INFORMATIVO DOS PORTOS / EDITORIAL
EXPEDIENTE
INVESTIR PARA CRESCER O crescimento econômico verificado no Litoral Norte de Santa Catarina – impulsionado pelo desenvolvimento dos portos de Itapoá e São Francisco do Sul – é um exemplo emblemático de como o setor portuário é capaz de transformar uma cidade ou região. Nossa matéria especial de capa mostra como Itapoá cresceu e atraiu novas empresas a partir do terminal privado lá instalado e como São Francisco do Sul está se reinventando com novos investimentos. Juntos, os dois portos se consolidaram como um sopro de uma nova fase econômica para os dois municípios. Quando o assunto é investir para crescer, o novo plano de concessões de portos e aeroportos que acaba de ser divulgado pelo governo federal é uma luz em meio à crise. A expectativa é arrecadar R$ 198,4 bilhões. Deste total, R$ 37,4 bilhões representam a estimativa de investimentos privados no sistema portuário brasileiro, incluindo novas áreas portuárias de uso privado e renovações antecipadas de contratos. Para o ministro dos Portos, Edinho Araújo, “são investimentos que irão revolucionar o sistema portuário brasileiro em curto e médio prazo, ampliando, modernizando e tornando mais eficientes nossos portos públicos e privados”. Nesta edição trazemos também uma entrevista exclusiva com o empresário brasileiro Walter Marinho, presidente executivo da Geneseg Group, empresa com sede em Dublin, que investe em sete áreas específicas. Marinho estreitou suas relações comerciais com o governo e empresários brasileiros, com quem pretende compartilhar boas práticas e projetos inovadores já implantados em portos portugueses como Leixões e Lisboa.
PUBLICAÇÃO Perfil Editora DIRETORA Elisabete Coutinho elisabete@informativodosportos.com.br DIRETORA ADMINISTRATIVA Luciana Coutinho luciana@informativodosportos.com.br JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciana Zonta (SC 01317 JP) luzonta@informativodosportos.com.br REPORTAGEM Adão Pinheiro e Luciana Zonta FOTOS Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem REVISÃO Izabel Mendes COMERCIAL Thaísa Michelle Santos comercial@informativodosportos.com.br PROJETO GRÁFICO Elaine Mafra DIAGRAMAÇÃO Elaine Mafra (serviço terceirizado) elaine@informativodosportos.com.br PERFIL EDITORA Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.
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INFORMATIVO DOS PORTOS /
A PORTONAVE ESTÁ EM UMA LOCALIZAÇÃO PRIVILEGIADA: EM PRIMEIRO LUGAR NA MOVIMENTAÇÃO DE CONTÊINERES EM SANTA CATARINA.
MAIS DO QUE UM PORTO, UM POLO LOGÍSTICO COMPLETO. A Portonave é o porto responsável pela movimentação de 45% das cargas conteinerizadas de Santa Catarina e está preparada para aumentar cada vez mais esse número. Com investimentos em infraestrutura e equipamentos, está inserida em um complexo portuário consolidado e com serviços integrados. Venha crescer com a Portonave. 4
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INFORMATIVO DOS PORTOS
ÍNDICE NORTE DO ESTADO uma região em franca ascensão
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ENTREVISTA Walter Marinho, presidente da Geneseg Group GOVERNO FEDERAL espera arrecadar R$ 198,4 bilhões com concessões 6
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DIÁRIO DE BORDO..........................................................08 Confira as novidades dos principais setores que movimentam o mercado ALTA DO DÓLAR.............................................................14 E da energia encareceram insumos da indústria PORTO DE ANTONINA......................................................16 Investimentos devem dobrar a capacidade HUISMAN.....................................................................18 Gigante holandesa inicia produção em Navegantes
ROGÉRIO PHILIPPI & CIA completa 50 anos de fundação
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TUPY...........................................................................22 Foco no mercado externo para crescer PACOTE DE CONCESSÕES...................................................32 Fiesc apoia programa de infraestrutura anunciado pelo governo PORTO DE PARANAGUÁ....................................................34 Produtividade do corredor de exportação cresce 33% em 2015 DB SCHENKER DO BRASIL.................................................36 Empresa é escolhida por Modelēz para transporte aéreo PORTO DE IMBITUBA.......................................................46 Foca no aperfeiçoamento e em obras de infraestrutura ENTREVISTA.................................................................50 Antônio Ayres dos Santos Júnior, superintendente do Porto de Itajaí PORTONAVE..................................................................54 Terminal supera 4 milhões de TEUs movimentados SUPLEMENTO SEP...........................................................56 As principais novidades da Secretaria de Portos SUPLEMENTO ITAJAÍ........................................................62 Tudo sobre os terminais e a logística do Complexo Portuário ECONOMIA DE ENERGIA....................................................66 Estudo aponta que Brasil poderia economizar 52 mil gigawatts/hora ARTIGO........................................................................70 Direito marítimo e insegurança jurídica, por Wagner Antônio Coelho AGENDA DE EVENTOS......................................................72 Informações sobre as principais feiras, congressos e palestras
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DIÁRIO DE BORDO
A DC Logistics Brasil lançou seu próprio serviço online de e-commerce. O objetivo do grupo é desenvolver ações com cunho inovador e trazer novidades do setor para os colaboradores e clientes. Em princípio, o serviço funcionará para fretes de exportação marítima mas até o fim do ano, o sistema estará calculando ofertas de fretes de importação e exportação marítima e aérea. Para ter acesso, o cliente precisa efetuar um cadastro rápido para obter login e senha. O usuário pode acessar o link no site da empresa ou diretamente pelo endereço ecommerce.dclogisticsbrasil.com. O sistema foi criado pelo departamento de TI da própria companhia e funciona 24 horas por dia, inclusive em feriados. 8
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ATUAÇÃO NO E-COMMERCE
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REGRAS DE SEGURANÇA EM SUAPE A administração do Porto de Suape lançou recentemente uma campanha de orientação de segurança pública portuária para todos os usuários que frequentam o local. Mais de 6 mil veículos têm acesso à região por dia. O objetivo é intensificar a fiscalização da entrada na área, onde há órgãos federais ligados à atividade portuária, além de 37 empresas arrendatárias, incluindo as do polo de combustíveis que abastece Pernambuco e outros estados do Nordeste com gás de cozinha, álcool e gasolina. A ação contou com o apoio das polícias militar, civil e federal, do Corpo de Bombeiros e da Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Conportos).
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MOVIMENTOS DA INDÚSTRIA CALÇADISTA
AGRONEGÓCIO EM DEBATE
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Promover a profissionalização do agronegócio brasileiro como ferramenta para evidenciar seu papel estratégico, aumentar sua competitividade global e buscar desenvolvimento para a cadeia produtiva é o intuito da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumo Agrícolas e Veterinários (Andav), que promoverá, de 17 a 19 de agosto, em São Paulo, o V Congresso Andav – Fórum e Exposição. O agronegócio, um dos setores de maior representatividade na economia nacional, responde por mais de 20% do PIB brasileiro e emprega cerca de 1/3 da mão de obra no país. Reconhecido como o principal evento da distribuição de insumos agropecuários do Brasil, o congresso reunirá especialistas que abordarão temas estratégicos e cases de sucesso.
Mesmo com a presença de um cenário de mercado sensível à instabilidade econômica e às variações do dólar, a queda das exportações brasileiras do setor de materiais para a indústria coureiro calçadista vem diminuindo, passando de -24,66% em janeiro, para -4,43% em abril/2015. Quando comparado ao mês anterior, registrou-se uma queda de 11,99%; no entanto, o quarto mês do ano superou em 6,78% os resultados em relação ao mesmo período de 2014, chegando em US$ 71 milhões exportados, o que contribui significativamente para a recuperação do acumulado no período. O cenário faz parte de um primeiro semestre repleto de ajustes, quando a indústria busca alternativas para uma retomada de crescimento contínuo, principalmente no segundo semestre.
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DIÁRIO DE BORDO
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INFORMATIVO DOS PORTOS /
NOVA ROTA COMERCIAL EM NATAL A Lufthansa Cargo passa a ter semanalmente Natal como rota de sua malha aérea. A cidade será servida pelo cargueiro MD11 da empresa do Grupo Lufthansa, que fará um voo direto para Frankfurt, na Alemanha. Atualmente, a aeronave cargueira voa cinco vezes por semana de Frankfurt para o Aeroporto de Viracopos, em Campinas. Entre os benefícios da escolha de Natal, estão o aeroporto, que começou a funcionar há 18 meses, com novas facilidades para a área de carga, o que inclui um sistema de monitoramento por câmeras e uma área de 115 metros quadrados com temperatura controlada. Outros benefícios são os serviços de ground handling rápidos e qualificados. s DIVULGAÇÃO
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RESPONSABILIDADE SOCIAL A APM Terminals patrocinou a viagem de 12 alunos da Escola Básica Professora Judith Duarte de Oliveira, do Bairro Itaipava de Itajaí, e dois professores em uma viagem de intercâmbio com os estudantes da Escola Básica Secundária São Roque do Pico, no arquipélago dos Açores. A viagem integra o projeto “Resgatando Raízes”, cujo intuito é incentivar os estudantes a valorizar as nossas raízes e manifestações culturais. Em 2013, eles começaram a trocar cartas com estudantes de escolas dos Açores, apresentandose e contando sobre a cultura do país e do município, além de curiosidades sobre a escola, os amigos e o bairro.
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Nosso trabalho diário é levar Itajaí aos cinco continentes.
É assim que a APM Terminals ajuda a elevar a economia e o orgulho de uma cidade com vocação portuária. Parabéns, Itajaí, pelos 155 anos.
DOS PRODUTOS
ALTA DO DÓLAR E DA ENERGIA ENCARECERAM INSUMOS DA INDÚSTRIA O dólar em alta na comparação com o real, que encareceu os insumos importados, e a alta dos preços da energia puxaram o aumento de 0,8% nos custos da indústria brasileira nos primeiros três meses deste ano em relação ao último trimestre de 2014. No mesmo período, os preços dos produtos industrializados no mercado interno subiram 1,5%, o que permitiu a recomposição das margens de lucro das empresas, segundo estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o indicador de custos industriais teve alta de 3%, enquanto os preços dos manufaturados aumentaram 4%. O Indicador de Custos Industriais é formado pelo custo tributário, pelo custo de capital de giro e pelo custo de produção. No primeiro trimestre de 2015, o custo tributário caiu 3,3%, o de capital de giro subiu 6% e o de produção aumentou 1,8% em relação ao período imediatamente anterior. O custo de produção é calculado a partir da evolução dos custos com energia, pessoal e bens intermediários. O custo com energia aumentou 8,7% nos primeiros três meses deste
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INFORMATIVO DOS PORTOS / PREÇO
Na comparação com o primeiro trimestre de 2104, o indicador de custos industriais teve alta de 3%, enquanto os preços dos manufaturados aumentaram 4% ano frente ao último trimestre de 2014. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, teve uma alta de 28,4%. Segundo o estudo, esse aumento foi resultado de uma expansão de 36,1% no custo com energia elétrica e de 7,4% no custo com óleo combustível. “O aumento no custo com energia elétrica no último ano mais do que compensou a redução verificada entre 2012 e 2013”, observa o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca. Ele afirma que a expectativa é que os custos industriais continuem subindo. Além disso, o custo de produção sofreu os efeitos da desvalorização do real. O custo dos bens intermediários aumentou 1,4% no primeiro trimestre de 2015 em relação ao período imediatamente anterior. Essa alta foi impulsionada pela elevação de 8,2% nos custos com produtos intermediários importados. O câmbio também foi responsável pela elevação de 5,6% registrada no preço dos produtos industrializados importados. “Como os custos industriais cresceram 0,8%, os produtos manufaturados brasileiros se tornaram mais competitivos”, avalia Fonseca.
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INFORMATIVO DOS PORTOS / LOGÍSTICA
PORTUÁRIA
INVESTIMENTOS DEVEM DOBRAR CAPACIDADE DO PORTO DE ANTONINA Empresa russa anunciou projeto de R$ 160 milhões que inclui a construção de um novo berço no Terminal Ponta do Félix, dois novos armazéns e melhoria do sistema de movimentação
Após um período movimentando apenas fertilizantes, a economia e a rotina do Porto de Antonina começou a mudar quando foram retomados os embarques de açúcar no terminal. Atualmente, os efeitos das transformações dos R$ 70,6 milhões investidos em duas campanhas de dragagem que beneficiaram o terminal público Barão de Teffé já refletem na estrutura da cidade e no cotidiano dos moradores da pequena cidade no litoral paranaense.
potássio que é a matéria-prima para produção de fertilizantes, sendo a líder mundial no segmento. O Porto de Antonina é a principal opção da empresa para movimentação de produtos e para suprir o agricultor brasileiro com fertilizantes. “Estamos devolvendo condições de competitividade ao terminal, que tinha ficado quase 40 anos sem investimentos públicos”, afirma o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino.
A empresa russa Uralkali anunciou um projeto de R$ 160 milhões que inclui a construção de um novo berço de atracação no Terminal Ponta do Félix, dois novos armazéns de 120 mil toneladas e a melhoria do sistema de movimentação de cargas que devem dobrar a capacidade de descarregamento de fertilizantes do Porto de Antonina ao longo de quatro anos. Com a obra, a capacidade de importação do terminal passa das atuais 2 milhões de toneladas para 4 milhões de toneladas por ano.
De 2007 a 2009, não houve movimentação do produto em Antonina. Os investimentos também permitiram a reforma da sede administrativa do porto e a reativação do pátio de triagem, retirando os caminhões das ruas da cidade. A obra de dragagem aumentou a profundidade do canal de acesso ao porto de sete metros para 9,3 metros. Com a dragagem, navios passaram a operar em sua máxima capacidade. Nos navios de fertilizantes, a capacidade de carregamento em Antonina passa de 18 mil para 30 mil toneladas. No caso do embarque de açúcar, a movimentação potencial passa de 14 mil toneladas para 20 mil toneladas.
A modernização do Porto de Antonina foi fundamental para atrair os investimentos russos. A nova dragagem do porto foi apontada pela empresa como determinante para que um maior volume de cloreto de potássio pudesse ser importado por meio do porto da cidade. Atualmente, a Uralkali responde por 25% de toda a produção global de
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Como o porto foi o primeiro a receber a autorização da Secretaria dos Portos (SEP) para licitar uma área portuária em conformidade com a nova Lei dos Portos (12.815/2013), no espaço de 32 mil
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metros quadrados está prevista a instalação de uma indústria metalmecânica, com arrendamento por um período de 25 anos. “O projeto de viabilidade técnico e econômica elaborado pelo porto mostra que deverá ser investido no mínimo R$ 20 milhões no empreendimento”, enfatiza Dividino. HISTÓRIA
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Construído em 1856, o Porto de Antonina, importante canal de escoamento da produção paranaense, chegou a ser no século XX um dos mais importantes da exportação do país, principalmente depois da inauguração da Estrada da Graciosa e da linha férrea, que ligam o município a Curitiba. Inicialmente, as cargas mais movimentadas eram erva mate, mas, nos final dos anos do 1990, se destacaram-se os congelados, minérios de ferro e fertilizantes. Localizado em um ponto estratégico do Estado, o Porto de Antonina atualmente amplia a agilidade e qualidade dos serviços do Porto de Paranaguá, principalmente no recebimento de fertilizantes. O terminal tem vocação para atendimento a embarcações que fazem fornecimento a outros navios (supply-boat) na exploração da camada do pré-sal e capacidade de instalação de indústria de construção, reparo e manutenção naval.
CONSTRUÍDO EM 1856, O PORTO DE ANTONINA, IMPORTANTE CANAL DE ESCOAMENTO DA PRODUÇÃO PARANAENSE, CHEGOU A SER NO SÉCULO XX UM DOS MAIS IMPORTANTES DA EXPORTAÇÃO DO PAÍS
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INFORMATIVO DOS PORTOS / MERCADO
OFFSHORE
GIGANTE HOLANDESA INICIA PRODUÇÃO EM NAVEGANTES Com investimento de R$ 180 milhões na primeira fase da planta, Huisman tem foco em ampliar negócios no mercado brasileiro de Óleo e Gás A Huisman, empresa com sede na Holanda, especializada em projetos e construção de equipamentos (guindastes, guinchos e torres de perfuração) para a indústria offshore, acaba de inaugurar uma unidade industrial no Bairro Volta Grande, em Navegantes, no litoral de Santa Catarina. A instalação já recebeu contratos para 15 guindastes com capacidade individual de 65 toneladas para serem montados em navios-sonda para a Sete Brasil, proprietária de sondas de exploração para águas ultraprofundas, guindastes e cestas de armazenamento de tubos para dois sistemas pipelay inclináveis com capacidade de até 2,5 mil toneladas para o estaleiro Technip-DOF. O investimento na primeira fase da planta, com área total construída de cerca de 30 mil m², foi na ordem de 60 milhões de euros, algo em torno de R$ 180 milhões. Um contrato para quatro pacotes de guinchos para manuseio de âncoras e reboque com capacidade de 400 toneladas de cada para serem instalados em navios do tipo Anchor Handling Tug Supply Vessels (AHTS) foi assinado com o Grupo CBO de navegação no início deste ano. A empresa também recebeu pedidos para quatro sistemas de lançamento de dutos para equipar um Pipe-Laying Support Vessel (PLSVs), do consórcio Technip/DOF, que estão sendo cons-
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truídos no estaleiro Vard Promar, em Pernambuco. De acordo com o diretor geral da Huisman do Brasil, Marco Broer, a nova unidade produtiva tem um portfólio diversificado de produtos. Marcelo Zifchak, gerente de vendas da Huisman Brasil, destaca que, além de guindastes offshore, a empresa vai fabricar guinchos, pacotes de perfuração e subsistemas de PLSVs, como cestas para armazenamento de dutos. Na terceira fase do empreendimento serão produzidas sondas de perfuração onshore e offshore completas. A empresa também tem planos de construir um cais próprio para ancoragem de navios. Em 2004, a Huisman abriu um escritório de engenharia, vendas e serviços no Rio de Janeiro, visando ao mercado sul-americano. Em 2012, começou a construir sua unidade de produção em Navegantes. Caso as datas originais dos contratos se mantenham, a primeira entrega dos produtos fabricados em Santa Catarina deve ocorrer entre os meses de novembro e dezembro deste ano. O estaleiro holandês Huisman é uma empresa que opera globalmente com uma vasta experiência na concepção e fabricação de equi-
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FUNDADA EM 1929 COMO UMA COMPANHIA DE CONSTRUÇÃO EM AÇO, JUNTOU FORÇAS COM UMA EMPRESA DE ENGENHARIA PARA DESENVOLVER PRODUTOS SOB GESTÃO PRÓPRIA, DESDE A CONCEPÇÃO ATÉ A ENTREGA
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INFORMATIVO DOS PORTOS / MERCADO
OFFSHORE
pamentos de construção pesada para empresas do mercado offshore e de estruturas e serviços que auxiliam na exploração de petróleo. Fundada em 1929 como uma empresa de construção em aço, juntou forças com uma empresa de engenharia para desenvolver produtos inteiramente sob gestão própria, desde a concepção até a entrega. A produção é dividida entre as instalações de produção na Holanda, China e República Checa e, agora, no Brasil. Os equipamentos produzidos pelo estaleiro em âmbito global podem ser divididos em seis categorias principais: guindastes, lançadores de dutos, sistemas de perfuração de poços, guinchos, projetos de navios e projetos especiais, que variam desde componenentes stand alone até soluções de alta tecnologia para sistemas integrados. “Os equipamentos fabricados pela empresa são peças fundamentais na indústria offshore. Como resultado, os equipamentos são internacionalmente reconhecidos por sua alta qualidade e confiabilidade durante as operações”, completa Broer. MÃO DE OBRA Localizado às margens do rio Itajaí-Açu, permitindo rápida instalação e comissionamento de equipamentos a bordo das embarcações, e com terreno de 340 mil m², a construção da Huisman em Navegantes se deu principalmente em função da qualidade da mão de obra encontrada na região. Antes de definir a instalação em Santa Catarina, o grupo procurou áreas em várias regiões do país. Apesar de toda a expertise da mão de obra dos trabalhadores da região, eles passam por um treinamento antes de iniciar o trabalho para se adaptarem ao padrão Huisman de qualidade. “Os soldadores, por exemplo, só ingressam na produção depois de receberem um certificado interno”, acrescenta Marco Broer. Hoje a empresa gera 120 empregos diretos em Navegantes. Além da mão de obra da região, a companhia conta com gestores holandeses e portugueses, esses últimos que já trabalharam na Holanda e estão ajudando no processo de facilitação do contato com os brasileiros em razão da proximidade da língua e transferência de conhecimento. “São pessoas com larga experiência na Huisman trazidos ao Brasil para ajudar neste processo”, explica Marcelo Zifchak. O objetivo é ajudar os trabalhadores brasileiros a se inserirem no conceito europeu de produção. Os planos de extensão, no entanto, vão depender do comportamento da economia e do mercado Óleo e Gás.
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EM 2004, A HUISMAN ABRIU UM ESCRITÓRIO DE ENGENHARIA, VENDAS E SERVIÇOS NO RIO DE JANEIRO. EM 2012, COMEÇOU A CONSTRUIR SUA UNIDADE DE PRODUÇÃO EM NAVEGANTES.
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ENTRE AS MELHORES ESCOLAS DE NEGÓCIOS DO MUNDO
INFORMATIVO DOS PORTOS / PERFIL
FOCO
EMPRESARIAL
NO MERCADO EXTERNO PARA CRESCER 22
A participação do mercado externo na receita total da Tupy, empresa catarinense com matriz em Joinville, cresceu de 67% para nada menos que 72,6% no ano passado
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O foco nas oportunidades dos principais países do mundo contribuiu para que a Tupy, maior fundição da América Latina e líder no mercado automotivo na produção de blocos e cabeçotes em ferro, fechasse 2014 com receita de R$ 3,1 bilhões e lucro líquido de R$ 89,2 milhões. A participação do mercado externo na receita total da empresa catarinense cresceu de 67% para nada menos quer 72,6% no ano passado. Segundo os diretores da empresa, o desempenho foi alavancado, principalmente, pela Unidade Automotiva, cujas vendas no mercado externo corresponderam a 96,3% da receita obtida no exterior. Fundada em 1938, a Tupy conta com duas plantas fabris localizadas no Brasil, nas cidades de Joinville/SC e Mauá/SP, e duas localizadas no estado de Coahuila, México, nas cidades de Saltillo e Ramos Arizpe. Com capacidade produtiva de 848 mil toneladas por ano, a empresa é uma sociedade anônima de capital aberto e tem, atualmente, dois acionistas controladores: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social Participações S.A. (BNDESPAR ) e Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ). Quando avaliados os mercados externo e interno, o segmento automotivo também se destaca, sendo responsável por 92% das receitas de toda companhia. O lucro obtido pela empresa no ano passado corresponde a um crescimento de 3,3% sobre 2013. No mercado externo, a empresa registrou ampliação de 8,3% em 2014 em comparação a 2013, enquanto, no mesmo período, o mercado interno apresentou retração de 17,6%. “Apesar de estarmos cautelosos em relação ao mercado interno, onde a indústria automobilística atravessa um período desafiador, estamos otimistas com o cenário externo, onde a Tupy possui sólida presença. Apostamos na recuperação econômica dos Estados Unidos, nosso maior comprador.”, explica o
vice-presidente de Finanças e Administração, Leonardo Gadelha. MERCADO EXTERNO A América do Norte foi responsável por 52,3% das receitas da empresa no mercado externo, a América do Sul e Central, 28,7%, enquanto a Europa respondeu por 14,7%. Os 4,3% restantes foram provenientes da Ásia, África e Oceania. “Estamos focados na captura de oportunidades estratégicas de negócios – em meio à competição mais acirrada, decorrente do contraste entre oferta e demanda – e na otimização das operações”, afirma Luiz Tarquínio Sardinha Ferro, presidente da Tupy. No mesmo período, o EBITDA ajustado (indicador financeiro que representa quanto uma empresa gera de recursos sem contar impostos) somou R$ 507,2 milhões, 3,5% acima do ano anterior. O crescimento do indicador ajustado foi acompanhado de melhora na margem EBITDA. A margem do EBITDA ajustado atingiu 16,3% ante 15,7% em comparação a 2013. O total de investimentos no ativo imobilizado e intangível alcançou R$ 218 milhões, 3,8% acima de 2013, e foram direcionados à expansão, sustentação e modernização da capacidade operacional, além de tecnologia de informação e melhorias ambientais. A Tupy encontra-se em etapa avançada nos projetos de automação do acabamento na planta de Joinville, regeneração de areia, tanto no Brasil quanto no México, e na adaptação de mais uma de suas linhas de produção à utilização de Ferro Vermicular (CGI). PORTFÓLIO A Tupy desenvolve e fabrica componentes em ferro fundido para a in-
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INFORMATIVO DOS PORTOS / PERFIL
EMPRESARIAL
dústria automotiva: blocos e cabeçotes de motor e peças para sistemas de freio, transmissão, direção, eixo e suspensão, destinados a caminhões, ônibus, máquinas agrícolas, de construção e mineração, carros de passeio e motores industriais e marítimos, entre outros. Completam o portfólio de produtos da companhia conexões de ferro maleável, utilizadas na indústria em geral, bem como nos setores de construção, de petróleo e gás, de saneamento e irrigação; granalhas de aço para limpeza de superfícies e corte de mármores e granitos; e perfis contínuos para usos industriais diversos. Trabalham na companhia aproximadamente 13.000 pessoas, sendo aproximadamente 8.300 em Joinville, 1.200 em Mauá, 2.400 em Saltillo e 800 em Ramos Arizpe. Para comercialização de seus produtos e atendimento a clientes, a empresa dispõe de escritórios na cidade de São Paulo, nos Estados Unidos e na Alemanha. Entre os principais clientes do mercado automotivo global estão Cummins, Ford, Mercedes-Benz, Perkins, Audi, MAN, John Deere, Komatsu, Kubota e Peugeot. No Brasil, a empresa tem a Volkswagen e a MWM International entre seus grandes clientes, além de ocupar posição de liderança no segmento de conexões de ferro maleável.
DESEMPENHO É ALAVANCADO, PRINCIPALMENTE, PELA UNIDADE AUTOMOTIVA, CUJAS VENDAS NO MERCADO EXTERNO CORRESPONDERAM A 96,3% DA RECEITA OBTIDA NO EXTERIOR
Os números da Tupy 2013
2014
Variação
Receita (total)
3.122.984
3.114.661
-0,3%
Receita mercado interno
1.035.353
852.732
-17,6%
Receita mercado externo
2.087.631
2.261.929
8,3%
490.129
507.209
3,5%
15,7%
16,3%
EBITDA ajustado Margem EBITDA ajustado Lucro Líquido
86.321
89.212
3,3%
Investimentos (Ativo Imobilizado e Ativo Intangível)
210.386
218.436
3,8% Consolidado (R$ Mil)
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INFORMATIVO DOS PORTOS / ENTREVISTA INDÚSTRIA CATARINENSE
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WALTER MARINHO
PRESIDENTE DA GENESEG GROUP
Aos 39 anos, o brasileiro Walter Marinho é presidente executivo de uma empresa internacional de peso, a Geneseg Group. Com sede em Dublin, na Irlanda, a Geneseg é uma holding que controla e gerencia negócios nos mais diversos setores e empresas em sete áreas específicas: Logística e Transporte, Investimentos, Global Project Engineering, Óleo & Gás, Energia, Consultoria e Tecnologia. Com doutorado em Gestão e Inovação, Marinho esteve recentemente no Brasil, onde participou de reuniões com ministros, representantes de empresas públicas e privadas e superintendentes de portos e terminais em diferentes estados brasileiros. No setor portuário, a intenção é compartilhar boas práticas e projetos inovadores já implantados por ele em portos portugueses, como Leixões e Lisboa, para os portos brasileiros. Confira entrevista exclusiva que o empresário concedeu à revista Informativo dos Portos durante sua estada no Brasil. Informativo dos Portos: Como os portos portugueses poderiam colaborar com os portos brasileiros? Walter Marinho: Os portos portugueses não ficaram ancorados na sua tradição de um país de grandes navegadores, pois tiveram uma estratégia de competitividade face aos outros países do bloco. Buscaram ser a porta de entrada de mercadorias na Europa e isso seria impossível se não houvesse investimentos em infraestrutura e modernidade tecnológica. Podemos citar como exemplo o Porto de Leixões, que entrega dividendos ao Estado, se autoinveste continuamente e conseguiu simplificar a burocracia priorizando o uso de sistemas tecnológicos que vão desde a gestão portuária (JUP) – portaria inteligente e automaticamente alfandegada, ao sistema de TOS e georreferenciação, entre
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outros, sendo todos eles integrados. Dessa forma, proporcionou-se maior agilidade para toda a cadeia que trabalha dentro e fora do porto, além de trazer automaticamente benefícios ao usuário final. Este resultado é comprovado em suas receitas aumentadas ano após ano, devido sua alta performance e metodologia de trabalho, onde o investimento contínuo vem de sua própria receita. O planejamento logístico interligado ao sistema tecnológico com um intermodal eficiente é outro motor desta estrutura. Tendo em conta outros bons exemplos, podemos concluir que os portos portugueses podem ser de grande utilidade aos portos brasileiros, pois, para sermos inovadores, não precisamos criar algo novo, basta incrementar modelos de sucesso comprovado e tão próximos à nossa realidade como os que existem em Portugal. Esse modelos podem ser
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adaptados aos sistemas e estruturas já existentes dos portos brasileiros, não sendo necessário desfazer o que já está implementado. Deixo meu convite à comunidade portuária brasileira para que faça uma visita ao Porto de Leixões e de Lisboa, lugares que tenho orgulho de ter contribuído para a modernidade destas referências portuárias. Informativo dos Portos: Por que você decidiu olhar para o mercado brasileiro em um momento de baixa expectativa econômica? Walter Marinho: Nunca deixei de olhar para o meu país, independentemente do momento. Particularmente, considero esta fase uma ótima oportunidade em variados setores da economia e prova disso está em nossa área de investimentos, a qual recebe capital estrangeiros dos quais somos mandatários para investir em áreas como energia, infraestrutura e agropecuária, com o valor de 3 bilhões de libras. Acredito na capacidade do meu país, em sua capacidade empresarial, e sei que o Brasil está dentre os interesses de investidores, pois tem um grande potencial. Estando na Europa por tantos anos, trabalhando com grandes empresas, realizando obras de tecnologia de ponta, sinto a necessidade de contribuir no que for necessário para um melhor desenvolvimento local. Nossa empresa tem muito interesse em setores como o de transportes e infraestrutura. O Brasil precisa crescer e se tornar cada vez mais competitivo. Existe demanda pra isso. Existe vontade. Acompanho a economia do meu país e seu desenvolvimento com os mercados externos e internos e sei que nossa experiência poderá ser útil. Estamos à frente de projetos europeus que incluem ferrovias, rodovias, portos e outros. Percebo também o crescimento da indústria de óleo e gás e sabemos que é necessária a formação de pessoal para tal. Nosso setor de formação em Oil & Gás situado na França pretende agora, através do Brasil, dar capacitação aos brasileiros através das indústrias operantes no setor, aumentando assim a mão de obra qualificada nacional e diminuindo a dependência de recursos humanos estrangeiros. A visão do grupo é tornar possível, fazer acontecer. E eu não poderia absorver todo este conhecimento e experiência sem olhar para o Brasil. Penso ainda nos setores do agronegócio e energia, nos quais nosso grupo pretende dinamizar as suas atividades. Acredito que colaborar com as empresas brasileiras também nos trará valor na troca de conhecimento e oportunidades. De igual forma, convido-as a estarem conosco na Europa, Ásia e África, onde já estamos presentes. Informativo dos Portos: Como você vê a unidade da sua empresa no Brasil sendo uma alavanca para os países latino-americanos? Walter Marinho: O Brasil é a sede para as nossas operações no mercado latino-americano, onde os três maiores setores da nossa Holding veem com muita clareza um aumento exponencial deste mercado que cresce a contraciclo ao do Brasil, com uma sociedade mais atenta e exigente. A indústria está em transformação. O país está buscando uma transformação. A Geneseg Global Project, com expertise em projetos ferroviários, rodoviários e portuários, já desenvolveu o VLT do Sul to Tejo e o projeto do trem de alta velocidade Lisboa/Madrid. No setor rodoviário temos A4, IC10, A2, A8, IP2, A6, Via de Cintura Portuária do Porto de Aveiro, Concessão da Grande Lisboa, Concessão do Douro Litoral, entre muitas outras que desejamos em conjunto com outras empresas. Podermos oferecer um serviço de excelência a estes mercados. O mesmo ocorre com a Geneseg Tecnologies, que produz soluções para o setor rodoviário com meios de pagamentos inteligentes através da Brisa Inovação. Nos portos, de igual forma, temos uma ampla oferta que são exemplos em portos europeus, como a Portaria Inteligente Alfandegada (Portos de Leixões) e TOS (Rotterdan) e pode ser replicado para maior competitividade. Também pretendemos cooperar com a indústria brasileira de óleo e gás. A nossa maior contribuição nisso tudo está em nossa experiência em um mercado muito competitivo e de qualidade, onde a nossa maior riqueza está justamente na
Michel Temer e Walter Marinho
Walter Marinho e Jorge Campagnolo, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
Walter Marinho e Fausto Figueira, Assessor Especial do ministro da Saúde
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INFORMATIVO DOS PORTOS / ENTREVISTA
diversidade dos nossos recursos humanos que são provenientes dos diversos países europeus onde estamos presentes. Como presidente do grupo, pretendo compartilhar nossas experiências com estes mercados por meio de empresas locais e com valor agregado. Informativo dos Portos: Como sua experiência profissional na Europa pode contribuir com os setore empresarial e político brasileiros? Walter Marinho: Além da minha atividade empresarial, sempre busquei ter conhecimento da política. Estar na Europa e desenvolver grandes projetos me deram oportunidade de fazer bons contatos no parlamento europeu. Tive a satisfação de desenvolver um papel junto à política europeia em negociações, e consegui encontrar soluções que me foram exigidas para a integração de negócios face a diversidade cultural e econômica dos países que compõem aquele continente. Recebo convites e colaboro sempre que sou solicitado. Gosto de fazer negócios e amo a política. Hoje, faço doutorado em Gestão e Inovação, onde desenvolvo atividades de consultoria em desenvolvimento de novos negócios, internacionalização, negociações e inovação. Estar no meio acadêmico significa reciclar e renovar. Por isso tenho parceria com diversas universidades onde desenvolvo projetos europeus em smart cities, transportes inteligentes e corredores logísticos. Uma coisa não se sobrepõe à outra. Tudo me acrescenta. Informativo dos Portos: Com sua cooperação e vivência na política europeia, você pretende também cooperar com os agentes políticos no Brasil? De que forma? Walter Marinho: Me sentiria honrado se para isso for chamado. E me sinto extremamente capacitado para tal missão, porque seria uma forma indireta de contribuir com os cidadãos. A minha cooperação na política está ligada às estratégias de trazer uma negociação para um consenso comum e isso requer um trabalho de muito tato, porque falamos de convicções, partidos, religiões e interesses diferentes com culturas distintas de 28 países membros, ou seja, uma mistura política complexa, mais que no final conseguimos fazer com que se entenda. O Brasil tem muito destas características de diversidade e, caso esta cooperação um dia aconteça, as ações serão invisíveis aos olhos da sociedade, mas o objetivo final é sempre trazer resultados positivos e progressistas para ela. Informativo dos Portos: Em sua estada aqui no Brasil, o que você identificou como principais entraves no sistema logístico nacional? Walter Marinho: Esta é uma pergunta complexa de se responder. Talvez a redução dos investimentos em infraestrutura por causa das dificuldades econômicas, entre outros elementos, contribui para o entrave do sistema. Apesar de o governo já ter adotado medidas de incentivo às exportações, a modernização dos portos precisa acontecer. O desafio para o setor de logística e transportes
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está numa variante que vai desde o processo de distribuição, no trajeto das fábricas até o cliente final, com o agravante da falta de corredores logísticos e infraestrutura modal adequada. Para falarmos de logística temos que analisar de uma forma minuciosa as etapas de distribuição, pois elas envolvem um alto grau de complexidade, onde as tecnologias para o setor têm um valor acrescentado e determinante. Posso citar um exemplo com a 3M Europa, em que estudamos e redesenhamos a cadeia logística. Paralelo, a isso, desenvolvemos uma plataforma que a permitiu reduzir os custos nos transportes em 25% e 10% em emissões de carbono. Hoje o sistema é utilizado por todos os operadores logísticos da 3M na Europa e que brevemente também estará sendo operacionalizado pela 3M no Brasil com estudos e adaptações à realidade brasileira. A logística deve ser estudada e adaptada para cada empresa e meio que ela opera, onde o desafio passa por descobrir e selecionar o melhor modal a ser utilizado para cada tipo de transporte: rodoviário, aéreo, marítimo, hidroviário ou ferroviário. Para cada rota há uma ou mais possibilidades de escolha, que dependem de fatores determinantes, entre eles a disponibilidade de infraestrutura, mediante análise profunda de custos.
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“A LOGÍSTICA DEVE SER ADAPTADA PARA CADA EMPRESA, ONDE O DESAFIO PASSA POR SELECIONAR O MELHOR MODAL A SER UTILIZADO PARA CADA TIPO DE TRANSPORTE” Walter Marinho
Informativo dos Portos: Como você enxerga os portos brasileiros, levando em consideração a sua experiência junto aos portos europeus? O que é preciso para se aproximar deles em excelência aqui no Brasil? Walter Marinho: Podemos dizer que existe uma distância considerável, onde os portos brasileiros estão em um combate constante para manter sua competitividade e onde existe a necessidade de uma transformação profunda. Um porto não pode funcionar bem sem um sistema modal eficiente e por isso a infraestrutura de um modo geral faz parte da vitalidade portuária. Aliado a isso, precisam de sistemas tecnológicos que aumentem a eficiência e que simplifiquem os processos, tornando-os mais transparentes e mais ágeis para toda a cadeia portuária. A continuidade das políticas em gestões diferentes também é uma questão a ser pensada. Já citei os exemplos dos portos portugueses e existem outros a serem seguidos. Casar investimentos públicos e privados dará maior competitividade aos portos. Essa parceria aumentará a eficiência. Dar mais condições a investidores nacionais e internacionais contribuirá com o desenvolvimento do Brasil.
Informativo dos Portos: O que mais atrai no Brasil para os investidores europeus? Em quais setores a Europa deseja investir aqui e por quê? Walter Marinho: Olhamos para o Brasil a longo prazo, sendo este um país com um grande potencial em vários setores, com riquezas naturais invejáveis. Enxergamos suas necessidades e pretendemos transformá-las em oportunidades. Como empresário, gostaria de investir no Brasil, também, no setor de energia, como montagem de usinas para a produção de energia, assumir os projetos e investimentos interrompidos, pois o setor de transportes e infraestrutura continua sendo atrativo para o capital estrangeiro e uma necessidade do país. Os brasileiros consomem cada vez mais e estão mais exigentes; portanto, a tendência deverá ser de crescimento. As economias são feitas de ciclos, e olhamos para o Brasil com uma boa expectativa de crescimento. Para o grupo do qual sou presidente, o importante é estarmos em diversas geografias e realidades do mundo. Achamos importante também a sincronia com as empresas brasileiras para a troca de conhecimento. Isso é enriquecedor para ambos os lados. O Brasil continuará sendo os olhos dos investidores. E eu particularmente não posso deixar de acreditar.
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DE CONCESSÕES
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INFORMATIVO DOS PORTOS / PACOTE
GOVERNO FEDERAL
ESPERA ARRECADAR R$ 198,4 BILHÕES COM CONCESSÕES 30
Investimentos no Porto de São Francisco do Sul, no Aeroporto Hercílio Luz e em quatro rodovias catarinenses fazem parte do programa nacional divulgado pelo governo
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O governo federal espera arrecadar R$ 198,4 bilhões com o plano de concessões de portos e aeroportos. Deste total, R$ 37,4 bilhões representam a estimativa de investimentos privados no sistema portuário brasileiro. A projeção feita pelo ministro-chefe da Secretaria de Portos (SEP), Edinho Araújo, é de que os arrendamentos de novas áreas portuárias gerem recursos de R$ 11,7 bilhões, a instalação de novos terminais de uso privado cerca de R$ 15 bilhões e as renovações antecipadas de contratos, R$ 10,8 bilhões. “São investimentos que irão revolucionar o sistema portuário brasileiro em curto e médio prazo, ampliando, modernizando e tornando mais eficientes nossos portos públicos e privados”, destaca o ministro. Para isso, licitações de novas áreas em portos organizados devem ser disparadas ainda este ano. A SEP anunciou a licitação do bloco 1 de arrendamentos portuários, que envolve 29 áreas, nove em Santos e 20 nos portos do Pará. A novidade é que as licitações serão disparadas ainda este ano, em duas fases, e a expectativa da SEP é de atrair investimentos de R$ 4,7 bilhões. Na primeira fase, com previsão de licitação imediata, estão incluídos cinco terminais de grãos no Pará e um no Porto de Santos, e mais dois terminais de celulose em Santos, totalizando investimentos de R$ 2,1 bilhões. Durante o evento de lançamento do Programa de Investimentos em Logística, o ministro Edinho Araújo anunciou o novo desenho do bloco 2 de arrendamentos portuários. “Decidimos incluir nesta nova etapa os terminais que têm grande atratividade e maior demanda para o mercado privado, como as áreas green field (novas), que recebem maior volume de investimentos”, afirmou o ministro. O bloco 2 inclui 21 terminais nos portos de Paranaguá, Itaqui, Santana, Manaus, Suape, São Sebastião, São Francisco do Sul, Aratu, Santos e Rio de Janeiro. Os investimentos previstos são de R$ 7 bilhões e a expectativa da SEP é de lançar estas licitações no primeiro semestre de 2016. O ministro Edinho Araújo registrou a demanda aquecida no setor portuário. “Temos, neste momento, 63 processos para autorização de novos terminais de uso privado em análise, com potencial de agregar investimentos da ordem de R$ 15 bilhões. Há 24 propostas de antecipações de renovação de arren-
damentos tramitando na Secretaria de Portos, com previsão de investimentos de mais R$ 10,8 bilhões. É uma prova do vigor do setor portuário e da confiança do investidor”, disse o ministro. Santa Catarina O programa nacional de concessões do governo federal contempla Santa Catarina com investimentos no Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis, e em quatro rodovias. A estimativa de investimentos no estado é de pelo menos R$ 7,5 bilhões, sem contar outros R$ 4,5 bilhões de um trecho de rodovias que envolvem também o Paraná. Somente o Aeroporto Hercílio Luz, por onde passaram 3,6 milhões de passageiros em 2014, terá investimento de R$ 1,1 bilhão. O terminal é o 14º mais movimentado do país. Estão previstos ainda investimentos da iniciativa privada na construção de um novo terminal de passageiros, além de obras no pátio das aeronaves. Foram incluídos no plano nacional de concessões quatro trechos de estradas que cortam Santa Catarina. O primeiro trecho a ser colocado em leilão, ainda em 2015, deverá ser a junção das BRs 476, 153, 282 e 480, na ligação do Oeste catarinense com o Sul do Paraná. A extensão total é de 460 quilômetros e o valor estimado para investimento é de R$ 4,5 bilhões. Outros três trechos têm leilões previstos para 2016. Com o objetivo de duplicar o trecho que liga a região agroindustrial, no Oeste, aos portos no Litoral Norte, os trechos da BR-282 e BR-470, que fazem parte deste caminho de 455 quilômetros, serão oferecidos à iniciativa privada. O investimento é estimado em R$ 3,2 bilhões. Também será privatizado o trecho de 307 quilômetros da BR-280 que liga as cidades de Porto União a São Francisco do Sul, no Norte do Estado. A obra, estimada em R$ 2,1 bilhões, servirá, segundo o governo, para melhorar escoamento da safra e da produção industrial catarinense pelos portos. O trecho sul da BR-101, que vai de Palhoça, na Grande Florianópolis, até a divisa com o Rio Grande do Sul, num percurso de 220 quilômetros, também está contemplado no plano. O objetivo é melhorar a capacidade de fluxo e aumentar a segurança dos usuários da rodovia. A estimativa de investimento é de R$ 1,1 bilhão.
Investimentos em novas áreas portuárias: R$ 11,7 bilhões
FOTOLIA
OS NÚMEROS DO PACOTE Instalação de novos terminais de uso privado: R$ 15 bilhões Renovações antecipadas de contratos: R$ 10,8 bilhões Áreas do bloco 1: nove em Santos e 20 no Pará Áreas do bloco 2: 21 terminais nos portos de Paranaguá, Itaqui, Santana, Manaus, Suape, São Sebastião, São Francisco do Sul, Aratu, Santos e Rio de Janeiro. Propostas para renovação de arrendamentos: 24 tramitando na Secretaria de Portos, com previsão de investimentos de mais R$ 10,8 bilhões.
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INFORMATIVO DOS PORTOS / PACOTE
DE CONCESSÃO
FIESC APOIA PROGRAMA DE INFRAESTRUTURA ANUNCIADO PELO GOVERNO Presidente da entidade afirma que Santa Catarina é um dos estados que mais necessita de obras de infraestrutura para redução dos custos logísticos A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) defendeu os investimentos em infraestrutura previstos no pacote de concessão anunciado pelo governo federal. Mesmo considerando que a infraestrutura de transporte deva ser provida pelo Estado, as obras não têm sido realizadas no ritmo necessário para atender o crescimento da demanda, conforme levantamentos da federação. Em Santa Catarina, por exemplo, os recursos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento e Orçamento da União têm sido executados, em média, em 47%. Nos últimos cinco anos, cerca de 80% desses recursos foram direcionados ao trecho Sul da BR-101. “Santa Catarina é um dos estados que mais necessita de obras de infraestrutura para redução dos custos logísticos. Por
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isso, consideramos o anúncio uma boa notícia. Agora precisamos de uma boa governança para o programa sair do papel, conciliando atratividade para o investidor com custos compatíveis com a realidade brasileira”, disse o presidente da entidade, Glauco José Côrte. Para o empresário, a ampliação do programa federal de concessões em infraestrutura representa importante passo no conjunto de ações para a retomada do crescimento e recuperação da competitividade da economia brasileira. Côrte destacou que, entre os projetos anunciados, estão obras importantes para Santa Catarina, incluindo projetos cuja concessão já era defendida pela Fiesc, como o Aeroporto Hercílio Luz, o trecho Sul da BR-101, a BR-282 e a BR-470. “Ferrovias fundamentais para o estado não foram incluídas porque não têm projetos prontos. Esperamos que tão logo seja superada esta etapa, elas também sejam concedidas”, avaliou. Côrte lembra ainda que análises técnicas da Fiesc mostram que as condições das rodovias com obras previstas na segunda fase do Programa de Conservação, Restauração e Manutenção de Rodovias (Crema), do governo federal, estão em condições extremamente precárias. Na avaliação da indústria, a ampliação da participação do setor privado aponta na direção correta para destravar investimentos estratégicos com modelos que sinalizam maior segurança e atratividade para o investidor. Apesar do sensível progresso em alguns modais, a indústria brasileira ainda se ressente do déficit histórico na infraestrutura, que permanece um inconveniente entrave à competitividade do setor. Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesse sentido, boa governança e gestão serão essenciais para evitar atrasos, já que o tempo de maturação de projetos de infraestrutura é longo. A entidade considera que somente com a integração logística entre modais, o país conseguirá com efetividade transportar seus produtos e concorrer no mercado externo. Na avaliação de Côrte, o programa de infraestrutura coloca em pauta uma agenda positiva de investimentos, que se contrapõe ao caráter recessivo do ajuste fiscal em curso. “Era o que vínhamos pedindo”, afirmou. O estudo Competitividade Brasil 2014, da CNI, mostra que a má qualidade da infraestrutura de transportes coloca o Brasil em último lugar em um ranking que compara o país a 14 outras nações que disputam espaço no mercado mundial. De acordo com o trabalho, quando se analisam os modais, o Brasil fica em último lugar em portos e aeroportos e em 13º lugar nos quesitos ferrovias e rodovias. A falta de qualidade na malha de transportes se traduz em frete mais caro, maior tempo gasto no deslocamento de mercadorias e maior custo no preço final.
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INFORMATIVO DOS PORTOS / PORTO
DE PARANAGUÁ
PRODUTIVIDADE DO CORREDOR DE EXPORTAÇÃO CRESCE 33% EM 2015 Porto foi o líder na movimentação de farelo de soja, óleo vegetal e congelados em relação aos demais portos brasileiros nos primeiros meses do ano A produtividade do Porto de Porto de Paranaguá cresceu 33% na comparação com o ano passado depois da instalação dos novos carregadores de navios inaugurados no Corredor de Exportação. Com os equipamentos, o porto passou a operar de 1,5 mil toneladas a hora para 2 mil toneladas a hora. O conjunto de quatro shiploaders substituem equipamentos adquiridos na década de 1970. Do total de carregadores, dois estão em funcionamento e os outros dois serão instalados ao longo do segundo semestre. Ao todo foram investidos R$ 59 milhões na compra dos quatro equipamentos. O Porto de Paranaguá foi a principal via de escoamento da produção brasileira de farelo de soja, óleo vegetal e congelados no acumulado de 2015. O porto foi também o líder na movimentação destes produtos em comparação com os demais portos brasileiros nos primeiros meses do ano. Em abril, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) bateu recorde de movimentação: ao longo do mês, o porto escoou 1,476 milhão de toneladas de soja, superando o recorde anterior de 1,396 milhão de toneladas. A alta de 6% é considerada um recorde histórico. O Corredor de Exportação não recebia investimentos desde 1999. “Hoje temos um porto mais eficiente, desburocratizado, com licenciamento ambiental e programas jamais vistos na área de sustentabilidade. Além disso, conseguimos reconquistar a confiança da iniciativa privada que – com a aquisição de 12 novos guindas-
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tes – demonstra ter voltado a confiar em Paranaguá”, ressalta o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. Entre os anos de 2011 e 2014 foram investidos R$ 511 milhões em obras de melhoria, infraestrutura e novos projetos no Porto de Paranaguá. Entre eles estão a modernização do sistema de conferência das cargas de fertilizantes, que agilizou o trabalho e ajudou a diminuir o tempo de espera dos navios; o programa carga online, sistema informatizado que ordena a chegada de caminhões graneleiros e acabou com as filas no porto; adoção do monitoramento eletrônico e de novas regras de atracação no Corredor de Exportação, tornando mais ágil a exportação de grãos; e as três campanhas de dragagem que devolveram a profundidade original
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2014. Já a movimentação geral de cargas passou de 38,1 milhões em 2010 para 45,5 milhões em 2014. Para este ano, a previsão da Appa é investir R$ 360 milhões nos portos paranaenses. Segundo o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, apenas nos quatro primeiros meses de 2015, Paranaguá recebeu mais investimentos do que durante uma década.
aos canais de acesso e berços de atracação. O Pátio de Triagem de Caminhões do Porto de Paranaguá recebeu nos primeiros meses de 2015 o total de 113.350 veículos. O número representa um aumento de 78%, se comparado com o mesmo período de 2010, quando o local recebeu 88.946 caminhões. Ao todo, R$ 7,49 milhões foram aportados em melhorias no pátio. O local tem capacidade estática para abrigar até mil caminhões simultaneamente, mas diariamente passam por ali cerca de 2,5 mil caminhões para descarregar grãos no período de safra. Estas medidas resultaram no aumento da receita cambial, que em 2010 era de U$ 14,5 bilhões e passou para U$ 16,5 bilhões em
Entre as obras, equipamentos e projetos entregues em 2015 estão aquisição de novas balanças para pesagem dos caminhões, as obras de reforma do cais, a nova iluminação (em LED) da avenida portuária, a implantação de novos tombadores e componentes para descarregar cargas e a dragagem de manutenção do canal de acesso ao porto. Neste montante estão previstos investimentos em infraestrutura marítima (reforma do cais já em andamento), infraestrutura de acostagem e infraestrutura terrestre, como a implantação de um novo sistema de combate a incêndio e a recuperação da Avenida Bento Rocha, em Paranaguá. Também estão programados investimentos em tecnologia, com a aquisição de scanners para inspeção de cargas. O meio ambiente será beneficiado com a construção da Base de Prontidão para Emergências Ambientais e ações voltadas ao monitoramento ambiental. Para os próximos três anos, de 2016 a 2018, a Appa pretende investir R$ 577 milhões em projetos de infraestrutura, obras de reforma em berços de atracação e ações contínuas de manutenção e dragagem.
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LOGÍSTICA EMPRESARIAL
DB SCHENKER
DO BRASIL É ESCOLHIDA POR MODELĒZ PARA TRANSPORTE AÉREO Contrato se refere às importações aéreas com origem na Alemanha, Suíça, Reino Unido, Áustria, Espanha, Dinamarca e Cingapura com destino a todas as unidades da Mondelēz Brasil A Mondelēz Brasil, empresa multinacional detentora de marcas como Lacta, Bis, Trident e Club Social, escolheu a DB Schenker do Brasil como provedor oficial para o transporte de matérias-primas, partes e peças de equipamentos de países da Europa e Ásia para o Brasil. As duas empresas firmaram um contrato de três anos, após o período de negociação iniciado no final do ano passado. O contrato se refere às importações aéreas com origem na Alemanha, Suíça, Reino Unido, Áustria, Espanha, Dinamarca e Cingapura com destino a todas as unidades da Mondelēz Brasil. As operações do novo cliente foram iniciadas no começo de maio. “Para a DB Schenker é um prazer ter a Mondelēz como cliente. Temos certeza de que esse contrato será o início de uma grande parceria”, declara Roberto Moreno, presidente da DB Schenker do Brasil. A DB Schenker Internacional já é responsável por toda a logística e o armazenamento na planta da Mondelēz International localizada em Bad Fallingbostel na Alemanha. A empresa é um dos líderes globais em serviços de logística integrada, possui mais de 95.700 funcionários em todo o mundo e atua em 130 países com mais de 2.000 escritórios nos principais centros econômicos do planeta. No Brasil, a Schenker do Brasil Transportes Internacionais está presente há mais de 40 anos e possui mais de 600 funcionários em 10 escritórios em todo o país, além de parceiros nas principais cidades. Já a Mondelēz International é líder mundial em chocolates, biscoitos, balas e bebidas em pó. A companhia engloba as marcas de snacks da antiga Kraft Foods, após a cisão da operação norte-americana de alimentos em outubro de 2012. No Brasil, possui seis fábricas nos estados de São Paulo, Paraná e Pernambuco e emprega cerca de 13 mil pessoas. A empresa tem em seu portfólio marcas valiosas, como Trident, Chiclets e Halls, os chocolates Lacta, Bis e Sonho de Valsa, os biscoitos Oreo, Club Social e Trakinas, os refrescos em pó Tang, Clight e Fresh, as sobremesas e o fermento em pó Royal e o cream cheese Philadelphia. A Mondelēz International tem uma receita anual de aproximadamente US$ 34,3 bilhões e opera em mais de 80 países.
INFORMATIVO DOS PORTOS / ESPECIAL
UMA REGIÃO EM FRANCA
ASCENSÃO
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São Francisco do Sul e Itapoá se transformam em símbolo para a mudança econômica do Norte de Santa Catarina. Os dois municípios sentem o impacto positivo do crescimento dos dois portos
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“JÁ NÃO DEPENDEMOS MAIS SOMENTE DO TURISMO EM ALGUNS POUCOS MESES DO ANO. AGORA O PORTO É O PRINCIPAL DESTAQUE POR AQUI”.
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Márcio Roberto Gonzatto, Secretário de Planejamento e Urbanismo de Itapoá
Dezembro de 2010. Mês e ano em que um empreendimento da iniciativa privada se transformou num símbolo de mudança para a economia da região Norte de Santa Catarina, em especial a dos municípios localizados às margens da Baía da Babitonga. Muito além de ser mais um terminal portuário, o Porto Itapoá, inaugurado naquele mês e ano, junto com o Porto de São Francisco do Sul, transformou-se na base da guinada econômica do litoral norte do estado. Juntos, os dois portos se consolidaram como um sopro de uma nova fase econômica para os dois municípios. Neste novo momento, no ano que completa 60 anos, o Porto de São Francisco está investindo R$ 30 milhões com recursos próprios em infraestrutura e tem o aval do governo federal para o arrendamento de novas áreas para exploração da iniciativa privada em 2016. De acordo com o presidente do Porto Itapoá, Patrício Junior, atualmente o terminal emprega cerca de 700 pessoas e gera pelo menos 2 mil empregos indiretos. Conforme Patrício, o principal desafio do Porto Itapoá é dar início à sua ampliação estrutural. “Passaremos de uma capacidade de 500 mil TEUs por ano para cerca de 2 milhões de TEUs ao fim das obras de expansão”, destaca. “O desafio não consiste apenas em obter as licenças necessárias à ampliação, mas conduzir uma obra de grande porte, mantendo a reconhecida excelência operacional do porto
Presidente do Porto Itapoá, Patrício Junior
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INFORMATIVO DOS PORTOS / ESPECIAL
com os clientes, colaboradores e comunidade satisfeitos”, acrescenta.
COM PORTOS COMPETITIVOS E UMA POSIÇÃO GEOGRÁFICA ESTRATÉGICA, O NORTE DE SANTA CATARINA COMEÇA A SE TORNAR REFERÊNCIA PARA INVESTIDORES EM CENTROS DE LOGÍSTICA.
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Desde a inauguração do Porto Itapoá, o município vive uma nova fase. A própria economia da região sente os impactos positivos da construção do porto. De acordo com o secretário de Planejamento e Urbanismo de Itapoá, Márcio Roberto Gonzatto, a reboque da inauguração do terminal privado, cerca de 50 empresas se instalaram na cidade nos últimos anos. “Já não dependemos mais somente do turismo em alguns poucos meses do ano. Agora o porto é o principal destaque por aqui”, destaca Gonzatto. Nesta lista de novas empresas, merecem destaque o CLIF (Centro Logístico Integrado Fastcargo) e a ATM Transporte Multimodal. Ao mesmo tempo cresceram também os investimentos na construção civil do município e também no número de pessoas morando na cidade. O próprio secretário mantém uma construtora de médio porte para atender a demanda por novas moradias. O Projeto Porto Seco é considerado outro case de sucesso da MC Construções, de Blumenau, em Itapoá. A obra inclui uma série de edi ficações, dentre elas um prédio administrativo e uma câmara fria com aproximadamente 12.000 m². Todo o trabalho, concebido pelos profissionais da MC Construções, segue criteriosamente os conceitos construtivos sustentáveis e de operação ecologicamente corretos. Em 2010, ano da inauguração do porto, Itapoá tinha uma população de 14.800 habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia
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O PORTO DE SÃO FRANCISCO No dia 1º de julho, o Porto de São Francisco do Sul completa 60 anos de atuação. A história teve início em 1912, quando a Companhia de Estradas de Ferro São Paulo – Rio Grande do Sul recebeu permissão para implantar uma estação marítima na Baía de São Francisco do Sul. Porém, somente em 1941, o governo de Santa Catarina obteve a concessão para começar as obras, que iniciaram em 1945. A inauguração oficial ocorreu no dia 1º de julho de 1955. e Estatística (IBGE). Cinco anos depois, o instituto calcula em 23 mil o total de habitantes. Cresceu também o número de estudantes matriculados nas escolas da rede pública municipal. De 2014 para 2015, por exemplo, o índice de crianças matriculadas cresceu 30%. Para reduzir os impactos das mudanças, a cidade vai ganhar um novo plano diretor, além de novos investimentos em infraestrutura. O secretário garante, no entanto, que o custo de vida não se alterou. Em Itapoá ainda é possível comprar um apartamento com dois quartos por menos de R$ 200 mil, valor bem abaixo dos preços praticados em Itajaí, por exemplo, outra cidade que tem a economia sustentada na atividade portuária. “Aos poucos, Itapoá alcança desenvolvimento econômico compatível com o das principais cidades do estado”, reforça o secretário. CENTROS LOGÍSTICOS Com portos competitivos e uma posição geográfica estratégica, o Norte de Santa Catarina começa a se tornar referência para investidores em centros de logística. Em Itapoá, despontam duas obras que simbolizam bem esse novo perfil da economia catarinense. Uma é o CLIF (Centro Logístico Integrado) que iniciou suas operações em maio de 2014, oferecendo uma superestrutura capaz de atender empresas dos mais variados setores. A outra é a ATM Transporte Multimodal.
No final da década de 1970, o Porto ganhou dois terminais e, a partir de 1994, registrou um grande crescimento com a procura de agentes importadores e exportadores que construíram seus próprios armazéns nas áreas adjacentes para a movimentação de cargas. O salto comercial da década de 1990 esgotou a capacidade física da área portuária, iniciando-se, então, a implantação de projetos de melhoria e ampliação. “Sessenta anos depois, São Francisco do Sul vive uma fase positiva. O bom momento nos permite planejar investimentos com o objetivo de impulsionar ainda mais o crescimento”, destaca o presidente Paulo Corsi.
O Centro Logístico Integrado Fastcargo está garantindo um novo ritmo ao processo de exportações de cargas em Santa Catarina. Localizado
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a 7,2 quilômetros do Porto Itapoá, o CLIF foi homologado pela Receita Federal para operar como Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação. Com a autorização, o estado passa a contar com seis empresas atuando como terminal Redex. Para operar como tal, o CLIF conta com estrutura própria e equipamentos modernos para oferecer soluções customizadas para as operações logísticas de armazenamento de cargas destinadas ao terminal de Itapoá. De acordo com Marco Túlio Viero Dilelio, presidente do CLIF, o investimento no Centro Logístico girou em torno de R$ 120 milhões. “Acreditamos no desenvolvimento da região e no fomento das atividades relacionadas ao nosso negócio. Se considerarmos o conceito de retorno de investimento, serão mais de cinco anos. Estamos com bons resultados e, em 2015, já apresentamos lucro operacional positivo”, enfatiza. O CLIF possui em sua estrutura atual 420 tomadas para contêiner refrigerado, armazém de 20 mil metros quadrados e pátio para 5 mil TEUs estáticos. O empresário acrescenta que o centro logístico foi projetado e construído para oferecer um amplo portfólio de serviços: Redex para carga dry e refrigerada (com 420 tomadas), pré-stacking, armazém geral, Depot, gestão de transporte também com operação de entreposto aduaneiro, armazém alfandegado e estrutura para produtos sujeitos à Vigilância Sanitária quando em regime de CLIA. “Possuímos também toda estrutura para os órgãos intervenientes. Entendemos sermos os únicos a poder oferecer toda esta gama de serviços com custo adequado e segurança ao cliente, o que constitui um diferencial e uma vantagem competitiva”, diz. De olho no crescimento do mercado, a direção do CLIF projeta também a construção de uma unidade em regime de Armazém Geral nas mesmas dimensões da estrutura atual. “Este novo investimento contará com amplo pátio para contêineres e um moderno centro de armazenagem verticalizado”, destaca. INVESTIMENTO Em dezembro de 2013, a ATM inaugurou seu primeiro terminal logístico retroportuário em Itapoá com um investimento de R$ 40 milhões. Hoje, as unidades da ATM Itapoá e Manaus somam juntas 84 mil m² de área construída, sendo 70 mil para Itapoá e 14 mil para Manaus; armazéns de 7 mil m², sendo 4 mil para Itapoá e 3 mil para Manaus; capacidade operacional para 8 mil TEUs, considerando 7
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Presidente do Porto de São Francisco do Sul, Paulo Corsi
mil TEUs para Itapoá e 1 mil TEUs para Manaus; quatro balanças rodoviárias e modernos sistemas operacionais de controle e movimentação de carga, com o objetivo de atender, além das operações de contêineres vazios, os serviços de movimentação e armazenagem de cargas com o status de Armazém Geral e, em breve, Redex. Com o começo das operações da ATM Transporte Multimodal em Manaus, a empresa amplia infraestrutura logística para recebimento, armazenagem, paletização, consolidação, desconsolidação e entrega de cargas para São Paulo, via cabotagem, ampliando a operação na região Norte do Brasil. Com saídas semanais do Porto Itapoá para o porto de Manaus, e vice-versa, a operação da ATM, em conjunto com a cabotagem da Aliança, agregará valor à logística já
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existente na região, servindo como ponto de distribuição e coleta do serviço de carga fracionada. Cargas de pequeno e médio volume são coletadas ou entregues na porta do cliente, a um custo logístico competitivo, com garantia da integridade da mercadoria, frequência de embarques e confiabilidade operacional. “A expectativa é que o serviço de carga fracionada movimente em torno de 3 mil toneladas até o final do ano, aumentando em 30% o faturamento da ATM Transporte Multimodal”, explica o diretor-executivo da Aliança, José Roberto Salgado. SÃO FRANCISCO PROJETA R$ 30 MILHÕES EM INFRAESTRUTURA Às vésperas de completar 60 anos (a data é comemorada no dia
1º de julho), o Porto de São Francisco do Sul projeta investir R$ 30 milhões em obras de infraestrutura com recursos próprios. Os investimentos envolvem a dragagem de manutenção do canal de acesso em 14 metros de profundidade e a qualificação do sistema de segurança. O presidente do Porto de São Francisco do Sul, Paulo Corsi, destaca que serão feitos investimentos no sistema de monitoramento por câmeras e na tecnologia do controle de acessos com a instalação de sistema OCR nos gates. O sistema OCR (Optical Character Recognition ou reconhecimento óptico de caracteres, na tradução livre) faz parte do sistema de segurança portuária que é exigido pela Receita Federal e cumpre o Código Internacional para Proteção de Navios e Instalações Portuárias (ISPS-CODE). Além disso, haverá obras para melhorar o sistema de
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INFORMATIVO DOS PORTOS / ESPECIAL
iluminação de todo porto, incluindo a readequação de sua subestação de energia própria. “Como o porto tem sido superavitário, temos condições de investir recursos próprios nessas melhorias”, explica Corsi. Ele projeta também obras na sede administrativa. São Francisco do Sul é o segundo porto em carga não conteinerizada do país. “Se a movimentação de cargas cresce, aumenta também a necessidade de investimentos e passa a ser primordial a realização de projetos que possam assegurar as operações de importação e exportação”, justifica o presidente do porto. Historicamente, o Porto de São Francisco do Sul destaca-se pela movimentação de granéis sólidos, incluindo uma quantidade importante de commodities. Nos últimos anos, assim como nos demais portos de todo o mundo, vê crescer a participação de cargas gerais, como a exportação de estruturas de aço e madeira e a importação de fios de aço. Em 2014, o Porto de São Francisco do Sul movimentou 13 milhões de toneladas de mercadorias, um recorde histórico. Segundo Paulo Corsi, a expectativa é de pelo menos repetir o bom desempenho ao longo de 2015. Ele explica que o fato de o porto ser o único de Santa Catarina beneficiado por um ramal ferroviário auxilia a movimentação de cargas, principalmente a granel.
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HISTORICAMENTE, O PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL DESTACA-SE PELA MOVIMENTAÇÃO DE GRANÉIS SÓLIDOS, INCLUINDO UMA QUANTIDADE IMPORTANTE DE COMMODITIES.
A ABTRA e suas empresas associadas parabenizam o Porto de São Francisco do Sul pela sua importante contribuição ao comércio exterior e à economia do Brasil.
WWW.ABTRA.COM.BR
EMPRESAS ASSOCIADAS ACT EXPORTAÇÃO | ADM DO BRASIL | ADONAI | AGEO TERMINAIS | BANDEIRANTES LOGÍSTICA INTEGRADA | BRASIL TERMINAL PORTUÁRIO | BUNGE | CITROSUCO | CONCAIS COPERSUCAR | CUTRALE | DEICMAR | DOW BRASIL | ECOPORTO SANTOS | ELOG | EMBRAPORT | EMPRESA DE REVITALIZAÇÃO DO PORTO DE MANAUS | EUDMARCO FEDEX BRASIL | FIBRIA | FISCHER | GRANEL QUÍMICA | GRUPO LIBRA | HIPERCON | INTERMARÍTIMA | LOCALFRIO | LOUIS DREYFUS | MARIMEX | MULTITERMINAIS NST - TERMINAIS E LOGÍSTICA | PÉROLA | RHAMO | RISHIS | ROCHA TERMINAIS PORTUÁRIOS E LOGÍSTICA | RODRIMAR | RUMO | SANTOS BRASIL | STOLTHAVEN | TEAG TEG | TEQUIMAR | TERMAG | TERMINAIS PORTUÁRIOS DA PONTA DO FÉLIX | TERMINAL 12A | TERMINAL XXXIX | TGG | T-GRÃO | TRANSBRASA TRANSPETRO | ULTRAFÉRTIL | USIMINAS | VOPAK | VOTORANTIM METAIS
INFORMATIVO DOS PORTOS / PLANO
DE CRESCIMENTO
PORTO DE IMBITUBA FOCA NO APERFEIÇOAMENTO E EM OBRAS DE INFRAESTRUTURA Com os investimentos, o porto pode receber embarcações com até 333,2 metros de comprimento, 48,30 metros de largura e 11,30 metros de calado
O Porto de Imbituba, no Sul de Santa Catarina, está focado no aperfeiçoamento dos procedimentos e processos, visando à implantação do sistema da qualidade, captação de novas linhas e a realização das obras de infraestrutura para responder à crescente demanda externa por matérias-primas e outros bens brasileiros. De acordo com o administrador do porto, Luiz Rogério Pupo Gonçalves, as obras de infraestrutura incluem o sistema viário, segurança, novas casas de conveniências, novas portarias e recuperação do acesso viário com participação do governo do estado e da prefeitura de Imbituba. Entre mão de obra, infraestrutura, equipamentos e projetos, a previsão é investir R$ 20 milhões. Também está prevista a continuidade dos projetos estratégicos que estão sendo desenvolvidos com a Secretaria de Portos (SEP), denominados “Inteligência Logística Portuária”. Entre as iniciativas está a implantação do VTMIS - sigla em inglês para Vessel Traffic Management Information System (Sistema de Gerenciamento e
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Informação do Tráfego de Embarcações) - e a criação de Áreas de Apoio Logístico Portuário (AALPs). O VTMIS é considerado pela administração portuária um significativo avanço tecnológico para os portos, pois equipa os principais e mais movimentados terminais no mundo. No final do ano passado, o Porto de Imbituba ampliou a capacidade de recepção para atender os maiores navios que frequentam a costa brasileira, os chamados super pós-panamax. A Marinha autorizou o novo modelo devido aos ganhos obtidos com a dragagem, que criou um canal de navegação com 17 metros e aprofundou os acessos e os berços para 15,5 metros e 15 metros, respectivamente. Com os investimentos, o porto pode receber embarcações com até 333,2 metros de comprimento, 48,30 metros de largura e 11,30 metros de calado. Na maré cheia, o calado máximo autorizado sobe
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Administrador do porto, Luiz Rogério Pupo Gonçalves
até um metro, para 12,30 metros. “Como em Imbituba os navios chegam ou saem parcialmente carregados, esse calado atende a necessidade do momento”, observa Gonçalves. Até então, o calado permitido era pouco maior, de 11,80 metros, mas só embarcações com até 290 metros de comprimento podiam entrar no porto. A obra custou R$ 36 milhões, sendo R$ 33 milhões oriundos do Plano Nacional de Dragagem, e o restante do governo do estado.
trânsito urbano local e veículos de carga.
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Pupo destaca que, como 2015 se apresenta com um ano difícil e de crise em vários setores da economia, o atendimento das demandas do mercado estão voltadas a aumentar a qualidade dos serviços prestados, visando um diferencial de trabalho conjunto com todos os atores responsáveis pela cadeia logística. “Desta forma estamos criando condições para que, mesmo nesse ano difícil, possamos crescer mais de 10%”, completa
O governo do estado, através da SCPAR, em conjunto com a prefeitura de Imbituba, está desenvolvendo um trabalho de análise de projetos para estabelecer os critérios para a contratação da obra de ligação do terminal com a BR-101. A obra visa soluções que atendam ao porto, aos transportadores, ao tráfego urbano e à mobilidade urbana. O objetivo é contemplar todos os condicionantes, principalmente os de segurança, tais como passeios, ciclovias e diferenciação do
Além das condições físicas favoráveis, como o canal de acesso e facilidade para atracação, o Porto de Imbituba possui áreas que permitem crescimento físico e expansão das atividades econômicas dentro da área do porto organizado e uma retroárea de aproximadamente 6 milhões metros quadrados, considerando áreas públicas e privadas que estão destinadas para esse fim a uma distância de até 8 quilômetros do terminal.
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INFORMATIVO DOS PORTOS / MODELO
EMPRESARIAL
ROGÉRIO PHILIPPI & CIA
COMPLETA 50 ANOS DE FUNDAÇÃO O terminal retroportuário mais antigo de Itajaí comemora seu jubileu de ouro com um livro que conta detalhes da história que acompanhou o crescimento de Itajaí e região Tradição, perseverança e comprometimento são os principais motivos que levaram a empresa Rogério Philippi & Cia Ltda aos 50 anos de fundação. Com formação familiar, a empresa nasceu da sociedade de dois irmãos e hoje conta com três gerações da família Philippi. Rogério Ernesto Philippi, que em 1965 fundou a empresa junto com seu irmão mais velho, Jair Philippi, hoje administra ao lado de seus quatro filhos e sócios os dois terminais retroportuários da empresa. “Toda essa parte de movimentação de contêineres eu devo aos meus filhos. São eles que tocam e neles tenho total confiança”, comenta Rogério. Para celebrar e registrar 50 anos de história, a Rogério Philippi & Cia Ltda lançará um livro com sua história. Atualmente a empresa conta com dois terminais retroportuários nas duas margens do Rio Itajaí-Açú, nas cidades de Itajaí e Navegantes. São 120 mil m² de área total, com 3.300 m² de armazéns cobertos, mais de 600 tomadas para manutenção e monitoramento de contêineres refrigerados, oito empilhadeiras de grande porte para movimentação de contêineres e mais 11 empilhadeiras para movimentação de cargas e pequenas unidades. Localizados nas principais vias de acesso de Itajaí e Navegantes, os terminais da Rogério Philippi & Cia Ltda facilitam na hora de prestar apoio logístico para o Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açú. Em Na-
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vegantes, a empresa está fixada na BR-470, próxima à BR-101 e a cinco quilômetros e meio da Portonave. Já em Itajaí, está localizada na Avenida Governador Adolfo Konder, ao lado da BR-101, a uma distância de 3,4 quilômetros da APM Terminals. TRADIÇÃO NA LOGÍSTICA Suas raízes fortes fazem da Rogério Philippi & Cia Ltda referência em tradição e qualidade nas duas margens do Itajaí-Açú. Pioneira na retroárea das cidades onde atua, a empresa começou suas atividades no setor de armazenagem de contêineres e mercadorias por acaso, mas foi com planejamento e força de vontade que se tornou uma das empresas de maior credibilidade do mercado. Desde que foi fundada, em 1965, a empresa teve como principal aliado em suas atividades o Porto de Itajaí. Na época, os irmãos Rogério e Jair Philippi uniram forças para abrir uma empresa de beneficiamento e exportação de madeira. Jair extraía o produto na serra catarinense e Rogério as exportava através do terminal. Juntos, atuaram nessa área por 10 anos, até que as leis de cotas e de compensação tornasse impossível continuar com o negócio na cidade. Rogério cresceu em Bom Retiro (SC), cidade serrana de paisagem bucólica e lá aprendeu com o pai sobre o negócio de extração e comércio de araucária. Ao crescer, foi para Florianópolis trabalhar na serraria da família até o dia em que resolveu que queria abrir seu próprio negócio. Com o apoio da esposa Maria Aparecida Moellmann Gomes e do irmão Jair, Rogério saiu da capital em direção a Itajaí. “Ao analisar o crescimento da cidade e tudo o que ela se tornou, tenho certeza que escolhi o lugar certo para aportar”, comenta Rogério. Os quatro filhos cresceram assistindo ao pai trabalhar. “Se respirava empresa dentro de casa”, conta Fabrício Gomes Philippi, o mais velho dos quatro irmãos. Rogério é o primeiro a chegar na empresa e um dos últimos a sair. Ainda que não exerça mais o poder supremo sobre o negócio, acredita no trabalho e não gosta de se ausentar dos negócios. Fabrício conta que, para relaxar, seu pai vai trabalhar. Ao ser questionado sobre lazer, Rogério afirma que gosta de trabalhar e ficar com a família. Assim, reúne em um único local suas duas paixões. PERSEVERANÇA No final da década de 1970, com as dificuldades do setor madeireiro, Rogério Philippi resolveu mudar seu ramo de negócio. Comprou uma fábrica de artefatos de cimento e passou a produzir lajotas, lajes e tubos para a construção civil. Atendeu inúmeras prefeituras da região e indústrias. Com o fim da madeireira, seu irmão Jair se desligou da sociedade e Rogério passou a atuar sozinho dentro da empresa até a chegada dos filhos como força de trabalho.
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Em paralelo à fábrica de artefatos de cimento, Rogério adquiriu nos anos 1980 uma fazenda onde passou a criar búfalos. Localizada na cidade de Barra Velha, a fazenda forneceu uma renda extra para a empresa enfrentar a crise dos anos de 1980, somada à enchente de 1983 que, apesar de não ter afetado diretamente a empresa, afetou indiretamente a fábrica de artefatos de cimento que serviu de abrigo para 100 pessoas e ficou quase um mês sem produzir. Foi no início dos anos 1990, com a chegada dos contêineres ao Porto de Itajaí, que a empresa passou a atuar como depósito de contêineres e mercadorias. Seu início foi por acaso, conta Rogério Philippi. “Um agente me procurou perguntando se eu não poderia descarregar um contêiner e deixar no meu pátio até ele ser embarcado”. A empresa possuía uma empilhadeira pequena para movimentação de estoque da fábrica e uma área vazia remanescente da época da madeireira que atraiu a atenção do agente. “Eu não sabia direito o que era um contêiner, mas disse para ele trazer que faríamos um teste”. Assim a empresa começou, timidamente, a trabalhar como depósito. “No começo nós fa-
zíamos de tudo, até armazenar corda de navio nós já armazenávamos”, comenta Fabrício. COMPROMETIMENTO Como a demanda por armazenagem de contêiner foi crescendo, a Rogério Philippi & Cia Ltda precisou se especializar e passou a atuar somente como terminal retroportuário. Sem concorrentes e em quem se espelhar, tudo o que faziam dentro do terminal tinha como exemplo o que era feito dentro do porto. “Fiz vários cursos em São Paulo, Paraná e Santa Catarina para aprender o que era um contêiner e como trabalhar com esse novo serviço” comenta Fabrício. O apoio dos filhos de Rogério na parte operacional, financeira, comercial e departamento pessoal foi essencial para o avanço da empresa. A união dos sócios e a forma orgânica como lidam com a sucessão familiar demonstra como suas raízes são firmes. Com a política de crescimento planejado, os diretores já possuem planos de curto, médio e longo prazo em andamento para que a empresa caminhe para os próximos 50 anos.
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INFORMATIVO DOS PORTOS / ENTREVISTA
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ANTÔNIO AYRES DOS
SANTOS JÚNIOR, SUPERINTENDENTE DO PORTO DE ITAJAÍ Maior PIB de Santa Catarina, posição logística privilegiada, crescimento da movimentação de cargas, investimentos em infraestrutura e a confirmação da construção da nova bacia de evolução. É neste cenário e alheia à crise econômica que o país atravessa que Itajaí comemora os 155 anos de emancipação políticaadministrativa, mantendo o ritmo de crescimento e projetada em cenário nacional. Muito desse crescimento está diretamente ligado aos investimentos realizados no Porto de Itajaí, por onde passa boa parte da economia catarinense rumo ao exterior. Nesta entrevista para a revista Informativo dos Portos, o superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antônio Ayres dos Santos Júnior, destaca a importância do crescimento do porto para o fortalecimento da economia local. “O porto, no meu entender, foi o grande indutor histórico de Itajaí, que fez, no tempo certo, investimentos para se valer dessa posição privilegiada”, destaca.
Informativo dos Portos: Com o maior PIB de Santa Catarina, Itajaí tornou-se uma potência econômica nacional em razão de sua economia diversificada e, em especial, da atividade portuária. Quais motivos têm favorecido este salto no setor portuário e logístico do município? Antônio Ayres: O primeiro fato que nos coloca à frente dos demais municípios catarinenses é a posição logística privilegiada. Estamos em um dos principais entroncamentos rodoviários do estado e do Sul do país, na junção das BRs 101 e 470, bem como por todo o entorno que nos garante uma posição estratégica. Agregamos a isso um porto que, no meu entender, foi o grande indutor de todo esse crescimento e que fez, no tempo certo, investimentos para se valer dessa posição privilegiada. Também estamos
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apoiados em um estado com um parque industrial responsável por uma produção de qualidade e bens de alto valor agregado, a exemplo dos setores metalmecânico, têxtil e, principalmente, a agroindústria, que é responsável pela maior fatia das cargas aqui operadas, com os congelados. O Porto de Itajaí fez investimentos para buscar esse mercado quando nenhum outro porto catarinense pensava nisso. Saímos na frente por volta do ano 2001 e buscamos parcerias para equipar nosso terminal com guindastes de terra e dotando-o com toda a infraestrutura necessária para atender navios de contêiner. Paralelamente, nossa retroárea também se fortaleceu com os investimentos necessários para atender a demanda do porto. Além disso, temos um rio com boas condições de navegabilidade, obtidas por meio de dragagens,
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que favorecem também o crescimento da indústria da construção naval e outros segmentos industriais. Informativo dos Portos: Itajaí cresceu ao redor do seu terminal e hoje se vê obrigada a driblar desafios no trânsito e na infraestrutura urbana. Quais os caminhos para melhorar a relação entre porto e cidade nos próximos anos? Antônio Ayres: Os caminhos são os que estão, de certa forma, planejados, mas com atraso de investimentos. É principalmente o acesso por meio da margem direita do complexo. O gargalo do acesso terrestre precisa ser resolvido. A Via Expressa Portuária já estava prevista em 2004 na Agenda Portos. Depois foi firmado em 2005 o primeiro convênio, quando a obra também teve início. Espera-se que em 2015, dez anos depois, tenhamos o projeto licitado. O que foi projetado vai resolver um dos problemas de acesso ao porto, com integração à cidade. Navegantes também tinha problemas de acesso que foram minimizados com a duplicação da via de acesso à Portonave. Outro ponto fundamental para melhorar a relação entre porto e cidade é a implementação de um ramal ferroviário adequado, que impactará na redução de nossos custos logísticos. Além disso, a implementação de uma hidrovia seria bem importante para o complexo portuário e para a cidade. Com a via navegável da ponte da BR-101 até o porto, as cargas poderiam chegar por meio de caminhões ou trem em um centro logístico integrado instalado à margem da rodovia e,
“UM PONTO FUNDAMENTAL PARA MELHORAR A RELAÇÃO ENTRE PORTO E CIDADE É A IMPLEMENTAÇÃO DE UM RAMAL FERROVIÁRIO ADEQUADO, QUE IMPACTARÁ NA REDUÇÃO DE NOSSOS CUSTOS LOGÍSTICOS” Antônio Ayres dos Santos Júnior, Superintendente do Porto de Itajaí
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INFORMATIVO DOS PORTOS / ENTREVISTA
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de lá, transportadas por barcaças aos terminais molhados. Isso tiraria os caminhões do perímetro urbano e agilizaria a chegada das cargas aos terminais. Informativo dos Portos: Muito se fala em atrair um novo perfil de carga para a cidade, como os automóveis produzidos em Santa Catarina (para exportação). Seria necessário fazer ajustes logísticos na cidade para receber um novo tipo de carga? Antônio Ayres: Essa possibilidade é muito interessante porque o porto ficou dependente de uma carga única, que é o contêiner. Uma carga que tem grande valor agregado, mas que se criou em torno dela uma competição muito acirrada, com investimentos que foram feitos dentro de Santa Catarina e no Brasil. Santos ampliou sua capacidade de terminais conteineiros, Imbituba também está fazendo investimentos vultosos para ampliar seu potencial de receber navios full contêiner e Itapoá implantou um terminal novo e moderno. Porém, precisamos ver as restrições que temos e essa mudança no perfil de cargas passa por uma realidade nossa. Temos um porto de rio que acessa dentro de duas áreas urbanas densamente povoadas que são Itajaí e Navegantes. Em um primeiro momento, Itajaí se credenciou para isso, por meio de uma proposta de manifestação de interesse que abordava a criação de um terminal de veículos. Isso é possível, mas dentro de nossas restrições de áreas, talvez essa não seja a proposta adequada. Trata-se de uma questão que precisa ser analisada com mais cautela e que depende de estudos mais aprofundados Informativo dos Portos: O Porto de Itajaí está reestruturando os berços 3 e 4 para possível arrendamento. Qual a previsão deste arrendamento ocorrer e o que motivou a Autoridade Portuária a optar pelo arrendamento da estrutura restante? Antônio Ayres: O arrendamento da estrutura é uma exigência legal e operacional. Quando fizemos o convênio de delegação, uma das definições era que saíssemos da operação portuária para fazermos o arrendamento das áreas operacionais. Também o arrendamento é meta do governo federal, que necessita tirar todas as autoridades portuárias da operação. Isso é uma medida importante para trazer equilíbrio econômico-financeiro para o porto porque, da forma em que está hoje, as áreas estão sendo subutilizadas. O ideal é que tivéssemos os berços 3 e 4 arrendados, ou uma extensão do contrato de arrendamento da APM Terminals Itajaí, porque dois terminais de contêineres atuando num espaço pequeno não têm operacionalidade para dar produtividade capaz de fazer um terminal competitivo.
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“DOIS TERMINAIS DE CONTÊINERES ATUANDO NUM ESPAÇO PEQUENO NÃO TÊM OPERACIONALIDADE PARA DAR PRODUTIVIDADE CAPAZ DE GARANTIR COMPETITIVIDADE” Antônio Ayres dos Santos Júnior, Superintendente do Porto de Itajaí
AUMENTAMOS A NOSSA PRODUTIVIDADE. E A LUCRATIVIDADE DE NOSSOS CLIENTES. Maior terminal de contêineres do Sul do país, e o único com integração ferroviária, o TCP é responsável por um dos maiores programas de investimentos no setor portuário privado do Brasil. Com a ampliação do cais de atracação e dispondo dos mais avançados equipamentos voltados à movimentação de cargas, o TCP ampliou a capacidade do terminal e está preparado para receber os maiores navios porta-contêineres que atuam na América Latina. Na prática, isso significa muito mais agilidade e lucratividade para os negócios de nossos clientes.
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EFICIÊNCIA PORTUÁRIA
PORTONAVE
SUPERA 4 MILHÕES DE TEUS MOVIMENTADOS
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Em sete anos de operação, o terminal de Navegantes, no Complexo Portuário do Itajaí, já recebeu quase 4 mil escalas de navios que operam em Santa Catarina
A Portonave superou a marca de 4 milhões de TEUs (Twenty Equivalent Unit – unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) movimentados. O valor contabiliza as movimentações desde o início da operação do terminal de Navegantes, em outubro de 2007. O contêiner que registrou este número foi movimentado no navio MOL Advantage, de bandeira panamenha, no final do mês de abril. Em sete anos de atividades, o terminal já recebeu quase 4 mil escalas de navios. Atingir esta marca histórica representa o crescimento e a evolução da empresa, alinhados ao desenvolvimento sustentável. O terminal catarinense movimentou o primeiro milhão depois de quase três anos de atividade, em agosto de 2010, e o segundo milhão um ano e nove meses após, em maio de 2012. O terceiro milhão foi conquistado um ano e cinco meses mais tarde. E, praticamente no mesmo período, um ano e seis meses depois, o terminal chegou aos 4 milhões. “Em sete anos de operação consolidamos nosso espaço e hoje somos responsáveis por movimentar 44,5% de toda carga conteinerizada do estado”, comenta Renê Duarte, diretor-superintendente operacional da Portonave.
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INFORMATIVO DOS PORTOS / SUPLEMENTO
SEP
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PORTOS REGISTRAM AUMENTO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS O Porto de Santos, o maior complexo da América Latina, atingiu novo recorde no quadrimestre, superando em 3,58% a até então melhor marca, verificada há dois anos Os principais portos do país registraram aumento na movimentação de cargas nos primeiros meses de 2015. “O aumento em Santos e em outros portos públicos atesta o vigor do setor portuário brasileiro e traz a certeza de que esse crescimento contribuirá muito para a economia brasileira”, afirmou o ministro dos Portos, Edinho Araújo, ao tomar conhecimento do relatório com o novo recorde de movimentação no Porto de Santos, no primeiro quadrimestre de 2015. Embarcaram mais cargas, entre outros, os portos de Paranaguá, Natal, Suape, Espírito Santo, Ilhéus e Santos. O Porto de Santos, o maior complexo da América Latina, atingiu novo recorde no quadrimestre, superando em 3,58% a até então melhor marca, verificada em 2013. Com 35,82 milhões de toneladas operadas, o acumulado deste ano superou o realizado em igual período do ano anterior em 4,7%. As operações com contêineres nos dois fluxos de comércio em Santos tiveram aumento de 16,8% na tonelagem operada até abril, alcançando
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quase 13 milhões de toneladas, resultado do crescimento de 10,5% das unidades movimentadas, equivalente a aumento de 9% do total de TEUs. A carga de exportação, representando cerca de 70% do total apurado, foi a principal responsável pelo forte movimento no período. Com 24,99 milhões de toneladas embarcadas, registrou crescimento de 5,2%. Ainda no movimento mensal, as exportações despontaram em abril com incremento de 9% em comparação ao realizado em 2014. Os embarques de açúcar tiveram crescimento de 7% em abril e de 4,1% no quadrimestre. O farelo de soja acusou incremento de 28,2% no acumulado e de 12% no mês. O óleo combustível cresceu 46,1% no quadrimestre e 6,1% no mês. O valor das cargas operadas por Santos atingiu cerca de US$ 32,6 bilhões até abril, refletindo numa participação de 25,8% da corrente de comércio promovida pelos portos brasileiros. As exportações pelo complexo paulista somaram US$ 15,2 bilhões, 24,1 % do total nacional, e as importações atingi-
SERVIÇOS PLANEJADOS PARA DIFERENTES DESAFIOS ram US$ 17,4 bilhões, 27,6% do realizado nos portos nacionais. PRODUTIVIDADE NO PARANÁ A exportação de soja pelo Porto de Paranaguá bateu o recorde histórico de movimentação mensal em abril deste ano. Ao longo do mês passado, o porto escoou 1,476 milhão de toneladas de soja, superando o recorde anterior de 1,447 milhão de toneladas, registrado em março de 2014 em 2%. Em relação a abril de 2014 a diferença é ainda maior: 6%. A marca é resultado do aumento de produtividade nas operações de grãos em Paranaguá. No acumulado dos quatro meses do ano, já foram embarcadas 2,8 milhões de toneladas de soja. O recorde nas exportações foi o principal responsável pelo aumento das exportações gerais pelo porto paranaense em abril de 2015. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a alta foi de 7%. GRANÉIS LÍQUIDOS A movimentação de cargas no Complexo Industrial Portuário de Suape chegou ao volume recorde de quase 5 milhões de toneladas no primeiro trimestre deste ano. Entre as cargas movimentadas, os granéis líquidos (combustível, álcool, óleo, gás e produtos químicos) foram os responsáveis pelo aumento, com um crescimento de 59% em relação aos três primeiros meses de 2014.
Contamos com uma equipe preparada para oferecer soluções logísticas de acordo com suas necessidades, com serviços integrados e total segurança às operações.
Este ano, já passaram pelo Porto de Suape 3,56 milhões de toneladas de granéis líquidos, contra 2,24 milhões do ano passado. A movimentação está crescendo a cada mês, principalmente, devido ao início da operação da primeira etapa da Refinaria Abreu e Lima, em dezembro passado.
Transporte
CARGAS DIVERSAS O Porto de Natal e o Terminal Salineiro de Areia Branca registraram aumento de 15% na movimentação geral até abril. O bom desempenho se deve à melhoria do volume de sal movimentado em Areia Branca e à movimentação de frutas, trigo e equipamentos eólicos em Natal. Os portos movimentaram este ano 736 mil toneladas, contra 639 mil do mesmo período de 2014. Os portos de Vitória, Vila Velha, Barra do Riacho e Praia Mole, no Espírito Santo, também movimentaram mais cargas no quadrimestre. Os Terminais de Uso Privado (TUPs) impulsionaram um aumento de 17% em relação a 2014, movimentando 9,5 milhões de toneladas no período. O Porto de Ilhéus, no Rio de Janeiro, por sua vez, registrou crescimento expressivo na movimentação de cargas no quadrimestre: 50,3% em relação ao mesmo período de 2014. A alta foimm_print.pdf puxada pelos1 embarques de novas cargas, como minério de Anuncio 92 x 58 08/03/2013 15:21:42 ferro e minério de magnesita.
Depósito de Contêineres
Reefer Service
C
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Itajaí
Navegantes
Cubatão
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SEP ASSINA NOVO CONTRATO DE PRORROGAÇÃO DE ARRENDAMENTO DE TERMINAIS Esta foi a terceira prorrogação antecipada de contrato de arrendamento portuário com a iniciativa privada desde a criação da nova Lei dos Portos, e a segunda na gestão do ministro Edinho Araújo A operadora portuária Ageo Norte Terminais, do Grupo EBT, vai investir R$ 165 milhões na infraestrutura do complexo marítimo santista nos próximos três anos. Os investimentos foram anunciados durante a assinatura da prorrogação antecipada do contrato de arrendamento da área ocupada pela empresa na Ilha Barnabé, no Porto de Santos, com a Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP). Esta foi a terceira prorrogação antecipada de contrato de arrendamento portuário com a iniciativa privada desde a criação da nova Lei dos Portos, e a segunda na gestão do ministro Edinho Araújo. Os recursos serão investidos na construção de um píer de atracação, com extensão mínima de 223 metros e largura de 24 metros em várias obras de infraestrutura, como a dragagem inicial do berço a ser construído, que passará de 12 metros para 15 metros de profundidade, incluindo os reforços necessários às novas condições. Também está prevista a construção de uma ponte de acesso, composta de rodovia para circulação de veículos, passeio para pedestres e área para passagens de linhas de tubulações de aço inox para conexão com a plataforma de operações. Como obrigação contratual, a empresa deverá aumentar sua capacidade de armazenagem de 94.368 m³ para, no mínimo, 144.368 m³. “As prorro-
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gações antecipadas são importantes porque antecipam investimentos que só seriam feitos no futuro e dão segurança para as empresas planejarem seus negócios”, explicou o ministro Edinho Araújo, durante a solenidade de assinatura do contrato. Para ele, no atual momento econômico, os portos “podem dar uma resposta muito positiva ao país, atraindo investimentos pesados da iniciativa privada e movimentando a economia”. Uma prova da disposição de investimento e da confiança do mercado no setor portuário brasileiro, segundo Edinho Araújo, são outros 26 pedidos de renovações antecipadas protocolados no Ministério, com investimentos estimados em mais de R$ 10 bilhões. Os processos estão em avaliação pela SEP e Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Desde a entrada em vigor do novo marco regulatório dos portos brasileiros, a Secretaria de Portos já havia assinado outras duas prorrogações antecipadas de arrendamento portuário, também no Porto de Santos, com compromisso assumido pela iniciativa privada de investimentos de R$ 394,6 milhões. Em 2014 foi firmado contrato com a Ageo Terminais e Armazéns Gerais (granel líquido), com investimento de R$ 187 milhões, renovado até 2041, e, em janeiro de 2015, renovado até 2037 o contrato da ADM do Brasil (granel sólido), com investimento de R$ 207,6 milhões.
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Em 2014, somente em projetopiloto no Ministério das Comunicações, a solução trouxe uma economia de R$ 500 mil nos gastos com impressão A Secretaria de Portos (SEP) aderiu ao Processo Eletrônico Nacional para utilizar o software Sistema Eletrônico de Informações (PEN). No total, nove órgãos públicos aderiram ao programa. Para começar a tramitar os documentos eletronicamente, as instituições assinaram Acordo de Cooperação Técnica com o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, responsável pelo desenvolvimento do programa. No ano passado, somente em projeto-piloto no Ministério das Comunicações, a solução trouxe uma economia de mais de R$ 500 mil nos gastos com impressão. A duração média da tramitação de um processo no órgão passou de 199 dias para 25 dias. A cerimônia de adesão, com a presença do ministro Edinho Araújo, ocorreu no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Para o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Dyogo Oliveira, a utilização do sistema representa uma importante mudança de paradigma nos órgãos públicos. Segundo ele, contando com as instituições que assinaram o acordo de cooperação técnica, 24 órgãos já aderiram ao PEN e outros 81 já manifestaram o interesse. “O sistema é uma experiência exitosa que nós estamos compartilhando. Nossa meta é ter todos os órgãos no projeto até o fim do ano”, afirmou Oliveira.
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SECRETARIA DE PORTOS ADERE AO SISTEMA ELETRÔNICO DE INFORMAÇÕES
Ministro Edinho Araújo
O ministro de Portos, Edinho Araújo, destacou a importância da adesão ao novo programa. “O compartilhamento de documento eletrônico trará mais celeridade no andamento de processos. Significará diminuição da burocracia e redução de custos”, afirmou. Além da Secretaria de Portos, os órgãos que aderiram ao PEN foram os ministérios da Cultura, Desenvolvimento Social e Combate à Fome e Ciência, Tecnologia e Inovação, Controladoria-Geral da União (CGU), Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Escola Nacional de Administração Pública, Agência Nacional de Cinema (Ancine) e Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). Segundo o presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, desembargador Tadaaqui Hirose, a utilização do sistema elimina a burocracia no setor público porque a solução transfere a atividade administrativa para o meio eletrônico. “É possível conferir maior sustentabilidade, rapidez, transparência e economicidade aos trâmites administrativos com a vantagem de ser custo zero”, disse. Para o desembargador, a utilização da ferramenta representa uma economia de cerca de R$ 20 milhões para cada um dos órgãos parceiros apenas considerando o desenvolvimento, manutenção e evolução de um sistema similar oferecido no mercado.
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INFORMATIVO DOS PORTOS / SUPLEMENTO
ITAJAÍ
PORTO É
CONTEMPLADO COM SELO SOCIAL EM CINCO OBJETIVOS Prêmio é uma forma de agradecimento às empresas que realizam investimentos na área social em âmbito interno (junto aos seus funcionários) ou externo (comunidade)
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O Porto de Itajaí foi contemplado com a certificação do Selo Social 2014/2015 em cinco dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). O certificado foi entregue ao diretor técnico do porto, engenheiro André Pimentel, e à gerente de Meio Ambiente, Medelin Pitrez dos Santos. Para as empresas, a conquista do Selo Social representa uma importante ferramenta de marketing, valorizando sua marca e seu produto. O reconhecimento como empresa socialmente responsável é fator de peso cada vez mais cobrado pelos consumidores, especialmente no mercado internacional. O Selo Social é uma forma de agradecimento às empresas que realizam investimentos na área social em âmbito interno (junto aos seus funcionários) ou externo (comunidade). Ele se baseia nos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) estabelecidos pela ONU, que visam ao combate à fome e a miséria, acesso à educação básica, igualdade entre sexos e a valorização da mulher, redução da mortalidade infantil, melhoria na qualidade das gestantes, combate à Aids e à malária, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente e união de toda a sociedade em prol do desenvolvimento dos ODMS. Dos oito quesitos, o Porto de Itajaí foi contemplado com a ODM 1, ODM 2, ODM 6, ODM 7 e ODM 8. “Para o Porto de Itajaí, essa certificação representa o reconhecimento dos investimentos que realizamos na qualidade de vida de nossos servidores e também em programas e projetos desenvolvidos para a comunidade na qual estamos inseridos”, diz o superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antônio Ayres dos Santos Júnior.
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PROJETO DA NOVA
BACIA É APROVADO PELA SUPERINTENDÊNCIA DO PORTO DE ITAJAÍ A obra possibilitará ao Complexo Portuário do Itajaí operar navios com até 335 metros de comprimento. Hoje o complexo está limitado a operações com navios de 306 metros A Triunfo Engenharia, vencedora do processo licitatório da primeira fase da nova bacia de evolução do Complexo Portuário do Itajaí, decidiu iniciar a obra pela remoção do Molhe Norte e das guias submersas. A dragagem da bacia de evolução, na região do Saco da Fazenda, será a segunda etapa da primeira fase das obras. O projeto executivo foi aprovado pelo corpo técnico da Superintendência do Porto de Itajaí, mas o começo dos serviços depende da Fundação de Meio Ambiente (Fatma). Os serviços foram licitados pelo governo do estado, que investe cerca de R$ 105 milhões na obra. A obra possibilitará ao Complexo Portuário do Itajaí – formado pelo porto público, APM Terminals Itajaí, Portonave Terminal Portuário de Navegantes e demais terminais instalados a montante – operar navios com até 335 metros de comprimento e com 48 metros de boca. Hoje o complexo está limitado a operações com navios com o comprimento máximo de 306 metros. O prazo para a conclusão da obra é de 18 meses, contados a partir de março deste ano, quando foi assinado o contrato pelo governo do estado e emitida a ordem de serviço. A OBRA O contrato para o empreendimento foi assinado com a Triunfo Engenharia para as obras da primeira etapa da nova bacia de evolução e acessos aquaviários do complexo. Para o superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Júnior, a obra é fundamental para Itajaí se manter no mercado, num momento em que os armadores estão otimizando seus serviços e ampliando os tamanhos dos navios. Ayres destaca que a nova bacia de evolução possibilitará a entrada de embarcações mais carregadas e maiores, que já estão circulando na costa brasileira. Hoje, o Complexo Portuário movimenta 70% da corrente de comércio catarinense e esta obra é mais do que necessária. Com relação à segunda fase, que engloba mais investimentos, de aproximadamente R$ 240 milhões, a obra foi incluída pela Secretaria de Portos (SEP) no orçamento da União.
INFORMATIVO DOS PORTOS / SUPLEMENTO
PORTO ITAJAÍ
VICTOR SCHNEIDER
ANTIGO PRÉDIO DA FISCALIZAÇÃO DO PORTO É RESTAURADO O local recebeu investimentos de cerca de R$ 700 mil do Porto de Itajaí e APM Terminals. Com a reforma, construção passará a sediar o CAP, Cesportos e salas de exposições permanentes Na Avenida Prefeito Paulo Bauer, no Centro em Itajaí, uma construção do século passado e a movimentação de contêineres dividem o terreno e a atenção dos que passam pelo endereço do antigo prédio da Fiscalização do Porto de Itajaí. Construído nos anos 1930 e arruinado até pouco tempo, o prédio passou por um restauro completo e hoje preserva claramente as características originais. O local recebeu investimentos de cerca de R$ 700 mil do Porto de Itajaí e APM Terminals, empresa responsável pela movimentação de contêineres no Porto de Itajaí. Com a reforma, a construção passará a sediar o Conselho de Autoridade Portuária (CAP), Comissão Estadual de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Cesportos) e sala de exposições permanentes, que será utilizada no resgate da história da atividade portuária em Itajaí.
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O projeto foi aprovado pelo Conselho Municipal de Patrimônio e autorizado pela Fundação Catarinense de Cultura. A obra foi executada pela empresa Albatroz Arquitetura, Construção e Restauro Ltda., especializada em recuperação de patrimônio histórico. “Esse é um prédio tão resistente quanto nosso porto, que passou por inúmeras intempéries e resistiu bravamente ao passar dos anos”, relatou o superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antônio Ayres dos Santos Júnior. Ao resgatar a história do imóvel, Ayres informou que o prédio passou por diversas tentativas de demolição a partir do ano de 1977, até que teve seu tombamento como Patrimônio Histórico de Itajaí em 1989, por meio de lei municipal assinada pelo prefeito Jandir Bellini em seu primeiro mandato. No início da década de 1990 o imóvel foi tombado como Patrimônio Histórico de Santa Catarina pelo governo do estado e, a partir
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A restauração foi determinada pelo Juízo dos Feitos da Fazenda Pública da Comarca de Itajaí, nos autos da Ação Popular nº 033.13.011488-2. “A determinação judicial foi cumprida com o restauro das obras e acredito que essa foi a melhor forma para resguardamos parte da história de nosso porto, preservando sua memória”, disse o superintendente, que informou ainda que no entorno do imóvel será edificada uma praça e um passeio, que integra o projeto de integração Porto/Cidade de Itajaí. O projeto foi elaborado pelo município e as obras serão custeadas pelo Serviço Municipal de Água, Saneamento Básico e Infraestrutura de Itajaí (Semasa), uma vez que o local abriga uma estação elevatória do órgão. O superintendente da APM Terminals Itajaí, Ricardo Arten, destacou a importância dos investimentos da empresa no projeto da restauração do antigo imóvel, no sentido de integrar a comunidade de Itajaí à atividade portuária. “A APMT entende que os investimentos não foram feitos em um simples imóvel, mas em 85 anos de história da atividade portuária e nas pessoas que por aqui passaram”, disse Arten. Além da cultura, a APMT, que é a maior geradora do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), também tem sido uma grande parceira do município, com investimentos em projetos educacionais e no patrocínio de atletas e da atividade esportiva em si, como forma de retribuir ao município, de forma silenciosa, todo o apoio que a APM Terminals recebe de Itajaí. “Queremos que Itajaí não seja apenas uma cidade que tem um porto, mas que a APMT seja um porto que tem uma cidade, tamanha a responsabilidade da empresa com o município”, afirmou.
O IMÓVEL O prédio foi construído por volta de 1930 para sediar o escritório e o depósito dos materiais que seriam utilizados nas obras de ampliação projetadas para o Porto de Itajaí. Depois sediou a fiscalização e administração do Porto, até 1967, quando foi construído novo prédio para a Administração, na Rua Coronel Eugênio Muller. Trata-se de uma construção de estilo eclético com predomínio de elementos neoclássicos em sua composição, edificada em tijolos e coberta por telhas tipo francesa. Como a maioria das construções desse estilo, originalmente o edifício tinha paredes pintadas de cores suaves, com ornatos e aberturas na cor branca. O destaque fica por conta dos arcos plenos das aberturas e dos desenhos impressos no tratamento do reboco, inspirados nas composições em pedras características do renascimento florentino. A composição é assimétrica em todas as elevações e o torreão, construído em uma das extremidades do prédio original, conferia aspecto oficial, realçado pela varanda, pela porta em arco e pelo mastro de bandeira ali fixado. VICTOR SCHNEIDER
daí, foi dado início a uma série de tentativas para sua restauração, porém, sem sucesso. Em 2005 a área foi incorporada ao Porto de Itajaí devido à necessidade de expansão do terminal e iniciaram as tratativas para se transferir as instalações para outro local. Dessa forma seria preservado o imóvel e também garantida a ampliação do porto.
A prefeita em exercício, Dalva Rhenius, destacou a importância do investimento do resgate histórico para o município e para a comunidade. “Itajaí sempre teve na atividade portuária um grande referencial e o restauro desse imóvel, com a criação de uma sala para manter viva a história de nosso porto, foi uma grande conquista, não da administração, mas da comunidade como um todo”, disse a prefeita.
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INFORMATIVO DOS PORTOS / ECONOMIA
DE ENERGIA
ESTUDO APONTA
QUE BRASIL PODERIA ECONOMIZAR 52 MIL GIGAWATTS/HORA Em termos financeiros, a redução significa uma economia de R$ 13,6 bilhões aos consumidores finais (indústria, comércio, serviço e residencial)
O QUE É ABESCO? Fundada em 1997, a Abesco é uma entidade civil sem fins lucrativos que representa oficialmente o segmento de eficiência energética brasileiro, fomentando e promovendo ações e projetos para o crescimento do mercado energético. A entidade atua para disseminar e promover a eficiência energética, uma atividade técnico-econômica que objetiva proporcionar o melhor consumo de energia e água, com redução de custos operacionais correlatos, minimizar contingenciamentos no suprimento desses insumos e introduzir elementos e instrumentos necessários para o gerenciamento energético e hídrico de empresas.
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Um levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) sobre o potencial de economia de energia no Brasil, apresentado durante o Fórum sobre Eficiência Energética e Geração Distribuída, aponta que o país poderia poupar 52 mil gigawatts/ hora, uma economia que equivale em termos de demanda a 17 mil megawatts. O volume é mais do que toda a carga nova proveniente de usinas hidrelétricas do ano passado, que somou o total de 14 mil megawatts. De acordo com o presidente da Abesco, Rodrigo Aguiar, em termos financeiros, essa redução significa uma economia de R$ 13,6 bilhões aos consumidores finais (indústria, comércio, serviço e residencial). Já no que cabe à movimentação de mercado, são mais de R$ 30 bilhões. “Acreditamos que a eficiência energética é um dos vetores para o equilíbrio do segmento energético brasileiro, que reduz custos e o impacto ambiental, além de aumentar a produtividade”, avalia. Aguiar complementa que este setor movimenta toda a economia brasileira. “É sempre uma relação de ganha-ganha para todos que estão no mercado, em especial, o consumidor”, reforça. A Abesco estima que, a cada 10 gestores industriais, apenas um está aberto à implantação de projetos de eficiência energética e os outros nove acreditam já terem “feito a lição de casa”. “Não adianta só comunicar aos industriais que a eficiência energética é um vetor muito positivo dentro da indústria para reduzir a conta de energia elétrica ou aumentar a competitividade. É preciso criar outras ferramentas para alavancar a eficiência energética no país”, explica. A Abesco também apresentou quatro pleitos visando ao desenvolvimento da eficiência brasileira: um sinal tarifário adequado, o desacoplamento tarifário, regras transparentes que garantam credibilidade ao mercado de energia e linhas de financiamento adequadas para o segmento. O Brasil ficou em penúltimo lugar - apenas um ponto à frente do México - no ranking das 16 maiores economias do mundo do ponto de vista de eficiência energética, em relatório divulgado pelo Conselho Americano para uma Economia Eficiente de Energia (ACEEE, na sigla em inglês). A pesquisa analisou quatro tópicos principais: esforços nacionais (governo); edificações; indústria e transporte. O Brasil obteve a pior nota no quesito “industrial”. Nos últimos 30 anos, a intensidade energética brasileira está no mesmo patamar, com pequeno aumento nos últimos anos. “O objetivo é iniciar uma curva ascendente para sair desta classificação, mudar este cenário de desperdício, visando ao crescimento do país e da economia”, avalia Aguiar.
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INFORMATIVO DOS PORTOS / ARTIGO
DIREITO MARÍTIMO E INSEGURANÇA JURÍDICA
por Wagner Antônio Coelho
O desenvolvimento substancial do comércio internacional nas últimas décadas guarda relação direta com o fenômeno da conteinerização e do transporte aquaviário de cargas, em especial no caso do Brasil, que possui uma longa costa marítima. No Brasil, a legislação aplicável ao comércio marítimo é bastante antiga, com base no Código Comercial Brasileiro, o qual entrou em vigor em 1850 e permaneceu em vigor, integralmente, até 2002, quando o atual Código Civil Brasileiro foi publicado, revogando a Parte I do Código Comercial, com disposições gerais sobre o comércio. Entretanto, permanece em vigor a Parte II do aludido Código Comercial, a qual trata especialmente sobre o comércio marítimo. Portanto, em termos de Direito Marítimo Brasileiro, embora existam normas esparsas, a sua codificação no Brasil é determinada pelo Código Comercial de 1850, em sua Parte II ainda vigente parcialmente, tendo em vista que algumas disposições também foram revogadas pelo atual Código Civil. Já há algum tempo, ressalta-se que para um país demonstrar força e ampliar seu comércio exterior não basta apenas infraestrutura logística com construções de portos, ferrovias, rodovias, aeroportos. Além disso, é necessário possibilitar, aos envolvidos nas operações de comércio exterior e logística de transportes, normas claras e objetivas que acompanhem a dinâmica dessas atividades. A questão relacionada à demurrage de contêineres é um exemplo claro dos problemas originários da ausência de legislação específica sobre o tema, pois referido instituto se relaciona diretamente aos custos derivados das operações de transporte com carga conteinerizada e são
inúmeros os debates judiciais relacionados ao tema. A origem da demurrage de contêiner está ligada ao contrato de fretamento por viagem (Carta Partida por Viagem), conhecido como o mais antigo tipo de contrato utilizado para o transporte pela via aquaviária, o qual tem como objetivo a utilização da embarcação em uma (viagem particular) ou mais viagens predeterminadas (consecutivas ou intermitentes). Como a criação da conteinerização data da década de 50 do século passado, ainda que se considere a característica da origem costumeira do direito aquaviário, verifica-se impossível uma aplicação equitativa do instituto com base na analogia relacionada ao fretamento de navio por viagem, isso porque são inúmeras e incomparáveis as modificações relacionadas ao uso dos contêineres no transporte aquaviário de carga. Nesse sentido, não há como se comparar um prejuízo relacionado à indisponibilidade de um navio, em razão do seu alto valor e da inviabilidade total do desenvolvimento da atividade econômica pelo transportador, com a indisponibilidade de contêineres. Até porque a frota mundial de contêineres é muito superior à quantidade de slots presentes nos navios porta-contêineres. Por outro lado, verifica-se importante existir uma penalização ou indenização pelo uso excessivo além do prazo pactuado para uso do equipamento pelos consignatários da mercadoria. A questão em destaque é justamente que tal valor seja algo equitativo, e tal obrigação de importância significativa para o comércio exterior brasileiro possa ser clara e objetiva, com a finalidade de garantir segurança jurídica para todos os envolvidos.
Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.
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