Edição nº 227 - Ano XVIII - Av. Coronel Marcos Konder, 805 – 5º andar - sl 509 - Centro Empresarial Marcos Konder - Centro - Itajaí/SC - 88301-303
NOVOS TEMPOS a indústria e a logística tecnológica A adoção da internet das coisas pela indústria brasileira está mais acelerada. Soluções ajudam o setor logístico a ser mais eficiente e com menor custo
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Empresas catarinenses apostam no aumento das exportações
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Movimentação deve chegar a 5 milhões de toneladas em Imbituba
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13/07/2018
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AMPLIAMOS
para juntos irmos ainda mais longe.
Área de Pátio
(armazenagem em mil m2)
150 ONTEM
250 455 HOJE
AMANHÃ
Moderno | Sustentável | Eficiente A mais recente fase de ampliação do Porto Itapoá está concluída. Capacidade de armazenamento de 500 mil para 1,2 milhão de TEUs.
Comprimento do Píer
630 800 1210 ONTEM
HOJE
Capacidade de movimentação anual.
Quantidade de portêineres
(em metros lineares)
AMANHÃ
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ONTEM
HOJE
AMANHÃ
(em milhões de TEUs)
0,5
1,2
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ONTEM
HOJE
AMANHÃ
*TEU: Unidade equivalente a um contêiner de 20 pés.
PORTO ITAPOÁ
INFORMATIVO DOS PORTOS /
DOBRA CAPACIDADE COM CONCLUSÃO DA PRIMEIRA FASE DA EXPANSÃO Com a nova estrutura, porto vai gerar 300 novos empregos e passa a ter uma das maiores capacidades instaladas de movimentação de contêineres do Sul
Um investimento de R$ 360 milhões acaba de dobrar a capacidade instalada do Porto Itapoá, no norte de Santa Catarina, para 1,2 milhão de TEUs por ano. Com projeto original que previa o início da ampliação somente neste ano, o terminal iniciou obras dois anos antes do previsto – em 2016 – devido à estratégia comercial e à alta demanda de mercado, contemplando 100 mil m² adicionais de pátio e 170 metros de píer. A expectativa é de que a nova capacidade instalada seja completamente utilizada até o fim de 2019. Com a nova estrutura, o Porto Itapoá vai gerar 300 novos postos de trabalho a partir deste ano e passa a ter uma das maiores capacidades instaladas de movimentação de contêineres do Sul. O terminal também se destaca pelos índices de produtividade e agilidade. “Trabalhamos com um dos melhores índices de MPH (movimentos por hora) do país, com recordes que chegam a mais de 150 MPH. Além disso, nossos indicadores de liberação de cargas também têm sido um dos mais ágeis dentre os portos brasileiros”, enfatiza Cassio Schreiner, diretor-presidente do terminal. Quinto terminal em movimentação de contêineres no Brasil, de acordo com dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o Porto Itapoá atua com cargas que têm como origem ou destino todos os estados da região Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraguai. “Ao longo do ano, atendemos às diversas regiões de maneira bem distribuída, o que coloca o porto como uma alternativa logística para a maior parte da cadeia produtiva nacional”, explica Cassio.
prevê 200 mil m² adicionais de pátio (já com aterro concluído) e um novo berço de atracação com 410 metros. A evolução dessa obra está prevista para os próximos três anos.
Segundo ele, os excelentes indicadores de produtividade e agilidade dos serviços também contribuíram para que, “em apenas três anos de operação, pudéssemos iniciar os trabalhos de expansão, culminando com o início da obra em outubro de 2016”. A terceira fase do empreendimento
Somente no ano passado, o Porto Itapoá teve um acréscimo de 14% em sua movimentação total em relação ao ano interior, incluindo exportações, importações, cabotagem, transbordos e contêineres vazios. A previsão para 2018 é que o porto movimente 22% a mais em relação a 2017.
SAIBA MAIS:
O Porto Itapoá iniciou suas obras em 2007 como um projeto greenfield. Em 2011, deu-se início às operações do terminal, com capacidade instalada para movimentar 500 mil TEUs/ano. Em dois anos de operação essa capacidade já tinha sido superada anualmente, dando condições e viabilidade para iniciar seu processo de expansão. As primeiras obras da ampliação começaram em outubro de 2016, após a obtenção de todas as licenças. Atualmente, o Porto Itapoá tem 250 mil m² de pátio, 800 metros de píer e conta com seis portêineres. 4
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EXPEDIENTE
PUBLICAÇÃO Perfil Editora DIRETORA Elisabete Coutinho elisabete@informativodosportos.com.br DIRETORA ADMINISTRATIVA Luciana Coutinho luciana@informativodosportos.com.br JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciana Zonta (SC 01317 JP) luzonta@informativodosportos.com.br REPORTAGEM Adão Pinheiro, Alessandro Padin, Érica Amores e Luciana Zonta FOTOS Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem REVISÃO Izabel Mendes COMERCIAL Thaísa Michelle Santos comercial@informativodosportos.com.br PROJETO GRÁFICO Elaine Mafra |Magic Arte DIAGRAMAÇÃO E CAPA Elaine Mafra |Magic Arte - @magicartedigital elaine@informativodosportos.com.br PERFIL EDITORA Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br
A LOGÍSTICA DAS COISAS A indústria mundial tem passado por transformações ao longo dos últimos séculos. A cada grande mudança pela qual a indústria passa, a história denomina de Revolução Industrial. A Internet das Coisas, que viabiliza, cada vez mais, as trocas de informações em tempo real, é uma das grandes responsáveis por essa nova revolução. Mas vale a pena destacar aqui a evolução do conceito de “fábrica inteligente”, na qual a integração em tempo real com as demandas e a flexibilidade de responder de forma ágil e eficiente marcam mais esta revolução. Estamos vivendo a era da indústria e a logística tecnológica, como bem evidência a reportagem de capa desta edição da revista Informativo dos Portos. A complexidade que muitos já não conseguem mais acompanhar, que inclui sistemas de otimização, monitoramento e simulação, ainda está limitada aos projetos ou às fábricas e armazéns, mas, no cenário da Indústria 4.0, esses limites serão ampliados para a cadeia de suprimentos e acontecerá provavelmente mais uma revolução: a integração total. Definitivamente, a tecnologia faz os negócios caminharem em um ritmo inédito. No Brasil, o mercado de Internet Industrial das Coisas movimentou US$ 1,35 bilhão em 2016, sendo que a indústria automotiva e manufatura foram as mais relevantes, de acordo com um estudo da Frost & Sullivan. Com grande potencial de transformação, especialistas estimam que esse mercado movimentará cerca de US$ 15 trilhões nos próximos 15 anos, promovendo ganhos consideráveis de eficiência e produtividade, atuando também na redução de custos, consumo energético e uso de materiais. Ainda temos muito a evoluir, mas existe um ambiente favorável ao fortalecimento da economia para, quem sabe, finalmente o Brasil seja o país do futuro. Boa leitura! Edição nº 227 - Ano XVIII - Av. Coronel Marcos Konder, 805 – 5º andar - sl 509 - Centro Empresarial Marcos Konder - Centro - Itajaí/SC - 88301-303
*Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.
NOVOS TEMPOS a indústria e a logística tecnológica A adoção da internet das coisas pela indústria brasileira está mais acelerada. Soluções ajudam o setor logístico a ser mais eficiente e com menor custo
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ANUÁRIO BILÍNGUE BILINGUAL YEARBOOK
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Empresas catarinenses apostam no aumento das exportações
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Movimentação deve chegar a 5 milhões de toneladas em Imbituba INFORMATIVO DOS PORTOS
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aSegurança e monitoramento 24h aLocalização estratégia a 8km da Portonave aArmazenagem de cargas soltas e conteinerizadas www.flarmazenagem.com.br - BR 470 - km 7 - Volta Grande - Navegantes/SC - (47) 3319-6400
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ÍNDICE ESPECIAL Novos tempos: a indústria e a logística tecnológica
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SUL DE SANTA CATARINA
Movimentação deve chegar a 5 milhões de toneladas em Imbituba
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MEIO AMBIENTE Empresas catarinenses apostam no aumento das exportações
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DIÁRIO DE BORDO................................................................10 Confira as novidades dos principais setores que movimentam o mercado REFORÇO NA FROTA...............................................................20 Aliança Navegação batiza novo rebocador de última geração ENTREVISTA........................................................................24 Ana Cláudia Diamantino, coordenadora de RH da Panalpina Brasil
CADEIA LOGÍSTICA Grupo Nelson Heusi completa 85 anos de história
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PROFISSÕES & CARREIRA........................................................36 Oceanógrafos celebram 10 anos de regulamentação profissional EXPORTAÇÃO & IMPORTAÇÃO...................................................40 Empresa de logística internacional cresce 42% em exportação de madeira ARTIGO..............................................................................42 Revisão aduaneira e classificação fiscal, por Wagner Coelho AGENDA DE EVENTOS.............................................................44 Informações sobre as principais feiras, congressos e palestras
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DIÁRIO DE BORDO s
EXPERTS DA LOGÍSTICA O mercado logístico vai debater novas oportunidades, tecnologias e cases de sucesso do setor no AgileChallenges 2018. O evento, que acontece nos dias 13 e 14 de setembro, no Centro Empresarial Terrafirme, em São José, na Grande Florianópolis, vai reunir empresas e profissionais para apresentar as tendências e desafios do mercado logístico. Segundo Evilásio Garcia, CEO da AgileProcess, startup que desenvolve softwares especializados para logística, e organizador do evento, o AgileChallenges surgiu da necessidade de olhar para o futuro e trazer o mercado para discutir sobre o impacto que as mudanças, inovações e quebras de paradigmas terão sobre o universo da logística. Serão apresentadas tendências e, principalmente, inovações que já estão à disposição, tais como tecnologias, processos e estratégias de mercado. 12
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USINA TERMELÉTRICA
BLU LOGISTICS NA ITÁLIA
O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, assinou autorização para a implantação da Usina Termelétrica GNA II, que será construída pela empresa Gás Natural Açu (GNA) no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ). O empreendimento contará com 1.673 MW de capacidade instalada. A Gás Natural Açu (GNA), parceria entre a Prumo Logística, a BP e a Siemens, foi avencedora do leilão A-6, que aconteceu em dezembro de 2017. O início da operação comercial dessa unidade está previsto para janeiro de 2023. Com a outorga da segunda termelétrica, o Porto Açu se transforma no maior complexo termelétrico da América Latina.
Desde meados de julho está funcionando em Gênova, na Itália, o primeiro escritório da Blu Logistics na Europa. Depois de um período de tramitação burocrática, agora a equipe está pronta para começar a desenvolver novos mercados potenciais a partir do escritório em Gênova e outra unidade na cidade de Parma. O objetivo é, em curto espaço de tempo, ser capaz de atender às solicitações e dar suporte às demais unidades da Blu no mundo, incluindo o Brasil. A sinergia vai envolver também as áreas comerciais para alavancar as vendas. A Itália, como a sétima maior economia de exportação do mundo, é um importante player no comércio internacional.
OPERAÇÕES DE AÇÚCAR A Brado Logística iniciou em maio as operações de açúcar em seu Terminal de Araraquara (SP). A empresa conseguiu antecipar em cerca de um mês o início da movimentação de carga, previsto para junho. Nos primeiros três meses de operação, 638 contêineres transportaram um total de 16 mil toneladas de açúcar. A estimativa é que o planejamento logístico da Brado resulte em um aumento de 10% na movimentação de cargas no município. A unidade de Araraquara está programada para a saída de um trem por semana capaz de tracionar de 70 a 90 contêineres, cada um com 20 pés e 25 toneladas. O principal destino do açúcar transportado é o continente africano.
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DIÁRIO DE BORDO
Mariana Andrade
A FCA Log e a Eudmarco S/A, integrantes do grupo Aba Infra, acabam de apresentar ao mercado o mais novo serviço logístico: o NVOCC. Atuando como Non Vessel Operator Common Carrier (NVOCC), a FCA Log promove a consolidação e desconsolidação de carga, frete marítimo de importação e exportação, tendo como diferencial a armazenagem da carga do cliente em recinto alfandegado próprio. A empresa, localizada estrategicamente no Porto de Santos, será o único terminal alfandegado da região a oferecer esse serviço. A FCA Log realizará a otimização da operação das empresas importadoras, possibilitando ao cliente negociar armazenagem de carga fracionada (LCL) no Porto de Santos para ambos os “incoterms”, CIF e FOB, promovendo mais praticidade, segurança e melhor desempenho na logística.
LOGISTIQUE 2018 É LANÇADA EM SC s
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NOVO SERVIÇO LOGÍSTICO
A edição 2018 da Logistique – Feira de Logística e Negócios Multimodal foi lançada oficialmente no Salão Tigre da Associação Empresarial de Joinville, em SC. O evento, que chega em sua 5º edição no dias 23 a 25 de outubro, já é considerado a segunda maior feira de logística, navegação e comércio exterior do Brasil. Entre muitas novidades da edição está a mudança da sede de Chapecó para Joinville e o patrocínio do Porto Itapoá e pelas empresas armadoras Hamburg Süd e Aliança Navegação e Logística. O evento vai unir as cadeias de logística, transporte multimodal, comércio exterior e intralogística.
TRANSPORTES INTERNACIONAIS
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TRANSPORTE MARÍTIMO FCL E LCL
23 anos de história. 05 anos de Brasil.
TRANSPORTE AÉREO BLU ITAJAÍ - SC
PRESENÇA NO MAIOR COMPLEXO PORTUÁRIO DO ESTADO DE SANTA CATARINA ATENDIMENTO LOCAL ESTRUTURA GLOBAL
PANAMÁ Cidade do Panamá, Colón (Free Zone), Cocosolito e Aeroporto Internacional de Tucumen.
CHINA Shanghai, Pequim, Ningbo, Chongqing, Qingdao, Tianjin, Shenzen e Xiamen.
ARGENTINA Buenos Aires.
HONG KONG Hong Kong. MÉXICO Cidade do México, Monterrey e Guadalajara. EQUADOR Quito e Guayaquil. URUGUAI Montevideo.
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ESTADOS UNIDOS Chicago, Greensboro, Los Angeles, Memphis, Miami, New River Valley,Richmond e St. Louis . Representantes comerciais em Raleigh, Dallas, Columbus. COLÔMBIA Bogotá, Medellín, Cali, Barranquilla, Cartagena, Pereira, Buenaventura, Ibagué, Pasto, Bucamaranga e Sincelejo.
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NOVOS TEMPOS: A INDÚSTRIA E A LOGÍSTICA TECNOLÓGICA A ADOÇÃO DE INTERNET DAS COISAS PELA INDÚSTRIA BRASILEIRA ESTÁ MAIS ACELERADA. SOLUÇÕES AJUDAM O SETOR LOGÍSTICO A SER MAIS EFICIENTE E COM MENOR CUSTO Definitivamente o mundo, a indústria e a logística não são mais os mesmos. O grande volume de informações, a necessidade de obter maior agilidade nas transações, as demandas de redução de custos e aumento da produtividade fazem com que, cada vez mais, a tecnologia seja essencial para os processos logísticos. Com isso, diferentes soluções são desenvolvidas, buscando automatizar e aprimorar a gestão. Dados da Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII) apontam que a adoção de IIoT (internet das coisas) pela indústria brasileira está mais acelerada no primeiro semestre deste ano e a entrada de novos associados à ABII comprovam o aumento do interesse das empresas pelo assunto. No total, são hoje 50 companhias associadas. Destas, 18 entraram no primeiro semestre deste ano. “A adoção de internet industrial têm sido pauta das indústrias já há algum tempo, porém, na primeira metade deste ano percebemos que o ritmo acelerou e o tema tem sido colocado como uma estratégia para o negócio”, comenta o presidente da ABII, José Rizzo. Uma das principais iniciativas da entidade é a condução dos chamados testbeds, que são experimentos controlados nos quais soluções de internet industrial são desenvolvidas e testadas em um ambiente que si16
mula condições do mundo real e exploram o uso de tecnologias novas e existentes funcionando conjuntamente em um cenário inédito. Para a empresa catarinense Krona Tubos e Conexões, a IIoT já é uma realidade e não há como deixar de trilhar esse caminho. Edson Fritsch, superintendente industrial da companhia, comenta que a empresa busca melhorar sua eficácia industrial para criar e manter uma vantagem competitiva no mercado em que atua. “Entendemos a importância e a abrangência da IIoT e sabemos que é um longo caminho, razão pela qual aderimos ao movimento e já estamos trabalhando no levantamento e priorização das oportunidades”, diz. POTENCIAL DE CRESCIMENTO No Brasil, o mercado de internet industrial das coisas movimentou US$ 1,35 bilhão em 2016, sendo que a indústria automotiva e a manufatura foram as mais relevantes, de acordo com estudo da Frost & Sullivan. Com grande potencial de transformação, especialistas estimam que esse mercado movimentará cerca de US$ 15 trilhões nos próximos 15 anos, promovendo ganhos consideráveis de eficiência e produtividade, atuando também na redução de custos, consumo energético e uso de materiais.
A transformação digital engloba tecnologias emergentes como inteligência artificial, nuvem, analytics, robótica avançada e internet das coisas. A aplicação isolada ou combinada dessas tecnologias está criando novos modelos de negócio e tornando outros obsoletos – é nesse contexto que avança a internet industrial –, conectando equipamentos e máquinas que, até então, operavam isoladamente e gerando grande volume de dados em tempo real. O tratamento dessa massa de dados por softwares de análise gera informações capazes de criar ganhos de eficiência e vantagens competitivas acentuadas para as empresas de diversos setores, como agronegócios, manufatura, geração de energia, cuidados com a saúde e transporte. LOGÍSTICA CONECTADA Na logística, as vantagens são cada vez mais evidentes. De acordo com um novo estudo global da Inmarsat – empresa líder mundial de comunicações móveis por satélite – a internet das coisas industrial deverá fornecer uma contribuição considerável para a economia global até 2023. Segundo o estudo, as organizações, em toda a cadeia global de suprimentos, esperam que a IIoT aumente em 10% suas receitas anuais em até cinco anos. Esses resultados mais recentes surgiram da edição de 2018 do programa de pesquisa da Inmarsat para as tendências da IIoT, para o qual a especialista em pesquisa de mercado Vanson Bourne entrevistou 750 empresas com um faturamento conjunto de US$ 1,16 trilhão em todo o mundo. Os entrevistados foram selecionados de uma ampla gama de setores como o agrícola, de energia, marítimo, de mineração e de transporte.
NO BRASIL, O MERCADO DE INTERNET INDUSTRIAL DAS COISAS MOVIMENTOU US$ 1,35 BILHÃO EM 2016, SENDO QUE A INDÚSTRIA AUTOMOTIVA E A MANUFATURA FORAM AS MAIS RELEVANTES, DE ACORDO COM ESTUDO DA FROST & SULLIVAN setor de transporte e logística é extremamente importante para a economia do Brasil. As empresas que atuam nessa vertical necessitam de tecnologias que garantam gestão das suas operações de maneira ágil, estável e segura”, obvserva Rafael Teles, executivo de contas da Mandic Cloud. Em alguns casos, as vantagens da tecnologia vão além de custos e produtividade, estendendo-se para o meio ambiente. Para ajudar empresas a defi-
A cadeia de fornecimento global tem se mostrado cada vez mais dependente da conectividade móvel para garantir que os dados sejam fornecidos em todos os pontos, assegurando a continuidade dos processos de negócios de missão crítica. A rede de satélites geoestacionários da Inmarsat, por exemplo, atua com contínua cobertura móvel, eliminando o tempo de inatividade ao alternar entre redes de satélite para garantir uma coleta contínua de dados na cadeia de fornecimento global. NOVO MOMENTO Atentas ao novo momento, fornecedores da área de tecnologia ganham mercado com lançamentos de produtos e serviços que atendam a demanda do setor. A Mandic Cloud Solutions, líder em gerenciamento de cloud corporativo no Brasil, por exemplo, anunciou recentemente a parceria com a Signa Consultoria e Sistemas, especializada no desenvolvimento de sistemas voltados para gestão dos processos de transportes, para ampliar sua atuação no mercado logístico. A parceria consiste em implementar o Sistema de Gerenciamento de Transporte (TMS) da Signa já hospedado na estrutura de data centers da Mandic. Atuando sob o conceito de solução completa, a plataforma une os benefícios de gestão do software da Signa, como otimização de processos, controle de custos, gerenciamento de frotas e embarcações. “O 17
INFORMATIVO DOS PORTOS /
nirem o planejamento de rotas mais adequado, o número de veículos que fará as viagens, o que transportar em cada um e o acompanhamento em tempo real na operação logística, a TOTVS lançou no primeiro semestre o R2, solução que une dois importantes “R’s” para a atividade logística: a roteirização e o rastreamento. A solução se propõe a colocar um planejamento inteligente em prática. Baseando-se em algoritmos e simulações, ele sugere a sequência de entrega mais correta, combinando produtos, endereços e arranjo de frota por meio de uma lógica matemática. Os resultados obtidos ficam em torno de até 20% de redução no número de veículos utilizados e de cerca de 15% nas distâncias totais percorridas – o que leva a uma consequente diminuição no consumo de combustível e também na emissão de CO2 na atmosfera, além de uma queda de até 15% no custo logístico total. “Quando se fala em logística de distribuição, a pressão por menores prazos de entrega é altíssima. Contudo, essa é apenas a ponta da operação. O gestor precisa olhar para o todo, em busca de maior eficiência em todas as suas rotinas”, explica Angela Gheller Telles, diretora dos segmentos de Manufatura e Logística da TOTVS. TEMA DA LOGISTIQUE
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Somente em Santa Catarina, o setor já representa 5,6% do PIB do estado e coloca os municípios de Florianópolis (4º), Blumenau (5º) e Joinville (7º) entre os primeiros colocados no ranking de faturamento nacional. As soluções para o setor logístico nacional ganharão um espaço especial na edição 2018 da Feira Logistique, a segunda maior do segmento no país, entre os dias 23 e 25 de outubro na Expoville, em Joinville. “Não existe mais sobrevivência sem o uso de tecnologias. O desafio é torná-las aplicáveis em sua totalidade, gerenciáveis e muitas vezes conseguir viabilizá-las”, destaca Leonardo Rinaldi, diretor da Logistique. Marcas como M&O Sistemas, GKO Informática, Gestran Software de Transportes, Capo Tecnologia e Serviços de Engenharia, Opentech, Dotse Desenvolvimento e Comércio de Software e Logcomex são alguns dos nomes que já confirmaram participação no evento, apresentando soluções como serviços em nuvem que apoiem a relação embarcador-transportador-destinatário, gerenciamento de frotas, carga e descarga automatizada de caminhões, entre outras soluções. Pensando na importância de estimular a promoção e difusão da tecnologia, o espaço TI Display será uma área para exposição com investimento reduzido e com estrutura completa para empresas e startups. Para participar desse espaço, as empresas devem atuar exclusivamente nas áreas de logística, intralogística, transporte multimodal de cargas e comércio exterior. “As startups têm apresentado cada vez mais soluções inovadoras para esse segmento. Assim, conseguiremos reunir uma maior oferta de soluções aos visitantes, para as mais variadas necessidades tecnológicas”, destaca Rinaldi. g
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INFORMATIVO DOS PORTOS /
REFORÇO NA FROTA
ALIANÇA NAVEGAÇÃO BATIZA NOVO REBOCADOR DE ÚLTIMA GERAÇÃO Embarcação integra uma série de sete novos equipamentos adquiridos pela companhia, que deve receber os dois últimos até o final de 2018
O “Aliança Levante”, rebocador portuário produzido no Estaleiro Detroit do Brasil, em Itajaí, é a quinta embarcação do segmento incorporada à frota da Aliança Navegação e Logística. O rebocador integra uma série de sete novos equipamentos adquiridos pela companhia, todos de última geração, com 32 metros de comprimento e capacidade de tração estática de 70 toneladas bollard pull. Os quatro últimos da série possuem um nível superior de automação (classe ‘Automatic Bridge Centralized Control Unmanned’), permitindo que os controles do sistema de propulsão sejam inteiramente comandados e monitorados pelo passadiço. A empresa deve receber as duas últimas embarcações até o final de 2018. Para Martin Susemihl, diretor executivo da Aliança, rebocadores modernos oferecem mais versatilidade e segurança nas operações. “Eles têm mais tecnologia embarcada e irão atuar em diversos portos brasileiros para apoio portuário, assistindo atracações de navios de diversos armadores, entre eles Maersk, Hamburg Süd e Aliança. Os primeiros já estão em Santos e Itapoá”, informa. 20
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INFORMATIVO DOS PORTOS / REFORÇO
NA FROTA
Para batizar o “Aliança Levante”, a companhia escolheu Rosilene Carvalho de Senna como madrinha. Rosi, como é carinhosamente chamada por todos, ingressou na Aliança em 1986 como programadora. Passou pelos departamentos Financeiro, Documentação e Controladoria, até chegar à gerência da área de Recursos Humanos, na qual atua desde 2012. Para celebrar o momento, ela foi à cerimônia acompanhada do marido, Luís, e dos filhos Lucas e Clara. g
A MELHOR OPÇÃO EM LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS RODOVIÁRIOS
O NOME LEVANTE O “Levante é uma homenagem a um tipo de vento que sopra do leste, próprio das ilhas Baleares, um arquipélago do Mediterrâneo ocidental, e do sudeste da Península Ibérica. Caracteriza-se por ser úmido e suave. Além do “Aliança Levante, outros quatro rebocadores já foram batizados. São eles: “Aliança Minuano”, “Aliança Aracati”, “Aliança Pampeiro” e “Aliança Mistral”.
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DE TRADIÇÃO NA LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS RODOVIÁRIOS
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AUMENTAMOS A NOSSA PRODUTIVIDADE. E A LUCRATIVIDADE DE NOSSOS CLIENTES. Maior terminal de contêineres do Sul do país, e o único com integração ferroviária, o TCP é responsável por um dos maiores programas de investimentos no setor portuário privado do Brasil. Com a ampliação do cais de atracação e dispondo dos mais avançados equipamentos voltados à movimentação de cargas, o TCP ampliou a capacidade do terminal e está preparado para receber os maiores navios porta-contêineres que atuam na América Latina. Na prática, isso significa muito mais agilidade e lucratividade para os negócios de nossos clientes.
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ENTREVISTA ANA CLÁUDIA DIAMANTINO,
COORDENADORA DE RH DA PANALPINA BRASIL “O colaborador precisa identificar-se com a empresa” Flexibilidade nas relações de trabalho, incentivos ao crescimento profissional e proximidade com os colaboradores fazem a diferença na Panalpina Brasil, uma das maiores operadoras logísticas do país. Desde o final do ano passado, Ana Cláudia Diamantino é a responsável por coordenar o departamento de Recursos Humanos da empresa e trazer novas experiências aos profissionais da companhia. Após mais de 20 anos de atuação no mercado financeiro – com passagens por instituições como Banco Fiat e Banco Itaú, somadas às diversas especializações que possui na área pela Fundação Getúlio Vargas, London Business School e Fundação Dom Cabral – a executiva fez sua estreia no setor logístico disposta a inovar na política de Recursos Humanos, enriquecer a experiência dos profissionais da empresa e aprimorar a relação entre eles. Entre as iniciativas implementadas está a adoção de um programa que permite a flexibilização da carga horária. Confira a entrevista que ela concedeu com exclusividade à revista Informativo dos Portos:
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Informativo dos Portos: Quais os principais desafios no campo da gestão de pessoas na atualidade? Ana Cláudia Diamantino: A forma de trabalhar está mudando e rápido. Um dos desafios na gestão de pessoas é saber identificar quais são as novas competências necessárias para funções já existentes e as que ainda estão por vir. Outra coisa importante é conseguir adaptar os processos e ferramentas de gestão para ciclos mais curtos, que façam mais sentido para quem está sendo avaliado. Temos também o desafio de liderar e transformar essa liderança em inspiração para os profissionais que precisam de mais autonomia, de identificação com seu trabalho, que são inquietos e que querem conhecer coisas novas. E por fim, o desafio de criar um ambiente que proporcione oportunidade de carreira, fator que, seguido de perto pela remuneração, é o principal atrativo quando falamos da busca por jovens talentos. Informativo dos Portos: Qual a principal diferença entre o “empregado do século XX” e o “colaborador do século XXI”? Ana Cláudia: A necessidade de encontrar um significado, um propósito em
XXIV Fórum
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18 a 20. Setembro Tivoli Mofarrej - SP 25
ENTREVISTA A FORMA DE TRABALHAR ESTÁ MUDANDO E RÁPIDO. UM DOS DESAFIOS NA GESTÃO DE PESSOAS É SABER IDENTIFICAR QUAIS SÃO AS NOVAS COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS PARA FUNÇÕES JÁ EXISTENTES E AS QUE AINDA ESTÃO POR VIR.
seu trabalho. O colaborador hoje não quer apenas trabalhar e ser reconhecido. Ele precisa identificar-se com a empresa e com a sua própria atividade do dia a dia. Se esse alinhamento de propósito não ocorre, ele vai embora e parte para uma nova tentativa. Ninguém mais quer ficar vários anos fazendo a mesma coisa, sem estar alinhado com o que se acredita. Hoje sabemos que as gerações Y e principalmente a Z já não dividem mais suas vidas em “pessoal” e “profissional”. A nova concepção é de que é tudo uma coisa só, ou seja, se ele não se identifica com a empresa ou não entende uma evolução em sua carreira é como se sua vida como um todo não fizesse sentido. Informativo dos Portos: Em um setor como o logístico, o que precisa ser observado na hora de implantar um novo modelo de relação de trabalho, como o da flexibilização de horários? É possível implementar tal modelo em todas as áreas da empresa? Ana Cláudia: Cada área tem uma necessidade de disponibilidade para que o negócio não seja impactado. Em algumas áreas você precisa estar disponível durante o expediente bancário, em outras de acordo com o fuso horário de outros países, e em outras de acordo com a chegada ou partida de cargas. A flexibilidade só funciona se apoiar o negócio da área em questão. Eventualmente, não é possível flexibilizar todas as áreas e quem atua nesses setores, em especial, sabe bem como é e entende que não dá para promover essa flexibilização. Informativo dos Portos: Quais os benefícios da flexibilização da carga horária e das férias em uma empresa como a Panalpina? Ana Cláudia: A flexibilização no horário de entrada e saída dos colaboradores dá a eles mais autonomia para organizar o dia. Em relação às férias, fica muito mais fácil adaptar-se aos calendários escolares, por exemplo. Fica mais fácil também para quem gosta de tirar períodos menores, mais vezes ao ano do que 30 dias corridos. Vale também ressaltar o ganho na qualidade de vida dos colaboradores, em especial dos alocados nas grandes cidades onde, independentemente do meio de transporte escolhido, dificilmente você conseguirá se comprometer com um horário fixo, deixando você com apenas duas opções: chegar adiantado ou chegar atrasado. A flexibilidade resolve essa questão, promovendo qualidade de vida (tempo) para este colaborador, além da mensagem de confiança e autonomia. Informativo dos Portos: Uma das ações de maior destaque é a aproximação do presidente da empresa com os colaboradores? De que forma isso acontece e o que se observa de positivo na experiência? Ana Cláudia: O nosso presidente, Marcelo Caio, sempre foi uma pessoa muito próxima, aberta e acessível. A diferença agora é que a gente criou um momento em que as pessoas podem interagir com ele por algumas horas, sem pauta definida, trazer sugestões, críticas, elogios. Falar sobre trabalho ou sobre assuntos pessoais. Começamos com reuniões em nossa sede, em São Paulo, e agora estamos levando a iniciativa também para as outras unidades da companhia ao redor do país, como Curitiba, Itajaí e Porto Alegre. Ela também funciona como um “termômetro” do clima organizacional, uma prévia da pesquisa de engajamento que realizamos todos os anos.
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EDIÇÃO
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INFORMATIVO DOS PORTOS /
ENTREVISTA
Informativos dos Portos: Outra iniciativa é o projeto de desenvolvimento de lideranças, com o intuito de formar novos gestores para os negócios da empresa. Quais são os critérios de avaliação? Ana Cláudia: Estamos trabalhando em diferentes conteúdos voltados aos gestores ao longo do ano, como o 1º Encontro de Líderes da Panalpina Brasil, realizado recentemente, em que trouxemos gerentes de todo o país para um dia de treinamentos em São Paulo. Além disso, temos também um comitê de negócios que se reúne mensalmente. O presidente da empresa se encontra com os diretores e gestores nacionais para discutir novas estratégias. A cada sessão, um líder regional ou de algum departamento em especial é convidado para participar, com o objetivo de contribuir com sugestões e novas ideias. Tudo isso faz parte do desenvolvimento de novas lideranças. Informativo dos Portos: Há casos de colaboradores que tenham sido promovidos para trabalharem em outras unidades ao redor do mundo? Ana Cláudia: Em todo o mundo existe um forte incentivo para a movimentação interna. Todas as vagas da Panalpina são disponibilizadas em um site interno e qualquer colaborador pode se inscrever. Temos vários exemplos de colaboradores transferidos do Brasil para os Estados Unidos e também para a Europa. Em um desses casos, um de nossos especialistas em implementação de negócios de São Paulo foi promovido para trabalhar na sede global da companhia, na Suíça. Reter o talento interno é parte fundamental da cultura de gestão da Panalpina. Informativo dos Portos: Há mais alguma iniciativa planejada no que se refere à gestão de recursos humanos para este ano que você possa adiantar? Ana Cláudia: Estamos trabalhando em um projeto que busca dar mais transparência e clareza aos colaboradores sobre as carreiras e possibilidades de crescimento na Panalpina Brasil. Esse projeto mapeia as posições de todas as áreas e vai mostrar de forma gráfica quais os caminhos que você pode fazer para crescer na sua própria área ou em outro departamento. Talentos buscam oportunidades de carreira e trazer esta transparência é fundamental. Informativo dos Portos: Quais as diferenças na gestão de pessoas entre a área financeira e o mercado logístico? Onde o primeiro contribui com o segundo? Ana Cláudia: Costumo dizer que gente é gente em qualquer lugar. Todos precisam estar alocados nas atividades que explorem melhor seu potencial, ter clareza sobre o que é esperado deles, ter autonomia para tomar decisões e ser adequadamente incentivados e reconhecidos. Nesse sentido, as semelhanças entre quaisquer segmentos da indústria são muito grandes. Naturalmente, quando se está dentro do setor financeiro há o acesso a algumas particularidades, como em questões de inovações, em que se aprende muito e pode levar o conhecimento adquirido para qualquer outro setor tranquilamente. g 28
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INFORMATIVO DOS PORTOS / SUL
DE SANTA CATARINA
PORTO DE IMBITUBA MOVIMENTAÇÃO DEVE CHEGAR A 5 MILHÕES DE TONELADAS Integrante do seleto grupo de portos da América Latina habilitados a receber navios de contêineres da Ásia, porto quer ampliar a oferta para Europa e EUA
O Porto de Imbituba, no Sul de Santa Catarina, projeta encerrar 2018 com movimentação recorde de 5 milhões de toneladas. De acordo com Osny Souza Filho, diretor-presidente da SCPar Porto de Imbituba, desde que a SCPar assumiu a administração do complexo portuário, no final de 2012, o porto vem anualmente investindo na melhoria da oferta de infraestrutura para a movimentação de cargas. Do total movimentado no porto, 18% correspondem a contêineres. Há seis anos, Imbituba movimentava cerca de 14 mil TEUs/ano, enquanto no ano passado o volume foi de 49.166 TEUs, ou seja, um aumento superior a 250%. Agora, a previsão é chegar a 75 mil unidades até o final de 2018. A capacidade operacional do porto, no entanto, é de movimentar 500 mil contêineres/ano sem a necessidade de novos investimentos em equipamentos. Segundo Osny, para fazer frente ao aumento da concorrência no setor portuário nacional, a administração do porto está constantemente prospectando novos negócios. Integrante do seleto grupo de portos da América Latina habilitados a receber navios de contêineres da Ásia,
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Imbituba quer ampliar também a oferta de linhas para a Europa e os Estados Unidos, além de prospectar novas cargas como toras de madeira, que têm a China como um dos principais clientes. Com previsão de investir entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões com recursos próprios em 2019, uma das metas da administração é melhorar a infraestrutura do berço 3. Atualmente, a profundidade no canal de acesso de 17 metros e a capacidade de receber navios com calado até 14,5 metros é um dos grandes diferenciais competitivos de Imbituba. O porto também é o destino final da Ferrovia Tereza Cristina, que atende parte do sul de Santa Catarina com o transporte de contêineres. As demais conexões logísticas, como a BR 101-Sul duplicada e a rodovia de acesso ao porto, recentemente recuperada, também contribuem para o fortalecimento da movimentação no Porto de Imbituba. De acordo com Osny, a cidade se beneficia dessas conquistas. “Se o porto vai bem, a cidade vai bem”, acrescenta. O repasse médio mensal de Imposto Sobre Serviços (ISS) do porto gira em torno de R$ 600 mil, sem considerar outros impostos agregados.g
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INFORMATIVO DOS PORTOS /
COMÉRCIO INTERNACIONAL
EMPRESAS CATARINENSES APOSTAM NO AUMENTO DAS EXPORTAÇÕES Análise do Comércio Internacional da Fiesc mostra que 90% das empresas catarinenses apostam em crescimento das vendas externas em 2018 e 2019 As exportações catarinenses tendem a aumentar entre 2018 e 2019 para 90% das empresas catarinenses, conforme mostra a Análise do Comércio Internacional, elaborada pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). A pesquisa mostra que, na comparação dos valores exportados em 2017 com o ano anterior, 61% das companhias ouvidas registraram crescimento, 49% aumentaram os embarques acima de 10% e 12% afirmam que tiveram alta de até 10%. Conforme a análise, um fator que possivelmente tenha influenciado esse incremento substancial é o câmbio favorável às exportações.
tinua sendo uma bandeira das empresas. “Santa Catarina continua dando demonstração clara de investimento pelas empresas no comércio internacional e a participação das pequenas e médias vem acompanhando esse crescimento”, explica. Ela chama a atenção para o esforço que é feito para intensificar a internacionalização, especialmente das pequenas e médias empresas. “O foco é na educação empresarial, com a criação de uma cultura voltada ao comércio internacional, formação de alianças estratégicas e identificação de mercados que sejam promissores para distribuir produtos e fazer parte de cadeia de valor agregado internacional”, completa.
Para 53,4% das empresas pesquisadas, a expectativa é que o incremento dos embarques ocorra pelo aumento na participação dos mercados em que já atuam, ou seja, pela ampliação do market share. Enquanto isso, para 36,4% das companhias, a ampliação ocorrerá por meio de vendas para novos mercados. Somente 10% não estimam incremento das exportações no período.
COMPOSIÇÃO FINANCEIRA
Em relação ao percentual de participação dos valores das exportações no faturamento das empresas em 2017, 34% informaram que os embarques representaram 5% do faturamento; 20% responderam que as vendas externas geraram entre 11% e 30% do faturamento, e outras 20% disseram que as exportações estão acima de 50% do total de vendas. A presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc, Maria Teresa Bustamante, ressalta que a pesquisa mostra claramente que a exportação con-
Comparativamente a 2016, a maioria das empresas informou que a participação dos valores das exportações no faturamento de 2017 se manteve estável (44% dos respondentes), 46% tiveram crescimento nessa participação; sendo que 28% obtiveram aumento acima de 10%, o que representa um bom desempenho, se levado em consideração o baixo crescimento econômico do Brasil no período. A análise observa que as empresas buscaram na exportação uma alternativa de crescimento de suas vendas. O documento também informa que 70% das companhias consultadas mantiveram regularidade de suas exportações nos últimos cinco anos, dado considerado expressivo e que mostra uma forte cultura exportadora, dada a relevância das operações de vendas ao exterior para as empresas.g
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INFORMATIVO DOS PORTOS / CADEIA
LOGÍSTICA
GRUPO NELSON HEUSI COMPLETA 85 ANOS DE HISTÓRIA Empresa catarinense está prestes a dar mais um passo importante no mercado, com a abertura de unidade em Manaus e outra na Argentina
Uma história feita por muitas histórias. Assim é o Grupo Nelson Heusi, que em 2018 completa 85 anos de fundação. Seu fundador, Nelson Seara Heusi, foi o primeiro despachante aduaneiro de Santa Catarina, nomeado pelo então presidente da República, Getúlio Vargas, em 1933. A história que começou a ser escrita pelo empreendedor que idealizou um sonho e, com dedicação, o transformou em realidade, atualmente é escrita pelo presidente, Nelson José Heusi (neto do fundador), que tem ao seu lado o filho Marcos Rodi Heusi (bisneto de Nelson Seara Heusi). A empresa, que está na quarta geração, tem 16 escritórios em diferentes estados do Brasil e atua também nas áreas de logística internacional e transportes. Os escritórios espalhados em praticamente todas as regiões do país dotaram o grupo de uma estrutura ampla, que permite a realização de atendimento com equipe própria nas localidades onde atua. Além disso, a empresa investe em tecnologia da informação com o objetivo de aprimorar, cada vez mais, a qualidade em atendimento e capacidade operacional. Outro destaque é a qualidade do desempenho dos colaboradores, contratados conforme a sua especialidade e posteriormente lapidados por meio do plano de carreira desenvolvido pelo próprio departamento de RH do Grupo. Além da importância história, o Grupo Nelson Heusi é estratégico para o desenvolvimento do transporte marítimo e rodoviário nacional. Com investimentos constantes em modernização e expansão, a expectativa da empresa é manter o crescimento a uma taxa média anual de 30% até 2020. Atuando com outsourcing (BPO), frete nacional e internacional, armazéns gerais e liberação aduaneira, o grupo possui soluções para toda a cadeia logística de importadores e exportadores. Neste ano, a Nelson Heusi dará mais um passo importante, com a abertura da unidade de Manaus, localidade que possui um enorme potencial operacional para o Grupo, e também a primeira unidade internacional na Argentina. “A inclusão desse novo mercado faz parte do plano de expansão da empre-
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sa”, explica o presidente do Grupo Nelson Heusi. Com um quadro de 280 colaboradores e 25 mil contêineres liberados por mês, em um universo de 7 mil processos/mês, ele destaca que o crescimento constante é fruto da parceria que o Grupo estabelece com seus clientes e também reflexo da busca pela qualidade de seus produtos. A história da Nelson Heusi também pode ser contada pela evolução das cargas transportadas no sistema portuário nacional. Quando o fundador começou a atuar na área, o Porto de Itajaí, por exemplo, movimentava apenas cargas gerais, em navios com guindaste próprio. A evolução na área de comércio exterior é constante e o Grupo mantém preocupação em se manter na vanguarda do setor. “Hoje contamos com departamento de relações governamentais, equipe dedicada em participar ativamente junto a entidades que fomentam a evolução do Comex nacional. Participar ativamente é extremamente importante para nós e gera reflexos positivos para as operações de nossos clientes”, finaliza Nelson Heusi. g
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Esses são fundamentos que fazem do Grupo Jan De Nul um sucesso fenomenal. Graças a funcionários altamente capacitados e a mais moderna frota, o Grupo jan De Nul é o maior especialista em atividades de dragagem e construção naval, bem como em serviços especializados para a indústria offshore de petróleo, gás e energia renovável. A combinação das atividades de engenharia civil e ambientais torna o Grupo completo. Jan De Nul do Brasil Dragagem Ltda Av. das Américas, 3500, Edifício Londres, Bloco 1, Salas 515 e 516 22640-102 Barra da Tijuca, Rio de Janeiro - RJ I Brazil T +55 21 2025 18 50 I F +55 21 2025 18 70 I E brasil.office@jandenul.com
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INFORMATIVO DOS PORTOS /
PROFISSÕES & CARREIRA
OCEANÓGRAFOS CELEBRAM 10 ANOS DE REGULAMENTAÇÃO PROFISSIONAL Julho de 2018 marcou uma década da conquista mais importante da categoria, que cada vez mais insere conhecimentos técnicos em ambientes portuários
A Atlântico Sul Consultoria oferece aos seus clientes soluções criativas e inovadoras para o desenvolvimento de projetos de engenharia e estudos ambientais para os setores portuário, de transporte marítimo e hidroviário, náutico e costeiro. Na área de Engenharia a Atlântico Sul é especializada na elaboração de projetos de dragagem e derrocagem, projetos de engenharia portuária e costeira e na prestação de serviços de fiscalização e gerenciamento de obras. Na área de Meio Ambiente a Atlântico Sul destaca-se na realização de estudos de oceanografia costeira e geologia litorânea, estudos de viabilidade, modelagem numérica computacional e manejo de material contaminado em ambientes aquáticos.
O mês de julho foi de comemoração para os oceanógrafos brasileiros. No dia 31, eles celebraram 10 anos da regulamentação da sua profissão, uma luta que levou mais de 30 anos, com a sanção da Lei 11.760, e que envolveu um grande contingente de profissionais, muitos deles intimamente ligados ao setor portuário. É cada vez maior o número de oceanógrafos envolvidos em programas ambientais desenvolvidos em portos e terminais. Também tem sido muito comum a participação desse profissional em projetos de dragagem e derrocagem, simulações de navegação, implantação de sistemas de oceanografia operacional, entre outros de não menos importância nas operações portuárias. “A complexidade da formação de um oceanógrafo envolve uma diversificada gama de conhecimentos interdisciplinares e aspectos importantes para o setor portuário, que lida diariamente com as intempéries oceanográficas e meteorológicas, sem aqui considerar os aspectos ambientais”, comenta o oceanógrafo Fernando Luiz Diehl.
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As empresas do Grupo Acquaplan, do qual Diehl é sócio fundador, são bons exemplos de como a oceanografia atua nesses ambientes. Desde 2004, as empresas vêm lidando com
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INFORMATIVO DOS PORTOS /
PROFISSÕES & CARREIRA
COMÉRCIO EXTERIOR SEM BARREIRAS
ESPECIALIZADA EM DESPACHO ADUANEIRO E LOGÍSTICA DE COMÉRCIO EXTERIOR o desenvolvimento de estudos de impactos ambientais para o licenciamento de obras de instalações e infraestrutura portuária e de estaleiros. “Entre nossos colaboradores, temos um grupo grande de oceanógrafos envolvidos nesses projetos, que são amplos e lidam desde o monitoramento ambiental, sob diversos aspectos, até dados específicos como os sistemas de oceanografia operacional, que preveem eventos climáticos extremos e contribuem com as operações logísticas de portos e terminais”, explica Diehl. SIMULAÇÕES DE MANOBRA Umas das competências dos oceanógrafos do Grupo Acquaplan que atuam na área portuária se concentra no Centro de Simulações Marítimas - Acquasim. Eles elaboram uma série de cenários de navegação em um moderno simulador. Obtido junto à conceituada empresa holandesa Force Technology, o equipamento viabiliza detalhes de qualquer ambiente portuário.
ENDEREÇO PRINCIPAL MAIN ADDRESS
Av. Ministro Victor Konder (Beira Rio), 370 Centro - Itajaí - SC.
ENDEREÇO OPERACIONAL SFS OPERATIONAL ADDRESS SFS
Alameda Ipiranga, 65 - Sl 02 Centro - São Francisco do Sul - SC.
ENDEREÇO COMERCIAL SP COMMERCIAL ADDRESS SP
Av. Francisco Matarazzo, 1752 - Sl 414 e 415 Perdizes - São Paulo - SP.
“Os conhecimentos em oceanografia física e navegação nos permitem disponibilizar, aos clientes, cenários reais de navegação e atracação, oferecendo eficiência nas operações de manobra em qualquer condição climática”, explica o sócio da Acquadinâmica e atual presidente da Associação Brasileira de Oceanografia (Aoceano), João Thadeu de Menezes. Em 2017, o simulador do Acquasim foi selecionado pela Diretoria de Portos e Costas da Marinha do Brasil como polo na região sul para a realização de cursos certificados para oficiais da Marinha Mercante. A seleção se deu pelo realismo virtual diferenciado em relação aos simuladores já existentes no Brasil. OCEANOGRAFIA OPERACIONAL Outra atribuição dos oceanógrafos do Grupo Acquaplan está nas operações do Simport (Sistema de Oceanografia Operacional), capaz de prever e monitorar ocorrências climáticas extremas, aprimorando o planejamento das operações portuárias e de navegação em qualquer ambiente costeiro. Sistemas de oceanografia operacional são fundamentais para a coleta de dados e a previsão de fenômenos meteorológicos e oceanográficos. O conhecimento em tempo real das condições das ondas, marés, correntes e ventos, bem como as ferramentas de previsão (modelos numéricos) permitem o planejamento e a execução de manobras de aproximação, atracação e desatracação de navios de maneira mais ágil, segura e eficiente, reduzindo os riscos e aumentando a segurança e o retorno financeiro das operações. g
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INFORMATIVO DOS PORTOS /
UMA NOVA EXPERIÊNCIA EM ITAJAÍ
EXPORTAÇÃO & IMPORTAÇÃO
EMPRESA DE LOGÍSTICA INTERNACIONAL CRESCE 42% EM EXPORTAÇÃO DE MADEIRA Dados do MDIC indicam que os produtos florestais ganharam espaço na pauta de exportações do agronegócio, superando setores como o de carnes
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A movimentação de produtos florestais intermediada pela Allog, empresa especializada em logística internacional, cresceu 42% em volume de contêineres no intervalo de janeiro a junho deste ano na comparação com o mesmo período de 2017. América do Norte, Europa e Ásia lideram a lista de continentes com maior presença de produtos florestais brasileiros movimentados pela empresa. Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) indicam que os produtos florestais, como papel, painéis de madeira e celulose, ganharam espaço na pauta de exportações do agronegócio do Brasil no primeiro semestre de 2018, superando setores como o de carnes. A empresa se destaca no segmento florestal, se posicionando entre os maiores agentes de cargas na exportação brasileira, conforme dados estatísticos Dataliner. “Nosso principal recurso é o conhecimento. E desta forma estamos sempre atentos para orientar e direcionar nossos clientes de acordo com as oportunidades, além de evitar potenciais riscos”, cita o gerente de desenvolvimento de negócios da Allog, Rodrigo Viti. BRASIL Entre janeiro e junho, as exportações da indústria de base florestal cresceram 34% em relação a igual período do ano anterior, somando US$ 5,5 bilhões. No período foram apurados avanços de 43,9% no segmento de celulose, 8% em painéis de madeira e 5,7% no papel. A representatividade do setor também cresceu no período, totalizando 4,8% da balança comercial brasileira e 11% da balança comercial do agronegócio. No acumulado de janeiro a junho, a balança comercial do setor ficou em US$ 4,9 bilhões, um crescimento de 37,5%. De acordo com dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), entidade que representa a cadeia produtiva baseada nas florestas plantadas, a maior demanda, especialmente da China, foi determinante para o resultado, ajudado também pela melhora nos preços internacionais e a valorização do dólar em relação ao real, que favorece o exportador.
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A China segue como principal mercado externo para celulose brasileira, com incremento de 40,2% em valor exportado no semestre, seguida pela Europa (+53,9%) e América do Norte (37,2%). Isso resulta em um aumento de 43,9% nos valores acumulados de negociação do produto com o mercado externo, na comparação da somatória deste primeiro semestre frente ao mesmo período de 2017. g
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INFORMATIVO DOS PORTOS /
ARTIGO
REVISÃO ADUANEIRA E CLASSIFICAÇÃO FISCAL por Wagner Antônio Coelho
Um dos institutos específicos do Direito Aduaneiro brasileiro consiste na revisão aduaneira, procedimento pelo qual a Aduana brasileira realiza a apuração da regularidade dos pagamentos e a exatidão das informações prestadas pelo importador/ adquirente na declaração de importação, após o desembaraço, no prazo de cinco anos contados da data do registro da declaração de importação. Dentre os temas mais fiscalizados nas revisões aduaneiras está a classificação fiscal das mercadorias. A utilização da correta classificação fiscal da mercadoria é importante para determinar os tributos envolvidos nas operações de importação e exportação, e de saída de produtos industrializados, bem como, em especial no comércio exterior, para fins de controle estatístico e determinação do tratamento administrativo, o que inclui a necessidade ou não de licença de importação. No caso das importações de mercadorias realizadas por pessoas físicas ou jurídicas no Brasil, estas devem seguir à classificação fiscal de acordo com a Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, celebrada em Bruxelas. O Sistema Harmonizado (SH) é um método internacional de classificação de mercadorias, baseado em uma estrutura de códigos e respectivas descrições, o qual segue às Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado (RGI) e às Regras Gerais Complementares (RGC), que também fazem parte da referida Convenção Internacional. Devem ser observadas ainda as Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH). No Brasil, a classificação fiscal de mercadorias está vinculada à Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), adotada no Mercosul desde a sua criação em 1995 e aprovada no Brasil em 1997. A estrutura da NCM é composta por um código de oito dígitos, dentre os quais, os seis primeiros são formados pelo Sistema Harmonizado,
enquanto o sétimo e oitavo dígitos correspondem a desdobramentos específicos atribuídos no âmbito do Mercosul. No entanto, verifica-se uma divergência na jurisprudência brasileira quanto à possibilidade de reanálise da classificação fiscal na revisão aduaneira. A grande maioria dos julgados entende pela impossibilidade de utilização desse procedimento nos casos em que a mercadoria foi parametrizada para os canais de conferência aduaneira, amarelo, vermelho ou cinza (hipóteses em que a autoridade aduaneira analisa a documentação fiscal e a verificação física da própria mercadoria), pois nesses casos a autoridade fiscal anuiu com as informações prestadas pelo importador. Ocorre que, em recentes julgados do Superior Tribunal de Justiça, o entendimento consistiu na possibilidade de reanálise da classificação fiscal, mesmo nos casos com conferência aduaneira documental e/ou física da mercadoria realizada pela Aduana. Segundo fundamentação, a revisão aduaneira permite que o Fisco revisite todos os atos celeremente praticados no primeiro procedimento – conferência aduaneira durante o processo de despacho aduaneiro –, e, acaso verificada a hipótese de reclassificação, efetuará o lançamento de ofício previsto no art. 149, do CTN. Importante ressaltar que o posicionamento do STJ se baseia em situações fáticas anteriores à utilização do Siscomex, com base nas disposições do Decreto nº 91.030/85 - RA/85, no qual o prazo para conclusão do despacho aduaneiro era de cinco dias, em total descompasso com as realidades da fiscalização moderna do atual comércio exterior brasileiro. Desse modo, observa-se ausência de um posicionamento sólido e pacífico adotado pelos Tribunais, que acompanhe a dinâmica do comércio exterior, para um tema extremamente importante para os importadores brasileiros.g
Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.
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GUIA DE SERVIÇOS
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Evento: Agille Challenges - O Futuro da Logística Data: 13 e 14 Setembro Local: Florianópolis/SC Mais informações: www.agileprocess.com.br Evento: XXIII Fórum Internacional Supply Chain & Expo - Logística Data: 18 a 20 de setembro Local: São Paulo/SP Mais informações: www.forum.ilos.com.br
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Evento: 107ª Convenção Anual da AAPA Data: 7 a 10 de outubro Local: Valparaiso - Chile Mais informações: www.aapavalparaiso2018.com Evento: Logistique – Feira de Logística e Negócios Multimodal Data: 23 a 25 de outubro Local: Joinville/SC Mais informações: www.logistique.com.br Evento: Cidesport - Congresso Internacional de Desempenho Portuário Data: 30 de outubro a 1 de novembro Local: Florianópolis/SC Mais informações: www.cidesport.com.br
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INFORMATIVO DOS PORTOS / 24 A EDIÇÃO
2018
Foco em qualidade Qualidade é um valor presente em todas as nossas operações. Sua origem está em nosso treinamento contínuo e rigoroso. Todos os indicadores-chave de performance são monitorados de perto, incluindo – pontualidade, velocidade e precisão na expedição de documentação, segurança no ambiente de trabalho e responsabilidade ambiental. Possuímos Certificação ISO / ISM completa – de modo geral atuando acima e além dos parâmetros estabelecidos, com uma coleção de prêmios como testemunhas de nossa busca pela excelência. Qualidade nós temos. Isso significa que você também terá!
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