Revista Informativo dos Portos 171

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INFORMATIVO DOS PORTOS

Edição nº 171- Ano XIII - Rua Samuel Heusi, 463 - Sala 205. The Office Business Center - Itajaí/SC 88301-320

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EDITORIAL A recente pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) só reforça o que já estamos cansados de saber: as condições físicas das rodovias federais brasileiras atrasam a economia e aumentam o tão temido Custo Brasil. O resultado do estudo realizado nas cinco regiões do país aponta que 64% das estradas apresenta problemas ligados a três itens considerados fundamentais: pavimento, sinalização e geometria da via. E que, quanto mais para o norte, pior fica a situação. Por falta de investimento histórico em outras formas de modais, o transporte rodoviário de cargas é responsável hoje por mais de 60% do volume de mercadorias movimentadas no Brasil. Para as empresas o deslocamento pelas estradas nacionais equivale a mais da metade da sua receita líquida, chegando a mais de 60% da receita na Agroindústria (62%) e entre as indústrias de alimentos (65,5%). A relação é em cadeia. Se não temos rodovias em boas condições de uso, gastamos mais – sem contar os atrasos nos prazos – para entregar o produto no destino final. A pesquisa aponta, por exemplo, que rodovias em estado precário de conservação aumentam o custo operacional do transporte em 25%. Todo o sistema logístico fica comprometido. Dados como este deixam ainda mais evidente a necessidade de o governo intensificar não somente os investimentos na melhoria das estradas, mas ajudar o país a deixar de ser refém exclusivamente do transporte sob rodas. A expectativa é que uma pesquisa como esta consiga sensibilizar para uma mudança de paradigma no país. Boa leitura!

Publicação: Perfil Editora Diretora : Elisabete Coutinho Diretora Administrativa: Luciana Coutinho Jornalista responsável: Luciana Zonta (SC 01317 JP) Reportagem: Adão Pinheiro e Luciana Zonta Fotos: Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem Projeto gráfico: Solange González Bock Diagramação: Elaine Mafra - (47) 3046.6156 (serviço terceirizado) Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.

ÍNDICE 08.

Sul do Brasil quer novas ferrovias operando em sete anos

10.

Terminais sentem o peso do novo custo da mão de obra portuária

16.

Rodovias brasileiras pedem socorro

28.

Indústria quer ampliar carteira de países para venda da carne suína

34.

Suplemento SEP

40.

Suplemento do Complexo Portuário de Itajaí

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PELO SEGUNDO ANO CONSECUTIVO A APM TERMINALS É ELEITA O OPERADOR DE TERMINAL PORTUÁRIO DO ANO. A APM Terminals foi nomeada pelo segunda vez consecutiva como o “Operador de Terminal Portuário do Ano” pela Containeristation International. A cerimônia de premiação aconteceu em Londres no dia 24 de outubro de 2013. O prêmio foi dado à APM Terminals em reconhecimento pela sensibilidade ambiental, pela qualidade dos seus serviços e é um reflexo da confiança de seus clientes.

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PRODUÇÃO DE PETRÓLEO

Nove plataformas devem entrar em operação até dezembro A capacidade instalada de produção totaliza 1 milhão de barris por dia. A meta para 2020 é atingir a produção de 4,2 milhões de barris

Presidenta Dilma Roussef

A Petrobras estima colocar nove plataformas em produção até o final deste ano. Será a primeira vez na história da estatal que este número de plataformas entrará em operação de forma quase que simultânea. A capacidade instalada de produção totaliza 1 milhão de barris por dia e a entrada em operação delas é considerada essencial pela empresa para conseguir dobrar sua atual produção e atingir a meta para 2020 de 4,2 milhões de barris de petróleo por dia, de acordo com a presidente da estatal petrolífera, Graça Fostes. Das nove unidades que entram em 2013, já estão em produção os FPSOs Cidade de São Paulo, Cidade de Itajaí e Cidade de Paraty. Outras duas unidades - os FPSOs P-63 e P-55 - já estão na locação e a P-58 acaba de ser entregue pelo estaleiro de Rio Grande. Além destas, a P-61, a TAD (sigla para Tender Assisted Drilling), que foi construída na China, e a P-62 chegarão às locações em dezembro.

Presidente da Petrobras, Graça Foster

De acordo com a presidente Dilma Rouseff a conclusão da P-58 é um exemplo do ressurgimento da indústria naval brasileira. O segmento, que chegou a ter apenas 2 mil trabalhadores em 2003, hoje emprega 73 mil pessoas. “A P-58 faz parte do esforço que nós fizemos para mudar a questão dos estaleiros. A contratação e entrega de plataformas devem ser feitas de forma planejada. Não há menor possibilidade de não haver empregos na indústria naval do Brasil”, pontuou. A unidade de produção ficará no norte do Parque das Baleias, na Bacia de Campos, litoral do Espírito Santo. A P-58 é uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e vai contribuir para a produção de petróleo, sendo preparada para lâmina d’água de 1.400 metros de profundidade. Capacidade de produção A P-58 pesa 63.300 toneladas, 119 metros de

largura, 330 metros de comprimento e produz, armazena e transfere petróleo. A construção da plataforma gerou 4.500 empregos diretos e 13.500 empregos indiretos. A plataforma P-58 foi toda construída pela CQG Construções Offshore e a Quip, e é a quarta plataforma construída em Rio Grande. A plataforma vai produzir diariamente 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás. Ela será ligada a nove poços injetores de água e a 15 poços produtores por meio de 250 quilômetros de dutos flexíveis, que conduzirão o óleo até a plataforma. Segundo a presidente da Petrobras, Graça Foster, o potencial de produção do município de Rio Grande enalteceu o engajamento dos trabalhadores envolvidos na unidade de produção. “O ano de 2013 é especial para a Petrobras. Estaremos colocando em funcionamento nove unidades de produção no país, o que há alguns anos era algo inimaginável.”, diz. g


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FRENTE PARLAMENTAR

Sul do Brasil quer novas ferrovias operando em sete anos Prazos foram definidos durante o Seminário Sul Brasileiro de Ferrovias, realizado Fiesc com lideranças empresariais e políticas de SC e RS

Os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul querem as ferrovias Norte-Sul, Litorânea e da Integração operando em sete anos. São dois anos para finalizar os projetos e cinco para que os empreendimentos sejam concluídos. Os prazos foram definidos durante o Seminário Sul Brasileiro de Ferrovias, realizado na Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), que reuniu lideranças empresariais e políticos dos dois estados. Do ponto de vista político, o Paraná já teria resolvido os problemas ferroviários do Estado com a proposta da linha férrea que liga o oeste ao litoral, onde se localiza o sistema portuário. O deputado Pedro Uczai presidente da Frente Parlamentar das Ferrovias, entende que a força política é importante para fazer os projetos avançarem. “A extensão da ferrovia Norte-Sul é estratégica para a região? Então nós precisamos mostrar isso para o governo”, afirmou. O deputado entende que existe uma divergência quanto ao melhor traçado em função dos interesses regionais, mas não se pode negar que são estratégicas a Ferrovia Norte-Sul e a Ferrovia da Integração, juntamente com a Ferrovia Litorânea e a modernização dos atuais projetos ferroviários existentes no Estado. Para Uczai, o melhor traçado é aquele que integra Santa Catarina com os portos, com os países do Mercosul e com os outros estados brasileiros. “É melhor aquele que se integra com a economia, com o desenvolvimento das regiões, com a capacidade atual de demanda e a futura”, acrescentou. Mario Cezar de Aguiar, primeiro vice-presidente da Fiesc, entende que é urgente a implantação das ferrovias para a melhoria da competitividade da indústria. Com o aumento do frete rodoviário e o preço dos insumos agrícolas, a in-


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dústria do oeste catarinense alega que está perdendo competitividade, o que pode levar a instalar plantas de produção em outras regiões do país. Mauricio Zolet, presidente da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), explica que para baixar custos, a indústria está disposta a investir em outras regiões do Brasil, por isso a importância da construção das ferrovias. A ferrovia Norte-Sul deve ligar Mairinque (SP) a Rio Grande (RS) e Uruguaiana (RS), enquanto a ferrovia da Integração (ex-ferrovia do Frango) prevê a conexão entre o oeste e o litoral de Santa Catarina. Já a Litorânea deve cortar toda a costa catarinense. Expansão De acordo com o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), entidade ligada ao governo federal, Bernardo Figueiredo, a expansão da malha ferroviária que está em estudo permite a ligação de áreas de produção agrícola e mineral a portos, indústrias e mercado consumidor. Conforme Figueiredo, o governo quer criar um ambiente mais competitivo no transporte de cargas, incentivar a utilização da capacidade da infraestrutura ferroviária e estimular novos investimentos. “Quer ainda garantir carteira de projetos para ampliar e melhorar a utilização da malha, integrando-a aos demais modais de transporte (rodovias e hidrovias)”, destacou. Hoje, Santa Catarina possui cerca de 350 quilômetros de ferrovias e apenas 5% das cargas são transportadas por trem. O projeto da Ferrovia da Integração tem cerca de 862 quilômetros de extensão e prevê facilitar também o escoamento da produção para outros estados brasileiros. O traçado tem como referência as cidades

de Blumenau, Ponte Alta, Santa Cecília, Herval D’Oeste, Chapecó, São Miguel do Oeste e Itajaí. A linha também deverá se conectar com pelo menos outros quatro trechos ferroviários: a Ferrovia Norte-Sul (FNS), na cidade de Chapecó; duas outras com a malha ferroviária já em operação concessionada para a empresa América Latina Logística (ALL), nas cidades de Santa Cecília e Herval D’oeste; e a conexão com a futura EF451 (Ferrovia Litorânea). De acordo com o presidente da Valec Engenharia, Construção e Ferrovias, Josias Sampaio, o debate é fundamental para o atual momento de desenvolvimento econômico do país. “Estamos tratando de projetos ferroviários e traçados estratégicos para o desenvolvimento regional”, destaca. Estudo de traçados A suspensão da contratação do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da Ferrovia da Integração — também conhecida como Ferrovia do Frango – pelo Tribunal de Con-

tas da União (TCU), no começo do segundo semestre, no entanto, reflete a divisão das lideranças catarinenses sobre o tema. Há quem defenda que o melhor traçado deve passar em Mafra, no Planalto Norte catarinense. Para Uczai, como os questionamentos levantados pelo TCU são técnicos, os estudos podem ser retomados sem prejuízos para a execução da obra. g

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LEI DOS PORTOS

Terminais sentem o peso do novo custo da mão de obra portuária Pela lei, quem quiser registrar um trabalhador de capatazia terá de buscá-lo exclusivamente na base do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) O aumento dos custos da mão de obra especializada, gerado pela nova Lei dos Portos, começa a pesar no bolso de terminais e usuários brasileiros. Pelo menos duas novidades da legislação tendem ao custo final da operação. A primeira é a criação das chamadas categorias diferenciadas que, na prática, obriga as empresas a negociarem com o sindicato de cada atividade. A segunda é a proibição da contratação do profissional de capatazia diretamente no mercado, como era possível na lei anterior. As mudanças já são visíveis em alguns terminais brasileiros. O Terminal Santa Catarina (Tesc), em São Francisco do Sul (SC), registrou aumento de 20% no custo de serviços de capatazia (trabalhadores de terra) desde julho, quando iniciou as discussões com o sindicato para movimentação de novas cargas. A Votorantim, por sua vez, teve de aumentar de cinco para 19 o número de homens que realizam a operação de barcaças no Pará, usadas na logística do transporte de cimento até a construção da usina de Belo Monte, devido a acordo com sindicato. Pela nova lei, quem quiser registrar um trabalhador de capatazia terá de buscá-lo exclusivamente na base do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), organismo responsável por administrar a oferta de trabalhadores avulsos nos portos organizados. Mas, segundo a Federação Nacional dos Operadores Portuários (Fenop), os Ogmos não têm contingente suficiente para essa nova demanda.

A capatazia compõe a maior parte dos postos de trabalho em um terminal. “Da noite para o dia quem está empregado perdeu a garantia de trabalho”, diz Sergio Aquino, ex-presidente do Conselho de Autoridade Portuária do porto de Santos e que participou de várias negociações trabalhistas. Os trabalhadores organizados entendem que a lei fortaleceu o processo de negociação. Impacto no sistema O impacto potencial abrange todo o sistema portuário: somente os terminais dentro do porto organizado precisam recorrer à base do Ogmo, mas o critério de categorias diferenciadas aplica-se a todo tipo de instalação. Esses dispositivos não constavam da Medida Provisória (MP) dos Portos enviada ao Congresso pela presiden-

te Dilma Rousseff. Foram incluídos nas negociações com o Legislativo na conversão da MP em lei. Também não existiam na antiga lei, de 1993, revogada pelo novo marco regulatório. A Fenop diz que os Ogmos terão de ser inflados para dar conta do recado, um movimento que vai na contramão do que vinha acontecendo. Atualmente os Ogmos administram 23 mil trabalhadores avulsos no Brasil. A projeção é que esse número atinja 31 mil, em 2017, para atender as obrigações introduzidas pela nova lei. É o mesmo contingente de 1999. “Vamos voltar 14 anos em termos de volume de trabalhadores que têm de ser administrados pelos Ogmos. Logicamente eles terão estrutura mais robusta e serão mais caros”, diz Mauro Salgado, presidente da Fenop. g


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INDUSTRIA OFFSHORE

Espírito Santo e Rio de Janeiro são os principais beneficiados com Libra Quando o novo campo de petróleo entrar em operação – previsto para ocorrer entre 2018 e 2020 – a produção deverá ser de 1,4 bilhão de barris por dia

O leilão do Campo de Libra, inserido no programa brasileiro de exploração de petróleo no Pré-sal, pode favorecer os investimentos portuários previstos para o litoral do Espírito Santo e também do Rio de Janeiro. “Vamos ser a bola da vez”, avalia o secretário estadual de Desenvolvimento do Espírito Santo, Nery De Rossi. As chances virão para os terminais portuários, cujos projetos são voltados para a cadeia de petróleo e gás, para as empresas que produzem tubos flexíveis e outros fornecedores do setor. Atualmente existem cinco projetos de investimentos para o litoral do Estado voltados ao atendimento à demanda da cadeia de petróleo e gás. As oportunidades virão para o Estaleiro Jurong Aracruz (EJA), que está em construção em Barra do Sahy, no litoral de Aracruz, e também para o Terminal Industrial Imetame, que será implantado ao lado do EJA, também em Barra do Sahy. O Petrocity, que será construído em Urussuquara, no litoral de São Mateus, também poderá aproveitar as oportunidades que virão com o campo de Libra. No Litoral Sul do Estado, em Itapemirim, outros dois terminais voltados para atender a cadeia de petróleo e gás podem atender à demanda do novo campo do pré-sal: o C-Port Brasil (Grupo Edison Chouest) e o Itapemirim Itaoca Offshore. A Technip e a Prysmiam, que produzem tubos flexíveis e cabos ópticos, são indústrias que terão oportunidade de ampliar a produção de suas linhas. Outras empresas da área de metalmecânica fornecedoras da cadeia petrolífera também têm chances de ampliar sua atuação. Haverá ampliação de oportunidades, também, para a mão de obra especializada, destaca a coordenadora do curso de Tecnólogo em Petróleo da Universidade Vila Velha (UVV), Maria Araguacy. “Libra é um campo grande que vai precisar de muitos trabalhadores capacitados”, enfatiza. Segundo ela, para quem está pensando em algum curso voltado para as principais demandas do mercado, essa é uma área que vai abrir muitas vagas nos próximos cinco a sete anos. Para fazer frente a profissionais estrangeiros que devem trabalhar no Brasil, a capacitação é fundamental. Desenvolvimento carioca O Rio de Janeiro, por sua vez, deve se o principal beneficiado com a produção de petróleo do campo de Libra, arrematado em leilão pelo consórcio que terá a participação da Petrobras. Base de maior parte da indústria do setor, o Estado receberá a maioria dos investimentos em


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logística e equipamentos. Para cada R$ 1 bilhão investido na cadeia de petróleo, 33 mil postos de trabalho são abertos, segundo o pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV), Fernando de Holanda Barbosa Filho. Considerando os dados, a previsão é que sejam gerados mais de 12 milhões de postos de trabalho devido aos investimentos ao longo de 30 anos no Estado. Com o leilão dessa área do pré-sal vão ser injetados na região cerca de R$ 390 bilhões no mesmo período. “A maior parte da indústria petroleira já está aqui. O campo se localiza em território fluminense e, com isto, somos o destino natural dos recursos que serão aplicados em logística e equipamentos”, diz o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno. Segundo o secretário, para o desenvolvimento de Libra, as indústrias vão comprar quilômetros de tubos flexíveis, encomendar plataformas, além de peças menores e até tinta para embarcações. Helicópteros, empresas que forneçam alimentação para os trabalhadores embarcados nas plataformas ou sondas integram a cadeia que será impactada. A expectativa faz crescer a confiança em relação ao futuro. Apesar de ser uma realidade, a primeira gota de óleo do campo de Libra será extraída apenas em meados de 2018. Até lá, a cadeia produtiva sobreviverá somente com os investimentos das indústrias. “O segmento precisa investir para obter resultados”, ressaltou Holanda, da FGV, acrescentando que o consórcio e demais empresas terão que contratar, alugar e adquirir maquinário. Produção de petróleo As reservas da Petrobras são estimadas em 12 bilhões de barris de petróleo. A produção diária da estatal é de 2 bilhões de barris. Quando o campo de Libra entrar em operação – previsto para ocorrer entre 2018 e 2020 – a produção deverá ser da ordem de 1,4 bilhão de barris por dia. Ou seja, seria como que dobrar o que temos hoje na área de petróleo e gás. Para se ter uma ideia do tamanho do campo do Pré-sal que foi leiloado basta dizer que está previsto o uso de 18 plataformas. Haverá, ainda, demandas por sondas de perfuração, de linhas (tubos flexíveis), de barcos supply e de navios-sonda. Os portos mais próximos ao campo de Libra poderão atender às embarcações, e os que estiverem mais distantes poderão passar a atender outros campos em produção. Plano de contingência Um decreto assinado pela presidenta Dilma Rousseff instituiu o Plano Nacional de Contingência (PNC) contra vazamentos de petróleo em alto-mar. Dilma afirma que o governo está satisfeito com a licitação, rebatendo as críticas do mercado em relação ao modelo de contrato para o leilão, que foi de partilha. “Não temos a intenção de modificar o documento para os pregões futuros”, disse, em reposta a alguns especialistas em energia, para quem o contrato torna o certame desinteressante às grandes petroleiras que, na maioria, ficaram fora da disputa. Críticas à Petrobras por conta de um suposto “enfraquecimento de caixa” alterou os ânimos do governo. Isso porque, devido ao leilão, a companhia terá que pagar R$ 6 bilhões à Pré-Sal SA (PPSA), estatal criada para fiscalizar o Pré-sal. O ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, afirma que a Petrobras “tem plenas condições de prover suas necessidades financeiras”. Já a presidenta da companhia, Graça Foster, não comentou o assunto, mas enviou uma carta aos funcionários da petroleira pedindo engajamento. O modelo de exploração por partilha da produção regulamenta a exploração de campos estratégicos. As companhias que vencem o pregão precisam pagar um bônus de R$ 15 bilhões para explorar a área. Do petróleo extraído, o mínimo de 41,6% fica com a União, mas vence a disputa o consórcio que ampliar esta fatia. A empresa vencedora tem, obrigatoriamente, a Petrobras como sócia, que será operadora obrigatória com no mínimo 30% de participação. A Pré-Sal SA torna-se dona da metade dos assentos do comitê operador do consórcio. O Campo de Libra localiza-se no lado fluminense da Bacia de Santos e é a maior reserva do mundo até o momento.g


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Rodovias brasileiras pedem socorro Estudo da Confederação Nacional do Transporte mostra que quase 64% das rodovias apresenta problemas ligados a pavimento, sinalização e geometria


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DE RODOVIAS

SITUAÇÃO DAS RODOVIAS Quase 64% das rodovias brasileiras aprelas estradas nacionais equivale a mais da senta problemas ligados a três itens metade da sua receita líquida, chegando considerados fundamentais: pavimento, a mais de 60% da receita na AgroindúsObjetivos: sinalização e geometria da via. Este é tria (62%) e entre as indústrias de alimenum dos dados do levantamento realizado tos (65,5%). Avaliar todas as rodovias pavimentadas federais e as principais estaduais, em relação a três aspectos: pela Confederação Nacional do Transporpavimento, sinalização e geometria viária te (CNT) em 96.714 quilômetros de estraRealizado anualmente, o estudo da CNT das, o equivaaponta que deficiências, registrar os pontos críticos e49% classificar lente a Identificar toda a da ma-a situação por tipo de gestão (pública e malha concedida), federal lha verificada por Estado e regiões geográficas, por corredores rodoviários e por tipos de rodovias p a v i m e(federais ntada apresenta deou estaduais) e às principais ficiência no rodovias espavimento. Foi Identificar a infraestrutura de apoio disponível aos usuários, existente às margens das rodovias (postos de taduais. Em avaliado se as borracharias, concessionárias e oficinas de caminhões ou ônibus, restaurantes e 2012, abastecimento, o pervias mecânicas atendem lanchonetes, Corpo de Bombeiros, posto policial e posto fiscal) centual era de atributos como 62,7%. capacidade de suportar efeiSubsidiar estudos para que políticas setoriais de transporte, projetos privados, programas governamentais C o n s i d eer aatividades ndo tosque dopromovam mau de ensino e pesquisa resultem em ações o desenvolvimento do transporte que o transportempo e estrurodoviário de cargas e de passageiros te rodoviário tura forte para de cargas é responsável por mais de 60% resistir ao desgaste e permitir o escoaDados gerais: do volume de mercadorias movimentadas mento das águas (drenagem). Já quanto no Brasil, com o seu custo representando a sinalização, essencial para garantir a 96.714 km, 30 do dias segurança de coletados emusuários campo das vias, a pescerca de17ª 6%edição: do Produto Interno Bruto país, a questão é preocupante. Para as quisa indica que 67,3% da extensão pesempresas, o deslocamento de cargaepequisada apresenta problemas. “O resul18 equipes de pesquisa 1 equipe de checagem

“O governo tem uma dificuldade gerencial. Muitos projetos não saem do papel.”

POR TIPO DE GESTÃO Extensão pesquisada por tipo de gestão

km

Gestão Pública Gestão Concessionada TOTAL

80.841 15.873 96.714

POR REGIÃO Extensão pesquisada por região Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste TOTAL

km 10.895 26.957 27.165 17.020 14.677 96.714

POR JURISDIÇÃO Extensão pesquisada Federal Estadual TOTAL

km 65.443 31.271 96.714


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RESULTADOS PAVIMENTO 46,9% apresentam algum tipo de problema 43,0% têm a superfície do pavimento desgastada 85% das rodovias sob concessão tiveram classificação ótimo ou bom SINALIZAÇÃO 67,3% apresentam algum tipo de problema 78,7% das rodovias sob gestão pública possuem problemas 25,2% não possuem placas de limite de velocidade 55,8% possuem pintura da faixa central desgastada ou inexistente 63,2% não possuem faixas laterais ou a pintura está desgastada

GEOMETRIA 77,9% apresentam algum tipo de problema Pistas simples de mão dupla correspondem a 88% da extensão pesquisada 40,5% não possuem acostamento Em 56,7% da extensão pesquisada, onde há ocorrência de curvas perigosas, não há placas de advertências e nem defensas completas

tado é preocupante. Os sinais de trânsito têm a finalidade essencial de transmitir aos motoristas informações que garantiriam a movimentação correta e segura dos veículos”, avalia o presidente do CNT, senador Clésio Andrade. Os dados sobre geometria das rodovias também preocupam: 77,9% não está em padrões satisfatórios, o que afeta a habilidade dos motoristas em manter o controle do veículo e identificar situações e características perigosas. A implantação de projetos geométricos inadequados limita a capacidade de tráfego, aumenta custos operacionais e pode causar acidentes. Custo extra Rodovias em estado precário de conservação aumentam o curso operacional do transporte. De acordo com o levantamento da CNT, as condições do pavimento geram um aumento médio, no Brasil, de 25% no custo operacional do transportador. A região que apresenta o maior incremento nestes valores é a Norte (39,5%), seguida pelo Centro-oeste (26,8%), Nordeste (25,5%) e Sudeste (21,5%). O menor

CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO GERAL - EXTENSÃO ESTADUAL


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urgente de aumentar os investimentos nas rodovias brasileiras, principalmente em duplicação. “O governo tem uma dificuldade gerencial. Muitos projetos não saem do papel. Há um excesso de burocracia. Os investimentos precisam ser ampliados para que o Brasil melhore a sua competitividade”, afirma. Falta investimento Segundo informações oficiais da CNT, do total autorizado pelo governo para as rodovias em 2013 (R$ 12,7 bilhões), apenas 33,2% - o equivalente a R$ 4,2 bilhões - foram pagos até o início do mês de outubro. Em 2012, foram pagos R$ 9,4 bilhões (50,3%) do total autorizado, R$ 18,7 bilhões. A entidade estima que o investimento mínimo necessário para melhorar a infraestrutura das rodovias é de R$ 355,2 bilhões.

acréscimo é registrado no Sul (19%). A pesquisa aponta, ainda, dados ligados ao Meio Ambiente. Rodovias com pavimento adequado proporcionam uma economia de até 5% no consumo de combustível. Se for considerado o consumo de óleo diesel no Brasil, em 2013, seria possível uma economia de R$ 661 milhões de litros (R$ 1,3 bilhão) e uma redução da emissão de 1,7 megatonelada de gás carbônico, principal gás causador do efeito estufa. Clésio Andrade explica que os números mostram a necessidade

Segundo Clésio Andrade, a falta de investimentos é uma situação comum nos últimos anos. Para o presidente da CNT, o governo não consegue investir de forma eficiente porque tem um grave problema gerencial. Apesar de reconhecer a importância de alocar os recursos, não consegue destravá-los. “A Pesquisa de Rodovias é uma ferramenta para incentivar políticas públicas que garantam um transporte de maior qualidade”, explica. As estradas concessionadas e pedagiadas são as mais bem avaliadas pela pesquisa. Em relação ao estado geral, 84,4% da malha foi classificada como ótima ou boa e apenas 15,6% ficaram no patamar de regular, ruim ou péssimo. A situação se inverte quando são analisadas as rodovias sob gestão pública: 26,7%

CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO GERAL - EXTENSÃO SOB GESTÃO PÚBLICA

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INVESTIMENTOS

INVESTIMENTO PÚBLICO FEDERAL EM RODOVIAS 2013 Autorizado: R$ 12,7 bilhões / Total pago: R$ 4,2 bilhões (33,2% do previsto) 2012 Autorizado: R$ 18,7 bilhões / Total pago: R$ 9,4 bilhões (50,3% do previsto) INVESTIMENTO NECESSÁRIO Dados estimados no Plano CNT de Logística Necessidade de duplicação: 30 mil km Necessidade de construção: 18 mil km Investimento estimado necessário para as rodovias (incluindo duplicação, construção e outras intervenções): R$ 355,2 bilhões

têm condições ótimas ou boas e 73,3% não estão em condições satisfatórias.

eixo. Estes veículos foram responsáveis por 20% dos danos causados à rodovia.

Excesso de peso

Segundo o estudo, os veículos que transitavam com sobrecarga dentro do limite tolerado pelo Contran – que representam 8,8% da frota - foram responsáveis por 45% dos danos. Já os que trafegavam com peso dentro do limite, 90% da frota, responderam por 54% dos danos causados à pavimentação. “O transporte de cargas tem crescido no Brasil e o excesso de sobrecarga também. Como no nosso país há uma cultura de se construir pavimentos mais delgados, este excesso de peso transportado aumenta e antecipa o custo com manutenção”, ressalta o chefe do Departamento de Engenharia de Transporte da Universidade de São Paulo (USP), Liedi Bernucci.

Um estudo que acaba de ser apresentado pelo Departamento de Engenharia de Transporte da Universidade de São Paulo (USP) aponta que o excesso de peso nas estradas é responsável por 20% dos danos causados na pavimentação das rodovias brasileiras. Os índices, apresentados no seminário “Excesso de peso em pavimentos e seus danos”, realizado pelo Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada (Sindibrita), foram levantados durante os estudos do trabalho de conclusão de doutorado de Caio Rubens Santos. O trabalho analisou os dados do tráfego de veículos durante um ano em rodovias brasileiras. Numa delas, uma rodovia federal concessionada, cerca de 402 mil veículos comerciais trafegaram durante o mês de fevereiro de 2011. Do total, 2,5% dos veículos trafegavam com excesso de carga acima do limite tolerado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) - até 5% do peso bruto e até 7,5% o limite de peso por

O presidente do Sindibrita, Fernando Jorge Carneiro, ressalta a importância do tema para as empresas do segmento. “Além da fiscalização, é preciso aumentar o número de balanças ao longo das rodovias para coibir a circulação de veículos com excesso de sobrecarga, que desgasta precocemente a pavimentação, diminuindo a vida útil da rodovia”, afirma. g

CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO GERAL - EXTENSÃO SOB GESTÃO CONCEDIDA


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SITUAÇÃO DAS RODOVIAS

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ROTA AFRICANA

Ceará passa a ter linha direta para Cabo Verde Com o novo trajeto, as exportações do Estado reduzirão de 45 dias para sete dias o tempo de chegada das cargas ao continente africano O Ceará conta agora com uma nova rota marítima para a África. A Companhia Docas do Ceará (CDC) e a Ceará Trade Brasil acabam de assinar um contrato operacional da rota marítima Ceará-Cabo Verde com o armador que executará a ligação. A rota, com extensão para Angola terá uma frequência mensal. Com o novo trajeto, as exportações do Estado sairão do Porto de Fortaleza direto para os Portos da Praia e do Mindelo, localizados na ilha de Cabo Verde (África), reduzindo de 45 dias para sete dias o tempo de chegada das cargas ao continente africano. “Antes, essa carga saía de navio do Brasil passando por diferentes portos, seguia para a Europa e outro navio as levava para Cabo Verde e demais

países da costa Oeste da África”, destaca Roberto Marinho, diretor da Ceará Trade Brasil, empresa articuladora da nova rota.

ção de cabotagem”, destaca o presidente da Companhia Docas do Ceará (CDC), Paulo André Holanda.

O primeiro embarque deverá acontecer na primeira quinzena de dezembro, reunindo cargas de cerca de 20 empresas cearenses. Entre os produtos a serem exportados para a África estão aço, cerâmica, argamassa para cerâmica, sucos, tintas, farinha de trigo, calçados, cosméticos, plásticos e utilidades, massas e biscoitos, móveis, máquinas e equipamentos, alimentos e bebidas. Estima-se um volume mensal de exportação entre 2 mil e 3 mil toneladas, parte delas já em processo de contratação. “Além de empresas do Ceará, a rota atenderá às demandas de todo o Nordeste, estimulando a navega-

Países interligados Com a assinatura do contrato operacional com a CDC, as articulações estarão voltadas para a África, para ampliar a divulgação da nova rota. “Em paralelo, vamos identificar outras empresas localizadas no Nordeste interessadas em exportar para a África e definir o momento de inclusão nos embarques seguintes”, anuncia Roberto Marinho. Após o primeiro embarque, outros países da Costa Oeste Africana serão interligados à rota, como Senegal, Guiné Bissau, Benin, São Tomé e Príncipe e Angola, onde já há demanda. g


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Artigo

José Ricardo Roriz Coelho

O Brasil desprotegido O pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, na ONU, foi muito correto na crítica à espionagem cibernética dos Estados Unidos — realmente uma afronta às relações internacionais e à autonomia dos povos — e na análise da crise econômica mundial, cuja fase mais aguda já passou, mas que ainda tem efeitos graves no mercado de trabalho, nos investimentos e no comércio exterior. Firme e pertinente, o discurso, contudo, não exime o Brasil das lições de casa que precisa fazer em defesa de sua soberania e de seus setores produtivos. No primeiro caso, é preciso reconhecer que as Forças Armadas têm recebido investimentos muito aquém das necessidades de defesa de um país com mais de 200 milhões de habitantes. Somos pacíficos, democráticos e respeitosos à autodeterminação das nações. Porém, não podemos subestimar a História, esta imensa caixa de surpresas. Afinal, vivemos num mundo onde recursos naturais como a Amazônia, o pré-sal, a biodiversidade mais abundante, a maior reserva hídrica e a mais ampla área agricultável disponíveis no Planeta despertarão cada vez mais cobiças.

Da mesma maneira que a defesa de nosso território é hoje muito frágil, também não estamos blindados na segurança eletrônica, como comprova a exitosa bisbilhotice dos Estados Unidos, capaz até mesmo de interceptar e-mails de nossa presidente da República. É preciso, portanto, investir nas Forças Armadas e na cibernética. O erro político, a ausência de ética nas relações internacionais e as ameaças conjunturais devem ser condenados, mas não podemos ignorá-los.

desigualdades nos últimos 50 anos. Também é positiva a maneira como enfrentamos e resistimos à crise mundial, com medidas anticíclicas que nos garantem, ainda na presente conjuntura de baixo crescimento, uma das menores taxas de desemprego do mundo. Porém, o modelo esgotou-se. É premente reduzir o custo da produção e a burocracia, ampliar a segurança jurídica e estabilizar o câmbio e os juros em níveis adequados, resgatando a confiança dos investidores.

Quanto à economia, também precisamos adotar medidas urgentes de defesa. Não me refiro, obviamente, a um retrocesso protecionista e a medidas anacrônicas e exageradas de barreiras alfandegárias e não-alfandegárias, mas sim à recuperação urgente de nossa competitividade. Tal processo começa pelo redespertar do chamado espírito empreendedor do empresariado, que precisa ter seu otimismo estimulado.

É necessária uma estratégia bem definida e com métricas claras, não para cada semana, mas os próximos 15 ou 20 anos, com ações coordenadas para a exploração de todo o nosso potencial. No presente ritmo, levaremos 40 anos para ascender a um grau mais elevado de progresso, e isso é inaceitável. Com medidas práticas e estratégicas, o Brasil saltaria da posição de país de renda média, que conquistou com mérito, para o patamar de nação desenvolvida, que alcançaria com inteligência e uma dose de responsável ousadia! Ah, sim, e com capacidade de defender sua soberania eletrônica e territorial... g

Não há dúvida de que os dados apresentados pela nossa presidente, na ONU, são admiráveis, incluindo a expressiva redução da pobreza extrema e a maior mitigação das

O autor é presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) e do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo (Sindiplast-SP), vice-presidente e diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp.


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INDÚSTRIA AUTOMBOLÍSTICA

Paraná vai receber cerca de R$ 1,4 bilhão de investimentos Em dois anos e meio, o Paraná atraiu cerca de R$ 25 bilhões em novos investimentos que estão gerando 150 mil empregos com carteira assinada

Os cerca de R$ 1,4 bilhão que o Paraná vai receber nos próximos anos, com a instalação das plantas industriais da Audi, Volkswagen e Paccar/DAF, vão ser multiplicados por três com a chegada dos fornecedores de peças e componentes para atender a demanda das três marcas. “Temos uma expectativa em relação à abertura de novas empresas e ampliação das fábricas existentes para suprir a demanda das montadoras”, afirma o vice-presidente do Sindimetal-PR, empresário Nelson Hubner. A estimativa é que para cada real investido pelas fábricas de automóveis, outro real é investido pelos fornecedores da cadeia. Em pouco mais dois anos e meio, o Paraná atraiu cerca de R$ 25 bilhões em novos investimentos que estão gerando mais de 150 mil empregos com carteira assinada em todas as regiões do Estado. A maioria recebe apoio pelo programa Paraná Competitivo e uma parte é apoiada por meio de financiamento pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). A expectativa é de um impulso em diferentes índices da economia paranaense nos próximos anos.

A chegada dos novos investimentos na área automobilística é vista como uma grande oportunidade para empreendedores paranaenses. A avaliação é do presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Mendes Lourenço. Ao comparar dados do período anterior à instalação das primeiras montadoras no Estado (década de 1990) com números atuais, o presidente do Ipardes é taxativo em afirmar que a indústria automobilística provoca uma verdadeira revolução nas economias onde ela se instala. Em 1997, as exportações paranaenses do setor representavam 4,7 % do valor total. No ano passado esse número chegou a 12,1 %. Nas importações, o salto foi ainda maior: em 1997 a compra de peças, materiais e componentes participava com 0,6 % do total e em 2012 esse índice chegou a 24,6 %. “O aumento das exportações e importações demonstra o vigor do processo de industrialização. Além disso, as importações trazem ao país novas tecnologias”, afirma Gilmar Lourenço. Em 2007, a indústria automobilística repre-

sentava 13% da renda industrial do Estado. Hoje responde por 21%. Investimentos das empresas Quatro empresas do setor anunciaram investimentos ou inauguraram unidades no Estado. A Volkswagen confirmou que vai ampliar a fábrica em São José dos Pinhais para produzir o Golf geração sete. Serão investidos R$ 520 milhões na ampliação da linha de produção. A expectativa é de que sejam gerados de 400 a 600 novos empregos diretos. A Audi confirmou o retorno da produção de carros no Paraná, com um investimento de R$ 504 milhões para fabricar os modelos A3 sedan e Q3 (SUV). Juntas, Audi e Volkswagen vão investir mais de R$ 1 bilhão na planta de São José dos Pinhais. Já a norte-americana Paccar apresentou o primeiro caminhão DAF produzido no Paraná, durante evento que marcou o início da produção no país, na fábrica de Ponta Grossa. A fabricante de pneus Sumitomo inaugurou em Fazenda Rio Grande a primeira base de produção do grupo fora da Ásia. g



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NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS

Indústria quer ampliar carteira de países para venda da carne suína O Brasil está presente, hoje, em 69 mercados e classifica-se em quarto lugar no ranking mundial de países produtores e exportadores Um dos principais desafios do setor nacional de carne suína nos próximos anos será conseguir vender para a Coreia do Sul, o México e a União Europeia, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Em 15 anos de atuação da entidade, a associação contribuiu para o bom resultado das negociações de acesso aos mercados de países como Japão, Estados Unidos, Rússia, China, Chile, África do Sul e Angola. Em uma década e meia, o Brasil aumentou em mais de 600% as exportações e em 40% a produção de carne suína. O país está presente, hoje, em 69 mercados, e classificase em quarto lugar no ranking mundial de

Brasil Terminal Portuário. Um marco na história de Santos. A Brasil Terminal Portuário, com um projeto pioneiro, remediou a área do antigo lixão da Alemoa, no Porto de Santos, para dar lugar a uma construção arrojada e inédita no Brasil. Um dos mais modernos terminais portuários da América Latina, com capacidade atual de movimentação de 1,2 milhão de TEUs e capacidade projetada de 1,4 milhão de toneladas de granéis líquidos por ano. O maior investimento no porto organizado de Santos gera milhares de empregos diretos e indiretos, além de promover ações sociais, contribuindo com o desenvolvimento econômico e sustentável da região. Ano de Inauguração da Brasil Terminal Portuário

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países produtores e exportadores. Em exportação, está atrás dos Estados Unidos, da União Européia (27 países) e do Canadá. Em produção, vem depois da China, da União Europeia e dos Estados Unidos. Em 1998, quando a entidade foi criada, a exportação de carne suína brasileira era concentrada na Argentina, em Hong Kong e no Uruguai. Os três mercados, juntos, respondiam por 95% das exportações brasileiras. Hoje, os 10 principais destinos para a carne suína do Brasil – entre eles, Rússia, Hong Kong, Ucrânia, Angola, Cingapura e Uruguai - representam 81% das exportações brasileiras. Em geral, o processo de negociação para a abertura de mercados é lento. No caso de Santa Catarina, por exemplo, principal estado exportador e produtor de carne suína do Brasil, foi necessária a obtenção do status sanitário máximo de livre de febre aftosa sem vacinação, concedido em 2007 pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE). Por ter uma condição sanitária diferenciada, recentemente o Estado conquistou mercados que levam em consideração o status de estado livre de febre aftosa sem vacinação como Chile, Estados Unidos e Japão. O processo de abertura da praça importadora dos Estados Unidos, por exemplo, iniciouse após a certificação da OIE. Os Estados Unidos enviaram missão sanitária a Santa Catarina em 2008 com a missão de coletar informações para realizar estudo de análise de risco. Foi somente no contexto das negociações do acordo do algodão, em abril de 2010, que começou o processo de consulta pública em Washington, encerrada em meados de junho daquele ano. O Brasil evitou retaliar os Estados Unidos e obteve, em con-

trapartida, entre outros compromissos, o dos norte-americanos indicarem que concluiriam a tão esperada aprovação de acesso da carne suína catarinense àquele mercado.

agentes que definem a cadeia produtiva; e promover a transparência das garantias de qualidade e segurança alimentar.

Um mercado com critérios sanitários rigorosos, como o norte-americano, funciona como passaporte para a entrada da carne suína em outros mercados igualmente exigentes do ponto de vista sanitário, como o Japão. A abertura do mercado dos Estados Unidos colaborou para a abertura do mercado japonês. As negociações com o Japão já estavam em andamento, e o aval dos norte-americanos inspirou maior confiança dos japoneses no processo de certificar o Brasil como exportador.

O consumo interno de carne suína permaneceu estável entre 14 Kg e 15 Kg per capita nos últimos 15 anos. Em 1998, o consumo aparente foi estimado em 14,5 Kg por habitante. Em 2012, a estimativa foi de 14,9 Kg por habitante. Em alguns momentos, o consumo interno foi maior, acompanhando o ciclo de crescimento da economia brasileira e de preços altos das carnes concorrentes. Em outros momentos, o consumo foi menor, porque as exportações estiveram mais atrativas do que as vendas no mercado interno.

Febre aftosa

Dependência comercial

O esforço para a erradicação da febre aftosa em Santa Catarina foi resultado de parceria entre o setor público e privado. Para uma atuação mais eficiente dessa parceria foi criada a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), chamada Instituto Catarinense de Sanidade Animal (Icasa), pelas empresas do setor que já eram associadas ao Sindicarne e que são também associadas à Abipecs. Esta articulou as ações em nível nacional, começando por obter a decisão do Ministério da Agricultura de apresentar à OIE a documentação necessária para a certificação do status máximo, que veio em 2007.

A dependência da Rússia já diminuiu muito, mas ainda há uma grande concentração das exportações brasileiras para aquele mercado, de aproximadamente 25%. Entretanto, para uma praça que já respondeu por 75% das vendas de carne suína, a relação de dependência melhorou muito. Houve diversificação também de cortes suínos. Em 1998, o Brasil exportava basicamente carcaça. Hoje, as exportações abrangem cortes variados e miúdos, categorias que respondem por 85% das vendas ao mercado internacional.

Nos próximos 15 anos, a principal missão da Abipecs será liderar a transformação política e estratégica da cadeia produtiva, tornando-a uma referência mundial. Para atingir essa missão, a entidade pretende convocar a coesão dos associados para ampliar a competitividade do setor e aumentar o poder político; articular os

Quando se fala de mercado externo, os volumes cresceram exponencialmente: o Brasil exportou 81.565 toneladas de carne suína em 1998; em 2012 embarcou 581.477 toneladas, um aumento superior a 600%. Em 2013, até agosto, foram exportadas 343.293 toneladas. Quanto à produção, em 1998, totalizava 2,49 milhões de toneladas. Em 2012, o Brasil produziu 3,89 milhões de toneladas, um aumento de 40,2%. g



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PORTO NO CAMPO

Investimentos nos portos do Paraná já somam R$ 220 milhões O balanço com o volume de investimentos nos terminais foi apresentado durante reunião com produtores da região Noroeste do Paraná DIVULGAÇÃO

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Os portos paranaenses receberam este ano cerca de R$ 220 milhões de investimentos em melhorias. De acordo com o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, os recursos foram aplicados em novos equipamentos, dragagem, projetos executivos da ampliação do Corredor de Exportação, além de melhorias nos procedimentos e processos. O balanço com o volume de investimentos feitos nos portos foi apresentado durante reunião dos representantes do governo estadual com produtores da região Noroeste do Paraná. O encontro foi uma continuidade das ações do projeto “Porto no Campo”. Lançado em maio deste ano, o projeto já passou por Maringá, Cascavel e Campo Mourão. O programa tem o objetivo de promover a aproximação e o diálogo entre o governo do Estado e o setor produtivo do interior. Além do superintendente da administração dos portos, o encontro contou ainda com a participação do Secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. “O que vimos foi a transparência no trabalho que está sendo desenvolvido nos portos do Paraná, que tem resultado em mais agilida-

de e melhor produtividade. Saber que temos um porto eficiente certamente dá muita segurança ao produtor”, afirma o presidente da Sociedade Rural de Umuarama, Juninho Peres. Segundo ele, o encontro foi muito produtivo, principalmente pelas informações às quais tiveram acesso. Segundo o presidente do Sindicato Rural de Paranavaí, Ivo Pierin Júnior, muitos produtores não têm acesso às informações sobre os portos e a logística de maneira tão clara como foram repassadas nas reuniões. “Ocasiões como essas são importantes para tomarmos consciência de como as coisas estão acontecendo lá na outra ponta da cadeia. Também durante a reunião, com a exposição sobre os projetos e planos de expansão, pudemos ver quais possibilidades futuras teremos. Esses são caminhos de estímulo para a nossa produção”, diz Ivo. Custo Brasil Ainda segundo o representante do Sindicato Rural, além de ouvir os representantes da Logística do governo do Estado, eles puderam também reivindicar. “O nosso principal entrave é o custo Brasil,

no qual o porto também está inserido. No entanto, vimos que o modelo que está sendo implantado de redução dos tempos de espera dos navios e das operações, assim como de melhoria na produtividade, visa exatamente reduzir esses nossos custos. Essa discussão temos que fazer em qualquer cadeia produtiva, e oportunidades como essas são fundamentais para isso”, conclui. g


Localização Previlegiada

AMP

ARMAZÉNS // SALAS SALAS COMERCIAIS COMERCIAIS ARMAZÉNS


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Suplemento News MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

Arrendamentos portuários terão segunda etapa A possibilidade de uso de outros mecanismos, que não a outorga, nas licitações das áreas passíveis de arrendamento pode reduzir os custos portuários O Programa de Arrendamentos Portuários terá uma segunda etapa. De acordo com o ministrochefe da Secretaria de Portos (SEP), Antonio Henrique Silveira, a possibilidade de uso de outros mecanismos, que não a outorga, nas licitações das áreas passíveis de arrendamento pode reduzir os custos portuários, o que beneficiará os portos com grande volume de movimentação de cargas, como Santos e Paranaguá. A avaliação do ministro foi feita durante audiência pública no Senado Federal. Silveira destacou três pontos que considera os principais avanços do novo marco regulatório do setor: a reordenação das atribuições dos órgãos de planejamento, regulação e gestão dos portos; o fim da distinção de carga própria e de terceiros nos Terminais de Uso Privado (TUP); e as alternativas ao mecanismo de outorga nas licitações dos arrendamentos portuários. “Nós demos um primeiro passo que abrange uma quantidade expressiva de portos. Mas não significa que vamos parar.” Segundo o ministro, durante as audiências públicas do programa estão surgindo ideias não contempladas nos quatro primeiros blocos, que envolvem 159 áreas passíveis de serem licitadas. Estas propostas, segundo ele, serão desenvolvidas numa próxima etapa. Silveira apresentou aos senadores um resumo das ações desenvolvidas pela SEP em atendimento à Lei 12.815/2013, a Lei dos Portos. Ele lembrou que o novo marco deve modificar o atual cenário de estagnação dos portos organizados. “É importante soltar as amarras e trazer novos investimentos para aumentar a movimentação portuária e reduzir o custo Brasil”.

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Na avaliação do ministro, repassar a gestão dos portos para as companhias docas, por exemplo, conforme determina a nova legislação, implica na melhoria da interação com a comunidade, pois torna possível a realização de acordos das autoridades portuárias com as prefeituras, visando minimizar os impactos da atividade nas cidades. Já as ações de planejamento e de regulação, incluindo os processos de concessão de áreas portuárias ao setor privado, ficaram sob responsabilidade da SEP e da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq). Aumento da competição Quanto à terceirização de cargas nos TUPs, Silveira acredita que essa possibilidade gera choque de oferta e aumenta a competição. “Isso promove um bem estar geral. Em determinadas situações, o terminal é o fim da cadeia produtiva”, observou. Questionado pelo senador Sergio Souza sobre as dificul-

dades de colocar em prática a nova Lei de Portos, Antonio Henrique citou que, além da implantação propriamente dita, o grande desafio é retomar a comunicação com toda a cadeia produtiva. “Temos que ouvir cada segmento, pois houve um período de brechas, o que levou ao desenvolvimento de interesses conflituosos”, comentou. O ministro disse ainda que, após pouco mais de um mês à frente da SEP, tem procurado trabalhar para promover um diálogo intenso com o setor, sempre atento aos aspectos legais. Ele citou os estudos elaborados pela Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP) para as concessões de portos e arrendamentos de terminais portuários. Todo o trabalho da EBP, segundo o ministro, é submetido ao escrutínio público. “Não temos nos furtado a discutir e entender as insatisfações da comunidade portuária para construir uma proposta de concessão bem elaborada e atingir o objetivo final de reduzir os custos e aumentar e eficiência”, disse. g


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SEMINÁRIO SEP DE LOGÍSTICA

Lideranças e empresários do setor debatem concessões e arrendamentos Ministro dos Portos esteve na abertura do seminário, que contou, também, com a 5º Feira de Tendências de Logística do Norte e Nordeste Lideranças, empresários e executivos do setor de portos e logística de todo o Brasil estiveram reunidos, de 20 a 23 de novembro, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, durante VIII Seminário SEP de Logística. Realizado pela Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP), o evento debateu temas como o Novo Marco Regulatório, concessões, arrendamentos e outras questões que envolvem o setor portuário nacional. O Ministro dos Portos, Antonio Henrique Silveira, esteve na abertura do seminário, que contou também com a 5º Feira de Tendências de Logística do Norte e Nordeste. g

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Suplemento News SETOR PORTUÁRIO

Acordo de cooperação com a Bélgica vai capacitar mão de obra portuária Em uma primeira etapa do programa, profissionais belgas virão ao país para capacitar os profissionais de gestão dos portos brasileiros em seminários O primeiro seminário de capacitação portuária para profissionais dos setores público, privado e Órgão Gestor de Mãode-Obra (OGMO) do Porto de Santos, por meio de cooperação firmada entre o governos do Brasil e da Bélgica, deve ser realizado em março de 2014. O seminário vai abordar o tema “gestão portuária” e será realizado no Centro de Excelência Portuária (Cenep) do Porto de Santos. Os demais tópicos são infraestrutura e obras portuárias; aspectos financeiros do porto; e navegação interior. As diretrizes dos seminários foram definidas durante encontro das equipes das diretorias de Informações Portuárias e de Revitalização e Modernização Portuária da Secretaria de Portos (SEP)), em Santos, com profissionais dos setores público, privado e OGMO. Conforme definido no encontro, em uma primeira etapa do programa, profissionais belgas virão ao país a cada três meses para capacitar os profissionais de gestão dos portos brasileiros, a partir da realização de seis seminários. Na segunda etapa, o programa de capacitação prevê o envio de profissionais captados no mercado brasileiro à Antuérpia, na Bélgica, para que recebam treinamento no por to belga. Ao retornarem para o Brasil, esses profissionais vão multiplicar os conhecimentos para os trabalhadores por tuários, em projeto piloto a ser realizado no Cenep de Santos no Centro Vocacional Tecnológico (CV T)

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do Por to de For taleza.

so ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

Centro de formação

Ainda como parte da cooperação Brasil/Bélgica, foi realizado no Rio de Janeiro a primeira rodada dos Seminários de Gestão Portuária, promovidos pela Fundação Estudos do Mar (FEMAR), Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e Companhia Docas do Rio de Janeiro em parceria com o Porto de Antuérpia. Os seminários de gestão têm como foco a formação dos trabalhadores portuários, o papel dos agentes e autoridades intervenientes nos setores portuários do Brasil e da Bélgica, em particular das ações, atividades e projetos da Companhia Docas do Rio de Janeiro. g

Na terceira e última parte do programa, está prevista a criação da APEC Brasil (Antwerp/ Flanders Port Training Center), que será um centro de formação para trabalhadores portuários. Esse intercâmbio será executado por meio de parceria entre a SEP e os ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da Marinha do Brasil. A ideia é que, no longo prazo, o conhecimento seja também multiplicado para toda a comunidade portuária através do Programa Nacional de Aces-


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LOGÍSTICA PORTUÁRIA

Porto de Santos terá novo acesso pela margem esquerda A obra será uma solução provisória para minimizar o impacto do tráfego de caminhões de cargas na área urbana da cidade O Porto de Santos ganhará novo acesso pela margem esquerda. As obras terão parceria do setor privado e deverão desafogar a Rua do Adubo, atualmente única via de acesso à região portuária pela margem esquerda do município. O novo acesso será uma solução provisória para minimizar o impacto do tráfego de caminhões de cargas na área urbana da cidade, até que se conclua a segunda fase da construção da Avenida Perimetral Portuária em Guarujá, obra que integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Atualmente, encontra-se aberto o processo de licitação para definir qual empresa fará o projeto executivo da perimetral.

feitura de Guarujá para a execução das obras de construção do novo acesso provisório à margem esquerda do Porto de Santos foi acompanhada pelo ministro-chefe da Secretaria de Portos, Antonio Henrique Silveira. O ministro destacou que, até que se finalize o projeto executivo da obra definitiva, o acesso provisório será importante para viabilizar o trânsito de caminhões de cargas sem atrapalhar o espaço urbano. “As obras definitivas serão mais pesadas. É importante que o projeto executivo da perimetral seja robusto para que possamos desenvolver a obra de forma célere e sem questionamentos”, disse. Gestão intensiva

A assinatura do convênio entre a a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e a pre-

Silveira sinalizou que será necessária uma ges-

tão intensiva dos governos federal, estadual e da prefeitura para o embarque da próxima safra de grãos, no início do ano, no sentido de administrar o fluxo de caminhões na cidade. A prefeita de Guarujá, Maria Antonieta Brito, afirmou que essas intervenções beneficiam toda a cidade e não só a região portuária. g

GESTÃO PORTUÁRIA

Seminários portuários 2014 vão discutir o sistema nacional A formação dos trabalhadores portuários, o papel dos agentes e autoridades intervenientes nos setores portuários, em particular das ações, atividade e projetos da Companhia Docas do Rio de Janeiro são os temas dos Seminários de Gestão Portuária que serão realizados em 2014, promovidos pela Fundação Estudos do Mar (FEMAR), Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Companhia Docas do Rio de Janeiro em parceria com o Porto de Antuérpia, na Bélgica. A iniciativa contará com a participação de representantes da Secretaria de Portos (SEP).

O público alvo será formado por empregados e servidores das companhias docas federais, portos delegados e concedidos, empregados da Empresa de Planejamento Logístico, das empresas arrendatárias de terminais portuários e das empresas e operadoras portuárias. Apesar dos seminários se estenderem ao longo de 2014, o primeiro foi realizado na primeira semana de novembro, no Rio de Janeiro. Na primeira edição, realizado em novembro, a SEP apresentou os painéis “Sistema Por-

tuário Brasileiro” e “Política Ambiental do Setor Portuário”. No encontro, o secretário de Políticas Portuárias, Rogério Menescal, representou o ministro dos Portos, Antonio Henrique Silveira, e falou sobre o novo marco regulatório dos portos e destacou a atuação da SEP na implantação dos projetos previstos na nova legislação. Rogério também apresentou um panorama do sistema portuário brasileiro, com ênfase no planejamento integrado do setor, e citou o atual contexto da estrutura portuária a partir da nova lei. g

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CONSTRUÇÃO CIVIL

Construtora lança projeto inédito anexo a Tedesco Marina Prédio da Construtora Pasqualotto & GT será o único do país anexo a uma marina e terá assinatura do maior escritório de design do mundo Três fatores fazem do Yachthouse Residence Club um marco na construção civil nacional e internacional. Imagine unir as belezas naturais do litoral em torres gêmeas que são consideradas as maiores do Brasil, ser o único no país a estar anexo a uma marina e ter a grandiosa assinatura da Pininfarina, o maior escritório de design do mundo, conhecido por desenhar para Ferrari. Todo luxo, ousadia e modernidade do empreendimento atraiu compradores com alto poder de aquisição. Um deles é um dos jogadores de futebol mais bem pagos do mundo, Neymar, que hoje empresta seu talento para o Barcelona. A estrela da seleção brasileira de futebol adquiriu dois apartamentos no Residencial Club Yachthouse. Esta não é sua primeira compra imobiliária por aqui. O jogador, que parece ter se encantado pelos prédios da Construtora Pasqualotto & GT Empreendimentos, tem imóvel no mesmo condomínio que o famoso cantor Alexandre Pires, o Atlantic Paradise Towers, localizado em Itapema, cidade vizinha à Balneário Camboriú e também com praias paradisíacas. O condomínio é um conjunto de itens que buscam levar conforto e praticidade aos futuros moradores ou veranistas. As torres terão mais de 226 metros de altura com dois apartamentos por andar e uma estrutura que oferece 35 metros de frente mar, quatro suítes e cinco elevadores por torre. Cada detalhe do Yachthouse Residence

Imagem Projeto Residencial Club Yachthouse by Pininfarina


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Proprietário da construtora Pasqualotto, Lindomar Pasqualotto

Club foi pensado pelos engenheiros e donos da empresa. “Morar em um empreendimento que leva em conta sustentabilidade, conforto e ambientes paradisíacos é um benefício exclusivo para os clientes da Pasqualotto & GT”, afirma o proprietário da empresa, Lindomar Pasqualotto. O prédio onde Neymar irá passar as férias será entregue em 2018. O projeto surgiu de uma parceria de sucesso entre a construtora Pasqualotto, de Itapema, e o empreendedor paranaense Geninho Thomé, que criaram a Pasqualotto & GT empreendimentos. Tedesco Marina A Tedesco Marina é referência náutica no Brasil. O local tem capacidade para 500 embarcações, incluindo hangares com capacidade para 430 embarcações, 70 vagas molhadas para embarcações de até 100 pés, equipamentos fork lifts para embarcações de até 8 toneladas e ainda travel lift para embarcações de até 50 toneladas. A Pininfarina Com sua história iniciada em 1930, a Pininfarina é um dos mais emblemáticos escritórios de design do mundo, que tem em seu portfólio o sucesso das marcas exclusivas da indústria automotiva: Ferrari, Maserati, Alfa Romeo, Jaguar, Rolls Royce, Corvette e muitos outros. No projeto residencial da Pasqualotto & GT empreendiemntos, a Pininfarina ficará responsável pela identificação de um design-conceito para as áreas comuns internas, a fim de transmitir a melhor experiência de design Pininfarina no empreendimento. Criatividade e inovação são valores que sempre caracterizaram o design Pininfarina. Aliado à visão de melhoria contínua nos processos de construção da Pasqualotto & GT, o projeto pioneiro promete ser sucesso no mercado brasileiro e mundial. Com 20 anos de atuação no mercado imobiliário catarinense,a Pasqualotto revolucionou a vida de milhares de pessoas. “Vamos colocar nossa região em destaque no mundo inteiro”, afirma entusiasmado o empresário Lindomar Pasqualotto, responsável pela empresa. g

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Suplemento News PORTO DE ITAJAÍ

Complexo tem movimentação histórica em outubro No ano, o complexo registra a movimentação acumulada de 9,25 milhões de toneladas. O avanço com relação ao igual período do ano passado é de 6%

Já a movimentação de cargas do complexo registrada nos últimos 12 meses – novembro de 2012 a outubro de 2013 – somou 1,07 milhão de TEUs, com 10,85 milhões de toneladas. O avanço com relação ao período novembro/2011 a outubro 2012 é de 5%. Em contêineres, a movimentação de outubro chegou a 114,79 mil TEUs. “Foi a maior movimentação registrada na história do complexo”, explica o diretor executivo do Porto de Itajaí, Heder Cassiano Moritz. Ao analisar os números referentes a outubro, o Autoridade Portuária constata que o mês foi excelente para o complexo, que se recupera de um período de adversidades climáticas e vários dias de operações impedidas no mês de setembro. “Também salientamos o bom desempenho dos serviços de dragagem, que restabeleceram as profundidades após pequeno assoreamento gerado pelas fortes correntezas, em decorrência das fortes chuvas ocorridas no mês anterior”, explica o superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antonio Ayres dos Santos Júnior. Segundo o superintendente, outro fato

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O volume de mercadorias embarcadas e desembarcadas nos terminais que integram o Complexo Portuário do Itajaí atingiu a marca história de 1,212 milhão de toneladas no mês de outubro. No ano, o complexo registra a movimentação acumulada de 914,11 mil TEUs, com 9,25 milhões de toneladas. O avanço com relação ao igual período do ano passado é de 6%.

ocorrido em outubro que merece destaque é a quebra de recorde de movimentação individual obtida pela APM Terminals Itajaí. O terminal registrou uma produção de 130 TEUs / hora com as operações do navio Maersk Londrina, que movimentou 5,15 mil TEUs em Itajaí. Estrutura Constituído pelo Porto Público de Itajaí e demais terminais portuários instalados nas margens direita e esquerda da Foz do Rio Itajaí, instalações de apoio logístico em operações nas cidades de Itajaí e Navegantes e completa infraestrutura para embarque e desembarques de cargas dry e reefer, o Complexo Portuário do Itajaí é

hoje a principal opção para o os exportadores e importadores que operam em Santa Catarina e um dos principais complexos do Brasil. Localização estratégica, moderna infraestrutura e mão de obra qualificada são os adjetivos que o identificam. Ao longo dos anos recentes, as principais mercadorias movimentadas pelo Porto de Itajaí são madeira e derivados, frangos congelados (maior porto exportador do Brasil), produtos cerâmicos, papel Kraft, máquinas e acessórios, tabacos, veículos, têxteis, açúcar e carne congelada. Merece destaque a movimentação de contêineres, que coloca o Complexo Portuário de Itajaí na segunda posição do ranking nacional, atrás apenas do Porto de Santos. g

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COMPLEXO PORTUÁRIO

Pescadores mostram preocupação com obras da bacia de evolução nelson robledo

O principal receio dos pescadores é com o assoreamento do Saco da Fazenda e com a definição do local a ser usado como bota-fora durante a dragagem O projeto da nova bacia de evolução do Complexo do Itajaí acaba de ser apresentado a pescadores da Colônia Z-36. Os pescadores estão preocupados com o futuro da pesca no estuário do Itajaí , por conta da realização das obras de dragagem e da marina do Saco da Fazenda. Eles querem providências da autoridade portuária para garantir a manutenção da atividade na região. A maior preocupação dos pescadores é com o assoreamento do Saco da Fazenda e com a definição do local a ser usado como bota-fora durante a dragagem da nova marina. As demandas referentes ao bota-fora do assoreamento do Saco da Fazenda surgiram durante a apresentação dos estudos para novos acessos aquaviários do Complexo Portuário de Itajaí. A apresentação compreendeu, também, detalhes da nova bacia de evolução dos navios, projetada para ser colocada em frente ao Saco da Fazenda. Uma nova reunião está prevista para acontecer no começo de dezembro. De acordo com o superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antônio Ayres dos Santos Júnior, é urgente a realização das obras da nova bacia de evolução, para que o Complexo Portuário de Itajaí mantenha a competitividade que o tem destacado no mercado mundial. Os profissionais da pesca artesanal presentes na reunião declararam apoio às modificações que se farão necessárias para a implantação da nova bacia de evolução e ao alargamento do canal de

acesso dos navios cargueiros, se atendida as reivindicações apresentadas na reunião. Nova bacia A nova bacia de evolução do Complexo do Porto do Itajaí vai ficar situada defronte ao Saco da Fazenda. O local foi identificado pela empresa holandesa Arcadis como a melhor opção para a realização da obra. O projeto prevê que a bacia tenha um diâmetro de 530 metros, 130 metros maior que a atual,

o que permitirá a entrada de navios de até 366 metros. A obra é de vital importância para a região de influência do complexo portuário, pois o mercado internacional de navegação está utilizando embarcações cada vez maiores. Segundo Antônio Ayres, a utilização dessas embarcações é uma tendência irreversível, pois aumenta a produtividade das empresas armadoras, que passam a realizar menos viagens, levando maior quantidade de carga. g


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Suplemento News PREMIAÇÃO INTERNACIONAL

APM Terminals é eleito melhor operador portuário mundial Conferido pelo júri da Containerisation International (CI Awards), o prêmio deu ênfase às operações de terminais com sensibilidade ambiental e confiabilidade A APM Terminals acaba de ganhar o prêmio de melhor Operador Portuário Internacional 2013, conferido pela Containerisation International (CI Awards). A premiação é um reconhecimento a empresas e pessoas físicas que, no ano passado, tiveram excelente contribuição para o transporte marítimo de contêineres e à indústria logística por inovação, pró-atividade ou pioneirismo. Este é o segundo ano consecutivo que a APM Terminals leva a premiação. No Brasil, o grupo tem terminais em Itajaí (SC) e Pecém (CE). O júri da edição 2013 deu ênfase às operações de terminais que demonstraram sensibilidade ambiental e confiabilidade aos clientes. O prêmio foi entregue ao vice-presidente de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da APM Terminals, Francois-Xaviera Delenclos. “Esse é o reconhecimento de nossos esforços para definir o padrão de atendimento às operações, bem como o de infraestrutura ambiental e desenvolvimento sustentável“, disse Delenclos . Em 2012, a APM Terminals alcançou uma redução de 4% nas emissões de gás carbônico por TEU, através de um amplo programa de energia verde sustentável, incluindo o Guindaste de Pórtico Montado Sobre Pneus (RTG) eletrificado e operações com CO2 neutro. CO2 Neutro é um programa voluntário de responsabilidade socioambiental para organizações e pessoas conscientes sobre o problema das mudanças

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climáticas. Além disso, um novo padrão para operações do terminal ambientalmente sustentáveis foi estabelecida através da concepção e equipagem do novo Terminal APM Maasvlakte II de águas profundas no Porto de Roterdã, na Holanda. Projetos Melhorias nos projetos, pedidos e entregas de equipamentos em 2012 criaram um modelo para todas as operações com a criação do primeiro terminal de contêineres com emissões zero de carbono do mundo. O novo terminal Maasvlakte II será inaugurado em novembro de 2014 com a capacidade de lidar com os maio-

res porta-contêineres do mundo. A eletrificação de todos os equipamentos de movimentação de contêineres permitirá que o terminal pare de eliminar gases de efeito estufa e emissões de partículas nocivas ao meio ambiente. A flexibilidade do abastecimento elétrico também cria o potencial de mudar a matriz energética, com aproveitamento de energia solar e eólica nos terminais onde elas forem disponíveis e economicamente viável. Inovações semelhantes estão previstas para outros seis novos projetos de APM Terminais em desenvolvimento, bem como 17 ampliações de instalações em andamento. g


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MARCA HISTÓRICA

Portonave supera 3 milhões de TEUs movimentados DIVULGAÇÃO

Em seis anos de operação, o Terminal já recebeu mais de 3,1 mil escalas de navios, o que representa o crescimento e a evolução da empresa A Portonave superou a marca de 3 milhões de TEUs movimentados. O valor contabiliza as movimentações desde o início da operação do terminal, em outubro de 2007. O contêiner que registrou esse número foi movimentado no navio MSC Seattle, de bandeira liberiana, no final de outubro. Em seis anos, o terminal já recebeu mais de 3,1 mil escalas de navios. Atingir esta marca histórica representa o crescimento e evolução da empresa, alinhados ao desenvolvimento sustentável. O terminal movimentou o primeiro milhão depois de quase três anos de atividade, em agosto de 2010, e o segundo milhão após um ano e nove meses, em maio de 2012. O terceiro milhão foi conquistado um ano e cinco meses mais tarde. “Em seis anos de operação buscamos o nosso espaço e hoje somos responsáveis por movimentar 46% de toda carga conteinerizada do Estado”, comenta Renê Duarte, diretor-superintendente operacional da Portonave. Em 2013, de janeiro a outubro, a companhia movimentou 588.539 TEUs, um crescimento de 14,2% comparado com o mesmo período do ano passado. O aumento é sentido tanto nas importações quanto nas exportações. A empresa registrou aumento de 21,6% nas importações na comparação entre janeiro e outubro de 2012 e 2013. Os produtos mais importados foram plásticos e derivados, seguidos por cerâmicas, bebidas e fibras sintéticas. As exportações pela Portonave também tiveram crescimento, 18,2% nos 10 meses desse ano comparado com ano pas-

sado. As carnes congeladas representam o principal produto de exportação, seguido pela madeira.

feitura do município de Navegantes no ano.

Líder de mercado, a companhia responde por 46% da movimentação de cargas em contêineres de Santa Catarina e ocupa o 18º lugar entra as 100 maiores empresas do Estado, sendo a 85ª maior companhia do Sul do Brasil, segundo ranking da Revista Amanhã. A Portonave possui seis portêineres, 18 transtêineres, dois guindastes MHC, seis empilhadeiras, 25 carretas terminals tractors e um scanner. A empresa é responsável por mais de 1.000 empregos diretos e recolheu, entre janeiro e agosto desse ano, mais de R$ 5 milhões em impostos (ISS) – o que representa 53% de tudo o que foi arrecadado pela pre-

O terminal também acaba de conquistar o prêmio internacional Operador Portuário do Ano, do Lloyd’s List Global Awards 2013. O resultado foi anunciado em outubro, em Londres, na Inglaterra. A empresa é o primeiro porto brasileiro a receber este título promovido pelo jornal inglês Lloyds List, especializado no comércio marítimo global. Por suas ações ambientais e de sustentabilidade, a Portonave foi premiada pela ADVB/SC com o troféu Empresa Cidadã 2013, na categoria Preservação Ambiental. A empresa tem, ainda, dois prêmios Expressão da Ecologia, em 2010 e 2012, da Revista Expressão, concedidos às companhias e iniciativas que se destacam na área ambiental. . g

Premiação internacional


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OPERAÇÕES DE CARGA

Movimentação nos portos do Paraná cresce 3,7% em 10 meses O índice corresponde a movimentação total de 39,3 milhões de toneladas que embarcaram e desembarcaram pelos portos de Paranaguá e Antonina DIVULGAÇÃO/APPA

As exportações dos portos do Paraná cresceram 3,7% de janeiro a outubro deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. O crescimento foi amparado, principalmente, na movimentação de soja e nas condições favoráveis das lavouras brasileiras, que nunca produziram tanto. O índice corresponde a movimentação total de 39,3 milhões de toneladas que embarcaram e desembarcaram pelos portos de Paranaguá e Antonina. A quantidade de caminhões recebidos e liberados pelo Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá, até outubro, também foi maior. Em 2012, foram 313.817 veículos de carga. Em 2013, este número ficou em 329.105 caminhões. Entre as exportações, o maior aumento foi registrado nas operações de carga geral: 20%. No ano passado, foram 6,27 milhões de toneladas. Este ano, são 7,55 milhões, considerando exportações e importações. Entre os granéis sólidos, o aumento total registrado foi de 2%. De 27,1 milhões de toneladas movimentadas de janeiro a outubro de 2012 passou para 27,6 milhões neste ano. O destaque nas exportações de granéis sólidos fica por conta da soja, que de janeiro a outubro alcançou as 7,65 milhões de toneladas movimentadas. Em 2012, no mesmo período, foram 6,6 milhões de toneladas, mostrando um aumento de 16% no período. Importações Nas importações, os destaques são as movimentações do trigo e dos fertilizantes. Em ambos os casos, o aumento registrado foi de 9%. O volume movimentado de trigo passou de 141 mil tonela-

das importadas, em 2012, para 154 mil toneladas em 2013. De fertilizantes, até outubro, os portos do Paraná já importaram quase 7,9 milhões de toneladas. No período, no ano passado, foram pouco mais de 7,2 milhões de toneladas. De acordo com os números do fechamento de outubro, a quantidade de contêineres movimentada pelo porto de Paranaguá permanece praticamente o mesmo em relação ao mesmo período do ano passado: perto dos 620 mil TEUs (unidades equivalente a 20 pés), quase 292 mil TEUs de exportação

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e 328 mil TEUs de importação. Em Antonina, a movimentação de mercadorias até outubro já superou toda a movimentação de 2012. Até agora, passaram pelo terminal o total de 1,3 milhão de toneladas de mercadorias. Durante todo o ano de 2012, Antonina movimentou 1,2 milhão de toneladas. Entre os produtos movimentados em Antonina estão os fertilizantes na importação e o açúcar na exportação. No período, em 2012, foi movimentado pouco mais de 1 milhão de toneladas de cargas pelo porto de Antonina. g


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Diário de Bordo Empresas Transporte fluvial A multinacional americana Bunge e a Amaggi acabam de criar uma joint venture de transporte fluvial no país. A Navegações Unidas Tapajós (Unitapajós) será responsável pelo escoamento de grãos de Mato Grosso pela hidrovia Tapajós-Amazonas até Santarém (PA), uma alternativa de menor custo para as empresas. Com investimento inicial de R$ 300 milhões, igualmente divididos, a empresa construirá 90 barcaças e cinco empurradores. A Unitapajós pretende escoar cerca de 3,7 milhões de toneladas de grãos no período de quatro anos e deve começar a operar já nesta safra de 2013/14.

Investimento em fábricas

Vale lucra mais

A Mercedes-Benz do Brasil anunciou investimento de aproximadamente R$ 1 bilhão no biênio 2014 e 2015 em suas fábricas de caminhões e ônibus no Brasil. Este volume de recursos será destinado à pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e tecnologias, nacionalização da linha de caminhões extrapesados Actros, otimização de processos e modernização de áreas de produção, entre outras. Também compõem esse plano de investimentos, projetos de cunho social e ambiental. O investimento abrange as plantas da empresa em São Bernardo do Campo (SP) e em Juiz de Fora (MG). O investimento de aproximadamente R$ 1 bilhão permitirá ainda que a Mercedes-Benz do Brasil reforce a posição que ocupa nos negócios de veículos comerciais da Daimler na América Latina.

A Vale lucrou R$ 7,95 bilhões no terceiro trimestre, mais que o dobro dos R$ 3,32 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. O desempenho é o melhor desde o quarto trimestre de 2011, quando a mineradora registrou ganhos de R$ 8,35 bilhões, segundo balanço divulgado pela empresa. De acordo com a companhia, a recuperação nos embarques de minério de ferro e pelotas, que chegou ao terceiro maior volume na história, totalizando 83,6 milhões de toneladas, e os preços mais elevados do produto foram os principais responsáveis pelo resultado alcançado no trimestre. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 13,63 bilhões, com alta de 73,7% na comparação com o mesmo período de 2012.

Transferência de operação

Autoridades portuárias

A BRF assinou acordo de investimento que estabelece os termos para a transferência de sua operação de bovinos à Minerva, em troca de participação acionária na empresa. A BRF repassará seus ativos de abate das plantas de Várzea Grande e Mirassol (MT), bem como os funcionários envolvidos nas referidas atividades para uma sociedade de capital fechado, a Newco Divisão de Bovinos, que será incorporada à Minerva. A operação proporcionará aumento do capital social da Minerva e, após consumada, a Newco Divisão de Bovinos se tornará subsidiária integral daquela empresa. A BRF passará a deter 29 milhões de ações da Minerva.

O presidente da Companhia Docas do Ceará (CDC), Paulo André Holanda, foi eleito diretor para Assuntos da América do Sul da Associação Americana de Autoridades Portuárias (AAPA). A posse aconteceu durante a 102° Convenção Anual da APPA e o mandato será de três anos. No âmbito do organismo internacional são discutidos assuntos relacionados ao setor portuário de todas as Américas, incluindo capacitação profissional, comércio exterior, gestão empresarial, tecnologia da informação, meio ambiente, entre outros. A primeira reunião da qual o brasileiro participará como novo diretor da entidade ocorrerá em março de 2014, em Washington (EUA), onde fica a sede da associação.


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Diário de Bordo Logística Operador logístico O Porto Itapoá, controlado pela Logz Logística Brasil S/A, fechou o mês de outubro com recorde de produtividade. O destaque é para dois números inéditos na operação do terminal: 55 navios e 31.619 contêineres foram movimentados durante o mês. Somente em 2013, o terminal já recebeu mais de 400 navios e movimentou cerca de 250 mil contêineres. A previsão é que até o final do ano sejam operados mais de 500 navios e o porto se aproxime da marca de 300 mil contêineres movimentados, o que significa ultrapassar a marca dos 450 mil TEUs. Atualmente, mais de 800 grandes empresas utilizam o Porto Itapoá como operador logístico.

Crescimento do transporte aéreo

Fluxo de carretas

A demanda pelo transporte aéreo doméstico mais que triplicou nos últimos dez anos, com alta de 234% em 2012, segundo os dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O crescimento médio do transporte aéreo, desde 2003, representou mais de 3,5 vezes o crescimento médio do PIB brasileiro e mais de 14 vezes o crescimento médio da população. O número alcançado em 2012 representou uma proporção de 55 passageiros transportados no modal aéreo para cada 100 habitantes no Brasil. Em 2003, essa mesma proporção foi de 21 para 100. No total, 107 milhões de passageiros foram transportados em 2012, dos quais 88,7 milhões no mercado doméstico e 18,5 milhões no internacional, distribuídos em mais de 1,1 milhão de voos realizados.

Santarém, no oeste do Pará, pode ter até 2020 um fluxo anual de 40 mil carretas, segundo a Secretaria dos Portos, Marina Pescatori, na reunião que discutiu o projeto de reurbanização da rodovia Santarém- Cuiabá (BR-163) no trecho urbano. De acordo com o diretor da Companhia Docas do Pará (CDP), Manoel Nascimento, atualmente, mais de 2 mil carretas passam por mês pelo Porto de Santarém. Para 2030, a previsão é que 70 mil caminhões, por ano, circulem pela cidade. A reunião abordou, entre outros assuntos, a organização de carretas que utilizam o porto de Santarém e as alternativas propostas para que o aumento do fluxo das carretas não prejudique o trânsito na área urbana.

Novo aeroporto

Logística integrada

O aeroporto internacional que está sendo construído em São Gonçalo do Amarante, região leste do Rio Grande do Norte, será entregue em abril de 2014, segundo a governadora potiguar Rosalba Ciarlini. A tentativa é viabilizar o uso do aeroporto durante os jogos da Copa do Mundo de Futebol que serão realizados em Natal. O Aeroporto de São Gonçalo do Amarante terá um terminal de passageiros de 40 mil m², 1.500 vagas de estacionamento e capacidade de operação de 6,2 milhões de passageiros por ano. O total de investimento é de R$ 410 milhões, dos quais R$ 326 milhões de financiamento do BNDES. O acesso norte ao Aeroporto deverá ser finalizado até 30 de março de 2014, enquanto a pista sul será concluída até 30 de maio.

A intenção de aprimorar a atuação “door to door” fez com que a DC Logistics Brasil reforçasse conceito de logística integrada. O reforço dessa atividade teve início em 2012, buscando se fortalecer como um dos principais players do setor de transporte e logística do país. Com esse serviço, a DC Logistics Brasil otimiza o atendimento e oferece soluções integradas aos clientes, da consultoria logística ao gerenciamento da cadeia de valor. Atualmente com nove escritórios localizados nos principais pólos brasileiros em diferentes áreas industriais, a empresa foca na necessidade do cliente. O trabalho junto com o posicionamento geográfico estratégico, a aplicação de tecnologias adequadas e os processos unificados tornam a DC Logistics Brasil uma potência no segmento para as transações de logística aliadas ao transporte internacional.

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INFORMATIVO DOS PORTOS

Diário de Bordo Offshore Investimento em embarcações A infraestrutura portuária disponível no país não será suficiente para atender aos fornecedores das petroleiras, com o crescimento da produção no pré-sal. Só o campo de Libra, o primeiro ir a leilão, deverá requerer entre 12 e 15 plataformas de produção. Cada plataforma é servida por cerca de quatro barcos de apoio marítimo, que transportam insumos e mantimentos. Libra, portanto, deverá demandar, no mínimo, mais 48 embarcações, que vão se juntar à frota de apoio marítimo em operação no Brasil, formada por 453 barcos. O mercado estima, com base em números da Petrobras, que até o fim da década essa frota possa situar-se em cerca de 750 embarcações, um crescimento de 65%.

Itaoca Offshore (1)

Itaoca Offshore (2)

O terminal portuário Itaoca Offshore, que será construído no distrito de Itaipava, em Itapemirim, no Litoral Sul do Espírito Santo, obteve a aprovação da licença prévia (LP), a primeira das várias licenças ambientais necessárias aos empreendimentos que se instalarão no Espírito Santo. Os integrantes do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) aprovaram a emissão da LP mediante o cumprimento de 51 condicionantes estabelecidas pelo Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema). Várias dessas condicionantes precisarão ser cumpridas pelo empreendedor para a obtenção da licença de instalação (LI), que permitirá o início das obras de implantação.

O foco do Itaoca é o atendimento à demanda de serviços de solução logística offshore para atendimento à indústria de exploração e produção de petróleo e gás. O projeto preliminar prevê a construção de 12 berços, sendo 11 berços de atracação para navios tipo suplly boats, quatro estruturados com ponte rolante e um para dique flutuante. Ainda, a construção de uma ponte de 800 metros e de um heliponto. O local escolhido para o empreendimento, no município de Itapemirim, está distante 130 quilômetros da Região Metropolitana de Vitória e 250 quilõmetros da região de Macaé, no Rio de Janeiro, que hoje é o maior polo da indústria petrolífera offshore do Brasil. O terminal poderá servir, também, como base de apoio às empresas que vão explorar o campo de Libra.

Tecnologia hidráulica

Gás não convencional

A Faxe Drilling, empresa com sede em Macaé (RJ) apresentou, durante a Offshore Technology Conference Brasil (OTC) a Sonda Faxe, modelo Drillmec, que está pela primeira vez no país. O equipamento possui tecnologia internacional e introduz um conceito de tecnologia hidráulica aplicada à perfuração de petróleo e gás, com capacidade de prospectar óleo e gás a 4 mil metros de profundidade ou 300 toneladas de tração em terra. A marca conta com duas dessas sondas, a Faxe 1 e a Faxe 2, operando em Minas Gerais desde 2012, nas cidades de João Pinheiro e Presidente Olegário. Na região, fazem a perfuração de poços pioneiros, nos blocos da operadora Petra Energia, e, ambas as sondas, têm operado a 99% de sua capacidade, sem Down Time.

A produção brasileira de gás não convencional deve começar pelas bacias do Recôncavo Baiano e de Sergipe-Alagoas, segundo expectativa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A agência fará, nos dias 28 e 29 de novembro, a 12ª Rodada de Licitação, específica para a concessão de áreas com grande potencial de gás natural convencional e não convencional. Serão oferecidos 240 blocos em sete bacias sedimentares, sendo as duas bacias maduras e mais cinco bacias de novas fronteiras (Acre -Madre de Dios, Paraná, Parecis, Parnaíba e São Francisco). Em Sergipe-Alagoas, estão sendo oferecidos 80 blocos. Já no Recôncavo são 50 blocos. Os vencedores da licitação terão, no máximo, quatro anos para explorar a área.


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Diário de Bordo Portos

Novo terminal de cargas (1) O Ceará receberá um investimento para fortalecer a operação de carga e distribuição no Porto do Pecém. Após articulação do Cede (Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico), a empresa pernambucana Komboogie/TRC implantará um terminal de armazenagem e logística no complexo. A empresa atua em transporte de cargas de longo curso, locação de guindastes e com logística de distribuição para grandes empresas.

Novo terminal de cargas (2)

Revitalização portuária

O terminal de armazenagem e logística da Komboogie/TRC no Pecém ocupará uma área de 120 mil metros quadrados, com investimento da ordem de R$70 milhões em instalações, veículos e maquinário, gerando cerca de 100 empregos diretos inicialmente. A expectativa da empresa é que, em dois anos, amplie o quadro próprio para 300 funcionários, fora o grande número de postos indiretos criados. O terminal de armazenagem e logística no Pecém será equivalente ao que a empresa possui no Porto de Suape. As obras já estão em andamento, e a empresa planeja iniciar suas operações em janeiro.

O projeto de revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro, considerada uma das mais degradadas da cidade, vai mudar até 2016. O Elevado da Perimetral que liga a zona sul, o centro da cidade e a ponte Rio Niterói será destruído. Sem o viaduto, o projeto da prefeitura vai abrir espaço para um boulevard, em frente aos armazéns cais do porto. Para desafogar o trânsito, além da binária, uma via expressa também será aberta. Ao todo, serão 70 quilômetros de ruas urbanizadas e túneis, além de um bondinho que vai cruzar a região, o VLT, veículo leve sobre trilhos. São 45 canteiros de obras espalhados por uma área de 5 milhões de metros quadrados. A previsão é que a cara nova do porto esteja pronta em 2016, para as Olimpíadas do Rio.

Prêmio internacional

Competição em Santos

A APM Terminals acaba de ganhar o prêmio de melhor Operador Portuário Internacional 2013, conferido pela Containerisation International (CI Awards). A premiação é um reconhecimento a empresas e pessoas físicas que, no ano passado, tiveram excelente contribuição para o transporte marítimo de contêineres e à indústria logística por inovação, pró-atividade ou pioneirismo. Este é o segundo ano consecutivo que a APM Terminals leva a premiação. No Brasil, o grupo tem terminais em Itajaí (SC) e Pecém (CE). O júri da edição 2013 deu ênfase às operações de terminais que demonstraram sensibilidade ambiental e confiabilidade aos clientes. O prêmio foi entregue ao vice-presidente de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da APM Terminals, Francois-Xaviera Delenclos.

O aumento da competição entre os terminais no Porto de Santos está reformulando a atuação dos principais armadores de contêineres. A Embraport e BTP, inaugurados em julho e agosto, respectivamente, estão atraindo linhas de navegação antes atendidas pelos “antigos” terminais - Santos Brasil, Libra, Ecoporto e Rodrimar. A Embraport atraiu a escala de importação da CMA CGM na rota entre a Costa Leste da América do Sul e o Caribe, Norte da América do Sul e América Central; e um serviço de cabotagem da Mercosul Line. Também passou a concentrar duas de três linhas de um novo consórcio de armadores para a Ásia que consolidou serviços antes pulverizados. Já a BTP recebeu, do armador MSC, o serviço do Golfo dos EUA; um do Extremo Oriente; e a escala de importação de um serviço para o Mediterrâneo.

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Artigo

Wagner Antônio Coelho

O comércio exterior brasileiro e os problemas de infraestrutura Um dos temais mais debatidos dos últimos anos são os gargalos logísticos que atrapalham o desenvolvimento do Comércio Exterior Brasileiro. Nesse sentido, define-se o Comércio Exterior Brasileiro como interação do Brasil com outros países do mundo, amparada em diversos aspectos que permitem a negociação e aquisição de bens e serviços estrangeiros, os quais são remetidos e/ou prestados para pessoa física/ jurídica estabelecida no Brasil, operação denominada de importação. Por outro lado, a negociação de venda de bens e serviços nacionais ou nacionalizados por pessoas físicas domiciliadas no Brasil, com a remessa deles para pessoa física/jurídica localizada no exterior é considerada uma operação de exportação. Com relação aos diversos aspectos que influenciam e possibilitam as operações de importação e exportação por pessoas físicas e jurídicas brasileiras localizadas em nosso país, identificam-se algumas temáticas estruturais de suma importância para o desenvolvimento do Comércio Exterior Brasileiro:

I - Sistema de normas objetivo que possibilite a atuação das empresas nacionais nas transações internacionais e aos intervenientes nessas operações, de forma segura e transparente, com finalidade de possibilitar o planejamento nas principais áreas que envolvem a temática: a) em especial logística de transportes, com ênfase no marítimo e na conteinarização; b) operação portuária e retroportuária; c) tratamento administrativo de importações e exportações; d) controle aduaneiro; e) tributação sobre as operações envolvidas nas alíneas anteriores, de forma simplificada e reduzida. II – Formação de profissionais qualificados com conhecimento sistêmico das operações comércio e logística de transportes internacional, relativas as mais diversas áreas de atuação dos intervenientes do Comércio Exterior Brasileiro para possibilitar o assessoramento para as pessoas jurídicas de direito público e privado, em especial do Poder Judiciário Brasileiro, com a criação de varas especializadas nesses segmentos, especialmente nas regiões voltadas para a atividade de importação e exportação;

III – Tirar do papel as inúmeras obras já identificadas como gargalos na logística de transporte brasileira, estradas, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos, terminais multimodais de transbordo, dentre outros procedimentos importantes. Importante destacar que as matérias inerentes ao item III acima é a que mais atenção tem recebido dos envolvidos no Comércio Exterior Brasileiro, por ser facilmente identificada. Porém, com o crescimento das importações e exportações brasileiras, aumentam o número de demandas geradas pelos diversos intervenientes do comércio exterior e da logística de transporte internacional, no contencioso administrativo e judicial. Nesse sentido, verifica-se necessário ampliar o debate a respeito de referidas matérias e estruturas, com disseminação do conhecimento operacional e jurídico, além de se buscar a implementação de novas soluções de controvérsias, sob pena de continuarmos com graves entraves ao desenvolvimento sustentável dos intervenientes brasileiros na atuação no Comércio Exterior Brasileiro. g

Wagner Antônio Coelho,advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.


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