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INFORMATIVO DOS PORTOS

Setembro/2014 - Edição nº 180 - Ano XIV - Rua Samuel Heusi, 463 - Sala 205 - The Office Business Center - Itajaí/SC

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EDITORIAL Enquanto portos e terminais privados do Brasil buscam driblar desafios logísticos e burocráticos para ganharem eficiência e agilidade, outros parecem mostrar desempenho e uma espécie de “talento natural” acima da média quando o assunto é operação. Em funcionamento há apenas três anos, o Porto Itapoá acaba de conquistar a maior nota do país entre os usuários em pesquisa realizada pelo Instituto de Logística e Suplly Chaion (Ilos), tema de nossa matéria de capa da edição. O desempenho portuário brasileiro destacado pelo instituto é o resultado de uma pesquisa de opinião que mostra a avaliação feita por 169 companhias de 18 setores da economia brasileira. Em Itapoá, a soma de investimentos que vão desde a infraestrutura até o esforço em motivação e qualificação dos colaboradores talvez explique a conquista de tal feito. O que fica evidente com o resultado de Itapoá é a necessidade de mais investimentos privados no país quando o assunto é eficiência dos terminais. Com mais tempo de atividade no setor, o Porto do Pecém ficou com o segundo lugar no ranking, seguido pelo Porto de Navegantes. Atualmente, mais de 800 grandes empresas utilizam o Porto Itapoá como operador logístico, que já conta com 10 serviços para o mundo todo. Que o exemplo de Itapoá sirva de modelo para uma nova forma de enxergar e gerenciar o sistema portuário brasileiro. E que esta reflexão possa colaborar para que todos os portos – públicos ou privados – ganhem em eficiência na hora de movimentar a roda do comércio exterior no Brasil.

ÍNDICE 06.

Governo russo credencia novas empresas brasileiras a exportar

08.

Multilog amplia estrutura para atender novas demandas do setor

20.

ESPECIAL: Porto Itapoá tem melhor desempenho em pesquisa nacional

24.

Candidatos ao governo catarinense defendem redução de carga tributária

26.

Suplemento SEP

30.

Suplemento Porto de Itajaí

Boa leitura!

Publicação: Perfil Editora Diretora : Elisabete Coutinho Diretora Administrativa: Luciana Coutinho Jornalista responsável: Luciana Zonta (SC 01317 JP) Reportagem: Adão Pinheiro e Luciana Zonta Fotos: Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem Projeto gráfico: Solange González Bock Diagramação: Elaine Mafra - (47) 3046.6156 (serviço terceirizado) Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.

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A APM Terminals é referência em operações portuárias no mundo e uma das empresas que mais cresce no setor. A multinacional está presente nas principais rotas de comércio internacional em três portos estratégicos em Itajaí (SC), Santos (SP) e Pecém (CE), além de quatro unidades retroportuárias em Rio Grande (RS), Paranaguá (PR), Itapoá (SC) e em Itajaí (SC), garantindo a entrega das cargas no prazo e com total segurança. Seja para exportar ou importar, conte com a APM Terminals.


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MERCADO DE CARNES

Governo russo credencia novas empresas brasileiras a exportar O aumento da venda de carne suína para Rússia está puxando os preços da carne do animal no mercado interno no Brasil, aliado à redução do preço do milho e da soja A autoridade sanitária de Moscou (Rosselkhoznadzor), na Rússia, decidiu ampliar para 93 o número de estabelecimentos brasileiros credenciados para exportar carne suína, bovina e de aves para aquele país. As últimas autorizações foram para unidades da BRF em Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A aproximação da Rússia é parte da estratégia para garantir abastecimento depois que impôs embargo a uma série de países contrários à anexação da região ucraniana da Crimeia por Moscou, liderados por Estados Unidos e a União Europeia. Segundo o ministério, os russos elevaram também o status da Cooperativa dos Produtores de Carne e Derivados de Gurupi (Cooperfrigu). A unidade de carne bovina e miúdos localizada na região sul do Tocantins tinha um acompanhamento sanitário mais rígido por parte do órgão sanitário russo e agora passa a ser tratada nas mesmas condições que outros frigoríficos brasileiros certificados pelo país. Na primeira decisão, o governo russo havia anunciado a liberação de unidades brasileiras como exportadores por um ano, sendo duas plantas de lácteos, quatro de carne suína, 27 de aves e 56 de carne bovina in natura. Foram liberados 115 produtos para importação pela Rússia. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, as conversas estão avançadas para a liberação de novas plantas de carne de aves. O aumento da venda de carne suína para Rússia está puxando os preços da carne do animal no mercado interno no Brasil, aliado à redução do preço do milho e da soja, principais fontes de alimento dos suínos. Em junho

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do ano passado, por exemplo, Santa Catarina exportou para Rússia 4,468 mil toneladas de carne suína. Em junho deste ano, o volume mais que dobrou e as agroindústrias receberam bem mais por tonelada do que em 2013, o valor passou de US$ 3 mil para US$ 4,7 mil. Queda no preço De acordo com dados da Associação de Criadores do Rio Grande do Sul, o preço médio do quilo do suíno vivo é de R$ 3,94, maior cotação do ano. Em relação a agosto do ano passado, o preço está

40% mais alto. O milho e a soja são os principais ingredientes da ração dos animais. O preço da saca de milho caiu 15% em relação ao ano passado e a tonelada do farelo de soja está 22% mais barata só este ano. “O melhor reflexo da queda no custo de alimentação se dará no animal que o produtor vai comercializar no final do ano já que o produto que hoje sai para comercialização são animais que ainda comeram a alimentação com custo mais alto”, diz Valdecir Folador, presidente da Associação dos Criadores de Suínos/RS. Outro fator que ajuda o setor são as exportações. O preço do porco lá fora está 18% mais alto do que em 2014. g


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COMÉRCIO EXTERIOR

Multilog amplia estrutura para atender novas demandas do setor Entre os novos investimentos estão a Multiprime, criada para atender as demandas da unidade da BMW instalada no norte do Estado, onde são oferecidas operações in house Investimentos em novos negócios e no crescimento da estrutura existente estão ampliando o portfólio de serviços da Multilog. Os destaques ficam por conta da criação da Multiprime, subsidiária instalada em Araquari (SC), que chega ao mercado para atender ao polo automotivo catarinense, e a inauguração de um armazém em Itajaí (SC), destinado à movimentação de produtos high tech, bebidas e itens comercializados no varejo. Segundo o diretor executivo da Multilog, Djalma Vilela, a Multiprime surgiu para atender as demandas da unidade da BMW instalada no norte do Estado, onde são oferecidas operações in house - recebimento, abastecimento da linha de mon-

tagem e gerenciamento de estoque. Além disso, a empresa gerencia as operações de transporte. Ao todo, serão 31 profissionais que trabalham na unidade. A expectativa é receber 6 mil contêineres por ano, volume que possibilitará a montagem de até 20 mil veículos nos primeiros 12 meses. Já o novo armazém instalado em Itajaí, estrutura que demandou R$ 40 milhões em investimentos e conta com 24 mil m² de área operacional, disponibilizará 20 mil posições-palete, com capacidade para armazenar 360 mil caixas. O armazém empregará até 200 colaboradores na expedição de itens high tech, bebidas e produtos comercializados no varejo para atender as

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Diretor executivo da Multilog, Djalma Vilela

Localização Previlegiada

AMP

ARMAZÉNS // SALAS SALAS COMERCIAIS COMERCIAIS ARMAZÉNS


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regiões Sul e Sudeste. A Multilog de Itajaí oferece, além de armazenagem geral, a estocagem alfandegada e atua como entreposto aduaneiro. Consolidação e desconsolidação de cargas, transporte aduaneiro e distribuição são os outros serviços ofertados. A nova estrutura amplia a capacidade de armazenagem da empresa, que agora conta com 140 mil metros quadrados de armazéns construídos. A Multilog também abriu uma filial em Joinville, maior cidade de Santa Catarina, com o objetivo de atender principalmente a demanda de produtos que chegam pelo Porto Itapoá. O novo espaço, com dois armazéns, área de pátio e balança, fica dentro do complexo Perini Business Park e conta com tecnologia de última geração como CFTV, OCR e WMS, oferecendo armazenagem geral, gerenciamento de estoque e transporte. Reforço na equipe Impulsionada por um planejamento estratégico bem solidificado, a empresa passou

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a contar, desde julho, com um novo integrante em sua diretoria. Alexandre Heitmann foi promovido ao cargo de diretor de Desenvolvimento de Negócios, com o desafio de estreitar as relações comerciais com clientes de países como China, Alemanha e Estados Unidos, regiões onde a Multilog vem intensificando parcerias comerciais.

Alexandre Heitmann tem 43 anos, é graduado em Administração de Empresas pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), possui especializações em Relações Internacionais e Gestão de Empresas pela FGV, e tem uma vasta experiência de 25 anos de atuação na área de comércio exterior e logística, sendo que na Multilog está há quase 20 anos. g


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DIVERSIFICAÇÃO DE MERCADO

Venda de alimentos para pets deve crescer 22,3% Atualmente, os alimentos produzidos no Brasil para cães e gatos são exportados para mais de 86 países, incluindo os continentes americano, europeu e asiático Os fabricantes de produtos para pet (cães e gatos) projetam um aumento de 22,3% nas exportações em 2014, sendo que 99% dos embarques são de rações para cachorros e felinos, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). Em cinco anos, as vendas ao exterior devem responder por até 30% da produção e 20% do faturamento das empresas do setor. No ano passado, as vendas para o mercado externo somaram US$ 231,9 milhões, e neste ano, podem chegar a US$ 283,5 milhões, de acordo com estimativas da Abinpet. Atualmente, os alimentos produzidos no Brasil são exportados para mais de 86 países, englobando os continentes americano, europeu e asiático. O Brasil é o segundo maior mercado de produtos para pets no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, com um faturamento de R$ 15,2 bilhões, incluindo as categorias de alimentos, medi-

camentos, acessórios e higiene e beleza. A empresa catarinense Nicoluzzi Rações, que também industrializa farinha de peixe e farinha de cascas de camarão, começou a exportar alimentos para cães e gatos no ano passado. Na ocasião, foram exportadas 100 toneladas, o que contribuiu para terminar o ano com faturamento total de US$ 70 mil, segundo o gerente de exportação da Nicoluzzi, Alfredo Pinto. Pet Brasil O aumento das vendas dos produtos da linha no exterior vem ganhando força com o projeto Pet Brasil, realizado em parceria com a Apex-Brasil, órgão vinculado ao governo federal criado para auxiliar as empresas nacionais interessadas no mercado externo. O Projeto Pet Brasil possibilita que as empresas bra-

sileiras do setor participem de diversas ações, como rodadas de negócios internacionais, feiras, estudos de mercado e exposição em escala global. Paralelamente, o Pet Brasil busca divulgar no mercado internacional o potencial nacional, alinhado às linhas de produção dos principais agentes mundo afora. g

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PREJUÍZOS NA AGRICULTURA

Custo da logística reduz ganho da agricultura paranaense em até 17% Os custos de transporte são os mais representativos, tendo um impacto médio de 8,76% no estado, dependendo da distância entre a origem e o porto. Os produtores paranaenses perdem entre 14% e 17% de sua receita bruta em decorrência dos custos logísticos. Os índices dos prejuízos da agricultura do estado com a logística foram apontados na Pesquisa do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (Esalq-Log), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba, em parceria com a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP). Conforme a pesquisa, os custos de transporte são os mais representativos, tendo um impacto médio de 8,76% no estado, dependendo da distância entre a origem e o porto. Além deste, a armazenagem apresentou um custo médio de 6,38% da receita bruta, e os custos portuários 2,58%. “O dinamismo

do preço da soja no mercado internacional e da cotação do dólar, por exemplo, são algumas das variáveis que influenciam bastante na receita dos produtores, porém são dependentes da oferta e demanda do produto no mercado internacional”, explica Fernando Vinícius da Rocha, mestrando em Administração pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP e pesquisador do Esalq-Log. Segundo o pesquisador, as variáveis logísticas, por sua vez, têm sim um grande peso para redução da receita dos produtores, e cabe aos agentes do setor buscar cada vez mais a redução dos impactos delas, mesmo em épocas em que o preço do produto e a cotação do dólar não estejam tão favoráveis aos exportadores. O trabalho mostra

o impacto da chuva no carregamento dos navios graneleiros em Paranaguá, que é da ordem de 25% do tempo, e ressalta também algumas vantagens comparativas (nível tecnológico e organizacional, como o Sistema Carga OnLine) que o Porto de Paranaguá tem em comparação com alguns outros portos brasileiros. g



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RIO GRANDE

Terminal arrozeiro prevê movimentar 3 mil toneladas por dia Mesmo reconhecendo como positiva a recuperação da Cesa, setor arrozeiro solicitou alternativas para o período em que a companhia deixará de operar arroz DIVULGAÇÃO

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As propostas do projeto para a criação de um terminal arrozeiro no Porto de Rio Grande (RS) devem ser apresentadas ao governo do estado até a primeira semana de setembro. O grupo de trabalho que estuda a criação do terminal foi formado a partir da demanda apresentada pelo Conselho Deliberativo do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) ao governador Tarso Genro. O terminal arrozeiro planejado teria o potencial de movimentar 3 mil toneladas do grão por dia. No último ano, 1,5 milhão de toneladas de arroz foram embarcadas no Porto de Rio Grande. Os conselheiros manifestaram preocupação em relação à logística da exportação do arroz, com destaque para as dificuldades para embarcar o cereal no Porto de Rio Grande. Mesmo reconhecendo como positiva a recuperação da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) e a sua importância no aumento das exportações dos últimos três anos, o setor arrozeiro solicitou alternativas para o período em que a companhia deixará de operar embarques de arroz em virtude das obras de ampliação do cais e de dragagem no Porto Novo. De acordo com o presidente do Irga, Cláudio Pereira, o crescimento da produção e da exportação de arroz criou novos desafios ao setor, especialmente no que se refere ao escoamento do cereal. “O terminal arrozeiro vai dar agilidade ao embarque e trará maior competitividade ao arroz produzido e industrializado no Rio Grande do Sul”, disse. Como a Cesa deixou de ser somente um agente de armazenagem para se tornar um agente de logística, ela teria um papel fundamental na criação do terminal arrozeiro. A opinião foi compartilhada pelo superintendente do Porto de Rio Grande, Dirceu Lopes, que apresentou um projeto que prevê parcerias entre a Superintendência do Porto de Rio Grande, a Cesa e a iniciativa privada. O projeto conta com três armazéns que seriam utilizados em conjunto com silos da Cesa, instalação de shiploader, espaço para a operação dos navios e uma possível ampliação usando a área que atualmente é da Brigada Militar. g


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LOGÍSTICA INTERNACIONAL

Empresa lança novas rotas diretas de LCL para América Latina DIVULGAÇÃO

DHL Global Forwarding amplia serviço de consolidação direta a novos mercados, incluindo Brasil, México e Panamá, o que reduzirá tempos de trânsito

Quatro novas rotas diretas para envio do serviço Less than Container Load (cargas inferiores ao contêiner, LCL) para países da América Latina acabam de ser anunciadas pela DHL Global Forwarding, especialista em transporte aéreo e marítimo do Deutsche Post DHL. Com a abertura destas novas rotas LCL, o mercado passa a beneficiar-se de tempos de trânsito reduzidos, melhores tarifas e redução nas emissões de carbono. “A abertura de nossas novas rotas para destinos selecionados nos permite conectar empresas de todos os portes aos mercados onde estão trabalhando ou explorando oportunidades de crescimento”, explica Ricardo Carui, diretor de Produto Marítimo da empresa no Brasil. As novas rotas LCL proporcionam soluções de embarques rápido para clientes de diversos setores, incluindo moda, tecnologia, bens de consumo, peças de reposição e equipamentos médicos. As rotas China-Brasil e Hong Kong-Nicarágua reduziram os tempos de trânsito para 35 dias; a rota França-México para 14 dias; e a rota Miami-Panamá para apenas cinco dias. Além disso, o serviço direto proporciona uma solução logística mais ecológica para o envio de produtos. Se comparado ao transporte aéreo, o envio marítimo é mais eficiente em termos de emissões de carbono. Rede de transportes A DHL oferece a maior rede de transportes do mundo para o transporte marítimo LCL. Em contínua expansão, a rede é atualmente composta de 45 mil operações de linha internacionais e quase 2 milhões de metros cúbicos de cargas parciais de consolidação por ano. Além de garantir a gestão completa e ininterrupta da cadeia de fornecimento, o serviço LCL cobre serviços de coleta na fonte, consolidação e desconsolidação, entrega no destino, monitoramento e alfândega e procedimentos. g


LOGÍSTICA AÉREA

Municípios poderão administrar aeroportos através de consórcios A decisão foi incluída no novo Plano Geral de Outorgas (PGO), que define regras para a administração de aeroportos em todo o território brasileiro Os municípios vão poder administrar aeroportos regionais através de consórcios. De acordo com o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, a experiência tem demonstrado que muitos aeroportos regionais estão sendo administrados por municípios pequenos que enfrentam grandes dificuldades para gerir uma infraestrutura deste porte, com toda complexidade técnica e administrativa. Para definir se um terminal é estratégico, a Secretaria de Aviação Civil analisa vários critérios, como localização geográfica, características socioeconômicas, acessibilidade e potencial turístico, entre outros. A decisão de transferir a consórcios municipais à admi-

nistração de aeroportos regionais foi incluída no novo Plano Geral de Outorgas (PGO), que define regras para a administração de aeroportos. Com o projeto, os municípios terão que demonstrar capacidade técnica e financeira para administrar aeroportos regionais considerados estratégicos. Sendo assim, apenas localidades com Produto Interno Bruto (PIB) anual acima de R$ 1 bilhão poderão pleitear a gestão desses aeródromos. Municípios vizinhos, organizados em consórcio, cuja soma dos PIBs ultrapasse o valor citado, também poderão requisitar a administração dos terminais. A prioridade para gestão dos aeroportos regionais continua sendo dos estados. Entretanto, eles também

terão de demonstrar capacidade técnica, administrativa, orçamentária e de planejamento. O objetivo é que esses terminais sejam administrados, prioritariamente, por quem tem maior capacidade de gestão. Os estados e municípios poderão conceder à iniciativa privada a gestão desses aeródromos. Mas, para isso, terão de seguir critérios definidos no novo plano de outorgas. Entre outras coisas, terão que comprovar, por exemplo, que têm condições técnicas de acompanhar e fiscalizar o contrato de concessão, garantindo a prestação de um serviço de qualidade à sociedade. Caso os estados e municípios não tinham condições ou interesse, a gestão caberá à União.g

RIO GRANDE

Porto investe em sistema de monitoramento A Superintendência do Porto de Rio Grande (SU­ PRG) implantou um novo sistema de monitoramento e controle de acesso ao Porto Novo, administração e áreas estratégicas do terminal. A tecnologia objetiva aumentar a segurança e a produtividade da operação pelo Porto de Rio Grande. O monitoramento é feito em uma central instalada na sala de controle da Guarda Portuária. Desde que o novo sistema de monitoramento foi implantado, estão em funcionamento 86 câmeras HD de alta resolução e mais duas câmeras de uso exclusivo e diferenciado, com sistemas de infravermelho e termossensíveis. Estes equipamentos possibilitam a captação de imagens à noite e operam com qualquer tipo de visibilidade. Todas as câmeras têm alcance de 15 km e estão estrategicamente distribuídas em áreas do Porto Novo. O investimento da SUPRG foi de R$ 5 milhões. A iniciativa atende ao Código Internacional para

Segurança de Navios e Instalações Portuárias (ISPS Code). “Estamos criando ferramentas de gestão jamais atingidas. Este é um incremento

na qualidade da se­gurança para os usuários, clientes e funcionários do porto”, avaliou o gestor do projeto, Marcelo Cordeiro Couto.g


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ESPECIAL

Porto Itapoá tem melhor desempenho em pesquisa nacional Realizado pelo Instituto Ilos, estudo contou com a participação de profissionais de 169 companhias brasileiras, que deram nota de 0 a 10 para os três principais portos que usam. Itapoá ficou com a melhor média nacional: 8,9 A soma de investimentos que vão desde a infraestrutura até o esforço em motivação, qualificação e engajamento dos recursos humanos pode ser a explicação para um dos terminais privados mais jovens do Brasil ter conquistado o primeiro lugar em desempenho na pesquisa realizada pelo Instituto de Logística e Supply Chaion (Ilos). Localizado na Baía da Babitonga, no Norte de Santa Catarina, o Porto Itapoá conquistou a maior nota dos usuários: 8,9. O desempenho portuário brasileiro destacado pelo Instituto Ilos é o resultado de uma pesquisa de opinião que mostra a avaliação feita por 169 companhias de 18 setores da economia brasileira. Com apenas três anos de operação, o terminal é administrado pelas empresas Aliança (da Hamburg Süd), Battistella e Log Z (formada por fundos de investimentos administrados pela BRZ) e é especializado na movimentação de contêineres. Este ano, contudo, a avaliação apresentou uma queda significativa em relação às outras séries da pesquisa. Quando o trabalho foi iniciado, em 2007, a nota média dada pelos usuários dos portos brasileiros era de 6,3; subiu para 6,9, em 2009; 7,3, em 2012; e agora caiu para 6,8. Os profissionais de logística das empresas deram nota de 0 a 10 para os três principais portos que usam. As piores avaliações vieram dos setores de mineração, químico, petroquímico,

higiene e limpeza, cosmético e farmácia. Na média, os terminais privativos tiveram as melhores notas e os públicos, as piores. “Essa posição reflete dificuldades de acesso (terrestre e marítimo), burocracia, mão de obra. Os terminais que estão dentro do porto são bons, mas a parte coletiva não é”, avalia o presidente do Ilos, Paulo Fleury. O resultado do Porto Itapoá, nesse contexto, e com apenas três anos de operação, revela a necessidade de mais investimentos privados no país. Mesmo cercado de bons concorrentes, o terminal já apresenta resultados empolgantes num curto espaço de tempo. “Nossa entrada no setor foi desafiante. Itapoá era uma cidade turística, de veraneio, sem nenhuma tradição na atividade portuária. Além disso, nossos concorrentes (Paranaguá, Navegantes e São Francisco do Sul) já estavam consolidados”, afirma o diretor do porto, Márcio Guiot. A saída, diz ele, foi adotar práticas diferenciadas, sejam de operação ou tarifária. Com mais tempo de atividade no setor, o Porto do Pecém, ficou com o segundo lugar no ranking do instituto. O terminal privativo, controlado pelo governo do estado do Ceará, obteve nota 7,9. Inaugurado em 2002, movimenta granéis sólidos e líquidos, além de contêineres. O terceiro melhor avaliado, com 7,44 pontos,

foi o Porto de Navegantes, vizinho de Itapoá. Na outra ponta ficaram os portos públicos de Santos (6,36), Salvador (6,33) e Paranaguá (6,33). São três complexos portuários formados por grandes terminais que movimentam uma série de cargas, como contêineres, veículos, combustíveis, soja e açúcar. A administração é feita por estatais federais (Santos e Salvador) ou estaduais (Paranaguá). “Uma empresa só consegue atingir níveis de excelência, como aponta o resultado dessa pesquisa, quando consegue identificar que seu maior patrimônio são as pessoas. Investimento em infraestrutura, equipamentos e relações comerciais são fruto do trabalho de nossos colaboradores, que trabalham com a certeza de que tudo que fazem são para eles mesmos, e não apenas pela empresa”, exalta Patrício Júnior, presidente do Porto Itapoá Infraestrutura do terminal O Porto Itapoá é um terminal portuário privativo de uso misto para a movimentação de contêineres. A escolha por Itapoá para sediar o empreendimento foi motivada pelas características físicas e geográficas da região, como as águas abrigadas da Baía da Babitonga e sua profundidade natural de 16 metros, que possibilita ao Porto Itapoá receber navios de grande porte. Sua estrutura, com o píer de atracação situado a 230 metros


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Ranking dos Portos Brasileiros 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º

Itapoá Pecém Navegantes Rio Grande Vitória Itajaí Suape São Francisco do Sul Itaguaí Rio de Janeiro Santos Salvador Paranaguá

8,90 7,90 7,44 7,30 7,29 7,22 6,89 6,86 6,80 6,72 6,36 6,33 6,33

Fonte: Instituto Ilos

da praia, permite que moradores e turistas continuem utilizando a Praia da Figueira do Pontal. Diante do crescimento das operações e da própria demanda do mercado logístico nacional, o Porto Itapoá deu início ao projeto de ampliação que irá quadruplicar sua capacidade. Atualmente, o terminal portuário conta com cais de 630 metros de comprimento e pátio de 156 mil m2, com capacidade para movimentar 500 mil TEUs/ano. Após a ampliação, o cais terá 1.200 metros de comprimento e pátio de 450 mil m2, em condições de movimentar cerca de 2 milhões de TEUs/ano. Atualmente, o terminal conta com 10 serviços

para o mundo todo. A partir do Porto Itapoá são exportados e importados, principalmente, produtos refrigerados devido à forte vocação catarinense e paranaense da indústria frigorífica, além de itens da indústria metalmecânica, madeira e derivados. Se sobressaem ainda a movimentação de produtos do setor de plástico e derivados, autoparts (peças de automóveis) e automóveis, químicos, e eletroeletrônicos. A área retroportuária também tem se tornado um grande centro de investimentos na região, atraindo empresários do ramo logístico de todo o mundo. São 12 milhões de m² disponíveis numa área de 8 km de rodovias que dão acesso ao terminal. Com um crescimento superior a 70% em suas

operações no ano passado em relação a 2012, o terminal movimentou 486.722 TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés). Outra grande marca do Porto Itapoá sempre foi sua inovação. Em 2013, o terminal lançou o primeiro aplicativo do meio portuário, pelo qual o cliente pode acessar a programação de navios de forma rápida e prática através de seu smartphone. Em 2014, o aplicativo recebeu um importante incremento, tornando-se um portal do cliente ao alcance das mãos. Consulta do contêiner, agendamento de carga, agendamento de transporte e cadastro de motorista são algumas das opções que os usuários podem usufruir pelo aplicativo, além de uma série de outras funcionalidades. g

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LOGÍSTICA INTEGRADA

ATM lança novo sistema de agendamento via internet Mudança encabeça pacote de novidades da empresa, que pretende expandir a área de atuação para outras regiões do Brasil

Um novo sistema de agendamento acaba de ser lançado pela Aliança Transporte Multimodal Ltda (ATM), em Itapoá, no litoral norte de Santa Catarina. A novidade permite que o cliente faça o agendamento via internet das operações de carga e descarga de mercadorias e contêineres cheios e vazios, o que proporciona uma comodidade aos clientes, mais agilidade no atendimento, maior eficiência nas operações e redução do tempo de espera dos motoristas. A mudança no sistema encabeça um pacote de novidades logísticas da empresa que, até 2015, pretende conquistar o registro para Redex em Itapoá e também expandir a área de atuação para o Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil.

Segundo o gerente geral de Operações CFS/Comercial da ATM, Marcelo Reis, o Redex permitirá aos exportadores uma maior agilidade nas atividades, a centralização dos processos de exportação e redução de custos. “Todos os trâmites junto à Receita Federal estão sendo atendidos e acreditamos que o registro seja publicado até o final deste ano”, informa. A ATM, criada pela Aliança Navegação e Logística para atender às necessidades do mercado com ênfase maior no negócio terrestre, iniciou suas atividades com a abertura de um terminal retroportuário localizado a quatro quilômetros do Porto de Itapoá, no litoral norte de Santa Catarina. A primeira fase da

empresa teve início há pouco mais de um ano, com a operação de contêineres vazios (Depot) e alguns meses depois com a movimentação de cargas em geral, armazenagem, transporte, ova e desova de contêineres, recebimento e preparação da carga para embarque. Com uma área construída de 66 mil m², com um armazém de 4 mil m², tem capacidade operacional para 7 mil TEUs, sendo aproximadamente 900 TEUs para carga refrigerada, duas balanças rodoviárias, 100% de cobertura com coletores de dados e modernos sistemas operacionais para controle e movimentação de carga. A ATM oferece serviços com custos competitivos, agilidade, pontualidade e foco no negócio do cliente. . g


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HORA DE COBRAR

Candidatos ao governo catarinense defendem reduzir carga tributária Compromisso foi manifestado por Raimundo Colombo, Paulo Bauer e Cláudio Vignatti em encontro com empresários na Federação das Indústrias de SC (Fiesc) O quê Raimundo Colombo, Paulo Bauer e Cláudio Vignatti tem em comum? Além do fato dos três serem políticos e candidato ao governo de Santa Catarina, o compromisso de buscar a redução tributária no estado, se eleitos. A intenção foi manifestada durante um painel com os candidatos na Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). No encontro, os candidatos foram questionados se firmariam o compromisso de não aumentar a carga tributária de competência do estado e de iniciar um processo de redução gradativa do ICMS. “Até agora buscamos o compromisso com o não aumento da carga tributária. Queremos o compromisso de iniciar um programa de redução dela. Não estamos mais satisfeitos com o não aumento”, afirmou o presidente da entidade, Glauco Côrte. A Fiesc debateu com os candidatos a Carta da Indústria, documento que contempla as demandas do setor elencadas a partir de pesquisa com industriais e do trabalho realizado por meio de diversos fóruns de discussão. “Temos uma carga tributária extremante elevada e complexa. É preciso simplificá -la e melhorá-la ao máximo”, defendeu Raimundo Colombo. “A redução dos impostos é um trabalho que tem que ser feito permanentemente. Essa é nossa

meta. Minha proposta é muito clara nesse aspecto: tem que diminuir o tamanho e o custo do estado e aumentar a sua eficiência”, disse. Paulo Bauer, por sua vez, disse que reduzir a carga de impostos e simplificar o sistema tributário é uma necessidade. “Este é um pleito antigo, que precisa ser enfrentado e tratado com responsabilidade. Precisamos assegurar a boa aplicação dos recursos e, também, diminuir a carga”, ressaltou. Ele defendeu ainda a criação dos conselhos de gestão fiscal, que estão previstos na lei de responsabilidade fiscal. “A constituição de 1988 cometeu um grande erro ao constitucionalizar o sistema tributário nacional. Conseguimos mudar o Simples no Brasil, com a diminuição da alíquota”, disse Cláudio Vignatti. “Arrecadamos mais porque o Simples passou a garantir que o empreendedor individual pague, de fato, o que deve. O nosso sistema tributário é o mais arcaico que tem. Precisamos arrecadar mais sem aumentar os tributos”, afirmou. Além de responderem perguntas sobre tributação, os candidatos também falaram sobre suas propostas para energia, infraestrutura logística, educação e inovação.

Raimundo Colombo

Paulo Bauer

Claudio Vignatti


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Energia: O setor entrou em colapso financeiro por causa do uso das térmicas. A Fiesc tomou a atitude correta: acionou a Aneel, que regula o setor. O aumento penaliza a indústria, tirando a competitividade. É preciso prestar atenção ao setor, pois o uso de térmicas continuará por mais algum tempo e isso desequilibra todo o setor. Na questão do gás, temos autonomia e temos negociado com a Fiesc. A SC Gás estava tendo lucros elevados e distribuindo para os acionistas. Infraestrutura: O número de veículos que

transitam em nossas estradas aumentou de maneira não projetada. Lá atrás, faltou o projeto que permitisse duplicação, melhorias e redução do número de acidentes. Temos recursos assegurados, projetos em andamento e 80% do meu tempo é cuidar disso: cobrar das empreiteiras, substituir empresas, negociar, de tal forma que as obras tenham andamento. Inovação: Assumimos o compromisso e alcançamos a meta de qualificar 5 mil jovens. Isso foi muito importante para o setor e sob o ponto de vista social. Temos o empreende-

Energia: Precisamos fomentar a implantação de parques eólicos, térmicos e hídricos. Temos dezenas de projetos em Brasília aguardando outorga da Aneel. Além de gerar energia, estes empreendimentos permitem a dinamização da economia, seja pela fabricação de equipamentos, seja pela arrecadação de tributos. Precisamos buscar aumento no volume de gás fornecido para o estado. A SC Gás está com a capacidade de abastecimento praticamente exaurida e não tem como garantir o fornecimento para novos empreendimentos. Isso atrapalha o crescimento da indústria

e a oportunidade de novos negócios.

Energia: É preciso reduzir a tarifa energética para se equiparar a estados como São Paulo, Minas Gerais e Bahia. Quero assumir o compromisso de reduzir essa tarifa para a indústria, estudar modelos diferentes para chegar num valor que garanta de fato que a indústria seja mais competitiva. Vamos potencializar a nossa capacidade de geração de energia aproveitando outras matrizes.

aeroporto. Obras estruturais precisam ser cuidadas pelo estado, mesmo que os recursos sejam federais. Vemos uma precarização das estradas estaduais. E não tem um programa de manutenção permanente delas além de tapa-buracos. A ferrovia tem que ser prioridade. Vamos buscar parcerias para construí-la.

Infraestrutura: A infraestrutura também precisa ser repensada. Não temos ferrovias, rodovias duplicadas, nem um bom

Infraestrutura: A infraestrutura precisa de atenção, através de parcerias com a iniciativa privada e o governo federal. Não devemos ter medo das parcerias público privadas. Elas devem ser viabilizadas com segurança jurídica e com fiscalização, por meio de agências. Inovação: Os parques de inovação são importantes para formar gente qualificada e criar uma cultura voltada ao tema. Eles permitem que o jovem talentoso fique no

Inovação: Avançamos muito nos últimos anos em inovação. Hoje este setor contribui com a arrecadação, com melhores empregos. Penso em tornar o Badesc um banco, por conta das políticas de crédito

dor, a mão de obra e um ambiente favorável. Santa Catarina é referência nacional. Acredito que o modelo que está sendo construído e em curso vai fortalecer ainda mais o setor. Educação: A questão da educação é, com certeza, o maior desafio da sociedade brasileira. A qualificação dos trabalhadores e o aumento da produtividade são, de fato, os maiores desafios. Este ano contratamos 5 mil professores efetivos e vamos norteá -los para qualificação. O governo tem que apoiar o sistema existente, como incentivar a interiorização da Udesc.

estado. Vamos criar uma nova fase a partir do que já existe. Temos que ter política tributária adequada, com redução de impostos, para que sirva de estímulo à inovação. Educação: É necessário fazer grandes ajustes, grandes reformas. Temos que definir com clareza de quem são as competências, se é da União, do estado ou do município. Devemos convocar a sociedade para discutirmos estas mudanças na política educacional, que vão trazer resultados em favor da indústria, pela qualificação das pessoas.

diferenciadas para tornar o crédito mais atrativo. No Oeste, por exemplo, conheço empresários que relatam a falta de profissionais para o desenvolvimento de softwares. Educação: Melhorar a qualidade da escola pública é outro desafio para o estado. Temos índices fantásticos, a melhor frequência escolar do Brasil, mas o estado deixou de investir no ensino técnico e de aprimorar a escola. Podemos ter um dos melhores índices de educação do mundo.

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Suplemento News PORTO DE SANTOS

Ministro defende soluções em parceria com o setor privado César Borges falou sobre as diversas demandas do setor durante o 12º Forum Internacional para Expansão do Porto de Santos, no litoral paulista O ministro-chefe da Secretaria de Portos, César Borges, defendeu durante o 12º Fórum Internacional para Expansão do Porto de Santos, a Santos Export, realizada em Guarujá, São Paulo, a necessidade da busca por soluções em parceria com o setor privado. “É uma área bastante complexa e de interesses dos mais variados. Por isso é importante debatermos de forma bastante objetiva sobre carências, perspectivas e vitórias, para que possamos construir o que se deseja para o nosso país: uma logística

moderna e possibilidade de novos entrantes”, diz. Segundo ele, o setor público não tem capacidade de fazer todos os investimentos para atender as demandas de crescimento. “Precisamos sim da parceria do setor privado. E vamos trabalhar para criar regras estáveis, claras e que possam dar a necessária tranquilidade jurídica para que os investidores possam participar desse novo cenário econômico”, observa.

O evento reuniu o setor portuário para debater os avanços alcançados e medidas necessárias para o desenvolvimento do porto santista. Após a aprovação pelo Congresso Nacional e a sanção da presidenta da República da Lei 12.815, advinda da Medida Provisória 595, o Brasil passou a ter um novo marco legal. “Há questionamentos sobre esse novo marco legal, há inquietação, nós sabemos disso. O que queremos é entrar com ação, com clareza e acima de tudo com espírito público para conseguir contornar essas dificuldades”, acentua.


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SERVIÇOS PLANEJADOS PARA DIFERENTES DESAFIOS Os principais pontos do debate com o ministro: Arrendamentos “Precisamos nos debruçar sobre as áreas portuárias que foram arrendadas antes da Lei 8.630 de 1993. A ideia que está na Lei 12.815 prescinde da abertura dos certames licitatório, necessários à continuidade dos serviços, atualmente prestados pela antigos arrendatários. O governo autorizou a Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP) a realizar os estudos, que, após chancela da ANTAQ e da SEP/PR, foram encaminhados para o TCU em novembro do ano passado, , que por sua vez ainda não tomou uma decisão final. Estamos trabalhando junto com o tribunal, procurando demonstrar a assertiva do projeto e modificando o que o TCU sugere que seja modificado. Estamos esperando o TCU tomar a decisão final para que o Bloco I possa ser licitado.” Prorrogações antecipadas de contratos “Já temos aproximadamente 22 pedidos dentro da Antaq e queremos agilizar esse processo. É uma preocupação que os processos tenham solidez para que possamos iniciar a assinatura da prorrogação antecipada desses contratos e alguns pedidos de reequilíbrio econômico-financeiro. Esse é um processo que exige muito cuidado, habilidade e atenção. Porque o que se vai fazer, na verdade, é uma antecipação do novo prazo contratual que vence daqui a 8 ou 10 anos. Vamos dar mais 25 anos. Não queremos trazer insegurança para o setor público nem para o dinheiro privado e por isso estamos nos entendendo com o TCU para atender demandas. Estamos fazendo uma espécie de termo de referência. Já temos o primeiro analisado e com esse termo talvez a gente crie uma portaria interministerial. Estamos trabalhando arduamente para que possamos ter o primeiro contrato assinado.”

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Contamos com uma equipe preparada para oferecer soluções logísticas de acordo com suas necessidades com serviços integrados e total segurança às operações. Transporte Casa Contêiner e Construções Modulares

Venda e Aluguel de Contêineres

Terminais de Uso Privado “A Lei 12.815 deu um passo muito importante no momento em que permitiu que os TUPs poddsm operar carga de terceiros, sem limitações. Já assinamos 25 contratos que estão beneficiando praticamente todo país.” Investimentos em portos públicos “O Brasil tem hoje no PAC 2 investimentos contratados e a contratar de mais de R$ 3,1 bilhões. Para Santos, temos aproximadamente R$ 1,3 bilhão, distribuído em 10 projetos. Dois estão praticamente concluídos, dois estão em execução e cinco com projetos executivos concluídos ou em andamento.” Dragagem “A determinação da Codesp é manter o calado de Santos. Não retroceder jamais e aprofundarmos sempre que pudermos. Já temos 13 metros de profundidade. O que nós temos são problemas com as empresas interessadas. Temos uma licitação em curso, onde todos os preços apresentados foram acima do orçado. Se não for possível as empresas se adequarem aos preços estabelecidos, a licitação será dada como fracassada e teremos de fazer novamente. Esse processo ainda está em negociação. Em curto prazo, a Codesp vai fazendo os pregões eletrônicos e contratando serviços para manutenção dos trechos 2, 3 e 4, e vai aproveitar sobras de contratos antigos para voltar ao trecho 1. Se considerarmos os contratos assinados, o aproveitamento de contratos antigos para o trecho 1 e também a dragagem de berços, vamos ter 1, 770 milhão de metros cúbicos dragados ou a dragar num prazo pré-estabelecido. Isso requer investimentos que chegam a R$ 70 milhões, sendo que R$ 40 milhões já foram investidos e R$ 30 milhões vão ser investidos até o final dos contratos. Então, é um compromisso que eu faço como ministro. Eu não posso admitir perder calado no Porto de Santos. Essa é uma decisão interna entre a SEP, Antaq e Codesp e vamos fazer isso.”

Depósito de Contêineres

CFS / Armazenagem

Reefer Service

Itajaí

Navegantes

Cubatão

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www.saam.com.br


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Suplemento News MELHORIAS DE PROCESSOS

NOVA GESTÃO

Porto do Rio de Janeiro passará por projeto de modernização Projeto semelhante, que integra o Programa Portos Eficientes, já está em andamento na Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e na Companhia Docas do Pará (CDP)

O Projeto de Modernização da Gestão Portuária da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) começou na segunda quinzena de agosto. O primeiro passo é diagnosticar os processos de negócios das empresas. Serão identificadas oportunidades de melhorias, racionalizando etapas, introduzindo novas ferramentas de tecnologias de informação, propondo integração de etapas e processos na gestão dos portos. Também serão produzidos modelos de gestão e administração dos recursos humanos e físicos de cada empresa. O trabalho será desenvolvido de forma coordenada nas três companhias por 12 meses. A modernização, que integra o Programa Portos Eficientes, já está em andamento na Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e na Companhia Docas do Pará (CDP). Atendendo a orientação do novo marco regulatório do setor, a Lei 12.815, a Secretaria de Portos (SEP) contratou serviços de consultoria para o desenvolvimento e implementação de melhorias na gestão portuária na Codesp, CDRJ e CDP. O principal objetivo

é promover um salto de qualidade em todo o setor portuário nacional, colocando a administração das companhias em um novo patamar de competitividade e eficiência. O trabalho conta com o acompanhamento de uma equipe especial de assessoria do governo federal, liderada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e a participação de outros ministérios, incluindo a Casa Civil e a SEP. Dentro da CDRJ foi instituído o Comitê “Portos Eficientes” para dar suporte e monitorar a consultoria. O Programa Portos Eficientes é um conjunto de ações que, além da modernização da gestão das companhias docas, inclui o Programa Nacional de Dragagem I e II, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sistemas de VTMIS (Vessel Traffic Management Information System), Portolog e Porto 24 horas. Também engloba a expansão da infraestrutura portuária, com os arrendamentos e concessões no âmbito dos portos organizados, as autorizações de Terminais de Uso Privado e as propostas de reequilíbrio de contratos já existentes. g

Porto de Estrela será administrado pelo governo gaúcho Convênio entre Secretaria dos Portos e Governo do Estado formaliza uma parceria que busca trazer mais eficiência e rapidez para reativar o terminal

O Porto de Estrela, no Rio Grande do Sul, passou a ser administrado pelo governo do estado. O ministro-chefe da Secretaria de Portos (SEP), César Borges, assinou o convênio de delegação, administração e exploração do terminal pelo governo gaúcho. O porto gaúcho tem posição estratégica no estado, localizado em um entroncamento rodo-ferro-hidroviário, com possibilidade de se conectar aos principais polos econômicos do país por via ferroviária, além de integrar a futura Hidrovia do Mercosul. “A gestão passa para o governo, mas os compromissos do governo federal com a hidrovia e com os portos de Estrela, de Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande permanecem”, frisou César Borges. O convênio formaliza uma parceria entre o governo federal e o Rio Grande do Sul e busca trazer mais eficiência e rapidez para reativar o Porto de Estrela. O convênio terá validade de dois anos. Neste prazo, o estado deverá constituir uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) com a finalidade de desempenhar exclusivamente as atribuições de administração do porto. O governo do Rio Grande do Sul já administra os portos de Porto Alegre, Pelotas, Rio Grande e Cachoeira do Sul. Para o governador, esse convênio é um marco para o setor hidroviário. ”Esse é o primeiro ato concreto do governo federal para viabilizar a Hidrovia do Mercosul”, afirmou o governador Tarso Genro. Construído pela Empresa de Portos do Brasil (Portobras), o Porto Organizado de Estrela era administrado pela Companhia Docas do Maranhão (Codomar), que assumiu a gestão das hidrovias e todos os portos fluviais em 2008 por determinação do DNIT. Com o novo Marco Regulatório dos Portos, a Lei 12.815/13, a Secretaria de Portos assumiu as atribuições relativas aos portos fluviais e lacustres e vem buscando uma alternativa para a administração do terminal. “Estamos fazendo uma aliança com o governo do estado que está mais próximo e que pode fazer uma gestão mais eficiente do que o governo federal que está distante de Estrela”, concluiu Borges. g


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INFRAESTRUTURA DO SUL

Governo investe R$ 97,1 milhões no Porto de Rio Grande A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e dotará o porto de estrutura para recepcionar até quatro navios ao mesmo tempo no Porto Novo O governo federal autorizou a realização das obras de modernização do cais público do Porto Novo do Rio Grande (RS). Serão investidos R$ 97,1 milhões para a construção de 1.125 metros de cais, o que permitirá o aumento da capacidade instalada. Na primeira etapa, realizada há 10 anos, foram construídos 450 metros com recursos do governo do estado. O secretário de Infraestrutura da Secretaria de Portos, Tiago Correia, participou da solenidade de assinatura, além do superintendente do Porto de Rio Grande, Dirceu Lopes. A Cejen Engenharia Ltda executará o serviço, com prazo de dois anos

para conclusão. A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e dotará o porto de estrutura para recepcionar até quatro navios ao mesmo tempo na área denominada Porto Novo. Com o alinhamento, a largura do cais aumentará em 11,20 metros, proporcionando a instalação de equipamentos modernos, aptos a operar navios graneleiros e porta-contêineres de grande porte. Em 2013, o Porto do Rio Grande movimentou 33.248.729 toneladas de cargas, um acrescimento de 20% na comparação com o ano anterior. No primeiro semestre de 2014, atingiu o recorde de 17.991.160 toneladas movimentadas. Este foi o

melhor resultado da série histórica (entre 2006 e 2014), visto que a maior movimentação até então registrada foi no primeiro semestre de 2013. O alinhamento do cais público do Porto Novo do Rio Grande, que está entre os quatro portos organizados que mais movimentam cargas no Brasil, será a primeira obra a ser executada diretamente pela Secretaria de Portos. Nas demais obras, a secretaria repassa os recursos para os portos, seja por meio de Aumento da Participação da União no Capital (denominado PUC – instrumento destinado exclusivamente para as Companhias Docas) seja por termo de compromisso. g

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Suplemento News RANKING MUNDIAL

Complexo do Itajaí ganha cinco posições no World Top Container Ports Entre os portos brasileiros, somente Itajaí e Santos constam no ranking. A publicação aponta ainda uma evolução de 12% na movimentação das cargas O Complexo Portuário do Itajaí ganhou cinco posições na edição de 2014 do World Top Container Ports, ranking publicado anualmente pela publicação britânica Container Management, que aponta os maiores portos do mundo. Com um totalde 1.120.627 TEUs operados em 2013, o complexo catarinense passou da 108ª posição na edição de 2013 para a 103ª posição, neste ano. Entre os portos brasileiros, somente Itajaí e Santos (38ª posição) constam no ranking. A publicação aponta ainda uma evolução de 12% na movimentação das cargas do Complexo do Itajaí, entre os anos de 2012 e 2013. “O fato de estarmos no seleto grupo dos 120 maiores portos do mundo, ganhando posições ano a ano, é um motivo de grande satisfação. Vemos essa colocação como um reconhecimento a todo o trabalho desenvolvido e aos investimentos que o porto vem recebendo em melhorias de sua infraestrutura terrestre e aquaviária”, comenta o superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antônio Ayres dos Santos Júnior. Nos últimos 12 meses, os terminais do complexo – incluindo a APM Terminals na margem direita e a Portonave na margem esquerda – movimentaram 1,109 milhão de TEUs, entre agosto de 2013 e julho de 2014, com uma alta de 5% em relação ao mesmo período anterior, quando foram mo-

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vimentados 1,055 milhão de TEUs. Em julho, o complexo movimentou 101,2 mil TEUs, volume que, somado à movimentação dos seis primeiros meses de 2014, eleva a movimentação acumulada para 625,34 mil TEUs. O avanço, com relação ao igual período do ano passado, é de 1%.

deste ano. “Se analisarmos os números relativos ao período compreendido entre janeiro e maio, cuja média mensal de movimentação ficou em torno de 90 mil TEUs, já entramos em fase de recuperação. Com mais de 100 mil TEUs operados em julho”, diz o diretor executivo do Porto de Itajaí, Héder Cassiano Moritz.

Tendência de recuperação O moderado crescimento verificado foi resultado da baixa movimentação registrada em junho, uma vez que o complexo portuário ficou inoperante por 11 dias, e por dois dias em julho. A expectativa é de que sejam recuperados os índices de crescimento registrados no primeiro semestre

Para Antônio Ayres dos Santos Júnior, existe uma tendência natural de crescimento nas operações de comércio exterior nos últimos meses do ano, o que contribuirá para que se encerre 2014 com um índice de crescimento em torno de 5%, que foi a média verificada entre janeiro e maio deste ano. g


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INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA

Realinhamento de cais recebe as primeiras estacas Com a obra, a SEP prepara os berços 3 e 4 do Porto de Itajaí para serem arrendados pela iniciativa privada, conforme determina a Lei 12.814, de 2013 Os berços 3 e 4 do Porto de Itajaí começaram a receber as primeiras estacas tubulares de sustentação do novo cais. A obra está sob responsabilidade da construtora Serveng Civilsan, vencedora do processo licitatório para as obras de reforço e realinhamento dos dois berço, com previsão da conclusão para o segundo semestre de 2015. Com a obra, a Secretaria de Portos (SEP) prepara os dois berços para serem arrendados pela iniciativa privada, conforme determina a Lei 12.814, de 2013, e que dispõe sobre a exploração direta e indireta pela União de portos e instalações portuárias e sobre as atividades desempenhadas pelos operadores portuários. O investimento, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), soma R$

117.044.665,91 e possibilitará que esse trecho de cais, de 490 metros, opere navios de maior porte e dimensão. A obra também permitirá que o trecho receba equipamentos mais modernos e de melhor performance, além de ter sua cota de dragagem ampliada de 10 para 14 metros. Além do reforço do cais – com novo estaqueamento e nova estrutura de concreto – os dois berços serão alinhados, o que possibilitará que grandes navios atraquem no local. “Hoje uma inflexão no cais impede que navios de grande porte operem nesses berços. Com o alinhamentos, teremos um cais contínuo de 490 metros, o que nos abre a possibilidade de operarmos grandes cargueiros”, acrescenta o superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antônio Ayres dos Santos Júnior. g

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL

Definidas equipes da Volvo Ocean Race 2014/2015 Estão definidas as sete equipes que vão disputar a Volvo Ocean Race 2014/2015. São elas SCA, da Suécia; a Brunnel, da Holanda; o norte-americano Alvimedica; o chinês Dongfeng; o Abu Dhabi, dos Emirados Árabes; o espanhol Spanish Team; e a dinamarquesa Vesta, última a ser anunciada para a

volta ao mundo. A competição inclui 40.048 milhas náuticas, com início no próximo dia 4 de outubro. A parada em Itajaí será em abril do próximo ano. A Volvo Ocean Race conta com nove etapas. A largada será em Alicante, na Espanha, e terminará

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em Cape Town. Após parada, o evento segue até Abu Dhabi, nos Emirados Árabes; Sanya, na China; Auckland, na Nova Zelândia; Itajaí, no Brasil; Newport, em Rhode Island; Lisboa, em Portugal; Lorient, na França e Gotemburgo, na Suécia, onde o evento será finalizado. g


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Suplemento News PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Antigo prédio da Fiscalização do Porto de Itajaí é restaurado O imóvel foi construído por volta de 1930 para sediar o escritório e o depósito dos materiais que seriam utilizados nas obras de ampliação projetadas para o terminal DIVULGAÇÃO

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Um dos mais simbólicos prédios de Itajaí começa a ganhar nova vida. O restauro do antigo prédio da Fiscalização do Porto de Itajaí, obra orçada em R$ 700 mil, começou em agosto às margens do Rio Itajaí-Açu. A contratação da empresa responsável pelos serviços ocorreu ainda no primeiro semestre, mas os trabalhos só puderam ser reiniciados após a aprovação do projeto pelo Conselho Municipal de Patrimônio, aut orização da Fundação Catarinense de Cultura e emissão do alvará pela Prefeitura de Itajaí. A edificação é da década de 1930 e é tombada como patrimônio histórico. A primeira etapa dos trabalhos foi realizada nos meses de maio e junho e englobou os serviços de ligação provisória de água e energia, limpeza inicial de todo edifício, retirada de vegetação do interior, reforço das escoras de contenção, recons-

trução e afastamento dos tapumes, proteção das alvenarias originais, consolidação dos elementos originais e reforço da estabilidade da obra. “A segunda fase, em execução, teve início pela demolição de elementos espúrios adicionados ao edifício, ou seja, a demolição de elementos não tombados”, explica o diretor técnico do Porto de Itajaí, engenheiro André Pimentel.

do Porto de Itajaí, na Rua Coronel Eugênio Muller. Trata-se de uma construção de estilo eclético com predomínio de elementos neoclássicos em sua composição, edificada em tijolos e coberta por telhas tipo francesa. Como a maioria das construções desse estilo, originalmente, o edifício tinha paredes pintadas de cores suaves, com ornatos e aberturas na cor branca.

História registrada A conclusão do restauro está prevista para o primeiro semestre de 2015. O prédio foi construído por volta de 1930 para sediar o escritório e o depósito dos materiais que seriam utilizados nas obras de ampliação projetadas para o Porto de Itajaí. Depois, o imóvel serviu à fiscalização e administração do terminal até o ano de 1967, quando foi construído o novo prédio da Administração

O destaque fica por conta dos arcos plenos das aberturas e dos desenhos impressos no tratamento do reboco, inspirados nas composições em pedras características do renascimento florentino. A composição é assimétrica em todas as elevações e o torreão, construído em uma das extremidades do prédio original, conferia certo aspecto oficial, realçado pela varanda, pela porta em arco e pelo mastro de bandeira. g


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TERMINAL PORTUÁRIO

Portonave está entre as maiores companhias de Santa Catarina

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Na classificação geral, o terminal ocupa o 19º lugar entra as 100 maiores empresas do estado e a 92ª posição entre as 500 maiores do Sul do Brasil

A Portonave é a segunda maior empresa do Sul do país no setor de transporte e logística, considerando a receita bruta, de acordo com o ranking realizado pela Revista Amanhã, em parceria com a PwC – PricewaterhouseCoopers. A empresa é o porto mais bem colocado na lista. A pesquisa aponta as 500 maiores empresas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Na classificação geral, o terminal portuário ocupa o 19º lugar entra as 100 maiores empresas do estado e a 92ª posição entre as 500 maiores do Sul do Brasil. Todas as informações trazidas pelo ranking são extraídas de uma única fonte: as demonstrações financeiras das empresas listadas. São examinadas tanto demonstrações contábeis de grupos quanto de empresas individuais. Para o diretor-superintendente administrativo da Portonave, Osmari de Castilho Ribas, “ser uma das grandes companhias traz uma responsabilidade muito grande para nós e ao mesmo tempo nos estimula a crescer mais e ajudar a desenvolver Navegantes e região”. Em setembro serão realizadas três cerimônias de premiação no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nestes eventos, serão homenageadas as 100 maiores companhias de cada estado e as empresas líderes em mais de 30 setores econômicos. Localizada na margem esquerda do Rio Itajaí-Açu, a Portonave iniciou as operações há quase sete anos. Desde então, movimentou mais de 3,3 milhões de TEUs e recebeu mais de 3,5 mil escalas de navios. Em 2013, movimentou 705.790 TEUs, um crescimento de 13,8% comparado ao ano de 2012. O terminal responde por 45% de toda carga conteinerizada operada pelos portos de Santa Catarina. Em 2014, no primeiro semestre, a empresa já movimentou 329.333 TEUS. g

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Modais AVIAÇÃO CIVIL

Aeroportos do Rio e Belo Horizonte passam à iniciativa privada Ministro Moreira Franco defende política de concessão dos aeroportos nacionais para que o setor público invista em outros setores como educação Os aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e o Trancredo Neves (Confins), em Belo Horizonte, passaram a ser administrados pelas concessionárias Rio Galeão e BH Airport, respectivamente. Até então, os terminais eram de responsabilidade da Infraero. A estimativa é que o principal aeroporto da capital fluminense receba, nos próximos 25 anos, cerca de R$ 5,65 bilhões em melhorias. A previsão de investimentos para Confins é de R$ 3,5 bilhões por três décadas. Ambos foram leiloados em novembro de 2013. O ministro-chefe da Aviação Civil, Moreira Franco, destacou a importância da política de concessão dos aeroportos para o desenvolvimento do Brasil. De acordo com o ministro, a experiência bem sucedida pode ser observada no bom desempenho em Guarulhos (SP), Viracopos (Campinas/SP), Brasília (DF) e São Gonçalo do Amarante (RN). “Essa política estimula as transformações e incentiva a concorrência. Quando temos o capital privado, podemos investir o orçamento público em outros setores, como na educação”, disse. Com os investimentos, o Galeão prevê aumentar a capacidade de passageiros de 17,1 milhões para 60,4 milhões anuais em 2038. Já para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, o novo operador do Galeão promete entregar 26 novas pontes de

embarque, 26 posições de pátio para aeronaves, área de pátio para 73 aeronaves e novo estacionamento para 1.850 veículos. De imediato, o aeroporto ganha melhorias em sinalização, atendimento nos balcões em português, inglês e espanhol, internet mais rápida, novas lojas de alimentação, implantação de coleta seletiva de resíduos, e novo caminhão contra incêndio. Além disso, foram contratadas novas empresas de limpeza e segurança. Em Confins, dentre as melhorias previstas para os próximos 10 anos estão a construção de novo terminal de passageiros que duplicará a capacidade para 20 milhões de passageiros/ano, 14 novas pontes de embarque, mais balcões de check-in e esteiras de bagagens, 1.455 novas vagas de estacionamento para veículos e nova área de embarque e desembarque internacional. Em 2043, o terminal terá capacidade para receber 43,3 milhões de passageiros por ano. Embora a gestão da BH Aiport comece agora, a concessionária já realizou intervenções no terminal aéreo. Para a realização da Copa do Mundo, o aeroporto recebeu atualização e revitalização das sinalizações de informação ao usuário, melhorias na iluminação, troca de carpete, instalação de câmeras na torre de segurança, revisão dos sistemas de escadas rolantes, esteiras de bagagem e elevadores.

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Moreira Franco aconselhou o novo operador a cuidar primeiramente da limpeza dos banheiros e do preço da alimentação, as duas maiores reclamações dos usuários dos terminais aéreos, de acordo com pesquisa realizada pela Secretaria de Aviação Civil de três em três meses. “Nossa expectativa é ver o mais rápido possível uma mudança de postura em relação a isso, ver que os pontos críticos foram enfrentados e que estão prontos para bem resolver os outros desafios”, completou.g


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PORTOS BRASILEIROS

Movimentação portuária cresce 5,18% no Brasil em 2014 O Porto de Santos foi o que mais movimentou cargas no Brasil, com 44,1 milhões de toneladas. Em segundo lugar, aparece o Porto de Itaguaí (RJ), com 30,3 milhões de toneladas

Analisando apenas os portos organizados, a movimentação no primeiro semestre de 2014 foi de 167,3 milhões de toneladas. Já nos primeiros seis meses de 2013, esse número havia sido de 157,8 milhões de toneladas, o que representou um crescimento de 6,02%. Já os TUPs (Terminais de Uso Privado) movimentaram no primeiro semestre de 2014 o total de 292,9 milhões de toneladas. Em 2013, esse número foi de 279,7 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 4,7%. Minério de ferro No primeiro semestre, o produto mais movimentado no setor portuário brasileiro foi novamente o minério de ferro, com 160,7 milhões de toneladas. Em seguida, estão os combustíveis, óleos

DIVULGAÇÃO

A movimentação portuária brasileira cresceu 5,18% no primeiro semestre de 2014 na comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a junho deste ano foram movimentadas 460,2 milhões de toneladas nos portos brasileiros. Nos primeiros seis meses de 2013, os portos organizados e os terminais de uso privado nacionais movimentaram 437,6 milhões de toneladas, segundo informações da Gerência de Estudos e Desempenho Portuário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

minerais e produtos (99,8 milhões de toneladas) e contêineres (46,7 milhões de toneladas). Nos seis primeiros meses, o Porto de Santos foi o que mais movimentou cargas no Brasil, com 44,1 milhões de toneladas. Em segundo lugar, aparece o Porto de Itaguaí (RJ), que movimentou 30,3 milhões de toneladas. Em terceiro, está Paranaguá (PR), com 20,9 milhões de toneladas. Os dados da navegação de longo curso no primeiro semestre de 2014 indicam crescimento na corrente de comércio exterior do país. A comparação dos

primeiros semestres dos últimos cinco anos registra um aumento de 17,3% na tonelagem transportada. Na navegação de cabotagem, o levantamento aponta que foram transportados, no primeiro semestre, 70 milhões de toneladas, número que representa um crescimento de 1,7% em relação ao mesmo período de 2013. De acordo com o levantamento, foram transportados 38 milhões de toneladas nas vias interiores brasileiras no primeiro semestre de 2014. Nos primeiros meses de 2013, esse número foi de 39,1 milhões de toneladas. g


INFORMATIVO DOS PORTOS

Modais MODAL FERROVIÁRIO

Ferrovia de Integração Oeste-Leste recebe primeiro conjunto de trilhos A capacidade inicial da ferrovia será de transportar aproximadamente 40 milhões de toneladas ao ano por sentido, dentre grãos, minérios, combustíveis e carga geral A obra da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) não é apenas mais um projeto. A ferrovia acabou de receber o primeiro lote de trilhos que serão instalados nos lotes 01 e 04, ligando Ilhéus a Caetité, na Bahia. A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e será utilizada para transporte de minério, conforme o projeto do complexo intermodal. O carregamento, composto de 3.031 barras de trilhos de origem espanhola foram comprados pela VALEC Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, empresa pública responsável pela construção e execução de ferrovias no país. As barras pesam ao todo 2.185 toneladas (cerca de 720 quilos cada uma). Do total, 500 toneladas foram descarregadas ao lado do eixo da ferrovia em Jequié (lote 2) e outras 1.685 toneladas em Brumado (lote 4). Os trilhos chegaram no Porto de Ilhéus, no sul da Bahia. São esperados mais 11 navios do mesmo fornecedor desse carregamento e, a partir de outubro, uma fabricante chinesa também passará a entregar trilhos no Brasil. No trecho de 1022 quilômetros entre Ilhéus e Caetité, a FIOL atinge o nível de 50,06% de obras realizadas até o momento. A chegada dos trilhos garante a continuidade do ritmo normal da construção que deve ser concluída neste trecho até dezembro de 2015.

Devido à importância econômica para a região, o primeiro trecho da FIOL (Ilhéus-Caetité) foi incluído no programa de Aceleração do Crescimento do governo federal (PAC). A capacidade inicial da ferrovia é de transportar aproximadamente 40 milhões de toneladas ao ano por sentido, dentre grãos, minérios, combustíveis e carga geral, destinados ao mercado interno e externo. No âmbito do Sistema Ferroviário Nacional, o qual tem a Ferrovia NorteSul (FNS) como estruturadora, posteriormente, ocorrerá a interligação dessa com a FIOL, o que ampliará as possibilidades de escoamento da produção agrícola e de mineração, incentivando novos investimentos e o aumento da produção.

DIVULGAÇÃO

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Modal em crescimento Segundo dados da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), o modal ferroviário brasileiro movimentou, no ano passado, 490 milhões de toneladas de cargas, resultado 1,8% maior que o de 2012. Os principais produtos transportados foram os minérios de ferro e o carvão, responsáveis por 75,7% da totalidade, seguidos pelos produtos do agronegócio, que responderam por 14,8% da carga. Apesar de aparentemente pequeno, o salto é considerado positivo pelo setor, diante do cenário

econômico do período, no qual houve retração nas exportações. Até 2016, segundo a ANTF, a expectativa é de um incremento de 12,5%, com 550 milhões de toneladas de carga transportadas por trens de carga. O transporte de contêineres cresceu 25,5% entre 2012 e 2013. No período analisado, as concessionárias mantiveram os patamares de investimentos dos últimos dois anos. As empresas aplicaram R$ 4,6 bilhões na modernização do sistema ferroviário. Até 2016, os valores aplicados pelas concessionárias devem somar mais R$ 6 bilhões. g


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GARGALOS LOGÍSTICOS

Setor precisa de quase um R$ 1 trilhão de investimentos Estudo da CNT mostra que situação gera reflexos negativos, como aumento do tempo de viagens, maior custo operacional e aumento do número de acidentes

De acordo com a CNT, as necessidades do Brasil são maiores para que o desenvolvimento do país seja alavancado por meio de empreendimentos que darão maior competitividade ao setor produtivo. São intervenções condizentes com o desenvolvimento econômico e social desejado ao Brasil, abrangendo a modernização e a ampliação de rodovias, aeroportos, portos, hidrovias, ferrovias e também dos terminais de cargas e de passageiros. O Plano CNT de Transporte e Logística é dividido entre projetos de integração nacional (que incluem obras ao longo de nove eixos estruturantes multimodais) e os projetos urbanos (voltados principalmente para o transporte público). “Uma significativa parcela da infraestrutura de transporte, em todas as mo-

dalidades, encontra-se obsoleta, inadequada ou ainda por construir. Algumas delas operam no limite ou mesmo acima da sua capacidade, enquanto outras carecem de manutenção”, conclui o estudo.

DIVULGAÇÃO

Destravar os gargalos de logísticas e transporte no Brasil tem um custo alto. Um estudo realizado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) indica que é necessário investir cerca de R$ 1 trilhão no setor. O documento listou 2.045 projetos prioritários em todos os modais, incluindo a movimentação de cargas e passageiros, que somados chegam a R$ 987 bilhões.

Segundo análise da CNT, essa situação representa um entrave ao crescimento do país e gera reflexos negativos, como aumento do tempo de viagens, maior custo operacional, aumento do número de acidentes e dos níveis de emissão de poluentes. Para os nove eixos estruturantes analisados, estão previstas construção e duplicação de rodovias, expansão de hidrovias, dragagem em portos, implantação de ferrovias, construção e ampliação de aeroportos, construção e adequações de terminais de cargas, entre várias outras intervenções.

de terminais de passageiros, entre outras. O Plano detalha, ainda, projetos e investimentos necessários conforme cada estado e região.

Nos projetos urbanos, estão incluídas 18 regiões metropolitanas. As propostas têm o objetivo de oferecer respostas às demandas de transporte da população nas diversas atividades cotidianas. Há projetos voltados à implantação de corredores de BRT (Bus Rapid Transit); construção de infraestrutura para VLTs (veículo leve sobre trilho), monotrilhos, metrôs e trens urbanos; construção e adequações

O Plano CNT de Transporte e Logística é uma contribuição da Confederação Nacional do Transporte para auxiliar os governos e a iniciativa privada na identificação das prioridades de investimentos em relação a projetos de infraestrutura de transporte. O estudo também é uma fonte de informação para o meio acadêmico e para a sociedade sobre as necessidades do setor. g


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INFORMATIVO DOS PORTOS

Artigo

Ulrich Malchow

A barca autônoma de distribuição Durante o Forum “Port Efficiency Forum Brasil”, no Rio de Janeiro, apresentei um novo tipo de conceito para uma barca distribuidora porta-contêineres, a “ Port Feeder Barge”. O Brasil está desenvolvendo-se rapidamente, momento importante para começar a pensar sobre alternativas inteligentes e eficazes para resolver a questão do transporte e da logística com o objetivo de aliviar os serviços portuários que já estão sobrecarregados. A Port Feeder Barge é autônoma e autossuficiente e está equipada com um guindaste eficaz de última geração, podendo servir como uma espécie de caminhão flutuante ou mesmo um terminal flutuante para distribuição de cargas para outras embarcações dentro dos limites do porto ou no outras caixas ou cargas de dimensões variadas. A Port

O conceito da Port Feeder Barge pode ser considerado

Feeder Barge cumpre os mais altos padrões ambientais.

uma inovação logística e ambiental para os portos bra-

A Port Feeder Barge consiste de um equipamento autô-

Com um motor diesel-elétrico de baixas emissões, que

sileiros, que pode ajudar a aliviar a congestão e a reduzir

nomo com um capacidade de 168 TEUs completamente

foi escolhido para fornecer a propulsão e a para operar o

o impacto enorme do transporte rodoviário. Este tipo de

estivadas no convés. A sua grua, com capacidade para

guindaste, a embarcação tem uma tripulação mínima de

embarcação pode ajudar principalmente em portos que

a elevação de cargas pesadas, está equipada com um

três pessoas.

sofrem com a falta de instalações para a movimentação

mar, quando os terminais estiverem congestionados.

de contêineres ou onde o calado é limitado. O equipa-

“spreader” (a peça adaptadora para ligação aos contêineres) automático retrátil com alcance de 6,10 metros até

A Port Feeder Barge consegue, enquanto está atracada e

mento iria fortalecer consideravelmente a posição do

13,72 metros. O guindaste consegue elevar pesos de até

sem ter que se deslocar ao longo do cais, elevar ou baixar

transporte marítimo na costa brasileira. A operação da

40 toneladas debaixo da “spreader”, a um alcance de 27

84 TEUS em três camadas entre o trilho de um guindaste

Port Feeder Barge é mais rápida e custa menos do que a

metros. Para obter um alto nivel de manobrabilidade e a

de pórtico de cais, utilizando o seu alcance máximo do seu

construção de novos portos.

mesma velocidade em ambas direções, esta embarcação

próprio guindaste. É por esta razão que o alcance máximo

está equipada com duas hélices lemes, movidas com po-

do guindaste não é preciso em muitos casos. Atracando a

der elétrico de ambos lados.

barca ao cais, do lado oposto ao guindaste, faria a opera-

Aplicações

ção mais rápida pois o tempo da viragem/rotação da lança

Caminhão flutuante e autônomo

Enquanto a metade dos contêineres estão estivados den-

seria reduzida. A altura do mastro do guindaste é suficiente

Muitas vezes, os terminais operam nos limites de suas

tro de “cell guides” (armação), a outra metade não está,

para servir até os cais dos mais altos navios durante maré

capacidades e, por essa razão, é proposto que estações

permitindo carregar contêineres com dimensões superio-

baixa enquanto empilha os contêineres em diferentes ca-

de frete sejam construídas perto dos portos com o ob-

res a 40 pés (12,19 metros de comprimento) e também

madas ou servir navios grandes após a sua chegada.

jetivo de reduzir as tarefas. A Port Feeder Barge, sendo


INFORMATIVO DOS PORTOS

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Port Feeder Barge

autosssustentável e sem precisar de equipamentos no cais, pode movimentar estes contêineres pela água ao invés dos caminhões. Em portos com multiterminais, a exemplo de Santos, a barca pode encarregar-se de movimentar contêineres dentro do porto de uma forma mais eficiente e sustentável.

Terminal flutuante em ancoradouro Existem muitos portos secundários que são excluídos da “conteinerização” pela falta de profundidade das suas águas ou por causa das suas instalações disponíveis. Sem grande investimento na infraestrutura terrestre, a Port Feeder Barge pode servir navios de alto mar, não só carregando ou descarregado, como também transportando as caixas para a margem. tráfego de cargas internas. Os contentores seriam carre-

Terminal flutuante para o transporte marítimo costeiro

gados e descarregados navio para navio (ship to ship).

A ausência de bons equipamentos em muitos portos se-

mar, perto da boca do rio, na entrada para o canal ou per-

cundários são obstáculos para a movimentação de con-

to dos dolfins. Esta facilidade podia dar força de compe-

têineres. A Port Feeder Barge pode servir navios costeiros

titividade para o setor de navegação interna, resultando

como um terminal flutuante em portos secundários.

em uma maior quota do transporte interno.

Terminal para carga e distribuição dentro dos limites porto

Grua flutuante com multiusos para cargas alternativas

O transporte fluvial ou via canal pode controlar uma maior

Com um capacidade de 40 toneladas debaixo do gancho

porção do tráfego de cargas internas do país, incluindo o

(40 toneladas com a “spreader”), a Port Feeder Barge

transporte de contêineres. Para evitar que as pequenas

pode servir de guindaste flutuante para qualquer outro

embarcações ocupem os cais principais (que seria um

tipo de carga ou também em casos de emêrgencia. Ao

desperdício de capacidade do terminal) e também para

contrário de outros equipamentos flutuantes para lidar

não ser forçada a construção de um terminal somente

com pesos excessivos, a barca pode navegar em águas

dedicado a estas embarcações, a Port Feeder Barge con-

de pouca profundidade por causa do calado de 1,2 me-

segue servir como um terminal flutuante e móvel para o

tros com deslocamento leve (lightship)

Nem um cais é preciso, pois a operação pode ocorrer no

aTipo: autopropulsionado, autossustentado (autônomo), simétrico porta contentores aComprimento: 63,90 m aBoca (largura do navio) : 21,20 m aAltura até o convés principal: 4,80 m aCalado máximo (operação portuária): 3,10 m aPorte bruto (DWT operação portuária): 2,500 t aArqueação bruta: aprox. 2,000 GRT aGeração de energia: diesel (gás) elétrico aPropulsão: 2 x 2 hélices lemes elétricos de 4 x 280 kw aVelocidade: 7 nós com 3,1 m calado aClassificação: GL 100 A5 K20 Barca, equipada para o transporte de contentores, solas II-2, Rule 19n MC aCapacidade: 168 TEUs, 14 tomadas para unidades de climatização “reefer” aGuindaste: LIEBHERR CBW 49 (49 t com alcance 27 m) aSpreader: automática, telescópica, 6 flippers, dispositivo de viragem, ramo para alturas excessivas aAlojamento: 6 pessoas em cabines individuais

O autor é professor-doutor e engenheiro da Hochschule Bremen – Universidade em Ciências Aplicadas, na Alemanha

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TRANSFERÊNCIA DE MERCARDORIAS

TCP lança serviço de transbordo para o oeste da África Novidade traz vantagens logísticas para exportadores do Paraná e áreas de influência no envio de cargas para o continente. Expectativa é de aumento no volume de contêineres Um serviço de transbordo para o Oeste da África está permitindo a transferência direta de mercadoria de um navio para o outro, para depois seguir para outro destino, entre clientes do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP). O novo serviço atende a demanda de exportadores do Paraná e de sua área de influência (São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Santa Catarina). A expectativa é que o TCP amplie o volume de contêineres movimentados no terminal. Segundo o diretor superintendente comercial do terminal, Juarez Moraes e Silva, os exportadores poderão enviar suas mercadorias para os países do oeste africano sem precisar alterar a logística atual, utilizando o serviço TCP e evitando a necessidade de outro operador portuário. “A flexi-

bilidade, mesmo sendo via transbordo, era uma necessidade desses exportadores, uma vez que ele facilita muito a logística, evitando que eles precisem trabalhar com dois portos diferentes”, diz. Segundo Moraes e Silva, a modernização do TCP, com a recente ampliação do cais de atracação para 879 metros e a instalação de novos equipamentos, permitiu oferta do novo serviço. “Antes serviço de transbordo não existia no Paraná e a carga era enviada para os portos de Santos ou de Santa Catarina, o que não é mais necessário com a escala em Paranaguá”, afirma. Com o aumento da demanda por esse serviço, será possível reduzir o transit time e proporcionar mais ganhos para o exportador. Inicialmente em fase de testes, o transbordo acontece uma vez por

semana, sem escala direta. Após receber um dos maiores pacotes de investimentos privados do setor portuário brasileiro nos últimos anos (R$ 365 milhões em três anos), o TCP atualmente tem capacidade para movimentar 1,5 milhão de TEUs/ano, conta com 320 mil m² de área de armazenagem e oferece três berços de atracação, com extensão total de 879 metros. g


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Diário de Bordo Empresas Manutenção de ISO 9001:2008 A Deicmar comemora a recomendação para manutenção do certificado internacional ISO 9001:2008 que, a partir da análise dos processos de negócios da companhia, avaliou seu Sistema de Gestão de Qualidade. A certificação valida o compromisso da empresa com a constante melhoria de seus processos, tendo como principal foco o atendimento ao cliente. A manutenção foi concedida à Deicmar sem nenhum registro de não conformidade, o que demonstra total adequação da companhia aos quesitos avaliados.

Nova planta

Filtros para postos

A montadora chinesa Chery acaba de inaugurar em Jacareí, no interior de São Paulo, a primeira fábrica da marca no Brasil e a única fora de seu país de origem. Com o investimento de U$ 400 milhões na construção, a marca espera alavancar as vendas no país, alcançando 3% de participação no mercado brasileiro até 2018. Atualmente, no acumulado deste ano, a Chery tem 0,27% de participação em vendas de automóveis e comerciais leves, segundo dados da Anfavea, a associação das montadoras. A planta da Chery no Brasil fica em uma área de um milhão de metros quadrados em Jacareí, no Vale do Paraíba.

A ARXO Industrial do Brasil acaba de anunciar ao mercado sua entrada na fabricação de filtros para diesel em postos de combustíveis. Os filtros foram projetados para que os postos possam oferecer um combustível com grau de pureza elevado, removendo, no ato do abastecimento, partículas sólidas e de água naturais no armazenamento de diesel. Os novos equipamentos fazem parte do projeto de diversificação do portfólio de produtos da marca, que atua nas áreas de aviação, indústria, óleo e gás, separadores de condensados e combustíveis.


INFORMATIVO DOS PORTOS

Diário de Bordo Logística Hámburg Süd A Hamburg Süd acaba de lançar um aplicativo gratuito para smartphones e tablets que permite aos clientes acessar informações sobre rastreamento das cargas, schedules, escritórios da empresa e notícias. O aplicativo foi desenvolvido em conjunto pela Hamburg Süd e a consultoria de TI Capgemini e está disponível para os sistemas operacionais iOS e Android, nos idiomas inglês e alemão, podendo ser baixado no iTunes da Apple e Google Play Store. Com a ferramenta, os clientes da Hamburg Süd podem acessar os mesmos dados e informações que estão disponíveis no portal de comércio eletrônico ecom.hamburgsud.com e será útil para os clientes que viajam muito e utilizam comunicações móveis em suas empresas.

Santos Brasil

Redução de riscos

A Santos Brasil acaba de lançar uma nova ferramenta online para otimização de operações financeiras. Trata-se do Portal Financeiro, cujo objetivo é oferecer autonomia, segurança e mobilidade no acesso de clientes a notas fiscais e boletos. A ferramenta foi lançada, inicialmente, com duas facilidades. A primeira é o agrupamento e detalhamento de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) em um único sistema. Com o Portal Financeiro, o cliente acessa seu arquivo de notas fiscais de um determinado período, podendo fazer consultas retroativas. Dessa forma, o cliente terá todas suas notas registradas online, em formato de relatório, o que favorece o controle financeiro.

Atualmente, um dos principais gargalos do país está no setor de transporte e logística. Segundo o ranking mundial de logística, elaborado pelo Banco Mundial (Bird), o Brasil ocupa a 65ª posição sobre eficiência de transportes entre 160 países. O estudo foca, principalmente, na visão dos empresários do segmento em relação à eficiência da infraestrutura de transportes. Percebendo isso, a startup uruguaia Softruck, sediada em Belo Horizonte, Minas Gerais, desenvolveu softwares e hardwares que permitem a empresas de veículos de grande e pequeno portes a redução de custos e a otimização de frotas, por meio da detecção de comportamento de riscos, monitoramento do estado de pneus e de motores, manutenções preventivas e controle de despesas. Tudo mediante um sistema que informa, em tempo real, sobre o transporte.

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Diário de Bordo Offshore Polo Naval A Andrade Gutierrez, um dos maiores grupos empresariais da América Latina, deve iniciar operações na indústria naval do Rio Grande do Sul. Pelo acordo, a Andrade Gutierrez irá associar-se à Iesa Óleo e Gás no Polo Naval do Jacuí, que detém contratos de US$ 720,4 milhões. Em nota, a empresa admitiu a conclusão das negociações, mas só se pronunciará “após a assinatura final do contrato”. O secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik, avalia que a chegada da empresa dará um novo status ao polo gaúcho, devido ao seu potencial de investimento. Knijnik participou ativamente das negociações, por designação do governador Tarso Genro, a pedido da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster.

Itaoca Offshore

Rolls-Royce

As obras de implantação do terminal portuário Itaoca Offshore, em Itapemirim, litoral do Espírito Santo, estão com início previsto para outubro. Recentemente o projeto do porto capixaba obteve a licença de instalação do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema). Com investimentos da ordem de R$ 450 milhões, o empreendimento é controlado pelos grupos brasileiros Catalina Participações, BH Value Inn Negócios e Mauer Engenharia. Os investidores apostam na expansão da exploração de óleo e gás no país, principalmente no enorme potencial de extração dos campos da camada do pré-sal, na Bacia de Santos.

A Rolls-Royce inaugurou no Distrito Industrial da Codin em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, sua unidade de montagem de turbogeradores de energia para plataformas de petróleo – equipamentos com demanda em crescimento devido às necessidades do mercado de óleo e gás, principalmente por causa do pré-sal. O empreendimento é mais um passo para consolidar o setor turbinas no Rio de Janeiro. Com investimento de US$ 100 milhões, a unidade gerou 100 empregos diretos. O empreendimento da Rolls-Royce contou com o apoio da Codin – vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços – para a obtenção do terreno e infraestrutura (energia, gás e água).


INFORMATIVO DOS PORTOS

Diário de Bordo Portos Reforço no Tesc Eduardo Alonso Linna se junta à equipe do Tesc, em São Francisco do Sul, assumindo a Diretoria Operacional e Comercial do Terminal. Natural de Santos, Linna possui 31 anos de experiência no setor portuário e já trabalhou em grandes organizações, como Maersk Line, APM Terminals Pecém e a MPX, onde nos últimos anos participou ativamente da importação de peças para a montagem e no processo de implantação portuário do carvão mineral para a Usina Termelétrica Energia Pecém. Ele chega ao Tesc com o objetivo de fortalecer a diversificação de operações do terminal, que já atua na movimentação de carga geral, granel sólido e contêiner.

Investimentos no Rio

Legislação Portuária

O presidente dos terminais portuários MultiRio e Multicar, Luiz Henrique Carneiro, revelou que o grupo Klien vai investir R$ 500 milhões em suas instalações no Porto do Rio, ampliando significativamente sua capacidade. Uma das razões da expansão é a necessidade de alongar o cais, para que navios maiores possam atracar. Carneiro revelou que já foi feita dragagem para 13,5 metros e que foi lançado edital para elevar a profundidade para 15 metros. Em breve, o Multirio poderá receber dois navios de 400 metros de comprimento, simultaneamente.

Empresários do setor portuário pedem mudanças e adaptações na legislação. Entre as mudanças mais significativas está a transferência de administração das autoridades portuárias estatais (Companhias Docas) para o setor privado. Os executivos também pedem maior liberdade para a agência reguladora, a Antaq, atuar na regulação do setor. “A SEP e a Antaq têm de ter agilidade para liberar a expansão do setor”, diz o presidente da ABTP, Wilen Manteli. Ele afirma que hoje há 41 terminais que aguardam pedido de renovação dos arrendamentos e expansão de seus terminais na Antaq.

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Artigo

Wagner Antônio Coelho

Retenção da mercadoria para controle do valor aduaneiro O controle realizado sobre o valor aduaneiro pela

O elemento objetivo foi utilizado pelo legislador com

bens oriundos do Brasil. Assim, somente poderia o

Aduana Brasileira é muito importante para os inte-

a intenção de possibilitar maior segurança jurídica

Fisco exigir a complementação da documentação

resses fazendários de nosso país. No entanto, tal

aos intervenientes do comércio exterior brasileiro,

de importação, apontando fato objetivo que pu-

fiscalização deve ser exercida nos termos da Lei.

bem como de evitar retenções indevidas por mera

desse ensejar a presunção de falsidade material

liberalidade da autoridade administrativa, muitas

da DE, e não inverter a situação, retendo a merca-

vezes em decorrência de políticas de restrição a de-

doria até que a importadora prove que a DE não

terminados segmentos.

é falsa’, conforme bem analisado em feito similar,

Nesse sentido, a dúvida com relação ao preço da mercadoria capaz de possibilitar sua reten-

da lavra da E. Des. Federal Maria Lúcia Luz Leiria

ção no curso do processo de despacho aduaneiro, durante a investigação com suspeita de

Assim, verifica-se ilegal, por exemplo, a paralisação

na Apelação/Reexame Necessário Nº 5003117-

irregularidade punível com pena de perdimento,

do processo de despacho aduaneiro de importação

49.2012.404.7208/SC.

deve conter elementos objetivos.

sem qualquer indício objetivo, simplesmente por motivos subjetivos da autoridade administrativa, a

Importante ressaltar que a autoridade administra-

Desse modo, cumpre salientar que os elementos

qual entende necessária a apresentação de docu-

tiva pode exigir a apresentação de outros docu-

objetivos relacionados à intenção dolosa de frau-

mentos instrutivos do processo de exportação na

mentos que entender necessários, diversos do rol

dar o fisco correspondem a provas de que existe

origem, devidamente consularizados naquele país

exemplificativo trazido no Regulamento Aduaneiro,

indícios na diferença significativa entre o preço

e, posteriormente com tradução juramentada aqui

desde que devidamente fundamentada a motiva-

declarado e os valores relativos a operações com

no Brasil, para que seja possibilitada a continuação

ção dessa exigência.

condições comerciais semelhantes e usualmente

do processo de despacho aduaneiro. No que tange à análise de averiguação do valor

praticados em importações ou exportações de mercadorias idênticas ou similares, ou, entre o preço

O posicionamento do Tribunal Regional Federal da

aduaneiro na importação, é possível a exigência de

declarado e os valores relativos a operações com

4ª Região segue o mesmo sentido, tendo em vista

apresentação dos documentos relativos à opera-

origem e condições comerciais semelhantes e in-

que a ‘tradução juramentada e a consularização

ção de exportação na origem, desde que realizada

dicados em cotações de preços internacionais,

da Declaração de Exportação não são exigidas

posteriormente ao processo de despacho aduanei-

publicações especializadas, faturas comerciais pro

para as importações em geral, e nem se tem no-

ro de importação, em procedimento administrativo

forma, ofertas de venda, dentre outros.

tícia de que outros países assim procedam com

adequado, nos termos da IN RFB 327/2003.g

Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB -SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária e Comércio Exterior, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.


INFORMATIVO DOS PORTOS

A PORTONAVE ESTÁ EM UMA LOCALIZAÇÃO PRIVILEGIADA: EM PRIMEIRO LUGAR NA MOVIMENTAÇÃO DE CONTÊINERES EM SANTA CATARINA.

MAIS QUE UM PORTO, UM POLO LOGÍSTICO COMPLETO. A Portonave é o porto responsável pela movimentação de 45% das cargas conteinerizadas de Santa Catarina e está preparada para aumentar cada vez mais esse número. Com investimentos em infraestrutura e equipamentos, está inserida em um complexo portuário consolidado e com serviços integrados. Venha crescer com a Portonave.

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