ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA ESCARPA DEVONIANA Paulo Roberto CASTELLA
CARACTERIZAÇÃO FITOGEOGRÁFICA DO ESTADO DO PARANÁ
FRAGMENTAÇÃO DE ECOSSISTEMAS DO PARANÁ
98,32%
Fragmentação de Ecossistemas no Paraná 1930
64,12%
Fragmentação de Ecossistemas no Paraná 1965
23,92%
Fragmentação de Ecossistemas no Paraná 1990
7,59%
Situação Atual da Floresta 2005
3,40%
LEVANTAMENTOS SOBRE REMANECENTES FLORESTAIS - PARANÁ
ANO
FONTE
ÁREA RF ha
% RF
2000
SEMA/ ATLAS
4.517.886
24,8
2.506.485
-
3.877.230
19,89
Estágio inicial + médio + avançado -FOM = 30,22 de RVN 0,8 Est. Avançado R BIOMA MA no Paraná
ITCG - PR CIDADE ACCIOLY, UFPR
5.172.696,70
24,37
Estágio médio + avançado
3.700.056,05
18,51
( metodologia UFAs)
2013/2014 SOS MA + INPE
2.303.894,00
11,70
Remanescentes Maiores que 3 ha - Mapa área Lei MA - com UCs (98% do PR)
2.898.122,06
19,91*
* referente a 14.495.958,27 ha Dados declarados , sem analise somente imóveis rurais.
2001
FUPEF / PROBIO
2007 2005/2006 2013
2016
CAR
Fonte:Diretoria de Restauração e Monitoramento Florestal – DIREF
Observações
REM. FLORESTAL 11,70 %
Diretoria de Restauração e Monitoramento Florestal
REMANESCENTES FLORESTAIS POR REGIÃO FITOECOLÓGICA: Fonte : IAP/GEO - Base INPE 2013/14 % TIPOLOGIA
Remanescente
Abs.
Rel.
(ha)
(%)
(%)
ÁREA ORIGINAL
9.132.891,84
45,7
684.110,52
27,82
7,49
7.710.963,25
38,58
959.139,98
39,01
12,44
Floresta Ombrófila Densa
1.101.477,51
5,51
614.603,34
25
55,8
Estepe
1.971.343,23
9,86
197.105,28
8,02
10
Savana
68.532,98
0,34
2.775,04
0,11
4,05
TOTAL
19.985.208,81
100
2.457.734,16
100
Flor. Estacional Semidecidual Floresta Ombrófila Mista
REMANESCENTE FLORESTAIS - POR REGIÃO FITOECOLÓGICA: Base 2013/14 - INPE + REGIOES FITOECOLOGICAS
FE SEMIDECIDUAL 7,49 %
CAMPO ?
CERRADO 4,05 %
F O DENSA 55,8 % F O MISTA 12,44 % Diretoria de Restauração e Monitoramento Florestal
Atualização do Mapa das Áreas Estratégicas 2016 MODALIDADE
ÁREA ha
% do PR
Conservação
2.380.066,50
11,95%
Restauração
6.351.075,80
31,88%
A ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL equivale aos Parques Regionais Naturais da França Os agricultores se beneficiam ao associar a sua produção com a conservação da região O turismo explora, de forma intensa, a cultura local e paisagem
Área de 392.363,40 hectares “assegurar a proteção do limite natural entre o Primeiro e o Segundo Planaltos Paranaenses, inclusive faixa de Campos Gerais, que se constituem em ecossistema peculiar, alternando capões da floresta com Araucária, matas de galerias e afloramentos rochosos, além de locais de beleza cênica: canyons e vestígios arqueológicos e pré-históricos.” É uma formação característica do Paraná, formada no período devoniano há 400 milhões de anos. abrangência estão inseridas onze Unidades de Conservação, sendo cinco Parques Estaduais: Vila Velha, Cerrado, Monge, Vale do Covó e Guartelá, cinco Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN e o Parque Nacional dos Campos Gerais presença significativa de córregos e rios, contribuindo com as formações das principais bacias hidrográficas paranaense. A formação furnas tem importância fundamental no ciclo da água.
ALGUMAS FORMAÇÕES GEOLÓGICA SIGNIFICATIVA A Cidade de Pedra, Vila Velha, é o monumento geológico que a natureza esculpiu ao longo de milhares de anos. A Lagoa Dourada, assim chamada por ser o seu fundo revestido de material micáceo que, com o reflexo do sol, faz as águas apresentarem uma coloração dourada. As Furnas em Vila Velha, também conhecidas como caldeirões do inferno, são bocas circulares de grande diâmetro e que aparecem isoladas nos campos e suas paredes verticais atingem uma profundidade mais de 100 metros. O Canon do Guartelá, com presença significativa de sítios arqueológicos já identificados, um imenso potencial preditivo para a existência de recursos ainda não descobertos e a necessidade de proteção dos bens patrimoniais, remete à relevância ímpar a região. Buraco do Padre é uma furna que apresenta em seu interior uma imponente cascata de 30 m formada pelo rio Quebra Perna, uma espécie de anfiteatro subterrâneo. Esta ligada à história dos Padres Jesuítas que lá meditavam. A existência de fontes hidrotermais sulfurosas, exploradas numa proporção pequena diante do potencial hidrogeológico existente. Abriga 108 sítios naturais, arqueológicos e históricos.
Vale do Jaguaricatu
APA ESCARPA
Area (ha)
%UC
ICMS UC 2015
ICMS Eco/ICMS Municipio2016
ICMS 2016
ICMS2016atéJun
Projeção 2016 total Municipal
fator uc
Projeção APA 2016
Balsa Nova
22.886
91,89
726.145,57
10,12
732.803,22
1.465.606,44
0,9189
1.346.745,76
Campo Largo
8962,8
19,54
79.042,89
1,88
408.670,52
817.341,04
0,1954
159.708,44
Carambeí
21957
99,79
367.537,04
2,59
341.539,40
683.078,80
0,9979
681.644,33
Castro
15359
55,34
67.417,67
0,47
112.963,02
225.926,04
0,5534
125.027,47
Jaguariaiva
79.336
93,66
591.789,28
5,38
585.872,49
1.171.744,98
0,9366
1.097.456,35
Lapa
22.822
86,44
119.287,77
0,99
127.972,67
255.945,34
0,8644
221.239,15
Palmeira
13.198,00
43,3
94.257,69
2,01
201.840,24
403.680,48
0,4330
174.793,65
Piraí do Sul
61.388,00
98,54
463.775,16
5,17
436.414,73
872.829,46
0,9854
860.086,15
42.884
56,27
237.087,44
0,68
390.679,23
781.358,46
0,5627
439.670,41
2.308
100
133.641,15
11,54
123.922,93
247.845,86
1,0000
247.845,86
32.555,70
91,72
250.015,57
5,79
249.759,41
499.518,82
0,9172
458.158,66
59.770
57,3
219.907,97
3,55
355.846,51
711.693,02
0,5730
407.800,10
8.136.568,74
0,7448
6.220.176,33
Ponta Grossa Porto Amazonas Sengés Tibagi
3.349.905,20
ICMS 2014 Balsa Nova
fator UC
ICMS UC 2014
ICMS UC 2015
Redução 2014-2015
%de redução
1.193.695,96
0,9189
1.096.887,22
726.145,57
370.741,65
31,05829793
Campo Largo
611.105,74
0,1954
119.410,06
79.042,89
40.367,17
6,605595227
Carambeí
552.573,87
0,9979
551.413,46
367.537,04
183.876,42
33,27635179
Castro
184.010,51
0,5534
101.831,42
67.417,67
34.413,75
18,7020547
Jaguariaiva
954.353,92
0,9366
893.847,88
591.789,28
302.058,60
31,6505853
Lapa
205.439,85
0,8644
177.582,21
119.287,77
58.294,44
28,37542782
Palmeira
328.786,60
0,4330
142.364,60
94.257,69
48.106,91
14,63165099
Piraí do Sul
710.895,49
0,9854
700.516,42
463.775,16
236.741,26
33,30183679
Ponta Grossa
636.394,88
0,5627
358.099,40
237.087,44
121.011,96
19,01523139
Porto Amazonas
201.863,60
1,0000
201.863,60
133.641,15
68.222,45
33,79631097
Sengés 2014
406.844,27
0,9172
373.157,56
250.015,57
123.142,00
498.639,39
0,5730
285.720,37
219.907,97
65.812,40
13,19839583
6.484.604,08
0,7448
5.002.694,20
3.349.905,20
1.652.789,00
25,48789374
Tibagi 2014
O estado do Paraná tem 1.205.632,09 ha de áreas protegidas estadual (IAP, 2012), considerando a redução de 266.468,41ha é observado um significativo decréscimo de 22%, com perda de proteção de importantes ambientes naturais. Resulta passarmos a 939.163,68ha. Sugere-se: •A realização de audiências públicas para apresentação da proposta de redução aos municípios afetados pela perda de ICMS ecológico; •A realização de um novo estudo para re-avaliação dos limites da escarpa devoniana considerando dentro do perímetro da escarpa devoniana as Unidades de Conservação Estaduais, Federal e privadas existentes, suas zonas de amortecimento e fragmentos naturais que possam compor corredores ecológicos possibilitando a diminuição do impacto sobre a fauna e flora; •Incluir os sítios históricos e culturais e áreas de interesse turístico viando possibilitar o menor impacto econômico sobre os municípios atingidos, uma vez que haverá perdas com o ICMS ecológico; •Sejam consideradas dentro do perímetro da escarpa devoniana as áreas de manancial e recarga hídrica das bacias que serão afetadas; •Que os empreendimentos já existentes ou a serem instalados nas áreas que faziam parte da escarpa devoniana devam contribuir com programas de incentivos econômicos ambientais que visem a proteção e manutenção das áreas naturais existentes na região.
Não somos culpado pelo mundo que encontramos ao nascer. Mas precisamos, na medida das possibilidades, fazer alguma coisa pelo mundo que esta sendo construído (ou destruído). E que será herdado aos que hã de vir (Gilberto Cottim)