Volume 28 n 3 Edição n Julho-Agosto 2014
Cooperação técnica para um futuro melhor
50 ANOS DE ITEC A ÍNDIA CELEBRA O SEU 68º DIA DA INDEPENDÊNCIA
VIAGEM EXPRESSO DA MONÇÃO
INOVAÇÃO MODA INSPIRADA NA ÍNDIA
SUCESSO OS INDIANOS QUÂNTICOS
POTPOURRI
EVENTOS VINDOUROS PELA ÍNDIA EID-UL-FITR
Celebrado para marcar o fim do Ramzan, um mês de jejum, o Eid-ul-Fitr simboliza fé. Trocam-se prendas e desejos de prosperidade neste dia. O cumprimento mais comum é “eid mubarak”. Também é conhecido como o Festival dos Doces e as pessoas festejam com uma variedade de doces, especialmente meethi sewaiyan (aletria doce). QUANDO: 20 de agosto ONDE: Por toda a Índia
FESTIVAL HEMIS
CARNAVAL DA MONÇÃO SPLASH
O Senhor Padmasambhava ou Guru Rimpoche foi um dos fundadores do Budismo Tibetano. O Festival Hemis, que dura dois dias, celebra o seu nascimento e acredita-se que transmita força espiritual e saúde. Música tradicional, máscaras de dança coloridas e uma feira de artesanato fazem parte das festividades.
Celebre a beleza da monção em Wayanad, Kerala com o Carnaval da Monção Splash. Há uma variedade de eventos interiores e exteriores, incluindo programas culturais e atividades de aventura ao longo de três dias. QUANDO: 11-13 de agosto ONDE: Hill District Club Kolagappara, distrito de Wayanad, Kerala
QUANDO: 7-8 de julho ONDE: Mosteiro Hemis, Leh
RAKSHA BANDHAN
Este festival festeja um laço de amor especial no qual as irmãs atam rakhis (fios decorativos) nos pulsos dos irmãos. Os irmãos fazem votos para as proteger. Trocam-se doces e prendas para celebrar. QUANDO: 10 de agosto ONDE: Por toda a Índia
JANAMASHTMI
GANESH CHATURTHI
QUANDO: 17 de agosto ONDE: Por toda a Índia
QUANDO: 29 de agosto ONDE: Por toda a Índia, especialmente em Maharashtra
O nascimento do Senhor Krishna é celebrado com pompa e circunstância. Comem-se petiscos especiais durante o dia. As casas são decoradas com jhankis que representam vislumbres da vida de Krishna - desde o nascimento, passando pelos dias de juventude, até aos vários milagres que realizou ao longo da sua vida.
É o dia em que o ídolo do Senhor Ganesh é estabelecido no pandal (estruturas temporárias para reza) da casa ou da vizinhança onde a divindade é adorada. O festival dura 10 dias. Termina com a imersão do ídolo num rio ou no mar.
Prefácio Uma nova era amanheceu quando a Índia assistiu ao seu 15º Primeiro-ministro tomar posse. Narendra Modi, o primeiro líder do Partido do Povo Indiano (Bharatiya Janta Party - BJP) a alcançar uma maioria esmagadora por si só, prestou juramento dia 26 de maio de 2014, em Rashtrapati Bhavan(Casa do Presidente), em Nova Deli. Enquanto isso, a Índia está a espalhar a sua excelência por todo o mundo com o programa de Cooperação Técnica e Económica da Índia (Indian Technical and Economic Cooperation - ITEC), uma iniciativa única do Ministério de Assuntos Externos. Visto que o ITEC celebra as suas bodas de ouro este ano, analisamos profundamente a diferença que este fez em 161 países através de intercâmbio de conhecimento, treino e criação de capacidades. Também olhamos para o bom trabalho desenvolvido pelo Levantamento Arqueológico da Índia (Archaeological Survey of India ASI) no reforço dos laços Índia-Myanmar. O ASI assumiu a exigente tarefa de conservar e restaurar o Templo de Ananda, do séc. XII, em Myanmar. Para celebrar o 68º Dia da Independência da Índia, no dia 15 de Agosto, apresentamos cinco lugares icónicos associados com o movimento de liberdade. Esta é uma altura oportuna para explorar a Índia. Traçamos a rota do Expresso de Himsagar, um dos maiores da Índia, realçando as melhores indulgências da monção em cinco estações ferroviárias pelo caminho. Poderá experienciar a beleza da Índia numa reportagem fotográfica especial focada nas suas “cores” - dos brancos imaculados de Jammu e Caxemira à exuberante água verde de Kerala e muito mais. Centrando-nos no recém-concluído Festival de Cinema de Cannes, analisamos as sinergias cinematográficas Indo-Francesas à medida que a Índia se envolve ativamente em co-produções cinematográficas. Continuando em alta cultural, falamos com os melhores dançarinos clássicos da Índia para descobrir como esta forma artística se adaptou para abraçar novas tendências, aumentando os níveis de interesse mundialmente. O proeminente estilista indiano Sabyasachi Mukherjee partilha as suas ideias em relação à forma como a Índia tradicional está a inspirar as tendências modernas. Também passamos em revista vários êxitos dos últimos meses – Os Indianos Quânticos, uma iniciativa de Diplomacia Pública do Ministério de Negócios Externos que alcançou o Prémio Nacional para Melhor Filme Educacional e a Equipa Indus, sediada em Bengaluru, que foi nomeada para o Prémio Google Lunar X. Depois temos a escrita e fonte de Gondi, uma linguagem tribal muito difundida, que alcançou a rara distinção de estar disponível em conteúdo digital. E com o término das 16ª Eleições Gerais da Índia, analisamos o último livro do antigo Chefe da Comissão Eleitoral, o Dr. SY Quraishi’s, Uma Maravilha Indocumentada: A Realização das Grandes Eleições Indianas.
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Volume 28 n 3 Edição n Julho-Agosto 2014
Editor: Syed Akbaruddin Editor Assistente: Nikhilesh Dixit Ministro das Relações Exteriores Sala Nº 255, Ala ‘A’, Shastri Bhavan, Nova Deli - 110001, Índia Tel.: 91.11.23383316, Fax.: 91.11.23384663 Web: http://www.indiandiplomacy.in Para comentários/ dúvidas: osdpd2@mea.gov.in
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PARA DÚVIDAS | MMGIPL Tel: +91.11.43011111 FAX: +91.11.43011199 www.maxposure.in
A Índia Perspectivas é publicado em Árabe, Bahasa Indonesia, Inglês, Francês, Alemão, Hindi, Italiano, Pashto, Persa, Português, Russo, Sinhala, Espanhol e Tamil. A Índia Perspectivas é impressa e publicada por Syed Akbaruddin, Secretário Adjunto (XP) e Porta-voz Oficial, do Ministério das Relações Exteriores (MEA), Nova Délhi, Sala Nº 255, Ala ‘A’, Shastri Bhavan, Nova Deli - 110001, e publicado em MaXposure Media Group India Pvt. Ltd. (MMGIPL), Unit No. F2B, Second Floor, MIRA Corporate Suites, Plot No. 1&2, Ishwar Nagar, Mathura Road, New Delhi - 110065, India. A Índia Perspectivas é publicada seis vezes por ano. Todos os direitos reservados. A escrita, o trabalho artístico e/ou fotografia aqui contidos podem ser utilizadas ou reproduzidas com o conhecimento do ‘India Perspectives’. O MEA e o MMGIPL não assumem a responsabilidade por perdas ou danos de produtos não solicitados, manuscritos, fotografias, obras de arte, transparências ou outros materiais. As opiniões expressas na revista não são necessariamente aquelas da MEA ou MMGIPL.
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CONTEÚDOS
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PARCERIA
INOVAÇÃO
50 anos de cooperação global......................08
Celebrar a moda tradicional indiana............ 58
PARCERIA
ANÁLISE
Bodas de ouro de excelência.......................... 13
O poder da escolha........................................ 62
PARCERIA
HISTÓRIA
Estudo sobre o fenómeno eleitoral indiano.....14
Uma narrativa de sacrifício e luta.................64
PARCERIA
INICIATIVA
Sinergias cinematográficas Indo-Francesas......16
Mulheres-soldado pela paz curam o mundo.....86
PROGRESSO
CONVERSAÇÃO
Digitalização de “super língua”....................20
‘Agora as outras equipas têm medo de nós’.........88
PROGRESSO
Coreografia de mudança............................... 22 INSTANTÂNEOS
Cores da Índia................................................. 34 SUCESSO
A Abadia de Westminster de Myanmar............. 44
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COMO FUNCIONA: 2
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ATUALIZAÇÃO
Alcance global.................................................49 Scan
VIAGEM
Expresso da Monção......................................50 ÊXITO
Apoiar a segurança energética da Índia...... 54 INOVAÇÃO
Missão Lua 2.0................................................ 56
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ATUALIZAÇÃO
A Ásia Meridional celebra a mudança
da guarda na Índia
Narendra Modi tomou posse como 15º Primeiro-ministro da Índia na presença dos chefes de estado das nações SAARC
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Da esquerda para a direita: Sr Sushil Koirala, Primeiro-ministro do Nepal; Sra. Shirin S Chaudhury, Presidente do Parlamento do Bangladesh; Sr. Mahinda Rajapaksa, Presidente do Sri Lanka; Sr. Navin Ramgoolam, Primeiro-ministro da Maurícia; Sr. Nawaz Sharif, Primeiro-ministro do Paquistão; Vice-presidente indiano Dr. Hamid Ansari, Presidente indiano Dr. Pranab Mukherjee, Primeiro-ministro indiano Sr. Narendra Modi, Sr. Hamid Karzai, Presidente do Afeganistão; Sr. Abdulla Yameen Abdul Gayoom, Presidente das Maldivas e Sr. Tshering Tobgay, Primeiro-ministro do Butão
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ela primeira vez na história da Índia, os chefes Karzai, o Primeiro-ministro do Butão, o Sr. Tshering de estado das nações SAARC e da Maurícia Tobgay, o Primeiro-ministro do Nepal, o Sr. Sushil foram convidados para assistir a cerimónia Koirala e o Presidente das Maldivas, o Sr. Abdulla de tomada de posse de um Yameen Abdul Gayoom contavamPrimeiro-ministro indiano. Esta foi uma se entre os dignatários estrangeiros das maiores cerimónias realizadas em presentes na cerimónia. O recém-eleito Rashtrapati Bhavan, com mais de 4.000 No dia seguinte, o recém-eleito PrimeiroPrimeiro-minisconvidados a assistirem ao juramento de ministro encontrou-se com cada um dos tro encontrou-se Narendra Damodardas Modi como 15º líderes SAARC e falou sobre a forma com cada um dos Primeiro-ministro da Índia. como o grupo SAARC deveria ser usado líderes SAARC O Presidente da Índia, o Dr. Pranab para “melhorar a cooperação e a ligação e falou sobre Mukherjee, ministrou o juramento regional”. Em cada uma das reuniões, o como o grupo de posse do líder do Partido do Povo Sr. Modi falou sobre a ideia do SAARC e SAARC deveria Indiano (Bharatiya Janta Party - BJP) como a Índia deveria usar o SAARC para ser usado para no dia 26 de maio, frente aos chefes melhorar a cooperação e a ligação regional. “melhorar a de estado do Bangladesh, Paquistão, “Cada país no SAARC tem o seu ponto forte Nepal, Butão, Maldivas, Maurícia, e oportunidades específicas, e devíamos cooperação e a Afeganistão e Sri Lanka. aprender com as melhores práticas uns dos ligação regional” O ponto alto foi o facto de esta outros,” disse ele. grandiosa cerimónia ao ar livre ter Os outros líderes responderam sido presenciada pelos líderes de todos os 7 países da muito calorosamente a esta sugestão e concordaram Ásia Meridional, juntamente com a Maurícia. Para totalmente que esta era uma ideia que vale a pena além do Primeiro-ministro do Paquistão, o Sr. Nawaz perseguir. Portanto, há a visão do SAARC a trabalhar Sharif, e do Presidente do Sri Lanka, o Sr. Mahinda de forma unida e com foco nos assuntos mais Rajapaksa, o presidente do Afeganistão, o Sr. Hamid importantes de importância regional.
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ITEC: Urdindo uma rede mundial de
irmandade de conhecimento
A jornada do ITEC marca uma assistência ao desenvolvimento contínuo e incondicional através da permuta de conhecimento, treino e desenvolvimento de capacidades para 161 países parceiros texto | Manish Chand
Auxiliado por subsídios do programa ITEC, o Barefoot College treinou 300 avós de África em engenharia solar n
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As avós Barefoot no evento do Dia Internacional da Mulher a 8 de março no Barefoot College em Tilonia, no Rajastão, Índia
É
uma irmandade de conhecimento que abrange um grande arco do mundo em desenvolvimento. Desde as Maldivas até Moçambique, da Guiana até ao Gana e do Afeganistão até à Argentina, podemos encontrar atos inspiracionais de autotransformação e auto-capacitação. E estas histórias de transformação remontam à Índia, um poder emergente que tem co-criado uma edificante narrativa de parceria movida pelo conhecimento e solidariedade Sul-Sul através do ITEC, um programa único de desenvolvimento de capacidades e de recursos humanos para o mundo em desenvolvimento. Nas cinco décadas desde que o Programa de Cooperação Técnica e Económica da Índia (Indian Technical and Economic Cooperation Programme - ITEC) foi lançado, em 1964, 161 países em vários continentes foram enriquecidos e transformados por milhares de alunos do ITEC que aprenderam uma miríade de capacidades durante os cursos de treino de curta duração que frequentaram na Índia ao longo dos anos. Claramente, o ITEC emergiu como um brilhante exemplo de solidariedade Sul-Sul, e o seu impacto pode ser visto e sentido em diferentes cantos do mundo.
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Poder da Informática
No Vietname, por exemplo, os jovens Vietnamitas que aprenderam a dominar as complexidades da programação de software na Índia transmitiram o conhecimento aos seus conterrâneos quando regressaram, ao instaurar institutos de treino semelhantes. As sementes que foram plantadas desabrocharam numa árvore de folhagem densa com o Vietname a tornar-se num centro de software emergente para a região do Sudeste Asiático. Similarmente, a milhares de quilómetros de distância, no Gana, o ponto de entrada da África Ocidental, o centro informático apoiado pela Índia ao abrigo do ITEC continua a ser um ponto de atração e forneceu diplomas de certificação em Informática a centenas de estudantes do Gana. A informática continua a ser a face do programa ITEC pois aproveita a formidável destreza da Índia nas indústrias do conhecimento. Os cursos de informática são muito procurados pelos estudantes e por profissionais a meio da carreira em África, na América Latina, Ásia Central, Sul da Ásia e Sudeste Asiático. Afirma Kumar Tuhin, Secretáro de Estado Adjunto responsável pelo ITEC no Ministério dos
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PARCERIA Assuntos Externos da Índia: “Os cursos de informática são os mais populares de entre os mais de 250 cursos oferecidos ao abrigo do programa ITEC. A procura por cursos de informática é alta, de tal forma que é difícil acomodar todos os candidatos a esses cursos.”
do CIEDC lançaram, com sucesso, as suas próprias empresas e estão neste momento a promover um maior compromisso económico entre a Índia e o Camboja.
Administração máxima
Outro curso popular do ITEC é a administração civil. Estudantes e profissionais a meio da carreira de todo Com a Índia a emergir como a terceira maior economia o mundo têm boas lembranças do treino no campo da da Ásia e centro de inovação e empreendimento, os países administração na Academia Nacional de Administração em desenvolvimento procuraram ligar-se rapidamente ao Lal Bahadur Shastri, localizada nos arredores campestres país, para alimentar uma cultura empresarial. Os cursos de Mussoorie. No vizinho Bangladesh, cerca de 140 de treino empresarial tornaram-se funcionários públicos, em quatro fornadas, um íman para uma jovem classe com receberam treino a meio da carreira em aspirações, em emergência nos países em administração de campo neste instituto de Os principais desenvolvimento. Os principais institutos topo em 2013-2014. Estes administradores, institutos de gestão da Índia, como o Instituto Internacional treinados na Índia, tornaram-se agora da Índia estão de Gestão, de Nova Deli e o Instituto embaixadores não oficiais da amizade entre a alistados para Indiano de Gestão, em Ahmedabad, Índia e os seus respectivos países. espalhar o ímpeto são institutos alistados para aumentar o empreendedor nos alcance da Índia, de forma a espalhar o Construindo infra-estruturas países do Sul ímpeto empreendedor nos países do Sul. A assistência na construção de infra-estruturas A Índia ajudou a montar Centros de tem sido uma história de sucesso do ITEC. Desenvolvimento de Empreendedorismo A Índia financiou um conjunto de projetos no Camboja, Laos, Myanmar e no Vietnam, como parte relacionados com infra-estruturas por toda a Ásia, África da mais abrangente Iniciativa para Integração ASEAN e América Latina e, em anos recentes, nas Repúblicas da da Índia (Indian Initiative for ASEAN Integration - IAI). Ásia Central (Central Asian Republics - CARs). Graças ao O Instituto de Desenvolvimento de Empreendedorismo ITEC, Cuba e Costa Rica receberam centrais de energia da Índia (Entrepreneurship Development Institute of solar. Outros projetos chave executados ao abrigo do India - EDII), em Ahmedabad, ajudou a montar o Centro programa ITEC incluem a informatização do escritório do de Desenvolvimento de Empreendedorismo CambojaPrimeiro-ministro do Senegal, assistência na transformação Índia (Camboja-India Entrepreneurship Development do sistema educacional da África do Sul e a colocação de Centre - CIEDC) em fevereiro de 2006. Nos últimos anos, membros artificiais no Camboja e no Uzbequistão. o centro tornou-se uma grande sucesso, oferecendo 75 cursos em variados domínios, incluindo costura, cursos Segurança alimentar de ar-condicionado, impressão de T-shirts, corte de vidro, A agricultura permanece como um dos pontos principais cabeleireiro, datilografia e design gráfico. Cerca de 6.000 da assistência do projeto ITEC. O programa equipou o empreendedores em crescimento aprimoraram as suas Gana, o Senegal, o Burquina Faso, o Mali e o Suriname competências neste instituto. Adicionalmente, os formandos com equipamento e conhecimentos para uso agricultural,
Espírito de empreendimento
Numa sessão de treino n
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O ITEC junta estudantes de todo o mundo
e gerou enorme boa vontade entre os países africanos. Clube de alunos ITEC Com um apetite insaciável para auto-melhoramento Num sentido seminal o ITEC teceu uma rede e atualização de capacidades, a popularidade dos mundial de irmandade de conhecimento pois os cursos ITEC tem disparado por todo o mundo em seus alunos tornaram-se porta-estandartes do desenvolvimento. Na Palestina, os cursos ITEC renascimento nacional nos seus respetivos países tornaram-se uma janela de oportunidade para escrever e, neste processo, tornaram-se uma ponte cultural um novo destino para os cerca de 100 palestinianos e diplomática poderosa entre a Índia e os países do que visitam a Índia para este programa todos os anos. Sul em desenvolvimento. Na Jordânia, os alunos do Nos países da África Ocidental, o ITEC, muitos dos quais se tornaram Gana, o Burkina Faso, o Togo e a figuras importantes nas suas respetivas Serra Leoa, cerca de 1.100 oficiais áreas, falam orgulhosamente sobre o O ITEC e o foram treinados em vários cursos que aprenderam na Índia acerca de corolário SCAAP ITEC. Na Ásia Central, cursos gestão financeira e desenvolvimento expandiram-se para em informática, proficiência em económico. No Botsuana, muitos incluir mais de 250 Inglês, gestão financeira, práticas oficiais no negócio da defesa foram cursos, incluindo agriculturais, estudos parlamentares, treinados ao abrigo deste programa. informática, tecnologia ambiental e biotecnologia Na Tanzânia, mais de 24 por cento ciência e meios de beneficiaram legiões de estudantes e dos agentes governamentais de topo comunicação profissionais a meio da carreira. passaram pela experiência ITEC. “A Uma personificação do Índia está muito avançada nas áreas inabalável compromisso da Índia da educação e ciência e tecnologia. A para a cooperação Sul-Sul, o programa ITEC experiência de desenvolvimento da Índia é muito disseminou com sucesso conhecimentos e partilhou relevante para o continente africano,” diz o Dr. Salim a experiência de desenvolvimento da Índia com Ahmed Salim, um antigo Primeiro-ministro da países do Sul em desenvolvimento. Iniciado Tanzânia e antigo embaixador da Tanzânia na Índia como um programa bilateral de assistência do nos anos 60. Por todo o mundo em desenvolvimento, governo da Índia, o ITEC, incluindo o corolário os alunos ITEC criaram um nicho para si próprios, SCAAP - Programa Especial da Commonwealth e muitos deles tornaram-se ministros, diplomatas para Assistência a África (Special Commonwealth de topo, académicos, oficiais governamentais e Assistance for Africa Programme), expandiu-se importantes empreendedores e líderes de ideias. O para incluir cerca de 250 cursos, desde informática, Facebook do ITEC no site do Ministério dos Assuntos design têxtil, treino de empreendedorismo, Externos da Índia está repleto de memórias eloquentes assuntos externos e até comércio, ciência e meios e emoções sinceras desta experiência única na criação de comunicação. de camaradagem transcultural.
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Os cursos dão aos estudantes uma oportunidade de interagir e de aprender
Novos horizontes: construir democracia
Era dourada: portadores de luz
Quando o ITEC completar cinquenta anos em Ao longo dos anos, o ITEC inovou e expandiu setembro deste ano, entrará numa espécie de a sua tela para forjar novas ligações com o era dourada, onde poderá recordar a jornada mundo em desenvolvimento. As eleições da variegada completada até agora e preparar-se Índia, exuberantemente barulhentas e coloridas, para novos picos à espera de serem escalados, nas quais milhões votam para escolher os seus na tentativa indiana de construir uma ponte representantes, têm sido o tópico de muita colorida de conhecimento com os países em admiração e curiosidade por todo o mundo, desenvolvimento do Sul. especialmente entre democracias recentes, que A transformação e o auto-melhoramento olham para a Índia como exemplo. Perante este continuam a ser os mantras que animam o ITEC, cenário, foi lançado um programa de treino e estas ideias gémeas têm sido devidamente eleitoral há três anos, e tornou-se capturadas na viagem anual de um íma para agentes eleitorais de “avós solares.” Todos os anos, países tão diversos como o Iémen, estas mulheres iletradas e semiOs alunos do ITEC o Gana, o Líbano, a Geórgia, o iletradas que vivem em aldeias criaram um nicho Butão e a nação mais recente de remotas no Senegal, Serra Leoa, para si próprios, e África, o Sudão do Sul. Ilhas Salomão, Vanuatu, Kiribati, muitos tornaramEste ano foi especial para Nauru, El Salvador, Haiti, Zanzibar se ministros, os participantes pois não só e no Sudão vêm até ao Barefoot diplomatas e receberam tutoriais em vários College em Tilonia, uma pequena académicos aspetos da gestão eleitoral, como aldeia perto de Ajmer no Rajastão. E operar as Máquinas de Voto regressam como engenheiras solares Eletrónicas ou segurança nas devidamente treinadas que são cabines de voto, de agentes da Comissão Eleitoral, recebidas como heroínas na sua terra. mas também experienciaram em primeira mão Ajudado por subsídios do programa ITEC, o carnaval de alta rotação que são as eleições o Barefoot College treinou 300 avós em toda a Parlamentares na Índia, consideradas o maior África, que constituem as únicas engenheiras exercício democrático do mundo. solares em todos o continente, diz Bunker Roy, o Desde o seu lançamento no verão de 2012, fundador de Barefoot College. o curso de treino eleitoral formou 90 agentes Uma amostra da visão abrangente do ITEC, as eleitorais a meio da carreira de mais de 40 países “Avós Barefoot” simbolizam o espírito do ITEC, nos últimos três anos. O treino é realizado pelo que representa renascimento, renovação e auto Instituto Internacional de Democracia e Gestão capacitação de seres humanos através de ideias e Eleitoral da Índia (India International Institute of conhecimento. E este espírito radiante irá brilhar Democracy and Election Management - IIIDEM), por todo o mundo em desenvolvimento neste ano um instituto ligado à Comissão Eleitoral da Índia. de bodas de ouro do ITEC e por muitos mais anos. Manish Chand é Chefe de Redação de India Writes, www.indiawrites.org, uma revista e jornal eletrónico focada em assuntos internacionais e na História da Índia
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Bodas de ouro de
excelência
Testemunhos de beneficiários do ITEC por todo o mundo quando o programa completa 50 anos
O programa ITEC ajudou-me a atualizar a minha vida. Tenho um emprego em part-time como professor de Informática numa escola privada. Agora ganho dois salários.” Josephine Namupala Andjene Namibia Certificado de Proficiência em Inglês e Aptidões Informáticas, janeiro a março de 2013
Foram-me atribuídas mais responsabilidades na Comissão de Serviço Público do Zimbábue. Estou envolvida na criação de um website para o meu departamento e na criação de certificados de design, material de publicidade, entre outras coisas, para o departamento.”
Beauty Mushandinga Zimbábue Certificado de Proficiência em Web Design, junho a agosto de 2008
Nove meses após ter terminado o meu curso, fui promovida para um Protocolo de Estado. Neste momento, estou sediada em Havana, Cuba, na Embaixada da Namíbia, como terceira secretária. É com orgulho que digo que o ITEC contribuiu para ser quem sou neste momento.” Engela Kandjware Zimbábue Certificado de Proficiência em Comunicação em Inglês, janeiro a março de 2012
Com este treino, consegui um novo papel e uma nova responsabilidade no meu ministério. Sou chefe de treino no Departamento de Recursos Humanos. Sou também contactado pelo Departamento de Protocolo quando organizam eventos internacionais. Encontrome com delegações que apenas falam Inglês.” Andy Agossou Benin Certificado de Proficiência em Inglês e Aptidões Informáticas, março a maio 2013
Todo o conhecimento que obtive no curso ajudou-me a desenvolver um website para auto-aprendizagem de Inglês na minha universidade no México.” Oscar Morales Sanchez México Certificado de Proficiência em Web Design, março a maio de 2010
Abriu-me portas para o mundo. Comecei a ler meios de comunicação internacionais e desenvolvi o meu Inglês. Trabalhava como editor. Tornei-me o diretor do departamento de internet e chefe de redação de dois sites oficiais da Syria TV.” Ghassan Youssef Síria Certificado de Proficiência em Comunicação em Inglês, agosto a outubro de 2009
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Estudo sobre o fenómeno
eleitoral indiano
O Instituto Internacional de Democracia e Gestão Eleitoral da Índia, criado como parte integrante da Comissão Eleitoral da Índia, é um centro de recursos avançado para aprendizagem, pesquisa, treino e cooperação internacional sobre democracia participativa e gestão eleitoral
O
programa de Cooperação Técnica e Económica da Índia (ITEC), o Programa de Assistência Especial da Commonwealth para África (Special Commonwealth Assistance for Africa Programme - SCAAP) e o Esquema de Cooperação Técnica, de acordo com o Plano Colombo, contribuíram de forma substancial para o desenvolvimento de
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recursos humanos e construção de capacidades no mundo em desenvolvimento. A utilidade e a relevância destes programas têm-se refletido no aumento do número de participantes que chegam à Índia. O Instituto Internacional de Democracia e Gestão Eleitoral da Índia (India International Institute of Democracy and Election Management - IIIDEM)
Na cerimónia de lançamento dos alicerces do Instituto em 2012
foi criado em 2011 dentro da Comissão Eleitoral da Índia. É um centro de recursos avançado para aprendizagem, pesquisa, treino e cooperação internacional sobre democracia participativa e gestão eleitoral. Na sua fase inicial, o IIIDEM opera a partir de Nirvachan Sadan e tem capacidade para 150 formandos. No entanto, o Instituto já iniciou o processo para estabelecer o seu próprio campus na Capital Nacional com um centro de treino, residências, biblioteca e centro de recursos topo de gama. O IIIDEM tem quatro componentes - Treino e Desenvolvimento de Capacidades, Educação de Eleitores e Participação Cívica, Pesquisa, Inovação e Documentação e Projetos Internacionais e Colaboração Técnica. O Instituto será um foco nacional para intercâmbio de boas práticas de gestão eleitoral. O IIIDEM, em colaboração com o Ministério de Assuntos Externos, organizou com sucesso dois cursos especiais em “Gestão Eleitoral - Princípios e Práticas” sobre o abrigo do ITEC. O primeiro curso foi organizado de 8-20 de outubro de 2012,
o segundo de 10-23 de abril de 2013 e o terceiro curso foi conduzido entre 9-23 de abril de 2014. Foi possível medir a eficácia dos programas a partir da impressionante quantidade de respostas recebidas dos países parceiros para cada curso. Adicionalmente, em todos os cursos a procura excedeu largamente a oferta e de todas as vezes ficaram participantes na lista de espera. Participantes de 44 países na Ásia, Eurásia, África, e América Latina frequentaram os cursos até agora. O terceiro curso, que começou em 9 de abril de 2014, coincidiu com as 16as eleições para a Lok Sabha, ou Casa do Povo. Os participantes tiveram a vantagem acrescida de presenciar o processo eleitoral enquanto estava a ser executado pela Comissão Eleitoral da Índia. As eleições indianas geraram um interesse global nos últimos anos devido ao volume e tamanho das operações e também ao uso de Máquinas de Voto Eletrónicas (Electronica Voting Machines - EVMs). Vários países já demonstraram interesse na aquisição das EVMs indianas, especialmente na nossa vizinhança e em África.
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PARCERIA
O potencial da Índia no campo
da co-produção Entre o entretenimento popular e a psicologia cognitiva, o cinema indiano encontrou a sua forma própria de confirmar as normas e tornou-se uma ferramenta necessária para a disseminação de culturas texto | Writtwik Banerjee
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eal no seu núcleo, o cinema na Índia, há 101 anos, apresentou-nos as imagens em movimento e a sua evolução colocou-nos no limiar de uma nova forma de abordar o cinema a partir de uma perspetiva diferente. No subcontinente indiano, as imagens em movimento consolidaram o tecido social e alargaram os horizontes da percepção dos outros. Provavelmente, a arte de atravessar culturas através do cinema encontra o seu potencial na Índia. Com o advento do cinema na Índia, os cinematógrafos apresentaramnos a um mundo mágico de realismo conhecido como entretenimento, onde a convergência do real e da película pareciam ser o tópico principal durante muito tempo. A abordagem linear do entretenimento no nosso cinema ganhou ímpeto ao longo do tempo, e trouxe-nos a noção de uma teatralidade pitoresca em cada esfera da vida.
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Através das imagens em movimento, tornamohá muito se encontra limitado a uma teatralidade nos mais imaginativos do que nunca. Apesar da primitiva nas mentes dos filósofos cinematográficos realidade do celulóide nunca ter refletido a realidade de todo o mundo, provou ser extraordinariamente da vida fora da sala de teatro nós, graças ao cinema, multidimensional em termos de conteúdo. O encontramos sempre uma solução recente sucesso estético e económico prática para aceitar a pós-visualização de filmes como The Lunchbox (A A Índia teve do nosso destino inalterado. No Lancheira) e Qissa, ambos co-produzidos a tradição de entanto, esticar os limites e questionar a pelo NFDC, apoiam a teoria. cruzar culturas relevância do entretenimento puro são A Índia teve a tradição de cruzar através de emduas características salientes do cinema culturas através de empreendimentos preendimentos indiano contemporâneo a que temos conjuntos. Desde a era do cinema assistido nas últimas décadas. mudo até ao cinema sonoro, entre conjuntos. Desde A celebração do cinema indiano no 1913 e 1940, o cinema na Índia cresceu a época do cinestrangeiro, uma maior aceitação do em termos de produção e diferentes ema mudo até ao cinema indiano na Europa e uma vívida regiões começaram a introduzir o seu cinema sonoro, concentração de estrangeiros a trabalhar próprio cinema e a usar a mitologia de 1913 até 1940, na indústria cinematográfica indiana, como tema principal mas, durante esse o cinema na fazem por vezes com que viajemos para período silencioso, foram feitos vários Índia cresceu em trás no tempo para ver as raízes do esforços para produzir filmes através de produção dinamismo transnacional para alémempreendimentos conjuntos. fronteiras, de forma a melhor entender o Em 1924, foram realizados esforços potencial do mercado indiano em termos para atrair técnicos europeus através de de empreendimentos conjuntos e identificar a súbita empreendimentos conjuntos e a Madan Theatres mudança de paradigma. O cinema indiano, que em Calcutá tinha italianos e franceses na sua equipa
Da esquerda para a direita: Nirupama Kotru, Realizadora (Filmes), Ministério I&B, Governo da Índia; produtor Bobby Bedi; ator Uday Chopra; Embaixador da Índia na França Arun K Singh; ator-realizador Dr Kamal Haasan; Bimal Julka, Secretário, Ministério I&B, Governo da Índia; cinematógrafo Ramesh Sippy; Dr. A Didar Singh, Secretário-geral, FICCI e cinematógrafo Sudhir Mishra no Festival de Cinema de Cannes de 2014 J U L HO -AG O S T O
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e realizou o seu primeiro filme, Savitri, juntamente Convergência de com a UC Italiana de Roma. Algumas cenas de ideias e potencial Savitri foram filmadas em Itália. Com o passar do tempo, os empreendimentos Leila Majnu, realizado uns anos antes, tinha atores conjuntos evoluíram. A Índia pré-independência britânicos. Mas foi o cinematógrafo Himanshu Rai era mais ativa em empreendimentos conjuntos, quem atraiu colaboradores estrangeiros para os seus a Índia pós-independência ficou a conhecer uma filmes. Ele começou a trabalhar com Franz Osten forma madura de abordar culturas através do cinema. da Alemanha e este duo ofereceu-nos filmes como Um dinamismo recíproco tinha sido encontrado Light of Asia (A Luz da Ásia) em 1925, em países como os EUA e a Rússia. Shiraz em 1928 e A Throw of Dice (Um No final dos anos 50, o cinematógrafo O filme Pardesi Lançar de Dados) em 1929. Ismail Merchant foi para os EUA e, foi feito por KA Os cinematógrafos indianos, com a com James Ivory, criou a MerchantAbbas em 1978, chegada do cinema sonoro em 1931, Ivory Productions em 1961. Mas se os FC Mehra procomeçaram a refletir a linguagem e a EUA descobriram o duo Merchantduziu Ali Baba cultura locais no ecrã e os cinemas da Ivory, a Rússia descobriu Raj Kapoor Índia encontraram, no subcontinente, e Mera Naam Joker, feito em 1970, Aur Chalis Chor uma flexibilidade através da circulação que tinha artistas de Circo russos. As e mais tarde proe da distribuição. Em 1933, Himanshu co-produções Indo-Russas começaram duziram Sohni Rai produziu Karma que se tratou de um a crescer em número. Pardesi foi feito Mahiwal com a empreendimento conjunto Indo-Britânico. por KA Abbas em 1978, FC Mehra Rússia Por motivos técnicos, os filmes produziu Ali Baba Aur Chalis Chor e regionais eram feitos numa região, mais tarde produziram Sohni Mahiwal com técnicos que chegavam de várias partes do com a Rússia. No entanto, estes empreendimentos país, e eram distribuídos em outra com o objetivo conjuntos foram maioritariamente iniciados por de agradar a uma comunidade em outro local. O indivíduos particulares. primeiro filme Punjabi , Sheila, também conhecido Em 1982, o filme de Sir Richard Attenborough, como Pind Di Kudi, foi filmado em Calcutá em 1936 Gandhi, tornou-se a primeira longa-metragem que e distribuído em Lahore, agora no Paquistão. tinha a Corporação Nacional de Desenvolvimento
Os cinematógrafos da Índia e da França discutem as possibilidades de co-produção no Festival de Cinema de Cannes de 2014. n
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O ator-realizador Kamal Haasan com a crítica de cinema Anupama Chopra no Festival de Cinema de Cannes de 2014
Cinematográfico (National Film Development a passagem das audiências da diáspora para os mercados Corporation) como co-produtora oficial. Desde o internacionais principais. O potencial da Índia no final dos anos 80 até agora, vimos um aumento de campo da co-produção é, portanto, múltiplo. co-produções e nomes como Satyajit Ray (com Gérard Um dos maiores incentivos ou potenciais de Depardieu), Adoor Gopalakrishnan, co-produção com a Índia poderá ser a Buddhadeb Dasgupta, Murali Nair construção de uma aliança estratégica e muitos outros a recorrerem a entre países. Através da co-produção, De acordo com co-produtores estrangeiros para ambos os países poderiam dar um passo o Ministério da atingir uma maior audiência em em frente para a criação de programas de Informação e todo o mundo. treino bilateral para técnicos de cinema. Radiodifusão, Em tempos recentes, a Índia A co-produção com a Índia poderia a Índia assinou multiplicou os seus laços culturais granjear ao país participante um benefício acordos de coatravés de acordos bilaterais. De acordo total de uma nova economia nascida dos produção que com o Ministério da Informação e da filmes. Por exemplo, o recente sucesso de abrangem filmes Radiodifusão, a Índia assinou acordos um filme de Bollywood Zindagi Na Milegi e outro conteúdo de co-produção que englobam filmes e Dobara na Índia, encorajou os indianos audiovisual com outro conteúdo audiovisual com países a visitar a Espanha, dinamizando assim a como Brasil, França, Alemanha, Itália, indústria do turismo em Espanha. países como o Polónia, Espanha, Nova Zelândia, o RU O potencial da Índia nos campos da coBrasil e a França e recentemente com o Canada. produção e da co-criação irá certamente Na Índia, a cultura está rapidamente a encorajar a reciprocidade, e a fazer com ser reconhecida como “soft power”, ou “poder brando”, que o talento criativo se aproxime um do outro e está a desempenhar um papel fulcral na construção com o objetivo de dar origem a uma sinergia. Outro de diálogos. O compromisso ativo, por parte da Índia, potencial da Índia no campo da co-produção seria em co-produções cinematográficas é visto não só a sua mão-de-obra competente. Um dos principais como facilitador em termos de garantir um rápido e pontos da co-produção poderia ser o reforço da vibrante crescimento da indústria cinematográfica mas partilha de conhecimento e a tentativa de alcançar um também se considera que ajuda os nossos atores a fazer mecanismo estável de permuta. O escritor é um colunista sediado em Paris. J U L HO -AG O S T O
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Digitalização de
“super língua”
A escrita e fonte de Gondi, uma linguagem tribal muito difundida, alcançou a rara distinção de estar disponível em conteúdo digital texto | Neharika Mathur Sinha
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Professor V Krishna (direita), coordenador, CDAST, Universidade de Hyderabad na Vila de Gunjala
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á uma grande quantidade de manuscritos língua Gondi e trazê-la para uma plataforma global. ameaçados que guardam informação “Um tesouro de informação estará disponível para rara acerca da literatura, arte e história os historiadores, arqueologistas e investigadores. de Gondi, a tribo mais populosa da Irá ajudar a geração mais nova das tribos Gondi Índia. Com o objetivo de os transportar para a a aprender sobre a sua luta pela liberdade, a sua literatura convencional ao traduzi-los para Hindi cultura e subsistência,” diz o Prof. V Krishna, e Telugu, uma equipa de académicos, em conjunto coordenador do Centro Para Estudos e Tradução com investigadores do Centro para Estudos Dalit Dalit e Adivasi da Escola de Humanidades da e Adivasi (The Centre for Dalit Universidade de Hyderabad, na Índia. & Adivasi Studies - CDAST) da A escrita tem a capacidade de O Governo da Universidade Hyderabad foram à aldeia integrar 41 seitas Gondi diferentes, Índia planeia Gunjala em Utnoor Mandal no Distrito espalhadas por toda a Índia. “Isto ensinar Gondi de Adilabad, na região de Telangana, também reduzirá a diferença entre em cerca de 15 na Índia. Liderados pelo Prof. Jaydhir a Índia tribal e a Índia de elite,” Tirumal Rao (professor visitante, acrescenta o Prof. Krishna. escolas públicas CDAST), a equipa descobriu história Com a ajuda de artistas Gondi, as no próximo ano e literatura inestimável na região, cartas Gondi foram desenhadas e com letivo escondida nos manuscritos, e decidiu os esforços combinados de Sridhar, Prof também os digitalizar e documentar. Rao, do CDAST e do ITDA, Utnoor O Prof Rao já se encontrava em vias de conseguir Mandal desenhou os alfabetos, os acentos e os uma fonte para a escrita Gondi e pouco depois, com numerais da escrita Gondi. O Governo da Índia está o apoio de ITDA, Utnoor Mandal e a administração ativamente envolvido na preparação de manuais distrital de Adilabad, o criador de fontes Srikantam para aulas de nível II e III de escrita Gondi. Estão Sridhara Murty foi bem-sucedido nessa tarefa, em cursos planos para ensinar Gondi em cerca de 15 durante este ano. A fonte irá promover o uso da escolas públicas no próximo ano letivo.
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Coreografia de
mudanรงa
Conceitos inovadores estรฃo a ser, cada vez mais, introduzidos para popularizar as formas de danรงa clรกssica globalmente texto | Supriya Aggarwal
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ovimentos complexos, variadas transformações. Á medida que foram música comovente e batidas avançando, muitos praticantes aderiram a estas coordenadas... mudanças, adicionando o seu É assim que estilo e interpretação únicos. as formas clássicas de dança A maioria dos dançarinos Mesmo pessoas de indianas são definidas desde há garantiu a manutenção da estética países estrangeiros muito tempo. Não são apenas original enquanto incorporavam vieram até à Índia uma forma de entretenimento estas inovações. para aprender mas uma cultura em si Isto não é tudo. Mesmo pessoas formas de arte próprias, uma forma de culto, de países estrangeiros vieram até clássica uma ponte de ligação com Deus à Índia para aprender formas de e também parte integrante da arte clássicas. De fato, algumas herança indiana. Com o avançar do tempo, escolheram permanecer na Índia e trabalhar estas formas de dança antiquíssimas sofreram para desenvolver a dança clássica da Índia.
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Bailarina de Bharatanatyam, Savitha Sastry
Savitha acredita que para manter uma forma de arte atual, é obrigatório apresentar novas histórias. Com as suas peças de dança ela tenta introduzir novidade à dança dramática e procura fazer com que os jovens se interessem mais pelas formas de dança clássica indianas. Ela sente que os jovens se estão a direcionar mais para as formas de dança alternativas, seja salsa ou Bollywood, pois são mais fáceis de aprender. “Sinto-me excitada quando os jovens vêm ter comigo após os meus espetáculos e dizem, “Queremos aprender esta forma de dança!’,” diz Savitha.
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Expoente de Sufi Kathak, Manjari Chaturvedi
Desvendando o puro enigma do Sufismo e a elegância do Kathak, cada um dos seus movimentos conta uma história. Pertencente ao estilo Lucknow gharana e acreditada com a introdução de uma nova forma de dança, o Sufi Kathak, Manjari acredita que o Sufi Kathak realça as nuances da música e poesia Sufistas através da linguagem do corpo que expressa as alturas arrebatadoras do ecstasy espiritual. “Não tem sido uma viagem fácil pois estava a trilhar um caminho nunca antes viajado na dança clássica indiana e criei esta nova forma de arte a pensar na Divindade Sem Forma,” diz Manjari.
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Bailarina Sattriya, Anwesa Mahanta
“Eu vejo a dança a partir de várias dimensões e tento compreender os movimentos dinâmicos de pensamento inerentes em cada criação e perceção de um passo. Estamos a tentar promover formas de dança do Nordeste através do Festival Internacional de Dança Pragjyoti, que é apoiado pelo Concelho Indiano de Relações Culturais, do Ministério dos Assuntos Externos do Governo da Índia e foi conceitualizado para exibir as formas de dança indianas em uma plataforma” diz Anwesa.
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Bailarina Bharatnatyam Aleksandra Michalska Singh
A sua paixão pela dança clássica indiana levou-a até à Índia, vinda da Polónia. Enquanto membro da Fundação Culturas do Mundo, Aleksandra trabalha para a educação cultural, tanto na Índia como na Polónia. “Foi há 12 anos, na Polónia, que comecei a aprender Bharatanatyam. Atravessei fronteiras para encontrar um guru que me ajudasse a atingir o despertar espiritual através da dança,” partilha ela.
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Expoente Odissi, Sharon Lowen
Chegada à Índia em 1973, vinda de Detroit, nos EUA, Sharon aprendeu a dança Manipuri e nunca mais voltou. “Fiquei devido à incrível aceitação, calorosa e gradual mas genuína, do público por todo o país, o que me permitiu desempenhar um papel na manutenção e no avanço das tradições,” diz Lowen. Ela aprendeu também Odissi e é agora reconhecida pela excelência nas formas de dança clássica indianas.
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Guloseimas Rajasthani a ser cozinhadas por um perito enquanto os alunos observam e assimilam
A grande escola de
cozinha indiana
Aulas de cozinha estĂŁo a tornar-se cada vez mais populares entre turistas e viajantes culturais que chegam Ă costa indiana. Aqui estĂŁo algumas das garantidas para tornar a sua viagem num sucesso! texto | Vatsala Kaul Banerjee
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sabor de qualquer país está na sua generosidade, complexidade e sabores da sua cozinha. A fantástica pluralidade e a tradição ancestral de hospitalidade da Índia misturam-se com os seus recursos locais e ricos de produtos frescos e únicos, especiarias e condimentos, para dar ao mundo alguma da sua cozinha mais cobiçada. Conhecer os segredos da cozinha e dominar os seus detalhes não só pode dar-lhe uma compreensão da textura cultural da região, mas também servir-lhe uma fatia dessa cozinha na sua mesa... e garantir-lhe muitos elogios!
Uma sessão de cozinha a decorrer em Tamil Nadu
Sabor a Tamil Nadu
Kashmir deleitável
De Chettinad a Madurai, de Kongunadu a Kanyakumari, Tamil Nadu é perfumado de aromas de coco e folhas de caril, sementes de mostarda e cardamomo verde. Pode aprender a preparar um menu vegetariano Tamil tradicional: sambar reconfortante (lentilhas), tangy rasam (uma sopa de lentilhas), kirai (caril de vegetais verdes) ou poriyal (vegetais salteados). Se for não-vegetariano, há as especialidades costeiras Pondicherry e Coromandel: meen kuzhambu (um caril picante de peixe com tamarindus), ou um menu festivo com arroz indiano de frango de estilo muçulmano, brinjal pachadi (vegetal) e cebola raita.
Deliciosamente sofisticada e variada, a cozinha Kashmiri tem duas correntes de sabor – Kashmiri muçulmana e comida Pandit. A utilização invulgar de iogurte, até para pratos de carne, e os sabores de anis e garam masala especial (muitas vezes um segredo de família), tornamna uma cozinha cobiçada. Aprenda os truques e manhas de yakhni (carne), chaman (panir) ou nadru (caule de lótus), rogan josh (um caril de carne), tabakh maaz (costeletas cozinhadas em leite e fritas) e mutton koftas bem como tamatar chaman (prato de tomate e panir), haak (um vegetal folhoso local)... pode escolher a lista!
Rogan Josh é um dos pratos indianos mais populares entre turistas J U L HO -AG O S T O
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Guloseimas de Kerala equilibram saúde e sabor
Criações Kerala
Cocos ralados, fatiados, espremidos... sim, você está na Região de Cocos de Deus. O litoral serpenteado de Kerala traz peixe delicioso; adicione-lhe arroz e tapioca, e especiarias de plantações, e consegue uma variedade de pratos memoráveis. Pode preparar appam (uma deliciosa panqueca suave de arroz), peixe moilee (peixe em leite de coco) ou moppilah biryani... o menu é infinitamente convidativo. Ou aprender o perfeito moilee vegetal, avial (vegetais, coalho e preparado de coco), pachadi (acompanhamento de pickles), ou o popular arroz de limão.
Banquete Bengali
Quem não conhece os sabores subtis e ardentes das cozinhas Bengali? Escolha os produtos mais frescos e
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faça um loochi perfeito (pão fermentado frito), aloo dom (caril de batata), chholar daal (caril de grão de bico de Bengala), caril de camarão e malai, pratos de arroz, pratos de peixe sazonal e iguarias vegetarianas como baigun bhaja (bolinhos de beringela). De seguida as sobremesas: kheer, malpua e payesh.
Delícias de sobremesa
Rajasthan serve delícias terrenas, sabores fortes e especiarias ardentes, com um pouco de fragância ghee. Escolha entre kair sangri (um vegetal seco especial com bagas), gatte ki subzi (channa dal caril de enrolados de farinha), kadhi (delícia de farinha de grão de bico com bolinhos cozidos), lahsun ki chutney (sabor de alho), gatta pulao (prato especial de arroz), batti (pão não fermentado), tipore (pickle verde de pimenta fresco),
Cozinha goanesa utiliza alguns ingredientes únicos
churma (sobremesa de trigo e farinha de grão de bico), papad e mais. Para não vegetarianos, há a famosa laal maas (carne vermelha picante), soweta (carne e milho cozinhados em especiarias) e mais.
Vá a Goan
O paraíso de sol-areia-mar é também sobre a trindade saborosa de doce, azedo e picante. Há uma variedade de pratos desde rissóis de camarão (bolos enchidos com camarão num molho), peixe recheado (peixe com pasta doce-azeda-picante), frango xacuti (frango em molho de coco) e caldine vegetariano (vegetais em leite de coco) a serradura (uma sobremesa de biscoitos de amêndoa) e dodol (um prato de arroz, coco e palma de açúcar mascavado). Pode também escolher desde caril de peixe goanês, frango cafreal (prepado de frango ao estilo
português), porco vindaloo (um caril tradicional) e peixe caldine.
Repastos Nawabi
Agora pode cozinhar o seu banquete real e comê-lo também! E que melhor local do que Uttar Pradesh, onde as mesas Nawabs pesam sob pratos Awadhi, carregados com especiarias exóticas, frutos secos e um toque a açafrão perfumado. As cozinhas aqui ensinam-lhe a aperfeiçoar o que levou centenas de anos a dominar! Poderá em breve servir Awadhi korma (carne assada em molho rico), shaami kebabs, (uma almôndega especial), lehsuni raita (uma delicadeza de requeijão com alho), shahi tukda (uma sobremesa rica)... e receber elogios pelos seus gostos reais.
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Cores da
Índia
Tons diferentes de cada canto do país juntam-se para formar um bouquet visual único
AÇAFRÃO EM LADAKH A espiritualidade, a paz e a harmonia encontram-se representadas nas vestes usadas pelos monges no norte do país. A cor é natural, obtida a partir de raízes, tubérculos, cascas de flores, folhas e frutos...
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AMARELO EM PUNJAB Os campos de mostarda no estado agricultural do Punjab, no norte da Índia, serviram de inspiração para muitas canções rústicas, assim como para muitas obras de arte famosas. A vasta extensão de beleza amarela-dourada significa prosperidade, bem-estar e fertilidade.
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VERDE EM KERALA A vegetação dos famosos remansos de Kerala no sul da Índia é refletida na água, criando um mundo verde exuberante e único.
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AZUL EM GOA O azul do Mar Arábico neste estado turístico no oeste da Índia muda à medida que o dia avança - desde azul-celeste ao azul-turquesa até ao profundo ultramarino...
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CASTANHO NO RAJASTÃO As areias dos desertos deste estado no oeste da Índia formam uma extensão arrebatadora e aparentemente infinita de castanho e bege.
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BRANCO EM JAMMU E CAXEMIRA Os deslumbrantes picos cobertos de neve de Jammu e Caxemira, o estado mais a norte da Índia, justificam o título de “céu na terra”.
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PRETO NOS SETE ESTADOS IRMテグS DO NORDESTE Os habitantes dos estados de Nagaland, Assam, Arunachal Pradesh, Meghalaya, Manipur, Mizoram and Tripura vestem roupas tradicionais em preto.
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A Abadia de Westminster
de Myanmar
O Templo Ananda, do séc. XII, em Myanmar está a ser restaurado pelo Levantamento Arqueológico da Índia texto | Siddharth M Joshi
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s laços entre a Índia e Myanmar remontam aos tempos em que não existia qualquer presença política dos dois estados, na presente forma. Sendo vizinhos próximos, partilham uma fronteira porosa o que permitiu a permuta de ideias, culturas, técnicas e pessoas. Para fortalecer estes laços, foi assinado um MoU (Memorando de Entendimento) entre o Governo da Índia e o
Governo da União de Myanmar em julho de 2010 para a conservação do Templo de Ananda em Bagan, Myanmar. Após os estudos de campo e investigações do Levantamento Arqueológico da Índia (Archaeological Survey of India - ASI) uma equipa de peritos constituída por arqueólogos, conservadores, epigrafistas, arquitetos e cientistas foi incumbida com os trabalhos de
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SUCESSO preservação essencial e preservação química do engenheiro arqueológico superintendente. A equipa, templo. Carinhosamente chamada a “Abadia de na sua primeira sessão de trabalhos (2012-2013), Westminster de Myanmar”, o Templo de Ananda executou trabalho de conservação como reparações é uma maravilha arquitetónica essenciais no portão sul do templo, do séc. XII, com mais de 4000 no corredor do portão sul até ao altar pequenas estupas espalhadas por principal, o quadrante sudoeste, um O Templo é alguns quilómetros à volta do altar no quadrante noroeste, reparações uma maravilha templo principal. É um templo de piso, melhoramento do escoamento, arquitetónica vivo, com pessoas a juntaremremoção do excesso de depósitos de do séc. XII, com se para prestar culto e para terra no lado este, limpeza de fachada, mais de 4000 cerimónias religiosas. Portanto, etc. A segunda sessão de trabalhos pequenas estuqualquer operação de conservação (2013-2014) foi concluída em 31 de pas espalhadas teve que ser minuciosamente maio de 2014. discutida com a Comissão do Lindos murais permaneciam por alguns Templo, para além de oficiais do escondidos por baixo de grossas quilómetros à departamento de arquologia do camadas de visco nas curvaturas dos volta do templo Governo de Myanmar. arcos no átrio este, e foram expostos principal Os trabalhos de manutenção por métodos bioquímicos. Gesso realizados pelo ASI começaram no descolado e pigmentos soltos foram local em maio de 2012 e foram continuados após consolidados, enquanto as fendas e as rachas foram o final das chuvas em outubro de 2012, lideradas preenchidas com uma combinação do mesmo pela equipa técnica comandada por RS Jamwal, material com uma emulsão de acetato de polivinila.
Trabalho em curso.
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O templo original
Foram usados repelentes de água bem conhecidos Juntando uma dimensão estética a um trabalho para proteger o exterior do templo. “Após a limpeza utilitário de restauração, o ASI adicionou geral, manteve-se um intervalo de 10 anos para a coberturas de rede às janelas para impedir a segunda limpeza,” partilha Jamwal. entrada de pássaros e morcegos A observação mais impressionante dentro do altar (24 no total). Para sobre o Templo de Ananda é a figuras em estuque, foram fornecidas Poucas sua localização arqueologicamente coberturas em vidro, com os devidos esculturas apreciável, assim como o seu estatuto. buracos de ventilação e assentes em de pedra e Está localizado num pedaço virgem molduras de teca. Isto assegurou várias de de terra, livre de intrusos. Dentro a manutenção da autenticidade do estuque foram da periferia, existiam estruturas de templo, em adição à utilização de restauradas. diferentes tamanhos. Havia poucas métodos modernos de preservação. Vistosas placas esculturas de pedra e várias figuras em “Culturalmente, Ananda é uma de terracota estuque que foram restauradas à forma extensão da arquitetura e arte com esmalte original. Vistosas placas de terracota tradicionais indianas. Foi utilizada também foram com esmalte, presas nas paredes, a mesma tecnologia que foi usada também foram limpas. nas estruturas indianas da época. limpas Foi extremamente importante Portanto tornou-se a nossa manter a originalidade num local responsabilidade ética preservar e antigo de arqueologia arrebatadora. Portanto, foi protegê-las. Alianças como estas servem para uma tarefa difícil preparar o templo para o desgaste reavivar laços culturais assim como para melhorar futuro e ao mesmo tempo preservar o seu espírito. relações internacionais,” explica Jamwal.
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SUCESSO
Um tributo à
ciência
Os Indianos Quânticos, uma iniciativa de Diplomacia Pública do Ministério dos Assuntos Externos, ganhou o prémio para o melhor filme educacional de 2013 nos Prémios Nacionais de Cinema, uma cerimónia que decorreu recentemente na Índia
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scrito e realizado por Raja Choudhury e produzido pela Serviço Público de Radiodifusão Confiança e pela Divisão de Iniciativa Pública do Ministério dos Assuntos Externos, Os Indianos Quânticos é um tributo a três cientistas exemplares: Satyendra Nath Bose, Sir CV Raman e Meghnad Saha, cujas contribuições no ramo da física continuam a mostrar-se significativas até hoje. Estes cientistas que cunharam os Bosões, A Estatística de Bose-Einstein, o Efeito Raman, a equação de Saha e que trouxeram para a Índia o único Prémio Nobel para a ciência foram
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aplaudidos por revolucionarem o mundo da Física Quântica na década de 1920. O júri do Prémio Nacional notou que “o filme oferece uma análise precisa e extremamente eficiente das contribuições destes renomeados cientistas de uma forma que não só educa a geração de hoje mas também fornece uma visão privilegiada de fenómenos científicos complexos de forma acessível. Após vencer o prémio, o realizador Raja Choudhury afirmou que o filme foi feito para inspirar os indianos jovens a abraçar a ciência como opção de carreira e tornar a Índia tão importante quanto estes cientistas queriam que ela fosse.
ATUALIZAÇÃO
Alcance
global
O serviço de radiodifusão externa da All India Radio começou em conjunto com a Segunda Guerra Mundial, em 1939. O serviço assumiu um papel mais importante após a Independência da Índia
A
All India Radio (Akashvani ou a ESD procura entreter, educar e também AIR) é a maior radiodifusora informar com programas sobre a da Índia e uma das maiores sociedade diversificada da Índia, e redes radiofónicas do as suas opiniões sobre assuntos mundo, com um alcance global nacionais e internacionais de massivo. A transmissão global é relevo. Desde 25 de Outubro de da responsabilidade da Divisão 1984 uma cápsula especial semanal de Serviços Externos (External é preparada e enviada para os Service Division - ESD) da All indianos étnicos nos EUA, Canada India Radio. É emitida em 108 países e no RU através do Ministério dos e em 27 línguas (15 estrangeiras, e Assuntos Externos. 12 indianas). As línguas estrangeiras Contém cinco serviços externos incluem Árabe, Balúchi, Birmanês, principais, nomeadamente Urdu, Chinês, Dari, Francês, Indonésio, GOS/Inglês, Hindi, Bengali e Tâmil. Persa, Pachto, Russo, Cingalês, Suaíli, Todos os serviços do GOS difundem A All India Tailandês, Tibetano e Inglês, que se programas com temas que vão desde Radio emite em enquadram no Serviço Estrangeiro assuntos atuais, desporto e programas 108 países e em Geral (General Overseas Service literários, até entrevistas com 27 línguas - 15 - GOS). As línguas indianas são: personalidades, peças radiofónicas, estrangeiras e Bengali, Gujarati, Hindi, Canarês, programas de música e muito mais. 12 indianas, e Malaiala, Nepalês, Punjabi, Seraiki, Também se preocupa com a difusão projeta a imagem Sindi, Tâmil, Telugu e Urdu. da música folk indiana por todo em mudança da A Divisão de Serviços Externos o mundo com emissões semanais; Índia procura projetar a imagem em cada dia tem algumas características mudança da Índia e sublinhar a especiais, que apresentam aspetos arte e a cultura do país. Devido à cada vez variados da música indiana. Entrevistas com maior diáspora indiana por todo o mundo, e personalidades eminentes por todo o mundo é ao aumento do interesse estrangeiro na Índia, outro dos pontos altos da ESD.
Para obter o calendário de programas detalhado da Divisão de Serviços Externos da AIR, por favor digitalize este Código QR com o seu smartphone J U L HO -AG O S T O
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VIAGEM
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Expresso da
Monção
Esta monção, sugerimos uma viagem a bordo do Expresso de Himsagar que percorre 3.711 km através de nove estados indianos e para em 72 estações ferroviárias
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xperienciar a monção pode ser uma experiência única na Índia, mas uma viagem a bordo de uma das rotas ferroviárias mais longas, desde Jammu Tawi até Kanyakumari, durante a época das chuvas pode ser verdadeiramente memorável. Á medida que o Expresso de Himsagar atravessa túneis, paredes laterais gotejantes, trilhos nebulosos, chuvisco contínuo, riachos em cascata, floresta, montanhas... desde o ponto nortenho mais longínquo até ao extremo da ponta sul, cobre uma distância de 3.711 km a uma velocidade média de 53 km/hora, em cerca de 70 horas.
1. Pathankot, Punjab
O ponto de encontro dos três estados do Punjab, Himachal Pradesh e Jammu e Caxemira, Pathankot é maioritariamente usado como área de descanso antes de entrar nas montanhas de J&K, Chamba e Kangra.
Visitas obrigatórias
n Apesar de se encontrar atualmente em ruínas, o Forte de Shahpurkandi (20 km) foi construído em 1505 pelo chefe Rajput Jaspal Singh. n A Barragem de Ranjit Sagar (20 km) é uma das mais altas barragens de aterro na Índia. n A principal estação de pesquisa hidráulica da Índia fica em Malikpur (7 km). n O Forte de Kangra (90 km) foi construído pela família real Rajput, de Kangra. É provavelmente o forte mais antigo da Índia.
2. Agra, Uttar Pradesh
Famosa pelo Taj Mahal e outras maravilhas arquitetónicas, Agra é também conhecida pela petha (um prato doce feito a partir de abóbora d’água). Para o Taj Mahotsav e para o Festival Literário Taj congregam anualmente artesãos e literários de todo o mundo.
Visitas obrigatórias
n O Forte de Agra e Fatehpur Sikri (35 km), considerados Património Mundial, foram construídos pelo emperador Mughla Akbar no sec. XVI. n O Templo de Mankameshwar, um dos templos mais antigos dedicados ao Senhor Shiva e rodeado por mercados, muitos dos quais remontam até à era Mughal. n O mais antigo jardim Mughal, o Ram Bagh, construído pelo emperador Mughal Babar.
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VIAGEM
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5 3. Nagpur, Maharashtra
Considerada uma das futuras cidades globais, Nagpur é conhecida como a Cidade Laranja por ser um grande entreposto comercial de laranjas. Como liga muitas reservas de tigres na Índia, é frequentemente chamada a Capital Indiana dos Tigres. Nagpu fica também no centro do país, com o indicador Milha Zero a indicar o centro geográfico da Índia.
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Visitas obrigatórias
n O Forte de Sitabuldi, construído em 1757, celebra os mártires da batalha entre os Britânicos e os Marathas. n O Lago Shukrawari, com 275 anos, e o Lago Ambazari, o maior na cidade. n Reserva de Tigres de Tadoba Andhari (150 km), Parque Nacional de Pench (160 km) e Reserva de Tigres de Bor (75 km).
4. Ernakulam, Kerala
Desde a Idade da Pedra, Ernakulam tem sido um local de povoações humanas com monumentos monolíticos como Dólmens e cavernas escavadas na rocha em partes diferentes da cidade. Foi outrora a capital do reino de Cochin (agora Kochi). De fato, desempenhou um papel importante na promoção de relações comerciais entre Kerala e o mundo exterior nos períodos antigo e medieval.
Visitas obrigatórias
n Kochi (8 km), conhecida popularmente como a Rainha do Mar Arábico, ostenta um dos melhores portos naturais do mundo e o maior, e dos mais largos, lago indiano, o Lago Vembanad. n Mattancherry, ou o Palácio Holandês, foi construído pelos Portugueses e presenteado a Raja Veera Kerala Varma em 1555 d.C. Apresenta murais que retratam arte sacra Hindu, retratos e exibições dos reis de Kochi. n A Sinagoga Judaica ou de Paradesi, a mais antiga na Commonwealth, foi construída em 1568 pela comunidade Judaica Cochin no reino de Cochin.
5. Kanyakumari, Tamil Nadu
No extremo sul da Índia continental, Kanyakumari é famosa pelos espetaculares nascer e pôr do sol e está quase toda rodeada por água. Anteriormente conhecida como Cabo Comorin, a cidade é famosa globalmente pela peregrinação e pelo turismo.
Visitas obrigatórias
n Muito mais do que uma atração turística, Vivekananda Rock, ou o Rochedo de Vevekananda, é um monumento sagrado dedicado a um dos líderes espirituais mais venerados, Swami Vivekananda. n Foi erigida uma estátua de Thiruvalluvar perto de Vivekananda Rock como homenagem ao homem que deu à literatura Tâmil a “palavra que nunca falha”. A pedra basilar para a estátua foi colocada em 1979 e os trabalhos foram concluídos em 1999.
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ÊXITO
Apoiar a segurança
energética da Índia
A Iniciativa do Setor Público de categoria ‘A’ do calendário miniratna, ONGC Videsh Limited, é a segunda maior empresa de petróleo da Índia. O seu principal objetivo é a prospeção de depósitos de petróleo e gás fora do país incluindo exploração, desenvolvimento e produção
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tinha completado, de forma bem-sucedida, 741 km do projeto de oleoduto no Sudão em 2005. Atualmente, a OVL detém produção de petróleo e gás de 11 ativos na Rússia, Síria, Vietname, Colômbia, Sudão, Sudão do Sul, Venezuela, Brasil e Azerbaijão. A OVL adquiriu cotas em dois blocos de exploração na Colômbia em 2012-13. O Bloco GUAOFF-2 foi adquirido na Ronda Licitação Colômbia-2012 e o Contrato de E&P foi assinado a 3 de dezembro de 2012.
Cumprindo responsabilidades sociais
A OVL está comprometida com a criação de um impacto social positivo através do desenvolvimento de parcerias bem-sucedidas, assentes na confiança e respeito mútuos. A empresa contribui valiosamente de várias formas, como pagamento de impostos, investimento na educação e treino e muito mais.
Presença global
A OVL tem 22 escritórios estrangeiros localizados na Cidade de HoChi Minh (Vietname),Yuzhno Sakhalinsk Em janeiro de (Rússia), Bagdade (Iraque),Teerão 2000, a OVL (Irão), Trípoli (Líbia), Havana (Cuba), recebeu uma Caracas (Venezuela), Astana e Atyrau concessão (Kazaquistão), Bogotá (Colômbia), especial do Damasco (Síria), Calgary (Canada) e Baku (Azerbaijão). A ONGC Nile Ganga governo para BV tem o seu escritório registado em tomar decisões Amesterdão (Holanda), Khartoum de investimento (Sudão), Juba (Sudão do Sul), Rio de até 2000 milhões Janeiro (Brasil) e Nicósia (Chipre): de Rupias
Forças competitivas
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ONGC Videsh Limited (OVL) foi originalmente incorporada como Hydrocarbons India Pvt Ltd no dia 5 de março de 1965 para levar a cabo a exploração e desenvolvimento de campos de petróleo no Irão. Foi renomeada ONGC Videsh Limited em 15 de junho de 1989. Nos anos 90, a empresa estava ligada a atividades de exploração no Egito, Iémen, Tunísia e Vietname. Gradualmente, a OVL mudou a ênfase para adquirir bens de petróleo e gás de alta qualidade no estrangeiro. A produção da OVL começou em 2002-03 a partir da produção inicial do Bloco 06.1 no Vietname, em janeiro de 2003, e do Projeto Petrolífero do Grande Nilo no Sudão em março de 2003, que agregou uns parcos 0.25 MMTep. A companhia tinha-se lançado para o meio do rio e
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A OVL desenvolveu uma forte aliança de parceria com um conjunto de IOCs (Empresas Petrolíferas Indianas) e NOCs (Empresas Petrolíferas Nacionais), incluindo a ExxonMobil, British Petroleum, Shell, ENI, Total, Repsol, Statoil, Chevron, Petrobras, Sodeco, Socar, Rosneft, Daewoo, Kazmunaigaz (KMG), Petro Vietnam, CNPC, Sinopec, PDVSA, Petronas e Ecopetrol. A empresa construiu instalações para avaliação, interpretação, modelação económica, FEED, design e execução de projetos de gás e petróleo.
Olhar para o futuro
A OVL está focada em apoiar a segurança indiana de gás e petróleo através de uma consistente exploração de gás e petróleo e de locais de exploração. De acordo com o plano 2030, a produção de gás e petróleo da OVL deverá aumentar do nível atual de 7.26 MMtep para 20 MMtep até 2017-18 e 60 MMtep até 2029-30.
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INOVAÇÃO
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Missão
Lua 2.0
A Equipa Indus ambiciona aterrar uma nave espacial robótica na lua e ganhar o prémio Google Lunar X Prize texto | Upasana Kaura
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ma equipa de cinco indianos, cada um com formação diferente, juntou-se para formar a Equipa Indus, uma das principais concorrentes à missão Google Lunar X Prize, também chamada Lua 2.0. Organizada pela Google e pela Fundação X Prize, a Google Lunar X Prize é uma competição global para aterrar uma nave espacial robótica na lua até dezembro de 2015. A nave espacial terá que viajar mais de 500 m na superfície lunar e enviar os dados para a terra. A equipa que aterrar primeiro na lua receberá um prémio de $40 milhões. A equipa é liderada pelo profissional de informática Rahul Narayan, que é o gestor tecnológico. Os outros membros fundadores são Indranil Chakraborty (gestor de marketing), Sameer Joshi (arquiteto de missões), Julius Amrit (gestor de investimento) e Dilip Chabria, co-fundador (gestor de relações empresariais). A Equipa Indus irá competir contra 29 equipas de 17 países. De fato, foi nomeada para prémios em duas categorias, Sistema de Aterragem e Sistema de Imagiologia. Tudo começou em 2009-10 quando dois colegas de escola, Narayan e Chakraborty, ouviram falar da competição e decidiram participar. No ano passado, a equipa deslocou a sua sede de Deli para Bengaluru pois a Organização de Pesquisa Espacial Indiana (Indian Space Research Organisation - ISRO), lá sediada, é crucial para os seus planos futuros. A ISRO irá fornecer à equipa um veículo de lançamento, um Polar Satellite Launch Vehicle, até dezembro de 2015.
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INOVAÇÃO
Celebrar a moda
tradicional indiana
A rica cultura e herança da Índia continuam a influenciar significativamente a indústria da moda do país texto | Sabyasachi Mukherjee
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omo indivíduo, sou muito nacionalista e a usou-o para unir os indianos. A vestimenta indiana, tal minha marca reflete esse grande sentido de como qualquer outra vestimenta nacional de grande nacionalismo. É orgulho de Índia. Absorve identidade visual, tem um grande poder para prender tradição, abraça e celebra a Índia e tenta levar a sociedade e mantê-la ligada. O nosso sári é uma adiante a estética indiana para primeiro plano. entidade que vive e respira que ainda é autenticamente Acredito sinceramente que uma produzido, reinterpretado e toda a sua grande parte da luxúria global é evolução histórica sem alteração na sua originária desta parte do país e muita forma atual e básica. A vestimenta indiana, dela costumava vir da escola puritana de Acredito sinceramente que deveria tal como qualquer pensamento de ser “indiano” que o Oeste ser antropologicamente preservada outra vestimenta absorveu e gradualmente tornou seu. como uma tradição viva da Índia. A nacional de grande O maior desafio que a Índia enfrenta minha veneração ao sári traduziuidentidade visual, na era do avanço tecnológico é ter se numa iniciativa a que chamamos tem um grande clareza de visão sobre como mobilizar “Salvem o Sári”. No seu núcleo, a missão poder para prender a a nossa própria herança e preservánão é alargar o mercado do sári, mas sociedade e mantê-la la. Penso que não compreendemos sim preservar a sua relevância social e ligada. O nosso sári suficientemente a importância de ser cultural. Recolhi a informação de Ajrak, é uma entidade que indiano num contexto global. Por Jamdaani, Khadi, Kanchipuram, Benarasi vive e respira... exemplo, nós, na Índia, temos uma e Pochampally. associação única com um vestido Num mundo de média social e moda nacional que não chega a ser traje. Em produzida em massa precisamos lembrarpaíses como o Japão, o quimono está no limite de traje, nos daquilo que a Índia realmente significa: requinte, ou em Inglaterra os fatos reais tradicionais são agora arte, ofício, sensibilidade, cultura, educação, religião usados durante reproduções teatrais ou históricas. e espiritualidade. Ao mesmo tempo, precisamos estar Quando Mahatma Gandhi começou a usar khadi sempre cientes do que se manteve relevante, descartar como uma ferramenta para qualificação social, ele coisas que são arcaicas e avançar.
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INOVAÇÃO Como marca, tentamos manter os nossos clientes seguros ajudando-os a encontrar uma identidade que seja próxima daquilo que eles são, a sua cultura e herança. Nós tentamos e promovemos um sentimento de confiança com os nossos clientes, um que os torne orgulhosos das suas origens. Aspiramos criar uma identidade nacional global para os nossos clientes. A nossa linha de crianças chamada “Chota Sabya” foi inspirada pela minha mãe. Ela é uma grande influência do meu trabalho - ela era uma artista, tinha uma aparência boémia e sempre me encorajou a ter consciência e a apreciar as artes. É uma marca de roupas culturais para crianças; carateriza-se por sáris com dobras, jutis bordados e malas de
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Os desenhos da coleção masculina de Sabyasachi carregam muito emprestado do vestuário tradicional
mão. Cria um sentimento de nostalgia nos pais. Esta estratégia é para criar uma procura e oferta Como estilista, sinto que tenho uma certa para os meus artesãos que são a base do meu responsabilidade para com as pessoas negócio para que se torne um negócio e o ofício. Os têxteis indianos são sustentável para eles. Entre mim e o muito importantes para mim. mercado que é inspirado por mim, nós Como estilista, sinto São a alma e o ADN da minha criamos muito emprego para pessoas a que tenho uma certa marca. Tentamos apoiar muitas nível do ofício. responsabilidade comunidades de tecelagem na Índia Quando líderes femininos usam para com as pessoas que estavam a desaparecer e dá-me marca Sabyasachi na passadeira e o ofício. Os têxteis uma grande alegria e realização vermelha com estilo, isso alimenta a indianos são muito quando a minha empresa contribui procura e ajuda a revitalizar o ofício importantes para para o renascimento de uma vila de e a alimentar o crescimento ao nível mim. São a alma e artesãos inteira. mais básico. A noiva Sabyasachi o ADN da minha Na Índia, temos um extenso mercado tornou-se hoje um fenómeno que marca de “inspiração” no campo, por isso se é ainda maior do que a marca. É a eu fizer uma coleção Kanjeevaram celebração da roupa cultural. Tagore num ano, sei que iria começar a ser manufaturada disse uma vez – “Viajei à volta do mundo em também no mercado, ajudando ao renascimento do busca de beleza, apenas para a encontrar numa gota ofício. Trabalhámos muito no renascimento de Benares e de orvalho, uma folha de erva, mesmo junto começámos o processo há 10 anos. à nossa porta.” Sabyasachi Mukhejee é um dos estilistas líderes da moda indiana
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ANÁLISE
O poder da
escolha
O mais recente livro do antigo Chefe da Comissão Eleitoral, o Dr. SY Quraishi’s, intitulado Uma Maravilha Indocumentada: A Realização das Grandes Eleições Indianas debruça-se sobre o funcionamento de uma das instituições mais importantes das responsáveis pela manutenção da democracia na Índia texto | Paranjoy Guha Thakurta
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e há uma instituição da qual todos os indianos quase sempre se orgulham, é a Comissão Eleitoral. A burocracia em geral, e os agentes governamentais em particular foram frequentemente vilipendiados e acusados de serem indolentes, ineficazes, corruptos e pior. No entanto, os mesmos burocratas, mal passam os portais de Nirvachan Sadan, transformam-se em indivíduos independentes, responsáveis por eleições livres e justas na maior democracia do mundo. Esta Autoridade Constitucional tem-se tornado, ao longo dos anos, cada vez mais poderosa mesmo que - por admissão própria - ainda tenha um longo caminho a percorrer no sentido de limitar o uso do poder do dinheiro e outros procedimentos condenáveis durante as eleições. Semanas após a publicação deste livro (pela Rupa Publications), escrito pelo Dr. SY Quraishi, que foi Chefe da Comissão Eleitoral e membro da Comissão Eleitoral entre 2006 e 2012,
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Dr Quraishi durante o seu mandato como Chefe da Comissão Eleitoral da Índia
após ter-se juntado ao Serviço Administrativo Todos os interessados na mecânica das Indiano em 1971, as 16as Eleições Gerais operações eleitorais, no uso da tecnologia, foram concluídas, levando à na implementação do modelo do oitava mudança de regime no código de conduta, no papel dos Todos os país onde as Eleições Gerais são meios de informação durante interessados levadas a cabo desde 1951-52. as eleições e na educação dos na mecânica O livro, que é em parte uma eleitores - pela primeira vez, dois das operações compilação de memórias pessoais em cada três eleitores elegíveis eleitorais, no uso e em parte um registo sobre para votar nas eleições exerceram da tecnologia, o funcionamento de uma das o seu direito instituições mais importantes considerarão este livro entre outras para a preservação da educativo. Em relação coisas, irão democracia, procura responder ao que ainda precisa considerar este a questões frequentes sobre a de ser feito para tornar livro educativo e forma como um conjunto de a Índia a melhor, e interessante burocratas consegue conduzir não apenas a maior, com sucesso o maior exercício democracia do mundo, do género em qualquer parte do mundo com teremos que esperar pelo próximo relativamente poucos sobressaltos e falhas. livro do Dr. Quraishi.
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Add INDIAN DIPLOMACY O escritor é um jornalista independente e um educador com mais de 36 anos de experiência.
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HISTÓRIA
Uma narrativa de
sacrifício e luta
Quando a Índia celebra o seu 68º Dia da Independência, listamos cinco locais icónicos associados com o movimento de liberdade indiano, e o motivo pelo qual são famosos hoje em dia
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Kakori, Uttar Pradesh
A não perder Kakori (a 14 km da capital estatal Lucknow) é atualmente conhecida pelos seus deliciosos kebabs, zardozi (bordados) e mangas Dussheri.
O Assalto ao Comboio de Kakori ocorreu entre Kakori e Alamnagar, perto de Lucknow, em 9 de Agosto de 1925. Foi planeado por Ram Prasad Bismil e Ashfaqullah Khan, e executado por Chandrashekhar Azad juntamente com outros sete lutadores da liberdade, pois necessitavam de dinheiro para comprar armas para lutar contra os Britânicos e libertar a Índia do seu domínio. O comboio transportava dinheiro da Tesouraria do Governo Britânico na cabina dos guardas.
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HISTÓRIA
Port Blair, Ilhas Andamão e Nicobar
Além de servir como centro de detenção para os lutadores da liberdade indianos a milhares de quilómetros das suas casas, Port Blair era o quartelgeneral temporário do Exército Nacional Indiano, o Azad Hind Fauj, liderado por Netaji Subhas Chandra Bose. Na segunda metade do séc. XIX, a zona assistiu à construção da Prisão Celular.
Prisão Celular n
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A não perder Os turistas podem visitar as várias praias e ilhas e entregar-se ao snorkelling e à navegação ao mesmo tempo que se deliciam com petiscos Indianos, Continentais e Birmaneses. Port Blair é ainda uma importante base para a Marinha Indiana e para a Guarda Costeira Indiana.
Meerut, Uttar Pradesh
No dia 10 de maio de 1857, na cidade de acantonamento de Meerut, a 72 km de Deli, começou a primeira guerra da independência indiana. Os soldados indianos do exército Britânico, ofendidos, começaram a sua luta contra os poderes imperiais ao capturar a cidade. De seguida, marcharam até ao Forte Vermelho em Deli e capturaramno no dia seguinte. Portanto, a faísca que começou em Meerut espalhou-se por toda a Índia e tomou a forma de uma luta nacionalista pela independência.
A não perder Não perca o Parque Victoria, onde 85 soldados indianos foram feitos prisioneiros pelos Britânicos como castigo por se recusarem a usar cartuchos disputados, ou o Memorial aos Mártires dedicado aos mártires da primeira guerra da Independência Indiana. Tradicionalmente conhecida pela indústria da tecelagem manual e das tesouras, Meerut é famosa pelo gajak, uma sobremesa feita com sementes de sésamo em açúcar ou xarope de rapadura.
Memorial dos Mártires J U L HO -AG O S T O
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HISTÓRIA
Amritsar, Punjab
Foi a 13 de abril de 1919 que o Brigadeiro General Reginald Dyer ordenou que as suas tropas abrissem fogo contra protestantes não violentos e peregrinos Baisakhi que se tinham juntado em Jallianwala Bagh. Centenas foram mortos e milhares ficaram feridos num dos ataques mais brutais contra indianos indefesos. O local foi transformado num monumento para simbolizar o sacrifício de indianos inocentes. A cidade é também a casa de Harmandir Sahib, popularmente conhecido como o Templo Dourado, em Amritsar. Serve como centro espiritual e cultural para a comunidade Sikh na Índia.
A não perder Os visitantes podem ir aos Fortes de Faridkot ou Govind Garh. Ou deliciar-se com as famosas kulchas (pão fermentado) com channas (grão de bico cozido) de Amritsari. Também a não perder, uma visita à fronteira Wagah, a única estrada que atravessa a fronteira entre a Índia e o Paquistão.
Memorial em Jallianwala Bagh n
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Kesaria Stupa é um marco histórico
Champaran, Bihar
A não perder Visite uma das maiores estupas na India, a Kesariya Stupa, construída pelo Rei Ashoka e que remonta ao período entre 200 d.C. e 750 d.C.. Ou Lauria Nandangarh onde ficam 15 montes de estupas. Ou então vá até Bawangarhi para ver as ruínas de 52 fortes. Champaner é famosa pelas suas deliciosas sobremesas como kesaria peda, khaja, malpua, khurma, tilkut e thekua.
Mahatma Gandhi inspirou o primeiro movimento Satyagraha no distrito de Champaran em 1916. Milhares de servos sem terra, trabalhadores forçados e agricultores pobres foram obrigados a cultivar índigo e outras plantações lucrativas, em vez das culturas de alimentos necessárias para a sua sobrevivência. Para além disso, os agricultores recebiam uma compensação miserável. O cultivador de índigo Raj Kumar Shukla convenceu Mahatma Gandhi a ir a Champaran, o que deu início ao movimento Satyagraha após estabelecer um ashram. Finalmente, o movimento britânico cedeu e assinou um acordo que concedia mais controlo e melhor compensação sobre a agricultura.
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A Opinião
Indiana
Durante a sua estadia na África do Sul, Mohandas Karamchand Gandhi iniciou um jornal multilíngue com o objetivo de “defender” a causa indiana texto | Ramachandra Guha
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(Superior esquerdo e inferior esquerdo) sobrinhos de Mahatma Gandhi Chhaganlal e Maganlal (Direita) tenente principal de Gandhi, Thambi Naidoo, dirigindo-se a uma plateia perto de Durban durante a Satiagraha de 1913
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m 1897-98, quando estava sediado em do Sul. A tarefa de Vyavaharik era agora Natal, Gandhi tinha pensado em iniciar arrecadar dinheiro de comerciantes e adquirir um jornal focado na questão indiana na moldes de impressão nas quatro línguas que África do Sul. Agora, no verão de 1903, o semanário iria imprimir - Inglês, Gujarate, ele reativou a ideia e encontrou dois homens Hindi e Tâmil. O trabalho de Nazar era dispostos a ajudá-lo. O primeiro, planear cada edição, organizar Mansukhal Hiralal Nazar, era um artigos e traduções, editar a cópia, Mansukhlal gujarate viajado que tinha estudado e garantir que o jornal saía da linha Hiralal Nazar medicina em Bombaim e mantinha de impressão. Em Joanesburgo, um negócio em Londres antes de Gandhi providenciaria uma foi a primeira migrar para a África do Sul. O direção inteletual e moral, o que pessoa a ajudar segundo, Madanjit Vyavaharik, incluía que ele próprio escrevesse Gandhi a era um antigo professor que muitos artigos. reativar a ideia tinha uma gráfica na Grey Street Em 1903, havia catorze prensas do jornal na em Durban. A gráfica imprimia em Durban. Todas pertenciam e África do Sul em cartões de casamento, cartões de eram administradas por Brancos 1903 negócios, menus, formulários com a exceção da prensa dirigida de contabilidade, memorandos, por Vyavaharik. O jornal novo e circulares, livros de receitas e muito mais, em multilíngue destacava-se de entre um fundo Gujarate, Tâmil, Hindi, Urdu, Hebraico, Marata, monocromático de periódicos escritos, Sânscrito, Francês, Zulo &c. &c.’ A esta lista impressos e lidos só em inglês. A equipa era já extensa seria agora adicionado um jornal convenientemente diversificada – incluindo semanal de opinião. um Mestiço do Cabo, um homem de Maurícia, Os colaboradores de Gandhi estavam sediados vários Gujarates e pelo menos dois Tâmiles. em Durban, o centro da vida indiana na África O jornal era chamado Opinião Indiana.
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HISTÓRIA
No sentido do relógio a partir da esquerda: Pais de Gandhi Karamchand Gandhi e Putli Bai; a sua escola em Rajkot; (em baixo) vislumbres da casa de Gandhi em Porbandar
A primeira edição, surgindo a 4 de junho de Índia, e artigos gerais sobre “todos os assuntos 1903, anunciou-se como a voz da comunidade - Sociais, Morais e Inteletuais”. Iria “defender” a indiana, agora “um fator reconhecido no causa indiana, enquanto dava aos europeus ‘uma corpo da política” da África do ideia do pensamento e pretensão Sul. O “preconceito” contra eles indiana”. A faltar nesta declaração Cada edição do nas “mentes dos Colonos” estava dos objetivos do jornal estava Opinião Indiana baseado num “esquecimento infeliz qualquer menção à maior secção dos grandes serviços que a Índia da população da África do Sul - os tinha até oito sempre prestou ao País Mãe desde próprios africanos. páginas. A capa que a Providência trouxe o Hindu Cada edição do Opinião Indiana continha as leal sob a bandeira da Britânia”. Um tinha até oito páginas. A capa continha línguas em que artigo na mesma edição qualificou o título do jornal e as línguas em que era impressa esta lealdade, observando que era impresso. Seguiam-se uma série na África do Sul, ‘se um europeu de anúncios. Uma loja em Durban cometer um crime ou uma delinquência moral, é chamou a atenção para os seus ciclos Raleigh “do o indivíduo: se é um indiano, é a nação.” tipo rígido, rápido e confiável”; outra loja alertou Ao iniciar o Opinião Indiana, Gandhi estava os leitores para os seus stocks de “Jóias Orientais”. a posicionar-se como um intermediário e Comerciantes gerais nas cidades de Natal colocaram mediador. O jornal iria conter notícias sobre anúncios, tal como fizeram lojas especializadas que indianos na África do Sul, sobre indianos na vendiam cigarros e roupa. Outros anúncios eram
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No sentido do relógio a partir da esquerda: Opinião Indiana, um jornal fundado por Mahatma Gandhi; político Gopal Krishna Gokhale (esquerda) com filantropo Ratan Tata, Gandhi a vestir de branco de luto pela morte dos grevistas indianos mortos pelos disparos da polícia, conselheiro de Gandhi Pranjivan Mehta, comerciante de Durban Parsee Rustomjee
lançados pelo próprio jornal; estes pediam um As secções Inglesa e Gujarate do Opinião Indiana “bom rapaz de máquina”, “um compositor tâmil dependiam muito das contribuições de Gandhi de primeira classe” e alguém que lesse tanto hindi (muitas vezes impressas sem assinatura). Ele como inglês. escreveu notas breves e líderes numa Novas leis em Natal ou o variedade de tópicos. As declarações Transvaal que afetavam os de presidentes e governadores As secções inglesa indianos, notícias da Terra Mãe eram reproduzidas. Despachos e gujarate do sobre protestos, pragas e grandes governamentais e documentos eram Opinião Indiana patriotas - estes eram reproduzidos sumariados. Casos de assédio e dependiam muito no Opinião Indiana em todas as discriminação eram analisados. das contribuições línguas e impressos. Outros artigos Quanto a Gandhi, os seus escritos de Gandhi eram fabricados para comunidades para este período são muito fortemente individuais. A secção tâmil dominados pelas suas atividades continha festas observadas apenas públicas. De entre centenas de páginas no sul da Índia. Também se focava bastante mais de editoriais e relatórios para o Opinião Indiana, em escolas para raparigas, pois - nesta altura - os petições para oficiais e legisladores, notas jurídicas e Tâmiles estavam mais interessados em educar as cartas a simpatizantes no Reino Unido e na Índia, há suas mulheres do que os Gujarates. raros e breves vislumbres da sua vida pessoal. Extraído de Gandhi Before India (Gandhi Antes da Índia) de Ramachandra Guha (Allen Lane, uma impressão de Penguin Books)
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Quando
chove...
À medida que a monção espalha as suas asas sobre a Índia, nós selecionamos os melhores lugares para desfrutar da esplêndida beleza do aguaceiro texto | Kalyani Prasher
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e ama a natureza, se gosta de experienciar como a água pode mudar a paisagem de castanho para verde, se gosta da ideia de saborear uma chávena de chá quente no meio de uma floresta enquanto chove à sua volta... então nunca esquecerá umas férias na monção na Índia.
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Dibrugarh, Assam
Plantações de chá são uma vista agradável a qualquer altura do ano, mas imagine como o tapete verde se anima quando nuvens negras retumbam ruidosamente e uma cortina de chuva as envolve. A cidade, famosa por ser uma das maiores exportadoras de chá do país, é uma das mais cénicas durante a monção. Situada pelo poderoso Brahmaputra no este da Índia, a pequena cidade é incrivelmente verde - não só com as plantações de chá mas também com dois parques nacionais e uma floresta tropical. Pegue num guarda-chuva e inscreva-se numa visita a uma plantação de chá. Num dia chuvoso, sente-se no alpendre do seu bungalow na plantação de chá e observe a chuva enquanto desfruta do melhor de Assam na sua chávena.
O maior exportador de chá no país, Dibrugarh tem cénicas florestas tropicais e parques nacionais
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Vale das Flores, Uttarakhand
Sempre cheio de flores endémicas, flora rara e espécies de animais e de pássaros ameaçadas. O Parque Nacional do Vale das Flores é uma verdadeira delícia para os amantes da natureza. Para chegar ao parque, terá que caminhar 17 km desde Joshimath, acessível a partir de Dehradun ou de Haridwar, em Uttarakhand, por estrada. A caminhada do Vale das Flores leva-o por aldeias e campos de flores selvagens que incendeiam o ar com a sua fragrância. Sinta o cheiro das rosas selvagens enquanto caminha e aprecie a frescura da paisagem após as chuvas. A melhor altura para visitar é depois de agosto, quando o vale é um tumulto de cores.
Quase 300 variedades de plantas alpinas recebem-no durante a monção, fazendo uma vista espetacular n
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Koyna, Maharashtra
Exuberantes e maravilhosos na altura certa, os Gates Ocidentais podem suplantar as regiões mais bonitas do mundo durante a monção. Koyna é uma cidade menos conhecida, situada entre Chiplun e Karad. A Barragem de Koyna é uma visão pitoresca e a cidade está repleta de cascatas e massas de água assim como o Santuário de Vida Selvagem de Koyna, onde pode avistar o Tigre de Bengala e várias espécies de pássaros como o Irena Puella.
Como é relativamente menos conhecida, a cidade é serena e calma. Existem muitos resorts e albergues caseiros perto da Barragem de Koyna
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Goa
Se quiser evitar as enchentes na popular cidade turística de Goa, no Oeste da Índia, vá durante as chuvas. Não pode ir à praia ou fazer muito turismo mas um passeio por Goa durante as chuvas é a experiência mais agradável. Seja surpreendido pelas Cataratas de Dudhsagar no Rio Mandovi que constituem uma visão dramática. Ou então passe pelas exuberantes plantações ou pelo campo para momentos inesquecíveis.
Conduza através da exuberante plantação de especiarias ou simplesmente dê um passeio pela paisagem de Goa para apreciar a beleza das chuvas
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Coorg, Karnataka
O Sul da Índia é a região mais sortuda durante a monção pois a chuva visita-a primeiro, e deixa-a em último lugar. Um dos locais mais chuvosos na Índia, Coorg é bem conhecida pelas suas plantações de café e pelas exuberantes florestas verdes que são envolvidas pela aura mágica quando chove. Observe a neblina a chegar, cobrindo o verde com um grosso cobertor branco enquanto desfruta uma chávena fumegante de café filtrado. Visite o local onde começa o Rio Cauvery ou o Santuário de Vida Selvagem de Nagarhole. Com quedas de água, montanhas e cozinhas de fazer crescer água na boca, Coorg irá fazê-lo regressar repetidas vezes.
Conhecida pelas suas plantações de Café, Coorg tem montanhas pitorescas, quedas de água, arrozais e florestas J U L HO -AG O S T O
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Da fé e da
crença
Templos por todo o mundo reúnem devotos em grandes números, não só por motivos religiosos mas também pela pura beleza e magnificiência
Templo de Arul Mihu Navasakthi Vinayagar Mahe, Seychelles
O único templo Hindu nas Seychelles, o Templo Arul Mihu Navasakthi Vinayagar foi construído em 1992. Foi nomeado em nome do Senhor Vinayagar, o deus Hindu da segurança e da prosperidade. Ganesha é a divindade principal. Aqui encontram-se consagrados ídolos de Murugan, Nadarajah, Durga, Sreenivasa Perumal, Bhairawa e Chandekeswarar. A gopuram (torre na entrada do templo) do templo é arrebatadora, ricamente decorada com entalhes coloridos de deuses e deusas. São realizadas rezas para as várias divindades em ocasiões especiais. O Festival Taippoosam Kavadi começou nas Seychelles em 1993 e decorreu em primeiro lugar no pátio interior do templo. Agora é realizado no pátio exterior. Na procissão também é levada uma carruagem ricamente decorada. O festival é tão popular que o Governo das Seychelles declarou o dia feriado para os Hindus a partir de 1998.
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Templo de Swaminarayan Leicester, RU
Uma antiga fábrica de ganga foi transformada neste imenso templo de mármore branco fundado pela diáspora indiana em Leicester. Tem trabalhos em pedra feitos à mão por artesãos em Gujarat, que foram depois transportados e montados em Leicester em 2011. O projeto demorou quase três anos para completar. Motivos religiosos e culturais, incluindo esculturas de pavões e de flores de lótus, abundam neste templo, simbolizando a paz e a beleza. Há três
torres ‘shikhar (em representação dos picos dos Himalaias) com pináculos pintados a ouro que se estendem a partir do telhado. Um impressionante friso com 15m de Swaminarayan, a quem este templo é dedicado, encontra-se no átrio. Dispositivos de iluminação de baixa voltagem e interruptores com sensores de movimento, para poupar energia, fazem do templo uma estrutura “responsável”. De fato, foi-lhe atribuído o prémio “Good Lighting” (Boa Iluminação) pela British Astronomical Association devido à sua iluminação noturna eficiente e amiga do céu.
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Templo de Dhakeshwari Dhaka, Bangladesh
Localizado na cidade capital de Dhaka, o Templo de Dhakeshwari recebeu o estatuto de Templo Nacional do Bangladesh. O templo foi construído no séc. XII por Ballal Sen, o rei da dinastia Sena. Também é dito que a cidade foi nomeada em honra deste templo, pois Dhakeshwari também significa a deusa de Dhaka. O templo sofreu reparações, renovações e reconstruções nos seus largos anos de existência e hoje em dia é considerado parte essencial da herança cultural do país. Todos os anos, em outubro, o templo organiza a cerimónia anual de culto à Deusa Durga, o maior festival Hindu de Bengala. Durga Puja dentro das instalações do templo
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Templo de Shri Kali Yangon, Myanmar
Pode dizer-se que o templo de Shri Kali em Myanmar é uma colagem dinâmica de uma míriade de cores e aromas agradáveis. Localizado na província de Yangon, o templo foi construído pelos migrantes Tâmiles quando Myanmar fazia parte da Índia Britânica. Dedicado à Deusa Kali,
o templo é famoso pela sua arquitetura que se encontra coberta, do topo ao solo, com centenas de representações de deuses Hindus. Kali é a misteriosa e poderosa deusa da transformação, representando a plenitude da vida. Cada dia é uma celebração, com aartis (rituais) e oferendas. Durante a altura festiva, o templo é alteado, proporcionando uma bonita vista.
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INICIATIVA
Mulheres-soldado pela paz
curam o mundo
A compaixão é agora o novo núcleo das missões de manutenção da paz e as mulheres indianas estão a mostrar que são cruciais texto | Sumantha Rathore
Agentes da Unidade da Polícia Formada do contingente indiano da Missão das Nações Unidas na Libéria (UNMIL) participam num desfile de medalhas em honra do seu serviço n
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Agentes femininos na Libéria
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s missões de manutenção da paz das Nações Unidas estão a testemunhar um aumento de participação por parte de mulheres indianas. Em regiões como a Libéria, onde a violência contra as mulheres está descontrolada, as forças de mulheres indianas desempenharam um papel crucial no sentido de dar poder às mulheres para serem capazes de assumir e registar as suas queixas. De fato, a primeira Unidade da Polícia Formada (Formed Police Unit - FPU) totalmente feminina, que foi destacada na Libéria em 2007, era da Índia. Foi aplaudida por trazer uma substancial diferença para a vida das mulheres e das crianças que estavam a ser atormentadas durante a guerra civil do país. Não foi apenas segurança que as agentes indianas apresentaram às mulheres da Libéria, também convenceram as mulheres a reunir coragem para juntar forças. A missão das NU na Libéria realçou que, após o destacamento das mulheres-soldado pela paz indianas na região, a percentagem de mulheres na polícia nacional subiu de 13 por cento em 2008 para 15 por cento em 2009. A sua presença também encorajou as mulheres da Libéria a enfrentar as atrocidades que lhes estavam
a ser infligidas e a denunciar os casos de violência sexual. Mais de 100 agentes femininas e cerca de 20 masculinos tinham ido para a Libéria em 2007 para reforçar a lei e para manter a paz num país devastado por guerras civis. De noite impediam crimes de rua e durante o dia guardavam as cidades e, uma vez de volta às casernas militares, contavam histórias às suas crianças por videoconferência. Ao contrário dos seus colegas masculinos, que eram vistos mais como uma ameaça pelos agressores e pelas vítimas, as forças de manutenção da paz femininas transmitem uma sensação de segurança às mulheres e às crianças nas áreas atingidas pela guerra em todo o mundo. Até os agitadores pensam duas vezes antes de atacar uma tropa liderada por mulheres, reduzindo dessa forma o risco de conflito e confrontos. Existem, neste momento, 16 missões de manutenção da paz por todo o mundo com forças femininas. Em 1993, apenas 1 por cento dos soldados da paz eram mulheres. Em 2012, o número subiu para 3 por cento, com quase 40,000 mulheres a lutar pela paz. Até ao final do ano, as NU prevêem que 20 por cento das forças policiais sejam constituídas por mulheres. O amor e o cuidado podem, verdadeiramente, curar o mundo.
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‘Agora as outras equipas
têm medo de nós’
Com 20 anos de idade, Deepika Kumari colocou a Índia no mapa mundial do tiro com arco texto | Garima Verma
O
s arqueiros Limba Ram e Dola o resultado de um torneio. Gosto de viver no Banerjee colocaram a Índia no presente e pensar num torneio de cada vez. Não mapa do desporto mundial há uns fiz uma lista do que quero alcançar. A minha anos, mas as expectativas não eram única preocupação é estar ao meu melhor nível sustentáveis. Apenas com a chegada de uma todos os dias,” afirma a atual número dois tímida rapariga de Jharkhand a Índia começou mundial da categoria de arco recurvo. a almejar distinções mais elevadas. Deepika Kumari marcou a sua Dedicação e Deepika sabe que presença no palco internacional trabalho árduo muito depende ao tornar-se campeã mundial de A sua treinadora, Purnima Mahato dela cada vez que juniores em 2009. Atualmente, diz que é esta “moral e confiança” aos 20 anos, atingiu o topo do que diferenciam Deepika. “Apenas sobe ao campo ranking mundial, contribuiu temos que apontar um erro uma mas é inteligente para o registo da Índia nos Jogos vez e a Deepika não descansa até o ao ponto de não da Commonwealth com duas ultrapassar,” diz ela. deixar que isso a medalhas de ouro, venceu as etapas Foi a dedicação de Deepika que afete do campeonato do mundo quatro tornou a Índia um concorrente de vezes, alcançou a medalha de prata valor. E ela admite com orgulho que na final do mundial e é uma vencedora do “agora as outras equipas têm medo de nós”. prémio Arjuna. Deepika sabe que muito depende dela cada Deepika concorda que alcançou muito em vez que sobe ao campo mas é inteligente ao “muito pouco tempo. Mas ainda há muito para ponto de não deixar que isso a afete. “Apenas fazer no futuro,” diz ela. Mas não definiu metas posso treinar no duro e dar sempre 100 por para si própria. “Nunca sabemos qual vai ser cento,” diz ela.
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CONVERSAÇÃO
No sentido dos ponteiros do relógio, a contar da esquerda: Na Academia de Tiro com Arco Tata; a receber o Prémio Arjuna em 2012 e durante uma sessão de treino.
Futuro brilhante
Em 2014, Deepika vai tentar defender a sua medalha de ouro nos Jogos da Commonwealth em Glasgow (23 de julho a 3 de agosto) e procurar melhorar o bronze dos Jogos Asiáticos de 2010 quando enfrentar as Coreanas no seu próprio território nos Jogos Asiáticos (9 de setembro a 4 de outubro). “Muitas equipas asiáticas estão muito fortes. As Coreanas terão, naturalmente, uma vantagem. Mas sei que estaremos prontas,” diz uma confiante Deepika. Deepika marcou a “Temos vencido muitos equipas sua presença no palco de topo nos últimos dois anos. internacional ao tornarEm resultado, as pessoas estão a começar a reconhecer o tiro se campeã mundial com arco na Índia. As instalações de juniores em 2009 e as infraestruturas também Atualmente, atingiu o topo melhoraram. A partir daqui só dos rankings mundiais podemos olhar em frente.”
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