Abril/2015 - Edição nº 188 - Ano XIV- Rua Samuel Heusi, 463 - Sala 205 - The Office Business Center - Itajaí/SC 88301-320
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INFORMATIVO DOS PORTOS / EDITORIAL
EXPEDIENTE
VITRINE PARA O MUNDO Uma verdadeira vitrine do comércio exterior brasileiro. A Intermodal South America 2015 virou não somente uma referência para o mercado de portos e logística na América Latina, mas uma janela de lançamentos e inovação em diferentes áreas que envolvem o transporte de cargas ao redor do mundo. Nesta edição especial pós Intermodal, trazemos as principais novidades apresentadas durante o evento que reuniu 680 marcas de 25 países e atraiu um público de quase 50 mil pessoas. Uma das novidades da tradicional feira foi o lançamento da Janela Única Portuária (JUP), sistema desenvolvido pela Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra) e que virou nossa matéria de capa. A JUP prevê que todas as etapas percorridas pelos vários tipos de carga de importação e exportação no principal complexo portuário brasileiro, o Porto de Santos, desde a previsão de sua entrada no canal de acesso até a saída do recinto alfandegado, a caminho do destinatário, poderão ser rastreadas. O projeto resulta da experiência acumulada há 20 anos na criação de soluções tecnológicas que interligam os agentes privados com os órgãos públicos. A expectativa do Ministério da Agricultura é que, após a implantação-piloto, o sistema seja ampliado para as demais unidades do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) no país. A partir desta edição também passaremos a dar destaque para grandes marcas que fazem história no mercado econômico nacional. Um exemplo clássico é a Hemmer, de Blumenau (SC), que mereceu matéria especial ao completar 100 anos de história e dar um impulso extra na exportação de seus produtos. Empresas como esta podem e devem inspirar muitas outras, além de servirem de referência para quem quer empreender no mercado competitivo atual. Boa leitura!
PUBLICAÇÃO Perfil Editora DIRETORA Elisabete Coutinho elisabete@informativodosportos.com.br DIRETORA ADMINISTRATIVA Luciana Coutinho luciana@informativodosportos.com.br JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciana Zonta (SC 01317 JP) luzonta@informativodosportos.com.br REPORTAGEM Adão Pinheiro, Alessandro Padin, Érica Amores e Luciana Zonta FOTOS Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem REVISÃO Izabel Mendes COMERCIAL Thaísa Michelle Santos comercial@informativodosportos.com.br PROJETO GRÁFICO Elaine Mafra DIAGRAMAÇÃO Elaine Mafra (serviço terceirizado) elaine@informativodosportos.com.br PERFIL EDITORA Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.
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INFORMATIVO DOS PORTOS
ÍNDICE ABTRA implanta sistema inovador de integração de dados em Santos
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HEMMER completa 100 anos e amplia exportações ITAPOÁ Terminal registra alta de 17% na movimentação 6
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DIÁRIO DE BORDO..........................................................08 Confira as novidades dos principais setores que movimentam o mercado AZIMUT YACHTS.............................................................14 Empresa aposta em iates maiores para conquistar novos clientes PERINI BUSINESS PARK...................................................22 Previsão de crescimento é de pelo menos 18 mil m² em 2015 ALIANÇA NAVEGAÇÃO......................................................26 Grupo lança navio com capacidade para 4.800 contêineres COOPERATIVISMO...........................................................32 Em Santa Catarina, setor projeta crescer 12% em faturamento
ENTREVISTA Eclésio da Silva, presidente do Sindasc e da ACII
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ROCHA.........................................................................34 Empresa recebe aporte de capital no valor de R$ 200 milhões MODAL FERROVIÁRIO.......................................................36 ANTT aprimora fiscalização do sistema ferroviário nacional RIO GRANDE..................................................................38 Escoamento da safra é aposta para crescimento ANX INTERNATIONAL.......................................................40 Empresa comemora um ano com projeção de crescimento ESPECIAL INTERMODAL....................................................44 Clima de otimismo marca a Intermodal South America PORTONAVE..................................................................58 Terminal busca novos negócios na Intermodal MODALLPORT................................................................60 Empresa completa 20 anos e quer ampliar atuação na América Latina LOCALFRIO...................................................................62 Empresa firma parceria para ampliar atuação no nicho farmacêutico TCP.............................................................................64 Terminal aposta na integração da cadeia logística PM DESPACHOS..............................................................66 Empresa mais uma vez marca presença na Intermodal South America SUPLEMENTO SEP...........................................................68 As principais novidades da Secretaria de Portos SUPLEMENTO ITAJAÍ........................................................72 Tudo sobre os terminais e a logística do Complexo Portuário ARTIGO........................................................................78 Zonas Marítimas, por Wagner Antônio Coelho 7
DIÁRIO DE BORDO NELSON_ROBLEDO
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ITAPOÁ CONQUISTA CERTIFICAÇÃO Um ano após conquistar a ISO 9001 para o seu Sistema de Gestão de Qualidade, o Porto Itapoá recebeu a certificação para a sua gestão ambiental. O terminal recebeu o certificado ISO 14001:2004 pela certificadora internacional SGS. A sustentabilidade é uma premissa do Porto Itapoá, desde a concepção do projeto, com mínimo impacto ambiental, até o dia a dia das operações, investindo em ações de preservação da fauna e flora e na educação e monitoramento ambiental. Os investimentos nesta área estão alinhados não somente com as demandas de compensações ambientais do empreendimento, mas também com a filosofia da empresa que busca atuar efetivamente no desenvolvimento socioeconômico da comunidade.
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O gerente de custos e estatísticas do Porto, Ivan Rupp Bittencourt, o embaixador Jozef Smets, o diretor administrativo-financeiro do Porto, Heder Cassiano Moritz, o cônsul geral Didier Vanderhasselt, o cônsul honorário João Casillo e o diretor de Indústria e Comércio de Itajaí, Carlos Fernando Priess.
EMBAIXADOR BELGA EM ITAJAÍ
COFIBAM NO CHILE A Pailamilla e Hijos Ltda, localizada na cidade de Santiago, passou a distribuir os produtos Cofibam no Chile. Ela comercializa condutores, transformadores e isolantes para atender aos setores de motores e transformadores. Com 17 anos de história, a Pailamilla detém 80% do mercado chileno no setor de motores e 10% na área de transformadores. Com reconhecimento de sua marca no território chileno, a empresa estendeu sua atuação para outros países da América Latina, Argentina, Uruguai e Bolívia. Para o gerente comercial, Marcelo Pailamilla, a parceria para essa distribuição deve-se à qualidade e grande presença dos produtos Cofibam no mercado brasileiro.
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O embaixador belga no Brasil, Jozef Smets, visitou a Superintendência do Porto de Itajaí, onde foi recebido pelo diretor administrativo-financeiro do Porto, Heder Cassiano Moritz. O embaixador Jozef Smets chefia comitiva que percorre os principais portos brasileiros, visando intensificar contatos que resultem em oportunidades de cooperação entre os nossos portos e os portos belgas. No encontro, Heder apresentou um audiovisual com um breve histórico, os números e as principais características do Complexo Portuário de Itajaí. Embaixador e comitiva também foram levados ao terraço da APM Terminals para ver as instalações dos principais terminais itajaienses.
DEUTSCHE POST DHL ELEVA RECEITAS O Grupo Deutsche Post DHL, principal empresa postal e de logística do mundo, aumentou suas receitas e alcançou suas metas de EBIT e fluxo de caixa em 2014. Comparadas ao período anterior, as receitas aumentaram em 3,1%, saltando para 56,6 bilhões de euros (em 2013 foram de 54,9 bilhões de euros), com as quatro divisões operacionais da empresa tendo contribuído para este avanço. Organicamente, as receitas do Grupo Deutsche Post DHL cresceram 4,2%, apoiadas pelos ganhos de volume e receita nos serviços expressos internacionais e nas empresas de encomendas alemãs, em particular. Estes avanços resultam da posição de destaque da empresa no mercado em setores em crescimento ao redor do mundo, como comércio eletrônico (e-commerce) e mercados emergentes.
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DIÁRIO DE BORDO
APM TERMINALS RECONHECE COMISSÁRIAS
ÉDER MARQUESI
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Juliano Tavares, Felipe Fioravante (APMT), Carlos Alberto Boehme, Leonardo Cardoso
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A segunda edição do Prêmio Valores em Ação da APM Terminals Itajaí reconheceu e homenageou as melhores performances das comissárias de despachos e despachantes aduaneiros de Itajaí que se destacaram no primeiro trimestre de 2015. O concurso mede o desempenho das empresas responsáveis por processos de importação, premiando aquelas que menos apresentaram pendências. O prêmio é dividido em duas categorias: mais de 25 processos e menos de 25 processos média/mês. Debossan, Capital Trade, Blucargo, Aliados, Mafa, Estaleiro Navship e Customs foram as empresas homenageadas pela APMT.
VIRACOPOS NO TOPO DO RANKING A Secretaria de Aviação Civil (SAC) realizou, entre janeiro e março, a Pesquisa de Satisfação do Passageiro e constatou que o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), é considerado pelos usuários o melhor do Brasil. A nota média obtida foi 4,38. Com o conceito, a unidade aeroportuária saltou da quinta para a primeira posição, incrementando o resultado em 9,2% na comparação com o primeiro trimestre de 2014. A avaliação geral dos aeroportos também melhorou. No item satisfação geral do passageiro, 81% das notas foram 4 e 5. No mesmo período do ano passado, a frequência dessas notas foi de 68%. O desempenho do terminal de Brasília foi o que mais chamou a atenção. A melhoria foi de 21%, passando de uma nota média de 3,52 para 4,21.
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CATARINENSE
MERCADO DE LUXO
OS GIGANTES ESTÃO CHEGANDO
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Azimut Yachts aposta em iates maiores para conquistar novos clientes. O aumento na produção de barcos de maior porte deve seguir acelerado e a previsão é de crescer mais 35% nesta temporada Há pouco menos de 10 anos, com o mercado ainda incipiente, a produção de embarcações acima de 40 pés no Brasil era praticamente impensável. Hoje, prestes a entregar o primeiro iate com 83 pés (25,2 metros) fabricado no Brasil e que passa a integrar os outros cinco modelos já produzidos no país, a subsidiária brasileira da Azimut Yachts, instalada em Itajaí (SC), aposta no mercado de luxo para driblar a crise econômica brasileira, de olho também no potencial dos demais países da América Latina. Mercados como o Uruguai, Paraguai, Chile e Colômbia são exemplos bastante promissores para o segmento de barcos de luxo, segundo os executivos do estaleiro. A primeira unidade do novo modelo de iate fabricado pelo estaleiro será entregue no segundo semestre e deve integrar a programação do aniversário de cinco anos da instalação da empresa em Itajaí. O modelo conta com quatro suítes, living, cozinha, área externa privilegiada e um flybridge grandioso, amplamente premiado no exterior. O aumento na produção de barcos de maior porte fabricados no estaleiro, especialmente os acima de 60 pés, deve seguir em ritmo acelerado e a previsão é de crescer mais 35% nesta temporada. Até a temporada 2016/ 2017 a previsão é quase dobrar a produção atual que está em torno de 30 unidades. Desde que se
instalou no Brasil, a Azimut produz barcos a partir de 42 pés, com preços iniciais de R$ 2,5 milhões. Ao perceber que os clientes com maior poder de compra sentem menos os efeitos das oscilações da economia, a companhia tem apostado em embarcações que variam de 60 a 83 pés e podem custar R$ 20 milhões, dependendo da configuração interna. A fábrica brasileira de iates de luxo Azimut foi inaugurada em julho de 2010 e, desde então, aumentou em mais de cinco vezes a sua produção anual. A sua estrutura produtiva acompanhou o crescimento. Antes estava instalada em um galpão de três mil metros quadrados e, atualmente, ocupa uma área de 16 mil metros quadrados, com atuação de cerca de 300 colaboradores. Essa metragem inclui a expansão de mais 3 mil metros quadrados que está sendo realizada para reestruturação. De acordo com o diretor comercial da Azimut Yachts para a América do Sul, Francesco Caputo, a paixão do brasileiro pelo churrasco e pela cervejinha gelada tem levado a Azimut a adaptar seus modelos. Os barcos feitos pela empresa em Itajaí (SC) ganham tratamento especial na parte traseira, a mais usada pelo consumidor daqui justamente por causa do espaço para churrasqueira e geladeira, que também está presente no iate de 83 pés. Os modelos adaptados aos hábitos do país não é um privilegio exclusivo dos brasileiros. Caputo destaca que na China, onde existe uma paixão por caraoquê, os iates fabricados naquele país também recebem uma configuração especial. “Procuramos nos adaptar à realidade do país onde estamos instalados”, explica. INCENTIVO ECONÔMICO A Azimut Yachts escolheu Santa Catarina para se instalar motivada pelos incentivos econômicos, pelo fato de ser o primeiro polo náutico do país,
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CATARINENSE
pela infraestrutura portuária e pela proximidade com os demais países da América do Sul. “O porto nos oferece um condição favorável para importação de matéria-prima e exportação de nossos barcos”, enfatiza o diretor comercial da empresa. Com perfil exigente, o consumidor “triplo A” da Azimut é procedente das várias regiões brasileiras, especialmente dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e da região Sul. Há também um crescimento considerável de clientes em Minas Gerais e no Centro-Oeste, para navegação em lagos e represas, e do litoral do Nordeste. Caputo destaca, no entanto, que um dos objetivos da Azimut é reforçar o volume de negócios nos demais países da América Latina. Os iates fabricados no Brasil recebem o mesmo padrão de qualidade dos fabricados na Itália. Para garantir o estilo “made in Italy”, mais de 70% dos componentes utilizados nos barcos são importados exatamente para manter o padrão de qualidade. “Não existe diferença entre um barco made in Brasil e um made in Itália”, acrescenta Caputo. Os barcos fabricados no Brasil, no entanto, exemplificam a capacidade do estaleiro italiano para a inovação contínua, mantendo seu estilo de marca registrada. A extensa experiência traduz a excelência com a liberdade de escolha de prestígio também nos tecidos do interior dos barcos, que podem ser dos designers italianos, Missoni, Armani e Loro Piana. MÃO DE OBRA O processo de formação profissional também recebe tratamento especial pela empresa. Além da constante realização de cursos profissionalizantes e de formação aos mais diversos níveis hierárquicos e departamentos da fábrica, somados ao intercâmbio diário com a equipe de especialistas italianos, a Azimut anuncia o início, ainda este ano, de cursos voltados aos comandantes e demais tripulantes, em parceria com o Senai. “Trata-se de uma iniciativa inédita que começaremos em breve para formar os tripulantes das embarcações Azimut e, posteriormente, será estendido para iates de outras marcas. É mais um demonstrativo de empenho ao aprimoramento do mercado náutico e que reflete em geração de empregos e desenvolvimento econômico”, ressalta o CEO da Azimut do Brasil, Davide Breviglieri.
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ATÉ A TEMPORADA 2016/ 2017 A PREVISÃO DA EMPRESA É QUASE DOBRAR A PRODUÇÃO ATUAL DA UNIDADE NACIONAL QUE ESTÁ EM TORNO DE 30 UNIDADES
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CATARINENSE
HEMMER COMPLETA 100 ANOS E AMPLIA EXPORTAÇÕES
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A companhia, que começou com a venda de conservas, hoje atua com mais de 300 itens. No ano passado, o crescimento foi de 21,6%, um dos maiores índices da sua história Uma das marcas de alimentos mais tradicionais de Santa Catarina está ampliando a presença fora do Brasil. A Hemmer, empresa especializada em conservas e molhos, quer ampliar sua rede de distribuidores internacionais. A companhia já exporta para o Paraguai, Japão e Inglaterra, sendo que outros países estão em negociação para as primeiras compras. Sediada em Blumenau, no Vale do Itajaí, a Hemmer completa 100 anos de existência em 2015 e o aumento da presença no mercado internacional faz parte deste ano histórico. Em cinco anos, o faturamento da companhia cresceu nada menos que 128%. Há 15 anos, a Hemmer realizou algumas vendas para o Oriente. O Japão era o foco da exportação para aquela região. Em 2015, esse contato foi retomado e a primeira compra de palmito já foi realizada e chegará ao país nas próximas semanas. De acordo com o gerente comercial da empresa, Elisandro Nunes, o mercado consumidor do país
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CATARINENSE
é imenso e as oportunidades estão sendo avaliadas naquela região. De acordo com Ericsson Luef, presidente da Hemmer, a internacionalização da marca é um sonho antigo. “Nos últimos anos, crescemos uma média de 20% e planejamos essa expansão já visualizando o cenário mais competitivo no Brasil”, explica. Em relação aos produtos exportados, Ericsson comenta que o comportamento é similar ao mercado nacional: cada região tem um consumo mais representativo de um conjunto de itens. CONSERVAS A companhia, que começou com a venda de conservas, hoje atua com mais de 300 itens. No ano passado, o crescimento foi de 21,6%, um dos maiores índices da sua história. Ericsson Luef diz que os últimos anos trouxeram um novo fôlego à empresa, que diversificou a linha de produtos, modernizou alguns processos industriais e aumentou o potencial comercial. “Temos muito orgulho em ver, em pontos de venda de todo o país, as pessoas optando pelos produtos da Hemmer. O cuidado e a qualidade que são marcas deixadas pela minha família de geração em geração continuam sendo as principais características dos nossos produtos”, diz. As perspectivas nada animadoras da economia apontam para um crescimento próximo à inflação em 2015, mas não desanima o presidente. “Temos certeza que o consumidor busca qualidade, independentemente do momento econômico. Em 100 anos, já passamos por outros momentos de incerteza e continuamos firme no nosso propósito de oferecer boas opções em alimentos”, afirma. Desde 2012, o mix de produtos da Hemmer triplicou. Além de manter as tradicionais conservas já conhecidas pelo público (pepino, palmito e beterraba, por exemplo) a companhia ampliou algumas linhas que já eram sucesso de vendas, como as mostardas e as azeitonas. De acordo com Ericsson, nos últimos anos a Hemmer se dedicou a conhecer melhor o consumidor e buscar informações junto ao mercado
“NUM MOMENTO EM QUE AS PESSOAS ESTÃO REPENSANDO A ALIMENTAÇÃO, TORNOUSE IMPORTANTE PARA ELAS CONTAR COM UM FORNECEDOR QUE OFERECESSE PRODUTOS COM QUALIDADE”. Ericsson Luef, presidente da Hemmer
sobre as suas demandas. “Num momento em que as pessoas estão repensando a sua alimentação e, cada vez mais, cozinhando em casa, se tornou importante para elas contar com um fornecedor que ofereça produtos com qualidade”, afirma. PARCERIAS Dentro dessa linha, além de criar novas oportunidades, a Hemmer também buscou parcerias. Em 2012 se tornou a representante oficial das marcas da Reckitt Benckiser no Brasil, com as linhas Fren-
O COMEÇO DE TUDO: Há um século, em 1915, o imigrante Henrich Hemmer teve a ideia de usar um excedente de repolho da sua casa para produzir uma iguaria chamada de chucrute (em alemão, sauerkraut). Esta origem simples deu início à trajetória da Hemmer Alimentos, indústria catarinense que completou um século de atividades no dia 20 de março e é administrada por seis integrantes da quinta geração da família do seu fundador, cada um em um setor.
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Ericsson Luef, presidente da Hemmer
ch’s, Cattlement’s e Red Hot. No mesmo ano, comprou 50% da Zehn Bier, cervejaria artesanal catarinense. Como resultado do aumento da oferta de produtos, a companhia também aumentou o número de pontos de venda. Eram cerca de 10 mil em 2012 e hoje passam de 20 mil. Uma reestruturação na área comercial também foi preponderante para este resultado. Em novembro de 2014, a companhia blumenauense deu início a alteração de embalagens e rótulos das suas tradicionais mostardas, que foram estendidas para as linhas de ketchup e barbecue. As novas em-
balagens são de material PET, que garante maior impermeabilidade ao oxigênio, mantendo a qualidade do produto. Já os rótulos são de BOPP perolado, garantindo que o material não sofra alterações quando exposto à umidade. Anna Karina Luef, da Hemmer, diz que a padronização das embalagens era uma demanda antiga da companhia e que levou certo tempo devido à complexidade dos materiais envolvidos. O processo aconteceu paralelamente à reestruturação tecnológica na linha de produção, atualmente com capacidade para fabricar 150 unidades por minuto.
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CATARINENSE
PIONEIRISMO
QUE SÓ CRESCE 22
Localizado em Joinville, no Norte de SC, o Perini Business Park prevê crescimento de pelo menos 18 mil metros quadrados de área construída em 2015
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EMPRESAS 152 empresas de 14 países ( Alemanha,
Áustria, Bélgica, Brasil, China, Coreia, Dinamarca, Emirados Árabes, Estados Unidos, França, Itália, Portugal, Suíça e Suécia).
PIB DO PARQUE R$ 6,8 bilhões
ÁREA CONSTRUÍDA 290 mil metros quadrados
POTENCIAL DE INSTALAÇÃO 550 mil metros quadrados de área construída
SOBRE O PERINI BUSINESS PARK
CRESCIMENTO MÉDIO/ANO 18 mil metros quadrados
Apesar do momento econômico nacional, o Perini Business Park, de Joinville (SC), tem uma expectativa positiva para o ano quanto ao volume de negócios. A previsão é sustentada, em parte, pela possibilidade de melhora da economia a partir do segundo semestre. O diretor presidente da Perini Business Park e Perville Construções, Marcelo Hack, estima ampliar a área construída em pelo menos 18 mil metros quadrados até o final de 2015. Segundo o executivo, o índice de crescimento é o mesmo registrado nos anos anteriores. “É lógico que a gente cresce muito em função do mercado, mas as obras só vão iniciar a partir do momento que fechar o negócio”, destaca. Com mais de 2,8 milhões de metros quadrados de terreno, no Distrito Industrial de Joinville, o condomínio multissetorial Perini abriga cerca de 150 empresas nacionais e multinacionais. Vários líderes mundiais de mercado estão instalados no local. Com um PIB de R$ 6,8 bilhões, se fosse um município, o condomínio seria a 10ª economia de Santa Catarina em arrecadação, em um ranking estadual que é liderado por Itajaí. Dos 290 mil m² de área construída do Perini,
TRABALHADORES 7,5 mil
MOVIMENTAÇÃO MÉDIA MENSAL 5.710 caminhões 23.141 pedestres 86.619 veículos
há hoje apenas 6 mil m² disponíveis (índice até o fechamento desta edição), para um potencial de 550 mil metros de área construída, se considerado o tamanho do terreno. Hoje, o condomínio tem cerca de 150 empresas de 14 nacionalidades, reúne 7 mil trabalhadores e representa 24% do produto interno bruto (PIB) de Joinville e 4,4% da soma de riquezas produzidas em Santa Catarina, segundo estimativa do próprio empreendimento. A taxa de ocupação é a melhor registrada pelo condomínio desde que começou as atividades, em 2001. Marcelo Hack atribui o bom desempenho do condomínio à qualidade da infraestrutura instalada no Perini Business Park. “Quando você avalia o mercado, descobre que ele cobra mais caro por uma local com infraestrutura e qualidade menor que a nossa”, destaca. Se somar o preço do metro quadro do aluguel empresarial em Joinville, que varia entre R$ 13 a R$ 15 o metro quadro, mais o valor a ser pago por uma empresa do setor de segurança, na avaliação do executivo, fica mais vantajoso se instalar no condomínio. “Dentro do nosso pacote tem uma série de serviços que já estão agregados”, comenta.
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CATARINENSE
COMO UMA PEQUENA CIDADE, O PERINI POSSUI AGÊNCIA BANCÁRIA, ESCOLA DE IDIOMAS, PANIFICADORA, DESPACHANTE ADUANEIRO, RESTAURANTES, CORREIOS, ACADEMIA DE GINÁSTICA E ATÉ UM PORTO SECO O empreendimento oferece rede de gás, energia elétrica em média tensão, telecomunicações por fibra óptica, internet de alta velocidade e sistemas eletrônicos e informatizados de segurança 24 horas por dia. Sob encomenda, o prazo para entrega do local completo é de 30 dias a seis meses. Como uma pequena cidade, o Perini possui agência bancária, escola de idiomas, panificadora, limpeza e conservação, despachante aduaneiro, restaurantes, correio, assessoria jurídica e de recursos humanos, academia de ginástica, autolavação, ambulatório e biblioteca do Serviço Social da Indústria (Sesi), empresa de recrutamento e seleção, além de um porto seco e duas balanças rodoviárias. “São serviços que todas as empresas necessitam”, explica Hack. Dentro das dependências do condomínio também circulam um ônibus particular e o transporte coletivo. Em escala nacional, o Perini Business Park é um dos pioneiros neste modelo de negócio, que já é tendência internacional e vem se consolidando no país. “Todos os serviços periféricos são prestados por nós ou por clientes nossos”, resume o executivo. Na realidade, as empresas que se instalam no condômino só têm que pensar na produção e atender as exigências do mercado para os produtos que desenvolvem. Dentro do conceito de negócios desenvolvido pelo Perini Business Park, um dos grandes diferenciais do condomínio é a capacidade de produzir infraestrutura de acordo com a necessidade do cliente. A partir das especificações, a empresa apresenta o projeto e o Perini executa com toda a tecnologia estrutural necessária embutida. “Fazemos tudo sob medida”, diz. No local há prédios stander e os que
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Diretor presidente da Perini Business Park e Perville Construções, Marcelo Hack podem ser adaptados às necessidades das empresas. O Centro Logístico e Industrial Aduaneiro (Clia) Multilog, recém-instalado, é o único no país dentro de um condomínio empresarial e, na opinião de Marcelo Hack, agregará negócios para toda a região Norte do Estado. Entre as empresas instaladas no parque estão a BMW, Siemens, Brunswick Boat Group e Buhler. No dia em que foi feita esta reportagem estava em negociação a instalação de uma empresa franco-chinesa, fabricante de silicone, apontada como a maior do mundo no setor.
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INFORMATIVO DOS PORTOS / NOVO
NAVIO
CABOTAGEM
NA COSTA BRASILEIRA PODE CRESCER 10% EM 2015
Confiante no crescimento do mercado nacional, Aliança Navegação e Logística lança navio portacontêineres Bartolomeu Dias, com capacidade para 4.800 contêineres
A navegação de cabotagem na costa brasileira tende a crescer 10% na comparação com o ano passado em 2015. A afirmação é do diretor-superintendente da Aliança Navegação e Logística, Julian Thomas. Em 2014, a cabotagem no Brasil (sem contar o que os armadores chamam de grande cabotagem, que envolve Uruguai e Argentina) alcançou um resultado de aproximadamente 550 mil TEUs. A Aliança foi responsável por 50% desse market share. De olho no crescimento deste mercado, a Aliança Navegação e Logística acaba de batizar em Rio Grande (RS) o navio porta-contêineres Bartolomeu Dias. Segundo o presidente do Conselho Executivo da Hamburb Süd, Ottmar Gast, a embarcação vai dar um novo ritmo à navegação de cabotagem da Aliança na costa brasileira. O porta-contêiner tem capacidade para 4.800 contêineres, incluindo 600 tomadas para contêineres para carga frigorificada. O cargueiro foi batizado por Luciana Pereira Quartiero, mulher do vice-presidente da Camil Alimentos, Jacques Quartieiro. O Bartolomeu Dias é o maior navio que a Aliança já colocou em operação em
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LÍDER NO SETOR DE CABOTAGEM NO BRASIL E COM 13 NAVIOS EM OPERAÇÃO NO SERVIÇO, A ALIANÇA ACREDITA QUE O MODAL PODE RECUPERAR O ESPAÇO DE RELEVÂNCIA NA CADEIA LOGÍSTICA NO PAÍS gas movimentadas por esse modal estão produtos químicos, eletroeletrônicos e sapatos. O executivo sustenta que qualquer artigo de consumo pode usufruir da cabotagem, mas as cargas ideais são aquelas que têm origem a cerca de 120 quilômetros de um porto e um destino a mais de 1 mil quilômetros, já que distâncias curtas são favorecidas pelo transporte por caminhões.
Capacidade: 57,818 tdw Capacidade dos contêineres: 4.848 TEUs Plugs para contêineres refrigerados: 600 Comprimento total: 255 metros
Comprimento entre perpendiculares: 242 metros Largura: 37.3 metros Calado máximo: 12.5 metros Velocidade: 21.5 kn Potência do motor principal: 26,160 kW
um serviço de cabotagem na costa do Brasil. O nome é uma homenagem ao navegador português que descobriu o país em 22 de abril de 1500, quando era capitão da frota de Pedro Álvares Cabral. Julian Thomas disse que Rio Grande foi escolhido para sediar o batismo da embarcação porque é o berço da cabotagem no Brasil. Hoje, este mercado responde por 30% dos negócios da Aliança no mercado nacional. O novo navio faz parte de um pacote de investimentos da empresa. Entre 2013 e 2014, a Aliança reestruturou a frota de cabotagem com um aporte de R$ 700 milhões na aquisição de seis porta-contêineres. Hoje, a companhia possui 13 embarcações em operação, com atendimento em 15 portos, de Buenos Aires (Argentina) até Manaus, no Amazonas, em um total de 104 escalas mensais. Em junho, um navio “gêmeo” ao Bartolomeu Dias será batizado em Santos (SP). A grande cabotagem (que inclui o comércio com a Argentina e o Uruguai) contribuiu com mais 350 mil TEUs. Thomas adianta que o crescimento neste trecho dependerá do fôlego da economia argentina. No Brasil, entre as diversas car-
A empresa começou o trabalho de cabotagem há cerca de 15 anos, com um navio com capacidade para 800 TEUs. De acordo com Thomas, o desafio agora é atrair clientes de pequeno e médio porte para o serviço. Um dos motivos que deixa o dirigente otimista é a implantação da Lei dos Motoristas, que estipulou regras mais rígidas quanto à jornada de trabalho desses profissionais. Esse cenário deverá aumentar a competitividade da cabotagem em relação ao modal rodoviário. CADEIA LOGÍSTICA Segundo Julian Thomas, a crise econômica motiva os clientes a rever a cadeia logística. O transporte de cargas por embarcações pode representar uma economia de até 15% dos custos na comparação com o rodoviário. “Os nossos clientes atuais estão trazendo mais volume para ser transportado”, confirma Gustavo Costa, gerente de cabotagem da Aliança. Líder no setor de cabotagem no Brasil e com 13 navios em operação no serviço, a Aliança acredita que o modal pode recuperar o espaço de relevância na cadeia logística no país. “Há condições básicas para a cabotagem crescer a médio prazo, como a redução de subsídios ao combustível e a Lei dos Motoristas, que aumentam os custos do frete rodoviário. A nova Lei dos Portos também incentiva”, reafirma Thomas. O executivo lembra que há uma série de burocracias que atrasam e complicam os investimentos, tanto na implementação de novas operações como na infraestrutura. Para ele, não é necessário o desenvolvimento de um grande projeto por parte do governo. Bastam medidas pontuais que simplifiquem os processos e diminuam o excesso de documentações. “O maior investimento que o governo federal tem que fazer é assinar as medidas que desatam estas amarras”, resume Gustavo Costa.
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INFORMATIVO DOS PORTOS / NOVO
NAVIO
O superintendente do Porto do Rio Grande, Janir Branco, vê oportunidades dentro do segmento de arroz para aproveitar a cabotagem a partir do Rio Grande do Sul. Branco prevê que, mesmo com a turbulência econômica, o porto do Rio Grande deverá ter uma movimentação semelhante à do ano passado (cerca de 34 milhões de toneladas), possivelmente até superando o patamar. A projeção é baseada na expectativa positiva quanto à safra de soja. Se no modo a granel, como é transportado esse grão, a situação é mais tranquila, nos contêineres, que normalmente levam produtos de maior valor agregado, há preocupação. O diretor-presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti, admite que a crise tende a afetar a movimentação de contêineres. “A cabotagem talvez será a salvação do ano”, torce o executivo. Apesar desse impacto, o Tecon mantém o seu plano de investir cerca de US$ 40 milhões em sua infraestrutura, especialmente na compra de novos equipamentos de cais e pátio. Entre as aquisições estarão três guindastes STS (Ship to Shore Container Crane) e oito RTGs (Rubber Tyre Gantry Crane - guindaste de pórtico sobre pneus). Com a encomenda feita neste ano, a entrega acontecerá em 2016.
O NOME DA NOVA EMBARCAÇÃO É UMA HOMENAGEM AO NAVEGADOR PORTUGUÊS QUE DESCOBRIU O PAÍS EM 22 DE ABRIL DE 1500, QUANDO ERA CAPITÃO DA FROTA DE PEDRO ÁLVARES CABRAL 28
INFORMATIVO DOS PORTOS / PORTO
ITAPOÁ
TERMINAL REGISTRA ALTA DE 17% NA MOVIMENTAÇÃO Porto deve iniciar em 2015 o projeto de expansão, onde pretende criar uma capacidade para movimentar cerca de 2 milhões de TEUs por ano Embora a crise na indústria do país tenha gerado os primeiros impactos na economia nacional, o Porto Itapoá tem apresentado números que retratam um cenário diferente, que tem sido produzido cpm base em três pilares: eficiência, time engajado e foco na necessidade do cliente. Nos três primeiros meses de 2015, o terminal movimentou 17% a mais que no mesmo período em 2014. Deste total, houve aumento de 40% na importação e 34% na exportação. A queda foi no transbordo, absorvido pelo excesso de capacidade em Santos. Patrício Junior, presidente do Porto Itapoá, afirma que “uma visão positiva na capacidade de reação do Brasil e, principalmente, de Santa Catarina, além do comprometimento de seus colaboradores, é a diferença do Porto Itapoá”. Diz ainda que “é nos momentos de dificuldades que aparecem as grandes oportunidades e o Porto Itapoá está apostando no momento para consolidar sua posição no cenário regional como uma das melhores opções aos clientes, aquele que agrega valor ao comércio e à logística em geral”.
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Em relação a 2013, o Porto Itapoá já havia apresentado um crescimento de 40% nas cargas de importação e exportação e, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), consolidou-se como o sexto maior movimentador de cargas conteinerizadas do país com 528 mil TEUs movimentados em 2014. O porto catarinense, localizado na Baía da Babitonga, região norte do estado, tem explorado as condições naturais e econômicas da região para atrair seus clientes, especialmente de Santa Catarina e do Paraná, mas desde 2013 é o porto de destino de cargas oriundas de Mato Grosso do Sul, São Paulo e até mesmo Minas Gerais e Rio de Janeiro. Ainda que com um cenário de apreensão em relação à economia, o Porto Itapoá deve iniciar em 2015 o seu projeto de expansão, com o qual pretende criar capacidade para movimentar cerca de 2 milhões de TEUs por ano, e um píer capaz de receber simultaneamente três navios de até 350 metros de comprimento.
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INFORMATIVO DOS PORTOS / SANTA
CATARINA
COOPERATIVISMO SETOR PROJETA CRESCER 12% EM FATURAMENTO Em Santa Catarina, o setor envolve 253 cooperativas que reúnem 1,7 milhão de associados e mantêm 52.157 empregos diretos, representando 11% do PIB estadual
O cooperativismo catarinense crescerá 12% em 2015, na comparação com o ano passado. De acordo com o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Marcos Antônio Zordan, o setor voltou a investir na base produtiva, na diversificação de produtos e serviços e na qualificação de colaboradores, dirigentes e associados. “A receita operacional bruta atingiu R$ 23,3 bilhões no ano passado, com incremento de 15,91%. Foi o sexto ano consecutivo de crescimento, após a crise financeira internacional de 2008 e 2009 que atingiu todos os continentes”, completa. A projeção de aumento do número de cooperados às cooperativas barrigas-verdes para 2015 é de 10%. Zordan destacou que também cresceu em 11,86% a participação da mulher no quadro social das cooperativas do estado. Atualmente, 37,20% dos associados são do sexo feminino, índice que, até o fim deste ano, chegará a 40%. Em Santa Catarina, o setor envolve 253 cooperativas que reúnem 1,7 milhão de associados e mantêm 52.157 empregos diretos, representando 11% do PIB estadual. Em 2014, as cooperativas catarinenses recolheram R$ 1,5 bilhão em tributos, sendo R$ 1 bilhão de geração de impostos sobre a receita bruta e R$ 447,3 milhões de geração de contribuições sobre a folha de pagamento de salários. Isso representa 9,27% a mais que o ano anterior e deve, ainda, subir 10% em 2015. As cooperativas dos ramos agropecuário, saúde, crédito, consumo, infraestrutura e transporte registraram o movimento econômico mais expressivo. AGROPECUÁRIAS As 53 cooperativas agropecuárias representam 66% do movimento econômico de todo o sistema cooperativista catarinense. No conjunto, essas cooperativas mantêm um quadro social de 69.241 cooperados e um quadro funcional de 34.485 empregados. O faturamento anual do ramo agropecuário totalizou R$ 15,1 bilhão. O ramo de crédito, formado por 64 cooperativas que reúnem 1,082 milhão de cooperados, teve movimento de R$ 2,5 bilhões. Já o de transporte, formado por 27 cooperativas, teve R$ 1, 2 bilhão de movimento, beneficiando 23.322 cooperados. No ramo de infraestrutura atuam 33 cooperativas de eletrificação rural com 307.091 associados. Em 2014, essas cooperativas faturaram R$ 529 milhões. As 13 sociedades cooperativas que atuam no ramo de consumo com 252.086 associados, faturaram R$ 933,2 milhões. Marcos Zordan destaca que o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/SC), vinculado à Ocesc, investiu em 2014 o total de R$ 17,3 milhões para ações de formação profissional, promoção social e outras atividades, num total de 1.461 eventos, que atenderam 108.203 pessoas, entre associados, empregados e dirigentes de cooperativas.
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INFORMATIVO DOS PORTOS / INFRAESTRUTURA
ROCHA RECEBE APORTE DE CAPITAL DO BNDESPAR
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O reforço na estrutura de capital permitirá viabilizar a execução do plano de negócios, com investimentos nos segmentos de granéis sólidos e líquidos e expansão geográfica rumo ao Norte do Brasil
A operação foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em abril, sem qualquer interposição de recurso ou avocação do processo, autorizando assim as partes a prosseguirem com o fechamento da operação. Segundo o diretor-presidente da Rocha, Jorge Henrique Sampaio, o reforço na estrutura de capital da empresa, com sede em Paranaguá (PR) e atividades em todos os estados do Sul e no Porto de Santos (margem esquerda, Guarujá), permitirá viabilizar a execução do plano de negócios, com investimentos nos segmentos de granéis sólidos, fortalecimento da atuação da companhia na região Sul do país e expansão geográfica em direção ao norte do Brasil.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do BNDES Participação (BNDESPar), aprovou operação de subscrição de ações ordinárias no valor de R$ 200 milhões para aumento de capital da Rocha Terminais Portuários e Logística S/A, um dos principais operadores independentes nacionais do setor de apoio logístico a atividades portuárias, com mais de 151 anos de atividades desde a sua fundação em 1864. A operação resultará em uma participação direta e minoritária da BNDESPar no capital social da Rocha, cujo controle será mantido como atualmente, pela Holding RTP Participações, da família Cominese Freire, e pela Angra Infra FIP.
GRANEL
A iniciativa da BNDESPar está em linha com a estratégia governamental de apoio ao setor de infraestrutura. A infraestrutura logística é considerada um dos principais gargalos ao desenvolvimento econômico brasileiro, com impactos diretos sobre a competitividade do país. Tanto que, para mudar esse cenário, o governo federal lançou em 2012 o Programa de Investimentos em Logística (PIL).
Importante financiador da infraestrutura nacional, o BNDES desempenha papel relevante no Programa de Investimento em Logística, disponibilizando diferentes instrumentos financeiros para viabilizar a execução dos projetos, tais como financiamento de longo prazo e debêntures de infraestrutura, além do apoio via “equity”, tendo em vista a necessidade de capital próprio em tais empreendimentos.
Dentre as iniciativas previstas no plano de negócios da Rocha, destaca-se o projeto granel de exportação. Trata-se de um complexo logístico a ser instalado na retroárea do porto de Paranaguá, composto por quatro armazéns novos, totalizando capacidade estática de 300 mil toneladas, conectados ao corredor de exportação do porto através de esteiras transportadoras e interligados à malha rodoferroviária. O início das operações no Nordeste deverá ocorrer em breve.
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INFORMATIVO DOS PORTOS / MODAL
FERROVIÁRIO
ANTT APRIMORA FISCALIZAÇÃO DO SISTEMA FERROVIÁRIO NACIONAL Quando os empreendimentos são finalizados, a área de acompanhamento de obras confere, por meio de inspeção amostral e verificação documental, a real conclusão da relação dos novos bens A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) acaba de aprimorar a metodologia de priorização de fiscalizações em segmentos ferroviários, como nos casos de inspeção de investimentos e de prestação do serviço. O objetivo do novo modelo de gestão é otimizar recursos e incrementar a produtividade das inspeções. A carteira de investimentos da ANTT engloba cerca de uma centena de empreendimentos. O acompanhamento da execução monitora o atendimento aos prazos previstos no cronograma do projeto autorizado; confere as mudanças de escopo e alterações de soluções de engenharia que impliquem impacto real ou potencial no montante de investimento autorizado; e busca assegurar que os mecanismos de controle da qualidade previstos estejam efetivamente implantados. Com o objetivo de supervisionar com eficiência, a ANTT dividiu a carteira de empreendimentos em três grupos, que recebem prioridades e enfoques distintos. O primeiro, chamado de Grupo A, abrange os cinco maiores empreendimentos: Estrada Ferro-Carajá e as ferrovias Oeste-Leste, Norte-Sul, a duplicação Campina-Santos e a nova Transnordestina. A nova metodologia de fiscalização visa priorizar o Grupo A, que é responsável por 97,1% dos investimentos. Os Grupos B e C correspondem a apenas 2,9% do volume total. “Caso as determinações, resultantes das fiscalizações, não sejam atendidas nos prazos estabelecidos, são preparadas as fundamentações técnicas para instauração de processo administrativo para aplicação de 36
penalidade”, explica o coordenador de Acompanhamento de Projetos e Investimentos Ferroviários, Ricardo Martins da Silva. Quando os empreendimentos são finalizados, a área de acompanhamento de obras confere, por meio de inspeção amostral e verificação documental, a real conclusão da relação dos novos bens ferroviários. Essa informação subsidia o trabalho do setor que passa a fiscalizar a operação e prestação do serviço. O Plano Anual de Fiscalização (PAF) 2015, referente às ferrovias, também é fruto de uma nova metodologia de priorização de inspeções em via permanente e passagens em nível. As diretrizes para via permanente foram definidas de acordo com a quantidade de carga transportada, o tipo de produto (perigoso ou não) e o número de acidentes registrados. Com a correlação dos critérios de priorização, foi criada a Pontuação de Criticidade de Trecho (PCT). Assim, foi elaborado um ranking de todas as rotas, ordenado de forma decrescente conforme a PCT, permitindo a visualização dos trechos mais críticos. Já os critérios para inspeções em passagens em nível foram estabelecidos segundo a densidade de transporte e os números de atropelamentos e abalroamentos registrados. A priorização dos perímetros urbanos foi baseada nos fatos que configuram grandes impactos para as populações lindeiras. Nesse caso, os trechos urbanos ficaram mapeados com maiores Pontuações de Criticidade em Perímetros Urbanos (PCPU).
INFORMATIVO DOS PORTOS / RIO
GRANDE
ESCOAMENTO DA SAFRA É APOSTA PARA CRESCIMENTO Para garantir o aumento nas operações, há também uma série de obras de melhorias e modernização que estão em andamento ou prestes a começar O escoamento da safra de grãos é aposta do Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, para assegurar o crescimento da movimentação em 2005. O superintendente Janir Branco prefere não fazer projeções quanto aos índices, mas a perspectiva é que a supersafra seja responsável pelo aguardado salto local. Em 2014, passaram 34 milhões de toneladas de carga por Rio Grande. Para garantir o aumento nas operações, há uma série de obras de melhorias e modernização que estão em andamento ou prestes a começar. Os recursos investidos devem chegar a R$ 97,1 milhões. “Essa obra é essencial para a competitividade do Porto Novo. Ela permitirá maior agilidade e segurança na operação portuária”, avalia o superintendente. Inserida no cronograma previsto pela Secretaria de Portos (SEP), serão revitalizados 1.125 metros de cais, com previsão de conclusão em 2016. Outro investimento aguardado é o de dragagem do canal de acesso. O processo de licitação foi concluído e o contrato deve ser assinado em breve. A melhoria é fundamental para receber embarcações maiores. O diretor-presidente do Terminal de Contêineres (Tecon) de Rio Grande, Paulo Bertinetti, demonstra cautela em relação ao futuro em função das dificuldades econômicas do país. “Será um ano em que teremos que ter força para ficar em pé”, avaliou. Ele des38
taca ainda que o porto tem limitações, como a localização mais ao Sul do país e a dependência de commodities agrícolas. No entanto, apesar das dificuldades, reconhece que o terminal avançou e lembra o pulo de 100 mil para quase 700 mil contêineres em poucos anos. Uma das maiores preocupações no Porto do Rio Grande são os contratos de ocupação de áreas que estariam irregulares. O superintendente do porto, Janir Branco, revela que esteve na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) conversando com o diretor-geral da entidade, Mário Povia, sobre o tema. A questão afeta espaços ocupados por empreendedores, como os estaleiros Rio Grande, QGI e EBR, e por companhias como Braskem, Petrobras, GM e Amoniasul. Em resumo, são acordos vencidos nos quais a Antaq contesta a forma de contratação, pois entende que precisa haver onerosidade (para os que não pagam atualmente, como é o caso dos estaleiros) e, nos que desembolsam alguma quantia, os contratos precisariam ser revistos. A superintendência tem dialogado com a Antaq e conseguiu um prazo até junho para buscar uma solução. O dirigente enfatiza que o interesse da superintendência é renovar e manter as atividades das empresas, já que a percepção é que esses grupos geram emprego e renda. Branco acrescenta que, sobre o contrato do estaleiro EBR, que está instalado em São José do Norte, existe uma resolução publicada pela Antaq que decreta a nulidade desse acordo. “Pela informação da Antaq, em breve outros terão declarada a nulidade, pois a agência discorda frontalmente da doação das áreas”, comenta. Segundo a assessoria de imprensa do estaleiro EBR, a empresa compreende que não há nenhuma nulidade ou irregularidade no contrato celebrado. O superintendente propõe que a resposta seja um meio termo, com os estaleiros pagando algum valor por ocupar um terreno nobre do porto e uma repactuação dos contratos, após uma revisão.
INFORMATIVO DOS PORTOS / FORTALECIMENTO
DA MARCA
DIVULGAÇÃO
ANX INTERNATIONAL
LOGISTICS COMPLETA UM ANO NO PARANÁ A projeção de crescimento geral da empresa para este ano é de 70%. Mesmo com o mercado em retração, a estratégia é investir Um ano depois de abrir unidade em Curitiba, a ANX International Logistics prevê crescimento de 40% em 2015 na capital do Paraná. Esta expectativa está vinculada a maior visibilidade no mercado e as ações comerciais desenvolvidas ao longo do primeiro ano de atividades naquele estado. “Estamos trabalhando no fortalecimento da marca e no ganho de market share dentro do Paraná”, explica o diretor da ANX, Cristhian Werner. A abertura do escritório localizado no Bairro Ahú foi uma das principais estratégias da empresa para crescer em volume de mercadorias movimentadas em 2014. Segundo Cristhian, a expectativa inicial de que o Paraná representasse cerca de 26% das receitas da empresa até o final do ano passado teve a meta superada. “As movimentações através da filial de Curitiba e do Porto de Paranaguá foram discretamente superadas. Consideramos o resultado muito positivo quando comparamos com nossos principais concorrentes que registraram retração ao invés de crescimento”, observa. Segundo Cristhian Werner, a projeção de crescimento geral da empresa para este ano é de 70%. Mesmo com o mercado em retração, a estratégia é investir. “Investir em sistemas de gestão, no relacionamento com nossos clientes, em estrutura, em marketing e, acima de tudo, nas pessoas”, diz o empresário.
João Dittgen e Gilliard Silva, representantes da unidade paranaense da empresa
“ESTAMOS TRABALHANDO NO FORTALECIMENTO DA MARCA E NO GANHO DE MARKET SHARE DENTRO DO PARANÁ. A ABERTURA DO ESCRITÓRIO FOI UMA DAS PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS PARA CRESCER EM VOLUME DE MERCADORIAS.” Cristhian Werner, diretor da ANX
O foco da ANX é o agenciamento de transporte internacional para importação ou exportação, com know how e network para atender operações door to door ao redor de todo o mundo. Segundo Werner, a ANX está bem amparada nos mercados da Ásia, Europa, Mediterrâneo, América do Norte/Central/Sul e África, além de seguro internacional, carga projeto e transporte rodoviário. Atualmente a ANX conta com seis escritórios próprios espalhados pelo Brasil: São Paulo, Itajaí, Curitiba, Rio de Janeiro, Recife e Campinas. Para 2015, os planos da empresa incluem a inauguração de uma nova unidade em Porto Alegre (RS). Para 2016, já são projetadas novas filiais em Belo Horizonte (MG) e Manaus (AM).
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SERVIÇOS DA ANX - TRANSPORTE MARÍTIMO
- TRANSPORTE RODOVIÁRIO
- TRANSPORTE AÉREO
- SEGURO INTERNACIONAL DE CARGAS
INFORMATIVO DOS PORTOS /
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INFORMATIVO DOS PORTOS / ESPECIAL
INTERMODAL
FEIRA INTERNACIONAL CLIMA DE OTIMISMO MARCA A INTERMODAL SOUTH AMERICA 44
Principal evento das Américas dos setores de logística, transporte de cargas e comércio exterior, reuniu 680 marcas expositoras de 25 países e um público de 48 mil pessoas
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“NOS MOMENTOS MAIS DIFÍCEIS É QUE TEMOS A CRIATIVIDADE PARA SUPERARMOS OS OBSTÁCULOS. SE HÁ UM SETOR QUE PODE RESPONDER É O PORTUÁRIO, COMO PODEMOS VER AQUI NA INTERMODAL” Edinho Araújo, ministro da SEP
A instabilidade econômica e política do país tem levado o setor privado a reavaliar o planejamento e os investimentos para 2015. Isto não impede, no entanto, que negócios sejam fechados e um clima de otimismo e vontade de superar os obstáculos contagie as empresas. Esta foi a síntese da 21ª edição da Intermodal South America, o maior encontro das Américas dos setores de logística, transporte de cargas e comércio exterior, que foi realizado entre os dias 7 e 9 de abril no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Para Joris Van Wijk, presidente da UBM Brazil, realizadora da feira, esta edição ficou marcada como a da retomada do crescimento econômico. “Nestes 21 anos a Intermodal testemunhou vários momentos de desenvolvimento e de crise e mantém intacta a sua confiança no mercado e nas decisões do governo. Mesmo passando por um período de recessão, reunimos aqui todas as empresas que querem formalizar novos negócios e cooperar com o desenvolvimento do país”, ressalta. O evento reuniu 680 marcas expositoras de 25 países e um público de 48 mil pessoas passou pelos pavilhões durante os três dias de feira. Segundo Van Wijk, a prova do sucesso é que, antes do final do evento, 60% das expositoras já haviam renovado os contratos para a Intermodal South America 2016, que acontecerá entre os dias 5 e 7 de abril de 2016, no mesmo Transamérica. “O que mais se destacou durante os encontros de negócios e conferências é o poder de recuperação das empresas brasileiras, dispostas a ajudar o país a retomar o rumo do crescimento”, completa. O ministro-chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP/PR), Edinho Araújo, participou da Intermodal e também procurou deixar uma mensagem positiva: “Eu sou um eterno otimista. Nos momentos mais difíceis é que temos a criatividade
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INFORMATIVO DOS PORTOS / ESPECIAL
INTERMODAL
para superarmos os obstáculos. Se há um setor que pode responder a este momento difícil é o portuário, como podemos ver aqui na Intermodal”. Mesmo caminho seguiu o diretor geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Mário Povia, que falou sobre o cenário econômico. “Não vivemos uma catástrofe. Precisamos de paciência com os investimentos em infraestrutura, pois é um processo que precisa de maturação. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) destinou R$ 43,8 milhões para 241 ações. O que temos que combater é a burocracia. Os meios não podem sobrepor os fins”, observou. Herbert Drummond, secretário de política nacional de Transportes do Ministério dos Transportes, acredita que o momento de crise é passageiro: “Temos a certeza que a atual fase é momentânea e não vai atrapalhar o andamento dos investimentos. Recebemos recentemente três visitas de grupos de investidores estrangeiros atrás de oportunidades”. Nesta edição da Intermodal South America foi realizada simultaneamente, pela primeira vez, a InfraPortos South America, feira dedicada ao setor de infraestrutura portuária.
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INFORMATIVO DOS PORTOS / ESPECIAL
INTERMODAL
UNION PACIFIC TEM INTERESSE NO MERCADO BRASILEIRO Outra perspectiva positiva que surge para as companhias brasileiras é a abertura e a ampliação de rotas comerciais. Um dos exemplos é o interesse da Union Pacific (UP), a gigante ferroviária norte-americana, em facilitar o acesso aos produtos nacionais por meio do Porto de Houston. O diretor geral internacional de Intermodalidade da UP, David Gazzetta, esteve pela primeira vez no Brasil pra conversar com empresários durante o evento. Gazzetta apresentou aos empresários um perfil da Union Pacific. “Temos 51 mil quilômetros de malha ferroviária em 23 estados e 8 mil locomotivas na frota. Queremos expandir as exportações no corredor Estados Unidos-Brasil”, afirma. “Há um crescimento na exportação de produtos brasileiros por Houston. Estamos na feira para nos aproximar e fazer negócios com embarcadores brasileiros e facilitar o transporte intermodal, em especial para a costa oeste norte-americana”, frisa o representante no Brasil do Porto de Houston, John Cuttino.
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INFORMATIVO DOS PORTOS / ESPECIAL
INTERMODAL
DEBATE NACIONAL LEI DOS PORTOS AINDA DIVIDE OPINIÕES Enquanto algumas lideranças consideram o novo marco regulatório um retrocesso, há quem veja um ambiente mais propício para os negócios e crescimento da participação da iniciativa privada Os reflexos da Lei 12.815, que instituiu o novo marco regulatório dos portos, ainda provoca reações distintas no setor privado. Isso ficou claro no Painel “Principais recentes mudanças da Nova Lei dos Portos e os impactos no sistema de planejamento portuário. Como irá funcionar na prática as novas regras e os devidos ajustes?”, que fez parte do Seminário da InfraPortos South America, evento simultâneo à Intermodal South America. Wilen Manteli, presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), criticou a excessiva centralização na administração dos portos brasileiros provocada pela nova legislação. “A decisão pode ser central, mas a gestão dos portos deve ser descentralizada. Nós temos terminais de primeiro mundo, mas o entorno atrapalha. Temos problemas nos acessos e com autoridades portuárias sem autonomia. É preciso acabar, também, com a nefasta influência político-partidária na administração das companhias docas”, desabafou durante sua interferência no debate.
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Manteli defende que as autoridades portuárias locais sejam geridas pelos Conselhos de Autoridade Portuária (CAPs) e criticou a insegurança jurídica vigente, citando como exemplo a Portaria 110/13. “É um absurdo um terminal dentro do porto não poder expandir suas atividades. Além disso há uma série de intervenientes no segmento. A Secretaria Especial de Portos (SEP) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) devem firmar suas competências em relação aos outros órgãos”, disse. O consultor do Instituto de Desenvolvimento, Logística, Transportes e Meio Ambiente (Idelt), Frederico Bussinger, fez uma ressalva: “O terreno ocupado pelos terminais em portos organizados é um bem público e precisa de todos os cuidados necessários, como a acão da Secretaria de Patrimônio da União (SUP). Estas polêmicas sobre a Lei dos Portos não têm sentido, visto que as entidades que representam o setor privado apoiaram as mudanças, como a centralização”.
Para o diretor de Planejamento Estratégico e Controle do Porto de Santos, Luís Cláudio Montenegro, o cenário decorrente do novo marco regulatório é positivo. “Houve ganho de eficiência e de capacidade em infraestrutura. Hoje temos uma sinergia entre autoridade portuária, Antaq e SEP, o que permite um trabalho harmonioso. Foi um ganho institucional, por mais que ainda haja algumas dúvidas sobre as atribuições. O importante é que temos um modelo e precisamos lutar por sua consolidação”, explicou. O advogado Thiago Miller lançou, na Solutions Forum, outro evento simultâneo da InfraPortos, o livro “Direito Portuário”, que trata dos reflexos da nova Lei dos Portos. Ao contrário do que afirma Montenegro, ele não vê tanta sinergia assim e destaca que há uma duplicação de processos envolvendo os principais órgãos responsáveis. “A Antaq faz uma análise técnica e jurídica de um processo e encaminha para a SEP, que refaz as mesmas instruções. Isto atravanca o processo”, explicou um dos diretores da Ruy de Mello Miller Advocacia.
“FOI UM GANHO INSTITUCIONAL, POR MAIS QUE AINDA HAJA ALGUMAS DÚVIDAS SOBRE AS ATRIBUIÇÕES. O IMPORTANTE É QUE TEMOS UM MODELO E PRECISAMOS LUTAR POR SUA CONSOLIDAÇÃO” Luís Cláudio Montenegro, diretor de Planejamento Estratégico e Controle do Porto de Santos
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INTERMODAL
FORNECIMENTO NACIONAL SE NADA FOR FEITO, VAI FALTAR COMBUSTÍVEL NO PAÍS
O alerta é do diretor da Bioagência, Tarcilo Ricardo Rodrigues, que participou da Tank Storage, conferência inédita sobre as soluções de armazenagem de líquidos a granel da América Latina
O Brasil terá um caos no fornecimento de combustíveis até 2020 se o atual cenário não for alterado. O alerta foi feito pelo diretor da Agência de Fomento de Energia de Biomassa (Bioagência), Tarcilo Ricardo Rodrigues, durante a Tank Storage, conferência inédita sobre as soluções de armazenagem de líquidos a granel da América Latina. O evento aconteceu simultaneamente à Intermodal 2015 e à InfraPortos South America. Rodrigues destacou que haverá um aumento de 151 milhões de toneladas de cana colhidas em relação à previsão inicial de 580 milhões para a safra 2015/2016. “Para transformar isso em combustíveis seriam necessárias 50 novas usinas com capacidade de processar três milhões de toneladas por safra cada uma. Sabe quantas estão previstas para serem construídas? Zero. Nestas condições, o etanol representará apenas 24% do consumo total de combustíveis em 2020”, disse. Como reflexo, afirmou o diretor da Bioagência, haverá a necessidade de importar mais de oito milhões de litros de gasolina ou investir para aumentar a capacidade de refino para que o país consiga atender à demanda, com base no número previsto de veículos e máquinas em circulação e utilização. “O problema é que nossa capacidade de refino de gasolina é deficitária. Viveremos o caos no fornecimento de combustíveis se tudo continuar assim”, completou. Daniel Castro, da Aboissa, chamou a atenção durante a Tank Storage para o futuro promissor do mercado de óleos vegetais. “O mercado logístico precisa
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“SABE QUANTAS USINAS ESTÃO PREVISTAS PARA SEREM CONSTRUÍDAS? ZERO. ASSIM O ETANOL REPRESENTARÁ APENAS 24% DO CONSUMO TOTAL DE COMBUSTÍVEIS EM 2020”. Tarcilo Rodrigues, diretor da Bioagência processados no país, cerca de 8 milhões viram óleo bruto. “É um segmento com boas perspectivas. Enquanto os preços dos óleos vegetais vêm subindo, o dos petroquímicos vem caindo”. FERROVIAS
ficar atento. O mundo produz hoje 200 milhões de toneladas desses granéis líquidos. Em 1990 eram 80 milhões. Indonésia e Malásia, que detêm 93% do mercado, ainda serão os líderes em 2025 na produção de óleo de palma, por exemplo. Isto é importante para planejar e prospectar mercados”, avaliou. Este tipo de óleo representa 30% do mercado. Castro disse, também, que outro fator influencia o segmento: a queda da demanda alimentícia por soja, por exemplo, em virtude do mercado exigir alimentos menos refinados e processados. Isto tende a direcionar a soja para a produção de biodiesel. Atualmente, de 49 milhões de grãos
O governo federal precisa definir, com clareza, qual modelo de concessão ferroviária será implantado no país. Esta é a opinião do presidente executivo da Associação Nacional dos Usuários de Transporte de Carga (Abnut), Luiz Henrique Teixeira Baldez, que participou do Painel “Cenário, Investimentos e Infraestrutura” do Seminário Político Econômico, uma das conferências paralelas da Intermodal South America 2015. “Fizemos um estudo recentemente sobre o modelo pretendido pelo governo, em que o setor privado implanta a via férrea e a Valec Engenharia, Construções e Ferrovias compra a capacidade e revende para operadores independentes. O resultado é que, com isso, o governo só vai recuperar 45% do investimento, ou seja, o modelo requer subsídio. O ministro da Economia vai dizer que não tem dinheiro e diremos então que não haverá ferrovia”, explicou Baldez. Além disso, ele pede celeridade no processo: “Se este modelo começar agora só teremos ferrovias em 2023. O nosso processo licitatório é muito complexo”.
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INFORMATIVO DOS PORTOS / ESPECIAL
INTERMODAL
ABTRA IMPLANTA SISTEMA INOVADOR DE INTEGRAÇÃO DE DADOS EM SANTOS Janela Única Portuária (JUP) integra os dados dos sistemas operacionais das empresas com aqueles usados por agentes públicos que fiscalizam as atividades no complexo
Todas as etapas percorridas pelos vários tipos de carga de importação e exportação no Porto de Santos, desde a previsão de sua entrada no canal de acesso até a saída do recinto alfandegado, a caminho do destinatário, poderão ser rastreadas pela Janela Única Portuária, a JUP. Desenvolvido pela Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), por iniciativa de suas empresas portuárias associadas, esse novo sistema comunitário foi lançado durante a Intermodal South America 2015, realizada em São Paulo no mês de abril. A JUP, que pode ser acessada pelo endereço www.jupabtra.com.br, integra os dados dos sistemas operacionais dos recintos alfandegados com aqueles usados pelos agentes públicos que fiscalizam a atividades do comércio exterior nesse porto, entre eles, Receita Federal, Ministério da Agricultura, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “O projeto resulta da nossa experiência, acumulada desde 1995, na criação de soluções tecnológicas que interligam os agentes privados com os órgãos públicos”, explica Matheus Miller, secretário executivo da Abtra. Essas soluções fazem parte de um conjunto de sistemas presentes no porto, como os operacionais, que organizam as áreas arrendadas, os de racionalização das operações pela autoridade portuária e os de controle aduaneiro e fitossanitário pelos órgãos anuentes. A JUP concentra dados operacionais do movimento de comércio exterior no maior porto do país, entre eles, o dos navios em operação e o movimento de cargas, veículos e pessoas dentro das áreas alfandegadas. Por se tratar de uma plataforma única e que atende às exigências da Receita Federal e de outros órgãos que cuidam da fiscalização do 54
comércio exterior, como o Ministério da Agricultura “a JUP padroniza e otimiza os procedimentos dos terminais e, assim, ajuda na excelência de seus processos e serviços”, acrescenta o gerente de TI da associação, Vander de Abreu. IMPACTO Para Matheus Miller, “esse novo programa da Abtra contribui para diminuir tempo e custos praticados pelos terminais e se estende para toda a cadeia logística de distribuição de bens, beneficiando os usuários do porto”. Segundo Reynaldo Pincette Filho, diretor da Embraport, a JUP vai favorecer a agilidade do processo portuário, por possibilitar a padrozinação dos procedimentos dos terminais e maior interação entre os órgãos anuentes, já que os sistemas atualmente não são integrados. “Ao invés de entrar em várias janelas para procurar informações, será possível acessar uma única. Acredito que teremos mais benefícios com os outros sistemas que serão integrados em um segundo momento”, destaca. Luiz Ortiz, superintendente da Unidade Guarujá da Localfrio, frisa que a implantação da JUP é importante principalmente para os recintos alfandegados, por ser um canal de comunicação e integração entre os diversos órgãos anuentes dos processos de comércio exterior. Ele concorda com Pincette e acredita que os “principais impactos serão a agilização dos processos junto aos órgãos anuentes e a padronização dos procedimentos entre todos os intervenientes”. Por fim, ele frisa: “A expectativa é que haja ganho de produtividade, porém,
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é prudente aguardarmos o amadurecimento do sistema para se ter uma melhor visão dos ganhos operacionais”. Quem também aprova o sistema é o inspetor-chefe da Alfândega da Receita Federal do Porto de Santos, Cleiton Alves dos Santos João Simões: “Sempre que os sistemas são visualizados em conjunto em um portal, de forma que as informações possam ser dadas uma vez e migrarem entre os sistemas, aumenta a segurança e beneficia os usuários. A Organização Mundial de Aduanas (OMA) incentiva o uso de tais portais, chamados de ´Single Window`”. SIGVIG Recentemente, uma novidade foi incorporada ao projeto. O novo módulo de fiscalização de embalagens de madeira do Sistema de Informações Gerenciais do Trânsito Internacional de Produtos e Insumos Agropecuários (Sigvig), do Ministério da Agricultura, implantado em janeiro no Porto de Santos, foi conectado à JUP.
A JUP CONCENTRA DADOS OPERACIONAIS, COMO OS NAVIOS PREVISTOS PARA ATRACAR E TODO O MOVIMENTO DE CARGAS E DE PESSOAS DENTRO DAS ÁREAS ALFANDEGADAS
Segundo a Abtra, a iniciativa garante tremenda redução de burocracia,
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INFORMATIVO DOS PORTOS / ESPECIAL
INTERMODAL
SISTEMAS CONCENTRADOS NA JUP E AS CONEXÕES COM ÓRGÃOS ANUENTES DECLARAÇÃO ELETRÔNICA DE TRANSFERÊNCIA DE CARGAS (DTe) - Rastreabilidade da movimentação e transferência de cargas de importação e exportação entre navios, operadores portuários, terminais e recintos alfandegados e, ainda, controle do estoque de cargas em regime aduaneiro. ADE 02 – Rastreabilidade e publicação da movimentação de pessoas, veículos e cargas que ingressam em recintos alfandegados. ADE 01 – Publicação da localização tridimensional de cargas nos pátios e armazéns e controle automático do estoque de cargas em regime aduaneiro. AGENDAMENTO DE CARGAS – Comunicação entre recinto alfandegado e órgão fiscalizador para posicionamento de cargas em inspeção física. SALDO DE DESPACHO – Módulo de controle operacional dos agendamentos para posicionamento de cargas em processo de vistoria física da Receita Federal do Brasil.
Diretor da Embraport, Reynaldo Pincette Filho
maior agilidade e eficiência na análise de risco fitossanitário dos suportes de madeira e maior previsibilidade ao importador sobre a inspeção de cargas conteinerizadas que chegam ao porto. A expectativa do Ministério da Agricultura é que, após a implantação-piloto no Porto de Santos, o sistema seja ampliado para as demais unidades do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) no país. “O novo módulo já foi implantado em todos os recintos alfandegados do Porto de Santos e substituiu mais de 190 mil requerimentos anuais em papel por um procedimento novo, fundamentado exclusivamente na troca de informações eletrônicas entre o Sigvig e a DTe. Os resultados já aparecem, com o aumento da eficiência e eficácia das inspeções fitossanitárias e maior agilidade no fluxo de mercadorias importadas, garantindo ainda total transparência no processo fiscalizatório”, frisa Daniel Gustavo Braz Rocha, chefe do Serviço de Vigilância Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Porto de Santos.
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FICHA DE MERCADORIA ABANDONADA (FMA) – Controla e publica informações sobre cargas consideradas abandonadas após o transcurso dos prazos definidos em Lei. BANCO DE DADOS COMUM DE CREDENCIAMENTO (BDCC) – Autoriza o ingresso de pessoas e veículos em locais alfandegados e emite e controla crachás de identificação. CENTRAL DE VIGILÂNCIA OPERACIONAL (COV) - Controla a movimentação de carga em regime aduaneiro, reunindo as imagens e informações transmitidas em tempo real dos sistemas de OCRs, CFTV e scanners dos recintos alfandegados. PEDIDO DE EMBARQUE ELETRÔNICO (ePEM) - Permite o registro eletrônico do pedido para embarque de cargas submetidas ao processo especial de despacho aduaneiro de exportação. CONTROLE IBAMA - Controle do risco ambiental nas cargas de importação. INTERFACE SISTEMA VIGIAGRO (Ministério da Agricultura) Controle fitossanitário de embalagens e suportes de madeira que acomodam as cargas conteinerizadas.
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INFORMATIVO DOS PORTOS / ESPECIAL
INTERMODAL
PORTONAVE BUSCA NOVOS NEGÓCIOS NA INTERMODAL Além de estande, terminal também teve representantes em palestras da Infraportos sobre marco regulatório e segurança da informação
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Maior evento da América Latina para os setores de logística, transporte de cargas e comércio exterior, a 21ª Intermodal South America reuniu os principais players do segmento em São Paulo. A feira é uma das mais importantes plataformas para a geração de novos negócios entre representantes de governos, empresários e armadores. Além de estande na feira, a Portonave S/A – Terminais Portuários de Navegantes também participou das palestras da InfraPortos South America – Feira Internacional sobre Tecnologia e Equipamentos para Portos, Terminais e Armazéns, que ocorreu paralela à Intermodal. O diretor-superintendente administrativo, Osmari de Castilho Ribas, e o gerente de tecnologia da informação da Portonave, Jardel Fischer, foram convidados para ministrar palestras sobre a adequação dos terminais portuários privados ao marco regulatório e sobre questões relacionadas à segurança da informação, respectivamente. Castilho participou da conferência Expectativas e Desafios no Novo Ambiente Regulatório Portuário, com outros especialistas do segmento, entre eles o diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando Fonseca. Para Castilho, a participação na Intermodal é positiva, pois favorece novos negócios e parcerias importantes. Na feira, a Portonave apresentou seu balanço financeiro e a alta de 24,6% no lucro base dividendos de
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2014, frente ao ano anterior. O valor chegou a R$ 133,5 milhões, impulsionado pelo aumento da produtividade do terminal, câmbio favorável e crescimento de 5,8% nas importações. “Em 2014 também conseguimos reduzir os gastos administrativos e realinhar as atividades da Iceport, armazém frigorífico integrado ao cais, objetivando maior rentabilidade”, explica Castilho. A conclusão da primeira etapa da ampliação da retroárea, que acrescenta 24 mil m² ao terminal, também foi divulgada na feira. O projeto total vai dobrar a capacidade estática para armazenamento de contêineres de 15 para 30 mil TEUs. O valor de investimentos no projeto todo é aproximadamente de R$ 120 milhões e resultará em um pátio com 400 mil m². RESPONSABILIDADE SOCIAL A Portonave foi convidada para apresentar o projeto Contém Cultura no lançamento do Prêmio Empresa Cidadã, promovido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB/SC), no início de abril, na sede do Sindicato do Comércio de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. O projeto, que oferece aulas gratuitas de dança, canto, produção de texto e outras atividades culturais, já atendeu mais de 30 mil crianças e venceu o prêmio em 2014. Além da Portonave, o Serviço Social do Comércio (Sesc) também vai apresentar o case vencedor da última edição do prêmio. Para Tairine Trainotti, analista de Responsabilidade Social da Portonave, o Prêmio Empresa Cidadã estimula a atuação das empresas em prol da melhoria da qualidade de vida da população e fomenta a condução dos negócios de maneira ética e transparente. “A atuação das empresas além da cadeia de negócios é fundamental. Demonstra compromisso com a preservação ambiental e respeito às comunidades envolvidas com o negócio”, justifica. Empresas e organizações podem inscrever seus cases de preservação ambiental, participação comunitária e desenvolvimento cultural até 15 de maio no site da entidade - www.advbsc.com.br.
INFORMATIVO DOS PORTOS / TECNOLOGIA
SOFTWARES DIRECIONADOS O DESAFIO DE EXPANDIR PARA O EXTERIOR
Modallport Sistemas completa 20 anos como referência no desenvolvimento de serviços voltados à atividade portuária. Próximo passo é ampliar atuação na América Latina Referência no desenvolvimento de sistemas voltados para a atividade portuária e ao comércio exterior, a Modallport Sistemas, empresa com sede em Itajaí, completa 20 anos de fundação com o desafio de consolidar a marca também no exterior, principalmente nos países da América Latina. Resultado da inquietação dos sócios-fundadores Luiz Carlos Bonetti, Adilson Gustavo Vieira Júnior e Luiz Antônio Maciel Brescovites, a Modallport atua na criação de softwares específicos para atender as necessidades de controle gerencial e operacional ligadas aos setores de navegação, agências marítimas, terminais portuários privados, EADIs, terminais de cargas e armazéns. Com presença acadêmica inserida na cultura da empresa desde a inauguração, a empresa começou a ser delineada ainda durante o período da faculdade. Com fechamento da empresa onde os fundadores traba-
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lhavam, eles optaram por atender a necessidade de um conhecido da época e delimitar o futuro da Modallport. Com o trabalho que foi desenvolvido com o primeiro cliente, a empresa foi se aperfeiçoando no desenvolvimento de sistemas voltados para o setor e abrindo novos mercados. “Havia uma demanda muito grande de controle de processos neste segmento”, destacam Luiz Carlos Bonetti e Adilson Gustavo Vieira. A Modallport destaca-se também na prestação de serviços de consultoria para implantação de processos integrados de gestão administrativa e operacional para companhias do setor. Em sintonia com as características e dinâmicas deste ramo de atividade, a empresa mantém uma equipe pronta para prestar assistência imediata e oferece soluções que permitem o intercâmbio eletrônico de informações entre clientes e fornecedores que compõem o universo das empresas que lidam com atividade portuária e o comércio exterior. De acordo com os fundadores, nos primeiros anos a empresa atuava em um escritório na região central de Itajaí, com um quadro de três pessoas. Mesmo assim, desenvolviam um serviço completo que envolvia as atividades de análise, desenvolvimento, implantação e treinamento. “Toda a cadeia de processos dos nossos softwares é produzida dentro da Modallport”, acrescentam os sócios. Eles acrescentam que dentro dos produtos desenvolvidos, não existe serviço que seja terceirizado. Aos poucos, a empresa consolidou-se como um player de mercado, tendo expandido sua área de atendimento do Sul do país para as demais regiões do país. Entre 1998 e 2000, a Modallport começou a chamar a atenção de empresas brasileiras com administração no exterior. Foi também um período de grande expansão no volume de negócios e no quadro de funcionários.
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Luiz Carlos Bonetti, sócio-diretor, Mário Alexandre Panstein, gerente comercial, e Adilson Gustavo Vieira Jr, sócio-diretor, na Intermodal 2015
SITUADA EM ITAJAÍ, EMPRESA DESENVOLVE MAIS DE 10 APLICATIVOS QUE SE INTEGRAM ÀS SOLUÇÕES DE TI VOLTADAS PARA ATENDER O SEGMENTO DO MERCADO PORTUÁRIO E LOGÍSTICO
Participação da Modallport na Intermodal 2015
Atualmente a empresa está instalada em uma área de aproximadamente 500 metros quadrados no bairro Resacada. No local, a Modallport desenvolve mais de 10 aplicativos que se integram às soluções de TI voltadas para atender o segmento do mercado portuário. Entre os usuários, há empresas da Argentina e também da China. A filosofia da Modallport, no entanto, se mantém a mesma desde a fundação. “Estamos sempre presentes para proporcionar, dentro do que for possível, melhoria constante”, enfatizam os sócios. Com um quadro de 25 colaboradores – a maioria passou pelo centro de formação da própria empresa –, a Modallport tem como desafio expandir o mercado para os demais países da América Latina. O objetivo é oferecer para esse mercado a mesma linha de produtos e serviços que são oferecidos no Brasil.
Adilson Gustavo Jr. com clientes na Intermodal 2015
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INFORMATIVO DOS PORTOS / OPERAÇÃO
DE CARGAS
LOCALFRIO
FIRMA PARCERIA PARA AMPLIAR ATUAÇÃO NO NICHO FARMACÊUTICO As operações serão no Porto de Santos, podendo se expandir para Suape. O histórico em cargas refrigeradas da empresa contribuiu para a parceria Eduardo Razuck, diretor comercial da Localfrio, e João Moraes, líder do grupo de logística da CBDL e da ABCV A Localfrio fechou uma parceria com a Câmara de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) e a Associação Brasileira das Empresas de Ciências da Vida (ABCV) para operação de cargas no Porto de Santos, maior complexo portuário brasileiro. O acordo foi firmado durante a Intermodal South America 2015, maior evento das Américas para os setores de logística, transporte de cargas e comércio exterior realizado no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Com duas unidades na margem esquerda do Porto de Santos, a empresa enxergou na parceria com a CBDL, que já detém uma estrutura muito bem formada na indústria farmacêutica, uma nova oportunidade de mercado para alcançar este nicho em específico, tendo em vista que a empresa é reconhecida pelo know-how na operação de cargas que necessitam de controle de temperatura e umidade. “Um dos nossos focos mais importantes para 2015 é entrar com mais força no nicho farmacêutico. Por isso, esta parceria surgiu em um momento ideal, onde vamos poder criar soluções especificas para essa indústria, visando à qualidade, segurança e competitividade”, explica o diretor comercial da Localfrio, Eduardo Razuck. Em princípio, esta junção ocorrerá no Porto de Santos, podendo se expandir futuramente para o Porto de Suape, em Pernambuco. Segundo o líder do Grupo de Logística da CBDL e da ABCV, João Moraes, a escolha da Localfrio como parceira ocorreu devido à especialização na operação de cargas refrigeradas, cadeia muito importante movimentada
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pela indústria farmacêutica, além de toda a eficiência, procedimento e segurança que a empresa oferece. “A ideia é que sejamos atendidos na Baixada Santista, inclusive com as mercadorias que estejam em trânsito aduaneiro. Assim, teremos a certeza que, no momento em que a remoção da mercadoria for realizada, ela estará em boas mãos e com uma empresa capacitada no mercado”, afirma. Grande parte dos produtos movimentados pela CBDL e seus associados são reagentes de diagnósticos, que tem temperatura de 2°C a 8°C, alguns de 15°C a 30°C, bem como outros equipamentos sensíveis. Ainda de acordo com João Moraes, o histórico em cargas refrigeradas da Localfrio foi fundamental para a formalização da parceria. “Quando você pensa em um terminal ou armazém com capacidade para produtos com temperaturas controladas, automaticamente a Localfrio surge sempre na frente de qualquer outra”, conclui. A Localfrio opera há mais de 60 anos nos principais portos do Brasil. Trabalhando de maneira inteligente e personalizada, a empresa conta com profissionais altamente especializados e tecnologia de ponta para soluções integradas e customizadas em todas as unidades de negócios. Operando em sete unidades de negócios que são referências em todo o país, a empresa possui o know-how e qualidade em todos os tipos de cargas, adaptando-se aos diversos segmentos, oferecendo serviços integrados em terminal alfandegado, armazém geral, transporte e armazém frigorífico.
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INFORMATIVO DOS PORTOS / EFICIÊNCIA
LOGÍSTICA
A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, e a empresa de serviços logísticos TCP Log, começaram 2015 comemorando os resultados da aposta que a companhia vem fazendo na integração da cadeia logística por meio do modal ferroviário. O terminal atingiu, no início do ano, o patamar de 15% de todo o volume da carga movimentada no terminal por meio da ferrovia. “É o maior índice da América do Sul e representa metade de todos os contêineres que se movem por trem no Brasil. Isto promove uma economia entre 25% e 30% no custo de transporte. É um ganho brutal para a cadeia de exportadores”, explica o CEO da TCP, Luiz Antônio Alves.
TCP APOSTA NA INTEGRAÇÃO DA CADEIA LOGÍSTICA
Nos últimos três anos, o volume de contêineres que chega ao terminal por meio da ferrovia passou de 500 contêineres/mês para 6 mil. “Nossa meta é atingir até 9 mil contêineres/ mês ainda em 2015. Grandes portos mundiais como Roterdã (Holanda) e Nova Iorque (EUA) chegam a ter metade do fluxo de contêineres chegando por ferrovia. Isto significa que temos muito o que crescer, mas a TCP já tem uma marca inédita e expressiva para o mercado brasileiro”, ressalta Alves. O CEO da TCP considera o modal ferroviário uma vantagem competitiva neste momento em que a economia está estagnada, cenário que, segundo ele, vai se estender pelos próximos dois anos. “Neste ambiente, os clientes se voltam para os custos. A empresa precisa ser criativa nas alternativas de modais que vai usar no transporte da carga. Temos uma peculiaridade, pois somos o único complexo do Sul em que a ferrovia entra no complexo”, afirma. Isto proporciona, frisa Luiz Antônio Alves, uma vantagem de custo, pois torna desnecessário, por exemplo, fazer handling de contêineres fora do terminal. CRESCIMENTO
Empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá e a empresa de serviços logísticos TCP Log movimentam atualmente metade de todos os contêineres que se movem por ferrovia no Brasil
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Mesmo com a economia instável do país, a TCP teve um crescimento de 6% nas receitas e de 5% nos volumes cheios de contêineres. “É uma evolução aquém do que esperávamos, mas, se levarmos em conta que este mercado na Região Sul só cresceu 1,5%, ficamos muito satisfeitos”, observa. Para 2015, os desafios da empresa são evoluir em um mercado com baixo crescimento e crescer dentro da cadeia logística. “No primeiro caso, a alternativa é oferecer soluções atraentes para os clientes e temos como fator competitivo a ferrovia. Além disso, por meio da TCP Log, nós estamos oferecendo soluções porta a porta, o que nos garante um crescimento na cadeia logística. Estamos inaugurando a
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nossa terceira base no Paraná, em Curitiba, que vai se juntar às unidades de Araucária e Ponta Grossa. Com isso, esperamos nos próximos 12 meses abrir mais duas bases no interior, todas elas com conexão ferroviária e com o conceito de oferecer o pacote completo”. POSICIONAMENTO Luiz Antônio Alves explica que os resultados positivos da TCP são fruto da mudança da estrutura acionária realizada em 2011, quando passou a ter um novo controlador, o fundo Advent International, foram R$ 365 milhões em investimentos, um dos maiores aportes privados do setor portuário brasileiro nos últimos anos. Hoje o terminal tem capacidade para movimentar 1,5 milhão de TEUs/ano, conta com 320 mil m² de área de armazenagem e oferece três berços de atracação, com extensão total de 879 metros, além de dolfins exclusivos para operação de navios de veículos. “Junto com esta mudança veio um novo rumo na estratégia da empresa. O primeiro passo foi de aumentar a infraestrutura do terminal, triplicando, por exemplo, nosso parque de guindastes e equipamentos. Fomos de três para nove em número de portêineres. Além disso, houve a implantação de uma nova cultura, baseada na meritocracia e foco no cliente”, ressalta. Segundo Alves, mais da metade do ganho de eficiência da empresa veio de treinamento e de uma política de alinhamento de incentivos em que os colaboradores ganham conforme o próprio crescimento do negócio. “Implementamos
“NESTE AMBIENTE ECONÔMICO, OS CLIENTES SE VOLTAM PARA OS CUSTOS. A EMPRESA PRECISA SER CRIATIVA NAS ALTERNATIVAS DE MODAIS QUE VAI USAR NO TRANSPORTE DA CARGA” Luiz Antônio Alves, CEO do TCP uma política agressiva de remuneração variável e os nossos indicadores de desempenho são muito transparentes. Todos sabem claramente quais são os objetivos a serem alcançados e o que isso traz de benefício para cada um”. E completa: “A nossa produtividade em movimentos por hora (MPH) saiu do patamar de 30 para 90 MPH, marca que atingimos em dezembro. A hora do navio parado no nosso cais é caríssima, custa US$ 6 mil, com o ganho de eficiência, conseguimos economizar mais de 10 horas por navio. É um grande avanço, que beneficiou muito nossos clientes”.
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SERVIÇOS PLANEJADOS PARA DIFERENTES DESAFIOS
Contamos com uma equipe preparada para oferecer soluções
PM DESPACHOS NA INTERMODAL
logísticas de acordo com suas necessidades, com serviços integrados e total segurança às operações.
A PM Despachos esteve mais uma vez presente na Intermodal South America, recebendo clientes e visitantes e divulgando sua completa estrutura de assessoria em comércio exterior que permite ser hoje uma extensão de exportadores, importadores e transportadores nos pontos alfandegados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Com 20 anos no mercado, a empresa prossegue com grandes investimentos em tecnologia de ponta e aprimoramento profissional de seus quase 100 colaboradores. Além do desembaraço aduaneiro de exportação e importação (marítimo, aéreo e rodoviário), a empresa está também capacitada a efetuar habilitação de frotas, representação legal e operacional para o transporte rodoviário internacional e agenciamento de fretes.
Transporte
Depósito de Contêineres
Itajaí
Navegantes
Reefer Service
Cubatão
Fone (47) 3249 3200
Diretor Paulo Maia de Oliveira e equipe PM presente na feira
www.assessoriar2.com.br f facebook.com/assessoriar2 55 47 3045.6627 55 47 3349.0590
Avenida Cel Marcos Konder n. 1207 EdifĂcio Embraed | 10 andar | Sala 104 Itajai | SC | Brasil
INFORMATIVO DOS PORTOS / SUPLEMENTO
SEP
TCU APROVA
ESTUDOS PARA LICITAÇÃO DE TERMINAIS EM SANTOS E PARÁ Ministros sugerem que SEP e Antaq aprofundem os estudos de tarifas que deverão ser incorporados ao edital que já pode ser publicado O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou os estudos para licitação dos terminais portuários de Santos (SP) e Belém (PA). De acordo com o ministro da Secretaria Especial dos Portos (SEP), Edinho Araújo, estes arrendamentos representam um potencial de investimentos de R$ 4,7 bilhões, agregando uma capacidade de movimentação de 47 milhões de toneladas anuais de cargas. Com a aprovação dos estudos, a SEP e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) podem destravar os editais para o certame. “Quero agradecer o empenho e o espírito público dos ministros do TCU pela abertura que deram para a troca de informações com a
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Secretaria de Portos sobre os estudos dos arrendamentos do bloco 1, para chegarmos a um modelo maduro e que culminou com a conclusão da análise”, destacou o ministro. O processo de licitação dos arrendamentos de áreas nos portos públicos em Santos e no Pará estava travado desde 2013. Os ministros Walton Alencar Rodrigues, Vital do Rêgo, Bruno Dantas, Raimundo Carreiro e André Luis de Carvalho pediram vistas da análise, o que levou a seis adiamentos da votação nesse período. O processo já contava com o aval da área técnica do órgão de controle, que recomendou a redução das estimativas de receita, investimento e custo operacional para os terminais, além de elevar a projeção de pagamentos das empresas às autoridades portuárias. Ainda assim, os ministros sugerem que SEP e Antaq aprofundem os estudos de tarifas, que deverão ser incorporados ao edital que já pode ser publicado, mas também precisará ser submetido ao órgão de controle.
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“Orientei a área técnica da SEP para que atenda no menor prazo possível as determinações do acórdão, realizando as adequações necessárias, e preparando os lotes para as licitações”, enfatizou o ministro. Após as adequações, o primeiro passo será discutir a ordem de licitação das 29 áreas de Santos e do Pará e definir prazos. Essas áreas são consideradas prioritárias pela SEP. “Quanto aos outros três blocos (2, 3 e 4), já à luz do novo acórdão, faremos as adequações apontadas e encaminharemos os estudos. Estes novos arrendamentos potencializam investimentos de mais de R$ 11 bilhões”, completou. VIGILÂNCIA O governo quer acelerar os serviços realizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em Santos, diminuindo o tempo de análise dos processos de importação para sete dias. Isso será possível com ampliação no número de servidores e melhorias na infraestrutura. Atualmente, os processos demoram, em média, 24 dias para serem analisados. A aceleração do serviço da Anvisa faz parte do Projeto Piloto de Reestruturação do Posto de Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos e Fronteiras. O ministro Edinho Araújo destacou a parceria realizada com o Ministério da Saúde para agilizar os trabalhos da Anvisa. “A redução de prazos representa maior agilidade no atendimento”, afirmou o ministro. Para Edinho Araújo, o país precisa de uma agenda positiva e o setor portuário tem um papel importante, diminuindo a burocracia, reduzindo prazos e atraindo novos investimentos. No Porto de Santos, cabe à agência a emissão do certificado de livre prática, primeira autorização concedida e que permite que a embarcação atraque no local. Além disso, é de responsabilidade da Anvisa a realização das ações de controle sanitário de cargas e embarcações, e a garantia da proteção à saúde dos viajantes nos portos, aeroportos e fronteiras do país. Para isso, o número de profissionais em atuação terá um acréscimo de 10 servidores, o que quase dobrará a força de trabalho que passará a contar com 26 profissionais.
INFORMATIVO DOS PORTOS / SUPLEMENTO
SEP
MINISTRO
DOS PORTOS ASSINA ACORDO DE COOPERAÇÃO COM PORTUGAL O termo visa estreitar a cooperação entre portos brasileiros e portugueses na troca de experiências e informações relacionadas aos projetos portuários e de logística desenvolvidos pelos dois países
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O ministro da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP/PR), Edinho Araújo, assinou um termo de cooperação com o governo português com o objetivo de buscar a simplificação de procedimentos portuários de despacho de navios. A meta é reduzir tempo e custo e facilitar os investimentos brasileiros e portugueses no setor portuário. O ato aconteceu durante a Missão Oficial que o governo brasileiro promoveu a Portugal e Espanha, chefiada pelo vice-presidente da República, Michel Temer. A delegação oficial brasileira teve encontros com os principais líderes dos dois países, além de encontros de negócios com investidores e fóruns empresariais. Edinho Araújo explica que ainda que o termo de cooperação assinado pelo ministro da Economia de Portugal, Antonio Pires de Lima, “visa estreitar a cooperação entre portos brasileiros e portugueses na troca de experiências e informações relacionadas aos projetos portuários e de logística desenvolvidos pelos dois países”. O ministro da Secretaria de Portos enfatiza que o “Brasil e Portugal têm desenvolvido projetos bastante semelhantes nas áreas portuárias e de logística e a utilização do mesmo idioma possibilita uma cooperação mais intensa e direta entre as áreas técnicas e sistemas utilizados”. INTERCÂMBIO O termo de cooperação assinado na Europa relaciona diversos temas possíveis de cooperação que deverá ocorrer na forma de intercâmbio de experiências, especialização e conhecimentos técnicos, capacitação, projetos conjuntos e facilitação da cooperação entre empresas e/ou organizações dos dois países.
INFORMATIVO DOS PORTOS / SUPLEMENTO
PORTO ITAJAÍ
APM TERMINALS
ITAJAÍ ESTABELECE NOVO RECORDE DE PRODUTIVIDADE Na operação, foram utilizados dois portêineres, que atingiram a marca de 47,69 movimentos por hora, e dois guindastes do tipo MHC, que realizaram 22,32 movimentos por hora
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A APM Terminals acaba de estabelecer novo recorde de produtividade na operação de contêineres do Porto de Itajaí. Foram 125,28 movimentos por hora realizados no berço. Na operação, foram utilizados dois portêineres (Ship To Shore), que atingiram a marca de 47,69 movimentos por hora, e dois guindastes do tipo MHC (Mobile Harbour Crane), que realizaram 22,32 movimentos por hora. O diretor-superintendente da APM Terminals no Brasil, Ricardo Arten, destaca que a redução do tempo nas operações reforça o potencial competitivo do terminal frente aos demais concorrentes. “Atingir uma alta produtividade com rigidez em segurança do trabalho é uma marca registrada da APM Terminals. Trabalhamos incansavelmente, revendo e inovando processos para que estes recordes continuem a ser batidos. Estes números são determinantes para a escolha do nosso terminal como o preferido entre os usuários de Santa Catarina. Além disso, o diferencial da nossa empresa em âmbito global é garantir que a corrida pela eficiência não cause qualquer perda ao nosso maior valor, que é um ambiente de trabalho seguro para todos os nossos trabalhadores”. Recentemente, a APM Terminals aderiu ao Programa Trabalho Seguro, medida para solidificar ainda mais as boas práticas de segurança desenvolvidas pela empresa. O terminal de Itajaí foi reconhecido, em 2013, como o melhor em segurança dentre as
A EMPRESA ACABA DE LANÇAR O FATAL FIVE, ESTRATÉGIA GLOBAL DE COMBATE AOS CINCO MAIORES RISCOS DE ACIDENTE DE TRABALHO ASSOCIADOS À MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS EM OPERAÇÕES PORTUÁRIAS E RETROPORTUÁRIAS
mais de 60 instalações portuárias da APM Terminals ao redor do mundo. PRIORIDADE Como parte de seus esforços contínuos para aumentar a conscientização sobre a importância da segurança no trabalho, a APM Terminals promoveu, no dia 28 de abril, o Global Safety Day, evento que marcou o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, para chamar a atenção internacional sobre prevenção de riscos ao trabalhador. Todas as 190 instalações da empresa, espalhadas por 58 países, aderem anualmente à celebração. Em Itajaí (SC), matriz da APM Terminals no Brasil, assim como no terminal de Pecém (CE) e em outras quatro unidades retroportuárias da empresa no país, foi lançado oficialmente o Fatal Five, estratégia global de combate aos cinco maiores riscos de acidente de trabalho associados à movimentação de cargas em operações portuárias e retroportuárias: transporte, carga suspensa ou em elevação, trabalho em altura, energia armazenada e controle de terceiros. Uma reunião entre a direção da APM Terminals, Porto de Itajaí, Secretaria de Segurança Pública e a diretoria da Coordenadoria de Trânsito (Codetran) tratou sobre a relação entre a atividade portuária e o impacto no tráfego para a população de Itajaí. A empresa ofereceu apoio às ações de conscientização de trânsito na cidade e pediu solução a problemas de mobilidade – entre eles a travessia de pedestres que fica bem em frente à entrada do terminal, na Rua Coronel Eugênio Müller. A solução proposta pela Codetran é uma passarela, alta o suficiente para permitir a passagem dos caminhões. A estrutura deverá ser estudada em conjunto entre empresa e órgão de trânsito. A programação contou também com uma exposição de carros batidos em acidentes, dentro da área primária do terminal portuário, com a intenção de provocar a conscientização dos usuários para que cumpram as regras internas, mas também as regras de trânsito fora da empresa. A empresa também distribuiu brindes alusivos à data no semáforo em frente ao Porto de Itajaí, como sacolinhas de lixo, adesivos de carro e refletivos para motos, além de coletes refletivos aos motoristas de caminhões nos gates (portões) da APM Terminals.
INFORMATIVO DOS PORTOS / ENTREVISTA
ECLÉSIO DA SILVA PRESIDENTE DO SINDASC E DA ACII O empresário Eclésio Silva é hoje uma das lideranças mais significativas quando o assunto é novos negócios na área portuária e logística de Itajaí e de Santa Catarina. Atual presidente do Sindicato das Agências de Navegação Marítima e Comissárias de Despacho do Estado de Santa Catarina (Sindasc) e da Associação Empresarial de Itajaí (ACII), ele defende a ampliação do quadro de fiscais dos três principais órgãos anuentes nos terminais de SC (Anvisa, Mapa e Receita Federal), a continuidade do projeto da Via Expressa Portuária de Itajaí e um movimento local para desenhar um candidato forte para representar Itajaí na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa. Confira entrevista exclusiva que ele concedeu à revista Informativo dos Portos.
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Informativo dos Portos: O otimismo do mercado em relação ao Complexo Portuário do Itajaí cresceu depois da assinatura da ordem de serviço da nova bacia de evolução? Eclésio: Isto fortaleceu a confiança do armador na região, que terá condições de receber os navios de maior porte que já estão circulando pela costa brasileira. Isto deixa os terminais de Itajaí e Navegantes no mesmo nível de competitividade dos demais portos do Estado. Informativo dos Portos: Quais os diferenciais dos portos de Santa Catarina para os demais do Sul e Sudeste? Eclésio: O nosso estado é essencialmente industrializado. Nós não temos aqui semelhança com Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo ou Minas Gerais. Eu costumo dizer que Santa Catarina é um supermercado. O comprador encontra o móvel acabado, a roupa pronta e a carne congelada e pronta para ir ao consumidor. Esta carga industrializada é o que gera o grande diferencial dos portos daqui por ter um valor agregado muito alto. Informativo dos Portos: Como você avalia a cadeia logística do estado? Eclésio: Ela é facilitada por instrumentos como a BR-101 duplicada, terminais alfandegados como a Brasfrigo e a Multilog, e os demais terminais retroportuários que dão suporte aos negócios em todo o Estado. A logística do Porto de Imbituba e do Porto Itapoá também é facilitada. Em São Francisco do Sul, é um pouco mais complicado por conta da rodovia com pista simples e dividida com turistas no verão. Em Navegantes, a BR-470 leva direto ao porto. Em Itajaí, no entanto, ainda depende da tão sonhada Via Expressa Portuária, que está no papel há mais de uma década por entraves de diversas ordens. Não adianta ampliarmos a bacia de evolução e não termos uma bom canal de entrada e saída das mercadorias. Informativo dos Portos: A carência de fiscais dos órgãos é também um destes entraves? Eclésio: Os órgãos anuentes são parte importante deste processo. Esta tem sido uma luta constante do Sindasc para todos os terminais catarinenses. O quadro da Anvisa, Receita Federal e Ministério da Agricultura (Mapa) está diminuindo por conta da aposentadoria dos antigos colaboradores e não há uma substituição. Somente em Itajaí, por exemplo, o Mapa precisaria de mais cinco fiscais para atender a demanda. No Ministério da Agricultura, é necessário ajus-
“EU COSTUMO DIZER QUE SANTA CATARINA É UM SUPERMERCADO” Eclésio da silva
tar internamente as transferências. Em algumas regiões do estado, tem gente demais em relação à demanda. A situação deve melhor no momento em que a interação dos três anuentes estiver ligada em um portal único, o que deve ocorrer dentro de um ano. Informativo dos Portos: A falta de fiscais chega a atrasar em quanto tempo a liberação nos terminais catarinenses? Eclésio: Depende da carga. A liberação de equipamentos médicos e hospitalares chega a levar de 15 a 20 dias a mais do que se tivéssemos fiscais suficientes. Isto é inadmissível. Reconhecemos que os poucos efetivos que hoje atuam em Itajaí têm se desdobrado para atender. No entanto, estes atrasos acabam inibindo e retardando a vinda de novos clientes para Santa Catarina. Informativo dos Portos: A questão já chegou a ser levada para a esfera política? Eclésio: A cidade tem uma carência atual de políticos que a defendam. Itajaí não tem hoje um representante legítimo na Câmara dos Deputados ou na Assembleia Legislativa. Com quem a gente vai conversar hoje para defender os interesses exclusivos de Itajaí? Não temos ninguém. Claro que o deputado Leonel Pavan faria isso, sem dúvida nenhuma, e até mesmo o Décio Lima. Mas, entre uma demanda de Balneário Camboriú e Itajaí, naturalmente o Pavan atenderá primeiramente a da sua cidade. Precisamos desenhar um candidato para Itajaí para abraçar a causa local.
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INFORMATIVO DOS PORTOS / ARTIGO
ZONAS MARÍTIMAS
por Wagner Antônio Coelho
O mar é uma fonte gigantesca de riquezas, em razão das inúmeras possibilidades decorrentes de seu uso, seja no subsolo marinho, no seu leito ou na sua superfície.
portante para definição do espaço aéreo brasileiro, uma vez que o referido espaço atmosférico se estende das fronteiras terrestres brasileiras com os países vizinhos até o término do mar territorial.
Com objetivo de uniformizar as delimitações dos espaços no mar, bem como de buscar a redução de conflitos e incentivar sua exploração de forma pacífica, diante dos recursos nele presentes, foram realizadas diversas convenções e tratados internacionais até se chegar na Convenção das Nações Unidas Sobre Direito do Mar, em Montego Bay, em 1982.
Para pacificar o uso e a exploração relativa ao mar territorial brasileiro, o Poder Legislativo pode criar, extinguir e modificar Leis relacionadas às regras de navegação e exploração do referido espaço, com administração e fiscalização realizadas pelos diversos órgãos do Poder Executivo brasileiro.
Isso porque restaram consignadas na referida Convenção as delimitações das zonas marítimas nas quais os estados (países) banhados pelos mares teriam soberania e direitos de soberania.
As definições relacionadas ao mar territorial brasileiro também possuem relação direta com a definição de território aduaneiro e suas divisões em zona primária e zona secundária, de acordo com o ordenamento jurídico brasileiro.
Tais definições possibilitam aos países a regulamentação de uso dos espaços relativos à navegação aquaviária e aérea, bem como da exploração dos mares para pesca, investigação científica, implantação de plataformas e ilhas artificiais, e também exploração do subsolo marinho para exploração de petróleo, por exemplo.
No que tange à fiscalização relativa às operações de comércio exterior dos estados costeiros, fora prevista a delimitação de uma área com 24 milhas náuticas, contadas a partir da linha de base, identificada como zona contígua, na qual se permite a extensão da fiscalização e aplicação da legislação relativa ao controle do tráfego e tráfico marítimo, com objetivo de reprimir o contrabando e o descaminho, bem como demais práticas ilícitas relacionadas ao transporte de pessoas e mercadorias nacionais e estrangeiras.
Nesse sentido, fora ratificadas o pelo Brasil e, posteriormente incorporadas ao ordenamento jurídico brasileiro, pelo de Decreto 1530/95, as disposições presentes na referida Convenção, com o estabelecimento das zonas marítimas, relacionadas ao mar territorial brasileiro, caracterizado como faixa de mar com 12 milhas náuticas, contadas a partir da linha de base, na qual o Estado brasileiro possui soberania plena, com uma única exceção relativa ao direito de passagem inocente. Desse modo, cumpre ressaltar que o espaço de mar territorial também é im-
O conhecimento dos limites e definições das zonas marítimas são de suma importância para possibilitar a aplicação da soberania plena no mar territorial brasileiro e da soberania específica relacionada à segurança nacional e proteção a economia e as demais áreas afetas ao controle aduaneiro realizados na zona contígua.
Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.
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GUIA DE SERVIÇOS
HDO ARMAZÉNS GERAIS Rua: Alfredo Eick Júnior, 900 - Imaruí - Itajaí/SC Fone: (47) 3348.1495 - 3348.1436 www.hdogerais.com.br hdo@hdogerais.com.br
ITACEX COMISSÁRIA DE DESPACHOS ADUANEIROS LTDA. Rua: Gil Stein Ferreira, 100 - Sala 602 - Centro - Itajaí/SC Fone: (47) 2104.2000 - 2104.2001 www.itacex.com.br edson@itacex.com.br
ACEX ASSESSORIA DE COMÉRCIO EXTERIOR LTDA. Rua: Lages, 120 - Centro - Itajaí/SC Fone: (47) 3205.0888 - 3205.0860 www.acex.com.br acex@acex.com.br
SEATRADE AGÊNCIA MARÍTIMA LTDA. Rua Prof. Joaquim Santiago, 157 - Centro - Itajaí/SC Fone: (47) 3471.3037 www.seatrade.com.br seatrade@seatradecom.br
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AGENDA DE EVENTOS Palestra: SECOM e sua relevância para a internacionalização da empresa brasileira Data: 10/06/2015 Horário: 8h Local: Edifício ACIJ - Avenida Aluísio Pires Condeixa, 2550 – Joinville/SC Mais informações: www.acij.com.br Fone: (47) 3461.3357
Feira: CeMAT South America Data: 30/06/2015 a 03/07/2015 Horário: 14h às 21h Local: Transamerica Expo Center - SãoPaulo/SP Mais informações: www.cemat-southamerica.com.br Fone: (41) 3027. 6707
Palestra: JAFZA – Jabel Ali Free Zone – Plataforma Global de Negócios Data: 08/07/2015 Horário: 8h Local: Edifício ACIJ - Avenida Aluísio Pires Condeixa, 2550 – Joinville/SC Mais informações: www.acij.com.br Fone: (47) 3461.3357
Congresso: 24° Congresso Brasileiro de Avicultura Data: 28 a 30/07/2015 Local: Anhembi - São Paulo/SP Mais informações: www.abpa-br.com.br/siavs/ Fone: (11) 3031.4115
Congresso: Marintec South America Data: 11 a 13/08/2015 Horário: 13h às 20h Local: Centro de Convenções Sul America – Rio de Janeiro/RJ Mais informações: www.marintecsa.com.br Fone: (11) 4878.5911
Palestra: Paraguai: em uma nova alternativa para a produção e a exportação Data: 12/08/2015 Horário: 8h Local: Edifício ACIJ - Avenida Aluísio Pires Condeixa, 2550 – Joinville/SC Mais informações: www.acij.com.br Fone: (47) 3461.3357
Para sua competitividade aumentar a Multilog faz o mesmo: cresce. Novos CLIA Joinville e Entreposto Fiscal ZFM Itajaí. A Multilog acaba de inaugurar duas novas opções de armazenagem: o Centro Logístico e Industrial Aduaneiro, em Joinville, e o Entreposto Fiscal da Zona Franca de Manaus, em Itajaí. O CLIA de Joinville traz mais facilidade para a logística de empresas locais, com operações aduaneiras e soluções personalizadas, enquanto o Entreposto Fiscal ZFM oferece uma alternativa com entrega mais rápida e suspensão de impostos até a venda do produto. É a estrutura de serviços completos da Multilog trabalhando para levar seu produto cada vez mais perto dos melhores negócios.
• Armazenagem em Geral • Armazenagem Alfandegada • Entreposto Aduaneiro • Polo de Saúde • Polo Automotivo e Náutico • Polo de Produtos Químicos
• Consolidação e Desconsolidação de Cargas • Câmara Refrigerada para Inspeção do Ministério da Agricultura e Receita Federal • Transporte Aduaneiro e Distribuição de Cargas • Armazém para Produtos Controlados pela ANVISA
CLIA Multilog Joinville: Rua Dona Francisca, 8300 • Distrito Industrial • Perini Business Park • CEP: 89219-600 • Joinville • SC • Brasil Sede: Rod. Dep. Antônio Heil, 4999 • Itaipava • CEP: 88316-003 • Itajaí • SC • Brasil • 55 (47) 3341 5000 • www.multilog.com.br