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SUPLEMENTO AGRO NEWS
INFORMATIVO DOS PORTOS / Suplemento AGRO NEWS
Preço do frete marítimo para exportar frutas aos EUA aumenta 175%
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Apesar dos desafios enfrentados pelos exportadores brasileiros,vendas registraram aumento de 2% em volume em relação ao início de 2021
A guerra entre Rússia e Ucrânia e a crise na logística internacional, com a falta de navios e contêineres, vem prejudicando o comércio internacional de frutas, com o reflexo no preço do frete. Se no ano passado era preciso pagar US$ 4 mil para embarcar um contêiner de frutas para os Estados Unidos, hoje esse preço pode chegar a US$ 11 mil, o que representa uma alta de 175%.
Apesar dos diversos desafios enfrentados pelos fruticultores e exportadores brasileiros nos primeiros meses do ano, as exportações de frutas registraram aumento de 2% em volume comparados ao mesmo período do ano anterior. O volume total de frutas frescas enviadas ao exterior até agora foi de 250 mil toneladas. Em valor não houve acréscimos, foram contabilizados os mesmos valores do ano anterior, com faturamento de US$ de 196 milhões.
Melão, limão, manga e melancia foram as frutas que mais registraram embarques de janeiro a abril de 2022. Apesar do aumento de apenas 4% em volume nas exportações de melão, foram enviados para o mercado internacional cerca de 76 mil toneladas da fruta, com faturamento de US$ 47,1 milhão. O limão registrou aumento de 20%, com envio de quase 37 mil toneladas.
Esse aumento se deu por alguns pontos, dentre eles o mercado externo estava com preços mais atrativo que o interno. Além disso, países como México, Colômbia e Guatemala ficaram sem produção, abrindo espaço para o envio de mais limão brasileiro
Relatório elaborado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) aponta que o Estado de São Paulo é o maior produtor de frutas do Brasil. A produção paulista foi de 18,11 milhões de toneladas.
Apoio da Federação
Em recente visita às instalações da Pasa, em Paranaguá, o presidente da para o exterior. Outro ponto de destaque para este aumento se deu com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Carlos Valter Marabertura do mercado chileno no primeiro mês do ano, com envio das pritins Pedro, reafirmou seu apoio à indústria, destacando o apoio ao setor meiras cargas de limão taiti em fevereiro. portuário. Fruta mais exportada em 2021, a manga registrou aumento de 9% em vo“Não sabia que tínhamos índices de produtividade tão expressivos no Porlume no primeiro trimestre. Entretanto, as chuvas intensas que atingiram to de Paranaguá. Acredito que temos a responsabilidade de disseminar esa região do Vale do São Francisco, principal polo de produção, afetaram sas informações para a mentalização do industrial paranaense em relação diretamente na qualidade da fruta. Com qualidade baixa, houve queda de ao valor do nosso porto. Eu fiquei pessoalmente impressionado com a sua 8% no valor. eficácia. Isso nos motiva a valorar os investimentos que estão sendo feitos em relação à indústria do Paraná. A atividade portuária está na pauta da Outra cultura com produção prejudicada pela chuva foi a uva. Segundo os Fiep”, considerou o presidente da Federação. produtores, não há fruta no campo, consequentemente, o pouco tem sido escoado no mercado interno, o que resultou na queda 59% das exportaSegundo Paulo Meneguetti a expectativa é grande junto à atual gestão ções em volume e 61% no valor. da Fiep porque houve uma dinâmica na Federação consoante à retomada de crescimento nacional. “Entre as forças de defesa da indústria, a Fiep A maça também reduziu em 52% no volume e 56% em valor. A quebra de é uma trincheira muito importante para o setor industrial do Paraná. Nos produção por estiagem nas regiões produtoras de maçã foi um dos fatores cabe apresentar as demandas e buscar apoio para nossas necessidades, que resultaram na diminuição dos envios. A estiagem também provocou seja nas reformas em andamento, como a trabalhista, a fiscal ou a tributáredução no tamanho do fruto, o que prejudica as exportações. A guerra ria. O Brasil precisa ser passado à limpo e a Fiep tem poder para centralientre Rússia e Ucrânia e entraves logísticos foram também elementos que zar esse debate no Paraná”, frisou Meneguetti. contribuíram para este resultado. n
MAIOR PRODUTOR
Relatório elaborado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que o estado de São Paulo é o maior produtor de frutas do Brasil. A produção paulista foi de 18,11 milhões de toneladas (34,76% da produção nacional), mais que o triplo do segundo colocado, a Bahia, com pouco mais de 5 milhões de toneladas produzidas.
Ao se analisar os dados específicos de diferentes culturas, São Paulo também é o campeão em produção de abacate (163,16 mil toneladas), banana (1,12 milhão de toneladas), caqui (110,23 mil toneladas), figo (28,45 mil toneladas) e tangerina (390,39 mil toneladas). Mesmo as frutas em que não é líder, o estado ocupa boas posições, como é o caso da goiaba (segundo colocado, com 223,3 mil toneladas), manga (terceiro, com 259,12 mil toneladas), melancia (segundo, com 297,11 mil toneladas), pêssego (segundo, com 59,1 mil toneladas) e uva (terceiro, 184,5 mil toneladas). n A Pasa é especializada na movimentação e embarque de granéis sólidos. Nossa empresa encontra-se preparada para atender à crescente demanda da exportação de granéis sólidos,
originados do Paraná, como também
de outros estados, executando as atividades com a mais alta tecnologia de infraestrutura portuária, segurança e responsabilidade socioambiental.