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EDITORIAL Encerrado o período eleitoral, a expectativa do setor produtivo é que o Brasil inicie um novo ciclo virtuoso. A comunidade portuária também vive este período de espera. As dúvidas são do tamanho das expectativas. Mas, independente disso, a vida segue e os portos brasileiros precisam manter a competitividade. O ministro-chefe da Secretaria de Portos (SEP), César Borges, projeta uma taxa de crescimento de 5,7% ao ano na movimentação de carga nos portos brasileiros até 2030. A afirmação foi feita durante palestra realizada no IX Seminário Internacional de Logística e Expolog – Feira Nacional de Logística, evento que aconteceu em Fortaleza (CE). Nesta edição abordamos como foi este evento e outro importante, o primeiro encontro promovido pela ATP (Associação dos Terminais Portuários Privados), que debateu o tema “Portos Privados: Serviço Público x Atividade Econômica”. Destaque, também, para entrevista com o consultor Sérgio Aquinho, da SPA Consultoria e Assessoria, que fala de temas como as perspectivas do novo mandato da presidente Dilma Roussef, o balanço da Lei dos Portos e qual será o futuro do segmento portuário no país. Na matéria especial, o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Tessutti Dividino, faz um balanço do ano e traça os planos dos portos paranaenses para 2015.

ÍNDICE 08.

Assinado termo de compromisso para construção de terminal para gás no Superporto

16.

TESC investe na cabotagem, modal que vem crescendo no Terminal

20.

Portos do Paraná

24.

Operadores debatem regulação das atividades em terminais portuários privados

30.

Suplemento SEP

34.

Suplemento Itajaí

Boa leitura!

Publicação: Perfil Editora Diretora : Elisabete Coutinho Diretora Administrativa: Luciana Coutinho Jornalista responsável: Érica Amores (Mtb 34455) Reportagem: Alessandro Padin Fotos: Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem Projeto gráfico: Solange González Bock Diagramação: Elaine Mafra - (47) 3046.6156 (serviço terceirizado) Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.

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Praticagem

CNAP coloca cinco zonas em consulta pública As contribuições podem ser enviadas até as 18 horas do dia 5 de dezembro em um dos modelos apresentados A Comissão Nacional para Assuntos de Praticagem (CNAP) colocou em consulta pública as tabelas de preços máximos por manobra dos serviços de praticagem de cinco zonas de praticagem (ZP): ZP 8, ZP 10, ZP 11, ZP 13 e ZP 19. Por meio da Consulta Pública nº 4, as contribuições podem ser enviadas até as 18 horas do dia 5 de dezembro, em um dos modelos apresentados, para o correio eletrônico cnap. consulta@planalto.gov.br.

Encerrado o prazo da consulta e após análise das contribuições, a CNAP, composta por representantes da Secretaria de Portos (SEP), dos ministérios da Defesa, da Fazenda, dos Transportes e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), produzirá um relatório final a ser encaminhado à Diretoria de Portos e Costas da Marinha do Brasil, para que esta, por meio de Portaria, faça a homologação das tabelas de preços máximos.

A ZP 8 é referente a áreas no Porto de Cabedelo (PB), a ZP 10 abrange áreas dos Portos de Porto de Jaraguá (AL), Porto de Salgema(AL) e Fundeio Anvisa. A ZP 11 inclui áreas do Porto de Aracajú (SE), Barra dos Coqueiros (SE) além do Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB). A ZP 13 fica no Porto de Ilhéus (BA) e a ZP 19 no Porto do Rio Grande (RS).

Ao propor a fixação de um teto para a remuneração do serviço de praticagem - que compreende o conjunto de atividades profissionais de assessoria ao Comandante, requeridas por força de peculiaridades locais que dificultem a livre e segura movimentação da embarcação - a CNAP atende ao disposto no Artigo 1º do Decreto 7.860/2012, que determina à Comissão propor metodologia

de regulação de preços; preços máximos do serviço e medidas para o aperfeiçoamento da regulação do serviço de praticagem. A tabela de preços e os modelos de envio de contribuições podem ser acessados em www.portosdobrasil.gov.br/. Praticagem A praticagem é regulada pela Lei de Segurança da Navegação (9.537/1997). A atividade é baseada no conhecimento dos acidentes e pontos característicos da área onde é desenvolvida - trechos da costa, portos, estuários de rios, em baías, lagos, rios, terminais e canais onde há tráfego de navios. Este serviço proporciona maior eficiência e segurança à navegação e garante proteção à sociedade e a preservação do meio ambiente.g


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Ampliação de estrutura

Assinado termo de compromisso para construção de terminal para gás no Superporto A capacidade será para atracação de navios de até 350 metros. O investimento é de R$ 70 milhões e a previsão do período de construção é de 24 meses O Governo do Rio Grande do Sul firmou um termo de compromisso com a Regás Brasil Sul e a Bolognesi para a consolidação de um terminal público para recebimento de gás natural, no Superporto, em Rio Grande. O projeto é de um terminal multiuso com uso prioritário para atividade de regaseificação. O píer público para gás terá 150 metros e será construído na zona de granéis líquidos e fertilizantes do Superporto. A capacidade será para atracação de navios de até 350 metros. O investimento é de R$ 70 milhões e a previsão do período de construção é de 24 meses. O termo também compreende a instalação de uma unidade industrial off-shore de regaseifi-

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O tempo aproximado de obras é de 36 meses. A usina deve gerar quatro mil empregos diretos

cação. A capacidade de geração da Usina Termelétrica (UTE) será de 1,238 megawatts. O investimento previsto é de R$ 2,9 bilhões. O tempo aproximado de obras é de 36 meses. A usina deve gerar quatro mil empregos diretos.

De acordo com o superintendente do Porto, Dirceu Lopes, o projeto é resultado de quatro anos de trabalho. “Desde o início estávamos convencidos da importância deste projeto devido à mudança na matriz energética da região”, destacou. g


“Agradecemos à você amigo cliente pela parceria durante este ano, e deixamos aqui nossos sinceros votos para que 2015 seja repleto de paz, amor e saúde para você e família!” INFORMATIVO DOS PORTOS

Itajaí - SC Tel: (47) 3349-3771

Rio de Janeiro - RJ Tel: (21) 4062-7127

Recife - PE Tel: (81) 3314-8166

São Paulo - SP Tel: (11) 5083-1977

Curitiba - PR Tel: (41) 3503-6811

www.anxlogistics.com.br info@anxlogistics.com.br

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Conquista

Embraport é a primeira empresa brasileira recomendada a receber a certificação ISO 28000 O órgão de certificação internacional, Lloyd’s Register Quality Assurance, foi o responsável pelas auditorias O terminal privado Embraport conquistou a recomendação de duas certificações da Organização Internacional para Padronização (ISO). Uma dessas certificações, a ISO 28000, é inédita no Brasil e está relacionada à Segurança na Cadeia Logística. A empresa recebeu, também, a recomendação para a certificação ISO 9001, que corresponde ao Sistema de Gestão da Qualidade. O órgão de certificação internacional, Lloyd’s Register Quality Assurance, foi o responsável pelas auditorias. A implantação de um Sistema de Gestão da Segurança baseado na ISO 28000 determina um padrão internacional para todos os processos de negócio, priorizando a qualidade e a segurança nas operações realizadas pela Embraport. A conquista é resultado de um trabalho intenso realizado nos últimos dez meses por um

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A empresa recebeu, também, a recomendação para a certificação ISO 9001, que corresponde ao Sistema de Gestão da Qualidade.

comitê formado por representantes de todos os departamentos da empresa. Reynaldo Pincette, diretor da Embraport, acre-

dita que a conquista tenha uma influência positiva. “A Embraport contribuirá ainda mais para a produtividade do país e para acelerar o desenvolvimento da região”. g


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Prêmio

Aliança Navegação e Logística é eleita como um dos 10 melhores operadores logísticos do Brasil A empresa ficou com o 3º lugar geral, 1º lugar no setor de Papel e Celulose e, pela segunda vez consecutiva, com o 2º lugar na área de Eletrônicos A Aliança Navegação e Logística conquistou o Prêmio Ilos 2014, entregue aos 10 melhores operadores logísticos do Brasil. A premiação ocorre anualmente e é realizada pelo Instituto de Logística e Supply Chain. A empresa ficou com o 3º lugar geral, 1º lugar no setor de Papel e Celulose e, pela segunda vez consecutiva, com o 2º lugar na área de Eletrônicos. O 14º Prêmio Ilos é um tradicional e reconhecido encontro de executivos de Logística e Supply Chain, que tem como objetivo apresentar os prestadores de serviços logísticos que mais se destacaram no mercado brasileiro. Os ganhadores são escolhidos pelo voto dos profissionais do setor que trabalham nas maiores indústrias do país.

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A premiação ocorre anualmente e é realizada pelo Instituto de Logística e Supply Chain

A pesquisa é realizada com cerca de 300 profissionais de logística, que indicam seus dois candidatos em citações livres (sem lista prévia) e os dez ganhadores são aqueles que conseguem o

maior número de votos. Além dos melhores prestadores de serviços logísticos na avaliação geral, o Instituto Ilos também homenageia os dois mais votados por setor da economia. g

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Cabotagem

TESC investe na cabotagem, modal que vem crescendo no Terminal Até o momento, a movimentação cresceu em média 30% na carga conteinerizada e 18% no siderúrgico em comparação com o ano passado DIVULGAÇÃO

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Atualmente, o TESC movimenta 60% em longo curso e 40% em cabotagem nas cargas conteinerizadas, e 80% do siderúrgico em cabotagem

Dentro da proposta de diversificar suas operações, o TESC – Terminal Portuário Santa Catarina aposta na cabotagem como uma alternativa vantajosa em diferentes aspectos. O coordenador comercial do Terminal, Cáudio Flores, aponta que o modal tem não só baixo custo, segurança e índice mínimo de avarias, mas garante melhor planejamento quando se considera agendamento de entrega. Atualmente, o TESC movimenta 60% em longo curso e 40% em cabotagem nas cargas conteinerizadas, e 80% do siderúrgico em cabotagem. Até o momento, a movimentação de cabotagem cresceu em média 30% na carga conteinerizada e 18% no siderúrgico em comparação com o ano passado. Para Flores, o resultado se deve principalmente à redução do custo logístico que o modal oferece, e também à conscientização quanto à redução de CO2. A Lei do Motorista, que entrou em vigor em junho de 2012, também teve influência neste crescimento. A lei dispõe sobre o exercício da profissão de motorista profissional de veículos automotores, regulamentando a remuneração e a jornada de trabalho. No TESC, houve migração de cargas para a cabotagem em todos os setores, desde matéria- prima até produto acabado. Hoje, as principais cargas movimentadas são produtos siderúrgicos, alimentos e bebidas, eletro-eletrônicos, materiais de construção civil e madeira (MDF). O Terminal possui condições extremamente competitivas na cabotagem, que permitem uma significativa economia em toda a logística: janelas de atracação e equipamentos especializados para a movimentação de cargas, que proporcionam produtividade competitiva, e excelente profundidade, o que resulta em maiores calados. Mesmo com números já tão positivos, Flores acredita que a cabotagem possa crescer ainda mais. As características naturais do Brasil são um fator que pesa bastante. “O país possui mais de 8 mil Km de costa navegável e o aproveitamento desse recurso com a cabotagem garante um transporte de carga que consome menos combustível por tonelada útil transportada, em comparação com outros modais”, afirma. Consequentemente, a cabotagem interfere menos no meio ambiente a partir da redução da emissão de CO2 e NOX na atmosfera, uso de vias naturais e do baixo impacto ambiental em sua implantação. Para que o crescimento continue a ocorrer, é necessário que alguns desafios sejam vencidos. Ainda existe muito desconhecimento a respeito do modal e de suas vantagens e alguns clientes seguem relutantes. É essencial, ainda, proporcionar condições equivalentes de trabalho, custo e incentivos, principalmente em relação ao combustível. g


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Evento

Fonseca palestra sobre a nova lei dos portos em em São Paulo O diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando Fonseca, participou do 2º Encontro Nacional Portos: Investimentos e Logística, realizado dia 14 de novembro em São Paulo. Fonseca palestrou sobre a nova Lei dos portos - atualidades e perspectivas. Durante o evento, foram discutidas questões como os entraves que ainda precisam ser superados na implantação das mudanças trazidas pela nova legislação do setor portuário; o novo modelo de arrendamento e o destravamento dos investimentos; o aumento da competitividade logística; e as licitações de novas áreas dentro dos portos públicos.

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O diretor da Antaq lembrou que, com o novo marco regulatório, a agência ganhou a competência de fiscalizar diretamente os operadores portuários

Diretor da Antaq, Fernando Fonseca

O diretor da Antaq abriu a sequência de palestras do evento, destacando o fortalecimento institucional da Agência. Fonseca lembrou que, com a nova lei, a agência ganhou a competência de fiscalizar diretamente os operadores portuários e ressaltou o aumento da efetividade da fiscalização da Agência com a progressiva instalação dos postos avançados nos portos organizados. O diretor também falou sobre as formas de exploração das instalações portuárias, segundo a Lei nº 12.815/13, abordando as diretrizes e os fundamentos legais do novo marco regulatório. Fonseca fez ainda um relato sobre as diretrizes do programa de arrendamento, realizado pelo poder concedente, por via da Antaq, e detalhou o programa nos seus diversos aspectos, como os critérios de seleção, condições contratuais, blocos de licitações previstos e renovação antecipada dos contratos de arrendamento. Por fim, o diretor da Antaq apresentou um demonstrativo das instalações portuárias privadas autorizadas, mencionando os contratos de adesão assinados após a instalação do novo marco regulatório, bem como os anúncios públicos que estão em curso para instalação de novos terminais privados. O 2º Encontro Nacional Portos: Investimentos e Logística teve o objetivo de esclarecer como os principais players do setor responsável por 90% das exportações brasileiras buscam alternativas para os entraves operacionais e administrativos que ainda impactam parte da qualidade do serviço prestado. O evento contou com palestras do secretário de Políticas Portuárias da Secretaria de Portos, Guilherme Penin; do gerente Setorial do Departamento de Transportes & Logística do BNDES, Dalmo Marcheti; do representante da SPA Consult, Sérgio Aquino; do presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa; e do professor dos cursos de pós-graduação de Direito Administrativo e Direito Econômico da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas, Luís Felipe Valerim. g

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Tecnologia

Codesp assina contrato com a Indra para implementação do VTMIS O sistema tem o objetivo de auxiliar no controle de tráfego de embarcações, tornando mais segura a espera de navios nas áreas de fundeio e mais eficiente a movimentação e atracação de embarcações no porto A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e o Consórcio Indra VTMIS Santos assinaram, no final de outubro, o contrato para implantação do Sistema de Gerenciamento de Informações do Tráfego de Embarcações (Vessel Traffic Management Information System - VTMIS). Na ocasião também foi assinada ordem de serviço para deflagração dos serviços que se iniciam com a elaboração de projeto executivo. “A implantação do VTMIS é um marco importante no trabalho de aprimoramento da eficiência, colocando o Porto de Santos no patamar tecnológico dos mais modernos portos do mundo”, comentou o diretor-presidente da Codesp, Angelino Caputo.

“Não se trata de um sistema pronto que sai da prateleira funcionando imediatamente, mas um projeto ajustado ao nosso perfil, feito sob medida e que exigirá um período de planejamento, implantação e ajustes estimado em 44 meses.”. “O conjunto de informações proporcionado permitirá a tomada de decisões adequadas em busca de melhor eficiência na gestão do canal de acesso ao porto”, afirma o diretor de Planejamento Estratégico e Controle da Codesp, Luis Cláudio Santana Montenegro. “Trata-se da essência do planejamento, permitindo decisões estratégicas bem embasadas para a obtenção de resultados de desempenho cada vez melhores”.

O sistema O VTMIS será composto por quatro torres de monitoramento e uma central de processamento e supervisão de dados. O sistema tem o objetivo de auxiliar no controle de tráfego de embarcações, tornando mais segura a espera de navios nas áreas de fundeio e mais eficiente a movimentação e atracação de embarcações no porto. Esses recursos serão integrados à gestão de segurança da Supervia


Sérgio Coelho

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quatro torres, que serão instaladas em pontos estratégicos do porto: Ilha da Moela, Ponta de Itaipu, próximo ao Terminal Exportador do Guarujá (TEG), na entrada do canal, e Ilha do Barnabé. Estas áreas foram escolhidas por oferecerem segurança aos equipamentos e por possibilitarem cobertura de todo o estuário, com uma área de varredura que vai da área de fundeio ao Terminal Marítimo da Usiminas. A central do VTMIS terá uma antena VHF para comunicação com as embarcações e receberá dados das torres de monitoramento, de uma estação meteorológica e de um marégrafo.

O contrato para a implantação do VTMIS em Santos prevê desde o fornecimento de equipamentos e software até treinamento de pessoal e obras civis, pelo período de 44 meses. O valor do investimento é de R$ 31,07 milhões.

A estação meteorológica servirá para monitoração de intempéries e o marégrafo, para identificar os movimentos de preamar (maré alta) e baixa-mar no canal. Assim, os operadores da central poderão estimar de forma mais precisa a profundidade de cada berço do cais e auxiliar os navios no momento da atracação. As torres abastecerão a central com dados sobre a localização e movimentação de embarcações. Cada uma das torres terá um radar, uma câmera de alta definição e um transponder AIS.

O consórcio fará as instalações da central e das

O transponder AIS (Automatic Identification Sys-

Eletrônica de Dados e ISPS Code.

tem, Sistema de Identificação Automática), é um dos equipamentos mais importantes da torre: ele recebe sinais enviados, obrigatoriamente, pelos navios. Com esse contato, a central visualiza a posição, a velocidade e o número de registro do navio numa carta de navegação eletrônica exibida num monitor – seu movimento é acompanhado em tempo real. Como a maior parte dos barcos pequenos não emite sinais de transponder, a tarefa do radar será identificar estas embarcações menores (até um metro quadrado de área). A câmera inteligente apontará automaticamente para o alvo localizado pelo radar. Isso aumentará a segurança na área de fundeio. O Centro de Operações do sistema será instalado na edificação da antiga Ponte de Inspeção Naval, na Ponta da Praia. As obras de reforma, ampliação e adequação do local ocorrerão durante a implantação do VTMIS. O VTMIS faz parte do Projeto de Inteligência Logística Portuária da Secretaria de Portos (SEP), junto com o Porto Sem Papel (PSP) e Porto 24 horas. O consórcio vencedor da licitação já possui experiência internacional no sistema e apresentou proposta de 31 milhões de reais para o empreendimento. g

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ESPECIAL

“Tivemos um ano bastante vitorioso” Em entrevista exclusiva ao Informativo dos Portos, o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Tessutti Dividino, faz um balanço das ações realizadas este ano e quais os planos para 2015. “Fizemos, com recursos próprios, mais de R$ 380 milhões em investimentos na área de dragagem, na aquisição de shiploaders, construção de edificações operacionais, na iluminação do porto. Foi uma série de eventos que nos permite terminar o ano com um bom volume de entregas à sociedade e à comunidade portuária”. Este é o balanço que o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Tessutti Dividino, faz deste ano de 2014. Nesta entrevista exclusiva, ele destaca os avanços dos portos paranaenses e quais os planos para o futuro.


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INFORMATIVO DOS PORTOS: Qual o balanço que senhor faz deste ano de 2014 nas atividades dos portos paranaenses? Luiz Henrique: Sob a ótica de movimentação de carga, tem sido um ano satisfatório. Estamos com o mesmo volume praticamente que movimentamos no ano passado. Devemos igualar os resultados de 2013, que seria muito bom, considerando os aspectos de tendências de retração da economia e de dificuldades com os preços, principalmente do milho. Sob a ótica de investimentos, tivemos um ano bastante vitorioso. Fizemos, com recursos próprios, mais de R$ 380 milhões em investimentos na área de dragagem, na aquisição de shiploaders, construção de edificações operacionais, na iluminação do porto. Foi uma série de eventos que nos permite terminar o ano com um bom volume de entregas à sociedade e à comunidade portuária. INFORMATIVO DOS PORTOS: Quais os impactos da Lei 12.815, que implantou o novo marco regulatório dos portos, no complexo paranaense? Luiz Henrique: A lei é bastante recente e há algumas discussões que precisam ser feitas, principalmente em relação ao programa de arrendamentos, que é muito importante para os portos do Sudeste e do Sul. Ainda existem algumas indefinições entre a SEP e o TCU, porém nos entendemos que estes debates fazem parte da mudança do marco legal. Eu vejo a lei com bons olhos e é compreensível que necessite de alguns aperfeiçoamentos. Espero que no começo do ano que vem as coisas deslanchem para atender quem deve ser beneficiado, que é o cliente que precisa do porto. INFORMATIVO DOS PORTOS: A licitação da dragagem de aprofundamento do Porto de Paranaguá está em andamento. A possibilidade de receber embarcações com calado de 12,8 metros vai refletir de que forma no complexo? Luiz Henrique: Nós estamos nas últimas tratativas para receber a primeira embarcação na costa brasileira de 368 metros de comprimento por 51 de largura, que são

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do planalto curitibano, por exemplo. Queremos, com esse apoio da academia, desenvolver e aprimorar ainda mais os monitoramentos ambientais e gerar um banco de dados importante que vai direcionar futuros empreendimentos ou futuras dragagens. Nós vamos conhecer mais onde nós vivemos e gerar um histórico para os que virão daqui a 10, 20 anos.

Diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Tessutti Dividino os ultra large container carriers. Já temos todo o porto dragado no calado de projeto, ou seja, não temos nenhuma restrição, nenhum assoreamento em todo o canal de navegação e bacia de evolução. O que nós pretendemos é que a dragagem de aprofundamento que será feita com recursos do governo federal venha consolidar o porto com mais segurança e com todas as condições de aumentar as escalas desses navios ultra large. Hoje nós temos uma situação marítima operacional bem confortável. Conseguimos depois de uma década trazer o porto para aquele nível que nunca deveria ter deixado de ter. INFORMATIVO DOS PORTOS: A APPA está revisando os PDZPO (Planos de Desenvolvimento e zoneamento dos Portos de Paranaguá e Antonina).Quais os principais aspectos a serem destacados? Luiz Henrique: O nosso PDZPO é bastante recente. Nós o tínhamos aprovado em 2012. O que estamos fazendo basicamente é um processo de reescrever os planos, atualizando as informações para atender a Portaria 03 da SEP. Não teremos grandes novidades. Em 2012 nós fizemos um trabalho de aprovar o PDZPO com a participação de toda

a sociedade. Participaram e ainda participam do nosso grupo de trabalho as federações da indústria, da agricultura, do comércio, além do CAP (Conselho da Autoridade Portuária) e da comunidade portuária. Nós queremos manter esta chancela que a sociedade paranaense nos dá. Nós fizemos questão de que o nosso PDZPO fosse referendado por todos os envolvidos no processo. INFORMATIVO DOS PORTOS: A APPA e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) assinaram recentemente um protocolo de intenções. Quais são os benefícios esperados desta aproximação com o setor acadêmico? Luiz Henrique: Uma série deles. A Universidade Federal do Paraná tem o Centro de Estudos do Mar que, no ano que vem, vai estruturar novos cursos que atenderão as demandas do porto. Alunos e recém-formados vão conhecer a realidade portuária e qual a sua relação com o meio ambiente. De um lado você tem a instituição capacitando profissionais e fazendo pesquisa e de outro o porto cada vez mais aberto para conhecer as dinâmicas ambientais, como os índices de assoreamento, as características da bacia hidrográfica

INFORMATIVO DOS PORTOS: Quais são os planos da APPA para 2015? Luiz Henrique: Nós temos planos bastante audaciosos. Nós últimos dez anos nós vimos surgir dois novos portos de contêineres em Santa Catarina, uns dois ou três em São Paulo e nós, no Paraná, não crescemos nada. Nesta nossa gestão já entregamos um primeiro berço de 315 metros. Nós vamos recuperar o tempo que perdemos no passado. A nossa ideia é rediscutir o porto, não só como movimentação de carga, mas também a atividade portuária sob o ponto de vista de atividades que ainda não fazemos, como estaleiros de construção de plataformas ou equipamentos offshore. Além disso, pensamos em buscar uma conexão com um termoelétrica, fomentar a implantação de pipelines. Não queremos enxergar o porto simplesmente sob a ótica de carregar e descarregar o navio convencional. Hoje a nossa administração é responsável pelo gerenciamento de todos os portos do estado do Paraná, inclusive na região oeste, onde temos o Rio Paraná e pretendemos nos próximos anos implementar operações logísticas que se iniciem naquela região e cheguem ao leste, já no Oceano Atlântico. INFORMATIVO DOS PORTOS: O sistema Carga Online organiza a chegada de caminhões ao Porto de Paranaguá. Qual o balanço que o senhor faz do sistema? Haverá alguma mudança para 2015? Luiz Henrique: Este sistema foi implantado em 2001 e recentemente, em 2011, nós fizemos a última versão dele, que foi aperfeiçoada com recursos como, por exemplo, a possibilidade dos caminhoneiros interagirem por SMS. O que teremos de novo é que vamos voltar a integrar a chegada de caminhões com a chegada de vagões. Pode parecer que não há relação, mas o destino final dos dois é o terminal. Hoje nós monitoramos 100% da malha rodoviária. Nós pretendemos monitorar 100% da malha ferroviária. Com isso você consegue saber, com precisão, tudo o que está chegando no porto com três dias de antecedência, permitindo fazer as correções necessárias. g


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Aumentam as importações de fertilizantes O volume de fertilizantes que entrou no país, pelos Portos de Paranaguá e Antonina, está maior este ano. De janeiro a outubro, já são quase 8,4 milhões de toneladas dos produtos importadas pelos terminais paranaenses – 6% a mais que o registrado no período no ano passado, quando foram importados pouco menos de 7,9 milhões de toneladas. Esses insumos agrícolas representam mais da metade das importações realizadas pelos Portos do Paraná em 2014: 57% do total de cerca de 14,67 milhões de toneladas de produtos. A principal explicação para este aumento, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), é o aumento na área de plantio da soja e a capitalização dos produtores. Considerando apenas a movimentação do mês de outubro, o aumento na importação dos fertilizantes é ainda mais expressivo: 18% em relação a 2013. Foram importadas 863 mil toneladas do produto no mês, contra pouco mais de 734 mil toneladas em outubro de 2013. Destinação Segundo o economista da Divisão de Conjuntura Agropecuária do Deral, Marcelo Garrido, a maior parte desse fertilizante é destinado à cultura da soja no Paraná. “O principal fator que explica a alta no volume importado é o aumento na área plantada nesta safra de verão. O melhor preço da soja em relação ao milho foi o principal motivo para o produtor ter optado pela soja”, explica. De acordo com o especialista, o plan-

tio da oleaginosa já está em andamento no Paraná. “Até a semana passada, tínhamos 61% da soja já plantada no estado, sendo que o normal para esta época seria em torno de 72% já plantado. O atraso é reflexo das chuvas irregulares no mês de outubro e início de novembro”, afirma Garrido. Ainda segundo ele, o plantio se estende até dezembro, dependendo da região, e a colheita ocorre do final de janeiro até o final de abril, sendo os picos nos meses de março e abril. Comercialização Em relação às negociações, Garrido diz que estão em ritmo mais lento do que em anos anteriores. “Além dos produtores estarem mais capitalizados e com menos pressa de comercializar, a safra americana é muito grande neste ciclo. Em contrapartida, a demanda chinesa tem se mostrado bastante aquecida”, comenta o técnico do Deral. De acordo com o economista, foram comercializados até o momento cerca de 6% do total. “Na safra passada, neste mesmo período, haviam sido comercializados 25% do total estimado”, completa. A estimativa do Deral para a safra 2014/15 é de uma área plantada com soja de cinco milhões de hectares – 3% superior à safra passada. Em termos de produção, a estimativa é de 17,2 milhões de toneladas, um crescimento de 18% em relação ao ano passado. “Problemas climáticos podem alterar essa previsão”, alerta. De janeiro a outubro, foram movimentadas, pelos Portos do Paraná, 39 milhões de toneladas de produtos. O volume se mantém quase o mesmo que o registrado no mesmo período do ano passado. g

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Transporte Aquaviário

Operadores debatem regulação das atividades em terminais portuários privados Encontro realizado em Brasília (DF) foi promovido pela Associação de Terminais Portuários Privados

divulgação

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“O serviço público tem muitas amarras em razão de regras muito rígidas. Nós queremos ser reconhecidos como atividade econômica porque quanto menos regulação tivermos, mais vamos crescer e mais investidores teremos”, destaca o presidente da ATP, Murillo Barbosa

Os operadores de terminais portuários privados cobram, do governo federal, regulação mínima das atividades a fim de aumentar a eficiência e estimular a atração de investimentos para o setor. O tema foi debatido dia 12 de dezembro, durante o primeiro encontro promovido pela Associação dos Terminais Portuários Privados (ATP), que debateu o tema “Portos Privados: Serviço Público x Atividade Econômica”. “O serviço público tem muitas amarras em razão de regras muito rígidas. Nós queremos ser reconhecidos como atividade econômica porque quanto menos regulação tivermos, mais vamos crescer e mais in-

vestidores teremos”, defende o presidente da entidade, Murillo Barbosa. Na avaliação dele, a Lei de Portos, que deu aos terminais privados a possibilidade de movimentar cargas de terceiros, deve ser explorada ao máximo e não é necessário mexer em marcos legais para garantir as operações do setor com mais liberdade. O ministro da Secretaria Especial de Portos (SEP), César Borges, disse que a regulação é necessária para garantir que as operações estejam adequadas ao plano nacional de desenvolvimento do setor portuário. “Mesmo os terminais de uso privado prestam um serviço público. Mas, por parte do governo


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federal, queremos tirar todos os entraves possíveis, manter o mínimo de regulação”, afirmou ele. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que também participou do debate, Carlos Velloso, destacou a importância da atividade para o desenvolvimento do país e defendeu uma intervenção mais tímida do Estado sobre as atividades portuárias. “Trata-se de uma modernização mais que necessária. O Brasil ocupa a posição 136 entre 142 países em um ranking sobre qualidade portuária, segundo o Fórum Econômico Mundial”, destacou o jurista. Já para o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Mario Povia, “todas as atividades portuárias devem passar por regulação do Estado, apesar de ser uma atividade econômica”. Agilidade O ministro César Borges ressaltou que o governo federal ainda aguarda o aval do TCU (Tribunal de Contas da União) para licitar áreas dos dois primeiros blocos de áreas

que serão arrendadas em portos organizados. São, ao todo, 29 áreas em Santos (SP), Vila do Conde, Santarém, Belém, Miramar e Outeiro (PA) sob avaliação dos ministros. Conforme Borges, a demora do TCU atrasa a execução dos investimentos em portos

organizados por todo o país. Isso porque o governo federal não quer colocar outros três blocos sob consulta pública sem as definições sobre o primeiro. No total, o governo federal espera arrendar mais de 150 áreas e viabilizar investimentos de mais de R$ 15,8 bilhões. g

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Entrevista

“A Lei dos Portos foi desnecessária” Com 30 anos de experiência no setor portuário, o advogado e administrador de empresas Sérgio Aquino tem passagens pelos setores público e privado. Além de ter atuado em terminal portuário, foi membro do Conselho de Autoridade Portuária do Porto de Santos (CAP) e responsável pela Secretaria Municipal de Assuntos Portuários de Santos a primeira do gênero no Brasil, entre 2005 e 2012. Nesta entrevista exclusiva ao Informativo dos Portos, ele, que hoje comanda a empresa SPA Consultoria e Assessoria, aborda temas como o novo mandato da presidente Dilma Roussef, o balanço da Lei dos Portos e qual será o futuro do segmento portuário no país.

INFORMATIVO DOS PORTOS: Quais as expectativas do senhor em relação ao segundo mandato da presidente Dilma no que diz respeito aos portos brasileiros? Sérgio Aquino: A mesma que a sociedade tem: saber se a presidente vai manter os conceitos e critérios que utilizou no primeiro mandato ou se vai rever algumas questões estratégicas. Se mantiver os mesmos critérios destes últimos quatro anos, a expectativa não é das mais otimistas. O setor portuário sofreu muito neste período, em termos estratégicos e de desenvolvimento. O governo gastou muita energia ao investir na mudança da lei, quando todos os que atuam no segmento sabiam que não havia necessidade disso. Se o objetivo dela era alterar aspectos

Sérgio Aquino, diretor da empresa SPA Consultoria e Assessoria

legais, deveria ter focado em uma legislação que garantisse um modelo de administração portuária independente e profissionalizada. INFORMATIVO DOS PORTOS: O senhor pode destacar um aspecto que deve ser priorizado neste primeiro ano de mandato? Sergio Aquino: Seguir o modelo mundial portuário de eficiência, vendo como portos mundo afora se tornaram campeões em logística. Devemos parar com esta mania de querer “inventar a roda” no Brasil. A base de tudo isso é uma administração profissionalizada, independente e autônoma e o primeiro passo a ser dado é a descentralização da gestão portuária. Muitos complexos brasileiros já vivem essa realidade, como

Santa Catarina, onde todos os portos estão sob o comando do estado ou do município, Paraná, Pernambuco, Ceará e Rio Grande, que estão nesta mesma situação. O Porto de Santos, que é o principal do país, também precisa de uma administração descentralizada. INFORMATIVO DOS PORTOS: Qual deve ser o papel no setor empresarial neste segundo mandato da presidente? Sérgio Aquino: Precisa se reorganizar um pouco. Aquela disputa sobre carga própria e carga de terceiros em terminais privativos gerou uma certa divisão no segmento. Hoje está pacificado, mas precisa se estruturar para atuar com muito mais força na definição do que é atri-


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buição do poder público e o que é de responsabilidade da iniciativa privada. As empresas precisam cobrar do Estado a disponibilização de uma infraestrutura de serviços no conceito landlord. No atual cenário, os arrendatários dos portos pagam pela dragagem, por exemplo, e não têm este serviço entregue. Veja o exemplo do Porto de Santos. Tem deliberação do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) desde 1998 para que o canal fosse aprofundado, em um primeiro estágio, em 15 metros. O governo federal anunciou dois grandes programas para isto, pagou valores imensos, a até hoje os arrendatários não viram o serviço ser feito. Isso provoca um desequilíbrio. INFORMATIVO DOS PORTOS: O que o senhor pensa sobre a possibilidade da extinção da Secretaria de Portos (SEP)? Sérgio Aquino: Mais importante do que uma instituição que cuide de um setor é a filosofia de governo em relação a este segmento. O ideal é que continuemos com uma secretaria com status de ministério, mas com força de ação e não com dependência de condução como foi neste primeiro mandato da presidente Dilma. Se compararmos o segundo governo Lula e agora, veremos uma grande diferença. O então ministro da SEP, Pedro Brito, tomava as iniciativas e cuidava do setor portuário. Nos últimos quatro quem conduziu todo o processo foi a Casa Civil e isto gerou muitas perdas e o engessamento que temos hoje no porto público.

mundo, onde o porto é profissionalizado, descentralizado, com autonomia financeira e de gestão. O novo marco regulatório implantou um modelo centralizado, com baixa competência da administração portuária local e sem competição entre os portos. É preciso destacar que quando se divulga que novos terminais são autorizados a operar não se leva em conta que a grande maioria é de regularizações de processos que já estavam em andamento. O que temos efetivamente de novo? A antecipação de muitos contratos de arrendamento que, por sinal, já vinham sendo realizadas antes da nova lei. Nós temos com a nova legislação, é claro, um planejamento integrado sistêmico, mas não deveria ser implantado dessa forma, totalmente centralizada. Hoje quem define os

regulamentou a lei é que define a SEP como poder concedente. Como a lei respeitou a legislação que permite a delegação dos portos para os estados e municípios, o governo federal pode fazer uma análise e regulamentar esta questão, delegando o poder concedente para o estado e município que tem o porto. Bastaria uma adequação do decreto. Depois de feito isso, era fundamental garantir a profissionalização das administrações. Isto em uma primeira etapa. Em uma segunda etapa ainda defendo que a lei seja revista com relação à competência do CAP. É uma instituição extremamente estratégica para a garantia da competitividade e da discussão do sistema portuário com a comunidade local. INFORMATIVO DOS PORTOS: Há um impasse, também, sobre a questão das licitações de arrendamentos das áreas portuárias. Como resolver isso? Sérgio Aquino: Grande parte dos problemas que vêm sendo discutidos no Tribunal de Contas da União (TCU) são consequência da divulgação precipitada de editais de licitação por parte do governo federal. Ao invés de criar primeiro um sistema de planejamento, iniciou o processo. Um exemplo é Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de Santos. Aprovado em 2006, estabelece que as operações de grãos na Ponta da Praia não deveriam ser mantidas depois do vencimento dos contratos. O governo, que deveria antes repensar o PDZ, soltou os editais de licitações. Outra questão fundamental é que o TCU já havia deliberado, anos atrás, que a SEP e a Antaq deveriam fazer um amplo estudo de demandas de rotas logísticas para o país para nortear um plano de desenvolvimento e de infraestruturas que seriam disponibilizadas. O plano até hoje não está pronto e o governo fica soltando editais de licitações. Como vai se saber o que é adequado para cada porto sem saber as demandas a nível nacional? g

“O ideal é que continuemos com uma secretaria com status de ministério, mas com força de ação e não como dependência de condução como foi neste primeiro mandato da presidente Dilma”

INFORMATIVO DOS PORTOS: Qual o balanço que o senhor faz até agora da Lei 12.815, que implantou o novo marco regulatório dos portos? Sérgio Aquino: Reitero que foi uma lei desnecessária. Implantou no Brasil um modelo que vai contra a lógica do que se faz em todo o

planos não é mais o porto local. Vem de cima pra baixo. Nenhum país competitivo do mundo em comércio exterior e logística faz assim. INFORMATIVO DOS PORTOS: Especialistas e lideranças do setor não descartam mudanças pontuais necessárias no marco regulatório como, por exemplo, a descentralização do poder concedido à Secretaria de Portos (SEP). O que o senhor pensa a respeito disso? Sérgio Aquino: Eu tenho defendido há muito tempo que a lei, e não sei se isso foi intencional, permite mudanças. Pelo marco regulatório, quem é a grande autoridade portuária do sistema é o chamado poder concedente. A lei, no entanto, não define quem é. O decreto que

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Logística

TCP implanta nova base de logística em Araucária A nova base tem como objetivo atender clientes do sul do Paraná, em especial nos setores de cargas florestais e porcelanato O TCP Log, subsidiária dedicada a serviços de integração da cadeia logística com transporte intermodal do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), implantou recentemente sua segunda base intermodal no estado do Paraná.

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Localizada na cidade de Araucária, a nova base tem como objetivo atender clientes do Sul do Paraná, em especial nos setores de cargas florestais e porcelanato, oferecendo serviços de armazenagem, estufagem, estrutura para carregamento e descarregamento de contêineres, pátio para contêineres e transporte desde e até o Porto de Paranaguá. A implantação do TCP Log na cidade de Araucária ocorre em parceria com o Van Moer Group, empresa belga especializada em logística. O TCP é responsável pela gestão completa da operação, que, desde agosto, realiza o transporte rodoviário de madeira proveniente do sudoeste do Paraná. A operação por ferrovia, realizada em parceria com a Brado Logística, tem previsão de início até o final de 2014 e será outro atrativo para os clientes da região. Segundo Juarez Mores e Silva, diretor-superintendente comercial do TCP, a abertura da base em Araucária é estratégica para o Terminal. A iniciativa expande para além dos limites do Porto de Paranaguá a atuação do TCP, que planeja novas bases em importantes regiões paranaenses. “A implantação permite que o TCP atenda as regiões sul e sudoeste do Paraná, tornando-

Um dos grandes diferenciais do TCP Log é contar com a única conexão direta entre o porto e a ferrovia nos estados do Paraná e Santa Catarina, movimentando hoje mais de 6 mil contêineres/mês

se mais competitivo em relação a outros portos. Oferecemos infraestrutura e custos mais atraentes, com a mesma qualidade do serviço oferecido em Ponta Grossa, nossa primeira base, transferindo ganhos a toda a cadeia produtiva”, explica. O executivo destaca ainda que um dos grandes diferenciais do TCP Log é contar com a única conexão direta entre o porto e a ferrovia nos estados do Paraná e Santa Catarina, movimentando hoje mais de 6 mil contêineres/mês. “Nosso objetivo é operar acima de 9 mil contêineres/

mês por ferrovia em 2015 e incluir o segmento de porcelanato e a importação dentre os serviços oferecidos pelo TCP Log.” A criação de novas bases intermodais em sua região de influência (Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) faz parte do plano de ampliação e modernização TCP, iniciado em 2011. Com isso, o Terminal quer aumentar seu portfólio de serviços e prevê a implantação de uma nova base intermodal como foco em importação, em Curitiba, ainda neste ano. g


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Gestão

Antaq, Marinha Mercante e Receita Federal celebram convênio para troca de dados A iniciativa prevê a integração de dados das bases do Mercante e do Sistema de Desempenho Portuário (SDP) O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Mário Povia, e o secretário da Receita Federal do Brasil, Carlos Alberto Barreto, assinaram um convênio de cooperação para troca de informações entre a Agência, a Receita e o Departamento de Marinha Mercante, do Ministério dos Transportes (DMM/MT). O convênio prevê a integração de dados das bases do Sistema de Controle de Arrecadação do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (Mercante), que recentemente passou a ser administrado pela Receita, e do Sistema de Desempenho Portuário (SDP), que é elaborado pela Antaq, permitindo à Agência consolidar dados mais detalhados sobre origem/destino, fretes, entre outros. A Antaq consolida e publica dados referentes aos

portos organizados e demais instalações portuárias, tais como movimentação de cargas, tarifas e tempos operacionais nas atracações/desatracações, e ainda indicadores diversos sobre a performance do setor aquaviário. Essas informações são a base para a publicação do Anuário Estatístico Aquaviário e do Boletim Estatístico Trimestral, que são referência nacional e internacional em termos de estatísticas do setor aquaviário brasileiro, servindo ainda como subsídios para elaboração de políticas públicas, formulação e análise de projetos. Para o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, o convênio é bastante significativo porque vai permitir a troca de informações de interesses comuns e uma maior aproximação entre as

três instituições. “Recentemente, a Receita passou a administrar o Adicional de Frete da Marinha Mercante, e esse trabalho, para ser bem desenvolvido, necessita de uma aproximação da Receita Federal com a Antaq e com o Departamento de Marinha Mercante. Do ponto de vista da administração tributária, o convênio vai permitir que isso aconteça de uma maneira mais concreta e mais sólida”, afirmou. “Com esse convênio, a Antaq, que já é referência na produção de dados do setor aquaviário nacional, passa a ter mais uma ferramenta para trabalhar na melhoria constante das suas estatísticas. Esse é um passo muito importante para a Agência, que há muito tempo vínhamos buscando, e a gente agradece o esforço do secretário da Receita para a sua concretização”, declarou Povia. g

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Suplemento News Planejamento

Ministro projeta crescimento de 5,7% ao ano na movimentação de carga

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César Borges proferiu palestra no IX Seminário Internacional de Logística e Expolog - Feira Nacional de Logística, realizado em Fortaleza (CE) O ministro-chefe da Secretaria de Portos (SEP), César Borges, projeta uma taxa de crescimento de 5,7% ao ano na movimentação de carga nos portos brasileiros até 2030. A afirmação foi feita durante palestra realizada no IX Seminário Internacional de Logística e Expolog – Feira Nacional de Logística, evento que aconteceu em em Fortaleza (CE) neste mês de novembro. Na oportunidade, ele destacou os investimentos no setor de logística e o que eles representam para o país. “Os objetivos da nova Lei são a expansão e modernização da infraestrutura dos portos brasileiros; as parcerias estratégicas com o setor privado e a sinergia entre os modais de transportes rodoviário, ferroviário, hidroviário, portuário e aeroportuário. O porto é a porta de entrada e saída de mercadorias, é essencial que todo o sistema funcione integrado”, disse. César Borges lembrou, também, que o governo federal tem como meta o planejamento de longo prazo para os portos brasileiros, além de ganhos de escala e aumento da concorrência, licitações por maior capacidade de movimentação, com

“Os TUPs conteineiros brasileiros estão operando no mesmo nível de produtividade dos portos mais desenvolvidos do mundo, como Singapura ou Antuérpia. A oferta de terminais para a movimentação de contêineres no Brasil hoje é muito superior à demanda”, afirmou o ministro-chefe dos Portos, César Borges

menor tarifa e/ou menor tempo de movimentação e a reorganização dos portos Ele destacou que o Brasil tem áreas nos portos organizados com contratos vencidos e que a estratégia do governo federal é licitar as áreas e aumentar investimentos e eficiência. “Existem áreas com operadores portuários com contratos vencidos e que não estão tendo os investimentos devidos para corroborar com a modernização do porto. O Programa de Arrendamentos está sob o exame do Tribunal de Contas da União (TCU) desde de 2013 e até agora infelizmente não tivemos uma decisão final.

Serão arrendatários vencedores aqueles que propuserem maior investimento e demonstrarem capacidade de movimentar a maior carga possível”, disse Borges. TUPs Em 2013, a movimentação de contêineres teve um aumento de 12,2%, em comparação ao ano anterior. “Os TUPs conteineiros brasileiros estão operando no mesmo nível de produtividade dos portos mais desenvolvidos do mundo, como Singapura ou Antuérpia. A oferta de terminais para a movimentação de contêineres no Bra-


sil hoje é muito superior à demanda. Isso só foi possível com a redução de mais de 30% no custo da movimentação, com investimentos do setor privado, não onerando o governo”, afirmou Borges. O ministro explicou que uma das principais condições para a prorrogação dos contratos de arrendamentos é a comprovação de que o arrendatário irá realizar novos investimentos. “São contratos que não estão vencidos. Poderão ser feitos reequilíbrios e a prorrogações dos contratos. É uma prorrogação antecipada de até 25 anos, mediante a comprovação de novos investimentos para modernização e ampliação da capacidade”. Dragagem No Brasil, os principais por tos demandam investimentos para possibilitar o acesso de navios com calado superior a 14 metros, especialmente navios das classes post panamax plus. Para dar condições de atracação desse tipo de navio, o governo federal tem realizado licitações para obras de dragagens a par tir de recursos previstos no Programa Nacional de Dragagem (PND). “O governo federal já concluiu a dragagem em 16 por tos com R$ 1,6 bilhão em investimentos, o que ocasionou o acréscimo médio de 26% na profundidade dos canais de acesso aquaviário aos por tos dragados”. Ao final da palestra, César Borges apre-

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sentou um resumo dos investimentos feitos pelo governo federal nos por tos brasileiros. “O governo federal tem investido no setor por tuário. São R$ 745 milhões em obras concluídas de dragagem, R$ 1,14 bilhão em obras de infraestrutura e

R$ 1,7 bilhão de investimentos em obras que estão em andamento. Estão previstos R$ 2,8 bilhões para obras que terão início em 2015. O governo tem olhado para o setor por tuário e investido em sua melhoria”, concluiu. g


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Suplemento News Benchmarking

Modelos internacionais ajudam na modernização do sistema portuário nacional Uma equipe da Secretaria de Portos visitou portos na Europa e na Ásia em busca de subsídios para o Projeto de Modernização da Gestão Portuária

A Secretaria de Portos (SEP) foi buscar modelos de gestão dos portos internacionais para dar subsídios ao Projeto de Modernização da Gestão Portuária, em andamento nas Companhias Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Pará (CDP) e Rio de Janeiro (CDRJ). Uma equipe realizou visitas aos portos de Barcelona, na Espanha, Porto de Leixões e Lisboa em Portugal, Cingapura, Busan, na Coreia do Sul, Hong Kong, na China e Los Angeles e Long Beach, nos Estados Unidos. Participaram representantes da SEP, da Codesp e da Deloitte, empresa responsável pelo Projeto de Modernização da Gestão Portuária. O objetivo das visitas foi aprofundar o conhecimento de modelos que pudessem ser desenvolvidos no Brasil. Os principais pontos observados foram os modelos de gestão, a definição dos papéis e responsabilidades do poder concedente e das autoridades portuárias locais, bem como o grau de participação e intervenção dos órgãos supervisores na gestão do porto. Além disso, observou-se como são realizadas as fiscalizações, ordenamento e organização de alocação de cargas e operação de tráfego marítimo. Para Jean Paulo Castro e Silva, diretor do Departamento de Gestão e Logística Portuárias da SEP, que participou das visitas aos portos da Ásia e Estado Unidos, é importante para consolidar o processo de melhoria da gestão no setor portuário nacional, colocando a administração das companhias docas em um novo patamar de competitividade e eficiência. “Buscamos portos que são referência no mundo para entender o funcionamento deles e fazer uma proposta de modelo futuro para

o Brasil”, explicou. Ele destacou alguns pontos no modelo de governança e administração do Porto de Cingapura, cujo modelo de gestão tem regras típicas do setor privado, embora seja uma empresa de controle estatal. Em Busan, na Coreia do Sul, percebe-se a ênfase na diversificação dos negócios da autoridade portuária, que está expandindo um novo porto fora da zona urbana integrado a um centro logístico e, no porto da zona urbana, vem realizando investimentos no setor de turismo: terminais de passageiros, centro de convenções, museu e parque aquáticos, hotéis e centros empresariais. O destaque de Hong Kong foi a eficiência operacional, impulsionada pela forte competição entre os terminais que operam no porto. Nos portos de Los Angeles e Long Beach, nos Estados Unidos, chamou a atenção a autossuficiência financeira, inclusive para investimentos nos acessos aquaviários e terrestres, a despeito do fato de as autoridades portuárias serem autarquias, que não seguem o modelo de gestão empresarial Segundo João Silvério, da Deloitte, os destaques nos modelos internacionais estão no planejamento, na área comercial e na integração de porto/ cidade. Um ponto comum é o planejamento a longo prazo de exploração da área dos portos e novas formas de explorar os ativos imobiliários, gerando receita para o porto. “Foi importante notar como portos de Lisboa, Barcelona, Cingapura e Hong Kong exploram outras coisas no porto que não sejam apenas os arrendamentos de espaços para os terminais. Em Barcelona, por exemplo, a

exploração da parte comercial na área do porto é bem aproveitada. Existem restaurantes, marinas, hotéis, lojas, parcerias público-privadas que geram receita para a autoridade portuária da cidade”, explicou. A partir da identificação das melhores práticas nesses países, a próxima etapa é desenvolver o modelo futuro das autoridades portuárias brasileiras. Silvério acredita que em 2015 várias mudanças importantes no setor já poderão ser implementadas. Modernização O Projeto de Modernização da Gestão Portuária faz parte do Programa Portos Eficientes que é um conjunto de ações que, além da modernização da gestão das companhias docas inclui o Programa Nacional de Dragagem I e II, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sistemas de VTMIS (Vessel Traffic Management Information System), Portolog e Porto 24 horas. Também engloba a expansão da infraestrutura portuária, com os arrendamentos e concessões no âmbito dos portos organizados, as autorizações de terminais de uso privado e as propostas de reequilíbrio de contratos já existentes a partir de novos investimentos oportunidades. Em 10 de outubro, a equipe da empresa Deloitte apresentou os diagnósticos realizados nos processos internos das Companhias Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Pará (CDP) e Rio de Janeiro (CDRJ). O próximo passo é implementar as mudanças sugeridas. g


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Licitação

SEP lança edital para dragagem do Porto de Rio Grande As obras fazem parte da segunda fase do Plano Nacional de Dragagem PND-II, instituído pelo novo marco regulatório do setor A Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) publicou, no dia 12 de novembro, o edital de licitação para contratação das obras de dragagem no Porto de Rio Grande (RS). A licitação será feita pelo Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), na forma eletrônica e por meio de contratação integrada, observadas as disposições da Lei nº 12.462/2011. O objeto do certame compreende a elaboração dos projetos básico e executivo, bem como a execução das obras de dragagem por resultado para readequação da geometria do canal de acesso ao Porto e demais serviços necessários para a entrega das obras. O Edital está disponível nos sítios www.portosdobrasil.gov.br e www.comprasgovernamentais. gov.br ou, ainda, diretamente na sede da SEP, localizada no SCN, Quadra 04, Bloco B, Centro Empresarial VARIG, Pétala “D”, Sala 1.102 - Brasília - DF, de 2ª a 6ª feira (dias úteis), no horário comercial.

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As propostas deverão ser apresentadas até às 10 horas do dia 5 de dezembro, no endereço eletrônico www.comprasgovernamentais.gov.br. Mais informações sobre o Edital poderão ser obtidas pelo endereço eletrônico licitacao.engenharia@portosdobrasil.gov.br ou pelo telefone (61) 3411-3788.

As obras fazem parte da segunda fase do Plano Nacional de Dragagem (PND-II), instituído pelo novo marco regulatório do setor. O PND-II, lançado em 2012 pela presidente Dilma Rousseff, integra o Programa de Investimento em Logística – Portos. g


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Suplemento News Cargas

Complexo Portuário movimenta 10,45 milhões de toneladas em 2014 O volume de cargas operadas no Porto de Itajaí e demais terminais que formam o Complexo Portuário do Itajaí-Açu atingiu a marca de 10,45 milhões de toneladas entre janeiro e outubro deste ano O volume de cargas operadas no Porto de Itajaí e demais terminais que formam o Complexo Portuário do Itajaí-Açu atingiu a marca de 10,45 milhões de toneladas entre janeiro e outubro deste ano. O montante praticamente equipara-se ao movimentado em igual período do ano passado, de 10,46 milhões de toneladas. Já nos últimos 12 meses – novembro de 2013 a outubro de 2014 – as operações apresentaram crescimento de 2%, em comparação ao período novembro de 2012 a outubro de 2013. Somaram 12,59 milhões de toneladas, ante 12,29 milhões de toneladas. Já com relação à movimentação das cargas conteinerizadas, as fortes chuvas que ocorreram no início de outubro e que contribuíram para a elevação do nível dos rios Itajaí e Itajaí-Mirim impactaram em moderada retração nas operações com esse tipo de carga. “As chuvas mais expressivas ocasionaram o aumento da correnteza e fizeram com que operássemos com restrições e, em alguns momentos, tivéssemos nossa barra fechada. Isso impactou em um recuo de 1% na movimentação de contêineres”, explica o diretor executivo do Porto de Itajaí, Heder Cassiano Moritz.

Na movimentação total do complexo no segmento de cargas conteinerizadas no mês de outubro o Complexo Portuário operou 91,61 mil TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés), elevando o acumulado dos dez primeiros meses do ano para 908,55 mil TEUs. No mesmo período do ano passado passaram pelo Complexo 913,84 mil TEUs. Porém, segundo o diretor, em outubro ocorreu um avanço nas importações do Complexo, de 4%, se comparado ao mesmo período do ano anterior. “Passamos de 31,48 mil TEUs em outubro do ano passado, para 37,38 mil TEUs, no último mês”, acrescenta. No entanto, se observada a movimentação de contêineres dos últimos 12 meses, o crescimento foi de 3%. No período de novembro de 2013 a outubro de 2014 foram movimentados 1,10 milhão de TEUs, ante 1,07 milhão de TEU´s no igual período de 2012/13. Bacia de Evolução Já está disponível novamente no site da Secretaria de Estado da Infraestrutura de Santa Catarina o edital para a primeira etapa das

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obras da reestruturação do canal de acesso ao Complexo Portuário do Itajaí, que contempla a instalação de nova bacia de evolução e reposicionamento dos molhes. A data para a abertura das propostas está programada para o dia 11 de dezembro, às 14 horas. A suspensão temporária do processo licitatório, cuja abertura das propostas estava prevista para novembro, ocorreu devido à necessidade de ajustes no edital. A primeira fase das obras será custeada pelo governo do estado e envolve investimento de aproximadamente R$ 130 milhões. g


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Recorde

Filial de Itajaí da Asia Shipping bate recorde em volume transportado A empresa conta hoje com o time de colaboradores de 42 pessoas e o porto catarinense tem sido importante porta de entrada para produtos vindos especialmente da Ásia

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No mês de julho, em apenas uma semana, a filial de Itajaí (Santa Catarina) da Asia Shipping bateu um recorde histórico em volume de carga transportada em apenas uma semana. A marca foi alcançada com os serviços consolidados diretos da Ásia para Santa Catarina, mas, desde então, o volume transportado mês a mês não para de crescer. A filial de Itajaí conta hoje com o time de colaboradores de 42 pessoas e o porto de Itajaí tem sido importante porta de entrada para produtos vindos especialmente da Ásia. O crescimento da Asia Shipping em Itajaí segue o ritmo de aumento de movimentação do próprio porto que movimentou nada menos que 9,34 milhões de toneladas de janeiro a setembro de 2014. Mais um serviço de cargas LCL (menor que um contêiner) foi transformado em regular pela Asia Shipping. Depois do serviço entre Hong Kong e Manaus, agora é a vez do serviço de cargas entre Hamburgo e Santos se tornar regular, uma vez por semana.

de maquinário e automação”, explica. Segundo a executiva, a demanda segue dentro das expectativas e o volume de carga está regular.

De acordo com Samara Matos, responsável pela área comercial do LCL Development, com a demanda crescente passou a ser justificar a oferta de serviço com regularidade. “Os primeiros embarques foram muito procurados pela indústria farmacêutica, mas logo surgiram as cargas dos setores

A Asia Shipping conta com mais um diferencial que deve alavancar o crescimento do transporte consolidado de Hamburgo para Santos, a separação das cargas no Porto de Santos e entrega na sede do cliente, reduzindo o tempo de transporte e a logística de caminhões na região portuária. Um serviço se-

Hamburgo

melhante também está em operação em Itajaí (SC). A Asia Shipping oferece operações de agenciamento marítimo de contêineres e de cargas por meio de consolidação própria. Para atender operações com necessidade de pronta entrega, a empresa oferece ainda agenciamento aéreo. Os clientes da Asia Shipping contam também com armazenagem, desembaraço aduaneiro e serviço especializado em cargas de projeto e transporte doméstico (rodoviário e cabotagem). Mais informações em www.asgroup.netg


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Suplemento News Investimento

Estado recebe comitiva alemã para discutir implantação de mais uma usina de biogás A expectativa é lançar o projeto em setembro de 2015, durante evento do setor em Joinville Os secretários executivo de Assuntos Internacionais, Marcelo José Trevisani, de Estado da Agricultura, Air ton Spies, e do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Lucia Dellagnelo, estiveram reunidos no início do mês, no Centro Administrativo, em Florianópolis, com uma comitiva formada por empresários e representantes do governo alemão para discutir a implantação de uma usina de biogás na região de Timbó, no Vale do Itajaí. “Foi um encontro positivo e mostrou que temos a capacidade de melhorar nossas condições comerciais e de trocar conhecimento, principalmente na área do biogás, aplicando tecnologia e resolvendo o problema dos resíduos sólidos”, destacou Trevisani. No momento, as negociações são em torno de licenças ambientais para implantação e operação da unidade no município. A expectativa é lançar o projeto em setembro de 2015, durante evento do setor em Joinville. A usina seria um biodigestor com sistema de fermentação para o processamento de dejetos de suínos e resíduos sólidos, transformando o material em biometano (que corresponde ao gás natural, podendo ser

Neiva Daltrozo - Secom

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No momento, as negociações são em torno de licenças ambientais para implantação e operação da unidade no município

usado como combustível) e adubo orgânico. A secretária Lucia Dellagnelo falou que o governo do estado está trabalhando na elaboração de planos municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS). “Estes planos irão orientar sobre o tratamento adequado dos resíduos em cada região”, relatou.

Em Pomerode, no Vale do Itajaí, já está em operação uma usina que produz o biometano a partir do aproveitamento dos gases gerados pelos dejetos de animais de uma granja de suínos. São produzidos cerca de 2,5 mil metros cúbicos do gás renovável diariamente. O produto é comprimido em cilindros e comercializado pela Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGÁS). g


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Obras

Concretada a 1ª estaca do berço 4 no Porto Público

A construtora Serveng Civilsan, empresa vencedora do processo licitatório para as obras de reforço e realinhamento dos berços 3 e 4 do Porto de Itajaí, deu início ao processo de concretagem das camisas metálicas (estacas). A primeira, de mais de 200 estacas de sustentação do novo cais, recebeu concreto subaquático de alta resistência, perfazendo a profundidade de 25 metros abaixo da linha d´água. “Além dos tubulões metálicos, as estacas levam grande quantidade de ferragem e os 25 metros de concreto atendem perfeitamente as necessidades do projeto!”, explica o diretor técnico do Porto de Itajaí, André Pimentel. Os trabalhos de concretagem foram iniciados no dia 13 de novembro. Em paralelo, a construtora dá continuidade aos serviços de limpeza e retirada de escombros subaquáticos da área da obra, bem como a continuidade na cravação das estacas. Foi retirado do fundo do rio uma viga de paramento, de grandes proporções, que estava submersa desde as enchentes de 1983. “Os trabalhos seguem conforme o cronograma previamente estabelecido e a previsão

da conclusão é para o segundo semestre de 2015”, explica Pimentel. O investimento, em recursos da União, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) soma R$ 117.044.665,91 e possibilitará que esse trecho de cais, de 490 metros, opere navios de maior porte e dimensão, assim como receba equipamentos mais modernos e de melhor performance, além de ter sua cota de dragagem ampliada de 10 para 14 metros. Além do reforço do cais, com novo estaqueamento e nova estrutura de concreto, os dois berços serão alinhados, o que possibilitará que grandes navios atraquem no local. Com o alinhamento, os berços 3 e 4 terão um cais contínuo de 490 metros, o que abre a possibilidade de operações de grandes cargueiros. Com a obra, a Secretaria de Portos da Presidência da República prepara os dois berços para serem arrendados pela iniciativa privada, conforme determina a Lei 12.814, de 2013 e que dispõe sobre a exploração direta e indireta pela União de portos e instalações portuárias e sobre as atividades desempenhadas pelos operadores portuários. g

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A construtora Serveng Civilsan, empresa vencedora do processo licitatório para as obras de reforço e realinhamento dos berços 3 e 4 do Porto de Itajaí, deu início ao processo de concretagem das camisas metálicas (estacas)


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Modais Ferroviário

Setor espera gerar 55 mil postos de trabalho até 2016 Segundo a ANTF, o setor capacitou mais de 10 mil profissionais, mas ainda precisa de mão de obra qualificada

A Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) prevê, para 2016, um incremento na geração de empregos no setor ferroviário. Entre 1997 e 2013, segundo a ANTF, as concessionárias acumularam um aumento de 173% em contratações. Atualmente, o segmento emprega mais de 45 mil funcionários e estima chegar a 55 mil empregos diretos e indiretos nos próximos dois anos. Nos últimos 12 anos, o mercado capacitou mais de 19,5 mil profissionais. Com relação a investimentos, a iniciativa privada injetou o montante de R$ 38,1 bilhões em malha e material rodante, com uma média de R$ 2,38 bilhões ao ano. A aplicação de capital possibilitou uma redução de 77% no número de acidentes, comparando os índices de 1997 com os do ano passado. De acordo com o presidente da ANTF, Gustavo Bambini, a entidade procura estar sempre à frente de questões que estimulem a geração de empregos para poder alavancar o aumento dos postos de trabalho e favorecer a competitividade do setor. “Procuramos atuar com um conjunto de medidas que visam auxiliar o governo na definição de percentuais mínimos para investimento em infraestrutura de transportes no país”, disse. Entre as ações encabeçadas pela associação estão projetos de intercâmbio técnico, diálogo com o governo sobre questões regulatórias e normativas, consolidação de esforços de conscientização das comunidades e desenvolvimento de novos negócios, incluindo relações internacionais, com fornecedores e investidores. Movimentação Segundo a ANTF, nos últimos 17 anos, o setor fer-

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Atualmente, o segmento emprega mais de 45 mil funcionários e estima chegar a 55 mil empregos diretos e indiretos nos próximos dois anos.

roviário cresceu 80% no Brasil. A entidade projeta um crescimento de 12,5% na movimentação de cargas ferroviárias até 2016, podendo chegar a 550 milhões de toneladas úteis. Para Bambini, o momento para o modal é positivo. De acordo com ele, desde a segunda metade dos anos 1990, com as concessões, as ferrovias não apareciam com tanta força na agenda nacional. Os esforços do governo para criar uma política pública efetiva para o setor, concentrada no Programa de Investimentos em Logística (PIL), fortaleceu os investimentos no modal. Em 1997, o Brasil transportava por meio dos trens cerca de 250 milhões de toneladas. Hoje este volume é de mais de 450 milhões de TU, quase 80% de incremento. “Mesmo sem considerar o efeito estruturador dos projetos “greenfield” (projeto que começa do zero) na área, justamente aqueles em que os esforços do governo se concentram, entendemos que esta é uma tendência a ser mantida”, observou o pre-

sidente. Alguns segmentos em particular, como o transporte de carga geral e de grãos, têm demonstrado grande vigor, quando se trata de demanda crescente e vantagens competitivas. Considerando novos trechos e a manutenção dos investimentos das atuais concessionárias, a participação do trem no mix de transporte de cargas tem condições para saltar dos atuais 30% para algo em torno de 45% até 2031, segundo estudos recentes. Para Bambini, as novas perspectivas são uma oportunidade favorável de crescimento para o setor em todos os sentidos. “Existe um entendimento sobre a importância das ferrovias de carga para a competitividade da indústria nacional, para o equilíbrio da balança comercial e para todos os ganhos sociais decorrentes, tanto em termos de geração de emprego e renda quanto para o desenvolvimento local e a da mobilidade urbana de nossas cidades”, avaliou. g


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SERVIÇOS PLANEJADOS PARA DIFERENTES DESAFIOS

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Contamos com uma

Ferroviário

Plano de Renovação da Frota pode gerar produção de 4 mil vagões

equipe preparada para oferecer soluções

Aprovação da proposta beneficia fornecedores do mercado ferroviário com estabilidade nas encomendas. Amsted Maxion estima uma participação de 65% na fabricação de vagões

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logísticas de acordo com suas necessidades com serviços integrados e total segurança às operações. Transporte

A Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) estima que nos próximos quatro anos sejam produzidos cerca de quatro mil vagões. E é com base nesta projeção que o mercado fornecedor do setor ferroviário se prepara para estabilizar a fabricação de ativos rodantes. A Amsted Maxion, uma das fabricantes, possui uma participação significativa no mercado fornecedor, em torno de 70%. Com a aprovação do Plano de Renovação da Frota Ferroviária, a empresa estima um crescimento na produção em torno de 65%. A proposta apresentada pela Abifer em parceria com a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) tem como objetivo garantir a constância das encomendas junto à indústria, que nos últimos anos sofreu com as altas e baixas na demanda e intervalos de dois a três anos na produção. De acordo com o presidente da Amsted Maxion, Ricardo Chuahy, este cenário pode mudar para melhor com a efetivação do plano. “A aprovação pode gerar um crescimento e também garantir um pouco mais de estabilidade para o mercado. A estimativa de crescimento para a produção é um grande progresso e torna-se mais interessante quando comparada à tendência histórica do setor”. Atualmente, a estabilidade no volume de produção é um dos principais desafios enfrentados pelo mercado ferroviário. “Quando você tem volumes que sobem 280% e no ano seguinte caem 85%, fica muito difícil planejar adequadamente”, exemplifica Chuahy, que também destaca que a estabilização possibilitará a competitividade internacional, que não existe hoje devido à inconstância do setor. O presidente também ressaltou a mudança no perfil do mercado com a diversificação de cargas. Antigamente o setor dependia muito das atividades de minério, com pedidos de vagões específicos para atender esta demanda, que representava cerca de 70% das encomendas. A migração das commodities para a ferrovia favoreceu a fabricação de vagões adaptados para transportar este tipo de mercadoria. Outra novidade foi o transporte ferroviário de contêineres, com a criação de vagões plataformas, e o aumento dos vagões tanques para transporte de combustíveis. g

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Modais Aéreo

Brasil deve se tornar o 5º maior mercado de aviação do mundo Iata projeta que o país vai atingir a marca de 272 milhões de passageiros em 2014 O Brasil deve saltar da décima para a quinta posição entre os maiores mercados de aviação civil no mundo nos próximos 20 anos. O crescimento médio anual do mercado doméstico deve ser, em média, de 5,4%. Com isso, no período, o país deve ganhar 170 milhões de passageiros e atingir a marca de 272 milhões em 2034. As projeções são da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo, na sigla em inglês) e foram divulgadas pela Agência CNT. O documento destaca que, no mundo, o número de passageiros transportados por aeronaves deve somar 7,3 bilhões de pessoas em duas décadas, o que representa um crescimento anual de 4,1%. Isso é mais que o dobro dos 3,3 bilhões estimados até o final de 2014. Entre os fatores que explicam a alta estão a melhoria do padrão de vida da população mundial, crescimento populacional em algumas regiões, como na África, queda no custo das passagens aéreas e adição de novas aeronaves de longo alcance nas frotas das companhias aéreas. A China ultrapassará os Estados Unidos como o maior mercado, após atingir um crescimento anual de 5,5% e chegar em 2034 transportando 1,3 bilhão de passageiros, 856 milhões a mais que o registrado atualmente. No mercado dos EUA, o incremento estimado é de 3,2%¨ao

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ano. Assim, em 20 anos, serão mais 559 milhões de norte-americanos, num total de 1,2 bilhões de passageiros. Outros mercados que hoje têm destaque perderão posições ao longo dos próximos anos. O Japão, por exemplo, deverá cair do 4º para o 9º lugar, em razão do declínio da taxa de natalidade e do envelhecimento da população. A Alemanha deixará a 6ª para ocupar a 8ª posição, e a Espanha cairá da 6ª para a 7ª. Já a França, que hoje é o 7º maior mercado, será o 10º em 2034. A Indonésia, que hoje nem aparece entre as 10 nações com maior número de passageiros na aviação, chegará à 6ª colocação com um total de 270 milhões de pessoas viajando de avião em 20 anos. Na avaliação do diretor geral da Iata, Tony Tyler, a conectividade aérea ajudará a transformar as oportunidades econômicas para milhões de pessoas. Seguindo ele, atualmente o setor emprega 58 milhões de pessoas e movimenta US$ 2,4 trilhões. As projeções da entidade sinalizam que, em duas décadas, serão 105 milhões de trabalhadores com um total de US$ 6 trilhões. No entanto, o relatório destaca que existem obstáculos a serem superados para garantir

o atendimento a essa demanda. Conforme a Iata, isso exigirá políticas governamentais de apoio ao segmento com investimento em infraestrutura e benefícios econômicos, como redução de taxas e tributos cobradas sobre as tarifas. Crescimento A demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros cresceu 3,2% em setembro de 2014, em comparação com o mesmo período de 2013. Assim, completou 12 meses consecutivos de crescimento e atingiu o seu maior nível para o mês nos últimos dez anos. A oferta do transporte aéreo doméstico de passageiros voltou a apresentar crescimento, de 1,7%, após sete meses consecutivos de variação negativa. Com o resultado de setembro, a demanda doméstica acumulou alta de 5,4% no ano e a oferta acumulou queda de 0,1%.


WilsonDias - Abr

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milhões, e pela Azul, com 1,6 milhões. Internacional Em setembro de 2014, a demanda do transporte aéreo internacional de passageiros das empresas aéreas brasileiras registrou crescimento pelo sétimo mês consecutivo, com variação de 8,7% quando comparada com o mesmo mês de 2013. A oferta internacional cresceu 1,9% em setembro de 2014. Tanto a demanda quanto a oferta foram recorde, considerando os números desde 2004.

O crescimento médio anual do mercado doméstico deve ser, em média, de 5,4%, de acordo com a Iata

Entre as principais empresas aéreas brasileiras, Azul e Avianca destacaram-se com as maiores taxas de crescimento da demanda doméstica em setembro de 2014, quando comparada com o mesmo mês de 2013, da ordem de 34,6% e 26%, respectivamente. Se somadas as operações de Azul e Trip, o crescimento registrado por essas empresas foi de 5,6%.

A taxa de aproveitamento das aeronaves em voos domésticos operados por empresas brasileiras foi recorde para setembro nos últimos dez anos. O indicador ficou em 78,6%, com alta de 1,5% no comparativo com o mesmo período do ano passado.

Tam e Gol lideraram o mercado doméstico em setembro de 2014 com participação de 38,1% e de 35%, respectivamente. Entretanto, Azul e Avianca registraram maior crescimento em participação do mercado doméstico em setembro de 2014, quando comparada a setembro de 2013, passando de 13,1% para 17,1% (crescimento de 30,5%) e de 7,4% para 9% (crescimento de 22,1%), respectivamente. Se consideradas as operações somadas de Azul e Trip, houve crescimento de 2,3% da participação dessas empresas no mercado doméstico no mesmo período, tendo pas-

O número de passageiros transportados em voos domésticos em setembro de 2014 atingiu 7,8 milhões e também foi o melhor para o mês na década, com alta de 4,5% em relação a setembro de 2013. O índice tem registrado variação positiva há 12 meses consecutivos. No período de janeiro a setembro de 2014, a quantidade de passageiros transportados acumulou crescimento de 6,8%, em relação ao mesmo período do ano anterior. A Gol foi a empresa que mais transportou passageiros no mercado doméstico em setembro de 2014, com 2,8 milhões, seguida pela Tam, com 2,5

sado de 16,7% para 17,1%.

A taxa de aproveitamento das aeronaves em voos internacionais de passageiros operados por empresas brasileiras alcançou 86,7% no mês passado, contra 81,2% de setembro de 2013. Isso representa uma variação positiva de 6,7%. Trata-se do maior nível de ocupação das aeronaves para setembro nos últimos dez anos. O recorde também foi registrado no número de passageiros transportados em voos internacionais, que no mês passado atingiu 541,2 mil, com aumento de 8,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. No período de janeiro a setembro de 2014, a quantidade de passageiros transportados acumulou aumento de 4,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados estão disponíveis no Relatório de Demanda e Oferta do Transporte Aéreo, divulgado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que também contempla informações sobre carga transportada, a participação de mercado das empresas e um comparativo do transporte rodoviário com o modal aéreo. g

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Comércio Exterior

Convênio entre Brasil e Uruguai vai simplificar importação e exportação O mecanismo vai aumentar o acesso dos pequenos e médios agentes, aprofundar o mercado do real e do peso uruguaio e reduzir custos de transação O Brasil e o Uruguai assinaram convênio que permitirá aos exportadores e importadores dos dois países realizar e receber pagamentos nas suas próprias moedas, dispensando o contrato de câmbio. O novo sistema também poderá ser utilizado para o pagamento de aposentadorias e pensões, além de remessas de pequeno valor.

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O mecanismo estará disponível a partir de 1° de dezembro e a utilização será opcional, informou a Agência Brasil. O acordo foi firmado pelos presidentes dos bancos centrais do Uruguai (BCU) e do Brasil, Alberto Graña e Alexandre Tombini, durante reunião de presidentes de bancos centrais da América do Sul, realizada em Lima, no Peru. Segundo nota do BC brasileiro, o mecanismo vai aumentar o acesso dos pequenos e médios agentes, aprofundar o mercado do real e do peso uruguaio e reduzir custos de transação. O BC destacou que o convênio apresenta semelhança com sistema em operação com a Argentina. O BCU também divulgou comunicado, informando que o sistema implicará mudança dos padrões de comunicação, motivo pelo qual a entidade trabalha para que entre em funcionamento o software que será utilizado. Segundo a autoridade monetária uruguaia, o convênio vai “minimizar prazos para o processamento de operações, facilitar a inclusão financeira de pessoas físicas, pequenas e médias empresas e melhorar a qualidade para as que já participam dessas operações”.

O mecanismo estará disponível a partir de 1° de dezembro e a utilização será opcional

mou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, o coeficiente de penetração das importações aumentou 0,8 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2013, o maior nível desde o início da série histórica, em 2007. Apesar do aumento da fatia dos produtos estrangeiros na economia interna, a indústria está proporcionalmente vendendo mais para o exterior. O coeficiente de exportação, que mede a fatia da produção industrial vendida para o mercado externo, foi 19,4%, também com alta de 0,8 ponto percentual na comparação com o terceiro trimestre de 2013.

Importações A participação de produtos importados no consumo da indústria nacional alcançou 21,9% no terceiro trimestre de 2014, infor-

As informações são do estudo Coeficientes de Abertura Comercial, feito pela CNI em parceria com a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex). Em relação ao segundo

trimestre, o coeficiente de penetração das importações subiu 0,1 ponto percentual e o coeficiente de exportação teve alta de 0,2 ponto. O levantamento apontou o aumento dos coeficientes mesmo com a queda nas importações e das exportações industriais. De julho a setembro, o valor das importações da indústria, em dólares, caiu 1,1% em relação aos mesmos meses do ano passado. As exportações industriais caíram 0,4% na mesma comparação. De acordo com a CNI, há uma tendência de redução no ritmo de crescimento do coeficiente de penetração das importações de produtos industriais nos próximos trimestres. As exportações da indústria, no entanto, não apresentam trajetória consistente de crescimento, apesar da desvalorização do câmbio e da desaceleração do mercado doméstico. g


Localização Previlegiada

AMP

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Comércio Exterior

China retira oficialmente embargo à carne bovina do Brasil Decisão será acompanhada da aceleração dos processos para a liberação de plantas brasileiras O Governo Chinês retirou oficialmente o embargo à carne bovina brasileira. O acerto foi concluído entre o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, e o ministro da Agência de Supervisão da Qualidade, Inspeção e Quarentena da China (AQSIQ), Zhi Shuping, selando anúncio feito em julho deste ano pelo presidente da República Popular da China, Xi Jinping, à presidente Dilma Rousseff, no Brasil. A liberação ocorreu após dois dias de reuniões entre o corpo técnico das duas nações, quando foram finalizados os ajustes ainda pendentes para a retomada dos embarques do produto para o país asiático. “A reabertura deste enorme mercado é mais uma vitória alcançada a partir da qualidade e da segurança do sistema de defesa sanitária animal e vegetal do Brasil. Somos um dos maiores produtores e exportadores de carne bovina do mundo, certificado pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) com o status de risco insignificante para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). A decisão do governo da China é o reconhecimento ao nosso rigoroso processo de produção e de fiscalização”, declara Geller. Para o ministro, a recuperação deste mercado é resultado também da agilidade do governo brasileiro no repasse de todas as informações e garantias solicitadas pelas

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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, e o ministro da Agência de Supervisão da Qualidade, Inspeção e Quarentena da China (AQSIQ), Zhi Shuping

autoridades chinesas. “Neste sentido, foi importante a presença da equipe técnica durante as negociações realizadas ao longo dessa semana, especialmente por ter eliminado de imediato qualquer questionamento que pudesse retardar ainda mais o processo”. Zhi Shuping também assegurou que a retirada do embargo será acompanhada da aceleração dos processos para a liberação de plantas brasileiras de carne bovina. Em 2009, quando o Brasil iniciou as exportações, a China importava US$ 44 milhões em carne bovina do mundo. Deste total, o Brasil respondeu por US$ 2,5 milhões. Em 2012, a China importou de todo o mundo US$ 255 milhões, sendo US$ 74,87 mi-

lhões do Brasil. Em 2013, a China importou US$ 1,3 bilhão em carne bovina. Na companhia do secretário de Relações Internacionais do Mapa, Marcelo Junqueira, Neri Geller realizou missão de uma semana pela Arábia Saudita e pela China e traz como resultado da viagem a retirada dos embargos à carne bovina brasileira imposto pelos dois países, em razão do caso atípico de EEB registrado no Paraná, em 2012. As negociações com o governo chinês resultaram também na liberação daquele mercado para a exportação de tabaco dos estados de Santa Catarina e do Paraná e de alimentos destinados a animais de estimação (pet food). g

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Simpósio

Portonave promove simpósio sobre segurança portuária DIVULGAÇÃO

Encontro abordou temas como o ISPS Code e seu reflexo no Brasil

Com o objetivo de reunir a comunidade por tuária para fomentar o debate sobre segurança nos terminais por tuários e embarcações, a Por tonave – Terminais Por tuários de Navegantes promoveu, no dia 5 de novembro, o Simpósio sobre Segurança Por tuária e ISPS Code. O encontro faz par te da programação anual de treinamento da Por tonave e reuniu especialistas em segurança e representantes de por tos, usuários de terminais por tuários, órgãos públicos e da Comissão Estadual de Segurança Pública nos Por tos, Terminais e Vias Navegáveis de Santa Catarina (Cespor tos/SC).

ANUÁRIO 2015 Intermodal South America

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“Buscamos integrar forças de segurança, armadores e instalações portuárias para debater as responsabilidades de cada um e estimular a troca de conhecimento para melhorar a segurança nas instalações portuárias e nas embarcações”, justifica Cid Pereira Santos, gerente de segurança da Portonave. Entre os assuntos que foram debatidos no encontro estava o surgimento do ISPS Code (Código Internacional para a Proteção de Navios e Instalações Portuárias) e seu reflexo no Brasil, as ações criminosas contra navios e os terminais e a avaliação de risco em instalações portuárias.

Foram convidados para o simpósio todos os representantes da Cesportos de Santa Catarina – Polícia Federal, Capitania dos Portos, Receita Federal, administrações portuárias e governo do estado. A Portonave foi o primeiro terminal portuário privado do Brasil certificado pelo ISPS Code. O código foi criado após o ataque terrorista contra os Estados Unidos no dia 11 de setembro de 2001 e estabelece um conjunto de medidas e procedimentos de segurança obrigatórios para controle de acessos e monitoramento nos portos do mundo todo. g


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Diário de Bordo Empresas Scanner de contêineres A Santos Brasil iniciou em novembro a operação de um scanner de alta tecnologia para conferência das cargas importadas e exportadas no Tecon Vila do Conde, localizado em Barcarena (PA). O uso do equipamento será exigido pela Alfândega em terminais localizados no porto paraense a partir de janeiro de 2015, mas foi antecipado em dois meses pela Santos Brasil. O novo scanner diminui o tempo necessário para inspecionar as mercadorias, aprimorando as operações na instalação marítima, e permite maior eficiência na fiscalização pela Receita Federal. O raio-x penetra até 300 milímetros de aço, o que possibilita a verificação do conteúdo dos contêineres sem necessidade de abri-los. Para isso, basta que os caminhões carregados passem pelo equipamento em velocidade baixa.

Bunge Brasil ganha prêmio

Yusen amplia serviços

A Bunge Brasil foi reconhecida mais uma vez como a empresa mais sustentável do agronegócio. Pelo sexto ano consecutivo, a companhia recebeu o prêmio de destaque no Guia Exame de Sustentabilidade 2014, publicação da editora Abril, elaborada a partir de pesquisa do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVces), instituição que é referência no tema no país. Este ano, a empresa recebeu dois prêmios. O primeiro, de “Empresa mais sustentável do agronegócio”, destacou a iniciativa da empresa ao inaugurar, em abril deste ano, uma nova rota de exportação de grãos pelo Norte do Brasil, com o início das operações do complexo portuário Miritituba – Barcarena, no Pará. Trata-se de uma alternativa logística aos portos do Sul e Sudeste do país.

Yusen Logistics China anunciou uma ampliação adicional de seus serviços na China com a abertura de um armazém em Guangzhou, a capital da maior cidade da província de Guangdong no Sul da China. O armazém de 16 mil metros quadrados vai fortalecer a presença da Yusen Logistics na região ao prover serviços logísticos para a indústria de produtos de consumo. Atualmente, a companhia tem foco na indústria automotiva na área, porém antecipa um crescimento significativo na demanda do mercado de bens de consumo para serviços de armazenagem na China. Guangzhou vive um desenvolvimento econômico graças à localização privilegiada como centro de distribuição para a logística regional. O novo armazém da Yusen Logistics está localizado a 15 quilômetros do porto e 40 quilômetros do aeroporto.


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Diário de Bordo Logística ANTT firma parceria A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Agência Ferroviária Europeia (European Railway Agency – ERA) assinaram em Berlim (Alemanha) um Memorando de Entendimentos com vistas a ampliar o diálogo entre o Brasil e a União Europeia. As conversas tiveram início em fevereiro, quando foi desenvolvido um plano de ação em que as partes se comprometeram a buscar uma cooperação mais estreita entre os reguladores, com vistas à obtenção de acordos de reconhecimento mútuo em matéria de requisitos técnicos, avaliação de conformidade e padrões na área ferroviária. Assinaram o documento o diretor-geral da ANTT, Jorge Bastos, e o diretor executivo da ERA, Marcel Verslype.

Alstom investe no Brasil

Concessões das rodovias

Após um período de poucos investimentos no Brasil, o mercado metroferroviário retomou sua atuação com o desenvolvimento intenso de novos projetos. A Alstom Brasil é uma das empresas representantes do setor que tem contribuído para a expansão da malha e concretização da mobilidade urbana. Será a primeira a fornecer um sistema de Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) sem catenárias (cabos elétricos) para o Porto Maravilha (projeto de revitalização da região portuária do Rio de Janeiro), composto por 32 composições modelo Citadis, além de sistemas de fornecimento de energia, sinalização e telecomunicações. O pionerismo no setor segue com planos a curto prazo, como a inauguração da primeira fábrica de VLTs da América Latina, em 2015, na cidade de Taubaté (SP).

Foi publicada no Diário Oficial da União a portaria nº 396 do Ministério dos Transportes, que prorroga o prazo final para elaboração e apresentação dos estudos técnicos complementares de quatro trechos de rodovias para futuras concessões. O prazo foi prorrogado para o dia 15 de janeiro de 2015, a pedido das empresas autorizadas a elaborar as análises. Os estudos visam à concessão dos seguintes trechos: BRs-364/060/MT/GO entre Rondonópolis (MT) a Goiânia (GO); BR-364/GO/MG entre Jataí (GO) e o entroncamento com a BR-153/MG; BR 163/230, entre Sinop (MT) e Miritituba (PA); e BRs-476/153/282/480, entre Lapa

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Diário de Bordo Offshore Desempenho da Petrobras A produção consolidada (Brasil e exterior) de petróleo e gás da Petrobras alcançou 2 milhões 795 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) em outubro. De acordo com a Petrobras, o volume apresentado foi 0,5% superior ao registrado em setembro (2 milhões 781 mil boed). No Brasil, segundo a empresa, a produção total de petróleo e gás foi de 2 milhões 579 mil boed, indicando um aumento de 0,6% em relação à produção obtida no mês de setembro, de 2 milhões 565 mil boed. Em outubro, a média de produção de petróleo foi de 2 milhões 126 mil barris/dia (bpd). Esse total é 0,4% maior que o produzido no mês imediatamente anterior (2 milhões 118 mil bpd).

Etanol de segunda geração

Recorde no Espírito Santo

Em paralelo às pesquisas para o aproveitamento de bagaço de cana-de-açúcar para produção de etanol de segunda geração, pesquisadores da Petrobras avaliam uma nova matéria-prima: o resíduo da extração do óleo de palma, também conhecido como dendê. O projeto identificou, em estudos recentes, que o resíduo, o cacho vazio de palma, tem em sua composição 40% de celulose e 20% de hemicelulose (indicativos da concentração de açúcares), teores bem similares aos do bagaço e propícios para produção de etanol. O projeto está sendo desenvolvido no Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), com participação da Petrobras Biocombustível e da Belém Bioenergia Brasil.

A produção de petróleo, condensado e líquido de gás natural da Petrobras no Espírito Santo chegou a 409,6 mil barris no último dia 12 de novembro, configurando recorde diário no estado. Somada à de gás natural, a produção total do estado, na mesma data, alcançou 502,3 mil barris de petróleo equivalente. O novo recorde de produção de petróleo foi 12,6 mil barris acima do anterior, de 16 de outubro, e resultou da manutenção de elevada eficiência operacional nos sistemas de produção da companhia no estado, tanto em terra quanto no mar. O destaque foi o desempenho da plataforma P-58, que opera desde 17 de março no pós-sal e pré-sal do Parque das Baleias e já produz 115 mil barris de petróleo por dia.


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Diário de Bordo Portos Cargas em Pecém, no Ceará A movimentação de mercadorias no terminal portuário do Pecém (CE) deve alcançar 8,8 milhões de toneladas até o final deste ano, ultrapassando os 6,3 milhões de 2013. No período de janeiro a outubro de 2014, foram movimentadas através do porto do Pecém 6,9 milhões de toneladas de mercadorias, transportadas por 401 navios. Esse número representa uma elevação de 46% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram movimentadas 4,7 milhões. Por tipo de carga, o destaque ficou com os granéis sólidos, com três milhões de toneladas, seguindo-se os contêineres com 1,6 milhão, granéis líquidos com 1,4 e a carga solta, que totalizou 868 mil toneladas. As importações contribuíram com 5,6 milhões, enquanto as exportações registraram a movimentação de 1,3 milhão.

Cruzeiros no Porto do Rio

Estradas do Complexo de Suape

O transatlântico MV Explorer lançou âncoras no Pier Mauá no dia 7 de novembro e inaugurou oficialmente a Temporada de Cruzeiros 2014-2015 no Rio de Janeiro. Estão confirmados, até abril de 2015, 31 navios: 21 de cruzeiros internacionais e 10 de cabotagem (que circulam pela costa brasileira), movimentando 500 mil pessoas, entre passageiros e tripulantes, que injetarão 150 milhões de dólares na economia da cidade. Os 21 navios de cruzeiros internacionais que vêm ao Rio nesta temporada confirmam a tradição da cidade como o principal destino de viagens de longo curso da América do Sul.

Todas as vias não concessionadas do Complexo de Suape passarão por obras de manutenção e conservação a partir de dezembro deste ano. Ao todo, 43 quilômetros de estradas receberão os serviços de recuperação, sinalização, pintura, limpeza e manutenção preventiva ou corretiva, além da elaboração de projeto executivo de pavimentação e drenagem, cujo investimento total será de R$ 8,2 milhões.

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Artigo

Wagner Antônio Coelho

Armazenagem e o Fundaf Conforme já ressaltado em outros artigos, a entrada de mercadorias estrangeiras no Brasil somente pode ocorrer por intermédio de portos, aeroportos ou pontos de fronteira alfandegados, bem como outras áreas nas quais se efetuem operações de carga e des­ carga de mercadoria ou embarque e desem­ barque de passageiros, procedentes do exte­ rior ou a ele destinados. Para que possa usufruir das mercadorias im­ portadas, o importador brasileiro precisa for­ malizar o competente processo de despacho aduaneiro em recinto alfandegado de zona primária ou secundária, com a finalidade de possibilitar a nacionalização da mercadoria ou obter autorização da Aduana para o uso da mercadoria importada, por intermédio do de­ ferimento de regimes aduaneiros especiais. Nos termos da legislação aduaneira, o importa­dor tem um prazo para submeter às mercadorias ao efetivo controle aduaneiro, por intermédio do registro da declaração de importação, procedi­mento administrativo que inicia o processo de despacho aduaneiro, tanto para nacionalização para consumo como na concessão de uso por intermédio de regime aduaneiro especial.

De forma objetiva, o prazo para registro da decla­ ração de importação em zona primária, para que não se caracterize o abandono da mercadoria pelo importador, situação identificada na legislação aduaneira como infração, por dano ao erário, en­ sejadora da aplicação da pena de perdimento, é de 90 dias contados da sua descarga. Com relação ao prazo para aplicação da pena de perdimento por abandono da mercadoria, em recinto alfandegado de zona secundária, o prazo previsto na legislação aduaneira é de 120 dias, contados a partir do ingresso da mercadoria no recinto alfandegado. Dessa forma, com a finalida­de de evitar o abandono da mercadoria, o importador pode utilizar os 90 dias do prazo referen­te à zona primária e mais 120 dias do prazo referente à zona secundária. O transcurso dos prazos caracterizadores do abandono da mercadoria transfere a obriga­ção do pagamento da armazenagem incidente sobre a mercadoria para a União Federal/SRF, por intermédio de recursos oriundos do Fundaf. Decorridos os prazos acima mencionados, os depositários dos recintos alfandegados deverão, em cinco dias, comunicar ao órgão local da Secretaria da Receita Federal, relacionando as mercadorias e mencio-

nando todos os elementos necessários à identificação dos volumes e do veí­culo transportador. A comunicação deverá ser rea­lizada no prazo de cinco dias contados do decurso do prazo do abandono junto à Secretaria da Recei­ta Federal, com os recursos provenientes do Fun­daf. Importante ressaltar que referida obrigação sobre a armazenagem somente é transferida nos casos em que o abandono se deu sem o registro da declaração de importação. As situações carac­terizadoras de abandono posterior ao registro da DI não possibilitam essa sistemática de transfe­rência de responsabilidade. A tarifa de armazenagem somente é cobrada do importador, consoante à legislação aduaneira, quando configurado o abandono, porém, quando antes de aplicada a pena de perdimento. O impor­ tador inicia o despacho de importação e, em casos tais, dentre outras formalidades, é indispensável o pagamento de todos os tributos e inclusive da tari­ fa de armazenagem. Diante do exposto, verificamse importantes as definições e caracterizações dos prazos de abandono da mercadoria quando não realizado o início do despacho aduaneiro, para fins de excluir a responsabilidade do importador quan­to ao pagamento da armazenagem da mercadoria no recinto alfandegado.g

Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB -SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária e Comércio Exterior, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.


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Eventos

Encontros discutem os rumos dos portos e do comércio exterior A Revista Informativo dos Portos acompanhou os debates e exposições Empresas, lideranças setoriais e representantes do governo estiveram reunidos em diversos eventos, em outubro e novembro, para discutir o futuro dos portos e do comércio exterior no país. A Revista Informativo dos Portos acompanhou os encontros e traz alguns flashes. Entre os dias 21 e 24 de outubro aconteceu em Chapecó (SC) a Logistique 2014 - Feira Internacional de Logística, Transporte e Comércio Exterior. Mesa das autoridades do IX Expolog - Fortaleza (CE)

Outro evento importante foi o “IX Seminário Internacional de Logística e Expolog”, realizado entre os dias 6 e 8 de novembro em Fortaleza. No dia 14 de novembro aconteceu em São Paulo o 2º Encontro Nacional Portos: investimentos e logística. A Revista Informativo dos Portos esteve, também, na 15º Expo Scala - Feira de Negócios do Comércio Exterior e da Logística, que aconteceu nos dias 18 e 19 de novembro no Expo Dom Pedro, em Campinas. g

O ministro da Secretaria de Portos, César Borges, e o diretor-presidente da Companhia Docas do Ceará, Mário Jorge Cavalcante

O ministro da Secretaria de Portos, César Borges, com o ex-ministro dos Portos, Leônidas Cristino, e o superintendente do Portonave, Osmari de Castilho Ribas

Logistique 2014 - Feira Internacional de Logística, Transporte e Comércio Exterior, em Chapecó IX Seminário Internacional de Logística e Expolog

Diretor Superintendente do TCP, Juarez de Moraes e Silva, no 2º Encontro Nacional Portos : Investimentos e Logística em São Paulo

2º Encontro Nacional Portos : Investimentos e Logística em São Paulo

Gerente de Pricing e Vendas Brasil, Glauco Andrade, Diretor geral, Alexandre Bini, vendedores filial Campinas, Vanessa Rissatti, Edval Costa e Cristiano Vesu na Expo Scala, em Campinas


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