Revista Informativo dos Portos ed 271

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TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: COMO A IMO 2023 AFETA

O TRANSPORTE MARÍTIMO INTERNACIONAL Tema foi um dos focos do XXX AAPA Latino, evento portuário que recebeu mais de 800 representantes de autoridades portuárias, executivos e especialistas do setor

Dezembro/2022 - Edição nº 271 - Ano XXII - Coronel Marcos Konder, 805 – 5º andar - sl 509 - Centro Empresarial Marcos Konder - Itajaí/SC
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UM CAMINHO NOVO E SEM VOLTA

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA PORTUÁRIO PARA A ECONOMIA NACIONAL

A transição energética vivida pelo transporte marítimo internacional é um caminho novo e, aparentemente, sem volta. Embora entendida por todas as partes a importância de buscar combustíveis alternativos e menos poluentes ao planeta, as dúvidas sobre a eficiência X produtividade seguem martelando quem está à frente do mercado da logística internacional.

A infraestrutura é um dos maiores desafios para o desenvolvimento da economia nacional. Um dos equipamentos que minimiza esse problema de infraestrutura é o sistema portuário catarinense. E nesse sentido, o Porto de Itapoá, que garante escoamento de diferentes produtos para o mundo, é motivo de orgulho para o estado, pois proporciona maior competitividade para as empresas que atuam na região Sul.

Ele será economicamente sustentável? Qual categoria de combustível alternativo melhor se adaptará às novas regras das organizações? Será necessário renovar 100% das frotas de navios de carga? As muitas perguntas não têm respostas definitivas.

O fato é que graças à eficiência, Itapoá acaba de assumir o primeiro lugar entre os portos movimentadores de contêineres de Santa Catarina e o terceiro do Brasil, conforme os dados estatísticos da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Os dados, como mostra reportagem de capa desta edição da revista Informativo dos Portos, refletem o crescimento do terminal nos últimos anos. Segundo a Antaq, o incremento em Itapoá foi o maior entre os seis maiores portos brasileiros, de 15,92%, com 735 mil TEUs movimentados em 2019. Desde o segundo semestre de 2019, apresentava uma retomada no crescimento do volume, especialmente com cargas de importação e transbordo. No ano, o incremento foi de 25% e 46%, respectivamente, em relação a 2018, performando, somente nessas duas operações, mais de 217 mil unidades.

Desde o dia 1º de janeiro deste ano, é obrigatório que todos os navios calculem seu Índice de Eficiência Energética de Navio Existente (EEXI) alcançado para medir sua eficiência energética e iniciar a coleta de dados para o relatório de seu indicador anual de intensidade de carbono operacional (CII). Essas alterações exigem que os navios melhorem a sua eficiência energética a curto prazo e, assim, reduzam as suas emissões de gases com efeito estufa.

Outra notícia positiva que vem do sistema portuário catarinense é o anúncio de que um dos maiores entraves para a eficiência logística nos portos brasileiros — a demora para a liberação de cargas que dependem de vistoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) — pode estar com os dias contados. O Ministério e a APM Terminals Itajaí acabam de lançar o novo Sistema Informatizado de Fiscalização – Suportes e Embalagens de Madeira, que pode reduzir a demora da liberação das cargas a índices nunca vistos no país.

Nossa matéria de capa traz justamente este debate à tona, ouvindo especialistas, executivos do mercado e profissionais diretamente ligados aos processos decisórios nos terminais portuários e nas grandes empresas de navegação.

PUBLICAÇÃO

Perfil Editora

DIRETORA

Elisabete Coutinho elisabete@informativodosportos.com.br

DIRETORA ADMINISTRATIVA

Luciana Coutinho luciana@informativodosportos.com.br

JORNALISTA RESPONSÁVEL

Luciana Zonta (SC 01317 JP) luzonta@informativodosportos.com.br

REPORTAGEM

Adão Pinheiro e Luciana Zonta

REVISÃO

Izabel Mendes COMERCIAL comercial@informativodosportos.com.br

FOTO DE CAPA

Hector Rico Suarez

PROJETO GRÁFICO

Elaine Mafra| (47) 98443-0569

DIAGRAMAÇÃO E CAPA

Elaine Mafra| (47) 98443-0569

PERFIL EDITORA

Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br

*Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.

Soma-se a isso o anúncio da reabertura do mercado estadunidense para a carne bovina brasileira, que deve representar um novo impulso à economia nacional em 2020.

Boa leitura!

Que venham os novos negócios!

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EXPEDIENTE
MARÍTIMO AÉREO DESEMBARAÇO ADUANEIRO Com a , v Allog que precisa Fone: 55 47 3241 1700 MATRIZ ITAJAÍ - SC Fone: 55 19 3113 FILIAL CAMPIN TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: COMO IMO 2023 AFETA TRANSPORTE MARÍTIMO INTERNACIONAL ANUÁRIO 2022

N D I C E

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: COMO A

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Porto

cross docking em 2022

Confira as novidades dos principais setores que movimentam o mercado

AÉREA.................................................................................12 Aeroporto de Navegantes amplia capacidade de armazenagem de carga BENEFÍCIO FISCAL............................................................................14 Setor aéreo tem impostos zerados pelos próximos quatro anos RESPONSABILIDADE SOCIAL

Brasfrigo recebe certificado do Programa Selo Social 2022

CONTRATO TEMPORÁRIO...................................................................18

APM Terminals busca reconquistar navios de contêineres para o Porto de Itajaí

DESEMPENHO DO COMÉRCIO EXTERIOR................................................20

Corrente de comércio brasileira cresce quase 22% em 2022

COMÉRCIO EXTERIOR

Portos de Paranaguá e Antonina movimentam 54 milhões de toneladas

NAVIOS DE CRUZEIRO.......................................................................26

MSC Armonia dá início à temporada pela América do Sul com saída de SC

SUPLEMENTO AGRO NEWS.................................................................28

Vendas de suínos aumentam com China no topo do ranking dos compradores

SUPLEMENTO AGRO NEWS 29

Cargas do agronegócio crescem 22% e batem recorde no terminal da VLI

SUPLEMENTO AGRO NEWS.................................................................30

Aumento da produção agroindustrial é projetada pela FGV Agro

DESPACHANTES ADUANEIROS.............................................................32

Jantar de confraternização do S.D.A.

Portonave passa a oferecer serviço exclusivo que liga Brasil à Ásia e à Índia

ARTIGO 34

Como a inteligência aumentada pode melhorar a experiência no setor de transporte, por Augusto Borella

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2023 AFETA O TRANSPORTE MARÍTIMO
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IMO
INTERNACIONAL DIÁRIO DE BORDO
CARGA
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Itapoá bate recorde de exportações
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OS PORTOS DO BRASIL CONFIAM

DIÁRIO DE BORDO

DESCARBONIZAÇÃO ATÉ 2050

A Volkswagen do Brasil inaugurou a unidade de pesquisa e desenvolvimento nomeada Way to Zero Center, instalada dentro da fábrica de São Bernardo do Campo (SP). O centro irá abranger projetos e tecnologias que contribuem para a descarbonização na região da América do Sul e que podem ser exportados para outros mercados. O nome homônimo escolhido remete à própria estratégia global da empresa de neutralização de carbono até 2050.

“A descarbonização é um dos pilares mais importantes da estratégia da Volkswagen mundialmente. Sediar na América do Sul o Way to Zero Center é motivo de muita satisfação e também um grande desafio. O trabalho que será desenvolvido pelo time local e as parcerias já estabelecidas farão do Way to Zero Center uma referência no desenvolvimento de tecnologias com baixa emissão de CO2”, destaca Alexander Seitz, Chairman Executivo da Volkswagen na América do Sul.

TUPY ADQUIRE MWM DO BRASIL

A Tupy S.A., multinacional brasileira dedicada ao desenvolvimento e fabricação de componentes estruturais para bens de capital, anuncia a conclusão da aquisição da MWM do Brasil pelo valor de R$ 855 milhões. A transação está alinhada à estratégia de crescimento de ambas as empresas tanto nos negócios atuais, pela agregação de valor aos produtos, quanto na promoção de soluções viáveis para a descarbonização. A Tupy, metalúrgica com 84 anos de mercado, se especializou em componentes estruturais aplicados em transporte de carga, em todos os modais, máquinas agrícolas, infraestrutura e geração de energia. Já a MWM fabrica motores de terceiros sob contratos de manufatura, o que contempla usinagem, montagem, calibração, validação técnica e serviços de engenharia.

INOVAÇÃO & TECNOLOGIA NA LOGÍSTICA

A Rumo, maior operadora de ferrovias do Brasil, está trilhando um caminho de protagonismo nas transformações tecnológicas no setor. A empresa acaba de implementar a segunda fase do projeto Detecção de Trilhos Quebrados (DTQ), que consiste na integração a um sistema de Inteligência Artificial capaz de aumentar de 95% para 98% os níveis de assertividade de identificação de problemas na via. O projeto DTQ foi desenvolvido pela área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Rumo, tendo a primeira fase iniciada em 2018, e representa uma tecnologia inédita no Brasil. Em sua primeira fase, a iniciativa consistiu na instalação de um aparelho em diversos pontos da malha ferroviária e as condições dos trilhos eram repassadas ao Centro de Monitoramento de Redes (NOC). Quando era identificada uma anomalia, os maquinistas de todos os trens eram informados em tempo real, eliminando o risco de descarrilamento.

INFORMATIVO DOS PORTOS / 6

O MAIOR E MAIS COMPLETO EVENTO DAS AMÉRICAS PARA O SETOR DE LOGÍSTICA

INTRALOGÍSTICA, TRANSPORTE DE CARGA E COMÉRCIO EXTERIOR

ACONTECE EM SÃO PAULO - SP!

AMPLIAÇÃO DA REDE AZUL CARGO EXPRESS

sigla em inglês) para apoiar a Wilson Sons na adoção de tecnologias e ser viços de trem de força que favorecerão o cumprimento das metas de redu ção de emissões e descarbonização em rebocadores e operações offshore. A Caterpillar supervisionará a implementação de retrofits e upgrades para reduzir o impacto ambiental da frota existente da Wilson Sons, além de ser viços tecnológicos voltados para o monitoramento de emissões e uso de combustíveis com baixo teor de carbono ou livres de carbono. “Melhorar a sustentabilidade na operações marítimas exige não apenas a construção de navios novos, mas um entendimento sobre como reduzir o impacto das frotas existentes”, comenta Brad Johnson, vice-presidente e gerente-geral da Caterpillar Marine. FAÇA PARTE DESSE MOMENTO!

A Azul Cargo Express, empresa de logística da Azul, acaba de inaugurar duas lojas: uma na cidade Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, e outra no município de Marau, no Rio Grande do Sul. Como parte do plano estratégico de expansão da empresa, que atualmente atende mais de 4.500 municípios brasileiros, a Azul Cargo Express ainda vai inaugurar novas lojas na capital paulistana (SP) e em Serra (ES). Com estas novas unidades, os clientes locais passam a contar com toda a estrutura que a empresa oferece para o envio de encomendas para diferentes regiões do Brasil e do exterior.

cent é o CEO da Maersk Ocean & Logistics, que contribui com uma parte significativa do capital investido e dos resultados da empresa. Ele tem sido um líder fundamental para a transformação da Maersk, demonstrando perspicácia estratégica, habilidade de executar planos complexos e entregar valor de longo prazo por meio de soluções atraentes para os clientes. Com uma visão cada vez mais desafiadora, o conselho acredita que Vincent possui a experiência e as capacidades para buscar e supervisionar o desenvolvimento estratégico e organizacional da Maersk nos próximos anos.

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TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: COMO A IMO 2023 AFETA

O TRANSPORTE MARÍTIMO INTERNACIONAL

Tema foi um dos focos do XXX AAPA Latino, evento portuário que recebeu mais de 800 representantes de autoridades portuárias, executivos e especialistas do setor

A estratégia adotada para tornar o transporte internacional cada vez menos poluente será economicamente sustentável? Qual categoria de combustível alternativo melhor se adaptará às novas regras das organizações? Será necessário renovar 100% das frotas de navios de carga?

As muitas perguntas do mercado de frete marítimo não têm respostas definitivas. Desde o dia 1º de janeiro de 2023, é obrigatório que todos os navios calculem seu Índice de Eficiência Energética de Navio Existente (EEXI) alcançado para medir sua eficiência energética e iniciar a coleta de dados para o relatório de seu indicador anual de intensidade de carbono operacional (CII).

Desenvolvidas no âmbito da estratégia inicial da IMO (Organização Marítima Internacional) sobre redução de emissões de gases de efeito estuda de navios acordada em 2018, essas alterações técnicas e operacionais exigem que os navios melhorem a sua eficiência energética a curto prazo e, assim, reduzam as suas emissões de gases com efeito estufa.

O tema foi um dos principais focos do XXX Congresso Latino-Americano

de Portos (AAPA Latino), realizado no final de 2022 em Santos (SP). O evento portuário recebeu mais de 800 representantes de autoridades portuárias, executivos, gerentes, diretores, consultores e especialistas da indústria logística, de navegação, transportes, tecnologia e terminais. Durante três dias, debateram temas como transição energética, cenários para o comércio internacional, investimentos em projetos portuários na América Latina, produtividade portuária e soluções inovadoras para o o setor.

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA DOS NAVIOS

Mas afinal, por que os navios precisam medir seus índices de eficiência energética desde o início deste ano? No fim de 2019 o assunto em pauta era a entrada em vigor do IMO 2020, que consistia basicamente na obrigatoriedade de os navios abandonarem a queima direta do combustível IFO 380 (Intermediate Fuel Oil), com emissão de 3,5% de enxofre, por um óleo mais leve chamado VLSFO (Very Low Sulphur Fuel Oil) que deveria emitir até 0,5% de enxofre a partir de 1º de janeiro de 2020. Alternativamente poderia se instalar, no futuro, equipamentos para “limpar” as emissões, os chamados “scrubbers”.

INFORMATIVO DOS PORTOS / 8 ESPECIAL

À época temia-se um brutal aumento de custos, já que o novo óleo tinha então um valor até 80% superior ao antigo, porém, logo em seguida, entrou em cena a pandemia — e todos os seus desdobramentos, tirando o tema combustível da pauta. Robert Grantham, sócio da Solve Shipping Intelligence, citou em um artigo que a retração do comércio mundial no segundo bimestre de 2020 foi tão grande que, além da brutal desvalorização do barril de petróleo, a diferença de preço entre o IFO 380 e o VSFO chegou a apenas 20% no segundo semestre de 2020.

Segundo ele, com o mundo aparentemente tendo aprendido a conviver com a Covid-19, as questões ambientais voltam à pauta mais fortes do que nunca e a pressão para que os armadores tomem medidas concretas para reduzir a pegada de carbono no transporte marítimo é cada vez mais forte, tendo em vista que os navios são responsáveis por aproximadamente 3% das emissões globais de CO2 e GEE (gases de efeito estufa), o que representa 1 bilhão de toneladas anuais lançadas na atmosfera.

De acordo com a IMO, se nada for feito, até 2050 as emissões poderão aumentar entre 90% e 130% dependendo de diferentes cenários econômicos e energéticos de longo prazo. É nesse contexto que a própria IMO coloca em prática uma nova iniciativa, chamada de IMO 2023, um programa que visa encorajar a melhoria da eficiência dos navios e a adoção de combustíveis com baixa emissão de carbono

para, consequentemente, reduzir a pegada de carbono no transporte marítimo mundial. A diferença fundamental entre os regulamentos IMO 2022 e IMO 2023 é que o primeiro tinha foco nas emissões de enxofre e o segundo tem foco nas emissões de carbono e gases de efeito estufa.

À semelhança daqueles selos de eficiência energética que nos acostumamos a ver nas geladeiras, com o IMO 2023 os navios passam a ser classificados conforme seu nível de eficiência energética, por meio de três indicadores específicos: o Energy Efficiency Existing Ship Index (EEXI), o Carbon Intensity Indicator (CII) e o Ship Energy Efficiency Management Plan (SEEMP). O secretário-geral da IMO, Kitack Lim, afirma que “a descarbonização do transporte marítimo internacional é uma questão prioritária para a IMO e estamos todos comprometidos em agir juntos na revisão de nossa estratégia e no aprimoramento de nossa ambição”.

DEBATE NA AAPA

Um dos temas de maior foco no AAPA Latino foi justamente a transição energética do comércio internacional e ganhou um painel específico sobre o assunto durante o evento. Segundo Francisco Javier Orozco Mendoza, diretor comercial de Hutchison Ports México, a resposta à alternativa para os combustíveis fosseis não é facil. Dependendo do desenvolvimento de cada país, observam-se diferentes tipos de infraestrutura. “Falamos muito

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Especializada na movimentação de carga geral diversificada através do Complexo Portuário de Itajaí

OPERAÇÃO NO PORTO

REVISÃO ADUANEIRA E CLASSIFICAÇÃO FISCAL

Um dos institutos específicos do Direito Aduaneiro brasileiro consiste na revisão aduaneira, procedimento pelo qual a Aduana brasileira realiza a apuração da regu laridade dos pagamentos e a exatidão das informações prestadas pelo importador/ adquirente na declaração de importação, após o desembaraço, no prazo de cinco anos contados da data do registro da declaração de importação.

Dentre os temas mais fiscalizados nas revisões aduaneiras está a classificação fiscal das mercadorias. A utilização da correta classificação fiscal da mercadoria é importante para determinar os tributos envolvidos nas operações de importação e exportação, e de saída de produtos industrializados, bem como, em especial no comércio exterior, para fins de controle estatístico e determinação do tratamento administrativo, o que inclui a necessidade ou não de licença de importação.

No caso das importações de mercadorias realizadas por pessoas físicas ou jurídi cas no Brasil, estas devem seguir à classificação fiscal de acordo com a Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, celebrada em Bruxelas.

de automatização mas falamos pouco sobre combustíveis. É preciso ampliar este debate”, cita. No Hutchison Ports México, por exemplo, ao menos 20% dos tratores usados no terminal será elétrico.

O Sistema Harmonizado (SH) é um método internacional de classificação de mercadorias, baseado em uma estrutura de códigos e respectivas descrições, o qual segue às Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado (RGI) e às Regras Gerais Complementares (RGC), que também fazem parte da referida Convenção Internacional. Devem ser observadas ainda as Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH).

O maior embarque de granel sólido já realizado no Sul do Brasil, conforme dados estatísticos da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), inaugura uma nova era nas operações do Porto de Imbituba. O navio RIK Oldendorff deixou o terminal catarinense com 104,9 mil toneladas de minério de ferro em direção ao Porto de Tianjin, na China. É a segunda vez em 2020 que Imbituba atinge uma marca histórica. Em janeiro, um embarque de 89,5 mil toneladas se tornou o recorde local, até ser superado por este novo carregamento.

Carlos Rocha, gerente de Frota da Aliança Navegação e Logística, do grupo Maersk, que participou do painel sobre transição energética na AAPA Latino, o setor vive um momento de transição. “No transporte marítimo, temos cinco opções viáveis. A Maersk optou pelo metanol, mas há quem tenha escolhido amônia, hidrogênio e algumas estão em uma etapa intermediária. Temos também o biodiesel e hoje, inclusive, temos também alguns navios rodando com biodiesel”, exemplifica.

No Brasil, a classificação fiscal de mercadorias está vinculada à Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), adotada no Mercosul desde a sua criação em 1995 e aprovada no Brasil em 1997. A estrutura da NCM é composta por um código de oito dígitos, dentre os quais, os seis primeiros são formados pelo Sistema Harmonizado,

O minério de ferro embarcado é de Imbituba, a partir de um processo industrial de uma extinta indústria carboquímica da cidade.

O produto é utilizado na produção de aço, tintas, entre outras aplicações. Este é o terceiro navio de um projeto de exportação que reiniciou em dezembro do ano passado. A embarcação RIK Oldendorff foi atendida pela agência marítima Friendship e a operação foi realizada pela empresa Imbituba Logística Portuária (ILP).

com conferência aduaneira documental e/ou física da mercadoria realizada pela Aduana. Segundo fundamentação, a revisão aduaneira permite que o Fisco revisite todos os atos celeremente praticados no primeiro procedimento – conferência aduaneira durante o processo de despacho aduaneiro –, e, acaso verificada a hipótese de reclassificação, efetuará o lançamento de ofício previsto no art. 149, do CTN. Importante ressaltar que o posicionamento do STJ se baseia em situações fáticas anteriores à utilização do Siscomex, com base nas disposições do Decreto nº 91.030/85 - RA/85, no qual o prazo para conclusão do despacho aduaneiro era de cinco dias, em total descompasso com as realidades da fiscalização moderna do atual comércio exterior brasileiro.

sustentabilidade X viabilidade. Ele alerta que as metas propostas pela IMO terão efeitos colaterais. “Se vamos desacelerar as frotas mundiais para atingir o índice requerido, vamos precisar de mais navio. O debate precisa ser em nível técnico, sempre atento a algumas questões muito peculiares da navegação mundial. Navios mais velhos e menores serão muito penalizados, o que pode levar a uma corrida para a desmontagem de navios, gerando mais CO2 do que a regra está propondo”, exemplifica.

recebimento e envio de navios com maior capacidade de cargas. O governador Carlos Moisés considera o bom momento da atividade portuária uma demonstração do potencial que Santa Catarina tem para explorar esse modal. “Estamos qualificando a gestão dos portos catarinenses e os resultados já aparecem. Trabalhamos para marcas importantes como esse recorde de Imbituba e, principalmente, fazer dos terminais portuários um instrumento para o desenvolvimento local”, diz.

MAS E AGORA?

Desse modo, observa-se ausência de um posicionamento sólido e pacífico adotado pelos Tribunais, que acompanhe a dinâmica do comércio exterior, para um tema extremamente importante para os importadores brasileiros.g

Ainda há muitas dúvidas quanto ao real impacto que a norma IMO 2023 poderá ter sobre os embarcadores: navios que não atingem um nível de eficiência minimamente aceitável serão retirados do mercado, reduzindo a oferta? Haverá mais pressão sobre fretes?

Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.

FACILIDADE DE ACESSO

Enquanto o IMO determinou a redução de 50% da emissão de CO2 até 2050 pela indústria marítima mundial, a Maersk tomou uma meta individual bastante desafiadora: zerar emissões até 2040. “Mas não adianta apenas mudar o combustível do navio ou eletrificar o caminhão do terminal. Não adianta fazer este trabalho só nas pontas, toda a cadeia precisa ser respeitada”, destaca. Rocha exemplifica, por exemplo, que não adianta cair na cilada de comprar um carro elétrico achando que está fazendo bem ao planeta, quando a bateria dele é alimentada por uma termoelétrica que queima carvão.

Há oito anos, o Porto de Imbituba é administrado pelo governo catarinense, através da SCPAR Porto de Imbituba, estatal subsidiária da holding SCPAR, braço empreendedor do estado. Características como a facilidade de acesso, com uma ampla bacia de manobras e a profundidade nos cais têm contribuído para o

O diretor presidente da SCPAR Porto de Imbituba, Jamazi Alfredo Ziegler, diz que o terminal está alinhado para propiciar o desenvolvimento econômico sustentável, buscando constantemente melhores condições comerciais para o mercado. “Diante de conquistas como estas que estamos registrando juntamente à comunidade portuária, vemos dia a dia o cumprimento de nossa missão enquanto estatal de qualificar o Porto de Imbituba para operações cada vez mais eficientes”, destaca.

A evolução do debate sobre o assunto, segundo Rocha, deve ser permanente, especialmente quando se trata da relação

Estima-se que hoje apenas um terço da frota mundial não atingiria esse patamar mínimo, concentrado principalmente na frota de navios feeder. Por outro lado, a partir de 2023 muitos novos navios entrarão no mercado (28% da capacidade encomendada é de navios com até 8.000 TEUs), em boa parte para substituir os navios mais antigos que tiveram sua expectativa de vida alongada por conta da explosão da demanda e dos congestionamentos provocados pela pandemia.

Aflexibilidade operacional e o baixo tempo de espera para atracação são alguns dos excelentes diferenciais de Imbituba no atendimento às necessidades do mercado. n

INFORMATIVO DOS PORTOS / 10 INFORMATIVO DOS PORTOS / 24 INFORMATIVO DOS PORTOS / 42
ARTIGO
MINÉRIO DE FERRO
ESPECIAL

Muitos combustíveis alternativos aos de origem fóssil estão sendo pesquisados para que essas metas de eficiência sejam atingidas. Segundo Robert Grantham, a maioria das novas encomendas de navios já está sendo feita com vistas a essas alternativas, sendo que o mais popular no momento é o LNG (liquid natural gas), que embora de origem fóssil, é cerca de 30% menos poluente que o IFO 380 e está sendo visto como um combustível de transição, já que outras alternativas ainda estão em fase de estudos.

AAPA LATINO 2023 SERÁ EM BARRANQUILLA, NA COLÔMBIA

Desafios como o alinhamento às metas ambientais, a readequação da infraestrutura portuária regional e a necessidade de parcerias entre países de uma mesma região estiveram no foco do debate do XXX Congresso Latino Americano de Portos (AAPA Latino). A programação de três dias incluiu visita técnica ao Porto de Santos, além de reuniões da delegação da AAPA na América Latina, recepções e atividades sociais em locais emblemáticos e patrimoniais da cidade.

Durante o evento, o Porto de Barranquilla, na Colômbia, apresentou seu convite oficial para sediar o AAPA Latino 2023, que acontecerá no final de novembro. O programa da conferência e a feira de expositores, que pela primeira vez reuniu mais de 100 empresas fornecedoras do setor logístico e marítimo, incluiu um "tech show" com inovações tecnológicas e serviços. O presidente do Porto de Santos, Fernando Biral, destacou que "a integração regional é o que nos une, especialmente os países que vivem do comércio externo através dos nossos portos. Tivemos um número recorde de participantes, mas também uma qualidade única de palestrantes e dos grandes tópicos aqui analisados. Como Autoridade Portuária, foi uma honra e estamos muito felizes por termos recebido o congresso AAPA no nosso porto", disse o executivo do porto anfitrião.

Zulma Dinelli, diretora do Congresso e CEO da PR PORTS, que organiza o evento, disse que "o sucesso do evento foi consequência de um ano de intenso trabalho da equipe organizadora, de um programa de conferências que conseguiu abordar as principais questões na agenda do setor marítimo-portuário ao mais alto nível e do apoio de incontáveis empresas do setor que encontram no evento um espaço para o networking e a geração de negócios".

Em um comparativo histórico e conjuntural do AAPA Latino, ela explica que anualmente há sempre novos temas em debate, enquanto outros permanecem atuais e em constante desenvolvimento desde a primeira edição, a exemplo de processos internos e integração entre portos e terminais da América Latina. Entre os desafios pontuados na última edição, estão a necessidade de definição de regras aduaneiras para os portos internacionais em moldes similares aos existentes para os aeroportos e a integração de hidrovias a partir de acordos em comum entre diferentes regiões.

Durante a agenda de conversas e painéis, os destaques incluíram "Cenários e previsões para o comércio, transporte marítimo e portos", com Jan Hoffman, da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), Ricardo Sánchez (Caribbean Research Institute) e Marisa Lago, subsecretária de Comércio para os Negócios Internacionais dos Estados Unidos. A crise econômica, os umbrais de reativação póspandemia e os aumentos preocupantes nas taxas de frete marítimo fizeram parte da reflexão. A conclusão? Ser realista, mas não pessimista, e

aproveitar as oportunidades que se apresentam na colaboração regional.

O painel "Investimentos e projetos portuários na América Latina" também se destacou e permitiu conhecer as diferentes iniciativas em matéria de infraestrutura e modernização que países como o Peru, Chile, Panamá, México e Honduras esperam implementar nos próximos anos. Outras sessões de alto nível foram "Transporte marítimo 2030: contagem decrescente para fechar a divisão digital", na qual foram revistos novos recursos de colaboração para a aplicação de tecnologias na indústria, e o espaço Charlas de Puerto – Debates Estratégicos, com o tema "Diálogo entre terminais, companhias de navegação e autoridades portuárias".

PRÊMIO DE EXCELÊNCIA

No final, foi entregue o Prêmio de Excelência da Indústria Portuária 2022, concedido conjuntamente pela AAPA e pela Comissão Interamericana de Portos (CIP) da Organização dos Estados Americanos (OEA), e o Maritime Award of the Americas 2022, do Comitê Interamericano de Portos. Os portos e intervenientes reconhecidos em diferentes áreas de atividade foram: APM Terminals Callao (Peru); Porto do Itaqui (Brasil); Santos Port Authority (Brasil); Administración del Sistema Portuario Nacional Manzanillo (México); Terminal Internacional del Sur (Peru); Porto do Açu (Brasil) y Elvia Bustavino, Vice-ministra para assuntos marítimos e Subdministradora da Autoridad Marítima de Panamá, que foi distinguida como Mulher Destacada no Sector Portuário e Marítimo 2022.n

OS 3 INDICADORES QUE CLASSIFICAM A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DOS NAVIOS:

1) ENERGY EFFICIENCY EXISTING SHIP INDEX (EEXI)

Aplicável a todos os navios com mais de 400 toneladas, porém de maneira proporcional a um “patamar mínimo” que vai variar de acordo com os diferentes tipos, tamanhos e categorias de navios (o cálculo do EEXI tende a impactar mais os navios mais antigos).

2) CARBON INTENSITY INDICATOR (CII)

Os navios serão classificados em: A, B, C, D ou E (sendo “A” o melhor) de acordo com a emissão de GEE proporcional à quantidade de carga e à distância percorrida. Esse índice determinará o fator de redução anual necessário para assegurar a contínua melhoria da intensidade de emissão de carbono dos navio. Embarcações menores ou mais antigas tenderão a se focar em rotas curtas/ regionais. O navio que por três anos consecutivos for classificado como “D” e “E” deverá tomar medidas corretivas, a exemplo de mudar o combustível, trocar de rota ou diminuir a velocidade, para reclassificar-se no nível “C”.

3) SHIP ENERGY EFFICIENCY MANAGEMENT PLAN (SEEMP)

Passará a ser um documento obrigatório do navio, estabelecendo o plano para melhorar sua eficiência energética de maneira economicamente viável.

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AEROPORTO DE NAVEGANTES AMPLIA CAPACIDADE DE ARMAZENAGEM DE

CARGA

Com 1.436 posições porta pallets e 450 m² de câmaras frias, infraestrutura atende segmentos como metalmecânico, automotivo, tecnologia, entre outros

O Aeroporto Internacional de Navegantes está expandindo a atuação nos negócios e consolida-se como o principal centro logístico catarinense. Recém-inaugurado, o novo Terminal de Cargas (Teca), operado pela Pac Log, especialista em logística aeroportuária, conta com aproximadamente 35 mil m² de área operacional e cerca de 5 mil m² de área edificada nesta primeira fase, num terreno com o total de 100 mil m² para futuras expansões.

Com este empreendimento, o Aeroporto de Navegantes, que tem o maior volume de carga aérea internacional do estado de Santa Catarina, está apto para a atração de novos negócios e a recepção de voos cargueiros internacionais, que atendam com mais agilidade a distribuição de cargas no estado.

O novo Teca abriga extensa área verticalizada para armazenamento de cargas, além de câmaras frias de última geração para diversos tipos de produtos, em especial, farmacêuticos. Ao todo, o centro logístico possui 1.436 posições porta pallets e 450 m² de câmaras frias: uma infraestrutura para atender demandas de diferentes segmentos do

mercado, como metalmecânico, automotivo, healthcare, tecnologia e têxtil.

O Aeroporto de Navegantes tem uma localização estratégica e atende uma região ampla de Santa Catarina, como os 54 municípios do Vale do Itajaí (Blumenau, Itajaí, Brusque, entre outros), responsáveis por aproximadamente 36% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. Além disso, também é o aeroporto mais próximo das principais atrações da região, como as praias de Balneário Camboriú, Porto Belo, Itapema, Bombinhas, e do parque Beto Carrero World.

SOBRE A PAC LOG

A Pac Log é especialista na gestão de terminais de cargas em aeroportos e opera em relevantes centros de entrada e saída de mercadorias internacionais, tais como: Curitiba, no Paraná; Goiânia, em Goiás; Navegantes, em Santa Catarina; Recife, em Pernambuco; e Vitória, no Espírito Santo.

A empresa atua com um alto nível de especialização no segmento, com serviços qualificados, ágeis, transparentes e seguros. Considerando todos os Tecas, são números expressivos: 105.000m² de área total, 60.000m² de área alfandegada, 36.500m² de área coberta, 3.355 posições porta pallets e 1.110 posições dentro de câmaras frias.n

INFORMATIVO DOS PORTOS / 12 SUA CONTABILIDADE MAIS QUALIFICADA Rua Almirante Barroso, 559 Centro - Itajaí/SC contato@exatus.cnt.br 47 99971-6090 Nossos contatos *Assessoria Tributária no Comércio Exterior; *Benefícios na Importação por SC via TTD
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SETOR AÉREO TEM IMPOSTOS ZERADOS PELOS PRÓXIMOS QUATRO ANOS

Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), prejuízos acumulados até 2021 são de R$ 41,8 bilhões

As alíquotas do PIS e Cofins sobre as receitas do setor aéreo, um dos mais prejudicados pela pandemia da Covid-19, foram zeradas pelos próximos quatro anos graças à Medida Provisória 1147/22. Segundo o Ministério da Economia, a medida vai reduzir custos operacionais e tem potencial para fomentar um crescimento das atividades no setor.

Publicada no Diário Oficial da União, ela faz alterações no texto da Lei 14.148, de 3 de maio de 2021, que instituiu o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), lançado para estabelecer ações emergenciais e temporárias, a fim de compensar os efeitos decorrentes da crise sanitária provocada pelo coronavírus desde o começo de 2020.

O benefício se aplica às receitas obtidas no período entre 1º de janeiro de 2023 e 31 de dezembro de 2026. De acordo com o governo federal, o texto da MP “tem por finalidade viabilizar a

operacionalização da redução das alíquotas a zero, estipulando de maneira precisa a forma como o incentivo se dará”.

Para evitar despesas e a necessidade de um ressarcimento por parte dos beneficiários de créditos auferidos a partir do lançamento do Perse, a medida provisória dispensa a retenção na fonte dos tributos envolvidos no programa e afasta a possibilidade de manutenção dos créditos do PIS e da Cofins vinculados às receitas que estejam com as alíquotas dessas contribuições reduzidas a zero por cento.

A simples alteração da Lei nº 14.148 não resultará em renúncia de receitas tributárias, segundo o Ministério da Economia. Já a redução a zero por cento das alíquotas do PIS e da Cofins para o setor aéreo não causa impacto nas receitas do exercício 2022, dado o início da vigência em 2023. Para os exercícios seguintes, a implementação da medida implica renúncia de receita da ordem

INFORMATIVO DOS PORTOS / 14 It jaí
BENEFÍCIO FISCAL

de R$ 505 milhões para 2023, R$ 534 milhões para 2024 e de R$ 564 milhões para 2025.

PREJUÍZOS DO SETOR

A relevância e a urgência da medida se justificam pelo risco de litigiosidade decorrente de possíveis interpretações do texto original da Lei nº 14.148 que poderiam comprometer o orçamento público e o cumprimento das metas do teto de gastos, e pelo risco de uma crise na atividade de transporte aéreo regular de passageiros – o que poderia comprometer a continuidade de prestação desse serviço. Para ser convertida em lei, a medida terá que ser aprovada pelo Poder Legislativo nos próximos 120 dias.

Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), os prejuízos acumulados até 2021 são de R$ 41,8 bilhões, e o cenário segue desafiador para 2023 com a continuidade da alta do câmbio do dólar e do petróleo. Para o setor, esse movimento de desoneração é fundamental para a retomada das operações domésticas e internacionais no próximo ano.

Durante o período pré-eleitoral de 2022, a entidade entregou aos candidatos à presidência do país uma carta com propostas do setor de aviação. Uma das demandas é a de construir no Brasil um ambiente de custos, regras e tributos semelhante ao da aviação mundial. Segundo a Abear, a aviação tem uma proposta de inovação, alinhada com o cenário de sustentabilidade ambiental Para isso, no entanto, é preciso construir coletivamente políticas públicas que viabilizem o uso do combustível sustentável da aviação (SAF).

ALTA TEMPORADA TERÁ 163 MIL VOOS

Segundo a Abear, a malha da alta temporada 2022/2023 das associadas Gol, Latam, Abaeté, Voepass e Rima contará com 163,3 mil voos de dezembro a março de 2023 em todo o país, segundo levantamento da entidade com dados registrados na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Juntas, as associadas reportam um crescimento 12,6% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado.

“Esses dados comprovam a eficiência das associadas Abear em aumentar o número de voos mesmo diante da pressão sofrida pelo setor, que nos desafia todos os dias. Enfrentamos a volatilidade das cotações do barril de petróleo e do dólar e ainda assim conseguimos lançar novas bases, rotas e conectar todos os estados do Brasil”, afirma em nota o presidente da associação, Eduardo Sanovicz.

Na região Norte, serão 6,8 mil voos de dezembro a março de 2023. O Pará terá 2.358 partidas, seguido por Amazonas (1.811), Tocantins (831), Rondônia (557), Acre (561), Amapá (506) e Roraima (243).

A malha aérea da região Nordeste na alta temporada terá mais de 29,1 mil voos no período. A Bahia contará com 10.143 partidas, seguida por Ceará (6.151), Pernambuco (4.238), Rio Grande do Norte (2.143), Alagoas (2.014), Maranhão (1.311), Paraíba (1.289), Sergipe (1.001) e Piauí (861).

Já o Centro-Oeste terá mais de 22,6 mil voos. O Distrito Federal contará com 16.219 partidas, seguido por Goiás (3.013), Mato Grosso (1.868) e Mato Grosso do Sul (1.544). n

A malha da alta temporada 2022/2023 das associadas Gol, Latam, Abaeté, Voepass e Rima contará com 163,3 mil voos de dezembro a março de 2023 em todo o país, segundo levantamento da Abear. Juntas, empresas reportam um crescimento 12,6% em relação ao registrado em 2021.

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PORTO ITAPOÁ BATE RECORDE DE EXPORTAÇÕES CROSS DOCKING EM 2022

O Porto Itapoá comemora o maior número histórico em suas operações cross docking para exportação. Até novembro, foram 1.947 operações, superando os números de 2021, o segundo melhor ano nessa marca, com 1.413 movimentos.

No cross docking para exportação, as mercadorias são retiradas diretamente dos caminhões, operacionalizados no armazém do terminal e, em seguida, carregadas nos contêineres, que levarão a carga nos navios ao destino final. Nas movimentações totais de cross docking, somando importação e exportação, o Porto Itapoá vive a iminência de bater seu recorde de 12.140 operações de 2021: até novembro, foram computadas 10.598 operações.

O diretor de Desenvolvimento de Negócios e Experiência do Cliente do Porto Itapoá, Roberto Pandolfo, afirma que este é um serviço que vem sendo cada vez mais demandado pelo mercado. “Vimos muitas oscilações do mercado internacional por causa da pandemia, o que gera impacto em toda a cadeia de suprimentos. Ainda assim, percebemos um aumento expressivo de demanda”, pondera.

O executivo ressalta que são poucas as empresas que dispõem da expertise e infraestrutura especializada para realizar este tipo de operação. “Investimos em equipamento e tecnologia e preparamos nossa equipe para essa demanda. O resultado é uma grande sinergia entre nosso time operacional com o time operacional dos clientes, o que gera confiança e agilidade para ambos”.

A alta nas operações de cross docking foi puxada, sobretudo, pela celulose, segundo Roberto Pandolfo. O produto brasileiro é bastante compe -

titivo e, por isso, tem alta demanda internacional. “As empresas desse segmento têm investido em novas estruturas fabris, o que evidencia a pujança desse mercado”, explica Pandolfo.

Atualmente, este insumo corresponde a pouco mais de 90% da demanda do Porto Itapoá para exportação cross docking. O principal destino é a Ásia, sobretudo a China.

IMPORTAÇÕES

Já o cross docking para importação é um recurso interessante para o cliente, segundo Roberto Pandolfo. “É uma forma de acelerar a devolução do contêiner vazio, reduzindo custos de demurrage (uma cobrança da taxa feita quando o importador em seu processo de importação utiliza um contêiner por um período maior do que o contratado junto ao armador)”, diz.

No caso do cross docking para importação, as mercadorias são retiradas dos contêineres do cliente, operacionalizados no Terminal e então carregadas nos caminhões que levarão a carga ao destino. O principal produto operado pelo Porto Itapoá nesta modalidade é o cobre.

O Porto Itapoá iniciou suas operações em junho de 2011, sendo considerado um dos terminais mais ágeis, eficientes e sustentáveis da América Latina e um dos maiores e mais importantes do país na movimentação de cargas conteinerizadas, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Situado no litoral norte de Santa Catarina, o Porto Itapoá está posicionado entre as regiões mais produtivas do Brasil, contemplando importadores e exportadores de diversos segmentos empresariais. n

INFORMATIVO DOS PORTOS / 16 IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

BRASFRIGO RECEBE CERTIFICADO DO PROGRAMA SELO SOCIAL 2022

Iniciativa é da Secretaria Municipal de Promoção da Cidadania do município e valoriza projetos desenvolvidos por empresas locais

A Brasfrigo acaba de receber o certificado do Programa Selo Social 2022, da Secretaria Municipal de Promoção da Cidadania de Itajaí (SC). A cerimônia de certificação ocorreu na sede social do Itamirim Clube de Campo, quando 66 empresas foram condecoradas. Foram apresentados 521 projetos. Este é mais um dos selos sociais recebidos pela empresa.

Para José Humberto Cortes, diretor das Unidades de Câmaras Frias da Brasfrigo, a certificação vem para corroborar as diretrizes de sustentabilidade da empresa, considerada o melhor complexo de câmaras frias do país. “A iniciativa é importante para despertar e reforçar nas empresas do município a busca por melhorias constantes em seus processos. Nós, da Brasfrigo, buscamos sempre eficiência no que nos propusemos a oferecer e faz parte do nosso jeito de trabalhar cuidar do meio ambiente e de nossos colaboradores, em todas as nossas operações”, ressalta.

O Programa Selo Social é um esforço do município de Itajaí para incentivar as empresas e organizações que realizam projetos com foco na redução da pobreza, proteção do meio ambiente e do clima, garantindo que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e prosperidade. Esses são preceitos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

SOBRE A BRASFRIGO

Empresa que pertence ao Grupo BMG, um dos maiores grupos empresariais privados do país, é líder na América Latina em movimentação de congelados, com o melhor complexo de câmaras frias do Brasil. Com unidades localizadas em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e Itajaí (SC). Com cerca de 50 anos de atuação, armazena cargas dos principais produtores de proteína animal do país e tem reconhecimento internacional pela agilidade e qualidade dos serviços prestados – sua temperatura é considerada “o melhor frio” entre os concorrentes, parâmetro número um para exportação.n

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TEM PRA VOCÊ, PRA NÓS! RESPONSABILIDADE SOCIAL

APM TERMINALS BUSCA RECONQUISTAR NAVIOS DE CONTÊINERES PARA O PORTO DE ITAJAÍ

Do ponto de vista econômico, a situação é semelhante à de 2008 quando os berços tiveram a estrutura destruída pelos efeitos da enchente

A APM Terminals tem um imenso desafio para os primeiros meses de 2023: reconquistar os serviços de transporte marítimo internacional de contêineres no Porto de Itajaí, em Santa Catarina. Com a demora na definição do contrato de arrendamento provisório dos berços 1 e 2, assinado na primeira semana de dezembro, o terminal começa o ano sem nenhum serviço.

Dos quatro armadores que operavam no terminal, três migraram para o terminal de Navegantes, na outra margem do rio Itajaí-açu, e uma para o porto de Itapoá, no norte do estado. Do ponto de vista econômico, a situação do Porto de Itajaí é semelhante à de 2008 quando os berços tiveram a estrutura destruída pelos efeitos da enchente que atingiu a região e precisaram ser reforçados.

Responsável pela movimentação de contêineres no Porto de Itajaí desde 2002, o contrato com APM Terminals terminou em dezembro deste ano. A empresa sempre dialogou com as autoridades locais e federais, com intuito de encontrar a melhor alternativa e uma possível extensão antecipada do contrato, mas a intenção do governo federal sempre foi a de fazer uma nova licitação.

A expectativa do Ministério da Infraestrutura era de realizar a licitação do Porto ainda em 2022, o que não ocorreu. Os investimentos previstos no contrato, de 35 anos, são de R$ 2,8 bilhões. Com o atraso, a decisão está nas mãos do novo governo federal, que assumiu em janeiro.

IMPACTOS NA ECONOMIA LOCAL

A economia de Itajaí também deverá ser fortemente impactada no período. A previsão é de que a empresa reduza entre 35% e 40% o número de funcionários e que ocorra uma redução de 100% nas chamadas de mão de obra avulsa, que são aquelas dos trabalhadores que prestam serviços de capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de carga, bloco e vigilância de embarcações na área dos portos organizados e de instalações portuárias de uso privativo, com intermediação obrigatória do Órgão Gestor de Mão-de-Obra (Ogmo).

Aristides Russi Junior, diretor-superintendente da APM Terminals Itajaí, diz que as tratativas para trazer de volta os armadores para o Porto de Itajaí já começaram e têm apoio da Superintendência do Porto de Itajaí (SPI). “Já estamos trabalhando arduamente para recuperar carga

INFORMATIVO DOS PORTOS / 18 CONTRATO TEMPORÁRIO

e reposicionar Itajaí na rota comercial. Sabemos que será um período extremamente desafiador, mas já passamos por outros momentos como este e superamos. Vamos precisar contar com o apoio de todos nessa jornada”, disse o superintendente.

O contrato provisório tem uma cláusula que assegura a continuidade das operações. Essa garantia se faz necessária para abrir negociações com os armadores, que normalmente fecham contratos com os portos com no mínimo dois anos de duração. Aristides destaca também que a decisão de permanecer em Itajaí leva em consideração o compromisso que a empresa tem em honrar seus valores. “Estamos assumindo os riscos que o momento nos impõe, mas não poderíamos simplesmente deixar o Porto de Itajaí. E, desde a retomada das conversas, nosso time local e regional está completamente empenhado em recuperar o mercado”, finaliza.

“A assinatura desse contrato é fundamental para a manutenção dos trabalhos em nosso porto enquanto o governo federal não conclui o processo de desestatização do terminal, que definirá o novo operador portuário de Itajaí para próximas décadas, mas que infelizmente está atrasado”, lembra o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni.

O contrato de Convênio de Delegação da Autoridade Portuária ao Município foi formalizado em 1997 e proporcionou protagonismo

financeiro e econômico à cidade. Com a prorrogação, a manutenção das operações portuárias está garantida por dois anos ou até que seja finalizado o processo de desestatização do Porto de Itajaí. Pelo contrato provisório, a APM se compromete a pagar R$ 2,3 mihões ao mês para a Superintendência do Porto de Itajaí. O valor foi estipulado antes da perda dos serviços marítimos e levou em consideração a expectativa de movimentar entre 16 e 18 mil contêineres por mês. n

OS NÚMEROS DOS 20 ANOS DA APM TERMINALS ITAJAÍ

- 8 milhões de TEUs operados em 20 anos de história

- 200 colaboradores

- Desde o arrendamento investiu R$ 720 milhões em infraestrutura e equipamentos

- Pagou R$ 773 milhões para os trabalhadores portuários de Itajaí

- Pagou 340 milhões em tributos federais, estaduais e municipais

- R$ 10 milhões de investimentos em gestão ambiental

- Em 2022 foram gastos R$ 69 milhões com 513 fornecedores nacionais, sendo R$ 26,9 milhões com 179 fornecedores de Itajaí

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CORRENTE DE COMÉRCIO BRASILEIRA CRESCE QUASE

22% EM 2022

Até a quarta semana de dezembro, Brasil exportou US$ 328,648 bilhões e importou US$ 268,831 bilhões segundo dados do Ministério da Economia

A balança comercial brasileira registrou um crescimento de 21,9% em 2022, em comparação a igual período do ano passado. A corrente de comércio acumulou US$ 597,479 bilhões, considerando resultados acumulados até a quarta semana de dezembro. O total da corrente de comércio reflete a soma de US$ 328,648 bilhões em exportações (alta de 19,4% sobre 2021) e importações de US$ 268,831 bilhões (elevação de 25%).

Os índices de variações percentuais consideram o critério de média diária das operações. O saldo comercial do ano, portanto, acumula superávit de US$ 59,817 bilhões desde o início do ano, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

Dados referentes exclusivamente a dezembro revelam superávit comercial de US$ 2,286 bilhões, resultado de US$ 20,286 bilhões em vendas ao exterior e US$ 18 bilhões em compras internacionais. Isso resultou em corrente de comércio de US$ 38,285 bilhões na parcial deste último mês do ano. Na comparação com igual período do ano passado, houve crescimento

INFORMATIVO DOS PORTOS / 20
DESEMPENHO DO COMÉRCIO EXTERIOR
a n o s EXPERTISE EM COMÉRCIO EXTERIOR D E S E M B A R A Ç O A D U A N E I R O P A R A I M P O R T A Ç Õ E S E E X P O R T A Ç O E S A S S E S S O R I A E M C O M É R C I O E X T E R I O R E L O G Í S T I C A A v . M i n i s t r o V i c t o r K o n d e r , 1 0 6 4 - F a z e n d a - I t a j a í / S C C E P : 8 8 3 0 1 - 7 0 1 ( 4 7 ) 2 1 0 4 - 2 0 0 0
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DESEMPENHO DO COMÉRCIO EXTERIOR

de 12,3% nas exportações e de 19,3% nas importações, ampliando em 15,5% a corrente de comércio (critério de média diária).

DESEMPENHO DOS SETORES

A Secex observou crescimento das vendas de todos os segmentos em dezembro de 2022, considerando os resultados acumulados até a quarta semana. O aumento foi de 31,4% (média diária) nas exportações da agropecuária, que somaram US$ 3,69 bilhões no período. Também houve alta de 17,4% nas vendas externas da indústria extrativa, que chegaram a US$ 5,21 bilhões; e de 5,2% nos embarques da indústria de transformação, que alcançaram US$ 11,27 bilhões. A combinação destes resultados levou o aumento do total das exportações, informa a Secex.

Na agropecuária, os destaques das exportações no mês foram, até a quarta semana, animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos; milho não moído, exceto milho doce; e frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas. Na indústria extrativa, os resultados foram impulsionados, principalmente, por outros minerais em bruto; carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado; além de óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus. Na indústria de transformação, os destaques foram açúcares e melaços; tabaco, desqualificado ou desnervado; e óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos).

Do lado das importações, também foram registrados aumentos em todos os setores. Houve crescimento de 6,6% em agropecuária, que somou US$ 373 milhões; elevação de 46,1% em indústria extrativa, que chegou a US$ 1,71 bilhão e, por fim, alta de 18,8% em indústria de transformação, que alcançou US$ 15,78 bilhões.

INFORMATIVO DOS PORTOS / 22

MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

PORTONAVE PASSA A OFERECER SERVIÇO EXCLUSIVO QUE LIGA BRASIL À ÁSIA E À ÍNDIA

junto à APM Terminals o desenvolvimento de um sistema mais eficiente para a vistoria das embalagens de madeira usadas na importação de cargas. Com a utilização dos novos procedimentos, o Mapa será informado com relação às unidades que contêm madeiras (pallets, entre outros tipos de embalagens), de cinco a sete dias antes da atracação do navio por meio de sistema totalmente informatizado.

De posse dessas informações, o Mapa informará quais contêineres deverão ser vistoriados antes do desembarque e o terminal fará o posicionamento dos contêineres, facilitando a vistoria e agilizando os processos. O sistema utilizado até então também limitava o agendamento a determinados dias da semana, fazendo com que as vistorias fossem adiadas para o próximo dia disponível. O novo processo vai eliminar essas limitações, visando à vistoria das unidades conforme a ordem de descarga no pátio do terminal. Isso fará com que o número de dias entre a descarga da unidade e a vistoria seja reduzido.

O serviço conecta a América do Sul, passando por apenas três portos brasileiros: Navegantes, Santos e Paranaguá, e pela Argentina e Uruguai

Luiz Gustavo explica que os portos do Paraná e São Paulo até utilizam um sistema informatizado de informação, mas é menos eficiente que o acaba de entrar em operação na APM Terminals Itajaí. Depois do período de testes e ajustes do novo sistema, a intenção do Mapa é começar a utilizar em todos os terminais do Complexo Portuário do Itajaí.

O armador Hyundai Merchant Marine (HMM) passou a oferecer o Far East India Latin America Service (FIL Service), um novo serviço para atender a rota Ásia e Índia. O serviço, que antes operava em Itajaí, conecta a América do Sul, passando por apenas três portos brasileiros: Navegantes, Santos e Paranaguá, e pela Argentina e Uruguai. Na rota Ásia e Índia, o navio passa por Busan, Xangai, Cingapura, Ningbo, Shekou, Kattupalli, Durban, Hong Kong.

De acordo com diretor-superintendente da APM Terminals, Aristides Russi Junior, um dos maiores entraves do antigo sistema era a movimentação dos contêineres para fiscalização. Na maioria das vezes, a empresa precisava fazer vários movimentos com equipamentos pesados dentro do pátio para que o contêiner fosse fiscalizado. “Com este novo sistema nosso objetivo é melhorar a experiência do cliente da APM Terminals, a eficiência dos serviços anuentes e adequação da operação, facilitando a liberação da carga em um tempo menor”, dz Aristides. A estimativa é de que o novo método reduza o custo de armazenagem de 40% a 50% para o importador, além do ganho de ter a mercadoria mais cedo em sua planta industrial.

Os principais produtos na exportação da linha FIL são carnes congeladas e seus derivados, madeiras e seus derivados e alimentos. Na importação, são têxtis, maquinários, borrachas e derivados, químicos e plásticos e derivados. Considerado um dos maiores armadores do mundo, o HMM opera com 117 navios contêineres, além de 14 navios graneleiros e tanques para o transporte de carvão e minério.

MOVIMENTAÇÃO DE PRODUTOS

O Mapa atua direta ou indiretamente em 100% das cargas de importação. Somente no ano passado foram realizadas 59 interceptações de cargas com possível presença de embalagem e ou suportes de madeira que poderiam ter algum tipo de praga. Em alguns casos, conforme a legislação, o produto pode até mesmo ser devolvido para o país de origem. n

A Portonave chegou na primeira semana de dezembro aos 11 milhões de TEUs movimentados. O mais novo recorde foi batido na operação do navio MSC Barcelona, de bandeira libanesa. Ao todo, foram 1,2 mil contêineres, entre exportação e importação.

Para chegar nessa conquista, já foram recebidas mais de 8,8 mil escalas de navios com diversas cargas, como madeiras, carnes congeladas, maquinários, cerâmicas, alimentos, plásticos e materiais têxteis.. Em 2022, a Portonave bateu recordes históricos de movimentação. Em setembro, o Gate teve fluxo de 2,6 mil de caminhões em um único dia. Em outubro, a movimentação chegou em 111.879 de TEUs.

Para aumentar a produtividade e promover iniciativas sustentáveis, recentemente, a Portonave adquiriu uma empilhadeira ecológica. O equipamento reduz em 40% a emissão de gases poluentes. É o primeiro a ser adquirido na América Latina. Além disso, o terminal também conta com cinco empilhadeiras de contêiner vazio, dois scanner HCVM-T, seis portêineres Post Panamax, 40 terminal tractors e 18 transtêneires eletrificados. n

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PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA MOVIMENTAM 54 MILHÕES DE TONELADAS

Os granéis sólidos correspondem a mais da metade da movimentação (61,6%).

Foram 33.308.239 toneladas de janeiro a novembro de 2022 e 33.186.345 em 2021

Os portos de Paranaguá e Antoninina, no Paraná, fecharam novembro com uma movimentação acumulada de 54.014.368 toneladas em 2022 e alta em todos os segmentos de carga. O volume é 2% maior que o registrado nos 11 meses do ano passado, com 53.028.869 toneladas.

O número, alcançado mesmo com as chuvas frequentes, anima o setor. “Nossa expectativa é superar o recorde de 2021, que foi de 57,5 milhões de toneladas. Paranaguá tem produtividade acima da média, graças aos esforços constantes dos nossos trabalhadores, operadores, terminais portuários e aos investimentos do estado e também privados”, explica o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

De acordo com ele, a meta é melhorar cada vez mais a estrutura oferecida. “Há grandes investimentos para elevar ainda mais a eficiência dos terminais paranaenses, já reconhecida nacional e internacionalmente”, complementa.

GRANÉIS SÓLIDOS

Os granéis sólidos correspondem a mais da metade da movimentação (61,6%) – foram 33.308.239 toneladas de janeiro a novembro de 2022 e 33.186.345 no mesmo período de 2021 (0,36%). Nos produtos de carga geral a alta foi de 1%, comparando as 12.777.691 toneladas operadas em 2022 às 12.593.871 toneladas registradas no ano anterior.

INFORMATIVO DOS PORTOS / 24 COMÉRCIO EXTERIOR

Entre os líquidos, o crescimento foi maior: 9%. Até o dia 30 de novembro, a movimentação de cargas carregadas e descarregadas totalizou 7.928.439 toneladas de produtos. Em 2021, foram 7.248.654 toneladas.

Para exportação, a alta chegou a 8%, com 33.302.202 toneladas carregadas, frente às 30.782.899 toneladas de 2021. No sentido contrário, porém, houve queda. As importações caíram 7% e passaram de 22.245.970 toneladas para 20.712.166 toneladas em 11 meses de 2022.

Por produto, entre as exportações, destacam-se as altas registradas no milho, farelo, açúcar, celulose e óleo vegetal embarcados pelos portos paranaenses. O aumento nos embarques de milho, em 2022, chegou a 533%, com as 4.522.065 toneladas carregadas pelos portos do Paraná. Em 2021, de janeiro a novembro, foram 714.464 toneladas exportadas do produto.

De farelo de soja, o carregamento totalizou 5.218.316 toneladas em 2022, 15% superior às 4.543.885 toneladas de 2021. O comércio de açúcar registrou aumento de 1%. Somando o produto embarcado a granel e em saca, foram 4.560.553 toneladas em 2022 e 4.522.180 toneladas em 2021.

As exportações de óleo de soja subiram 38% no período – de 1.064.801 toneladas para 1.470.461 toneladas. De celulose, foram 678.230 toneladas embarcadas em 2021 e 749.558 toneladas em 2022 aumento de 11%.

CONTÊINERES

No caso dos contêineres, a alta registrada foi de 6% no geral, 7% no sentido exportação (de 573.206 TEUs para 610.973 TEUs) e 5% nas importações (de 436.440 TEUs para 459.110 TEUs). A movimentação do segmento chegou a 1.070.083 TEUs (unidade específica equivalente a um contêiner de 20 pés). Em 2021, no período, foram 1.009.646 TEUs.

INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURA

Os portos de Paranaguá e Antonina receberam R$ 146,1 milhões em melhorias, ao longo de 2022. O montante foi aplicado em serviços, obras e projetos de infraestrutura marítima, terrestre

e de acesso aos terminais. Contabilizando as principais ações dos últimos quatro anos, de 2019 até agora, foram cerca de R$ 543,8 milhões investidos pela empresa pública Portos do Paraná.

“Estamos realizando, hoje, as obras que vão transformar o futuro dos nossos portos. Com inovação e respeito à natureza, tiramos do papel projetos importantes e somos reconhecidos pelo mercado e pelo Ministério da Infraestrutura como o porto brasileiro com o maior índice de execução de planejamento”, destaca o diretor-presidente, Luiz Fernando Garcia.

Para melhoria da infraestrutura marítima, as principais obras do ano foram a continuidade da dragagem e da derrocagem. Este foi o 4º ano do Programa de Dragagem de Manutenção Continuada dos portos de Paranaguá e Antonina, que acontece até maio de 2024.

Dentro do cais do Porto de Paranaguá, foi feita a demolição do silo de 10.000 toneladas que estava inutilizado. Com isso, o porto ganhou uma nova área operacional no lado oeste. Também foram construídas sete novas estruturas de apoio sanitário para os trabalhadores da faixa portuária.

Foram entregues, ainda, obras no Píer Público de Inflamáveis, que passou por recuperação e proteção dos elementos estruturais. Segundo o diretor de engenharia e manutenção da Portos do Paraná, Victor Kengo, em 2022, foram investidos cerca de R$ 40,3 milhões apenas em obras gerais como sinalização viária, melhorias nas áreas pavimentadas, limpeza de drenagem pluvial e da rede de esgoto, sinalização e segurança náutica e outras ações de manutenção civil, mecânica, elétrica e hidráulica. “Ainda tivemos investimento em adequações das instalações portuárias para atender às normas internacionais de segurança para controle de acessos e monitoramento”, completa.

Destaque também para a elaboração de projeto e execução da adequação e modernização do sistema de automação do corredor de exportação do Porto de Paranaguá (Corex).

COMUNIDADE – Entre os investimentos realizados pela empresa pública que beneficiam os moradores do litoral, estão os novos trapiches, construídos como medida de compensação ambiental, que foram entregues no Rocio e no Valadares, em Paranaguá, além da Ponta da Pita e Portinho, em Antonina. n

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

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NAVIOS DE CRUZEIRO

EXPEDIENTE

A LOGÍSTICA DAS COISAS

PUBLICAÇÃO

Perfil Editora

DIRETORA

Elisabete Coutinho elisabete@informativodosportos.com.br

DIRETORA ADMINISTRATIVA

Luciana Coutinho luciana@informativodosportos.com.br

JORNALISTA RESPONSÁVEL

MONITORAMENTO DE NAVEGAÇÃO NO COMPLEXO DO ITAJAÍ: REVOLUÇÃO NA OBTENÇÃO DE DADOS

Luciana Zonta (SC 01317 JP) luzonta@informativodosportos.com.br

MSC ARMONIA DÁ INÍCIO À TEMPORADA PELA AMÉRICA DO SUL COM SAÍDA DE SC

A indústria mundial tem passado por transformações ao longo dos últimos séculos. A cada grande mudança pela qual a indústria passa, a história denomina de Revolução Industrial. A Internet das Coisas, que viabiliza, cada vez mais, as trocas de informações em tempo real, é uma das grandes responsáveis por essa nova revolução. Mas vale a pena destacar aqui a evolução do conceito de “fábrica inteligente”, na qual a integração em tempo real com as demandas e a flexibilidade de responder de forma ágil e eficiente marcam mais esta revolução.

METEOCEANOGRÁFICOS

REPORTAGEM

Adão Pinheiro, Alessandro Padin, Érica Amores e Luciana Zonta

FOTOS

Ronaldo Silva Jr./Divulgação

Flávio Roberto Berger/Fotoimagem

REVISÃO

Estamos vivendo a era da indústria e a logística tecnológica, como bem evidência a reportagem de capa desta edição da revista Informativo dos Portos. A complexidade que muitos já não conseguem mais acompanhar, que inclui sistemas de otimização, monitoramento e simulação, ainda está limitada aos projetos ou às fábricas e armazéns, mas, no cenário da Indústria 4.0, esses limites serão ampliados para a cadeia de suprimentos e acontecerá provavelmente mais uma revolução: a integração total. Definitivamente, a tecnologia faz os negócios caminharem em um ritmo inédito.

áreas infantis elaboradas em parceria com a LEGO e com a Chicco.

TEMPORADA DE NAVIOS

Navios transatlânticos que farão a temporada de cruzeiros marítimos devem movimentar nada menos que R$ 3,3 bilhões no país

Izabel Mendes

COMERCIAL

Thaísa Michelle Santos comercial@informativodosportos.com.br

Após implantação do SIMPORT, Itajaí avalia positivamente operações, que contam com dados em tempo real sobre as condições de navegação

PROJETO GRÁFICO

Elaine Mafra |Magic Arte

No Brasil, o mercado de Internet Industrial das Coisas movimentou US$ 1,35 bilhão em 2016, sendo que a indústria automotiva e manufatura foram as mais relevantes, de acordo com um estudo da Frost & Sullivan. Com grande potencial de transformação, especialistas estimam que esse mercado movimentará cerca de US$ 15 trilhões nos próximos 15 anos, promovendo ganhos consideráveis de eficiência e produtividade, atuando também na redução de custos, consumo energético e uso de materiais.

Um dos navios mais aguardados da temporada de cruzeiros da América do Sul acaba de chegar à costa brasileira. O MSC Armonia, da MSC Cruzeiros, fez sua estreia na região partindo do Porto de Itajaí, em Santa Catarina, no dia 10 de dezembro, partindo para um roteiro de sete noites, visitando Ilhabela, Ilha Grande, Rio de Janeiro e Búzios.

DIAGRAMAÇÃO E CAPA

Navios transatlânticos que farão a temporada de cruzeiros marítimos na temporada 2022/2023 devem movimentar nada menos que R$ 3,3 bilhões no país a partir de outubro deste ano. A estimativa é da Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros (Clia Brasil). A expectativa de impacto econômico é recorde no país e deve superar em três vezes a temporada atual e em 47% a temporada 2019/2020, a última realizada antes da pandemia deCovid-19.

Elaine Mafra |Magic Arte - @magicartedigital elaine@informativodosportos.com.br

Ainda temos muito a evoluir, mas existe um ambiente favorável ao fortalecimento da economia para, quem sabe, finalmente o Brasil seja o país do futuro.

PERFIL EDITORA

Em 2019, o Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes ganhou adequações e melhorias na sinalização náutica, que serviram de bases para a instalação de um moderno sistema de monitoramento meteorológico e oceanográfico do canal de acesso aos portos. O propósito da licitação aberta pela Superintendência do Porto de Itajaí na ocasião era, entre outras perspectivas, o de modernizar suas operações, além de obter dados sobre os ecossistemas de seu entorno.

Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br

*Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.

Até fevereiro de 2023, o MSC Armonia oferecerá cruzeiros partindo de Itajaí, de seis e sete noites, visitando alternadamente os destinos de Ilha Grande, Rio de Janeiro e Búzios. Os viajantes também poderão optar por roteiros de sete noites, visitando Ilhabela, Punta Del Este, no Uruguai, e Buenos Aires, na Argentina. No dia 4 de março, o navio partirá de Santos (SP), para um roteiro de oito noites visitando Punta Del Este, Buenos Aires, Ilhabela e Ilha Grande.

Boa leitura!

Quase um ano após a implantação do SIMPORT (Sistema de Oceanografia Operacional em Áreas Portuárias), os resultados são considerados positivos pelo Porto de Itajaí. “O sistema tem sido muito bem utilizado pela Autoridade Portuária, Marinha e Praticagem no gerenciamento das manobras. Essa transmissão dos dados em tempo real é um excelente instrumento gerenciador de risco, porque, juntamente com batimetrias, dragagens e sinalização náutica, é mais um braço que vem auxiliar na segurança da navegação”, explica o engenheiro Andre Luiz Pimentel Leite da Silva Junior, diretor técnico do Porto de Itajaí.

Com capacidade para 2,6 mil hóspedes, o MSC Armonia conta com nove bares e lounges, além de cinco restaurantes que oferecem o melhor da gastronomia internacional, incluindo o restaurante de especialidade Surf & Turf de culinária mediterrânea. O navio ainda conta com três piscinas, hidromassagens, diversas lojas de marcas globais, teatro com shows ao estilo Broadway, discoteca, sala de games, minigolfe, quadra poliesportiva, o autêntico spa balinês MSC Aurea SPA, academia e solário. As crianças também têm seu lugar no navio, que possui

O SIMPORT já opera com sucesso na baía da Babitonga e no Porto de Imbituba, em Santa Catarina, no Terminal Portuário de Paranaguá (TCP), no Paraná, e no Complexo do Porto-Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. Ele monitora e informa os usuários em tempo real sobre as condições meteorológicas e oceanográficas que afetam diretamente a navegação. “Monitorar essas variações tem importância fundamental no planejamento e na execução das manobras portuárias (atracação, desatracação e navegabilidade), auxiliando a praticagem local na navegação e manobras de navios”, explica o oceanógrafo Emilio Dolichney, sócio da Acquaplan, empresa responsável pelo sistema.

Até abril do próximo ano, devem ser ofertados mais de 680 mil leitos, com 626 paradas e 160 roteiros, gerando 44 mil empregos no país de forma direta, indireta e induzida. Isso inclui postos de trabalho gerados na cadeia produtiva de apoio ao setor, como agências de viagens e operadoras de turismo. Os valores calculam o impacto motivado pelos gastos das armadoras e dos cruzeiristas e tripulantes nas cidades visitadas, que beneficia setores como o comércio varejista, incluindo despesa com compras e presentes, alimentos e bebidas, transporte antes e após a viagem, passeios turísticos, transporte nas cidades visitadas e hospedagem.

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Segundo o engenheiro André, anteriormente à implantação do SIMPORT, a obtenção dos dados hoje dispostos pelo sistema era diferente. “Tudo era muito empírico: ligava-se para o navio para saber como estava o tempo lá fora, a correnteza era medida pela praticagem, mas hoje gerenciamos a abertura e o fechamento de barra com dados técnicos mais precisos e com maior agilidade, tendo certeza de que as condições ambientais estão propícias para a realização das manobras com segurança”.

Em 2021/2022, mesmo com os desafios trazidos pela pandemia, a temporada de cruzeiros registrou uma oferta de 193.927 leitos, com cinco navios, 56 roteiros e 183 paradas. Durante os dias 3 de janeiro e 5 de março, a temporada foi suspensa voluntariamente pelas companhias. Os dados, estimados pela Clia Brasil, revelam um impacto econômico de aproximadamente R$ 1,08 bilhão, número que engloba tanto os gastos diretos e indiretos das companhias marítimas quanto as despesas de cruzeiristas e tripulantes, além da geração de 13.936 empregos. n

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INFORMATIVO DOS PORTOS / 26
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- BR 470 - km 7 - Volta Grande - Navegantes/SC - (47) 3319-6400
NOVOS TEMPOS indústria logística tecnológica 20 18
SIMPORT

Para batizar o “Aliança Levante”, a companhia escolheu Rosilene Carvalho de Senna como madrinha. Rosi, como é carinhosamente chamada por todos, ingressou na Aliança em 1986 como programadora. Passou pelos departamentos Financeiro, Documentação e Controladoria, até chegar à gerência da área de Recursos Humanos, na qual atua desde 2012. Para celebrar o momento, ela foi à cerimônia acompanhada do marido, Luís, e dos filhos Lucas e Clara. g

O NOME LEVANTE

O “Levante é uma homenagem a um tipo de vento que sopra do leste, próprio das ilhas Baleares, um arquipélago do Mediterrâneo ocidental, e do sudeste da Península

Ibérica. Caracteriza-se por ser úmido e suave. Além do “Aliança Levante, outros quatro rebocadores já foram batizados. São eles: “Aliança Minuano”, “Aliança Aracati”, “Aliança Pampeiro” e “Aliança Mistral”.

A MELHOR OPÇÃO EM LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS RODOVIÁRIOS

MATRIZ

SANTOS/SP: (13)3023-6161 - (13)99631-4327

FILIAL

ITAJAÍ/SC: contato@mesquitaloc.com.br

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Responsável por agregar valor ao produto originário do campo, a agroindústria é uma das parcelas mais importantes da economia brasileira. O crescimento do setor tem feito a diferença dentro e fora do Brasil, expandindo fronteiras e gerando negócios internacionais

INFORMATIVO DOS PORTOS / 22
650 EQUIPAMENTOS EM QUATRO CATEGORIAS NA LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS RODOVIÁRIOS 40 ANOS DE TRADIÇÃO
PORTA-CONTÊINERES FURGÕES BAÚS CARRETAS PRANCHAS REBAIXADAS
REFORÇO NA FROTA

Vendas de suínos aumentam com China no topo do ranking dos compradores

O incremento está ajudando a recuperar os preços do produto, que no momento ainda estão abaixo dos custos de produção

O Brasil exportou 93,4 mil toneladas de carne suína em novembro, volume 17,8% maior que o mesmo mês de 2021, quando foram exportadas 79,3 mil toneladas, de acordo com dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Em receita, o total do mês foi de 230,5 milhões de dólares, valor 35,1% maior que em novembro do ano anterior, com 170,6 milhões de dólares.

De acordo com o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), Valdecir Folador, esse aumento de exportações tem ocorrido desde agosto, por conta de uma demanda maior da Ásia, em especial da China, que tem aumentado novamente sua demanda.

O incremento está ajudando a recuperar os preços do suíno, que no momento ainda estão abaixo dos custos de produção, como relata Folador. Para 2023, o presidente da ACSURS espera estabilidade. “Olhando para o contexto de mercado em si, a minha avaliação é de que deveremos ter volumes parecidos com 2022, com tendências a ampliar um pouco com perspectivas de exportações para o México”, comenta.

O presidente da ABPA, Ricardo Santin, detalha que a média de exportações registradas no segundo semestre chegou a 101,4 mil toneladas, superando os patamares registrados no mesmo período de 2021, de 95,7 mil toneladas.

“Em todo o histórico da suinocultura de exportação, não há um semestre com desempenho tão expressivo quanto o registrado no final de 2022. O mercado internacional está demandando produtos brasileiros. Este quadro permitiu ao setor recuperar forças e embarcar volumes acumulados em 2022 muito próximos ao que vimos no ano anterior, quando registramos recordes de exportações. São divisas fundamentais para a indústria e o país, em um momento de recuperação econômica, tendo em vista que o setor ainda não superou os impactos das altas dos custos de produção”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

INCREMENTO NAS COMPRAS

Considerando apenas o mês de novembro, a China, principal destino das exportações brasileiras de carne suína, incrementou suas compras em 95% em relação ao mesmo período do ano anterior, com total de 42,8 mil toneladas. Assumindo pela primeira vez o segundo lugar nas exportações brasileiras, o Chile importou 7,7 mil toneladas (+53%).

“Temos expectativas positivas, e espera-se impactos ainda mais positivos com a abertura dos mercados do México e do Canadá, dois dos maiores importadores de carne suína do planeta, que em 2022 abriram suas portas para o produto brasileiro”, completa o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.n

INFORMATIVO DOS PORTOS / 28 Suplemento AGRO NEWS

Cargas do agronegócio crescem 22% e batem recorde no terminal da VLI

Sistema que integra rodovia, terminal e ferrovia no Arco Norte movimentou cerca de 600 mil toneladas a mais que todo o ano de 2021

O transporte de grãos e farelo de soja pelo Terminal Integrador Porto Nacional (TIPN), no Tocantins, ativo administrado pela VLI – companhia de soluções logísticas que opera ferrovias, portos e terminais – bateu recorde anual e ultrapassou em 600 mil toneladas a movimentação em relação ao ano anterior.

O resultado representa um crescimento de 22% na comparação com o acumulado de 2021. Em 2021 foram movimentadas 2,7 milhões de toneladas, entre janeiro e dezembro. Já até outubro de 2022, a companhia alcançou a marca de 3,3 milhões de toneladas.

A produção tocantinense, assim como da região formada pelo Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), conta com atributos naturais e uma robusta infraestrutura de escoamento, que cresce e é desenvolvida a cada ano. Os resultados das movimentações no Terminal Integrador de Porto Nacional evidenciam o suporte ao agronegócio e o potencial de desenvolvimento da produção regional.

“Sem dúvida, esse recorde é fruto de muito trabalho de otimização em nossas operações. O Tocantins vem apresentando safras de soja e de milho surpreendentes e o nosso objetivo é contribuir com o desenvolvimento do estado, investindo em logística para movimentações cada vez mais eficientes”, afirma o diretor de Operações do Corredor Centro-Norte da VLI, Daniel Schaffazick.

Atualmente, o terminal de Porto Nacional possui capacidade para armazenar 60 mil toneladas de grãos (entre soja, milho e farelo), e movimentar até 5 milhões de toneladas por ano. As cargas – originárias nas regiões do Matopiba, além do Mato Grosso, Goiás e Pará

– chegam de caminhão até os terminais. Na unidade, é feita a descarga dos veículos, o armazenamento e o transbordo de grãos para os trens. Os vagões carregados seguem pela Ferrovia Norte Sul (FNS), também controlada pela VLI, para o Porto do Itaqui, localizado em São Luís, com destino à exportação.

A VLI engloba as ferrovias Norte Sul (FNS) e Centro-Atlântica (FCA), além de terminais intermodais, que unem o carregamento e o descarregamento de produtos ao transporte ferroviário, e terminais portuários situados em eixos estratégicos da costa brasileira, tais como em Santos (SP), São Luís (MA) e Vitória (ES). Por dois anos consecutivos presente no ranking 100 Open Corps – que reconhece o estímulo à inovação aberta –, a VLI transporta as riquezas do Brasil por rotas que passam pelas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. n

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Aumento da produção agroindustrial é projetada pela FGV Agro

Avanço foi puxado, principalmente, pelo segmento de produtos alimentícios e bebidas, cuja alta foi de 8,2% em relação ao ano anterior

Projeções revisadas pelo Centro de Estudos do Agronegócio (FGV Agro) apontaram para um crescimento da produção agroindustrial em 2022, mostrando maior cautela quanto aos resultados. Em novembro, a entidade havia estimado crescimento de 2,2% ante 2021. Agora considera um intervalo entre 0,8% e 2,2%, como mostra a pesquisa mensal da instituição. Segundo o estudo, a revisão das previsões é baseada nos resultados de outubro de 2022.

Em relatório, a FGV Agro ponderou que a produção agroindustrial precisaria crescer 8,1% no último bimestre do ano frente ao mesmo período de 2021 para chegar ao cenário base de 2,2% de avanço. “Apesar de não ser impossível, não é algo esperado, mesmo com a estreita base de comparação verificada no último bimestre de 2021”, afirma no documento. No mês de outubro, a agroindústria brasileira registrou aumento de 3,9% na sua produção física ante outubro de 2021.

Apesar do avanço, a FGV ressalta que a base de comparação de 2021 era bem estreita, já que houve contração de 11,8% do índice com efeitos da Covid-19. “O país conta, atualmente, com um cenário interno de maior aquecimento do mercado de trabalho e redução

dos custos de produção (queda nos preços de combustíveis e de energia elétrica e menores patamares das cotações de matérias primas)”, explica a entidade.

O avanço foi puxado, principalmente, pelo segmento de produtos alimentícios e bebidas, cuja alta foi de 8,2% em relação ao ano anterior. O segmento de produtos não-alimentícios, por sua vez, registrou leve contração, de 0,5%. A expansão na produção industrial registrou alta acumulada de 1,1% no ano e, desde março, a produção nacional não apresenta taxas de variações abaixo de zero, na comparação interanual.

O resultado, segundo a instituição, reflete o melhor desempenho da produção de produtos alimentícios e bebidas. O setor registrou, até setembro, alta de 2,1% no volume de produção do segmento.

AGRONEGÓCIO E EXPORTAÇÕES

Os produtos do agronegócio somaram US$ 6,9 bilhões no acumulado de janeiro a novembro de 2022, o que representou 90% dos US$ 7,595 bilhões exportados por Mato Grosso do Sul no mesmo

INFORMATIVO DOS PORTOS / 30 Suplemento AGRO NEWS

Apoio da Federação

Em recente visita às instalações da Pasa, em Paranaguá, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Carlos Valter Martins Pedro, reafirmou seu apoio à indústria, destacando o apoio ao setor portuário.

período. Os dados foram obtidos com base em análise feita na Carta de Conjuntura da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). Dos 12 principais produtos exportados pelo estado, de janeiro a novembro de 2022, os sete primeiros são da cadeia produtiva do agronegócio.

“Não sabia que tínhamos índices de produtividade tão expressivos no Porto de Paranaguá. Acredito que temos a responsabilidade de disseminar essas informações para a mentalização do industrial paranaense em relação ao valor do nosso porto. Eu fiquei pessoalmente impressionado com a sua eficácia. Isso nos motiva a valorar os investimentos que estão sendo feitos em relação à indústria do Paraná. A atividade portuária está na pauta da Fiep”, considerou o presidente da Federação.

Amparado por uma safra recorde próxima de 12 milhões de toneladas, o milho foi a vedete em crescimento na balança de exportações do agronegócio sul-mato-grossense em 2022, com um aumento de 667,13%. Em valores, Mato Grosso do Sul exportou US$ 585,5 milhões de janeiro a novembro. Já em volume foram 2,8 milhões de toneladas comercializadas ao exterior. Um dos motivos deste desempenho recorde na produção do milho foi o maior uso de tecnologia e variedades nas lavouras. Mesmo com os problemas de clima a produtividade do milho safrinha chegou a 96 sacas por hectare, o dobro de 2021, quando saíram dos campos estaduais 47 sacas por hectare.

Segundo Paulo Meneguetti a expectativa é grande junto à atual gestão da Fiep porque houve uma dinâmica na Federação consoante à retomada de crescimento nacional. “Entre as forças de defesa da indústria, a Fiep é uma trincheira muito importante para o setor industrial do Paraná. Nos cabe apresentar as demandas e buscar apoio para nossas necessidades, seja nas reformas em andamento, como a trabalhista, a fiscal ou a tributária. O Brasil precisa ser passado à limpo e a Fiep tem poder para centralizar esse debate no Paraná”, frisou Meneguetti. n

O secretário Jaime Verruck, da Semagro, destaca que a força do agronegócio com o avanço dos preços das commodities, a agroindustrialização e o investimento público direto foram os alicerces que impulsionaram as riquezas de Mato Grosso do Sul e levaram o estado a registrar o maior incremento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2020 a 2022 entre os estados da Federação.

Ele acrescenta que o estado é tradicional exportador de grãos para os estados do Sul do país, mas a mudança na matriz econômica está impactando em maior consumo interno dos grãos. “Temos projetos de ampliação da agroindustrialização, como duas usinas processadoras de etanol de milho, uma já em operação em Dourados e outra em Maracaju. Isso sem contar a expansão na produção de suínos e aves, que também consomem o milho na fase da engorda”, salientou.

A demanda interna é de 6 milhões de toneladas, o que, segundo o secretário, é suficiente para atender a cadeia produtiva. No entanto, a industrialização vai mudar estes números. “Existe uma tendência em reduzir ainda mais o quantitativo enviado para fora de MS e beneficiar cada vez mais dentro do estado, transformando este milho em ração de suínos, de aves”, sinalizou.

No caso do etanol de milho, Verruck lembra que já entrou na pauta de exportação o DDG [sigla em inglês para grãos secos e destilados] do milho, que novamente entra na cadeia produtiva, principalmente na pecuária. “A agregação de valor é uma de nossas metas dentro da política industrial. Buscamos a eficiência para que Mato Grosso do Sul seja um estado multiproteína e exporte não só as proteínas vegetal e animal mas também avance em outros produtos”, concluiu.

A soja manteve em 2022 o protagonismo em valores de exportação com mais de US$ 2 bilhões obtidos até novembro, ou o equivalente a 26,7% do total exportado pelo Mato Grosso do Sul. No entanto, em termos de receita houve um recuo de 8,57%. O segundo produto da pauta foi a celulose com 18,24% de participação na balança e US$ 1,3 bilhões de receita. Já o setor de carne bovina registrou aumento de 30,7% nas vendas externas de janeiro a novembro, com US$ 1,1 bilhão negociados. Já em carne de aves foram US$ 344,6 milhões exportados no ano. n

31 A Pasa é especializada na movimentação e embarque de granéis sólidos. Nossa empresa encontra-se preparada para atender à crescente demanda da exportação de granéis sólidos, originados do Paraná, como também de outros estados, executando as atividades com a mais alta tecnologia de infraestrutura portuária, segurança e responsabilidade socioambiental. Av. Bento Rocha, 67, Bairro D. Pedro II Paranaguá/PR - Fone: (41) 3420-5700

DESPACHANTES ADUANEIROS

JANTAR DE CONFRATERNIZAÇÃO DO S.D.A

O Sindicato dos Despachantes Aduaneiros, através do presidente Flavio Demetrio da Silva, agradece, juntamente com sua diretoria, os associados, autoridades, colaboradores e familiares que prestigiaram no dia 3 de dezembro, no Porto Santo em Paranaguá, a festividade de confraternização que brindou as conquistas de 2022. O S.D.A deseja que 2023 seja um ano para celebrar novas vitórias. n

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