que podem atingir dois metros de diâmetro e pesar mais de 220 quilos e residem geralmente em águas profundas, entre a costa chinesa e japonesa. Zilda Morais adiantou ainda que ““os cientistas nipónicos estão convencidos, após o estudo efectuado em 2005, que o fenómeno está relacionado com o aumento actividade industrial na China e o consequente incremento dos resíduos lançados ao mar.” . Segundo uma notícia publicada pelo jornal britânico «Telegraph», na semana passada, os pescadores tentam manter as medusas à distância usando redes do tipo arame farpado e os investigadores desenvolveram um método de extrair colagénio para futuramente ser usado em produtos cosméticos. *Reportagem publicada em http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=33761&op=all

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História da Asma

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Asma é uma palavra grega que significa ofegante, dificuldade na respiração. Foi utilizada pela primeira vez por Homero na Ilíada.

Hipócrates (460-370 a.C.) descreveu a asma como um ataque paroxístico, mais severo do que uma simples falta de ar afastando o conceito anterior de que a asma era comparada a uma convulsão epiléptica, que era vista como um castigo divino.

Thomas E Willis (1621-16750) foi o primeiro a reconhecer que se tratava de uma doença brônquica, em que ocorria a "contração do brônquio".

Bernardino Ramazzini (1633-1714) descreveu: ' o impacto da exposição à poeira nos padeiros e nos moleiros, que se transformavam " finalmente em asmáticos"

Laënnec (1781–1826) acreditava que o mecanismo da doença consistia em estimulação nervosa, determinando espasmo dos bronquíolos.

Charles H. Blackley (1820-1900) Na metade do século XIX acreditava-se que a rinite era determinada pela inalação de diversas substâncias. Através de experimentações em si próprio, Charles H. Blackley foi capaz de criar uma relação causa e efeito com a poeira e o pólen. Durante as investigações, que incluíam vários testes cutâneos e de broncoprovocação, desencadeou em si mesmo ataques de asma.

Clements von Pirquet (1874-1929), médico austríaco, cria o termo alergia (allos- outro, ergon- ação) (42). Designação de estado de hipersensibilidade causado por exposição a determinado antígeno, dito alérgeno, sendo observadas reações imunológicas nocivas se houver subseqüentes exposições a este mesmo alérgeno.Von Pirquet propos o termo alergia para denotar uma responsividade alterada.

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Vídeos interessantes!

http://www.youtube.com/watch?v=IGDXNHMwcVs Vídeo sem narração, bom para ir explicando o processo de desenvolvimento da alergia http://www.youtube.com/watch?v=nudFAzJsTog&NR=1 Vídeo mais curto com narração http://www.youtube.com/watch?v=qW2KL6TsFCk&featu re=related Aspectos pulmonares específicos

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6. Atividade para casa

Atividade N0 5 – Alergias Nome:______________________________ Série:______ Data:________

Situação 1

O Ministério da saúde tem uma página destinada ao público em geral na qual são esclarecidas dúvidas básicas sobre saúde. Abaixo estão indicadas duas reportagens sobre alergias. http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=35872 http://www.blog.saude.gov.br/saiba-como-combater-a-alergia-durante-operiodo-da-seca/ Visite o site e: - descreva a especialidade médica relacionada com as alergias. - os cuidados para se evitar as alergias na época de seca. - os cuidados que devemos ter com a rinite alérgica. No Youtube você encontra alguns vídeos que tratam do tema, abaixo estão indicados três desses vídeos sobre os quais você deverá ESCREVER UMA SINOPSE enfatizando as explicações que neles aparecem. http://www.youtube.com/watch?v=1jqjZXmooTg http://www.youtube.com/watch?v=y3bOgdvV-_M&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=rpjJc7_qUnY Situação 2 O que ocorreria a uma pessoa cujo sistema imune não é incapaz de responder adequadamente aos antígenos detectados no meio ambiente? Este é o caso tratado em um filme da década de 1980 - “O menino na bolha de plástico” – que conta a história de Tod Lubitch um garoto que nasceu com essa deficiência rara no sistema imunológico. Essa doença é conhecida como imunodeficiência severa combinada ou SCID. Leia a reportagem a seguir: !

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A ameaça da jellyfish armada

Terapia genética cura doença do 'menino da bolha de plástico

Oito pacientes não precisam mais receber medicação para a rara doença SCID que afeta defesas do corpo Agência Estado 28 de janeiro de 2009

Reportagem do site Ciência Hoje

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,terapia-genetica-cura-doenca-do-menino-da-bolha-de-plastico,314540,0.htm

A terapia genética parece ter curado oito de dez crianças que têm a doença potencialmente fatal do "menino da bolha de plástico", de acordo com um estudo que acompanhou seus progressos por cerca de quatro anos depois do tratamento. Os oito pacientes não estavam mais recebendo medicação para a doença rara, que diminui as defesas do corpo contra infecções. O tratamento bem sucedido é relatado na edição de quinta-feira, 27, da revista New England Journal of Medicine e oferece esperança para o tratamento de outras doenças com a abordagem da terapia genética. A doença do menino da bolha de plástico é formalmente chamada de imunodeficiência severa combinada, ou SCID. Essa deficiência genética é diagnosticada em cerca de 40 a 100 bebês a cada ano nos Estados Unidos. O apelido vem da experiência de um menino de Houston, David Vetter, que se tornou famoso por viver dentro de uma bolha de plástico que o protegia de germes. Ele morreu em 1984, aos 12 anos. Ele tinha o tipo mais comum de SCID. Estudos recentes descobriram que a terapia genética produz um efeito impressionante para essa forma da doença. O novo estudo envolveu uma forma diferente e menos comum de SCID - e uma que tem uma posição chave na história da medicina. Em 1990, ela se tornou a primeira doença a ser tratada por terapia genética, de acordo com o governo dos Estados Unidos. Duas meninas de Ohio que melhoraram, mas continuaram a tomar medicamentos. Essa forma de SCID surge em bebês com um defeito genético que os deixa deficientes em uma enzima chama adenosina deaminase. Pacientes podem ser tratados com injeções duas vezes por semana da enzima ou com um transplante de medula óssea, mas o medicamento é caro e o transplante nem sempre funciona. A terapia genética para o novo estudo foi realizada na Itália e em Israel. Os pesquisadores removeram as células da medula óssea dos pacientes, equiparam as células com cópias do gene que produz a enzima e injetaram as células de volta nos pacientes. Na maior parte dos casos, o procedimento foi realizado antes dos dois anos de idade. O artigo relata o resultado de dois a oito anos depois, com uma média de quatro anos. Todos os 10 pacientes ainda estavam vivos, mas dois deles ainda precisam de mais tratamento. Nenhum deles mostrou sinais de leucemia ou outro problema de saúde devido à terapia.

1. Descreva, em linhas gerais, o que você entendeu da doença e do tratamento. 2. Faça uma pesquisa e identifique como a SCID se manifesta – o que ocorre com o sistema Imune nessas situações? 3. Investigue e faça um esquema mostrando o que é terapia gênica e como essa tecnologia pode auxiliar no tratamento de doenças como a SCID. !

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Projeto Imunologia nas Escolas Plataforma de Ensino e Interação com a Sociedade - iii-INCT

Coordenação Verônica Coelho Paulo Roberto Cunha Sandra Moraes Silvia de O. Sampaio Carolina Lavini Ramos

Visitas ao Laboratório iii-INCT Andrea Kuramoto Carlo Martins Carolina Lavini Ramos Maria Lucia Aparecida C. Marin Karen Kohlsel Karine De Amicis Natália M. Santos Simone Regina Santos

Equipe do projeto na escola Carla Crude Carlo Martins Luciana P. Medina Luciana Mirotti Luiz Fernando F. da Silva* Narciso Junior Vieira Thayna Meirelles Vinícius Santana Wesley Brandão Patrícia Santos – Ass. Comunicação

Parceiros E.E.Romeu de Moraes Dorian P. de Godoy – Diretor Francisco Cardoso Or. Pedagógico Orlando Gearletti Prof. Biologia Maria Claudia Santos Prof. Química Filipe Silva - Prof. Filosofia Faculdade de Educação USP Paulo Sérgio Garcia

* INCT - Análise Integrada do Risco Ambiental/Educadores

Paulo Monteiro!

História da Asma

www.iii.org.br

Sede - Incor - Instituto do Coração /HC/FMUSP Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 44 9º andar, bloco 2 - Cerqueira César São Paulo – SP

Cep: 05403-000

Tel: 55 (11) 2661-5907 educacao@iii.org.br

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http://projetoimunologianasescolas.blogspot.com !

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