INFORMATIVO DOS PORTOS
Março/2014 - Edição nº 174 - Ano XIV - Rua Samuel Heusi, 463 - Sala 205 - The Office Business Center - Itajaí/SC
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EDITORIAL A notícia de que o Porto de Itajaí pode ganhar o primeiro terminal exclusivo para embarque e desembarque de carros em Santa Catarina abre novas perspectivas de negócios para o complexo portuário catarinense. Conforme nossa matéria de capa, o berço 3 poderá ser expandido para a operação de contêineres e o 4, ocupado por um terminal de veículos. A primeira fase do processo de preparação para o arrendamento dos berços será a realização de obras estruturais nos dois berços. Com isso, o complexo portuário — o maior de Santa Catarina e um dos maiores movimentadores de cargas conteinerizadas do Brasil — ganha diferencial competitivo de peso para atrair cargas de algumas das grandes montadoras que estão se instalando em Santa Catarina e estados vizinhos, a exemplo da nova fábrica da BMW. Ganha não só o porto, mas uma cadeia logística que inclui todas as etapas do transporte de uma carga de alto valor agregado no estado. Outra boa notícia para o segmento é a pesquisa que a Fiesc e a UFSC prometem realizar para determinar os custos da logística da indústria catarinense. Atualmente não existe um estudo detalhado sobre os impactos da logística nos gastos da indústria nacional. O estudo vai ser dividido em setores com o objetivo de conhecer a realidade de cada segmento. Numa segunda etapa, a intenção é desenvolver um almanaque com os impactos da logística estadual na economia de Santa Catarina. O objetivo é garantir maior segurança e a melhoria da mobilidade de pessoas, veículos e cargas. Boa leitura!
Publicação: Perfil Editora Diretora : Elisabete Coutinho Diretora Administrativa: Luciana Coutinho Jornalista responsável: Luciana Zonta (SC 01317 JP) Reportagem: Adão Pinheiro e Luciana Zonta Fotos: Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem Foto de Capa: Flávio Roberto Berger/Fotoimagem Projeto gráfico: Solange González Bock Diagramação: Elaine Mafra - (47) 3046.6156 (serviço terceirizado) Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.
ÍNDICE 12.
Governo federal vai reforçar berços 3 e 4 do Porto de Itajaí e prepara novo arrendamento
20.
Porto de Imbituba conta com novo serviço regular de cabotagem
24.
Ministério quer ampliar em US$ 2 bilhões as exportações de carnes em 2014
34.
Suplemento SEP
39.
Estudo vai determinar os custos da logística na indústria do estado
40.
Suplemento Porto de Itajaí
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A PORTONAVE ESTÁ EM UMA LOCALIZAÇÃO PRIVILEGIADA: EM PRIMEIRO LUGAR NA MOVIMENTAÇÃO DE CONTÊINERES EM SANTA CATARINA.
MAIS DO QUE UM PORTO, UM POLO LOGÍSTICO COMPLETO. A Portonave é o porto responsável pela movimentação de 46% das cargas conteinerizadas de Santa Catarina e está preparada para aumentar cada vez mais esse número. Com investimentos em infraestrutura e equipamentos, está inserida em um complexo portuário consolidado e com serviços integrados. Venha crescer com a Portonave.
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PORTOS DO RIO
Federação das Indústrias do RJ cobra melhorias na capacidade operacional dos portos O levantamento aponta necessidades comuns a mais de um porto, como o aumento do número de funcionários dos órgãos responsáveis pela liberação de cargas A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) quer melhorar a capacidade de operação dos portos da capital do estado. Os principais gargalos dos portos de Rio de Janeiro, Itaguaí, Niterói, Forno (Arraial do Cabo), Angra dos Reis, Sudeste (Itaguaí) e Açu estão relacionados a questões de melhorias viárias que facilitem o acesso e à realização de dragagens de aprofundamento e de manutenção. A proposta com as reivindicações da entidade foi entregue ao ministro da Secretaria de Portos (SEP) Antônio Henrique Silveira, pelo presidente da federação, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira. O levantamento aponta ainda necessidades comuns a mais de um porto: aceleração da implantação plena do programa Guichê Único (Portal Único do Comércio
Exterior), aumento do número de funcionários dos órgãos responsáveis pela liberação de cargas para o pleno funcionamento do Porto 24 horas e a revisão da tabela de praticagem. A Firjan também levou ao ministro sugestões para reduzir os transtornos decorrentes da omissão de portos, que ocorre quando um navio deixa de passar por um porto no qual estava agendada a sua entrada, resultando na entrega da mercadoria em local diferente do contratado. De acordo com a Federação, a simples aplicação do estabelecido no artigo 10 da Resolução 2.389/2012 da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) já reduziria significativamente o problema. O artigo trata das tarifas extras geradas pela omissão e
determina que esses custos sejam cobrados diretamente do responsável pelo não embarque das cargas. Outra medida proposta é a obrigatoriedade de comunicação à Antaq de todos os casos de omissão de portos. g
DIVULGAÇÃO
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UM GIGANTE QUE ESTÁ PRESENTE EM TODO O BRASIL. Hoje, além dos Terminais Portuários de Itajaí (SC) e Pecém (CE), a APM Terminals conta com 5 terminais de contêineres vazios espalhados estrategicamente pelo país, aliados à estrutura de terminais marítimos já existentes. Isso prova que, além de gigante em eficiência, agora também somos um gigante no Brasil.
De 1º a 3 de abril, a APM Terminals estará participando da Intermodal 2014. Venha visitar o nosso estande.
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OPERADOR DE TERMINAL PORTUÁRIO DO ANO
Pecém | CE
Santos | SP Paranaguá | PR Itapoá | SC Itajaí | SC
Rio Grande | RS
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DIVULGAÇÃO
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DESEMPENHO DA ECONOMIA
Setor de transportes cresce quase 11% no Brasil Somente em dezembro foi registrado um aumento de 98% na comparação com o mesmo mês do ano anterior O segmento de transportes, serviços auxiliares de transportes e de correio cresceu 10,8% no ano passado segundo Relatório Mensal de Serviços de dezembro, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo considera a receita bruta resultante das atividades de prestação de serviços por empresas com mais de 20 funcionários. O levantamento é feito em 12 unidades da federação: Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal. O melhor desempenho foi do transporte aquaviário, que chegou a crescer 18%. Em seguida vem o aéreo, com alta de 16,8%, e o transporte terrestre com crescimento de 10,7%. O
Distrito Federal, Santa Catarina e Pernambuco tiveram os melhores resultados, com crescimento, respectivamente, de 16,8%, 16% e 12,3%. Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro ficaram no fim da lista, com incremento, nesta ordem, de 5,4%, 7,1% e 7,8%.
Crescimento trimestral
O resultado foi o mais alto entre as cinco categorias analisadas pelo instituto, que incluem serviços prestados às famílias; de comunicação; profissionais, administrativos e complementares; transportes, serviços auxiliares do transporte e correios; e outros serviços. Os serviços de transporte correspondem a 40,5%, em termos relativos, para a composição do índice geral. O crescimento médio dos serviços no país em 2013, segundo o instituto, foi de 8,5%.
Os resultados positivos para o setor de transportes foram observados nos quatro trimestres do ano passado. No primeiro, a taxa foi de 10,5%. Nos três meses seguintes chegou a 11,2%. Depois baixou para 10,9% e, no último trimestre, a alta também ficou em 10,5%. Somente no último mês do ano, o crescimento nos serviços de transporte ficou em 11,5% na comparação com dezembro de 2012. A alta foi a maior dos últimos três anos. Em 2011 o incremento havia ficado em 9,9% e, no ano seguinte, em 10,2%. g
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ESPECIAL
DIVULGAÇÃO/PORTO DE ITAJAÍ
Governo Federal vai reforçar berços 3 e 4 e prepara o novo arrendamento
Os serviços, que englobam obras de reforço e alinhamento dos berços, vão absorver investimentos de R$ 114 milhões, provenientes do PAC2
O governo federal está prestes a iniciar as obras de reforço dos berços 03 e 04 do Porto de Itajaí para preparar o processo de transferência para a iniciativa privada e prorrogar o contrato de arrendamento do berço 01 do Porto do Itajaí, atualmente administrado pela APM Terminals. Pelo projeto inicial, o berço 3 poderá ser expandido para a operação de contêineres e o 4 será ocupado por um terminal de veículos, já que Santa Catarina não possui um cais específico
para automóveis. As obras de reforço dos dois berços foram licitadas em 2012 e a empresa vencedora foi conhecida no ano passado. A primeira fase do processo de preparação para o arrendamento dos berços 3 e 4 será a realização de obras estruturais nos dois berços. Os serviços previstos vão englobar obras de reforço e alinhamento dos berços e absorver investimentos de R$ 114 milhões, pro-
venientes do Programa de Aceleração de Crescimento II (PAC2) e repassados pela Secretaria dos Portos (SEP). As obras vão possibilitar que as estruturas sejam preparadas para a cota de dragagem de -14 metros e possam receber navios de maior porte, assim como operar com equipamentos mais modernos e de melhor performance. O inicio oficial dos serviços depende da agenda do ministro dos Portos, Antônio Henrique Silveira.
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RONALDO SILVA JR.
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De acordo com o superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Júnior, a utilização dos dois espaços foi definida depois da apresentação do resultado da avaliação de uma consultoria contratada pela autoridade portuária. Na análise enviada à SEP e à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a autoridade portuária sugere que o berço 3 seja expandido para a movimentação de contêineres e preparada a licitação do berço 4. Em 2012, a autoridade portuária já havia lançado um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para colher subsídios e propostas para definir alternativas mais adequadas para o projeto de expansão do Complexo Portuário do Itajaí. Os resultados do procedimento e da avaliação da consultoria estão sendo utilizados para subsidiar a modelagem e o processo de licitação pública para que a iniciativa privada possa investir no porto. “Esses investimentos vão alavancar o desenvolvimento regional e melhorar o desempenho empresarial da Autoridade Portuária”, explica o superintendente do Porto de Itajaí. Na época, duas empresas manifestaram interesse em arrendar as novas áreas do porto. Uma delas previa investir na movimentação de contêineres e a outra em um terminal para cabotagem e outro dedicado à movimentação de carros. Os dois interessados concordavam que era inviável abrir processo de licitação para a instalação de um terceiro terminal de contêineres, pois essa iniciativa poderia inviabilizar os serviços oferecidos nas duas margens do Itajaí-Açu. Depois de muitos estudos, conforme Antônio Ayres, ficou estabelecido que a melhor solução
seria oferecer um berço para contêineres e outro para a movimentação de veículos. Expansão do porto O processo de arrendamento dos berços 3 e 4 deveria ter começado em 1997, o que acabou não ocorrendo por uma série de circunstâncias. Antônio Ayres lembra que quando o berço 1 foi arrendado em 2001, o contrato previa que o arrendatário tinha a obrigação de fazer o berço zero (hoje 1). Mas, para fazer a estrutura, o setor público tinha que desapropriar diversas áreas, o que não ocorreu no tempo previsto. Como no contrato o arrendatário tinha o
Superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Júnior
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Entenda o caso
O cronograma das licitações das áreas passíveis de arrendamento nos portos organizados envolve as seguintes etapas: elaboração de estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental; análise dos estudos por parte da Comissão Mista SEP/Agência Nacional de Transportes Aquáticos (Antaq); realização das consultas e audiências públicas; envio de estudos e documentos para análise do Tribunal de Contas da União (TCU); publicação do edital; e leilão.
direito de usar os berços 3 e 4 até a conclusão das obras, o novo arrendamento não aconteceu. Em 2005, o contrato sofreu uma dilatação do prazo para que as obras previstas pudessem ser realizadas. “Diante desta situação, nós não poderíamos fazer o arrendamento de uma área que estava sob o domínio do arrendatário”, pontua o superintendente do Porto de Itajaí. Nesse período, ocorreram as duas enchentes que acabaram obrigando a APM Terminals a ampliar o período de utilização dos berços que agora serão arrendados. Antônio Ayres explica que uma das premissas para a instalação de um terminal de contêineres é que cada berço tenha de
100 mil a 150 mil metros quadrados de área primária. O arrendamento dos berços 3 e 4 prevê a desapropriação de novas áreas no entorno do Porto, até próximo à Rua Heitor Liberato (Silva), que será interligada à chamada Via Portuária. Hoje, em Itajaí, a APM Terminals opera dois berços para uma área primária com cerca de 75 mil metros quadrados. Como em dezembro de 2012 foi publicada a medida provisória 595, depois transformada na Lei dos Portos, que devolveu à SEP e à Antaq a responsabilidade de fazer os editais de arrendamentos, o governo federal está organizando todos os arrendamentos do país, ainda sem data definida. g
O Programa de Arrendamentos Portuários, lançado em dezembro do ano passado, é dividido em quatro blocos, abrangendo um total de 159 áreas (incluído as 52 do bloco 1) distribuídas em portos organizados das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul. A previsão é de que os investimentos no programa cheguem a R$ 17,2 bilhões até 2017.
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EXPANSÃO PORTUÁRIA
Porto cearense projeta terceira etapa da obra A nova fase da construção deve iniciar em 2015, com a expectativa de gerar 15 mil empregos durante todo o processo e custar R$ 1,3 bilhão DIVULGAÇÃO
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Os cearenses já estão projetando a terceira etapa do Porto de Pecém com a implantação de um quebra-mar com cerca de 2.800 metros. A nova fase da construção deve iniciar em 2015, com a expectativa de gerar 15 mil empregos diretos e indiretos durante todo o processo e custar R$ 1,3 bilhão. A estrutura permitirá a instalação de cinco berços para atender a futura refinaria de petróleo Premium II e dois berços para utilização da ferrovia Transnordestina. O prazo ainda depende de questões burocráticas, da velocidade de tramitação dos projetos, segundo o diretor de Expansão da Cearáportos, Luiz Hernani de Carvalho Júnior. A empresa, que gerencia o Porto do Pecém, é vinculada à Secretaria da Infraestrutura do Ceará (Seinfra). O aviso de licitação para a contratação dos serviços, incluindo a elaboração de estudos e projetos, foi publicado pela Seinfra no Diário Oficial do Estado.
A segunda fase de ampliação do terminal teve início quase dois anos após o período previsto pelo governo estadual. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) só autorizou o começo das obras de ampliação do Terminal de Múltiplo Uso (TMUT) em novembro de 2013. O consórcio Marquise/ QG/Ivaí — formado pelas empresas Construtora Marquise, Queiroz Galvão e Ivaí Engenharia de Obras — é responsável pelos serviços do TMUT. “Até o momento, 12% das obras foram executados. Os trabalhos estão caminhando num ritmo bom, contribuindo para que a ampliação do terminal portuário seja entregue no fim de 2015”, destaca Luiz Hernani. Produção local A segunda etapa de expansão do terminal portuário inclui uma nova ponte de acesso
ao quebra-mar existente com 1.570 metros de extensão; pavimentação de 1.065 metros sobre a estrutura; ampliação do quebra-mar em 90 metros (engorda); e construção de 600 metros de cais com dois berços de atracação de navios cargueiros ou porta-contêineres. A obra é financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Luiz Hernani destaca que, no contexto de ampliação do Terminal Portuário do Pecém, é prioridade do governo estadual capacitar e colocar dentro do processo produtivo a mão de obra local para beneficiar a economia de São Gonçalo do Amarante e municípios vizinhos. Para o gestor, a expansão do terminal, aliada a obras como a Transnordestina e a Premium II, além de gerar emprego e renda, será fundamental para incrementar a produção do estado. g
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ÓLEO & GÁS
Petrobras tem lucro líquido de R$ 23,6 bilhões
O lucro da maior empresa estatal brasileira atingiu R$ 23,6 bilhões em 2013, alta de 11% em relação aos R$ 21,2 bilhões alcançados em 2012. O EBITDA da Petrobras, lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (sigla para Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization) ajustado atingiu R$ 62 bilhões e 967 milhões, 18% maior que o de 2012. O aumento, segundo a presidente da companhia Graça Foster, é explicado pelos maiores preços de venda de combustíveis, em função dos três reajustes do diesel e dois da gasolina ao longo do ano. “Além disso, houve aumento significativo da produção de derivados em nosso parque de refino, pelos expressivos resultados de redução de custos e aumento de produtividade, bem como pelos ganhos com as operações de venda de ativos”, comenta Graça. Apesar dos números, o lucro de 2013 foi o segundo menor nos últimos seis anos, desde a crise mundial econômica de 2008. O pior resultado nesse período foi o de 2012, quando o lucro caiu 36% em relação ao do ano anterior. No quarto trimestre, a empresa lucrou R$ 6,25 bilhões, 85% acima do trimestre anterior, mas 18,9% abaixo do mesmo período de 2012. Conforme analistas, o resultado foi turbinado pela decisão da Petrobras de adotar a contabilidade de hedge, uma prática que reduz o impacto da
divulgação
Este foi o segundo menor lucro nos últimos seis anos, desde a crise econômica de 2008. O pior resultado foi o de 2012, quando o lucro caiu 36% variação cambial sobre as dívidas em dólar. Os números também tiveram o efeito da venda de ativos por parte da empresa em 2013, que trouxeram ao seu caixa R$ 8,5 bilhões. Sem esse efeito, o lucro teria sido ainda menor do que o de 2012, já fraco. O resultado pode aliviar as pressões por reajustes no preço da gasolina para compensar as perdas com a importação do combustível para atender à demanda interna. Especialistas avaliam que o governo dificilmente autorizará aumentos antes das eleições. Em 2013 a gasolina subiu 10,9% nas refinarias, e o diesel, 19,6%. A Petrobras chegou a anunciar a criação de uma fórmula que garantisse revisão periódica de preços, seguindo a cotação do petróleo e o câmbio. g
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Lucro líquido anual da Petrobras 2008: R$ 32,99 bilhões 2009: R$ 28,98 bilhões 2010: R$ 35,19 bilhões 2011: R$ 33,13 bilhões 2012: R$ 21,18 bilhões 2013: R$ 23,57 bilhões
Presidente da Petrobras, Graça Foster
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Petrobras em tópicos • A produção de petróleo e gás natural totalizou 2 milhões 539 mil barris de óleo equivalente por dia em 2013, 2% inferior à de 2012, principalmente em consequência de postergações no início da produção dos novos sistemas, do declínio natural dos campos e da venda de ativos no exterior. No trimestre, a produção doméstica foi 1% superior à do 3º trimestre. • Em 2013, cinco novas plataformas entraram em operação e outros quatro sistemas foram encaminhados para a locação definitiva. O Pré-sal atingiu recorde diário de produção de 371 mil bpd em 24 de dezembro. • As reservas provadas no Brasil alcançaram 16 bilhões de barris de óleo equivalente, crescimento de 1,6% em relação a 2012, com Índice de Reposição de Reservas acima
de 100% pelo 22º ano consecutivo. • A produção média de derivados refinados no país totalizou 2 milhões 124 mil bpd em 2013, 6% superior à de 2012, reduzindo a necessidade de importação de diesel e gasolina. • O PROEF (aumento da eficiência operacional da Bacia de Campos) contribuiu com uma produção adicional de petróleo de 63 mil bpd. A eficiência operacional chegou a 75% na UO-BC e a 92% na UO-RIO. • O PRODESIN (desinvestimentos) totalizou R$ 8,5 bilhões de contribuição ao caixa no ano de 2013. • O PROCOP (otimização de custos operacionais) alcançou uma economia de R$ 6,6 bilhões em 2013, superando a meta de R$ 3,9 bilhões estabelecida para o ano.
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MERCADO CATARINENSE
Porto de Imbituba conta com novo serviço regular de cabotagem Os contêineres devem ser descarregados em Santos e de lá seguir nos navios da Aliança para os destinos finais, beneficiando os estados da região Sul A empresa Hamburb Sud/Aliança começou a operar um novo serviço regular com escalas semanais no Tecon Imbituba, administrado pela Santos Brasil no Porto de Imbituba, no Sul de Santa Catarina. A nova escala oferece serviço de cabotagem, conectando o porto com os demais terminais do país. O novo serviço deverá impulsionar a economia regional no mercado interno, uma vez que facilitará o escoamento de cargas às regiões Norte e Nordeste, especialmente para os portos de São Luís (MA), Manaus (AM), Pecém (CE), Suape (PE) e Salvador (BA). Os contêineres embarcados em Imbituba devem ser descarregados em Santos e de lá seguir nos navios da Aliança para os destinos finais, beneficiando diretamente produtores do agrobusiness e empresas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Outro serviço da Hamburg Sud, o UCLA, que já atende a rota Golfo do México e Caribe com escala semanal em Imbituba, vai sofrer mudança e concentrará todo o transbordo destas áreas e River Plate (Argentina e Uruguai) no porto catarinense. “Antes, só tínhamos cargas para importação e exportação, mas agora o Tecon poderá armazená-las e carregá-las em navios de cabotagem a outros portos”, salienta Paulo Pegas, gerente comercial da Santos Brasil em Imbituba. A ampliação do mix de serviços do Tecon Imbituba aumenta as possibilidades de a empresa focar em outros mercados, como o asiático. “Temos um
excelente terminal com tecnologia de ponta e de fácil acesso, sendo uma importante alternativa logística para o Sul do País”, reforça o executivo. A capacidade de movimentação do Tecon Imbituba é de 450 mil TEUs/ano. Contudo, pode ser ampliada para 970 mil TEUs em médio prazo em função da demanda por novos serviços.
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O Porto de Imbituba fica em uma enseada de mar aberto, tem calado de 15 metros de profundidade e está estrategicamente localizado no Sul de Santa Catarina, a 360 quilômetros de distância de Porto Alegre (RS), com fácil acesso rodoviário pela BR-101 e à malha ferroviária regional. “Com estes serviços, também estamos abrindo novas frentes de negócios para empresas dos segmentos metal mecânico, automotivo, ceramista, alimentício e de cargas refrigeradas, como carnes”, diz Pegas. Sobre a Santos Brasil A Santos Brasil é referência em operação de contêineres e logística. Criada há 15 anos para operar o Tecon Santos, no Porto de Santos (SP), a empresa já investiu R$ 3 bilhões em aquisições, expansões, novos equipamentos, tecnologia e recursos humanos. Antecipando-se ao crescimento do fluxo de comércio internacional, a Santos Brasil colaborou significativamente para aumentar a capacidade logística portuária do país. A produtividade do Tecon Santos é a mais alta do Brasil: média mensal de 80 MPH (movimentos por
hora) e recorde histórico de 81,86 MPH (registrado em abril 2012). Em janeiro de 2012, o Tecon Santos bateu a marca de 155,5 MPH na operação de um único navio. Além do Tecon Santos, a companhia opera mais dois terminais de contêineres, o Vila do Conde (PA) e Imbituba (SC), e um terminal de veículos (TEV) no Porto de Santos. g
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MERCADO PETROLEIRO
Brasil lança 10º navio do Programa de Expansão da Frota O país tem hoje a terceira maior carteira mundial de encomendas de petroleiros e a quarta maior de navios em geral. Promef impulsionou a reconstrução da indústria naval O décimo navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) acaba de ser lançado ao mar pela Transpetro. O Irmã Dulce é o segundo de uma série de quatro petroleiros do tipo panamax que serão batizados em homenagem a mulheres que ajudaram a construir a história do Brasil. O primeiro foi o Anita Garibaldi, que está na fase de acabamentos. Utilizados para o transporte de petróleo e derivados escuros, os navios desse tipo têm 228 metros de comprimento e capacidade de transportar 90,2 milhões de litros. O Irmã Dulce foi transferido ao cais do estaleiro, onde passará por acabamentos antes da entrega à Companhia para o início das operações. Das dez embarcações do Promef lançadas ao mar, sete já foram entregues à Transpetro: os navios de produtos Celso Furtado, Sérgio Buarque de Holanda, Rômulo Almeida e José Alencar, construídos pelo Mauá; e os suezmax João Cândido, Zumbi dos Palmares e Dragão do Mar, feitos pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Ipojuca (PE). Destes, seis estão em operação, e o Dragão do Mar fará a sua primeira viagem ainda neste primeiro trimestre. “Conseguimos mostrar que a indústria naval brasileira alcança, cada vez mais, o patamar da produtividade e da produção em série. O Promef garante a encomenda de navios no Brasil e o conteúdo nacional mínimo de 65%”, afirma o presidente da Transpetro, Sérgio Machado. O Brasil tem hoje a terceira maior carteira mundial de encomendas de petroleiros e a quarta maior de navios em geral. O Promef impulsionou a re-
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Presidente da Transpetro, Sérgio Machado
construção da indústria naval brasileira após uma crise de décadas, com investimento de R$ 11,2 bilhões na encomenda de 49 navios e 20 comboios hidroviários. A indústria naval, que chegou a ter menos de dois mil operários na virada do século, hoje emprega 78 mil pessoas, segundo dados do Sinaval. Apenas no Estaleiro Mauá, onde o Irmã Dulce está sendo construído, foram gerados 3.400 postos de trabalho. O Promef tem três pilares: construir navios no Brasil, alcançar índice de conteúdo nacional mínimo de 65% na primeira fase, e de 70% na segunda fase, e atingir competitividade internacional, após a curva de aprendizado. Segundo o presidente da Transpetro, os dois primeiros pilares já foram alcançados. O terceiro pilar é o atual foco, segundo Sérgio Ma-
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chado. Para atingir este objetivo, a Transpetro criou o Sistema de Acompanhamento da Produção (SAP), que tem como função avaliar os processos produtivos dos estaleiros e sugerir alternativas para melhoria da produtividade. Os principais players da indústria naval internacional, como Japão, Coreia do Sul e China, levaram, respectivamente, 63, 53 e 23 anos para atingir a maturidade do setor. Construção do navio A tradição da indústria naval mundial tem suas particularidades. A construção de um navio tem cerimônias que marcam etapas fundamentais das obras: o corte da primeira chapa de aço, o batimento de quilha, o lançamento ao mar e a entrega ao armador.Depois de concluída a edificação do casco, o navio é batizado e lançado ao mar para os acabamentos. O lançamento libera o dique para o início das obras de uma nova embarcação, quando o navio em construção é transferido para o cais do estaleiro. No cais, são feitas as obras de acabamento, as interligações dos vários sistemas e os últimos testes em equipamentos. Antes da entrega, o navio é geralmente levado de novo ao dique para a limpeza do casco. Por fim, são feitas as provas de mar, viagens de curta duração que testam o desempenho geral da embarcação. Após a conclusão de todas as obras e testes, o navio é certificado por uma sociedade classificadora independente e entregue ao armador para o início das operações. g
Ficha técnica Irmã Dulce: v Tipo: petroleiro panamax v Porte bruto: 72.900 Toneladas de Porte Bruto (TPB) v Comprimento total: 228 m v Boca: 40 m v Calado:12 m v Altura: 48,3 m v Velocidade: 15 nós v Transporta: petróleo e derivados escuros v Capacidade para transportar 90,2 milhões de litros v Característica: navio ”shallow draft” (calado reduzido)
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AVES & SUÍNOS
Ministério quer ampliar em US$ 2 bilhões as exportações de carnes em 2014 Setor estima ser possível incrementar mais 1 milhão de toneladas de carnes comercializadas com o mundo. Para isso, precisa abrir novos mercados O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) quer aumentar as vendas externas de carnes suínas e de aves em pelo menos US$ 2 bilhões em 2014. Em 2013, o setor registrou crescimento de 6,59% no valor das exportações, alcançando US$ 16,272 bilhões, e de 2,82% em peso, com o total de 6,081 milhões de toneladas. Diante deste aumento, o setor estima ser possível incrementar mais 1 milhão de toneladas de carnes comercializadas com o mundo. Para alcançar este objetivo, os representantes do setor solicitaram apoio do governo para abertura de novos mercados, identificando países asiáticos e africanos como frentes potenciais para esta expansão. Segundo o secretário-exe-
cutivo do Ministério do Desenvolvimento, Ricardo Schaefer, o órgão propôs aos representantes da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abiepcs), a elaboração de uma agenda conjunta de competitividade, com foco na integração da política industrial, comercial e de promoção de exportações. “Há uma interdependência entre governo e setor privado para estabelecermos uma estratégia exportadora eficiente”, afirma. Campanha na Copa O secretário avalia que, para isso, é necessá-
rio considerar “as rápidas mudanças que vêm ocorrendo no cenário internacional”, diz. “Há acirramento na competição e precisamos, a cada momento, revisar, dar novo impulso e manter integrados os times que trabalham nesta agenda”, completa. Os representantes das três entidades setoriais anunciaram que irão realizar uma campanha, com apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), vinculada ao MDIC, para promover a imagem de qualidade das carnes brasileiras durante a Copa do Mundo de Futebol no Brasil este ano aos turistas estrangeiros que visitarão o país para o evento. g
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Santos/SP
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ARMADORES NO BRASIL
Tempo de espera dos navios nos portos brasileiros cresce 3,3% Os recordistas em atrasos foram os portos de Santos, Itajaí, Paranaguá, Sepetiba e Rio de Janeiro, responsáveis por 82% dos atrasos nas atracações Armadores que operaram na costa brasileira no ano passado perderam 67,1 mil horas em atrasos na atracação e desatracação de seus navios, alta de 3,3% sobre o último dado disponível para o mesmo intervalo de tempo, de 2010. Com a piora da situação, o tempo médio de espera por escala subiu 27,5% na mesma base de comparação, subindo de 14,9 horas para 19 horas. Os dados são do Centro Nacional de Navegação (Centronave), que reúne armadores de contêineres e carga geral. Os recordistas em atrasos em 2013, segundo dados do Centronave, foram os portos de Santos (SP), Itajaí (SC), Paranaguá (PR), Sepetiba e Rio de Janeiro (RJ), responsáveis, no conjunto, por 82% dos atrasos nas atracações. A associação
calcula um acúmulo de prejuízos de US$ 127 milhões, valor que envolve o custo diário dos navios e o aluguel dos contêineres, entre outros. “Não é possível que o país se submeta a atrasos e a custos adicionais dessa ordem sem que o comércio exterior sofra”, comenta o diretor executivo do Centronave, Cláudio Loureiro. Entre os portos que apresentam maior volume de atraso, as razões para o problema variam de terminal para terminal, mas as restrições de profundidade são recorrentes, assim como o mau tempo no Sul. No Porto de Santos, por exemplo, houve problemas estruturais e pontuais em 2013. No primeiro caso, pesaram a falta de profundidade adequada dos berços de atracação e os congestionamentos
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nos acessos terrestres. Também houve uma restrição temporária na utilização de alguns dos poucos berços aptos a receber grandes navios. Limitações de calado Os portos do Rio de Janeiro e Itajaí também tiveram dificuldades devido a limitações de calado. “As dragagens, em geral, não tiveram os resultados esperados. Paralelamente, cada vez a safra agrícola está maior e a infraestrutura terrestre permanece a antiga”, diz Miguel Malaguerra, diretor do armador Grimaldi. Sem poder escalar em Santos, algumas empresas decidiram ir para outros portos, mas que também não tinham condições de receber volumes adicionais. O resultado do aprofundamento do canal de San-
tos, contratado pela Secretaria de Portos (SEP), também criou limitação à navegação. Para aprofundar o canal, foi necessário diminuir a largura de uma curva, o que dificultou a manobra de grandes embarcações. Paralelamente, duraram apenas sete meses os benefícios do aprofundamento: o calado operacional, ampliado em quase um metro em 2013, foi recentemente rebaixado devido ao assoreamento. A SEP está prestes a lançar uma licitação para corrigir o traçado de Santos e manter a profundidade originalmente contratada, de 15 metros. Até 2013, a quantidade de navios com mais de 300 metros de extensão que vinha ao Brasil girava em torno de 5% da frota empregada no país. A partir deste ano a fatia será de 25%. g
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Artigo
Eduardo Meirelles
Taxação mais justa: mulheres realmente devem pagar menos? Há cerca de 20 anos surgia no mercado de seguros de automóvel o conceito de perfil de segurado. O objetivo era taxar de forma diferenciada os riscos que cada perfil apresentava. Porém, a forma como estes riscos foram classificados permite que seja questionada, na justiça, como uma prática discriminatória.
de relação direta entre causa e efeito. O que ocorre é que, na média, as mulheres se expõem de forma diferente dos homens por passarem menos tempo dirigindo, evitarem dirigir de madrugada e por dirigirem com maior cautela e em menor velocidade. Entretanto, não podemos afirmar que individualmente isto ocorra.
As seguradoras verificaram que, em média, o grupo de segurados do sexo feminino apresentava menor ocorrência de sinistros que o grupo de segurados do sexo masculino. Como se trata de uma informação fácil de ser obtida, esta informação passou a ser usada no cálculo do seguro de automóvel de forma bastante difundida.
Tempo de exposição, faixa horária da exposição e velocidade média são medidas que apresentam nexo causal com sinistros. O risco se caracteriza pela forma de exposição e não pelo sexo do segurado que, na verdade, passou a ser usado como uma forma indireta de estimar as variáveis acima, em função da dificuldade de medição direta das mesmas.
O conceito, estatisticamente, está correto, porém, está sendo reconhecido como um critério discriminatório. Isso porque esta informação, embora tenha significado estatístico, não apresenta nexo casual. Entende-se como nexo causal a existência
Como não existe relação direta com o risco real, alguns homens podem representar risco menor que a média das mulheres. Por mais que sejam cuidadosos, dirijam pouco por dia, e saiam pouco durante as madru-
gadas, a taxa de seguro será mais elevada que de uma mulher. Estes homens estão sendo penalizados pelo fato de pertencerem ao sexo masculino e não por representarem risco maior. Alguns países da Europa consideram esta prática discriminatória e estão proibindo que seja utilizada. Neste contexto é que surgem métodos de medição direta das variáveis que representam o risco real, baseados em equipamentos de baixo custo embarcados nos veículos. O uso destas variáveis na taxação de seguros é chamado de Pay As You Drive ou UBI (Usage Based Insurance). A pressão exercida pela visão da justiça e a maior precisão da medição irá abreviar a mudança e, certamente, o perfil de segurado será substituído por equipamentos que façam a medição direta das variáveis que realmente representem o risco. Vamos acompanhar e ver o que irá acontecer no Brasil.
O autor é pós-graduado em Engenharia de Segurança, já participou da elaboração de normas técnicas relativas à proteção do meio ambiente pela ABNT e atualmente ocupa a Gerência de Pesquisas & Desenvolvimento da 3T Systems
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QUALIFICAÇÃO DA MÃO DE OBRA
Empresas brasileiras buscam caminhoneiros em países vizinhos A Associação Nacional do Transporte de Carga e Logística (NTC&Logística) calcula que o déficit para atuar no setor de cargas chega a 100 mil profissionais A carência de profissionais para atuar no modal rodoviário está motivando empresas brasileiras a buscar mão de obra em outros países. De acordo com números da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), nós próximos três meses, 50 motoristas colombianos devem atuar em empresas de transporte do Paraná. Muitos dutos de petróleo foram instalados na Colômbia e o produto deixou de ser transportado por caminhões, o que deixou mão de obra disponível para o setor rodoviário de cargas. Informações da Associação Nacional do Transporte de Carga e Logística (NTC&Logística) apontam que o déficit para trabalhar no setor de cargas chega a 100 mil profissionais. Preocupado com carência de profissionais qualificados no transporte, o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar) decidiu recrutar motoristas da Colômbia. “Trouxemos um instrutor colombiano para fazer um curso de reciclagem de motoristas em nosso instituto e, quando ele voltou ao país de origem, divulgou a oportunidade entre os colegas”, explica o presidente da entidade, Gilberto Cantú. Mais de 200 currículos já foram recebidos. A entidade troca a carteira de motorista e ajuda a realizar todo o processo burocrático para legalizar a situação dos estrangeiros no Brasil, que ainda passam por um treinamento no Setcepar com orientações sobre direção defensiva, legislação e primeiros socorros, e aulas práticas com um caminhão. Somente no Paraná, a estimativa é que faltem 5 mil profissionais para trabalhar com caminhões.
A grande demanda por mão de obra também está ligada à aposentadoria dos motoristas e à falta de interesse dos jovens pela carreira. Carteira de graça Atento à necessidade de formar mão de obra qualificada para o transporte rodoviário de cargas, o Sest Senat lançou, no início do fevereiro,
o Programa Primeira Habilitação Para o Transporte. O projeto vai oferecer, gratuitamente, a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), na categoria B, a 50 mil jovens de baixa renda, com idade entre 18 e 25 anos. O Sest Senat oferecerá cursos de formação específica tanto para motoristas de ônibus como de caminhão, além de viabilizar a mudança de categoria da CNH (D ou E) dos participantes. g
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LOGISTICA AÉREA
Estudo da Abear sugere investimentos de R$ 57 bilhões nos aeroportos Entre 2002 e 2012, o número de brasileiros que viajam de avião mais que triplicou, passando de 30 milhões para 100 milhões por ano Os aeroportos dos quatro cantos do Brasil precisam receber de R$ 42 bilhões a R$ 57 bilhões em seis anos para atender o crescimento na demanda de passageiros. O maior volume dos investimentos, entre R$ 17 bilhões R$ 24 bilhões, deverá ser concentrado nos 20 maiores terminais do país, segundo estudo da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). Outra fatia menor, de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões, seria direcionada à ampliação de capacidade e melhorias dos demais aeroportos de menor porte. A Abear calcula ainda que, para a criação de 70 novos aeroportos, precisarão ser desembolsados entre R$ 22 bilhões e R$ 29
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bilhões para atender o aumento de passageiros. “Vamos ter que investir em infraestrutura se quisermos crescer nesse ritmo de demanda do mercado brasileiro”, explica Adalber to Fideliano, consultor técnico da Abear. Entre 2002 e 2012, o número de brasileiros que viajam de avião mais que triplicou, passando de 30 milhões para 100 milhões por ano. Neste período, exceto por algumas melhorias no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), e no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro (RJ), e a construção de um novo terminal no Aeroporto de Guararapes, no Recife, praticamente não houve investimentos em aeroportos. Investimentos em Viracopos Com investimentos de R$ 1,5 bilhão, o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), será preparado para receber 80 milhões de passageiros/ano e se transformará no maior e mais moderno aeroporto da América Latina. Os recursos fazem parte do contrato de parceria assinado recente-
mente entre a concessionária que administra o aeroporto e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A participação do banco corresponderá a 62,6% do investimento. Além deste valor, mais R$ 300 milhões serão captados pela concessionária em debêntures de infraestrutura (títulos de crédito), totalizando um pacote de financiamento de R$ 1,8 bilhão. Estas debêntures serão do tipo simples (não conversíveis em ações). Em dezembro de 2012, a empresa Aeroportos Brasil-Viracopos já havia recebido do BNDES empréstimo-ponte de R$ 1,2 bilhão. Este financiamento será pago quando do primeiro desembolso do empréstimo que acaba de ser aprovado. A Concessionária Aeroportos Brasil Viracopos é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) que tem como sócios a Infraero, com 49% do capital total, e a Aeroportos Brasil S/A, com 51%. A Aeroportos Brasil é controlada por UTC Participações, Triunfo Participações e Investimentos S.A. e pela empresa aeroportuária internacional Egis Airport Operation, que
opera outros 13 aeroportos no mundo. Com os recursos do BNDES, a concessionária realizará investimentos na ampliação e modernização do aeroporto. Entre as obras já iniciadas está a construção de novo terminal de passageiros, com 145 mil m², ampliando a capacidade para atender cerca de 22 milhões de pessoas por ano. Os recursos também estão sendo usados para a construção do edifício-garagem com capacidade para 4.000 veículos, outra estrada de acesso ao aeroporto e aproximadamente 400 mil m² de pátios de aeronaves e taxiways (faixas de pistas nas quais as aeronaves podem taxiar). O aeroporto atende hoje, com 28 mil m² do atual terminal, cerca de 9,3 milhões de passageiros por ano. O Terminal de Cargas de Viracopos (Teca) é o maior da América Latina em volume de importação. Também estão previstos investimentos sociais no valor de R$ 7,4 milhões. Estes recursos serão direcionados à população da RMC (Região Metropolitana de Campinas), composta por 19 cidades. g
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SERVIÇOS PLANEJADOS PARA DIFERENTES DESAFIOS
Contamos com uma equipe preparada para
INDÚSTRIA COMPETITIVA
Sul do Brasil quer ampliar o recebimento de gás natural Documento elaborado pelas federações das indústrias de SC, PR e RS aponta as opções de suprimento e transporte de gás para o Pemat DIVULGAÇÃO
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oferecer soluções logísticas de acordo com suas necessidades com serviços integrados e total segurança às operações. Transporte Casa Contêiner e Construções Modulares
Venda e Aluguel de Contêineres
As federações das associações empresariais do Sul do Brasil querem ampliar o suplemento de gás natural que abastece a região. Um documento foi entregue ao secretário-executivo Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann, pelos presidentes da Fiergs (RS), Heitor José Müller; e da Fiesc (SC), Glauco José Côrte; e pelo vice-presidente da Fiep (PR), Hélio Bampi, que formam o Fórum Industrial Sul. No documento, os empresários pedem a inclusão de projetos de suprimento e transporte de gás natural para a região no Plano Decenal de Expansão da Malha de Transporte Dutoviário (Pemat). Os três estados do sul e mais Mato Grosso do Sul, segundo a Fiesc, representam hoje o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a segunda maior região exportadora, tem 8,5 milhões de trabalhadores — os quais 2,5 milhões no setor industrial — e 30 milhões de habitantes.
Depósito de Contêineres
CFS / Armazenagem
Reefer Service
Elaborado pelas três federações, o documento aponta as opções de suprimento e transporte de gás natural para o Pemat. Em uma tentativa de mapear a infraestrutura de gasodutos necessária para suportar o crescimento do uso de gás natural até 2022, o plano definirá uma nova rede de grandes dutos que vai cortar o país. Os industriais destacaram a preocupação com o atual cenário de fornecimento do insumo enfrentado pelas empresas, abastecidas somente pelo gasoduto Bolívia-Brasil, que está operando próximo do limite. A projeção de demandas da Região Sul, segundo as distribuidoras, passará dos atuais 11,48 milhões de metros cúbicos para 15,8 milhões, em 2017. Terminais de gás
Itajaí
Navegantes
Cubatão
Fone (47) 3249 3200
Entre as propostas encaminhadas estão o aproveitamento do gás natural dos campos de petróleo localizados no litoral sul brasileiro, podendo ser injetado no tramo Sul do Gasbol; a instalação de terminais de GNL na Região Sul; o redirecionamento do gás das UTE bicombustíveis da Região Sudeste à Região Sul, e a implantação de uma infraestrutura capaz de operar o suprimento por swap. O encontrou contou ainda com os coordenadores das bancadas federais do Rio Grande do Sul, Alceu Moreira; de Santa Catarina, Marco Tebaldi; e do Paraná, Marcelo Almeida. A avaliação do Fórum Industrial Sul é de que a limitação de suprimento é fator inibidor de investimentos para os setores dependentes do uso do gás. Isso causa impactos negativos no PIB, nas receitas federais e estaduais, na geração de empregos e no desenvolvimento econômico e social. g
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CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO
Condomínios logísticos ganham mercado em novas regiões do Brasil Um levantamento realizado pela consultoria de soluções imobiliárias Colliers International Brasil apontou que em 2013, o Centro-Oeste foi a única região do Brasil que apresentou aumento no preço das locações dos condomínios logísticos, em média R$ 17,00 m²/ mês. A saturação e os altos custos das locações de centros de distribuição no Sudeste têm mudado o rumo das empresas que investem neste tipo de empreendimento para melhorar os ganhos em eficiência. O Centro-Oeste é considerado o grande beneficiado e desponta como a região com maior potencial para a construção de novos galpões e a tendência já influencia no custo médio da locação desses espaços nos condomínios da região central. Mesmo com os recentes reajustes, o valor dos espaços compartilhados no eixo Rio de Janeiro - São Paulo, que podem chegar até R$ 30,00 m²/mês, aliados à falta de investimentos em infraestrutura de transporte nestes estados, posicionam Goiás e Mato Grosso do Sul no topo do mercado de condomínios logísticos. Os condomínios logísticos têm atraído operações, principalmente, dos setores de higiene, limpeza e cosméticos, automotivo, alimentos, comércio varejista e eletroeletrônico e computação, público que compõe a maioria do quadro de embarcadores de carga presente na Intermodal South America. Em 2013, a feira recebeu 48.500 visitantes qualificados, sendo que somente os setores de farmacêutica/médica/saúde, automotivo e alimentos/bebidas representaram 37% deste total. Para o diretor da operadora logística Delfin Group, Marcelo Fayt, as aplicações de novas alternativas de locomoção de cargas, como a ferrovia Norte-Sul, colocam em evidência essa região. Além disso, a representatividade do PIB, 9,6% em 2013, só reafirmam o crescimento em relação aos demais locais do país. Fayt, que será um dos palestrantes do programa “Condomínios Logísticos e Plataformas Logísticas”, durante a 20ª edição da Intermodal South America, é enfático ao defender a construção de novos condomínios logísticos de alto padrão e afirma que o Brasil tem capacidade para expandir ainda mais. “Até 2017 o país entregará apenas 14,4 milhões m² de instalações. A construção desses empreendimentos está em ascensão no país e projetos, que antes demoravam anos para serem finalizados, estão sendo terminados em menos de um ano”, aponta. A Global Logistic Properties, um dos principais construtores e gestores de condomínios logísticos do Brasil, também aposta no potencial do setor e possui 95% da taxa de ocupação dos galpões que administra. Segundo a diretora de desenvolvimento e novos negócios da GLP, Clarisse Etcheverry, o mercado está em ascensão e demanda soluções mais abrangentes de serviços e equipamentos para as empresas que adotam os condomínios logísticos em suas dinâmicas de produção e distribuição. “Apenas em 2014, entregaremos cerca de 350 mil m² de galpões, somando dez empreendimentos do nosso portfólio.” afirma. g
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O Centro-Oeste é considerado o grande beneficiado e desponta como a região com maior potencial para a construção de novos galpões
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INFORMATIVO DOS PORTOS
Suplemento News OBRAS DE INFRAESTRUTURA
Dragagem vai aprofundar canal de acesso e berços de atracação em Santos Edital com as regras de participação está disponível no site da SEP com o Anteprojeto de Engenharia e o Termo de Referência com detalhamento técnico o detalhamento técnico dos serviços a serem executados. A licitação será feita pelo regime de Contratação Integrada, previsto no artigo 9º da Lei 12.462/2011. O certame compreenderá a elaboração do projeto básico e projeto executivo, inclusive com a realização de estudos essenciais para obtenção de dados primários e execução da obra. Prospecção internacional Para aumentar a concorrência, a Secretaria de Portos fará uma prospecção internacional de forma a atrair empresas de países como Estados Unidos, Bélgica, Holanda, China, Dinamarca, Portugal e Itália. “Estamos mandando cartas para mais de 15 empresas e para embaixadas. A ideia é aumentar a concorrência na licitação para que tenhamos uma ampla competição e também para mostrar que o mercado brasileiro de dragagem vai aquecer”, explica o secretário de Infraestrutura Portuária, Tiago Correia.
O Porto de Santos, o maior terminal portuário do Brasil, vai passar por uma série de obras de dragagem para melhorar o desempenho e atender as especificações dos novos navios que começam a circular na costa nacional. A Secretaria de Portos (SEP) publicou no Diário Oficial da União o edital de licitação para dragagem de manutenção do Porto de Santos. O termo de referência, incluindo informações sobre as obras de manutenção da profundidade do canal de acesso e dos berços de atracação, ficou em consulta pública até janeiro.
As obras de dragagem no complexo santista compreendem a adequação e manutenção de profundidade do canal de acesso (15 metros, referenciado ao zero da DHN), dos berços de atracação e suas respectivas profundidades de projeto, incrementando a segurança da navegação nas bacias de evolução e no acesso aos berços. O contrato terá validade de três anos. O edital com as regras de participação está disponível no site da SEP com o Anteprojeto de Engenharia e o Termo de Referência com
Ele afirma que o cronograma de obras de dragagem será forte em 2014, com anúncios mensais de lançamento de editais de licitação. Ainda neste semestre serão lançados editais para os portos de Mucuripe (Fortaleza), Paranaguá, Rio de Janeiro, Cabedelo e Maceió. As obras do Porto de Santos marcam o início da segunda fase do Plano Nacional de Dragagem (PND-2), instituído pelo novo marco regulatório do setor. O PND2, lançado em 2012 pela presidenta Dilma Rousseff, integra o Programa de Investimento em Logística de Portos. g
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SECRETARIA DOS PORTOS
Portos preparam plano de emergência para combater doenças na Copa DIVULGAÇÃO
Também será verificada a presença de doenças endêmicas e o fluxo de cargas perigosas, químicas, físicas e biológicas que podem afetar trabalhadores
Porto de Santos
Treze portos deverão elaborar planos de emergência para combater riscos de doenças durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Os planos deverão ser elaborados pelos portos de Itaqui (MA), Pecém (CE), Vila do Conde (PA), Manaus (AM), Fortaleza (CE), Suape (PE), Natal (RN), Paranaguá (PA), Recife (PE), Rio Grande (RS), Salvador (BA), Santos (SP) e Rio de Janeiro (RJ). A medida, segundo informações da Secretaria de Portos (SEP), é para adotar procedimentos que possam garantir a proteção das pessoas mais vulneráveis contra doenças que podem existir nos pontos de entrada ou que podem chegar ao Brasil em decorrência do aumento do tráfego de turistas nesses períodos.
Conforme dados da SEP, os planos de emergência devem contemplar o perfil de risco da localidade, com base nos fluxos de navios nacionais e internacionais, além do desenvolvimento de capacidades básicas de vigilância e de respostas definidas no Regulamento Sanitário Internacional. Também será verificada com a autoridade sanitária a presença de doenças endêmicas na região e o fluxo de cargas perigosas, químicas, físicas e biológicas que podem afetar trabalhadores na área dos portos. Prevenção e proteção O Departamento de Revitalização e Modernização Portuária da SEP informa que
os portos terão que executar uma série de procedimentos de forma a prevenir e proteger a população vulnerável a doenças existentes nos pontos de entrada ou que podem chegar ao país, principalmente com o aumento do tráfego de turistas que vão participar dos grandes eventos que ocorrerão nos próximos anos. O modelo do plano está de acordo com as diretrizes do Mercosul, com o guia para planejamento de contingência em pontos de entrada designados da Organização Mundial de Saúde (OMS), bem como normas e orientações técnicas do Ministério da Saúde e da Anvisa. g
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INFORMATIVO DOS PORTOS
Suplemento News DESEMPENHO ECONÔMICO
Portos brasileiros movimentam quase 3% a mais de mercadorias Juntos, os terminais movimentaram 931 milhões de toneladas em 2013, segundo dados oficiais divulgados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq)
Os resultados vêm crescendo ano a ano desde 2010, quando o setor movimentou 834 milhões de toneladas. No ano seguinte, o número alcançou a marca de 886 milhões de toneladas e, em 2012, os resultados chegaram aos 904 milhões. A Gerência de Estudos e Desempenho Portuário da Antaq destacou os 15 grupos de mercadorias mais movimentados pelos portos nacionais: minério de ferro; combustíveis e óleos minerais e produtos; contêineres; soja; bauxita; milho; fertilizantes e adubos; açúcar; carvão mineral; farelo de soja; produtos siderúrgicos; celulose; coque de petróleo; trigo; e Anuncio 92 x 58 mm_print.pdf 1 08/03/2013 15:21:42
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Puxado pela movimentação de produtos como minério de ferro, soja, milho e cana-de -açúcar, o setor portuário brasileiro registrou crescimento de 2,9% em 2013 na comparação com 2012. Juntos, os portos brasileiros movimentaram nada menos que 931 milhões de toneladas em cargas no ano passado, segundo dados oficiais divulgados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). As informações estão disponíveis no Anuário Estatístico Aquaviário Brasileiro. Somente os portos organizados movimentaram 338 milhões de toneladas, enquanto outros 593 milhões de toneladas passaram pelos terminais de uso privado (TUPs). produtos químicos orgânicos. Navegação interna Já o total de carga transportado pela navegação de cabotagem (141.027.341 toneladas) em 2013 cresceu 1,72% em relação a 2012. No longo curso, as exportações brasileiras por via marítima totalizaram 532.093.368 toneladas em 2013, um incremento de 1,27% em relação ao ano anterior. Já as importações brasileiras por via marítima totalizaram 152.053.559 toneladas em 2013, um incremento de 5% em relação a 2012.
Paralelamente, as vias interiores brasileiras movimentaram 78.626.031 toneladas em 2013. Em 2012, esse número ficou em aproximadamente 80,9 milhões de toneladas, representando um decréscimo de 2,84%. No entanto, em se tratando apenas da navegação interior, houve crescimento de 9,5%. Em 2012, foram movimentados 25,2 milhões de toneladas. No ano passado, foram 27,5 milhões de toneladas. Já a cabotagem em vias interiores e o longo curso em vias interiores tiveram um desempenho oposto ao da navegação interior. O volume de cargas transportadas nessas modalidades reduziu 6,8% e 9,5%, respectivamente. g
INFORMATIVO DOS PORTOS
EMBARQUE DE LÍQUIDOS
Área será alfandegada para garantir embarque de suco em Santos O Plano de Desenvolvimento do Porto de Santos (PDZ) não contempla mais granel líquido na região de Saboó, mas um único terminal multipropósito A área de 6,5 mil metros quadrados antes operada pela Cutrale, no Porto de Santos, deverá ser alfandegada para que o embarque de suco cítrico na região de Saboó permaneça provisoriamente no local até a conclusão do programa de arrendamento. A Cutrale detinha o arrendamento de uma área de 6.569 metros quadrados por meio do contrato 18/1990, mantido com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). O prazo contratual expirou em outubro de 2009 e foi prorrogado por mais três anos.
De acordo com o ministro da Secretaria de Portos, Antonio Henrique Silveira, o Plano de Desenvolvimento do Porto de Santos (PDZ) não contempla mais granel líquido na região de Saboó, mas um único terminal multipropósito para movimentação de carga geral, veículos e cargas de projeto. “Eu procurei a empresa para construirmos uma solução em que ela possa operar como usuário credenciado do porto e exigi que a Codesp tome as medidas que garantam a continuidade das operações até a área ser licitada”, explicou o ministro.
De acordo com Silveira, a Codesp está procurando implementar a alfandegagem. “A empresa vai ter autorização e, como é uma operadora portuária credenciada, poderá fazer a operação quando a área for alfandegada”. O ministro esclareceu que não haverá nova prorrogação de contrato. O terminal de Saboó movimentou, em 2012, um total de 66.808 toneladas de suco congelado, enquanto que no TUP, onde movimenta suco cítrico, soja e milho, atingiu 571.420 toneladas. Essa movimentação corresponde a cerca de 11% de cargas fora da atividade principal movimentada no TUP. g
Localização Previlegiada
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ARMAZÉNS // SALAS SALAS COMERCIAIS COMERCIAIS ARMAZÉNS
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INFORMATIVO DOS PORTOS
GRANDE FLORIANÓPOLIS
Contorno viário desviará o trânsito de 18 mil veículos pesados por dia O projeto prevê a restauração de 18 acessos e a construção de 16 viadutos e sete galerias. A previsão de entrega do empreendimento é fevereiro de 2015 FIESC/DIVULGAÇÃO
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Diretor-presidente do Grupo Arteris, David Díaz Orçado em R$ 400 milhões, o contorno viário da BR-101, que terá aproximadamente 48 quilômetros de pista dupla ligando Biguaçu a Palhoça, pode começar em abril. Segundo o governo, a obra desviará o trânsito de 18 mil veículos pesados por dia da rodovia. Além do contorno viário, o projeto prevê a restauração de 18 acessos e a construção de 16 viadutos e sete galerias. A previsão de entrega do empreendimento é fevereiro de 2015. “Estamos prontos com financiamento e equipe. No momento que tivermos a autorização, começamos a obra”, afirmou o diretor-presidente do Grupo Arteris, David Díaz. Díaz participou recentemente de uma reunião da diretoria da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), onde foram tratadas também de obras do trecho catarinense da BR-116, incluindo um viaduto no entroncamento com a BR-280 (em Mafra) e mais de 40 quilômetros de terceiras faixas. O Grupo Arteris administra a Autopista Litoral Sul (concessionária da BR-101) e a Autopista Planalto Sul (BR-116). Acompanhado pelos superintendentes Paulo Mendes Castro (da Litoral Sul) e Antônio Cesar Ribas Sass (Planalto Sul), Díaz informou que, apesar da obra do contorno da Grande Florianópolis não ter sido iniciada, há pelo menos 70 pessoas focadas no projeto. “Queremos começar já a obra e entregá-la. Somos cientes que ela é importantíssima para a economia e para o país”, garantiu Díaz. Terceira faixa Segundo Sass, da Planalto Sul, as obras do viaduto em Mafra e outro em Rio Negro (PR), na BR-116, devem começar em quatro meses. A empresa tem todas as autorizações legais e as obras agora dependem apenas dos trâmites internos da própria companhia. A Autopista Planalto Sul também deve iniciar obras de construção de terceiras faixas em mais de 40 quilômetros da rodovia até 2019. São 42 quilômetros previstos no contrato original e outros seis que a Autopista propôs à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) transferir do Paraná para Santa Catarina. “Às vezes, uma pequena terceira faixa muda substancialmente o conforto e a comodidade do motorista”, afirmou Sass. g
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LOGíSTICA CATARINENSE
Estudo vai determinar os custos da logística na indústria do estado
A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vão realizar uma pesquisa para determinar os custos da logística da indústria catarinense. A pesquisa foi apresentada em Itajaí durante a reunião da Câmara de Transporte e Logística da Fiesc, no auditório do Instituto Senai de Tecnologia. De acordo com o coordenador da pesquisa, professor Carlos Taboada, não existe um estudo detalhado sobre os impactos da logística nos gastos da indústria nacional. Para que a pesquisa tenha sucesso será necessário o envolvimento do empresariado.
ADÃO PINHEIRO
ADÃO PINHEIRO
Pesquisa realizada pela Fiesc e UFSC quer detalhar os impactos da logística nos gastos da indústria nacional e catarinense
Vice-presidente da Fiesc, Mário Cézar de Aguiar
O estudo vai ser dividido em setores com o objetivo de conhecer a realidade de cada segmento da economia catarinense. Numa segunda etapa, a intenção é desenvolver um almanaque com os impactos da logística estadual na economia de Santa Catarina. Um estudo do Instituto Ilos – especializado em logística – aponta que o impacto do setor no custo da indústria nacional é na ordem de 11,5%, e a tendência é de aumento. O presidente da Associação Empresarial de Jonville (ACIJ) e vice-presidente da Fiesc, Mário Cezar de Aguiar, que preside a Câmara de Transportes e Logística da Federação, apresentou um diagnóstico da situação atual, baseado principalmente no eixo da BR-101, que afeta diretamente a região litorânea, povoada com cerca de 4 milhões de pessoas, mais de 80% da população do estado. O objetivo é garantir maior segurança e a melhoria da mobilidade de pessoas, veículos e cargas. Durante o encontro foram apresentados dois “cases” de sucesso do Senai de Itajaí, sendo um realizado com uma empresa parceira da Docol, de Joinville, e outro do Porto de Maceió. g
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Suplemento News COMPLEXO PORTUÁRIO
Itajaí tem o maior valor agregado de cargas entre portos brasileiros A liderança é atrelada às operações exclusivamente com contêineres, com valor bem superior às commodities, principal carga de muitos portos O Complexo Portuário do Itajaí opera as cargas com maior valor agregado entre os principais portos brasileiros. Os números mostram que, na relação entre peso e valores (US$/FOB), o valor de cada quilo de carga embarcada ou desembarcada no cais do porto público ou dos demais terminais que compõem o complexo apresentou o valor de US$ 2,22, o que coloca Itajaí no topo do rol dos terminais com maior valor por tonelada movimentada, conforme quadro abaixo. Os números são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Por valor agregado, o Porto do Rio de Janeiro ocupa a segunda posição, com US$ 1,77 por quilo de carga, seguido pelos portos de Santos (US$ 1,31 /Kg), Rio Grande (US$ 1,07/ Kg), Salvador (US$ 1,00/kg), São Francisco do Sul (US$ 0,94/Kg), Pecém (US$ 0,84/ Kg), Paranaguá (US$ 0,81/kg), Imbituba (US$ 0,30/Kg) e Vitória (US$ 0,18/Kg). “O fato de liderarmos o quadro dos portos com operações de mercadorias com maior valor está atrelado às operações exclusivamente com contêineres no complexo, ou seja, as cargas importadas e exportadas conteinerizadas têm valor bem superior às commodities, que são a principal carga de muitos portos”, explica o superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Júnior. Segundo o superintendente, exemplo disso são as cargas de carnes exportadas, que somaram aproximadamente 1,9 milhão de
toneladas no ano passado, quase a metade das cargas embarcadas no complexo portuário, com o valor de US$ 4,41 bilhões. Já o item mecânicos e eletrônicos, com apenas 373,6 mil toneladas exportadas, totalizou US$ 1,27 bilhão, que é um valor considerado bastante expressivo.
RONALDO SILVA JR.
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Já a pauta de importações é liderada pelos produtos mecânicos e eletrônicos, com um total de 874,1 mil toneladas desembarcadas e valor de US$ 3,24 bilhões. “São cargas que têm baixo peso e alto valor agregado, ao contrário dos grãos e minério de ferro, por exemplo, com grandes volumes, alto peso e custos muito baixos”, acrescenta Ayres. Os números da Secex mostram ainda que dos US$ 23,4 bilhões movimentados por Santa Catarina em operações de comércio exterior no ano passado, US$ 17,280 bilhões foram importados ou exportados pelo Complexo Portuário do Itajaí. As exportações somaram US$ 8,40 bilhões, enquanto as importações ultrapassaram os US$ 9 bilhões. O valor responde por 87,94% da balança comercial catarinense e por 3,62% da balança comercial brasileira. g
Corrente comercial Complexo Portuário do Itajaí: US$ 17,43 bilhões Porto de Santos: US$ 122,69 bilhões Porto de Paranaguá: US$ 33,83 bilhões Porto de Vitória: US$ 28,6 bilhões
valor agregado das mercadorias Itajaí: 2,22 Rio de Janeiro: 1,77 Santos: 1,31 Rio Grande: 1,07 Salvador: 1,00 São Francisco do Sul: 0,94 Pecém: 0,84 Paranaguá: 0,81 Imbituba: 0,30 Vitória: 0,18
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VOLUME DE CARGAS
Crescimento da movimentação em janeiro anima setor portuário Foram operadas 959,15 mil toneladas de cargas em 82 escalas. Os volumes aumentaram 18% em comparação a igual período do ano passado.
Em janeiro de 2013 foram movimentadas 815,01 mil toneladas, em 74 escalas. O superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antônio Ayres dos Santos Júnior, está otimista para o exercício de 2014. “Se tomarmos como base esse primeiro mês, com certeza vamos ultrapassar nossa meta de crescimento para 2014, de 6%”, comemora o superintendente. “A movimentação de janeiro pode ser considerada muito boa, uma vez que mantivemos praticamente os mesmos volumes operados no segundo semestre do ano passado, o que dificilmente ocorre”, explica o diretor executivo do Porto de Itajaí, Heder Cassiano Moritz. Entre as causas para a retração nas operações nos primeiros meses do ano estão a redução natural no fluxo de comércio – que tem significativo incremento nos meses de setembro a dezembro – e as renovações dos contratos com os armadores, que ocorrem geralmente em janeiro. Se analisados os últimos 12 meses – fevereiro de 2013 a janeiro de 2014 – o aumento na movimentação de cargas foi de 14%. Foram 12,67 milhões de
RONALDO SILVA JR.
O Porto de Itajaí registrou, em janeiro, um aumento de 18% no volume de movimentação de cargas em relação ao mesmo período do ano anterior. O incremento na atividade segue a tendência do comércio exterior brasileiro, que também registra índices superiores aos do ano passado. Foram operadas 959,15 mil toneladas de cargas de importação e exportação em 82 escalas. Em comparação com o igual período do ano passado, os volumes aumentaram 18% e as escalas 11%.
toneladas, enquanto igual período do ano anterior registrou 11,14 milhões de toneladas. Com relação à operação de contêineres, o Complexo Portuário movimentou 820,64 mil TEUs, 10% acima dos 745,85 mil TEUs registrados em janeiro de 2013. Já a movimentação dos últimos 12 meses, entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014, foi de 1,11 milhão de TEUs, o que mantém o mesmo percentual de aumento verificado em janeiro, de 10%. A movimentação do Porto de Itajaí segue a tendência do comércio exterior brasileiro, porém, com percentuais de crescimento bem mais ele-
vados. A corrente de comércio em janeiro, divulgada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) foi de US$ 36,11 bilhões e é considerada recorde para o mês. As exportações brasileiras, embora tenham registrado o segundo maior resultado para o mês de janeiro em 2014, com vendas de US$ 16,03 bilhões, tiveram o crescimento de 0,4% em relação a janeiro de 2013, com US$ 15,97 bilhões. Já as importações seguem a mesma tendência, com US$ 20,08 bilhões, segundo maior valor para janeiro e também avanço de 0,4% em relação aos US$ 20,01 bilhões registrados no ano passado. g
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Suplemento News VOLVO OCEAN RACE
Organizadores apresentam cadernos de encargos em Itajaí As visitam devem se repetir outras vezes neste ano. O principal objetivo é garantir que Itajaí repita o sucesso da edição passada, em 2012 Organizadores da Volvo Ocean Race, que terá uma das etapas em Itajaí em 2015, apresentaram o novo caderno de encargos para 2014-2015 à comissão organizadora do município. Os organizadores da regata – considerada uma das mais importantes do mundo - fizeram recentemente a primeira visita técnica de 2014 à cidade catarinense. O diretor de operações Tom Touber, e o responsável pelas “stopovers” ao redor do mundo, Stef van’t Zand, vistoriaram as infraestruturas relacionadas ao evento. Além disso, o grupo se reuniu com as autoridades locais. A atividade deve se repetir outras vezes neste ano. O principal objetivo dos organizadores é garantir que Itajaí repita o sucesso da edição passada, quando sediou pela primeira vez a Volvo Ocean Race. “Há necessidade de pequenos ajustes em infraestrutura, mas o que precisamos mesmo é trazer muita gente para dentro do evento. A Stopover de Itajaí foi uma surpresa para nós e também para muitas equipes. O número de visitantes estrangeiros pode ser bem maior desta vez”, explica Tom Touber.
Já o responsável pelas cidades-sede, Stef van’t Zand, reforça que as visitas serão trimestrais. “O objetivo é acompanhar o andamento das ações relacionadas à parada brasileira e monitorar o cumprimento do caderno de encargos pela cidade”. Essa ação é realizada em todas as “stopovers” da Volvo Ocean Race ao redor do mundo. Outra novidade para a próxima edição será o modelo dos barcos. Os Volvo Ocean 65 serão rigoro-
samente iguais. “Como todos os veleiros estão sendo fabricados da mesma forma, não haverá segredos entre as equipes. O acesso do público aos trabalhos promoverá uma maior integração com os visitantes”, diz Stef van´t Zand. Até agora, cinco equipes confirmaram participação na Volvo Ocean Race: Team Alvimedica, Team SCA, Abu Dhabi Ocean Racing, Dongfeng Race Team e Team Brunel. A regata terá 38.379 milhas náuticas de distância ou 71.745 quilômetros. g
Convênio do programa de monitoramento é renovado O programa de monitoramento ambiental do Porto de Itajaí acaba de ser renovado. O monitoramento da qualidade da água e sedimento, biota aquática, ruído subaquático e também o monitoramento de solo da área de influência do Porto, bem como da Baía Afonso Wippel (Saco da Fazenda), onde estão sendo realizadas as obras de dragagem de aprofundamento e dos aterros hidráulico e de contenção,
para a instalação do Complexo Náutico e Ambiental de Itajaí, é resultado de uma parceria com a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e autoridade portuária. A prorrogação do convênio foi assinada pelo superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antônio Ayres dos Santos Júnior, e o reitor da da universidade, Mário
César dos Santos. “São os programas de preservação ambiental desenvolvidos aqui que garantem ao nosso porto a liderança no Índice de Desempenho Ambiental, avaliado anualmente pela Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq)”, informa a engenheira ambiental e gerente de Meio Ambiente do Porto de Itajaí, Medelin Pitrez dos Santos.g
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RESPONSABILIDADE SOCIAL
Portonave investe mais de R$ 1,1 milhão em projetos sociais Na área do esporte, a empresa também investe em uma equipe de corrida para estimular a prática de exercícios entre os colaboradores DIVULGAÇÃO
A Portonave destinou nada menos que R$ 1,1 milhão em projetos sociais no último ano, distribuídos em 45 ações feitos por meio de leis de incentivo. Ao todo, a empresa recebeu cerca de 150 pedidos de apoio. Um dos principais destaques é o Projeto Contém Cultura, realizado desde 2012 e que nasceu de uma parceria da Portonave com o Instituto Caracol, de Navegantes. O Contém Cultura, um contêiner adaptado em forma de biblioteca, é usado para levar alegria a crianças e adultos por onde desembarca. Recheado de livros, filmes, tinta e muita história, presenteia seus visitantes com oficinas de arte, guias de leitura, rodas de história e sessões de cinema. No último ano, percorreu as cidades portuárias catarinenses e atendeu aproximadamente 11 mil pessoas. Já no Espaço Contém Cultura, a arte tem residência fixa. Aulas gratuitas de dança, canto coral, teatro e oficinas de artes são ofertadas para moradores de Navegantes. O ano passado encerrou com 260 atendimentos. Somente em 2013, a Portonave repassou R$ 295 mil para o projeto por meio da Lei Rouanet e garantiu a continuidade do projeto. Além disso, 2013 marcou a criação de um projeto para compartilhar conhecimento e conceitos de cidadania nas escolas municipais de Navegantes. O “Projeto Onda: Por um mundo melhor”, uma iniciativa da Portonave, consiste em aulas com duração de cerca uma hora, uma vez por semana, para crianças entre seis e 10 anos. No primeiro ano em ação, o projeto atendeu duas escolas e 100 alunos. Os temas abordados foram situações do cotidiano, como a importância de trabalhar, de estudar, da família e dos amigos, além de respeito e cidadania.
Na área do esporte, a empresa investe em uma equipe de corrida para estimular a prática de exercícios entre os colaboradores. No ano passado, o grupo de colaboradores-corredores participou de 11 provas no estado. A Portonave ainda patrocina, todos os anos, uma corrida rústica de praia, realizada pela prefeitura. No ano passado, 380 pessoas participaram do evento. Já este ano, o número aumentou e quase 700 atletas correram nas areias navegantinas. Como muitos participantes são de outras cidades e estados, a corrida promove também o turismo no município. A participação exige a doação de uma lata de leite que, após o evento, é doada a instituições ou escolas carentes da cidade. Dessa forma, a ação promove
também o esporte, a saúde e a solidariedade. Entre as ações de solidariedade desenvolvidas estão as doações de 2,8 mil chocolates para as crianças na Páscoa e distribuição de 10,7 mil brinquedos para alunos das escolas públicas de Navegantes. Segundo a responsável pela área de Comunicação Corporativa e Responsabilidade Social da Portonave, Daiane Fagundes Maeinchein, estas ações fazem parte da política da empresa. “A prática da responsabilidade social e a contribuição para o desenvolvimento sustentável devem estar associadas ao desenvolvimento da empresa, por isso buscamos atender projetos que contribuam com a comunidade navegantina e estimulem o desenvolvimento de município e região”, comenta Daiane. g
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PORTOS DO PARANÁ
Porto de Paranaguá tem melhor janeiro na história no corredor de exportação O crescimento nas exportações pode ser mensurado também no aumento do fluxo de caminhões. O Pátio de Triagem recebeu 19% a mais de caminhões do que em 2013 Nájia Furlan/Appa
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gados com grãos, 19% a mais do que em janeiro do ano passado. Mesmo com o aumento do fluxo, o sistema logístico de recebimento de cargas – o Carga Online – tem funcionado sem problemas e não houve formação de filas no acesso ao porto. Considerando o total geral de mercadorias movimentadas em janeiro de 2014, a Appa atingiu 3,2 milhões de toneladas, volume 12% maior se comparado com o mesmo período do ano passado. Entre os destaques está a exportação de soja, que em janeiro somou aproximadamente 190 mil toneladas. Em janeiro do ano passado, foram apenas 340 toneladas. O farelo de soja também apresentou alta: foram 272,4 mil toneladas contra pouco mais de 193 mil toneladas em janeiro de 2013.
Um total de 982,8 mil toneladas de grãos foram exportados pelo Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá no primeiro mês de 2014, volume 11,89% maior do que o registrado em janeiro de 2013. Este foi o maior volume para um mês de janeiro da história do terminal paranaense. “Atingimos esta marca apesar dos três dias de paralisação nos berços de atracação do corredor em função da dragagem que está sendo realizada”, comenta o secretário de infraestrutura e logística, José Richa Filho.
A boa produtividade pode ser explicada, em parte, pelas boas condições climáticas e as manutenções setoriais e melhor planejadas do corredor de exportação, não ocasionando paralisações da operação. O recebimento da soja também começou mais cedo em 2014, o que permitiu o início das operações também com bastante antecedência. O crescimento nas exportações pode ser mensurado também no aumento do fluxo de caminhões. O Pátio de Triagem recebeu em janeiro o total de 20,7 mil caminhões carre-
A importação de fertilizantes apresentou alta de 14% em relação a 2013. A expectativa da Appa é que os volumes cresçam ainda mais durante o ano. “Estamos trabalhando na dragagem de manutenção dos berços e bacia de evolução. Só com este trabalho teremos ganhos bastante representativos. No momento, a draga tem paralisado alguns berços mas o benefício deste trabalho será sentido durante todo o ano”, explica o superintendente dos portos do Paraná, Luiz Henrique Dividino. Investimento em dragagem Desde a segunda quinzena de novembro de 2013, os berços de atracação, bacia de evolução e canais de acesso estão sendo dragados em Paranaguá e Antonina. A obra, com valor de R$ 115 milhões, é um investimento do Governo do Paraná. Esta é a terceira campanha de dragagem realizada nos portos paranaenses desde 2011.g
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FIM DAS FILAS
Escoamento da safra ganha reforço de bolsão no Porto de Santos Este será o terceiro estacionamento para atender os caminhões que transportam a safra agrícola com destino ao cais santista DIVULGAÇÃO
O escoamento de grãos no Porto de Santos acaba de ganhar o reforço de um bolsão de estacionamento para tentar reduzir as filas de caminhões. Em princípio, a área terá um credenciamento “a título precário”, já que a Autoridade Portuária exige que o pátio seja pavimentado. Atualmente, seu piso é de terra batida, mas a prefeitura autorizou o funcionamento. A obra de pavimentação deve ocorrer após o período de escoamento da safra. A nova unidade de propriedade da Rumo Logística (Grupo Cosan), que opera terminais açucareiros no complexo marítimo, fica em Sumaré, a cerca de 23 quilômetros de Campinas, no Interior do Estado. Ela será o terceiro bolsão de estacionamento a atender os caminhões que transportam a safra agrícola com destino ao cais santista. O início das operações do pátio foi anunciado pelo ministro dos Portos, Antonio Henrique Silveira, durante reunião, em Brasília, com os ministros César Borges (Transportes) e Antônio Andrade (Agricultura) e representantes de produtores e exportadores agrícolas. O encontro teve o objetivo de analisar o impacto das ações do governo para coordenar o escoamento da safra por Santos. Apesar de pertencer ao Grupo Cosan, que tem terminais de açúcar em Santos, o pátio será aberto a qualquer carga e a qualquer operador com destino ao porto. Hoje, os veículos de carga com destino a Santos contam com dois bolsões, ambos em Cubatão: o Rodopark e o Ecopátio, este último, da EcoRodovias, controladora da Ecovias, concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes, principal acesso rodoviário ao Porto. A regra de acesso ao cais santista define que os caminhões com destino ao complexo devem agendar a chegada à região. E aqueles que transportam a safra agrícola devem passar
pelos pátios reguladores instalados entre as zonas produtoras e a Baixada Santista. Destes locais, eles só devem sair quando o terminal portuário tiver condições de recebê-los. Problemas urbanos
te, em relação ao cumprimento da janela de seis horas estabelecida para a chegada dos caminhões aos pátios. “Nesses pátios, os caminhões têm uma janela de seis horas que está sendo desrespeitada. Essa é uma gestão que temos que fazer”, disse o ministro.
Antônio Henrique Silveira afirma que o sistema de agendamento da chegada dos caminhões aos terminais de granéis vegetais de Santos está funcionando, mas admitiu que ele precisa melhorar para reduzir os problemas urbanos causados pelo escoamento da safra. Ajustes são necessários, principalmen-
Para ele, os terminais portuários têm de agendar a vinda de seus veículos e respeitar essa programação. “O fato de ter o agendamento não basta. Para despachar um caminhão, por exemplo, com 10 dias de antecedência, tem que estar dentro de um prazo que atenda à janela de chegada”, reforçou. g
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Diário de Bordo Empresas Produção de motores da Toyota Após quase 16 anos fabricando automóveis de passeio no Brasil, a Toyota passará a produzir também os motores de seus modelos no país. Apresentada em uma cerimônia com autoridades e executivos, a nova fábrica de Porto Feliz (SP) será responsável pela produção dos motores 1.3 e 1.5 flex da família Etios e dos 1.8 e 2.0 flex do novo Corolla. Com investimento de R$ 1 bilhão, a unidade terá 700 funcionários diretos e capacidade inicial de 70 mil motores/ano, podendo chegar a 200 mil anuais. As obras devem ser finalizadas no início de 2016.
Torres para parques eólicos
Investimentos no Pará
O governo do Estado do Rio Grande do Sul e a Engebasa Mecânica e Usinagem acabam de assinar protocolo de intenções de investimentos de R$ 76 milhões para a implantação de uma fábrica de torres metálicas para parques eólicos, em Guaíba. Serão 230 empregos diretos, sendo mais de 80% profissionais altamente especializados. Segundo o diretor-presidente, José Quina Diogo, a nova fábrica entrará em operação no segundo trimestre de 2014 e os investimentos podem ultrapassar R$ 80 milhões. A planta tem área total de 147.327 metros quadrados e 20.777 metros quadrados de área construída, com capacidade de produção de 300 torres/ano, superando a capacidade atual de produção em Cubatão - sede da companhia - que é de 168 torres de aço por ano, com alturas de 65 metros, 78 metros e 100 metros.
O Pará tem despertado cada vez mais a atenção de grandes empresas pelo seu desenvolvimento e forte potencial. Representantes da fabricante paulista de correias transportadoras Correias Mercúrio anunciaram ao governador Simão Jatene que a empresa investirá R$ 80 milhões na abertura de uma nova fábrica da companhia em Marabá, no sudeste paraense. Além da fábrica, que deverá ficar pronta em 2016 e gerar cerca de 150 empregos diretos, a companhia também pretende montar um centro tecnológico, espécie de “business park”, com o objetivo de atrair outros investimentos e novas empresas da cadeia produtiva.
Mercado de veículos
BNDES financia unidade da Novamed
O saldo dos financiamentos de veículos no país no ano passado ficou em R$ 228,6 bilhões, queda de 5,6% na comparação com o ano anterior, quando o montante havia sido R$ 242,2 bilhões. É o segundo ano consecutivo de redução no saldo de financiamentos. Em 2011 o somatório das carteiras chegou a R$ 244,9 bilhões. Os dados são da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef). De acordo com o presidente da entidade, Décio Carbonari, a redução em termos de valores se deve ao aumento das campanhas subsidiadas, que oferecem taxa zero, valor de entrada mais elevado e prazos mais curtos para o pagamento.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 190,2 milhões para implantação de uma unidade fabril da empresa Novamed, do grupo controlador da EMS, voltada para a produção de medicamentos sólidos em Manaus (AM). A operação acontece no âmbito do Programa BNDES de Apoio ao Desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde (BNDES Profarma). A participação do banco na operação é de 90% dos itens financiáveis. A fábrica será composta de três andares e contará com um moderno processo de separação e pesagem automática de materiais. A planta será construída levando em consideração elementos de projeto sustentável.
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Diário de Bordo Logística Novas regras para pedágios A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou as regras para o sistema de arrecadação eletrônica de pedágio nas rodovias federais concedidas. Com a regulamentação, abre-se espaço para novas empresas nesse nicho. Com isso, as concessionárias de rodovias federais terão de operar com as Amaps (Administradoras de Meios de Pagamento para Arrecadação de Pedágio) autorizadas pela agência reguladora. De acordo com o texto da resolução, “uma vez a Amap autorizada, será encaminhada comunicação da ANTT às concessionárias, que deverão iniciar as tratativas em até 10 dias após o recebimento desta comunicação, para implementação da operação da Amap no âmbito de sua concessão”.
Novo aeroporto em Natal
Crescimento no faturamento
A fase de conclusão das obras do Aeroporto São Gonçalo do Amarante (ASGA), em Natal (RN), está sendo acompanhada de perto pela Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear). Com previsão de abertura marcada para 15 de abril, especialistas da Associação, juntamente com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Aeronáutica, têm feito vistorias presenciais ao projeto, que incorpora avançada tecnologia aeroportuária dentro das concepções mundiais, para verificar as condições das instalações e das vias de acesso. As novas instalações serão entregues às companhias aéreas no dia 27 de março, que terão prazo de 30 dias para concluir a migração em tempo das operações para a Copa do Mundo.
A operadora logística Coopercarga encerrou 2013 com 22% de acréscimo no faturamento em comparação com o ano anterior, alcançando R$ 746 milhões. Segundo a própria companhia, o resultado veio de investimentos em pessoas, frota, armazéns, mão de obra e tecnologia de informação que ocorreu ao longo do ano passado. Foram investidos cerca de R$ 100 milhões na aquisição de 150 caminhões leves e 250 pesados, dos quais 50% foram destinados para renovação e 50% para ampliação, fechando o ano com uma frota de 1,9 mil veículos. Para 2014, está programada a compra de 130 caminhões leves e 270 pesados. A empresa projeta crescimento no patamar de 15% para 2014.
Crescimento no Brasil A especialista em Supply Chain FM Logistic, que iniciou suas operações no mercado brasileiro de logística há cinco meses, já está contando com 28 clientes e quatro unidades operacionais no país, com foco em sua unidade em Resende (RJ), cidade que oferece benefícios fiscais. No local, concentram-se serviços prestados para as indústrias de bens de consumo, automotiva e eletrônica. Com 150 mil m² de área, a planta conta com quatro armazéns, que totalizam 40 mil m² de armazenagem com 40 mil posições para paletes. Resende é responsável por atender aproximadamente 10 grandes clientes. Juntas, as quatro unidades da companhia somam mais de 200 mil m² e 1.300 colaboradores.
Ampliação no mercado nacional A companhia logística Kuehne + Nagel pretende ampliar atuação no mercado brasileiro de distribuição por meio dos modais aéreo e rodoviário. Para tornar o plano possível, a companhia expandirá centros de consolidação de cargas da empresa nos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Outro projeto da empresa é explorar os mercados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais com mais ênfase. Os planos incluem também uma expansão nas chamadas soluções customizadas. No departamento rodoviário, a companhia conta com uma equipe de engenharia dedicada, denominada Solutions, que analisa as necessidades específicas dos clientes e desenha soluções adequadas aos objetivos logísticos da empresa.
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Diário de Bordo Offshore Lançamento do BS Geribá O Iate Clube de Santos, de Guarujá (SP), acaba de promover o lançamento da embarcação BS Geribá, da Brasil Supply, que operará entre os portos e as plataformas da Petrobras na região em regime de 24 horas. A entrega faz parte de um plano de investimentos de R$ 700 milhões, distribuídos na construção de 17 embarcações até 2015. A BS Geribá é a primeira das quatro embarcações que a empresa deve lançar em 2014. A companhia já está se coordenando para atender os contratos já firmados e participar das próximas três etapas de expansão promovidas no âmbito do Prorefam (Plano de Renovação da Frota de Embarcações de Apoio Marítimo), criado pela Petrobras.
Produção offshore
Oito embarcações novas
Pouco mais de sete anos após o lançamento da pedra fundamental das obras do Superporto do Açu, a francesa Technip e a National Oilwell Varco (NOV), com sede em Houston, nos Estados Unidos, se preparam para o início da produção de dutos submarinos para o setor de petróleo no local. Serão as primeiras atividades produtivas do porto, elaborado para ser um dos maiores terminais industriais do país, mas que sofreu nos últimos anos com a crise econômica mundial e com a derrocada do império econômico de Eike Batista, seu idealizador. Vizinhas no porto, as unidades da Technip e NOV são concorrentes no fornecimento de dutos flexíveis para a produção de petróleo em alto mar.
A diretoria executiva da Petrobras aprovou a contratação de oito embarcações de apoio às suas atividades marítimas. Elas fazem parte do Terceiro Programa de Renovação da Frota de Embarcações de Apoio Marítimo (Prorefam). Nessa quinta rodada foram contratadas quatro embarcações da empresa Bram, que construirá as unidades no estaleiro Navship, em Santa Catarina; três da Starnav, com construção programada para o estaleiro Detroit, também em Santa Catarina, e uma da Norskan, que usará o estaleiro STX (Vard), no Rio de Janeiro. O Prorefam foi lançado em 2008 e prevê, ao todo, a contratação de 146 embarcações, em sete rodadas.
Aumento na produção de petróleo
Empréstimo para a Prumo
Depois de quase uma década em declínio, a produção de petróleo no Ceará reverteu sua trajetória, que vinha em queda desde 2004. No ano passado, o Estado alcançou uma produção de 3,04 milhões de barris, volume que representa um incremento de 28,2% sobre 2012, quando foram produzidos 2,37 milhões de barris do ouro negro. Números obtidos por meio de cálculo dos dados fornecidos pela Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP) mostram que o Ceará obteve uma média de 8,3 mil barris por dia no ano passado. Ao longo de todos os meses de 2013, a produção petrolífera cearense registrou alta em relação ao respectivo mês de 2012, sendo as maiores elevações nos meses de junho e julho, quando o acréscimo foi de 40,8% sobre o mesmo período do ano anterior.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou empréstimo-ponte para a Prumo (antiga LLX) no valor de R$ 1,8 bilhão. É o primeiro financiamento fornecido para a empresa após a mudança de controle, anunciada em outubro do ano passado. O financiamento será utilizado na continuidade das obras do porto do Açu, em São João da Barra (RJ), complementarmente aos recursos que serão aplicados no projeto pelo controlador. O grupo americano EIG Global Energy Partners assumiu o controle da empresa no lugar do empresário Eike Batista, após a conclusão de um aumento de capital de R$ 1,3 bilhão. Pelo termos do empréstimo, o novo controlador terá que investir antes para depois entrarem os recursos do BNDES.
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Diário de Bordo Portos Escoamento da safra de soja Dos 14 milhões de toneladas estimados para a safra deste ano no Rio Grande do Sul, o Porto do Rio Grande deve escoar cerca de 9,5 milhões de toneladas. Em conjunto com terminais graneleiros e órgãos de controle e segurança, o Porto do Rio Grande está se preparando para o escoamento da safra de soja deste ano, que inicia-se do mês de março e estende-se até junho. De acordo com o superintendente do Porto, Dirceu Lopes, 500 mil caminhões são aguardados para a descarga do grão. Ainda segundo Lopes, cerca de 95% dos caminhões que escoarão a soja pelo Porto do Rio Grande já realizaram o agendamento da descarga.
Ampliação do Porto de Pecém
Queda de movimentação em Santos
As obras da terceira fase de ampliação do Terminal Portuário do Pecém, no município de São Gonçalo do Amarante, no Ceará, deverão começar no início de 2015, com expectativa de gerar 15 mil empregos diretos e indiretos durante todo o processo. O aviso de licitação para a contratação dos serviços, incluindo a elaboração de estudos e projetos, foi publicado pela Secretaria da Infraestrutura do Ceará (Seinfra) no Diário Oficial do Estado. Orçada em R$ 1,3 bilhão, a terceira etapa de expansão do terminal engloba também a criação de um quebra-mar com cerca de 2.800 metros. A estrutura permitirá a instalação de cinco berços para atender à futura refinaria de petróleo Premium II e dois berços para utilização da ferrovia Transnordestina.
A movimentação de cargas no Porto de Santos, em janeiro, contabilizou 6,893 mil toneladas, 13,6% menos que em dezembro. Segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo, que administra o porto, a queda foi causada principalmente pela diminuição nas exportações, embora tenha se registrado redução também nas importações. As exportações movimentaram 4,288 mil toneladas no mês (62,2% do total de cargas), enquanto as importações atingiram 2,604 mil toneladas (participação de 37,8%). As cargas de vendas externas que mais diminuíram foram açúcar (1,8%), complexo soja (17,1%), milho (46,7%), álcool (52,4%), óleo combustível (41,6%) e sucos cítricos (26,6%).
Gargalos logísticos em Santos Encontro sobre portos e transporte Os usuários de portos e transporte aquaviário têm um encontro marcado em 11 de abril, quando acontecerá o II Fórum Brasileiro dos Usuários de Portos (Usuportos), no Rio de Janeiro. O evento tem como objetivo analisar a reforma portuária e debater as demandas de exportadores e importadores, consultores de logística e demais usuários de infraestrutura portuária e transporte marítimo e fluvial. Dentre os temas incluídos, destaque para a regulação do setor, com ênfase no associativismo dos usuários em nível nacional. O fórum é organizado pela Portos e Navios, tem coordenação científica do professor Osvaldo Agripino e apoio das Usuports BA, SC e RJ.
A Maersk pedirá ao governo mudanças no Porto de Santos, em São Paulo. As oportunidades que a Copa do Mundo no Brasil e as eleições podem trazer neste ano para destravar os gargalos logísticos no país são únicas e cruciais, de acordo com o diretor comercial da Maersk Line, Mario Veraldo. A companhia prepara um relatório que será exposto em uma reunião com o governo e entidades ligadas ao Porto de Santos, com objetivo de iniciar as soluções para o problemas que travam o crescimento do comércio exterior no Brasil. “Se este diálogo for concretizado, a Maersk então retomará os investimentos, visando o avanço no Brasil”, diz o diretor. Como reformas maiores demoram, em média, cinco anos, a Maersk propõe a simplificação dos processos burocráticos e o aumento da infraestrutura rodoviária em torno do porto.
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Artigo
Wagner Antônio Coelho
O princípio da razoabilidade no comércio exterior brasileiro Apesar de muitos avanços na área de comércio exterior brasileiro, a partir da década de 1990, com objetivo de reestruturar e aparelhar os órgãos públicos intervenientes, com sistemas informatizados, programas específicos de incentivo à exportação, normatização e aumento de servidores em determinados segmentos, ainda se verificam excessos nos procedimentos necessários aos controles, verdadeiros entraves burocráticos, ocasionando prejuízo para o desenvolvimento econômico do país. As regras de direito público, voltadas à proteção dos interesses fazendários da União, por intermédio do Ministério da Fazenda, por vezes assanham a ânsia arrecadatória do Estado Brasileiro e, em alguns momentos, entram em choque com o planejamento administrativo econômico do comércio exterior brasileiro realizado pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior-MDIC. Por outro lado, nos últimos anos, em muitas exigências de cunho administrativo formuladas pelo MDIC, verificaram-se uma série de
medidas não tarifárias implantadas supostamente com fito de controle, as quais influenciavam diretamente a balança comercial brasileira, com prejuízo direto ao setor produtivo. Muitas vezes diante da intransigência em determinados procedimentos, resta apenas ao administrado levar a questão ao Poder Judiciário, para tentar uma revisão do posicionamento administrativo com ênfase no princípio da razoabilidade, instituto previsto na Constituição Federal, que possibilita àquele uma maior valoração dos atos expedidos pelo Poder Público, analisando-se a compatibilidade com o sistema de valores da Constituição e do ordenamento jurídico, sempre se pautando pela noção de Direito justo, ou justiça. Nesse sentido, em recente posicionamento do Superior Tribunal de Justiça, foi aplicado o princípio da razoabilidade para possibilitar a utilização de redução do imposto de importação, por intermédio de ex-tarifário concedido para empresa importadora, em momento anterior à publicação do benefício tributário no
Diário Oficial da União, uma vez que a empresa havia preenchido todos os requisitos necessários para gozar do benefício fiscal, mas ficou impedida de nacionalizar a mercadoria com utilização da redução por demora excessiva da Administração Pública na análise e conclusão do pedido, conforme ementa abaixo: TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. CONCESSÃO DE “EX TARIFÁRIO”. MERCADORIA SEM SIMILAR NACIONAL. PEDIDO DE REDUÇÃO DE ALÍQUOTA. RECONHECIMENTO POSTERIOR DO BENEFÍCIO FISCAL. MORA DA ADMINISTRAÇÃO. PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE. APLICAÇÃO. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E PROVIDO.SENTENÇA RESTABELECIDA.
Assim, verifica-se se tratar de importante pronunciamento judicial em matéria complexa relativa ao comércio exterior brasileiro e de suma importância para o desenvolvimento econômico do país, principalmente no sentido de incentivar a redução da burocracia nesse relevante segmento.g
Wagner Antônio Coelho,advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.
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anuncio_21x28 segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014 09:06:37