Anuário informativo 2014 issu

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ANUÁRIO 2014 • INFORMATIVO DOS PORTOS

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um ano de mudanças Cada vez mais procurando ampliar a sua participação no mercado global, o Brasil se volta finalmente para o setor que, depois de tão negligenciado, passa por reformas profundas: os portos. Com um novo marco regulatório em vigor, toda a cadeia produtiva do segmento discute os próximos passos a serem dados. Há, ainda, uma dúvida sobre a eficácia dos rumos escolhidos, mas algo certo e indiscutível é que nunca se falou tanto no cenário portuário e tudo o que impacta a atividade. Temas como logística, investimentos em infraestrutura, entre outros correlatos, estão na ordem do dia. O reflexo disso está nesta edição do Anuário Informativo dos Portos, que traz um panorama geral do que governos, complexos públicos e privados, empresas de logística, importadores e exportadores estão planejando e colocando em prática para desenvolver o setor no país, de acordo com as novas regras. A publicação aborda, ainda, os obstáculos e avanços em setores que alavancam e são alavancados pela atividade portuária como os transportes de cargas rodoviário, ferroviário e aeroviário.

ANUÁRIO 2014 INFORMATIVO DOS PORTOS Publicação: Perfil Editora Diretora geral: Elisabete Coutinho Diretora administrativa: Luciana Coutinho Jornalista responsável: Érica Amores MTB 34.455 Reportagem: Alessandro Padin, Júlia Teodoro

E mais: a publicação oferece subsídios para ampliar o debate sobre perguntas que ainda buscam respostas. De que forma o país pode resolver o impasse logístico que se instalou? Como ficará o cenário após as novas concessões e licitações? Como ampliar, enfim, consolidar o papel de protagonista do Brasil nas relações comerciais internacionais? As respostas são variadas, mas há uma certeza: O desenvolvimento e crescimento do país passam pelos portos. Boa leitura!

e Luciana Zonta. Projeto gráfico e diagramação: Solange González Bock Perfil Editora Rua Samuel Heusi, 463, sala 205 Ed. The Office, Centro - Itajaí/SC Fone: +55 47 3348.9998 comercial@informativodosportos.com.br www.informativodosportos.com.br

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista.

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entrevista | receita federal

Receita Federal consolida presença em estados do Sul A consolidação do Mapa Estratégico da Receita Federal do Brasil (RFB), vigente para o período de 2012 a 2015, é uma das grandes metas do órgão, afirma o superintendente da 9ª Região Fiscal da RFB, Luis Bernardi. Para o ano de 2014, segundo ele, as diretrizes aduaneiras estabelecem medidas de combate à fraude no curso do despacho, aumento da integração e da comunicação entre as unidades, bem com a ampliação da presença fiscal fundamentadas em uma criteriosa e permanente análise de risco. Nesta entrevista ao Anuário Informativo dos Portos 2014, Bernardi fala sobre este tema e os avanços obtidos nos estados sob sua responsabilidade, Paraná e Santa Catarina:

No início da sua administração, algumas diretrizes foram formalizadas para consolidar a presença na administração tributária e aduaneira e a presença fiscal. Quais foram os principais avanços obtidos neste período? Luiz Bernardi: Ocorreram muitos avanços. Atualmente as diretrizes essenciais da Receita Federal fazem parte de seu planejamento estratégico, que vem evoluindo e se consolidando ao longo dos anos. O novo Mapa Estratégico da Receita Federal, vigente para o período de 2012 a 2015, foi construído utilizando-se a técnica Balanced Scorecard (BSC). Foram estabelecidas as estratégias da organização e identificados os principais desafios de modo a facilitar o encaminhamento das decisões gerenciais. O mapa estratégico, disponível na página da internet da Receita Federal, aponta, entre outros, os seguintes objetivos estratégicos: reduzir litígios tributários e aduaneiros, aumentar a efetividade e segurança dos processos aduaneiros, elevar a percepção de risco e a presença fiscal e reduzir o tempo entre o vencimento do tributo e seu recolhimento, aproximar a arrecadação efetiva da potencial e elevar o cumprimento espontâneo das obrigações tributárias e aduaneiras. A 9ª Região Fiscal, alinhada com os objetivos estratégicos da RFB, como a revista bem lembrou, possui um conjunto de diretrizes firmadas desde 2001. Anualmente as diretrizes regionais focadas em cada uma das áreas de atuação são reavaliadas com os dirigentes. Para o ano de 2014 as diretrizes aduaneiras da 9ª Região Fiscal estabelecem medidas de combate à fraude no curso do despacho, aumento da integração e da comunicação entre as unidades, bem com a ampliação da presença fiscal

fundamentadas em uma criteriosa e permanente análise de risco.

O setor portuário no País passa por um momento de crescimento, em virtude do aumento da demanda nas importações e exportações, principalmente de mercados como o chinês. Como tem sido o trabalho da Receita Federal/Aduana neste processo? Luiz Bernardi: O controle exercido pela Receita Federal nos portos, aeroportos e pontos de fronteira não para. A cada instante entram e saem mercadorias de nosso país, através destes pontos alfandegados, sempre sob controle aduaneiro. Atualmente contamos com mais de 60 recintos alfandegados. Evidentemente o privilégio de contar com uma estrutura aduaneira de tamanha envergadura permite a alavancagem do comércio internacional, o crescimento da economia regional e consequentemente a arrecadação e a carga de trabalho relativa às atividades desempenhadas pela Região Fiscal, tanto na área aduaneira em sentido estrito, como na área de tributos internos. Afinal de contas as mercadorias importadas são revendidas ou utilizadas em processos fabris e, ao final, geram receita, renda, enfim, geram tributos que são cobrados e administrados pela Receita Federal.

A Receita Federal é fundamental para evitar o contrabando, que afeta principalmente o segmento industrial brasileiro. Quais os avanços da 9 ª Região em relação a isso? Luiz Bernardi: Desde o início de nossa gestão em 2001 uma das diretrizes tem sido dar ao contribuinte o tratamento de contribuinte e ao infrator o tratamento da Lei. E é isso que temos feito. Relembramos, por exemplo, que no passado era comum vivenciarmos na, região de Foz do Iguaçu, situações como a do chamado “comboio”, que era um grupo de mais de 400 ônibus carregados de contrabando saindo enfileirado e que, pelo seu porte, conseguia enfrentar todas as instituições. Com bastante trabalho e união das forças públicas conseguimos debelar até o fim essa afronta ao Estado brasileiro. Atualmente não há mais comboios de ônibus saindo de Foz do Iguaçu e a cidade, que já foi berço do contrabando e descaminho, está mudando o seu perfil e se tornando um centro efetivamente turístico. Um outro


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avanço foi a construção da nova Aduana em Foz do Iguaçu. Com a nova estrutura aduaneira na Ponte Internacional da Amizade, inaugurada em 2006, não há mais enfrentamentos entre a RFB, juntamente com a Polícia, e os chamados sacoleiros. Para se ter uma ideia dos números, em 2000 foram apreendidos aproximadamente 39 milhões de dólares em mercadorias e veículos em toda a Região Fiscal e em 2013 as apreensões atingiram o montante de 223,5 milhões, ou seja, um crescimento de 473% quando comparado aos resultados de 2000.

Como foi o desempenho da 9ª Região em 2013 no que diz respeito à apreensão de mercadorias objeto de importações irregulares? Luiz Bernardi: De janeiro a dezembro de 2013 foram realizadas 1.408 operações de repressão ao contrabando e descaminho na 9ª Região Fiscal, ou seja, 8,30% acima da meta regional anual de 1.300 operações e 10,5% acima da quantidade de operações realizadas em 2012 que foi de 1.274 operações. É importante lembrar que 73,7% destas operações, ou seja, 1.038 operações, ocorreram em Zona de Vigilância Aduaneira, nas unidades de Foz do Iguaçu (946), Guaíra (24), Cascavel (42), Santo Antônio do Sudoeste (5) e Dionísio Cerqueira (21). No ano de 2013 foram efetuadas apreensões correspondentes, em valores contábeis, a US$ 223,5 milhões ou a US$ 679 milhões em valores de mercado. O valor das apreensões é inferior ao do ano de 2012 em 29%, sendo uma das razões para esta queda, ter havido apreensões atípicas no ano anterior. Também no ano de 2013 foram apreendidos 3.243 automóveis, 483 camionetes, 241 caminhões, 49 motocicletas, 179 ônibus e 65 outros (embarcações, carretas, etc), totalizando 4.260 veículos apreendidos contra 3.883 apurados no ano anterior, portanto verifica-se um incremento de 9,7 % nas apreensões de veículos. O recorde da 9ªRF em termos de apreensões de veículos ocorreu no ano de 2011, quando foram apreendidos 4.838 veículos. Foram efetuadas 994 prisões (por todas as instituições) por contrabando e descaminho, contra 884 no ano de 2012, portanto uma variação de 12,44%.

Luis Bernardi, superintendente da 9ª Região Fiscal da RFB

foto: divulgação

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Dentre as mercadorias apreendidas destacam-se os artigos de informática, brinquedos, eletrônicos, cigarros, mídias para gravação, óculos, pneus, vestuário, celulares e videogames. As principais substâncias entorpecentes e drogas afins apreendidas neste ano foram 27 kg de cocaína, 29 kg de crack, 4,9 toneladas de maconha e 3.861 frascos de lança-perfume, destacando-se também grandes apreensões de medicamentos. Em relação ao combate ao narcotráfico é importante destacar na 9ªRF a atuação do Centro de Cães de Faro de Foz do Iguaçu (CCF/Foz) e de Curitiba (CCF/Curitiba) que juntos colaboraram para apreensões de mais de 500 kg de entorpecentes. Cumpre-nos destacar o indispensável apoio das demais Regiões Fiscais, da Coordenação de Fiscalização e Repressão Aduaneira (Cofir) e da Divisão de Operações Aéreas da Receita Federal do Brasil (Dioar) na consecução dos objetivos da área de Vigilância e Repressão ao Contrabando da 9ª Região, bem assim a costumeira colaboração das instituições parceiras como a Polícia Federal, Força Nacional de Segurança, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e Polícia Civil.

Os prejuízos provocados pelo contrabando, o descaminho e a pirataria chegam a R$ 100 bilhões por ano no Brasil. O que precisa ser feito para aperfeiçoar ainda mais a infraestrutura nas regiões aduaneiras no Brasil? Luiz Bernardi: A RFB possui objetivos estratégicos bem definidos nesta área: adequar a infraestrutura física e tecnológica às necessidades institucionais, adequar o quadro de pessoal às necessidades institucionais e assegurar recursos e otimizar sua aplicação. São objetivos ligados à necessi-


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entrevista | receita federal

dade de recursos para uma instituição que tem o tamanho do Brasil e que, portanto não pode, em hipótese alguma, falhar em sua missão. Nossa missão institucional é exercer a administração tributária e aduaneira com justiça fiscal e respeito ao cidadão, em benefício da sociedade. A razão de ser de nossa instituição, o destinatário final dos nossos serviços, é a sociedade brasileira. Esse é e sempre deverá ser o nosso foco. Quando tratamos da infraestrutura devemos ter isso em mente, ou seja, prestar o melhor serviço ao cidadão e, ao mesmo tempo, reprimir com rigor as irregularidades. A 9ª Região Fiscal tem buscado soluções para aperfeiçoar sua atuação, tais como a implantação dos Centros de Atendimento ao Contribuinte nos mesmos moldes dos centros de atendimento relativos a tributos internos, implantados em Itajaí/SC e Paranaguá/PR; e a estruturação de um modelo de repressão ao contrabando e descaminho pautado no fortalecimento das relações institucionais e na atuação firme e focada de nossa equipe. A inclusão da Receita Federal no Plano Nacional de Fronteiras é uma sinalização do governo de que a infraestrutura aduaneira não será esquecida e certamente receberá melhorias, como vem recebendo ao longo dos anos. Nesse sentido destaco que os resultados atuais da Receita Federal na região fronteiriça devem-se também, em grande medida, à atuação dos helicópteros da RFB, através da Divisão de Operações Aéreas (Dioar) hoje instalados em Curitiba. Esperamos e acreditamos melhorar ainda mais.

A redução dos tributos é defendida pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) como alternativa importante no combate ao contrabando e ao descaminho no país. O que o senhor pensa a respeito? Luiz Bernardi: Regimentalmente a Superintendência tem como competência o gerenciamento dos processos de trabalho, inerentes às atividades de competência da Receita Federal no âmbito da região fiscal; a proposição de metas e avaliação das atividades das demais unidades subordinadas; a avaliação e execução dos processos de trabalho e a proposição de melhorias e inovação; o gerenciamento dos projetos de interesse institucional; e o cuidado com o processo de comunicação visando preservar e fortalecer a imagem institucional. É nesse sentido, fazendo cumprir as disposições regimentais, que focalizamos o nosso trabalho. Os estudos econômicos visando redução ou o aumento da tributação são de competência de outras áreas da instituição.


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ENTREVISTA | ANAC

O diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, é otimista. Ele acredita que, com investimentos privados, a infraestrutura aeroportuária no País vai aumentar a participação do modal aéreo na matriz logística do país. “A concessão dos aeroportos de Galeão e Confins foi muito bem sucedida, atraindo investidores de grande porte e operadores aeroportuários que atuam nos maiores aeroportos do mundo”, ressalta. Nesta entrevista ao Anuário dos Portos 2014, Guaranys faz um balanço do setor:

O modal aéreo ainda representa menos de 1% da matriz logística do país. É possível ampliar este índice? Como? Marcelo Guaranys: A expansão do transporte aéreo nos últimos anos, impulsionado, sobretudo, pelo crescimento da economia brasileira, despertou a necessidade de ampliação e de melhoria da capacidade aeroportuária do país. Para isso, o governo tem atuado em duas frentes: na concessão de aeroportos à iniciativa privada e na aplicação de recursos públicos outros aeroportos, como os da Rede Infraero. Com investimentos privados, um cronograma de obras públicas nos aeroportos remanescentes e o programa de aviação regional, que vai ampliar e modernizar aeroportos de menor porte, mas localizados em pontos importantes e estratégicos, estamos construindo bases para um novo ciclo de expansão do transporte aéreo. Acreditamos que o crescimento da economia, com aumento do poder de compra, e a melhoria da infraestrutura aeroportuária têm contribuído para que o transporte aéreo seja cada vez mais significativo na matriz logística do país.

Qual o balanço que a Anac faz da concessão dos aero-

mARCELO GUARANYS, DIRETOR-PRESIDENTE DA ANAC

foto: Antônio Cruz / Ag Brasil

Otimismo nos setor aeroviário

portos de Galeão e Confins? Marcelo Guaranys: A concessão dos aeroportos de Galeão e Confins foi muito bem sucedida, atraindo investidores de grande porte e operadores aeroportuários que atuam nos maiores aeroportos do mundo. Alcançamos ágios elevados, recursos esses destinados ao Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) para estímulo ao setor. A alta aposta desses consórcios e o grande interesse despertado pelo negócio, diante de um cenário internacional econômico adverso, observado no leilão, tanto nessa rodada de concessão quanto nas duas anteriores (São Gonçalo do Amarante, Guarulhos, Viracopos e Brasília), demonstra que o transporte aéreo no país tem perspectivas muito promissoras para as próximas décadas.

O governo federal ainda não conseguiu tirar do papel o investimento de R$ 7,3 bilhões para modernização e melhoria de 270 aeroportos regionais. Como a Anac está acompanhando este processo? Marcelo Guaranys: O programa de aviação regional é de competência da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC-PR). Quando realizadas as obras de modernização e de melhorias nesses aeroportos, caberá à Anac homologá-las e aprová-las de acordo com as normas de aviação civil. Essa atribuição já é desempenhada pela Anac no exercício de suas competências.


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ENTREVISTA | CNT

“O transporte rodoviário carrega o país nas costas” Enquanto o governo federal não acelerar a participação da iniciativa privada na matriz modal logística do País, o ritmo de crescimento será lento. Isto é o que pensa o diretor executivo da Confederação Nacional de Transporte (CNT), Bruno Batista. “Além da dificuldade gerencial, é consenso que (o governo) tem dificuldade de fazer os recursos saírem dos cofres e se transformarem em obras. Não há agilidade”, afirma. Nesta entrevista ao Anuário dos Portos 2014, Batista fala sobre este tema e outros, como as críticas injustas que o transporte rodoviário sofre por conta dos gargalos nos portos:

Qual o reflexo disso no transporte rodoviário de cargas? Bruno Batista: Os reflexos positivos serão percebidos a médio prazo, nos próximos cinco anos. O Programa de Investimentos em Logística (PIL), lançado em agosto de 2012, sofreu atrasos e desistências de empresas que participariam dos processos de concessão e os contratos das cinco rodovias concedidas no ano passado estão sendo assinados agora. É a partir daí que o cronômetro de investimentos começa a girar.

Qual a expectativa da CNT em relação ao processo de concessões de rodovias realizado pelo governo federal? Bruno Batista: A iniciativa de atrair investimentos priva-

O transporte rodoviário de cargas é considerado o vilão na matriz logística nacional, quando ocorre, por exemplo, os gargalos no Porto de Santos no escoamento da safra de soja. A crítica é justa? Bruno Batista: A crítica não é justa, porque o país não

dos é absolutamente necessária mas o governo perdeu muito tempo resolvendo sua crise ideológica em relação a isso. Além da dificuldade gerencial, é consenso que tem dificuldade de fazer os recursos saírem dos cofres e se transformarem em obras. Não há agilidade. A participação da iniciativa privada se faz necessária pois tem condições de gerenciar.

oferece e nem promove investimentos para fazer uma integração modal. O Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT), lançado no governo Lula, fez uma projeção de migração modal, que previa uma movimentação para ferrovias em torno de 35%. Para que isso aconteça, no entanto, é preciso disponibilizar outras infraestruturas como hidrovias,


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ampliar a malha ferroviária e portos mais ágeis. Esse investimento nunca aconteceu. Só jogou o horizonte para 2020, que já está aí. O transporte ferroviário tem crescido mas não na projeção feita pelo governo. O transporte rodoviário carrega o país nas costas e ainda é penalizado pelas rodovias de baixa qualidade.

Como aperfeiçoar o transporte rodoviário de cargas no país? Bruno Batista: O transporte rodoviário de cargas tem sofrido alterações importantes. A modernização de equipamentos está acontecendo e já temos automóveis modernos em matéria de sustentabilidade. É claro que a frota ainda está muita envelhecida e precisa dar lugar aos veículos mais novos. Há, no entanto, avanços como a nova Lei dos Caminhoneiros, que tornou a jornada de trabalho mais disciplinada. Outro sinal positivo é a formalizaçãdo do caminhoneiro autonômo, que traz um benefício para o país. Hoje são 800 mil caminhoneiros autonômos que precisam ser formalizados, ter acesso a créditos e se aperfeiçoarem em termos de gestão e equipamentos.

Qual o panorama atual do Programa de Investi-

bruno batista, diretor executivo da cnt

foto: divulgação

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mento em Logística (PIL) do Governo Federal e as perspectivas para este ano? Brunto Batista: O PIL surgiu como um grande anúncio do governo para contemplar a iniciativa privada. É uma boa sinalização do governo e o reconhecimento de que a iniciativa privada pode fazer melhor que ele. A crítica que se faz é em relação ao ritmo de implantação. Ainda é bastante lento, o que acaba gerando um risco de quando as obras estiverem liberadas. Um deles é o fato de que as concessões não propiciem os resultados necessários para atender as demandas. A malha está bem obsoleta e, a cada três anos, tem 10 milhões de novos veículos circulando, grande parte utilizando a infraestrutura rodoviária. Isso impacta, por exemplo, no acréscimo de custos aos projetos.

A CNT tem feito pesquisas sobre o moda marítimo. O que o senhor pode falar a respeito? Bruno Batista: Fizemos, em 2013, três grandes pesquisas sobre transporte marítimo, navegação de cabotagem e navegação interior. No primeiro trabalho, um dos problemas principais detectados foi a questão dos acessos aos portos, como ferrovias e rodovias. Além da burocracia dos portos, há um grave obstáculo: é difícil e caro chegar e retirar cargas do portos. É um problema endêmico, todos os portos têm problemas. A cabotagem tem crescido residualmente, entre 1% a 2% por ano. Isso é resultado do baixo acesso de navios, que sofrem a concorrência das embarcações de longo curso que não pagam o ICMS do combustível. Além disso, há a dificuldade do acesso ao Fundo da Marinha Mercante (FMM) e de formação de mão de obra. É uma pena porque o País tem oito milhões de costa e transporta muito por caminhão. O transporte rodoviário está suprindo, enfim, esta demanda.


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ENTREVISTA | MINISTRO DOS TRANSPORTES

Ministro dos Transportes aposta no planejamento Para tornar a economia brasileira mais competitiva, o ministro dos Transportes, César Borges, aposta no planejamento a curto, médio e longo prazos proposto pelo Plano Nacional de Logística Integrada (PNLI). Segundo ele, “um trabalho de fôlego da Empresa de Planejamento de Logística (EPL) para promover cada vez mais integração dos modais de transportes”. Nesta entrevista ao Anuário dos Portos 2014, ele fala sobre este tema e outros, como os novos modelos de concessão rodoviária e exploração das ferrovias :

A Empresa de Planejamento e Logística (EPL) apresentou recentemente os projetos para o biênio 2014/2015. Quais os pontos que o senhor acha que merecem destaque? César Borges: Os projetos e estudos que estão sendo desenvolvidos pela EPL para o biênio 2014/2015 são relevantes e necessários para o planejamento do setor de transportes no país. Entre eles está o Plano Nacional de Logística Integrada (PNLI) , um trabalho de fôlego da EPL para promover cada vez mais a integração dos modais de transportes de forma a reduzir os custos com a infraestrutura.

É possível afirmar que os estudos promovidos pela EPL podem representar a tão sonhada integração da gestão da matriz logística do país? César Borges: O Plano Nacional de Logística Integrada (PNLI) reúne as ações necessárias para aumentar a eficiência logística do Brasil e fazer com que a economia brasileira seja mais competitiva nos mercados nacionais e internacionais. Com o PNLI, vamos identificar as necessidades e as melhores oportunidades de investimentos a curto, médio e longo prazos unindo infraestrutura e serviços.

Qual o panorama atual do Programa de Investimento em Logística (PIL) e as perspectivas para este ano? César Borges: No dia 12 de março fechamos o primeiro ciclo do Programa de Investimentos em Logística, quando foram assinados os últimos três contratos de rodovias concedidas no ano passado: BR-163/MT, BR-163/MS e BR-040/ DF/MG. Antes disso já haviam sido assinados os contratos da BR-050/GO/MG, em 5 de dezembro de 2013, e do lote composto pelas BRs-060/153/262/GO/MG, em 31 de janeiro deste ano. Agora, vamos dar sequência ao PIL com a

concessão de outros cinco trechos que somam 2.625 quilômetros de rodovias dos quais 2.282 quilômetros deverão ser duplicados. O investimento estimado é R$ 17,8 bilhões. Trata-se Ponte Rio/Niterói, na BR-101/RJ, que será reconcedida – quando terminar o atual contrato em maio de 2015 – assim como outros quatro lotes rodoviários: as BRs-476/153/282/480/PR/SC, de Lapa (PR) à divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, passando por Chapecó (SC); as BRs-364/060, de Jataí (GO) ao entroncamento da BR-153 (MG); as BRs-364/060/MT/GO de Rondonópolis (MT) a Goiânia (GO) e as BRs-163/230/MT/PA de Sinop (MT) ao porto de Miritituba (PA). Para esses novos trechos rodoviários, autorizamos estudos sobre a demanda, a engenharia, a operação, a fluidez do tráfego, o meio ambiente, a modelagem econômico-financeira, além de apoio na elaboração de minutas de documentos. No total, 25 empresas foram autorizadas pelo Ministério dos Transportes a elaborar os estudos que irão subsidiar processos de licitação. O prazo para a entrega dos estudos termina em julho.

Quais os aspectos positivos do novo modelo de exploração ferroviária? César Borges: Com os trechos ferroviários previstos no Programa de Investimentos em Logística (PIL), vamos formar uma rede de ferrovias capaz de escoar a produção nacional pelos diversos portos do país. A ideia é redistribuir essa produção para os portos que eventualmente se tornarem mais eficientes, aliviando a concentração que existe hoje nos portos de Santos e Paranaguá. As concessões de ferrovias também definem o novo marco regulatório do setor. Com o novo modelo, assegura-se a garantia do direito de passagem dos trens em todas as malhas. Será selecionado o parceiro privado que oferecer a menor tarifa. A concessionária ficará responsável pela construção e manutenção da infraestrutura ferroviária. Essa empresa será remunerada pela Valec com base na capacidade operacional plena do trecho contratado. Posteriormente, a Valec fará a oferta pública dessa capacidade para os operadores ferroviários independentes, ou seja, usuários que queiram transportar carga própria, operadores ferroviários logísticos ou


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Em 2013, o Fundo da Marinha Mercante, gerenciado pelo Ministério dos Transportes, atingiu um desempenho recorde de R$ 5 bilhões investidos na construção de parte de estaleiros e embarcações. Após a retomada, é possível afirmar que a indústria naval no país se consolidou? César Borges: O desempenho do FMM, de fato, tem crescido a cada ano. Saímos de um patamar de investimentos na casa de R$ 2,5bilhões/ano no triênio 2009-2011, para chegar a R$ 4,8 bi em 2012 e R$ 5 bi em 2013. Somente em 2013, 77 embarcações financiadas pelo FMM foram entregues. Atualmente, temos 151 embarcações financiadas pelo FMM em construção em 23 diferentes estaleiros. Além disso, em dezembro de 2013 atingimos 79% da meta do PAC para contratação no período 2011-2014, isto é, em apenas três anos foram efetivamente contratados R$ 24,6 bilhões de projetos com financiamento do FMM. Esses resultados do FMM indicam que a indústria naval brasileira está contratando, produzindo e entregando. Está correspondendo à demanda que lhe tem sido colocada. Entretanto, para uma consolidação plena precisamos seguir na busca por maior eficiência e produtividade nos estaleiros. Isso contribuirá para o fortalecimento da indústria naval e da marinha mercante brasileiras, com reflexos positivos na nossa matriz logística de transportes, além de nos qualificar a competir internacionalmente e, futuramente, passar a exportar navios produzidos no Brasil.

Como o senhor avalia até o momento o programa de concessões das rodovias? César Borges: O Brasil deve comemorar muito o sucesso dos leilões de rodovias ocorridos no ano passado. Os deságios oferecidos variaram entre 42,38% e 61,13%. Isso quer dizer que as empresas confiaram no processo desenvolvido

césar borges, ministro dos transportes

foto: Edson Leite

outros concessionários de transporte ferroviário. Com a adoção desse modelo, a expectativa do governo é de redução do custo do frete ferroviário e do aumento da participação desse modal na matriz de transporte brasileira. Com isso, projeta-se uma demanda crescente por serviços de transporte até a absorção total da capacidade da nova malha ferroviária.

pelo governo – que prevê a imposição no contrato da duplicação em apenas cinco anos. Além disso, graças à concorrência entre as empresas, o governo conseguiu atingir mais uma de suas metas: a garantia da modicidade tarifária. Dessa forma, teremos os investimentos necessários para o desenvolvimento da infraestrutura sem que isso pese no bolso dos usuários das rodovias. Os resultados positivos nos leilões estimulam o governo a continuar o trabalho de resolução dos problemas de gargalos logísticos do país, principalmente no modal rodoviário. É necessário duplicar os grandes eixos rodoviários que ligam as grandes capitais. Para isso, o governo vai continuar trabalhando nas concessões de rodovias e avançar nos leilões ferroviários em 2014.

A EPL está realizando uma Pesquisa de Origem e Destino sobre a movimentação de cargas e de pessoas no país. Qual o objetivo do levantamento? César Borges: Realmente, a EPL iniciou em novembro do ano passado essa importante pesquisa que será a base para o Plano Nacional de Logística Integrada , o chamado PNLI. Este plano vai identificar os problemas na infraestrutura para a movimentação de cargas e passageiros. Com isso, o passo seguinte será a elaboração de soluções para as demandas de transportes. Esse é o fundamental planejamento para avançar na modernização da malha de transportes do país.


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Movimento nos portos cresce pelo quarto ano seguido

O desempenho dos portos brasileiros foi positivo pelo quarto ano seguido, segundo os dados que constam do Anuário Estatístico Aquaviário Brasileiro divulgado pela Gerência de Estudos e Desempenho Portuário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Em 2010, o setor movimentou aproximadamente 834 milhões de toneladas. No ano seguinte, esse número alcançou a marca de 886 milhões de toneladas. Em 2012, 904 milhões de toneladas. Em 2013, alcançou a casa dos 931 milhões de toneladas, um aumento de 2,9%.

Cabotagem

Dos resultados obtidos no ano passado, os portos organizados movimentaram 338 milhões de toneladas e os terminais de uso privado (TUPs) ficaram com 593 milhões de toneladas. A Antaq destacou os 15 grupos de mercadorias mais movimentados: minério de ferro; combustíveis e óleos minerais e produtos; contêineres; soja; bauxita; milho; fertilizantes e adubos; açúcar; carvão mineral; farelo de soja; produtos siderúrgicos; celulose; coque de petróleo; trigo; e produtos químicos orgânicos.

As vias interiores brasileiras movimentaram 78.626.031 toneladas em 2013. Em 2012, esse número ficou em aproximadamente 80,9 milhões de toneladas. Isso representa um decréscimo de 2,84%. No entanto, em se tratando apenas da navegação interior, segundo a Antaq, houve crescimento de 9,5%. Em 2012, foram movimentados 25,2 milhões de toneladas. No ano passado, foram 27,5 milhões de toneladas.

O total de carga transportado pela navegação de cabotagem (141.027.341 toneladas) em 2013 cresceu 1,72% em relação a 2012 (138.645.183 toneladas). No longo curso, as exportações brasileiras por via marítima totalizaram 532.093.368 toneladas em 2013, um incremento de 1,27% em relação ao ano anterior. Já as importações brasileiras por via marítima totalizaram 152.053.559 toneladas em 2013, um incremento de 5% em relação a 2012.

Já a cabotagem em vias interiores e o longo curso em vias


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PORTOS

interiores tiveram um desempenho oposto ao da navegação interior. O volume de cargas transportadas nessas modalidades reduziu 6,8% e 9,5%, respectivamente, em relação a 2012.

Lei dos Portos A consolidação das mudanças promovidas pela Lei dos Portos é um dos desafios para este ano de 2014. A economista Márcia Santos é otimista: “Devido ao grande volume das exportações de commodities e a necessidade de investimento na infraestrutura para atender este escoamento, haverá uma oferta crescente de serviços, o que atrairá novos investimentos para o setor, novos concorrentes e consequentemente, maior competitividade entre os setores. Esta competitividade resultará em benefício para as exportações brasileiras, aumentando a eficiência no escoamento das commodities que, atualmente, sofre com o gargalo na infraestrutura”.

Ela destaca que haverá um aumento da participação da iniciativa privada. “Mais serviços poderão ser oferecidos, os portos privados poderão movimentar cargas de terceiros, além da redução de custos de mão de obra, conforme a lei dos portos, que poderá ser contratada diretamente, com carteira assinada. A expectativa de investimentos neste setor implicará a competitividade entre os portos, aumentando mais serviços, o que resultará no aumento das exportações, portanto no aumento da economia”, diz. Para Sérgio Salomão, presidente da Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec), o novo marco regulatório não é “lei dos sonhos” do setor, mas tem virtudes. “Há recursos de natureza trabalhista que vão encarecer a atividade, mas traz avanços como a prorrogação dos contratos de arrendamento dos terminais privados nos portos brasileiros e a possiblidade de as empresas expandirem suas atividades para áreas vizinhas (ver matéria sobre isso nesta edição).


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AEROPORTOS

Governo quer tirar plano de aviação regional do papel

A concessão dos aeroportos foi concretizada em 2013, mas os projetos de incentivo à aviação regional e de exploração comercial de aeroportos privados ainda não avançaram. O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC), Moreira Franco, sinalizou recentemente que em 2014 o programa vai, enfim, ser colocado em prática. “Queremos que sejam criadas regras claras e justas, para que todos os interessados tirem o melhor proveito possível do programa de concessões”, afirmou, ao anunciar a conclusão dos estudos para concessões de aeroportos por estados e municípios. Há, na SAC, em processos de autorização, ou “anuência prévia” na linguagem técnica, pedidos dos municípios de Itanhaém (SP), Ubatuba (SP), Jundiaí (SP), Bragança Paulista (SP), Campinas (SP), Resende (RJ), Anápolis (GO) e Goianá (MG). O objetivo do governo federal, com este programa é o de ampliar o acesso da população brasileira a serviços aéreos, fazendo com que 96% da população brasileira esteja a

Moreira franco, ministro-chefe da sac

foto: Marcelo Camargo

O governo federal lançou em dezembro de 2012 um programa de investimentos para os setor aeroportuário. O programa estava estruturado em três partes: a concessão dos complexos do Galeão (RJ) e Confins (MG); investimentos aproximados de R$ 7,3 bilhões em 270 aeroportos regionais para fortalecer e reestruturar a rede de aviação regional brasileira, por meio de concessões administrativas; e, por fim, a indução da exploração comercial de aeroportos privados dedicados exclusivamente à aviação geral.

menos de 100 km de distância de um aeroporto apto ao recebimento de voos regulares. Os projetos, segundo o governo federal, vão promover a melhoria, o reaparelhamento, a reforma e a expansão da infraestrutura aeroportuária, tanto em instalações físicas quanto em equipamentos. Os investimentos incluirão, por exemplo, reforma e construção de pistas, melhorias em terminais de passageiros, ampliação de pátios, revitalização de sinalizações e de pavimentos. Os recursos virão do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC), que já tem R$ 597 milhões destinados para o programa. Dentre os critérios para análise de relevância do aeródromo serão consideradas características como o volume de passageiros e de cargas, os voos regulares e os resultados operacionais. Além disso, serão considerados aspectos socieconômicos, o nível de acessibilidade na Amazônia Legal, o potencial turístico e de fomento da integração nacional. Além de investimentos em aeroportos em cidades de pequeno e médio porte, serão contempladas medidas de incentivo à aviação regional com foco na viabilização de rotas de baixa e média densidades de tráfego. Os planos de investimentos obedecerão as seguintes fases: diagnóstico da infraestrutura e da gestão dos aeródromos; elaboração do programa de necessidades de investimento e de projetos conceituais e termos de referência de equipamentos.


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FERROVIAS

O setor ferroviário começou 2014 em clima de expectativa. Apesar da autorização concedida pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para que o governo federal inicie os procedimentos de leilão para construção da linha de ferro entre Lucas do Rio Verde (MT) e Campinorte (GO), primeiro trecho do programa do governo federal de investimentos em novas ferrovias do Programa Integrado de Logística (PIL), o modelo e a viabilidade no programa de investimentos no setor ainda dividem opiniões. vicente abate, presidente da abifer

A proposta prevê a construção de 16 trechos, em um total de 11,5 mil km de linhas férreas e investimento de R$ 91 bilhões. A Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) e a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), por exemplo, possuem visões distintas sobre o avanço das concessões previstas para este ano, considerado fundamental para a melhoria da infraestrutura de distribuição de cargas no país. Para o presidente-executivo da ANTF, Rodrigo Vilaça, o caso das concessões não será finalizado este ano. Isso porque existem ainda pontos cruciais que necessitam de mais diálogo, em especial quanto ao chamado risco Valec, estatal responsável pela venda do direito de transporte que, no novo modelo, terá a função de operar a infraestrutura e vender a capacidade de tráfego aos operadores de trem interessados.

foto: Julio Fernandes

“Manter a verticalização do sistema, com um operador para

rodrigo vilaça, presidente-executivo da antf

foto: divulgação

Setor ferroviário vive clima de expectativa

cada linha, é o ideal, devido à complexidade do sistema. O caminho é termos um mercado livre, com um agência reguladora. A Valec nunca demonstrou competência e será que vai mostrar agora como gestora de fretes da nova malha?”, ressaltou Vilaça. O novo papel da Valec foi considerado irregular pela área técnica do TCU, apesar da autorização concedida pelo órgão para proceder com o leilão. Ele acredita que há outras prioridades que precisam ser discutidas: “Ainda acreditamos em perspectivas positivas, mas para que elas realmente aconteçam no transporte ferroviário é necessário enfrentar alguns desafios. Os principais são a desburocratização dos processos de licenças ambientais; liberação de verbas para renovação de frota (locomotivas e vagões) e equipamentos de via; agilização das desapropriações de terras para a expansão da malha; definição do marco regulatório e de suas normas de funcionamento; correção dos problemas das malhas atuais como cruzamentos, invasões de faixa de domínio e construção de contornos ferroviários e a solução para o passivo da Rede Ferroviária Federal S.A (RFFSA), que perdura há 17 anos”. O presidente da Abifer, Vicente Abate, é mais otimista. “A liberação do TCU foi um fato importante, porque deixou tudo esclarecido. O modelo das concessões é mais complexo do que o dos demais modais, mas esta situação deve e precisa ser finalizada este ano. Os trechos a serem implantados irão agregar mais valor para a infraestrutura no Brasil, além de reduzir o custo do transporte”, explica. Ele destaca os avanços do setor nos últimos 15 anos, que registrou um aumento de 15% para 25% da participação das ferrovias na matriz modal de transporte de cargas do país. “A expectativa é de que até 2031 este índice chegue a 40%, equilibrando com o transporte rodoviário”, afirmou.


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RODOVIAS

Governo anuncia mais concessões em 2014 A presidente Dilma Rousseff e o ministro dos Transportes, César Borges, anunciaram em janeiro a concessão de mais cinco trechos rodoviários à iniciativa privada. No total, serão concedidos 2.625,4 quilômetros de rodovias, sendo que 2.282 quilômetros deverão ser duplicados. Os investimentos previstos são da ordem de R$ 17,8 bilhões. “Com esses novos lotes, daremos andamento a esse importante programa de concessões firmado entre o governo federal e a iniciativa privada”, frisou Borges. Parte das novas concessões irá priorizar o escoamento da safra agrícola do Centro-Oeste. É o caso do trecho de 976 quilômetros das BRs-163/230/MT/PA, entre Sinop (MT) e o Porto de Miritituba, em Itaituba (PA), que atualmente comporta o escoamento de quatro milhões de toneladas de grãos por ano. A duplicação do trecho permitirá que este número chegue a 26 milhões até o final do prazo da concessão, que será de 30 anos. A concessionária que arrematar o trecho terá que duplicá-lo em cinco anos. A estrada de terra situada na via será totalmente asfaltada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) ainda em 2014. O aumento da capacidade de escoamento também será possível a partir da duplicação dos 703,7 quilômetros das BRs-364/060/ MT/GO que ligam Rondonópolis (MT) a Goiânia (GO) e dos 439,2 quilômetros da BR-364/GO/MG que vão de Jataí (GO) ao entroncamento com a BR-153/MG. A concessão da BR-476 conectada com as BRs 153, 282, e 480, que vai de Lapa (PR) até a divisa SC/RS, passando por Chapecó (SC), irá facilitar a produção e exportação de proteínas. A nova leva de concessões também contempla a licitação da Ponte Rio-Niterói (BR-101/RJ), cujo contrato vigente se encerra em 2015. Segundo César Borges, a concessão não será renovada por ter sido feita com base em um modelo antigo, com altas taxas de retorno e com foco apenas na manutenção das rodovias, sem tratar de melhoria. “Uma nova licitação permitirá uma modicidade nas tarifas de pedágio”, explicou o ministro. Os investimentos serão feitos nos 13,2 quilômetros que ligam o acesso à Ponte Presidente Costa e Silva, em Niterói/RJ, ao entroncamento com a rodovia RJ-071, na Linha Vermelha. As intervenções incluem recuperação, manutenção, melhorias, monitoração e operação das pontes e respectivos acessos. ”Essas novas obras vão trazer melhorias no tráfego

urbano do Rio de Janeiro”, finalizou.

Balanço O leilão da BR-040, no trecho que liga Brasília (DF) a Juiz de Fora (MG), realizado em dezembro, concluiu a transferência de cinco rodovias federais à iniciativa privada ao longo de 2013, em um total de 4.248 km. O Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado pelo governo em agosto de 2012, prevê a concessão de 7.500 km de estradas federais. Os contratos com as concessionárias que venceram os leilões têm duração de 30 anos. As empresas vencedoras arcarão com a operação, manutenção, monitoração, conservação, implantação de melhorias, ampliação da capacidade e manutenção do nível de serviços dessas vias. O investimento total nas rodovias transferidas à iniciativa privada em 2013 chegará a R$ 28,38 bilhões no período de vigência dos contratos (30 anos). Desse montante, R$ 15,65 bilhões deverão ser aplicados nos primeiros cinco anos dos contratos. Todas elas são rodovias-tronco, que fazem a ligação entre centros estratégicos e de áreas de produção no interior com os portos, no litoral, daí sua importância para o desenvolvimento. A duplicação total dos trechos concedidos deve ocorrer no período de vigência dos contratos, totalizando 3.121,8 km. Os trabalhos de duplicação ficarão divididos entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e as Sociedades de Propósito Específico (SPEs), que serão criadas pelas concessionárias para administrar as rodovias.


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ABTRA

Sistema da Abtra reduzirá em mais de 90% espera por liberação de cargas

A Associação Brasileira de Terminais e Portos Alfandegados (Abtra) acaba de lançar o sistema Pedido de Embarque Eletrônico (PEM-e), que chega com a promessa de diminuir o tempo de espera das filas de caminhões e navios nos principais portos do Brasil. A iniciativa é uma das que estão em curso na tentativa de minimizar os impactos dos gargalos logísticos nas principais rodovias e portos do país.

cadastrar os pedidos de cargas e a Receita Federal terá duas horas, nos períodos da manhã e da tarde, para interagir com o sistema”, adianta o gerente de tecnologia da Abtra, Vander Serra de Abreu, que também aponta como benefício a redução de custos para exportador e armador, visto que os caminhoneiros permanecerão menos tempo parados nos terminais à espera da liberação.

Hoje, os caminhões que acessam o maior complexo da América Latina, o Porto de Santos (SP), aguardam, em média, 36 horas pela liberação da Receita Federal para embarcar cargas de exportação. Com o novo sistema, a expectativa é diminuir a espera para três horas. A redução viabilizada pelo sistema é bem-vinda, já que a supersafra de grãos deve ultrapassar 190 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, e auxiliará na automatização e rapidez para a autorização no embarque dos granéis, e também de veículos, bobinas de aço e celulose.

Além do Pedido de Embarque Eletrônico, a entidade foi responsável pelo desenvolvimento de outros importantes sistemas amplamente utilizados por empresas do setor, como a Declaração de Transferência Eletrônica (DTe) e o Banco de Dados Comum de Credenciamento (BDCC).

“Todo o processo de entrega da documentação do pedido de embarque será solicitado através de um único site, que faz parte da Janela Única Portuária. Os exportadores poderão

De acordo com Abreu, a Associação está em negociação com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) para que o sistema de Pedido de Embarque Eletrônico interaja com o Sistema de Agendamento. “Nosso objetivo é otimizar os processos e reduzir tempo e custos. Acreditamos que a junção dos sistemas da Abtra e da Autoridade Portuária santista irá diminuir ou até acabar com esses problemas”, explica.


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BNDES

BNDES financia projetos na área de logística O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prevê que irá liberar financiamentos num total de R$ 10,5 bilhões para o setor de logística no Brasil ao longo deste ano, informou a Agência CNT. Os recursos estão previstos nas linhas de financiamento da instituição para os modais ferroviário, rodoviário e investimentos em infraestrutura no setor de transportes. Além disso, o crédito também pode contemplar projetos de eficiência energética, aquisição, importação e leasing de bens de capital e planos de investimentos para micro, pequenas e médias empresas. O apoio às concessionárias que venceram leilões realizados pelo governo federal também está contemplado. Do montante, R$ 2,4 bilhões irão para portos, R$ 2,6 bilhões para aeroportos, R$ 1,7 bilhão para ferrovias e R$ 3,8 bilhões para rodovias. Nos dois últimos anos, a instituição desembolsou R$ 21,6 bilhões para investimentos no setor. O setor privado levou a maior parte da verba: aproximadamente R$ 20 bilhões. Conforme o BNDES, portos receberam R$ 4,8 bilhões. Desse total, uma parcela de 87% foi para empresas privadas, sendo que em 18% desses casos foi para concessões. Outros 13% foram solicitados pelo setor público. Para aeroportos, o financiamento somou R$ 6,1 bilhões e, para ferrovias, R$ 5,9 bilhões. Nas duas situações todo o valor foi para o setor privado e, quase a totalidade, para concessionárias. Já projetos para rodovias receberam R$ 4,8 bilhões, sendo 19% para o setor público e 81% para o setor privado. No último caso, todo o valor foi para concessões, 30% delas federais.


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PESQUISA

Pesquisa da EPL avalia origem e destino da carga no país A Empresa de Planejamento e Logística (EPL) iniciou, em novembro de 2013, a primeira etapa da Pesquisa de Origem e Destino sobre a movimentação de cargas e de pessoas em 200 postos instalados em rodovias do país. A pesquisa contou com cerca de dois mil entrevistadores e com o apoio da Polícia Rodoviária Federal e das Polícias Rodoviárias dos estados de São Paulo, Goiás e do Paraná.

O objetivo do levantamento foi coletar informações sobre a origem e destino das viagens feitas por usuários dos veículos de carga e de passeio nas rodovias brasileiras. Os dados servirão de base para a elaboração de um plano nacional de logística integrada (PNLI), um estudo completo que irá identificar os gargalos de infraestrutura para a movimentação de cargas e passageiros e propor soluções para as demandas de transporte. Para realizar o levantamento de dados nas rodovias, os pesquisadores utilizaram questionários eletrônicos e contadores automáticos. Foram utilizados dois tipos de coletas de dados: contagens volumétricas, que classificam os veículos, e questionários voltados para identificação da origem e destino da viagem, além das características desses deslocamentos. A primeira etapa da pesquisa teve duração de aproximadamente um mês. Após a análise dos primeiros dados, o levantamento foi retomado e a terceira e última etapa ocorrerá em agosto de 2014.

Aeroportos e embarcadores A EPL iniciou, também, uma pesquisa de origem e destino em 65 aeroportos do p\aís e uma pesquisa com embarcadores, o agente que contrata ou solicita um serviço de transporte de cargas. O levantamento de origem e destino servirá para identificar a movimentação de passageiros em viagens nacionais e internacionais. Já a pesquisa com embarcadores será mais qualitativa e fará uma análise do perfil do contratante do serviço de transporte de cargas e suas características. Serão levantados ainda o perfil socioeconômico do embarcador, o processo de escolha do serviço, o peso, o volume e o valor das cargas movimentadas, além dos critérios para utilização de outros modos de transporte. Para complementar o levantamento de informações, a EPL irá coletar dados secundários em órgãos governamentais e do setor privado para a montagem de um banco de conhecimento sobre logística e mobilidade no Brasil.


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LEI DOS PORTOS

Terminais querem antecipar prorrogação de contratos

Os maiores terminais de contêineres do mundo, segundo a Abratec, já têm uma movimentação dez a vinte vezes maior do que os terminais em operação no país, ou seja: se o Brasil não tiver grandes terminais para receber os mega navios isso poderá impactar negativamente no comércio exterior. Além disso, armadores como o Hamburg Süd e Aliança já estão consultando os terminais brasileiros sobre a viabilidade da atração de navios New Panamax em 2015 e 2016. Diversos terminais de contêineres estão solicitando autorização ao governo para promover adequações aproveitando áreas

sérgio salomão, presidente da abratec

contíguas. “Só quem efetuar adequações estará apto a receber embarcações de grande porte. Os terminais precisam de uma segurança do governo de que podem investir sem riscos. Caso haja a antecipação da prorrogação dos contratos de arrendamento, nove empresas afiliadas à Abratec têm investimentos previstos de R$ 4 bilhões, com recursos totalmente privados”, destaca Salomão. Estes investimentos serão destinados à adequação dos cais de atracação e, eventualmente, das retroáreas necessárias operacionalmente. Os terminais que vão investir são os seguintes: Sepetiba Tecon, Tecon Rio Grande, TCP (Paranaguá), Tecon Santos, Libra Santos, Ecoporto Santos, Terminal de Vila Velha, TESC (Santa Catarina) e Tecon Salvador. Juntos, estes complexos são responsáveis por 63% da movimentação de contêineres nos portos brasileiros, segundo a Abratec.

foto: Jdivulgação hamburg sud

As duas medidas são consideradas vitais para que os portos brasileiros se adequem à nova realidade imposta pelo aumento recente do tamanho dos navios de contêiner, motivado, dentre outras coisas, pela reinauguração do Canal do Panamá, que ganhou uma profundidade maior, e pela demanda dos armadores por embarcações maiores para reduzir custos operacionais. “São duas ações interligadas. Uma depende da outra. A antecipação dos prazos têm o objetivo de dar um período maior para que as empresas possam diluir os custos de ampliação”, explica o presidente da Abratec, Sérgio Salomão.

foto: divulgação

A Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec) e a Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP) defendem a prorrogação dos contratos de arrendamento dos terminais privados nos portos brasileiros seja antecipada, como prevê a Lei dos Portos. Outra reivindicação das entidades, também amparada no novo marco regulatório do setor que entrou em vigor no ano passado, é a possiblidade de as empresas expandirem suas atividades para áreas vizinhas.


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LEI DOS PORTOS

Investimento previsto para adequação da Libra Terminais em Santos: R$ 700 milhões

Os maiores terminais de contêineres do mundo têm movimentação 10 a 20 vezes maior do que os terminais brasileiros


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BALANÇO E PERSPECTIVAS

Investimentos não avançam, aponta relatório da CNT A Conferência Nacional de Transprote (CNT) divulgou um levantamento intitulado “Os desafios do transporte 20132014” que faz um balanço sobre os investimentos realizados no país em infraestrutura e traça algumas perspectivas. O resultado, de acordo com o documento, não é positivo. “O ano de 2013 prometia ser um divisor de águas no que se refere ao investimento em infraestrutura de transporte no Brasil. Entretanto, a promessa não se concretizou”, aponta o relatório. A entidade destaca que, desde 1975, o investimento público federal em infraestrutura de transporte, como proporção do PIB, caiu de 1,84% para 0,29% em 2012. Depois de décadas de investimentos em transporte abaixo de 1% do PIB ao ano e do sucateamento da infraestrutura nacional, 2013 previa investimentos expressivos no setor de transporte. O Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado em 2012, pretendia viabilizar R$ 205, 9 bilhões em investimentos em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos a partir de 2013, com a concessão de nove rodovias, 12 trechos ferroviários, dois aeroportos além de quantro lotes de arrendamentos portuários. Até o final de 2013, apenas 2 aeroportos e 5 rodovias haviam sido licitados. O programa não avançou, segundo a CNT, por conta das dificuldades em sua implementação, a maior parte delas devidas a problemas no desenho do programa de concessões e à má qualidade dos estudos disponibilizados aos investidores privados para que tomassem suas decisões de investimento. Os resultados das imperfeições e inseguranças do programa, diagnostica o relatório, foram o descumprimento do cronograma proposto e o adiamento dos investimentos com a realização de uma série de mudanças na proposta inicial que incluiu os prazos de concessão, a elevação da TIR (Taxa Interna de Retorno), a modificação dos trechos escopo do PIL e participação do BNDES no financiamento. “Um dos pontos que chama a atenção na evolução do PIL é o fato de o governo federal ter optado por aumentar o volume e a diversidade de subsídios aos concessionários em substituição ao desenvolvimento de novos estudos, mais


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realistas, dos investimentos necessários e dos retornos possíveis”, aponta o relatório. Um exemplo disso, segundo a CNT, é o benefício oferecido de uma taxa de juros subsidiada pelo BNDES. Os concessionários poderão contratar o financiamento com taxa de TJLP2+1% a.a., o que atualmente significa uma taxa nominal de 6% a.a.. Entretanto, a manutenção dessa taxa não pode ser garantida durante toda a concessão, dado que sua definição está relacionada à política monetária adotada pelo governo conforme as necessidades da economia. O PIL previa a assinatura de todos os contratos de rodovias até julho de 2013 e os de ferrovias até setembro do mesmo ano. Também para setembro estavam previstos os leilões de aeroportos. Entretanto, o que se verificou foi a realização do primeiro leilão bem sucedido em 18 de setembro de 2013, quando todos os certames já deveriam estar concluídos. Na data, foram ofertadas as rodovias BR-050 GO/ MG e BR-262 ES/MG, mas apenas a primeira apresentou interessados. O documento “Os desafios do transporte 2013-2014” ressalta que, apesar do atraso no cronograma, as concessões aeroportuárias foram realizadas com sucesso. “Entretanto, a parcela do PIL que se refere à viabilização da aviação regional por meio do governo federal com a construção ou reativação de 270 aeroportos nacionais, ainda não teve início, mesmo com a disponibilidade de recurso do Fnac (Fundo Nacional de Aviação Civil)”, destaca o texto. No caso dos portos e das ferrovias, que deveriam ter sido leiloados até setembro, a situação parece mais complexa. De acordo com a CNT, “devido ao longo processo de aprovação da Lei 12.815/2013 (Nova Lei dos Portos) e da deficiência dos estudos apresentados para subsidiar as licitações de exploração de áreas e infraestruturas portuárias, os investimentos que deveriam começar em 2014 ainda estão inviabilizados”. Para as ferrovias, a falta de detalhes do novo modelo de concessão ferroviária e a dúvida quanto sua eficácia, a falta de estudos sobre os trechos de ferrovias propostos e o elevado volume de investimento em capital demandado fez com que nenhum dos trechos fosse a leilão até o momento.

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Desafios O documento tece, ainda, críticas a EPL (Empresa de Planejamento e Logística): “Após pouco mais de um ano de sua criação, a EPL apresenta uma evidente dificuldade de realizar suas atribuições. Assim, o setor conta atualmente com 134 instituições envolvidas em seu planejamento, execução e regulamentação, porém continua sem um condutor e planejador de política de transporte, o que dificulta a realização das intervenções necessárias. Além do atraso da realização dos leilões do PIL e do início dos investimentos privados, a baixa execução orçamentária afetou negativamente a quantidade e a qualidade da infraestrutura de transporte disponível no Brasil. Dos R$18,5 bilhões autorizados para investimentos públicos em 2013 (União + Infraero e Cias Docas), foram investidos R$11,9 bilhões. Ou seja, 64% do volume disponível foram efetivamente empregados em intervenções de infraestrutura de transporte”. A CNT elogia, no entanto, a postura do governo federal no sentido de permitir e incentivar a participação de agentes privados no provimento desse tipo de serviço, mas defende ajustes. “Para que se possa usufruir dos benefícios do investimento privado é preciso oferecer segurança ao investidor e garantir a qualidade do serviço público que será prestado, além da modicidade tarifária. A execução adequada do orçamento público é outro fator fundamental. Sem as intervenções financiadas diretamente pelo governo, o sistema de transporte não estará devidamente estruturado e o país continuará perdendo oportunidades de crescimento econômico e desenvolvimento”, destaca o relatório. O documento conclui que os principais desafios para a reorganização do setor de transporte em 2014 são a execução plena do orçamento da União e das Estatais, com eficiência e eficácia, e a garantia da estabilidade institucional para que os contratos firmados sejam cumpridos adequadamente. “A isso se soma a necessidade de que as decisões de gestão e planejamento do setor sejam tomadas de forma técnica e considerando a integração do sistema. Tarefa difícil para um ano eleitoral”, finaliza o texto da CNT.


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INTERMODAL

foto: divulgação

20 anos de Intermodal

A Intermodal South America - Feira Internacional de Logística, Transporte de Cargas e Comércio Exterior comemora em 2014 seus 20 anos de história. O evento, que acontece no Transamérica Expo Center, em São Paulo, soma, nesta 20ª edição, mais de 36 mil metros quadrados, com mais de 600 marcas expositoras, originárias de 20 países. A Feira tem mais de 10% do universo de expositores participando pela primeira vez da Intermodal. Considerada pelos executivos do setor uma plataforma estratégica à geração de novos negócios, em 2013 a Feira registrou seu mais alto índice de ROI (return on investment). Entre as empresas participantes, mais de 65% fecharam negócios durante o evento e 61% projetam incremento de 50% de demanda após o evento a partir de networking iniciado na Intermodal. “A Intermodal é hoje muito mais que um ponto de encontro entre os prestadores de serviços da cadeia do transporte de cargas. Ao longo de duas décadas o evento passou a ser parte da estratégia de negócios das empresas. Além disso, em 2014, o evento acontecerá em um momento de grande expectativa para o setor. Nos últimos meses, praticamente todos os modais foram contemplados com projetos de investimentos públicos e privados que visam ao ganho de eficiência logística, um dos tradicionais gargalos do transporte de cargas no país”, lembra o gerente da feira, Ricardo Barbosa. A expectativa de Barbosa é receber por volta de 50 mil visitantes. “São profissionais oriundos de mais de 30 países e de todos os estados brasileiros e, entre eles, 65% são embarcadores de carga”, conclui.

Conferências: Na edição que completa 20 anos, a Intermodal organiza, ainda, um extenso programa de palestras programadas para os três dias de evento. O foco principal das discussões será os desafios do setor logístico, contemplando principalmente os modais marítimo, rodoviário e ferroviário. Adicionalmente, temas como supply chain, acessos rodoviários e condomínios logísticos ganharão mais expressão este ano, com palestrantes renomados e especializados no setor. O site da feira é www.intermodal.com.br.

Das empresas que visitam o evento, considerado pelos executivos do setor como excelente oportunidade estratégica à geração de novos negócios, 65% são embarcadores de carga, 17% são do setor de transporte, logística e armazéns, 10% de empresas de serviços de importação e exportação, 3% de atacado e varejo e 5% de outros segmentos. “Esperamos um público mais qualificado este ano. Graças à variedade de segmentos ligados aos modais e diversos temas que serão abordados nas conferências, a Intermodal se consolida como excelente plataforma para o networking. Em 2013, 47% dos visitantes buscavam novos produtos, serviços e soluções e cerca de 36% veem na Feira uma oportunidade de estabelecer novas relações comerciais”, explica Ricardo Barbosa. Além disso, 32% dos visitantes da Intermodal desejam atualizar-se sobre melhores práticas e tendências de mercado, 23% encontrar atuais parceiros e fornecedores, 22% querem procurar novos fornecedores e 11% planejar uma próxima aquisição.


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Porto de Rio Grande

Porto de Rio Grande atinge recorde histórico em 2013 e quer ser o mais eficiente rações. Com a dragagem, a profundidade na área do Porto Novo fica em 10,5m e no trecho do canal de acesso ao porto fica estabelecida em 14,5m. Em 2013, o porto gaúcho atingiu seu recorde histórico em movimentação de cargas. Foram 33 milhões de toneladas, um crescimento de 19,83% em relação a 2012. O superintendente do porto, Dirceu Lopes, diz que é importante salientar que a área de atuação do porto constitui-se, principalmente, no Rio Grande do Sul. “A performance do porto tem relação com a produtividade do estado. Por isso, ele é importantíssimo no conceito de desenvolvimento socioeconômico do RS. O Porto do Rio Grande está geograficamente em Rio Grande, mas é de todos os gaúchos”, afirmou. Segundo ele, atualmente, o porto tem 1.436 clientes entre pequenas, médias e grandes empresas.

Dados da movimentação

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A movimentação total de 2013 fechou em 33.245.982 toneladas. Em 2012, o porto registrou 27.744.976 toneladas movimentadas. Deste total, tendo em vista o tipo de navegação, foram registrados 2.953.276 toneladas por cabotagem, 25.791.566 de toneladas por longo curso e 4.456.561 toneladas através de navegação interior e 44.579 toneladas em trânsito. Está previsto para este ano o início da aplicação dos recursos do Programa de Investimentos em Logística, do governo federal, destinados ao Porto do Rio Grande. Na região Sul, incluindo o Porto de Porto Alegre, serão R$ 982 milhões entre 2014/2015 e R$ 140 milhões entre 2016/2017 para a infraestrutura portuária. Já pelo Plano Nacional de Dragagem II, o complexo receberá recursos de R$ 1 bilhão. O plano prevê contratos de 10 anos e contratação em blocos, para ganhos em escala. Um dos investimentos em dragagem foi concluído no início deste ano. A obra do canal de acesso ao porto, iniciada em dezembro de 2013, garante as condições de navegabilidade, mantendo a profundidade do canal de acesso ao porto. A dragagem custou R$ 22 milhões e, segundo o superintendente do porto, Dirceu Lopes, removeu o acúmulo de sedimentos do canal, necessário para garantir tranquilidade nas ope-

Por segmento de carga, o maior percentual é de granel sólido (21.489.972 ton), com crescimento de 27,05%. Em relação à carga geral, a movimentação foi de 7.210.809 toneladas, um crescimento de 1,58% e a movimentação de granel líquido foi de 4.545.199 (+21,79%). A exportação pelo porto gaúcho teve um aumento de 30,21% em relação a 2012. Já a importação cresceu 9,26% em relação ao ano anterior. De acordo com Lopes, a perspectiva para 2014 é atingir 34 milhões de toneladas movimentadas. “Rio Grande, através do seu porto, tem relação com todos os municípios do RS. Este recorde é uma construção coletiva de muitos atores. Através dos investimentos dos governos federal e estadual em infraestrutura, temos capacidade para crescer ainda mais neste ano. Podemos ser o porto mais eficiente do país”, avaliou o superintendente.


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porto de IMBITUBA

Porto de Imbituba prevê crescimento de 30% por ano até 2017 As obras de dragagem no Porto de Imbituba começaram em fevereiro deste ano com a promessa de trazer novos tempos ao complexo. O recurso aplicado integra o montante de R$ 93 milhões investidos pelo governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e governo estadual para duplicar a capacidade de movimentação do Porto em três anos.

navios em circulação pelo mundo.

Do total, R$ 50 milhões serão investimentos do governo de Santa Catarina para obras nas estradas e vias de acesso. O restante está sendo aplicado na ampliação da capacidade de movimentação, que inclui a dragagem do canal. Segundo o presidente do porto, a expectativa é que aumente em até 1000% o processo de arrecadação. “Com este crescimento, o primeiro impacto é no porto, mas, em seguida, esta riqueza é compartilhada e distribuída, em forma de produtos, para a região”, explica Luis Rogério Pupo Gonçalves.

Resultados

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Atualmente, a profundidade do canal do porto é de 15 metros. Com a obra, a medida aumenta para 17 metros e também duplica a capacidade dos cargueiros, que poderão atracar com até 8 mil contêineres. A bacia de evolução passará dos 13 para 15,5 metros e os berços, de 12,5 para 15 metros. Segundo o presidente, as novas características vão permitir que o porto esteja inserido no circuito dos grandes

Além da dragagem, que tem previsão de ser concluída até o final do primeiro semestre, também serão feitas obras de melhorias da estrutura do porto, como recuperação do pavimento, sinalização e renovação das portarias.

Estrategicamente localizado no sul do estado, a 360 quilômetros de Porto Alegre (RS) e de Curitiba (PR), com fácil acesso rodoviário pela BR-101 e à malha ferroviária regional, a expectativa do Porto de Imbituba é de que a capacidade instalada após as melhorias dobrem o movimento, chegando a seis milhões de toneladas em 2017. O porto fechou 2013 com 2.492.035 milhões de toneladas movimentadas e incremento de 21,2% em relação ao ano anterior. Com a ampliação da profundidade do canal, berços e bacia, e a chegada de novos produtos e commodities para serem embarcados pelo porto, como a soja, Imbituba quer aumentar em 30% o volume movimentado até o final de 2014. Para alcançar a meta, a mesma proporção tem que ser mantida nos próximos três anos.


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porto de Itajaí

73,63% do comércio exterior catarinense passa por Itajaí rações nos primeiros meses do ano, como a redução natural no fluxo de comércio – que tem significativo incremento nos meses de setembro a dezembro – e as renovações dos contratos com os armadores, que ocorrem geralmente em janeiro. “A movimentação inicial de 2014 pode ser considerada muito boa, uma vez que mantivemos praticamente os mesmos volumes operados no segundo semestre do ano passado, o que dificilmente ocorre”, explica o diretor executivo do Porto de Itajaí, Heder Cassiano Moritz. A Superintendência do Porto de Itajaí tem motivos de sobra para comemorar o bom desempenho do Complexo Portuário do Itajaí. “Operamos praticamente três quatros da corrente de comércio de Santa Catarina”, diz o superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antonio Ayres dos Santos Júnior. Para melhorar ainda mais a produtividade e a infraestrutura portuária, Itajaí está investindo na ampliação da bacia de evolução do porto. Os investimentos são oriundos do governo do estado e também da Lei dos Portos, que estabelece novos critérios para exploração e arrendamento para terminais privados.

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Valor agregado

Após superar a expectativa de movimentação para 2013, o Complexo Portuário do Itajaí, em Santa Catarina, manteve em janeiro os mesmos parâmetros de crescimento observados no segundo semestre do último ano. Foram operadas 959,15 mil toneladas de cargas de importação e exportação em 82 escalas. Em comparação com o igual período de 2013, os volumes aumentaram 18% e as escalas 11%. O resultado driblou as causas comuns de retração nas ope-

Embora a corrente de comércio – soma das importações e exportações – do Complexo Portuário do Itajaí tenha somado US$ 17,43 bilhões no exercício de 2013, valor bem menos expressivo do que o de portos como Santos, Paranaguá e Vitória, o Porto opera as cargas de maior valor agregado entre os dez principais portos brasileiros. O valor de cada quilo de carga embarcada ou desembarcada no cais atingiu US$ 2,22 e coloca Itajaí no topo do rol dos portos com maior valor por tonelada movimentada. Os números são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). “O fato de liderarmos o quadro dos portos com operações de mercadorias com maior valor está atrelado às operações exclusivamente com contêineres no Complexo, ou seja, as cargas importadas e exportadas conteinerizadas têm valor bem superior às commodities, que são a principal carga de muitos portos”, informa o superintendente.


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PORTONAVE

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Portonave amplia a movimentação de contêineres

Em 2013, a Portonave se firmou na liderança de operação de cargas conteinerizadas em Santa Catarina. Com desempenho 13,8% superior a 2012 na movimentação de contêineres, o porto, localizado no município de Navegantes, responde por 46% do market share do estado. No total, foram movimentados 705.790 TEUs, contra 620.026 TEUs no ano anterior.

Estado, com seis portêineres, 18 transtêineres, dois guindastes MHC, 25 terminal tractor e seis empilhadeiras; venceu o prêmio internacional Lloyd’s List Awards na categoria Operador Portuário do Ano e conquistou o Prêmio ADVB/SC na categoria Preservação Ambiental.

Expectativa Os resultados da empresa são mais expressivos quando comparados aos números apresentados pelo comércio exterior brasileiro. Enquanto as exportações brasileiras apresentaram desempenho abaixo do registrado em 2012 e tiveram queda de 1% – segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) – na Portonave, as cargas enviadas ao exterior tiveram alta de 11,4%. As exportações de cargas refrigeradas ou congeladas somaram 41% de tudo que foi exportado. Entre as cargas reefer, mais de 90% são de carnes congeladas, o principal produto exportado pelo terminal. Já as importações brasileiras cresceram 6,5% em 2013, enquanto as cargas importadas movimentadas pelo terminal subiram 18,5% no período. O plástico, seguido pelos produtos diversos (Made in China) e as cerâmicas lideraram as importações. O ano trouxe ainda outros resultados positivos para a empresa. O Terminal se consolidou como o mais bem equipado do

Os resultados positivos, aguardados pela Portonave para 2014, já dão sinais de que o ano pode acompanhar as expectativas. A empresa movimentou 52.550 TEUs em janeiro. As importações se destacaram com alta de 37% se comparado com janeiro do ano passado. Para a analista comercial da Portonave, Dayane Zaguini, o aumento registrado no terminal se deve ao recebimento de navios maiores (de 42 embarcações que atracaram em janeiro, 17 tinham comprimento acima de 299 metros); à antecipação de compra pelos importadores da Ásia, que se programaram em relação ao feriado chinês (de 01 a 06 de fevereiro) e ao cenário de expansão de Santa Catarina. “Os serviços marítimos que trazem cargas da Ásia são os que mais apontaram crescimento em movimentação de contêineres”, comenta Dayane. Além disso, “muitos importadores que têm a sua operação em outro estado vêm buscando Santa Catarina como uma opção logística e isso reflete diretamente no crescimento do terminal”, conclui.


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APSFS

foto: divulgação

Porto de SFS cresce e já é segundo em carga não conteinerizada

A dragagem de manutenção de todo o canal de acesso, bacia de evolução e berços de atracação; a implantação da segunda fase do sistema de processamento de dados (PortoNet) e os novos equipamentos para monitoramento das condições de navegação despontam com prioridade para o porto catarinense de São Francisco do Sul neste ano. A estimativa é de que R$ 10 milhões de recursos próprios sejam direcionados às melhorias. Os investimentos têm dado resultado. O Porto de SFS movimentou 13 milhões de toneladas de janeiro a dezembro do ano passado, 20% a mais do que em 2012. Com isso, consolida-se como o segundo maior em movimentação de carga não conteinerizada no Brasil. “Em outubro do ano passado já tínhamos superado todo o volume de 2012, fruto da nossa forte política de investimentos em infraestrutura e modernização dos serviços. Só no ano passado, investimos mais de R$ 40 milhões, a maior parte aplicada na construção do Berço 201”, explica o presidente, Paulo Corsi. A movimentação de granéis puxou o balanço positivo, segundo ele. Do total, foram exportadas 7,8 milhões de toneladas a granel (31% a mais que em 2012), 1,6 milhão de toneladas a granel importadas (63% a mais na comparação com o ano anterior) e 3,7 milhões de toneladas de carga geral. Em 2014 a meta é manter o ritmo de crescimento. “A principal

novidade é a implantação do sistema de reconhecimento óptico de caracteres, conhecido como OCR. Outras melhorias no sistema de informática já estão previstas, além da instalação de duas novas balanças para os portões. Em março, iniciamos uma nova dragagem de manutenção e a ampliação da bacia de evolução está na fase de licenciamento ambiental”, destaca o presidente, que ainda chama a atenção para o sistema de gestão portuária, o PortoNet. “É um avanço no processo de modernização dos serviços. Além das vantagens para os colaboradores, facilita o trabalho dos intervenientes, ao ampliar a segurança com o controle de acesso, aumentar a agilidade com o agendamento de entrega e retirada das cargas pela internet”, pontua.

Berço 201 Responsável pela ampliação de 2 milhões de tonelada/ano em capacidade de movimentação, o novo Berço 201 custou R$ 35 milhões, sendo R$ 30 milhões do governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e R$ 5 milhões de recursos próprios. A obra consolida o porto como um terminal de múltiplo uso e permitirá o melhor ordenamento dos diversos tipo de cargas, colaborando na produtividade e eficiência, bem como agilizando as operações. O porto integra o complexo portuário da Baía da Babitonga, no Norte de Santa Catarina, e é o único do estado ligado ao transporte ferroviário.


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porto itapoá

Porto Itapoá registra crescimento contínuo de operação Terminal portuário localizado no Norte de Santa Catarina prevê para 2014 o início das obras de ampliação da sua atual estrutura

Caracterizado pela sua agilidade, eficiência e segurança portuária, o Porto Itapoá registra, ano após ano, recordes de operação. Com foco em produtividade, o terminal já é hoje o segundo porto de Santa Catarina em movimentação de cargas em contêineres. Inaugurado em 2011, o terminal movimentou em seu primeiro ano (de junho a dezembro de 2011) 87.196 TEUs. Em 2012, esse número subiu para 283.117 TEUs e, no ano passado, foram movimentados 486.722 TEUs, um crescimento superior a 70% em suas operações em 2013 em relação ao ano anterior. Diante do crescimento das operações, o Porto Itapoá pretende dar início ainda neste ano ao seu projeto de ampliação. Atualmente, o terminal portuário conta com cais de 630 metros de comprimento e pátio de 156 mil m2, com capacidade para movimentar 500 mil TEUs/ano. Com a ampliação, o cais terá 1.200 metros de comprimento e o pátio, 450 mil m2, em condições de movimentar aproximadamente 2 milhões de TEUs/ano. Além deste significativo avanço da infraestrutura do terminal, a área retroportuária também tem se tornado um grande centro de investimentos na região, atraindo investidores e empresários do ramo logístico de todo o mundo. São 12 milhões de m² disponíveis numa área de 8 quilômetros de rodovias que dão acesso ao porto. Investindo nas pessoas e na comunidade, o Porto Itapoá emprega hoje, de forma direta, mais de 600 pessoas e gera aproximadamente 2 mil empregos indiretos. A partir do Porto Itapoá são exportados, principalmente, produtos refrigerados, devido à forte vocação catarinense e paranaense da indústria frigorífica, além de itens da indústria metalmecânica, madeireira e outros derivados. Em relação às importações, se sobressaíram em 2013 os produtos do setor de plásticos e derivados, autoparts (peças de automóveis), químicos e eletrônicos.

Recorde operacional Em mais uma demonstração de alta performance, o Porto

Itapoá registrou no início de 2014 o novo recorde operacional de Santa Catarina, que já era seu anteriormente, e a terceira melhor marca já registrada por terminais brasileiros. Foram 139,7 MPH (movimentos por hora) na operação do navio Aliança Artigas, no serviço de cabotagem, e 37,6 MPH (movimentos por hora) por equipamento. No total, foram 549 movimentos em menos de 4 horas. Atualmente, os dois melhores registros brasileiros de movimentação por navio são de terminais de Santos, enquanto o maior índice de movimentação por equipamento ainda é do Porto Itapoá com média de 53,24 (movimentos por hora) alcançado no mesmo mês. Em Santa Catarina, o Porto Itapoá é o numero 1, tanto na média por navio como por equipamento.

O porto dos grandes navios Até dezembro de 2013, 1.146 navios atracaram no porto, 583 embarcações somente no ano passado. Graças às águas profundas da Baía da Babitonga e à moderna infraestrutura do terminal, hoje o Porto Itapoá está preparado para receber as maiores embarcações que operam em águas brasileiras. Até julho de 2013 o Porto Itapoá já era destino do maior navio em capacidade que atracava na costa da América do Sul, o Aliança Itapoá, de 334 metros de comprimento por 42 metros de largura e capacidade para 8.500 TEUs (contêiner de 20 pés de comprimento). Desde então, uma nova classe de navios, do armador Hambug Süd, passou a aportar no Brasil e um dos poucos terminais capaz de recebê-los é o Porto Itapoá. Com dimensões de 333 metros de comprimento, 48 de largura e capacidade para 9.600 TEUs, esses supernavios inauguram uma nova fase das operações portuárias no continente. Em outros terminais da Ásia, Europa e América do Norte essas dimensões são uma realidade, porém a América do Sul ainda não possuía testes nem parâmetros operacionais para as embarcações deste porte.


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Principais clientes e armadores Com 12 serviços fixos e um rol de grandes clientes exportadores e importadores, o Porto Itapoá vem oferecendo aos seus clientes uma série de diferenciais no setor portuário, com qualidade no atendimento e agilidade na operação de suas cargas. Atualmente, os principais armadores que operam no Brasil também estão no Porto Itapoá e mais de 800 grandes empresas utilizam o terminal como operador logístico. Entre eles estão gigantes do mercado mundial como a BRF, BMW, Tupy, Maersk, CSAV, CMA CGM, ZIM e Evergreen.

Diferenciais do Porto Itapoá: Segurança marítima, produtividade e alta performance Localização privilegiada na costa brasileira, com calado natural de 16 metros Capacidade para navios Super-Post-Panamax Acesso rodoviário dedicado

Serviços de longo curso e cabotagem, operados pelos maiores armadores mundiais Maior agilidade nos processos documentais de alfandegados Regulamentação Internacional de Segurança Portuária Sistema Operacional NAVIS – Sparcs N4

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APPA

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“O principal gargalo dos portos paranaenses é a falta de novos terminais”

A afirmação é do superintendente dos Portos do Paraná, Luiz Henrique Dividino, que aponta a falta de investimentos nas últimas décadas como um dos fatores que levaram o porto a trabalhar acima do limite, mas que não impediram os sucessivos resultados positivos nos balanços anuais, com novo recorde de movimentação em 2013. Os investimentos realizados com recursos da própria autarquia somam, de 2011 a 2014, R$ 398 milhões em ações que estão em fase de autorização, licitação, execução ou já concluídas. “O porto já teve sua capacidade padrão atingida e está operando acima desta capacidade. O arrendamento de novos terminais e a ampliação da estrutura é algo primordial para o futuro dos portos”, expõe Dividino. Os parâmetros apontados pelo superintendente foram delimitados no Plano de Zoneamento e Desenvolvimento do Porto Organizado (PDZPO), que traz o detalhamento das expansões necessárias e a projeção de demanda futura. As ações e projetos têm seguido o Plano com a intenção de elevar o resultado de movimentação de cargas em 2014 a outro nível recorde. “Estamos trabalhando na dragagem de manutenção dos berços e bacia de evolução. Só com este trabalho teremos ganhos bastante representativos”, explicou Dividino. As melhorias incluem o projeto de recuperação e proteção

de estacas e estrutura civil, a iluminação de diversas áreas, e o investimento no desenvolvimento de tecnologias, como o projeto ISPS CODE. Também serão adquiridos novos scanners de cargas, e quatro novos carregadores de navios, que devem aumentar a produtividade nos embarques de navios em 33%. Os primeiros equipamentos devem ser instalados ainda este semestre com término previsto para 2015.

Resultados Pelo terceiro ano consecutivo, os Portos de Paranaguá e Antonina registram recorde histórico na movimentação de cargas com 46,1 milhões de toneladas em 2013. O volume é 3,6% maior que o alcançado no ano anterior, em 2012, quando os portos do Paraná movimentaram 44,6 milhões de toneladas. “Apesar dos mais de 100 dias de paralisações por chuva que tivemos ao longo do ano e cerca de 60 dias de paralisações por conta da dragagem de manutenção dos berços, batemos a marca de 2012”, afirma Luiz Henrique Dividino. O segmento dos granéis sólidos liderou os resultados, movimentando mais de 31,9 milhões de toneladas. A soja se destacou entre os granéis de exportação e fechou o balanço com 7,8 mi, volume 17% maior que período anterior. Outro destaque é a exportação dos veículos pelo Porto de Paranaguá. Em 2013, foram 71.315 unidades exportadas – 2% a mais que, em 2012, com 70.201.


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PORTO DE SANTOS

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Porto de Santos quer bater os 122 milhões de toneladas em 2014

Parte principal do primeiro bloco de arrendamentos, o Porto de Santos concentra as atenções do setor e da Secretaria de Portos (SEP), que pretende realizar ainda no primeiro semestre de 2014 o leilão, adiado por questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU), de 29 áreas no porto santista e no Pará. O maior porto da América Latina encerrou 2013 com 114 milhões de toneladas de cargas movimentadas, um saldo 9% maior que o registrado no ano anterior. Ponto de partida da safra agrícola brasileira, o Porto tem enfrentado nos últimos anos uma série de dificuldades ocasionadas, principalmente, pela infraestrutura de seu entorno. Na tentativa de minimizar ao máximo os gargalos logísticos, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), governos e iniciativa privada têm estudado alternativas e executado projetos para organizar o grande fluxo de movimentação de cargas, aumentar a eficiência do

complexo portuário e atrair investimentos. O diretor-presidente da Codesp, Renato Ferreira Barco, ressalta que os investimentos já estão sendo aplicados, tanto para os acessos marítimos quanto terrestres. “Estamos com obras importantes em andamento, como a implantação da Avenida Perimetral, a elevação e nivelamento da Avenida da Alemoa e a obra de realinhamento de Outeirinhos, com a construção de um novo cais com 1.320 metros de extensão, a maior obra do gênero no país, bancada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O reforço do cais de Paquetá a Outeirinhos e da Ilha Barnabé, além da construção de um novo píer para mais dois berços no Terminal de Granéis Líquidos da Alemoa, agrega um total de quase 4 mil metros de cais e píer construídos e reforçados para as novas profundidades do Porto de Santos”, destaca Barco, que acredita que após o leilão das áreas, novos investimentos beneficiarão o complexo.


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PORTO DE SANTOS

A implantação da Avenida Perimetral, na margem direita de Santos, continua ainda este ano, com a elaboração do projeto executivo das obras de implantação do trecho Alemoa/ Saboó e do trecho Macuco/Ponta da Praia. O mergulhão, parte da infraestrutura viária da margem direita, que eliminará um conflito rodoferroviário na região do Valongo, está em fase de conclusão do projeto executivo. Na margem esquerda, já no Guarujá, foi entregue no início deste ano a primeira fase da Avenida Perimetral. A segunda fase, ligando a Avenida Santos Dumont à rodovia Cônego Domênico Rangoni, está em licitação para definir qual empresa fará o projeto executivo. “Um acesso provisório está sendo construído em parceria com o setor privado. Será uma solução provisória para minimizar o impacto do tráfego de caminhões de cargas na área urbana da cidade, até que se conclua a segunda fase da construção da Avenida Perimetral Portuária em Guarujá”, pontua o diretor-presidente da Codesp.

ano anterior; soja, com 15,8 milhões de toneladas e crescimento de quase 16% em relação a 2012, e milho, com mais de 11 milhões de toneladas e crescimento perto de 11%. As operações com contêineres foram de 3,4 milhões TEUs, correspondentes a 36 milhões de toneladas. O número de atracações registrou queda de 6%, somando 5.251 navios. O Porto de Santos fechou o ano com participação de US$ 122,5 bilhões, 25,4% da balança comercial brasileira (US$ 481,8 bilhões). Com pequena margem, as exportações (US$ 61,3 bilhões) superam as importações (US$ 61,1 bilhões), com uma participação de 25,3% nas remessas brasileiras ao exterior, enquanto as descargas provenientes de outros países somaram 25,5%.

Mais resultados

Os principais destinos das exportações por Santos, quanto ao valor, são a China (US$ 8,7 bilhões), os Estados Unidos (US$ 5,9 bilhões) e a Argentina (US$ 4,1 bilhões). As três cargas que se destacam no fluxo de exportação são a soja (China, Tailândia e Holanda); o açúcar (China, Bangladesh e Indonésia) e café (Alemanha, Estados Unidos e Japão).

Das 114 milhões de toneladas movimentadas em 2013, destaque para os embarques de açúcar, com mais de 19 milhões de toneladas, e crescimento de 15% em relação ao

A expectativa para 2014 é atingir 122 milhões de toneladas, o que representa um incremento de 7,0% em relação ao resultado de 2013.


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DOCAS do RIO

foto: Daniel Basil ME / Portal da Copa

Porto do Rio prevê movimentação de 12 milhões de toneladas em 2016

Concentrando as atenções do mundo nos próximos três anos, o Rio de Janeiro vive um ciclo de desenvolvimento que irá mudar consideravelmente a infraestrutura da capital para que a cidade sedie as Olimpíadas de 2016. A pleno vapor, os investimentos públicos e privados voltados à Companhia Docas do Rio de Janeiro preveem elevar o Rio à quarta posição no ranking de portos com maior movimentação de contêineres do país, segundo o Instituo Ilos. Atualmente o porto ocupa a quinta posição, atrás de Santos (SP), Itajaí (SC), Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS). Até 2016, há previsão de investimentos estimados em R$ 3 bilhões, utilizados para aumentar a capacidade e a produtividade do porto, prevendo, principalmente, a melhoria dos acessos. Um terço deste montante será investido pela iniciativa privada. O aporte do Grupo Libra e da Mutiterminais, concessionárias de terminais no porto, integra o projeto Porto do Rio Século XXI, anunciado em 2012. No mês de fevereiro, o Grupo Libra anunciou a duplicação do aporte no Rio de Janeiro, onde pretende instalar seu terminal mais moderno. Com a decisão, o investimento no Estado ultrapassa os R$ 700 milhões e preparará o terminal para receber grandes navios após a ampliação do Canal do Panamá. Após a conclusão das obras, previstas em parte para o final de 2014, a movimentação de contêineres no terminal

do Porto do Rio de Janeiro passará das 315 mil unidades anuais para 580 mil, um aumento de 80% na capacidade. Os destaques serão dois guindastes especializados em contêineres, chamados “portêineres” de 50 metros de altura e com alcance de 65 metros. O interior do estado concentra as principais apostas. Há investimentos em novos portos e terminais em Maricá, Macaé e Itaguaí, além do Porto do Açú, em São João da Barra, e do Porto do Sudeste, em Itaguaí. Somente para o terminal de Cabo Frio, a Libra vai destinar R$ 150 milhões e inclui obras no aeroporto da cidade para facilitar o trânsito de aeronaves e exploração do petróleo do pré-sal. De acordo com Jorge Luiz de Mello, presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro, a autoridade portuária prevê para 2016 o aumento do volume de carga portuária para 12 milhões de toneladas e da receita bruta de exportação e importação de US$ 19,6 bilhões para US$ 37 bilhões ao ano.

Movimentação A Companhia Docas do Rio de Janeiro fechou 2013 com movimentação total de 67,54 milhões de toneladas. O resultado é cerca de 3,5% maior do que o obtido em 2012. O Porto do Rio de Janeiro alcançou total de 8,85 milhões de toneladas contra pouco mais de 7,7 mi do ano anterior.


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CODESA

foto: divulgação

Codesa planeja de olho no futuro

A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) começou 2014 traçando planos, mas para os próximos quinze anos. Uma comissão formada pela autoridade portuária elaborou o Planejamento Estratégico 2014-2029, com o objetivo de delinear as ações com base nas potencialidades e na atividade econômica do estado. O documento traz onze metas que compõem o mapa estratégico, como corresponder às exigências da Secretaria dos Portos (SEP), bem como às legislações vigentes; gerir e fiscalizar as atividades portuárias e, assim, manter um ciclo contínuo de aquisição de recursos; incentivar novos negócios e o crescimento da economia local; captar valores para investimentos; expandir, modernizar e aperfeiçoar a infraestrutura e instalações dos portos. Valorizar e capacitar os colaboradores para desenvolver com excelência cada ação determinada completam o quadro. O Porto de Vitória integra o quarto bloco de arrendamento proposto pela SEP, ao lado do Rio de Janeiro e de outros estados, que será decisivo para o futuro do complexo, segundo o diretor de infraestrutura, Hugo Amboss. “Temos que aproveitar essa experiência para atrair mais investimentos e crescer de forma planejada. Queremos melhorar a infraestrutura e ao mesmo tempo manter a operacionalidade das atividades para nossos clientes”, ressalta Amboss. Este ano o porto dará continuidade aos projetos de infraes-

trutura já programados, como a obra de dragagem e derrocagem; a recuperação da retroárea de Capuaba, que inicia ainda no primeiro semestre; a construção do terminal de granel líquido de Barra do Riacho; a ampliação dos berços 103 e 104, cujo projeto está em andamento; e as obras de expansão do Berço 207, no Dolfins do Atalaia. “Os acessos exclusivos para entrada e saída do porto também são prioridade em Vitória e Vila Velha. A mobilidade é fundamental para todos e ajuda a mitigar os impactos”, acrescenta o diretor de infraestrutura.

Ponta da Fruta A Companhia Docas do Espírito Santo apresentou em fevereiro o projeto e o estudo de viabilidade do porto de águas profundas que, segundo o presidente da Codesa, Clovis Lascosque, será o mais moderno do país. A Ponta da Fruta, em Vila Velha, foi escolhida entre quatro opções disponíveis por já apresentar profundidade de 22 metros, excluindo necessidade de dragagem, e principalmente porque a região atende ao conceito de plataforma logística, integrando empreendimentos industriais e serviços em busca de competitividade internacional. A construção do porto está orçada em R$ 4,3 bilhões, mas gerará uma economia de aproximadamente R$ 3,9 bilhões para a atual cadeia logística que escoa a produção. Além disso, o superporto deve atrair investimentos na ordem de R$ 1,4 bilhão para o estado.


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CODEBA

Complexo Portuário do Porto Sul vai custar R$ 3,3 bi e aliviar escoamento de cargas no país A Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) iniciou o ano com a autorização da Secretaria de Portos (SEP) para a instalação de dois novos Terminais de Uso Privado (TUP) em Ilhéus: o Porto Sul e o Bamin - Bahia Mineração S.A. Os investimentos são estimados em R$ 3,3 bilhões, dos quais R$ 2,422 bilhões para Porto Sul e R$ 898 milhões para o TUP Bamin.

produção do país, que tem como objetivo desafogar os portos do Sul e do Sudeste. O Porto Sul, cuja obra tem prazo de execução de cinco anos, terá capacidade para movimentar 75 milhões de toneladas/ano de granéis sólidos, carga geral e carga conteinerizada. De acordo com o projeto, o TUP vai poder receber embarcações de até 260 metros de comprimento e calado de 15 metros.

Os terminais integram o plano logístico de escoamento da

O TUP Bamin deve ser entregue antes, em três anos. O terminal terá capacidade para movimentar 20 milhões de toneladas/ano de granéis sólidos (minério) e receber navios de até 220 metros e calado de 18,3 metros. Ambos os empreendimentos formarão o Complexo Portuário Porto Sul, com retroárea de 1.224,9 ha, ponte de acesso marítimo e píer com quebra-mar a 3.500 metros da costa. Na avaliação do governo federal, a integração do Complexo Portuário do Porto Sul com a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) será um vetor importante de desenvolvimento para a região do oeste baiano e importante alternativa de escoamento para a produção da Região do centro-oeste brasileiro.

Porto de Salvador

foto: divulgação

Em 2013, o terminal seguiu em primeiro lugar em movimentação de cargas de navegação de longo curso entre os terminais de contêineres do Nordeste. De janeiro a dezembro, foram 3.957.073 toneladas de carga movimentadas, 8,7% a mais que em 2012. A movimentação de contêineres subiu 5% na comparação entre os mesmos períodos e atingiu 290,2 mil TEUs. Quando divulgado o resultado, o diretor-presidente da Codeba, José Muniz Rebouças, disse que “o resultado reflete os investimentos realizados pelo poder público e iniciativa privada, que duplicaram a sua capacidade além da atração de novos produtos, a exemplo da produção de frutas do Vale do São Francisco”. A movimentação portuária total na Bahia atingiu 36 milhões de toneladas de cargas em 2013, sendo que 70,8% desse total em portos privados. Os portos de Aratu, Salvador e Ilhéus, portos públicos administrados pela Codeba, movimentaram 10,2 milhões de toneladas no ano.


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PORTO Do CEARÁ

FOTO: DIVULGAÇÃO

CDC entrega Terminal Marítimo de Passageiros para Copa do Mundo

O novo Terminal Marítimo de Passageiros entra em operação ainda neste mês de abril de acordo com a Companhia Docas do Ceará (CDC), que administra o Porto de Fortaleza. A expectativa é receber o primeiro navio de passageiros para a Copa do Mundo da Fifa 2014 em 16 de junho. O empreendimento compreende um cais de atracação, uma nova estação de passageiros, um pátio pavimentado de 40 mil m² como retroárea. No período em que não atracar navios de passageiros, o terminal poderá receber navios com carga conteneirizada e carga de projeto, ampliando em até 30% a capacidade de armazenamento de cargas do porto e movimentação de passageiros nos próximos cinco anos.

Em 2013, o Porto de Fortaleza atingiu a marca dos cinco milhões de toneladas importadas e exportadas, crescendo 10% em relação ao ano de 2012, e incrementou em 24% sua movimentação de contêineres, finalizando 2013 com 90.961 TEUs. Os granéis líquidos (gasolina, diesel, querosene de aviação, asfalto e gás de cozinha) se destacaram, seguidos pelos granéis sólidos (trigo, enxofre, fertilizantes e milho) e pela carga geral (arroz, sal, frutas, cimento e aerogeradores). Segundo o diretor-presidente da Companhia Docas do Ceará (CDC), Paulo André Holanda, o resultado positivo na movimentação de cargas do Porto de Fortaleza se deve ao cumprimento de todos os projetos de infraestrutura acordados com a Secretaria de Portos (SEP), aliado às ações de tecnologia da


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Projetos para 2014

1. Construção de molhe de proteção do berço 106 (novo berço), alargamento da crista do molhe de proteção e enrocamento de proteção da Praia Mansa 2. Derrocamento do arenito no berço 103 3. Construção de armazém de segregação e esterilização e pátio para cargas perigosas e centro separador de resíduos sólidos

4. Parque para contêineres frigoríficos do pátio de exportação 5. Expansão do molhe de proteção do Porto de Fortaleza 6. Ampliação das instalações administrativa da CDC 7. Duplicação da ponte de acesso do Píer Petroleiro 8. Construção de rampa para as embarcações de apoio

do Porto de Fortaleza

Representam investimentos de mais de R$ 120 milhões, oriundos do PAC III.

informação, gestão da diretoria, empenho dos empregados e bom relacionamento com os operadores portuários e a classe trabalhadora. “Mesmo sem aumento de área de armazenagem, conseguimos atrair novas cargas para o Porto de Fortaleza”, ressalta. Ao todo, a CDC executou mais de R$ 100 milhões entre obras e projetos. Dentre eles, destacam-se a construção da estação de passageiros, novo cais de atracação, retroárea, instalação da nova iluminação industrial, além dos projetos Porto Sem Papel e Porto 24 horas, estes últimos capitaneados pela SEP. Para 2014, oito projetos são cruciais para o desempenho do porto. Destes, a construção de molhe de proteção do novo berço 106 e da Praia Mansa; o derrocamento do arenito no berço 103 e a

expansão do molhe de proteção do Porto de Fortaleza são os investimentos mais aguardados. A CDC ficou em primeiro lugar no último ano em percentual de execução orçamentária entre as companhias docas federais, com índice de 56%. “Vamos manter o excelente desempenho na execução orçamentária, a fim de que a cada obra finalizada novos investimentos possam ser liberados pelo governo federal. Foram R$ 104 milhões executados em obras de melhoria e modernização do Porto de Fortaleza, incluindo o Novo Terminal de Passageiros, e em 2014, a empresa vai trabalhar dentro da metodologia estabelecida pela Lei dos Portos, focando na gestão por resultado em produtividade, eficiência e com menor custo”, ressalta Paulo Holanda.


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PORTO DE CABEDELO

foto: fotoimagem

Porto de Cabedelo fortalece indústria paraibana

O governo da Paraíba tem se esforçado para posicionar o estado como o segundo maior produtor de cimento do país. Quatro novas indústrias estão sendo construídas para que o Polo Cimenteiro possa movimentar cerca de 10 milhões de toneladas/ ano. E o Porto de Cabedelo é peça estratégica para a instalação e escoamento da produção. Em 2013, Cabedelo bateu um recorde histórico de movimentação com 1.943.456 toneladas de cargas. Na ocasião do anúncio, o presidente da Companhia Docas, Wilbur Jácome, frisou que a instalação das cimenteiras no litoral sul ajudou a alavancar os resultados positivos. “O porto continua sendo reflexo do desenvolvimento econômico que o estado tem vivenciado com a chegada de 190 novas empresas. Os navios que trazem peças para as novas cimenteiras compuseram boa parte da movimentação”, detalhou Jácome. Para poder se preparar para esta nova demanda, o Porto tem investido em obras de estruturação. Nos últimos três anos, foram aportados R$ 9 milhões em melhorias e outros R$ 2,5 milhões estão sendo empregados no acesso à retroárea portuária, com a implantação de uma nova rodovia, que irá suportar o tráfego de 450 mil toneladas de carga por ano. Embora os investimentos estejam acontecendo, para atingir o nível de crescimento sustentável, ainda mais tangível, o porto

de Cabedelo pleiteia recursos para viabilizar, prioritariamente, três grandes projetos de infraestrutura portuária: Terminal de Múltiplo Uso, com pátio de 102.000 m² e capacidade para movimentar 120 mil TEU’s; reforço do cais, ampliando a profundidade do estacamento; e dragagem do canal de acesso, bacias de evolução e atracação. “Sem a concretização desses três projetos de grande vulto, ficará mais difícil manter o crescimento”, aponta o presidente da Docas. O custo estimado dessas melhorias ultrapassa os R$ 784 milhões.

Expectativa O porto paraibano começou 2014 superando o volume de cargas movimentadas em relação ao ano de 2013. Durante o mês de janeiro atracaram no porto 17 navios cargueiros, que desembarcaram 243 mil toneladas de produtos, um crescimento de 7,38% em relação ao mesmo período do ano passado. A movimentação de contêineres atingiu 400 unidades. O gestor da Companhia Docas ressalta o crescimento de mais de 20% dos contêineres movimentados por documento de trânsito aduaneiro, o que demonstra o aquecimento do mercado varejista paraibano, pois parte desses contêineres traz bens de consumo para serem diretamente distribuídos no Estado. “A meta desse ano é superar os 2 milhões de toneladas que por muito pouco não foram alcançadas em 2013”, destacou Wilbur.


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porto do itaqui

Itaqui investe no Tegram em busca dos 150 milhões ton/ano A conclusão de importantes obras de ampliação da infraestrutura portuária do Porto do Itaqui, administrado pela Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), aumentará a capacidade operacional do porto maranhense em até 11% em 2014, com previsão de movimentação de 17 milhões de toneladas.

Em fevereiro deste ano foi realizado o primeiro embarque de celulose produzida pela nova fábrica da Suzano em Impetratriz-MA. Este é o mais novo produto no portfólio das exportações do porto que prevê uma movimentação anual de 1,5 milhão de tons por ano. Os principais clientes estão na América do Norte e Europa.

Um dos projetos mais aguardados, o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) começará a ser construído no segundo semestre deste ano. A estrutura de escoamento dos grãos possibilitará o surgimento de uma nova lógica da exportação de soja no país e beneficiará as cadeias produtivas do agronegócio das regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, em especial os estados da região conhecida como MAPITOBA (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia).

Apesar de ser uma atividade recente, a movimentação de contêineres vem crescendo e deverá duplicar sua capacidade, alcançando os 20 mil TEUS este ano. A cabotagem também cresce e hoje conta com duas linhas regulares que permitem o escoamento do alumínio e recebimento de produtos da Zona Franca de Manaus, por exemplo. O porto ainda mantém uma linha regular internacional para viabilizar a importação de materiais de construção, produtos químicos e maquinários e tem perspectivas de iniciar a exportação de manganês, algodão e milho em contêineres.

Balanço O Porto do Itaqui movimentou 15,3 milhões de toneladas em 2013, alcançando recordes históricos de movimentação de soja, fertilizantes, cobre, carvão, etanol e clinquer. Dentre estes, a soja liderou a movimentação com 2,9 milhões de toneladas no período. Além dos projetos que estão em andamento este ano, até 2020 a meta é investir na infraestrutura do Terminal de Fertilizantes, Cais e Berços 99 e 98, Retroárea do Cais 100/101 e 104 e 105.

foto: divulgação

Estrategicamente localizado, o Porto do Itaqui está próximo ao Canal do Panamá e de Suez e importantes mercados como a Europa e EUA. Para o presidente da Emap, Luiz Carlos Fossati, o projeto de expansão do porto do Itaqui é audacioso e vislumbra a obtenção de investimentos que atingirão R$ 6,4 bilhões e serão empregados visando atingir 150 milhões de toneladas/ano. “Até 2017, os projetos somarão R$ 1,5 bilhão. O Porto do Itaqui está em plena fase de expansão do seu escopo de negócios com três projetos importantes se consolidando: início da movimentação de celulose, a inauguração do Terminal de Grãos (Tegram) e inauguração de novo berço para derivados de petróleo”, reforça Fossati.


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PORTO VELHO

SOPH explora novo potencial para escoamento de grãos Atenta à alternativa de escoamento de grãos que se desenha para os próximos anos e que passa pela região Norte do país, a Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH) prevê investimentos para aumentar sua capacidade de carga em 40% até o final deste ano. A intenção é aproveitar a expectativa de redução de custos dos produtores do Centro-Oeste com as novas opções para escoamento de carga. Além do encurtamento no trajeto percorrido pela soja (de até 3 mil quilômetros se comparado com os portos do Sudeste) e do consequente alívio no tráfego de caminhões, a economia pode chegar a US$ 14,8/tonelada no frete para uma operação com destino ao continente europeu, por exemplo. “O Ministério dos Transportes e a Secretaria de Portos tem a visão que o Porto Organizado de Porto Velho irá ocupar, em breve, o nível de importância que tem o Porto de Paranaguá atualmente. De fato, o futuro de Rondônia passa pelo terminal portuário do estado”, destaca o diretor-presidente da SOPH, Ribamar Oliveira. Em 2013, o porto movimentou 3.397.590 milhões de tone-

ladas. Um crescimento de 3,5 % em relação a 2012 quando o movimento de carga e descarga foi de 3.273.500 milhões de toneladas. Diariamente, cerca de 400 caminhões circulam pelo terminal portuário transportando soja, milho, cimento, carnes, combustíveis, alimentos perecíveis e não perecíveis, contêineres, automóveis, cargas gerais e especiais, entre outras cargas. O Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Porto Velho traça perspectivas otimistas para o próximo quadriênio. Segundo a administração da SOPH, o movimento deve se aproximar de cinco milhões de toneladas em 2018, com incremento de um milhão de toneladas em granéis sólidos e outras 600 mil toneladas de carga geral. “Não é à toa que empresários e instituições tenham cada vez mais interesse em conhecer nossas instalações. Afinal, temos um tripé essencial para atrair potenciais investidores: mercado consumidor em expansão, localização geográfica privilegiada e infraestrutura adequada”, diz Oliveira.

Modernização

foto: Jdivulgação

O Plano de Modernização Portuária para readequar a logística e a infraestrutura do porto já está em vigor e, além de modernizar a área administrativa, prevê a construção de barracões para estocagem de produtos perecíveis, abertura de espaço para armazenamento de contêineres e ampliação da cartela de produtos exportados. Os investimentos em infraestrutura somam aproximadamente R$ 10 milhões e incluem a implantação de um sistema de vigilância, com catracas eletrônicas e informatização de acesso. “A implantação destes novos equipamentos de segurança e acesso deve acontecer no primeiro semestre de 2014 e dará continuidade à meta de aperfeiçoamento, além de dar garantia e credibilidade ao importador e ao exportador”, explica o diretor-presidente da SOPH, Ribamar Oliveira. O governo federal prevê investir R$ 21 milhões no Porto Organizado de Porto Velho em 2014, auxiliando na exploração das potencialidades do Corredor Madeira/Amazonas. O recurso será aplicado na ampliação do cais, aquisição de duas rampas, construção de novos armazéns e escritórios, manutenção e reforma do cais atual, entre outras obras.


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CDP

CDP aumenta ritmo em busca de posição estratégica Bons ventos sopram em direção ao norte do país. Os portos do Pará estão na linha de frente dos investimentos previstos para o setor pelo governo federal e integram o primeiro bloco dos arrendamentos agendados pela Secretaria de Portos (SEP) ao lado do complexo santista. Isso porque os portos do estado fazem parte da ação estratégica do governo para direcionar as cargas e a distribuição de combustíveis para as regiões Norte e Nordeste.

com cerca de 20 milhões de cabeças e é o maior exportador de gado vivo do Brasil. A nova câmara favorece a exportação de carne na forma industrializada, beneficiando a cadeia produtiva do setor.

O Estado é privilegiado por sua imensa bacia hidrográfica, sua localização geográfica e consequente vocação multimodal. Com a ampliação do canal do Panamá, programada para o primeiro semestre de 2015, e os testes no canal do Quiriri, que já estão sendo realizados com navios de calado entre 12,6 e 12,8 metros, a região apresenta novas oportunidades de ação e estudo para o setor portuário. Somente para os portos da Companhia Docas do Pará (CDP), Belém, Outeiro, Miramar, Vila do Conde e Santarém, dentro do bloco de arrendamento estão previstos 20 contratos, que somam investimentos em torno de R$ 1,5 bilhão.

A expectativa da autoridade portuária é ampliar ainda mais a movimentação ao final de 2014. Como parte dos projetos de modernização, o Porto de Belém iniciou a operação de uma câmara frigorificada, que tem 460 m³ e capacidade para inspecionar até 55 toneladas de mercadorias. O investimento de R$ 700 mil foi realizado com recursos da própria CDP e habilitou o porto para escoar, por exemplo, carne para Rússia - um dos maiores importadores deste produto brasileiro. O Pará tem hoje um rebanho bovino

foto: divulgação

Em 2013, somente o Porto de Belém movimentou 567.555 toneladas de carga, ante pouco mais de 460 mil no ano anterior. No acumulado dos portos, a CDP seguiu os resultados positivos observados na atividade portuária brasileira e fechou o ano com incremento na movimentação em relação a 2012. Segundo dados de fechamento da Companhia, de janeiro a dezembro do ano passado, foram movimentadas 22.126.410 toneladas de cargas, mais de 71%, de granéis sólidos.


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CODERN

Porto de Natal dobra exportação de frutas em dois anos O Porto de Natal iniciou o ano com o anúncio de uma nova linha marítima que liga a capital potiguar à cidade de Port of Spain, em Trindad e Tobago. A medida amplia as possibilidades de movimentação de cargas dos produtores do estado, principalmente de frutas e sal, já que a rota permite a interligação com portos asiáticos e americanos. Com novas possibilidades, a expectativa da Companhia Docas do RN (Codern) é superar os resultados de movimentação obtidos em 2013. Os dados apontam que de janeiro a novembro do ano passado, 168.701 toneladas passaram pelo Porto de Natal, um aumento de 26% em relação ao mesmo período de 2012. Entre 2011, quando registrou pouco mais de 82 mil toneladas, e 2013, a Codern conseguiu mais do que dobrar o volume do embarque de frutas.

foto: FOTOIMAGEM

O resultado só não foi mais expressivo porque faltou espaço nos navios para a demanda de contêineres de frutas. Segundo a Codern, para que o problema não ocorra na safra deste ano, produtores e armadores já negociam para que os navios revejam a destinação de sua capacidade. “Foram dois anos positivos. Destaque para o desempenho de toda a equipe da Companhia e os empresários, que cumpriram com sua palavra e dobraram as exportações”, pontua o diretor-presidente da Companhia, Pedro Terceiro de Melo.

De toda a movimentação de frutas registrada em 2013, 90% da carga é oriunda do Rio Grande do Norte. As frutas que são exportadas pelo estado são, em sua maior parte, melão, manga, banana e melancia. Ainda para este ano, estão previstas obras como a construção do Berço 4, proporcionando maior capacidade de atracação de embarcações, e a ampliação da retroárea portuária para armazenamento de carga.

Embarque de sal O Terminal Salineiro de Areia Branca, no litoral norte do Estado, fechou 2013 com um aporte de 23% na movimentação de sal, se comparado a 2012, ultrapassando 1,2 milhão de toneladas. O crescimento no Porto-Ilha não acontecia há cinco anos, devido à queda na produção e exportação do produto e à entrada do sal chileno no mercado. Um dos fatores que contribuíram para a recuperação foi o investimento de R$ 278 mi, oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para ampliação da plataforma do cais de atracação e aquisição de equipamentos. “As melhorias farão com que a ilha funcione de maneira completa, trabalhando com todos os carregadores de barcaça e toda a estrutura do terminal”, explica a gerente do terminal, Tássyla Talyne. A reestruturação também inclui uma nova usina de geração de energia, que deve entrar em pleno funcionamento ainda neste semestre.


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PORTO de suape

Suape lidera desenvolvimento de Pernambuco e quer bater novo recorde em 2014 A meta para os próximos anos já está traçada. O Complexo Industrial Portuário de Suape quer se consolidar como um dos maiores portos públicos do Brasil em movimentação de cargas e como principal âncora para a economia pernambucana. Com recém-completados 35 anos de atividade, o Porto de Suape inicia 2014 com 45 empresas em instalação e, até o final do ano, outras dez, devem incrementar o polo.

foto: divulgação

A expectativa do Complexo é de que a movimentação de cargas no porto pernambucano atinja 14 milhões de toneladas este ano, uma alta de 8,9% em relação ao volume registrado em 2013, em que foram movimentados 12,8 milhões de toneladas. O volume de contêineres também deve evoluir, chegando a cerca de 440 mil TEUs, um aumento de 11% ante 2013. “No horizonte de 2014 a 2017, Suape espera receber o reforço de três novos terminais considerados estratégicos para o desenvolvimento do porto e que devem ser licitados pela Secretaria de Portos”, adianta o vice-presidente do Complexo de Suape, Caio Ramos, que se refere ao Terminal de Contêine-

res – Tecon II, o Terminal de Graneis Sólidos e o Terminal de Grãos e Fertilizantes. Há, ainda, a previsão de um Terminal de Açúcar e um de Trigo. O total investido nesses novos projetos chega a R$ 3,9 bilhões, sendo R$ 1,2 bilhão de recursos públicos e o restante, R$ 2,6 bilhões, em recursos privados. Ainda em 2014, a Refinaria Abreu e Lima (RNest), da Petrobras, começa a operar e trará importantes mudanças e incrementos aos negócios do Porto de Suape. A unidade terá capacidade para processar 230 mil barris de petróleo diários, cerca de 11% da capacidade total de refino do produto no país e deve atender à demanda de mercado do Norte/Nordeste. O empreendimento está sendo construído com 86% de conteúdo local. Segundo a administração do complexo, isso é reflexo do avanço no Fórum Suape Global, provedor de bens e serviços para a indústria de petróleo, gás, offshore e naval. Houve discussões que resultaram na formação de 113 instrutores e de 1,9 mil pessoas em cursos de eletricistas, serralheiros, mecânicos e soldadores voltados aos estaleiros Atlântico Sul (EAS) e


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Balanço 2013 Vard Promar, que começou a operar no último ano.

Melhorias A evolução na movimentação portuária acontece em paralelo à melhoria na infraestrutura. Em janeiro deste ano, o Porto de Suape iniciou obras nos Píeres de Graneis Líquidos (PGL) 1 e 2 para ampliar a capacidade de recepção de navios que atenderão à Refinaria Abreu e Lima, prevista para entrar em operação no fim deste ano. Somados a outras obras para atender a refinaria, os recursos somam R$ 670 milhões. No PGL 1 tem sido realizada a duplicação do cabeço de amarração da ponta do píer, local onde os navios ficam atracados. A obra vai permitir que o píer receba dois navios de até 200 metros simultaneamente, acelerando as operações. Já o projeto para o PGL 2 prevê a troca de defensas e de dutovias. O procedimento irá garantir uma redução de 30% do tempo médio de operação dos navios com cargas de derivados de petróleo. A previsão é que as obras sejam concluídas ainda no primeiro semestre de 2014. No âmbito social, devem ser entregues as 75 casas dos mora-

O volume de 12,8 milhões de toneladas transportadas em 2013 é quase 14% superior ao último recorde de 11,2 milhões/ton em 2011. O desempenho é motivado principalmente pelos graneis líquidos (óleo combustível, álcool, diesel, gasolina, querosene de aviação, entre outros), que somaram aproximadamente 7,3 milhões de toneladas, seguidos dos contêineres, que transportaram quase 4,5 milhões de toneladas. O aumento na movimentação também pode ser atribuído ao início da operação, em agosto último, dos Píeres de Graneis Líquidos 3A e 3B, construídos para atender à demanda da Refinaria Abreu e Lima.

dores de Vila Nova Tatuoca, além de ser dado início à construção das 2.620 casas do Loteamento Nova Vila Claudete. A ação integra os esforços para remanejamento das famílias da área industrial de Suape.

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PORTO de suape


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SISTEMAS DE INFORMÁTICA

Aberta lança extrator de dados de DI via Siscomex para importadores Um novo recurso acaba de ser lançado pela Aberta Informática, um leitor de DI´s via Siscomex Importação Web. Este recurso, que já atende os clientes usuários do módulo importação, passará em breve a atender os importadores que necessitam desta ferramenta. Trata-se de um extrator de Declaração de Importação (DI) via Siscomex Importação Web, utilizando certificados digitais. A novidade, segundo o diretor comercial da Aberta Informática, Edson Luiz da Silva, deve gerar um crescimento de nada menos que 50% no faturamento da empresa, já que será possível atender também os importadores. “Sabemos que é audacioso, mas temos convicção de que atingiremos a meta”, diz. Entre as aplicações do novo módulo está a leitura de dados da DI para emissão de nota fiscal de entrada, geração de arquivos para recuperação de impostos ou qualquer outro uso da informação sem necessidade de acessar o Siscomex. Há 18 anos no mercado logístico do Sul do Brasil, a empresa tem um completo cardápio de soluções para despachantes e comissárias de despachos. Atualmente, conta também com os módulos de Faturamento, Exportação, Importação, Financeiro, Parametrização (Agendador de Tarefas), Follow Up, Gerador de Documentos e Compartilhador. O módulo Exportação, por exemplo, é integrado ao NovoEX, Tradex e Sisbacen. Já o Financeiro aproveita todos os dados para emissão de nota fiscal eletrônica de serviço, evitando retrabalho. O módulo Importação faz geração de DI a partir de planilhas e ainda realiza qualquer tipo de rateio, independentemente da moeda utilizada na transação. O Agendador de Tarefas, por sua vez, faz as parametrizações do Siscomex Importação e Exportação automaticamente, inclusive baixando e digitalizando CIs e extratos. O Gerador de Documentos além de promover a integração, via Web Service, do despachante com sistemas ERP´s de seus clientes, é capaz de gerar qualquer tipo de documento já preenchido e de forma automática, bastando abri-lo para que apareça preenchido. “Todos os módulos são integrados entre si, não existindo retrabalho de digitação”, detalha Edson.

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Entre as aplicações do novo mó-

dulo está a leitura de dados da DI para emissão de nota fiscal de entrada e geração de arquivos para recuperação de impostos sem necessidade de acessar o Siscomex >>

Inaugurada em 1996, a Aberta informática Ltda vem atuando principalmente nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio Grande do Norte e Pernambuco, mais focada nas portos de Itajaí, São Francisco do Sul e Paranaguá. Em 2013, a empresa teve um crescimento de 20%, impulsionada principalmente pelo lançamento do Gerador de Documentos e pelo Agendador de Tarefas para Siscomex Importação Web. Nos últimos anos, segundo o diretor comercial, a Aberta investiu fortemente em pesquisa e aprimoramento da equipe com o objetivo de oferecer soluções inéditas e práticas, visando tornar-se referência nacional no segmento de comércio exterior.

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Terminal de Contêineres de Paranaguá

TCP se consolida como um dos mais completos integradores logísticos Hoje o TCP é o único da América Latina autorizado a receber navios de até 368 metros de comprimento por 51 metros de boca Segundo maior terminal de contêineres do Brasil, o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) também é hoje o mais pro­ dutivo do país, com 85 mph (movimentos por hora/navio) em 2013, além de um dos mais modernos e completos integra­dores logísticos do setor portuário brasileiro.

Em 2011, o TCP investiu R$ 51 milhões em novos equipamentos, ampliando sua capacidade de 800 mil para 1,2 milhão de TEUs/ano. Os investimentos foram intensificados a partir de 2012, com a ampliação do cais de atracação que dará ao terminal um novo píer de 879 metros de comprimento, permitindo que o TCP receba os maiores navios de contêineres que operam no comércio internacional e aumentando sua capacidade para 1,5 milhão de TEUs/ano. “Com isso, o terminal pode receber, simultaneamente, três navios porta-contêineres com até 8.600 TEUs de capacidade”, afirma Juarez Moraes e Silva, diretor superintendente do TCP. Ele explica que os navios de transporte de contêineres estão cada vez maiores em comprimento e largura, o que exige uma adequação dos terminais para recebê-los. “Além do espaço no cais de atracação, também são necessários equipamentos modernos, com maior alcance”. Moraes e Silva destaca que Paranaguá é um dos poucos portos do centro-sul do Brasil que tem condições de receber esses grandes navios de carga. “Hoje o TCP é o único da América Latina autorizado a receber navios de até 368 metros de com-

foto: divulgação

Esta série de conquistas tem como base um projeto iniciado há quase três anos e que mudou por completo o TCP, proporcionando melhorias para importadores e exportadores. Foram mais de R$ 365 milhões investidos na modernização e ampliação da capacidade operacional do terminal, bem como na implantação de um amplo projeto de reestruturação e melhoria de gestão. primento por 51 metros de boca”, diz, acrescentando que tudo isso, aliado à produtividade alcançada, possibilitou uma redução substancial no período de permanência dos navios no porto. “Apesar de recebermos navios cada vez maiores, reduzimos em mais de 50% nos últimos dois anos o tempo médio de permanência deles no porto, garantindo aos importadores e exportadores uma grande economia de custos”. Luiz Antonio Alves, CEO do TCP, ressalta que o projeto equiparou o terminal aos melhores portos de contêineres internacionais, oferecendo aos clientes mais eficiência, além de garantir o atendimento da demanda pelos próximos anos. Ao lado dos investimentos, Alves destaca a criação do TCP LOG, subsidiária dedicada a serviços de integração da cadeia logística com transporte por terra que oferece serviços de armazenagem, estrutura para carregamento e descarregamento de contêineres, pátio para contêineres e transporte rodoferroviário a Paranaguá. Com a iniciativa, que expande sua atuação para além dos limites do Porto de Paranaguá, o TCP implantará bases intermodais em sua área de abrangência. A primeira, já em operação, fica em Ponta Grossa e tem como foco cargas agroflorestais, refrigeradas e commodities, como soja, milho e farelo.

Av. Portuária, s/n, Porto D. Pedro II Paranaguá | PR +55 (41) 3420-3300 www.tcp.com.br


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GESTÃO ADUANEIRA

Krueger inaugura filial no Nordeste Empresa catarinense com matriz em Itajaí aposta no potencial de uma das principais bases logísticas do Brasil na atualidade

Porto de Suape é uma das principais bases logísticas da região, absorvendo e escoando cargas de Pernambuco e estados vizinhos

Consolidando sua marca no mercado do Sul do Brasil por meio da excelência de seus serviços nas áreas de despacho aduaneiro, logística, assessoria e gestão integrada voltada ao comércio internacional, a Krueger Gestão Aduaneira e Logística fechou 2013 com um crescimento na ordem de 35%. Neste período, a concretização de mais um desafio contribuiu para este resultado: a abertura de filial na região Nordeste, estrategicamente situada na cidade de Recife, em Pernambuco. A nova unidade atende inicialmente as operações através do Porto de Suape, Porto de Recife e Aeroporto Internacional dos Guararapes, em Recife. O Porto de Suape é hoje uma das principais bases logísticas da região Nordeste, absorvendo e escoando cargas de Pernambuco e estados vizinhos. “Atualmente, a região Nordeste apresenta elevados índices de crescimento, e esperamos poder acompanhar este ritmo expandindo nossos negócios nesta região”, destaca Fábio Krueger, diretor da Krueger Gestão Aduaneira e Logística. Fábio ainda salienta: “A abertura desta filial é fruto da execução de um projeto de expansão de nossa área de abrangência e de crescimento como um todo. Além desta importante etapa cumprida no ano passado, diversas outras estão por vir no ano de 2014.”

Comércio exterior Com matriz em Itajaí, no Litoral Centro-Norte de Santa Catarina, a Krueger dispõe de uma estrutura apta a gerenciar toda a cadeia do comércio exterior através das divisões de gestão aduaneira, logística, assessoria e consultoria. A empresa oferece suporte para o planejamento e execução das operações de ponta a ponta, contando ainda com apoio jurídico e também técnico nas áreas de químicos, maquinários e alimentos. Segundo Fábio Krueger, todo o processo é gerenciado por um sistema informatizado em que, além do recebimento de follow-up regular, o cliente possui uma plataforma de acesso online onde pode acompanhar o andamento das operações em tempo real, desde a coleta da carga na origem até a entrega no destino final.

PORTFÓLIO: Assessoria e Consultoria Aduaneira/Tributária Gestão Integrada de Comércio Exterior Desembaraço Aduaneiro Transportes Internacionais (Multimodal) Transporte de Cabotagem

Rua Tijucas, 136, 2o andar, Centro Itajaí | SC +55 47 3349.3210 www.krg-ce.com.br

Filial Recife | PE +55 81 3034-3210


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COMPLEXO LOGÍSTICO

Rocha Terminais planeja ampliar área de atuação no Brasil Com atuação no Sul e Sudeste, a empresa atende diferentes necessidades de movimentação e estocagem de granéis sólidos, carga geral e conteinerizadas

ainda construir um terminal para granéis sólidos de exportação, incluindo soja, farelo, milho e açúcar, com capacidade estática de mais de 300 mil toneladas e movimentação de mais de 6 milhões de toneladas por ano no Porto de Paranaguá, em área própria e interligada ao porto público e corredor de exportação. A empresa também estuda o desenvolvimento de negócios em portos e terminais do Nordeste e Centro-Oeste do Brasil.

A Rocha Terminais Portuários e Logística, grupo com mais de 150 anos de experiência no setor portuário e no gerenciamento integrado da cadeia logística, tem suas atividades pautadas em duas unidades de negócio: granel e industrializados. Na primeira, atua em operações portuárias diversificadas, oferecendo soluções inteligentes e competitivas para diferentes áreas e segmentos da cadeia produtiva do agronegócio, adicionando valor às operações e aos negócios de seus clientes. Entre os serviços oferecidos pela Rocha e afiliadas estão a operação portuária e armazenagem de granéis sólidos de importação nos portos de Paranaguá (PR), Rio Grande (RS) e São Francisco do Sul (SC), com foco na importação de fertilizantes. A divisão de industrializados, com atuação nos portos de Paranaguá (PR), São Francisco do Sul (SC) e Guarujá (SP), compreende, dentre os principais negócios, o porto seco, unidade localizada em São Francisco do Sul com mais de 110 mil metros de área alfandegada e 22 mil metros de área coberta, além de depósitos de contêineres vazios, armazém alfandegado/IPA, redex, armazéns gerais, transporte e despacho aduaneiro. A proposta da Rocha e seu objetivo estratégico é expandir sua atuação geográfica, buscando sobretudo atender clientes em diferentes pontos do Brasil. Em Paranaguá, a Companhia pretende

Além da atuação nas divisões de granel e industrializados, a Companhia possui participação na Cattalini Terminais Marítimos, maior terminal privativo para a movimentação de granéis líquidos da América Latina, em Paranaguá. Com píer próprio e capacidade estática para mais de 381 mil m³, a estrutura está em fase de expansão (duplicação) de sua capacidade.

Estrutura do grupo Rocha: Granel: • Guindastes sobre rodas dedicados a descarga de navios nos portos de Paranaguá, Rio Grande e São Francisco; • Capacidade estática de armazenagem de mais de 400.000 toneladas. Porto Seco: • Área total de 110 mil m², sendo 22 mil m² de área coberta e 90 mil m² de área descoberta. Armazém Alfandegado: • Área coberta de 4 mil m² e pátio de 1 mil m²; • Capacidade de movimentação de até mil contêineres/mês. Redex: • Área total de 21.600 m² e armazém elevado com 2.200 m²; • Plataformas e 12 docas exclusivas para recebimento e carregamento de mercadorias de caminhões e/ou para contêineres.

Rua João Eugênio, 922, Centro Paranaguá | PR +55 41 3420-2300 www.rochatop.com.br

Curitiba | PR +55 41 3221-5600 São Francisco do Sul | SC +55 47 3471-1800


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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Planner e Phaeros passam a atender mercado de portos e terminais De olho no crescimento de novos terminais portuários, empresas desenvolveram soluções especiais para estruturas de pequeno e médio porte

Uma parceria de sucesso entre a brasileira Planner e a belga Phaeros passou a oferecer um Sistema Operacional de Terminais diferenciado ao mercado logístico nacional. De olho na expectativa de crescimento de novos terminais portuários nas cinco regiões do Brasil, a Planner e a Phaeros desenvolveram soluções especiais para terminais de pequeno e médio porte, com a missão de oferecer um sistema que atenda às necessidades gerenciais do dia a dia a um custo acessível. Segundo o gerente de vendas da Phaeros, Tom De Smedt, quando se trata de terminais de carga, os grandes terminais de contêineres têm diversas opções à disposição para escolher um sistema operacional. No entanto, os terminais de pequeno e médio porte que movimentam cargas em contêineres ou outros tipos de carga - especialmente aqueles que lidam com mais de um tipo de carga - têm dificuldade em encontrar uma solução adequada e que esteja de acordo com o orçamento. “Por isso, desenvolvemos um sistema de gestão de terminais para atender clientes que atuam em uma única área ou em mais de uma área”, detalha. No mesmo espírito das soluções comerciais, a Phaeros decidiu também desenvolver outros aplicativos para o setor marítimo, mais especificamente um sistema de faturamento marítimo dedicado e um sistema multiuso de gestão de terminais. “Mais uma vez, em ambos os casos, acreditamos que havia espaço para melhorias nos procedimentos comuns em portos e terminais. Percebemos que muitos portos continuam gerando suas faturas de maneira muito manual e demorada ou estão usando sistemas financeiros genéricos para faturamento, que não são realmente capazes de lidar com as especificidades e complexidades do faturamento portuário”, observa Tom De Smedt. Segundo o diretor da Planner, Armando Heck, a aposta no novo segmento partiu de uma observação minuciosa do mercado nacional. Conforme sua análise, o setor portuário brasileiro está

Empresa Certificada ISO 9001:2008

passando por uma transformação na qual não apenas novos portos estão sendo construídos, mas também os que já existem estão sendo modernizados. “Além dos grandes portos em construção, há um grande número de terminais de pequeno e médio porte que movimentam vários tipos de commodities, mas que ainda não adotaram plenamente a automação de processos, apresentando muito espaço para melhorias. Acreditamos que podemos ajudar esses portos a tornarem-se muito mais eficientes”, explica.

Caminho natural A Planner já atuava no setor de transportes com solução de gestão de frotas. Atuar no segmento de portos, segundo Heck, foi um caminho natural. Além disso, segundo ele, a Phaeros é uma empresa que atua em vários continentes, o que atesta a competência e a maturidade dos seus produtos. “Estou convencido de que nosso conhecimento cada vez maior do mercado e os produtos da Phaeros podem nos levar ao sucesso neste setor”, finaliza. A Planner está desde 1995 no mercado de consultoria e desenvolvimento de software, atendendo a empresas nacionais e multinacionais em diversos segmentos. Já a Phaeros é uma empresa belga especializada no desenvolvimento, implementação e suporte a aplicativos comerciais para portos e terminais de cargas.

Rua Santo Antônio, 43, salas 811 e 812 Guarulhos | SP +55 11 2464-0083 | 2440-9739 www.plannerinfo.com.br


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AMTRANS LOGISTICS

Empresa investe na ampliação dos serviços para ganhar mercado

fotos: Brayan Linhares

AMTrans passou a realizar também despacho aduaneiro e transporte rodoviário de cargas, o que permite um menu mais amplo de atendimento

A ampliação dos serviços ao mercado está trazendo uma solução logística muito mais completa para o cliente da AMTrans Logistics. A empresa, que atua como agente de carga nacional com destaque no mercado logístico internacional, passou a realizar também despacho aduaneiro e ampliou investimentos no transporte rodoviário de cargas, o que permite um menu mais amplo de atendimento. As novidades são acompanhadas pela mudança da marca e denominação da empresa, que passou de AMTrans Internanational Transport para AMTrans Logistics, mostrando a evolução


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Alguns serviços AMTrans: Transporte marítimo: A experiência de profissionais com passagens em grandes armadores qualificam a empresa em cada fase do processo. O follow-up é detalhado e completo, com operação em todas as modalidades, break bulk, consolidadas (LCL), full container, door-to-door e projetos. Transporte aéreo: No modal onde a agilidade e a rapidez fazem encurtar distâncias, a AMTrans atua em todos os aeroportos brasileiros e nos principais gateways do mundo. A empresa atua com manuseio de cargas perigosas (DGR), de alto valor agregado (HVC), transporte com temperatura controlada, operações door-to-door, feiras, perecíveis, animais vivos e projetos.

Fabiano Bastiani, Calu Noldin de Mafra e Walter Riedel Neto

e crescimento no mercado. A empresa também está implantando um novo software que traz mais agilidade na troca de informações, permitindo que o cliente acompanhe via extranet todas as etapas do transporte da carga em tempo real. “O novo sistema permite muito mais interatividade com o mercado”, comenta o diretor da AMTrans, Fabiano Bastiani. Fundada em 2001, a AMTrans tem atuação e expertise no gerenciamento logístico do transporte internacional de exportação e importação, consolidando-se entre os maiores agentes independentes em movimentação de contêineres do mercado brasileiro. Sua eficiência é estendida por uma ampla rede de agentes distribuídas em todos os continentes, atendendo mais de 500 portos e aeroportos em 90 países, onde a carga é manuseada por empresas especializadas e com vasta experiência de atuação local. No ano passado, a empresa abriu dois novos escritórios, em São Paulo (SP) e Canoas (RS), contando atualmente com três filiais. Segundo Calu Noldin de Mafra, também diretora da empresa, os profissionais da AMTrans são altamente qualificados e estão em constante atualização profissional, buscando as melhores soluções logísticas que se adaptem à necessidade do cliente. Através de um serviço personalizado, a AMTrans oferece soluções rápidas, econômicas e seguras; garantindo todo o suporte necessário.

Seguro de cargas: Buscando contribuir com a segurança dos embarques dos clientes, a AMTrans coloca à disposição cotações de seguro internacional de cargas em todos os modais. O maior benefício da utilização do serviço é a facilidade operacional, que simplifica o processo de efetivação da contratação do seguro para a operação, através de conhecimentos técnicos e assessoria aplicada. Transporte rodoviário: Com segurança garantida desde a escolha dos melhores parceiros e acompanhamento total por uma equipe especializada, a empresa agrega serviços, reduz custos e opera no modal para embarques nacionais e internacionais. Carga projeto Em embarques especiais, as empresas precisam de um parceiro que possa confiar. O conhecimento técnico da AMTrans em mover cargas de grandes dimensões, plantas industriais e cargas rolantes credencia a empresa como a melhor escolha, minimizando os riscos das operações.

Itajaí | SC +55 47 3249-8700

Canoas | RS +55 51 3463-4407

Limeira | SP +55 19 3451-2153

São Paulo | SP +55 11 3170-4483

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estatísticas

Anuário estatístico do transporte aquaviário 2013 Os gráficos que o Anuário da Informativo dos Portos publica nas próximas páginas têm como fonte o Anuário Estatístico do Transporte Aquaviário de 2013, produzido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e que traz índices das atividades portuárias, da navegação marítima e de apoio e da navegação interior. O documento resulta da compilação de dados coletados pela agência no ano de 2012, envolvendo números da movimentação de cargas nos portos organizados e terminais portuários de uso privativo, bem como de transporte

nas navegações de longo curso, apoio portuário e marítimo, cabotagem e de vias interiores. Apresenta, também, dados sobre a frota mercante brasileira, o afretamento de embarcações e o transporte de cargas por acordos bilaterais. O levantamento é resultado da colaboração das autoridades portuárias, empresas operadoras de terminais de uso privativo, empresas brasileiras de navegação, Administração da Hidrovia do Paraná e Departamento Hidroviário da Secretaria de Transportes do Estado de São Paulo.

Movimentação portuária – Histórico

Valores em milhões de toneladas | Obs: movimentação de cargas nas instalações portuárias brasileiras cresce 2,9% em 2013. Total = 931 milhões de toneladas


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Cargas movimentadas no Brasil – histórico

Valores em milhões de toneladas

Natureza da carga - histórico

Em porcetagem

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Movimentação de contêineres em portos e TUP

Desempenho da Cabotagem


ANUÁRIO 2014 • INFORMATIVO DOS PORTOS

Desempenho de Portos Brasileiros

Desempenho de Portos Brasileiros

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104 ANUÁRIO 2014 • INFORMATIVO DOS PORTOS

Desempenho de Portos Brasileiros

Desempenho de Portos Brasileiros


ANUÁRIO 2014 • INFORMATIVO DOS PORTOS

Desempenho de Portos Brasileiros

Frota Mercante da Navegação Interior

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106 ANUÁRIO 2014 • INFORMATIVO DOS PORTOS

Frota Mercante no Transporte Longitudinal de Carga

Afretamentos de Embarcações Estrangeiras na Navegação Interior


ANUÁRIO 2014 • INFORMATIVO DOS PORTOS

Transporte em Vias Interiores

Transporte na Navegação Interior I

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Transporte na Navegação Interior II

Cabotagem e Longo Curso em vias interiores


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Frota Mercante na Navegação Marítima e de Apoio

Transporte na Cabotagem

Valores em milhões de toneladas | Obs: 141 milhões de toneladas em 2013 : + 1,7%. Crescimento de 7,8% (2010 a 2013)

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ANUÁRIO 2014 • INFORMATIVO DOS PORTOS

Carga Conteneirizada na Cabotagem

Afretamento na Navegação Marítima e de Apoio


ANUÁRIO 2014 • INFORMATIVO DOS PORTOS

Gastos com Afretamento

Acordos Bilaterais

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