Revista Informativo dos Portos 166

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INFORMATIVO DOS PORTOS

Edição nº 166 - Ano XIII - Rua Samuel Heusi, 463 - Sala 205. The Office Business Center - Itajaí/SC 88301-320

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EDITORIAL O assunto do ano parece ser cabotagem. Depois de cinco décadas carregando a economia brasileira de caminhão e sobrecarregando rodovias em todo o Brasil, a indústria está descobrindo as vantagens do frete por navio. Nossa matéria de capa mostra os resultados de um estudo encomendado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), que aponta uma mudança de comportamento quando o assunto é frete alternativo. O processo é lento e gradativo, mas grandes empresas como Komeco e Arcelor Mittal (Vega do Sul) já estão no grupo de companhias que vêm ampliando o uso da cabotagem para fazer a distribuição de produtos entre as diferentes regiões do país. O custo de frete 15% menor, em média, do que o modal rodoviário, a integridade da carga e a redução das emissões de gás carbônico estão entre as vantagens de se usar essa modalidade de transporte. Os problemas com gargalos da economia catarinense, aliás, foram debatidos em um encontro de empresários organizado pela OTM Soluções Logísticas em parceria com a Associação Empresarial de Joinville (Acij) no mês passado. Um dos principais, segundo participantes do encontro, está nos aeroportos do estado. A construção de aeroportos regionais é uma das alternativas apontadas, além da ampliação da malha ferroviária e a duplicação de rodovias que ligam regiões economicamente estratégicas do estado até os portos catarinenses. A edição traz ainda novidades sobre alguns dos principais portos brasileiros, além de informações sobre a expansão da indústria náutica e do segmento de offshore no Brasil. Boa leitura!

Publicação: Perfil Editora Diretora : Elisabete Coutinho Diretora Administrativa: Luciana Coutinho Jornalista responsável: Luciana Zonta (SC 01317 JP) Reportagem: Adão Pinheiro e Luciana Zonta Foto da Capa: Ronaldo Silva Jr./Divulgação Projeto gráfico: Solange González Bockw Diagramação: Willian Domingues e Elaine Mafra (serviço terceirizado) (47) 3046.6156 Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.

ÍNDICE 12.

Indústria catarinense descobre a cabotagem para baratear custos do frete

18.

União de empresários tenta solucionar gargalos logísticos catarinenses

24.

Suplemento SEP

38.

Entrevista com Amílcar Gazaniga

40.

Suplemento de Itajaí

55.

BMW movimentará produção brasileira pelo Porto de Itapoá

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PESQUISA INDUSTRIAL

Indústria catarinense vai gerar 18 mil empregos em três anos Dado faz parte de uma pesquisa feita pela Fiesc. Estudo prevê também que o setor deve investir R$ 3 bilhões no período A indústria catarinense vai gerar 18 mil empregos entre os anos de 2013 e 2015, sendo 13 mil em Santa Catarina e 5 mil fora do estado. Os números fazem parte do resultado da pesquisa de investimentos industriais realizada pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) com 118 empresas. No período, o setor vai investir R$ 3 bilhões. Se considerados os investimentos anunciados por companhias que pretendem se instalar no estado, como a BMW, Vossko e Sinotruck, o valor pode chegar a R$ 5 bilhões. Na avaliação do presidente do Sistema Fiesc, Glauco José Côrte, os dados são importantes, considerando o cenário de crescimento aquém do esperado e da crise que persiste na Europa. “Eles mostram a disposição do industrial catarinense de investir. Mas para que os valores apurados se confirmem, é importante que sejam tomadas medidas para melhorar o ambiente para os negócios e a competitividade da indústria”, diz. No período, os setores que mais devem investir são celulose e papel; alimentos e bebidas e minerais não-metálicos (segmento cerâmico, por exemplo). Os que mais abrirão vagas são os de alimentos e bebidas e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos. Os investimentos previstos são para a aquisição de máquinas e equipamentos, modernização do parque fabril, ampliação da capacidade produtiva e melhoria da qualidade dos produtos. As principais fontes dos recursos serão através de capital próprio, estimado em 42% do total, bancos de fomento, com 32% de participação,

bancos privados nacionais, com 15% e bancos de fomento via bancos privados nacionais, com 7%.

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Estima-se que em Santa Catarina ficarão 81% dos aportes. Segundo o levantamento, a diminuição em 2013 se deve ao valor atípico de investimentos registrado em 2012, significativamente elevado em virtude de uma grande empresa do segmento metalúrgico ter investido fora do país. Outra informação que a pesquisa traz é que 81% dos industriais pretendem investir mais em inovação neste ano em relação ao que foi investido em 2012. Dos R$ 2,7 bilhões investidos no ano passado, 56% foram alocados em Santa Catarina, 8% em outros estados e 36% no exterior. Conforme o estudo, a proporção de indústrias catarinenses que investiu em 2012 foi maior que em 2011 (78% em 2011 e 84% no ano passado). O valor investido em 2012 foi 56% maior que em 2011 (R$ 1,72 bilhão em 2011 e R$ 2,69 bilhões em 2012). Considerando apenas o que foi investido em Santa Catarina, o aumento de 2011 para 2012 foi de 10% em termos nominais (R$ 1,36 bilhão e R$ 1,5 bilhão, respectivamente). A pesquisa também mostra que, no ano passado, 57% das indústrias ouvidas investiram conforme planejado e 13% além do previsto. As demais realizaram parcialmente ou cancelaram os investimentos.

Presidente do Sistema Fiesc, Glauco José Côrte



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Mercado chinês

Indústrias querem estimular vendas de produtos brasileiros para a China Representante de empresa especializada em negociações com a China afirma que existe a intenção do governo de abrir o mercado para importados

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) quer estimular as vendas para a China. O vice-presidente e coordenador do Comitê da Cadeia Produtiva da Indústria Têxtil da Fiesp, Elias Miguel Haddad, explica que o Brasil precisa vender mais para o gigante asiático em vez de ser apenas um importador. “A Fiesp quer estimular as vendas para termos superávit nas nossas relações comerciais e não para sermos invadidos por produtos dos países asiáticos”, destaca. A China foi responsável por 16% das trocas comerciais brasileiras em 2012 e hoje é o principal parceiro comercial do país. “Temos que conhecer o mercado chinês, saber quem é quem e fazer tentativas de vendas. Precisamos conhecer os nomes dos nossos possíveis clientes”, diz Thomaz Machado, CEO da ChinaInvest, empresa especializada em negociações com a indústria chinesa. “Há muito desconhecimento dos dois lados”, destaca o executivo. Entre as nações que já conseguem bons resultados com o mercado chinês está Portugal. Na pauta de exportações lusitanas destinadas ao gigante asiático estão itens como azeites e até bolachas doces “do tipo Maria”. “Uma única empresa portuguesa tem 30% da sua produção de bolachas voltada para a China”, disse Machado. Fo-

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ram 50 milhões de bolachas vendidas para lá em dois anos. “A China faz questão de importar alguns produtos, até por questões sanitárias”, acrescenta Machado. De acordo com o CEO da ChinaInvest, a classe média e média alta na China é formada por 460 milhões de pessoas, para uma população total de 1,3 bilhão de habitantes. Consumo Machado explica que existe a intenção do

governo chinês de abrir o mercado para a entrada de produtos importados. Isso porque os chineses são grandes consumidores de artigos feitos em todas as partes do mundo em suas viagens ao exterior. “O governo prefere que esses cidadãos comprem importados na China e deixem os impostos por essas compras dentro do país”, explicou. Assim, conforme o CEO da ChinaInvest, será possível ver, na etiqueta de muitos produtos, nos próximos anos, a expressão “Made for China”, ou feito para a China.


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TRANSPORTES MARÍTIMOS

Investimentos no setor caíram 56% em três anos Estudo da CNT mostra que a maior parcela dos recursos da União foi investida em obras de infraestrutura

Os investimentos públicos federais em transporte marítimo recuaram 56% entre 2010 e 2012, segundo dados da Pesquisa CNT de Transporte Aquaviário – Cabotagem 2013. O valor efetivamente pago passou de R$ 816 milhões para R$ 357 milhões. Outro ponto negativo é o baixo percentual do valor executado, ao se comparar o montante autorizado nas leis orçamentárias anuais com o total pago no período. Em 2012, por exemplo, ano em que foi aprovado R$ 1,1 bilhão no orçamento, apenas R$ 816 milhões foram pagos. No total, nos últimos 10 anos, a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) alerta que dos R$ 5,9 bilhões autorizados, só R$ 3,2 bilhões foram destinados efetivamente a melhorias nos portos de navegação de longo curso e cabotagem. Dos R$ 3,2 bilhões de investimentos da União, R$ 2,5 bilhões foram destinados a portos marítimos e R$ 782 milhões aos portos mistos. Entre 2006 e 2010, os recursos aplicados cresceram significativamente, passaram de R$ 123 milhões

em 2006 para R$ 816 milhões em 2010. A maior parcela dos recursos da União foi investida em obras de infraestrutura, no total de R$ 1,5 milhão. Elas se referem a uma ampla gama de empreendimentos, como construção de instalações portuárias, ampliação de terminais, recuperação e reforço de berços. Outros pacotes de R$ 1,2 bilhão e R$ 361 milhões foram destinados para aberturas e aprofundamento de canais e para a construção e implantação de portos e terminais, respectivamente. De acordo com a pesquisa, os entraves de infraestrutura portuária poderiam ser atenuados se os recursos autorizados, em sua totalidade, fossem investidos no setor, o que significa quase dobrar o que foi investido nos últimos 11 anos. O levantamento ainda aponta que não seria necessário drenar recursos de outros setores da economia, já que são valores originalmente autorizados para o transporte marítimo. Para o presidente da CNT, senador Clésio Andrade, melhorias em infraestrutura são essenciais

para buscar qualidade dos serviços rumo à multimodalidade. “O equilíbrio da matriz nacional e os recursos para transportar em todos os modais são as condições esperadas para que a logística brasileira alcance excelência. Um bom sistema de transporte representa maior competitividade e maior capilaridade na distribuição da produção”, afirma. Pesquisa O estudo da CNT apresenta também um panorama do setor de cabotagem no Brasil, além de uma avaliação da qualidade do serviço pela perspectiva dos usuários. Um dos objetivos da entidade é descongestionar as rodovias e, ao lado da desburocratização do setor e da realização de investimentos, reduzir os custos de transportes entre as regiões, oferecendo mais condições para o Brasil crescer. As soluções para os principais gargalos passam pela ampliação de terminais e berços, incentivos à multimodalidade, revisão de procedimentos burocráticos, qualificação de novos profissionais e renovação da frota.

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INDÚSTRIA NAVAL

Grupo Japonês compra 25% de estaleiro em Pernambuco Além da transferência de tecnologia, os japoneses farão um aporte de R$ 207 milhões no EAS O grupo japonês IHI (Ishikawajima-Harima Heavy Industries) comprou 25% do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), de Pernambuco. O contrato prevê que a Queiroz Galvão e a Camargo Corrêa reduzam as participações no EAS dos atuais 50% para 37,5% cada uma. Além da transferência de tecnologia, os japoneses farão um aporte de R$ 207 milhões no EAS. Encontrar um novo sócio com experiência na construção de navios era uma das condições impostas pela Transpetro para a retomada da encomenda de 12 navios ao EAS, suspensa desde maio de 2012. O contrato de R$ 4,2 bilhões foi reativado no fim de maio de 2013. A IHI também trará para o estaleiro brasileiro a tecnologia para a construção de navios-sonda. O presidente executivo da IHI no Brasil, Osami Imai, afirmou que a intenção do grupo é elevar a um terço (cerca de 33%) a participação acionária no EAS

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num horizonte de seis meses a um ano. “A nossa intenção no Brasil é focar o EAS”, disse, descartando outras parcerias no momento. Outras duas empresas integram o consórcio que fechou a aquisição. A participação de 25% será dividida entre a IHI (60%), a subsidiária naval Japan Marine United (JMU, com 15%) e a empresa independente Japan Gasoline Company (JGC, com 25%), companhia de engenharia especializada em projetos industriais nas áreas de refino e gás natural liquefeito (GNL). O presidente executivo da IHI no Brasil — que teve ao longo dos últimos meses encontros com os presidentes da Petrobras, Graça Foster, da Petrobras Transporte S.A. (Transpetro), Sérgio Machado, e da Sete Brasil, João Ferraz — afirmou que haverá transferência tecnológica e que a exigência de conteúdo local do governo brasileiro será

atendida. Ele pontuou como prioridade o cumprimento dos prazos acertados com a Transpetro e a Petrobras, para as quais o EAS construirá sete plataformas FPSO. Desde julho, 30 engenheiros da IHI dão assistência técnica à operação do EAS.

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Capa

Indústria catarinense descobre a cabotagem para baratear custos do frete O custo de frete cerca de 15% menor, em média, do que o modal rodoviário, e a redução das emissões de gás carbônico estão entre as vantagens de se usar essa modalidade de transporte

Navegar é preciso. Fabricantes catarinenses de bens de consumo como eletroeletrônicos, arroz e bobinas de aço estão dando um novo sentido ao poema de Fernando Pessoa. Komeco, Cooperja e Arcelor Mittal (Vega do Sul), fazem parte do grupo de companhias que vêm ampliando o uso da cabotagem, a navegação na costa brasileira como alternativa ao caminhão para fa-

zer a distribuição de produtos entre as diferentes regiões do país. O custo de frete cerca de 15% menor, em média, do que o modal rodoviário, a integridade da carga e a redução das emissões de gás carbônico estão entre as vantagens de se usar essa modalidade de transporte. Mesmo assim, o caminhão continua a ser mais rápido e flexível na coleta da carga do que o navio.

Estudado encomendado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), aponta que 70,3% das empresas do estado que utilizam o serviço escolheram a cabotagem por ser uma opção à economia nos valores dos fretes em relação a outros modais, enquanto 10,8% destacaram que esse meio de transporte reduz avarias e risco de roubo de carga.


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BOTAGEM ALTERNATIVA PARA A MELHORIA DA MOBILIDADE E COMPETITIVIDADE

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Em relação às situações em que a cabocatarinense. O presidente da Câmara de tagem é competitiva, 50,7% do grupo pesTransporte e Logística da Fiesc, Mario Cequisado afirmou que sabe exatamente zar de Aguiar, explica que nesta etapa foi quando e por que este meio de transporte selecionado o litoral pelo fato de ser uma é mais adequado; 42% disseram que saregião que concentra os maiores gargalos bem em parte, mas querem conhecer mais de mobilidade. São 4 milhões de habitandetalhes; e 7,2% não sabem quando esse tes; 1,3 milhão de trabalhadores e 126 mil é maisutiliza indicado em relação ao ro- noestabelecimentos. 1)modal A empresa o modal de cabotagem transporte de seus produtos? doviário. A cabotagem, contudo, é cotada como um modal que pode mudar a distriNos próximos anos, a previsão é de auOpção Ocorrência buição da matriz de transporte do Brasil, mento da população; da movimentação de contribuindo de passageiros; 18 da corrente de Sim, utiliza para a redução do número de cargas e 23,7% caminhões nas estradas e para a diminuicomércio internacional e do consumo interNão,dos utiliza 42atividades da ção custos das empresas. no, além 55,3% do crescimento das indústria, setor de serviços, turismo e de Utiliza, pouco 17,1% 13 O estudo encomendado pela Fiesc ouviu os petróleo e gás. Essa perspectiva de cresciUtiliza com frequência 3 mais a morepresentantes de 76 empresas de médio mento vai3,9% sobrecarregar ainda e grande porte de 19 setores industriais de bilidade no eixo litorâneo. Santa Catarina. O levantamento faz parte da primeira etapa do Plano de Mobilidade Discussão desenvolvido pela federação, que utilizou como base para coleta de dados o litoral Nas próximas etapas do plano, as demais

DEPOIMENTOS

Resultados aplicados à pesquisa

“A cabotagem responde por 45% das vendas de arroz da Cooperja e a meta é chegar a 75%. No entanto, a maior dificuldade para o setor é a falta de contêineres e a falta de espaço nos navios, principalmente no último bimestre do ano. Também falta serviços em Imbibuta.” Vanir Zanatta, presidente da Cooperja

A empresa utiliza o modal de cabotagem no transporte de seus produtos? 17,1%

3,9%

23,7%

Sim, utiliza Não, utiliza Utiliza, pouco Utiliza com frequência

55,3%

“A cabotagem é alternativa para a melhora da competitividade da indústria catarinense e brasileira como um todo. Não tenho dúvidas que é o modal que mais rapidamente conseguirá mudar a matriz do transporte brasileiro, pois o custo de manutenção é muito baixo, principalmente em Santa Catarina, onde tem uma boa infraestrutura de portos.” Clara Rejane Sholles, especialista em Logística

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DEPOIMENTOS

“A cabotagem responde por 9,6% do transporte de cargas no Brasil e o país tem muito potencial para crescer neste setor. Costumo dizer que é um modal14 que está pronto, pois o mar está aí para navegar e navio não é problema. O que precisamos é resolver questões externas. Pelo regiões do estado serão contempladas. “Por Apesar dos benefícios desse meio de transpormenos 50% dos gastos das empresas do setor são de fatores externos, a exemplo meio do estudo, a federação vai discutir com te, 55,3% do grupo pesquisado disse que não do serviço de praticagem. Uma operação a sociedade organizada as condições atuais utiliza a cabotagem, 23,7% usa este tipo de de atracação em Manaus, por exemplo, e as ações para ter mobilidadeé um modal, utiliza pouco e 3,9% usa com frecusta R$ 160 mil só com a praticagem.” 4) A empresa sabenecessárias em que situações a cabotagem modal 17,1% de transporte Rômulo Otoni, diretor de operações da competitivo? adequada ao desempenho da economia cataquência. A razão pela qual mais da metade das Log-In Logística Intermodal rinense”, afirma Aguiar. “Vamos estudar todos empresas ouvidas não opta pela cabotagem é

Opção Ocorrência os modais possíveis de transporte de passaque o modal não atende os mercados de destigeiros e de cargas para identificar gargalos e no dos produtos. Em segundo lugar na lista de Não sabe 7,2% 5 solução para a mobilidade. O objetivo é consmotivos aparece a burocracia para utilizar. planejamento damais mobilidade Sabe truirmos em parte,um mas quer conhecer detalhesde 42,0% 29 Santa Catarina”, completa. Na sequência, as companhias destacam que Sabe exatamente quando e porque este meio de transporte 50,7% 35 é o mais adequado

A empresa sabe em que situações a cabotagem é um modal de transporte competitivo? 42,0% 7,2%

Não sabe

“A utilização da cabotagem representou uma redução de 68% no custo do frete para cargas para o Amazonas, e também se mostrou eficiente na redução de avarias. Estamos estudando estender a utilização de cabotagem para Argentina e outras regiões do país.” Marcos Tadeu Arante, gerente de logística da Arcelor Mittal

Sabe em parte, mas quer conhecer mais detalhes Sabe exatamente quando e porque este meio de transporte é o mais adequado 50,7%


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DEPOIMENTOS

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8)de Que aspectos precisam melhorados para empresase useexplica mais o modal o tempo trânsito não atende ser às necessidavaque às arodovias pelos da números. O cabotagem? Cite conhecem os 3 aspectos essenciais paramovimento a sua empresa, em ordem deda prioridade. des e 12,5% delas não o suficiente do trecho norte BR-101 varia para utilizar o modal. “Temos cinco terminais de 8 mil a 80 mil (na alta temporada) veícuprontos, que podem ser adequados para ofelos por dia. A rodovia, considerada a artéOpção Ocorrência recer mais linhas para atender a demanda ria principal da zona litorânea, tem Preço/Tempo de Entrega 67,3% 35 impacda indústria. Mas, para isso, temos desafios tos diretos e indiretos em outras BRs que Burocracia 23,1% 12 estruturais e regulatórios que precisam ser também recebem grande fluxo de veículos, vencidos”, ressalta odos presidente da Câmara como a 280, 282,9,6% 470, 116 e 285. Infraestrutura Portos 5 Estudo de Transporte e Logística da Fiesc. mostra que em 2010 foram movimentadas 75,7 milhões de toneladas. Para 2020 estiA urgência em se encontrar uma alternatima-se 110 milhões de toneladas.

“O custo do transporte por cabotagem é, em média, 15% mais barato que o realizado pelo modal rodoviário. Esse percentual é aplicado para distâncias acima de 1,5 mil quilômetros. Em percursos maiores, o custo do frete pode ser até 40% menor do que transportar produtos por caminhão. Além disso, em cada tonelada transportada por quilômetro, via cabotagem, são emitidos apenas 25% dos gases do efeito estufa que seriam emitidos fazendo esse transporte por modal rodoviário”. Mario Cezar de Aguiar, presidente da Câmara de Transporte e Logística da Fiesc

Que aspectos precisam ser melhorados para que a empresa use mais o modal da cabotagem? Cite os 3 aspectos essenciais para a sua empresa, em ordem de priodidade 23,1%

9,6%

Preço/Tempo de Entrega Burocracia Infraestrutura dos Portos

67,3%

“A burocracia portuária ainda é o grande problema para a utilização da cabotagem no Brasil. Mesmo assim, a utilização do modal está consolidada na Komeco. Com a cabotagem, conseguimos reduzir os cursos de frente e garantir a eficiência na distribuição dos produtos.” Franco Dauer, gerente de Logística da Komlog (Komeco)

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LEI DO DESCANSO

Entidades defendem alterações na Lei dos Caminhoneiros Uma das propostas defende a inclusão da obrigatoriedade de construção de pontos de apoio para os profissionais A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) e a Federação dos Caminhoneiros do Estado de São Paulo (Fecamsp) estão defendendo as alterações propostas pela Casa Civil na Lei 12.619, de 30 de abril de 2012, conhecida como Lei do Descanso ou Lei do Caminhoneiro. O objetivo é aproximar a nova legislação à realidade brasileira mas sem ferir as disposições da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Uma das mudanças que as entidades defendem é a redução do fracionamento das horas de descanso diário. Em vez de nove horas ininterruptas e mais duas fracionadas ao longo do dia, a iniciativa pretende que o intervalo de repouso fracionado seja de oito horas mais três. Além disso, a proposta prevê que às 11 horas de trabalho, no total diário, possam ser reduzidas em até três horas, mediante acordo coletivo ou contrato de trabalho. Se houver espera, tanto para embarque quanto para desembarque, de duas horas ou mais, a ideia é que esse tempo seja contabilizado como descanso. A condição é que seja em caminhão leito. Outras alterações sugeridas são que o tempo de descanso de 30 minutos seja a cada seis horas de direção (a lei obriga meia hora de descanso a cada quatro horas) e que os períodos de possam ser fracionados. As entidades também defendem a inclusão da obrigatoriedade de construção de pontos de apoio e descanso para o caminhoneiro em contratos futuros ou renovação de contratos de concessão de rodovias. A identificação e o

credenciamento desses pontos deverão ser finalizados em até 30 meses. A proposta ainda prevê que, se o caminhoneiro extrapolar o tempo máximo de direção contínua de cinco horas e 30 minutos e a rodovia não oferecer locais próprios e seguros para a parada, ele poderá, então, prolongar o tempo de direção por mais duas horas sem ser penalizado. Segundo as entidades, a lei acabou dificultando o próprio exercício da profissão, principalmente para o caminhoneiro autônomo. Para a Abcam e a Fecamsp, portanto, a proposta surge para sanar atuais problemas e dificuldades trazidos pela lei. “O caminhoneiro, autônomo ou empregado, é um agente indispensável da cadeia do transporte de cargas no país e tem o direito de ver suas demandas de longos anos serem atendidas”, divulgaram as duas entidades em nota. A Fecamsp conta hoje com 20 sindicatos filiados e a Abcam, como uma entidade nacional, tem mais de 400 mil associados. Alterações Outra entidade que defende alterações na Lei do Caminhoneiro é a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística). De acordo com nota divulgada, a instituição defende aperfeiçoamentos da lei, não só em razão dos vetos que dela suprimiram disposições consideradas essenciais para a sua aplicação, mas também para a correção de distorções que dificultam a perfeita interpretação e aplicação. As sugestões da NTC&Logística incluem estabelecer igualdade de tratamento entre moto-

rista empregado e transportador autônomo, permitir ao motorista empregado trabalhar quatro horas extraordinárias em um mesmo dia, definir o descanso semanal permitindo sua acumulação por três semanas e permitir ao motorista pequenas movimentações durante o tempo de espera. Além disso, a associação sugere o cadastramento dos postos de combustíveis das rodovias de todo o país em 180 dias e a vigência da lei após esse prazo e uma regra de transição para os trechos de rodovia em que não existam pontos de parada a cada 150 km, permitindo a direção até chegar ao ponto existente para descanso.


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Especial

União de empresários tenta solucionar gargalos logísticos catarinenses

Seminário promovido pela OTM Soluções Logísticas e Associação Empresarial de Joinville promove debate sobre o setor

Os problemas com os gargalos da economia catarinense já são conhecidos, mas a união para solucioná-los está se tornando mais forte. A OTM Soluções Logísticas, em parceria com a Associação Empresarial de Joinville (Acij), acaba de promover um seminário que jogou luz no debate estadual sobre a infraestrutura logística como fator determinante para o desenvolvimento de Santa Catarina. “As fragilidades das rodovias pedem soluções urgentes e não fecharemos os olhos para isto. As atenções também estarão voltadas a todo o conjunto, que comporta ainda ferrovias, portos e aeroportos. É preciso dar suporte às empresas instaladas no estado, que aquecem nossa economia” disse Osvaldo Douat Filho, diretor da OTM e coordenador do seminário. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), Paulo Bornhausen, o grande desafio do estado é formalizar as Parcerias Públicas Privadas (PPP) para melhorar a infraestrutura logística. “A maioria dos municípios catarinenses não tem condições de fazer o dever de casa para garantir um bom ambiente de trabalho aos empresários”, destacou o secretário. Bornhausen discursou sobre os esforços do governo do estado para solucionar os gargalos da logística e sobre o importante papel dos empresários. “O empresário trabalha 24 horas por dia, mas precisa trabalhar a 25ª hora em conjunto com o poder público”, declarou. Mario Cezar de Aguiar, presidente da Asso-

ciação Empresarial de Joinville (Acij) e da Câmara de Transporte e Logística da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), entende que não adianta ficar cobrando o que os governos federal e estadual já se comprometeram em realizar. “Temos quer ter um estado equânime com o mesmo grau de competitividade em todas as regiões” destacou. Segundo o empresário, alternativas de transportes para a BR-116 podem ajudar a desafogar o trânsito da BR-101. Conforme Aguiar, a transferência do trecho Norte da BR-101 para a iniciativa privada não prevê a realização de obras que vão desafogar o trânsito no perímetro urbano das cidades cortadas pela rodovia. “A única grande obra é o anel viário de Florianópolis”, analisou. Ele citou o exemplo do trecho da rodovia entre Itajaí e Navegantes, que está completamente saturado, como uma das regiões que deveria prever a construção de uma nova pista. Um estudo da Fiesc apontou que os sistemas ferroviários e rodoviários de Santa Catarina são os mais fracos do Sul do país. “Se não tivermos infraestrutura adequada não seremos competitivos”, completa. A Fiesc está elaborando o Plano de Mobilidade de Santa Catarina com uma visão no futuro. “A intenção é encontrar soluções para a infraestrutura adequada para os próximos 20, 30 ou 50 anos”, enfatizou Aguiar. O projeto foi dividido em duas etapas: a primeira contempla a faixa litorânea e a segunda o interior do estado. Será feito um diagnóstico sobre a


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situação da mobilidade e a Fiesc também fará seminários para debater o assunto, o primeiro deles em julho, em Joinville. Para o diretor da BMW, Gerald Degen, a localização da nova fábrica, no Norte catarinense, é estratégica. A montadora começará a operar no final de 2014, com previsão de fabricação de 35 mil carros por ano, investimento de R$ 500 milhões e geração de 1.300 empregos diretos. Gargalo Conforme Alexandre Fernandes, ex-secretário de Assuntos Internacionais de Santa Catarina, o sistema aeroviário de Santa Catarina é o maior gargalo logístico do estado. Segundo ele, não adianta pensar que a duplicação da pista do aeroporto de Navegantes vai resolver o problema. Fernandes defende a construção de um aeroporto regional em Araquari, com uma pista de quatro quilômetros de extensão e 45 metros de largura. Para o ex-secretário, que atuou no processo de captação de grandes empresas como Red Bull, General Motors e BMW, não é possível mais aguardar pelo governo. Ele explica que no sistema rodoviário a BR-101 não é o único gargalo que temos. “Precisamos nos preparar para o próximo passo”, acrescentou. Santa Catarina tem pouco mais de 6 mil quilômetros de rodovias estaduais e só 21 deles são duplica-

dos. Por conta desta falta de infraestrutura, o custo logístico representa 13% do Produto Interno Bruto, maior que a média nacional que é 12%. O ex-secretário de Assuntos Internacionais provocou os empresários a apresentarem e implementarem soluções para reduzir o gargalo. Ele afirmou que o “boom” portuário que o estado vivenciou foi por causa da iniciativa privada e que o mesmo deve ser feito com rodovias, ferrovias e aeroportos. “Os empresários de Santa Catarina têm que reivindicar à SC Parcerias. Temos que propor soluções e ‘tomar’ a SC Parcerias”, disse. “Precisamos nos unir e, de alguma forma assumir a SC Parcerias ou criar outros organismos que possibilitem a atuação direta da iniciativa privada na construção e gestão de rodovias, ferrovias e outros modais”, ressaltou. Do encontro, que teve também a presença do presidente da SC Parcerias, Glauco Corte Filho, e de diversas lideranças empresariais ligadas ao setor de transporte e logística, alinhou-se um grupo de empresários que vão buscar caminhos para viabilizar o desenvolvimento imediato de alternativas e soluções para a infraestrutura do estado. “Esse trabalho terá continuidade nos próximos meses. Todos nós sabemos do problema e sabemos as soluções. Se não no todo, podemos contribuir em parte. Podemos, inclusive, ser parte importante da solução”, concluiu Osvaldo Douat Filho.

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Entrevista

“Economia de SC vive um momento especial”

Paulo Bornhausen, secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS) de Santa Catarina O secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS) de Santa Catarina, Paulo Bornhausen, avalia que o estado vive um momento muito especial com a instalação de novas indústrias. Em entrevista ao Informativo dos Portos, durante seminário realizado em Joinville, o secretário destacou o esforço do estado para melhorar o setor logístico. Entre os projetos considerados relevantes para atender o setor, o secretário destacou a obra do contorno de Garuva, que atenderá o Porto Itapoá; o entroncamento das BRs 101 e 470; a duplicação da SC-486, a rodovia Antônio Heil, que liga Itajaí e Brusque; e o acesso ao Porto de Imbituba. “Estamos ainda aguardando o edital de duplicação da BR-470 desde o Porto de Navegantes em direção ao Oeste catarinense, bem como a duplicação da BR-280, de Jaraguá do Sul até o Porto de são Francisco”, disse. Bornhausen também falou sobre a audiência da viagem do governador Raimundo Colombo no começo de junho a Brasília, onde tratou do investimento de R$ 287 milhões que beneficiará os portos de Itajaí e de Navegantes. O trabalho

consiste em demolição, escavação e remoção nas margens do rio, montagem da fundação, e remoção total dos molhes da área. “Nossos cinco portos são as joias da coroa da logística catarinense. É o grande grau de competitividade que nós temos perante os outros estados brasileiros e reconhecidos internacionalmente também”, ressaltou. O titular da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável destacou a necessidade de reinventar e inovar, mantendo o crescimento econômico por meio do que já existe e injetando novos setores estratégicos no estado. “Aquilo que nos trouxe até aqui dificilmente vai levar a um futuro melhor do que já temos no presente”. Segundo ele, os setores industriais catarinenses, na grande maioria, são prejudicados ou pela questão da economia interna ou pela concorrência externa. “Logística é a alma, porque é onde está o lucro. Este nem sempre está na fábrica. Quem consegue trabalhar bem a logística consegue competitividade. Nós estamos fazendo nossa parte dentro do possível e queremos fazer ainda mais”.

Conforme o secretário, o governo também está investindo na captação de empresas para atender setores estratégicos da econômica nacional, como petróleo e gás e energias renováveis. “Cada vez mais estaleiros estão se instalando na região de Itajaí”, destacou. O Polo Logístico de Saúde, instalado em Itajaí, região que compreende o maior complexo portuário marítimo do estado, movimenta cerca de R$ 3 bilhões por ano. “ É o momento de Santa Catarina captar novos investimentos dinâmicos e de alto valor agregado”, disse Bornhausen. O secretário também destacou que o governo pretende atrair empresas voltadas à indústria da defesa e do setor educacional. A intenção é fazer de Santa Catarina um “cluster” de educação, que será referência em nível internacional, com destaque na América Latina. “A vinda da BMW abre uma nova fronteira automotiva no Brasil”, acrescenta. Santa Catarina também investe nos setores fundamentais, como metal-mecânica e outros, criando uma grande rede de fornecedores e de prestadores de serviços que atuarão no entorno das grandes empresas que aqui se instalarem.


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Custo logístico gaúcho chega a 18% do PIB A falta de infraestrutura logística não é exclusividade de Santa Catarina. O custo logístico no Rio Grande do Sul chega a 18% do PIB, enquanto a média nacional varia entre 15% e 17%. Nos Estados Unidos, este percentual é de 8,5% do PIB, e entre os países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) o percentual é de 9%. Os dados foram destacados pelo presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller, durante audiência pública da Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável e a Comissão do Mercosul e Assuntos Internacionais, da Assembleia Legislativa, sobre o projeto Sul Competitivo. “Não há país competitivo sem infraestrutura adequada. Esses números são resultado de

anos de falta de investimentos na logística estadual. Hoje, temos o ‘Custo Rio Grande do Sul‘, somado ao ‘Custo Brasil‘. Mudar essa situação exige que esse trabalho seja acolhido como um programa de Estado, não de governo”, afirmou Müller. Elaborado pela Confederação Nacional da Indústria com as Federações das Indústrias do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, o estudo do Sul Competitivo prevê R$ 15,2 bilhões de investimentos até 2020 para 51 projetos prioritários. Em 2 mil páginas, o levantamento alinha um total de 177 projetos para desatar nós logísticos que travam a competitividade da região Sul. Müller lembrou ainda que esse trabalho está diretamente ligado a um Estado mais sustentável. “Isso resulta em trajetos mais racionais, menor consumo de combustível, menos congestionamentos e tempos de locomoção. Estradas modernas e conservadas economizam a manutenção dos veículos e geram menor consumo de pneus”, completou. Uma das conclusões da audiência foi a necessidade de criar um pacto de logística para a região Sul do país, que envolva a sociedade,

Presidente da Fiergs, Heitor José Muller

setor público e privado, com o objetivo de chamar a atenção de todos para a questão. “É preciso que a sociedade entenda as causas dos gargalos de transporte e de como o Estado está travado para o desenvolvimento”, afirmou o deputado Mano Changes. Entre os exemplos apresentados está o da BR-116, entre Porto Alegre e Caxias do Sul. Hoje, a capacidade de carga transportada diariamente nesse trecho rodoviário está 130% acima daquela para a qual foi projetado. Se nada for feito, até 2020 a utilização chegará em 209% acima da projeção.

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SEMINÁRIO DE LOGÍSTICA

Evento promovido pela OTM e Acij é sucesso em Joinville A OTM Soluções Logísticas, em parceria com a Associação Empresarial de Joinville (Acij), promoveu seminário que debateu a infraestrutura logística como fator determinante para o desenvolvimento de Santa Catarina. O evento contou com a participação de importantes empresários do setor e representantes do setor público ligados ao desenvolvimento do estado, a exemplo de Paulo Bornhausen, secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), e Mario Cezar de Aguiar, presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij) e da Câmara de Transporte e Logística da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). Confira algumas fotos do evento.


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Suplemento News DESENVOLVIMENTO HIDROGRÁFICO

Baixada santista tem condições de abrir até 12 terminais fluviais O cenário é descrito por pesquisa em elaboração pela Fundação Para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE) A região compreendida entre Bertioga e Praia Grande, na Baixada Santista, pode receber 12 terminais fluviais para a movimentação de contêineres. Esse é o cenário descrito por pesquisa em elaboração pela Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE), sobre as viabilidades técnica e econômica para a utilização das vias navegáveis da região em apoio às operações do complexo santista. Os trabalhos foram contratados pela Secretaria de Portos (SEP) e vão nortear o desenvolvimento hidrográfico da região.

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Pelo menos um deles poderá ter capacidade para operar 1 milhão de TEUs, pouco menos de um terço do que os 3,17 milhões de TEUs transportados pelo cais santista no último ano. Os principais pontos do estudo foram apresentados na reunião da Câmara Temática Especial de Sistema Hidroviário Regional, do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb). A localização exata dos novos terminais e a capacidade de movimentação de cargas no modal não foram reveladas. Viabilidade O modelo de exploração das vias também não é conhecido. “A SEP vai administrar essas instalações, mas temos interesse que a iniciativa privada opere, só que esse modelo ainda não foi definido. Estamos apenas estudando as viabilidades técnica, econômica e ambiental. E esses terminais só seriam implementados em locais onde não há problemas ambientais ou onde esses pro-

blemas sejam reduzidos”, destacou o engenheiro naval Rui Gelehrter Lopes, da FDTE. A viabilidade do transporte hidroviário de cargas na Baixada Santista é expressa pela quantidade de rios e braços de mar que cruzam a região. São, pelo menos, 180 quilômetros de vias navegáveis que podem ser utilizados para o desloca-

mento de cargas até o Porto de Santos, segundo o estudo. A pesquisa também aponta que essas hidrovias precisam ter uma profundidade mínima de três metros para a movimentação das barcaças com contêineres, Em alguns casos, com apenas 2,1 metros de fundura já é possível a operação, mas obras de dragagem de aprofundamento serão necessárias.


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COMPETITIVIDADE NACIONAL

Ministro defende MP dos Portos como fundamental para a economia Segundo o ministro, o governo também aposta em obras parar melhorar o complexo ferroviário e a as rodovias do país

O ministro da Secretaria de Portos da Presidência da República, Leônidas Cristino, considera que a aprovação da Medida Provisória (MP) 595 tem papel fundamental para a economia do país. “Cerca de 95% do que o Brasil exporta e importa de cargas passam pelos portos brasileiros. Para aumentar nossa competitividade, precisamos modernizá-los e torná-los mais eficientes para podermos compará-los aos portos internacionais”, comentou. Conforme o ministro, a medida provisória tem o objetivo de melhorar a eficiência portuária e reduzir custos, além de atrair mais investimentos para atender a demanda crescente do país. O texto, na sua visão, determina novos critérios para a exploração, concessão, autorização e arrendamento para a iniciativa privada de terminais de movimentação de carga em portos públicos. “Conseguimos fazer um Plano Nacional de Logística Integrada, pelo qual cada setor compartilha os investimentos e planejamentos. Hoje o Brasil tem planejamento, não só da área portuária, mas de toda a logística de transporte, que inclui rodovias e ferrovias”, disse. Entre os investimentos, junto com o sistema portuário, conforme o ministro, o governo aposta em obras parar melhorar o complexo ferroviário e as rodovias do país para garantir o escoamento da produção de forma integrada. O investimento previsto é de cerca de R$ 200 bilhões.

Destes, R$ 133 bilhões serão destinados a rodovias e ferrovias. Outros R$ 60 bilhões de recursos serão para a área portuária. Relicitação “Vamos licitar todos os terminais cujos contratos estão vencidos, mas nenhum terminal vai deixar de funcionar até que o novo licitante comece a operar”, afirmou o ministro dos Portos, Leônidas Cristino. Segundo o ministro, o governo firmará contratos emergenciais com os terminais pré-1993, cujos contratos originais estejam vencendo. O objetivo é manter a operação até que termine o processo de relicitação das áreas, como determina a nova Lei dos Portos. Com os contratos emergenciais, o governo pretende evitar mais “terminais fantasmas”, como o da Vopak, em Santos. A área está inoperante há meses, devido a batalhas na Justiça por conta da relicitação. A Vopak amparava-se em resolução da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para operar, mas também o prazo desse expediente acabou. Atualmente, a maior parte dos terminais pré-1993 se apoia nessa resolução. “Medidas precárias não resolvem o problema. A nossa orientação é não aceitar situações emergenciais. As empresas estariam abrindo mão de um direito previsto na Lei 8.630 [a antiga lei dos portos]”, afirma Wilen Manteli, presiden-

Ministro dos Portos, Leônidas Cristino

te da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP). A Secretaria de Portos espera receber os estudos do primeiro bloco com potencial de relicitação. São 52 áreas, sendo 26 no porto santista e 26 no Pará. “Vamos analisar e depois encaminhar à Antaq para elaboração do processo licitatório”, diz Cristino. A reforma portuária mudou o eixo de administração do setor ao centralizar em Brasília a condução do processo licitatório. “Foram licitados 11 terminais em 10 anos, um número baixo. Vamos padronizar todos esses processos”, afirma o ministro.

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Suplemento News CAPACIDADE PORTUÁRIA

Ministro dos Portos anuncia 50 novos terminais de uso privativo A expectativa é que estes terminais movimentem cerca de 105 milhões de toneladas de carga por ano O governo acaba de anunciar a lista dos 50 novos Terminais de Uso Privativo (TUPs) que poderão ser construídos após a regulamentação da Lei dos Portos. A expectativa é que estes terminais movimentem cerca de 105 milhões de toneladas de carga por ano, entre graneis sólidos, graneis líquidos, carga geral e contêineres. Segundo o ministro dos Portos Leônidas Cristino, a medida quer remover os entraves do setor e aumentar a capacidade portuária e elevar a concorrência, com mais eficiência e menor custo logístico.

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Os projetos serão construídos, principalmente, na região Norte do Brasil, fronteira agrícola mineral. O processo para a liberação efetiva da construção dos TUPs deve durar 120 dias. Dada a autorização para a construção dos terminais, o empreendedor terá até três anos para começar a operar. Os terminais anunciados já possuem toda a documentação necessária para iniciar a construção. Entretanto, se mais empresas mostrarem interesse nas mesmas áreas, o governo poderá incluí -las no processo. O prazo para submissão das propostas segue até o dia 5 de agosto e a emissão das autorizações será iniciada no dia 21 de setembro. Do total dos 50 TUPs, 27 empreendimentos serão instalados na Região Norte, num investimento de R$ 1,8 bilhão. O Nordeste será contemplado com trê TUPs, num aporte de R$ 4,5 bilhões. Estão previstos para o Centro-Oeste três novos empreendimentos. Neste caso, os

recursos somarão R$ 43 milhões. O Sudeste receberá R$ 4,6 bilhões em investimento para construção de 12 novos terminais. No Sul do País serão instalados cinco empreendimentos, num aporte de R$ 150 milhões. Atualmente, a Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq) tem ca-

dastrados 123 pedidos TUPs. O governo enviou ao Congresso Nacional a Medida Provisória 595/2012 no dia 06 dezembro do ano passado. O texto foi aprovado pelo Legislativo no dia 16 de maio de 2013. No dia 05 de junho, foi sancionada a Lei 12.815. O texto foi regulamento por meio do Decreto 8.033, publicado no Diário Oficial no dia 28 de junho.


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LOGÍSTICA DA PARAÍBA

Equipe inicia estudos para elaborar plano mestre do Porto de Cabedelo O objetivo do levantamento é identificar as potencialidades ativas, como as pouco exploradas ou ainda não desenvolvidas na região

Segundo Mariana Pescatori, assessora técnica da SEP, a ideia é mapear toda a situação do porto e também a economia no entorno. O objetivo do levantamento de dados é identificar tanto as potencialidades ativas como as pouco exploradas ou ainda não desenvolvidas na região que tenham ou possam vir a ter interfuncionalidade com o terminal portuário. Para tanto, a SEP conta com a cooperação técnica da UFSC, representada na equipe pelo economista João Rogério Sanson. A diretoria da Companhia Docas apresentou os projetos em andamento e também as ações colocadas em prática, além de ter passado dados sobre as caraterísticas das principais cargas movimentadas, como combustíveis, coke de petróleo e trigo. Passada a fase de coleta de informações, a equipe da SEP passará a elaborar o plano mestre preliminar, cuja apresentação está prevista para 2 de agosto. Nessa data, a equipe do Porto de Cabedelo terá oportunidade de se pronunciar, questionar e acrescentar dados para a complementação dos estudos. A versão final poderá ser acessada no site da SEP, por meio do endereço eletrô-

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O Porto de Cabedelo recebeu uma equipe técnica formada por membros da Secretaria dos Portos da Presidência da República (SEP) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que conjuntamente vão elaborar o Plano Mestre do Porto. O documento — de suma importância para melhorar a operação portuária — deverá estar concluído até outubro. Durante dois dias, a equipe técnica percorreu todos os setores do porto em uma minuciosa coleta de informações.

nico www.portosdobrasil.gov.br . Ferramenta Uma vez concluído, o Plano Mestre do Porto de Cabedelo será ferramenta estratégica com respaldo técnico e administrativo para guiar a implantação de melhorias no porto. Ele será usado como referência até mesmo para o governo federal, no momento em que for planejar novos projetos por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além de ser um importante instrumento para pleitear novos investimentos para a Paraíba, inclusive em outras áreas, além da portuária. “Ao identificarmos todo o cenário local, checando a capacidade operacional das empresas instaladas e suas perspectivas de demanda a longo prazo, ficará mais fácil definir os investimentos prioritários até 2030. Também serão identificados investimentos necessá-

rios que outros órgãos federais e estaduais devem fazer para potencializar resultados positivos”, explica Sanson. Além das informações coletadas junto ao próprio porto, a equipe da SEP contará com o apoio da Secretaria de Estado do Turismo e Desenvolvimento Econômico (Setde) para fornecer um levantamento de dados sobre atividades econômicas em ascensão, a exemplo do polo cimenteiro que está se formando nas proximidades do litoral Sul da Paraíba. A gestora do Núcleo de Atração de Investimentos, Elze Rodrigues, representou a Setde e disse que a secretaria está aberta para cooperar, esperando servir como canal de comunicação e apoio ao projeto. “A melhoria da estrutura do Porto de Cabedelo vai facilitar a operação das empresas já instaladas e favorecer a atração de novos empreendimentos”, destaca.


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RESPONSABILIDADE SOCIAL

Programa da Portonave dá oportunidade do primeiro emprego Os alunos participam de aprendizagem prática na empresa quatro horas por dia, quatro dias na semana Entrar no mercado de trabalho não é fácil. É preciso conhecimento e experiência. Para os jovens é um desafio aliar vivência prática à ampliação do conhecimento. A Portonave oferece esta oportunidade por meio do Programa Adolescente Aprendiz. O projeto, voltado aos estudantes de ensino médio das escolas públicas de Navegantes, proporciona o primeiro emprego aos adolescentes. Implantado em 2008, o programa tem como público-alvo estudantes com idade entre 15 e 17 anos, do 2º e 3º ano do ensino médio de escolas públicas de Navegantes, com renda per capita inferior a um salário mínimo. Eles participam de um processo seletivo e, ao serem selecionados, têm a oportunidade de permanecer por dois anos como aprendizes da Portonave, conhecendo diferentes áreas da empresa, sempre com orientação especial de colaboradores supervisores. Os alunos participam de aprendizagem prática na empresa quatro horas por dia, quatro dias na semana. Outros dois dias eles recebem formação teórica do Senac, com remuneração e benefícios concedidos aos colaboradores da empresa. Até o momento, a Portonave já formou 54 adolescentes e efetivou no seu quadro de colaboradores 52% deles. Hoje, o Terminal tem 47 alunos fazendo o programa e trabalhando nas mais diversas áreas. “Além do elevado índice de aproveita-

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mento, o Programa Adolescente Aprendiz gera resultados importantes para o crescimento pessoal e profissional dos participantes. Esses resultados são registrados por meio de uma avaliação realizada semestralmente pela Portonave, que também serve como base para o constante aperfeiçoamento do programa”, comenta a analista de Recursos Humanos, Jianny Batista. Responsabilidade Carlos Henrique Natividade Gaya Costa entrou na Portonave como adolescente aprendiz e hoje é auxiliar de elétrica. Ele se formou em

2012 no programa e logo foi convidado para integrar o quadro de colaboradores da empresa. Para o jovem, foi um reconhecimento ao trabalho desenvolvido. “O programa ajuda bastante a ter responsabilidade e fortalecer o caráter”. Carlos está fazendo curso de eletro-técnica e em agosto começará a faculdade de Engenharia Elétrica na Uniasselvi, em Timbó. “Antes eu não tinha perspectiva. Depois do Adolescente Aprendiz tive vontade de me aperfeiçoar. Quero crescer aqui dentro da empresa”, completa o colaborador, enfatizando o apoio que recebe da família.


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PORTO SECO

Multilog projeta dobrar faturamento em três anos Empresa de Itajaí, que recentemente fez mudanças em seu quadro administrativo, movimenta 37 mil contêineres por ano

O porto seco Multilog, de Itajaí, espera dobrar seu faturamento nos próximos três anos. De acordo com o diretor superintendente do terminal, Djalma Vilella, para atingir a meta projetada, a empresa está investindo tempo, dinheiro e projetos em armazém geral e operações de transporte. O objetivo é tornar, cada vez mais, a Multilog um prestador de serviço logístico. Em média, a Multilog movimenta 37 mil contêineres por ano, para uma capacidade instalada de para movimentar até 60 mil contêineres anualmente em 212 mil metros quadrados de área total. Recentemente, a empresa optou por fazer uma renovação em seu quadro administrativo. Com a nova estrutura, o então diretor superintendente, Rogério Fortunato, passou a fazer parte do Conselho de Administração, atuando também como assessor estratégico para a área comercial. Para o seu lugar foi contratado, Djalma Vilella, executivo com larga experiência no setor de logística. Uma das encomendas dos acionistas à nova administração é fazer a empresa dobrar de faturamento nos próximos três anos. “Como nós entendemos que o Porto Seco está consolidado, tanto na carteira de clientes como na infraestrutura, sistemas e processo, chegou a hora de diversificar as fontes de receita”, acrescenta o novo diretor superintendente. Entre as novas fontes de receita, Djalma destaca aquelas ligadas ao setor de operações em armazéns fora da área do Porto Seco. Atualmente a Multilog dispõe de uma área de 38 mil metros quadrados que estão sendo comercializados para operações de

armazém geral. Excelência O Porto Seco Multilog também acaba de criar o

Centro de Excelência e Inovação Logística. Tratase de uma célula de desenvolvimento logístico que visa buscar produtividade e eficiência interna e externa. “Hoje conseguimos prover para o cliente uma solução diferenciada com valor agregado e


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que faz um redesenho da cadeia de suplementos dele”, explica. A célula é administrada por um profissional com formação superior e grande experiência em logística. Além da área de projetos, o centro abriga também a área de tecnologia de informação (TI). “Nós entendemos que TI é estratégico, não é mais só para atender as próprias demandas”, pondera. Dentro da linha de diversificação e busca por novas receitas, Djalma explica que identificou um mapa estratégico de desenvolvimento comercial. Entre os pilares que foram eleitos para estimular o crescimento do faturamento está a China. A idéia é fazer da Multilog um provedor de soluções logísticas para os exportadores ou importadores. “Já constituímos um representante em Xangai, que tem uma forte atuação em toda Ásia”. Conforme Djalma, a expectativa é que nos próximos meses, a Multilog comece a receber cargas desta parceria estabelecida em abril. O outro pilar que o porto seco vem investindo é em atividades com alto valor agregado. Recentemente, a empresa fechou acordo com uma grande empresa francesa do ramo de papelaria, onde a Multilog ficou responsável por toda a logística de

importação, armazenagem e distribuição. “Esse é um novo formato de relacionamento comercial que a Multilog vem perseguindo, que é fazer serviços sofisticados e complexos, que demandam tecnologia embarcada e investimento em soluções diferenciadas de armazenagem”, enfatiza. Dentro da área comercial, a tendência é atuar de forma estratégica em uma frente com os clientes atuais e outra prospectando novos parceiros. Desde maio, a Multilog conta com um representante comercial em São Paulo, estado que concentra 40% da carteira do porto seco catarinense. Sistema Os portos secos funcionam como locais para adiantar o desembaraço, o que evita gargalos, principalmente, nos portos molhados. Esse é o caso do Porto Seco Multilog, que fica próximo ao Complexo do Porto de Itajaí. A Multilog não só funciona como aduana para que as cargas já cheguem ao porto molhado prontas para embarcar, como também faz a armazenagem dos materiais para seus clientes, tanto para quem vende como para quem compra fora do

Diretor executivo da Multilog, Djalma Vieira

Brasil. Depois de importado, por exemplo, o material pode ficar guardado nas instalações da Multilog por até um ano, para que a empresa compradora vá retirando essa carga aos poucos, se for de seu interesse.

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SANTOS EXPORT

Fórum internacional discute rumos do maior porto da América Latina Evento reunirá lideranças dos setores público e privado para debater temas como a MP 595 e o gargalo logístico As transformações pelas quais vão passar os principais portos brasileiros com a implantação da MP dos Portos, o gargalo logístico que afeta o embarque e o desembarque de cargas e o programa de aprofundamento e dragagem do estuário do Porto de Santos são alguns dos assuntos que serão debatidos durante o Santos Export – Fórum Internacional para Expansão do Porto de Santos, no mês de agosto. O encontro será realizado nos dias 26 e 27, no Mendes Convention Center, e reunirá gestores públicos e privados em palestras e debates. Em relação a estas questões há um consenso entre os principais agentes de toda a cadeia que orbita em torno do porto: quais serão as regras do jogo com as novas regulamentações e como isso afetará o futuro do complexo? Como ficará o plano de expansão? “Por sua posição estratégica na macroeconomia do país, o Porto de Santos reflete primeiro quaisquer mudanças que sejam feitas no sistema portuário. Esta edição do Santos Export acontece justamente em um momento diferente, ocasionado pela implantação de um novo marco regulatório, e reunir as principais lideranças do setor vai ser fundamental para esclarecer muitos aspectos sobre os rumos, não só do cais santista, mas de todos os portos brasileiros”, destaca o diretor da Una Eventos, que organiza o encontro, Fabrício Guimarães. Cabotagem O evento irá discutir os reflexos da MP dos Portos e de que forma isso vai impactar o funcionamento do complexo. “A Santos Export

reunirá todos os pontos de vista convergentes e divergentes para buscar as respostas que precisamos”, afirma José Roberto Campos, da Santos Brasil. Para o vice-presidente da Associação Comercial de Santos (ACS), Vicente do Valle, o Fórum é uma oportunidade, também, de abordar outros temas que podem influenciar positivamente o desempenho do porto. “A cabotagem é um assunto que merece atenção. É um modal que precisa de uma abertura maior e que hoje sofre com muitas barreiras para o seu crescimento. É um assunto que podemos trazer para o Santos Export”.

Em sua 11ª edição, o Santos Export é considerado pelo mercado o principal fórum sobre o tema no país em função do alto nível de debate que produz e pelos especialistas que atrai. Neste ano, o evento vai abordar os reflexos da Medida Provisória 595, a MP dos Portos, que é um novo marco regulatório para o setor, e temas como o gargalo logístico. O fórum apresentará, também, o modelo portuário de Jebel ALi, o principal porto de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Uma missão técnica com lideranças governamentais e empresariais visitará o complexo, que está entre os maiores em movimentação de contêineres no mundo.


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CONSTRUÇÃO NAVAL

Indústria offshore deve abrir 21 mil postos de trabalho até 2015 De acordo com estudo do Sinaval, o segmento teve um crescimento de 3.163% em 10 anos, saltando de 1,9 mil empregos para 62 mil vagas Levantamento feito pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) aponta que até 2015 devem ser abertos mais de 21 mil postos de trabalho na área. De acordo com o estudo, a indústria naval teve um crescimento de 3.163% em 10 anos. Em 2002, havia 1.900 trabalhadores no segmento da construção naval no país, número que saltou para 62 mil em 2012. Segundo o coordenador da do curso de Construção Naval da Universidade Estadual da Zona Oeste (Uezo) do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Martins Ferreira, o mercado tem crescido de forma acentuada nos últimos 10 anos,

em função do crescimento no setor naval e offshore e da exploração do pré-sal. Segundo a pesquisa, o Rio de Janeiro é o estado que mais emprega. São aproximadamente 30 mil trabalhadores na indústria naval, o que equivale a quase metade do número total de empregos diretos na área no país. O segundo colocado é o estado do Amazonas com 13 mil empregos, equivalente a cerca de 21% do total nacional, seguido do Rio Grande do Sul, com pouco mais de 6 mil empregos, que representam quase 10% do número total de empregos na área no Brasil. Com formações diversificadas, entre elas

técnico em construção naval, técnico em segurança do trabalho, técnico em petróleo e gás e engenheiro em petróleo e gás, o profissional que ingressar na área tem entre os campos de atuação as áreas de projetos, logística, manutenção e reparo em embarcações de pequeno, médio e grande porte, além de plataformas de petróleo. Carlos Alberto revela que há a necessidade de profissionais qualificados em todas as áreas de atuação, com destaque para a área offshore. Rotina Segundo Carlos Alberto, quem decidir in-


gressar na profissão tem de estar preparado para uma rotina de trabalho intensa. “Com o crescimento do setor naval, as empresas têm trabalhado nos projetos, construção e distribuição de materiais, levando muitas vezes a horários noturnos de trabalho”, explica. De acordo com informações do Sinaval, a área tem como fatores de atração de profissionais a boa remuneração, a oportunidade de avanço na profissão, por meio de promoção a cargos de melhor salário e aumento da qualificação; e a manutenção do emprego, em função da demanda percebida até 2020 em indústria de ciclo longo de produção. Números do sindicato apontam que nos estaleiros, do número total de trabalhadores, 5% são engenheiros (navais, mecânicos, elétricos, de produção, de segurança); 8% técnicos (projetistas, tecnologia da informação, mestres, caldeireiros, encarregados, administradores, RH, compradores); 70% operários (especializados em corte e solda automática e manual, operadores de máquinas ope-

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NOVOS BERÇOS

Ibama autoriza obras de ampliação no porto de Pecém As obras estão orçadas em R$ 560 milhões e serão bancadas pelo governo cearense

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou o Porto de Pecém, no Ceará, a promover a ampliação que atenderá a siderúrgica em construção no município de São Gonçalo do Amarante, a 60 quilômetros de Fortaleza. As obras, orçadas em R$ 560 milhões, serão bancadas pelo governo cearense, com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O órgão concedeu a licença prévia para a expansão do terminal de múltiplo uso. O processo de licenciamento tem três etapas até o início da operação. O órgão ambiental ainda não autorizou o início efetivo da ampliação, mas considerou o projeto viável e deu condições para que seja implantado. A intenção é ampliar vagas para a chegada de na-

vios, com dois novos berços destinados ao transporte de placas de aço, e construir uma ponte com 32 metros de largura para acesso ao porto, localizado em alto-mar. “Hoje, como existe uma ponte única, há sempre o risco de que o acesso ao porto offshore seja bloqueado se algum problema ocorrer. Como queremos trabalhar com maior quantidade de carga, a obra é necessária”, diz Erasmo da Silva Pitombeira, presidente da Cearáportos. A companhia, que administra o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, estima que a expansão seja concluída em 2015, perto do início da operação da siderúrgica. A usina é resultado da parceria entre a Vale e as coreanas Dongkuk e Posco. O complexo sediará ainda a refinaria Premium II, da Petrobras.


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Entrevista

“Se ficássemos esperando por hotel, não teríamos nem evento, nem hotel”

Amílcar Gazaniga, presidente do Comitê Organizador da Aventura Pelos Mares do Mundo Há pelo menos dois anos, o engenheiro eletricista Amilcar Gazaniga, 66 anos, é conhecido como o “homem das regatas” em Itajaí. Envolvido desde 2011 com a organização do Stopover da Volvo Ocean Race em Itajaí, realizado em abril do ano passado, ele é um dos principais responsáveis pela criação de um calendário náutico em Itajaí. Em novembro, a cidade será linha de chegada da regata Transat Jacques Vabre. Em fevereiro do ano que vem, será ponto de partida do Velas Latinoamericas 2014, que concentrará embarcações de até 80 metros de comprimento capitaneadas exclusivamente por membros da Marinha. Amílcar coleciona experiência na vida pública e na gestão de empresas importantes. Já foi prefeito de Itajaí, deputado estadual, presidente da Eletrosul, secretário estadual de Tecnologia, Energia e Meio Ambiente, secretário estadual dos Transportes, presidente dos Correios e superintendente do Por-

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to de Itajaí. Atualmente, colabora na organização e captação de eventos internacionais para a cidade. Confira entrevista que Amílcar Gazaniga concedeu à revista Informativo dos Portos. INFORMATIVO DOS PORTOS: A cidade de Itajaí, assim como boa parte do litoral catarinense, demorou a despertar para as possibilidades de sua vocação náutica. Em que momento isto aconteceu? Amílcar Gazaniga: No momento em que todos perceberam que esporte não é só futebol, mas que temos uma perspectiva enorme para um esporte que é barato e que nos pode ligar com o mundo inteiro com pouco investimento. INFORMATIVO DOS PORTOS: E por que a cidade demorou tanto a olhar para o rio? Faltava visão política ou era algo cultural? Amílcar Gazaniga: Existe uma antiga tradição açoriana, até então aplicada também aqui da nossa

região, de sempre deixar a água nos fundos das casas. Antigamente as casas eram construídas ao longo do rio, tendo o seu fundo para a água. Então é uma coisa cultural sim. E de repente percebeu-se exatamente o contrário, que a cidade tinh a que voltar-se para o mar e não ficar de costas para ele. Foi um processo gradual. Aos poucos nos demos conta da importância econômica do porto para Itajaí e do crescimento da construção naval às margens do Rio Itajaí-Açu. A partir daí, foi um passo natural. A cidade percebeu que tinha vocação também para os esportes náuticos. INFORMATIVO DOS PORTOS: Depois da Volvo Ocean Race, outros dois eventos de regatas já foram confirmados para a cidade. Onde você vai buscar estes contatos? Amílcar Gazaniga: Ninguém acreditava que a Volvo levaria Itajaí ao conhecimento de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo. A cidade fez com que o


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evento fosse muito marcante e atraísse os olhares de organizadores de outras regatas, a exemplo do pessoal da Trans Jacques Vabre, que estiveram na cidade durante a Volvo Ocean Race sem o nosso conhecimento e gostaram do que viram. INFORMATIVO DOS PORTOS: Itajaí é a cidade da vela, mas não tem estrutura hoteleira para receber o turista internacional. Isso chegou a preocupá-los na primeira edição da Volvo? Amílcar Gazaniga: De jeito algum. Não podemos ver Itajaí como um centro de velas isoladamente. A foz do Rio Itajaí-Açu é um centro náutico. Se nós temos o rio e a estrutura de atracação, Balneário Camboriú tem hotéis e restaurantes conceituados. Eu sempre ouvi dizer que uma pessoa demora mais tempo para sair da Avenida Paulista para chegar no Centro de Eventos Anhembi, na cidade de São Paulo, do que nós aqui em Santa Catarina entre as cidades da região. É como cair na dúvida do ovo ou da galinha: quem veio primeiro? Nós apostamos que se fizéssemos eventos internacionais e exclusivos, atrairíamos a indústria hoteleira e exatamente é o que está acontecendo. Nos próximos 24 meses, teremos a criação de um volume de leitos na hotelaria superior aos dos últimos 20 anos. E se ficássemos esperando para termos hotel, não teríamos nem o evento e nem o hotel. INFORMATIVO DOS PORTOS: A iniciativa privada e os empresários do ramo viram que esta é a vez de Itajaí e que aqui eles vão ganhar dinheiro. Amílcar Gazaniga: Os empresários colocam dinheiro onde têm certeza ou boas perspectivas de retorno. Ninguém vai investir em hipóteses. Itajaí mostrou que tem capacidade de agregar mais este segmento, o de grandes eventos internacionais, ao desenvolvimento da sua economia. INFORMATIVO DOS PORTOS: Quando você foi prefeito de Itajaí, há 36 anos, já imaginava que a cidade viria a ser, um dia, um grande polo náutico? Amílcar Gazaniga: Eu sempre tive um sonho de ver Itajaí colocada entre as cidades mais desenvolvidas de Santa Catarina. Me incomodava ver a cidade sempre relegada a um planto secundário, se comparada com Blumenau, Florianópolis ou Joinville. Mas, na época, as prioridades eram outras. Abrimos a Avenida Beira Rio de modo que as casas ficassem de frente para o rio, implantamos o ferry boat, conseguimos a ampliação da pista do Aeroporto de Navegantes, abrimos os acessos à BR-101, instalamos de forma definitiva a Univali, erguemos o Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen. Era uma gurizada que tinha umas ideias revolucionárias no sentido de ganhar tempo e eu tenho certeza absoluta que a cidade teve uma aceleração no processo de desenvolvimento. INFORMATIVO DOS PORTOS: Na sua opinião, de que forma que o Instituto Kat Schurmann poderá contribuir para reforçar esta imagem para a cidade? Amílcar Gazaniga: De muitas formas. Só a internacionalização que o instituto vai dar a Itajaí como uma cidade preocupada com a sua preservação e sustentabilidade não tem preço. INFORMATIVO DOS PORTOS: Você acredita que a cidade passará a se especializar em eventos náuticos, a exemplo de feiras como o Rio Boat Show? Amílcar Gazaniga: Já estão em andamento as negociações para recebermos uma grande feira internacional em fevereiro de 2014. Será a primeira edição nacional de uma feira que acontecerá simultaneamente em Miami, nos Estados Unidos, e em Itajaí. Penso que passaremos a ter uma movimentação muito grande neste sentido quando tivermos a marina de Itajaí instalada no Saco da Fazenda. Será um outro grande marco que projetará a cidade neste sentido. INFORMATIVO DOS PORTOS: Como você imagina a cidade daqui a 10 anos? Amílcar Gazaniga: Muito próspera. O crescimento observado nos últimos 10 anos vai se multiplicar. Nós vamos agregar o desenvolvimento da logística, da tecnologia, da diversificação da economia. Mas também espero que a gente consiga fortalecer a participação comunitária para uma sociedade melhor. Itajaí é uma cidade relativamente justa. Aqui predomina o cuidado com os bairros e com a periferia da mesma forma do que é aplicado ao centro da cidade. Espero que isto continue caracterizando o desenvolvimento de Itajaí.

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Suplemento News POLO NÁUTICO

Aventuras pelos Mares do Mundo terá foco na ecologia Evento vai reunir regata, feira de negócios, festival gastronômico e festival de música em Itajaí no mês de novembro

O plano de sustentabilidade da Aventura pelos Mares do Mundo será prioritariamente um evento ecológico, que deverá se desenvolver em torno de ações que valorizem a educação ambiental e adotem medidas eficazes para reduzir e compensar sua emissão de carbono. O plano foi apresentado na segunda quinzena de junho pelo Porto de Itajaí e prefeitura. A Aventura vai reunir a Regata Transat Jaques Vabre, Expedição Oriente, Festival Gastronômico Internacional, Festival de Música de Itajaí e o World Business Show. O presidente do comitê organizador, engenheiro Amílcar Gazaniga, diz que o objetivo é transformar a cidade em um polo náutico de excelência em nível internacional. “Dessa forma, Itajaí vem ao encontro de sua vocação original e volta seus olhos para o Rio Itajaí e para o Oceano Atlântico”, diz. A Aventura pelos Mares do Mundo será ainda uma repaginação da tradicional festa Marejada, que ocorria anualmente em Itajaí no mês de outubro. O evento contará com a “Vila da Aventura”, área cenográfica que deve remeter os participantes a uma viagem ao redor do mundo. Para 2013 o tema escolhido foi “do Atlântico ao Mediterrâneo” que possibilitará ao visitante percorrer o Brasil, França, Portugal, Espanha e Itália em cinco ilhas. O público terá uma série de atividades que remetem ao mundo da vela, da arte, da música e da gastronomia, que darão ênfase às tradições e à cultura dos países escolhidos. Para o prefeito Jandir Bellini, o evento deve projetar o município em nível nacional e

internacional, principalmente por meio da regata Transat Jacques Vabre e pela Expedição Oriente, da Família Schurmann. Sustentabilidade Segundo Gazaniga, desde que a cidade recebeu a Volvo Ocean Race em Itajaí, ficou definido que os eventos realizados na cidade devem atender a rigorosos critérios de sustentabilidade ambiental. “Assim, a Aventura Pelos Mares do Mundo será, prioritariamente, um evento ecológico, que deverá se desenvolver em torno de ações que valorizem a educação ambiental”, explica Gazaniga. Para a coordenadora de sustentabilidade do evento, engenheira ambiental Médelin Pitrez dos Santos, o desafio de realizam o

Aventura Pelos Mares do Mundo nos moldes de sustentabilidade ambiental é considerado uma oportunidade de mostrar a possibilidade de se aliar sustentabilidade com desenvolvimento econômico. Entre as ações propostas para a Vila da Aventura estão a separação e reciclagem dos resíduos sólidos, o consumo consciente de água e energia elétrica e a quantificação e compensação das emissões de CO2. O programa deve envolver a comunidade, principalmente as crianças em idade escolar, em ações como mutirões de limpeza de praias e rios, plantio de mudas em áreas degradadas, regata ecológica, utilização apenas de copos ecológicos, segregação e reciclagem dos resíduos gerados e ecopontos de coleta de pilhas, baterias e óleo vegetal usado.


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Os eventos do Aventuras Pelo Mares do Mundo

Expedição Oriente A Família Schurmann volta ao mar para uma aventura inédita: a Expedição Oriente, que vai trazer à tona a descoberta de uma nova volta ao mundo. Nessa expedição, eles vão seguir a rota que os chineses teriam percorrido ao redor do mundo no século XV. Com isso os velejadores esperam comprovar a teoria de que os navegantes chineses foram os primeiros a dar a volta no planeta, apresentada pelo oficial da marinha britânica Gavin Menzies no livro “1421: o ano em que a China descobriu o mundo”. A rota da expedição sai de Itajaí no dia 01 de dezembro de 2013 e prevê a chegada de volta à cidade em 29 de novembro de 2015.

TRANSAT JACQUES VABRE Criada em 1993 e realizada a cada dois anos, a regata Transat Jacques Vabre é também conhecida como Rota do Café, já que é disputada desde a França até um destino produtor de café. Desde sua primeira edição, a regata ocupa um lugar importante no cenário náutico global, levando seus competidores a superar os desafios do Oceano Atlântico e revivendo as rotas feitas pelos comerciantes de café entre a Europa e as Américas Central e do Sul. Le Havre, a principal cidade importadora de café na França, é sempre o ponto de partida da regata. O ponto de chegada é alterado ao longo dos anos, passando por cidades como Cartagena, na Colômbia, Salvador, no Brasil, e Puerto Limon, na Costa Rica. Em 2013, retorna ao Brasil chegando à cidade de Itajaí. A 11ª contará com aproximadamente 45 embarcações distribuídas nas classes 40, 50, 60 e 70 pés.

World Business Show Trata-se de uma feira multissetorial de negócios que pretende ser uma mostra das potencialidades econômicas de Santa Catarina para o mercado. A World Business Show deve reunir representantes dos setores náutico, turismo, lazer, entretenimento, pesca, portuário e construção civil, com oportunidades de venda direta ao consumidor. Será a porta de entrada da Vila da Aventura, instalada dentro do pavilhão do Centreventos Itajaí, por onde deverão passar mais de 300 mil pessoas.

Festival Gastronômico Internacional Com o tema “Do Atlântico ao Mediterrâneo”, o festival gastronômico apresenta nesta edição as culinárias do Brasil, da França, de Portugal, da Espanha e da Itália. Serão cinco grandes pavilhões: Boteco Brasileiro, Bistrô Francês, Tasca Portuguesa, Tapas Espanholas e Cantina. Os chefes responsáveis pelos pavilhões trarão em suas mãos o grande desafio de apresentar os pratos tradicionais e as especialidades de cada país, acompanhados de bebidas típicas, doces característicos e músicas de cada país. Além dos pavilhões gastronômicos, o evento contará com uma grande praça de alimentação com acomodação para 250 pessoas sentadas, que oferecerá opções expressas dos tradicionais eventos realizados no Brasil.

Festival de Música de Itajaí O Festival de Música de Itajaí chega em 2013 em sua 16ª edição como um dos mais importantes polos de discussão e produção musical do Sul do Brasil, trazendo o reconhecimento da cidade como o Porto da Música. Durante o 16º Festival de Música de Itajaí, serão realizadas várias oficinas oferecidas a estudantes e professores de música do Brasil e América do Sul. Paralelamente, o evento traz shows nacionais e vários eventos paralelos. Em 2013, será criado o ciclo de palestras sobre a Música Popular Brasileira, para o qual serão convidados professores, intelectuais e pensadores que discutam em seus trabalhos a música produzida em nosso país.

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Suplemento News COMPLEXO DO ITAJAÍ

Movimentação acumulada do ano soma 4,8 milhões de toneladas Em maio, a movimentação atingiu 1,086 milhão de toneladas, recorde histórico conforme as autoridades portuárias

O Complexo Portuário do Rio Itajaí movimentou 4,8 milhões de toneladas nos cinco primeiros meses do ano, 6% a mais do que o volume movimentado no mesmo período do ano passado. Em maio, a movimentação atingiu 1,086 milhão de toneladas, considerado um recorde histórico conforme as autoridades portuárias. Em contêineres, o complexo acumula 421,575 mil TEUs. O acréscimo foi de 3% com relação ao igual período do ano passado, quando os terminais operaram 410,633 mil TEUs. Em contrapartida, foi registrada retração de 16% no número de escalas. Foram 396 atracações em 2013, bem abaixo das 472 atracações registradas de janeiro a maio do ano passado. Se analisados os terminais isoladamente, o Porto Público e APM Terminals, instalados na margem direita, movimentaram 32,754 mil TEUs em maio e 157,629 TEUs nos primeiros cinco

meses do ano. Se comparada a movimentação do igual período do ano anterior, a retração na margem direita foi de 14%. Já a Portonave S/A Terminal Portuário Navegantes movimentou 61,761 TEUs, volume considerado recorde histórico pela empresa e que eleva a movimentação acumulada no ano para 263,946 mil TEUs. Segundo o superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Júnior, o significativo avanço nas operações do terminal de Navegantes mostra que o complexo portuário tem plenas condições de atender a demanda do mercado. O diretor executivo do porto, Heder Cassiano Moritz, diz que existe possibilidade de retomada gradativa na movimentação de cargas na margem direita, uma vez que um serviço para a Ásia, operado pela APM Terminals, que deixou de operar em abril deste ano, deve ser retomado a partir de julho.

PROGRAMAS E PARCERIAS

APM Terminals reforça programa de preservação ambiental A APM Terminals – empresa arrendatária de dois berços no Porto de Itajaí – acaba de dar um reforço no programa de preservação ambiental, com o fechamento de parcerias com a Recicla Vale, Cooperfoz e instituições de caridade. A iniciativa consiste em incentivar o descarte correto de eletroeletrônicos, materiais recicláveis e desenvolver um programa de educação ambiental para os diferentes públicos do terminal.

Com a parceria com a Recicla Vale, todo o material eletroeletrônico descar tado pelo terminal será recolhido pela cooperativa que se compromete a dar um destino correto. Os colaboradores também são incentivados a trazer esse tipo material de casa e depositar no ponto de coleta instalado no terminal, para que sejam descar tados segundo a legislação ambiental.

A primeira coleta foi realizada na Semana do Meio Ambiente, quando foram recolhidos 430 quilos de resíduo eletroeletrônico, com a expectativa de recolher entre 50 e 100 quilos todos os meses. Todo o material recolhido terá os componentes separados e o material destinado à reciclagem. A renda gerada pela reciclagem é dividida entre as famílias conveniadas e para a manutenção de um centro comunitário, mantido pela própria cooperativa.


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BONS VENTOS

Portonave registra o melhor mês de sua história O crescimento se deve a fatores como o início de novo serviço e aumento no tamanho das embarcações

A Portonave movimentou em maio 62.943 TEUs, finalizando o melhor mês desde o início das operações do terminal, em outubro de 2007. O recorde anterior era de setembro de 2012, com 60.570 TEUs. Na comparação com o mês de abril deste ano, a empresa movimentou 26,7% a mais de TEUs. No acumulado do ano até agora, o Terminal Portuário de Navegantes movimentou 269.269 TEUs, contra 230.288 TEUs em 2012, um crescimento de 16,9% no período. “A marca reflete o forte desempenho comercial da empresa e a sua excelência operacional”, avalia o diretor-superintendente operacional da Portonave, Renê Duarte. O crescimento da movimentação de cargas na Portonave se deve a vários fatores como o início do serviço Ipanema (com destino à Ásia), o aumento no tamanho das embarcações e à ampliação de acordos comerciais.Em maio a operação com carga reefer também superou os números já registrados. Foram exportados 9.200 TEUs de carga congelada ou refrigerada no mês passado. Os principais produtos movimentados foram carnes congeladas, com destaque para o frango e maçã. Entre as cargas secas, destaque para o tabaco e a madeira. Maio foi um mês bom para a economia brasileira, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A balança comercial teve superávit de 760 milhões de dólares. Os principais produtos brasileiros vendidos ao comércio exterior no mês foram soja

em grão, minério de ferro, petróleo em bruto e carne de frango, que representa o carro-chefe das exportações da Portonave.

disso, está em andamento o projeto para a construção de uma nova bacia de evolução, que permitirá ao Complexo Portuário de Itajaí receber navios maiores, com mais capacidade de carga.

Crescimento O Terminal Portuário de Navegantes é o primeiro terminal privado do país e hoje responde por 47% do market share do estado na movimentação de contêineres. A expectativa é de aumentar a movimentação já que nos últimos meses a Portonave adquiriu novos equipamentos (três portêineres e cinco transtêineres) e um scanner móvel com capacidade para inspeção de 150 caminhões por hora. Além

Para o diretor-superintendente administrativo da Portonave, Osmari de Castilho Ribas, o momento é de transformação e o país deve adotar medidas que facilitem o investimento capaz de promover um crescimento sustentável. “A competitividade do nosso país está diretamente ligada a nossa capacidade de desenvolver a infraestrutura, a inovação, aos ganhos de produtividade. Assim poderemos bater novos recordes”, comenta.

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PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS

São Paulo é o estado que exporta mais produtos com valor agregado As exportações paulistas passaram de US$ 17,5 bilhões em 1999 para US$ 59,3 bilhões em 2012, um aumento real de 145,5%

São Paulo é o estado brasileiro que comercializa o maior volume de produtos de maior valor agregado, enquanto o Brasil concentra parte importante de suas exportações em commodities. Os produtos industrializados respondem por nada menos que 87,1% do valor total da lista de produtos de exportação paulista, enquanto para o conjunto do país estes produtos equivalem a uma porcentagem de 51,1%. De acordo com estudo da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), São Paulo possui uma estrutura produtiva bastante distinta do restante do país, já que concentra grande parte do complexo industrial brasileiro. As exportações paulistas representam 24,5% das brasileiras e são responsáveis por

41,7% dos produtos industrializados. Quando considerados os produtos de maior intensidade tecnológica, esta proporção é ainda maior, concentrando 75,7% dos de alta intensidade e 51,8% dos de média. Entre os principais produtos da pauta de exportações paulista destacam-se os aviões e os açúcares (da cana, beterraba e sacarose), com participações respectivas de 7,7% e 12,5% no total das exportações. O Brasil tem, como principais produtos exportados, minerais não processados (minério de ferro e óleo bruto de petróleo, que correspondem, respectivamente, a 9,8% e 8,4% da pauta) e agrícolas (soja, que equivale a 7,1%), todos representantes da categoria de produtos básicos.

As exportações paulistas passaram de US$ 17,5 bilhões em 1999 para US$ 59,3 bilhões em 2012, o que significa um aumento real de 145,5% do valor exportado. Quanto ao destino dos produtos exportados, dos 10 maiores países de destino das exportações do Brasil e do estado de São Paulo, sete são coincidentes, mas as participações desses são bastante distintas. A China, por exemplo, é o maior comprador brasileiro, com 17% das exportações, mas é apenas o terceiro paulista, com 6%. Já a Argentina tem padrão inverso: é o terceiro para o Brasil, com 7%, e o primeiro para o Estado, com 14% da pauta. Os Estados Unidos são o segundo tanto para São Paulo como para o Brasil.


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RODOVIAS FEDERAIS

Governo vai investir R$ 4 bilhões em sinalização das rodovias Serão beneficiadas inicialmente estradas de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Pernambuco e Distrito Federal O governo federal vai investir R$ 4 bilhões para melhorar a sinalização das rodovias. Os investimentos fazem parte do Programa Nacional de Segurança e Sinalização Rodoviária. Inicialmente serão beneficiadas rodovias de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Pernambuco e Distrito Federal e os trabalhos serão realizados por 11 empresas especializadas, que deverão começar em agosto. Simultaneamente, todas as empresas contratadas, sob a supervisão dos técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), desenvolverão os projetos executivos para a nova sinalização. Estes deverão estar concluídos em 180 dias e vão proporcionar o aumento de segurança viária em travessias urbanas, aces-

sos, curvas e locais concentradores de acidentes.

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As faixas horizontais, por exemplo, serão demarcadas com materiais com alto grau de refletância para aumentar a visibilidade. A sinalização vertical contará com mais placas, com películas de alta refletividade e defensas metálicas. Atentas à sinalização turística, as placas serão bilíngues, indicarão os principais polos turísticos em todo o território nacional e as cidades que sediarão a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016. Com contratos de cinco anos de duração, o programa BR Legal tem como meta investir R$ 4 bilhões com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). O programa foi elaborado

com base nos padrões tecnológicos do setor e segue as definições da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).


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PROJETO PIONEIRO

Paranaguá testa equipamento para carregar grãos em dias de chuva A estrutura é acoplada na ponteira do shiploader e se encaixa no porão do navio, isolando a embarcação da umidade O Porto de Paranaguá realizou o primeiro teste de um equipamento de cobertura para navios que permite o carregamento de grãos com chuva. Desenvolvido por uma empresa instalada em São José dos Pinhais (SP), a estrutura é acoplada na ponteira do shiploader e se encaixa no porão do navio, isolando a embarcação da umidade. O equipamento faz parte de um projeto pioneiro para carregamento de grãos com chuva.

ASSCOM/APPA

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O protótipo está em desenvolvimento há 14 meses. Agora que o modelo em escala real ficou pronto, serão realizados diferentes testes para certificar a eficiência da estrutura. Em todas as etapas do processo, os componentes do equipamento estão sendo submetidos a rigorosos testes de qualidade, durabilidade, estanqueidade e fun-

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Até hoje, foram discutidas no Brasil apenas soluções para embarque de açúcar com chuva, que é um produto que permite certo nível de umidade pois o produto é bruto e vai para refino no exterior. No entanto, o milho, a soja e os farelos não toleram nenhum índice de umidade, sob pena de se perder toda a carga. Depois de carregado no navio, o produto fica cerca de 30 dias na embarcação e — caso entre umidade nos porões — a carga chegará fermentada e apodrecida no destino final. Atestado o sucesso do equipamento, a Appa dará início à implantação do sistema. Para isso, serão demonstradas a operadores, armadores e trabalhadores as características de segurança do equipamento, além de treinamentos do pessoal que irá utilizar a solução. “Vamos promover ainda uma campanha de utilização que irá desde a discussão junto aos terminais privados, embarca-

IVAN BUENO

cionalidade. “Se obtivermos o sucesso esperado, passaremos às próximas etapas que são a montagem da versão final, o início das adaptações necessárias nos shiploaders para instalação do equipamento e, principalmente, o processo de implantação”, explica o superintendente dos portos do Paraná, Luiz Henrique Dividino.

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dores, até o comandante do navio que não tem a obrigação de aceitar o carregamento nestas condições. No entanto, pretendemos dar preferência aos navios que se dispuserem a trabalhar com o equipamento em caso de chuva”, explica Dividino. Paralisação De janeiro a junho deste ano, o Porto de Paranaguá registrou 51 dias de paralisações nas operações do Corredor de Exportação em função da

chuva. O equipamento deverá operar somente com chuvas leves e, em caso de chuvas intensas e ventos, ele será desativado de forma a resguardar a segurança dos trabalhadores, da carga e do navio. “Acreditamos que estamos entrando numa nova era, que irá possibilitar o aumento das operações até que o governo federal dê andamento aos processos dos novos terminais que projetamos para os portos do Paraná”, afirma o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.


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PORTO DE PARANAGUÁ

Ibama vistoria porto para emitir a licença de operação Com a visita dos representantes do órgão ambiental, a expectativa é que o processo ganhe celeridade e o documento seja emitido Representantes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizaram uma vistoria técnica no Porto de Paranaguá para mais uma etapa do processo de obtenção da licença de operação, documento exigido para a realização de diversas obras dentro do terminal. Desde 2009, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) trabalha para obter a licença. Com a visita dos representantes do Ibama, a expectativa é que o processo ganhe celeridade e a licença seja emitida. Diversas exigências têm sido feitas pelo Ibama. Algumas delas são inéditas no país, como a demanda de haver uma empresa que possa atender eventuais emergências de fauna. Como não existe nada semelhante no Brasil, a Appa firmou um convênio com a Universidade Estadual do Paraná (Unespar). “Seremos o primeiro porto

do Brasil a atender esta demanda. Apesar das grandes dificuldades impostas, estamos trabalhando ao máximo para atender as exigências do governo federal”, explica o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino. A falta de licença continua impondo prejuízos aos portos paranaenses e aos usuários do porto, além de prejudicar diretamente o próprio meio ambiente, uma vez que a Appa só saberá quais as exigências finais deverá seguir quando a licença for finalmente emitida. Um exemplo dos problemas causados pela demora na emissão da licença de operação é a obra de aprofundamento dos berços de atracação. A obra já tem projeto executivo pronto e não pode ser realizada porque o porto não possui o documento. O mesmo ocorre com a regularização de dragagem dos portos, dificultando os projetos de modernização previstos para o terminal.

ASSCOM/APPA

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TURISMO NÁUTICO

Porto Belo será a primeira cidade a ter TUP fora da área portuária

Atualmente, os navios que vêm de fora do Brasil precisam passar pela alfândega em outra cidade antes de atracar no município Porto Belo, no litoral de Santa Catarina, será a primeira cidade do país fora de uma área portuária a ter um Terminal de Uso Privativo (TUP). O governo federal acaba de anunciar que o píer turístico do município será um TUP. Atualmente, os navios que vêm de fora do Brasil com destino a Porto Belo precisam passar pela alfândega em outra cidade. O procedimento demora algumas horas e faz com que os turistas demorem mais para chegar e fiquem menos tempo na praia. O píer é o primeiro passo para que a cidade tenha uma alfândega e as negociações para a instalação da aduana já estão em andamento. O objetivo é que tudo esteja pronto na temporada de 2015. Porto Belo tem hoje 15 mil habitantes e o aumento no fluxo turístico do setor injeta em média R$ 14 milhões por ano na economia do

município. A confirmação de que Porto Belo terá um TUP foi feita pelo ministro da Secretaria dos Portos, Leônidas Cristino, e pelo diretor-geral da Agência Nacional dos Transportes Aquáviários (Antaq), Pedro Brito. O prefeito de Porto Belo, Evaldo Guerreiro, acredita que a implantação de terminais turísticos poderá reverter a tendência de queda no número de passageiros de navios no país. “Esperamos que isso aumente a competitividade do Brasil e, principalmente, de Santa Catarina no setor”, destaca. Um levantamento da prefeitura de Porto Belo mostra que 118 navios passam pela costa de Santa Catarina, com direção ao Uruguai ou Argentina, mas não param aqui. Com um píer alfandegado, a esperança é de mudanças neste cenário. “A notícia também anima os comercian-

tes que dependem do turismo para vender seus produtos”, completa o prefeito.

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INFORMATIVO DOS PORTOS

Entrevista

“Criamos uma estrutura única no mercado”

José Eduardo Bechara, presidente da Ecoportos Santos O desafio de gerir um dos grupos logísticos mais importantes do Brasil vem acompanhado de excelentes perspectivas de crescimento econômico da empresa. O presidente da Ecoportos Santos, José Eduardo Bechara, busca na integração logística de terminais e rodovias pertencentes ao grupo EcoRodovias um diferencial para atrair novas parcerias comerciais. O principal trunfo é ter em mãos todas as etapas da cadeia logística de cargas na mesma região onde o grupo já tem a concessão rodoviária. A previsão do grupo é investir R$ 200 milhões nos próximos cinco anos em equipamentos e obras civis. Confira a entrevista que Bechara concedeu à revista Informativo dos Portos. INFORMATIVO DOS PORTOS: Quais os principais desafios desta nova gestão do Ecoporto Santos para 2013? José Eduardo Bechara: Assumi a presidência das empresas Tecondi, Termares e Termlog no início do ano com a missão de integrar as três empresas à filosofia corporativa e à versatilidade de mercado de um dos maiores grupos de infraestrutura e logística do país, a EcoRodovias. Nos últimos meses, tivemos o cuidado de mapear os serviços que serão realizados em sinergia com as demais empresas do Grupo (Elog Logística e seis concessões rodoviárias) e que deverão ser oferecidos ao mercado. Mas o grande marco dessa integração

ocorreu em maio, com a inserção da identidade visual à arquitetura de marca do grupo, criando, assim, o Ecoporto Santos. Costumo dizer que o serviço de operação portuária hoje é commodity, muitos oferecem e de uma forma eficiente. Nós iremos oferecer solução completa do porto à porta e porta ao porto, utilizando nossas plataformas logísticas e transportadora. O cliente terá apena um único interlocutor desenvolvendo todos os serviços da cadeia. INFORMATIVO DOS PORTOS: O que muda, basicamente, com a aquisição do Ecoporto Santos pela EcoRodovias? José Eduardo Bechara: Para o grupo se concretiza uma parte do planejamento estratégico. Além disso, teremos todas as etapas da cadeia logística da cargas de importação e exportação na mesma região onde temos concessão rodoviária. Com isso criamos uma estrutura única que irá criar o diferencial que nos destacará no mercado. INFORMATIVO DOS PORTOS: Há plano de expansão para os próximos anos? José Eduardo Bechara: Temos planos de investimentos para os próximos anos para adequarmos o terminal às características dos novos navios que estão atracando na costa brasileira. Estamos prevendo R$ 200 milhões de investimentos para

os próximos cinco anos em equipamentos e obras civis. INFORMATIVO DOS PORTOS: Qual a estratégia do Ecoporto Santos para manter a movimentação? José Eduardo Bechara: Muitas empresas oferecem os serviços de operação portuária e armazenagem alfandegada, mas nenhuma delas oferece um escopo de atuação amplo como nós estamos propondo ao mercado de logística, movimentação e armazenagem de bens. Recentemente, apresentamos aos clientes um cenário atraente de integração de serviços entre o Ecoporto Santos e a Elog Logística (braço logístico do Grupo EcoRodovias). Esse escopo de atuação, onde o cliente irá interagir com um único interlocutor, hoje não existe no mercado. Sabemos disso e vamos trabalhar para fidelizar nossos clientes e para conquistar novos parceiros comerciais. INFORMATIVO DOS PORTOS: O terminal prevê investir em novos equipamentos? José Eduardo Bechara: Iremos investir, em cinco anos, R$ 200 milhões, sendo que, desse total, 36% (R$ 73 milhões) serão injetados já em 2013. Nesse primeiro momento, iremos adquirir três portêineres e seis RTGs, além de 30 terminals tractors para dar mais eficiência ao nosso giro interno de contêineres.


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EXPORTAÇÕES GAÚCHAS

Rio Grande do Sul perde US$ 729,6 milhões com embargo à carne suína Uma missão russa virá ao Brasil em julho para avaliar plantas frigoríficas que estão embargadas O Rio Grande do Sul deixou de arrecadar pelo menos US$ 729,6 milhões em exportações com o embargo russo à carne suína gaúcha. O cálculo é do pesquisador da Fundação de Economia e Estatística (FEE), Guilherme Risco. Uma missão russa virá ao Brasil na primeira quinzena de julho para avaliar plantas frigoríficas que estão embargadas. Para o coordenador da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Lino Luiz Motta, a liberação de dois estabelecimentos do Paraná, em março, é um indicador de que o assunto está avançando. “Tecnicamente consideramos que este tema já está superado. A nossa expectativa é de que, com esta missão, os russos autorizem estes estabelecimentos a retornarem as exportações”, avalia.

compensaram as exportações com compras de frigoríficos de Goiás, Minas Gerais e Santa Catarina. “Esta alteração no eixo dos embarques nos deixou livres para outros mercados, o que permitiu esta troca nas exportações”, salienta. No entanto, Kerber ressalta que houve perda na arrecadação, já que são mercados que pagam menos que os russos, como a Ucrânia, já lembrada por Risco.

O valor se baseia na média do ano anterior ao embargo. Entre julho de 2010 e junho de 2011, a receita dos gaúchos nas exportações de carne suína atingiu US$ 364,8 milhões. Mantida a mesma média, se chega a um valor aproximado. “Cabe salientar que a Ucrânia está absorvendo parte do valor que estamos deixando de exportar para o mercado russo. Mas seria melhor ainda para o Rio Grande do Sul se tivéssemos os dois mercados comprando carne de nós, o da Rússia e o da Ucrânia”, analisa o pesquisador.

Apesar do embargo imposto ao Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso, a Rússia ainda é o principal comprador da carne suína brasileira. Em maio, o volume exportado fechou em 14,08 mil toneladas com uma receita de US$ 40,72 milhões. No acumulado do ano, os russos importaram 56,29 mil toneladas, crescimento de 28% em relação às 44,11 mil toneladas no período de janeiro a maio do ano passado.

Em novembro do ano passado, o Ministério da Agricultura chegou a anunciar o fim do embargo, mas condições impostas pelos russos acabaram fazendo com que o acordo tivesse um recuo. Para tentar driblar a perda de arrecadação imposta pelo bloqueio dos russos, as indústrias gaúchas buscaram abrir novos mercados neste período, segundo o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (Sips), Rogério Kerber. O dirigente explica que os russos

Em junho, A Ucrânia, um dos maiores compradores de carne suína brasileira que havia suspendido as compras do país em março, alegando ter encontrado uma bactéria de produtos de frigoríficos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, anunciou a retomada dos negócios com os produtores brasileiros. De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Rui Eduardo Saldanha Vargas, a retomada das exportações para a Ucrânia irá reaquecer as expectativas do mercado para 2013. Faltando ainda seis meses para terminar 2013, a reabertura da Ucrânia

deverá pesar favoravelmente para o resultado total das vendas externas de carne suína. O presidente do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), Clever Pirola Ávila, avaliou que somente em médio prazo será possível recuperar o nível anterior de vendas para a Ucrânia. Antes da suspensão, o Brasil exportava para aquele país entre 10.000 e 12.000 toneladas de carne/mês.O motivo desse demora é que, agora, a Ucrânia reabilitou apenas algumas plantas do Brasil. Ao contrário do Japão, que comprará carne suína apenas de Santa Catarina (única área livre de aftosa sem vacinação), a Ucrânia negociará com vários estados brasileiros. O presidente do Sindicarne informou que, no momento, não há previsão sobre o volume de vendas de Santa Catarina. “A previsão de vendas para Ucrânia agora dependerá de uma combinação de preços de vendas para os mercados aos quais estamos habilitados. Mas acredito que depende muito mais daquele país em querer comprar do que do Brasil querer vender”, enfatiza.

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Conexos otimiza processos com softwares específicos para comércio exterior Os sistemas buscam facilitar alguns dos desafios das empresas do segmento, a exemplo da integração entre as áreas e o fechamento de processos

Alguns recursos do Conexos ERP:

A experiência de 15 anos à frente de um dos mercados mais competitivos da economia brasileira confere um reconhecimento diferenciado à Conexos Consultoria & Sistemas. A empresa, que hoje atende a diversos tipos de demandas ligadas à tecnologia da informação, tem forte atuação no desenvolvimento de softwares integrados para gestão empresarial para o comércio exterior. Além disso, atua nos segmentos de distribuição atacadista e prestador de serviços. A principal ferramenta de trabalho é o Conexos ERP, que propicia um ambiente altamente corporativo em toda a cadeia de relacionamentos da companhia, possibilitando a implementação de processamento compartilhado ou centralizado, e reduz os investimentos em tecnologia da informação. Os produtos da Conexos visam à otimização dos processos com total integração com o Siscomex, tanto registrando DI, DSI, LI, RE e DE, quanto lendo essas informações após o processamento e parametrizações fiscais, já totalmente adaptados às

versões WEB para o registro e leitura das informações. A proposta é oferecer economia de tempo mediante integração com o Siscomex Carga e Mantra, permitindo amplo monitoramento das cargas em trânsito, das previsões e pendências a elas relacionadas. Os sistemas da Conexos buscam atender e facilitar alguns dos desafios das empresas do segmento, a exemplo da integração entre as áreas, o fechamento de processos, a apresentação de informações para os clientes e, principalmente, gerar maior agilidade com os recursos da empresa. Outro grande desafio do setor, segundo os técnicos da Conexos, é a adaptação das novas obrigações acessórias, principalmente no que tange ao SPED (NF-e, Fiscal, Contábil, F-Cont e Contribuições). Atenta também a estas demandas, a Conexos buscou em suas atividades superar esses desafios, o que a fez conquistar um mercado que atende satisfatoriamente às demandas desse setor empresarial.

- Envio do XML e PDF com o DANFE no mesmo email - Estrutura de cobrança bancária flexível e integrada com os bancos - Importação de XML gerando NF de entrada, via arquivo ou lendo do site SEFAZ, atendendo as exigências de ciência eletrônica das operações - Ampla estrutura de gerência para distribuição e custos - Estrutura de gestão dos processos, com possibilidade de filtros e acesso a dados históricos - Follow-up de processo, e check point de eventos, permitindo o monitoramento constante das etapas do processo e o controle das próximas atividades - Registro de DI e LI no Siscomex web - GED totalmente integrado com o sistema, permitindo uma visão digital da estrutura documental dos processos - Integração com Siscomex Carga e Mantra, atualizando dados e gerando consultas rápidas e alertas sobre as mudanças relevantes no transporte - Completa estrutura de Trade Finance - Controles de comissão, especialmente para distribuição e relacionados aos incentivos fiscais - Gestão de processos de consumo, revenda, entreposto aduaneiro, admissão temporária e outros - Estrutura flexível de bloqueios dos pagamentos, permitindo a liberação por alçada - Conciliação bancária amigável, importando extratos dos bancos e com resumo comparativo - Envio de emails automáticos pelo sistema, em situações a serem definidas pelo cliente - Despacho aduaneiro integrado


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LOGÍSTICA EMPRESARIAL

BMW movimentará produção brasileira pelo Porto Itapoá A operação está prevista para iniciar em agosto, com a importação de peças que embarcarão pelo Porto de Antuérpia, na Bélgica O Porto Itapoá e o armador Hamburg Süd são os operadores logísticos escolhidos pela BMW para movimentar sua futura produção em solo catarinense. Considerado um dos terminais portuários mais ágeis e eficientes da América Latina, o Porto Itapoá, que acaba de completar dois anos de operação, possui localização estratégica no norte do estado de Santa Catarina, na divisa com o Paraná. O terminal situa-se a menos de 90 quilômetros de Araquari, onde a montadora alemã irá se instalar em um terreno de 1,5 milhão de m² às margens da BR-101. A operação do terminal para a BMW está prevista para iniciar em agosto, com a importação de peças da Europa, que embarcarão pelo Porto de Antuérpia, na Bélgica, com previsão de chegada em Santa Catari-

na até o início de setembro. Nesse primeiro momento serão movimentados 10 mil contêineres de 40 pés. As vendas da BMW em 2012, no Brasil, foram de 8 mil veículos. No ano anterior, marcado pelas facilidades de juros, 12 mil automóveis foram vendidos pela marca. Segundo o presidente do Porto Itapoá, Patrício Junior, a negociação durou cerca de quatro meses e pré-requisitos como agilidade, segurança marítima, alta performance e preços competitivos foram determinantes para a conquista do novo cliente. “O padrão da BMW é algo muito minucioso, altamente tecnológico e com alto impacto socioeconômico. Do ponto de vista logístico, o padrão utilizado pelo Porto Itapoá está alinhado com este propósito”, afirma.

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Artigo

Wagner Antônio Coelho

Funções da agência de carga e agência marítima No dia-dia do Comércio Exterior Brasileiro e, também, na academia, verificam-se algumas confusões com relação aos personagens da navegação e suas responsabilidades contratuais. Importante, ressaltar que os reflexos dessa situação podem trazer prejuízos bastante significativos quando mal compreendidas as funções e obrigações contratuais perante terceiros. Uma das dificuldades encontradas diz respeito as diferenciação entre Agência Marítima e Agência de Carga, as quais possuem funções totalmente diferentes, visto que esta prospecta e adquire espaços no veículo transportador operado pelo armador, transportador real da mercadoria, o qual é representado por aquela. Esses espaços adquiridos pelo agente de carga são comercializados e repassados aos importadores e exportadores. O conceito de agente marítimo – ou agente autorizado –, conforme dispõe Martins, consubstancia-se na figura contratual do mandato. Os agentes comumente substituem o comandante no encargo de entregar aos destinatários as mercadorias, receber fretes e providenciar fretamentos. Atualmente, é incomum o contato do afretador dire-

tamente com o armador, sendo tal função exercida pelo agente marítimo. Efetivamente, o agente marítimo representa o proprietário do navio, o armador, o gestor ou o afretador/transportador ou de alguns destes simultaneamente, na condição de auxiliar da navegação, com objetivo de representar e auxiliar a empresa armadora nas tarefas da armação e do transporte marítimo, dentre as quais se destaca a angariação de carga para os espaços disponíveis do navio (slot charters) e o controle das operações portuárias de carga e descarga. Por outro lado, o agente de carga objetiva reunir num mesmo despacho cargas separadas, encarrega-se de tratar do embarque das mercadorias, vistorias dos produtos, programação de embarque, preparação de documentos de embarque e sua legalização, arquitetando o transporte e o engajamento do espaço em veículo transportador. Geralmente, esse personagem da navegação possui representantes e parcerias em vários países e localidades com objetivo de implementar e oferecer a melhor logística para os importadores e exportadores. Nesse sentido, verifica-se que o agente de

cargas celebra um contrato com as empresas armadoras para realização de fretes e revende esses espaços para terceiros, ou seja, são dois contratos de transportes realizados, o primeiro entre transportador real (armador proprietário da embarcação) e a agencia de carga, a qual celebra contrato de transporte com o cliente (importador ou exportador), nesse caso a agência de carga figura na qualidade de transportador contratual, assume as responsabilidades do transporte em veículo de terceiro (armador). Na prática do Comércio Exterior e do Direito Marítimo os reflexos jurídicos dessas situações são bastante significativos, dentre eles, cita-se a questão de legitimidade para pleitear em juízo, responsabilidades pela liberação de mercadorias no Siscarga, cobrança de sobrestadia e contribuições de avaria grossa, exigências de termos de responsabilidade e pactuação da sobrestadia, dentre outras. Desse modo, demonstra-se que um tema aparentemente simples pode trazer grandes complicações quando necessário buscar auxílio junto ao Poder Judiciário, em razão das peculiaridades e reflexos da contratação de transporte marítimo internacional no Comércio Exterior Brasileiro.

Wagner Antônio Coelho,advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.


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Diário de Bordo Empresas Melhor performance A APM Terminals Itajaí acaba de lançar o concurso “Comissária de Melhor Performance”, que irá premiar despachantes e empresas do segmento que apresentarem a melhor relação entre número de processos e pendências para liberação das cargas de Importação. O prêmio busca a melhoria contínua de rotinas de trabalho na APM Terminals Itajai, refletindo em atendimento diferenciado para o cliente final. A primeira empresa a receber o troféu das mãos da equipe comercial da APM Terminals Itajaí foi a ACSI Serviços, representada por Juscelino Yamamoto. O monitoramento da performance será feito trimestralmente e as próximas premiações estão previstas para início de outubro deste ano e início de janeiro de 2014.

Mercado brasileiro

Embarcação sustentável

A Hess, fabricante alemã de terminais automáticos financeiros, decidiu fincar os pés no mercado brasileiro. Dois anos após instalar o primeiro escritório no país, localizado na capital paulista, a companhia vai iniciar a fabricação local de terminais automáticos. A produção será feita de forma terceirizada, com a instalação de uma linha no complexo industrial de um fabricante de terminais de autoatendimento. A produção local vai seguir todos os parâmetros adotados na matriz alemã. A primeira linha de produção será de terminais de operações de câmbio. A Hess lançou no país esta semana um equipamento que permite fazer a troca de 15 tipos de moedas por reais.

A Rolls-Royce realizou a entrega de sua primeira embarcação do conceito Environship. O navio projetado pelo grupo é capaz de reduzir em 40% as emissões de dióxido de carbono (CO2) no meio ambiente, quando comparado a outros navios similares movidos a diesel. Isso é possível graças à combinação de tecnologia de ponta, que inclui uma proa do tipo “wave piercing” (que perfura ondas) e um motor movido a gás natural. A embarcação, batizada de Eidsvaag Pioner, foi entregue à companhia norueguesa Eidsvaag AS. Em pouco tempo, deverá entrar em serviço na costa da Noruega, garantindo que peixes de fazendas produtoras da região sejam alimentados durante todo o ano.

Geração de energia

Linha de aviões

A multinacional norte-americana Sunlight Technologies, especializada em geração de energia solar e fotovoltaica, acaba de apresentar um projeto de instalação de uma filial da empresa em Londrina, no norte paranaense. A instalação da fábrica deve começar em até quatro meses, com a vinda de uma máquina de produção das placas geradoras de energia dos Estados Unidos. Os investimentos totais devem passar dos R$ 300 milhões. A Sunlight deve contratar, em até cinco anos, 400 funcionários, a maioria deles operacionais e técnicos. Também está prevista a contratação de engenheiros e profissionais de marketing.

A Embraer planeja investir 1,7 bilhão de dólares nos próximos oito anos para reformular sua linha de aviões E-Jets com novas asas, sistemas eletrônicos atualizados e motores da Pratt & Whitney. A companhia brasileira planeja adicionar três fileiras de assentos no maior jato, o E-195, e uma linha de cadeiras no E-175. A segunda geração de E-Jets não vai incluir o menor modelo atual, o E-170. O principal avião E-190 será o primeiro da próxima geração com os novos recursos. Segundo a Embraer, os jatos da nova geração terão economia de combustível de 16% a 23% no consumo de combustível por assento em relação aos modelos atuais.

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Diário de Bordo Logística Ampliação antecipada A GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, informou no início de junho que trabalha para aumentar a capacidade de 30 milhões de passageiros ao ano que o terminal comporta atualmente – já saturada, uma vez que em 2012 o fluxo foi de 32,8 milhões de passageiros –, e que pretende antecipar de 2032 para 2022 as novas obras, que vão fazer com que o aeroporto comporte 60 milhões de passageiros ao ano. Além disso, de acordo com a assessoria de comunicação da concessionária, a capacidade será expandida para 45 milhões ao ano para a Copa do Mundo de 2014.

Crescimento da cabotagem

Licitações de rodovias

Os esforços para o desenvolvimento da cabotagem nos terminais de contêineres operados pelo Grupo Wilson Sons se refletiram nos resultados operacionais dos cinco primeiros meses deste ano. De janeiro a maio, o volume de movimentação de contêineres cheios por cabotagem cresceu 22,9% no Tecon Rio Grande e 20,3% no Tecon Salvador, se comparado com o mesmo período de 2012. Em ambos os terminais, o arroz foi a principal carga movimentada pelo modal. No terminal de Rio Grande, o grão correspondeu a 78,8% de toda operação: foram 11.223 TEUs embarcados até o mês de maio, contra 8.769 TEUs no mesmo acumulado de 2012. Além de mais sustentável e com menor risco de avarias e sinistro, a cabotagem pode proporcionar uma economia nos custos logísticos de até 30%.

O governo marcou para setembro as primeiras licitações de rodovias do programa de concessões da presidente Dilma Rousseff. Ao todo, 7.500 km serão concedidos em cinco pregões, dos quais pelo menos quatro estão previstos para este ano. As primeiras rodovias a serem licitadas são trechos da BR-262, que liga o Espírito Santo a Minas Gerais, e da BR050, de Goiás a Minas Gerais. O edital das duas rodovias será publicado em 31 de julho e a licitação ocorrerá em 20 de setembro. De outubro a dezembro, estão previstos três outros leilões de sete trechos rodoviários: BR-101 (Bahia), BR-060 (que passa por Goiás e Distrito Federal), BR-153 (Goiás e Minas Gerais), BR-262 (Minas Gerais) e BR-163, BR-267 e BR262 (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul).

Obras em aeroportos

Armazenamento de soja

As obras em 270 aeroportos regionais com os recursos obtidos por meio da concessão de aeroportos à iniciativa privada só começarão em 2014. A previsão da Secretaria de Aviação Civil (SAC) é que os próximos meses serão consumidos num estudo detalhado sobre os investimentos necessários em cada um dos aeroportos e na elaboração dos projetos de engenharia. Esse trabalho deve se estender até o fim do ano. Só então começarão a ser contratadas as empresas para construir ou reformar os terminais, pistas e outras instalações. Os editais têm de estar na rua até o fim de julho para observar as restrições da legislação eleitoral. A estimativa inicial é de investimentos de R$ 7,3 bilhões.

O Tocantins ganhou mais um grande empreendimento no ramo do agronegócio. A empresa Fiagril inaugurou a maior unidade de armazenamento de soja e grãos com uso de tecnologia moderna no estado. A obra fica em Silvanópolis e contou com investimento de R$ 16 milhões. O empreendimento vai abranger um raio de 280 mil hectares na região de Silvanópolis, com capacidade de um milhão de sacas de soja e milho. Segundo o presidente da empresa Fiagril, Jaime Binsfield, o Tocantins se diferencia de outros estados por apresentar qualidades que impulsionam o agronegócio.


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Diário de Bordo Offshore Equipamentos offshore A Arxo apresentou ao mercado os contentores DNV 2.7-1, unidades para transportes como contêineres, caixas, cestas, caçamba e skids específicos para o segmento durante a Brasil Offshore – Feira e Conferência da Indústria de Petróleo e Gás, que aconteceu em junho, em Macaé, Rio de Janeiro. Nos últimos anos, a empresa vem investindo em equipamentos e soluções voltadas ao segmento com o objetivo de ampliar ainda mais sua participação no mercado. O segmento offshore responde hoje por cerca de 10% do faturamento mensal da Arxo, que produz 40 unidades/mês de caixas, contêineres e caçambas. A empresa começou a fabricar módulos de unidades de transporte – equipamento projetados para não apresentar falhas em condições adversas das plataformas de petróleo – em 2012.

Novas áreas

Participação na OGX

A Agência Nacional do Petróleo (ANP), anunciou que cerca de 250 unidades de exploração devem ser leiloadas na 12ª rodada de licitações de blocos exploratórios nos dias 28 e 29 de novembro deste ano. O número de blocos e a realização da rodada, entretanto, ainda dependem de autorização do Conselho Nacional de Política Econômica (CNPE). Deverão ser leiloadas áreas com potencial para gás natural em terra, nas bacias do Acre, Parecis, Paraná, Parnaíba, Sergipe-Alagoas, Recôncavo e São Francisco. O pré-edital da rodada, que será sob regime de concessão, deve sair até o fim de julho.

O empresário Eike Batista reduziu sua participação na petrolífera OGX de 61,1% para 58,9% em maio, de acordo com documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ao todo, o empresário vendeu 70,5 milhões de ações no mês passado, por R$ 121,9 milhões. Os papéis foram vendidos em linha com o preço médio de cada pregão e um pouco acima da cotação de fechamento. Nos quatro dias, as ações fecharam a sessão em baixa. A queda acumulada de 23 a 29 de maio foi de 20%. No dia 29, a instituição encerrou com saldo líquido vendido de 16,2 milhões de ações, quase quatro vezes a posição da segunda maior vendedora do ativo, a Ágora, com 4,2 milhões de ações.

Soluções de engenharia

Linha de conexões

A DPS Global – uma das maiores empresas de tecnologia para a área de óleo e gás do Reino Unido – apresentou suas soluções de engenharia no Brasil. O diretor de tecnologia da companhia, David Parkinson, se reuniu com 40 executivos das principais petroleiras que operam no país, durante workshop tecnológico promovido em parceria com a Tridimensional Engenharia. Além de David Parkinson, que atualmente responde pela vice-presidência do conselho de administração da empresa britânica e pela diretoria de tecnologia do grupo, o workshop contou com palestra do engenheiro sênior da área de Processos da DPS, Ian Cooper.

O Grupo Açotubo fechou parceria com a Tupy, uma das maiores indústrias de fundição da América Latina. A nova linha de conexões irá atender as áreas industriais, construção civil, petróleo e gás, usinas, agrícola e insumos. A união das empresas líderes de mercado proporciona, além de qualidade, uma disponibilidade maior de produtos aos clientes, segundo Fernando Del Roy, gerente corporativo de marketing do Grupo Açotubo. O Grupo Açotubo possui uma distribuição forte e atuante na área do varejo. Hoje, a empresa é a maior distribuidora do Brasil, atua nas linhas de tubos e barras de aço, conexões, trefilados, tubos e chapas de inox, sistemas de ancoragem e prestação de serviços industriais.

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Diário de Bordo Portos Certificação ISO 14001 O Grupo Tesc, formado pelo Tesc - Terminal Portuário Santa Catarina e a WRC Operadores Portuários, recebeu a última visita de auditoria da norma ISO 14001 e foi recomendado pelo grupo auditor da BRTÜV para obter a certificação. A norma define os requisitos para estabelecer e operar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), pelo qual as organizações passam a controlar sistematicamente os impactos de suas atividades ao meio ambiente e a melhorar continuamente as operações e negócios. As empresas do grupo já são certificadas na ISO 9001:2008, norma relacionada à gestão da qualidade, desde 2005 e agora passam a contar com Sistema de Gestão Integrado (SGI), qualidade e meio ambiente.

Navio gigante

Ampliação de contrato

A Libra Terminais Santos operou o “gigante” CMA CGM Carmen, com capacidade de transportar 8.533 TEUs. O navio de bandeira liberiana tem 334 metros, 12,9m de calado e operou 1.711 contêineres no terminal santista. A Libra encerrou 2012 com aumento de produtividade 30% em relação ao ano anterior. O resultado é consequência de um trabalho iniciado há dois anos, na busca da excelência operacional, com o aperfeiçoamento de conceitos e metodologias para incrementar as operações, a redução de custos, bem como a capacitação dos colaboradores. Para este ano, a expectativa é de crescimento de 30% na produtividade.

A Santos Brasil anunciou a prorrogação de contrato e ampliação de prestação de serviços à Hamburg Süd, uma das maiores companhias de navegação do mundo, e da Aliança, líder em transporte de cabotagem no Brasil. Além de prorrogar o acordo até janeiro de 2019, Hamburg Süd e Aliança firmaram intenções de despender esforços para incrementar os volumes operados no Tecon Santos por meio da inclusão de um novo serviço originário da Ásia, estudar a implantação de serviços de cabotagem no Tecon Vila do Conde (PA) e manter pelo menos um serviço das linhas da Aliança e Hamburg Süd operando no Tecon Imbituba (SC).

ZPE de Pecém

Peças para indústria

Instalada em um espaço de 576 hectares e com duas empresas já asseguradas, a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Pecém, localizada na cidade de São Gonçalo do Amarante, deverá ter sua área alfandegada ampliada após outros empreendimentos formalizarem interesse em se estabelecer no local. Conforme o presidente da ZPE Ceará, Eduardo Macêdo, a empresa está reunindo protocolos de intenção firmados com empresários, de vários segmentos, que pretendem se instalar na área da ZPE. A ideia é apresentar os documentos ao Conselho Nacional das ZPEs para justificar a ampliação.

As peças destinadas à fábrica de cimento Margem, em construção no município de Adrianópolis, chegaram pelo Porto de Paranaguá. Vindos de 15 países diferentes, os primeiros volumes recebidos fazem parte do forno da indústria. Até o final do ano, estão previstas várias outras remessas, todas pelo porto paranaense. A unidade industrial da Margem Cimento, subsidiária da catarinense Supremo Cimento, no Vale da Ribeira, tem previsão de inauguração para 2014. De acordo com o diretor técnico da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Paulinho Dalmaz, o Porto de Paranaguá está preparado para receber todo tipo de carga especial e de projeto.


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