Revista Informativo dos Portos 165

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INFORMATIVO DOS PORTOS

Edição nº 165 - Ano XIII - Rua Samuel Heusi, 463 - Sala 205. The Office Business Center - Itajaí/SC 88301-320

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Fazendo a diferença para sempre fazer melhor!

Alta Produtividade

Agilidade e eficiência

383 navios operados

63 de média geral de MPH

em 14 meses de operação.

(movimentos por hora).

Alta Performance

Acesso dedicado

160.832

35,5Km de acessos

contêineres movimentados em 14 meses de operação.

rodoviários pavimentados. Acesso direto à BR 101.

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EDITORIAL A semente acaba de ser plantada, mas já significa a visão futura de frutos e sombras para a cadeia logística do frango, a principal beneficiada com a Ferrovia da Integração ou Ferrovia do Frango, que ligará o Oeste catarinense ao Litoral. A obra, que teve o edital do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) oficializado em maio, promete trazer agilidade logística no transporte de carne congelada para o Porto de Itajaí, maior exportador do produto no Brasil. Na melhor das hipóteses, a obra estará pronta somente em 2019. Mesmo assim, ela representa muito mais do que uma nova ligação entre os dois extremos do estado, mas a valorização do modal mais seguro e econômico para o transporte de cargas, abandonado pelo governo federal na década de 1960 por conta dos investimentos em rodovias Brasil afora. Entre as lideranças políticas, empresariais e comerciais, a análise é de que a aposta nos trens de carga vai garantir novos rumos à economia do estado já que a ausência de ferrovia estaria retirando a competitividade regional, e fazendo empresas catarinenses migrarem para o centro do país. A meta do Governo Federal é expandir de 29 mil quilômetros para 40 mil a malha ferroviária no País até 2020. A ideia é trazer para o Brasil — com grande atraso — um modelo que já funciona na Europa: o transporte multimodal, em que navios, trens e caminhões operam de forma conjunta, sem concorrerem entre si. Em Santa Catarina, a sementinha já foi regada. Que venham árvores fortes e frutíferas em poucos anos.

ÍNDICE 20.

ESPECIAL: Trilhos à vista!

24.

Suplemento SEP

28.

Japão libera oficialmente compra de carne suína brasileira

30.

Entrevista com Antônio Ayres

34.

Instituto Kat Schürmann será transferido para Itajaí

36.

Suplemento do Porto de Itajaí

Boa leitura!

Publicação: Perfil Editora Diretora : Elisabete Coutinho Diretora Administrativa: Luciana Coutinho Jornalista responsável: Luciana Zonta (SC 01317 JP) Reportagem: Adão Pinheiro e Luciana Zonta Projeto gráfico: Solange González Bock Diagramação: Willian Domingues e Elaine Mafra (serviço terceirizado) (47) 3046.6156 Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.

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RANKING MUNDIAL

Índia ameaça liderança brasileira na exportação de carne Para 2013, a previsão é de que a Índia assuma a liderança, com exportações estimadas em 1,7 milhão de toneladas

O Brasil exportou no ano passado 1,52 milhão de toneladas de carne, retomando o posto de maior exportador que havia perdido em 2011 para a Austrália, cujas exportações ficaram em 1,41 milhão de toneladas em 2012. O segundo lugar no ranking mundial ficou com a Índia, que exportou 4 mil toneladas a mais de carne que a Austrália e se colocou na segunda posição do ranking de exportadores. Para este ano, a previsão é de que a Índia assuma a liderança, com exportações estimadas em 1,7 milhão de toneladas, contra 1,6 milhão do Brasil e 1,47 milhão da Austrália. Segundo informações da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), os exportadores brasileiros bateram o recorde de receita no ano passado, com US$ 5,77 bilhões, superando em 6,8% o recorde anterior, estabelecido em 2008 – apesar de uma redução no volume em relação ao pico registrado em 2007, com 1,62 milhão de toneladas. Dados do Ministério do Comércio da Índia mostram que as exportações de carne do país no ano fiscal de abril de 2011 a abril de 2012 geraram uma receita de US$ 2,9 bilhões. Nos seis primeiros meses do último ano fiscal, a receita foi de US$ 1,4 milhão. O governo indiano não tem os dados de receita compilados pelo ano do calendário, de janeiro a dezembro. A produção total indiana é de menos da metade da produção brasileira, mas como o mercado interno no país é bastante reduzido, a maior parte dessa produção é destina-

da à exportação. “A ascensão da Índia não preocupa os produtores brasileiros, porque os dois países não competem pelos mesmos mercados”, diz o diretor-executivo da Abiec, Fernando Sampaio. A quase totalidade das exportações indianas é de carne de búfalo, considerada de menor qualidade. As vacas são consideradas sagradas no país e têm o abate proibido, mas os búfalos não têm a mesma proteção legal. Sampaio observa que a Índia exporta principalmente carne processada para embutidos, vendida primordialmente para países muçulmanos no Oriente Médio e na Ásia. “O Brasil não atende o mesmo mercado que a Índia por causa do preço. Mesmo se quiséssemos competir nesses mercados, não valeria a pena”, observa o executivo da Abiec. “Não queremos vender a carne pela metade do preço só para poder competir com a Índia.” Mercado Segundo ele, mesmo com o crescimento das vendas indianas, os maiores competidores da carne brasileira no exterior continuam sendo a Austrália e os Estados Unidos (quarto maior exportador, com 1,1 milhão de toneladas em 2012). Ele aponta mercados consumidores de produtos de alto valor, como Japão, Coreia do Sul e União Europeia, como principal objetivo para os exportadores brasileiros. Ao contrário das exportações brasileiras, que

no último ano cresceram 13,8% em volume em relação ao ano anterior, as exportações australianas e americanas mostram uma tendência de estabilização nos últimos anos, por conta de limitações para a produção interna. Tanto a Austrália quanto os Estados Unidos sofreram nos últimos anos com secas prolongadas em áreas de criação de gado e outros problemas que limitaram o crescimento da produção, como a alta dos preços da ração animal e a restrição do espaço para pasto.


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MERCADO INTERNACIONAL

Mais carne de frango nacional para a União Europeia e países árabes Em abril o setor exportou 339,6 mil toneladas, 2,6% a mais do que no mesmo período de 2012

União Europeia, Kuwait, Egito e Emirados Árabes Unidos aumentaram suas compras de carne de frango do país em abril. Segundo o diretor de mercados da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Ricardo Santin, alguns países árabes estão voltando a comprar o mesmo volume que importavam antes de crise econômica e das turbulências políticas da Primavera Árabe. Ele também disse que as exportações brasileiras para a região são de complementariedade, ou seja, podem variar conforme a produção local. Em abril o setor exportou 339,6 mil toneladas, 2,6% a mais do que em igual período de 2012. A receita somou US$ 770,5 milhões, alta de 17,3% em relação a abril do ano passado, de acordo com dados divulgados pela entidade. No mês, o Egito comprou aproximadamente 10 mil toneladas. Nos três primeiros meses do ano, o país do norte da África importou cinco mil toneladas por mês. Já as compras do Kuwait, que eram de cerca de 9,5 mil toneladas por mês, chegaram a 12 mil toneladas em abril. Os Emirados Árabes Unidos importaram 22 mil toneladas no mês passado e a Arábia Saudita, que chegou a comprar 60 mil toneladas no começo deste ano, importou 57 mil toneladas em abril. “O importante é que, embora as compras variem um pouco entre um mês e outro, elas têm apresentado uma tendência de crescimento, o que é bom para o setor”,

afirma Santin. Atualmente, os países do Oriente Médio e do Norte da África correspondem a 36% das exportações brasileiras. No acumulado do ano, foram embarcadas 1,241 milhão de toneladas de carne de frango nacional, 4,93% menos do que nos primeiros quatro meses de 2012. Já a receita no ano cresceu 26,5% e chega a US$ 2,701 bilhões. Segundo dados da Ubabef, em 2012 foram alojadas 46,5 milhões de matrizes de aves para a produção de filhotes, ou 7% menos do que as 50 milhões de aves reservadas em 2011. Estoques O presidente executivo da instituição, Francisco Turra, afirma que a menor quantidade de matrizes alojadas para a produção de filhotes indica menor oferta para os mercados interno e externo, redução de estoques e “adequação” de preços de exportação. Turra afirmou que o setor está mais enxuto em decorrência dos aumentos dos custos de produção. Mesmo assim, a previsão da instituição é que a produção neste ano se mantenha nos mesmos patamares de 2012. “Este custo ainda não chegou ao seu ponto de equilíbrio, face aos preços das commodities ainda apresentarem patamares mais elevados em relação aos anos anteriores. O repasse tardio desses custos ao preço final dos produtos embarcados também contribuiu para o recorde histórico da receita em abril”, afirmou Turra.

Exportação de frango em números : - Total exportado em abril: 339,6 mil toneladas - Receita exportada em abril: US$ 770,5 milhões, - Volume para o Egito em abril: 10 mil toneladas - Volume para o Kuwait em abril: 12 mil toneladas - Volume para o Emirados Árabes Unidos em abril: 22 mil toneladas - Voluma para a Arábia Saudita em abril: 57 mil toneladas - Exportações de janeiro a abril: 1,241 milhão de toneladas - Receita exportada janeiro a abril: US$ 2,701 bilhões. Fonte: União Brasileira de Avicultura (Ubabef)



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INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

Fiesp aponta que Brasil precisa aumentar eficiência em pelo menos três vezes A maior malha viária do País, a de rodovias, é 43% menor que o padrão de excelência internacional O Índice Comparado de Desempenho de Infraestrutura de Transporte (IDT-Fiesp) do Brasil precisa aumentar três vezes para chegar aos melhores níveis praticados pelos competidores internacionais do País. O IDT-Fiesp indica a performance do Brasil dentro do setor logístico com relação as melhores práticas mundiais focado em quatro modais: ferroviário, hidroviário, rodoviário e aeroviário. São 18 indicadores específicos que medem a oferta, ocupação, qualidade e preços dos fretes para cada modal. O estudo da Fiesp constatou que a maior malha viária no País, a de rodovias, com uma média de 2,5 quilômetros por 10 mil habitantes, é ainda 43% menor que o padrão de excelência internacional, de quase 4,8 quilômetros por 10 mil habitantes. “Os investimentos feitos nos últimos 12 anos na área de transporte estão muito aquém das necessidades”, comenta o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. “O que falta é uma gestão eficiente, muitos dos investimentos feitos acabam custando mais do que deveriam”, diz. “Falta planejamento, estratégia, seriedade e coragem para tirar as coisas do papel e fazer acontecer”, completa. Os piores desempenhos do Brasil em relação ao padrão de excelência mundial são os relativos a ferrovias (20%) e hidrovias (21%). No caso do transporte ferroviário, embora a capacidade de transporte (tonelagem por

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quilômetro de linha férrea) seja equivalente ao internacional, a extensão da malha ferroviária está 93% abaixo do ideal, e o frete por ferrovia é quase 16 vezes maior que o melhor padrão praticado no mundo. Frete Já o frete rodoviário, de US$ 51,75 para cada mil toneladas por quilômetro é 270% maior que a média de excelência mundial, de US$ 14. O IDT, calculado com base em dados das 50 principais regiões metropolitanas brasilei-

ras, e 18 indicadores diferentes, é a primeira tentativa de quantificar a insuficiência e ineficiência da estrutura de transportes no país. A pesquisa aponta ainda que o Brasil está bem servido de aeroportos, mas com baixa capacidade: em 2010, enquanto os melhores aeroportos mundiais abrigavam 88 pousos e decolagens por hora, os aeroportos da Infraero registravam 38. Esse número representa 43% do benchmark internacional, uma evolução dos 32% referentes ao IDT calculado para o ano 2000.



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ECONOMIA NACIONAL

Investimentos na indústria aumentarão 4% em 2013 Estimativa é do Informe Conjuntural do primeiro trimestre, que acaba de ser divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) Os investimentos industriais no país aumentarão 4% neste ano e serão a principal alavanca da indústria e da economia brasileira. Com a expansão do investimento, o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 3,2% e o PIB Industrial aumentará 2,6%, enquanto o consumo das famílias terá expansão de 3,5%. As estimativas são do Informe Conjuntural do primeiro trimestre, que acaba de ser divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

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Segundo o gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a aceleração do ritmo de crescimento dos investimentos e, consequentemente, da indústria e da economia depende da superação dos problemas que afetam a competitividade brasileira. “O desafio é ter mais celeridade na implantação das medidas que criam um ambiente mais favorável ao investimento”, diz Castelo Branco. A CNI prevê expansão de 1,2% no PIB do primeiro trimestre do ano. Embora as novas previsões para o desempenho do PIB e do PIB Industrial em 2013 estejam mais próximas da previsão menos otimista feita no final do ano passado, a CNI avalia que há sinais de recuperação da indústria. Os estoques estão no nível planejado pelos empresários, o que abre espaço para o aumento de produção nos próximos meses. Além disso, a utilização da capacidade instalada aumentou 1,1 ponto percentual e alcançou 84% em janeiro, na série livre de influências sazonais, e aproximouse dos 84,4% registrados em janeiro de 2008, o maior patamar da série iniciada em 2003. “Na média, há uma tendên-

cia de recuperação”, considera Castelo Branco. O estudo estima ainda que o saldo da balança comercial será de US$ 11,3 bilhões, com expor tações de US$ 253,4 bilhões e impor tações de 242,1 bilhões. “As expor tações brasileiras devem aumentar em 2013, mais uma vez, por conta das vendas de commodities”, avalia a CNI. Emprego A recuperação da atividade econômica deve ampliar a ofer ta de empregos. A previsão é que a taxa média de desemprego ficará em 5,4% e o rendimento médio real dos trabalhadores continuará se expandindo neste ano. “A aceleração

da atividade industrial em um cenário de taxa de desemprego, em baixa histórica, deverá intensificar ainda mais o problema de falta de trabalhador qualificado”, afirma Castelo Branco. O informe conjuntural do primeiro trimestre prevê ainda que a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechará o ano em 5,7%, abaixo do teto da meta de 6,5%. Com a inflação dentro do limite, a taxa básica de juros, a Selic, se manterá em 7,25% ao ano e os juros reais deverão recuar para 0,9%. De acordo com o estudo, os gastos do governo federal cresceram 7,2% no primeiro bimestre do ano em relação ao mesmo período de 2012.


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PORTO DE SANTOS

Ecoportos substitui marcas Tecondi, Termares e Termlog Adquiridas em 2012, as três empresas preveem investir em cinco anos R$ 200 milhões As empresas Tecondi, Termares e Termlog passam a utilizar, respectivamente, as razões sociais EcoPorto Santos, EcoPorto Alfandegado e EcoPorto Transportes. A mudança confirma a participação das empresas no Grupo Ecorodovias. A nova identidade visual se funde à filosofia corporativa e à versatilidade de mercado de um dos maiores grupos de infraestrutura e logística do país.

isso, nada mais natural que as empresas façam parte da nossa estrutura de marcas. Ao agregar o preposto Eco e o desenho da folha, deixamos claro, assim como nas demais empresas do grupo, o compromisso com a sustentabilidade, e reforçamos a sinergia logística entre as diversas empresas da EcoRodovias”, diz o presidente do grupo, Marcelino Rafart de Seras.

Adquiridas em junho de 2012, as três empresas preveem investir, em cinco anos, R$ 200 milhões. Deste total, 36 % (R$ 73 milhões) serão injetados já em 2013. Com a adequação, o Grupo Ecorodovias objetiva integrar, em médio prazo, suas unidades dedicadas à operação portuária, à armazenagem alfandegada, à logística de movimentação de bens e infraestrutura rodoviária. “Por

Para José Eduardo Bechara, presidente do EcoPorto Santos, a adequação de nomes e marca é importante para “deixar claro que também fazemos parte de um grande grupo de infraestrutura e logística. Apesar disso, nossos clientes continuarão contando com todos os benefícios e a garantia de serviços de excelência já conhecidos no antigo complexo Tecondi”, ressalta Bechara.

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Presidente do EcoPorto Santos, Eduardo Bechara

Há 25 anos oferecendo soluções completas em operações de importação e exportação com eficiência e confiabilidade.

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PALESTRAS E WORKSHOPS

2º Meeting Comex reunirá profissionais da área em Joinville O evento quer fomentar discussões e trocas de experiências entre quem atua no comércio internacional em Santa Catarina

Networking, logística internacional entre Ásia e Brasil e gestão integrada de logística são alguns dos temas das palestras e workshops previstos na programação do 2º Meeting Comex, que o Núcleo de Comércio Exterior da Associação Empresarial de Joinville (Acij) promoverá no próximo dia 4 de julho, no Norte de Santa Catarina. O evento, aberto para profissionais e estudantes da área de Comércio Exterior, prevê atualização profissional, troca de experiências e networking entre empresas do segmento. O 2º Meeting Comex prevê a participação de cerca de 250 participantes, e tem como principal objetivo fomentar discussões e trocas de experiências entre aqueles que atuam no comércio internacional em Santa Catarina. O formato de workshops ajuda a aproximar interlocutores e promove um debate aberto sobre o tema. Ao todo, serão nove workshops temáticos ao longo do dia. O evento será concluído com uma palestra internacional proferida pelo especialista em logística, Francis Rome, da Bélgica.

Porto de Santos poderá receber navios com 334 metros de comprimento O resultado das simulações de manobras navais utilizando a nova profundidade do canal de navegação garante que o Porto de Santos receba navios maiores do que os habituais e não somente com maior calado. A expectativa era de que, com as mudanças, o cais santista pudesse receber, em condições normais, navios com 334 metros de comprimento (34 metros a mais do que hoje está autorizado). Navios com essa envergadura são capazes de comportar mais de 8,2 mil TEUs. Hoje, o complexo santista recebe, em média, cargueiros com capacidade inferior a 7.5 mil TEUs, principalmente pelas restrições de calado, que também serão revistas com a homologação das novas profundidades dos dois primeiros trechos do Estuário.

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TECNOLOGIA MÓVEL

Portonave compra equipamento para inspeção de contêineres O scanner tem capacidade de inspecionar até 150 caminhões por hora, com sistema de leitura automática do número do contêiner(SC) A Por tonave adquiriu um scanner móvel modelo HCVM-T para agilizar as operações de inspeção de contêineres no terminal de Navegantes. O equipamento, fabricado pela empresa britânica Smiths Detection, tem capacidade de inspeção de até 150 caminhões por hora e possui sistema de leitura automática do número do contêiner, por meio da tecnologia OCR (Optical Character Recognition, ou em por tuguês, Reconhecimento Óptico de Caracteres). O scanner móvel permite até seis modos de operação. “A compra do equipamento integra os planos de atualização tecno-

lógica do terminal com objetivo de atender as necessidades dos nossos clientes”, comenta o diretor-superintendente administrativo da Por tonave, Osmari de Castilho Ribas. O aparelho de inspeção por raio-x móvel é um dos primeiros deste tipo utilizado em portos no Brasil. O equipamento garantirá agilidade nos processos de inspeção, uma vez que não é necessário a saída do motorista do caminhão, e a inspeção é concluída em até 20 segundos. Além disso, como o scanner é móvel, permite ao terminal alocar o equipamento em operações específicas quando necessário.


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GRUPO DE TRABALHO

Estudo vai elaborar propostas para reduzir gargalos do sistema portuário Entre as ações previstas está a de identificar as melhores práticas de escoamento de safras

O governo federal quer reduzir o congestionamento de veículos de carga nos acessos a portos e terminais brasileiros. Para tanto, um grupo de trabalho interministerial vai elaborar propostas para reduzir os gargalos do sistema portuário nacional. O grupo levará em conta dificuldades existentes no País para a exportação de produtos e, principalmente, para o escoamento de safras. Entre as ações previstas, está a de identificar e levantar estudos sobre as melhores práticas de escoamento de safras tanto no Brasil como em outros países, bem como, monitorar a movimentação de grãos desde as regiões produtoras até os portos e terminais. Ao final, será proposto um plano de ação para orientar os órgãos públicos e a iniciativa privada sobre a prioridade dos investimentos. A criação do grupo de trabalho foi publicada no Diário Oficial da União, em portaria dos ministérios da Agricultura e dos Transportes e da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República. O grupo terá representantes das três pastas e também da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e Confederação Nacional do Transporte (CNT). Segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, são necessárias soluções rápidas para os “gargalos pontuais” e novas formas de organizar o escoamento da produção e os serviços portuários. “A ideia é unificar e agilizar os serviços das diversas entidades responsáveis pela fiscalização ao longo de toda a cadeia logística. Assim, poderemos perceber ações pontuais para dar mais velocidade ao fluxo dos produtos”, diz Geller. O perfil da demanda por serviços de logística no país tem mudado significativamente. Daí a necessidade de atualizar informações. “Produtos de Mato Grosso e outros estados da Região Centro-Oeste tendem a migrar o escoamento para os portos do Norte. É um cenário que volta e meia precisa de reavaliação. É isso que queremos fazer com esse grupo de trabalho”, acrescenta o secretário. O grupo ainda não tem prazo definido para conclusão do estudo.


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NOVOS EQUIPAMENTOS

Conlog adquire duas empilhadeiras Kalmar Uma das máquinas será direcionada ao terminal retroportuário da empresa em Itajaí (SC) A renovação e busca por equipamentos de qualidade e tecnologia avançada é constante na Conlog. Prova disso é a aquisição de duas empilhadeiras Kalmar DRF100 Reachstacker com capacidade para movimentar 10 toneladas, que serão destinadas aos terminais retroportuários da empresa. A função das empilhadeiras é a movimentação de contêineres vazios.

aquisição representa um investimento significativo para os terminais da empresa. “Estamos apostando no crescimento de mercado e proporcionando aos clientes maior segurança na operação”, destaca. O gerente ainda comenta que a segunda máquina não tem destino definido e está em fase de estudo para novos projetos da Conlog.

Uma das máquinas será direcionada ao terminal retroportuário da Conlog em Itajaí (SC). De acordo com o gerente do Terminal, Odair Momm, as empilhadeiras são equipamentos modernos que propiciaram maior segurança e elevado nível de desempenho das atividades relacionadas a depot (movimentação de contêineres vazios).

Segundo o supervisor de Máquinas do Terminal Retroportuário de Itajaí, Henri Bernardi, a Kalmar DRF100 Reachstacker é muito eficiente nos espaços estreitos e garante ao operador uma ótima visibilidade nas operações de contêiner vazio. “Esta máquina tem capacidade para 10 toneladas com motor Cummins QSB6.7 a diesel de baixa emissão com seis cilindros interculados e transmissão totalmente automática”, explica. O supervisor ainda detalha que a cabine é mode-

Conforme salienta o gerente nacional de terminais da Conlog, Ony Marcelo da Silva Jr, a

lo Spirit Delta, um lugar fechado para o operador com estrutura de suporte, resistente a quedas de objetos e sistema de climatização.


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Agora somos

Ecoporto Santos é o resultado da nova fase de integração e crescimento das empresas Tecondi, Termares e Termlog. As empresas Tecondi, Termares e Termlog deram mais um passo em direção à integração com o Grupo Ecorodovias através do processo de adequação de suas marcas. A partir de agora, as três empresas terão como principal marca Ecoporto Santos. Essa mudança confirma a participação das empresas em um Grupo com grande potencial de investimento, pois a nova identidade visual, coesa, se funde à filosofia corporativa e à versatilidade de mercado de um dos maiores grupos de infraestrutura e logística do país.

Ajudando o Brasil a chegar no futuro. www.ecoportosantos.com.br

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Especial

Trilhos à vista! Com traçado definido entre Oeste e litoral, a Ferrovia da Integração ou Ferrovia do Frango lança novas perspectivas para o futuro logístico de Santa Catarina

Um dos projetos mais importantes para a cadeia logística do Sul do Brasil – em especial a de Santa Catarina - está prestes a sair do papel e já lança novas perspectivas para o futuro da exportação de carnes na região. Classificada como prioridade pelo governo do Estado, a Ferrovia da Integração ou Ferrovia do Frango - que ligará o Oeste catarinense ao Litoral – teve o edital oficializado em maio. O documento

contempla três projetos em uma só licitação: o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), o estudo aerofotogramétrico e o projeto básico de engenharia. O prazo para os três trabalhos é de 22 meses, e o valor do investimento do Ministério dos Transportes nesse edital é de R$ 68,7 milhões. O eixo da ferrovia está definido (Itajaí-Chapecó-

São Miguel do Oeste-Dionisio Cerqueira), totalizando 862 quilômetros, mas o estudo pode propor derivações de até 50 quilômetros. “Vamos ganhar tempo para poder iniciar a obra dentro de no máximo dois anos. A execução vai exigir no mínimo quatro anos”, disse o ministro dos transportes César Borges, que esteve presente na assinatura do edital, na sede da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (Acic).


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Pelo cronograma da Valec, o projeto básico tem até 30 de novembro de 2015 para ficar pronto. Uczai espera, no entanto, que a obra seja licitada em meados de 2014. Não se sabe quem será o responsável pela construção: Valec, governo de SC ou parceria público-privada. A empresa responsável pelos levantamentos de viabilidade técnica, econômica e ambiental, será escolhida até 28 de julho e terá oito meses para concluí-lo.

Alimentos, Neivor Canton, comenta que o setor está longe dos grandes centros de consumo e distante das áreas produtoras de milho, seu principal insumo. A região impor ta mais de 2 milhões de toneladas desse grão por ano, e necessita de uma ferrovia para unir os dois polos – levando o alimento industrializado para as grandes cidades e trazendo, principalmente, milho e soja.

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O lançamento do edital também contou com a participação da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti; do presidente da Valec Engenharias, Construções e Ferrovias (empresa pública do Governo Federal), Josias Sampaio, e do coordenador da Frente Parlamentar das Ferrovias, deputado federal Pedro Uczai. A Valec prevê que o contrato seja assinado até julho e a análise termine até fevereiro de 2014. Somente após os estudos poderá ser feito o projeto básico e, então, a licitação da obra em si.

A ausência de ferrovia está retirando a competitividade regional e fazendo empresas catarinenses migrarem para o centro do país. “O transporte ferroviário é a alternativa viável para baratear custos de transporte e o custo final dos produtos. Transporte ágil e barato é fator de atratividade de investimentos regionais e desenvolvimento local”, aponta. “Agora começamos a vislumbrar a perspectiva de avançar com o desenvolvimento regional e ter a certeza de que o oeste não vai parar. Conseguiremos assumir um novo patamar competitivo”, comemorou o presidente da Acic, Maurício Zolet.

condições de executar a obra. “Podemos imaginar 5 mil veículos a menos nas nossas rodovias do Oeste ao Litoral, com a consolidação dessa ferrovia”, comentou o secretário da Infraestrutura de Santa Catarina, Valdir Cobalchini.

O projeto vai definir o traçado, o custo e o modelo de contratação, que ficará em aber to. Existe a possibilidade de ser executado pelo Estado, pela União ou, também, poderá ser uma Parceria Público-Privada (PPP). A ideia é aproveitar a estrutura do Batalhão Ferroviário, instalado em Santa Catarina, que tem

Apesar da projeção do traçado, a ferrovia pode passar por mudanças. Um abaixo -assinado, defendendo o traçado original da ferrovia, está sendo capitaneado pela Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi). A ação tem o apoio de 12 das 21 associações municipais do Estado, com a meta de chegar a 100 mil assi-

Presidente da ACIC, Maurício Zolet

Efeitos Entre as lideranças políticas, empresariais e comerciais de Santa Catarina, a análise é de que a aposta nos trens de carga vai garantir novos rumos à economia do Estado. Para o superintendente do Por to de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Júnior, a ligação do terminal itajaiense com o Oeste de Santa Catarina, através da Ferrovia da Integração, vai, seguramente, aproximar e integrar ainda mais o produtor e expor tador de aves e suínos com o por to, que, hoje, é um dos principais escoadouros desse tipo de produto no Brasil. Segundo Ayres, estudos divulgados pela Confederação Nacional dos Transportes mostram que a utilização do modal ferroviário pode representar uma redução de até 30% no custo logístico, em comparação com o modal rodoviário. “Diminuindo o preço do transporte, o produto se torna mais competitivo e toda a cadeia econômica se beneficia”, observa. A notícia foi recebida como um alento também entre os dirigentes de agroindústrias do oeste catarinense. O vice -presidente da Coopercentral Aurora


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naturas. Para conseguir apoio à proposta e atingir o objetivo proposto, as associações estão realizando ações nos municípios filiados. A iniciativa não foge do traçado sugerido no lançamento do edital para Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA). De acordo com o secretário executivo da Amavi, Agostinho Sehnem, o objetivo é evitar que surjam propostas de traçados que saiam da linha de municípios, sugerida originalmente. A Federação Catarinense de Municípios (Fecam) apoia o traçado da Ferrovia da Integração passando pelo Vale do Itajaí. O presidente da entidade e prefeito de Gaspar, Celso Zuchi, argumenta que o traçado é o melhor por possibilitar o transporte de cargas do Oeste e também porque serve para o transporte de passageiros da região. A meta do Governo Federal é expandir de 29 mil quilômetros para 40 mil a malha ferroviária no País até 2020. Estão previstos investimentos de R$ 200 bilhões em ferrovias até 2025 para construção, recuperação, estudos e projetos. Desses, R$ 33 bilhões serão direcionados ao Sul do Brasil. “Essa é uma obra urgente, estratégica e impor tante para o desenvolvimento de Santa Catarina. Somos o maior produtor de suínos, um dos maiores de aves do Brasil com expor tações para o mundo todo e, por isso, uma boa infraestrutura nos dará mais competitividade”, diz o governador Raimundo Colombo. Atualmente, Santa Catarina expor ta cerca de 2 bilhões de dólares somente no setor de avicultura. Multimodal Além de dinamizar o escoamento da pro-

dução, com o trabalho integrado entre rodovias, ferrovias e portos, a expectativa é de melhorar as condições das estradas, diminuindo o número de acidentes e os custos de manutenções. Tudo, aliado às obras de infraestrutura, fundamentais para dar sustentação a um sistema econômico, que ande sobre trilhos. A Ferrovia do Frango deve ficar pronta em 2019, ao custo de R$ 4 bilhões. A ideia é trazer para o Brasil — com grande atraso — um modelo que já funciona na Europa: o transporte multimodal, em que navios, trens e caminhões operam de forma conjunta, sem concorrerem entre si. Esse projeto é visto como fundamental para que o país avance e não perca competitividade. Com o traçado da ferrovia, que sai de Dionísio Cerqueira e chega a Itajaí, o Complexo Portuário pretende trazer para o Litoral toda a produção da agroindústria do Oeste e Meio-Oeste. Os terminais do Complexo Portuário do Rio Itajaí movimentam 10 mil contêineres de produtos congelados por mês vindos da agroindústria e que poderão chegar ao porto a custos menores de transporte. A intenção é implantar um trem com velocidade de 80 quilômetros por hora na Ferrovia do Frango, o que reduziria o custo das cadeias produtivas entre 30% e 50%. A Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), que reúne cerca de 17 mil empresas e quase 200 mil caminhões, diz que o setor está ciente da necessária integração dos modais portuário, rodoviário e ferroviário. Diante desse panorama, a entidade entende que a ligação logística é viável e vai trazer benefícios a todos os segmentos. “Não há uma

Coordenador da Frente Parlamentar das Ferrovias, deputado federal Pedro Uczai

obra que comece em São Miguel do Oeste e pare em Itajaí, simplesmente. Existem pontos que serão de carga e descarga rodoviária, então certamente o caminhão é essencial, com ou sem trem”, afirma o presidente da Fetrancesc, Pedro Lopes. A entidade, porém, admite uma preocupação do setor de cargas: a demora para a construção da ferrovia. Ele não acredita que a obra termine no prazo previsto pelo governo, e opina que é preciso calcular o tamanho do retorno sobre esse investimento. Na avaliação de Lopes, os custos para implementar os trilhos seriam muito maiores do que duplicar as BRs 470 e 280. “Não se discute o propósito, se discute o negócio. Tem que ver quem vai financiar essa obra de ponta a ponta, porque se for pelo Ministério dos Transpor tes e pelo Dnit, já temos os exemplos das rodovias. E se for para a iniciativa privada apoiar, só acontece se tiver retorno”, argumenta.


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Suplemento News PORTO DE SANTOS

Ministro dos Portos vistoria obras do PAC em Santos Leônidas Cristino avaliou a construção do cais de Outeirinhos e da Avenida Perimetral Portuária O Ministro dos Portos, Leônidas Cristino, inspecionou no final de abril as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que darão maior eficiência ao Porto de Santos, maior movimentador de cargas do Brasil. Acompanhado pelo diretor presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Renato Barco, e pelo diretor de infraestrutura, Paulino Vicente. Cristino avaliou o andamento da obra de construção do cais de Outeirinhos e da Avenida Perimetral Portuária, em Guarujá. O Sistema Viário da Margem Esquerda do Porto de Santos é um corredor viário estabelecido ao longo do perímetro portuário na região entre as instalações do Terminal para Contêineres da Santos Brasil S.A. e a Dow Química S.A, numa extensão de, aproximadamente, dois quilômetros e meio. O viaduto de acesso ao porto direciona o fluxo até uma rotatória que o distribui para terminais portuários e o de saída recebe os fluxos procedentes do viário já existente e os veículos que deixam os pátios das empresas Santos Brasil e Localfrio. Cristino esteve também nas instalações dos terminais açucareiros observando o principal complexo de exportação de açúcar no mundo. O Porto de Santos praticamente duplicou a movimentação de açúcar neste primeiro trimestre, crescendo acima de 99%. Obras O realinhamento do cais de Outeirinhos é obra do chamado PAC Copa que possibilitará a oferta de 15,4 mil leitos durante a Copa do

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Mundo, abrigados em até seis navios-hotéis atracados, sequencialmente, na região de Outeirinhos. A operação de cargas também será beneficiada pelo alinhamento do cais. Atualmente, as profundidades mínimas dos berços do local são -4,5 m (em frente às instalações da Marinha do Brasil) e -7,5 m (em frente ao cais do Terminal de Passageiros). Os novos berços terão profundidade de -15 m, permitindo a atracação de navios de maior calado (mais carregados) e melhor acomodação das embarcações da Marinha do Brasil. Para a obra, são utilizados guindastes com

guia de cravação de estacas acoplada. Serão construídos 1.320 metros lineares de cais. Os equipamentos economizarão tempo e trarão segurança aos trabalhos. O investimento de R$ 266 milhões faz parte do Programa de Aceleração Crescimento (PAC/Copa). Cristino anunciou ainda a homologação da Dragagem de Aprofundamento de Evolução do Porto Santista, obra também do PAC. Esta intervenção deixou o Porto de Santos com a profundidade de -15 metros. De acordo com Cristino, cada 10 centímetros dragados possibilitam um acréscimo de 140 TEUs ou 3 mil toneladas de carga por navio.


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LOGÍSTICA PORTUÁRIA

Secretaria dos Portos implanta programa Porto 24 Horas O sistema prevê plantão durante 24 horas por dia para liberação de cargas, embarcações e veículos nos portos

O Porto 24 Horas integra as ações do Porto sem Papel (PSP), Carga inteligente e VTMIS. A implementação destes sistemas fazem parte da cartela e investimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da ordem de R$ 800 milhões. A SEP iniciou, em 2010, o desenvolvimento e implantação de um conjunto de projetos denominados de Inteligência Logística Portuária, que envolve ações para redução de burocracia com intensa utilização de tecnologia de informação nos processos de liberação de veículos e cargas nos portos, o que permitirá a sincronização do fluxo de cargas para evitar filas e congestionamento no porto. O conceito de Porto 24 Horas é uma evolução da aplicação de todos esses projetos, ou seja, as equipes de fiscalização dos diversos anuentes estarão de forma integrada eletronicamente, em plantão durante 7 dias na semana e 24 horas por dia, para li-

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A Secretaria dos Portos (SEP) implantou em abril o Programa Porto 24 Horas, que visa agilizar a movimentação de cargas nos principais portos do País e também reduzir custos pelos operadores em 25%, em média, de acordo com nota do governo federal. Inicialmente o programa foi implantado nos portos de Santos, Rio de Janeiro e Vitória, em caráter experimental. De acordo com o Ministro dos Portos, Leônidas Cristino, o programa é uma ferramenta que fará parte do Sistema de Inteligência Logística, desenvolvido pela SEP para desburocratizar o sistema portuário. Também serão beneficiados pelo programa os portos de Suape, Paranaguá, Rio Grande, Itajaí e Fortaleza.

beração de cargas, embarcações e veículos nos portos. O objetivo é melhorar o desempenho das operações de movimentação de carga, tanto nas importações, quanto nas exportações, e das operações nos locais de estocagem na retroárea dos portos, com a redução do tempo e consequente redução dos custos dos serviços, o que acarretará em ganhos efetivos da capacidade operacional em curto prazo. Até então, estes anunentes obedeciam a um horário comercial, salvo as emergências. Custos Com a implementação do Porto 24 Horas, está previsto a redução de custo em média

de 25%. Todos os diagnósticos já levantados pela SEP, inclusive em parceria com atores mundiais (Cingapura, Valência, Rotterdam, Estados Unidos, Alemanha e Bélgica) demonstram que os principais custos envolvidos em operações logística ineficientes estão associados a atrasos de liberação por falta de capacidade logística, que geram filas e imobilizando ativos como navios, trens, caminhões e mesmo infraestruturas que ficam ociosas aguardando procedimentos burocráticos. Os ganhos no aumento da agilidade e eficiência portuária se refletem na maior competitividade do país, seja nas exportações e importações, seja na transferência interna de mercadorias, com reflexos no preço final dos produtos aos consumidores.


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Suplemento News SEGURANÇA PORTUÁRIA

SEP lança edital para implantação de gerenciamento de tráfego no Porto de Santos O sistema contará com radar, câmera inteligente de longo alcance e transponder AIS de identificação automática O ministro dos Portos, Leônidas Cristino, lançou edital para implantação do Sistema de Gerenciamento de Tráfego de Embarcações para o Porto de Santos. O Vessel Traffic Management Information System (VTMIS) possibilitará o monitoramento e gerenciamento, em tempo real, do fluxo de embarcações no canal de navegação e nas áreas de fundeio do porto e contribuirá, significativamente, para a segurança da navegação no estuário. O sistema contará com radar, câmera inteligente de longo alcance e transponder AIS (Automatic Identification System), um sistema de identificação automática, além de sensores meteorológicos

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O programa dá sequência às ações do Projeto de Inteligência Logística Portuária juntamente com o Porto Sem Papel (PSP) e Porto 24 Horas, ambos em funcionamento. O certame licitatório será conduzido pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Autoridade Portuária de Santos e administradora do complexo. O VTMIS é um sistema de auxílio, controle e monitoramento do tráfego de embarcações na área do porto e em suas imediações. Sua utilização permitirá o aprimoramento operacional das atividades de acesso marítimo aos portos, possibilitando ganhos expressivos de capacidade e redução dos congestionamentos e, consequentemente, do tempo de espera dos navios com uma gestão mais eficiente do tráfego das embarcações. Será composto de quatro pontos de monitoramento, que coletarão dados sobre a localização e movimentação de embarcações e abastecerão o centro de controle do VTMIS. Esta central de processamento e supervisão de dados também abrigará a central de comunica-

ção com as embarcações, executada por meio de sistema de rádio VHF marítimo. O radar, além de auxiliar a navegação, complementará o AIS na detecção de embarcações menores ou outras que não emitam sinais de transponder. O AIS e o radar ajudarão a câmera inteligente a focar em embarcações monitoradas. Continuamente, sensores meteorológicos coletarão dados climáticos e de visibilidade nas vias de navegação do Porto de Santos, instalados em uma estação meteo-oceanográfica. A estação coletará dados sobre o clima e movimentos de maré com o auxílio de dois marégrafos. Assim, os operadores da central poderão estimar, de forma precisa, a profundidade dos berços, auxi-

liando a atracação de navios. A gestão ambiental do Porto de Santos também será beneficiada pelos dados coletados pela estação meteo-oceanográfica. Essas informações permitirão que a Codesp assegure o atendimento às obrigações da Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição Hídrica causada por embarcações na área do porto organizado. A instalação onde será implantado o centro de controle localiza-se na antiga Ponte de Inspeção Naval, na Ponta da Praia. Os pontos de monitoramento deverão ser instalados na Ilha da Moela, na Ponta de Itaipu, na região de Conceiçãozinha e na Ilha Barnabé.


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CADEIA LOGÍSTICA DIVULGAÇÃO

Brasil e Espanha desenvolvem projeto para melhorar sistema portuário nacional Parceria dará continuidade ao trabalho realizado pela fundação em 2011 para desenvolver sistema de janela única nos portos brasileiros Brasil e Espanha reafirmaram parcerias que visa a implantação do Projeto Cadeia Logística Inteligente. O anúncio da parceria aconteceu durante reunião entre o diretor da Fundación Valenciaport, com sede em Valência, na Espanha, Vicente del Rio, e o ministro dos Portos, Leônidas Cristino. O grupo irá trabalhar conjuntamente com a Secretaria de Portos (SEP) para proporcionar um suporte técnico necessário para a implementação do projeto. Esta parceria dará continuidade ao trabalho realizado pela fundação em 2011 para desenvolver um

estudo de viabilidade para a implementação de um Sistema de Janela Única “Ventanilla Única” nos portos brasileiros. Diante disso foram identificados oportunidades de melhoria nos processos logísticos para beneficiar os portos brasileiros. O diretor do Departamento de Sistemas de Informação da SEP, Luis Claudio Montenegro, esteve no Porto da Espanha em dezembro de 2012 para analisar o Ventanilla Única, e pode identificar na prática o sistema de sequenciamento da chegava de veículos e a integração com as diversas autori-

Ministro dos Portos, Leônidas Cristino, recebe o diretor da Fundación Valenciaport, Vicente del Rio

dades. “O porto de Valencia está bem avançado na harmonização das autoridades e nos processos de fiscalização. É importante que a SEP conheça e se baseie em todos os projetos de sucesso internacional”, disse o diretor.


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Capa

Japão libera oficialmente compra de carne suína brasileira A abertura do mercado japonês cria expectativas positivas para a agroindústria catarinense. O estado é reconhecido como o único livre de febre aftosa

Após sete anos de negociação, os produtores catarinenses já podem exportar carne suína para o Japão. A abertura do mercado japonês para Santa Catarina – a única área livre de aftosa sem vacinação no Brasil – cria expectativas positivas para a agroindústria barriga-verde. Há mais de uma década, indústrias, produtores rurais e o governo desenvolviam gestões diplomáticas e comerciais com esse objetivo. As vendas poderão ser feitas assim que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) enviar ao governo japonês a lista de estabelecimentos exportadores , que atendem os requisitos sanitários do país. Segundo o ministro Antônio Andrade, esta lista está em elaboração pela Secretaria de Defesa Agropecuária, em consulta com as empresas.

O presidente da Coopercentral Aurora Alimentos, Mário Lanznaster, confirmou que a unidade FACH1 da Aurora, em Chapecó, já está habilitada para exportação para o Japão. Serão necessárias algumas adequações na planta industrial para atender as especificidades dos cortes que o mercado japonês exige. Além disso, os profissionais serão preparados para fazer os cortes solicitados pelos japoneses. Produto, apresentação e preço serão determinantes no fechamento dos negócios. Os japoneses querem cortes nobres, como pernil, paleta, sobrepaleta e carré. O Japão exige absoluto rigor sanitário e eficiente controle do processo produtivo. A principal exigência é que os suínos sejam nascidos, criados e abatidos em território catarinense, tenham nutrição de alto pa-

Governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo


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drão e registro de todos os medicamentos ministrados durante a vida do animal em boletim veterinário.

mentar os preços da tonelada de carne suína catarinense vendida no exterior. Comemoração

Importação O Japão é o maior importador mundial de carne suína in natura, totalizando US$ 5,1 bilhões em 2012, equivalentes a 779 mil toneladas, o que representa cerca de 31% das compras mundiais em valor. O segundo maior mercado é a Rússia, que importou US$ 2,5 bilhões no ano passado. Em 2012, os principais fornecedores de carne suína in natura para o Japão foram os Estados Unidos (US$ 2,1 bilhões), União Europeia (US$ 1,4 bilhão) e Canadá (US$ 1,1 bilhao). No ano passado, o Brasil – que é o quarto maior exportador de carne suína, in natura, do mundo – vendeu o produto para 63 mercados, totalizando US$ 1,3 bilhão (quase 500 mil toneladas). Santa Catarina está no topo da lista dos estados exportadores, vendendo US$ 492 milhões, isto é, cerca de 181 mil toneladas em 2012. Os embarques de carne suína catarinense ao Japão devem começar lentamente. Em até cinco anos, o país asiático deve importar 100 mil toneladas por ano, estima o analista do mercado de carnes do Rabobank (instituição de crédito para o setor rural), David Nelson. Ele considera positiva a abertura do mercado japonês para a carne suína produzida em Santa Catarina. “Os volumes brasileiros para o Japão deverão começar em pequena quantidade, mas acredito que entre três e cinco anos os embarques possam chegar a 100 mil toneladas/ano”, declarou. Hoje, o Japão adquire o produto principalmente dos Estados Unidos e de alguns países da Europa, como a Dinamarca. “O Brasil vai tirar um pouco do espaço dos Estados Unidos no mercado japonês”, prevê o especialista. Mais do que o volume exportado ao país, o Japão remunera bem, o que pode au-

Em novembro do ano passado, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, esteve no Ministério da Agricultura do Japão para mostrar como o estado estava preparado para exportar carne suína, e como eram os controles sanitários em território catarinense. Segundo Colombo, a decisão é um fato histórico já que o Japão é o maior importador de carne suína, além de ser um mercado estável. “Isso é a maior notícia no setor de carnes de Santa Catarina”, comemorou. “Nós vamos gerar milhares de empregos, vamos aumentar significativamente a nossa produção. Isso representará uma retomada extraordinária e segura no mercado”, celebra. O secretário de Relações Internacionais do Mapa, Célio Porto, explica que o Brasil será o primeiro país que se beneficiará do reconhecimento de zona livre de febre aftosa para exportar carne suína para o Japão. “Até agora, o Japão só aceitava importações de carnes de animais susceptíveis à doença se o país fosse inteiramente livre”. Porto observa, ainda, que a abertura do mercado japonês ocorre em um ótimo momento para o setor, tendo em vista que a Ucrânia, que era o segundo maior importador de carne suína brasileira, suspendeu as importações do produto desde o final de março, alegando a presença da bactéria listeria em lotes de carnes oriundas do Brasil. O vice-presidente de Assuntos Corporativos da empresa de alimentos BRF, Wilson de Mello Neto, disse que a possibilidade de exportar ao Japão dará “tranquilidade” ao mercado de carne suína brasileira. “Além de o país ser o maior mercado consumidor do mundo, é um mercado estável, diferente de Rússia e Ucrânia. Dará mais tranquilidade às vendas do setor e equilibra o jogo”, declarou. O executivo não quis citar o potencial de vendas, em toneladas, que o Brasil pode atingir, mas Mello Neto estima que, somente a comercialização da BRF ao país pode chegar a uma receita

Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Antônio Andrade

cambial de US$ 300 milhões em três anos. Empregos A indústria de aves e suínos do estado gera nada menos que 49,6 mil empregos diretos e quase 100 mil indiretos, segundo dados da Pesquisa Industrial Anual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísstica (IBGE). Boa parte dos postos de trabalho estão concentrados em frigoríficos e grandes indústrias de cidades como Chapecó, Concórdia, Capinzal, Videira, Joaçaba e Campos Novos, localizadas no Oeste e Meio-Oeste de Santa Catarina. Somente a BRF, criada a partir da associação entre Perdigão e Sadia em 2009, emprega 20 mil trabalhadores no Estado dos 110 mil que mantém no país. A empresa nasceu como um dos maiores players globais do setor alimentício, reforçando a posição do Brasil como potência no agronegócio mundial. Somente em Santa Catarina, a BRF conta com 14 unidades, entre escritórios, centros de distribuição e fábricas nas cidades de Capinzal, Concórdia, Herval D´Oeste, Videira, Salto Veloso, Faxinal dos Guedes, Concórdia, Campo Erê, Chapecó, Xanxerê e Itajaí.

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Entrevista

“Estudos apontam que movimentaremos 2 milhões de TEUs/ano em duas décadas”

Antônio Ayres, superintendente do Porto de Itajaí


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A necessidade é evidente e imediata. Se o Complexo Portuário do Itajaí não construir uma nova bacia de evolução para operar com navios acima de 330 metros de comprimento, Itajaí e Navegantes estarão fora da rota comercial dos grandes armadores que hoje movimentam cargas no litoral brasileiro. A po-

lêmica em torno da obra – que inclui a indenização de 91 casas do bairro São Pedro, em Navegantes – tem rendido debates e diferentes pontos de vista entre empresários, representantes políticos e comunidade das duas cidades. Neste processo, o superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos

Júnior, tem participado ativamente das conversas e reuniões que poderão garantir que a obra seja, de fato, realizada. Confira esta entrevista exclusiva que ele concedeu à revista Informativo dos Portos, onde fala também, sobre a MP 595 e a Ferrovia do Frango, que ligará o Oeste catarinense ao Porto de Itajaí.

INFORMATIVO DOS PORTOS: Com a conclusão dos estudos que apontaram o melhor local para a criação da nova bacia de evolução do complexo portuário, qual o próximo passo imediato? Antonio Ayres dos Santos Júnior: Com a definição do local, feita por meio de uma série de estudos realizados em laboratório especializado na Holanda, que englobaram estudo de navegabilidade, hidrodinâmica, modelagem matemática e simulação, foi encomendado o projeto de licenciamento ambiental (EIA/Rima) que precede a licitação da obra. Paralelamente, a empresa contratada pelos terminais Portonave e APM Terminals Itajaí (APMT) está cadastrando os imóveis que serão passíveis de desapropriação por preço justo e realocação das famílias.

INFORMATIVO DOS PORTOS: Um dos pontos mais polêmicos dos estudos da nova bacia é a necessidade de retirada de 91 famílias do bairro São Pedro, em parte ocupado irregularmente ao longo dos anos. Como será possível indenizar estas famílias sem documentação dos imóveis? Antônio Ayres: Para que ninguém saia prejudicado nesse processo de desapropriação, que tem como agravante a alegada falta de documentação de muitos dos imóveis do local, está sendo feito um cadastramento criterioso e um estudo a exemplo do que ocorreu com as desapropriações para as obras da via portuária de Navegantes, para conhecer a melhor forma de proceder com as indenizações necessárias.

outras opções. A conclusão do estudo foi de que o único ponto possível para colocação de uma bacia de evolução que permite o giro de navios de 335 e, mais tarde, de 366 metros é naquele local indicado, onde o rio é mais largo. Como, após o giro, os navios teriam que aportar de ré, os práticos que fazem a operação do complexo portuário estiveram na Holanda fazendo as simulações necessárias para observar a viabilidade da operação, que foi positiva. Portanto, aquele ponto foi escolhido por ser o único que comporta a operação com os navios do tamanho ditado pelo mercado.

INFORMATIVO DOS PORTOS: Qual o volume total de recursos necessários para a obra? E como a autoridade portuária pretende captar estes recursos? Antônio Ayres: O valor estimado para a obra é de R$ 300 milhões. Deste montante, o governo de Santa Catarina se compromete a investir R$ 120 milhões. Buscaremos o restante dos recursos com a União e com a iniciativa privada.

INFORMATIVO DOS PORTOS: A comunidade do bairro e até o próprio prefeito de Navegantes mostraram-se inicialmente resistentes à saída dos moradores do local. Os estudos apontam alguma outra alternativa para a nova bacia? Antônio Ayres: A escolha do local para a nova bacia de evolução ocorreu após uma série de estudos elaborados por uma empresa holandesa altamente especializada, com know-how reconhecido mundialmente, que analisou três

INFORMATIVO DOS PORTOS: Do lado de Itajaí, também será necessário realocar o cais da Capitania dos Portos. Onde ele será reconstruído? Antônio Ayres: Não somente o cais da Delegacia da Capitania dos Portos, como também o cais do terminal de passageiros terá de ser realocado no futuro de maneira a não prejudicar as manobras dos grandes navios. Estudos estão sendo desenvolvidos neste sentido. INFORMATIVO DOS PORTOS: Qual a previsão de lançar o edital de licitação para as obras da

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nova bacia e em quanto tempo ela deve ficar pronta? Antônio Ayres: Temos que lançar o edital ainda este ano para que as obras sejam terminadas até meados do ano que vem. INFORMATIVO DOS PORTOS: O complexo portuário já deixou de captar novas linhas em função da limitação da bacia de evolução para o giro dos navios? Antônio Ayres: Ainda não, mas este é o tema do momento. Temos que adaptar o porto para operar com os navios maiores que os armadores colocarão no mercado a partir de 2014.

INFORMATIVO DOS PORTOS: Com o aumento do tamanho das embarcações em um ritmo acelerado, a nova bacia de evolução deve garantir a competitividade do complexo

INFORMATIVO DOS PORTOS: A nova bacia trará alguma repercussão na movimentação de navios durante as obras? A construção limitará horários de entrada e saída de embarcações no complexo, por exemplo? Antônio Ayres: Não. A ideia é compatibilizar os horários de modo a não atrapalhar a movimentação do complexo, até porque boa parte das obras ocorrerá nas margens do canal, sem afetar diretamente a entrada e saída de navios. Quanto às obras de dragagem, já temos know how de dragar sem afetar a movimentação.

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por quantos anos? Antônio Ayres: Acho que esta é uma questão de mercado onde não cabe muita futurologia. O que cabe ao Complexo Portuário de Itajaí é buscar se adequar e continuar competitivo às demandas mercadológicas na medida em que elas se apresentarem. Tem sido assim ao longo dos anos e nos mostramos competentes até aqui. INFORMATIVO DOS PORTOS: Como o senhor enxerga o futuro do Complexo Portuário do Itajaí em 20 anos? Antônio Ayres: Existem estudos projetando um crescimento em 5% ao ano com expectativa de aumentarmos a movimentação nos próximos 20 anos para algo em torno dos 2 milhões de TEUs/ano. Então, o Complexo Portuário de Itajaí terá que se preparar para isso, e ficar atento às possibilidades e oscilações de mercado. Acho que esta é a visão de futuro que temos que ter. INFORMATIVO DOS PORTOS: O senhor acredita que a Medida Provisória 595, do jeito que foi criada, será benéfica ao complexo e ao setor portuário nacional? Por quê? Antônio Ayres: Acho que todo mundo concorda com o Governo Federal de que são necessárias medidas que melhorem o desempenho do setor portuário no Brasil. Só é preciso saber como vai ficar a MP dos Portos para avaliar melhor o quanto de benefício ela pode trazer. A questão é complexa. Antes de conhecer a redação final não tem como analisar os benefícios. INFORMATIVO DOS PORTOS: A Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (ABTRA), por exemplo, considera que o governo enxerga o problema no lugar errado. Para eles, a falta de uma logística adequada é o grande problema dos gargalos portuários e não a estrutura dos portos. O que o senhor acha disso? Antônio Ayres: Acho que cada caso é um caso e a situação de cada um precisa ser analisada isoladamente. Muitos portos têm problemas logísticos, assim como muitos carecem de pesados investimentos em infraestrutura. Existem ainda os portos que apresentam os dois problemas. Isso impossibilita uma análise do setor como um todo. INFORMATIVO DOS PORTOS: De que forma a sonhada Ferrovia do Frango beneficiaria o complexo portuário? Os impactos positivos seriam imediatos? Antônio Ayres: A ligação do Porto de Itajaí com o Oeste de Santa Catarina com a Ferrovia da Integração vai, seguramente, aproximar e integrar ainda mais o produtor e exportador de aves e suínos com o porto, que hoje é um dos principais escoadouros desse tipo de produto no Brasil. Estudos divulgados pela Confederação Nacional dos Transportes mostram que a utilização do modal ferroviário pode representar uma redução de até 30% no custo logístico, em comparação com o modal rodoviário. Diminuindo o preço do transporte, o produto se torna mais competitivo e toda a cadeia econômica se beneficia. INFORMATIVO DOS PORTOS: De que forma a Autoridade Portuária tem contribuído no processo de definição da obra junto ao governo? Antônio Ayres: Participando aqui em Brasília de debates e reuniões em que o tema é discutido. Apresentando números e estatísticas da capacidade instalada, e da movimentação de carnes no Complexo Portuário de Itajaí, que nos torna o maior movimentador de carga reefer do Brasil. A exportação de carnes proveniente do oeste do estado está no DNA do Porto de Itajaí e a Ferrovia da Integração complementa e consolida ainda mais esta vocação. INFORMATIVO DOS PORTOS: Em sua opinião, qual o segredo do complexo portuário apresentar índices positivos de eficiência (segundo maior movimentador de contêineres do país) com uma estrutura tão enxuta e um calado tão baixo? Antônio Ayres: É a eficiência dos serviços oferecidos, não apenas pelo porto público e demais terminais que compõem o Complexo Portuário do Itajaí, bem como por toda a cadeia logística instalada em seu entorno. Hoje temos uma excelente relação com os órgãos intervenientes, o que agiliza nossas operações. Com relação ao calado, estamos no mesmo patamar dos principais portos brasileiros e da América do Sul.

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POLO NÁUTICO

Instituto Kat Schürmann será transferido para Itajaí A inauguração da sede fará parte da programação alusiva à saída da Família Schürmann rumo à Expedição Oriente

O Instituto Kat Schürmann, fundado pela Família Schürmann, será transferido de Bombinhas para Itajaí, onde vai ganhar uma sede na Avenida Ministro Victor Konder (Beira-Rio). A inauguração da sede do Instituto fará parte da programação alusiva à saída da família de velejadores de Itajaí rumo à Expedição Oriente. A família catarinense embarcará para a terceira grande empreitada em alto-mar no dia 24 de novembro, aliando o espírito ousado dos primeiros navegadores aos benefícios dos modernos recursos tecnológicos. São os equipamentos high tech que permitirão a transmissão da expedição com destino ao Oriente em tempo real. Sem fins lucrativos, o Instituto Kat Schürmann tem o objetivo de contribuir para a manutenção da qualidade sócioambiental dos ambientes marinho e costeiro e consolida ações por meio do desenvolvimento de pesquisas e da implementação de programas de educação ambiental, além de reforçar a identidade de Itajaí com a atividade náutica. O projeto do prédio do instituto é assinado pela arquiteta Jeane Busana, da Ohmni Arquitetura e Engenharia. A proposta do projeto se baseia no princípio da integração e fluxo aberto de utilização visual onde o espaço seja parte da paisagem. A infraestrutura se divide em área administrativa, auditório, área de decks, loja, café, oficinas de trabalhos culturais e ambientais, espaço de exposições e instalações de apoio. O projeto é baseado em um forte conceito de sustentabilidade, onde os recursos naturais serão preservados, reutilizados e salvaguardados, buscando ambientação térmica, acústica e racional. O Instituto foi fundado em 1999 como uma entidade sem fins lucrativos e de caráter filantrópico. Recentemente foi denominado Instituto Kat Schürmann, em homenagem à filha mais nova do casal Vilfredo e Heloisa Schürmann, que faleceu em maio de 2006. De acordo com o navegador Vilfredo Schürmann, o instituto atenderá o público com fotografias das viagens de volta ao mundo que a família fez e do do submarino alemão que a família encontrou afundado há seis anos, por exemplo. Na ocasião, a família encontrou restos do submarino alemão U513, afundado por um avião americano em águas territoriais brasileiras durante a Segunda Guerra Mundial, a 75 metros de profundidade, próximo ao litoral catarinense, em julho de 2007. O submarino nazista, que chegou a afundar um navio mercante brasileiro, foi encontrado em um local do Oceano Atlântico próximo às praias de São Francisco do Sul (SC). Os restos da embarcação de guerra foram encontrados por uma equipe de pesquisadores e arqueólogos submarinos da Univali e do Instituto Kat Schürmann que levou mais de cinco anos para localizar o U513. Os trabalhos de busca, tanto no mar como em arquivos da Alemanha, Estados Unidos e Brasil, foram filmados para o documentário “U-513 Lobo Solitário” O instituto também vai contar com um sistema de telas on line que vai permitir aos visitantes acompanhar a Expedição Oriente. Os estudantes vão poder, por exemplo, aprender sobre hábitos e costumes dos lugares por onde a Família Schürmann vai passar nos próximos dois anos. Em 1984, a família se lançou pela primeira vez ao mar para ficar 10 anos. Em 1994, repetiu a circunavegação de Fernando de Magalhães, durante dois anos.


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Suplemento News DEBATE LOGÍSTICO

Administradores do Complexo Portuário do Itajaí defendem, na Univali, nova bacia de evolução As obras prevêem desapropriação de terras em Navegantes e a construção de uma bacia de manobras com o diâmetro de 450 metros As administrações da APM Terminals, Portonave e Superintendência do Porto de Itajaí, defenderam na Universidade do Vale do Itajaí (Univali) a construção da nova bacia de evolução que permitirá a entrada de navios com até 366 metros nos terminais de Itajaí e Navegantes. O administrador da APM Terminals, Ricardo Arten; o da Portonave, Osmari de Castilho Ribas; e o superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Jr., foram os convidados da mesa redonda: “A Medida Provisória (MP) 595, a Bacia de Evolução e seus impactos na atividade portuária do complexo do Itajaí”, organizada pelo curso de Logística da universidade. Também participou do seminário, o presidente do Porto de São Francisco do Sul, Paulo César Cortês Córsi. Os três administradores do Complexo Portuário do Itajaí entendem que, se as obras da nova bacia de evolução não forem executadas, os terminais do sistema perderão competitividade para outros portos de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul em um curto espaço de tempo. Eles citam o exemplo de armadores que passaram a utilizar navios com 334 metros de comprimento na costa do Oceano Atlântico e que já começam a tirar os terminais do complexo das escalas.

âmetro de 450 metros que possibilitará operações com navios de até 336 metros de comprimento e 48,2 metros de boca. A obra de construção da nova bacia de evolução vai custar em torno de R$ 300 milhões e, segundo Antônio Ayres, o governo do Estado prontificou-se a buscar parte destes recursos (cerca de E$ 120 milhões) através de financiamento junto ao BNDES. O restante seria captado junto ao governo federal, com o provável apoio da Secretaria de Portos (SEP).

As obras da nova bacia de evolução prevêem desapropriação de terras no bairro São Pedro, em Navegantes, e a construção de uma bacia de manobras com o di-

De acordo com o superintendente da APM Terminals, Ricardo Arten, como a eficiência portuária está em Itajaí, é necessário que toda a cadeia logística usufrua dessa

infraestrutura. “Não podemos ir contra a eficiência e a competitividade”, destacou Arten. A nova área de manobras foi definida após estudos técnicos realizados pela empresa holandesa Arcadis. “Nós precisamos nos adequar para atender os novos navios que estão chegando ao mercado”, pondera Antônio Ayres. “Se não realizarmos a obras, seremos um porto secundário e teremos que nos confortar com essa condição”, lembra Castilho. A maior preocupação dos administradores do sistema portuário do Complexo do Itajaí é que o cronograma de obras não atrase, para que os portos garantam o volume de cargas. Atualmente está sendo realiza-


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do o cadastramento das famílias do bairro São Pedro, em Navegantes, para identificar o perfil socioeconômico de cada moradia, dado que será utilizado na definição da indenização das áreas atingidas pelo projeto da nova bacia de evolução. Medida provisória De acordo com o superintende do APM Terminals, Ricardo Arten, se o que está sendo levado em consideração é a quantidade de terminais, a Medida Provisória 595 está correta. “Mas se pensarmos em qualidade dos serviços, a medida não está correta”, observou. Ele lembra que a Lei 8630 (1993), de modernização dos portos, nem foi totalmente colocada em prática e o governo já apresentou uma nova legislação para o sistema portuário nacional. A MP 595 aprovada pela Câmara dos Deputados, em Brasília, define o novo marco regulatório dos portos brasileiros. Segundo Paulo Córsi, presidente do Porto de São Francisco do Sul, criou-se uma expectativa que a medida irá resolver todos

os problemas logísticos do sistema portuário nacional, mas sem levar em conta que praticamente todos os terminais da costa brasileira ainda têm potencial de crescimento. “Não é esta medida que vai resolver o problema dos gargalos portuários, o que precisa é intensificar os in-

vestimentos em toda a cadeia logística”, acrescenta Córsi. O investimento necessário para solucionar os problemas dos gargalos portuários do país também é defendida pelo superintendente do porto de Itajaí, Antônio Ayres, e pelo superintende da Portonave, Osmari Castilho.

Itajaí passa a contar com representação local da Conaportos A Secretaria dos Portos da Presidente da República (SEP) acaba de implantar, em Itajaí, uma representação local da Comissão Nacional das Autoridades nos Portos (Conaportos). A entidade será comandada em Itajaí por Limber Ocampo, assistente da Coordenação-Geral de Gestão Estratégica da Secretaria Executiva da SEP. A comissão local da Conaportos foi instituída pelo Decreto 7.861, de 6 de dezembro de

2012. O objetivo da instituição é dar prosseguimento às metas do Governo Federal – de dar competitividade e eficácia na economia brasileira por meio dos portos – e a coordenação das reuniões cabe à SEP. Com a implantação local da comissão, a entidade busca integrar as atividades desempenhadas pelos órgãos e entidades públicas nos portos, bem como fornecer apoio técnico, administrativo e meios necessários para o desenvolvimento das atividades do grupo.

A Autoridade Portuária de Itajaí é representada na comissão pelo superintendente Antonio Ayres dos Santos Júnior e pelo diretor executivo, Heder Cassiano Moritz. Também fazem parte da Comissão Local, da Conaportos, representantes da Polícia Federal, Autoridade Marítima, Receita Federal, Secretaria da Defesa Agropecuária, Agência Nacional da Vigilância Sanitária e Agência Nacional dos Transportes Aquaviários.

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Suplemento News MERCADO CATARINENSE

Cresce volume médio de mercadorias movimentadas no complexo Crescimento é decorrente do aumento no tamanho dos navios operados, que embarcam mais cargas em Itajaí

O volume médio de movimentação por escalas no Complexo do Porto de Itajaí cresceu, em abril, 21%, na comparação com igual período do ano passado. Cada navio operou nos terminais do complexo cerca de 11,81 mil toneladas por atracação, acima dos 9,78 mil toneladas que eram operadas em abril do ano anterior. O complexo movimentou 3,73 milhões de toneladas de mercadorias de janeiro a abril deste ano, um avanço de 3% sobre os 3,61 milhões de toneladas em igual período de 2012. Em contrapartida, o número de escalas caiu 19%. Passou de 388, no primeiro quadrimestre do ano passado, para 313 neste ano. “Fato justificável pelo aumento dos navios, o que é uma tendência da navegação mundial”, complementa Ayres. O crescimento nos volumes é decorrente ao aumento no tamanho dos navios operados, que carregam uma quantidade maior em Itajaí. “O que acaba gerando uma grande preocupação para nós, que, se não iniciarmos, o mais breve possível, as obras de uma nova bacia de evolução para o complexo,

deixaremos de receber esses cargueiros”, afirma o superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antonio Ayres dos Santos Júnior.

terno e externo e obras nos molhes norte e sul. O governo do Estado já sinalizou com recursos para a execução da obra.

Atualmente, o Complexo Portuário de Itajaí opera, em caráter experimental, navios com até 304 metros de comprimento. Porém, navios full-containers com 335 metros de comprimento e 45 metros de boca já trafegam pela costa brasileira. “Se Itajaí não se adaptar às especificações dos novos navios, tende a registrar um recuo superior a 25% em suas operações até o próximo ano. Essas perdas poderão chegar a 65% em 2015, uma vez que as empresas armadoras sinalizam para a inclusão de embarcações com 365 metros de comprimento e 48 metros de boca no mercado brasileiro”, explica Ayres.

Movimentação

Segundo o engenheiro, a única alternativa que o Complexo do Itajaí tem para evitar que escalas migrem para outros portos é a construção de uma nova bacia de evolução, com largura de 465 metros, mais a retificação dos canais de acesso in-

Se analisada a movimentação dos últimos 12 meses, foram 962 navios entre maio de 2012 e abril de 2013, com 11,35 milhões de toneladas. “O crescimento na movimentação foi de 5% nas cargas, enquanto o número de escalas caiu 17%”, acrescenta o diretor Executivo do Porto, Heder Cassiano Moritz. Com relação às cargas conteinerizadas, o volume embarcado e desembarcado de janeiro a abril soma 327,06 mil TEUs, com retração de 1% em comparação com os quatro primeiros meses do ano passado. Já os volumes registrados nos últimos 12 meses somam 1,013 milhão de TEUs, praticamente o mesmo movimentado entre abril de 2011 e março de 2012.


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POLO NÁUTICO

Itajaí sediará regata Velas Latinoamérica 2014 Cidade disputou a regata com Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza e Natal. A infraestrutura local foi decisiva na escolha

Itajaí acaba de ser escolhida para sediar uma nova regata internacional. A cidade vai receber a “Velas Latinoamérica 2014”, evento náutico organizado pela marinha argentina e que reunirá veleiros, escola de grande porte das marinhas do Brasil, Chile, Equador, Colômbia e Argentina. O evento inicia no dia 11 de fevereiro, e a largada está programada para o dia 16, quando as embarcações partem para um trajeto de 12 mil milhas náuticas em 134 dias. A regata é realizada a cada quatro anos. A última parada na costa brasileira ocorreu no ano de 2010, com a inclusão do Rio de Janeiro no roteiro. As embarcações navegarão juntas pelos mares da América do Sul e Caribe, passando por portos da Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Peru, República Dominicana, Venezuela e Uruguai. “É uma grande satisfação para nós, que Itajaí tenha sido escolhida para sediar esse importante evento náutico”, diz o delegado da Capitania dos Portos de Itajaí, capitão de Fragata Fernando

Anselmo Sampaio Mattos. Segundo ele, o sucesso alcançado na edição de 2012 da Volvo Ocean Race, quando integrou a rota da regata de volta ao mundo, foi decisivo para que a cidade fosse escolhida pelos organizadores. Itajaí disputou a regata com cidades como Salvador, Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza e Natal. “A infraestrutura turística regional – uma vez que Itajaí está inserida em uma região com grande apelo turístico – aliada à expertise que o município vem adquirindo na realização de eventos náuticos, foi decisiva na escolha dos organizadores”, diz o comandante. Os veleiros participantes da regata têm mais de 70 metros de comprimento e poderão ser visitados pela comunidade durante a realização do evento. “Mais do que uma competição, a Velas Latinoamérica 2014 é uma exibição de embarcações gigantescas e um momento de confraternização entre as marinhas dos países participantes”,

complementa. O prefeito Jandir Bellini destaca a importância de Itajaí ser o ponto de partida da regata Velas Latinoamérica 2014, o que consolida o município como um importante polo da vela internacional. “Já são três grandes eventos internacionais que temos agendados para os próximos anos – as regatas Transat Jacques Vabre em 2013, a Velas Latinoamérica 2014 e a Volvo Ocean Race em 2015 – que projetam o nome de Itajaí em nível mundial e nos coloca como uma importante opção no universo náutico”, diz. O presidente do Comitê Organizador das Regatas em Itajaí, Amílcar Gazaniga, destaca a importância do resgate da vocação de Itajaí para os esportes náuticos e diz que o segmento vem trazendo impactos bastante positivos para o município. “São impactos na economia, turismo, desenvolvimento e, principalmente, a quebra de paradigmas, já que esse tipo de evento nos coloca em pé de igualdade com importantes municípios do Brasil e exterior”, comenta.

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TECNOLOGIA MÓVEL

Sistema de SMS avisa caminhoneiros sobre liberação para descarregar Quando completar seis meses da implantação do programa, a ferramenta será analisada para corrigir eventuais falhas

Caminhoneiros que aguardam no Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá são avisados por mensagem de celular sobre a liberação para a descarga de grãos no Corredor de Exportação. O novo sistema foi criado pela Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar), em conjunto com o Departamento de Informática da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). O envio é feito pela central contratada. “Sabendo que o celular é de uso comum a todos e da necessidade constante de melhorias no sistema, criamos essa nova ferramenta que vai agilizar ainda mais o escoamento das safras pelo Porto de Paranaguá”, explica o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino. O novo sistema de gerenciamento da descarga auxilia na redução do tempo de espera e agiliza o processo de escoamento dos grãos. Quando completar seis meses da implantação do programa, a ferramenta será analisada para corrigir eventuais falhas. Os outros meios de chamada dos motoristas para a descarga continuam funcionando no Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá, onde existem os avisos sonoros e as listas afixadas em frente aos guichês dos operadores. Cadastro Para poder utilizar a funcionalidade do envio da liberação por SMS, é preciso informar o celular do motorista no sistema Carga Online na hora de realizar o cadastro do caminhão. O número do telefone do condutor já era requisitado no cadastro, mas com o uso desta funcionalidade, a Appa tem pedido especial atenção dos operadores para informar corretamente os telefones, e assim, evitar possíveis falhas. “Agora, para que essa nova ferramenta funcione, é preciso que todos façam sua parte corretamente. Se a origem deixar de cadastrar o celular do motorista, o atraso na descarga continuará acontecendo”, afirma Dividino. Com o cadastro preenchido corretamente, o caminhoneiro segue com a carga até o Pátio de Triagem, onde aguardará para a descarga. Assim que o terminal liberar, o motorista recebe a mensagem para se dirigir imediatamente para o local que receberá os grãos. Além da vantagem de chegar em tempo real junto com a liberação ao motorista, o SMS possibilita ao operador verificar o horário de envio da liberação, e se a mesma foi recebida pelo motorista.


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QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Mão de obra estrangeira aumenta na indústria petrolífera Quase 50 mil profissionais de países como Estados Unidos, Noruega e França entraram no Brasil, em três anos, para trabalhar no setor O crescimento da indústria petrolífera no Brasil, aquecida com as recentes descobertas de petróleo e gás nos últimos anos, está fazendo com que o Brasil “importe” um número cada vez maior de estrangeiros com alta qualificação para trabalhar no setor. Dados da Coordenação Geral de Imigração (CGIg), que faz parte do Ministério do Trabalho em Emprego (MTE), mostra que 49.801 profissionais de países como a Grã-Bretanha, Estados Unidos, Noruega, Holanda e França entraram no Brasil entre 2010 e 2012 para trabalhar no setor de petróleo e gás. O número, que é o mais recente divulgado pelo Ministério do Trabalho, coloca o setor petrolífero na liderança da emissão dos vistos para estrangeiros no país, o que representa 25% de todas as permissões de trabalho temporárias e permanentes no período, dentro de uma abrangência de 15 atividades econômicas diferentes. Em

2011, a atividade petrolífera registrou a contratação de mais de 23 mil engenheiros e técnicos da área de petróleo e gás, dado que é quase dez vezes maior ao registrado em 2006, quando apenas 2.645 profissionais de outros países entraram no Brasil para atuar em empresas do setor. Para o superintendente da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Paulo Buarque de Macedo Guimarães, o trabalho de estrangeiros na indústria petrolífera brasileira está diretamente ligado à falta de mão de obra brasileira qualificada para atuação no setor. A entrada de estrangeiros para atuarem no setor teve um pico em 2011, quando começaram os diversos projetos da Petrobras para criar a infraestrutura para exploração do chamado pré-sal, porção do subsolo que se encontra sob uma camada salina situada alguns quilômetros abaixo do leito do mar.


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DESENVOLVIMENTO DA PARAÍBA

Movimentação do trimestre cresce 80% no Porto de Cabedelo O motivo para o aumento do fluxo é a chegada de novas cargas de projetos para fábricas do estado

A movimentação do Porto de Cabedelo, na Paraíba, nos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano apresenta resultados positivos. O acúmulo de movimentação de carga é 80% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, chegando a 645 mil toneladas. O principal motivo para o aumento do fluxo é a chegada de novas cargas de projetos para fábricas que estão se instalando no estado. Um exemplo é o projeto Caxitu, do Grupo Camargo Correa. “Serão 500 TEUs que irão desembarcar

em Cabedelo com os equipamentos da fábrica”, comenta Wilbur Jácome, presidente da Companhia Docas da Paraíba. Outra carga que tem movimentado o porto são as pás eólicas. “Ano passado fizemos um embarque teste com 45 pás. Após o sucesso inicial, já confirmamos a vinda de mais 180 pás, dividida em mais quatro operações. São mais de 20 milhões de dólares de carga passando pelas nossas áreas de armazenagem”, diz o presidente. Além das cargas projeto, os granéis sólidos continuam crescendo na logística paraibana. O aumento

do consumo de combustíveis tem feito com que o Porto de Cabedelo seja uma rota contínua de cabotagem dos combustíveis (gasolina, álcool e diesel). Para Wilbur Jácome, o incremento logístico é reflexo de uma política estadual de atração de investimentos e melhoria da infraestrutura. “Veja o papel desempenhado pela Cinep em missões a Cuba, Espanha, Portugal. Além de ter um ambiente mais transparente e flexível para acolher empresas. Já a Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico tem sido extremamente proativa na busca


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de empreendimentos. Enquanto isso, o governo vem dando suporte com novos incentivos fiscais e investimentos em estradas. Hoje, se constrói cerca de 1 km de novas estradas, por dia, na Paraíba, no programa de mais de R$ 1 bilhão. Isso tudo reflete em um clima de sinergia”, enfatiza. O presidente da Companhia Docas ainda ressalta que dentro desse escopo de novos empreendimentos, a Paraíba deve ser um dos maiores produtores de cimento do país, atraindo mais de R$ 2 bilhões em investimentos privados. “Tudo vai entrar e sair pelo Porto de Cabedelo. E estamos nos preparando para isso”, diz Wilbur. Empregos O bom momento vivenciado pelo terminal tem gerado postos de trabalho. A média de trabalhadores envolvidos hoje chega a mais de 1 mil pessoas, envolvendo ainda 300 trabalhadores avulsos, tripulações dos navios, motoristas dos caminhões que transportam as cargas do porto para seus destinos, além dos serviços de despachos aduaneiros, empresas de seguro e toda uma rede de suprimentos. Com isso, a Companhia Docas teve um acrésci-

mo de 25% em sua rentabilidade com previsão de atingir, no final do ano, um volume quatro vezes maior que o lucro obtido em 2012. Para os próximos meses mais navios estão programados para atracar no porto. Para atender à demanda crescente, o governo do estado tem investido na infraestrutura do terminal. Está sendo finalizada a implantação de duas balanças com 36 metros para pesar bi-trens com até 120 toneladas, primeiro porto do Nordeste a instalar balança desse porte. O piso e as guaritas também estão passando por reformas e as ruas próximas ao terminal deverão ter o trá-

fego melhorado. Este ano, atracaram no Porto de Cabedelo navios cargueiros procedentes de portos da Espanha, Estados Unidos, Uruguai, Venezuela, Argentina, Itália, China e Japão, além de Suape, Santos, Maceió e Fortaleza. As embarcações transportam trigo, petcoke, derivados de petróleo, malte, pás eólicas, dentre outros produtos. A Paraíba tem exportado toneladas de granito para o porto de Marina di Carrara, na Itália. Em abril, o navio Navarra, de bandeira tailandesa, embarcou 7 mil toneladas de granito paraibano.

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MERCADO INTERNACIONAL

Empresários brasileiros miram outros mercados para fugir da crise argentina Empresas se voltam para mercados como Índia e África do Sul, além de Chile, Peru e Colômbia Os empresários brasileiros estão deixando de exportar para a Argentina, depois de enfrentar problemas por mais de dois anos. Com medo da crise cambial, da inflação e até mesmo de inadimplência por parte do Banco Central argentino, as empresas estão se voltando para outros mercados, como Índia e África do Sul. As apostas na América Latina são Chile, Peru e Colômbia. O desinteresse está fazendo com que a balança comercial entre os dois países favoreça o lado argentino, que desde 2003 registra déficit com o Brasil. Nos últimos seis meses, o déficit brasileiro já soma US$ 400 milhões, com o crescimento da compra de automóveis, petróleo e trigo. Em um ano, a conta ainda está superavitária em US$ 502 milhões.

Segundo o diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca, já existem relatos de empresários que estão com os pagamentos atrasados por mais de 30 dias. “Além das licenças, que atrasam a liberação das cargas, agora temos informações de que a Argentina está atrasando os pagamentos. Isso, definitivamente, está fazendo o empresariado recuar”, explica. “Digo para terem perseverança e cautela. Ou seja, procurem outros mercados”, enfatiza. Giannetti afirma também que a Fiesp já lançou um “plano B”. “Fizemos um levantamento e vimos que a Índia e a África do Sul importam produtos semelhantes aos que exportamos para a Argentina. Podemos redirecionar nossas exportações para

estes países”, afirma. Os negócios com estes dois países têm crescido rapidamente. Entre 2010 e 2012, as vendas para a Índia aumentaram 59,7%, enquanto que para a África do Sul subiram 28%.


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Entrevista “Temos conseguido combater o contrabando e o descaminho”

Os portos brasileiros passam por grandes transformações. Além das mudanças previstas pela Medida Provisória 595, que propõe um novo marco regulatório e ainda inspira debates acalorados, alguns complexos, no país, já funcionam em regime de 24 horas. Na 9ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil, dos cinco portos públicos alfandegados, dois já operam no novo sistema. Para tratar desse assunto, e de outros temas importantes da atividade aduaneira, como a repressão ao contrabando, a revista Informativo dos Portos entrevistou o superintendente Luiz Bernardi. Confira:

Luiz Bernardi, superintendente da 9ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil

Informativo dos Portos: No início da sua gestão, algumas diretrizes foram formalizadas para consolidar a presença na administração tributária e aduaneira e a presença fiscal. Quais foram os principais avanços obtidos em 2012? Luiz Bernardi: A administração feita pela Receita Federal do Brasil é pautada em objetivos estratégicos, com os quais as diretrizes da 9ª Região Fiscal seguem alinhadas. Reduzir litígios tributários e aduaneiros, aumentar a efetividade e segurança dos processos, elevar a percepção de

risco e a presença fiscal e reduzir o tempo entre o vencimento do tributo e seu recolhimento, aproximar a arrecadação efetiva e elevar o cumprimento espontâneo das obrigações tributárias e aduaneiras continuam sendo o foco da administração. Para o ano de 2012, a 9ª Região Fiscal estabeleceu diretrizes aduaneiras e tributárias, e durante todo o ano foram desenvolvidas ações voltadas para o crescimento da arrecadação, o combate diário aos ilícitos fiscais e a recuperação do crédito com intensificação da fiscalização aduaneira

e tributária. Os resultados regionais demonstram esse esforço. No ano de 2013, o incremento da percepção de risco e da presença fiscal continuou sendo balizador das diretrizes regionais. Informativo dos Portos: O setor portuário no País passa por um momento de crescimento, em virtude do aumento da demanda nas importações e exportações. Como tem sido o trabalho da Receita Federal e Aduana neste processo? Luiz Bernardi: Temos observado que o setor

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portuário, nos últimos meses, tem recebido uma atenção especial do governo, no sentido de se vencer eventuais entraves e eliminar gargalos no fluxo do comércio exterior. Neste contexto, a área aduaneira da Receita Federal tem respondido adequadamente e, por certo, a presença da fiscalização nas zonas portuárias será expandida de acordo com necessidade demandada pelo crescimento das importações e exportações. O projeto Porto 24 horas já está implantado em alguns portos do País para atendimento de todas as atividades aduaneiras. Na 9ª Região Fiscal, atualmente contamos com cinco portos públicos alfandegados, com dois deles já demandados para o trabalho 24 horas. Comprometimento e responsabilidade são os pilares da atividade aduaneira na região.

que afeta principalmente o segmento industrial brasileiro. Quais os avanços da 9ª Região em relação a isso em 2012? Luiz Bernardi: Neste tópico, não há como não repetir uma de nossas importantes diretrizes: dar ao contribuinte o tratamento de contribuinte e ao infrator o tratamento da lei. E é isso que temos feito e continuaremos fazendo. Contando sempre com o apoio das forças públicas, temos conseguido combater fortemente o contrabando e o descaminho, condutas que não só afetam negativamente a economia como afrontam o Estado brasileiro. Em 2011, foram apreendidos 233 milhões de dólares em mercadorias, e realizadas 845 prisões em flagrante. Em 2012, foram 316 milhões em mercadorias apreendidas, com 884 prisões.

Informativo dos Portos: A Receita Federal é fundamental para evitar o contrabando,

Informativo dos Portos: O que precisa ser feito para aperfeiçoar ainda mais a infraes-

trutura nas regiões aduaneiras no Brasil? Luzi Bernardi: A demanda pela atividade aduaneira cresce na mesma medida que a economia brasileira, mostra-se mais estável e os investimentos em infraestrutura, seja de transporte ou na área portuária, por exemplo, também evoluem. Neste contexto, fortalecer seus mecanismos de gestão, de forma a aprimorar os serviços aduaneiros, faz parte da missão institucional da Receita Federal. A adequação permanente, de sua infraestrutura física, tecnológica e do seu quadro de pessoal, é necessária para o efetivo. A 9ª Região Fiscal busca contribuir para essa evolução, atuando em diversas frentes. A estruturação de um modelo de repressão ao contrabando e descaminho, pautado no fortalecimento das relações institucionais, é um grande exemplo de aperfeiçoamento que somente é alcançado graças ao empenho de uma equipe bastante integrada.

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PLANO DE ARRENDAMENTO

Porto de Paranaguá lista 20 pontos de expansão para o sistema portuário Appa faz levantamento e cadastro das áreas suscetíveis de arrendamento para novos empreendimentos O Plano Arrendamento da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) listou 20 pontos de expansão para o sistema portuário paranaense. Destes, 16 estão com os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental prontos. “Antes mesmo da MP ser publicada pelo Governo Federal, nós já havíamos terminado o plano de arrendamento dos portos paranaenses. O documento foi protocolado junto à Antaq antes da proposta de mudança do marco regulatório”, explica o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. Com a aprovação da Medida Provisória 595 pelo Congresso e Senado Federal, a administração dos Portos de Paranaguá e Anto-

nina (Appa) dá prosseguimento aos processos para garantir que as obras de ampliação dos portos paranaenses sejam umas das primeiras a serem autorizadas. “Finalizamos os estudos de viabilidade de diversos projetos e, em alguns casos, já com licença ambiental expedida. Com isso, hoje somos um dos únicos portos do país com possibilidade de dar início imediato às licitações para os projetos de expansão dos portos”, complementa o secretário. De acordo com o superintendente dos portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino, o Plano Arrendamento da Appa listou 20 áreas de expansão. Trata-se do levantamento e cadastro das áreas suscetíveis de arrenda-

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mento para novos empreendimentos. “Fizemos também o inventário dos contratos vigentes, dentre os quais foram levantados os contratos vencidos em operação em regime emergencial e os contratos com vencimento nos próximos cinco anos”, diz. Dividino explica ainda que os valores de investimento para todos os empreendimentos só poderão ser definidos após a elaboração dos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEAs), dos quais a Appa já elaborou 16. O plano desenvolvido foi realizado em consonância com o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado (PDZPO), e seguiu as premissas estabelecidas pela Secretaria de Portos (SEP) e Agência

Localização estratégica entre BR 101 e BR 470 Licenciada ANVISA


Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Mudanças Entre as principais mudanças trazidas pelo novo marco legal está a centralização, em âmbito federal, das principais atribuições da atual Autoridade Portuária. “Se analisarmos as novas atribuições definidas pela medida, pode-se perceber que as autoridades portuárias passarão a ter funções de gestores operacionais locais, cabendo a Antaq e SEP o estabelecimento das políticas do setor, do planejamento, da definição e estabelecimento de tarifas portuárias, da celebração dos contratos de arrendamentos e fiscalização dos terminais privados, dragagem, entre outros”, explica Dividino. “Como se pode notar, tivemos avanços no aperfeiçoamento da legislação vigente no sentido de fomentar investimentos, porém a centralização dos processos de concessão e de dragagem poderão neutralizar todos os avanços obtidos, em função dos prazos para realização das premissas institucionais, para a efetiva melhoria do aparato portuário”, complementa Dividino.

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DIVULGAÇÃO/APPA

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CONGRESSO EMPRESARIAL

Inovação e sustentabilidade marcam debates da Expogestão 2013 Renomado time de especialistas e ampliação do número de workshops consolidaram o sucesso da 11ª edição do evento em Joinville

Alonso Torres

Um público de mais de 10 mil pessoas passou pela 11ª edição da Expogestão 2013, congresso empresarial que trouxe a Santa Catarina importantes nomes do Brasil e do exterior. A programação contou com 18 palestrantes, seis deles internacionais, que apresentaram o que há de mais novo sobre temas como gestão de times e talentos, futuro, inovação, cultura empreendedora e comportamento. Um dos pontos altos da Expogestão foi a sessão especial para os jovens. “Certamente, estamos

George Blanc

Armin Wedel

plantando boas sementes para o futuro e garantindo a essa nova geração a oportunidade de acesso ao conhecimento”, afirma o presidente da Comissão Organizadora 2013, Marcelo Hack. A sessão “next generation” atraiu cerca de 1,2 mil pessoas, a maioria jovens entre 15 e 25 anos 400 deles estudantes da rede pública estadual e municipal – para uma palestra com Charles Leadbeater, autoridade mundial em inovação e criatividade. Para os jovens, ele mostrou como se preparar para profissões que ainda nem existem. Este ano, o congresso teve 1.200 inscrições, que

Charles Leadbeater

permitiram a 2,3 mil pessoas acompanharem as palestras graças ao benefício da transferência de titularidade da credencial. A ampliação dos workshops de duas para cinco salas também movimentou o evento. Foram 67 palestras gratuitas, atraindo aproximadamente 3,5 mil participantes. Já a Feira de Produtos e Serviços, com cerca de 70 empresas distribuídas em mais de 50 estandes, registrou um público de 7 mil visitantes. Neste ano, além de ter a secretaria do evento incorporada ao ambiente da feira para facilitar a retirada


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de materiais dos congressistas, o local também contou com duas áreas de estar, no estilo lounge. Outra novidade foi levar o coffee break dos intervalos das palestras até o ambiente da feira. A iniciativa ofereceu aos congressistas mais oportunidades para circular, interagir e fazer negócios. Segundo o presidente da Expogestão, Alonso José Torres, os feedbacks foram muito positivos. “Estamos satisfeitos com os resultados. Conseguimos garantir aos participantes oportunidades reais de bons relacionamentos e novos contatos, além de uma grade de palestras de grande aderência à realidade local”, diz. Sustentabilidade A Sessão Sustentabilidade como Estratégia de Gestão foi um dos temas que marcaram os debates da Expogestão 2013. Georges Blanc, professor da Escola de Altos Estudos Comerciais, de Paris, na França, falou dos dilemas que colocam o capitalismo e a busca por melhores resultados diante da proposta de que as empresas proporcionem bem-estar para a coletividade. “A evolução da sustentabilidade depende da coerência, convergência e interação entre três esferas: políticas públicas, estratégias empresariais e comportamentos do cidadão”. Segundo Blanc, todo o desequilíbrio percebido na distribuição do valor criado entre os diversos agentes que participam da cadeia produtiva ameaça a sustentabilidade e o sucesso econômico de uma empresa. O superintendente de Desenvolvimento Sustentável do Banco Santander, Carlos Nomoto, mostrou as estratégias do banco, um dos maiores do país, para colocar em prática a sustentabilidade: inclusão social e financeira, promoção da educação e combate às mudanças climáticas. Inovação Saúde, comunicação, energia, segurança, mobili-

dade, meio ambiente. Os pilares da pesquisa do Instituto Fraunhofer são os mesmos a serem priorizados no desenvolvimento das Smarts Cities. Cooperação público-privada, investimentos em tecnologias aplicadas na prática para o desenvolvimento econômico e para melhoria da qualidade de vida dos cidadãos foram enfoques abordados por Armin Wedel e Enric Blasco Gómez, que convergiram para o mesmo ponto: somente o investimento em inovação é capaz de diferenciação, seja de uma cidade ou de uma empresa. A mesma crença do alemão Armin Wedel e do espanhol Enric Blasco Gómez pela gestão compartilhada, seja de políticas públicas, seja de conhecimento, eles mantêm em relação à importância da manutenção da União Europeia como bloco econômico para o desenvolvimento dos países que a compõem. Enric Gómez afirma que a Alemanha é um exemplo e o caminho a seguir quando se fala em investimento em pesquisa e tecnologia como gerador de desenvolvimento econômico. Para Armin Wedel, todos os países da União Europeia, mesmo os que estão vivendo uma crise em maior grau, se beneficiam e se fortalecem da troca de experiências. Wedel reforçou que esta transferência tecnológica também inclui o Brasil com vários projetos de pesquisa e desenvolvimento entre instituições e empresas de ambos os países, ampliada com a instituição de 2013 como o ano Brasil-Alemanha. Já o autor britânico e ex-assessor de Tony Blair, Charles Leadbeater, palestrou sobre o que motiva as pessoas a buscar inovação. “O processo de inovar é perturbador porque está ligado ao fracasso e a assumir riscos”, alerta. Mas entre os motivos que levam empresas e pessoas a arriscar estão a curiosidade, as situações de crise ou mudanças, a atitude de estar aberto para o mundo e a cultura colaborativa. “Os líderes não devem forçar nada. Uma organização inovadora deve trabalhar com as leis da atração, criando uma cultura dinâmica, em que as pessoas se identifiquem e queiram

colaborar. Que não tenham medo da inovação.” Para o palestrante, as empresas devem ter a mesma sincronia dos jogadores do time de futebol Barcelona: “A filosofia deles é ‘só ganha quem passa a bola’, mas para isso acontecer todos os jogadores devem estar conectados e receptivos. Eles não avançam em linha reta, mas se posicionam sempre em diferentes ângulos, um acompanhando o outro. É isso que as empresas podem fazer com suas equipes, seus fornecedores e clientes.” Já a Sessão Gestão ‘Made in Brazil’ reuniu o fundador da Ricardo Eletro e presidente do Grupo Máquina de Vendas, Ricardo Nunes, o presidente da Elektro Eletricidade e Serviços, Marcio Fernandes, e o presidente do Conselho de Administração e diretor presidente da Porto Seguro, Jayme Brasil Garfinkel, para falar sobre os diferenciais de suas empresas, voltados principalmente para a gestão de pessoas. Os três executivos defendem o envolvimento dos funcionários como principal motivador no ambiente de trabalho: eles precisam ter autonomia, estar engajados em objetivos comuns e ganhar o respeito e a confiança de seus líderes. “Não tem segredo e nem mágica. Temos que fazer com que as pessoas ao nosso lado sejam melhores e trabalhem pensando no futuro, assim teremos sua dedicação”, destaca Ricardo.

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COBERTURA FOTOGRÁFICA

Expogestão 2013: qualidade de informação e sucesso de público A Expogestão 2013 reuniu, de 14 a 17 de maio, em Joinville, um público de mais de 10 mil pessoas, entre visitantes da feira, congressistas e participantes dos workshops. Em sua 11ª edição, o congresso empresarial trouxe a Santa Catarina importantes nomes do Brasil e do exterior. A programação contou com 18 palestrantes, seis deles internacionais, que apresentaram o que há de mais novo sobre temas como gestão de times e talentos, futuro, inovação, cultura empreendedora e comportamento. Confira algumas fotos sociais do evento.


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REFORÇO EMPRESARIAL

Quantum Logistics inaugura nova sede em Itajaí Especializada em agenciamento de carga, a empresa agora está na Rua Uruguai, centro da cidade A empresa Quantum Logistics recepcionou amigos, clientes e colaboradores para comemorar a inauguração da nova sede da empresa, localizada na Rua Uruguai,161, no Centro de Itajaí. Especializada em agenciamento de cargas, a Quantum Logistics oferece serviços de alto valor agregado com atuação nos cinco continentes. A empresa destaca-se pela competência de todas as etapas da cadeia logística, agregando uma equipe qualificada, estrutura consolidada e um sistema integrado de informações.

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MERCADO NÁUTICO

Azimut Grande 100 é destaque na Rio Boat Show 2013 Embarcação é assinada pela maior fabricante de iates de luxo do mundo marina player integrada

A Azimut Grande 100, um iate de 31 metros que integra a linha de megaiates Benetti/Azimut Grande, foi um dos principais destaques da Rio Boat Show 2013. O barco, assinado pela maior fabricante de iates de luxo do mundo e marina player integrada, o Grupo italiano Azimut-Benetti, se destaca pelo desempenho, dinamismo e sofisticação. Em um estande de 500m², os visitantes puderam conferir de perto as novidades que levam excelência, desig italiano e as assinaturas: Azimut Yachts, Atlantis, Azimut Grande e Benetti. Além da Azimut Grande 100, outras duas embarcações configuram entre as maiores do evento: a Azimut 88 e a Azimut 82, da coleção Flybridge da marca Azimut Yachts. A empresa mostrou também, todos modelos de iates já fabricados no estaleiro, do Grupo, no Brasil: Azimut 43, Azimut 48, Azimut 60 e Azimut 70. Já para os amantes da linha esportiva, a Atlantis 58 encantou pela versatilidade e imponência. O evento contou com a presença dos principais dirigentes do grupo, a exemplo de Paolo Casani (CEO da Azimut Yachts e Atlantis), Marco Valle

(diretor de vendas da Azimut Yachts), Francesco Ansalone (diretor de Marketing do Grupo Azimut-Benetti), Vicenzo Poerio (CEO da Benetti), Fabrizio Scerch (gerente de vendas da Benetti) e Davide Breviglieri (CEO da Azimut do Brasil). “Confirmamos nossa participação no mercado náutico brasileiro através do Rio Boat Show, trazendo nossa equipe de profissionais e nossa história de mais de 40 anos de experiência, para mostrar a ampla e variedade gama de opções disponível ao público do país”, disse o diretor de marketing do grupo, Franceso Ansalone.

Atualmente, a unidade emprega 300 colaboradores que atuam na construção de iates com o mesmo padrão dos que são produzidos na Itália, sem falar da rede de concessionários, serviços e pós-vendas. Na Rio Boat Show, o grupo apresentou seus diferenciais também na área de serviços. “Estruturamos uma Rede Dealer própria que hoje está capacitada para dar suporte aos seus clientes em toda a costa brasileira, desde a compra, suporte técnico e pós-vendas”, completa Breviglieri, citando as confrarias náuticas, eventos já realizados no Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná e Bahia.

Estratégias O CEO da Azimut do Brasil, David Breviglieri, contou sobre os planos de expansão do estaleiro no Brasil, unidade de produção instalada em 2010 em Itajaí. Atualmente a fábrica no Brasil tem 25 mil metros quadrados, sendo um galpão exclusivo para a área de laminação e produção, e outro que concentra a sede administrativa. “Quando o projeto estiver concluído, a nova planta ocupará uma área total de mais de 45 mil metros quadrados, dos quais 50% serão cobertos”, diz.

Maior produtor de megaiates, com marinas integradas, do mundo, o Grupo Azimut-Benetti engloba as prestigiosas marcas Azimut Yachts, Atlantis, Benetti e Azimut Grande. Concentra uma capacidade de produção excepcional distribuída por oito fábricas, cobrindo uma área total de 650 mil metros quadrados, dos quais 175 mil são cobertos. Tem suas próprias filiais em Xangai, Hong Kong, Fort Lauderdale (EUA) e Itajaí, e conta com uma rede de 70 concessionários em todo o mundo, com 138 escritórios em 68 países.


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MUNDO NÁUTICO

Rio Boat Show 2013 agita os pavilhões do Píer Mauá O Rio Boat Show se consolidou como um dos maiores eventos do Rio de Janeiro e a cada ano demonstra a força do mercado náutico brasileiro. A edição de 2013 trouxe novamente muita informação, diversão e principalmente negócios! Realizada entre 25 de abril e 1º de maio, a edição deste ano reuniu público interessado em compras, negócios ou mesmo ver de perto alguns dos barcos mais modernos do mundo. A equipe do Informativo dos Portos esteve presente e registrou os principais momentos da feira.

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Artigo

Wagner Antônio Coelho

Vigência dos direitos Antidumping O dumping consiste na introdução de mercadorias em outro país, por intermédio de preços inferiores aos praticados no mercado doméstico para produtos similares, em condições normais de comércio. Essa concorrência desleal acarreta o domínio do mercado pelos produtos estrangeiros, com a paulatina eliminação dos concorrentes, em prejuízo dos consumidores e da indústria local. A aplicação de direitos antidumping se originou como uma válvula de escape ao sistema de liberalização comercial instituído no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), pois, desde que observados determinados critérios, pode-se adotar medidas protetoras para indústria nacional. A possibilidade de imposição dessa medida protetiva tem alicerce no Acordo Antidumping (AAD), aplicável aos países membros da OMC. No Brasil, encontra-se regrada pela Lei 9.019/95 e pelo Decreto 1.602/95. Porém, nem sempre o país importador consegue combater a prática de dumping. Além da comprovação da conduta, a adoção da medida protecionista depende da presença de outros requisitos, como a existência de dano à indústria nacional e a relação de causalidade entre a conduta e o dano. A utilização de medidas antidumping é possível não apenas para reparar prejuízo atual à indústria do país importador, mas também nos casos

em que há uma ameaça concreta de dano, ou ainda para se evitar o atraso na implantação da indústria doméstica. Nesse sentido, devidamente evidenciado os requisitos para configuração do dumping, instaura-se o procedimento administrativo para a adoção das medidas de defesa comercial junto à Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, por meio do Departamento de Defesa Comercial (Decom). Já a aplicação desses direitos é incumbência da Câmara de Comércio Exterior (Camex), por meio de um Conselho de Ministros, organizado nos termos do Decreto 4.732/03, o qual deliberará mediante resoluções. Importante ressaltar que os direitos antidumping não possuem natureza jurídica de tributo, visto que as medidas protetivas possuem natureza jurídica própria. Tais considerações são relevantes, devido aos reflexos imediatos da vigência dos referidos direitos antidumping, os quais podem ser exigidos pela Aduana brasileira, a partir da publicação da Resolução da Camex publicada no Diário Oficial da União, com a fixação dos respectivos direitos. Assim, o cumprimento das obrigações resultantes da aplicação dos direitos antidumping, sejam definitivos ou provisórios, será condição para a introdução no comércio do país de produtos objeto de dumping,

sendo que os direitos antidumping são devidos na data do registro da declaração de importação. Destarte, para saber se determinada importação se sujeita ou não ao pagamento de direitos antidumping, deve-se verificar se quando da publicação do ato que estabeleceu a medida, os bens já haviam sido despachados para consumo. Caso isso não tenha ocorrido, aplica-se a sobretaxa à importação em andamento. O legislador fixou objetivamente um momento a partir do qual a incidência se daria, ainda que, na prática, muitas vezes isso se revele desfavorável aos interesses comerciais de importadores que já entabularam negócios no exterior, conforme entendimento jurisprudencial firmado nos tribunais brasileiros. Logo, verifica-se que os direitos antidumping são exigíveis a partir da data de publicação da norma que os fixar, inclusive sobre mercadorias já embarcadas no exterior e presentes nos território brasileiro no aguardo do início do processo de despacho aduaneiro, visto que o marco inicial para cobrança é o registro da declaração de importação, semelhante ao tratamento tributário relativo ao imposto de importação, apenas citado para fins de comparação, uma vez que os direitos antidumping não possuem natureza tributária.

Wagner Antônio Coelho,advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.


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Diário de Bordo Portos Manobra experimental A manobra experimental com o Mv Mehuin, com 306 metros de comprimento e 40 metros de largura (boca), foi um sucesso no Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu. O navio, que manobrou em frente ao cais da APM Terminals, foi o maior da história a operar no complexo. Até então, os maiores navios a operar no porto eram cargueiros com 300 metros de comprimento e 45 metros de boca ou com 304 metros de comprimento e 40 de boca. A manobra serviu para avaliar a possibilidade de recebimento de navios de contêineres de classe cada vez maior no complexo portuário.

Nova diretoria

Lucro recorde

Empresários e executivos representantes das empresas portuárias e retroportuárias que compõem o quadro associativo da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (ABTRA) elegeram por unanimidade os novos Conselhos Diretivo e Fiscal com mandato para os próximos três anos à frente dessa entidade. A presidência da ABTRA passa a ser ocupada por Antônio Carlos Duarte Sepúlveda, CEO da Santos Brasil Participações S.A., e a vice-presidência, pelo executivo Gustavo Pecly Moreira, do Grupo Libra. Criada em 1989, a ABTRA conta atualmente com 25 terminais portuários e retroportuários associados, localizados nos principais portos do país.

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), administradora do Porto de Santos, registrou lucro recorde de R$ 47,5 milhões no primeiro trimestre, alta de 43,5% sobre o mesmo período do ano passado. Também a receita líquida cresceu no mesmo patamar: 40%, alcançando R$ 193,4 milhões no intervalo. O diretor financeiro da Codesp, Alencar Costa, afirma que o resultado não é pontual, mas reflexo de um trabalho de saneamento iniciado em 2007, quando a Secretaria de Portos deflagrou a profissionalização da gestão das companhias docas.

Navio-patrulha oceânico

Subestação em Pecém

O navio-patrulha oceânico “APA”, adquirido pela Marinha do Brasil, atracou no porto de Rio Grande no início de maio. O porto rio-grandino foi o primeiro terminal brasileiro a receber a embarcação. O “APA” partiu da Base Naval de Portsmouth, no Reino Unido, em 11 de março, e fez escala em diversos países, entre os quais Portugal, Espanha, Mauritânia, Senegal, Gana, Angola e Namíbia. O “APA” é o segundo do lote de três navios adquiridos pela Marinha brasileira, como parte do Programa de Obtenção de Meios, sendo incorporado à Força no dia 30 de novembro do ano passado, quando recebeu o nome de “APA”, uma referência ao importante rio da região do Pantanal, que delimita a fronteira entre o Brasil e o Paraguai.

A Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão do governo brasileiro responsável por políticas para o setor, aprovou alíquota zero para a importação de fibras de algodão e aumentou a cota de trigo que pode ser importada sem taxa. A Camex já havia aprovado alíquota zero para importação de 1 milhão de toneladas de trigo e o volume foi ampliado em mais 1 milhão. A desoneração é válida até 31 de julho. No caso do algodão, a desoneração valerá para 80 mil toneladas, no período de 1º de maio a 31 de julho. Antes da desoneração, a alíquota dos dois produtos era de 10%. A medida aprovada atende a reivindicações do setor privado: no caso do algodão, a entressafra, que ocorre nos meses de maio, junho e julho, gera escassez de matéria-prima para o setor têxtil.

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Diário de Bordo Offshore Navio graneleiro O Estaleiro Eisa lançou ao mar o graneleiro Log-In Tucunaré, quarto navio, de uma encomenda de sete embarcações, que a Log-In tem com o estaleiro. Segundo a companhia, a operação movimentará 150 milhões de toneladas de minério de bauxita a granel no período. O investimento estimado no navio é de R$170 milhões. O graneleiro foi construído para atender o contrato de 25 anos com a Alunorte, realizando viagens consecutivas entre os portos de Trombetas e de Vila do Conde, ambos no estado do Pará. Em janeiro de 2010, a Log-In iniciou a operação para a empresa com navios afretados. Uma das embarcações foi substituída em fevereiro, deste ano, quando entrou em operação o graneleiro Log-In Tambaqui. A outra substituição está prevista para o início de 2014, quando o Log-In Tucunaré começará a operar.

Campo de Polvo

Leilão de gás

A HRT Participações em Petróleo, junto com sua subsidiária HRT Oil & Gas, celebrou contrato de compra e venda com a BP Energy do Brasil para adquirir 60% de participação no Campo de Polvo, no valor de US$ 135 milhões. A HRT assinou um acordo de empréstimo firmado entre a HRTO&G e o banco Credit Suisse para financiar a maior parte do valor da aquisição. O Campo de Polvo está localizado na porção sul da Bacia de Campos e atualmente sua produção diária é de aproximadamente 13 mil barris, com 20.3 API, por meio de três reservatórios produtores. A licença cobre uma área de 134 km² com vários prospectos para futuras explorações.

Em outubro deste ano, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vai promover o primeiro leilão exclusivamente de gás. O leilão está previsto para os dias 30 e 31 e terá como foco blocos exploratórios em terra, com o objetivo de desenvolver no país um mercado de gás não convencional, extraído de rochas, como o xisto. Em entrevista à Agência Brasil, o diretor da ANP Helder Queiroz disse que já foi encaminhado ao Ministério de Minas e Energia (MME) o mapeamento com a sugestão das áreas a serem ofertadas. Depois disso, o ministério submeterá o estudo à apreciação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A expectativa é que o edital possa ser publicado até o final de junho.

Indústria oceânica

Produção do pré-sal

A Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) aprovou a proposta de contrato temporário entre a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) e a Interbrasil Transportes e Guindastes Intermodais Ltda. O contrato permite a instalação de uma unidade da empresa Ecovix-Engevix Construções Oceânicas no Porto de Porto Alegre. O empreendimento deve gerar 600 empregos diretos e mais 1,5 mil indiretos, além de um acréscimo na receita da autarquia.

A produção acumulada dos reservatórios do pré-sal nas bacias de Campos e Santos, desde 2008 até abril de 2013, já chegou a 192,4 milhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás natural), segundo a gerência executiva do pré-sal da área de Exploração e Produção da Petrobras. A produção diária superou 311 mil barris por dia em 17 de abril, mais do que o dobro da produção de 2011, de 121 mil barris por dia, em média. A produção média do mês de abril no pré-sal foi de 294 mil barris por dia.


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Diário de Bordo Empresas Carro em acrílico A empresa Acrílicos Santa Clara, uma das líderes do segmento no mercado nacional sediada em Jaraguá do Sul (SC), inovou ao dar forma a um veículo em tamanho real que pesa cerca de 700 quilos. Transparente e resistente, assim como a própria matéria-prima, ele mostra todas as funcionalidades do acrílico. O veículo, projetado pelo colaborador Michael Lipinski, é resultado de quase um ano e meio de desenvolvimento e trabalho. Nele foram utilizadas peças das mais variadas formas, cores e espessuras. Tamanha inovação só foi possível graças à expertise da organização no beneficiamento do acrílico e, principalmente, devido às máquinas de última geração presentes no parque fabril da empresa.

Destaque internacional

Centro de excelência

Os produtos de 100 empresas brasileiras foram apresentados com destaque, por duas semanas, em uma das principais redes de supermercados do segmento de produtos premium dos Estados Unidos, a Central Market. A ação, denominada “Passaporte Brasil”, foi realizada entre os dias 24 de abril e 7 de maio nas nove unidades da rede no estado norte-americano do Texas, cinco em Dallas, duas em Austin, uma em Houston e uma em San Antonio. No total, foram importados do Brasil 18 contêineres contendo mercadorias como café, vinhos, biscoitos, peixes, feijão, chocolates, pão-de-queijo, água de coco, queijos, porcelanas e sandálias.

O grupo sul-coreano Yudo vai construir unidade para se tornar centro de excelência em ferramentaria em Joinville. A área comprada, de 192 mil metros quadrados, localiza-se na avenida Dorothóvio do Nascimento, no bairro Aventureiro, próximo à Estrada da Ilha, na zona Norte de Joinville. O empreendimento vai exigir investimento de US$ 100 milhões. As informações foram repassadas pelo presidente da empresa no Brasil, José Dantas, ao secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Joinville, Jalmei Duarte. A companhia pretende criar 250 empregos e começar as atividades na nova sede no primeiro trimestre de 2014.

Fábrica no Paraguai

Consumo de aço

A Archer Daniels Midland acaba de inaugurar nova fábrica de processamento de soja no Paraguai, na cidade de Villeta. A planta tem condições de processar 3,5 mil toneladas por dia e vai ampliar em mais de 20% a capacidade da companhia em processar oleaginosas na América do Sul. A nova fábrica, construída ao lado da já existente misturadora de fertilizantes da empresa, está localizada perto de uma instalação portuária no rio Paraguai. A ADM é uma das principais companhias de agronegócio do mundo. No último resultado divulgado ao mercado, referente ao trimestre encerrado em 31 de março, a companhia informou lucro líquido de US$ 269 milhões, uma queda de 33% em relação aos US$ 405 milhões de igual trimestre de 2012.

A ArcelorMittal, maior siderúrgica do mundo, acredita que o consumo aparente do produto ao redor do mundo crescerá 3% no ano — um ritmo maior do que o 1,4% apresentado em 2012. Dentre as principais regiões, a União Europeia é a única cuja perspectiva é de queda: de 0,5% a 1,5% de redução no consumo. Brasil e China aparecem com destaque nas expectativas da Arcelor. A companhia sediada em Luxemburgo prevê uma alta de 3% a 4% no consumo aparente do aço no Brasil e de 3,5% a 4,5% no gigante asiático. Nos países do Leste Europeu, incluindo a Rússia, a estimativa fica entre 2,5% e 3,5% de expansão no consumo

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Diário de Bordo Logística Licitação de hidrovias O diretor-presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, afirmou no início de maio que a primeira licitação de concessões de hidrovias deve ser realizada em 2014. A primeira hidrovia prevista para ir a leilão é a de Tocantins, que ligará Palmas (TO) a Belém (PA), com objetivo de reduzir o custo de escoamento de grãos no país. Segundo Figueiredo, a EPL está estudando uma modelagem diferente para o leilão de hidrovias. A ideia é implantar o modelo de concessão administrativa em que não há cobrança de pedágio pelo uso da hidrovia. A concessão seria remunerada mensalmente pelo governo.

Lucro da ALL

Polo intermodal

A América Latina Logística (ALL) fechou o primeiro trimestre com lucro de R$ 33,9 milhões, devolvendo prejuízo de R$ 2,4 milhões reportado nos três primeiros meses de 2012. A receita líquida da empresa avançou 15,8% nos três meses, na mesma base comparativa, para R$ 890 milhões, impulsionada pelo maior volume na ALL Operações Ferroviárias, Brado e Ritmo. Já o Ebitda (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) ajustado da empresa cresceu 13,3%, somando R$ 390,9 milhões, com margem de 43,9%.

A MRS Logística e o governo do estado do Rio de Janeiro fecharam acordo de investimento em que empresa destinará R$ 100 milhões para instalar o Polo Intermodal Ferroviário no município de Queimados, que irá operar no início de 2015. O projeto abre perspectivas para cargas em geral, em vez de granel e sólidos, como ocorre tradicionalmente na malha brasileira. Pelo polo irão passar contêineres, produtos siderúrgicos e cimentos. A perspectiva é que, com a nova malha, o tráfego seja reduzido em cerca de 500 caminhões por dia em direção ao Porto de Itaguaí.

Ferrovias em Santos

Filias da Orion Rodos

A liberação de seis quilômetros de ferrovias duplicadas entre Perequê e Cubatão, na Baixada Santista, será capaz de retirar 540 carretas por dia da margem direita do Porto de Santos até junho. O trecho entrou em operação dia 8 de abril e, por enquanto, elevou de sete para oito trens (com 80 vagões cada) rumo aos terminais. A expectativa é que o número suba para 9 e, em junho, 10 trens – acréscimo de 19,2 mil toneladas movimentadas pelos trilhos. Segundo o secretário executivo do Ministério dos Transportes, Miguel Masella, a liberação do trecho estava prevista para junho, mas foi antecipada para amenizar os problemas verificados na chegada ao Porto de Santos.

A Orion Rodos Marítima e Portuária Ltda, empresa que atua nos ramos de agenciamento marítimo e operação portuária, acaba de abrir duas filiais no estado do Pará. A companhia que possui escritórios em Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ) e São Luis (MA) passa a atender também nos portos de Vila do Conde e Belém. Com essas duas novas filiais, o grupo Orion, do qual também é parte a Agência Marítima Orion Ltda, contará com 13 escritórios, cobrindo a costa brasileira de Rio Grande (RS) a Belém (PA). Os planos de expansão do grupo Orion, que atua no segmento marítimo desde 1973, incluem ainda a inauguração de mais uma filial no ano de 2013 e o constante aprimoramento e inovação dos seus serviços de agenciamento marítimo e operação portuária.


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