Revista Informativo dos Portos 168

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INFORMATIVO INFORMATIVODOS DOSPORTOS PORTOS

Edição nº 167 - Ano XIII - Rua Samuel Heusi, 463 - Sala 205. The Office Business Center - Itajaí/SC 88301-320

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EDITORIAL “Nenhum estado brasileiro, à exceção de Santa Catarina, tem a facilidade de escoar cargas através de um sistema logístico que inclui cinco portos”. A frase, do professor Romeu Zarsk de Mello, coordenador do Curso de Logística da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), resume a matéria de capa desta edição. Os terminais catarinenses, apoiados por uma rede de fazer inveja a qualquer estado brasileiro, geram competitividade e qualidade nos serviços, o que ajuda a atrair grandes empresas como BMW e General Motors. Em cinco anos, Santa Catarina elevou a participação no total de contêineres movimentados no país de 13,46% em 2008 para 17,23% em 2012, conforme dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Para entidades como a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), o crescimento reflete a vantagem competitiva catarinense, beneficiada por condições naturais diferenciadas, com uma costa de 500 quilômetros, e também pela tradição exportadora da indústria do estado, que há décadas gera demanda para os terminais. E o melhor de tudo: o crescimento deve continuar. Está previsto investimento de US$ 1 bilhão nos próximos anos para melhorar a infraestrutura portuária, reforçar e realinhar berços, expandir terminais e comprar novos equipamentos. Nossa matéria mostra que portos, terminais retroportuários e empresas de comércio exterior projetam investimentos suntuosos para os próximos anos, o que inclui ampliação de berços, área de armazenagem e abertura de mercado em outros estados brasileiros. Santa Catarina é terra fértil mais uma vez!

Publicação: Perfil Editora Diretora : Elisabete Coutinho Diretora Administrativa: Luciana Coutinho Jornalista responsável: Luciana Zonta (SC 01317 JP) Reportagem: Adão Pinheiro e Luciana Zonta Foto da Capa: FOTOIMAGEM e Fotolia Diagramação: Elaine Mafra - (47) 3046.6156 (serviço terceirizado) Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.

ÍNDICE 08.

ESPECIAL: Santa Catarina, uma cadeia logística modelo

32.

Governo reduz tarifas de importação sobre insumos básicos

50.

ZPE do Pecém é a primeira a entrar em operação no Brasil

68.

Duplicação do trecho Norte dá sinal de estrangulamento

74.

Suplemento do Porto de Itajaí

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A PORTONAVE ESTÁ EM UMA LOCALIZAÇÃO PRIVILEGIADA: EM PRIMEIRO LUGAR NA MOVIMENTAÇÃO DE CONTÊINERES EM SANTA CATARINA.

MAIS DO QUE UM PORTO, UM POLO LOGÍSTICO COMPLETO. A Portonave é o porto responsável pela movimentação de 44% das cargas conteinerizadas de Santa Catarina e está preparada para aumentar cada vez mais esse número. Com investimentos em infraestrutura e equipamentos, está inserida em um complexo portuário consolidado e com serviços integrados. Venha crescer com a Portonave.


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EsPECiAL

Santa Catarina: uma cadeia logística modelo O desempenho do conglomerado de portos, terminais retroportuários, transportadoras e empresas de comércio exterior colocam o estado em posição de destaque

Cinco portos e uma rede de apoio logístico de fazer inveja a qualquer estado brasileiro transformam Santa Catarina na “bola da vez” quando o assunto é investimentos de grandes empresas e crescimento do comércio exterior. O desempenho do conglomerado integrado por portos, terminais de cargas, despachantes aduaneiros, transportadoras e empresas de comércio exterior em solo catarinense resulta em números que surpreendem positivamente. O estado elevou a participação no total de contêineres movimentados no país de 13,46% em 2008 para 17,23% em 2012, conforme dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). No mesmo período, a participação de Santa Catarina no volume movimentado no país, em toneladas, subiu de 3,35% para 5,26%. Segundo o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, esse crescimento reflete a vantagem competitiva catarinense, beneficiada por condições naturais diferenciadas, com uma costa de 500 quilômetros, e também pela tradição

DIVULGAÇÃO/PORTO DE ITAJAÍ

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Porto de Itajaí


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exportadora da indústria do estado, que há décadas gera demanda para os terminais. “Durante a chamada Guerra dos Portos, muito se falou que ganhamos participação em função de incentivos fiscais, mas isso não é verdade”, afirma Côrte, lembrando dos fortes investimentos privados e públicos realizados nos portos catarinenses que os tornaram competitivos.

por ano. Entre as principais mercadorias movimentadas estão carne congelada e derivados (frango, carne bovina e carne suína), madeira e derivados, tabaco, plásticos, polímeros e derivados, maquinários, coque, petróleo, cevada, sal, trigo, milho, soja, bobinas de aço, motores, produtos metalmecânico, têxteis, eletroeletrônicos e químicos.

Segundo levantamento da Fiesc, está previsto investimento de US$ 1 bilhão nos próximos anos para melhorar a infraestrutura portuária, reforçar e realinhar berços, expandir terminais e comprar novos equipamentos. O sistema portuário de Santa Catarina tem 887 mil metros quadrados de pátio; 2,3 milhões de metros quadrados de retroárea; 17,5 milhões de metros quadrados de áreas disponíveis para investimentos e capacidade para movimentar 40 milhões de toneladas

Investimentos privados

DIVULGAÇÃO/PORTO ITAPOÁ

Na última década, os investimentos privados no setor logístico e portuário se intensificaram em todo o estado. Uma das obras mais importantes para a ampliação da capacidade de movimentação de carga foi o Porto Itapoá, no litoral Norte. Desde sua concepção, o terminal sempre foi caracterizado para receber os grandes navios de contêineres. Esta projeção tem se afirmado desde junho de 2011,

DIVULGAÇÃO/FIESC

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Presidente da Fiesc, Glauco José Côrte

quando o empreendimento iniciou suas operações. Graças às águas profundas da costa, à ampla bacia de evolução da Baía da Babitonga e à moderna infraestrutura do terminal, hoje o Porto Itapoá já recebe as maiores embarcações que operam em águas brasileiras. Até o início deste ano, o grande navio que atracava na costa da América do Sul era o Aliança Itapoá, de 334 metros de comprimento por 42 metros de largura. Desde junho uma nova classe de navios, do armador Evergreen, passou a aportar no Brasil e, um dos poucos terminais capaz de recebê-los é o Porto Itapoá. Com dimensões de 350 metros de comprimento e 48 de largura, esses supernavios farão a linha Ásia-América do Sul, inaugurando uma nova fase das operações portuárias no continente.

Porto Itapoá

O diretor de operações do Porto Itapoá, Márcio Guiot, destaca que “o trabalho


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intenso que viemos realizando, desde 2011, com a praticagem, o Porto de São Francisco do Sul e Capitania dos Portos, surtiu efeito positivo. Este trabalho traz benefícios a toda uma cadeia produtiva que passa a ter na Baía da Babitonga sua porta de entrada para as principais regiões do planeta, através dos maiores navios do mundo”, explica.

DIVULGAÇÃO/PORTONAVE

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Até o momento, o terminal já recebeu mais de 800 navios e movimentou cerca de 350 mil contêineres. Dois anos depois de iniciar operações, o Porto Itapoá gera 600 empregos diretos e 2 mil indiretos, além do incremento da arrecadação do pequeno município de Itapoá, com 16 mil habitantes. Atualmente, mais de 500 grandes empresas utilizam o Porto Itapoá como operador logístico, que já conta com 14 serviços para o mundo todo. Há dois meses, a BMW oficializou a escolha do Porto Itapoá e do armador Hamburg Süd como operadores logísticos de sua futura produção em solo catarinense. O terminal situa-se a menos de 90 quilômetros de Araquari, onde a montadora alemã irá se instalar em um terreno de 1,5 milhão de m² às margens da BR-101. A operação do terminal para a BMW está prevista para iniciar com a importação de peças da Europa. Segundo o presidente do Porto Itapoá, Patrício Júnior, a negociação durou cerca de quatro meses e pré-requisitos como agilidade, segurança marítima, alta performance e preços competitivos foram fundamentais para a conquista do novo cliente. Complexo portuário Outra importante estrutura que ampliou a movimentação de mercadorias por San-

Portonave

ta Catarina nos últimos anos atende pelo nome de Portonave. Situado no Complexo Portuário do Itajaí, o terminal mudou o cenário econômico da cidade e ajudou a atrair uma cifra bilhonária em novos investimentos para Itajaí e região. Há seis anos em atividade, a Portonave emprega diretamente cerca de 930 colaboradores. A empresa também tem um diferencial logístico importante: o Iceport – Terminal Frigorífico de Navegantes, que atua como um centro automatizado de armazenamento, manu-

seio e distribuição de carga frigorífica. Somente nos sete primeiros meses de 2013, a Portonave movimentou 402.157 TEUs, um aumento de 19% em comparação com o ano passado. O terminal manteve a liderança na movimentação de cargas conteinerizadas no estado, respondendo por 45% do total. Os números positivos de movimentação são fruto tanto da importação quanto da exportação. “Este resultado mostra a força de Santa


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Catarina como estado produtor de riquezas e reforça a importância do Complexo Portuário de Itajaí, hoje o segundo maior movimentador de cargas conteinerizadas do país”, comenta o diretor-superintendente administrativo da Portonave, Osmari de Castilho Ribas.

Além das boas expectativas, as melhorias que a infraestrutura portuária vem recebendo também devem alavancar as operações, entre elas a dragagem de aprofundamento dos acessos e a nova bacia de evolução, que está em fase final de estudos. A movimentação de contêineres na margem direita do complexo portuário é de responsabilidade da APM Terminals Itajaí, que registrou dois novos recordes de

DIVULGAÇÃO/DANI BONIFÁCIO

O Porto de Itajaí, por sua vez, recebeu recentemente o Prêmio Porto Referência em Santa Catarina na 19ª edição do Top of Mind 2013 e segunda edição do Top Executivo. Segundo pesquisa feita pelo Instituto Mapa em todo o estado, Itajaí foi o complexo portuário mais lembrado pelos gestores de companhias de grande e médio porte. O grande destaque para o Porto de Itajaí foi sua produtividade, uma vez que, mesmo com uma reduzida área de cais, o complexo é o segundo maior movimentador de cargas contreinerizadas do Brasil.

Em 2012, o Complexo Portuário do Itajaí movimentou mais de um milhão de TEUs e deve ampliar essa movimentação neste ano. “As pespectivas para este ano são boas, pois no primeiro semestre crescemos 7%, o que representa um ponto percentual acima da média nacional”, explica o engenheiro Antônio Ayres dos Santos Júnior, superintendente do Porto de Itajaí.

APM Teminals Itajaí

Antônio Ayres, superintendente do Porto de Itajaí

produtividade em menos de 30 dias entre julho e agosto. O primeiro deles foi durante a operação do navio CMA CGM Azure, onde foram movimentados 2.900 contêineres a uma média de 98 movimentos por hora, utilizando-se de dois portêineres e um guindaste móvel de terra. O segundo recorde foi com o navio Cap George, quando chegou a completar 85.45 movimentos por hora (MPH) operando com dois guindastes (portêineres) simultaneamente. A APM Teminals Itajaí também tem se destacado na movimentação de cargas projeto, a exemplo da operação especial com equipamentos de uma nova linha de montagem da Cerâmica Portobello, com peso total de 460 toneladas, em abril deste ano. No mesmo mês, o terminal movimentou peças com 180 toneladas para atender a demanda dos novos navios petroleiros encomendados pela Petrobras que estão sendo construídos em Rio Grande (RS). De acordo com o superintendente


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da APM Terminals, Ricardo Arten, infraestrutura e qualidade da mão de obra são fundamentais para atender esse nicho do mercado.

DIVULGAÇÃO/ PORTO DE IMBITUBA

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Capacidade operacional No litoral Norte, o Porto de São Francisco do Sul fica em uma das cidades mais antigas do Brasil. Terminal de múltiplo uso, a estrutura é configurada para a movimentação de carga geral, contêineres e grãos. No primeiro semestre de 2013, registrou um aumento de 18% na movimentação geral de mercadorias em comparação ao mesmo período do ano passado. No acumulado das exportações o aumento foi de 26%. Entre as mercadorias que se destacaram em resultados percentuais estão o milho em grãos, com avanço de 577%; os refrigeradores, com crescimento de 19%; e as bobinas de aço, com nada menos que 4.959% de crescimento. Há 17 anos, parte de sua área é arrendada para o Terminal Portuário Santa Catarina (Tesc). A estrutura conta com dois berços de atracação, totalizando 603 metros de cais acostável, que permite atender até 3 navios simultaneamente. As instalações incluem local para armazenagem alfandegada, espaço para vistorias obrigatórias, além de 1.120 tomadas para contêineres refrigerados e mais de 4 mil m² em armazéns cobertos. A movimentação das cargas é realizada por equipamentos como guindastes móveis de última geração, empilhadeiras, balanças rodoviárias, scanner e gates dotados de sistema de reconhecimento de caracteres (OCR). Na zona primária, o Tesc conta com uma área de 67 mil m² de pátio, com projeto de expansão de mais

Porto de Imbituba

19 mil m². Para as operações de exportação, o terminal conta com um Redex com 82 mil m² de pátio e armazém de 18,6 mil m². A empresa conta ainda com depot de contêineres vazios com 38 mil m². Um projeto de expansão previsto para os próximos anos deve exigir investimentos de cerca de R$ 7 milhões, além dos planos para aquisição de novos equipamentos. A perspectiva dos diretores da empresa é que o Tesc registre um crescimento entre 10% e 12% na movimentação de produtos siderúrgicos e carga geral, além de 15% no volume de granéis de importação. Após a readequação com a entrada

de novos players no estado, o mercado de contêiner deve voltar a crescer no Tesc a partir de 2014, com expectativa de crescimento de 15%. Recentemente, o Tesc alcançou uma movimentação recorde de embarcações de bobinas de aço laminadas a quente e a frio em um mês: 200 mil toneladas transportadas em 19 navios e barcaças, fruto da parceria de 10 anos com o Grupo ArcelorMittal. “Nosso relacionamento permite um ganho de produtividade e garantia de atracação, que se estendem aos parceiros da empresa”, afirma Jeferson José de Souza, coordenador de Atendimento a


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No Sul do estado, o Porto de Imbituba é uma das principais alavancas econômicas para o desenvolvimento do Sul de Santa Catarina. Segundo o presidente do porto, Luís Rogério Pupo Gonçalves, com o vencimento da concessão do arrendamento do terminal para a iniciativa privada e o governo do estado assumindo a administração do porto, a estratégia é criar uma série de ações que envolvem procedimentos do ponto de vista técnico e operacional, a curto médio e longo prazo que envolvam atividades em toda a região.

DIVULGAÇÃO

Nos seis primeiros meses do ano, a movimentação do terminal cresceu 28,7%.

Neste período o porto conseguiu ampliar o número de navios em operação e diminuir em 15% o tempo de permanência das embarcações atracadas. “Isso está trazendo o interesse dos armadores para operar em Imbituba”, garante Gonçalves. O próximo passo é o aprofundamento do canal de acesso para 17 metros de profundidade e da bacia de evolução para 15 metros, mesma profundidade dos berços. Como a obra já foi aprovada pelo governo federal, a expectativa é que sejam determinantes para deixar o terminal mais competitivo. Hoje, o terminal atua nos segmentos em que o Brasil está explodindo, a exemplo da exportação de grãos, onde a produção é maior que a capacidade de exportar. Em um segundo momento, o alvo será captar as cargas de produção local, além de desenvolver ações para atrair cargas de um raio de 300 quilômetros dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Atualmente a administração do porto está promovendo uma aproximação entre exportadores, armadores e operadores com o objetivo de criar uma convergência econômica, comercial e administrativa que favoreça o desenvolvimento do Porto de Imbituba. Rede de apoio Para que a carga chegue ou saia por um dos cinco portos catarinenses e desembarque no destino final, Santa Catarina ainda conta com uma eficiente rede de apoio logístico que envolve de terminal retroportuário a empresas de transporte. Uma das mais antigas do estado é o terminal Rogério Philippi, fundado em 1965, como comércio e exportação de madeira. Vinte anos depois, a estrutura da empre-

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Cliente. Desde que a ArcelorMittal Vega instalou-se em São Francisco do Sul, grande parte da movimentação de cargas siderúrgicas foi feita pelo Tesc, que desenvolveu em conjunto com a mão de obra portuária local um serviço especializado de operação para atendimento das exigências do seu cliente.

José Humberto Cortez, gerente geral da Brasfrigo.

sa foi readaptada para tornar-se o primeiro terminal de contêineres de Itajaí. Com serviço de armazenagem e reparo de contêineres, unitização e desova de mercadorias, a empresa conta atualmente com uma unidade em Itajaí e outra em Navegantes. Em Itajaí, a empresa está localizada em uma área de 50 mil metros quadrados, armazém com 2.5 mil metros quadrados e 350 tomadas para contêineres reefer. Em Navegantes, o Rogério Philippi conta com área de 70 mil metros quadrados e 250 tomadas para cargas reefers. A empresa conta ainda com oito empilhadeiras, reach stacker com capacidade para empilhar até seis contêineres e movimentar até 45 toneladas. De acordo com o diretor da empresa, Fabrício Philippi, a valorização da moeda americana frente ao real abre perspectivas de crescimento na movimentação de

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mercadorias em 8% até o final de 2014. A resposta positiva que o complexo portuário de Itajaí terá capacidade de receber navios maiores, a partir de uma nova bacia de evolução, também contribui para o índice. “SC tem uma oferta de portos maior do que a demanda, em razão dos vários investimos na área portuária. Isto nos traz uma qualidade diferenciada ao estado. No entanto, precisamos melhorar muito as rodovias e os acessos aos portos, além da imediata implantação de linhas férreas”, observa.

dos, além de um terminal de contêineres com 264 tomadas para monitoramento de energia que foi recentemente ampliado. Além de Itajaí, a empresa conta com unidade em Uberlândia (MG), com capacidade para 100 mil toneladas. Segundo o gerente geral da Brasfrigo, José Humberto Cortez, a empresa está investindo na implantação de novas estruturas drive in

acompanhar o crescimento das exportações e importações de produtos brasileiros. Segundo ele, as exportações brasileiras de proteínas já estão consolidadas mundialmente e com grandes perspectivas de crescimento devido à grande capacidade produtiva, além da qualidade e segurança sanitária do produto nacional. “Até bem pouco tempo, a importação de congelados era um negócio praticamente desconhecido de todos nós, mas que a cada dia vêm crescendo. Estamos nos preparando para esse crescimento”, afirma o executivo. DIVULGAÇÃO/ MULTILOG

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Em Itajaí, o terminal Brasfrigo também é sinônimo de tradição no mercado logístico e portuário. Há 33 anos na cidade, a empresa presta completo serviço de entreposto aduaneiro a exemplo de armazenagem e movimentação em câmaras frigoríficas, monitoramento de energia em terminal de contêiner, unitização, desunitização, etiquetagem, paletização e transbordo de mercadorias, além de controle de estoque informatizado, em uma estrutura habilitada junto ao Ministério da Agricultura para mais de 180 países.

em uma das câmaras frias e na aquisição de uma máquina reach stacker para movimentação de contêineres com capacidade de 45 toneladas, em um investimento total de quase R$ 3 milhões.

Atualmente, a capacidade estática é de 42 mil toneladas nos armazéns frigorifica-

José Humberto explica que, embora seja difícil precisar números, a Brasfrigo deve

Porto seco

Multilog

Um dos destaques da cadeia logística portuária do Estado é o Porto Seco Multilog, de Itajaí. A empresa espera dobrar o faturamento nos próximos cinco anos. De acordo com o diretor executivo do terminal, Djalma Vilela, para atingir a meta projetada, a empresa está investindo em projetos de armazém geral e operações de transportes. Em média, a Multilog movimenta 37 mil contêineres por ano, em 740 mil metros quadrados de área total. A Multilog também acaba de criar o Centro de Excelência e Inovação Logística. Trata-se de uma célula de desenvolvimen-


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to logístico que visa buscar produtividade e eficiência interna e externa. “Hoje conseguimos prover para o cliente uma solução diferenciada com valor agregado e que faz um redesenho de toda a cadeia de suprimentos”, explica Vilela. Além da área de projetos, o centro abriga também a área de tecnologia de informação (TI).

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Dentro da linha de diversificação e oferta de novos serviços, a empresa elaborou um mapa estratégico de desenvolvimento comercial. Entre os pilares que foram eleitos para estimular o crescimento está a China. A ideia é fazer da Multilog um provedor de soluções logísticas para os exportadores ou importadores. O outro pilar no qual o Porto Seco vem investindo é em atividades com alto valor agregado. Recentemente, a empresa fechou acordo com uma grande companhia francesa e ficou responsável por toda a logística de importação, armazenagem e distribuição. “Esse é um novo formato de relacionamento comercial que a Multilog vem perseguindo, que é oferecer serviços diversificados, os quais demandam tecnologia embarcada e investimento em soluções diferenciadas de armazenagem”, enfatiza. Cadeia de serviços Presente no mercado há três gerações, a Heusi Comissária é uma espécie de marca registrada da cadeia de serviços portuários em Santa Catarina. Com escritórios estrategicamente instalados em Itajaí, São Francisco do Sul e Dioníso Cerqueira, a Heusi possui representantes nos principais portos e aeroportos do Brasil. Hoje, os serviços prestados pela empresa dividem-se em cinco segmentos: importa-

CAIAQUE EM FIBRA DE VIDRO

ção, exportação, assessoria em comércio exterior, agenciamento e seguro de cargas. A Heusi Comissária adquiriu recentemente um dos melhores softwares do mercado, com o objetivo de garantir agilidade e qualidade nos processos de despacho de importação e exportação. Segundo o diretor da empresa, Marcelo Heusi, a previsão de crescimento para 2014 é de 25%, em um planejamento estratégico que pretende posicionar a Heusi como uma das três maiores empresas em assessoria de comércio exterior e despacho aduaneiro de Santa Catarina. Assim como a Heusi, outra empresa com sangue catarinense que ganhou o mercado logístico nacional é a Coopercarga. Fundada há 23 anos em Concórdia, no Oeste do estado, a empresa tem como base o mode-

lo do associativismo. Oferecendo soluções logísticas integradas, a empresa passou a atuar nos mais diversos negócios e, hoje, tem atividades concentradas em operações com o transporte rodoviário de cargas (nacional e internacional), centros de armazenagem, distribuição urbana, postos de combustíveis e operações florestais e off road, além de possuir uma equipe especializada e qualificada na formatação de projetos logísticos. Atualmente, são mais de 60 unidades localizadas estrategicamente em todo Brasil e Mercosul e uma frota composta de 1,7 mil caminhões com idade média de quatro anos e monitorada 24h por equipamentos de última geração. Entre os mais de 60 clientes, a Coopercarga atende grandes empresas como Ambev, Suzano, Loreal,

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SUMMIT 2013 A EGA estará presente no Sul Trade Summit 2013 e convida todos para visitarem seu estande. O evento será nos dias 11, 12 e 13 de Setembro em Itajaí/SC. Acesse o site e conheça as novidades. www.tradesummit.com.br CONTATE:

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BRF e Danone. A empresa também está entre as maiores e melhores empresas de transporte do Brasil, de acordo com o ranking da Revista Exame. Segundo o presidente da Coopercarga, Osni Roman, em 2013 a empresa realizou importantes investimentos, a exemplo de um novo centro logístico em Recife (PE), que se consolida como a terceira unidade em armazenagem da empresa. Também está realizando a compra de caminhões para renovação e ampliação de frota, sendo que até o final do ano serão adquiridos cerca de 250 caminhões pesados e 150 leves. Os planos são de investir outros R$ 2 milhões para a melhoria da estrutura dos armazéns de São Paulo e ampliar o negócio, investindo em unidades no Rio de Janeiro e Argentina. Segundo Roman, a Coopercarga ainda oferece um outro diferencial de mercado: a operação de transporte sustentável, com equipamentos diferenciados que proporcionam maior produtividade, menor custo e significativa redução na emissão de CO 2 no meio ambiente. “Exemplo disso são os cases com uma carreta double deck, que atua hoje numa operação dedicada com a Danone, e os novos caminhões pesados movidos a etanol (projeto pioneiro na América Latina) que, quando comparados a um veículo movido a diesel, proporcionam uma redução de emissão de 90% menos gás carbônico na natureza”, observa. Para o presidente da Coopercarga, o cenário econômico brasileiro inspira cuidados em virtude da desaceleração do crescimento, o que impacta diretamente nas demandas logísticas. De qualquer modo, segundo ele, é válido destacar que em Santa Catarina a previsão é positiva de crescimento nas vendas externas, o que

Brasfrigo beneficia o mercado logístico no que tange à parcela que atua com a exportação. “Devido aos grandes gargalos encontrados na maior parte dos portos de outras regiões do país e à maior demanda pela logística de exportação, percebemos que a procura pelos portos de Santa Catarina tem se elevado consideravelmente”, comenta. Alerta logístico A existência de cinco portos situa Santa Catarina como o único estado brasileiro com tamanha quantidade de opções. No entanto, os gargalos rodoviários afetam diretamente a infraestrutura logística catarinense. Romeu Zarsk de Mello, coordenador do Curso de Logística da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), explica que não adianta o estado ter uma boa infraestrutura portuária se o exportador não sabe quando o produto vai chegar ao porto. “Como o modal rodoviário em Santa Catarina representa 92% na matriz de transporte sem perspectivas de alterações no curto prazo, torna-se urgente a solução dos problemas das rodovias estaduais”, observa.

Conforme o professor, a logística precisa ser pensada como um todo. Ele reconhece, no entanto, que especificamente em Itajaí, o sistema de liberação de cargas é mais eficiente que em outras regiões do país, embora a região ainda enfrente problemas no setor. “Para deixar o sistema portuário de Itajaí, a carga vai passar pela infraestrutura rodoviária e a inexistência de outro modal que possa agilizar a movimentação de cargas para diminuir custos”, pondera. Os pontos positivos de Santa Catarina, na opinião de Romeu, são o sistema portuário, a eficiência das empresas do segmento, a capacidade de mão de obra e a facilidade em escoar e receber mercadorias em cinco portos. “Nenhum estado brasileiro, à exceção de Santa Catarina, tem essa facilidade”, destaca o professor. Pensando exclusivamente em Itajaí, ele lembra que o sistema portuário está bem servido de acessos, mas esbarra na ampliação da malha rodoviária, a exemplo da duplicação da BR-470 e a construção da Via Portuária, na área urbana de Itajaí. g


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UM GIGANTE EM

A APM Terminals Itajaí bateu dois recordes em menos de 30 dias. O recorde em movimentação foi registrado em uma operação que envolveu três guindastes, movimentando 2.900 contêineres em 30 horas, o que equivale a 98 movimentos por hora. Além do recorde em movimentação, a APM Terminals Itajaí também bateu o recorde de produtividade, completando mais de 44 movimentos por hora por portêiner, um número que pode ser comparado aos melhores padrões de terminais asiáticos. Os novos recordes podem reduzir os custos portuários, e ainda comprovam porque a APM Terminals leva a marca de excelência portuária a nível mundial.

www.apmterminals.com.br


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CRESCIMENTO PLANEJADO

Multilog fecha contrato com a BMW A empresa de Itajaí traz evolução e novos negócios para o estado de Santa Catarina

Após uma longa rodada de negociações, que começaram em 2012, a Multilog, empresa de logística e armazenagem de Itajaí, fechou um contrato com a BMW. Os veículos chegarão aos portos catarinenses a partir de setembro. Segundo o diretor executivo da Multilog, Djalma Vilela, a empresa conquistou um contrato exclusivo de três anos. “Todos os veículos importados que chegarão ao Brasil terão como destino Santa Catarina”, conta.

por exemplo. Além da importância e crescimento da própria empresa, esse novo cliente também traz um grande ganho para o estado, já que Santa Catarina deverá crescer muito no setor automotivo, pois já conta com a GM e, neste momento, está sendo avaliada por outras montadoras de veículos, como a Mercedes Benz e a Land Rover.

Entre os serviços que a Multilog oferece, a BMW contará com o regime de entrepostamento aduaneiro, que segundo Vilela é uma vantagem competitiva para efeitos de fluxo de caixa e controle de estoques,

Além da BMW, a empresa também conquistou outras contas de grande relevância, como o caso da fabricante de malas Samsonite. A Multilog irá nacionalizar os produtos e contará com um centro de

Novos negócios

Diretor executivo da Multilog, Djalma Vilela


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distribuição dedicado à marca, de onde sairão os produtos para todo o Brasil e Mercosul. “Também conquistamos um contrato com o maior distribuidor do setor náutico do país, a empresa Regatta”, conta o diretor executivo da empresa. Além de nacionalizar o produto, a Multilog ainda prestará os serviços de recebimento, armazenagem e distribuição de todos os acessórios náuticos, como itens de atracação e ancoragem e componentes elétricos e hidráulicos. A Multilog também iniciou uma operação com a rede holandesa atacadista Makro. Com a responsabilidade de atender o estoque de 77 lojas espalhadas pelo Brasil,

a empresa itajaiense visa aumentar a gama de produtos importados da rede holandesa, que possui grande demanda em importação de utensílios, e agora passará a importar alimentos e bebidas. Nova identidade Multilog Com o objetivo de traduzir o portifólio completo de soluções logísticas, com serviços que vão desde a nacionalização, gerenciamento de estoque, centro de distribuição e transporte nacional, a empresa passou por uma redefinição de sua logomarca. A nova logomarca da Multilog, lançada na feira Sul Trade Summit, mantém a origem da sua identidade e remete ao seu negócio e às

suas atividades. A escolha de manter somente a cor azul se deve ao fato de traduzir estabilidade, responsabilidade, harmonia, compromisso, seriedade e credibilidade. Para redefinir a marca da empresa, foi contratado um escritório alemão de redesing, que, além de associar na logomarca todas as atividades da Multilog, também indica visão para o futuro e o crescimento que a empresa busca. Foram três meses de trabalhos até chegar ao resultado final aprovado pela companhia. O diretor executivo explica que tudo isso é o resultado de um trabalho alinhado com o planejamento estratégico da empresa, que é dobrar de faturamento entre três e cinco anos. g

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SANTOS ExPORT 2013

Especialistas e gestores defendem mudanças no perfil do principal porto do país Realocação portuária para a margem esquerda e foco na especialização foram algumas das teses defendidas durante o fórum

“Precisamos explorar a área continental (localizada na margem esquerda do porto) para expandir as atividades portuárias. O conflito com a cidade hoje é muito grande” Paulo Alexandre Barbosa, prefeito de Santos O Porto de Santos deveria seguir a tendência mundial de especialização e oferecer soluções competitivas com alto valor agregado. Quem defende estas alternativas é o doutor em Planejamento de Transporte e Logística pela University of Illinois at Urbana Champaign (EUA), Paulo Tarso Vilela de Resende, que foi um dos palestrantes do painel “Acessos: o futuro do Porto de Santos”, durante o Santos Export – Fórum Internacional para Expansão do Porto de Santos, evento realizado no Mendes Convention Center, em Santos (SP), nos dias 26 e 27 de agosto. “O complexo deve ser reconhecido pelas empresas por suas vantagens e não por ser o único caminho para a movimentação de cargas. Para isso, especializar-se em

“Não estamos prejudicando os portos públicos com a nova Lei dos Portos. Se queremos mudar os portos precisamos ampliar a participação da iniciativa privada, que vai seguir os planejamentos determinados pelo governo federal” Leônidas Cristino, ministro dos Portos

oferecer condições diferenciadas dentro do seu pilar estratégico, as cargas de alto valor agregado, é fundamental para que o porto tenha um perfil mais adequado para enfrentar os desafios do futuro”, afirmou Vilela. Ele citou como exemplo o Porto de Hamburgo (Alemanha), que superou um círculo de baixo valor agregado de produtividade por meio do soluções multimodais e eficiência operacional. O coordenador do Centro de Inovação em Logística e Infraestrutura, Rui Botter, também defende mudanças no perfil do cais santista. A alternativa para problemas como o gargalo logístico, segundo ele, está na realocação portuária para a região da margem esquerda do porto, incluindo Barnabé e Bagres. “Precisamos de uma vi-

são a longo prazo e pensar Santos daqui a 50 anos. Hoje, a cidade está comprimindo o porto e o porto está comprimindo a cidade. Isso precisa mudar, encontrando-se novas área de operação”, destacou. Durante a mesa redonda “Os problemas logísticos do Porto de Santos e soluções a curto, médio e longo prazo”, o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, também defendeu mudanças no perfil do complexo. “Precisamos explorar a área continental (localizada na margem esquerda do porto) para expandir as atividades portuárias. O conflito com a cidade hoje é muito grande. A operação de grãos próxima à Ponta da Praia, por exemplo, fez com que o bairro ficasse com o terceiro pior indicador de qualidade de ar do estado”, disse.


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“O Brasil é um grande exportador de minério de ferro, mas continua importando os trilhos para a implantação das ferrovias” Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB

“Precisamos de uma visão a longo prazo e pensar Santos daqui a 50 anos. Hoje, a cidade está comprimindo o porto e o porto está comprimindo a cidade. Isso precisa mudar, encontrando-se novas área de operação” Rui Botter, coordenador do Centro de Inovação em Logística e Infraestrutura

“Especializar-se em oferecer condições diferenciadas dentro do seu pilar estratégico, as cargas de alto valor agregado, é fundamental para que o porto tenha um perfil mais adequado para enfrentar os desafios do futuro” Paulo Tarso Vilela de Resende, doutor em Planejamento de Transporte e Logística pela University of Illinois at Urbana Champaign (EUA) O ministro dos Portos, Leônidas Cristino, participou da cerimônia de abertura do fórum e ressaltou que a mudança virá da maior participação da iniciativa privada. Ele aproveitou para enfatizar os benefícios do novo marco regulatório dos complexos portuários brasileiros: “Não estamos prejudicando os portos públicos com a nova Lei dos Portos. Se queremos mudar os portos precisamos ampliar a participação da iniciativa privada, que vai seguir os planejamentos determinados pelo governo federal”. O ministro citou os investimentos de R$ 3,8 bilhões que serão aplicados na manutenção dos acessos aquaviários públicos. “Isto é um exemplo de que estamos preservando o público, pois os acessos às

áreas privadas serão responsabilidade das empresas”, ressaltou. E, por fim, reafirmou a importância do cais santista: “O Brasil não pode pensar em melhorar o sistema portuário sem olhar para o Porto de Santos, que está apresentando um desempenho de movimentação superior entre 16 e 18% em relação ao ano passado”. Contradições O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, acredita que o aperfeiçoamento da competitividade do comércio exterior brasileiro será fundamental para a expansão econômica do país, mas, para isso, contradições precisam ser superadas. “O Brasil é um grande exportador de minério de ferro,

mas continua importando os trilhos para a implantação das ferrovias”, afirmou, em almoço realizado com empresários durante o Santos Export. Campos, que tenta viabilizar sua candidatura à presidência em 2014, acredita que o fim desta distorção passa pela reforma do Estado brasileiro: “precisamos buscar a eficiência nas práticas de gestão e combater o corporativismo doentio”. Falando para uma plateia formada, em grande parte, por empresários e executivos do setor portuário, o governador disse que “não se pode jogar sobre os portos a responsabilidade sobre tudo”, citando que fatores da economia externa, além da falta de investimentos em infraestrutura, impactam o desempenho dos complexos. g

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CONTROLE DA QUALIDADE

Consultoria do Senai garante certificação ISO 9001:2008 à Conexão Marítima Conquista contribui para a empresa reforçar confiança dos clientes e se posicionar de forma correta no mercado competitivo A Conexão Marítima, empresa de serviços logísticos do país, localizada em Itajaí, acaba de conquistar a ISO 9001:2008. A certificação de gestão da qualidade foi obtida após auditoria realizada pela empresa Bureau Veritas (BVQI) e graças ao trabalho de consultoria do Serviço Nacional de Aprendizagem Indústrial (Senai). A certificação é importante na medida em que vai contribuir para a empresa ganhar ainda mais confiança de seus clientes e se posicionar de forma correta em um mercado cada vez mais preocupado com o desenvolvimento econômico. “Recebemos com muita satisfação a certificação ISO 9001:2008, que é algo que vem coroar aquilo que sempre foi uma premissa da empresa: a preocupação com a melhoria contínua da qualidade dos produtos e serviços” destaca Rafael Coutinho, diretor executivo da Conexão Marítima. “Agora é importante dar continuidade aos trabalhos, uma vez que são realizadas auditorias anuais para manutenção e renovação deste certificado”, acrescenta. O consultor do Senai de Itajaí, Ramires Fogaça, explica que a conquista da ISO coloca a Conexão Marítima em um patamar internacional em relação a ter os seus processos garantidos, sistematizados e disseminados nas áreas que mais agregam valor à empresa. Durante o trabalho de consultoria foram auditados os processos

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comerciais, de compras, operacional (garantia da carga), infraestrutura, equipamentos, recursos humanos, monitoramento, tecnologia da informação e controle de documentos e registros. Além disso, foram realizadas auditorias internas e ações corretivas e preventivas. “No começo parecia ser uma meta difícil de ser obtida, mas, com o empenho dos

nossos colaboradores e orientação do Senai, alcançamos todos os objetivos”, destaca Coutinho. “Criamos inúmeros aplicativos, melhoramos nossos processos e ministramos treinamentos dos mais variados para todos os colaboradores. Além disso, novas ferramentas gerenciais passaram a compor o dia-a-dia da empresa, sem falar no ganho intelectual dos colaboradores e cultural da empresa”, enfatiza.


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Conforme o consultor do Senai, todos esses processos possuem o seu desempenho monitorado por meio de indicadores. Ramires explica que quando acontece algum desvio, imediatamente são adotadas ações para eliminar ou minimizar possíveis discordâncias. Para que a empresa recebesse a certificação, o Senai atuou na análise de clientes e na definição da política e dos objetivos da qualidade. Além disso, foram realizados diversos treinamentos de sensibilização da força de trabalho, como os cursos da área da qualidade (ferramenta da qualidade, auditor interno e leitura e interpretação da ISO 9000:2008) para que os colaboradores se preparassem para a nova fase da empresa. A certificação ocorreu nos dias 22, 23 e 24 de julho, quando foi realizada a auditoria externa do BVQI. Segundo o consultor do Senai, desde que começaram os trabalhos na Conexão Marítima houve uma mudança no comportamento da empresa em termos de garantia da satisfação do cliente. “O grande objetivo da certificação é fazer com que a empresa tenha um sistema de gestão que permita operar de uma maneira que garan-

ta o desempenho dos processos internos, tomada de decisão e atenda à expectativa do cliente”, destaca Fogaça. De acordo com o consultor, o apoio e a dedicação de toda a equipe do Senai e da direção da Conexão foram fundamentais para o sucesso do projeto. Gestão Ele explica que as empresas que não despertam para esse tipo de programa de gestão da qualidade têm muitas perdas durante as rotinas e retrabalhos, impactando em um custo operacional. Segundo Fogaça, a certificação é um diferencial competitivo, pois o pecado capital da qualidade é vender aquilo que não pode entregar. “Como trabalhamos com muitos processos, essa certificação garante a qualidade e excelência no serviço prestado. É uma excelente referência para o mercado”, acrescenta Alessandro Coelho, diretor comercial da Conexão Marítima. O Senai de Itajaí é referência na certificação da qualidade para empresas do setor portuário, com foco na área operacional de armazenamento e movimentação de cargas.

Desde 1999, o Senai implanta programas de gestão da qualidade em empresas do segmento, a exemplo do Porto de Itajaí, APM Terminals, Porto de Itaqui (Maranhão) e Porto de Cabo Verde (África). O Senai também está desenvolvendo projetos de gestão para o Porto de Maceió e de Natal em parceria com a Secretaria dos Portos (SEP). Uma parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e Confederação Nacional da Indústria (CNI) está implantando em Itajaí o Instituto Senai de Tecnologia Logística e Portuária, que vai atuar em serviços de consultoria na parte de inovação e pesquisa aplicada, com cursos técnicos, qualificação superior e pós-graduação. “O mercado está cada vez mais competitivo, as exigências são cada vez maiores, as empresas não têm mais fronteira e quando ela implanta internamente qualquer ação, reflete diretamente no aumento da satisfação do cliente e na competitividade, perenizando no seu segmento”, acrescenta. Para o diretor do Senai de Itajaí, Geferson Santos, essas ações serão refletidas tanto no desempenho operacional como no financeiro. g

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COMERCIO ExTERIOR

Governo reduz tarifas de importação sobre insumos básicos São 14 setores abrangidos pela medida, entre produtos siderúrgicos, químicos e têxteis, derivados de petróleo, material de transporte e vidros

As alíquotas do imposto de importação sobre insumos básicos voltarão ao patamar médio de 8% e 12%, a partir de 1º de outubro. O nível atual dessas tarifas está em torno de 25%, desde a sua elevação em setembro de 2012. A decisão foi apresentada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Schaffer. São 14 setores abrangidos pela medida, entre produtos siderúrgicos, químicos e têxteis, derivados de petróleo, material de transporte, vidros e artigos de borracha e plástico. Segundo Mantega, a decisão visa gerar maior competitividade no mercado dos insumos e permitir que a indústria de importação os obtenha a custo mais baixo. “A medida tem tendência deflacionária, de reduzir preços. Ou as indústrias que produzem no Brasil baixam preços ou haverá problema”, aponta. O ministro afirma que a renovação do aumento de tarifas de importação dos 100 produtos que integram a lista não é mais necessária, pois a indústria brasileira já se mostra forte. “Nossa

realidade cambial mudou. Com o dólar valorizado não faz sentido manter a elevação de tarifas de importação. Temos condições de retomar as alíquotas anteriores. A indústria se fortaleceu e agora pode enfrentar a concorrência maior, que virá com a redução das alíquotas”, explica.

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Mantega ressalta que a medida ajuda a diminuir o impacto do câmbio na inflação, citando o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), da Fundação Getúlio Vargas (FGV): “A inflação está sob controle. O último IPC-S mostra uma inflação negativa, abaixo de zero. Quase todos os itens estão negativos, a inflação está caindo para um patamar baixo”, afirma. Histórico Em setembro de 2012, o governo elevou o imposto de importação de insumos básicos com o objetivo de garantir a competitividade do produtor brasileiro no mercado interno. “Tínhamos a expectativa de dar tempo para a indústria brasileira se fortalecer em relação aos concorrentes”, diz o ministro. Mantega lembra várias ou-

Ministro da Fazenda, Guido Mantega

tras medidas que também contribuíram para o fortalecimento da indústria, como as desonerações de folha, a aplicação do Programa de Sustentação ao Investimento (PSI) — que reduziu a taxa de juros para realização de investimentos, baixando custos —, e a redução de PIS/Cofins para a indústria química. g


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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Supero oferece plataforma única para gestão de logística portuária Empresa atua no mercado logístico e portuário desde 2005, prestando serviços aos mais diferentes operadores de Santa Catarina DIVULGAÇÃO

de gestão de controle de acesso de pessoas, interfaces com balanças, sistemas biométricos, torniquetes, codins, medidores de fluxos, cancelas, OCR, Siscomex e demais sistemas corporativos. O sistema é uma solução dirigida para portal web com acesso via certificado digital. “De acordo com a norma OTEC-2, se faz necessária a disponibilização de informações aduaneiras e operacionais do terminal à Receita Federal através da internet”, explica o diretor. O módulo online da Supero permite aos fiscais da Receita realizarem consultas estruturadas, não estruturadas e envio de mensagens privativas ao recinto alfandegado. “Atendendo a uma solicitação da Receita Federal foi implantado o acesso ao sistema on-line através de certificação digital”, destaca Jean. Uma solução de sistemas integrados para a gestão portuária leva a assinatura da Supero Tecnologia com Inteligência, empresa blumenauense especializada em Tecnologia da Informação (TI). Criada para atender as exigências do segmento de negócios logísticos, a plataforma destina-se a dar agilidade e trazer transparência no gerenciamento do setor. A Supero atua no mercado logístico e portuário desde 2005, prestando serviços aos mais diferentes operadores de Santa Catarina. De acordo com Jean Carlos Possamai, diretor de mercado da Supero, a solução desenvol-

vida pela empresa atende variados regimes de trabalho que contenham recintos alfandegados em regime comum de importação e exportação, regimes de entreposto de importação e exportação, DAC, trânsito aduaneiro de passagem, reexportação de mercadoria estrangeira, transbordo de importação e exportação, cabotagem e Redex. A solução também se destina a atender empresas que trabalhem com a movimentação de cargas soltas, conteinerizada, granéis sólidos e líquidos e modais rodoviário, ferroviário, marítimo, aeroviário e fluvial. O produto assegura também, segundo Jean, a capacidade

Ineditismo O executivo destaca que, embora existam produtos similares no mercado, a solução desenvolvida pela Supero tem uma concepção inédita, “por ser o único 100% web desenvolvido que temos conhecimento até o momento”. Fundada em 2003, a Supero presta serviços aos mais diferentes operadores logísticos de Santa Catarina. Em 2009, surgiu a ideia de juntar os mais diferentes conhecimentos em uma plataforma única de gestão logística. Hoje a empresa atua em três dos cinco portos do estado.g

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ARMAZENAGEM DE CARGAS

Em Itajaí, predominam espaços de armazenagem isolados e de padrão B Estudo da empresa Capital Realty, que administra o maior condomínio logístico padrão A de Itajaí, detalha números sobre a região Um levantamento inédito revela que os espaços disponíveis para armazenagem na região do Vale do Itajaí, em sua maioria, não atendem as atuais exigências do mercado. O estudo foi realizado no primeiro semestre de 2013 pela Capital Realty, líder de mercado no Sul e especializada em condomínios logísticos e centros de distribuição.

“A diferença entre armazéns isolados e condomínios logísticos é a qualidade desses produtos e a eficiência logística que eles garantem. Nos condomínios, todos os custos de serviços gerais, como portaria e segurança, são compartilhados entre os condôminos, o que diminui os custos,” explica Rodrigo Demeterco, presidente da Capital Realty.

Dos 40 empreendimentos levantados na região de Itajaí, 31 são armazéns isolados, com área bruta locável (ABL) total de aproximadamente 197 mil m². Já a metragem total construída dos nove condomínios logísticos mapeados pela Capital Realty é de cerca de 226 mil m², sendo que apenas 93 mil m² correspondentes a empreendimentos de padrão A, com infraestrutura mais moderna e adaptada às novas necessidades do mercado.

A Capital Realty possui o maior condomínio da região com padrão de qualidade A na classificação internacional. O Mega Centro Logístico Itajaí, como é chamado, possui 52 mil m², o que representa 56% da área dos condomínios desse tipo. A necessidade de empreendimentos de alto padrão é grande na região, o que fez a empresa aumentar a área do Mega Itajaí em 80%. A ampliação foi finalizada em maio de 2012. “Mesmo

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Presidente da Capital Realty, Rodrigo Demeterco


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com muito mais oferta de empreendimentos de baixo padrão, as empresas buscam produtos de qualidade, como os que a Capital Realty oferece. Isso ocorre porque nossos condomínios são projetados como Power Centers Logísticos, com pátio para estacionamento de carretas, área de vivência, restaurante, terminal de contêineres, entre outros”, afirma Rodrigo. A região do Vale do Itajaí tem desenvolvido seu potencial como polo logístico brasileiro. O crescimento pode ser explicado, entre outros motivos, pela atividade do complexo portuário de Itajaí, o segundo maior do país em movimentação de contêineres, ficando atrás apenas do Porto de Santos. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Itajaí, Onézio Gonçalves Filho, destaca o momento econômico do município. “Temos atraído muitas empresas e feito investimentos em hidrovias e rodovias. Criamos leis de incentivo fiscal para facilitar a vinda de novas empresas”, explica. Até o início de maio deste ano, 921 empresas foram abertas em Itajaí. De 2008 até agora, já são mais de 10 mil novos negócios, chegando a um total de quase

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19 mil empresas em operação no município. Sobre a Capital Realty A Capital Realty é considerada a mais tradicional empresa da região Sul na implementação de condomínios logísticos, cen-

tros de distribuição e empreendimentos sob medida para os setores de infraestrutura logística e varejo. Atua no mercado de terceirização imobiliária desde 1999 nas regiões Sul e Sudeste e busca constantemente prover a melhor e mais moderna solução para o cliente. g


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LOGÍSTICA PORTUÁRIA

Porto de Cabedelo apresenta primeiro lugar em crescimento do Nordeste A expectativa da Companhia Docas da Paraíba é que até o final do ano sejam movimentadas mais de 2 milhões de toneladas no porto DIVULGAÇÃO

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O Porto de Cabedelo apresentou de janeiro a junho desse ano o primeiro lugar em crescimento do Nordeste. A movimentação no terminal colocou a cidade de Cabedelo como a quinta maior da região, movimentando quase 16% a mais que o Porto de Recife. Segundo dados da Companhia Docas da Paraíba, até junho deste ano 89 navios atracaram em Cabedelo. A expectativa é que até o fim do ano sejam movimentadas mais de 2 milhões de toneladas no porto. De acordo com o presidente da Companhia Docas da Paraíba, Wilbur Jácome, no primeiro trimestre deste ano, o porto registrou um acúmulo de carga de 645 mil toneladas, um crescimento de 80% em relação ao mesmo período do ano passado. “Fechamos o primeiro semestre com crescimento duas vezes e meia maior que a média registrada pelo Nordeste, que foi de 6.03%. A Paraíba tem se configurado como um dos estados que mais cresceram em políticas para in-

vestimentos privado. Mais de R$ 2 bilhões já estão sendo investidos, graças aos incentivos concedidos pelo governo do estado. Esses incentivos, além da nossa logística, infraestrutura e acessos, são fatores que chamam a atenção dos investidores internacionais”, destaca o presidente.

a logística, o terminal tem uma localização privilegiada, próxima da BR-101 e a apenas 35 quilômetros do Aeroporto Internacional Castro Pinto. Tem ainda acesso direto à BR-230 e à Ferrovia Transnordestina.

O porto de Cabedelo possui hoje uma estrutura de mais de 60 hectares de área. São 602 metros de cais, com calado de 9,14 metros, que será ampliado para 12,5 metros e posteriormente para 13 metros. O porto tem sete armazéns, totalizando 14 mil metros quadrados de área, 26 tanques com capacidade total de 63.859 metros cúbicos, 16 silos com capacidade total para 57.748 toneladas, 18 mil metros quadrados de pátio e 32 hectares de retroárea.

Representantes da empresa Brazilian Cruises Representation (BCR), de São Paulo, realizaram em João Pessoa o lançamento da programação dos cruzeiros para a temporada 2013/ 2014. Serão 14 escalas no Porto de Cabedelo, no período de 29 de novembro a 20 de abril do próximo ano. No roteiro do transatlântico Louis Aura estão Fernando de Noronha, Recife, Natal, Fortaleza e João Pessoa. A estimativa da BCR é que, durante a temporada, mais de 15 mil turistas e tripulantes visitem a grande João Pessoa. A embarcação tem capacidade para 750 passageiros e 350 tripulantes.

O porto é um dos principais centros de distribuição do Norte-Nordeste do Brasil e é o mais oriental das Américas. Para facilitar

Turismo


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De acordo com o diretor da BCR, Milton Sanches, o potencial turístico do ‘Destino Paraíba’, os serviços portuários e a determinação da parceira com o governo do estado, por meio da PBTur, foram fundamentais para atrair a empresa para a reinserção de João Pessoa na programação dos cruzeiros marítimos. Uma pesquisa publicada pela Câmara Americana de Comércio mostra que os investidores americanos estão prospectando negócios em várias em áreas do mercado brasileiro. O levantamento apresenta um panorama no qual o setor portuário aparece entre os mais requisitados pelos executivos. Localizado em posição estratégica e atualmente se configurando como um dos principais centros de distribuição do Norte e Nordeste, o Porto de Cabedelo tem operado à frente de grandes polos, a exemplo de Recife e Natal. Os números e as boas condições de logística e infraestrutura portuária têm atraído investidores do Brasil e de outros países e podem credenciar a Paraíba

a ser contemplada com investimentos dos Estados Unidos. Na Paraíba, a Secretaria de Portos (SEP) promete investir cerca de R$ 150 milhões no aprofundamento no canal de acesso, deixando-o com cerca de 13 metros de profundidade. Além disso, já existem projetos prontos

para expansão e melhoria de toda infraestrutura, dentre eles a construção de um novo terminal de múltiplos usos com 102 mil metros quadrados de área para armazenagem. Outro projeto determinante para o desenvolvimento da região será a construção de um terminal de passageiros, que já se encontra em processo de licitação. g

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Artigo

Luciano Oliveira

ICMS e a importação por conta e ordem de terceiros A que estado é devido o ICMS nas operações de importação por conta e ordem de terceiro? Ao estado em que está situado o importador (geralmente, no local onde ocorreu o desembaraço aduaneiro) ou o do adquirente (se diferente do importador)? Para a compreensão da matéria em sua inteireza, calha, desde já, um acordo semântico. Ocorre que na importação por conta e ordem de terceiros, a relação jurídica é implementada entre duas pessoas jurídicas obrigatoriamente distintas: o importador e o adquirente. Por mais conhecidas que possam ser essas duas figuras jurídicas, atinentes à importação por conta e ordem de terceiros, o que suporia, a não necessidade de tal esclarecimento, especialmente porque o instituto jurídico da importação por conta e ordem de terceiro já se encontra devidamente delineado no ordenamento jurídico nacional, por incrível que pareça, a celeuma jurídica que gira em torno de qual estado da federação é devido o ICMS, ainda não dirimida definitivamente pelos tribunais, será definida a partir desse ângulo, como será visto. Daí a importância de se avultar a conceituação das duas figuras jurídicas referidas. Em resposta à pergunta que abriu o presente texto, se levarmos em consideração a prática recor-

rente de mercado, a resposta é simples: o ICMS cabe ao estado em que está situado o importador ou onde é realizado o desembaraço. Porém, a matéria está revestida de complexidade jurídica que vai muito além do plano meramente empírico. De fato, muito embora, na prática, costumeiramente, o ICMS seja recolhido à unidade da federação em que está localizado o importador ou onde é realizado o desembaraço, do ponto de vista jurídico, a matéria deve ser apreciada com mais vagar. A complexidade é majorada ao se saber que existem protocolos e convênios celebrados no âmbito do CONFAZ sobre a matéria (exemplo: Convênio nº 36/2010 e Protocolo 23/2009). O art. 155, § 2º, IV, ‘a’, da Constituição Federal (com redação dada pela EC 33/2001) preveu que o ICMS incidirá também sobre a entrada do bem de mercadorias importada do exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria. Como se vê, o dispositivo é genérico e não esclarece para quais modalidades de importação deve ser aplicado. O cerne da controvérsia está em investigar quem seria o “destinatário da mercadoria” na importação por conta e ordem de terceiros. Se entendermos

que o destinatário da mercadoria, num primeiro momento, é o destinatário jurídico da operação, isto é, o próprio importador (trading), o ICMS é devido ao estado onde estiver situado o mesmo, geralmente na mesma unidade federativa em que ocorre o desembaraço aduaneiro. De outro lado, se entendermos que o “destinatário da mercadoria” é o destinatário real da mercadoria, ou seja, o adquirente na importação por conta e ordem de terceiros, o ICMS será devido ao estado-membro em que está localizado este, sendo irrelevante o local do desembaraço aduaneiro ou, mesmo, o domicílio tributário do importador. A matéria guarda relevo jurídico e econômico considerável aos importadores nos dias presentes, já que estados como SP e RS, por exemplo, estão lavrando autuações fiscais de elevada monta contra os adquirentes, ao entendimento de que o ICMS é devido ao estado onde está localizado o adquirente, por ser o destinatário real da operação de importação. Em que pese o STF possuir alguns precedentes sobre o dispositivo constitucional referido (art. 155, § 2º, IX, a, CF), ainda não apreciara a matéria específica atinente à importação por conta e ordem de terceiros, o que deve ocorrer no futuro, porém, sem previsão.

1 “Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) [...] IX - incidirá também: a)sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)”

O autor é advogado tributarista, sócio da OLIVEIRA, ARTMANN, SCHMIDT Advocacia Empresarial.


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LOGÍSTICA EMPRESARIAL

Grupo Rocha forma nova diretoria executiva Com atuação em quatro estados do País, a empresa oferece serviços que atendem a movimentação e estocagem de graneis sólidos, cargas geral e contêinerizadas

Executivos

Jorge Henrique Sampaio, CEO (Chief Executive Officer), da Rocha Terminais Portuários e Logística S/A.

Jorge Henrique Sampaio assumiu em agosto o cargo de CEO (Chief Executive Officer), da Rocha Terminais Portuários e Logística S/A. Com mais de 30 anos de experiência em funções executivas e diretivas de empresas de navegação, de operação portuária e de logística, Jorge Henrique tem o desafio de fortalecer ainda mais a capacidade da Rocha em gerar valor aos seus clientes. Com a nova estrutura organizacional, Ademir Bazzotti, que acumula mais de 25 anos de experiência executiva em empresas do agronegócio, assume o cargo de VP Comercial e Luiz Sérgio Albino, que ocupava o cargo de gerente da filial da companhia em Guarujá (SP) assumiu como superintendente da unidade de negócios industrializados. Os demais membros do corpo executivo permanecem em suas funções: Juliano Agnolo na posição de CFO (Chief Financial Officer); Gustavo Daudt como superintendente da Unidade de Negócios de Granéis; Rivadávia Simão como líder de Articulação Institucio-

nal; e Luiz Antônio de Matos como líder de Supervisão Técnica. A nova estrutura da Rocha tem por objetivo acelerar o desenvolvimento econômico da empresa. Ademir Bazzotti explica que a mudança na estrutura organizacional tem um foco grande na expansão de negócios, não só no tipo de atividade, como também geográfica. Entre os projetos está a expansão no Porto de Rio Grande (RS), onde a empresa passou a atuar na área de graneis agrícolas, principalmente fertilizantes, através de associação com a empresa Vanzin Operações Portuárias S/A. Além disso, existe um projeto de expansão para o Nordeste e outro de ingressar numa cadeia de serviços para graneis agrícolas em todas as regiões do país. “Nosso objetivo é atender clientes em outras atividades e serviços”, destaca Bazzotti. Conforme Jorge Henrique Sampaio, a Rocha é uma empresa de quase 150 anos e de olho de futuro. “O foco é aproveitar as

Cláudio Gustavo Daudt, Superintendente de Granéis

Luiz Antônio de Matos, Líder de Supervisão Técnica


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Executivos

Luiz Sérgio Albino, Superintendente de Industrializados

oportunidades”, destaca. Com mais de um século e meio de operação no sistema portuário brasileiro, a Rocha oferece soluções de logística integrada, desde o pedido até a efetiva entrega das mercadorias. No transporte rodoviário, faz entregas e coletas nas regiões Sul e Sudeste e conta com certificação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) como Operador de Transportes Multimodal (OTM). Além disso, tem habilitação pela Receita Federal para o transporte nacional de mercadorias e contêineres em Regime de Trânsito Aduaneiro (DTA), dispondo, assim, de um sistema multimodal confiável e moderno. A Rocha atua hoje nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. A empresa oferece serviços que atendem as diversas necessidades de movimentação e estocagem de graneis sólidos, cargas geral e contêinerizadas, planejando cada operação de maneira individualizada e customizada. Com agilidade e flexibilidade, e ampla presença nas diversas soluções portuárias, a empresa atua como plataforma logística dos fluxos de cargas, integrando os diversos modais e agregando valor ao comércio exterior de mercadorias e de abastecimento. Na área de operações portuárias, a Rocha ainda oferece serviços de armazenagem em retroárea e carga e descarga de navios, utilizando-se de guindastes móveis sobre rodas (MHC),

com capacidade nominal de 100 toneladas. Estrutura A empresa possui uma completa estrutura em uma área total de 32 mil m² de armazéns, com capacidade estática de mais de 400 mil toneladas para a estocagem de fertilizantes e granéis sólidos em Paranaguá (complexo logístico). Além disso, possui balanças rodoviárias e rodoferroviárias, e capacidade de expedição de até 100 vagões por dia, com desvio ferroviário para encoste de 25 vagões. Em Paranaguá, a Rocha também conta com um armazém de 5 mil metros quadrados alfandegado em zona primária do porto para movimentação de carga geral. Já em São Francisco do Sul, em Santa Catarina, a Rocha possui o Porto Seco, um espaço com uma área total de 110,8 mil m², sendo 20,8 mil m² de área coberta. Com dois armazéns e duas balanças rodoviárias com capacidade para até 100 toneladas, o local possui também docas para carga e descarga e uma área coberta para operações cross-docking. A Rocha também dispõe no Guarujá, em São Paulo, de terminal especializado no recebimento, manuseio, armazenamento e reparo de contêineres vazios (Depot), além de Redex, para movimentação de cargas e contêineres cheios, em uma área total de 88.500 metros quadrados.

Ademir Bazzotti, VP Commercial (Vice-presidente Comercial)

Rivadávia Simão, Líder de Articulação Institucional

Juliano Agnolo, CFO (Chief Financial Officer)

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SEGMENTO LOGÍSTICO

Arbos Arquitetura cria projetos sustentáveis para empresas do setor Em Itajaí, a construção da nova sede da DC Logistics Brasil virou ícone desta nova forma de projetar e pensar prédios corporativos DIVULGAÇÃO

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O cuidado com o meio ambiente, aliado a um projeto de arquitetura sustentável, tem ganhado espaço e mercado entre as empresas ligadas ao segmento logístico e portuário em Santa Catarina. Em Itajaí, cidade que abriga o maior porto do estado, a construção da nova sede da DC Logistics Brasil mostra uma nova forma de projetar e pensar os prédios corporativos do segmento. Assinado pela Arbos Arquitetura, em parceria com o escritório Arquitetare e a construtora Racitec, o projeto prevê, entre outras coisas, a utilização de coberturas verdes no terraço, fachada ventilada e áreas para depósito de resíduos recicláveis e não recicláveis. Segundo a arquiteta e sócia da Arbos, Rafaela Beatriz Mafra, a arquitetura sustentável é definida por um conjunto de sistemas que tornam a obra menos impactante ao meio ambiente. Um projeto do gênero deve ter, por exemplo, coleta e tratamento de água, ferramentas para redução da formação de lixo e esgoto, sistemas de energia menos poluente, acessibilidade física e conforto ambiental. “É uma nova forma de pensar as empresas. É preciso aliar a criatividade às novas tecnologias, buscando alternativas viáveis para promover o bem-estar das pessoas e garantir o uso responsável dos recursos naturais”, explica a arquiteta.

Caracterizada como um dos principais agentes de carga do Brasil, a DC Logistics Brasil tem matriz em Itajaí, com escritórios em grandes centros do país. Para projetar a nova sede da empresa, a Arbos procurou equilibrar a antiga estrutura com o novo projeto ampliado através de recursos sustentáveis. A localização estratégica da DC, que está praticamente na orla marítima da cidade, permite que a empresa possa utilizar o vento a seu favor. O prédio conta com 75% de área de fachada ventilada no edifício, diminuindo o ganho de calor pela envoltória e economizando no consumo de ar condicionado. A água das chuvas também é captada para a irrigação dos jardins da empresa. Cerca de 45% de área envidraçada na fachada permite a iluminação natural e 85% das áreas de trabalho, o aproveitamento desta iluminação. Nos terraços, foram utilizadas coberturas verdes (green roofs), que contribuem para a redução das ilhas de calor e proporcionam conforto térmico e acústico. O prédio privilegia ainda o uso de espaços abertos, com varandas em todos os pavimentos. A localização privilegiada, próxima a paradas de ônibus, facilita o acesso dos colaboradores e incentiva o uso de transporte alternativo, com

Arquiteta e sócia da Arbos, Rafaela Beatriz Mafra,

bicicletários e vestiário específico para os ocupantes. Pós-graduada em “Técnicas atuais em materiais de construção e instalações” pela Universidade Politécnica de Catalunha, em Barcelona, na Espanha, Rafaela tem se especializado em arquitetura corporativa. Em Itajaí, ela também assina projeto da Brasmar/APM Terminals e da Freitas Inteligência. g


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ExPORTAÇÕES BRASILEIRAS

ZPE do Pecém é a primeira a entrar em operação no Brasil As Zonas de Processamento de Exportação são caracterizadas como áreas de livre comércio, destinadas a empresas com produção a ser exportada

A Primeira Zona de Processamento de Exportação do Brasil acaba de entrar em operação em São Gonçalo do Amarante, a 60 quilômetros de Fortaleza, a chamada ZPE do Pecém (CE). A Zona de Processamento de Exportação é a primeira do país a entrar em operação e a segunda a receber autorização da Receita Federal para funcionar, depois da ZPE do Acre. Para Gustavo Saboia, secretário-executivo do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE), a inauguração é um marco que ajuda a consolidar o modelo de ZPE no país, um mecanismo para fomentar a competitividade e agregar

valor às exportações brasileiras, além de atrair investimentos e gerar empregos. “A inauguração da ZPE do Ceará abre novas perspectivas para que outras áreas se consolidem como modelo estruturante e de incentivo para as exportações brasileiras, alinhadas com a atual política industrial. Trata-se de importante conquista para o país após 25 anos de criação do modelo”, diz Saboia.

Ceará. Também houve a implantação da área segregada destinada à empresa administradora da ZPE, à Receita Federal e aos demais órgãos anuentes. Além disso, estão em curso as obras de construção da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). A segunda fase está destinada à área de expansão da ZPE.

A implantação da ZPE do Pecém está sendo feita em duas etapas. Na primeira fase, já alfandegada pela Receita Federal, foram realizadas as obras de infraestrutura sob responsabilidade do governo do estado do

As Zonas de Processamento de Exportação são caracterizadas como áreas de livre comércio com o exterior, destinadas à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem exportados,

Livre comércio

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AMP ARMAZÉNS // SALAS SALAS COMERCIAIS COMERCIAIS ARMAZÉNS


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sendo consideradas zonas primárias para efeito de controle aduaneiro. As empresas que se instalam em ZPE têm acesso a tratamentos tributário, cambial e administrativo específicos, com o principal requisito de ter caráter eminentemente exportador. As empresas devem auferir e manter receita bruta decorrente de exportação para o exterior de, no mínimo, 80% do total. Atualmente, existem 24 ZPEs criadas em diferentes fases pré-operacionais em vinte estados brasileiros. Cinco delas estão em estágio adiantado de implantação: Ceará, Acre, Piauí, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. As duas primeiras já receberam a autorização da Receita Federal do Brasil para funcionar, que é chamada de alfandegamento. No Ceará, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) foi a primeira empresa a receber autorização para se instalar na ZPE e é um dos maiores projetos industriais em implantação no Brasil. O investimento previsto chega a US$ 9 bilhões. A CSP será uma usina integrada para produção de placas

ASCOM/MDIC

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Secretário-executivo do CZPE, Gustavo Saboia, participa da inauguração da primeira ZPE do Brasil

de aço destinadas à exportação. As empresas acionistas Vale, Dongkuk Steel e Posco estimam que a instalação da siderúrgica terá impactos relevantes no desenvolvimento regional, com possibilidade de aumento de 12% no Produto Interno

Bruto total do Ceará e de 48% no Produto Interno Bruto industrial do estado. Durante a fase de construção, até 2015, serão criados aproximadamente 23 mil empregos diretos e indiretos. Na primeira fase de operação da usina, estão previstos 4 mil novos postos de trabalho. g


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Artigo

Wagner Antônio Coelho

Retenção da unidade de carga – Mercadoria abandonada Diante da evolução exponencial do comércio exterior brasileiro nas últimas décadas, verificamse vários problemas pertinentes aos setores envolvidos na importação e exportação de mercadorias, bem como nas relações de logística de transportes necessárias para possibilitar o fluxo das respectivas mercadorias, os quais necessitam de resoluções rápidas e eficientes, por conta dos altos valores envolvidos nas operações. Em razão disso, o tema escolhido para esta edição diz respeito à retenção de unidades de carga pela Aduana brasileira, quando verificado o abandono da mercadoria anteriormente à aplicação da pena de perdimento. Importante ressaltar que o caso em exame possui alguns pontos de semelhança com a situação de retenção da unidade de carga posteriormente à aplicação da pena de perdimento pela Aduana brasileira, pois referida situação já se encontra com as decisões uniformizadas no Superior Tribunal de Justiça quanto à impossibilidade de retenção do contêiner, devido à carga e ao contêiner não guardarem relação acessória. A retenção do contêiner anterior à aplicação do perdimento traz repercussão logística e econômica para uma série de intervenientes na operação de importação na qual se verifica o abando-

no da mercadoria pelo consignatário da carga, após transcorrido o prazo de 90 dias, principalmente por motivos relacionados à extinção das atividades econômicas do importador. Por certo, tal situação de devolução de contêiner com mercadoria não nacionalizada e abandonada pelo importador traz dificuldades logísticas e operacionais principalmente para o depositário (recinto alfandegado), bem como para própria Aduana. Em razão disso, são costumeiras as respostas negativas na via administrativa quanto à devolução das unidades de carga anteriormente à formalização da aplicação da pena de perdimento, com fundamentação no argumento de impossibilidade de desunitização das mercadorias neste momento, porquanto, apesar de abandonadas pelo importador, ainda não foi concluído o procedimento fiscal para destinação dos bens. Além disso, justifica-se a negativa na responsabilidade pela desunitização dos contêineres ser do consignatário e, somente após a destinação das mercadorias, a responsabilidade pela desova das unidades de carga passa a ser da Alfândega. No entanto, sob análise da legislação inerente ao transporte marítimo e ao contêiner em con-

sonância com a legislação aduaneira, verifica-se direito da agência de carga/agência marítima de obter a devolução da unidade de carga junto a Aduana, uma vez que não há qualquer vínculo entre o contêiner e a mercadoria nele unitizada capaz de obstar a devolução do contêiner. Importante, nesse caso, ressaltar que a obrigação do transportador é entregar a mercadoria com ou sem o contêiner, equipamento esse utilizado para facilitar a logística de transportes. Em recente julgado proferido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no agravo de instrumento nº 5014868-89.2013.404.0000/ RS, há determinação para Aduana brasileira promover a devolução de unidades de carga abandonadas, independente da aplicação do perdimento sobre as mercadorias neles unitizadas já ter sido formalizada. Apesar de referida matéria ainda não se encontrar pacificada no Superior Tribunal de Justiça, observa-se a possibilidade de haver se mantido tal entendimento na referida Corte responsável por resguardar a uniformização da aplicação da legislação infraconstitucional, tendo em vista a semelhança da matéria com relação à questão da retenção posterior à aplicação do perdimento, já apreciada pela referida Corte Superior.

Wagner Antônio Coelho,advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.


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NEGÓCIOS DO SETOR

ANx International Logistics inaugura nova sede em Itajaí Mesas maiores, sala de reunião, cozinha, estacionamento privativo para os colaboradores e clientes são alguns dos diferenciais da estrutura A ANX International Logistics está de sede nova. A empresa reuniu clientes, colaboradores e parceiros para comemorar a inauguração da nova sede da empresa, localizada na Rua Brusque, 469, piso 2, no Centro de Itajaí. Mesas maiores, sala de reunião, cozinha, estacionamento privativo para os colaboradores e clientes são alguns dos diferenciais da nova sede, que possuí 265 m². “Agora, temos um espaço para dar os treinamentos necessários a fim de incrementar os serviços prestados aos nossos clientes”, comemora o sócio-diretor da ANX Logistics no Sul, José Meirinho. A equipe do Informativo dos Portos esteve presente no evento e registrou os melhores momentos.

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EFICIÊNCIA PORTUÁRIA

TCP alcança marca de terminal mais produtivo do Brasil Terminal de Contêineres de Paranguá atingiu produtividade média de 86 mph (movimentos por hora) nos 61 navios atendidos Após dois anos de investimentos em modernização e ampliação da capacidade operacional, bem como na implantação de um amplo projeto de reestruturação e melhoria de gestão, o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) atingiu recorde nacional de velocidade de atendimento de navios, tornando-se o terminal mais produtivo do Brasil com a marca de 86 mph. A maior produtividade no atendimento de navios permitiu uma redução do período de permanência dos navios no porto. “Apesar de recebermos navios cada vez maiores, o tempo médio de permanência deles foi reduzido em mais de 50% nos últimos dois anos. Considerando que os custos estimados deles são de aproximadamente US$ 6 mil por hora, conseguimos reduzir milhões

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em custos de transportes para nossos clientes importadores e exportadores”, afirma Charles Serique, superintendente operacional do terminal. A marca atingida coloca o TCP no topo do ranking entre os terminais de contêineres em portos públicos e terminais privados no país, e em linha com os melhores terminais no mundo. O resultado reflete um dos maiores projetos de reestruturação já vistos no mercado portuário brasileiro, iniciado em 2010. Desde então, alicerçado no objetivo de equiparar o TCP aos melhores terminais de contêineres internacionais, uma série de projetos foram implantados, garantindo mais eficiência, qualidade e otimização de custos. “Nos últimos dois anos nos concentramos em investir na modernização e ampliação da capacidade do TCP para atender às novas demandas do mercado, reduzindo custos para a cadeia produtiva através de ganhos de produtividade e escala”, destaca Juarez Moraes e Silva, diretor-superintendente do TCP, acrescentando que o terminal é o único da América Latina já autorizado a receber navios de até 368 metros de comprimento por 51 metros de boca. Moraes e Silva explica que os navios de transporte de contêineres estão cada vez maiores em comprimento e largura, o que exige uma adequação dos terminais para recebê-los. Assim, além do espaço no cais de atracação, também são necessários equipamentos modernos e com maior alcance. Com valor de aproximadamente R$ 365 milhões até o final de 2013, o pacote de investimentos realizados pelo TCP é um dos maiores do setor portuário privado no Brasil. São aproximadamente R$ 180 milhões na aquisição de novos equipamentos e R$ 185 milhões nas obras do novo cais de atracação, atualmente em construção. A obra deve ser concluída em novembro deste ano, adicionando mais 315 metros ao cais do terminal e aumentando sua capacidade dos atuais 1,2 milhão de TEUs para 1,5 milhão de TEUs/ano. Excelência Além do pacote de investimentos e da parceria com intervenientes públicos, o TCP também implantou nos últimos dois anos projetos com o objetivo de atingir excelência na qualidade dos serviços prestados. Para isso, foram colocados em prática programas de treinamento e capacitação, projetos de tecnologia da informação e melhorias de gestão com a implantação de uma cultura de meritocracia. O diretor de operações da CMA CGM, Sérgio Lima, um dos maiores clientes do TCP, destaca que “com os investimentos que o terminal realizou em pessoal e equipamentos demonstra-se apto para operar os maiores navios que a CMA CGM opera na costa brasileira”. “A evolução da produtividade do terminal nos últimos dois anos foi impressionante e o recorde atingido de 132 mph em nosso navio MOL Genesis alinha o desempenho aos melhores terminais de contêineres mundiais”, completa Shim Kimura, diretor de operações da MOL Liner, um dos maiores armadores em Paranaguá. De acordo com o CEO, Luiz Antônio Alves, o terminal continuará trabalhando para oferecer, aos seus clientes, serviços de qualidade ainda melhor. “Continuaremos investindo fortemente para tornar o TCP um dos mais modernos e completos integradores logísticos do setor portuário brasileiro com foco em ganhos de eficiência para nossos clientes”. O TCP é hoje o terceiro maior terminal portuário de contêineres do Brasil, e desde 1998 opera sob regime de concessão no Porto de Paranaguá. O TCP tem como acionistas o fundo de private equity Advent International, a Pattac Empreendimentos e Participações S/A, TUC Participações Portuárias S/A, Soifer Participações Societárias Ltda., Group Maritim TCB S.L. e Galigrain S.A. g

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PORTO DE PARANAGUÁ

Iniciativa privada amplia capacidade de movimentação de grãos O novo terminal graneleiro da Seara tem capacidade de armazenar mais de 80 mil toneladas e de movimentar 1,5 milhão de toneladas ao ano O Porto de Paranaguá (PR) conta com uma nova estrutura de armazenagem e logística. Desde agosto, mais um terminal graneleiro, com capacidade de armazenar mais de 80 mil toneladas e de movimentar 1,5 milhão de toneladas ao ano, está funcionando integralmente no terminal. Trata-se de um investimento privado de R$ 50 milhões e uma área de 8,7 mil metros quadrados para potencializar as exportações pelo porto paranaense. O novo terminal da Seara opera desde abril em fase de teste e adaptação. Com a inauguração, segundo o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, as exportações de grãos pelo Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá ganham mais fôlego. “Com mais um terminal bem estruturado na retro-

ASSCOM/APPA

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área, o Porto de Paranaguá pode continuar ampliando o atendimento ao setor produtivo do país. Como temos mostrado nas reuniões com os produtores rurais do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, nosso objetivo é dar resposta à produtividade que o campo vem apresentando”, diz. Para isso, o porto pretende ampliar ainda mais a estrutura com novos espaços para transferência de cargas, licitação de novos terminais portuários ainda este ano e estabelecimento de terminais privados até 2016/17, entre outras medidas.

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Instalado a cinco quilômetros do porto, o novo terminal da Seara tem capacidade de beneficiar até 300 toneladas de grãos por hora. Atualmente, são sete silos verticais, somando capacidade estática de quase 80 mil toneladas. Até 2014, a intenção é construir mais dois e chegar a 100 mil toneladas. Internamente, o transporte dos grãos até o Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, por onde será escoado, é feito preferencialmente por frotas exclusivas de cinquenta vagões e uma locomotiva, com possibilidade de escoar pelo modal rodoviário. De acordo o gerente da Seara, Justino Francisco Neto, o novo terminal – que recebe soja e milho majoritariamente do Paraná e algum volume do Mato Grosso dará mais agilidade ao escoamento da produção do campo. “A nossa expectativa é exportar mais de 1,5 milhão de tonelada de grãos pelo Porto de Paranaguá”, afirma. Corredor Além de receber mercadoria do próprio terminal, a Seara também armazena carga dos outros terminais do Corredor de Exportação que, em dias de chuva ou quando estão cheios, têm uma alternativa. O Corredor de Exportação – por onde é escoada boa parte da soja, do milho e do farelo de soja no Porto de Paranaguá – tem um conjunto de silos verticais e horizontais, dois públicos e sete privados, que soma capacidade estática de armazenagem de quase um milhão de toneladas.

ASSCOM/APPA

No complexo, os grãos são exportados por três berços (212, 213 e 214), com operação de seis shiploaders com capacidade de 1.500 toneladas/hora cada. Quatro desses seis equipamentos estão sendo substituídos, passando a ter capacidade nominal para embarcar duas mil toneladas de grãos por hora, gerando a possibilidade de ganho na produtividade na ordem de 30%. Além dos berços do corredor, outros três terminais na extremidade oeste do cais também são destinados à exportação de grãos. g


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GESTÃO PORTUÁRIA

Modallport completa 18 anos com soluções para o setor portuário Os produtos carro-chefe surgiram na época da fundação da empresa e estão ativos até os dias atuais

Sócios Adilson Gustavo Vieira Junior e Luiz Carlos Bonetti

A Modallpor t completa em outubro 18 anos de presença nos mercados nacional e internacional. Com um crescimento anual contínuo, a empresa que começou com três funcionários e hoje tem mais de 30 colaboradores desenvolve soluções voltadas para a atividade por tuária e de comércio exterior com a criação de softwares específicos para o atendimento a esses setores. Fundada pelos sócios Luiz Carlos Bonetti, Adilson Gustavo Vieira Júnior e Luiz Antônio Maciel Brescovites, que perceberam na época a necessidade de criar em Itajaí uma empresa especializada em ferramentas de gestão de logística portuária, a Modallport conquistou o reconhecimento do mercado. “Temos como principal objetivo atender as necessidades de controle gerencial e operacional das empresas ligadas aos setores de navegação, como agências marítimas, armadores, terminais portuários, estações aduaneiras, terminais de cargas e contêineres e armazéns”, destacam os sócios.

Conforme Luiz Bonetti, os produtos carrochefe da Modallport surgiram na época da fundação da empresa e estão ativos até os dias atuais. “São softwares com 18 anos de bagagem”, destaca. Ele explica que dentre os sistemas desenvolvidos pela Modallport, a maioria deles teve uma trajetória de especialização. “Isso proporcionou que a empresa tivesse um universo de clientes extremamente fiel, que trabalham com a Modallport desde o surgimento da empresa”, comenta. Os funcionários da empresa têm, em sua maioria, mais de 10 anos de casa. O objetivo da empresa não se resume somente ao desenvolvimento de sistemas específicos. Adilson Gustavo destaca que a Modallport também se destaca na prestação de serviços de consultoria para a implantação de processos integrados de gestão administrativa e operacional para as empresas do setor. Em sintonia com as características deste ramo de atividade, a empresa mantém uma equipe pronta para prestar assistência imediata ao cliente. “O que está no DNA da Modallport é maturidade, fidelização e con-

tinuidade. Essa filosofia vale tanto para o nosso público-alvo que são os clientes como para os colaboradores”, destaca. Sistema A empresa desenvolveu um relacionamento tão forte com alguns clientes que colocou a Modallport dentro de ambientes que oportuniza a empresa atuar em outros locais além das fronteiras do Brasil. “O nosso software roda na Argentina e também na China”, destaca Adilson. O sistema é utilizado nestes países por atender melhor que outros programas que estavam disponíveis no mercado. Adilson explica que a conquista destes mercados foi uma evolução que ocorreu naturalmente devido à estabilidade da estratégia de atendimento aos clientes. A empresa tem três frentes de trabalho que estão se direcionando da mesma forma como os próprios clientes estão levando a Modallport a outras fronteiras. O grande desafio hoje, conforme Adilson, é atender a crescente demanda dentro da complexidade que o mercado precisa. g


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DESEMPENHO PORTUÁRIO

Portonave é finalista em dois prêmios internacionais A Portonave Terminais Portuários de Navegantes é o único porto brasileiro entre os finalistas das premiações internacionais Lloyd’s List Global Awards 2013 e Containerisation International Awards 2013, ambas na categoria “operador portuário”. As publicações são independentes e esta é a terceira vez que a Portonave é indicada. O Lloyd’s List Global Awards 2013 é promovido pelo jornal inglês Lloyds List, especializado no comércio marítimo global, e a categoria na qual a Portonave é finalista pretende reconhecer a empresa com melhor eficiência operacional aliada à preocupação com o desenvolvimento sustentável. Uma banca de avaliadores independentes deverá julgar os quatro finalistas. Além da Portonave concorrem ao prêmio: APM Terminals (Holanda),

Krishnapatnam Port Company (Índia) e Port of Tyne (Inglaterra). O vencedor será conhecido em uma cerimônia no dia 1º de outubro, em Londres, Inglaterra. Na premiação Containerisation International Awards 2013, a Portonave foi listada entre os três melhores operadores portuários do mundo. Concorre com a APM Terminals (Holanda) e a CMA CGM (França). O resultado será divulgado em Londres, no dia 24 de outubro. O prêmio internacional é promovido pela revista britânica Containerisation International, editada pela primeira vez em 1967, e especializada em transporte marítimo mundial e no mercado de cargas conteinerizadas. Os finalistas serão avaliados pelo desempenho operacional, agilidade e segurança no serviço, compromisso com os clientes e ações ambientais.g

DIVULGAÇÃO/PORTONAVE

O terminal de Navegantes é o único brasileiro entre os finalistas das premiações, ambas na categoria operador portuário


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ExCELÊNCIA EM TRANSPORTES

Cootravale cria Arco Logístico para atender distribuição fracionada Resultado da iniciativa de 25 transportadores, a cooperativa adquiriu novos veículos para aumentar a capacidade e qualidade nos serviços Desde a inauguração em 1995 em Videira, no Meio Oeste Catarinense, a Cootravale não para de crescer. Em 18 anos, a cooperativa aparece entre as 20 melhores transportadoras do país. Este ano, a Cootravale expandiu sua área de atuação, criando a Arco Logística, empresa que atua no ramo da cadeia de frios em todo o país. Além da criação da Arco, também adquiriu novos veículos para aumentar a capacidade de transporte e qualidade nos serviços. A cooperativa é resultado da iniciativa de 25 pequenos transportadores que decidiram apostar no transporte de cargas de forma cooperativada. Conforme Vilmar José Rui, presidente da Cootravale, com expertise e a bagagem adquirida ao longo da trajetória da empresa, foi identifi-

cado um grande potencial de expansão e definida a criação de uma nova organização com foco no atendimento completo das necessidades de operações logísticas. “Para estar apto ao atendimento destas oportunidades, aprovamos no final de 2012 o investimento da cooperativa na companhia que será o braço logístico do que aqui já denominamos Grupo Cootravale”, explica. Segundo Vilmar, a cooperativa está em constante desenvolvimento para a melhoria das atividades. “Atender renomeados embarcadores é parte do cotidiano da Cootravale. Hoje somos uma das maiores e melhores transportadoras do Brasil. Esta conquista é imensurável. Reflete diretamente nos esforços de trabalhar com seriedade”, destaca.

Presidente da Cootravale , Vilmar José Rui


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As expectativas para 2013 são otimistas, com direcionamento de ações para ampliar os negócios e diversificar a área de atuação. “Nosso planejamento estratégico até 2017 está estabelecido como uma bússola e não como um mapa. Sabemos que queremos ser o melhor operador logístico da cadeia de frio dentro de uma década e para isto temos etapas importantes a cumprir até 2017”, destaca Vilmar. Com a inauguração da Arco Logística, a Cootravale continuará atendendo as operações com transporte de lotação nos segmentos de carga climatizada, seca e porta-contêineres. Já a nova empresa atuará na distribuição urbana, armazenagem, just in time, atendimento em varejo,

DIVULGAÇÃO/COOTRAVALE

O presidente da Cootravale explica que a desaceleração da economia em 2012 impôs um freio na demanda das indústrias. Segundo ele, o impacto foi significativo para o setor, que também sofreu com a regulamentação da Lei 12.619, que estabeleceu regras de segurança para os motoristas. A lei exigiu adaptações e renegociações com embarcadores. Mesmo assim, a cooperativa conseguiu fechar 2012 com crescimento na ordem de 20% na comparação com o ano anterior.

especializada em cargas da cadeia do frio. “Até 2016, devemos ganhar escala atuando em distribuição urbana e armazenagem, e a partir de 2017 atuar em novos negócios”, enfatiza Vilmar. O objetivo final é atender os clientes da cadeia de frio, principalmente frigoríficos de bovinos, suínos, aves e lácteos, do campo à mesa do consumidor. “Além disso, as condições naturais brasi-

leiras são aliadas deste aumento de demanda”, diz o cooperativista. Outra situação importante é a terceirização de algumas cadeias logísticas que já ocorreram com produtos de maior valor agregado, como automotiva e de eletroeletrônicos, chegando à celulose. A cooperativa terá também uma estrutura mais funcional, uma área comercial focada no atendimento ao cliente e voltada a analisar o projeto logístico. g

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Suplemento News GIGANTE PORTUÁRIO

Ministro acompanha andamento das obras do Porto de Santos Conjunto de obras no maior porto do país tem o objetivo de ampliar a capacidade operacional de embarque e desembarque de mercadorias O ministro dos Portos, Leônidas Cristino, vistoriou as obras de infraestrutura no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. O conjunto de obras no porto tem o objetivo de ampliar a capacidade operacional de embarque e desembarque de mercadorias. O ministro visitou também as obras de alinhamento do cais de Outeirinhos (PAC Copa), a Avenida Perimetral Portuária em Guarujá, o início da dragagem de implantação e aprofundamento da bacia de evolução e acesso e visitou a draga que irá realizar os trabalhos de aprofundamento nos berços da Brasil Terminal Portuário (BTP). Durante as vistorias, Leônidas Cristino anunciou a chegada da draga Xin Hai Niu, com capacidade de cisterna de 10 mil m³, para realizar a dragagem de manutenção do trecho 4 do canal de navegação do porto. O trecho faz parte do projeto de aprofundamento do canal de acesso ao porto para 15 metros e largura mínima para 220 metros, em uma extensão de 25 quilômetros. Os serviços estão sendo realizados pelo consórcio Draga Brasil, através de contrato firmado com a Secretaria de Portos (SEP). Outra obra anunciada pelo ministro foi o reforço parcial e de recuperação dos píeres, ponte de acesso e tubovias do Terminal para Granéis Líquidos da Alemoa. O contrato para execução da obra foi assinado dia 5 de agosto. A obra possibilitará a dragagem de aprofundamento dos berços de atracação naqueles píeres, compatibilizando-os com a profundidade do canal de navegação do Porto de Santos, além de trazer ainda mais segurança para as operações de líquidos a granel no terminal.

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Os trabalhos serão executados pelo Consórcio Engrest Dratec durante 21 meses, período previsto para garantir a manutenção das operações do terminal, responsável hoje pela movimentação de 5,23 milhões toneladas de granéis líquidos, 68% da movimentação total desses produtos no Porto de Santos no primeiro semestre de 2013. O valor do investimento é de R$ 36 milhões.

das vias ferroviárias e viário interno existentes, que já foram executados e liberados ao tráfego. Até o momento, foram executadas obras em 1,8 quilômetro, de um total de 2 quilômetros. A conclusão da primeira fase está prevista para setembro de 2013.

Avenida Perimetral em Guarujá

A obra propiciará o aprimoramento da logística para operação de navios de cruzeiros marítimos, permitindo a atracação no cais frontal ao terminal e um atendimento melhor aos passageiros durante a Copa de 2014. Para execução da obra foram emitidas duas ordens de serviço. A primeira abrange um trecho de 504 metros localizado entre os cabeços nº 223 e 240, totalizando os 1.283 metros de cais a serem exe-

A primeira etapa deste empreendimento compreende a execução de serviços de adequação de traçado da Avenida Santos Dumont, com remanejamento e adequação das redes de drenagem e elétrica existentes e da implantação da Avenida Perimetral em Guarujá, incluindo dois viadutos e acessos para a transposição

Adequação para alinhamento do cais de Outeirinhos


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cutados. Em função das operações portuárias, a primeira ordem de serviço foi subdividida em dois trechos e, atualmente, as obras estão sendo executadas entre o cabeço nº 249 (em frente ao terminal da Rhamo) e o cais da Marinha. Este trecho totaliza, aproximadamente, 512 metros e sua conclusão está prevista para dezembro. Projeto da segunda fase da Avenida Perimetral O projeto envolve a implantação e melhoria do acesso aos terminais portuários em Guarujá, através da ligação da Avenida Perimetral com a Rodovia Cônego Domênico Rangoni, segregando o trânsito portuário daquela cidade. Será implantado sistema viário com três faixas na pista de entrada e outras três na de saída, separadas por canteiro central e com calçadas laterais, em uma extensão de 1,7 quilômetro, construção de um viaduto sobre a Rodovia Cônego Domênico Rangoni e um viaduto passando sobre o rio Santo Amaro e sobre o acesso Rodovia X Perimetral. A contratação do projeto executivo da segunda fase da perimetral da margem esquerda está em processo licitatório. O início das obras está previsto para janeiro de 2015, devendo se estender por um prazo de 24 meses. Construção da passagem subterrânea do cais do Valongo A consolidação do projeto básico e elaboração do projeto executivo das obras para construção da passagem subterrânea do cais do Valongo (“Mergulhão”), em Santos é parte integrante da Avenida Perimetral Portuária e visa, principalmente, viabilizar o cruzamento em desnível entre os fluxos rodoviários e ferroviários existentes na região. A implantação deste trecho consiste na construção de 1,54 quilômetro de avenida, compreendendo cerca de 980 metros em túnel e com o sistema ferroviário passando no nível atual ao longo de toda a extensão. A ordem de serviço para a consolidação do projeto básico e elaboração do projeto executivo foi assinada

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em 16 de abril. As obras devem ser iniciadas em janeiro de 2015 e se estenderão por 36 meses. Pátio para estacionamento rotativo de caminhões Essa obra disponibilizará, em sua capacidade plena, cerca de 700 vagas. O novo pátio melhorará, significativamente, o fluxo de veículos, tanto na Avenida Perimetral como nas vias urbanas próximas ao porto, visto que promoverá a retirada dos caminhões estacionados nestas vias. A Codesp aguarda manifestação do Ibama com relação aos estudos ambientais a serem apresentados para licenciamento da primeira etapa de implantação do pátio para estacionamento, que consiste na construção de uma área de 65 mil m², com capacidade para 250 caminhões, com custo estimado em R$ 30 milhões. Trecho do Canal 4/Ponta da Praia da Avenida Perimetral Trata-se de projeto executivo doado pelo setor

privado e em elaboração pela Engefoto S.A. e EXE Engenharia. A construção desse trecho segregará os modais rodoviário e ferroviário naquela região, além de disponibilizar áreas hoje não operacionais para uso dos terminais. O empreendimento envolve a construção de um viaduto, que ligará a atual Avenida Governador Mário Covas Júnior ao porto, sem cruzamento com as composições ferroviárias que se dirigem para o Corredor de Exportação. O início das obras está previsto para março de 2014. Dragagem do acesso aos berços de atracação da BTP A Codesp contratou, através de licitação pública, a empresa Van Oord Serviços de Operações Marítimas Ltda. para executar a dragagem de implantação e aprofundamento de bacia de evolução e acesso a berços de atracação na região do canal de acesso entre a Ilha do Barnabé e Alemoa. Esses serviços tem prazo de realização de 12 meses e custarão R$ 36 milhões. g


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Suplemento News MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

Governo anuncia construção de mais 12 terminais privados O anúncio foi feito pelo ministro dos Portos, Leônidas Cristino, e é o segundo do setor portuário brasileiro, que dá continuidade às ações da Lei dos Portos. O governo federal acaba de anunciar a ampliação e a construção de mais 12 novos Terminais de Uso Privado (TUPs). O objetivo é aumentar a eficiência e a capacidade de movimentação de carga nos portos do país. O anúncio foi feito pelo ministro dos Portos, Leônidas Cristino, e é o segundo do setor portuário brasileiro, que dá continuidade às ações anunciadas em junho deste ano, com a mudança da Lei 12.815, conhecida como Lei dos Portos. Os investimentos na área somam R$ 5 bilhões, que serão destinados ao setor portuário nas regiões Norte, Centro Oeste, Sul e Sudeste. A ação vai aumentar a competitividade e possibilitar a redução do custo logístico portuário. Nesta etapa, estão previstos R$ 2,3 bilhões para duas ampliações e R$ 2,7 bilhões para os 12 TUPs interessados. No total, os investimentos no setor portuário deverão chegar a aproximadamente R$ 6,5 bilhões. Também foram anunciadas as seis empresas interessadas em participar do processo do primeiro anúncio público com investimento previsto de R$ 1,5 bilhão. No Sudeste, os investimentos darão agilidade na captação de cargas destinadas ao Porto de Santos, aumentando a capacidade de movimentação de fertilizantes, açúcar e grãos na região. No Espírito Santo, permitirão a construção do terminal portuário para exportação de minérios e um estaleiro. Na região Norte, o objetivo é melhorar a logística de distribuição de combustíveis. A expectativa é investir R$ 228 milhões em novos

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terminais de movimentação de derivados do petróleo. Além disso, a Secretaria dos Portos prevê investimentos na ordem de R$ 100 milhões para o aumento do escoamento de grãos em Rondônia. Para melhorar o escoamento de grãos e farelo de soja no Centro Oeste, o investimento previsto será de R$ 26 milhões. Nova lei A nova lei dos portos, regulamentada em junho, já autorizou a construção de 50 novos terminais de uso privado no Brasil. A iniciativa, além de remover os entraves do setor, vai aumentar a capacidade portuária e elevar a concorrência, com mais eficiência e menor custo logístico. Ao todo, serão R$ 11 bilhões de

investimentos privados. Os novos TUPs movimentarão cerca de 105 milhões de toneladas de cargas por ano, entre granéis sólidos, líquidos, carga geral e contêineres. Com a mudança na lei, os trabalhadores portuários também vão ser contratados pelas normas vigentes e por intermédio dos sindicatos que representam estes trabalhadores. Já os contratos de exploração dos terminais feitos antes de 1993 não vão ser renovados. Os contratos que foram celebrados depois desta data só vão ser renovados se for de interesse do governo. Para os contratos que vão ser celebrados de agora em diante vale o princípio da maior eficácia e do menor custo no transporte da carga. g


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LOGÍSTICA DE SC

Raimundo Colombo debate portos catarinenses com ministro da SEP Os encontros entre SEP e governadores visam reforçar a parceria com estados e municípios portuários com a finalidade de desenvolver a economia local

Na reunião foi dado mais um passo para o governo catarinense assumir definitivamente a gestão dos portos de São Francisco do Sul e de Imbituba. Hoje, os dois portos estão sob responsabilidade do governo do estado, mas o convênio do porto de São Francisco vence no final deste ano e o de Imbituba no final de 2014. O governo federal já decidiu pela delegação permanente ao estado do Porto de São Francisco do Sul, localizado no litoral Norte do Estado. No entanto, ainda está realizando estudos para determinar o destino do Porto de Imbituba, no Sul de Santa Catarina, que pode ser licitado para a

ANTÔNIO CARLOS MAFALDA / SECOM

O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, secretários e o ministro dos Portos, Leônidas Cristino, debateram sobre novos investimentos nos portos catarinenses: Imbituba, São Francisco do Sul e Itajaí. Desde sua criação, a Secretaria de Portos (SEP) já realizou no estado inúmeros serviços como dragagem, ampliação e reforma em berços com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo o ministro, estes encontros visam reforçar a parceria com estados e municípios portuários com a finalidade de desenvolver a região por meio do setor.

Governador Raimundo Colombo e secretário dos Portos, Leônidas Cristino

iniciativa privada. “A prorrogação é fundamental para que sejam bem sucedidas as atividades desenvolvidas no sentido de incrementar o comércio internacional no Porto de Imbituba, como também para que possamos induzir o desenvolvimento da região Sul do Estado e sua integração com as demais regiões catarinenses”,

explica o governador Colombo. O encontro também debateu as licitações que o governo federal está estudando para obras de melhorias nos portos e em seus respectivos acessos, que serão realizadas em parceria entre governo do estado e governo federal. g

Ministro reafirma importância das obras do Porto do Piauí O Ministro dos Portos, Leônidas Cristino, retomou as discussões sobre as obras do Porto de Luís Correia, no Piauí. Acompanhado de técnicos da Secretaria de Portos (SEP), Cristino reafirmou mais uma vez ao governador Wilson Martins a importância do porto para a região e cobrou alternativas para a retomada das obras paralisadas desde 2011.

De acordo com o governador, o Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental (EVTEA) já foi contratado. A intenção do ministro é incluir a obra no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas para que isso ocorra serão necessários alguns procedimentos, incluindo a análise do EVTEA. O Piauí é o único estado brasileiro localizado em fren-

te ao Oceano Atlântico e que não possui um porto público. O novo projeto do porto de Luís Correia já foi encaminhado ao Grupo Gestor do PAC e está em uma lista com 14 equipamentos portuários marítimos que têm recursos garantidos pelo PAC 2 para obras de dragagem, aprofundamento e adequação da navegabilidade nos canais de acesso. g


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RODOVIA BR-101

Duplicação do trecho Norte dá sinal de estrangulamento Embora só tenham sido executadas 17,24% das obras de melhoramento previstas, em 2012 a receita da concessionária somou R$ 174,1 milhões, valor 11,1% superior ao registrado em 2011

Dois novos estudos da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) sobre a situação da BR-101, nos trechos Norte e Sul, mostram que há melhorias, embora ainda haja atraso nas obras. O primeiro estudo mostra que em cinco anos de concessão do trecho Norte foram executadas somente 17,24% das obras de melhoramento previstas em contrato. O trabalho sobre o trecho Sul

elevou a previsão da conclusão total da duplicação, incluindo as obras de arte, para o final de 2017. O engenheiro Ricardo Saporiti, contratado pela Fiesc para realizar os dois levantamentos, vistoriou a rodovia nos meses de junho e julho. Os estudos foram realizados com o apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agro-

nomia de Santa Catarina (Crea/SC). Embora só tenham sido executadas 17,24% das obras de melhoramento previstas, em 2012 a receita da concessionária nos 382 quilômetros entre Palhoça e Curitiba com pedágio somou R$ 174,1 milhões, valor 11,1% superior ao registrado em 2011. No período, passaram 123 milhões de veículos equivalentes pelas praças de pedágio.


INFORMATIVO INFORMATIVODOS DOSPORTOS PORTOS

A tarifa de pedágio — que em fevereiro de 2008, quando teve início o contrato de concessão, era de R$ 1,28 — passou para R$ 1,70 em fevereiro de 2013. Isso contempla a variação da inflação pelo IPCA e as revisões que são feitas para assegurar o equilíbrio financeiro do contrato (considerando investimentos realizados pela concessionária e os valores pagos pelos usuários). O estudo sugere que nessas reprogramações que definem a tarifa, realizadas no âmbito do Programa de Exploração da Rodovia (PER), da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), seja considerada a falta de cumprimento do contrato por parte da concessionária. O documento defende também que sejam exigidos os investimentos não realizados. Para o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, é urgente o início do processo de implantação de novas pistas no sentido Norte (Florianópolis - Curitiba). “As atuais já estão saturadas e, em alguns trechos, como entre Joinville e Curitiba, o uso já é quase o dobro da capacidade”, afirma. Considerando que no segmento rodoviário entre os quilômetros 175 e 223, trecho que no futuro será atendido pelo Contorno de Florianópolis, estatísticas da Polícia Rodoviária Federal (PRF/SC) demonstram que de janeiro de 2012 a abril de 2013 ocorreram 17.822 acidentes, com 2.001 feridos graves e 248 mortos no local do sinistro. Em relação à conservação do trecho Norte, nos registros técnicos constantes da análise expedita feita para a Fiesc, constam os resultados de análises feitas por empresa especializada, contratada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em que se deduz que as irregularidades do pavimento aumentaram muito desde abril de 2008. Além disso, a rodovia apresenta sinais de degradação, por ausência de recuperações efetivas no período. O documento da Fiesc destaca que a concessionária que opera o trecho tem optado frequentemente por aplicações de camadas de microrrevestimentos para melhorar provisoriamente as condições de rolagem, em vez de recuperar a estrutura do pavimento. O trabalho também faz referência às sinalizações utilizadas ao longo de todo o segmento catarinense concessionado. Em alguns trechos há baixa refletividade nas faixas horizontais pintadas, assim como nas verticais, que utilizam fitas refletivas, prejudicando a segurança da rodovia. Quanto aos melhoramentos da rodovia, os 30 quilômetros de terceiras faixas para ampliação da capacidade, previstos inicialmente para estarem concluídos até fevereiro de 2012, foram postergados para fevereiro de 2013. Mas somente agora as obras estão sendo iniciadas. A implantação da alça de Contorno de Florianópolis, que deveria ter sido concluída em fevereiro de 2012, foi postergada para fevereiro de 2015 e terá que ser revista por causa da construção de um conjunto habitacional na faixa de domínio do projeto original. Isso vai exigir alterações significativas no novo traçado, inclusive com a construção de seis túneis. Conforme o estudo da Fiesc, são obras que exigirão grandes investimentos, os quais, apesar de solucionarem parcialmente o problema de mobilidade na região metropolitana, ao desviar 18 mil veículos por dia do tráfego de longa distância, trarão impacto significativo na tarifa básica de pedágio e nas previsões orçamentárias. A previsão inicial de investimento no Contorno era de R$ 343,2 milhões. A análise da Fiesc registra também que as constantes prorrogações das conclusões das obras das vias marginais e ruas laterais programadas para Biguaçu, Porto Belo, Itapema, Balneário Camboriú, Itajaí, Navegantes, Piçarras, Barra Velha, Joinville, Garuva e São José dos Pinhais têm acarretado prejuízos significativos na fluidez do tráfego e insatisfação dos usuários, proprietários e empreendedores às margens da rodovia. Em relação à operação da rodovia, a adequação do Plano de Outorga da ANTT alterou a locali-

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zação da praça de pedágio localizada em Palhoça do quilômetro 219 para o quilômetro 243. A alteração e suas respectivas incorporações resultaram no acréscimo percentual da tarifa básica de pedágio de 15,85%, com efeitos financeiros a partir de 22 de fevereiro de 2013.

Duplicação total da BR-101 Sul só no final de 2017 A Federação das Indústrias de Santa Catarina também fez novo estudo sobre a atual situação do trecho Sul da BR-101, que vai de Palhoça à divisa com o Rio Grande do Sul (238,5 quilômetros de extensão). A previsão é que a conclusão total da obra, inclusive com a construção das obras de arte pendentes, na melhor das hipóteses, será no final de 2017. Essa estimativa só será confirmada se as publicações dos editais de transposição do Morro dos Cavalos forem realizadas no quarto trimestre de 2013. Em novembro de 2012, a estimativa da Fiesc era de conclusão da obra no primeiro semestre de 2017.


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Quando a Fiesc finalizou o estudo ainda estavam sem liberação para o tráfego 20,5 quilômetros de duplicação, que correspondem a 8,6% da extensão global da duplicação (238,5 km), exigindo ainda investimentos estimados em R$ 1,2 bilhão, montante equivalente a 64% do total investido até aquele momento (R$ 1,9 bilhão). A análise da Fiesc informa ainda que, apesar dos relatórios oficiais apontarem concluídas as obras de reforços e alargamentos das pontes do lote 32, os serviços ainda não foram iniciados nas antigas pontes sobre os rios Paulo Lopes, Cova Triste I, Penha e Araçatuba.

Presidente da Fiesc, Glauco Côrte

A conclusão do lote 25 (Bananal ao Rio Capivari), anteriormente prevista pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para dezembro de 2012, passou para setembro de 2013. No entanto, as obras e a restauração da ponte antiga sobre o Rio Capivari ainda não foram iniciadas, o que permitiu divergir da previsão oficial. O lote 29, no segmento entre os quilômetros 411 (Araranguá) e 437 (Sombrio), cuja meta oficial de conclusão era dezembro de 2012, passou para dezembro de 2013, o que permitirá a liberação do Contorno de Araranguá antes da próxima temporada de veraneio. Isso ajudará a minimizar as estatísticas da PRF/SC, que apontaram 889 acidentes, com 27 mortes no local do desastre, na travessia de Araranguá, de janeiro de 2012 a abril de 2013. Recentemente foi iniciada a obra de transposição do Morro do Formigão, composta por um túnel, com uma galeria, e extensão de 900 metros, cujo prazo contratual é de 720 dias após a emissão da ordem de serviço. Em Laguna encontra-se a maior obra de arte contratada da duplicação da BR-101 Sul. É a transposição da Lagoa de Cabeçuda e do Canal Laranjeiras, com extensão de 2.815 metros e prazo de conclusão de 1.080 dias, contados a partir de maio de 2012 e com conclusão prevista para maio de 2015. As obras de duplicação dos 238,5 quilômetros do segmento Sul da BR-101, no trecho compreendido entre Palhoça e a divisa entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, tiveram seus contratos firmados a partir de novembro de 2004 e ainda estão pendentes de contratação as obras de transposição do Morro dos Cavalos (extensão de 3 quilômetros) e as de reforço e alargamento da antiga ponte sobre o Rio Tubarão (“Ponte Cavalcanti”). O presidente da Fiesc , Glauco José Côrte, destaca que a entidade tem demonstrado, há muitos anos, sua preocupação com o ritmo de desenvolvimento e com os atrasos das contratações das obras remanescentes de duplicação da BR-101 Sul. “Nossos estudos comprovam que a região Sul deixou de gerar, até dezembro passado, riquezas equivalentes a R$ 32,7 bilhões, somente com a perda de vantagem competitiva e o custo econômico proveniente do atraso da obra, sem considerar os custos sociais relativos aos acidentes e mortes na rodovia”, diz. g

EsTATísTiCAs PRF/sC

Em 16 meses 2.814 acidentes, com 81 mortes no local Morro dos Cavalos 697 acidentes, com 19 mortes Travessia Urbana de Laguna 743 acidentes, com 23 mortes Transposição do Morro do Formigão 485 acidentes, com 12 mortes Contorno de Araranguá 889 acidentes, com 27 mortes

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PORTO DO RIO GRANDE

Obras de modernização devem começar em janeiro de 2014 No primeiro semestre foram movimentadas 16,6 milhões de toneladas, com previsão de chegar ao final do próximo ano a 32 milhões de toneladas As obras de modernização de 1.125 metros de cais do Porto Novo, em Rio Grande, devem começar em janeiro de 2014. O anúncio foi feito pelo diretor-superintendente do Porto do Rio Grande, Dirceu Lopes, durante palestra na reunião-almoço “Tá em pauta”, da Câmara de Comércio da cidade. O tema da palestra foi “O Porto do Rio Grande e as Perspectivas de Desenvolvimento Para a Região Sul”. No evento, Lopes também relatou que o porto rio-grandino fechou o ano de 2012 com movimentação de aproximadamente 28 milhões de toneladas de cargas. No primeiro semestre de 2013, foram movimentadas 16,6 milhões de toneladas e a previsão é chegar ao final do próximo ano a 32 milhões de toneladas movimentadas no porto rio-grandino, considerando a safra de grãos deste ano, as peças para parques de energia eólica e ou-

tras diversas mercadorias e produtos. “O Porto do Rio Grande tem fundamental importância para o estado. Por aqui passa a riqueza de todo o processo de desenvolvimento que ocorre no Rio Grande do Sul”, observa o diretor-superintendente. Segundo Lopes, pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), mostra que o porto gaúcho é o sétimo do mundo em eficiência na movimentação de grãos e o primeiro do Brasil. Lopes destaca que, para o futuro, o legado que a Superintendência do Porto do Rio Grande (SUPRG) deseja deixar é um porto eficiente, com segurança, pontualidade e liquidez. Para isso, estão sendo adotados vários investimentos e melhorias. Até 2016, estão previstos investimentos privados no valor de R$ 516 milhões. Até 2023, investimentos públicos devem somar R$ 1,3 bilhões. g

Diretor-superintendente do Porto de Rio Grande, Dirceu Lopes


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A FORÇA QUE VEM DO CAMPO

Exportações do agronegócio podem fechar o ano em R$ 100 bilhões Em oito meses de 2013, o setor acumulou receitas próximas de US$ 70 bilhões, com avanço de cerca de 10% sobre o ano passado

As exportações do agronegócio devem fechar o ano com o recorde histórico de R$ 100 bilhões em negócios. Considerando o período equivalente ao ano e a safra 2012/13 (julho de 2012 a junho de 2013), o setor já atingiu a cifra bilionária. Os embarques somaram US$ 100,6 bilhões, segundo aponta a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). As estimativas preveem desempenho semelhante para o ano civil (de janeiro a dezembro). Em oito meses de 2013, o setor acumulou receitas próximas de US$ 70 bilhões, com avanço de cerca de 10% sobre o ano passado. “A demanda deve continuar aquecida e, no curto prazo, os preços não vão cair muito”, explica Andréia Adami, pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A soja está entre os produtos que vão ganhar participação em volume. A Companhia Nacional de Abastecimento prevê que 37,8 milhões de toneladas saiam pelos portos brasileiros (alta de 16% frente aos 32,4 milhões de 2011/12). O mercado faz um prognóstico ainda mais otimista. “A soja será surpreendente neste ano. Tivemos recorde atrás de recorde nos embarques e é possível chegar a um patamar entre 39 e 40 milhões de toneladas exportadas”, detalha Aedson Pereira, analista da Informa Economics FNP. Um levantamento realizado pelo Cepea indica que os setores sucroalcooleiro e de carnes também passam por um bom momento. Os embarques de etanol e açúcar cresceram 91% e 57%, respectivamente, seguidos pela carne bovina, que subiu 24%. O milho consolidou expansão maior no primeiro semestre, apesar de a previsão ser de recuo em relação a 2012 (que teve as exportações concentradas no fim do ano). Houve crescimento de 358% em relação aos seis primeiros meses de 2012. Esse salto ainda reflete a ocupação pelo Brasil do vácuo no mercado internacional que os Estados Unidos deixaram após a seca histórica de 2012/13. Robson Mafioletti, assessor técnico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) lembra que a recente valorização do dólar frente ao real favorece os ganhos, pois o poder de compra dos importadores que buscam produtos no Brasil fica maior. Do ponto de vista do produtor, segundo ele, essas cotações amenizam a queda nos preços internacionais. A mudança eleva os gastos na importação de produtos como os fertilizantes, mas ainda assim o saldo deve ser positivo para as exportações. A maior parte dos insumos, no entanto, foi comprada antes da atual escalada do dólar sobre o real. g

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Suplemento News CARNE DE FRANGO

Retomadas das exportações para o México começam por Itajaí Empresas brasileiras poderão exportar 300 mil toneladas de carne de frango sem tarifa de importação A retomada das exportações brasileiras de carne de frango para o México em agosto começaram a partir da APM Terminals – empresa arrendatária da operação de contêineres no Porto de Itajaí . O mercado mexicano foi aberto ao Brasil no fim de julho, após a crise de gripe aviária naquele país. Empresas brasileiras poderão exportar para o México 300 mil toneladas de carne de frango sem tarifa de importação.

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Se o México demandar toda a cota disponível, vai se posicionar entre os cinco maiores consumidores da carne de frango brasileira. Com o acordo sanitário entre os dois países, a expectativa é de que o mercado siga aberto ao produto nacional de modo permanente. O Brasil deve produzir 12 milhões de toneladas de carne de frango em 2013, enquanto as exportações devem alcançar 4 milhões de toneladas do produto. O Brasil poderia ter obtido receitas adicionais de US$ 1,65 bilhão e gerado cerca de 94 mil empregos diretos e indiretos, nos últimos quatro anos, não fosse a perda de competitividade de suas exportações de carne de frango. E se o quadro permanecer até 2020, poderão deixar de ser gerados em torno de 103 mil empregos diretos e indiretos na cadeia avícola. As conclusões são da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), a partir de estudo coordenado pelo gerente de Relações com o Mercado, Adriano Zerbini, em parceria com a consultoria Agro.Icone e realizado junto a empresas que representam cerca de 70%

da produção avícola nacional. O trabalho foi apresentado durante o Salão Internacional da Avicultura (Siav), no final de agosto, em São Paulo. De acordo com o estudo, o principal gargalo da competitividade da indústria avícola nacional está nos altos custos industriais e onde os mais relevantes são os custos de mão de obra, de embalagem e de investimentos. A perda de competitividade do Brasil no mercado internacional de carne de frango pode ser observada pela redu-

ção da participação do país nas exportações mundiais dessa proteína. No período de 2001 a 2004, esta participação era de 30%, passando para 39% no período 2005 a 2008 e caindo para 37% no quadriênio 2009 a 2012. O documento destaca que a melhoria da competitividade na indústria avícola nacional passa pelo aumento da produtividade da mão de obra. O setor responde por 347 mil empregos diretos. Neste universo estão incluídos 9 mil funcionários dedicados ex-


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clusivamente ao Serviço de Inspeção Federal (SIF). O estudo afirma que esse custo poderia ser reduzido com mais investimentos do Ministério da Agricultura em pessoal. “Precisamos incentivar a modernização e a automação das agroindústrias avícolas, além de investir em capacitação da mão de obra”, destaca o presidente executivo da Ubabef, Francisco Turra.

O estudo aponta que esse investimento em inovação passa pela redução do custo de investimento, através de medidas como facilitação de acesso ao crédito, juros mais baixos e a desoneração na compra de insumos. “Apesar das dificuldades apontadas pelo estudo, todos os cenários indicam que o Brasil continuará como o maior exportador mundial de carne de frango. Contamos com um

importante fator de competitividade que é o fácil acesso a insumos como milho e soja”, diz Turra. Além disso, segundo o dirigente, no que diz respeito à conjuntura, os ajustes cambiais em curso são favoráveis ao Brasil e podem criar a janela de tempo necessária para se implementar uma estratégia que estimule os investimentos destinados à redução dos custos industriais. g

PORTO DE ITAJAÍ

Projeções apontam crescimento de 12% na movimentação Se confirmado o crescimento projetado, o complexo deve fechar o ano com 1,2 milhão de TEUs movimentados A movimentação portuária no Complexo do Itajaí deve encerrar 2013 com um crescimento de 12% no comparativo com o ano passado. A estimativa é da autoridade portuária, a partir da análise da movimentação apresentada nos seis primeiros meses do ano. Se confirmado o crescimento estimado, a movimentação de contêineres deve fechar o ano com 1,2 milhão de TEUs. Em julho, o complexo movimentou 1,19 milhão de toneladas e 103,04 mil TEUs .“Os números do mês, aliados ao indicativo de retomada da economia europeia, criam um cenário bastante positivo para o Complexo do Itajaí”, comemora o diretor executivo, Heder Cassiano Moritz. Segundo o diretor, há um crescimento expressivo nos embarques e desembarques, porém, as importações continuam superando as exportações. No acumulado do ano, a APM Terminals Itajaí e cais comercial movimentaram 227,28 mil TEUs, com recuo de 9% com relação ao igual período do ano passado, enquanto a Porto-

nave Terminal Portuário Navegantes operou 393,89 mil TEUs, com crescimento de 18% sobre os sete primeiros meses do ano passado. A atividade portuária é responsável pelo maior número de empregos gerados na região e lidera na arrecadação de impostos aos cofres municipais. Além disso, a movimentação do porto reflete em toda a cadeia de serviços que envolvem

toda a economia da região, tais como despachantes, transportadores e empresas de comércio nacional e internacional, além de outras atividades ligadas ao setor. g

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Suplemento News BACIA DE EVOLUÇÃO

Novo projeto prevê nova área de giro no Saco da Fazenda, em Itajaí A proposta levou em consideração a segurança da operação, o baixíssimo impacto social e a possibilidade de redução do prazo de execução da obra Os moradores do bairro São Pedro, em Navegantes, não precisarão mais sair de casa para dar espaço para a construção da nova bacia de evolução do Complexo Portuário do Itajaí. Um novo projeto apresentado recentemente prevê a construção da bacia no Saco da Fazenda, em Itajaí, e não mais na área do município vizinho. O projeto prevê uma nova bacia de 530 metros de diâmetro nas proximidades da foz do Rio Itajaí-Açu, em frente ao Saco da Fazenda.

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A atual bacia, com 400 metros de diâmetro, permite que apenas navios de até 294 metros alcancem os terminais dos portos de Itajaí e Navegantes. Com a obra, o complexo portuário, que inclui as empresas APM Terminals e Portonave Terminais Portuários de Navegantes, poderá receber as maiores embarcações que circulam na costa brasileira, com 366 metros. A proposta de localização da nova bacia de evolução levou em consideração a segurança da operação, os estudos da engenharia, o baixíssimo impacto social e a possibilidade de redução do prazo de execução da obra. Os estudos para a definição do projeto devem ser concluídos até outubro. “Várias informações estão sendo analisadas há meses e esse projeto é o que menos impacta na comunidade”, afirma Antônio Ayres, superintendente do Porto de Itajaí. A empresa holandesa Arcadis realizou uma série de estudos para definição do melhor local para a nova bacia de evolução. O local escolhido agora é o que apresenta o menor impacto social. A alternativa só pôde ser apresentada após o aval dos práticos. Para eles, a localização da nova ba-

cia é considerada segura para a realização da manobra dos navios. A posição da praticagem foi informada oficialmente aos representantes do Complexo Portuário após treinamentos e simulações realizados pelos práticos. Competitividade Orçada em R$ 300 milhões, a obra vai garantir a competitividade do Complexo Portuário, segundo maior movimentador de contêineres do país, e de todas as atividades econômicas relacionadas ao segmento, como despachantes, portos

secos, transportadoras, além dos negócios comuns, como farmácias, mercados e serviços em geral, que são impulsionados pela força econômica gerada da movimentação de cargas. O impacto da não realização da obra será brutal para toda a região que envolve o Complexo Portuário. Estima-se a perda de R$ 30 milhões mensais a partir do próximo ano, com a queda de aproximadamente 75% no movimento de entrada e saída de navios e a debandada dos armadores para outros portos que comportem embarcações maiores. g


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JAQUES VABRE

Comitê começa a promover oficinas de orientação às escolas As aulas serão desenvolvidas por profissionais qualificados de entidades parceiras como Univali, Epagri, Fatma, Famai, Porto de Itajaí e Semasa A Coordenação de Sustentabilidade do Comitê Organizador da “Aventura pelos Mares do Mundo” começou a promover as oficinas de formação e orientação às 65 escolas participantes do Concurso Escola + Sustentável de Itajaí. A proposta da organização do concurso é desenvolver oficinas quinzenalmente para todas as instituições que se dispuseram a participar do desafio de transformar o ambiente escolar em um espaço mais sustentável. Estas oficinas foram propostas baseadas na sugestão das escolas, que pontuaram no formulário de inscrição, oficinas que auxiliem no

desenvolvimento das ações idealizadas no seu ambiente escolar. Além de propostas para a elaboração de projetos nas Escolas Sustentáveis, na ocasião, também serão apresentadas as metodologias do concurso e da IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente. As oficinas serão desenvolvidas por profissionais qualificados de entidades parceiras como Univali, Epagri, Fatma, Famai, Porto de Itajaí e Semasa, os mesmos parceiros que formam a comissão julgadora do concurso. Cada parceiro vai promover formação de caráter

prático, orientando as escolas na implantação de práticas sustentáveis, viáveis no ambiente escolar. O concurso é uma das ações contempladas no Plano de Sustentabilidade do evento “Aventura pelos Mares do Mundo”. Trata-se de ação voltada para as escolas do município, dividida em três categorias: Escolas Estaduais, Escolas Municipais e Escolas Particulares. O principal objetivo é o estímulo do pensamento, pesquisa, originalidade e raciocínio, com o objetivo de ampliar o interesse por projetos sustentáveis. g

Uma festa marcou a passagem do Dia do Motorista na Portonave. O Terminal Portuário de Navegantes realizou um evento que reuniu mais de 500 caminhoneiros. A comemoração é tradicionalmente realizada no Dia de São Cristóvão, considerado o padroeiro dos motoristas e viajantes. Esta foi a 6ª edição do projeto Sinal Verde. A festa foi realizada no estacionamento o lado do gate da Portonave, com entrada livre. Para homenagear os motoristas, a empresa promoveu música ao vivo, distribuição de brindes e exposição de caminhão da Iveco Carboni. Os caminhoneiros ainda puderam fazer teste de glicemia, verificação de pressão arterial e tomar vacinas gratuitamente durante o evento, com atendimento em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. g

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Dia do motorista com festa na Portonave


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INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

Casas contêineres ganham espaços em projetos de construção civil Evolution mostra que reciclar grandes caixas metálicas descartadas pelo transporte marítimo pode garantir conforto, rapidez e sustentabilidade O uso de contêineres marítimos na construção civil ganha adeptos no Brasil. Quem não quer um escritório, plantão de vendas, sala comercial que seja prática, com custo reduzido e que tenha marketing próprio? Os projetos mostram que reciclar as grandes caixas metálicas descartadas pelo segmento de transporte marítimo pode garantir conforto, beleza, rapidez e sustentabilidade à obra. Pensando nessa solução, a Evolution transforma contêineres, dando destaque diferenciado ao novo negócio. “Desde 2004 no mercado, a Evolution atua na venda e locação de contêineres e geradores, desde o simples contêiner de carga ate o que a imaginação permitir, incluindo escritórios, banheiros, guaritas, bilheterias e lanchonetes”, explica o diretor da Evolution, Francisco Liborio. Com matriz em Itajaí e filiais em São José dos Pinhais, região Metropolitana de Curitiba (PR), e São Paulo, a empresa possui representes que atendem todo o território nacional e também o mercado externo. O conceito do escritório contêiner desenvolvido pela Evolution foi adotado, por exemplo, por Wilfredo Schurmann, capitão da Família Schurmann, para acompanhar o andamento das obras do Veleiro Kat. A embarcação será utilizada na chamada Expedição Oriente, que terá início no próximo dia 1º de dezembro, quando os Schurmann embarcam em seu novo veleiro e zarpam para a sua tercei-

ra grande aventura por mares e oceanos do planeta. Primeira família a completar a volta ao mundo a bordo de um veleiro, há quase 30 anos, dessa vez, o casal Vilfredo e Heloísa e os filhos seguirão a rota dos chineses que, de acordo com polêmicas teorias, foram os primeiros a contornar o globo terrestre. De dentro do escritório contêiner, Wilfredo acompanha o passo a passo do projeto do barco.

pelo Instituto Anjos do Mar Brasil (IAMB), de Itajaí. Salvar vidas em risco em alto mar, orientar as pessoas sobre a importância de se preservar ambientes costeiros e aproveitar com segurança estes locais são os principais objetivos do instituto. Criado em 2007 ao observar uma lacuna existente no país nas áreas de segurança náutica e educação aquática, o IAMB teve como referência iniciativas semelhantes já desenvolvidas nos Estados Unidos, Chile, África do Sul e Inglaterra.

O modelo de escritório também é utilizado

Os equipamentos da Evolutionms também

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são utilizados pelo Projeto Tamar. Reconhecido internacionalmente como uma das mais bem sucedidas experiências de conservação marinha do mundo, o Tamar trabalha na pesquisa, proteção e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção: cabeçuda (Caretta caretta), de pente (Eretmochelys imbricata), verde (Chelonia mydas), oliva (Lepidochelys olivacea) e de couro (Dermochelys coriacea). A utilização dos equipamentos nos projetos Schurmann, Tamar e Anjos do Mar, é resultado de uma parceria firmada pela Evolution. Francisco explica a empresa é parceira destes e outros projetos. Para alguns, a empresa cede temporariamente os equipamentos, para outros repassa com preço subsidiado. Cada projeto é estudado profundamente pela Evolution com o cuidado de conhecer o real objetivo e necessidade, para detectar se e o que está sendo proposto vai trazer algum retorno para sociedade, seja ela de cunho sócio educativa, de conscientização ambiental ou se oferece desenvolvimento para a cidade, pondo ela em lugar de destaque e atraindo investidores

e tecnologia. “No projeto Expedição Oriente, Vilfredo Schurmann está mostrando nosso potencial tecnológico para construção naval e, devido ao seu vasto histórico na vela, esta despertando em várias pessoas o desejo do desporto aquático”, exemplifica. A empresa também é parceira da comis-

são de eventos promovidos em Itajaí como a Volvo Ocean Race e a Regata Jacques Vabre. O número de parcerias pode aumentar. Conforme Francisco Libório, se a saúde financeira da empresa permitir e o projeto estiver carregado de boas intenções, este poderá contar com a parceria da Equipe Evolution.

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LOGÍSTICA PORTUÁRIA

Pasetto Transporte projeta crescimento de 25% em 2014 DIVULGAÇÃO

Parceria com importadora de alimentos deve ampliar ainda em 2013 o volume de cargas transportadas entre Santa Catarina e São Paulo

Luan Augusto Rogge, gerente operacional da Pasetto, informa uma recente parceria fechada com uma importadora de alimentos responsável por movimentar cerca 70 contêineres reefer por mês pelo Porto Itapoá, no Norte de Santa Catarina. Com isso, a empresa deve fechar com 10% de crescimento o ano de 2013. Há 12 anos no mercado logístico nacional, a empresa levará os produtos a diferentes destinos do estado de São Paulo, com a expectativa de crescer 25% em 2014 na comparação com 2013. A Pasetto Transporte conta hoje com uma frota de 10 caminhões da marca Scania, dos quais 40% obedecem às exigências das normas de emissão de poluentes Euro 05, e os demais, às da Euro 04. A empresa projeta elevar para 60% da frota o número de caminhões que obedecem as normas de emissão de poluentes Euro 5 até 2014. A transportadora também conta com nove carretas próprias, sendo três para contêineres de 40 pés e seis para contêineres

de 20 pés. “Contamos também com uma frota de terceiros e agregados que chega a 200 veículos, entre carretas abertas, baús, siders, porta-contêiner e graneleira”, destaca Rogge. Patrícia da Rocha Rebello, gerente financeira da Pasetto, explica que a transportadora tem à disposição crédito junto a diversos Bancos, com a aprovação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para adquirir novos equipamentos conforme a necessidade dos clientes. Sobre a empresa Fundada em 2001, a Pasetto começou como uma empresa especializada em transportes de cargas perigosas. Dez anos depois, resolveu expandir o seu leque de atuação, passando a ingressar no transporte de contêineres e cargas em geral. Hoje, tem mais de 10 milhões de quilôme-

tros percorridos, sem nenhum acidente, vítima, perda da carga ou vazamento de produtos químicos. Para o transporte de produtos perigosos, a Pasetto tem licença ambiental da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Fundação Estadual de Proteção Ambiental do Estado do Rio Grande do Sul (Fepam), Licença Especial de Trânsito de Produtos Perigosos do Município de São Paulo (LETPP), licença da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) e ainda registro no Exército Brasileiro e na Polícia Federal. A empresa investe em profissionais capacitados e na constante renovação da frota. “Assim conquistaremos novos cliente e outros milhões de quilômetros rodados sem acidentes”, comenta Edson Pasetto, diretor-presidente da empresa. g


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Diário de Bordo Portos Ampliação de Pecém O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deverá liberar a Licença de Instalação (LI) para as obras da segunda etapa de expansão do Terminal de Múltiplo Uso (Tmut) do Porto do Pecém, um ano e oito meses depois da licitação. Serão empregados R$ 568 milhões na segunda etapa de ampliação do terminal, obra que deve reunir em torno de 1.500 trabalhadores. Mesmo após a licitação, as empresas vencedoras não puderam iniciar os trabalhos, devido à não liberação do Ibama, que já analisava o estudo ambiental do empreendimento.

Embarque de grãos

De olho no Brasil

O Porto do Rio Grande realizou embarque de milho produzido no Paraná e no Mato Grosso do Sul. O grão foi embarcado no navio Maritime Unity, no terminal Termasa. O volume de 55.310 toneladas tem como destino a Indonésia. Este é o segundo navio que embarca milho de outros estados em Rio Grande. Conforme o diretor-superintendente do Grupo CCGL (Termasa/Tergrasa), Guillermo Dawson, com a dificuldade de escoamento de grãos em outros portos, Rio Grande está recebendo o milho produzido na região Centro-Oeste do país. Segundo o diretor-superintendente do Porto, Dirceu Lopes, o bom planejamento da safra de soja fez com que o porto gaúcho se tornasse referência e uma solução para o escoamento de grãos no país com ganho em escala.

Grandes empresários japoneses estão interessados em concorrer às concessões de logística, principalmente nas áreas de portos e ferrovias, que o governo deve lançar nos próximos anos. O interesse foi discutido entre a presidenta Dilma Rousseff e empresários japoneses e brasileiros durante a reunião do Grupo de Notáveis do Comitê de Cooperação Japão-Brasil. O diretor-presidente da Vale, Murilo Ferreira, que integra o comitê, disse que os japoneses avaliam os gargalos logísticos do Brasil como oportunidades de investimentos no setor. Segundo o líder do Grupo de Notáveis e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Mariani Bittencourt, a experiência japonesa na implantação de ferrovias poderá ser usada na expansão da rede no Brasil.

Porto de Maricá

Novos portos

Os Terminais de Ponta Negra (TPN), na Praia de Jaconé, Maricá, região metropolitana do Rio de Janeiro, deverão receber as licenças ambientais necessárias para a sua construção até dezembro deste ano. O empreendimento, também chamado de Porto de Maricá, tem previsão para iniciar a construção no primeiro semestre de 2014 e entrar em operação no segundo semestre de 2016. Desenvolvido pela empresa de logística portuária DTA Engenharia, o TPN terá investimentos de R$ 4,7 bilhões até 2016. Do total, R$ 1,2 bilhão será empenhado pela DTA na construção da infraestrutura marítima e terrestre e R$ 3,5 bilhões por outras empresas que podem se instalar no local.

Com a movimentação de 6 milhões de toneladas de carga ao ano na hidrovia Tietê-Paraná, o governo de São Paulo prepara uma série de obras para alcançar a marca de 12 milhões de toneladas em 2016. Entre as iniciativas, está a construção de quatro portos intermodais. Três deles terão o edital de licitação para preparação do projeto básico divulgado em breve. Os portos serão construídos em Rubineia, Piracicaba e Araçatuba. O quarto porto, em Salto, será licitado e construído depois. Segundo o Departamento Hidroviário de São Paulo, serão disponibilizados R$ 60 milhões para auxiliar a iniciativa privada nas obras.

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Diário de Bordo Empresas Importação de barcos O Brunswick Boat Group, maior fabricante de barcos de lazer do mundo, escolheu a APM Terminals Itajaí para operar a importação de barcos destinados a atender a fábrica de Joinville, no Norte de Santa Catarina. Com uma área construída de 14 mil m², a unidade instalada no condomínio industrial Perini Business Park, em Joinville, produz duas marcas de iates: a Bayliner, com modelos de 23 a 35 pés, e a Sea Ray, com barcos que vão de 26 a 41 pés. Os preços de venda variam entre R$ 150 mil e R$ 1,4 milhão.

Primeira ZPE do Brasil

A primeira Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Brasil foi inaugurada em agosto no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), a Vale Pecém S.A, e a cearense Durametal serão as primeiras empresas da ZPE cearense. As duas primeiras já foram aprovadas pelo Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportações (CZPE) e estão em fase de instalação e o processo da Durametal está em andamento. A implantação da ZPE do Pecém está sendo feita em duas etapas: a área Norte, com 1.166 hectares, e a área Sul, com 3.105 hectares. Na primeira fase, já alfandegada pela Receita Federal do Brasil, foram realizadas as obras de infraestrutura necessárias sob responsabilidade do Governo do Estado do Ceará.

Parque tecnológico

A possível instalação de um parque tecnológico na capital do Ceará já desperta o interesse de algumas empresas estrangeiras, segundo informações da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) da cidade. Cinco grandes companhias internacionais pretendem se instalar no Brasil nos próximos anos. A informação foi dada pela Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado (Adece), pela Câmara Setorial da Tecnologia da Informação e pelo empresário norte-americano e mentor da Universidade Stanford da Califórnia, David Bakker. A ideia é implantar um parque tecnológico aos moldes do Vale do Silício, nos Estados Unidos, que concentra empresas nos ramos de eletrônica, informática e componentes eletrônicos em uma das maiores aglomerações empresariais com domínio de tecnologia de ponta do mundo.

Sistemas informatizados

A integração entre os sistemas informatizados Mercante e Porto sem Papel (PSP) começou na no final de agosto. De acordo com a Receita Federal, o objetivo é facilitar a prestação de informações sobre cargas, sem risco de duplicidade de informações entre o Fisco, o Departamento de Marinha Mercante e a Secretaria de Portos. Com a integração, as informações relativas a cargas registradas pelas agências de navegação serão prestadas apenas uma vez, no Siscomex Mercante, o sistema integrado de comércio exterior. Por enquanto, as agências de navegação podem continuar usando os procedimentos anteriores até que seus sistemas de computador sejam integrados ao novo sistema, em data a ser definida pela Comissão Nacional das Autoridades nos Portos (Conaportos).

Novos contratos

A Santos Brasil Logística acaba de fechar dois novos contratos que consolidam a aposta da holding no crescimento de serviços integrados “porto-a-porta”. A empresa, a que mais cresce no grupo nascido como operador portuário, desenvolveu soluções personalizadas para atender a fabricante alemã de autopeças Schaeffler e a importadora de vinhos argentinos Grand Cru na armazenagem e distribuição no mercado interno. Os contratos são válidos por cinco anos e com faturamento, juntos, de cerca de R$ 11 milhões por ano. A companhia investiu, no total, R$ 2,2 milhões em sistemas, treinamento de pessoal e na introdução de um novo processo de armazenagem. A maior parte, cerca de R$ 2 milhões, foi destinada apenas ao projeto da Schaeffler.


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Diário de Bordo Logística Mais automóveis e caminhões Uma forte alta das exportações e o ainda aquecido mercado interno devem garantir a 2013 mais um recorde na produção de automóveis e caminhões no Brasil. A indústria brasileira está animada e projeta recorde de vendas, mesmo com o fim do benefício da desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). De janeiro a julho deste ano, mais de 1,7 milhão de veículos leves nacionais foram licenciados, alta de 5,5% em relação aos números do mesmo período do ano passado, de 1,6 milhão de unidades. As projeções de exportações de veículos para 2013 passaram de queda de 4,6% para alta de 20%. Os valores foram revistos por causa do aquecimento no mercado importador.

Carne no Japão

O primeiro contêiner carregado de carne suína procedente de Santa Catarina chegou ao Japão no dia 29 de agosto, segundo o adido agrícola do Brasil na Embaixada de Tóquio, Barone de Araújo Nojosa. O produto estará disponível na próxima semana nos supermercados e restaurantes japoneses. A carga da Seara, com 21 toneladas de carne suína in natura, saiu do Porto de Navegantes no dia 13 de julho. Oito frigoríficos de cinco empresas foram habilitados a exportar carne suína ao mercado japonês. A BRF (com as unidades de Campos Novos e de Herval D’Oeste), Seara (unidades de Seara e de Itapiranga), Pamplona (Rio do Sul e Presidente Getúlio), Aurora (Chapecó) e Sul Valle (São Miguel do Oeste). A BRF e a Aurora também enviaram suas cargas e outros frigoríficos que se preparam para embarcar seus produtos.

Área alfandegada

Como parte do plano de expansão, visando à criação do maior berço de atracação do país, a Libra Terminais Santos conta com uma nova área alfandegada. O novo espaço tem mais de 15 mil m² e está situado no T33, adquirido pelo Grupo Libra em julho de 2009 e que passou por ampla reforma, durante oito meses, com infraestrutura de pátio, armazém e costado e também ampliação e modernização do parque de equipamentos. A nova área faz parte do projeto Libra-Santos, com investimento de R$ 550 milhões em obras de modernização para a criação de um só berço de atracação com mais de 1,7 km, integrando o seus terminais, tornando-se um dos maiores do Brasil e único a ser dotado de infraestrutura para receber navios acima de 15 mil TEUs.

Pátios virtuais

Entrou em operação no final de agosto o sistema de pátios virtuais no Terminal Portuário do Grupo Chibatão. O projeto amplia em 20% o uso racional dos pátios de armazenagem de contêineres de 1,5 milhão de m², além de aumento de 30% na produtividade da movimentação das cargas do Polo Industrial de Manaus (PIM), que passa a contar com um moderno sistema que permite a localização exata dos insumos e exportações por quadra, lote, fila e coluna. Na prática, o programa possibilita que antes mesmo que sejam iniciadas as operações de carga ou descarga de carretas e navios atracados no píer, os administradores do sistema saibam o local de destino ou origem dos produtos. A implantação dos pátios virtuais faz parte do programa de modernização tecnológica, renovação administrativa e da infraestrutura do Grupo Chibatão.

Financiamento de infraestrutura

O governo vai reduzir o spread cobrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nos repasses de recursos aos bancos para financiamento de concessões de infraestrutura. O objetivo é aumentar a atratividade dessas operações para as instituições financeiras privadas e estatais que atuarem como agentes repassadores. Hoje, o BNDES cobra 0,75% nos repasses que faz aos bancos que realizam empréstimos com seu funding. A decisão de usar dinheiro do BNDES como principal funding dos financiamentos a projetos de infraestrutura sepulta proposta polêmica que vinha sendo estudada pelo governo e que previa que o Tesouro repassaria recursos diretamente a um fundo e este os emprestaria aos bancos, também com a finalidade de financiar as empresas vencedoras nos leilões de concessão.


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Diário de Bordo Offshore Recorde da Petrobras A Petrobras atingiu em julho recorde mensal de processamento de petróleo nas suas refinarias no Brasil. A carga média processada foi de 2,139 milhões de barris de petróleo por dia (bpd), representando um acréscimo de 29 mil bpd em relação ao recorde mensal anterior de 2,110 milhões de bpd, obtido em maio de 2013. Este é o terceiro recorde mensal de processamento de petróleo atingido somente neste ano. O desempenho contribui para a redução das importações de derivados, respeitando integralmente os princípios de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) que norteiam as ações da companhia.

Interesse americano

A volta dos leilões de petróleo e gás no país fez crescer o interesse de empresas americanas em expandir os seus negócios no Brasil. Roberto Ramos, presidente da Amcham Rio, afirmou que os contatos de novas empresas americanas, de diversos setores, mais que triplicaram depois que as concorrências deste ano foram anunciadas. A AmCham Rio tem recebido, este ano, mais de dez novos contatos de empresas americanas por mês. Antes do anúncio dos leilões, os novos contatos mensais não passavam de três. Muitos dos novos contatos são de fornecedores do setor petrolífero e também de empresas interessadas em trazer tecnologia para exploração e produção de gás natural.

Aproximação com a CVM

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) está avaliando se aproximar mais da Comissão dos Valores Mobiliários (CVM) para agilizar o processo de supervisão das empresas de petróleo, segundo informou a diretora-geral da autarquia, Magda Chambriard, em uma audiência no Senado, em Brasília. O comentário foi feito em resposta a perguntas de senadores sobre previsões de produção de petróleo realizadas pela OGX, de Eike Batista, que não se confirmaram, um dos motivos da crise de confiança em relação à petroleira que derrubou as ações da empresa este ano. Ela disse ainda que o mercado brasileiro precisa entender que a exploração de petróleo tem riscos e que ele terá que aprender a trabalhar com essa situação, considerando as companhias abertas relativamente novas no setor no país.

Sistemas de propulsão

A Wärtsilä vai fornecer sistemas de propulsão para seis navios lançadores de linha (PLVs) que estão sendo construídos pela IHC Merwede. Três destas embarcações foram encomendadas pela Subsea 7 e as demais pela Seabras Sapura. Os PLVs, que serão utilizados pela Petrobras, têm entrega prevista para o segundo semestre de 2016. Os sistemas são compostos por seis motores Wärtsilä 32 de 8 cilindros, dois propulsores transversais, dois propulsores retráteis e três propulsores azimutais que permitem a montagem e desmontagem subaquática. Os equipamentos começarão a ser entregues em fevereiro de 2014.

Investimento na Rússia

A diretoria da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará (Adece) já possui visita agendada para setembro aos investidores russos interessados em construir um estaleiro em Camocim. O órgão, que já mantém conversações com o ex-automobilista Nelson Piquet para a construção de uma outra indústria de construção de navios no mesmo município, já está em busca de um sócio para mais uma planta do tipo também na localidade. Se todas as negociações se concretizarem, o estado terá, então, formado o seu polo naval. A empresa JSC Shipbulding & Shiprepair Technology Center (SSTC), com sede em São Petesburgo, pretende construir um estaleiro de grande porte em Camocim, com investimento que, segundo adiantam alguns dos envolvidos nas tratativas, chegaria a R$ 300 milhões.


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