Revista Informativo dos Portos 193

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INFORMATIVO DOS PORTOS / EDITORIAL

EXPEDIENTE

CRISE E OPORTUNIDADE... Depois de registrar um rápido aumento da renda na última década, o Brasil chegou a uma fase difícil que está testando a capacidade de seu governo de administrar a economia e satisfazer as crescentes aspirações de seu povo. A presidente Dilma Rousseff precisa promover reformas e projetos de investimento público para retomada do crescimento e colocar a inflação sob controle. Mas o país precisa também reformar sua infraestrutura logística para superar os desafios que vêm pela frente. Como o Brasil enfrenta tamanha dificuldade no setor de logística, os investimentos projetados pelo governo federal são extremamente necessários para fomentar o mercado e atrair o interesse de investidores em negócios voltados para o setor ferroviário, por exemplo, como mostra reportagem especial desta edição da Revista Informativo dos Portos. Também é preciso continuar investindo no setor portuário. Mas apesar do cenário desanimador, há empresas investindo forte para ampliar sua capacidade por entender que a crise é cíclica e, quando o país retomar o caminho, estarão mais preparadas para atender as demandas da economia. Aprender a entender e observar que a economia é, historicamente, formada por ciclos, é um passo importante para quem projeta um futuro animador. A boa notícia é que se nos prepararmos de forma adequada, poderemos aproveitar esses movimentos a favor dos negócios. Boa leitura!

PUBLICAÇÃO Perfil Editora DIRETORA Elisabete Coutinho elisabete@informativodosportos.com.br DIRETORA ADMINISTRATIVA Luciana Coutinho luciana@informativodosportos.com.br JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciana Zonta (SC 01317 JP) luzonta@informativodosportos.com.br REPORTAGEM Adão Pinheiro, Alessandro Padin, Érica Amores e Luciana Zonta FOTOS Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem REVISÃO Izabel Mendes COMERCIAL Thaísa Michelle Santos comercial@informativodosportos.com.br PROJETO GRÁFICO Elaine Mafra DIAGRAMAÇÃO Elaine Mafra (serviço terceirizado) elaine@informativodosportos.com.br PERFIL EDITORA Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

A PORTONAVE ESTÁ EM UMA LOCALIZAÇÃO PRIVILEGIADA: EM PRIMEIRO LUGAR NA MOVIMENTAÇÃO DE CONTÊINERES EM SANTA CATARINA.

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INFORMATIVO DOS PORTOS

ÍNDICE ESPECIAL Um bom momento para o setor metroviário

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SÃO FRANCISCO DO SUL Empresas realizam estudos para construção de novo berço MERCADO EXTERNO Setor calçadista deve gerar US$ 33,6 milhões em negócios no Exterior 6

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DIÁRIO DE BORDO............................................................08 Confira as novidades dos principais setores que movimentam o mercado MODERNIZAÇÃO PORTUÁRIA................................................14 Um novo impulso para Paranaguá ECONOMIA CATARINENSE....................................................16 Micro e pequenas empresas apostam nas exportações COLUNA DE TECNOLOGIA.....................................................28 Alerta: empresas se omitem sobre ataque de hackers no Brasil INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA...............................................32 Columbia aposta em investimentos em SC e amplia operações em Itajaí INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA...............................................36 Ministério dos Transportes flexibiliza regras para concessões de rodovias EXCELÊNCIA EMPRESARIAL..................................................40 DC Logistics do Brasil vence 5 categorias do Prêmio Infraero

INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA Multilog investe R$ 5 milhões na ampliação do Polo de Saúde

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TRÁFEGO MERCANTE..........................................................42 Estudo avaliará capacidade de manobra no Canal do Panamá TECNOLOGIA PORTUÁRIA....................................................46 Equiport aposta em novas tecnologias para minimizar gargalos SUPLEMENTO SEP.............................................................48 As principais novidades da Secretaria de Portos SUPLEMENTO ITAJAÍ...........................................................52 Tudo sobre os terminais e a logística do Complexo Portuário CARNE DE FRANGO............................................................56 Volume exportado no ano supera 2 milhões de toneladas AVIAÇÃO CIVIL..................................................................58 Frota de aviação comercial brasileira entre as mais novas do mundo ARTIGO..........................................................................60 “THC” na importação brasileira, por Wagner Coelho AGENDA DE EVENTOS.........................................................62 Informações sobre as principais feiras, congressos e palestras

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DIÁRIO DE BORDO

A comitiva dos representantes da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) esteve no Porto Itapoá. Recebidos pelo presidente do terminal, Patrício Junior, a equipe teve a oportunidade de conhecer a operação portuária in loco e observar de perto a operação dos navios Aliança Santos e CCNI Arauco, que atuam nos serviços de cabotagem e Ásia, respectivamente. Patrício Junior pôde apresentar as particularidades do terminal às autoridades, dentre elas o projeto de expansão do porto, bem como os pontos onde a agência pode exercer relevante influência como a questão da infraestrutura intermodal brasileira. 8

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DIRETORIA DA ANTAQ EM ITAPOÁ


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BUSINESS NA LOCALFRIO Com o conceito “Pensando Fora do Contêiner”, a Multiplique estará à frente do 2º Encontro Comercial Localfrio desde o planejamento até a operacionalização. Além de toda a agenda do evento, identidade visual e materiais de comunicação, a agência também desenvolveu uma dinâmica de team building para integrar ainda mais a equipe. O evento, agendado para os dias 20 e 21 de outubro, é voltado para executivos da área comercial, superintendentes e convidados. Com uma agenda composta por apresentações de negócio, atividades de team building e confraternização, o evento será um marco para a companhia, com temas relevantes e muito objetivos.

s A TNT está fortalecendo seu serviço internacional de entregas expressas para mercados nórdicos, com a melhora de sua conexão aérea para a Suécia e Finlândia, e capacidade adicional de entrega local em grandes centros de negócios. Agora, a empresa também pode atender 15% mais códigos postais e 34% mais negócios na região até às 12h do próximo dia. A expansão foi possível pela recente melhora operacional das rotas aéreas e rodoviárias da companhia. A TNT é a maior transportadora de carga expressa do Brasil, com 7 mil funcionários e 2,5 mil veículos próprios, que oferece transporte rodoviário e aéreo, doméstico e internacional.

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TERMINAL INTERNACIONAL EM BELO HORIZONTE

ENTREGA PARA OS PAÍSES NÓRDICOS

A BH Airport, concessionária do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, iniciou as operações do Terminal 3, dedicado exclusivamente aos embarques e desembarques internacionais. Com capacidade para receber com conforto e segurança até 4,3 milhões de passageiros/ano, o terminal amplia a capacidade do aeroporto para 14 milhões de passageiros/ano. Com o início da operação do Terminal 3, a BH Airport começa as obras de melhorias no Terminal 1, que ficará dedicado apenas aos passageiros e voos domésticos.

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

RECORDE HISTÓRICO NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO

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DIÁRIO DE BORDO

A produção de petróleo e gás natural da Petrobras atingiu em agosto a marca de 2,88 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), um recorde histórico, 0,8% superior ao recorde anterior de 2,86 milhões boed alcançado em dezembro de 2014. Esse volume é também 4,5% maior que o registrado em agosto do ano passado. A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil foi de 2,69 milhões boed, 3,1% superior ao mês anterior (2,61 milhões boed), representando também novo recorde de produção nacional (0,6% superior ao recorde anterior atingido em dezembro de 2014). A produção total operada pela Petrobras no país, incluída a parcela operada para empresas parceiras, ultrapassou pela primeira vez os 3 milhões de barris de óleo equivalente por dia.

TERMINAL DE ALTA SEGURANÇA EM VIRACOPOS

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Seis meses após a assinatura da parceria para a construção do primeiro terminal de alta segurança com padrão internacional para cargas de alto valor, a Brink’s e o Aeroporto Internacional de Viracopos anunciam o início das obras do projeto. A previsão é que o terminal comece a operar em fevereiro de 2016. A área exclusiva de 1.560m², dentro do Teca (Terminal de Carga do Aeroporto Internacional de Viracopos), será destinada a abrigar uma completa estrutura de segurança especial para cargas de alto valor em aeroportos da América Latina. O local contará com infraestrutura física e tecnológica de segurança utilizada em operações similares nos mais importantes aeroportos de todo o mundo, incluindo área especial com temperatura controlada.


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FRANCISCO DO SUL

EMPRESAS REALIZAM ESTUDOS PARA CONSTRUÇÃO DE NOVO BERÇO O investimento estimado é de pelo menos R$ 200 milhões na primeira fase e a previsão é de que o terminal represente um incremento de 4 milhões de toneladas por ano O Porto de São Francisco do Sul, no Norte de Santa Catarina, pode ter um novo berço que será de múltiplo uso. A Secretaria dos Portos (SEP) autorizou seis empresas a realizarem estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para o arrendamento do berço 401, com 300 metros de extensão. O investimento estimado é de pelo menos R$ 200 milhões na primeira fase. As empresas autorizadas terão 60 dias – contados a partir de setembro - para apresentarem as análises, que serão avaliadas 12

DIVULGAÇÃO

INFORMATIVO INFORMATIVODOS DOSPORTOS PORTOS/ / SÃO

por uma comissão a ser nomeada pelo ministro Edinho Araújo. De acordo com o presidente do Porto de São Francisco do Sul, engenheiro Paulo Corsi, a previsão é de que o terminal represente um incremento de 4 milhões de toneladas por ano no porto. A construção do novo berço faz parte do Programa de Investimento em Logística (PIL Portos), lançado pelo governo federal em junho deste ano, que prevê investimentos estratégicos em portos, ferrovias, rodovias e aeroportos. Paulo Corsi conta que o porto já iniciou o trabalho para a renovação ambiental desse berço, que será de múltiplo uso. A Secretaria do Portos (SEP) projeta lançar o edital da licitação pública para o arrendamento do berço 401 no início do ano que vem e o terminal deverá estar pronto e operando em 2017. Localizado ao lado do berço 101, o terminal terá ênfase na carga geral (contêineres industriais), mas também no granel. LICITAÇÃO O espaço onde a estrutura será construída, próximo à comunidade de Bela Vista, região também conhecida como Rabo Azedo, continua sendo do poder público, mas será arrendado para exploração da iniciativa privada. A licitação está prevista para o primeiro semestre do ano que vem. O prazo de concessão será de 25 anos, com possibilidade de prorrogação por mais 25. Hoje, a atividade portuária representa quase 70% do Produto Interno Bruto (PIB) de São Francisco do Sul e é responsável pela geração de cerca de 9 mil empregos, entre diretos e indiretos. O porto público bateu recorde de movimentação de cargas em 2014. Foram 13,3 milhões de toneladas, um crescimento de 2% em relação ao ano anterior. A alta foi impulsionada pelas exportações de soja (mais de 4,7 milhões de toneladas) e pela importação de fertilizantes (1,8 milhão de toneladas).


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PORTUÁRIA

UM NOVO IMPULSO PARA PARANAGUÁ Investimento de R$ 183 milhões fará modernização dos berços de atracação 201 e 202 e a ampliação, em 100 metros, do cais do berço 201 até 2017 O governo do Paraná fará licitação para ampliar os berços de atracação no Porto de Paranaguá. O investimento, de R$ 183 milhões, será feito com recursos próprios da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). A obra envolve a modernização dos berços de atracação 201 e 202 e a ampliação, em 100 metros, do cais do berço 201 no sentido Oeste. Concluída a licitação, a empresa vencedora receberá a ordem de serviço, tendo como previsão de entrega o segundo semestre de 2017. 14

DIVULGAÇÃO

INFORMATIVO INFORMATIVODOS DOSPORTOS PORTOS/ / MODERNIZAÇÃO

O processo licitatório, na modalidade concorrência, vai definir a empresa especializada para a execução das obras. O edital está disponível no site da Appa (www.portosdoparana.pr.gov.br) e a abertura das propostas será no dia 30 de outubro. Estes investimentos, somados à obra de reforma de 1.800 metros do cais, em execução, e a ampliação do terminal de contêineres em 310 metros, já concluída, representam a completa reconstrução do Porto de Paranaguá. A modernização dos berços é a primeira obra pública de ampliação do cais de atracação do Porto de Paranaguá dos últimos 30 anos realizada integralmente com recursos próprios da Appa. “Estamos pensando o Porto de Paranaguá para os próximos 20 anos”, disse o governador Beto Richa. “A produção de alimentos é crescente e precisamos estar preparados para atender a esta demanda, que aumentou significativamente nos últimos anos”, afirmou. AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE A obra vai triplicar a capacidade de operação do berço 201, passando de 2 milhões para 6 milhões de toneladas por ano. Cada uma das novas linhas de operação terá capacidade para carregar 2 mil toneladas de grãos por hora, com a possibilidade para receber carga de novos terminais interligados. As atuais linhas de carregamento, com mais de 10 anos de uso, carregam apenas mil toneladas por hora. A ampliação do berço 201 permitirá a atracação de três navios, simultaneamente, sem restrições. Isso porque, desde a construção dos berços houve uma evolução no tamanho dos navios sem que houvesse a ampliação do cais. Com isso, um navio de grande


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INFORMATIVO DOS PORTOS / MODERNIZAÇÃO

PORTUÁRIA

porte, atualmente, ocupa dois berços de atracação para operar no cais de Paranaguá. “Atualmente, nos berços 201, 202 e 203 atracam apenas dois navios. A ampliação do cais em 100 metros permitirá que três navios possam atracar simultaneamente. O berço 202, atualmente inoperante, se tornará um berço ativo”, explicou o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino. Segundo ele, as obras proporcionarão maior agilidade no atendimento aos clientes do Porto de Paranaguá e uma remodelação de todo o arranjo operacional do Porto. “Vamos aumentar a capacidade do berço e passaremos a atender maiores embarcações em menor tempo de carregamento, com os novos carregadores que serão instalados no local”, ressaltou Dividino. Seguindo o exemplo das obras de reforma do cais e a troca dos shiploaders, a execução desta obra será feita com a menor interferência possível nas operações atuais. “Vamos manter o ritmo das exportações e importações até a toda a obra seja concluída”, garantiu. NOVOS EQUIPAMENTOS O projeto de modernização dos berços 201 e 202 e ampliação do

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“A AMPLIAÇÃO DO CAIS EM 100 METROS PERMITIRÁ QUE TRÊS NAVIOS POSSAM ATRACAR SIMULTANEAMENTE NO PORTO DE PARANGUÁ. O BERÇO 202, ATUALMENTE INOPERANTE, SE TORNARÁ UM BERÇO ATIVO” Luiz Henrique Dividino, diretor-presidente da Appa


berço 201 tem como objetivo fazer a reestruturação e adequação do cais. A obra permitirá também a realização da dragagem de aprofundamento e a atração de navios de até 80 mil toneladas de porte bruto (TPB). A modernização do cais possibilitará, ainda, a instalação de equipamentos para carregamento de grãos com capacidade operacional de 4 mil toneladas/hora, utilizando dois carregadores de navios com capacidade de carregamento de 2 mil toneladas/hora. O projeto prevê ainda a construção de um dolfim de amarração, uma plataforma estaqueada para instalação de novas torres de transferência de carga, blocos de fundação para sustentação das galerias transportadoras, instalação de duas passarelas de pedestres, equipamentos e instalações para manuseio de grãos no cais de carregamento dos navios, novo sistema mecânico para alimentar os novos shiploaders que serão montados na ampliação do berço 201 e construção de subestação e salas de compressores de ar. Para o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, a obra no Porto de Paranaguá complementa os investimentos feitos pelo governo para melhorar a logística no estado. “Estamos atendendo as necessidades do setor produtivo. A ampliação do porto formará o Corredor Oeste de Exportação e é fundamental para o escoamento da produção e fortalecimento da economia do Paraná”, ressaltou Richa Filho.

“É IMPORTANTE PENSARMOS O PORTO PARA DAQUI A 20 ANOS. A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS É CRESCENTE E PRECISAMOS ESTAR PREPARADOS PARA ATENDER A ESTA DEMANDA, QUE AUMENTOU SIGNIFICATIVAMENTE NOS ÚLTIMOS ANOS”. Beto Richa, governador do Paraná


INFORMATIVO DOS PORTOS / ECONOMIA

CATARINENSE

MICRO E PEQUENAS EMPRESAS APOSTAM NAS EXPORTAÇÕES De acordo com os dados de pesquisa realizada pela Fiesc, quase um terço dos entrevistados buscará novos mercados, principalmente em países da África Em meio à crise econômica que o Brasil vivencia, há, sim, uma boa notícia para as empresas e produtos das micros e pequenas empresas catarinenses. De acordo com uma pesquisa realizada pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), 61% delas apontam perspectivas de incremento nas exportações em 2015 na comparação com o ano passado, 34% esperam que os embarques cresçam de 11% a 30%, enquanto 18% acreditam que vão crescer até 10%. Somente 9% das empresas estimam que aumentarão as exportações em mais de 30% comparativamente a 2014. Por outro lado, 29% das empresas projetam estabilidade nos valores exportados e 10% estimam que suas exportações sofrerão queda em 2015. 18

A pesquisa mostra ainda que, para 79% das micro e pequenas empresas ouvidas, os preços dos produtos são considerados competitivos em outros países. Contudo, 88% delas informaram que a logística, a distribuição e as finanças são entraves à internacionalização, assim como o planejamento (80%). Os dados estão na Análise do Comércio Internacional Catarinense, publicação que a entidade lançou recentemente. Para o presidente da Fiesc, Glaucio José Côrte, as pequenas empresas devem se qualificar para o mercado internacional, mas, por outro lado, precisam de condições de igualdade para competir com os concorrentes estrangeiros. “Se quisermos aumentar a parcela de micro e pequenas exportadoras, são necessárias reformas estruturais urgentes”, afirma. Ele lembra que, entre as prioridades destacadas pelo setor empresarial na pesquisa, constam a desoneração tributária, a desburocratização e redução de custos das atividades exportadoras e importadoras, a diminuição de custos logísticos e a ampliação dos acordos internacionais de comércio. “Embora a economia mundial apresente indicadores de crescimento ainda muito frágeis, a exportação tornou-se estratégica para a retomada do crescimento econômico do Brasil devido à conjuntura doméstica desafiadora”, completa Côrte. A entidade, em parceria com o Sebrae, oferece um programa de internacionalização para micro, pequenas e médias empresas. FLEXIBILIDADE Ao apresentar a análise, a presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc, Maria Teresa Bustamante, disse que as pequenas e médias


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INFORMATIVO DOS PORTOS / ECONOMIA

CATARINENSE

empresas têm maior flexibilidade para construir alianças estratégicas com empresas concorrentes em outros mercados, e assim, podem tornar-se fornecedores que complementam um produto maior fabricado em outro país. “Hoje temos startups no Brasil que agregam valor por tecnologia e inteligência”, disse ela, lembrando que as oportunidades para as companhias estão não só nos embarques de produtos acabados, mas nos processos que envolvem inteligência na fabricação. “Efetivamente, as pequenas e médias poderão se constituir na grande sacada das exportações. Elas têm menos custos de operacionalização e facilidade de adaptação dos produtos às exigências dos clientes externos”, concluiu. De acordo com os dados do trabalho, quase um terço dos entrevistados buscará novos mercados, principalmente em países da África. A América do Sul e a América Central foram citadas na sequência, respectivamente com 19% e 12% das respostas. Quanto aos critérios que deverão guiar as empresas, a maioria das respostas foi associada à proximidade geográfica e cultural, a benefícios oriundos de acordos comerciais e a indicadores do potencial de mercado nos países selecionados, tais como crescimento econômico, evolução positiva de determinados setores, aumento do consumo e ampliação do mercado consumidor. A publicação da Fiesc também reforça a necessidade de uma agenda de reformas estruturais para remover gargalos e oferecer condições similares a dos concorrentes estrangeiros. Entre os que se destacam na pesquisa estão o custo do transporte internacional, burocracia alfandegária, aduaneira e tributária, custos tributários, política cambial desfavorável às exportações e acesso ao financiamento às exportações.

A PESQUISA MOSTRA QUE, PARA 79% DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS OUVIDAS, OS PREÇOS DOS PRODUTOS SÃO CONSIDERADOS COMPETITIVOS EM OUTROS PAÍSES.

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APOSTA NAS EXPORTAÇÕES - 61% das micro e pequenas empresas preveem incremento nas exportações em 2015 - 34% esperam que os embarques cresçam de 11% a 30% - 18% acreditam que as vendas externas vão crescer até 10% - 9% das empresas estimam aumento das exportações em mais de 30% - 29% das empresas projetam estabilidade nos valores exportados



INFORMATIVO DOS PORTOS / ESPECIAL

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UM BOM MOMENTO PARA O SETOR METROVIÁRIO Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) projeta manter o mesmo ritmo de produção em 2015 com a fabricação de 4 mil novos vagões, com faturamento 5% a 10% maior Diante dos desafios que o setor metroferroviário enfrenta com a necessidade de reestruturação e modernização da malha brasileira, investimentos projetados pelo governo federal são extremamente necessários para fomentar o mercado e atrair o interesse de investidores em negócios voltados para este modal. O pacote de investimentos anunciado pelo governo federal, por meio do Programa de Investimentos em Logísticas (PIL), prevê a injeção de R$ 86,4 milhões para o modal, pouco mais de 43% do orçamento previsto, que totaliza a quantia de R$ 198,4 milhões. São estímulos como estes que fomentam o mercado metroferroviário e oferecem segurança para que as empresas do setor possam continuar a investir e realizar negócios no país. Na contramão da crise econômica, no ano passado a indústria ferroviária entregou 4,7 mil vagões de carga, o dobro do registrado em 2013; 374 carros de passageiros, um incremento de 70% em relação ao ano anterior, quando foram entregues 219 unidades; e 80 locomotivas, resultado que se manteve estável em 2014 comparado com os 12 meses anteriores.

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

LOGÍSTICA & TRANSPORTE

Para 2015, a Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) projeta manter o mesmo ritmo de produção com a fabricação de 4 mil novos vagões. Segundo o presidente da entidade, Vicente Abate, apesar de parecer um número menor relacionado a 2014, a previsão está acima da média da última década, quando foram produzidas cerca de 3 mil unidades anuais. A estimativa da associação ainda aponta para a fabricação de 90 locomotivas e 420 carros de passageiros. “Esperamos algo em torno de R$ 6 bilhões, um faturamento 5% a 10% maior que 2014”, comenta Abate. De acordo com, Renan Joel, gerente geral da NT Expo - 18ª Negócios nos Trilhos, evento que acontecerá de 3 a 5 de novembro, em São Paulo, feiras como a NT Expo atuam como catalisadores de mudanças e vitrines de oportunidades para o setor por congregar a cadeia produtiva. “Este é melhor momento para reunir empresários e autoridades a fim de discutir os principais assuntos que envolvem o desenvolvimento do mercado e também proporcionar a realização de negócios. Agimos como uma plataforma que estimula o segmento”, explica. Sistemas de monitoramento e infraestrutura ferroviária, componentes, peças e demais equipamentos de última geração serão o carro-chefe da próxima edição da feira, principal evento do setor metroferroviário da América do Sul. Este ano, o ponto central do evento será a exposição de soluções e inovações tecnológicas que contribuem para o desenvolvimento da cadeia produtiva do setor ferroviário. TECNOLOGIAS Mais de 230 marcas expositoras nacionais e internacionais estarão reunidas para apresentar as últimas novidades do setor. A Thermit do Brasil, por exemplo, levará produtos que atendem o segmento de via permanente. São sistemas de fixação de via que auxiliam na redução de vibrações e ruídos nas ferrovias. Já a Finder aposta na categoria de componentes elétricos e eletrônicos com os relés Séries 46T e 56T, dispositivos desenvolvidos para o setor ferroviário, tanto para o transporte de passageiro, quanto para cargas. Uma das empresas que integra a lista é a Imexbra Trading, especializada na fabricação de produtos ferroviários, que exibirá um sistema que reduz o consumo de diesel em marcha lenta. A tecnologia foi desenvolvida em parceria com a fornecedora romena, Tehmin-Brasov, fabricante de sistemas auxiliares para redução do consumo de combustível

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“TEMOS FEITO PRODUTOS CADA VEZ MAIS COMPETITIVOS, MODERNOS E EFICIENTES. ISSO É UM CÍRCULO VIRTUOSO, PORQUE TORNA AS LOCOMOTIVAS E VAGÕES MAIS POTENTES E ECONÔMICOS, GERA AUMENTO DE PRODUTIVIDADE PARA AS CONCESSIONÁRIAS E PERMITE ATÉ REDUÇÃO DE CUSTO.” Vicente Abate, presidente da Abifer


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NOSSO NEGÓCIO É PENSAR DENTRO DA CAIXA O transporte de cargas em containers é a melhor solução em logística para sua empresa. Contamos com rotas regulares e parceria com os maiores terminais portuários e intermodais que conectam as principais áreas produtoras da região Sudeste. Além disso, oferecemos custo reduzido, segurança, pontualidade na entrega e menor emissão de poluentes. A MRS Logística está pronta para atender à sua demanda.

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LOGÍSTICA & TRANSPORTE

quando o trem está parado ou movimento no pátio. “É um sistema bem simples e traz um custo/beneficio muito bom com a diminuição de poluentes e queima de óleo e diesel”, explica o diretor da Imexbra Trading, Alejandro Sicardi, destacando que a tecnologia reduz em 50% o consumo de combustível, 30% o consumo de óleo e custo da manutenção do motor, além de aumentar a disponibilidade da locomotiva em 20%. Outra marca que aproveitará a oportunidade da feira para apresentar novidades ao mercado é a Fundimazza, especializada no desenvolvimento e fabricação de peças por meio do processo de microfusão (fundição de precisão). A companhia apresentará uma peça fabricada especialmente para o setor férreo, produzida em aço carbono com dimensões extremas de 630 milímetros de comprimento, paredes com espessura de 5 milímetros, pesando 8 quilos. A categoria segurança também aparece entre muitos expositores. A Érico do Brasil desenvolveu um sistema de monitoramento de roubo de cabos, que consegue identificar o momento do furto e impedir a ação. A tecnologia funciona quando o sistema detecta a perda do cabo. Nesse momento, um alarme é acionado para coibir o roubo dos fios de cobre. Este sistema pode ser aplicado tanto nas instalações existentes quanto nas novas sem que os cabos precisem ser alterados, independentemente dos circuitos de via existentes. Também não há sobreposições de frequência. FEIRA A feira é o principal encontro do setor de transporte metroferroviário da América Latina e reúne os principais players do mercado, carga e passageiro, nacionais e internacionais e toda a cadeia produtiva, atuando como plataforma de geração de negócios, networking e melhores práticas. Em 2014, o evento reuniu 230 empresas de 23 países e atraiu 9.023 visitantes. Além da feira, a NT Expo oferecerá outros atrativos na sua programação que vão desde congresso até workshops e rodadas de negócios. A novidade fica por conta do Fórum de Líderes, encontro inédito dentro do evento. O Fórum vai reunir autoridades, especialistas e empresários para debater os gargalos, desafios e investimentos necessários nos dias 3 e 4 de novembro. Outra atração da grade é o Espaço Inovação + Mobilidade, uma oportunidade para empresas, associações, editoras especializadas e demais entidades do setor conhecerem novas tecnologias, projetos inovadores, parcerias e novos talentos.

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“ESTE É MELHOR MOMENTO PARA REUNIR EMPRESÁRIOS E AUTORIDADES PARA DISCUTIR OS PRINCIPAIS ASSUNTOS QUE ENVOLVEM O DESENVOLVIMENTO DO MERCADO E TAMBÉM PROPORCIONAR A REALIZAÇÃO DE NEGÓCIOS.” Renan Joel, gerente geral da NT Expo - 18ª Negócios nos Trilhos



INFORMATIVO INFORMATIVODOS DOSPORTOS PORTOS// COLUNA

DE TECNOLOGIA

ALERTA: EMPRESAS SE OMITEM SOBRE ATAQUE DE HACKERS NO BRASIL

Segundo pesquisa realizada pela empresa de segurança Kroll, apenas 9% das empresas brasileiras alegaram ter sofrido de 10 a 29 incidentes de segurança Uma pesquisa realizada pela empresa de segurança Kroll em 2014 aponta que das cerca de 150 empresas entrevistadas, apenas 9% alegaram ter sofrido algum incidente de segurança tecnológica nos últimos 12 meses. Outras 36% disseram não ter sofrido nenhum incidente e 37%, de uma a nove invasões. O resultado do estudo, divulgado durante o 11º Workshop de Revendas Aker, vai de encontro às conclusões dos chamados “pentests”, ataques programados realizados com a autorização das empresas a fim de identificar vulnerabilidades e corrigi-las. Na avaliação da Kroll, aproximadamente 100% dos testes realizados são bem-sucedidos. Isso significa que é possível invadir a totalidade da rede das empresas que se submetem a testes de vulnerabilidade. Para Fernando Carbone, diretor de Investigação Cibernética na

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Kroll, as invasões, por si só, não significam que os sistemas de segurança adotados pela empresa são falhos. “Novos vírus e malwares são lançados diariamente e não é possível reter 100% das ameaças. Todos nós já sofremos ou sofreremos um ataque hacker em algum momento. A questão é mitigar os riscos e reagir em curto espaço de tempo para evitar os prejuízos decorrentes dessa invasão.”, alerta Carbone.

A realidade, segundo a pesquisa, é que as auditorias de TI, aplicações, ou equipes de TI das empresas conseguem detectar apenas 1% dessas invasões. “Ou seja, a própria empresa quase não percebe os ataques, sendo notificadas geralmente por terceiros ou quando o próprio hacker resolve divulgar seus feitos, como o caso do grupo Anonymous, por exemplo”, constata. INFORMAÇÕES

O Brasil é o 10º país que mais sofre ataques, segundo levantamento do 20º Relatório de Segurança contra Ameaças na Internet da Symantec, empresa global especialista em proteção de informações digitais. São aproximadamente 317 milhões de novas ameaças capazes de comprometer as operações de uma empresa. O mercado prevê que R$ 71,1 bilhões serão os gastos mundiais com segurança da informação até 2016, Sem contar o prejuízo com a negligência no uso de senhas e logins. INVASÃO Uma outra pesquisa, encomendada pela consultoria Mandiant, citada no encontro da Aker Security Solutions, revelou que um atacante fica, em média, 243 dias dentro da rede empresarial sem ser notado e que dois terços das vítimas são notificadas da invasão por iniciativa de terceiros. O excutivo da Kroll salientou também os resultados do Data Breach Investigation Report 2015, da Verizon, segundo o qual cerca de 60% dos ataques acontecem em apenas uma hora, mas 62% deles só são descobertos após alguns meses.

Ainda no encontro de revendas, o presidente da Aker, Rodrigo Fragola, enfatizou que os ataques via backdoors (pontos vulneráveis instalados de forma proposital ou acidental em softwares ou equipamentos de redes) representam hoje um grande risco para a integridade das informações e operações técnicas das empresas. “Empresas de todos os portes, inclusive órgãos de governo e concessionárias de serviços públicos, podem estar com seus ativos comprometidos não em função de iniciativas de atacantes ou de falhas do pessoal interno, mas por vulnerabilidades instaladas em seus próprios sistemas de operação que permitem a fácil entrada de espiões ou de fraudadores”, afirmou o presidente. O Workshop de Revendas da Aker reuniu cerca de 120 especialistas e representantes de canais do nicho de segurança da informação e das comunicações. O evento contou com trilhas comerciais e técnicas e debateu também os atuais rumos do mercado de segurança no ambiente de crise econômica. A Aker apresentou as novidades do seu portfólio e apontou certos aspectos da crise que favorecem o mercado, ao invés de inibir os negócios.

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MERCADO EXTERNO

SETOR CALÇADISTA DEVE GERAR US$ 33,6 MILHÕES EM NEGÓCIOS NO EXTERIOR Conforme relatório da Abicalçados, participação em feira internacional gerou US$ 10,4 milhões em vendas. Outros US$ 23,2 milhões devem ser fechados nos próximos meses O bom momento do calçado brasileiro nos mercados internacionais deve gerar mais de US$ 23,2 milhões em negócios nos próximos seis meses. Os negócios foram fechados durante a theMicam, uma das mais tradicionais feiras calçadistas do mundo realizada em Milão, na Itália. O evento contou com a participação de 53 marcas brasileiras. A mostra reuniu 1,4 mil expositores e foi visitada por mais de 30 mil compradores, mais da metade de fora do país de realização do evento. A participação verde-amarela foi viabilizada pelo programa de apoio às exportações de calçados Brazilian Footwear, desenvolvido pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Conforme relatório da Abicalçados, foram gerados negócios na ordem de US$ 10,4 milhões, uma participação histórica das marcas brasileiras que deve gerar mais US$ 23,2 milhões em negócios alinhavados para os próximos seis meses. Foram mais de 1,5 mil contatos com compradores, sendo quase 1 mil deles novos. “As empresas brasileiras que estiveram na feira saíram muito satisfeitas”, comemora a analista de Promoção Comercial da Abicalçados, Juliana Kauer. O resultado foi superior ao registro da mostra do ano passado, quando foram gerados U$ 10,2 milhões e US$ 19 milhões de negócios futuros à theMicam - a contabilidade era realizada para os 12 meses seguintes. DÓLAR VALORIZADO Juliana ressalta que o dólar valorizado ajudou a formação de preços mais competitivos para os calçadistas nacionais, o que alavancou um número significativo de negócios. Segundo ela, a aceitação das coleções de primavera-verão das marcas nacionais foi muito boa, gerando interesse de grandes 30

players do varejo mundial que visitaram a mostra. Os expositores brasileiros avaliaram a mostra como muito positiva para os negócios do segundo semestre. De acordo com Juliana Behrend, gerente de exportação da Capelli Rossi, “desde 2008 não se via um cenário tão positivo para a exportação”. Segundo ela, se o dólar estabilizar no patamar atual serão possíveis registros ainda superiores na mostra italiana do próximo ano. “Nesse contexto, teremos um recorde de vendas na próxima theMicam de verão”, comemora a gerente, ressaltando que nunca havia recebido tantos clientes de diferentes lugares como nesta edição. “A Itália veio em peso e a empresa conseguiu abrir os mercados no país de realização da feira e também em Malta, China, Líbano e Austrália”, conta. SEMINÁRIO A participação na theMicam fez parte do projeto Export Thinking do Brazilian Footwear, que busca não somente gerar negócios, mas capacitar as marcas para a manutenção dos principais mercados internacionais. Durante a mostra italiana, as marcas brasileiras tiveram acesso a um seminário preparatório organizado exclusivamente para o evento, que destacou os modelos de negócios locais, fast fashion e mercado europeu. Na oportunidade, Enrico Cietta, consultor da Diomedea, destacou que as pessoas têm a visão de que fast fashion é sinônimo de rapidez, mas é muito mais que isto. “Não é somente a troca de produtos, é uma troca de informação, na qual o consumidor tem o poder de escolha”, explicou. Cietta ressaltou ainda que para tornar a coleção mais assertiva se faz necessário conhecer as escolhas do mercado. “As empresas precisam tomar alguns cuidados, como dividir os clientes por tipo e a coleção em funções, como fashion, comercial, básico e


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verificar as vendas de cada segmento”, comentou Cietta. Em sua sexta edição na theMicam, a Sollu teve grande êxito nos negócios. Segundo Alexandre Salomão, gerente de exportação da empresa, a feira está cada vez melhor para a marca. “Além de fazer a manutenção dos clientes, conseguimos abrir os mercados da Itália, França, Bélgica, República Tcheca, Inglaterra e África do Sul”, destaca Salomão. Para Cássio Romani, vice-presidente de marcas da Boaonda, a feira é uma excelente plataforma para realizar contatos e construir a imagem das marcas. “Tivemos um resultado superior se comparado a setembro do ano passado e acreditamos que isso é um reflexo do investimento na sequência de participações na theMicam”, avalia.

O DÓLAR VALORIZADO AJUDOU A FORMAÇÃO DE PREÇOS MAIS COMPETITIVOS PARA OS CALÇADISTAS NACIONAIS, O QUE ALAVANCOU UM NÚMERO SIGNIFICATIVO DE NEGÓCIOS

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INFORMATIVO INFORMATIVODOS DOSPORTOS PORTOS/ / INFRAESTRUTURA

LOGÍSTICA

COLUMBIA APOSTA EM INVESTIMENTOS EM SC E AMPLIA OPERAÇÕES EM ITAJAÍ 32

Grupo de 73 anos conta agora com um Centro de Distribuição de 15,5 mil metros quadrados, próximo do porto de Itajaí, com soluções integradas de logística para diversos segmentos O estado de Santa Catarina já é o segundo polo portuário do Brasil, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), com mais de 18 milhões de toneladas movimentadas em seus terminais em 2014, o que representa quase 20% do total deste modal em todo o país. Em agosto, os governos federal e estatual anunciaram investimentos de R$ 7 bilhões, nos próximos três anos, nos seis complexos portuários catarinenses: Laguna, Imbituba, Itajaí, Navegantes, São Francisco do Sul e Itapoá.


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SOBRE O GRUPO COLUMBIA A Columbia pertence ao Grupo Esteve Irmãos, que atua desde 1849 em trading de commodities como algodão, café e cacau. Em 1942, durante a 2ª Guerra Mundial, com os embargos a exportações, teve início a atuação dos Armazéns Gerais Columbia. Hoje, o Grupo Columbia é formado por empresas com sinergia entre suas atividades: Columbia Trading (Comércio exterior); Columbia Distribuidora (Fornecimento de hard commodities); Columbia Logística (Logística integrada); Columbia Nordeste (Logística integrada); Cefrinor (Armazéns refrigerados e frigorificados); CMlog (Operações portuárias); The Cotton Road (Solução vertical moda); Columbia Energia (Fornecimento de combustíveis sólidos) e Operflora (Fornecimento de bioenergia). A Columbia conta com mais de 380.000 metros quadrados de área de armazenamento, com Centros de Distribuição em polos estratégicos: além de Cotia, Cajamar e Itajaí, está ainda em Simões Filho (BA) e Curitiba (PR). Ao todo, o grupo atende cerca de 1.500 clientes.

Santa Catarina também é um exemplo de gestão: em 10 anos, sua dívida per capita foi reduzida de 119% do PIB bruto para 45%. Por isso, mesmo em meio à crise econômica que atravessa o país, o estado tem uma expectativa de crescimento de 1,5% neste ano. Atento a este sólido desenvolvimento da região, o Grupo Columbia, um dos mais conceituados operadores logísticos do Brasil, com 73 anos de atuação, inaugurou seu Centro de Distribuição há um ano em Itajaí, e já o ampliou em 2015. A razão da escolha da cidade não poderia ser outra. Itajaí tem um dos portos mais eficientes do país em movimentação de contêineres e, em 2014, passou a ser o município com maior PIB de Santa Catarina, superando Joinville. E já está também entre os 30 maiores PIBs do Brasil. A localização do Complexo Logístico da Columbia foi estrategicamente planejada. O CD está a apenas 18 minutos do porto de Itajaí e a 22 quilômetros do porto de Navegantes. Instalado no Condomínio AMP, no KM 1 da Rodovia Antônio Heil, fica a 500 metros da rodovia BR-101, principal artéria que liga o Sul às demais regiões do país, o que facilita o escoamento de produtos entre

origens e destinos domésticos e internacionais. SOLUÇÕES COMPLETAS E INTEGRADAS Com 15,5 mil metros quadrados, o Complexo da Columbia oferece soluções integradas de logística. “Desenvolvemos projetos diferenciados para os clientes, com a gestão completa do processo logístico, desde o recebimento do produto, passando pelo armazenamento, controle de estoque e distribuição”, ressalta João Paulo de Lima, gerente de Operações da unidade. Apoiado na credibilidade que conquistou no mercado, o Grupo Columbia tem feito seus negócios se expandirem na região. Uma das operações é para uma indústria líder no segmento de eletrônicos. O CD da Columbia em Itajaí também atua em sinergia com outras empresas do grupo, como a Columbia Trading e a Columbia Distribuidora. Para esta, são prestados serviços de recebimento, armazenagem, paletização e expedição de polipropileno e de metais, como ferro e níquel. Com a atuação integrada entre suas diversas unidades de ne33


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INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA

gócios, a Columbia coordena toda a cadeia logística destes produtos, desde a retirada dos materiais na Europa e nos Estados Unidos até a sua venda final para os clientes. A expansão das operações levou o grupo a ampliar em 45% a capacidade de movimentação do seu Complexo de Itajaí, que passou de 8,8 mil metros quadrados para 15,5 mil metros quadrados em abril. OPORTUNIDADE NA CRISE Agora, a Columbia pretende atrair clientes de outros setores. “Estamos preparados para atender com eficácia a diversos segmentos importantes na região, como têxtil, calçados, eletrônico, commodities e demais cargas gerais”, afirma João Paulo de Lima. Ele lembra que a Columbia tem logística integrada em seu DNA. “A história do grupo começa em 1942 e se desenvolve incorporando negócios de armazenagem, logística, transporte, comércio exterior, distribuição, energia e outros”, diz (veja detalhes a seguir). Lima ressalta que faz parte da essência do Grupo Columbia “pensar no todo”, sempre implementando melhorias dos processos e no atendimento ao cliente. “Trabalhamos a logística como diferencial competitivo, adequamos as operações às necessidades de nossos clientes e os assessoramos nas execuções dos projetos de integração”, descreve. Para o executivo, o atual cenário torna a escolha do operador logístico ainda mais importante. “Em um momento de crise econômica, a logística se torna fator preponderante para reduzir custos com inteligência e buscar mais competitividade. A Columbia oferece soluções técnicas e estratégicas adequadas à realidade de cada negócio”, completa. REESTRUTURAÇÃO ESTRATÉGICA Recentemente, o Grupo Columbia passou por uma reestruturação que lhe abre oportunidades em diversas frentes. A empresa investiu R$ 20 milhões em novos equipamentos e estruturas no ano passado, incluindo os Centros de Distribuição de Itajaí, Cajamar (SP) e Cotia (SP), onde fica a sede da companhia. “O CD de Cotia já é um dos maiores do país em movimentação de roupas e materiais esportivos e um dos pioneiros na automatização customizada das operações de armazém”, diz o CEO da Columbia Logística, Marcelo Brandão. Com a finalidade de ampliar sua liderança neste mercado e integrar toda a cadeia de suprimentos de moda e vestuário, o grupo também criou recentemente um novo negócio, The Cotton Road, a primeira empresa brasileira a oferecer uma solução vertical completa, incluindo sourcing, processo de busca e desenvolvimento dos fornecedores mais competitivos, especialmente na Ásia, para o varejo brasileiro.

“ESTAMOS PREPARADOS PARA ATENDER COM EFICÁCIA A DIVERSOS SEGMENTOS IMPORTANTES NA REGIÃO, COMO TÊXTIL, CALÇADOS, ELETRÔNICO, COMMODITIES E DEMAIS CARGAS GERAIS.” João Paulo de Lima, gerente de Operações da unidade de Itajaí

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LOGÍSTICA

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES FLEXIBILIZA REGRAS PARA CONCESSÕES DE RODOVIAS A principal mudança é o fim da regra de leilões anteriores que exigia das empreiteiras um nível de patrimônio líquido mínimo para participar do certame O Ministério dos Transportes decidiu flexibilizar as regras dos leilões de concessão de rodovias que a iniciativa privada disputará. O objetivo, segundo a secretária-executiva dos Transportes, Natália Marcassa, é ampliar a concorrência para trazer construtoras estrangeiras e de pequeno e médio porte para o processo, atraindo mais empresas para dar vazão ao déficit de infraestrutura do Brasil. “O critério de licitação é a menor tarifa de pedágio”, diz. Com a medida, o governo espera desenvolver a segunda etapa do Programa de Investimentos em Logística (PIL), que prevê um investimento total de R$ 198,4 bilhões em infraestrutura no país. A principal flexibilização é o fim da regra de leilões anteriores que exigia das empreiteiras um nível de patrimônio líquido mínimo para participar do certame. “A inovação é que isso traz empresas estrangeiras que são muito alavancadas, ou seja, que são muito endividadas porque os juros lá fora são muito baixos e por ser mais fácil para elas se endividarem”, explica. As empresas estrangeiras também não precisarão mais de autorização por decreto presidencial

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para participar das disputas. Será possível entrar no certame com anuência do Ministério da Micro e Pequena Empresa. Com isso, ficam desobrigadas de cumprir todo o processo para criar uma filial no Brasil. O novo modelo também favorece as empresas de pequeno e médio porte. É possível, a partir de agora, que diversas empresas se juntem em uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) para apresentar uma proposta em um leilão. Com isso, as empresas têm mais facilidade para apresentar as garantias financeiras necessárias para assumir uma obra. “A gente ainda mantém a exigência de que a empresa, se ganhar o contrato, na hora de assiná-lo tem de integralizar o capital”, diz Natália. A meta do Ministério dos Transportes é ampliar a competividade no setor de construção pelas obras financiadas pelo governo federal. “A cada ano estamos incrementando o programa de concessões à iniciativa privada. Na primeira etapa do PIL teve 5 mil quilômetros de rodovias e, agora, estamos lançando um programa que em rodovias vai ter R$ 60 bilhões em investimentos para os próximos anos e, em ferrovias, mais R$ 80 bilhões. Então, precisamos diversificar


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INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA

nossa gama de empresas”, avalia. PROPOSTAS As candidatas seguem obrigadas a confeccionar as propostas com documentos comprovando que têm capacidade de executar a obra, que estão sem pendências jurídicas e que têm experiência na área. “A nossa exigência é ter a obra executada”, ressalta a secretária. “Mas não pedimos mais a comprovação do balanço com dinheiro (em caixa)”, observa. As empresas, porém, seguem obrigadas a ter garantia por meio de seguro ou carta-fiança emitida por bancos. “A garantia é para termos uma barreira para a entrada de aventureiros”, diz Natália. Essa garantia pode ser executada se a empresa vencedora de um leilão não apresentar os documentos exigidos no processo de seleção no ato de assinatura do contrato de concessão ou não entregar as melhorias assumidas. “A garantia funciona como um filtro para boas empresas. A gente flexibiliza a necessidade de não ter patrimônio, dinheiro em caixa, porque uma empresa pode estar alavancada por outros projetos, mas precisa ter crédito no mercado”, afirma. O primeiro leilão de edital será para o trecho de 399 quilômetros das Rodovias BR-476/153/282/480, entre as cidades de Lapa (PR) e Chapecó (SC). O documento traçando o investimento de R$ 4,1 bilhões a serem investidos na reestruturação da chamada Rodovia do Frango, conhecida assim por cortar a principal região granjeira do país, que está em análise do Tribunal de Contas da União (TCU). Após o aval do órgão de fiscalização, o objetivo é abrir o leilão até o final do ano. Em 2015, outras três rodovias devem seguir pelo mesmo caminho. É o caso da BR-364/365, no trecho de 437 km entre Jataí (GO) e Uberlândia/MG (MG), cuja concessão prevê investimento de R$ 2,76 bilhões em melhorias e a duplicação de 357 quilômetros.

O QUE MUDA NAS CONCESSÕES DAS RODOVIAS? - Fim das regras de leilões anteriores que exigiam das empreiteiras um nível de patrimônio líquido mínimo. - As estrangeiras não precisarão mais de autorização por decreto presidencial para participar das disputas. - É possível que diversas empresas se juntem em um Sociedade de Propósito Específico (SPE) para apresentar uma proposta no leilão. O QUE CONTINUA COMO ERA? - As empresas seguem obrigadas a ter garantia por meio de seguro ou carta-fiança emitida por bancos. QUAL O OBJETIVO DAS MUDANÇAS? - Ampliar a competitividade no setor de construção em obras financiadas pelo governo federal. - Trazer construtoras estrangeiras e de pequeno e médio porte para as concessões.

RODOVIAS A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) iniciou a etapa de audiência pública sobre o projeto. O debate sobre melhorias na proposta vai até 29 de outubro e, depois, o projeto final será encaminhado para aval do TCU. O mesmo deve ocorrer com trechos das BR-163 e 060-364, que está em fase de finalização de estudos de viabilidade para a abertura de audiências. Todos eles devem ser apresentados ainda neste ano. Os outros 11 lotes de rodovias (previstos na segunda fase do PIL) estão em estudo, com a previsão de ser entregues da-

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qui a 5 meses. Nesses, a meta é 2016 para apresentação de edital e o leilão. O modelo pode, ainda, ser replicado para as concessões de ferrovias que integram o PIL. A secretária avalia que a extensão tem sido analisada com cuidado por serem os projetos de ferrovia mais complexos e em muitos casos iniciados do zero. “Mas estamos tendo esse olhar de ampliação de concorrência”, diz.


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INFORMATIVO DOS PORTOS /

LOGÍSTICA NACIONAL

PRÊMIO ILOS 2015 RECONHECE PRESTADORES DE SERVIÇO DE DESTAQUE NO MERCADO Ganhadores são escolhidos pelo voto dos profissionais de Logística e Supply Chain das maiores indústrias do país. Premiação integrou a programação de fórum de Supply Chain Os 10 prestadores de serviços que mais se destacaram no mercado brasileiro receberam em setembro o prêmio Ilos 2015. Os ganhadores foram escolhidos pelo voto dos profissionais de Logística e Supply Chain das maiores indústrias do país. A premiação integrou a programação do 21º Fórum Internacional Supply Chain – Expo.Logística 2015 organizado pelo Ilos e realizado no Centro de Convenções do Hotel Royal Tulip, no Rio de Janeiro. O evento, que aconteceu de 22 a 24 de setembro, reuniu especialistas do mundo inteiro e contou com seis sessões temáticas, além de tutoriais e cases que aprofundaram temas da cadeia de suprimentos, transporte rodoviário, tecnologias aplicadas ao supply chain e análise dos riscos em suprimentos. Além das sessões, foram apresentadas pesquisas inéditas organizadas pelo Ilos: Custos Logísticos no Brasil, Gestão de Transporte Rodoviário no Brasil, Panorama da Logística e Supply Chain para o setor de Saúde no Brasil. Simultaneamente ao Fórum, também aconteceu a Expo Logística, uma feira em espaço exclusivo dedicada ao estreitamento de relações entre o público presente, bem como de interação com fornecedores de produtos e soluções do setor. Segundo Maurício Lima, sócio-executivo do Ilos, o custo logístico no Brasil voltou a subir durante o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Os gastos das empresas com transporte, armazenagem, estoques e despesas administrativas saltaram de 10,6% do PIB, em 2010, para 11,7%, 40

em 2014. Esse é o percentual mais alto dos últimos 10 anos. O transporte de cargas no Brasil continuou sendo feito predominantemente pelas rodovias em 2014 (67% do total), enquanto o modal ferroviário permaneceu estagnado. Em 2004, 18,4% dos produtos eram transportadas por trens; em 2014, esse percentual foi de 18,3%. Na visão do instituto, o PAC e os programas de logística não trouxeram os resultados prometidos.

VENCEDORES DO 21º PREMIO ILOS: 1º DHL Suply Chain 2º JSL 3º TNT Mercúrio 4º Hamburg SÜD/Aliança 5º Rumo ALL 6º Fedex 7º Correios 8º Luft Logistic 9º Log- in 10º Kuehz + Nagel


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ESTUDO AVALIARÁ CAPACIDADE DE MANOBRA NO CANAL DO PANAMÁ 42

MERCANTE

DIVULGAÇÃO

INFORMATIVO DOS PORTOS / TRÁFEGO

As novas comportas têm sido alvo de expectativa não apenas pela importância do canal como rota marítima, mas também porque a sua construção foi adiada diversas vezes Oficiais da Marinha Mercante vão fazer um estudo para avaliar as características e capacidades de manobra nas comportas do Canal do Panamá, tendo como foco a segurança do tráfego de embarcações. O canal, cuja construção completou 100 anos em 2014, está passando por uma grande obra de expansão. A estrutura terá uma nova faixa de tráfego, que permitirá a passagem dos supercargueiros, hoje os mais usados no comércio internacional. A expansão e o consequente aumento do tráfego vão contribuir para uma melhora na cadeia de fornecimento global. Para a elaboração do estudo, a Fundação Homem do Mar (FHM), braço educacional do Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercan-


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te (Sindmar), firmou contrato com a Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes (International Transport Workers’ Federation - ITF), visando à construção de um modelo matemático que servirá para avaliar as características e capacidades de manobra nas novas comportas do Canal do Panamá. O contrato foi assinado pelo presidente do Sindmar e membro do conselho curador da FHM, Severino Almeida, no último dia 11 de setembro, em Limassol, no Chipre. As novas comportas têm sido alvo de expectativa não apenas pela importância do canal como rota marítima, mas também porque a sua construção foi adiada diversas vezes. Testes recentes detectaram rachaduras na estrutura, levantando dúvidas sobre suas condições, já que ela foi projetada para resistir a terremotos. Este fato gerou outras preocupações sobre a data em que as comportas estarão, de fato, em condições totalmente operacionais. Além disso, o baixo nível do Lago Gatún reduziu significativamente o calado operativo do canal, antes mesmo de as novas comportas encherem. O presidente do Sindmar, Severino Almeida, ressaltou que o Centro de Simulação Aquaviária (CSA), administrado pela Fundação Homem do Mar, tem a expertise necessária para desenvolver modelos matemáticos para todos os tipos de embarcações, terminais e canais de navegação, simulando a manobrabilidade e a viabilidade de diferentes operações marítimas. Ele lembrou que, desde que foi inaugurado, em 2006 – especialmente idealizado por Oficiais da Marinha Mercante Brasileira – o CSA tem atuado no desenvolvimento e na implementação de importantes projetos no Brasil e no exterior, tendo tornado-se referência de excelência na simulação de modelos matemáticos.

COM A MEGAOBRA PANAMENHA, O CUSTO DO FRETE POR TONELADA NO ISTMO TENDE A FICAR, EM MÉDIA, 35% MAIS BARATO. A MEGAOBRA PODE IMPULSIONAR AS CONSTRUÇÕES DE DOIS GRANDES EIXOS FERROVIÁRIOS: A FERROVIA NORTE-SUL E A TRANSOCEÂNICA

A estrutura não é a única preocupação. As novas comportas envolvem mudanças na operação do canal. O secretário-geral do Sindicato de Capitães e Oficiais de Náutica de Rebocadores do Panamá, Iván de la Guardia, disse que durante vários meses a entidade tentou participar da criação dos procedimentos para operar as novas comportas, mas teve suas solicitações negadas pela Administração do Canal. “Alguns deputados denunciaram que a frota de rebocadores tem sérias deficiências que precisam ser corrigidas”, destacou la Guardia.

mércio marítimo internacional e para os marítimos. “Queremos prestar nosso apoio às autoridades panamenhas e à comunidade marítima internacional para fazer das novas comportas um sucesso, tanto em termos de segurança para os marítimos e trabalhadores do Canal do Panamá quanto em relação à rentabilidade para o governo panamenho, que realizou um investimento de grandes proporções”, concluiu.

SEGURANÇA

ECONOMIA BRASILEIRA

No mesmo tom, o secretário-geral da Unión de Ingenieros Marinos (UIM), Luis Yau, destacou que, mesmo se as comportas estivessem prontas hoje, um ano após a data prevista, ainda não seria possível operar de modo seguro e eficiente. “Queremos que a Autoridade do Canal do Panamá entenda que nossas vidas estão em risco, se não temos os procedimentos operacionais adequados”, alertou Yau.

A extensão do Canal do Panamá, com a construção do terceiro jogo de eclusas para receber embarcações de grande calado – os chamados supernavios -, atinge diretamente a economia brasileira. Na obra, construtoras brasileiras, empresas fornecedoras de softwares e materiais, além de projetistas nacionais, atuam direta ou indiretamente no empreendimento. Cerca de 200 profissionais brasileiros trabalharam no canteiro de obras, entre engenheiros e operários.

O presidente da Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes, Paddy Crumlin, declarou que a ITF está comprometida em recorrer a todos os meios, incluindo os modelos matemáticos mais avançados, para garantir que as operações sejam seguras para as tripulações a bordo dos rebocadores e demais usuários do canal. Ele lembrou que qualquer operação inadequada pode trazer graves consequências para o co-

A economia nacional será uma das mais favorecidas pela obra, principalmente o sistema portuário nacional, segundo prevê a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Os portos de Pecém (Ceará) e Itaqui (Maranhão) podem ser pivôs de um novo triângulo de comércio marítimo internacional, “ligando-se” com os portos da costa oeste dos Estados Unidos e da Europa. 43


TRÁFEGO MERCANTE

DIVULGAÇÃO

INFORMATIVO DOS PORTOS /

Neste cenário, poderiam ser os terminais concentradores de cargas oriundas destes dois polos produtivos da economia global. Com a megaobra panamenha, o custo do frete por tonelada no istmo tende a ficar, em média, 35% mais barato. Será muito competitivo para o mercado dos grandes navios de contêineres, já que a expansão do canal permitirá a passagem dos chamados navios post-panamax, cuja capacidade já chega a 12.000 TEUs. Como o Canal do Panamá irá favorecer o transporte de contêineres, coincidindo com a vocação dos portos do Norte e Nordeste do país, o Brasil tem chances de avançar no ranking da UNCTAD (United Nations Conference on Trade and Development). Além disso, a megaobra pode impulsionar as construções de dois grandes eixos ferroviários: a Ferrovia Norte-Sul e a Transoceânica.

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TECNOLOGIA PORTUÁRIA

EQUIPORT É RESPONSÁVEL PELA MAIOR FROTA DE REACH STACKERS EM OPERAÇÃO NO BRASIL

Diretor e fundador da Equiport, Thierry Montagne

Empresa completa 20 anos de existência no Brasil com a liderança no mercado graças à simplicidade, segurança e confiabilidade dos equipamentos Terex A Equiport - representante oficial da Terex no Brasil, uma das empresas pioneiras na introdução de equipamentos para o setor portuário - acredita que novas tecnologias e equipamentos podem reduzir os gargalos de infraestrutura do país. Fundada em 1995, a Equiport comercializou e fez a entrega técnica da maior frota de reach stackers em operação no Brasil. São cerca de 500 unidades divididas em 100 clientes distribuídos por todo território nacional, de Norte a Sul do país. Em seus mais de 20 anos de existência no Brasil, a Equiport conquistou a liderança no mercado de reach stackers graças à simplicidade, segurança e confiabilidade dos equipamentos Terex. Atualmente, são mais de 100 clientes em 200 terminais cadastrados no sistema de atendimento, entre eles os terminais portuários de Itajaí e Navegantes, região que representa a terceira maior demanda de atendimento da empresa. A Equiport se destaca também pela alta qualidade da assistência técnica e serviços de pós-vendas. “O nosso crescimento foi gradativo junto com a privatização dos portos e à medida que os nossos clientes foram conhecendo e aprovando tanto o equipamento quanto o suporte técnico oferecido”, explica o diretor e fundador da Equiport, Thierry Montagne. Os produtos e serviços oferecidos incluem equipamentos do tipo reach stackers da marca Terex e terminal tractor da marca Capacity, disponíveis para terminais portuários, terminais intermodais (que utilizam ferrovia), armazéns e operadores logísticos. O carro-chefe, segundo Montagne, é o reach stacker modelo TFC 45h por ser um equipamento de fácil manutenção, operação e 46

Reach Stacker Terex Modelo TFC 45h

Equipe Equiport confiabilidade, além de consolidado no mercado. “Temos vários equipamentos com 20 anos ainda em operação”, observa. ASSISTÊNCIA A Equiport conta com uma equipe técnica especializada e treinada pela fábrica Terex para realização dos serviços de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos portuários em todo o território nacional. Sua equipe trabalha 365 dias por ano. Além disso, a empresa conta com uma frota de carros-oficina totalmente equipados para atender a qualquer chamado de assistência técnica com rapidez e eficiência. A Equiport possui um estoque permanente de peças originais para pronta entrega com cerca de 2 mil itens para reposição imediata. Além disso, o estoque está conectado online diretamente com o departamento de peças da fábrica Terex na França para agilizar a reposição dos componentes. “Por trabalharmos com equipamentos europeus e americanos de última geração, trazemos para o mercado interno o que há de melhor em tecnologia, promovendo uma cadeia de desenvolvimento, principalmente na procura de menor consumo e poluição”, finaliza.


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AUMENTAMOS A NOSSA PRODUTIVIDADE. E A LUCRATIVIDADE DE NOSSOS CLIENTES. Maior terminal de contêineres do Sul do país, e o único com integração ferroviária, o TCP é responsável por um dos maiores programas de investimentos no setor portuário privado do Brasil. Com a ampliação do cais de atracação e dispondo dos mais avançados equipamentos voltados à movimentação de cargas, o TCP ampliou a capacidade do terminal e está preparado para receber os maiores navios porta-contêineres que atuam na América Latina. Na prática, isso significa muito mais agilidade e lucratividade para os negócios de nossos clientes.

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SEP

ROMÉRIO CUNHA

INFORMATIVO DOS PORTOS / SUPLEMENTO

Ministro Edinho Araújo durante reunião de trabalho com o Premier da Rússia, Dmitri Medvedev, na VII Reunião da Comissão de Alto Nível Brasil-Rússia (CAN).

QUE VENHAM OS NOVOS INVESTIMENTOS Ministro dos Portos, Edinho Araújo, relatou, em reunião da Comissão de Alto Nível Brasil-Rússia, que Brasil está aberto a receber novos aportos estrangeiros O Brasil está aberto para receber investimentos no setor portuário do país. A afirmação é do ministro-chefe da Secretaria dos Portos, Edinho Araújo, durante pronunciamento na 7ª Reunião da Comissão de Alto Nível Brasil-Rússia (CAN), em Moscou. A comissão foi aberta oficialmente pelo vice-presidente Michel Temer e pelo primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev.

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Criada em 1997, a Comissão de Alto Nível é a mais alta instância de negociação entre os dois países. No encontro foram tratados assuntos de cooperação econômico-comercial. Além de portos e terminais, foram discutidos temas como energia, defesa, agropecuária, ciência e tecnologia e espacial. Segundo o ministro, apesar das conhecidas instabilidades existentes no cenário econômico internacional, o setor portuário brasileiro passa por importante processo de modernização e expansão. “Nos últimos 20 anos, o setor portuário brasileiro apresentou um firme crescimento médio anual de 5% na sua movimentação de cargas. Pelos portos brasileiros, transitam 95% do comércio exterior do Brasil”, disse. Segundo Edinho Araújo, em 1995, o Brasil movimentava pelos seus portos e terminais privados algo em torno dos 385 milhões de toneladas de carga. “Neste ano ultrapassaremos a marca do 1 bilhão de toneladas”, disse. EXPANSÃO Para viabilizar o escoamento crescente de cargas como minério de ferro, complexo de soja, carnes e produtos manufaturados, por exemplo, a Secretaria de Portos lançou em 2015 o Programa de Expansão de Novos Terminais Públicos e Privados com uma perspectiva de investimentos de cerca de US$ 10 bilhões para os próximos anos. O ministro relatou que o vice-primeiro-ministro para a área de infraestrutura, Victor Olersky, da Rúsia, destacou o interesse de empresas russas participarem do pacote de licitações nacionais. “São grandes players, por exemplo, do setor de fertilizantes, já presentes na América do Sul e que querem investir em sua cadeia de abastecimento”, acrescentou o ministro.


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Reuniões têm como objetivo apresentar aos índios como funciona o processo legal de revisão da área da poligonal dos portos de Paranaguá e Antonina As comunidades indígenas do litoral do Paraná participaram do processo de consulta pública para a alteração da poligonal dos portos de Antonina e Paranaguá. Os encontros aconteceram na Ilha da Cotinga e contaram com a presença de índios da própria ilha e índios sambaquis, além de representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e advogados que representam alguns indígenas. A consulta pública foi presidida por representantes da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP). Segundo Ricardo Burg, responsável pelo processo de alteração da poligonal na coordenação geral de Licenciamento Ambiental da Funai, esta é a primeira reunião específica para ouvir os índios no debate sobre a alteração da poligonal dos portos no Brasil. “Muitas comunidades sequer falam português, então é fundamental que eles tenham uma atenção especial e que possam tirar suas dúvidas e até mesmo perguntar na sua língua sobre os impactos das alterações”, afirma. As reuniões têm como objetivo apresentar aos índios como funciona

PEDRO BRODBECK

GOVERNO FEDERAL OUVE COMUNIDADES INDÍGENAS DO LITORAL PARANAENSE o processo legal de revisão da área da poligonal do porto. Os técnicos da SEP também tiraram dúvidas e prestaram esclarecimentos aos moradores das ilhas. “Este é um processo absolutamente transparente e a ideia é que as comunidades indígenas tirem todas as suas dúvidas no que diz respeito à proposta de alteração da poligonal que a Secretaria de Portos formulou”, afirma o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino. REVISÃO A proposta apresentada pela SEP retira a Ilha da Cotinga e Ilha Rasa da Cotinga da área da poligonal. Segundo o critério estabelecido pela SEP, devem ser excluídas da poligonal áreas particulares, áreas públicas que não são destinadas para a atividade portuária e áreas de preservação ou de reserva indígena, como é o caso da Ilha da Cotinga. “Já existem normativas que garantem os direitos destas comunidades caso aconteça alguma obra em um raio de oito quilômetros de distância das ilhas. Mesmo fora da área da poligonal, eles continuarão sendo ouvidos”, explica a diretora do Departamento de Revitalização e Modernização Portuária da Secretaria de Portos, Rita Munk. O processo de revisão da poligonal dos portos paranaenses atende ao artigo 15 da nova Lei dos Portos, que regula a exploração pela União, direta ou indiretamente, dos portos e instalações portuárias e as atividades desempenhadas pelos operadores portuários. Um ato da presidência da república definirá a nova área dos portos organizados a partir da proposta da Secretaria de Portos.

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INFORMATIVO DOS PORTOS / SUPLEMENTO

SEP

CSN GARANTE PRORROGAÇÃO DO ARRENDAMENTO EM ITAGUAÍ POR MAIS 25 ANOS O documento prevê a ampliação do terminal de carvão (Tecar). A prorrogação antecipada vai duplicar a capacidade, passando para 60 milhões de toneladas ao ano A Companhia Siderúrgica Nacional (CNS) obteve do governo federal a antecipação do arrendamento do seu terminal em Itaguaí (RJ) por mais 25 anos. A autorização da prorrogação do arrendamento foi assinada pelo ministro-chefe da Secretaria de Portos, Edinho Araújo. A Secretaria também autorizou a instalação de um Terminal de Uso Privado (TUP) da empresa Vetria Mineração, em Santos (SP). Os dois representarão investimentos da ordem de R$ 5 bilhões nos próximos anos. “Os novos empreendimentos autorizados provam que o setor portuário brasileiro apresenta uma demanda aquecida e pode contribuir para a recuperação da economia brasileira”, afirmou o ministro. O primeiro documento assinado, da CSN prevê a ampliação do terminal de carvão (Tecar), localizado no porto de Itaguaí, que movimenta minério de ferro e carvão. A prorrogação antecipada por 25 anos vai duplicar a capacidade das instalações, passando de 30 milhões para 60 milhões de toneladas ao ano. De acordo com o ministro Edinho Araújo, a CSN assumiu o compromisso de fazer os investimentos até dezembro de 2019. O ministro explica que a pror-

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rogação antecipada do terminal no Rio de Janeiro está prevista na Lei dos Portos, que permite o reequilíbrio econômico mediante o compromisso de novos investimentos. Terminal Edinho Araújo assinou também a autorização para instalação do TUP da Vetria Mineração. O novo terminal vai ocupar área de 1,9 milhão de metros quadrados e movimentar três tipos de minério de ferro. O prazo de execução do investimento de R$ 2,5 bilhões é dezembro de 2016 com previsão de movimentação de 25 milhões de toneladas por ano. A Vetria Mineração pertence ao grupo Triunfo, que já administra o terminal em Navegantes (SC) e, além de Santos, planeja outro terminal privado em Paranaguá (PR). “Cabe à Secretaria de Portos, como poder concedente, agilizar processos e garantir investimentos privados na expansão, modernização e ampliação de terminais. É o que estamos fazendo neste momento, finalizando a análise de renovações antecipadas e licitações de novos arrendamentos. Os dois atos buscam modernizar nossos portos brasileiros, garantindo maior competitividade”, concluiu o ministro Edinho Araújo.


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TCU LIBERA LEILÃO DE TERMINAIS EM PORTOS PÚBLICOS POR OUTORGA Com o aval do Tribunal, a SEP lançará em breve editais para os leilões de arrendamento de oito áreas, cinco nos portos públicos do Pará e três no Porto de Santos O Tribunal de Contas da União (TCU) liberou a realização do primeiro leilão de arrendamento de terminais em portos públicos, pela modalidade de outorga. A decisão do TCU se dá no momento em que o governo anuncia a prorrogação antecipada do terminal da Santos Brasil, localizado no Porto de Santos, o maior da América Latina. “Notamos que há uma forte demanda do setor privado na área portuária”, disse o ministro da Secretaria de Portos (SEP), Edinho Araújo. O Programa de Investimentos em Logística dos portos poderá receber investimentos privados de até R$ 37,4 bilhões com as concessões. “Demos a largada para licitar áreas nos portos públicos, atendendo à demanda reprimida de cada região. Só nesta primeira etapa atrairemos investimentos privados da ordem de R$ 2,1 bilhões”, comemorou o ministro. Com o aval do Tribunal, a SEP lançará em breve editais para os leilões de arrendamento de oito áreas, cinco nos portos públicos do estado do Pará e três no Porto de Santos. As empresas vencedoras terão direito a explorar os terminais pelo prazo de 25 anos. No Pará, os novos termi-

nais serão destinados ao escoamento da produção de grãos, fortalecendo o chamado Arco Norte. No Porto de Santos, será um terminal de grãos e dois de celulose, uma carga bastante demandada. A licitação pela modalidade de outorgas permitirá ao governo federal arrecadar entre R$ 800 mil e R$ 1 bilhão. PRORROGAÇÃO A renovação do contrato antecipado do terminal da Santos Brasil, localizado no Porto de Santos, garantirá investimentos da ordem de R$ 1,2 bilhão. Este é o sexto contrato de prorrogação antecipada assinado pela Secretaria de Portos após a nova Lei dos Portos. O documento assinado prevê a prorrogação do contrato até 2047, condicionado à garantia de investimentos por parte da empresa com a realização de obras e intervenções que deverão garantir aumento da capacidade de 1,5 milhão de contêineres por ano. Entre as obras previstas que serão executadas pela empresa estão a ampliação do cais e dos pátios, novos portêineres e quatro novos ramais ferroviários. A prorrogação antecipada está prevista na Lei dos Portos e visa dar segurança aos arrendatários instalados nos portos brasileiros como forma de antecipar investimentos significativos, tendo a garantia de prazo para amortizá-los. Já foram prorrogados antecipadamente outros cinco contratos de arrendamentos, além da Santos Brasil, perfazendo investimentos de R$ 5,3 bilhões. Anteriormente foram prorrogados contratos da Ageo Terminais em Santos com investimentos de R$ 187 milhões; ADM do Brasil em Santos, com R$ 207 milhões; Copape Terminais em Santos, com R$ 295 milhões; Libra Terminal em Santos, com R$ 776 milhões; e CSN em Itaguaí (RJ), com R$ 2,6 bilhões.

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SUPLEMENTO PORTO ITAJAÍ

MULTILOG INVESTE R$ 5 MILHÕES NA AMPLIAÇÃO DO POLO DE SAÚDE Empresa quer dobrar a capacidade de posições-paletes, que passa de 2,5 mil para 5 mil unidades. A previsão é crescer 8% na comparação com o ano passado Mesmo no cenário atual de turbulência econômica, ainda há empresas investindo na região. É o caso da Multilog, com sede em Itajaí. De olho no crescimento do setor logístico nacional, a companhia está investindo R$ 5 milhões na expansão no Polo de Saúde e dobrando sua capacidade de posições-paletes, que passa de 2,5 mil unidades para 5 mil unidades. As novas instalações marcam também a ampliação do foco de atuação. A previsão da Multilog é crescer 8% em 2015 na comparação com o ano passado. Conforme Djalma Vilela, diretor-executivo da Multilog, a companhia entende que, como a crise é cíclica, os investimentos deixarão a empresa mais preparada para atender as demandas do mercado quando a economia retomar o crescimento. A previsão é inaugurar a expansão do Polo de Saúde no final de novembro. De acordo com a Associação Brasileira de Logística (Aslog), o mercado brasileiro de logística é estimado em US$ 70 bilhões. Deste total, o custo do transporte responde pela maior parcela, variando entre 4% e 25% do faturamento bruto. Os gastos das

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empresas brasileiras com logística atualmente correspondem a 60% para transporte e 40% para armazenagem, administração de pedidos e estoque. Ainda segundo a associação, a logística já movimenta cerca de 20% do PIB. Por esse motivo, a logística é essencial para as grandes empresas brasileiras. Recentemente a Multilog inaugurou uma unidade em Araquari, no Norte de Santa Catarina. Inicialmente a unidade foi concebida para atender a fábrica da BMW, instalada no município catarinense, e as empresas que integram o complexo da montadora. O local também vai servir para a armazenagem de produtos não nacionalizados. Djalma explica que o crescimento da companhia é sustentado principalmente na característica multissetorial. “Essa capacidade da Multilog acaba mitigando boa parte dos riscos”, pontua. Do ponto de vista do bem-estar dos colaboradores, a empresa entregará até o final do ano a estrutura do novo restaurante e um centro de convivência. As instalações devem começar a ser utilizadas a partir de janeiro do próximo ano.


FLÁVIO BERGER

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ENTREPOSTO Desde março, Itajaí conta com o primeiro Entreposto Fiscal da Zona Franca de Manaus (ZFM), instalado no complexo Multilog. O contrato com o governo de Manaus, no Amazonas, e as negociações com as empresas para a instalação do ZFM foram realizados pela Komlog, proprietária da permissão. No Brasil, existem três entrepostos em funcionamento e o quarto fica em Itajaí, sendo o único da região Sul pelos próximos 10 anos, que poderão ser renovados por mais 10. A Komlog pertence à holding Komgroup e atua há mais de 20 anos no mercado, elaborando soluções para as empresas do setor de comércio internacional e de distribuição do país. Nesta configuração, a Multilog é operador logístico oficial do entreposto. Djalma explica que, como a empresa recebeu recentemente o Ato Declaratório Executivo da Receita Federal que a autoriza a atuar como Entreposto da Zona Franca de Manaus, a previsão é assegurar a ocupação de quase 100% da capacidade do armazém até o final do ano. As principais vantagens para o cliente do entreposto são a localização estratégica, a utilização de cabotagem com redução dos custos logísticos e a estrutura de armazenagem com mais de 300 mil metros quadrados de área. “O cliente tem a carga próxima ao mercado e ao mesmo tempo o ICMS fica suspenso até a venda”, destaca Djalma. O valor do frete rodoviário entre Manaus e Itajaí, por exemplo, custa em média R$ 20 mil e leva 15 dias. Com a cabotagem, a previsão é reduzir esse preço em pelo menos 30% e diminuir o tempo da viagem.

“A COMPANHIA ENTENDE QUE, COMO A CRISE É CÍCLICA, OS INVESTIMENTOS DEIXARÃO A EMPRESA MAIS PREPARADA PARA ATENDER AS DEMANDAS DO MERCADO QUANDO A ECONOMIA RETOMAR O CRESCIMENTO.” Djalma Vilela, diretor-executivo da Multilog

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SUPLEMENTO PORTO ITAJAÍ

EMPRESA AMERICANA INSTALA UNIDADE BRASILEIRA EM ITAJAÍ Em todo o mundo a Sutherland é uma das maiores empresas exclusivas de BPO, com mais de 36 mil colaboradores em 60 centros de operações distribuídos em 20 países A Sutherland Global Services, empresa especializada em Business Process Outsourcing (BPO) e Information Technology Enabled Services (ITeS) de Rochester, Estados Unidos, acaba de inaugurar em Itajaí a primeira unidade no Brasil. Com a inauguração da sede em Santa Catarina, a empresa vai transferir 54

para o Brasil as contas da operação de empresas como Google, McAfee, Microsoft, Spotify, Acer e Lenovo, que hoje são operadas na unidade colombiana da empresa, a base para os serviços prestados em língua portuguesa. Em todo o mundo a Sutherland é uma das maiores empresas exclusivas de BPO, com mais de 36 mil colaboradores em 60 centros de operações distribuídos em 20 países (Estados Unidos, Austrália, Bulgária, Canadá, China, Colômbia, Egito, Estônia, Índia, Jamaica, Malásia, México, Marrocos, Filipinas, Eslováquia, Suécia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e agora no Brasil). A Sutherland está em atividade em Itajaí desde o fim de julho para atender uma multinacional instalada no Rio Grande do Sul que tem o nome mantido em segredo. Atualmente, a empresa emprega 75 pessoas no Brasil, mas a previsão para os próximos meses é chegar a 400 e, em dois anos, alcançar pelo menos 1 mil funcionários. “A empresa global vai dobrar de tamanho em três anos. A América Latina é um forte mercado de crescimento e nós acreditamos muito no potencial do Brasil para o crescimento nos próximos anos”, afirma o vice-presidente da empresa, Jair Bondicz. A decisão de instalar-se em Itajaí foi anunciada em maio. Fortaleza (CE) e Porto Alegre (RS) estavam na disputa, mas junto com incentivos fiscais, a vocação de Itajaí para atuar com serviços a distância para grandes empresas, como BRF e JBS, falou mais alto. A Sutherland atua com a automação de serviços como digitação, conferência e emissão de faturas, por exemplo, além da área de recursos humanos. A Sutherland Global Services aposta na inovação tecnológica, investindo na automação de processos, via sistemas de computação que realizam tarefas de tratamento e processamento de informações de forma rápida e econômica. Fundada nos Estados Unidos em 1986, a empresa é especializada em BPO (Business Process Outsourcing) que são as terceirizações dos processos empresariais. Reconhecida pela excelência em serviços e responsabilidade social corporativa, a Sutherland tem na carteira de clientes gigantes mundiais dos negócios como Google, Microsoft, Spotify, 1800 Flowers, Shutterfly, StubHub, Aflac, GE Healthcare, Aetna, Visa, ADP e United Online.


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CARNE DE FRANGO

VOLUME EXPORTADO NO ANO SUPERA 2 MILHÕES DE TONELADAS Se projetada para o quadrimestre final de 2015, a média atual sinaliza embarque anual ligeiramente superior a 4,150 milhões de toneladas

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As exportações de frango alcançaram em agosto 375.247 toneladas, resultado que correspondeu a um aumento de 13% sobre o mesmo período do ano passado. Comparativamente ao mês anterior – quando foi registrado a venda de 440.476 toneladas para o mercado externo – há uma queda de aproximadamente 15%, fato devido, sobretudo, ao menor número de dias úteis do mês (21 em agosto contra 23 em julho) e a uma ligeira desaceleração nos embarques. Os números do volume de exportação de frango foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O total registrado em agosto manteve, pelo terceiro mês consecutivo, o volume de exportação sensivelmente acima da média registrada nos meses anteriores. Tanto que o volume médio registrado no trimestre junho-agosto (perto de 401,7 mil toneladas mensais) foi 28,5% superior à média do período janeiro-março de 2015, com aproximadamente 312,5 mil toneladas mensais. Em razão dos últimos resultados, o total acumulado de 2.767.652 toneladas nos dois primeiros quadrimestres do ano está 6,22% acima do que foi embarcado em idêntico período do ano passado. E, projetada para o quadrimestre final de 2015, a média atual sinaliza embarque anual ligeiramente superior a 4,150 milhões de toneladas, quase 4% a mais que o registrado em 2014. É mais provável, no entanto, que esse volume seja ultrapassado. E se, por exemplo, o volume médio dos quatro últimos meses do ano permanecer nos mesmos níveis do que foi registrado em agosto último (isto é, abaixo do que foi embarcado nos meses de junho e julho), o total anual ficará próximo dos 4,270 milhões de toneladas, aumentando no ano perto de 7%. No momento, o volume acumulado em 12 meses (setembro de 2014 a agosto de 2015) chega aos 4,157 milhões de toneladas e está 5,65% acima do que foi registrado em idêntico espaço de tempo anterior, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.


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AVIAÇÃO CIVIL

FROTA DE AVIAÇÃO COMERCIAL BRASILEIRA ENTRE AS MAIS NOVAS DO MUNDO Segundo o Panorama Abear 2014, média de uso dos aviões das quatro companhias é de 6,7 anos, cinco anos menos do que a média mundial As quatro maiores companhias áreas do Brasil (Avianca, Azul, Gol e Tam) têm uma das frotas mais jovens do mundo. As principais vantagens de aeronaves mais jovens são menores gastos com combustíveis e manutenção. Segundo o consultor da Diretoria de Segurança e Operações de Voo da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Paulo Roberto Alonso, “esse tipo de frota traz uma série de benefícios para seus operadores, como motores mais econômicos e eficientes, menos ruidosos, com custo de manutenção mais baixo e emissão de poluentes inferior”. Juntas, as quatro companhias são responsáveis pela fundação da Abear. A média de uso dos aviões das quatro companhias é de 6,7 anos, cinco anos menos do que a média mundial, que é de 11,7 anos. Os dados são do Panorama Abear 2014, estudo anual que reúne indicadores operacionais das associadas. Aviões novos, no entanto, têm custos de leasing (uma espécie de aluguel) e depreciação maiores do que os com mais tempo de uso. O investimento em equipamentos modernos é a alternativa mais utilizada no Brasil pelo elevado custo que tem o querosene de aviação, em decorrência da alta tributação que sofre no país. O combustível é responsável por 38% dos custos de operação das empresas nacionais. “A companhia avalia o cenário operacional em que atua para verificar qual prática é mais vantajosa

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em cada mercado. Nos Estados Unidos, por exemplo, os custos com combustível e manutenção são muito menores que os brasileiros, o que justifica que uma frota com renovação menos frequente”, explica o consultor da Abear, Maurício Emboaba, responsável pelo estudo publicado no Panorama. A análise teve como fonte dados da ICAO (sigla em inglês da Organização Internacional de Aviação Civil) e do portal Airfleets.net. Ela priorizou empresas de capital aberto e que fossem representativas em seus mercados de atuação.

O INVESTIMENTO EM EQUIPAMENTOS MODERNOS É A ALTERNATIVA MAIS UTILIZADA NO BRASIL PELO ELEVADO CUSTO QUE TEM O QUEROSENE DE AVIAÇÃO, EM DECORRÊNCIA DA ALTA TRIBUTAÇÃO QUE SOFRE NO PAÍS.


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EXCELÊNCIA EMPRESARIAL

DC LOGISTICS DO BRASIL VENCE 5 CATEGORIAS DO PRÊMIO INFRAERO Com um crescimento anual médio de 15 %, empresa está sediada em Itajaí (SC) e possui outros nove escritórios no Brasil, onde oferece soluções logísticas otimizadas As soluções logísticas inovadoras e otimizadas, desenvolvidas ao longo dos 21 anos de atuação da DC Logistics Brasil, foram determinantes para que a empresa vencesse cinco das sete categorias do Prêmio Infraero de Eficiência Logística 2015 para os aeroportos da região Sul. Entre os cinco prêmios está o de Agente de Carga Destaque. A iniciativa da Infraero visa incentivar importadores, exportadores, despachantes aduaneiros, agentes de carga e transportadores rodoviários a melhorarem seus desempenhos, otimizando tempo e, consequentemente, melhorando os resultados no tratamento das mercadorias. A DC Logistics Brasil foi premiada nos segmentos: Agente de Carga Destaque, Equipamentos e Instrumentos Médicos-Farmacêuticos, Metal-Mecânico, Têxtil e Diversos. Foram avaliados os embarques entre abril de 2014 a maio de 2015. Mensalmente a estatal faz um ranking das empresas que realizam operações de comércio exterior e que, após uma análise, serão premiadas de acordo com o menor tempo médio despendido em seus processos logísticos. C

A cerimônia oficial do Prêmio Infraero de Eficiência LoM gística 2015 foi realizada no Expoville Centro de Convenções e Exposições. Na oportunidade foi auferido Y aos ganhadores o Selo de Eficiência Logística, certifiCM cação que identifica as empresas que se destacam nos serviços que envolvem o processamento dos volumes MY nos terminais de logística de carga (Teca) administraCY dos pela estatal.

agilidade e experiência local na conexão entre os principais polos logísticos nacionais e internacionais”, enfatiza o managing director Guilherme Mafra. Anuncio 92 x 58 2015.pdf 1 01/06/2015 11:07:35

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INFORMATIVO DOS PORTOS / ARTIGO

O “THC” NA IMPORTAÇÃO BRASILEIRA

por Wagner Antônio Coelho

O objetivo do presente artigo é apresentar a terminologia atualmente denominada de “THC”, também, equivocadamente, denominada por alguns como capatazia, um dos custos na logística de transporte internacional, e sua relação na operação de importação desenvolvida por empresas brasileiras. Em razão da contratação do transporte marítimo internacional evidenciado no conhecimento de embarque (BL), após a chegada da embarcação no porto de destino, com a descarga das mercadorias unitizadas nos contêineres, é necessária a realização dos serviços de movimentação dos referidos equipamentos do costado do navio até a pilha onde o contêiner ficará armazenado, no aguardo da realização do controle aduaneiro obrigatório. Essa movimentação do contêiner realizada no terminal é denominada pela expressão inglesa Terminal Handling Charge – THC, traduzida como taxa de movimentação no terminal, conforme descrição retirada do art. 2º, VII, do Anexo da Resolução nº 1.967-ANTAQ, de 10 de fevereiro de 2011:VII - Taxa de Movimentação no Terminal: preço cobrado pelo serviço de movimentação de cargas entre o portão do terminal portuário e o costado da embarcação, incluída a guarda transitória das cargas até o momento do embarque, no caso da exportação, ou entre o costado da embarcação e sua colocação na pilha do terminal portuário, no caso da importação, considerando-se, neste último caso, a inexistência de cláusula contratual que determine a entrega no portão do terminal; Nesse sentido, verifica-se que referido serviço não é prestado pela empresa transportadora, mas sim pelo operador portuário, este quem efetivamente realiza a prestação do serviço de movimentação entre o costado do navio e a pilha de armazenagem de contêineres.

Por conveniência da maioria dos armadores, estes negociam o valor desse serviço de movimentação obrigatório diretamente com o operador portuário, pagam por esse serviço e depois pleiteiam junto ao consignatário da mercadoria o reembolso relacionado ao serviço portuário, conforme previsto no art. 3º do Anexo da Resolução nº 2389 - ANTAQ, de 13 de fevereiro de 2012, abaixo transcrito: A Taxa de Movimentação no Terminal (Terminal Handling Charge - THC) poderá ser cobrada pela empresa de navegação, diretamente do exportador, importador ou consignatário, conforme o caso, a título de ressarcimento das despesas assumidas com a movimentação das cargas pagas ao operador portuário, ou seja, a Cesta de Serviços (Box Rate). Parágrafo único. A comprovação de pagamento da Taxa de Movimentação no Terminal (THC) é condição necessária para a liberação de cargas de importação por parte dos Recintos Alfandegados. Importante, ressaltar que a ausência no pagamento do THC está relacionada à possibilidade de retenção da mercadoria pelo operador portuário, em razão do encargo de fiel depositário das mercadorias importadas, junto à Aduana brasileira. A tarifa pública obrigatória de THC é um custo aparentemente baixo para o importador e o exportador brasileiro, diante do seu valor, quando comparado aos demais custos de outros procedimentos logísticos e administrativos nas negociações comerciais internacionais, mas possui um impacto significativo, principalmente nos tributos incidentes sobre o ingresso de mercadoria estrangeira em território nacional com destinação para consumo, uma vez que a base de cálculo do II, do IPI e da PIS/COFINS, utiliza o valor aduaneiro como montante econômico tributável, e a referida tarifa compõe a mencionada base de cálculo.

Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

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AGENDA DE EVENTOS HDO ARMAZÉNS GERAIS Rua: Alfredo Eick Júnior, 900 - Imaruí - Itajaí/SC Fone: (47) 3348.1495 - 3348.1436 www.hdogerais.com.br hdo@hdogerais.com.br

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Evento: Cold Chain Brazil Data: 28 a 30/10/2015 Horário: 9h às 17h Local: Hotel Golden tulip Paulista Plaza - São Paulo/SP Mais informações: www.coldchainbrazil.com Fone: (11) 2627-1000 Evento: Automotive Logistics South America Data: 03/11/2015 Horário: 8h às 21h Local: Hotel Renaissance - São Paulo/SP Mais informações: www.automotivelogisticsmagazine.com Fone: 44 (0) 1462 743 776 Evento: NT Expo - 18ª Negócios nos Trilhos Data: 03 a 05/11/2015 Horário: 13h às 20h Local: Expo Center Norte – Pavilhão Branco - São Paulo/SP Mais informações: www.ntexpo.com.br Fone: (11) 4878-5990 Evento: 4ª Feira do Polo Naval RS Data: 10 a 12/11/2015 Horário: 14h às 22h Local: Partage Shopping Rio Grande - Rio Grande/RS Mais informações: www.polonavalrs.com.br Fone: (53) 814-11013 Evento: 10ª Expolog e Seminário Intern. de Logística e Feira Nacional de Logística Data: 11 a 13/11/2015 Local: Centro de Eventos do Ceará – Fortaleza/CE Mais informações: www.feiraexpolog.com.br/ Fone: (85) 3433-7684 Evento: 16ª Expo Scala - Feira de Negócios do Comércio Exterior e da Logística Data: 17 e 18/11/2015 Horário: 13h às 21h Local: Expo Dom Pedro – Campinas/SP Mais informações: www.exposcala.com.br Fone: (19) 3743-6609

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Para sua competitividade aumentar a Multilog faz o mesmo: cresce. Novos CLIA Joinville e Entreposto Fiscal ZFM Itajaí. A Multilog acaba de inaugurar duas novas opções de armazenagem: o Centro Logístico e Industrial Aduaneiro, em Joinville, e o Entreposto Fiscal da Zona Franca de Manaus, em Itajaí. O CLIA de Joinville traz mais facilidade para a logística de empresas locais, com operações aduaneiras e soluções personalizadas, enquanto o Entreposto Fiscal ZFM oferece uma alternativa com entrega mais rápida e suspensão de impostos até a venda do produto. É a estrutura de serviços completos da Multilog trabalhando para levar seu produto cada vez mais perto dos melhores negócios.

• Armazenagem em Geral • Armazenagem Alfandegada • Entreposto Aduaneiro • Polo de Saúde • Polo Automotivo e Náutico • Polo de Produtos Químicos

• Consolidação e Desconsolidação de Cargas • Câmara Refrigerada para Inspeção do Ministério da Agricultura e Receita Federal • Transporte Aduaneiro e Distribuição de Cargas • Armazém para Produtos Controlados pela ANVISA

CLIA Multilog Joinville: Rua Dona Francisca, 8300 • Distrito Industrial • Perini Business Park • CEP: 89219-600 • Joinville • SC • Brasil Sede: Rod. Dep. Antônio Heil, 4999 • Itaipava • CEP: 88316-003 • Itajaí • SC • Brasil • 55 (47) 3341 5000 • www.multilog.com.br


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