Revista Informativo dos Portos 195

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INFORMATIVO DOS PORTOS / EDITORIAL

EXPEDIENTE

POR PORTOS E EMPRESAS MAIS SUSTENTÁVEIS! Desde a Rio+20, a ONU e governos internacionais tentam deixar transparecer aos povos do mundo um renovado compromisso com uma política responsável em relação ao meio ambiente e ao futuro do planeta, principalmente no segmento portuário. Chamar tal política de “verde”, uma cor associada à natureza, soa bem. Mas, por ser verde, será que esta política se preocupa também com a biodiversidade? Será que nossa “economia verde” do futuro será também uma “economia biodiversa”? Se essa novidade vai resistir e se tornar dominante ainda não se sabe, até porque talvez estejamos no meio da transição. Mas não vamos falar de escassez; é a abundância que rege o assunto desta edição da revista Informativo dos Portos. Uma economia irrigada por conhecimento e informação. A relação direta entre desenvolvimento portuário e sustentabilidade é um tema vasto quando observado sob a ótica latino americana. No Brasil, o assunto tem ganhado espaço e gerado iniciativas exemplares em portos e terminais privados por conta de uma nova perspectiva de responsabilidade ambiental e social do setor logístico. O tema será o centro das atenções de 400 líderes portuários de 25 países durante o Congresso Latino-Americano de Portos, em Arica, no Chile. Um exemplo desta abundância é o anúncio de que o Estaleiro Detroit, de Itajaí, vai construir três rebocadores para a Aliança Navegação e Logística, empresa que pertence ao grupo Hamburg Süd. Outro bom exemplo desta economia colaborativa, dinamizada de forma inédita pelo advento da internet, são os benefícios que a Janela Única Portuária (JUP), lançada pela Associação Brasileira de Terminais Portuários, tem trazido no processo de liberação de cargas no Porto de Santos. Bons exemplos mostram que, com criatividade e disposição, podemos vencer desafios. Boa leitura!

PUBLICAÇÃO Perfil Editora DIRETORA Elisabete Coutinho elisabete@informativodosportos.com.br DIRETORA ADMINISTRATIVA Luciana Coutinho luciana@informativodosportos.com.br JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciana Zonta (SC 01317 JP) luzonta@informativodosportos.com.br REPORTAGEM Adão Pinheiro, Alessandro Padin, Érica Amores e Luciana Zonta FOTOS Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem REVISÃO Izabel Mendes COMERCIAL Thaísa Michelle Santos comercial@informativodosportos.com.br PROJETO GRÁFICO Elaine Mafra DIAGRAMAÇÃO Elaine Mafra (serviço terceirizado) elaine@informativodosportos.com.br ARTE DA CAPA Bruna Lorea Vaz PERFIL EDITORA Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.


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ÍNDICE ESPECIAL Um novo olhar para o desenvolvimento sustentável dos portos

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COMÉRCIO EXTERIOR JUP traz agilidade e desburocratização ao Porto de Santos ESPÍRITO SANTO Setor portuário receberá mais de R$ 600 milhões em investimentos 6

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DIÁRIO DE BORDO............................................................08 Confira as novidades dos principais setores que movimentam o mercado TRANSPORTE MULTIMODAL.................................................22 ATM diversifica atividades para ampliar volume de negócios ENTREVISTA....................................................................28 Vital Jorge Lopes, presidente da Log-In CRESCIMENTO ECONÔMICO..................................................32 Revolução silenciosa transformou o Porto de Maceió EMBARCAÇÕES NÁUTICAS....................................................36 Estaleiro catarinense dá salto de crescimento em 2015 COLUNA DE TECNOLOGIA.....................................................40 AngelLira FOX 3.0: tecnologia para gestão de frota na palma da mão

EXPORTAÇÃO Caminho livre para carne bovina do Brasil

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COLUNA DE TECNOLOGIA.....................................................42 Solução da GTT Logistics confere mais produtividade ao Terminal Peiú ÁREA PÚBLICA..................................................................44 Porto de Porto Velho disponibiliza áreas para arrendamento ENTREVISTA....................................................................48 Almir Narcizo, CEO da Tópico SUPLEMENTO SEP.............................................................52 As principais novidades da Secretaria de Portos SUPLEMENTO ITAJAÍ...........................................................56 Tudo sobre os terminais e a logística do Complexo Portuário ARTIGO..........................................................................62 Do alfandegamento - serviço público, por Wagner Coelho AGENDA DE EVENTOS.........................................................70 Informações sobre as principais feiras, congressos e palestras

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DIÁRIO DE BORDO DEBATE SOBRE AVIAÇÃO Pela primeira vez, o RIOgaleão participou da Conferência Airports Going Green, em Chicago, nos Estados Unidos. O evento reúne os principais líderes, especialistas e influenciadores de sustentabilidade no segmento da aviação para networking e apresentação de novidades. Até o próximo ano, a intenção do RIOgaleão é conquistar uma redução de 10% de consumo energético com investimento de 12 milhões em 2016. Milena Martorelli, gerente de sustentabilidade do RIOgaleão, ministrou palestra sobre o planejamento sustentável da zona aeroportuária carioca para as Olimpíadas de 2016.

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PATRÍCIO JR. NO ENCONTRO DA ATP Eficiência e Produtividade dos Portos Privados do Brasil foi o tema que norteou a segunda edição do Encontro da Associação dos Terminais Portuários Privados (ATP). A abertura do evento contou com a participação do vice-presidente da entidade, Patrício Junior, que também é presidente do Porto Itapoá. O encontro contou com aproximadamente 200 convidados, entre autoridades do setor marítimo e portuário, incluindo SEP, Antaq, associados e investidores. Patrício Jr. destacou a importância do setor para o desenvolvimento do país, afirmando “que os portos privados estão prontos para investir e contribuir para a infraestrutura brasileira”.

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DIÁRIO DE BORDO

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REAPROVEITAMENTO DE ÓLEO

BRINQUEDO PARA ADULTO A Frateschi Trens Elétricos, de Ribeirão Preto (SP), acaba de lançar no mercado de ferreomodelismo novos modelos de locomotivas nacionais. A empresa apresenta aos amantes das miniaturas réplicas da locomotiva AC44i com os exemplares 3072 da MRS, 3073 da Rumo Fase II, 3074 da ALL e 3074 da Vli, todas exclusivas da empresa no país. A AC44i, por exemplo, é uma locomotiva de grande porte fabricada em Contagem (MG) pela GE Transportation, com um índice de nacionalização de 63% dos componentes aplicados. Atualmente, é a locomotiva mais importante da malha ferroviária nacional, muito utilizada no transporte das mais diversas commodities, como açúcar, soja, minério de ferro, óleo, bauxita, entre outros. 10

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A Localfrio está implantando um processo de tratamento e reaproveitamento de óleo hidráulico, tipo ISO 68, para alta pressão, utilizado nos circuitos de acionamento dos movimentos das empilhadeiras usadas nas operações, que contribui para o meio ambiente e também reduz custos. A ação teve início como projeto piloto na unidade Itajaí Terminal Redex, no ano passado, e estendido às unidades operacionais de Suape e Guarujá. Durante análise do período de troca de óleo em Suape, foi constatada uma economia de mais de R$ 60 mil no tratamento de 11 mil litros de óleo, o que representa, aproximadamente, 74% menos custos à empresa.


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DIÁRIO DE BORDO PORTOS E TERMINAIS DO BRASIL

NOVA LINHA DE CAMINHÕES Com o lançamento do cavalo mecânico Actros 2651 6x4 de 510 cv de potência, a Mercedes-Benz acaba de apresentar ao mercado a nova linha de caminhões extrapesados rodoviários top de linha no Brasil. Além do inédito membro da família, os já conhecidos Actros 2646 6x4 e Actros 2546 6x2 ganham novo design e diversos itens de avançada tecnologia. Ao introduzir no país o motor OM 460 LA de 510 cv, o Actros 2651 passa a ser o veículo mais potente produzido pela marca. Esta nova linha de caminhões é assinada pelo Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Mercedes-Benz, na unidade de São Bernardo do Campo (SP). 12

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O escritor e fotógrafo Flávio Roberto Berger lançou, durante a Expolog em Fortaleza (CE), a quarta edição do livro “Portos e Terminais do Brasil” em português, inglês e mandarim. Com 528 páginas, a obra é destinada às empresas ligadas direta ou indiretamente ao setor portuário brasileiro e internacional, universidades de comércio exterior, órgãos públicos e profissionais ligados ao setor. O livro contém informações atualizadas sobre a história, área de influência, acessos, estrutura, equipamentos e cargas predominantes de portos e terminais brasileiros.


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DIÁRIO DE BORDO LOGÍSTICA INTEGRADA O Sepetiba Tecon lançou no mercado uma nova solução de logística integrada, o Porto-a-Porta. O serviço permite descarregar os contêineres no porto e realizar a entrega no destino via ferrovia de forma prática, com custos fixos inclusos e coordenação integrada da cadeia logística. O Porto-a-Porta conta ainda com seguro reduzido da carga e opera no sistema round-trip, que inclui o retorno ou coleta dos contêineres vazios. No lançamento do serviço, o Sepetiba Tecon, em parceria com a MRS e através de uma negociação bem sucedida da Aliança com o seu cliente, recebeu contêineres de cabotagem que seguiram para a estação multimodal Multitex, em Floriano. A operação toda, que compreende a chegada dos contêineres até a entrega no cliente, durou apenas seis dias.

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ESPECIAL

UM NOVO OLHAR PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DOS PORTOS Tema será o centro das atenções de 400 líderes portuários, de 25 países, durante o Congresso Latino-Americano de Portos, em Arica, no Chile A relação direta entre desenvolvimento portuário e sustentabilidade é um tema vasto quando observado sob a ótica latino americana. No Brasil, o assunto tem ganhado espaço e gerado iniciativas exemplares em portos e terminais privados por conta de uma nova perspectiva de responsabilidade ambiental e social do setor logístico. O tema será o centro das atenções de 400 líderes portuários de 25 países durante o Congresso Latino-Americano de Portos, que ocorre de 30 de novembro a 3 de dezembro, em Arica, no Chile. Promovido pela Associação Americana de Autoridades Portuárias (AAPA) em parceria com a Empresa Portuária Arica (EPA), o evento contará com participação de delegações dos Estados Unidos, da América Central, do Caribe e da América do Sul. Durante três dias de sessões técnicas, serão apresentados e debatidos alguns dos principais projetos portuários em nível internacional, além de uma agenda social e de networking e um espaço destacado à mostra comercial da qual participam algumas das empresas fornecedoras mais representativas da indústria. O presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Willen Manteli, afirma que o Brasil tem bons exemplos, tanto de terminais arrendados de uso público como de terminais privados. “O Portocel, no Espírito Santo, é um caso. Muito bem instalado, é sustentável e cuida corretamente do meio ambiente. Os terminais brasileiros não devem nada aos complexos de primeiro mundo. Houve pesados investimentos em equipamentos, mas o que atrapalha é a burocracia e questões como a falta de dragagem e acessos”, diz, criticando a ausência de pró-atividade do governo. Com representações de mais de 35 portos, o evento vai debater questões como “O Compromisso de Desenvolvimento Sustentável 16

da Indústria Portuária”, “A Agenda Ambiental da Cadeia Logística”, “A Otimização do Consumo Energético e as Infraestruturas Portuárias na Construção Sustentável”, e “A Mudança nas Rotas Marítimas Comerciais e seu Impacto na Competitividade Portuária”. O presidente do diretório de Porto Arica, Francisco Javier González, destaca a importância do congresso que permitirá aos portos debater em torno dos novos desafios da indústria. O congresso tem um programa acadêmico que inclui a participação de 40 palestrantes provenientes de 25 países líderes em matéria portuária, que dissertarão acerca dos desafios e novos projetos dos


portos para garantir competitividade e eficiência. “Falaremos sobre temas do futuro da indústria portuária. E, sem dúvidas, a sustentabilidade é um tema que identifica plenamente ao Porto de Arica, já que fomos reconhecidos em diferentes ocasiões pelo trabalho em preservação do meio ambiente”, afirma González.

tuárias passa pelo desenvolvimento coordenado e harmônico dos municípios e de seus complexos marítimos. Para isso, há a necessidade de um maior planejamento sobre o uso e a ocupação das áreas portuárias, da ampliação dos investimentos em infraestrutura, da redução da burocracia na liberação de cargas e, ainda, do uso das ferrovias.

DESENVOLVIMENTO HARMÔNICO A relação direta e indireta entre atividade portuária e meio ambiente é ampla e renderia vários congressos e seminários ao redor do mundo. No Brasil, a sustentabilidade das cidades por-

A análise é do professor Zijian Guo, da Shangai Jiao Tong University, de Xangai, na China, pesquisador sobre programas de sustentabilidade em portos, que esteve há pouco mais de um mês no Brasil para participar do Encontro da Liga das Universidades


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ESPECIAL

de Cidades Portuárias 2015, em São Paulo. Para ele, um dos significantes desafios na relação porto-cidade é o desenvolvimento coordenado e sustentável de ambos. “Minha primeira preocupação é o uso racional da terra, procurando reduzir a expansão da área das cidades, promovendo a reciclagem das zonas urbanas e evitando urbanizações de baixa densidade”, disse. A segunda, segundo ele, é ter uma estrutura urbana compacta e gerenciável, que faça a conexão entre a necessidade de crescimento e a preservação dos valores naturais e culturais, além de viabilizar uma organização que facilite a interação entre os cidadãos e uma distribuição equitativa dos recursos. O pesquisador citou como bons exemplos de portos sustentáveis no mundo o de Roterdã, na Holanda; e o de Long Beach, nos Estados Unidos. Em Roterdã, vários projetos estão em andamento para torná-lo o porto mais sustentável do mundo, como o uso de energia eólica. A capacidade total das turbinas eólicas instaladas no porto é de 200 megawatts, o que representa cerca de 10% da capacidade total dos parques eólicos na Holanda. Há ainda o uso de gás natural liquefeito como combustível. O Porto de Roterdã desempenha ainda um papel pioneiro na introdução do GNL como combustível para embarcações marítimas e de navegação interior e caminhões. INICIATIVAS TUPINIQUINS No Brasil, portos e terminais em diferentes regiões do Brasil reforçam ações de crescimento sustentável e harmônico com o seu entorno. O Complexo de Suape, por exemplo, adota, desde sua criação ainda na década de 1970, uma política preventiva, construtiva e de compensação ambiental. Dos seus 13,5 mil hectares, 59% são destinados à preservação do meio ambiente. Nos últimos anos, a preocupação em manter esse percentual aumentou. Dentro de seu programa de sustentabilidade, Suape implanta e desenvolve os Programas Básicos Ambientais (PBAs); realiza o plantio de mudas nativas da Mata Atlântica, o diagnóstico e o reflorestamento de áreas degradadas e recolhe e trata os resíduos sólidos por meio de um Centro de Triagem instalado na zona portuária. No litoral Norte de Santa Catarina, o Porto Itapoá segue a tendência dos portos mais modernos do mundo, com mínima interferência no meio ambiente. A preocupação com a sustentabilidade está presente no seu tripé social, ambiental e econômico desde a concepção do empreendimento. Desde o início de sua construção, o terminal investe em programas de educação ambiental, recuperação da fauna e flora ocupada, além do monitoramento constante da vida marinha nas proximidades de suas instalações. A praia da Figueira do Pontal, onde está situado o cais de atracação, à 230 metros da faixa de areia, foi preservada, urbanizada e reaberta à população. Além disso, a administração do terminal realiza programas específicos nas áreas vizinhas, como o Programa de Educação Ambiental e o Projeto Viveiro de Mudas. Já em Paranaguá (PR), entre os meses de janeiro e outubro deste ano, 270 navios receberam equipes técnicas para avaliar a 18

“OS TERMINAIS BRASILEIROS NÃO DEVEM NADA AOS COMPLEXOS DE PRIMEIRO MUNDO. HOUVE PESADOS INVESTIMENTOS EM EQUIPAMENTOS, MAS O QUE ATRAPALHA É A BUROCRACIA E QUESTÕES COMO A FALTA DE DRAGAGEM E ACESSOS.” Willen Mantelli, presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP)


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salinidade e procedência da água de lastro da embarcação. No período, não houve registro de navios em desconformidade com a legislação. Desde 2013, quando o porto conquistou junto ao Ibama sua Licença de Operação, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) realiza o Programa de Verificação do Gerenciamento da Água de Lastro dos Navios, medida que atende Norma da Autoridade Marítima (Normam 20). A medida tem como objetivo evitar a contaminação do ecossistema marinho natural com espécies exóticas – trazidas juntamente com a água de lastro das embarcações vindas de outros países. A água de lastro é utilizada para dar estabilidade ao navio, por meio do preenchimento de reservatórios específicos com água do ambiente em que se encontra. De acordo com a Normam 20, ao chegar em um porto, o navio equipado com água em seus lastros e que navegue em águas brasileiras deve realizar a troca oceânica desta água. A troca deve ser feita, no mínimo, a 200 milhas náuticas da costa e em águas profundas com, pelo menos, 200 metros de profundidade. A fiscalização dos navios é realizada pela Capitania dos Portos da Marinha do Brasil.

EM ROTERDÃ, VÁRIOS PROJETOS ESTÃO EM ANDAMENTO PARA TORNÁLO O PORTO MAIS SUSTENTÁVEL DO MUNDO, COMO O USO DE ENERGIA EÓLICA. A CAPACIDADE TOTAL DAS TURBINAS INSTALADAS NO PORTO É DE 200 MEGAWATTS, O QUE REPRESENTA CERCA DE 10% DA CAPACIDADE TOTAL DOS PARQUES EÓLICOS DO PAÍS.

ARICA: “PORTA NORTE” DO CHILE A 2070 quilômetros de Santiago, Arica é conhecida como “a porta norte” do Chile e “a cidade da eterna primavera”, já que suas temperaturas são agradáveis o ano inteiro. Esta cidade nortista faz gala de seus atrativos em hotelaria, cassino e vida noturna, e suas praias são das melhores do país. Dona de um inigualável patrimônio histórico e cultural, Arica encanta com suas imponentes paisagens e seus místicos vales de jazidas arqueológicas e geoglifos. Sua história é apaixonante. No Museu Arqueológico de San Miguel de Azapa estão os rastros que Incas e Tiawanaku deixaram sobre os primeiros moradores e cujas múmias são mais antigas que as do Egito.

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TRANSPORTE MULTIMODAL

ATM DIVERSIFICA ATIVIDADES PARA AMPLIAR VOLUME DE NEGÓCIOS O planejamento é expandir a prestação de serviço para os clientes que já são de cabotagem e para os de exportação e importação em São Paulo e Nordeste e aumentar a infraestrutura em Manaus A ATM – Aliança Transporte Multimodal – ampliou sua infraestrutura para recebimento, armazenagem, paletização, consolidação, desconsolidação e entrega de cargas a partir dos portos de Itapoá, em Santa Catarina, e Chibatão, em Manaus, para atender às necessidades do mercado com ênfase maior no transporte terrestre. De acordo com Gustavo Costa, gerente geral da ATM, a ampliação dos investimentos em transportes terrestre ocorreu após a Aliança Navegação e Logística, empresa do Grupo Hamburg Süd, finalizar os investimentos na compra de seis porta-contêineres, os maiores para operar no transporte costeiro no Brasil, com capacidades que variam de 3.800 a 4.800 contêineres. De acordo com o gerente, a empresa decidiu disponibilizar a infraestrutura operacional necessária para garantir o nível de serviço no transporte multimodal e na geração de serviços de alto valor agregado às cadeias logísticas. Outro foco importante da Aliança para o ano é aumentar ainda mais a atuação no transporte de cabotagem de carga de projeto. Em 2014, a empresa afretou um navio do tipo multipropósito para carregar equipamentos com grandes dimensões e volumes, entre eles, transformadores, reatores e turbinas. Nomeado de “Aliança Energia”, o navio tem capacidade para transportar, aproximadamente, 19 mil toneladas de carga e é equipado com três guindastes, que juntos podem içar peças de até 800 toneladas. O planejamento da empresa, segundo Costa, é expandir a ATM nesse crescimento de prestação de serviço também para os clientes que já são de cabotagem e para os de exportação e importação em São Paulo e Nordeste e aumentar a infraestrutura em Manaus. 22

Em curto prazo, a prioridade é Manaus, depois São Paulo e numa terceira etapa o Nordeste. “Os investimentos em Manaus, são sustentados principalmente no aumento do volume de negócios da cabotagem”, diz Costa. Em cinco anos, a cabotagem da Aliança Navegação e Transporte aumentou 75% até o primeiro semestre de 2015. “O alcance que a cabotagem tem hoje na logística nacional é fantástica, se comparado com os últimos 10 anos”, destaca o executivo. Ele explica ainda que a navegação interna continua a crescer em termos de país, porque a empresa oferece um modal que é mais competitivo que o rodoviário. Os maiores volumes transportados pela Aliança no segmento de cabotagem atualmente são de material de construção, alimentação e bebidas. INVESTIMENTOS De olho no crescimento do setor de transporte, a ATM decidiu investir também no transporte rodoviário com frota própria para contêiner e carga geral. Cargas de pequeno e médio volume são coletadas ou entregues na porta do cliente, a um custo logístico competitivo, com garantia da integridade da mercadoria, frequência de embarques e confiabilidade operacional. Até então, o serviço de transporte rodoviário era realizado com frota terceirizada. Em Manaus, a ATM tem projeto de construir um armazém para fazer just in time para o polo industrial local. Esse modelo de negócio já é utilizado em Itapoá para atender o segmento automotivo.


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SOBRE A ALIANÇA TRANSPORTE MULTIMODAL

DE OLHO NO CRESCIMENTO DO SETOR DE TRANSPORTE, A ATM DECIDIU INVESTIR NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO COM FROTA PRÓPRIA PARA CONTÊINER E CARGA GERAL. CARGAS DE PEQUENO E MÉDIO VOLUME SÃO COLETADAS OU ENTREGUES NA PORTA DO CLIENTE.

A Aliança Transporte Multimodal Ltda (ATM), criada pela Aliança Navegação e Logística, iniciou suas atividades com a abertura de um terminal retroportuário localizado a quatro quilômetros do Porto Itapoá, no litoral norte de Santa Catarina. A primeira fase de atividades da ATM teve início em meados de julho de 2013 com a operação de contêineres vazios (Depot) e, em outubro do mesmo ano, entrou em plena operação o terminal retroportuário/ Redex com a movimentação de cargas, armazenagem, transporte, ova e desova de contêineres, recebimento e preparação da carga para embarque. Hoje, as unidades da ATM Itapoá e Manaus somam juntas 84 mil m² de área construída, sendo 70 mil para Itapoá e 14 mil para Manaus; armazéns de 7 mil m², sendo 4 mil para Itapoá e 3 mil para Manaus; capacidade operacional para 8 mil TEUs, considerando 7 mil TEUs para Itapoá e 1 mil TEUs para Manaus; quatro balanças rodoviárias e modernos sistemas operacionais de controle e movimentação de carga que visam atender além das operações de contêineres vazios, os serviços de movimentação e armazenagem de cargas com o status de armazém geral.

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COMÉRCIO EXTERIOR

JUP TRAZ AGILIDADE E DESBUROCRATIZAÇÃO AO PORTO DE SANTOS

Ferramenta lançada pela Abtra reduz tempo de espera na liberação de cargas e confere mais segurança ao gerenciamento de informações portuárias Redução no tempo de espera para liberação de cargas, menos burocracia e maior segurança no gerenciamento de informações estão entre os principais ganhos da Janela Única Portuária (JUP) no maior complexo portuário da América Latina. Desenvolvida pela Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), por iniciativa de suas empresas portuárias associadas, a JUP foi implantada em abril deste ano e trouxe uma série de ganhos aos processos dentro do Porto de Santos. A ferramenta contribuiu para reduzir o tempo de análise de risco do comércio exterior de 48 horas para 3 horas na importação de cargas e de 36 horas para apenas 3 horas no agendamento da exportação de graneis e veículos. A média de tempo para liberação de contêineres de importação com embalagens/ suporte de madeira caiu de 3 dias para apenas 1 dia. Além disso, segundo o executivo da Abtra, Matheus Miller, a JUP está ajudando a reduzir a burocracia nos trâmites portuários. Somente pelo Ministério da 24

Agricultura, são 189 mil formulários/ano a menos emitidos no Porto de Santos. É possível perceber também avanços no gerenciamento das informações. Hoje, importador e terminal sabem com até 48 horas antes do navio atracar quais contêineres serão inspecionados. Desde que a JUP foi implantada, todas as etapas percorridas pelos vários tipos de carga de importação e exportação em Santos, desde a previsão de entrada no canal de acesso até a saída do recinto alfandegado a caminho do destinatário, podem ser rastreadas pela ferramenta no endereço www.jupabtra.com.br. A Janela Única Portuária integra os dados dos sistemas operacionais das empresas que operam e armazenam cargas sob regime aduaneiro com aqueles usados pelos agentes públicos que fiscalizam a atividade de movimentação portuária e do comércio exterior, entre eles, Receita Federal, Ministério da Agricultura, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O projeto resulta da experiência acumulada pela Abtra desde 1995 na criação de soluções tecnológicas que interligam os agentes privados com os dos órgãos públicos. Essas soluções fazem parte de um conjunto de sistemas utilizados no porto, como os operacionais, que organizam as áreas arrendadas, os de racionalização das operações pela autoridade portuária e os de controle aduaneiro e fitossanitário pelos órgãos anuentes. ACOMPANHAMENTO ELETRÔNICO A JUP concentra dados operacionais como os navios previstos para atracar, os contêineres e cargas em operação, a posição no pátio, imagens escaneadas e todo o movimento de cargas e de pessoas dentro das áreas alfandega-


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COMÉRCIO EXTERIOR

das. Entre os módulos que integram o JUP, está o sistema Declaração de Transferência Eletrônica (DTe), que permite acompanhar e controlar funções como a transferência de contêineres, cargas soltas, veículos e granéis dos operadores portuários para os recintos alfandegados e a disponibilização das informações sobre os estoques de cargas em regime aduaneiro das empresas para as autoridades responsáveis pela fiscalização do comércio exterior brasileiro. Em funcionamento ininterrupto 24 horas por dia, nos sete dias da semana, a DTe monitora online as várias etapas da movimentação das cargas, na exportação e na importação, desde a chegada delas ao porto até a entrega ao seu dono, e vice-versa, tudo de acordo com a legislação aduaneira. Segundo Miller, o DTe padroniza os procedimentos e controles exercidos pelos recintos alfandegados e prepara os espaços para os controles projetados da Receita Federal do Brasil. Implantado no Porto de Santos em 1995 e obrigatório desde 1996, o sistema foi criado e é mantido pela Abtra, que representa as empresas portuárias dedicadas à movimentação de contêineres, carga solta e granéis e, ao longo de seus 26 anos de atuação, acumulou reconhecida expertise no desenvolvimento de soluções tecnológicas comunitárias destinadas a aprimorar os serviços prestados pelos portos. “O sistema DTe faz a conexão entre os operadores portuários, recintos alfandegados e recintos de exportação (Redex) com os órgãos públicos intervenientes no comércio exterior brasileiro, de forma a proporcionar a essas empresas e órgãos o controle fiscal dessas operações”, finaliza.

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ENTRE OS BENEFÍCIOS DA JANELA ÚNICA PORTUÁRIA ESTÁ A REDUÇÃO NA MÉDIA DE TEMPO PARA LIBERAÇÃO DE CONTÊINERES DE IMPORTAÇÃO COM EMBALAGENS/SUPORTE DE MADEIRA, QUE CAIU DE 3 DIAS PARA APENAS 1 DIA.


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VITAL JORGE LOPES, PRESIDENTE DA LOG-IN Mesmo diante do cenário atual de queda na atividade econômica, reduções da produção industrial e do varejo no Brasil, a Log-In segue investindo e registrando crescimento. Para o presidente da companhia, Vital Jorge Lopes, a cabotagem é um segmento que vai continuar em expansão e o maior potencial de crescimento está em ser uma opção segura, eficiente, sustentável e economicamente vantajosa. O executivo conta que a Log-In está apostando na qualificação da prestação de serviços e no relacionamento com o cliente para atrair ainda mais negócios. Informativo dos Portos: Como o setor de cabotagem está lidando com a crise atual no país? Vital Jorge Lopes: Apesar das adversidades, o cenário para desenvolvimento de soluções logísticas nunca foi tão promissor. As indústrias brasileiras intensificam a busca por redução de custos logísticos e também ampliam o raio geográfico de venda de seus produtos. A cabotagem porta-a-porta tem plena aderência para o atendimentos das duas frentes. O modal rodoviário, o mais utilizado no país, vem tendo elevação de custos contínuos, principalmente com o aumento dos preços do diesel e a maior formalização do setor. Informativo dos Portos: E qual a receita para crescer no contexto atual? Vital: A Log-In se mantém com estrutura leve e ágil no país, processos de S&OP (sales and operantions planning – planejamento de vendas e operações) maduros e em constante evolução, estrutura de tomadas de decisões fluída e simples, Key performance drivers (Indicadores de performance) estruturados e permeados na organização, e constantes investimentos em tecnologia da informação e automatização. Estes componentes integrados criam ambiente de incentivo a inovação, obsessão por otimização de custos e aumento da eficiência das operações. Informativo dos Portos: Quais são as vantagens oferecidas pela cabotagem? Vital: Entre os benefícios da cabotagem em relação aos outros modais estão a otimização de custos para distâncias de 1.000 KM ou mais; menores riscos de roubos e avarias da carga; avanço de esto28

que para o porto de destino, permitindo melhor controle da operação e entregas com hora marcada, sendo um diferencial da Log-In; e a baixa emissão de gás carbônico, já que o modal é mais eficiente sob o ponto de vista ambiental, sendo três vezes menos poluente que o rodoviário, por exemplo. Informativo dos Portos: Quais foram os últimos investimentos da Log-In? Vital: Recentemente, o nosso portal de relacionamento com o cliente passou a oferecer pedidos diretamente via internet, além do serviço já existente de rastreamento de todo o trajeto das cargas, da coleta à entrega. A empresa vem investindo cerca de R$ 1 bilhão na renovação da frota com a construção de cinco navios porta-contêineres e dois graneleiros. Três navios já foram entregues e um já foi lançado ao mar. O Terminal de Vila Velha (TVV), no Espírito Santo, operado com exclusividade pela Log-In, recebeu investimentos em equipamentos de alta tecnologia e infraestrutura que somam, em oito anos, cerca de R$ 100 milhões. Informativo dos Portos: Quais são os resultados mais recentes da empresa? Vital: Nos últimos sete anos os volumes de cabotagem da Log-In cresceram em média 24% ao ano. A companhia registrou crescimento de 14,5% dos volumes de Cabotagem no segundo trimestre de 2015, atingindo movimentação de 36,5 mil TEUs, em comparação ao mesmo período de 2014, que foi 31,9 mil TEUS. Em 2014, o volume totalizou 143,3 mil TEUs, crescimento de 30,4% em comparação ao ano anterior de 2013, que foi 109,8 TEUs.


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Informativo dos Portos: Qual o perfil das empresas que buscam a cabotagem? Vital: Percebemos que as empresas que mais apostam e contratam este tipo de serviço são aquelas que possuem um planejamento logístico mais avançado e buscam redução de custo. São empresas com uma visão logística apurada e que possuem práticas sustentáveis em sua cadeia produtiva. Reconhecem que adequar as cargas ao modal correto tem a ver com a rentabilidade do negócio. Informativo dos Portos: A companhia se pauta pela preocupação com a sustentabilidade? Vital: A questão de sustentabilidade é um valor que vem sendo reforçado pela Log-In. A companhia promove um processo de dessalinização da água do mar em seus navios, que transforma água salgada em água destilada. Essa água é usada em sistemas e equipamentos da própria embarcação, nos banheiros e para limpeza do convés, por exemplo. No TVV – Terminal de Vila Velha, a Log-In promove o tratamento dos efluentes oleosos, que consiste em captar e tratar a água contaminada com óleo, resultante das atividades desenvolvidas na Oficina de Manutenção do Terminal. A água tratada é reutilizada na lavagem de pisos e equipamentos. Os navios graneleiros da Log-In também são construídos de forma a deslocar menor volume de água, diminuindo a erosão do solo às margens dos rios. O Armazém Verde, no Guarujá, parceria da Dow e da Log-In, passou a ser o primeiro armazém químico no Brasil a receber selo GOLD pela certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). 30

EMPRESAS QUE BUSCAM A CABOTAGEM POSSUEM PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS EM SUA CADEIA PRODUTIVA E RECONHECEM QUE ADEQUAR AS CARGAS AO MODAL CORRETO TEM A VER COM A RENTABILIDADE DO NEGÓCIO.


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REVOLUÇÃO SILENCIOSA TRANSFORMOU O PORTO DE MACEIÓ, AFIRMA ROSIANA BELTRÃO Para administradora do complexo alagoano, a ampliação de negócios no setor de óleo e gás foi fator fundamental para o crescimento das atividades 32

Para o Porto de Maceió, 2015 foi um ano de superação, apesar das dificuldades provocadas pela crise econômica, avalia a administradora do complexo, Rosiana Beltrão. “Não apenas conseguimos manter a nossa participação no segmento de óleo e gás como ampliamos ainda mais o nosso volume de negócios no setor. Posso afirmar, com absoluta segurança, que o Porto de Maceió é hoje uma referência nacional na produção de módulos de plataformas de petróleo, constituindo-se na maior alternativa econômica às nossas tradicionais atividades de exportação de açúcar”, destaca. Isso, segundo ela, foi fundamental para compensar a redução sofrida na movimentação de determinados granéis sólidos, como fertilizantes, clínquer e coque de petróleo. Rosiana ressalta que a maior conquista no ano foi a consolidação da imagem institucional do complexo: “Deixamos de ser considerados como uma espécie de porto de segunda linha, dedicado essencialmente às exportações do açúcar alagoano para ingressar, com notório destaque, no pujante mercado offshore, sem prejuízo algum para o setor sucroalcooleiro. Uma espécie de revolução silenciosa, através da qual quebramos o paradigma da limitação decorrente do atraso e da distância dos grandes centros industriais”. A privilegiada localização geográfica e o aproveitamento crescente de áreas e instalações portuárias em novos negócios foram fatores preponderantes, observa. O projeto de construção de módulos de plataformas de petróleo implantados a partir de 2012 no Porto de Maceió foi responsável pela geração de 2.350 empregos diretos e de, pelo menos, o dobro de postos indiretos de trabalho, num empreendimento da ordem de US$ 1,2 bilhão. Segundo Rosiana Beltrão, o estado de


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Alagoas nasceu e cresceu graças à exploração econômica da terra, encabeçada pelo setor sucroalcooleiro. “O próprio porto foi criado sobretudo em função das necessidades de exportação de açúcar. Na realidade, o mar representa, agora, a grande alternativa para a melhoria de nossos indicadores sociais e não tenho dúvida de que estamos assumindo o papel de um dos principais vetores de desenvolvimento econômico e social do estado de Alagoas”. DRAGAGEM No campo da infraestrutura, o projeto mais importante para o Porto de Maceió é, sem dúvida alguma, o que trata da dragagem de nossos acessos aquaviários, destaca Rosiana Beltrão. “Quem conhece a minha atuação, sabe que eu, há anos, venho batalhando pela solução deste problema. Inclusive, já tive a oportunidade de ser recebida pelo ministro Helder Barbalho para conversar sobre a matéria e convidá-lo a conhecer de perto as nossas atividades e os resultados de nosso trabalho”. As perspectivas para 2016, segundo ela, são positivas. “Aquele antigo referencial de limitação e obsolescência foi devidamente superado e hoje desfrutamos de reais condições de assumir uma série de novos negócios relacionados ao setor de óleo e gás, a exemplo da recente atracação do navio sonda Aban Abraham em nosso porto. Afinal, a exploração do pré-sal na Bacia Sergipe-Alagoas está apenas começando e Alagoas possui um porto organizado pronto, localizado no ponto mais central da costa brasileira”. explica. O complexo possui, por exemplo, tancagem de combustíveis que permite, a curto prazo, abastecer navios em grande escala, contribuindo para a expansão do volume de arrecadação de ICMS no estado. A administradora do porto destaca, ainda, o desenvolvimento do turismo marítimo que, durante a temporada 2011/2012, movimentou quase 100 mil visitantes, mesmo levando em consideração que o complexo não tem um Terminal Marítimo de Passageiros nos moldes existentes em alguns outros portos da Região Nordeste. “Creio que o maior de todos os desafios já foi vencido, que foi exatamente a reversão das falsas perspectivas de esgotamento, predominantes no passado, de nossas áreas e instalações portuárias. Não costumo prometer grandes obras, prefiro articular estratégias bem discretamente, vencer todos os obstáculos junto a meus parceiros e colaboradores e depois então anunciar as realizações concretas”, finaliza.

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“DEIXAMOS DE SER CONSIDERADOS COMO UMA ESPÉCIE DE PORTO DE SEGUNDA LINHA, DEDICADO ESSENCIALMENTE ÀS EXPORTAÇÕES DO AÇÚCAR ALAGOANO PARA INGRESSAR, COM NOTÓRIO DESTAQUE, NO PUJANTE MERCADO OFFSHORE, SEM PREJUÍZO ALGUM PARA O SETOR SUCROALCOOLEIRO” Rosiana Beltrão, administradora do Porto de Maceió



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EMBARCAÇÕES NÁUTICAS

ESTALEIRO CATARINENSE DÁ SALTO DE CRESCIMENTO EM 2015 36

O bom momento da Fibrafort coincide com o crescimento do mercado náutico catarinense. Empresa, que projeta crescimento de 18%, deu início à produção de grandes embarcações


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O MERCADO ESTRANGEIRO TEM SIDO UM GRANDE ALIADO DA EMPRESA. A META DE EXPORTAÇÃO PARA 2015 FOI ALCANÇADA AINDA NO PRIMEIRO TRIMESTRE E O ÍNDICE ATUAL É DE 145% DO PLANEJADO. para desenvolver o que o poder público costuma chamar de “vocação natural da cidade”. Naquele ano, passaram pela Vila da Regata – onde ficam concentradas as ações esportivas e sociais da Volvo – nada menos que 282 mil pessoas. Em abril deste ano, na segunda edição da Itajaí Stopover, foram 352 mil visitantes. Um ano e meio após receber a Volvo pela primeira vez, a cidade foi ponto de chegada de outra regata internacional: a Transat Jacques Vabre 2013, com largada em Le Havre, na França. Em dezembro deste ano, Itajaí receberá novamente os veleiros da regata francesa, que tem um percurso de 10 mil quilômetros a serem cumpridos em aproximadamente 10 dias de competição.

O crescimento do mercado náutico em Santa Catarina é uma espécie de espelho local para uma das indústrias mais importantes do Brasil do segmento. Sediada no Bairro Espinheiros, em Itajaí, a Fibrafort projeta um crescimento de nada menos que 18% em 2015 - ano que completa 25 anos de fundação - e deu início à produção de embarcações de grande porte da linha Yatchs. Presente em 43 países e com 49 revendas em todo o Brasil, a marca é especializada na construção de embarcações de 16 a 40 pés, tendo fabricado mais de 15 mil lanchas da consolidada linha Focker. O pontapé inicial para o ingresso no novo mercado de grandes embarcações ocorreu recentemente com o lançamento da F400 Gran Coupé, de altíssimo padrão, que representa um crescimento para a instituição e para a economia em geral. Com cerca de 300 funcionários, a Fibrafort abre novas frentes de trabalho e mais portas para ação de diversas corporações no setor. Para ampliar a área de atuação, a empresa conta com parceria da Porsche Consulting para o desenvolvimento de novos produtos com qualidade e otimização do sistema. NOVO MOMENTO O salto da Fibrafort coincide com o crescimento do mercado náutico catarinense, em especial o de Itajaí. A cidade vive um novo momento. Desde 2012, quando a organização da Volvo Ocean Race escolheu Itajaí para ser a parada oficial no Brasil, o município passou a investir em relacionamento e infraestrutura

Ancorada no complexo portuário, no porto pesqueiro, na recepção de navios de cruzeiros e nos eventos náuticos, o poder público municipal lançou uma campanha com o objetivo de firmar o nome de Itajaí ao de polo náutico do Brasil. A ideia é consolidar a cidade neste contexto, fundamentada em quatro pilares: eventos náuticos, porto, turismo e pesca industrial. “Não há como negar que as regatas não só ajudaram a abrir um novo leque de negócios, como também a implantar uma cultura náutica cada vez mais voltada para o rio e o mar”, completa o secretário de Turismo, Agnaldo Hilton dos Santos. A partir de novembro, Itajaí também terá uma marina – a primeira da cidade para embarcações de passeio. Sob responsabilidade da Porto Esportivo Itajaí Ltda., empresa vencedora do contrato de concessão, a Marina Itajaí está sendo construída no lado esquerdo na Baía Afonso Wippel (Saco da Fazenda) e vai abrigar um total de 908 vagas náuticas entre secas e molhadas. Na primeira etapa da obra, serão 320 vagas. O restante deve ser concluído até 2019. O investimento total é de R$ 40 milhões. MERCADO ESTRANGEIRO O mercado estrangeiro tem sido um grande aliado da Fibrafort. A meta de exportação para 2015 foi alcançada ainda no primeiro trimestre. Atualmente o índice é de 145% do planejado. De acordo com o presidente da empresa, Márcio Ferreira, Europa, América do Sul e Emirados Árabes são os principais parceiros comerciais da atualidade. “Os modelos Focker 160, 210, 215, 240, 265 e 305 têm grande saída, além do lançamento F400 Gran Coupé, maior barco produzido pela Fibrafort, que vem despertando cada vez mais interesse do mercado internacional”, ressalta o empresário. A entrada na linha de iates com o F400 tem sido garantia de novos dealers na Europa e no Kuwait. Presente em 42 países e percebendo o bom momento 37


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EMBARCAÇÕES NÁUTICAS

para exportar, a empresa está aplicando um plano de expansão, como a exposição de produtos em feiras de negócios náuticos no Kuwait e na Austrália, além de buscar novos parceiros comerciais ainda nos Emirados Árabes e na Nova Zelândia. Destaque no segmento, é detentora de diversos títulos. Com cerca de 95% de satisfação, conquistou o prêmio de lancha mais vendida do Brasil pela revista Náutica com a Focker 190 Style e também celebra a eleição do modelo 215 como o barco com maior liquidez de mercado. Em 1990 a pequena empresa de acessórios à base de fibra náutica observou que o setor estava em expansão e embarcou nesta tendência, fabricando a primeira embarcação com motor de popa. Em 1998 foi lançada a consagrada linha Focker e apenas 10 anos depois ingressou na produção de lanchas acima de 28 pés, consideradas de médio porte. Desde então, o estaleiro catarinense promove lançamentos constantes de barcos de lazer e apresenta inovações a cada temporada. Atendendo às necessidades dos clientes, surgiram as premiadas embarcações da linha Focker. Desde o início, a Fibrafort cultiva também a valorização da sustentabilidade e o investimento na capacitação dos colaboradores. “São estes pilares que nos dão base e que nos conduzem até hoje”, conta o presidente e idealizador da empresa, Márcio Ferreira.

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DESDE 2012, QUANDO A ORGANIZAÇÃO DA VOLVO OCEAN RACE ESCOLHEU ITAJAÍ PARA SER A PARADA OFICIAL NO BRASIL, O MUNICÍPIO PASSOU A INVESTIR EM RELACIONAMENTO PARA DESENVOLVER O QUE SE COSTUMA CHAMAR DE “VOCAÇÃO NATURAL DA CIDADE”.


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COLUNA DE TECNOLOGIA

ANGELLIRA FOX 3.0: TECNOLOGIA PARA GESTÃO DE FROTA NA PALMA DA MÃO Inovação permite gerenciar trajetos, entregas, relatórios e motoristas em um único device e oferece Central de Emergências que cobre todo o Brasil O AngelLira FOX 3.0 reúne o melhor do hardware e do software em uma solução inovadora para Gestão Logística e Controle de Jornada do Motorista. Polivalente, a tecnologia supre as necessidades de transportadores, embarcadores e qualquer empresa que possua equipes externas ou frota, sendo ao mesmo tempo ultrarresistente a queda, poeira e água. A ergonomia foi pensada para que o motorista tenha total funcionalidade dos serviços.

inclusive acidentes e roubos. Controla fatores como desvio de rota, perda de posição, bateria do próprio aparelho, entrada e saída em área de risco, entre outros parâmetros que podem justificar o deslocamento de equipes de segurança. Outros apoios como guincho, ambulância, seguro, podem ser solicitados pelo motorista por meio do acionamento de um botão de emergência existente no TCA.​

Em sua terceira geração, além de inovações nos já existentes módulos Logístico e de Jornada, o device conta com o lançamento da Central FOX de Emergências – tudo desenvolvido com exclusividade pela própria AngelLira.

O Módulo Logístico proporciona benefícios com relatórios gerenciais com informações de viagens, baixa de entregas, tempos de embarques/desembarques e prováveis atrasos, entre muitas outras planilhas que são geradas no sistema LiraLog, podendo serem estudadas com o objetivo de agilizar a comunicação e tomada de decisões logísticas.

Também conhecido como TCA – Terminal de Comunicação AngelLira, o FOX 3.0 é conectado à Central de Monitoramento AngelLira, preparada para atuar no monitoramento logístico e de riscos, ​buscando evitar roubos, perdas, atrasos de entregas, entre outros processos. O acompanhamento também pode ser feito pelas próprias empresas, tudo via sistema LiraLog. MÓDULOS E SERVIÇOS A Central FOX de Emergências foi apresentada ao mercado junto com o FOX 3.0 na Fenatran, maior Feira da América Latina do setor de transporte que ocorreu em São Paulo, na primeira quinzena de novembro. A Central trabalha 24 horas por dia, cobrindo todo o território nacional e atuando de prontidão caso sejam registradas eventualidades ao longo do percurso,

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O Módulo de Jornada, por sua vez, ganhou importância fundamental com a publicação da Lei 13.103. Com esse módulo é possível visualizar em tempo real o status de toda a equipe de motoristas (em direção, em horas excedidas, em férias, parado, em descanso e em repouso). O FOX acaba com as informações imprecisas no diário de bordo, porque também tem a funcionalidade de cartão de ponto eletrônico, monitorando a jornada de acordo com a Lei do Motorista ou acordos sindicais – ou seja, é um forte aliado para reduzir passivos trabalhistas, que podem chegar à casa do milhão de reais. DIFERENCIAIS TECNOLÓGICOS O AngelLira FOX 3.0 chega ao mercado com layout ainda mais


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NO MÓDULO DE JORNADA, O FOX MONITORA A JORNADA DE ACORDO COM A LEI DO MOTORISTA OU ACORDOS SINDICAIS, SENDO UM FORTE ALIADO PARA REDUZIR PASSIVOS TRABALHISTAS, QUE PODEM CHEGAR À CASA DO MILHÃO DE REAIS.

moderno, com telas sequenciais e intuitivas para a rotina de marcações operacionais. Dispõe de uma série de ferramentas como GPS, transmissão de fotos e vídeos, leitor do código de barras, gerador de planilhas, mapeamento de trânsito com street view, hodômetro, que fazem do TCA um grande parceiro do motorista e do transportador/embarcador. Também oferece chat corporativo, com troca de mensagens entre os motoristas, sob supervisão do gestor, proporcionando imediata economia com telefonia móvel. O aparelho possui tela de 5.2’’, trabalha na posição vertical e horizontal e a bateria dura 18h seguidas com todas as funcionalidades acionadas (bluetooth, gps, wifi, internet móvel, etc.). A AngelLira, especializada em Monitoramento de Risco, Gestão de Operações Logísticas e Controle de Jornada do Motorista, está há 15 anos no mercado destacando-se como uma das principais empresas do segmento no Brasil. A marca oferece soluções completas e customizadas, monitorando com tecnologia de ponta mais de 2,5 milhões de viagens ao ano. Com sede em Chapecó, Santa Catarina, e estruturas em São Paulo e Bahia, tem entre seus clientes grandes empresas de combustível, alimentos, eletrônicos, varejo, entre outros embarcadores, e algumas das principais transportadoras do país.

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COLUNA DE TECNOLOGIA

SOLUÇÃO DA GTT LOGISTICS CONFERE MAIS PRODUTIVIDADE AO TERMINAL PEIÚ A solução teve resultados tão positivos que a empresa acaba de ampliar o kit com a contratação do módulo para reconhecimento automático de contêineres A implantação do sistema OCR (Optical Character Recognition) da GTT Logistics no Terminal Portuário Peiú, no litoral do Espírito Santo, para reconhecimento das placas de caminhões e, mais recentemente, dos contêineres que entram no terminal, tem contribuído para um aumento significativo de produtividade. Implantado em 2014 para atender a resolução 3518 da Receita Federal, a ferramenta para controle de entrada e saída de veículos de carga no recinto alfandegado tem contribuído para a agilidade de todo o processo logístico no terminal. A solução teve resultados tão positivos que Peiú acaba de ampliar o kit com a contratação do módulo para reconhecimento automático de contêineres. Segundo o gerente de produto da GTT Logistics, Rodrigo Pan, a integração do sistema com o módulo de gestão da Totvs ampliou ainda mais a eficiência da ferramenta. “Logo de início, o terminal já verificou aumento de produtividade e eficiên-

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cia na etapa de entrada e saída dos caminhões”, observa. O gerente de Tecnologia da Informação (TI) do Terminal de Peiú, André Lima, confirma o ganho imediato com o sistema da GTT Logistics. “Antes da implantação do sistema, cada veículo que entrava no terminal precisava ser cadastrado manualmente. Hoje o reconhecimento é automático através da OCR, com agilidade no fluxo de veículos pesados”. O Terminal Portuário de Peiú movimenta, em média, 400 mil toneladas de mercadorias por ano. Destas, 28% é embarcada em contêineres. O carro-chefe do porto capixaba é o granel, em especial os fertilizantes. Com uma estrutura de retroárea de 40 mil metros quadrados e cais com 260 metros de extensão, o porto tem capacidade para receber embarcações de até 260 metros e calados de 8,9 metros.


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ÁREA PÚBLICA

PORTO DE PORTO VELHO DISPONIBILIZA ÁREAS PARA ARRENDAMENTO Serão dois armazéns e três áreas com o objetivo de atrair novos investimentos ao setor e seguir o modelo de exploração dos portos que trata a lei que normatiza as operações portuárias 44

O Porto Organizado de Porto Velho realizará chamamento público nos próximos meses para interessados que queiram ocupar área ou instalações no poligonal. As formas de ocupação de área no Porto Público são através de arrendamento ou contrato de uso temporário. De acordo com o presidente da Sociedade dos Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH), Leudo Buriti, o arrendamento de uma área pública no porto é uma das formas de privatização das operações portuárias regulamentada pela Lei 12.815/2013, que a descreve como cessão onerosa de área e infraestrutura pública localizadas dentro do porto organizado para exploração por prazo determinado. “Os arrendamentos de bem público destinado à atividade portuária só podem ser realizados mediante a celebração de contrato, precedida de licitação”, explica o presidente. O assistente técnico em assuntos portuários, Edemir Brasil, fala ainda como é determinado o contrato de uso temporário. Segundo ele, esta modalidade difere do arrendamento porque caracteriza-se pela exploração de área sob gestão da administração portuária, por empresa e para a realização de atividade específica na movimentação de cargas não consolidadas no porto, ou seja, “cargas que nunca vieram a embarcar ou desembarcar neste, tais como minérios, produtos manufaturados e produtos agrícolas como o arroz, cacau, e café”, esclarece. Os contratos temporários são regidos pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), através da Resolução Nº 2240, de 04 de outubro de 2011. As áreas e instalações ofertadas à iniciativa privada são cinco: dois armazéns que totalizam 3.454 m² e três áreas com 62.392 m². Com esta ação, a administração do porto de Porto Velho, junto com o Governo do Estado de Rondônia, espera trazer novos investimentos de empresá-


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ÁREA PÚBLICA

rios ao setor e seguir o modelo de exploração dos portos que trata a lei que normatiza as operações portuárias. MODERNIZAÇÃO Segundo o superintende de Desenvolvimento de Rondônia, Rubens Nascimento, além das áreas disponibilizadas para arrendamento, há projetos de modernização e revitalização do porto que estão previstos para serem implantados nos próximos meses a fim de que o complexo tenha condições de atender à demanda do setor produtivo de Rondônia e dos estados vizinhos. “Rondônia está a menos de 1.400 quilômetros do Oceano Pacífico e a pouco mais de 1.200 quilômetros de Belém pela hidrovia, reduzindo consideravelmente os custos de transporte para o produtor e para o consumidor final”, ressaltou. Entre as peculiaridades do porto há a existência de um posto alfandegado, único na região Norte em um porto público para agilizar todo o processo aduaneiro para escoamento de produtos diversificados. Atualmente, a capacidade do porto para movimentação de carga é de até 5 milhões de toneladas de cargas diversas por ano. O maior índice foi registrado em 2014, com a marca de 4 milhões de toneladas, quando a cidade foi atingida pela cheia do rio Madeira e todos os Terminais de Uso Privativo (TUPs) passaram a operar dentro do porto público, por não ter sido atingido pelas águas.

ENTRE AS PECULIARIDADES DO PORTO HÁ A EXISTÊNCIA DE UM POSTO ALFANDEGADO, ÚNICO NA REGIÃO NORTE EM UM PORTO PÚBLICO PARA AGILIZAR TODO O PROCESSO ADUANEIRO PARA ESCOAMENTO DE PRODUTOS DIVERSIFICADOS.

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INFORMATIVO DOS PORTOS / ENTREVISTA

ALMIR NARCIZO, CEO DA TÓPICO Em tempos de crise, vence quem vê oportunidade onde poderia só ver problemas. Para o CEO da Tópico, Almir Narcizo, empresa líder no mercado de galpões modulares estruturados com 2 milhões de metros quadrados edificados e que atendem empresas que precisam cobrir e armazenar produtos, os tempos considerados difíceis ganham ar de desafio quando o assunto é atender ao mercado logístico. O mercado de armazenagem no Brasil está em franca expansão e o segmento de soluções mais flexíveis e eficientes tem sido um dos mais dinâmicos, triplicando nos últimos cinco anos. Além de ter um custo entre 15% e 20% inferior em comparação aos galpões tradicionais, este tipo de plataforma pode utilizar um espaço livre dentro do próprio terreno da companhia, que simplifica a logística; não necessita de fundação e pode ser montado em qualquer tipo de solo, além de ser modular e temporário, ajustandose às necessidades de cada demanda. Confira entrevista que o Informativo dos Portos fez com o executivo sobre o atual momento da Tópico.

Em meio à crise econômica nacional, o que a Tópico tem feito para driblar o mau momento e crescer no mercado? Almir Narcizo: Como a nossa solução para armazenagem tem inúmeras vantagens que impactam diretamente em redução de custos, temos oferecido uma verdadeira consultoria em armazenagem. Temos mostrado como soluções mais flexíveis podem ser as aliadas em momentos de crise, já que propiciam montagem rápida, baixo impacto ambiental, flexibilidade de uso e sem imobilização de ativos ou custos desnecessários. Internamente também estamos em processo de otimização da gestão, reavaliando processos, investindo em nosso atendimento comercial – com consultores em todo o país – ampliando e reforçando o apoio ao pós-vendas e parcerias estratégicas. Informativo dos Portos: Com os modelos de galpões da Tópico, as empresas conseguem reduzir custos em comparação aos de alvenaria? Em quais aspectos? Almir Narcizo: Na avaliação da análise de viabilidade do projeto completo, 48

nossa solução se mostra mais competitiva na medida em que é uma solução flexível, já que alugamos pelo tempo que a empresa precisar. Nos ajustamos de acordo com a demanda específica, inclusive quanto ao tamanho, já que é uma estrutura modular, podendo ser ampliado, reduzido ou até transportado. Os galpões da Tópico dispensam fundações, o que possibilita montagem extremamente rápida e eliminando uma série de fornecedores e burocracias, trazendo agilidade a diversos problemas de armazenagem e estocagem. Outro ponto extremamente interessante é a oferta de uma solução completa, já que oferecemos não somente os galpões, mas itens adicionais como iluminação, ventilação, portões eletrônicos, sistema de porta-paletes, entre outros que, se terceirizados, incorreriam em maior custo. Informativo dos Portos: Para 2016, as expectativas são de melhorias no cenário econômico e no mercado? O que esperam? Almir Narcizo: A expectativa é de que o cenário econômico e o mercado permaneçam desaquecidos. Porém, com a crise que se prolonga, vemos o potencial de expansão, em função dos diferenciais de nossa solução que ajudam as empresas a reduzirem custos por meio de uma plataforma mais flexível e inteligente de armazenagem como a da Tópico. Informativo dos Portos: Se o atual cenário econômico se mantiver no próximo ano, quais são os planos da Tópico para manter o negócio aquecido? Almir Narcizo: Além de continuar fortalecendo nossa força comercial, temos a intenção de desenvolver soluções cada vez mais específicas para diferentes necessidades de armazenagem e permanecer investindo em adicionais e soluções que diminuam o custo total do projeto. Outro plano é estruturar e fornecer ferramentas que auxiliem nossos clientes na armazenagem de seus materiais, com uma equipe constantemente capacitada.


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INFORMATIVO DOS PORTOS / ENTREVISTA

Informativo dos Portos: Quanto a empresa deve crescer em 2015? E quanto pretende crescer em 2016? Qual a estratégia para cumprir esta previsão? Almir Narcizo: Os planos para crescimento são um dos pontos estratégicos da empresa e não divulgamos essas informações ao mercado. Porém, como táticas para crescimento, desenvolvemos planos que redesenham as principais áreas de entrega de valor. Externamente, buscamos estar mais próximos, com uma solução inteligente para a estocagem em qualquer segmento de negócio. Informativo dos Portos: Com a união à Southern Cross Group, que passou a responder por 70% de participação societária na Tópico, para onde a Tópico pretende crescer dentro e fora do Brasil? Este crescimento é previsto em quantos anos? Por onde pretendem começar? Almir Narcizo: Por questões estratégicas do nosso negócio, o fundo Southern Cross Group e a Tópico não divulgam essas informações. O que podemos afirmar é que avaliamos as regiões onde vamos investir para conseguir ampliar e atender o maior número de clientes com qualidade e um time capacitado. Informativo dos Portos: Hoje a Tópico conta com três opções de soluções para armazenagem. Futuramente, a empresa planeja ampliar o seu portfólio de soluções? O que mudará? Almir Narcizo: Caminharemos com soluções mais completas para armazenagem, com opções de customização para necessidade específicas. O desenvolvimento de opcionais que adicionam segurança, proporcionem economia de água e luz e auxiliem nos sistemas de logística interna às operações de nossos clientes estão já em processo de implantação.

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“ALÉM DE CONTINUAR FORTALECENDO NOSSA FORÇA COMERCIAL, TEMOS A INTENÇÃO DE DESENVOLVER SOLUÇÕES CADA VEZ MAIS ESPECÍFICAS PARA DIFERENTES NECESSIDADES DE ARMAZENAGEM E PERMANECER INVESTINDO EM ADICIONAIS E SOLUÇÕES QUE DIMINUAM O CUSTO TOTAL DO PROJETO.”


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INFORMATIVO DOS PORTOS /

SUPLEMENTO SEP

SETOR PORTUÁRIO DO ESPÍRITO SANTO RECEBERÁ MAIS DE R$ 600 MILHÕES EM INVESTIMENTOS

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Montante inclui a instalação de dois Terminais de Uso Privado (TUPs) no estado: Itaoca e Nutripetro. Ambos estão em processo de avaliação e poderão ser assinados nos próximos meses


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COM AS OBRAS DE DRAGAGEM, NAVIOS DE ATÉ 60 MIL TONELADAS PODERÃO TRAFEGAR PELO CANAL DE ACESSO, TRANSPORTANDO MAIS PRODUTOS E AUMENTANDO A MOVIMENTAÇÃO E A COMPETITIVIDADE.

O outro contrato anunciado durante a cerimônia foi relativo às obras de dragagem e derrocagem do Porto de Vitória. A assinatura do 2º Termo Aditivo exigirá que as obras estejam prontas em outubro de 2016, permitindo que a movimentação de cargas tenha um aumento de 40%. Atualmente, o porto comporta navios de até 40 mil toneladas. Com as obras, navios de 50 mil a 60 mil toneladas poderão trafegar pelo canal de acesso, transportando mais produtos e aumentando a movimentação e a competitividade.

O setor portuário do Espírito Santo receberá investimentos de mais de R$ 600 milhões, incluindo arrendamentos e concessões de novas áreas portuárias, com previsão para entrarem nos blocos de licitação até o final de 2016. Está previsto ainda a instalação de dois Terminais de Uso Privado (TUPs) no estado: Itaoca e Nutripetro. Ambos estão em processo de avaliação e poderão ser assinados nos próximos meses. Os investimentos foram anunciados pelo ministro da Secretaria de Portos, Helder Barbalho, durante passagem pelo Espírito Santo, onde assinou contrato de R$ 60 milhões do mais novo TUP no estado. O documento levou assinatura do governador Paulo Hartung, de Helder Barbalho e de representante da empresa Imetame, que vai operar o terminal no município de Aracruz, a cerca de 80 quilômetro de Vitória. Entre as atividades do terminal estão a montagem de equipamentos da indústria offshore e seu transporte em embarcações do tipo AHTS (específica para operações offshore).

Helder Barbalho explica que o setor portuário brasileiro teve um crescimento de quase 5% entre 2014 e 2013 e este é o momento para encontrar caminhos para que o Brasil cresça e se desenvolva. “A orientação da presidenta Dilma Rousseff é de construir um ambiente adequado para que o setor privado possa investir no setor portuário, se associar aos investimentos do setor público e construir o cenário adequado de competitividade, diminuição de custo e segurança para que o Brasil possa garantir a exportação cada vez maior, aproveitando o cenário econômico nacional e mundial que estamos vivendo”, completou o ministro. As obras de dragagem possibilitarão um aumento da profundidade do canal de 11,4 metros para 14 metros, o que permite que navios com calado de 12,5 metros, tipo Panamax, possam embarcar e desembarcar pelo porto com mais eficiência e produção. O contrato original previa gastos de R$ 85,6 milhões. Com a atualização estabelecida pela legislação, o contrato será corrigido para R$ 109 milhões, mantendo as mesmas condições efetivas da proposta apresentada pelo consórcio à época da licitação.

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

SUPLEMENTO SEP

MINISTRO PEDE PARTICIPAÇÃO A EMPRESÁRIOS NO LEILÃO DE SANTOS E PARÁ Interesse no leilão já teria gerado mais de mil consultas ao edital publicado pela Antaq. Entre os estrangeiros, a procura tem sido maior de investidores dos Estados Unidos e do Chile O ministro-chefe da Secretaria de Portos, Helder Barbalho, quer a participação do setor privado no leilão de terminais nos portos de Santos e do Pará, previsto para acontecer no mês de dezembro. O pedido foi feito durante reunião com o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e empresários do setor portuário. “Os clientes que fazem a economia nacional estão demandando expansão na estratégia portuária para fazer fluir o escoamento da nossa produção. E o governo está construindo as condições para que esse investimento privado possa acontecer”, defendeu Barbalho em reunião com cerca de 100 empresários e agentes portuários na sede da Fiesp. Pelo cronograma da SEP, o leilão do primeiro bloco será realizado dia 9 de dezembro, com três áreas em Santos e uma em Vila do Conde, no Pará. Na sequência, a Secretaria dos Portos prevê licitar outras quatro áreas que compõem o primeiro bloco. “No primeiro semestre de 2016, estaremos atuando na licitação de 21 terminais, e no segundo semestre outros 41 terminais”, confirmou Barbalho. Durante a reunião, o ministro reforçou os números do Plano de Investimento em Logística (PIL) do governo para o período 2015/2018. Do

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investimento de R$ 198 bilhões previsto para o Plano, R$ 37,4 bilhões devem ser destinados ao setor portuário. Alguns empresários se queixaram, durante o encontro, do excesso de regulação pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Segundo eles, a burocracia com aprovações de alguns projetos e processos trava a atividade do setor. Barbalho, no entanto, afirmou que a regulação excessiva pode ser positiva no que se refere à segurança do negócio. “Se num primeiro momento, a demora para liberação deste leilão e dos conceitos aprovados pelo TCU representou angústia, eu tenho certeza que, nesse momento, ela serve como tranquilizadora de que não vamos errar”, explicou o ministro ao se referir à atuação do TCU no próximo leilão como exemplo. Barbalho afirmou que a relação com a agência “hoje tem sido a melhor possível, todas as demandas estão tendo plena resposta”. CRISE ECONÔMICA Nem mesmo a crise econômica que o país enfrenta se configura em ameaça ao desenvolvimento do setor, na avaliação de Barbalho. Se-


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“SE NUM PRIMEIRO MOMENTO, A DEMORA PARA LIBERAÇÃO DO LEILÃO E DOS CONCEITOS APROVADOS PELO TCU REPRESENTOU ANGÚSTIA, NESSE MOMENTO, ELA SERVE COMO TRANQUILIZADORA DE QUE NÃO VAMOS ERRAR”. Hélder Barbalho, ministro da SEP

gundo ele, “o setor portuário está em absoluta curva crescente. Crescemos 4,8% no último ano, e as previsões desse ano são de ampliação desse crescimento.

O governo estima investimentos nessas quatro áreas da ordem de R$ 1,1 bilhão, dos quais R$ 640 milhões em São Paulo e R$ 501 milhões no Pará. Os quatro terminais fazem parte de um total de 29 que serão licitados no Bloco 1 do Programa de Investimento em Logística portuária. O Bloco 1 contempla, além do terminal de grãos em Vila do Conde, outros 19 terminais no estado do Pará e mais seis terminais em Santos, além dos três terminais já divulgados. Ao todo, são estimados R$ 4,7 bilhões em investimentos, sendo R$ 3,2 bilhões no Pará e R$ 1,5 bilhão em São Paulo. PRORROGAÇÃO DOS CONTRATOS

O leilão, segundo Helder Barbalho, já gerou mais de mil consultas ao edital publicado pela Antaq. “Estamos entusiasmados, a procura tem sido bastante elevada”, afirmou. Segundo o ministro, o leilão tem gerado interesse de empresários brasileiros e internacionais. Entre os estrangeiros, a procura tem sido maior de investidores dos Estados Unidos e do Chile. Apesar da demanda, o ministro disse que o governo tem realizado ações para divulgar o leilão e atrair mais interessados. Representantes do governo têm se reunido em Brasília com delegações de países e grupos empresariais e participado de eventos internacionais. “Acabamos de participar de uma rodada na Europa, temos uma outra rodada em Londres e também já houve uma rodada voltada para a China e outros países do Oriente”, disse o ministro. “A intenção é tirar dúvidas, estimular e mostrar estratégias, tornando o leilão mais atrativo”, acrescenta.

Paralelamente aos leilões de terminais portuários recém anunciados pelo governo federal, a expectativa é grande em torno dos contratos de prorrogação antecipados em diferentes partes do Brasil. A prorrogação é um dos mecanismos previstos no novo marco regulatório dos portos. Até o momento, 24 arrendatários apresentaram pedidos de prorrogação à SEP. Atualmente, há 250 contratos de arrendamento em vigor no país, dos quais 120 estariam aptos à renovação antecipada. No final de setembro, a SEP assinou contrato de prorrogação antecipada do terminal da Santos Brasil, localizado no Porto de Santos (SP). O documento assinado prevê a prorrogação do contrato até o ano de 2047, condicionado à garantia de investimentos por parte da empresa, no valor de R$ 1,2 bilhão com a realização de obras e intervenções que deverão garantir aumento da capacidade de 1,5 milhão de contêineres por ano.

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SUPLEMENTO PORTO ITAJAÍ

SEP VAI CUSTEAR OBRAS DA DRAGAGEM EMERGENCIAL DO PORTO DE ITAJAÍ Com as fortes chuvas que atingiram SC, canal perdeu cerca de três metros de profundidade, o que restringiu a navegabilidade e comprometeu a segurança da navegação A Secretaria dos Portos (SEP) vai custear a dragagem emergencial do canal de acesso e da bacia de evolução do Porto de Itajaí, com recursos do Programa Nacional de Dragagem (PND). A obra está orçada em R$ 65,18 milhões. Com as fortes chuvas que atingiram Santa Catarina em outubro, o canal do Porto de Itajaí perdeu cerca de três metros de profundidade, o que restringiu a navegabilidade e comprometeu a segurança da navegação. A dragagem deverá retirar do fundo do canal 3,7 milhões de metros cúbicos de resíduos deslocados pelas chuvas de forma a restabelecer a profundidade normal de 14 metros. O PND integra o Programa de Investimento em Logística – Portos (PIL-Portos), que tem previsão de somar R$ 50,8 bilhões em investimentos na modernização do setor portuário brasileiro até o ano 2017. Desse total, R$ 3,8 bilhões estão previstos para investimento em dragagem de manutenção nos próximos 10 anos em diferentes portos do país. De acordo com o superintende do Porto de Itajaí, engenheiro Antonio Ayres dos Santos Jr, a correnteza acaba carregando sedimentos e detritos acumulados em toda a bacia hidrográfica para a sua foz, o que gera o assoreamento dos acessos aquaviários aos terminais de Itajaí e Navegantes. Com as res-

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trições de profundidade, o complexo portuário está com a profundidade de seus acessos e bacia de evolução limitadas, o que gera grandes perdas para a economia local. “Cada contêiner que deixa de ser operado aqui representa R$ 1,6 mil que não entram em nossa economia”, acrescenta. Em outubro uma comissão de empresários itajaienses e Antonio Ayres, acompanhado de lideranças políticas que representam Santa Catarina no Senado e Congresso Nacional, estiveram reunidos com o ministro chefe da SEP, Helder Barbalho, em Brasília. A principal discussão foi com relação a realização de uma dragagem emergencial para o Complexo Portuário do Itajaí, devido ao assoreamento gerado pelas fortes chuvas que vem ocorrendo na região. SOBRE O PIL Além de investimentos em dragagem, o PIL-Portos também prevê R$ 15,8 bilhões para o Programa de Arrendamentos Portuários. Foram mapeadas 159 áreas passíveis de arrendamento. Foram divididas em quatro blocos organizados em um cronograma de licitações. No dia 26 de outubro, foram publicados os editais de licitação de arrendamento de quatro áreas portuárias: três localizadas em São Paulo, no porto de Santos, e uma área localizada no Porto de Vila do Conde, no estado do Pará. Esses quatro terminais são os primeiros de um total de 29 que serão licitados no Bloco 1 do Programa de Investimento em Logística Portuária e que contemplará, além do terminal de grãos em Vila do Conde, outros 19 terminais no estado do Pará e mais seis terminais em Santos, além dos três terminais já citados, totalizando R$ 4,7 bilhões em investimentos.


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PORTONAVE VENCE O PRÊMIO FRITZ MÜLLER Projeto foi desenvolvido a partir de um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) e é uma medida de compensação pelo uso da área para ampliação do pátio de contêineres A Portonave conquistou o prêmio Fritz Müller, promovido pela Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma), na categoria gestão socioambiental, com o case Nossa Praia. A homenagem, destinada às empresas e instituições públicas que possuem trabalhos e projetos de destaque na área

ambiental, recebeu 56 inscritos que concorreram em 13 categorias . A entrega dos troféus ocorrerá no próximo dia 8 de dezembro, na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). O projeto Nossa Praia prevê a Recuperação e Proteção da Orla de Navegantes, por meio da recuperação da restinga com o plantio de milhares de novas mudas de árvores nativas, a retirada de espécies exóticas, a eliminação das estruturas de concretos que interferem no ecossistema e a implantação de uma ciclovia ao longo da orla marítima. O projeto foi desenvolvido a partir de um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) e é uma medida de compensação pelo uso da área para ampliação do pátio de contêineres da Portonave. SUSTENTABILIDADE Para o diretor-superintendente administrativo da Portonave, Osmari de Castilho Ribas, o prêmio é um importante reconhecimento ao trabalho de preservação ambiental da empresa. “A Portonave acredita e trabalha com o desenvolvimento alinhado à sustentabilidade. Por isso, buscamos junto aos órgãos responsáveis que os recursos dessa compensação fossem direcionados para ações efetivas em Navegantes.” O prêmio Fritz Müller, que reconhece os principais projetos e trabalhos na área ambiental desenvolvidos em Santa Catarina, é uma homenagem ao famoso naturalista alemão Johann Friedrich Theodor Müller, que viveu por muitos anos em Blumenau e foi reconhecido mundialmente por seus estudos relacionados ao meio ambiente.

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

SUPLEMENTO PORTO ITAJAÍ

DETROIT ITAJAÍ VAI CONSTRUIR REBOCADORES PARA A ALIANÇA NAVEGAÇÃO A construção será custeada com recursos oriundos da conta vinculada do Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), que é gerida pelo BNDES O Estaleiro Detroit, de Itajaí, vai construir três rebocadores para a Aliança Navegação e Logística, empresa que pertence ao grupo Hamburg Süd. A decisão do armador está ligada às mudanças que estão ocorrendo na navegação mundial com a construção de navios maiores que já estão chegando ao Brasil. Estes, por sua vez, exigirão rebocadores mais potentes de última geração para garantir a segurança nas manobras de atracação. Há mais de cinco anos a Aliança planejava retomar a construção de embarcações em estaleiros brasileiros com a intenção de renovar a frota dos navios da cabotagem. No entanto, na época, a construção no Brasil não pode se concretizar devido à limitada infraestrutura dos estaleiros para a construção de navios de grande porte e prazos de entrega que não condiziam com as necessidades do mercado. Com o aumento de disponibilidade de espaço para construção nos estaleiros nacionais, a partir do início deste ano, foi retomado o pro-

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jeto de construir embarcações no Brasil e a Aliança decidiu investir cerca de R$ 90 milhões na construção de três rebocadores que serão entregues no decorrer de 2017. São rebocadores de propulsão azimutal com comprimento total de 32 metros e 70 toneladas de `bollard pull` (tração estática). A construção será custeada com recursos oriundos da conta vinculada do Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), que é gerida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A segunda fase do projeto contempla a construção de mais rebocadores e sua efetivação dependerá da aprovação de liberação de mais recursos da conta vinculada. “Os navios ficaram maiores e demandam rebocadores mais potentes para atracações mais seguras. Escolhemos a Detroit por ser um estaleiro de boa reputação e excelência na construção de rebocadores”, conclui Julian Thomas, diretor-superintendente da Hamburg Süd e da Aliança.

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APM TERMINALS APRIMORA ESTRUTURA DE SEGURANÇA PARA TRABALHO SOBRE CONTÊINERES

SOBRE A ALIANÇA NAVEGAÇÃO A Aliança Navegação e Logística foi fundada em 1950 por Carl Fisher. Em 1998, a empresa foi adquirida pelo Grupo Oetker, também proprietário da Hamburg Süd. Em 1999, a Aliança retomou o transporte de cabotagem no Brasil. A Aliança é líder de mercado na cabotagem de contêineres, tendo no ano passado movimentado 673 mil TEUs (equivalente a contêineres de 20 pés) na cabotagem, com um faturamento de R$ 3,3 bilhões.

Com foco na inovação e na segurança, a unidade de Serviços Retroportuários da APM Terminals em Itajaí desenvolveu o Ring Repair, considerado uma avançada estrutura de proteção coletiva com base nas diretrizes da NR35 para trabalhos sobre contêineres. Trata-se de uma cerca acoplada ao teto do contêiner pela empilhadeira, oferecendo mais liberdade de movimentação ao trabalhador durante a execução de reparos. O conceito foi desenvolvido na unidade do grupo no Chile e aprimorado pelos colaboradores de Itajaí. O objetivo agora é construir mais estruturas semelhantes para uso nas outras seis instalações da empresa no Brasil e disseminar a boa prática entre todas as mais de 200 unidades operacionais da APM Terminals, espalhadas por 60 países.

A empresa atua fortemente no mercado externo, com 25 navios porta-contêineres que fazem a rota internacional de longo curso, distribuídos em nove diferentes serviços, oferecendo transporte a praticamente todos os cantos do mundo. Além disso, oferece o transporte de granéis (fertilizantes, grãos e minérios), onde são utilizados oito navios com capacidades que variam de 38 mil toneladas a 45 mil toneladas. Também atua no setor de cargas de projeto com um navio especializado tipo `heavy-lift , dedicado à cabotagem.

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

EXPORTAÇÃO

CAMINHO LIVRE PARA CARNE BOVINA DO BRASIL Com a reabertura do mercado da Arábia Saudita, o setor estima que o Brasil tem potencial para exportar 50 mil toneladas de carne bovina ao ano, com valor estimado em US$ 170 milhões A Arábia Saudita suspendeu o embargo à importação de carne bovina in natura do Brasil. O embargo começou em 2012 depois de um caso atípico da doença encefalopatia espongiforme bovina, conhecida como o mal da vaca louca. A medida foi oficializada em Riade, durante reunião da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, com a autoridade saudita de Alimentos e Medicamentos, Mohammed Al-Meshal, que assinaram novo modelo de Certificado Sanitário Internacional. Com a abertura, o setor estima que o Brasil tem potencial para exportar 50 mil toneladas de carne bovina ao ano, com valor estimado em US$ 170 milhões. O fim do embargo à carne brasileira sinaliza abertura também para os demais países do Golfo Pérsico. Somente a Arábia Saudita comprou, em 2014, US$ 355 milhões do produto, o que equivale a quase 100 mil toneladas. O valor representa 10% de tudo o que o Brasil exporta em carne bovina – que soma 1,1 milhão de toneladas anualmente. Segundo Kátia Abreu, trata-se de um momento importante e de comemoração para o Brasil. A Arábia Saudita era um dos últimos países que faltava levantar o embargo. “O último será o Japão, onde deveremos abrir o mercado para nossa carne processada”, afirmou. Kátia Abreu afirmou que o próximo passo é ampliar a venda de produtos brasileiros que já têm acesso ao mercado saudita e explorar novos itens, como frutas, mel e arroz. O Brasil já é o maior fornecedor de frango, café e açúcar da Arábia Saudita, e “agora teremos uma grande

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oportunidade de negócio ao reforçar a venda de grãos para este mercado”, observou a ministra. A perspectiva do governo árabe é reduzir a produção própria de grãos para diminuir o consumo de água na agricultura. Mohammed Al-Meshal destacou a prosperidade da agricultura brasileira e agradeceu a parceria. “Dependemos dos alimentos de vocês, precisamos de vocês. A abertura do mercado de carnes é boa para o Brasil, mas também é muito boa para a Arábia e para nossa população”, disse. MISSÃO TÉCNICA Com o objetivo de agilizar a habilitação de plantas e intensificar o comércio bilateral, a Arábia Saudita assinou acordo de prelisting - listas pré-autorizadas de estabelecimentos exportadores - para a carne bovina brasileira. O prelisting confere maior celeridade à habilitação das plantas frigoríficas interessadas em vender carne bovina ao país. O acordo foi possível graças aos bons resultados da missão técnica de auditoria realizada pelos árabes em junho nos estabelecimentos brasileiros. No prelisting, a autoridade sanitária do país exportador verifica os estabelecimentos que atendem aos requisitos exigidos e os indica como aptos à exportação - o que, na prática, representa uma autorização automática para as empresas.


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INFORMATIVO DOS PORTOS / ARTIGO

DO ALFANDEGAMENTO – SERVIÇO PÚBLICO

por Wagner Antônio Coelho

Na legislação aduaneira, especialmente nas normas infralegais editadas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, o alfandegamento consiste na análise e declaração do Ministério da Fazenda, de que uma área devidamente identificada e demarcada pelo referido órgão, a qual tem o objetivo de auxiliar a estrutura da Aduana Brasileira, com a possibilidade de receber carga estrangeira, ou, de destinar carga nacional ao estrangeiro, as quais OBRIGATORIAMENTE, necessitam passar pelos controles da Aduana. Nos termos do art. 2º da Portaria 3158/11 da SRF, entende-se por alfandegamento a autorização, por parte da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), para estacionamento ou trânsito de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados, embarque, desembarque ou trânsito de viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados, movimentação, armazenagem e submissão a despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bens de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados e remessas postais internacionais, nos locais e recintos onde tais atividades ocorram sob controle aduaneiro. Desse modo, verifica-se que o alfandegamento permite a execução de uma série de serviços públicos relacionados ao controle aduaneiro, os quais são de suma importância para proteção do interesse público, na proteção aos interesses fazendários e pro-

teção da sociedade, nos campos da: saúde pública, segurança pública, meio ambiente, patrimônio histórico, propriedade intelectual, segurança fito e zoossanitária, ao mesmo tempo em que deve proporcionar um melhor ambiente de negócios à economia nacional. Assim, verifica-se que os serviços públicos previstos no alfandegamento, estão relacionados diretamente com a soberania nacional. Tanto que os administrados tem restringida constitucionalmente, a limitação do direito de ir e vir, bem como, sobre a propriedade dos bens, diante da obrigatoriedade de se submeter aos ditames da legislação aduaneira referente ao ingresso de pessoas e bens no território brasileiro. Trata-se de um dos principais serviços públicos prestados pela administração pública, e, justamente por tal motivo o legislador obrigou a realização de licitação para transferência de parte desse serviço para iniciativa privada, com exceção dos locais já pertencentes a própria União Federal, portos e aeroportos, os quais já são devidamente licitados, para que os concessionários possam prestar o serviço portuário e de armazenagem e guarda fiscal. Importante, ressaltar que é justamente o alfandegamento do recinto que permite a realização do serviço público de armazenagem e guarda fiscal da mercadoria para União Federal.

Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.

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INFORMATIVO DOS PORTOS /

FEIRAS E EVENTOS

EXPOLOG DESTACA TECNOLOGIA E TENDÊNCIAS DE LOGÍSTICA NACIONAL As principais novidades em tecnologia e tendências de logística foram destaque da Expolog 2015, evento que integrou feira, rodada de negócios e seminário de logística. Realizada no Centro de Eventos do Ceará, considerado o mais moderno e bem equipado da América Latina, a feira foi instalada numa área de exposição de 5 mil metros quadrados e reuniu representantes de algumas das principais empresas e entidades ligados à logística e comércio exterior do Brasil. A equipe da revista Informativo dos Portos esteve presente e registrou alguns momentos. Confira em fotos:

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Consolidado como um evento estratégico para a cadeia do segmento de logística. EXPOSIÇÃO DE ESTANDES, PALESTRAS E RODADA DE NEGÓCIOS. Espaço privilegiado para negócios, networking, divulgação de marcas. Uma das mais importantes feiras de logística do país.

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Feira Internacional de Logística, Transporte de Cargas e Comércio Exterior

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Apoiadores: Wilson, Sons, BTP-Brasil Terminal Portuário, Boskalis, Portonave, Hidrovias do Brasil, StartNav, Brick Logística, Rocha Logística, Transbrasa, Saam Smit Towage e Rugik.

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AGENDA DE EVENTOS HDO ARMAZÉNS GERAIS Rua: Alfredo Eick Júnior, 900 - Imaruí - Itajaí/SC Fone: (47) 3348.1495 - 3348.1436 www.hdogerais.com.br hdo@hdogerais.com.br Evento: Intermodal e InfraPortos Data: 05 a 07/04/2016 Horário: 13h às 21h Local: Transamerica Expo Center- São Paulo/SP Mais informações: www.intermodal.com.br/ Fone: (11) 4878-5990 ITACEX COMISSÁRIA DE DESPACHOS ADUANEIROS LTDA. Rua: Gil Stein Ferreira, 100 - Sala 602 - Centro - Itajaí/SC Fone: (47) 2104.2000 - 2104.2001 www.itacex.com.br edson@itacex.com.br

Evento: Hora da Cabotagem Data: 14 e 15/09/2016 Local: Meliá Paulista Business – São Paulo/SP Mais informações: www.ahoradacabotagem.com.br Fone: (11) 3815-9900

Evento: Intercom - Feira e Congresso da Construção Civil Data: 21 a 24/10/2016 Horário: 15h às 20h Local: Pavilhões da Expovile – Joinvile/SC Mais informações: www.feiraintercon.com.br Fone: (11) 3815-9900

ACEX ASSESSORIA DE COMÉRCIO EXTERIOR LTDA. Rua: Lages, 120 - Centro - Itajaí/SC Fone: (47) 3205.0888 - 3205.0860 www.acex.com.br acex@acex.com.br

Evento: 11ª Expolog e Seminário Intern. de Logística e Feira Nacional de Logística Data: 24 e 25/11/2016 Local: Centro de Eventos do Ceará – Fortaleza/CE Mais informações: www.feiraexpolog.com.br/ Fone: (85) 3433-7684 Anuncio 92 x 58 2015.pdf 1 01/06/2015 11:07:35

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Para sua competitividade aumentar a Multilog faz o mesmo: cresce. Novos CLIA Joinville e Entreposto Fiscal ZFM Itajaí. A Multilog acaba de inaugurar duas novas opções de armazenagem: o Centro Logístico e Industrial Aduaneiro, em Joinville, e o Entreposto Fiscal da Zona Franca de Manaus, em Itajaí. O CLIA de Joinville traz mais facilidade para a logística de empresas locais, com operações aduaneiras e soluções personalizadas, enquanto o Entreposto Fiscal ZFM oferece uma alternativa com entrega mais rápida e suspensão de impostos até a venda do produto. É a estrutura de serviços completos da Multilog trabalhando para levar seu produto cada vez mais perto dos melhores negócios.

• Armazenagem em Geral • Armazenagem Alfandegada • Entreposto Aduaneiro • Polo de Saúde • Polo Automotivo e Náutico • Polo de Produtos Químicos

• Consolidação e Desconsolidação de Cargas • Câmara Refrigerada para Inspeção do Ministério da Agricultura e Receita Federal • Transporte Aduaneiro e Distribuição de Cargas • Armazém para Produtos Controlados pela ANVISA

CLIA Multilog Joinville: Rua Dona Francisca, 8300 • Distrito Industrial • Perini Business Park • CEP: 89219-600 • Joinville • SC • Brasil Sede: Rod. Dep. Antônio Heil, 4999 • Itaipava • CEP: 88316-003 • Itajaí • SC • Brasil • 55 (47) 3341 5000 • www.multilog.com.br


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