INFORMATIVO DOS PORTOS
Abril/2014 - Edição nº 175 - Ano XIV - Rua Samuel Heusi, 463 - Sala 205 - The Office Business Center - Itajaí/SC
APOIO BRASILEIRO A PORTO URUGUAIO PREOCUPA TERMINAIS DO SUL O anúncio de que o Brasil pretende financiar 80% de um porto de águas profundas no Uruguai acendeu o alerta do segmento portuário do Sul do país. A iniciativa, a ser apoiada pelo BNDES, é considerada um desvio de objetivos do governo brasileiro.
- Comércio exterior brasileiro ganhará portal único
- Brasil quer estimular o uso de biocombustíveis
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EDITORIAL Os portos do Sul do país precisam de recursos com urgência para aumentar a sua competitividade. O governo brasileiro, no entanto, avalia investir em um porto de águas profundas em Rocha, no Uruguai, como mostra a reportagem de capa desta edição. Conforme o coordenador do curso de logística da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), não existe justificativa lógica para o Brasil investir em um porto no país vizinho que pode trazer prejuízos à economia nacional. Segundo especialistas, investir em portos de outros países a exemplo do que já foi feio em Mariel, em Cuba, onde o BNDES investiu mais US$ 682 milhões, atende a um critério ideológico e, concomitantemente, assegurar no exterior defensores das medidas que possam vir a ser adotadas internamente, tanto do ponto de vista econômico como social. Ao mesmo tempo, para atender a logística interna, o Brasil acena com medidas meramente paliativas, como a que prevê estimular a utilização de biocombustível na aviação regular. A explicação é que o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis para o setor pode possibilitar a diminuição da dependência em relação aos combustíveis fósseis e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O que se percebe, no entanto, é que, com a iniciativa de apoiar obras estruturais em países que têm uma corrente comercial pífia, estamos perdendo o foco. Além de novos terminais, o Brasil precisa modernizar a rede logística já existente. Os portos são uma parte da cadeia logística que sofre os efeitos de todas as deficiências do sistema de transporte brasileiro, onerando física e ambientalmente as cidades e encarecendo fretes. As obras internas são indispensáveis ao crescimento do país, não apenas do ponto de vista econômico, mas também social. Boa leitura!
Publicação: Perfil Editora Diretora : Elisabete Coutinho Diretora Administrativa: Luciana Coutinho Jornalista responsável: Luciana Zonta (SC 01317 JP) Reportagem: Adão Pinheiro e Luciana Zonta Fotos: Ronaldo Silva Jr./Divulgação Flávio Roberto Berger/Fotoimagem Projeto gráfico: Solange González Bock Diagramação: Elaine Mafra - (47) 3046.6156 (serviço terceirizado) Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista.
ÍNDICE 16.
Comércio exterior brasileiro ganhará portal único no Uruguai
22.
BNDES estuda financiar porto de águas profundas
28.
Brasil terá submarino nuclear brasileiro em nove anos
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Brasil quer estimular o uso de biocombustíveis
36.
Suplemento SEP
42.
Suplemento Porto de Itajaí
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A PORTONAVE ESTÁ EM UMA LOCALIZAÇÃO PRIVILEGIADA: EM PRIMEIRO LUGAR NA MOVIMENTAÇÃO DE CONTÊINERES EM SANTA CATARINA.
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PORTOS & TERMINAIS
Novo porto fluminense deve entrar em operação no segundo semestre Com foco em minério de ferro, o Porto do Sudeste é uma janela para a exportação de mineradoras da região de Serra Azul, em Minas Gerais O Porto do Sudeste, em Itaguaí (RJ) deve entrar em operação em agosto, com cerca de dois anos de atraso. O porto é um empreendimento do consórcio formado pela Impala, divisão da trading holandesa Trafigura, e o Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi. Com foco em minério de ferro, o Sudeste é uma janela para a exportação de mineradoras da região de Serra Azul, em Minas Gerais. O investimento total na primeira fase do projeto é de R$ 4 bilhões, o que inclui os US$ 400 milhões dos novos sócios. A projeção é que sete milhões de toneladas sejam escoadas pelo complexo em 2014. No ano que vem serão 36 milhões de toneladas e, em 2016, o porto deverá atingir a plena capacidade: 50 milhões de toneladas. O consórcio negocia
contratos de compra de minério com 15 pequenos e médios produtores. Representante da Trafigura no conselho da Porto Sudeste do Brasil, Mariano Marcondes Ferraz lembra que muitas mineradoras com ativos em Minas têm planos de expansão, entre as quais Ferrous, Gerdau e Usiminas. Setor de mineração Atualmente o porto tem contratos com a Usiminas (até 12 milhões de toneladas/ano) e MMX (sete milhões de toneladas). Para viabilizar a operação do porto, o consórcio também está mapeando ativos no setor de mineração. A ideia é adquirir participação em uma ou mais mineradoras ou financiar a expansão dessas
companhias. A contrapartida seria um contrato exclusivo de compra desse minério novo. A fatia da mineradora na Porto Sudeste será de 35%, podendo chegar a 42,5%. g
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OPERADOR DE TERMINAL PORTUÁRIO DO ANO
Pecém | CE
Santos | SP Paranaguá | PR Itapoá | SC Itajaí | SC
Rio Grande | RS
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OPERAÇÃO PORTUÁRIA
Dragagem em Paranaguá recebe três dragas simultaneamente A preocupação é não apenas executar a obra em menor tempo para minimizar os impactos nas operações portuárias, mas realizar a a com excelência
Três dragas de alta potência trabalham simultaneamente para retirar 7,7 milhões de metros cúbicos de sedimentos no Porto de Paranaguá, no Paraná. No início de março, o trabalho da draga chinesa Xin Hai Niu ganhou o reforço de outras duas dragas: a holandesa Elbe e a também chinesa Hang Jun. A obra, que iniciou no final do ano passado, deve ser concluída até final de 2014. Segundo o superintendente dos Portos do Paraná, Luiz Henrique Dividino, a dragagem tem que ocorrer sem que as operações dos portos sejam paralisadas. A preocupação é não apenas executar a obra em menor
tempo, para minimizar os impactos nas operações portuárias, mas principalmente realizá-la a obra com excelência. A draga Xin Hai Niu, com capacidade de cisterna de 10 mil metros cúbicos, já concluiu a dragagem da bacia de evolução (de profundidade de 12 metros, de onde foram retirados cerca de 1,3 milhão de metros cúbicos de sedimentos) e atualmente trabalha no canal de acesso ao Porto de Paranaguá. Este trabalho no canal externo, de profundidade entre 13 e 15 metros, foi dividido em três etapas (por áreas Bravo 2, Bravo 1 e Alfa). Na primeira etapa, a atual, serão dragados 200 mil metros cú-
bicos. No total, nessa área externa, serão 2,5 milhões de metros cúbicos removidos. A draga Elbe, com capacidade de 2,8 mil metros cúbicos, está dragando os berços de atracação do Porto de Paranaguá, com profundidades que variam de oito a 13 metros. Já a draga Hang Jun, com capacidade de cisterna de cinco mil metros cúbicos, trabalha na bacia de evolução do píer de inflamáveis, canal do Surdinho e o Porto de Antonina. Segundo o engenheiro Pedro Gabriel Villaça, da DTA Engenharia, empresa responsável pela obra, esta é a primeira vez que três dragas Hopper são disponibilizadas para um único contrato. g
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CARGA GERAL
Empresa inicia carregamento inédito de soja em Imbituba Os contratos fechados pela empresa são para uma movimentação de 400 mil toneladas em 2014 entre cargas como soja e milho, podendo chegar a 600 mil toneladas DIVULGAÇÃO
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Pela primeira vez na história da atividade portuária da cidade, Imbituba (SC) começou a exportar soja free (não transgênica), vinda dos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e Goiás. “Este é um momento histórico e uma nova perspectiva para o porto e a cidade de Imbituba”, avalia Pedro Kuzniecow, diretor-presidente da empresa Fertisanta, que vai operar a carga e recebeu os primeiros caminhões em março. Os contratos fechados pela empresa são para uma movimentação de 400 mil toneladas em 2014 entre cargas como soja e milho, podendo chegar a 600 mil tonela-
das. A confirmação da importante operação para Imbituba foi possível após uma experiência em 2013 com o carregamento de um navio de milho, que superou as expectativas e garantiu este novo commodity para a atividade portuária. “Já estamos recebendo os primeiros caminhões da carga e devemos operar de 10 a 15 navios”, informa Kuzniecow. A empresa também realiza investimentos para agilizar a recepção de carga. “A nossa empresa foi pioneira nesta operação, teve coragem em assumir riscos e agora colhe resultados. A ordem agora é buscar parcei-
ros para grandes investimentos em nosso terminal, que conta com 60.000 metros quadrados na área portuária, através de contrato de arrendamento avalizado pela União, pelo período de 25 anos, com possibilidade de renovação por igual período” frisa o diretor comercial, Beto Martins. Com sede em Imbituba, a empresa Fertisanta foi a primeira indústria de fertilizantes a operar em Santa Catarina e agora vai entrar na operação de exportação de grãos. Até então, vinha operando basicamente na importação de fertilizantes e congêneres. g
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MERCADO INTERNACIONAL
Original Logística completa 10 anos de sucesso e excelência Empresa possui clientes em diversos segmentos, com destaque para indústria eletroeletrônica, química, têxtil, mineração, máquinas pesadas e indústria de vidros Há 10 anos apresentando as melhores soluções em logística internacional, desembaraço aduaneiro e comércio exterior, a Original Logística possui motivos para comemorar. Com uma equipe formada por profissionais com mais de 20 anos de experiência no mercado internacional, a empresa participou de importantes projetos e conquistou diversos clientes.
Original Logística /DIVULGAÇÃO
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O principal diferencial da Original Logística está em oferecer um atendimento personalizado e profissional em que o planejamento, a qualidade, a ética e a transparência são fundamentais para o sucesso de cada negócio. “Proximidade com o cliente, que possui acesso direto à diretoria da Original Logística, e apresentar soluções rápidas às suas necessidades e expectativas são fundamentais para o sucesso de nossa empresa”, afirma o diretor fundador da Original, Eder Desidério. A Original Logística possui know-how e infraestrutura para oferecer soluções na prestação de serviços de importação e exportação, com desembaraço aduaneiro, suporte cambial, contratação de transporte internacional e interno, armazenagem e entrega ao cliente e assessoria na utilização dos regimes especiais de anteposto aduaneiro, admissão temporária e drawback. Com sede em São Paulo, a empresa possui filiais em Campinas (Aeroporto de Viracopos), Santos, Rio de Janeiro e também em Vitória, no Espírito Santo, onde trabalha em parceria com a Original Internacional. Carga projeto Além disso, a Original tem em seu portfólio ca-
Diretor fundador da Original, Eder Desidério
ses de sucesso por sua atuação em consultoria em carga de projeto. Um exemplo de case bem sucedido foi o trabalho desenvolvido com uma das maiores indústrias de eletrônicos do mundo, de origem taiwanesa, na importação e implantação da sua linha de montagem de tablets e smartphones no Brasil. Em parceria com a multinacional, a Original Logística realizou o planejamento e importação de toda a planta industrial asiática para produção nacional dos aparelhos.
Hoje, a empresa possui clientes em diversos segmentos de mercado, com destaque para indústria eletroeletrônica, química, têxtil, mineração, máquinas pesadas, indústria de vidros, energia solar, defensivos agrícolas, fertilizantes, além de automação residencial e industrial. Há uma década, a Original Logística se destaca por seu profissionalismo em atender de forma personalizada e com soluções completas todos os seus clientes. g
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EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO
Comércio exterior brasileiro ganhará portal único No Brasil, o tempo de exportação deve cair de 13 para 8 dias, no máximo, e de importação, de 17 para 10 dias. O sistema vai passar a funcionar primeiro com as operações de exportação O governo federal está prestes a lançar um portal único de comércio exterior. O portal é um dos acordos de facilitação de comércio internacional em que o governo trabalhou, nos últimos anos, e foram fechados na rodada de Bali, em dezembro de 2013. O objetivo é simplificar os processos, reduzindo custos e o tempo de liberação das operações, afirma André Fávero, diretor de Normas e Competitividade no Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A simplificação deve desobstruir as áreas portuárias e diminuir o período de armazenagem em portos, entre outros reflexos que vão atender às necessidades de supply chain do setor produtivo. “Questões cambiais e burocráticas impactam o comércio exterior mais que obras civis, como construção de pontes ou ferrovias”, comenta Fávero. A expectativa é de que os custos globais do comércio exterior sejam reduzidos em 1% com a adoção das facilitações. Isso significa aumento de US$ 40 bilhões da renda mundial. No Brasil, o tempo de exportação deve cair de 13 para 8 dias, no máximo, e de importação, de 17 para 10 dias, segundo o diretor. A exemplo de outros países, o sistema único vai passar a funcionar primeiro com as operações de exportação em 2014. A expectativa é de que em 2015 comecem os trâmites para importação. “Essas facilitações vão implicar redução de custos de 30% a 40%, nas operações brasileiras, sem a necessidade de realizar gran-
des obras logísticas”, destaca. Etapas administrativas Os pontos acordados incluem simplificação, transparência e previsibilidade dos processos; pagamento eletrônico e acesso pela internet às informações da operação; padronização e cooperação aduaneira; procedimentos recursais; racionalização das tarifas e penalidades; remessas expressas; mais agilidade quanto aos bens perecíveis; inclusão do OEA (Operador Econômico Autorizado, modelo que a Amcham ajudou a construir, por meio de estudos e propostas do setor privado) e o single window (portal único).
O portal que reúne os anuentes do comércio vai agregar as etapas administrativas e de controle físico das operações de exportação e importação. Estarão numa única base de dados serviços do Siscomex, Receita Federal, Polícia Federal, Ibama, Secretaria de Portos, Vigiagro e Anvisa, entre outros. As competências de cada órgão serão mantidas, mas o sistema vai evitar a redundância de informações. A empresa poderá acompanhar as etapas on line. “Inclusive verificar se seu despachante cumpriu os deveres”, diz Fávero. “Nem sempre a culpa da demora é pela ineficiência do serviço público”, brinca. g
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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Supero completa 11 anos com crescimento no mercado portuário Entre os produtos oferecidos está a Suíte ABAP Code, que auxilia na gestão da qualidade de projetos SAP, proporcionando redução do custo de TI cas, além de destacar-se no atendimento personalizado. Com base nisso, a Supero estabeleceu métricas para alcançar seus objetivos: ser referência em excelência na inovação de seus produtos e serviços. Soluções próprias Com uma equipe técnica altamente qualificada, a Supero oferece produtos de software modernos, com soluções próprias, seguras e versáteis. Ao longo dos últimos anos, a empresa vem oferecendo soluções e tecnologias capazes de reduzir o custo operacional e de TI de clientes e parceiros, além de facilitar e agilizar processos e operações nessas organizações.
A Supero - Tecnologia com Inteligência completará 11 anos de atuação no segmento de mercado voltado ao desenvolvimento e customização de softwares, ampliando espaços entre as mais importantes empresas nacionais de tecnologia da informação. De acordo com os proprietários da Supero, Jean Carlos Possamai e Sidnei Bunde, o sucesso da organização está na força da parceria com seus profissionais que evidenciam qualidade, capacidade e apresentam grande versatilidade para assimilar novos negócios e tecnologias. Com matriz situada em Blumenau (SC) des-
de 2003, a empresa conta com três filiais: Florianópolis e Joinville, em Santa Catarina, e Cotia, no interior de São Paulo. “Estas cidades foram escolhidas por serem polos em suas regiões. Pretendemos ao longo dos próximos anos ampliar nossa sede em Blumenau”, comenta o diretor de Mercado, Jean Carlos Possamai. A Supero atua nas áreas de prestação de serviços e desenvolvimento de produtos sob medida em diversos segmentos e tecnologias. Os aspectos importantes do negócio estão na constante atualização e observação das tendências tecnológi-
Exemplo disso é a Suíte ABAP Code, que auxilia na gestão da qualidade de projetos SAP, proporcionando aos clientes alta redução do custo de TI. Para o diretor executivo da Supero, Sidnei Bunde, nesses quase 11 anos, a Supero adquiriu vasta experiência no segmento portuário nacional devido à estreita convivência com as equipes dos portos brasileiros. “O Brasil é um país carente em inovações na área de automatização portuária, e nossa parceria com os clientes nos habilita à criação de soluções personalizadas e altamente sintonizadas com o ambiente de negócio atual do cliente e com uma visão de futuro”, completa Jean. g
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conservação
Actioil A550 evita degradação do diesel em equipamentos e embarcações Produto tem a chancela de diversas marcas e parcerias internacionais com grupos do ramo naval
Após 15 anos de experiência mundial e aplicação nos mais diversos motores do mundo, o Actioil A550 está presente no Brasil desde 2009. O produto é voltado à conservação e proteção do diesel, focando na limpeza, proteção de motores e tanques de embarcações e equipamentos movidos a diesel. Seu tratamento já ganhou a recomendação de várias marcas, como Case, New Holland, Iveco, JCB, Volvo Trucks e Penta, Renault, Pesa e Sotreq (CAT), e Petrobras Distribuidora.
Uma das principais empresas especializadas na conservação de geradores do país, a A&T Power Service, que atua com manutenção preventiva há oito anos, também confirma o benefício. “Actioil é hoje a melhor solução para a manutenção, prevenção e cuidado com motores a diesel. Nossos clientes e parceiros tiveram redução de despesas com ele, diminuindo reparos de bombas e trocas de filtros de seus geradores”, afirma Altair Pedro da Silva, diretor da empresa.
No ramo naval, a empresa apresenta parcerias internacionais com grandes grupos por meio das suas bases na Europa, Ásia, África e América do Sul, atuando nos segmentos de navegação de cabotagem e longo curso, além de rebocadores, oferecendo suporte técnico e treinamento para aplicação do produto. “Os benefícios para as embarcações são notórios e os resultados, tanto no campo mecânico quanto no ambiental, são excelentes”, esclarece Jair Duarte, engenheiro químico e especialista ambiental do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), de Curitiba. O diesel das embarcações e equipamentos que operam em portos sofrem a influência da umidade, o que auxilia na formação de borras e corrosão nos tanques, gerando perda de confiabilidade no funcionamento e custos elevados de manutenção preventiva e corretiva. Um mercado semelhante é o de geradores que armazena diesel por longos períodos.
O A550 não é um aditivo, já que seu emprego acontece apenas a cada seis meses. Para tanques/motores, há necessidade de aplicar 0,5% da capacidade total nesse período. Com 22 funções, o produto cria uma nanopelícula que se prende às paredes internas do tanque, fazendo com que sua atuação permaneça pelo período indicado, ao contrário dos aditivos.
bacteriana” explica Jair Duarte. No ambiente marinho, o risco de problemas é ainda maior, devido à chance de corrosão. O uso do Actioil A550, no longo prazo, evita a formação da borra que afeta o sistema de combustão. Com ele, não há registro de perda de potência dos motores ou aumento do consumo de combustível; entupimento e saturação de filtros e tubulações; corrosão nos tanques e partes metálicas; e, por fim, quebra das bombas de combustível. Além disso, há grande contribuição ao meio ambiente, eliminando os resíduos nos tanques de combustível e diminuindo emissões dos motores. g
O diesel brasileiro contém 5% de biodiesel e, nesse caso, a necessidade do Actioil A550 é ainda maior, pois a presença do biocombustível, um elemento orgânico, facilita a proliferação microbiana. “A partir do momento em que se aumenta o alimento para as bactérias, com a adição de biodiesel, e se diminui o teor de enxofre, que seria o veneno, o cenário é de aumento drástico da proliferação
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SOLUÇÕES CUSTOMIZADAS
Wind Logistics imprime conceito de eficiência ao comércio exterior Com matriz em São Paulo, a empresa conta com 10 escritórios próprios no Brasil e agentes exclusivos e parceiros ao redor do mundo A Wind Logistics – empresa especializada em oferecer soluções customizadas a seus clientes em freigth forwarding e logística integrada – é hoje uma referência em eficiência e qualidade nos Brasil e no exterior. De acordo com Maurício Welsh Corboni, diretor comercial da Wind Logistics, os ingredientes para esse sucesso são a melhoria contínua na gestão operacional, valorização da marca perante o mercado nacional e internacional, contratação de mão de obra qualificada e o contato direto e personalizado com os clientes e fornecedores. “Isso se traduz em disponibilidade 24 horas, de uma forma rápida, precisa, especializada e transparente”, diz.
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Segundo Maurício, a Wind Logistics atua como um agente internacional de cargas, capacitado em realizar embarques de importação e exportação, incluindo completa assessoria documental e desembaraço aduaneiro próprio nas modalidades “door to door”. Com matriz em São Paulo, a empresa conta com 10 escritórios próprios no Brasil e agentes exclusivos e parceiros em mais de 630 localidades espalhadas ao redor do mundo. “A Wind Logistics atua de forma global, atendendo as necessidades de seus clientes e adequando -as às exigências e particularidades de cada mercado”, completa. Fundada em 2004 por um grupo de profissionais que trabalhou durante muitos anos em
uma multinacional no setor logístico internacioinal, a Wind cresceu em decorrência do entendimento e rela-
cionamento com o mercado interno e externo. Composta por um quadro de 130 colaboradores, a empresa é uma das poucas do setor no Brasil a possuir certificação ISO 9001 nas quatro operações, incluindo: administrativa, operacional, financeira e contábil. “Nós somos auditados a cada seis meses e temos
acompanhamento constante de certificadora da ISO”, destaca o diretor da empresa. Conforme Maurício, a Wind Logistics oferece toda logística para o agenciamento de carga internacional e desembaraço aduaneiro na importação, exportação, contratação de frente aéreo, marítimo, rodoviário, ferroviário, embarques consolidados, LCL e FCL, coordenação completa de cargas de projeto, cargas perigosas e perecíveis, obtenção de licenças especiais, feiras internacionais, assessoria documental para obtenção do registro RADAR, entre outros serviços específicos. Como o desembaraço aduaneiro é um dos gargalos do sistema burocrático no Brasil,
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Mauricio Welsh Carboni (Commercial Director) e Klaus Steinhoff ( Managing Director)
a empresa conta com cinco despachantes aduaneiros próprios, otimizando a eficiência nas operações e minimizando os riscos, custos e falhas nestes processos e entrega da carga ao destino final. Hoje, a Wind Logistics mantém uma carteira diversificada de clientes de pequeno, médio e grande porte, nunca perdendo o foco na qualificação individual de cada segmento de atuação. Diferenciais Em resposta a um mercado cada vez mais exigente, a Wind Logistics se diferencia também por oferecer palestras instrutivas aos clientes de comércio exterior, abordando temas diversos. Conforme Maurício, as palestras são realizadas com o intuito de aprimorar o conhecimento técnico do setor.
“Quanto maior o conhecimento dos nossos clientes, menor os riscos de termos problemas operacionais, perdas financeiras, atrasos e desgastes desnecessários na entrega das mercadorias”, destaca. A empresa também é especializada na movimentação de cargas de projeto, que demandam uma análise técnica específica que inclui visita “in loco”, contratação de guindastes, carretas e equipamentos especiais para manuseio, incluindo licenças especiais de trânsito, contratação de seguro internacional, apeação técnica certificada, entre outras responsabilidades. Por ser um serviço logístico atípico, as cargas de projeto demandam exigência exclusiva dos seus funcionários no atendimento, gestão e contratação de empresas especializa-
das, cumprindo fielmente as exigências e obrigações do mercado brasileiro e regras internacionais contratuais do país destinatário da mercadoria. Outra especialidade da Wind Logistics são as feiras internacionais. Segundo o diretor, atualmente a Wind é o despachante oficial de vários eventos no Brasil e no exterior, proporcionando visibilidade aos participantes para a prospecção de novos negócios nestes países. As mercadorias entram em caráter de admissão temporária e retornam ao país de origem no término do evento. Caso os produtos sejam vendidos durante o show, os mesmos são nacionalizados em definitivo, recolhendo todos os impostos devidos e adequados à legislação local. g
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ESPECIAL
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BNDES estuda financiar porto de águas profundas no Uruguai Entidades ligadas a terminais brasileiros manifestam preocupação com possível competição prejudicial gerada a portos dos três estados do Sul O anúncio de que o Brasil pretende financiar 80% de um novo porto de águas profundas no Uruguai acendeu o alerta dos representantes do segmento portuário do Sul do país. Eles avaliam a iniciativa como um exemplo do desvio de objetivos do governo brasileiro. O projeto, avaliado em US$ 500 milhões, será construído em Rocha, no Uruguai, e o Brasil bancará a maior parte disso por meio do Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul. O Uruguai precisa de outro porto de águas profundas porque os atuais já estão operando com capacidade limite. O financiamento seria facilitado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Para o coordenador do curso de graduação em Logística da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Romeu Zarkes de Mello, não existe justificativa para o BNDES investir em um porto no país vizinho. “Não faz muito sentido o governo investir em outro país enquanto o Brasil precisa de recursos para obras emergenciais nas áreas de transporte, por exemplo”, comenta o professor. Romeu acrescenta que a própria corrente comercial entre os dois países não justificaria a iniciativa, já que não tem grande significação econômica. Segundo a senadora gaúcha Ana Amélia Lemos, os portos de toda a região sul serão prejudicados se o BNDES decidir investir num porto de águas profundas no Uruguai. No entendimento de Ana Amélia, o governo está realizando obras de logística que são importantes para o escoamento da produção agrícola como a duplicação da BR-116 entre Guaíba e Pelotas no Rio Grande do Sul. Mas adverte que os portos da região enfrentarão uma concorrência predatória se o BNDES investir no
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porto do Uruguai. “Não é aceitável que o BNDES financie e invista um bilhão de dólares para a construção de um porto de águas profundas no país vizinho, enquanto os nossos portos dependem de melhorias e investimentos para a recuperação econômica e o seu desenvolvimento industrial”, avalia a senadora. Reação das entidades A Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP) e a Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec) encaminharam carta à presidente Dilma Rousseff manifestando preocupação com o tema. As entidades entendem que, caso o apoio do BNDES se confirme, o banco estaria financiando, com recursos brasileiros, a implantação de um grande porto no Uruguai que vai estabelecer uma “competição prejudicial” aos portos da região Sul, em especial Rio Grande (RS), Paranaguá (PR) e os cinco principais terminais portuários de Santa Catarina. “Nada contra os uruguaios terem o seu porto, mas se a construção for apoiada pelo BNDES estaremos financiando a criação de um hub port [porto concentrador de cargas] no país vizinho que fará concorrência direta aos portos da região Sul do Brasil”, argumenta Wilen Manteli, presidente da ABTP. A discussão ocorre no momento em que o governo tenta fazer deslanchar as primeiras licitações portuárias dentro das mudanças introduzidas pela nova lei do setor, a 12.815, sancionada em 2013. O risco é que o porto de Rocha concentre linhas de navegação estrangeiras que poderiam usar o local como base para operações de “feeder”, servindo o Brasil e outros países da região. O “feeder” usa
navios menores para pegar carga em um porto concentrador e redistribuí-la em outros portos. Um terço do volume feito pela cabotagem brasileira em 2013 correspondeu ao serviço “feeder”. O porto poderia operar com diversas cargas (granéis sólidos e líquidos e contêineres) e teria calado de, no mínimo, 23 metros, para receber navios de grande porte. As obras do porto deverão levar entre 24 e 36 meses, a partir da assinatura dos contratos de construção, e a inauguração poderia ocorrer entre 2016 e 2017, segundo informações divulgadas na imprensa uruguaia. Custos logísticos Segundo um documento da Comissão Interministerial do Porto de Águas Profundas, o terminal poderia gerar economia
de 50% em custos logísticos para determinados fluxos da região com destino à Ásia, captando uma carga de 50 milhões de toneladas ao ano. Hoje, com portos no Atlântico que têm cerca de 12 metros de calado, o Uruguai pode movimentar em média cargas de 60 mil toneladas por navio. O porto de Rocha poderá mais do que duplicar essa capacidade, pois receberá embarcações de até 160 mil toneladas. O Porto de Santos, maior complexo portuário da América Latina, movimenta uma carga anual superior a 100 milhões de toneladas. O porto de Montevidéu em seus melhores anos movimenta 12 milhões de toneladas. E o terminal de Buenos Aires passou dos 11 milhões de toneladas em 2012. Com o Porto de Rocha, o Uruguai quer atrair uma boa porção dos embarques de grãos e minerais que Brasil, Bolívia, Argentina e Paraguai enviam para a China e o sudeste asiático. g
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INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA
Autorizada obras da maior ponte ferroviária do país Com 1.527 quilômetros de extensão, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste está dividida em 13 lotes, sendo 10 na Bahia e três no Tocantins O Tribunal de Contas da União (TCU) liberou recentemente a execução das obras da maior ponte ferroviária do país, que ficará localizada sobre o Rio São Francisco, na Bahia. A obra, com 2,9 quilômetros de extensão, faz parte do lote 5A da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol). De acordo com a Valec, Engenharia, Construções e Ferrovias, órgão vinculado ao Ministério dos Transportes, a obra está orçada em R$ 135 milhões. O responsável pela construção da ponte será o consórcio Lotec-Sanches Tripoloni-Sobrenco, vencedor da licitação, ocorrida em 2010. A previsão é que a partir do começo dos trabalhos, a ponte seja entregue em dois anos. Segundo informações do TCU, a utilização de diferentes concepções de elementos de fundação da ponte foram fatores determinantes para a aprovação do projeto. Além disso, a nova proposta de construção também foi
favorável, pois, “além de ser mais simples, ela apresenta um impacto de apenas 1,5% sobre o valor original do contrato”. Localizada entre a Serra do Ramalho e Bom Jesus da Lapa, a ponte sobre o Rio São Francisco será implantada entre os quilômetros 825,230 e 828,130 do subtrecho da Fiol. Com o tabuleiro de 5,85 metros, a ponte terá 42,32 metros de altura, 78 pilares, 80 vãos de 35 metros e um vão central de 110 metros. Com 1.527 quilômetros de extensão, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste está dividida em 13 lotes, sendo 10 na Bahia e três no Tocantins. A via ligará os municípios de Ilhéus, no estado da Bahia, e Figueirópolis, no estado do Tocantins, ponto de sua interligação com a Ferrovia Norte-Sul (FNS). O investimento do governo federal é estimado em R$ 6 bilhões. g
Localização Previlegiada
AMP
ARMAZÉNS // SALAS SALAS COMERCIAIS COMERCIAIS ARMAZÉNS
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CARNE SUÍNA
Vendas caem, mas mercado japonês mantém expectativa de crescimento Em números absolutos, as exportações somaram 36.940 toneladas e uma receita de US$ 96,54 milhões em fevereiro, uma queda de 10,01% nas vendas Principais destinos em fevereiro: 1º Rússia: 10.872 toneladas (participação de 29,43%) 2º Hong Kong: 8.676 toneladas (participação de 23,49%) 3º Angola: 4.360 toneladas (participação de 11,80%) 4º Cingapura: 2.353 toneladas (participação de 6,37%) 5º Uruguai: 1.580 toneladas (participação de 4,28%)
Principais destinos em 2014: 1º Rússia: 22.355 toneladas (31,13%) 2º Hong Kong: 17.908 toneladas (24,94%) 3º Angola: 8.409 toneladas (11,71%) 4º Cingapura: 4.676 toneladas (6,51%) 5º Uruguai: 2.863 toneladas (3,99%)
As exportações brasileiras de carne suína caíram 10% em volume e 11% em valor. Apesar do desempenho, de acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Rui Eduardo Saldanha Vargas, o setor continua otimista em relação ao aquecimento do mercado do Japão e a uma situação mais favorável na Rússia, em virtude de adversidades que vêm sendo enfrentadas pela Europa e pelos Estados Unidos, concorrentes do Brasil no mercado russo. Os números de exportação de carne suína de janeiro e fevereiro de 2014 retratam um desempenho esperado frente ao cenário do mercado internacional, especialmente neste período do ano. “A expectativa de reação em março continua otimista, com exceção do mercado da Ucrânia, que enfrenta no
momento uma crise macro que repercute diretamente”, diz Vargas. Em números absolutos, as exportações de carne suína, em fevereiro, somaram 36.940 toneladas e uma receita de US$ 96,54 milhões. Houve queda de 10% no volume exportado em relação ao mesmo mês do ano passado e redução de 11% na receita. O preço médio se retraiu em 1,26% no período. No acumulado do ano, o país embarcou 71.808 toneladas e faturou US$ 186,82 milhões, queda de 11,53% no volume e de 12,41% na receita ante igual período de 2013. Novas fábricas Uma sinalização positiva em março, pela Rússia, foi a habilitação de mais duas unidades brasileiras aptas a exportarem
carne suína. Agora são seis as fábricas habilitadas, em relação a três em 2013. A Rússia permanece como o principal destino da carne suína brasileira, com participação de 29,43% nas exportações do mês, seguida por Hong Kong com 23,49% e Angola com 11,80%. A mesma sequência ocorreu na receita: Rússia em primeiro lugar com 35,83%, Hong Kong com 21,68% e Angola com 7,85%. A queda nas vendas para a Rússia, em fevereiro, foi de apenas 0,84% em volume. Em valor, porém, houve um aumento de 6,84% (US$ 34,60 milhões) em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, o Brasil vendeu para o mercado russo 22,36 mil toneladas e faturou US$ 70,71 milhões, uma redução de 2,40% em volume e um crescimento de 5% em receita.g
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EMBARQUE ELETRÔNICO
Sistema de agendamento promete reduzir espera por liberação de cargas DIVULGAÇÃO
Software lançado pela Abtra dinamizará os pedidos de autorização de embarque para a Receita Federal, processo que deve cair de 36 para até 3 horas
A Associação Brasileira de Terminais e Portos Alfandegados (Abtra) está lançando o Pedido de Embarque Eletrônico (PEM-e), com a promessa de diminuir o tempo de espera das filas de caminhões e navios nos principais portos do Brasil. O objetivo é minimizar os impactos dos gargalos logísticos nas principais rodovias e portos do país Atualmente, caminhões que acessam o Porto de Santos (SP) aguardam, em média, 36 horas pela liberação da Receita Federal para embarcar cargas de exportação. Com o novo sistema, a expectativa é diminuir a espera para 3 horas.
Todo o processo de entrega da documentação do pedido de embarque será solicitado através de um único site, que faz parte da Janela Única Portuária. Segundo o gerente de tecnologia da Abtra, Vander Serra de Abreu, os exportadores poderão cadastrar os pedidos de cargas e a Receita Federal terá duas horas, nos períodos da manhã e da tarde, para interagir com o sistema. Ele também aponta como benefício a redução de custos para exportador e armador, visto que os caminhoneiros permanecerão menos tempo parados nos terminais à espera da liberação.
A expectativa da entidade é que o novo sistema auxiliará na automatização e rapidez para a autorização no embarque dos granéis, e também de veículos, bobinas de aço e celulose. A ferramenta já será bastante útil para o escoamento da supersafra de grãos, que ultrapassará 190 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento.
Sistema de agendamento A entidade foi responsável também pelo desenvolvimento de outros importantes sistemas amplamente utilizados por empresas do setor, como a Declaração de Transferência Eletrônica (DTe) e o Banco de Dados Comum de Credencia-
mento (BDCC). A Associação está em negociação com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) para que o sistema de Pedido de Embarque Eletrônico interaja com o Sistema de Agendamento. “Nosso objetivo é otimizar os processos e reduzir tempo e custos. Acreditamos que a junção dos sistemas da Abtra e da Autoridade Portuária irá diminuir ou até acabar com esses problemas”, explica. A entidade participará do programa de conferências da feira Intermodal South America 2014, em São Paulo (SP). Além de apoiador do evento, a Abtra conduzirá o painel “Desafios Estruturais dos Portos Brasileiros” e o case “Janela Única Portuária”, que trará detalhes do PEM-e. O gerente de Tecnologia da entidade, Vander Serra de Abreu, e o auditor, representante da Alfândega do Porto de Santos, Antônio Russo Filho, têm presença confirmada. g
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FUNDO DO MAR
Brasil terá submarino nuclear brasileiro em nove anos Frota terá como missão patrulhar a chamada Amazônia Azul, como a Marinha convencionou chamar o território submerso na costa brasileira, com 4,4 milhões de km² de água salgada A Marinha Brasileira terá 26 submarinos patrulhando a costa brasileira até 2047. O primeiro passo no sentido de tentar alcançar esse objetivo é a previsão de entrega em 2023 do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear, segundo explicou recentemente no Senado Brasileiro, o almirante de esquadra Gilberto Max Roffé Hirschfeld, coordenador-geral do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), criado em 2008, a partir de um acordo de cooperação e transferência de tecnologia entre o Brasil e a França.
tem 4,4 milhões de km² de água salgada e importância econômica expressiva. Dali é retirado 90% de nosso petróleo e por ali passa 95% de nosso comércio exterior. Escondidos sob as ondas, somente cinco submarinos patrulham a costa nacional. Além do submarino nuclear, o programa sob a responsabilidade da Marinha do Brasil prevê ainda a construção de quatro submarinos de propulsão convencional (diesel-elétricos). Serão ainda construídos uma base naval e um estaleiro, em Itaguaí, no Rio de Janeiro.
A nova frota terá como pricipal missão patrulhar a chamada Amazônia Azul, como a Marinha convencionou chamar o território submerso na costa brasileira. A área
O almirante defende a necessidade de o Brasil desenvolver e manter um forte sistema de defesa. Ao justificar, ele diz que o país é foco de “ambições”, em razão de
suas riquezas naturais e capacidades. Diante das incertezas sobre o que acontecerá no mundo em médio e longo prazo, Max Hirschfeld observou que o Brasil precisa estar preparado, com uma Força Armada potente. “Não para entrar em guerra, ao contrário, mas exatamente para ter o poder de dissuasão”, observa o almirante. Um submarino de propulsão nuclear é considerado a arma de maior poder de dissuasão que existe. Entre outras vantagens, o almirante destacou o poder de deslocamento e a capacidade de se manter submerso de forma prolongada. Isso ocorre porque é capaz de gerar oxigênio, dispensando subidas regulares à superfície. Graças a essa característica, os submarinos seriam menos de-
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Com o programa de construção de submarinos, o Brasil ganha capacidade não apenas para construir, mas também projetar submarinos convencionais e nucleares. Ele explicou que um acordo com o governo francês assegura a transferência de toda a tecnologia necessária para esse ganho de autonomia. “Projetar é a palavra chave. Até agora vínhamos construindo apenas submarino de superfície, mas nunca projetamos”, observou. Segundo o almirante, o país domina todo o ciclo tecnológico para a construção do reator de propulsão nuclear a ser utilizado no projeto, de responsabilidade da estatal Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A (Nuclep), que está sendo desenvolvido em São Paulo. A França entra com a parte de interface para aplicação no submarino e seu projeto, além das tecnologias de operação e manutenção do equipamento. O alcance do Prosub vai muito além da questão de defesa. O programa – com
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tectáveis, ficando mais protegidos contra ataques inimigos.
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custo estimado em cerca de R$ 21 bilhões, em todas as suas etapas – tem amplo potencial para irradiar conhecimentos e capacitação em favor dos centros de
pesquisa, das universidades e da indústria brasileiras. No auge de sua capacidade, o Prosub deverá gerar 9 mil empregos diretos e outros 32 mil indiretos. g
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MERCADO LOGÍSTICO
ANX abre novas unidades e prevê crescimento de 70% em 2014 O planejamento estratégico da empresa prevê abertura de filiais nas cidades de Curitiba, Recife e Porto Alegre até setembro deste ano A abertura de uma unidade em Curitiba (PR) no mês de abril é uma das principais estratégias da ANX International Logistics para crescer em volume de mercadorias movimentadas em 2014. O escritório, localizado no Bairro Ahú, atenderá o mercado compreendido entre São Paulo e Santa Catarina, região rica em negócios e já atendida pela ANX com clientes regulares. A proposta, segundo o diretor comercial da empresa, Cristhian Werner, é focar em clientes que demandam serviços de agenciamento de frete internacional para importações e exportações de mercados como o têxtil, alimentício, industrial, artigos de bazar, construção
civil, eletrônicos, móveis, aço etc. “A abertura da filial em Curitiba faz parte do planejamento estratégico da empresa para atingir as metas no ano de 2014”, explica Werner. A unidade da ANX International Logistics em Curitiba deve contribuir para que a empresa alcance a meta de crescer 60% em volume até o final deste ano. Em 2013, a ANX registrou o surpreendente crescimento de 122% em volume de negócios. A expectativa inicial é que o Paraná represente, até dezembro, cerca de 26% das receitas da empresa.
com larga experiência em comércio exterior em empresas como a APM Terminals Itajaí. Segundo Werner, João Carlos foi a pessoa mais indicada para o projeto por possuir conhecimentos técnicos em operação portuária, agenciamento de transporte, armazém e distribuição, transporte rodoviário e desembaraço de mercadorias. “Acreditamos no potencial do projeto e entendemos que não será apenas uma filial, mas um novo conceito para o agenciamento de transporte internacional do Paraná”, completa o diretor da empresa. Mercado do Nordeste
A filial de Curitiba será coordenada por João Carlos Dittgen Lopes Teixeira Jr, profissional
Além da abertura da unidade de Curitiba, o
planejamento estratégico da empresa contempla ainda filiais em Recife (PE) e Porto Alegre (RS) até setembro deste ano, quando a ANX contará com seis escritórios próprios espalhados pelo Brasil: São Paulo, Itajaí, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife. A decisão da empresa em focar também no mercado do Nordeste acompanha o comportamento do mercado naquela região, onde grandes redes estão instalando unidades. “Abrir uma filial em Recife é estar atento as mudanças econômicas do Brasil. Queremos nos tornar referência no Nordeste e aproveitar um mercado apontado como um dos mais emergentes do País”, observa. O foco da ANX é o agenciamento de transporte internacional para importação ou exportação, com know how e network para atender operações door to door ao redor de todo o mundo. Segundo Werner, a ANX está bem amparada nos mercados da Ásia, Europa, Mediterrâneo, América do Norte/Central/Sul e África, além de dispor de seguro internacional, carga projeto e transporte rodoviário. g
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TERMINAL DE CONTÊINERES
TCP se consolida como um dos mais completos integradores logísticos Hoje o TCP é o único da América Latina autorizado a receber navios de até 368 metros de comprimento por 51 metros de boca Segundo maior terminal de contêineres do Brasil, o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) também é hoje o mais produtivo do país, com a média de 79 mph (movimentos por hora) em 2013, além de um dos mais modernos e completos integradores logísticos do setor portuário brasileiro. Esta série de conquistas tem como base um projeto iniciado há quase três anos e que mudou por completo o TCP, proporcionando melhorias para importadores e exportadores. Foram mais de R$ 365 milhões investidos na modernização e ampliação da capacidade operacional do terminal, bem como na implantação de um
amplo projeto de reestruturação e melhoria de gestão. Em 2011, o TCP investiu R$ 51 milhões em novos equipamentos, ampliando sua capacidade de 800 mil para 1,2 milhão de TEUs/ano. Os investimentos foram intensificados a partir de 2012, com a ampliação do cais de atracação que dará ao terminal um novo píer de 879 metros de comprimento, permitindo que o TCP receba os maiores navios de contêineres que operam no comércio internacional e aumentando sua capacidade para 1,5 milhão de TEUs/ ano. “Com isso, o terminal pode receber, simultaneamente, três navios porta-con-
têineres com até 8.600 TEUs de capacidade”, afirma Juarez Moraes e Silva, diretor superintendente do TCP. Ele explica que os navios de transporte de contêineres estão cada vez maiores em comprimento e largura, o que exige uma adequação dos terminais para recebê-los. “Além do espaço no cais de atracação, também são necessários equipamentos modernos, com maior alcance”. Moraes e Silva destaca que Paranaguá é um dos poucos portos do centro-sul do Brasil que tem condições de receber esses grandes navios de carga. “Hoje o
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Luiz Antonio Alves, CEO do TCP, ressalta que o projeto equiparou o terminal aos melhores portos de contêineres internacionais, oferecendo aos clientes mais eficiência, além de garantir o atendimento da demanda pelos próximos anos. Ao lado dos investimentos, Alves destaca a criação do TCP LOG, subsidiária dedicada a serviços de integração da cadeia logística com transporte por terra que oferece serviços de armazenagem, estrutura para carregamento e descarregamento de contêineres, pátio para contêineres e transporte rodo-
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TCP é o único da América Latina autorizado a receber navios de até 368 metros de comprimento por 51 metros de boca”, diz, acrescentando que tudo isso, aliado à produtividade alcançada, possibilitou uma redução substancial no período de permanência dos navios no porto. “Apesar de recebermos navios cada vez maiores, reduzimos em mais de 50% nos últimos dois anos o tempo médio de permanência deles no porto, garantindo aos importadores e exportadores uma grande economia de custos”.
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ferroviário a Paranaguá. Com a iniciativa, que expande sua atuação para além dos limites do Porto de Paranaguá, o TCP implantará bases intermodais em sua área
de abrangência. A primeira, já em operação, fica em Ponta Grossa e tem como foco cargas agroflorestais, refrigeradas e commodities, como soja, milho e farelo. g
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AVIAÇÃO CIVIL
Brasil quer estimular o uso de biocombustíveis Durante a Copa do Mundo, centenas de voos nacionais serão operados com o uso de bioquerosene. A ideia é que isso se torne uma política pública O Brasil quer estimular a utilização de biocombustível na aviação regular. O desenvolvimento de combustíveis sustentáveis para o setor pode possibilitar a diminuição da dependência em relação aos combustíveis fósseis e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Atualmente, a aviação civil responde por cerca de 2% das emissões totais que poluem a atmosfera. “Este é um avanço tecnológico que insere a aviação civil no século 21, onde existe a preocupação não só com a eficiência operacional, mas também com a preservação da natureza”, diz o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco. O governo federal tem tratado o tema com companhias aéreas e com o mercado produtor desse tipo de combustível. Já durante a Copa do Mundo, centenas de voos nacionais serão operados com o uso de bioquerosene. A ideia é que isso se torne uma política pública, voltada para redução da emissão de poluentes na atmosfera. Segundo Moreira Franco, o Brasil está à frente de muitas nações não só pela iniciativa de trazer o biocombustível para a aviação regular, mas pela experiência que tem na produção de combustíveis de fontes renováveis. “Temos tecnologia avançada neste setor; e temos condição de fomentar ainda mais a produção desse tipo de combustível, pois temos muita matéria-prima”, completa. A indústria aérea (incluindo empresas aéreas, aeroportos e serviços de navegação aérea) assumiu compromisso voluntário, durante workshops realizados entre 2012 e 2013, para tratar do assunto, de reduzir as emissões de carbono em 50% até 2050. Em outubro de 2013, a Gol Linhas Aéreas realizou um voo entre
Atualmente, a aviação civil emite cerca de 2% das emissões totais que poluem a atmosfera.
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São Paulo e Brasília utilizando combustível obtido de fonte renovável. A aeronave foi abastecida com 25% de querosene produzido a partir do bagaço de cana-deaçúcar e de óleos residuais. Após o teste, a companhia anunciou o propósito de aumentar o uso de bioquerosene nos voos que opera.
Energia renovável O setor da aviação requer o uso do “combustível drop-in”, tipo de biocombustível sustentável misturado ao combustível convencional, com característica de desempenho equivalente ao combustível atualmente utilizado nos motores das aeronaves. Nos voos que utilizarem essa mistura durante a Copa do Mundo, o bioquerosene corresponderá a 1%. Em 2009, a Comissão Europeia impôs aos países-membros da União Europeia (UE) a meta de chegar a 10% de energias renováveis no setor dos transportes até 2020. A medida tinha dois objetivos: reduzir a dependência dos caros combustíveis fósseis e também a emissão de gases do efeito estufa. Essa meta continua valendo, mas com uma alteração: os incentivos não serão mais dados ao biocombustível obtido de grãos, mas de resíduos. A Comissão reage, assim, à frequente crítica de ambientalistas de que a produção de biocombustíveis está concorrendo com a produção de alimentos. Nos últimos anos, os preços de alguns alimentos subiram de forma acentuada em todo o mundo, o que vem sendo atribuído, ao menos em parte, ao crescente uso de biocombustíveis. E, em alguns países em desenvolvimento e emergentes, florestas estão sendo derrubadas para se obter novas áreas agrícolas, destinadas ao cultivo de alimentos, pois os espaços existentes estão sendo ocupados com a produção de combustíveis. g
DIVULGAÇÃO/INTERMODAL
O combustível usado no voo inaugural foi produzido pela Amyris Brasil, que trabalha com fontes renováveis de energia. De acordo com o presidente da empresa, John Melo, o bioquerosene ajuda a reduzir as emissões de gás carbônico em 80%, se comparado com o combustível convencional, derivado de fonte fóssil. O custo, no entanto, ainda é alto, aproximadamente o triplo.
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Suplemento News SISTEMA PORTUÁRIO
Iniciativa privada investirá R$ 36 bilhões em três anos Recursos levam em consideração os pedidos de autorização para investimento de arrendamentos existentes, as autorizações para TUPs e os arrendamentos em portos organizados O sistema portuário brasileiro pode receber R$ 36 bilhões de investimentos da iniciativa privada ao longo dos próximos três anos. Segundo o ministro da Secretaria de Portos (SEP), Antônio Henrique Silveira, somente com pedidos de autorização de investimento de arrendamentos existentes, a expectativa é de investimentos de R$ 10 bilhões. Atualmente, 45 propostas de prorrogação estão em análise na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O programa de arrendamentos das 159 áreas nos portos organizados (PIL-Portos) deverão injetar mais de R$ 17 bilhões em investimentos, que se somam aos cerca de R$ 8 bilhões previstos nos 15 terminais de uso privado autorizados até março deste ano. Os recursos levam em consideração os pedidos de autorização para investimento de arrendamentos existentes, as autorizações para Terminais de Uso Privado (TUP) e os arrendamentos de áreas em portos organizados previstos no Plano de Investimento em Logística (PIL-Portos). “Isso é extremamente importante tanto para a racionalização quanto para a ampliação da capacidade portuária”, diz o ministro. No caso do setor público, além dos arrendamentos, Silveira explicou que a prioridade é desenvolver a segunda fase do Programa Nacional de Dragagem (PND2). No final de fevereiro, a SEP lançou o edital para dragagem de manutenção do Porto de Santos. As propostas serão abertas no dia 8 de abril. A secretaria também está prestes a lançar os editais para os portos de Mucuripe
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(CE) e do Rio de Janeiro (RJ) e, até meados do segundo semestre, deve ter início o processo de licitação envolvendo 22 portos organizados. “Esse esforço de investimento visa atender a necessidade de modernização da infraestrutura portuária e de aumentar a capacidade de movimentação dos portos brasileiros”, observa Silveira. Acessos terrestres O ministro diz ainda que, a partir de abril, num esforço conjunto com o Ministério dos Transportes, a SEP intensificará ações para viabilizar os acessos terrestres aos portos. “As dragagens vão atacar os acessos marítimos, mas é preciso também melhorar os acessos terrestres, principalmente na re-
gião Norte, de forma que estas áreas sejam capazes de realizar mais plenamente seu potencial portuário”, afirma. Silveira acrescenta que existe grande interesse na região Norte tanto em função do deslocamento da fronteira agrícola (especialmente no Mato Grosso e em Tocantins) quanto da perspectiva de conclusão da BR-163, além das licitações das rodovias. “Essa região se tornou muito atrativa, com uma corrida por autorizações de TUP e crescente interesse do programa de arrendamentos nos portos da Companhia Docas do Pará. Por isso, a presidenta Dilma Rousseff determinou que o ministro Cesar Borges e eu, juntamente com as agências reguladoras, déssemos prioridade à melhoria dos acessos”, finaliza. g
INFORMATIVO DOS PORTOS
Lançado edital para dragagem do Porto de Mucuripe Certame compreenderá a elaboração do projeto básico e projeto executivo, a execução dos serviços de dragagens e outras operações para a entrega da obra
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A Secretaria dos Portos lançou o edital de licitação para execução das obras de dragagem de manutenção das profundidades do canal de acesso e do berço de atracação do Porto de Fortaleza (Mucuripe). O objetivo da dragagem de manutenção do Porto de Fortaleza é melhorar as condições de navegabilidade e atracação dos navios que irão embarcar e desembarcar passageiros de cruzeiros marítimos. Conforme o edital, as profundidades do canal e do berço deverão ficar acima de 14 metros e de 13 metros, respectivamente (referenciado ao zero da DHN). A obra corresponde à segunda ação no âmbito to do Programa Nacional de Dragagem (PND II), que integra o Plano Nacional de Logística (PIL – Portos). No dia 21 de fevereiro, foi lançado o edital para o Porto de Santos. Segundo a Secretaria de Infraestrutura Portuária, o terminal de passageiros do Porto de Fortaleza abre caminho para a consolidação da atividade turística na região. Por isso é necessária a adequação do acesso aquaviário e a manutenção da profundidade do berço para garantir a movimentação dos navios. Contratação integrada A licitação será feita pelo regime de Contratação Integrada, previsto no artigo 9º da Lei 12.462/2011. O certame compreenderá a elaboração do projeto básico e projeto executivo, a execução dos serviços de dragagens, além de todas as demais operações necessárias para a entrega da obra. Assim como ocorreu com a licitação para dragagem de manutenção em Santos, a SEP fará uma prospecção para atrair empresas para o certame, inclusive que não operem ainda no Brasil. Ao todo, foram enviados ofícios para 20 empresas e para as embaixadas dos Estados Unidos, Bélgica, Holanda, China, Dinamarca, Portugal e Itália. As embaixadas também foram convidadas para participarem de apresentação sobre o PND II e o cronograma de investimentos em dragagem de 2014. Até o final do primeiro semestre serão lançados editais para os portos de Paranaguá (PR), Rio de Janeiro (RJ), Cabedelo (PB) e Maceió (AL), todos no âmbito do PND II. g
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NAVEGABILIDADE & ACESSO
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Suplemento News MARCO REGULATÓRIO
Novos empreendimentos portuários atenderão cinco estados O novo ciclo de autorizações para instalações portuárias privadas começou em dezembro de 2013 e os investimentos já somam quase R$ 8 bilhões Cinco novos empreendimentos portuários foram autorizados pela Secretaria de Portos (SEP) desde o começo do ano. Com estes, já são 14 novos contratos de adesão assinados desde a entrada em vigor do novo marco regulatório do setor (Lei 12.815/2013), além da ampliação do terminal da Ultraféril já existente no Porto de Santos. O último empreendimento autorizado fica no Espírito Santo. No estado, será instalado o Terminal de Uso Privado (TUP) da Manabi Logística, no município de Linhares, com capacidade para movimentar 25 milhões de toneladas/ano de granéis sólidos e previsão de investimentos de R$ 1,5 bilhão. Além do TUP no Espírito Santo, a Secretaria de Portos autorizou um terminal em São João da Barra (RJ), o Intermoor do Brasil Serviços Offshore; uma Estação de Transbordo de Carga (ETC) em Manaus (AM), a Ronav; e três ETCs da Transporte Bertolini em Juriti (PA), Manaus(AM) e Porto Velho (RO). Na Intermoor serão investidos R$ 73,6 milhões para movimentação de carga geral. Na ETC Ronav, o valor do investimento é de
R$ 3 milhões para movimentar carga geral e as ETCs da Bertolin movimentarão carga geral e granel sólido, com investimentos de R$ 4,67 milhões. Esse novo ciclo de autorizações para instalações portuárias privadas começou em dezembro do ano passado e os
investimentos, até o momento, somam quase R$ 8 bilhões. Segundo o ministro Antonio Henrique Silveira, as autorizações prosseguirão num processo contínuo. Mais de 50 empreendimentos estão em andamento, num total de R$ 7,28 bilhões. g
INFORMATIVO DOS PORTOS
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CONSULTAS PÚBLICAS
Antaq fará novas audiências para definir áreas de arrendamento portuário O objetivo da consulta pública é obter contribuições, subsídios e sugestões para o aprimoramento de editais e contratos referentes aos arrendamentos
Em dezembro do ano passado, o TCU estabeleceu 19 condições para que o governo publique o edital para licitação dos portos de Santos (SP), Belém, Santarém (PA), Vila do Conde (PA), além dos terminais de Outeiro (PA) e Miramar (PA). Os ministros consideraram insuficientes os estudos apresentados pelo governo e pediram mais informações técnicas sobre os projetos. O governo federal pediu a revisão de algumas das condições impostas pelo tribunal para liberar a publicação do edital dos portos. Segundo informações da Antaq, o objetivo Anuncio 92 x 58 mm_print.pdf 1 08/03/2013 15:21:42
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A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) fará novas audiências públicas sobre a licitação para exploração dos portos de Salvador, Aratu (BA), Paranaguá (PR) e São Sebastião (SP). A consulta tinha começado em outubro do ano passado, mas a diretoria da agência decidiu fazer novas audiências, incluindo ajustes nos estudos, conforme considerações apresentadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para o primeiro lote de licitações lançado pelo governo.
da consulta pública é obter contribuições, subsídios e sugestões para o aprimoramento de editais e contratos referentes aos arrendamentos. Os avisos sobre as novas audiências públicas, com as datas e locais, serão publicados em data ainda não definida.
Novas audiências serão realizadas, segundo as recomendações contidas no Acórdão do Tribunal de Contas da União, contendo inclusive os ajustes nos estudos, conforme considerações do TCU em relação aos projetos do Bloco I, que envolvem os arrendamentos dos Portos de Santos (Codesp) e do Pará (CDP). g
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TRANSPORTES RODOVIÁRIOS
Governo entrega mais três lotes à iniciativa privada Até o quinto ano do contrato de concessão, as concessionárias deverão efetuar intervenções estruturais e melhorias funcionais nas rodovias O Governo Federal acaba de transferir à iniciativa privada mais três lotes de rodovias do Programa de Investimentos em Logística (PIL). Estão formalizados os contratos da BR163/MS com a Companhia de Participações em Concessões (Grupo CCR), da BR-163/ MT com a Odebrecht, e da BR-040/DF/GO/MG com a Invepar. Os contratos vão garantir uma logística melhor, segundo o ministro dos Transportes, César Borges. “Essa logística vai dar aos usuários das rodovias federais brasileiras condições de trafegar com mais segurança e de gastar menos tempo, além de reduzir custos”, explicou, durante cerimônia conduzida pela presidenta Dilma Rousseff. Com a transferência à iniciativa privada, foram entregues todos os lotes de rodovias. Em dezembro do ano passado, a ANTT formalizou contrato com o Consórcio Planalto para a concessão da BR-050/GO/MG e, em janeiro deste ano, com a Triunfo Participações e Investimentos (TPI) para o lote composto pelas BRs-060/153/262/DF/GO/MG. A concessão da BR-163/MS vai gerar em 30 anos investimentos de R$ 5,69 bilhões nos 847,2 quilômetros situados entre a divisa MT/MS e divisa MS/PR . Já a tarifa de pedágio oferecida pela CCR foi de R$ 0,04381 por quilômetro de rodovia, o que representa um deságio de 52,74% (diferença entre valor estabelecido no edital e o oferecido na proposta vencedora) em relação ao teto de R$ 0,0927. A empresa deverá duplicar 806,3 quilômetros da divisa MT/MS até Vila Vargas e de Dourados até a divisa MS/PR. Estima-se que com a concessão da BR-163/MT a Odebrecht invista em 30 anos R$ 4,6 bilhões nos 850,9 quilômetros situados entre a divisa MT/MS e Sinop (MT). O grupo vencedor ofereceu uma tarifa de R$ 0,02638 por quilômetro de rodovia, o que representa
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deságio de 52,03% em relação à tarifa teto do edital. A concessionária deverá duplicar 453,6 quilômetros na divisa MT/MS até Rondonópolis; de Posto Gil a Sinop, além da Rodovia dos Imigrantes (antiga MT-407 que foi federalizada como BR-070 e atravessa as áreas urbanas de Cuiabá e de Várzea Grande). O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) vai duplicar 281,1 quilômetros entre Rondonópolis a Cuiabá, passando por Jaciara e do Trevo do Lagarto até Rosário do Oeste. A Serra de São Vicente, o trecho que vai de Rosário do Oeste a Posto Gil e as travessias urbanas de Rondonópolis, Nova Mutum, Sorriso e Sinop já foram duplicados pelo DNIT. A concessão da BR-040/DF/GO/MG vai gerar em 30 anos investimentos de R$ 7,92 bilhões nos 936,8 quilômetros da rodovia que vão de Brasília (DF) até Juiz de Fora (MG), passando por Belo Horizonte (MG). A Invepar ofereceu tarifa de R$ 3,22528 por praça de pedágio, o que equivale a um deságio de 61,13% em relação aos R$ 8,29763 estabelecidos como tarifa teto do edital. A concessionária deverá duplicar 557 quilômetros de Luziânia (GO) a Paraopeba (MG); do entroncamento com a BR-365 (trevo Ouro Preto) até Barbacena (MG) e de Oliveira Fortes (MG) a Juiz de Fora (MG). Intervenções estruturais Até o quinto ano do contrato de concessão, as concessionárias deverão efetuar intervenções estruturais e melhorias funcionais e operacionais nos demais elementos da rodovia. Trata-se de reparos no pavimento e acostamento, adequação da sinalização, recuperação dos elementos de segurança, recuperação emergencial de pontes, viadutos e drenagem, implantação dos Serviços de Apoio ao Usuário (SAU), tratamento da faixa de domínio, cadastro de todos os elementos da rodovia e realização de estudos de acidentes. As concessionárias também deverão fazer conservação e manutenção da rodovia até o final do contrato. Os investimentos em conservação serão traduzidos em intervenções físicas programadas para recompor e aprimorar as características técnicas e operacionais da rodovia. A manutenção será feita com operações rotineiras e de emergência que têm o objetivo de preservar as características técnicas e físico-operacionais da rodovia.g
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Suplemento News COMPLEXO DO ITAJAÍ
Movimentação de contêineres em Itajaí avança 14 % em dois meses Do total das cargas operadas no bimestre, o porto público e APM Terminals Itajaí movimentaram 66,19 mil TEUs, com avanço de 14%. Já a Portonave operou o total de 103,73 mil TEUs A movimentação de mercadorias no Complexo Portuário do Itajaí cresceu 14% no primeiro bimestre de 2014, alcançando 169,93 mil TEUs (1,73 milhão de toneladas) em comparação aos 149,1 mil TEUs movimentados em janeiro e fevereiro de 2013. A movimentação de cargas no Complexo Portuário do Itajaí também foi considerada excelente no mês de fevereiro. Juntos, o porto público e demais terminais instalados às margens direita e esquerda do rio homônimo operaram 89,29 mil TEUs. O avanço, em relação a fevereiro do ano passado, foi de 17%. No entanto, os volumes movimentados no segundo mês do ano superaram, inclusive, as cargas de janeiro em praticamente 3 mil TEUs, o que elevou significativamente a média diária, de 2,37 mil TEUs, no primeiro mês do ano, para 2,71 mil TEUs, no último mês. “O avanço no volume de cargas operado já é reflexo na melhoria das condições de acesso e das profundidades alcançadas pela dragagem de manutenção”, explica o diretor executivo do Porto de Itajaí, Heder Cassiano Moritz. Do total das cargas operadas no bimestre, o porto público e APM Terminals Itajaí (APMT) movimentaram 66,19 mil TEUs, com avanço de 14%. Já a Portonave Terminal Portuário Navegantes operou o total de 103,73 mil TEUs. Com relação ao fluxo
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das cargas, 51% das operações foram importações e 49%, exportações. Os frangos congelados lideram a pauta de exportações do complexo, enquanto as importações são lideradas pelos produtos mecânicos e eletrônicos. Cenário positivo Os volumes de cargas registrados no primeiro bimestre geram um cenário bastante positivo para o Complexo Portuário do Itajaí em 2014, quando
os terminais devem operar aproximadamente 1,2 milhão de TEUs. “No entanto, é necessário que fiquemos atentos à continuidade dos investimentos programados para o Porto de Itajaí, que são as obras de reforço e retificação dos berços 3 e 4, a construção de nova bacia de evolução e adequação dos acessos e as dragagens de manutenção para nos mantermos competitivos nos mercados regional e nacional”, alerta o superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antônio Ayres dos Santos Júnior. g
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TERMINAL CATARINENSE
Movimentação da Portonave cresce 7,6% no primeiro bimestre DIVULGAÇÃO
Na exportação, além de carnes congeladas, a madeira também surge como destaque. Pelo terminal, passaram 57% do total exportado pelo estado em 2013
A movimentação de cargas na Portonave cresceu 7,6% nos dois primeiros meses do ano em comparação ao mesmo período do ano passado, atingindo 104.652 mil TEUs. Os números mantêm o terminal na liderança de movimentação no Estado. Entre os principais fatores que contribuíram para o crescimento estão a manutenção de linhas que atendem a todos os continentes e a busca pela qualidade na prestação dos serviços. Outro importante diferencial é a câmara frigorífica Iceport, que permite e integração dos serviços com o terminal. Neste bimestre, a Iceport também registrou aumento de 35% na movimentação em comparação com o início de 2013. Na exportação, além de carnes congeladas - especialmente o frango, tradicional produto das vendas catarinenses - a madeira também surge como importante destaque. A Portonave foi a principal movimentadora de madeira e derivados em Santa Catarina no ano de 2013. Pelo terminal portuário passaram 57% do total exportado pelo Estado. Se levado em conta a movimentação nacional, 35% da madeira transportada em contêiner do país foi operada pela Portonave em 2013. Entre os destinos da madeira no continente asiático, a China foi a principal compradora. Só os chineses receberam mais de 30% da madeira exportada. A madeira bruta e seus derivados, como os móveis, é o segundo produto mais movimentado na exportação pelo terminal de Navegantes, representando aproximadamente 30% do total. Em primeiro lugar estão as carnes congeladas. Espaço para cerâmica Já os produtos da classe de plásticos e derivados ocupam o topo na lista dos mais importados pelo terminal. A cerâmica também vem ganhando espaço. Em 2013, a movimentação do produto representou 10% do total de importação da Portonave, frente a 6% registrado em 2012. Os números mantiveram Navegantes como líder de importação de cerâmica em todo o país. Para o gerente comercial da Portonave, Juliano Perin, as cargas são atraídas pelas opções de linhas que operam no terminal. “Atualmente, temos diversas opções de serviços entre o Brasil e a Ásia, um dos maiores mercados fornecedores de produtos de importação ao país. A qualidade dos serviços prestados também é um diferencial para os nossos clientes”, afirma Perin. g
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SERVIÇOS PLANEJADOS PARA DIFERENTES DESAFIOS
Contamos com uma equipe preparada para oferecer soluções logísticas de acordo
Suplemento News REFERÊNCIA EM SEGURANÇA
APM Terminals Itajaí conquista prêmio global de segurança Empresa deve expandir ações para outras unidades do grupo no Brasil, incluindo a APM Terminals Pecém e terminais retroportuários DANI BONIFÁCIO
com suas necessidades com serviços integrados e total segurança às operações. Transporte Casa Contêiner e Construções Modulares
Venda e Aluguel de Contêineres
A APM Terminals– empresa responsável pela operação de contêineres no Porto de Itajaí – acaba de conquistar o “2013 Best Practices Award”, prêmio conferido à empresa que desenvolve as melhores práticas de segurança entre os terminais do grupo no mundo. O prêmio foi entregue ao superintendente da APM Terminals Brasil, Ricardo Arten, na Suíça, pelo CEO global, Kim Fejfer.
Depósito de Contêineres
CFS / Armazenagem
Reefer Service
Itajaí
Navegantes
Cubatão
Fone (47) 3249 3200
De acordo com Arten, o terminal itajaiense tem um longo caminho pela frente em termos de segurança, mas o prêmio vai servir para inspirar e engajar a equipe na luta diária contra atos e situações inseguras. “Agora é o momento de melhorar Itajaí e expandir o que fizemos aqui para as outras unidades, incluindo a APM Terminals Pecém e as Inland Services”, destaca. A premiação é realizada anualmente e leva em consideração os resultados alcançados e o cumprimento de metas estabelecidas em termos de segurança, tanto em nível local quando corporativo. A APM Terminals é referência na operação portuária de contêineres, oferecendo ao mercado uma moderna e eficiente estrutura logística portuária no Complexo Portuário do Itajaí. Operando em uma área de 180 mil metros quadrados, o terminal portuário se mantém focado na melhoria contínua do nível de serviço, satisfação dos clientes, parceiros e fornecedores, e no desenvolvimento de constantes investimentos em segurança e respostas às demandas do mercado mundial. A empresa também tem terminal em Pecém, no Ceará, e conta com uma rede de serviços retroportuários no Brasil. Em Itajaí, onde opera desde 2007, é uma das empresas que mais contribui para o desenvolvimento local. Desde que assumiu a operação de contêineres do Porto de Itajaí, a administração do terminal vem investindo continuamente na expansão da área arrendada, no treinamento de seus funcionários e na aquisição de uma moderna frota de equipamentos e de sistemas de última geração para o gerenciamento do terminal. Com uma movimentação média de 25 mil contêineres ao mês, o terminal possui uma estrutura instalada que conta com 1.500 tomadas refeer, três mobiles harbour cranes, 13 empilhadeiras reachstacker de grande porte e duas empilhadeiras emptyhandler de vazios. g
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PRODUÇÃO DO SUL
Unidade da Petrobras de Itajaí produz 73 mil barris de óleo por dia Dentre as prospecções da unidade itajaiense estão previstas aberturas dos poços de Baúna Sul, Marrakesh, Bacia de Pelotas e Bacia do Paraná A Unidade de Operações de Exploração e Produção do Sul da Petrobras (UO-Sul), que voltou a operar recentemente em Itajaí, atingiu a produtividade de 73 mil barris óleo/dia, sendo a quinta unidade de produção da Petrobras. A exploração é realizada na área de Baúna em seis poços produtores. A capacidade de produção da unidade foi apresentada a empresários de Itajaí e região durante reunião itinerante da Associação Empresarial de Itajaí (Acii). De acordo com Carlos Roberto Carvalho de Holleben, gerente da nova Unidade de Operações de Exploração e Produção do Sul, A UO-Sul é a quinta unidade de produção da Petrobras. “Os poços de exploração da unidade estão interligados ao FPSO Cidade de Itajaí e, em média, a cada cinco dias um petroleiro encosta no navio para fazer o transporte para a refinaria” explicou. Segundo os dados apresentados na reunião, a UO-Sul produziu 35 milhões de barris em 2013 e a exploração se faz em lâmina d’agua de aproximadamente 240 metros. Dentre as prospecções da unidade itajaiense para os próximos anos estão previstas aberturas dos poços de Baúna Sul, Marrakesh, Bacia de Pelotas e Bacia do Paraná.
pondeu que não há, no momento, estudos das linhas longitudinais para contemplar o estado com os royalties do petróleo explorado na área de responsabilidade da Unidade de Exploração e Produção do Sul (UO-Sul). Embora a sede da unidade fique em Itajaí, o dinheiro arrecadado com o petróleo explorado nos poços de Baúna pertence hoje a Cananeia, Iguape e Ilha Comprida, todos no estado de São Paulo. Reunião
Segundo o gerente da unidade, a nova sede dobrou em tamanho de área física, distribuída em quatro pavimentos, e abriga 70 funcionários da Petrobras. Questionado sobre a possibilidade de Santa Catarina vir a receber os royalties do petróleo, Holleben res-
A abertura dos trabalhos ficou sob a responsabilidade do presidente da ACII, Eclésio da Silva, que por presidir pela primeira vez a reunião em sua gestão, destacou a “satisfação de estar à frente de uma as-
sociação de uma cidade tão pujante”. O presidente também ressaltou a importância da UO-Sul para Itajaí e a sólida parceria que mantém com a ACII. Após apresentação em vídeo da campanha de 60 anos da Petrobras “Gente. É o que inspira a gente”, o anfitrião do encontro, o gerente Geral da UO-SUL, Carlos Roberto Carvalho de Holleben, tomou a frente dos trabalhos, apresentando parte da história da Petrobras, sua estrutura organizacional e alguns números da empresa, entre eles o destaque para a produção de mais de 2 milhões de barris/dia no país e o planejamento de crescimento que prevê dobrar esta quantidade de produção até 2020, além do investimento para exploração do pré-sal.g
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POLO NAVAL
Feira de negócios gera expectativa de negócios avaliados em R$ 7,8 milhões Até 2020, 74 petroleiras, 235 navios rebocadores, 62 unidades petroleiras e 68 produções replicantes estarão construídas no Brasil A sétima Rodada de Negócios da Zona Sul, realizada durante a 3ª Feira do Polo Naval, realizada em Rio Grande (RS), rendeu R$ 7,8 milhões de expectativa de negócios. O valor envolve 21 compradores e 241 fornecedores, que participaram de 908 reuniões. As rodadas representam o passo inicial de relação entre as empresas e têm o objetivo de aproximar firmas e tornar possível o fornecimento fixo de empresas ao Polo Naval. A ação do Sebrae/RS contou com a parceria do Arranjo Produtivo Local (APL) do Polo Naval do Rio Grande do Sul e seu entorno e apoio da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Rede Petro, Superintendência do Porto do Rio Grande, Prefeitura Municipal do Rio Grande, Petrobras e Fórum Regional do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp). O avanço da indústria naval no Brasil, especialmente em Rio Grande, tem colocado uma série de desafios às empresas e ao governo. De acordo com Luiz Felipe Camargo, do Estaleiros do Brasil (EBR), empresa especializada em construções de offshore, a crise de energia, que não é somente no Rio Grande do Sul, está impondo uma série de dificuldades para os negócios da empresa. Segundo Camargo, o baixo fornecimento de energia afeta na produtividade. Outra preocupação é a falta de voos regulares em Rio Grande, que gera um impacto negativo, e do déficit de moradia para acomodar os 3 mil trabalhadores: 50% são da região e o restante de fora do estado. Apesar de todas as dificuldades, de acordo com Alexandre
Canhetti, diretor de Engenharia da Engevix/Ecovix, a indústria naval e offshore está consolidada. Até 2020, 74 petroleiras, 235 navios rebocadores, 62 unidades petroleiras e 68 produções replicantes estarão construídas.
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Mercado Com três eventos simultâneos – o NAVTEC, a Rodada de Negócios e o Seminário de Direito – a Feira do Polo Naval apresentou as principais novidades do mercado internacional da área de petróleo e gás e discutiu questões novas no mercado regional como as energias renováveis que ganham espaço através dos parques eólicos que estão sendo construídos. O mercado naval gaúcho tem gerado diversas expectativas pelo Brasil em função do grande número de encomendas que se encontram no estado. O Rio Grande do Sul possui três polos de desenvolvimento da indústria naval e mantém ainda um porto marítimo comercial com uma movimentação de mais de 33 milhões de toneladas, sendo destaque entre os portos mundiais no setor de grãos. Além da rodada de negócios, o Sebrae/RS promove outras ações para ampliar os negócios das micro e pequenas empresas da Cadeia Produtiva de Petróleo, Gás e Energia do Estado. Um estande coletivo da instituição, com mais de 300m² de área, permitiu que 35 micro e pequenas empresas dos projetos de Adensamento da Cadeia Produtiva do Petróleo, Gás e Energia das regiões Sul, Metropolitana e Serra Gaúcha tivessem a chance de
exporem seus produtos e serviços. Já no estande institucional da entidade na feira foram ofertadas consultorias em gestão, planejamento estratégico, plano de negócios, assessorias em marketing e na metodologia Canvas. g
Artigo
Maiko Maier
Contêiner NOR na importação – solução ou preocupação Com o advento da súmula 297 (STJ) consagrou-se em definitivo a submissão dos contratos bancários às regras e princípios do direito consumerista. Esta sujeição aplica-se tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas, tendo em vista a aplicação doutrinária da teoria finalística. Nesse contexto, considerando que os comandos estabelecidos pelo CC/2002 exigem o estabelecimento de contratos fundamentados em premissas de boa-fé e equilíbrio, o Superior Tribunal de Justiça tem relativizado a aplicação de cláusulas contratuais consideradas abusivas e desproporcionais, inclusive nos contratos firmados com instituições financeiras, os “contratos bancários”. No momento da contratação dos serviços bancários é comum observar a sujeição dos consumidores às exigências ilegais impostas por par te das instituições financeiras, seja pelo desconhecimento dos elementos da negociação ou mesmo pela necessidade inadiável de obtenção
de recursos. Vale ressaltar que, ainda que tais encargos tenham sido aceitos e formalizados em contrato, torna-se possível a sua discussão. Além dos tradicionais contratos bancários, caracterizados por redações extensas, termos jurídicos incompreensíveis e apresentação visual que dificulta a leitura, são utilizadas “armadilhas” criadas pelos bancos para tutelar seu afã arrecadatório. Os principais mecanismos são as tradicionais confissões de dívida e as cédulas de crédito bancário. As instituições financeiras exigem a assinatura de documentos que tutelem e legitimem todo um histórico de ilegalidades realizadas durante a relação contratual, especialmente com a cobrança de juros elevados, tributos indevidos, comissão de permanência e multas cumuladas, condutas reprovadas pelos tribunais. Em relação aos juros cobrados como remuneração pela atividade executada pe-
las instituições bancárias, seguindo as premissas até agora tratadas, torna-se frequente a exigência de valores desproporcionais, tornando a obrigação demasiadamente onerosa para o consumidor. Nestes casos, os parâmetros aplicados pelo Superior Tribunal de Justiça para limitar a cobrança dos juros são aqueles estabelecidos pelo Banco Central. Como consequência do descumprimento inevitável de tantas exigências, o consumidor visualiza o mais nefasto dos cenários: negativação perante os órgãos de proteção ao crédito, suspensão dos serviços, cobranças extrajudiciais, e ações judiciais para a penhora de bens. Diante deste cenário, o consumidor deve buscar suporte jurídico para a utilização de medidas tendentes a afastar a cobrança de encargos abusivos, bem como evitar a prática de atos que privem ou lhe importem em risco, sem olvidar, ainda, a repetição e compensação dos valores pagos indevidamente durante a contratualidade. g
*O autor é advogado especialista em Análise Tributária, Direito Societário e Direito Contratual da Silva & Silva Advogados Associados
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Diário de Bordo Empresas Investimentos da Tupy O vice-presidente de finanças da Tupy, Leonardo Gadelha, anunciou que a fundição catarinense vai investir neste ano cerca de R$ 250 milhões. Segundo o executivo, a tendência é que a Tupy otimize, no decorrer deste ano, a sua carteira de produtos para o mercado externo, notadamente para os Estados Unidos e o México. Em 2013 a companhia investiu R$ 210 milhões, uma alta de 12% sobre o aporte do ano anterior. Cerca de 82% desse valor foi aplicado para expandir e dar eficiência às operações da empresa, com destaque para a automação do acabamento dos produtos. A Tupy incrementou seus negócios no mercado mexicano com a aquisição, em 2011, de duas fundições nas quais foram investidos US$ 441,7 milhões. Em 2013, o lucro da companhia foi de R$ 86,3 milhões, crescimento de 30% sobre o exercício de 2012.
Rentabilidade no mercado
Novidades em TI
A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) espera que uma nova fábrica no Brasil melhore sua rentabilidade no mercado até 2017, depois que corte de subsídios e efeitos cambiais afetaram seus lucros no país no ano passado, segundo o presidente-executivo Sergio Marchionne. A companhia, criada depois que a Fiat assumiu o controle da Chrysler em janeiro, em um acordo de 4,35 bilhões de dólares para criar a sétima montadora do mundo, cortou sua estimativa de lucro para 2014 depois de um recuo de 80 por cento nos resultados de seu negócio principal na América Latina no trimestre final de 2013. O Brasil costumava representar cerca de 20 por cento do lucro da Fiat, ajudando a compensar prejuízos na Europa, mas com o fim de incentivos fiscais para a venda de carros, maiores custos de produção e efeitos cambiais pesaram sobre a lucratividade na região.
A Totvs, empresa de tecnologia da informação, marca presença pelo segundo ano consecutivo na 20ª edição da Intermodal South America. O balanço da participação no evento, em 2013, apontou um aumento nos rendimentos da companhia, que oferece softwares e soluções tecnológicas específicas para os principais players do setor. Na edição passada, a Totvs atendeu mais de 200 potenciais clientes no estande e realizou mais de 100 reuniões, que renderam mais de 40 contratos firmados ao longo do ano. Nesta edição da feira, um dos destaques são as novas funcionalidades da Totvs Sara, desenvolvida para automatizar os processos de desembaraço aduaneiro em portos e recintos aduaneiros alfandegados. A companhia também vai apresentar o software criado em parceria com Trade Easy para atender o sistema Siscoserv e processos de importação, exportação e drawback.
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Diário de Bordo Logística Duplicação de ferrovia A América Latina Logística (ALL) obteve do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) a licença ambiental para terminar as obras de duplicação do trecho ferroviário entre Campinas e Santos. A concessionária aguardava a autorização para continuar os trabalhos em dois trechos que, juntos, somam cerca de 40 quilômetros: de Embu-Guaçu até Evangelista de Souza, na região de planalto, e de Paratinga até Perequê, na Baixada Santista. A empresa prevê a conclusão das obras em até um ano. A duplicação vai permitir aumentar a capacidade do principal corredor de exportação ferroviário dos atuais 15 pares de trem para 37 pares de trem, como tem afirmado a direção da ALL.
Aviação mundial
Armazém da Libra Logística
A Iata anunciou que a aviação mundial começou muito bem o ano, com a demanda crescendo em diversas regiões do planeta. A receita por km por passageiro (RPK) subiu 8% em relação a janeiro de 2013 (em dezembro o crescimento fora de 6,8%) e a capacidade 6,7%, levando o load factor a 78,1%, aumento de 1%. A demanda de passageiros cresceu 7,8%, com os maiores incrementos registrados no Oriente Médio. Na América Latina, o tráfego aumentou 4,4% sobre janeiro de 2013, índice que é a metade dos 8,1% de crescimento em todo o ano passado. Apesar da desaceleração, a Iata prevê contínuo aumento de demanda na região, especialmente por causa da performance de países como Colômbia, Peru e Chile, e pela Copa do Mundo do Brasil.
A Receita Federal autorizou a companhia Libra Logística a operar seu novo armazém no Porto Seco de Campinas (SP), agora denominado CLIA (Centro Logístico e Industrial Aduaneiro). Próximo do aeroporto Viracopos, o CLIA recebe em sua maioria cargas de alto valor agregado. O novo armazém conta com 10.000m² de área, 12.500 posições pallets e 20 docas. A estrutura cumpre as exigências das mais modernas construções sustentáveis, a exemplo de telhas prismáticas que possibilitam que a iluminação artificial fique desligada 80% dos dias durante o ano, com economia de 30% na energia elétrica. Além disso, há isolamento térmico da cobertura, que inibe a entrada do calor no armazém e reaproveitamento da água da chuva, que alimenta duas cisternas e abastece os banheiros.
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Diário de Bordo Offshore Recorde no Golfo do México A produção de petróleo da Petrobras em Cascade e Chinook, no Golfo do México, atingiu 40 mil barris por dia no início de março. Trata-se de um recorde de produção para os campos, que produzem através de três poços em Cascade e dois em Chinook. Esta marca decorre da entrada em produção de dois novos poços, Chinook-5 e Cascade-6, que agregaram 28 mil barris por dia à produção anterior de 12 mil barris por dia. Os poços têm média de profundidade de 8 mil metros e produzem para o navio-plataforma BW Pioneer, o primeiro FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo) aprovado para operar no setor americano do Golfo do México. A Petrobras é operadora dos dois campos e detém 100% de participação do campo de Cascade e 66.7% do campo de Chinook, em parceria com a empresa Total, que detém os demais 33.3%.
Exploração de petróleo
Orçamento inflado
A petrolífera portuguesa Galp Energia irá este ano realizar a perfuração de pelo menos três poços no Brasil. Segundo informou o grupo numa apresentação aos investidores, estão previstas para 2014 atividades nos campos Júpiter, Carcará e Bracuhy. No campo Júpiter SW, a Galp, que detém uma participação de 20% no consórcio explorador, irá iniciar um poço de avaliação no terceiro trimestre deste ano, numa perfuração que deverá durar quatro meses. Ainda no bloco 24 da bacia marítima de Santos (campo Júpiter), a Galp também participa, com 20%, no campo Bracuhy NE, onde no quarto trimestre deste ano será igualmente iniciada a perfuração de um poço de avaliação dos recursos existentes no local. A petrolífera portuguesa irá ainda realizar uma perfuração na extensão do campo Carcará, no bloco 8 da bacia de Santos, que explora com uma participação de 14%.
A desvalorização do real e a escalada nos custos fez subir para R$ 9 bilhões o investimento projetado pela Petrobras na construção do seu Complexo Industrial Químico-Têxtil, em Suape. O valor foi inflado em 50%, na comparação com a previsão anterior de R$ 6 bilhões. Com a majoração, o empreendimento repete o que aconteceu com a Refinaria Abreu e Lima, que teve seu orçamento multiplicado por dez e foi apontada pela presidente da Petrobras, Graça Foster, como “um exemplo a não ser seguido”. A Petroquímica Suape (uma das três fábricas que integram o complexo) divulgou o balanço de 2013. O resultado aponta para um prejuízo superior a meio bilhão de reais (R$ 555,3 milhões) e o desafio de se tornar competitiva.
Centro de treinamento
Multas da ANP
De olho na crescente demanda por segurança em embarcações e qualificação de tripulantes oriunda da exploração de petróleo no campo do pré-sal, a Rolls-Royce inaugurou em Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o seu primeiro centro de treinamento (CT) marítimo no Brasil. A missão do CT, integrante da Divisão de Serviços Marítimos da Rolls-Royce, é atender os clientes da multinacional que operam navios de apoio offshore e atuam na exploração de óleo e gás em águas profundas na costa do país. O investimento foi de aproximadamente R$ 8,4 milhões. Por ano, a Rolls-Royce quer oferecer programas de treinamento para cerca de 750 profissionais.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) arrecadou para o Tesouro Nacional, em 2013, R$ 67,5 milhões em multas aplicadas na fiscalização do abastecimento nacional de combustíveis. O volume é 11,75% maior que o arrecadado em 2012, de R$ 60,4 milhões. As informações estão no balanço anual da Superintendência de Fiscalização do Abastecimento (SFI) de 2013. A SFI é responsável por supervisionar distribuidoras, postos e revendedores de combustíveis. O incremento do volume de multas arrecadado, segundo a ANP, foi motivado, principalmente, por ações de cobranças administrativas e judiciais e à facilitação do parcelamento das dívidas, abrindo espaço para que débitos antigos fossem quitados.
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Diário de Bordo Portos Embarque de madeira O Tecon Rio Grande está iniciando embarques regulares de toras de madeira do oeste gaúcho para a China, com o foco no atendimento do mercado de construção civil daquele país. Após um projeto piloto e estudos realizados com parceiros em 2013, o terminal está preparado para escoar até 200 contêineres por mês, demanda estimada pelas tradings que trabalham com a commodity. Em 2013, foram embarcados 137 contêineres de 40 pés. Seguindo a tendência de conteinerização de commodities, o terminal, em parceria com empresas e players de mercado, desenvolveu uma solução de logística e carregamento para viabilizar as exportações por Rio Grande e investiu cerca de R$ 200 mil na construção de um equipamento para realizar o carregamento do contêiner de forma automática, permitindo mais que dobrar a produtividade de movimentação.
Crescimento em Fortaleza
Terminais autuados
Um dos maiores portos cearenses, do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, e do Mucuripe, em Fortaleza, movimentaram juntos 1,8 milhão de toneladas de cargas no primeiro bimestre de 2014, volume 17% maior do que a 1,59 milhão de toneladas registradas nos dois terminais portuários em igual período de 2013. Neste ano, o crescimento no fluxo de cargas foi “içado” pela movimentação de 1,060 milhão de toneladas movimentadas via Porto do Pecém, que registrou incremento de 39%, nos dois primeiros meses deste ano. No primeiro bimestre deste ano, 83 navios operaram no Porto do Pecém. Somente em granel sólido, foram movimentados 422 mil toneladas, o correspondente a 40% de toda a carga que passou pelo terminal. Esse volume representa elevação de 476%, em relação ao mesmo período do ano passado.
Sete terminais que operam granéis no Porto de Santos foram autuados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), por descumprirem as regras para o escoamento da safra agrícola na região. Desde que a Antaq passou a monitorar o escoamento da safra por Santos, no início do ano, 11 empresas foram notificadas – 10 delas, todos terminais, por receberem veículos sem agendamento e uma, a concessionária ferroviária Portofer (da ALL), pelo bloqueio de vias do complexo. A autuação é a primeira etapa do processo de punição. Agora, as empresas podem apresentar uma defesa, a ser analisada pela agência reguladora, que então definirá se multará a companhia. Cada veículo recebido de forma irregular faz com que a instalação arque com um valor entre R$ 1 mil e R$ 2 mil.
Carga cancelada
Planos de crescimento
Importadores chineses de soja cancelaram até 600 mil toneladas em carregamentos de soja do Brasil e Argentina para envio entre março e maio. Os contratos futuros da soja na bolsa de Chicago caíram à menor cotação desde 24 de fevereiro devido às preocupações sobre uma redução de demanda na China, maior comprador mundial da oleaginosa. Os compradores estão negociando com fornecedores para atrasar ou cancelar mais carregamentos, segundo a agência Reuters. Os contratos futuros da soja caíram quase 5% em quatro sessões. O cancelamento das compras pela China ocorre depois que o país rejeitou quase 1 milhão de toneladas de milho dos Estados Unidos devido à descoberta de grãos de uma variedade transgênica não autorizada no país.
A Wilson Sons Logística tem planos de crescer na área de portos secos, armazéns alfandegados para atender empresas do comércio exterior. A companhia, controlada pelo grupo Wilson Sons, ganhou licitação para instalar uma Estação Aduaneira de Interior (EADI) na região do Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco. A empresa prevê colocar a EADI de Suape em operação em meados do ano. O objetivo do novo porto seco será oferecer uma solução logística completa para toda a cadeia do comércio exterior, segundoThomas Rittscher III, diretor-executivo da Wilson Sons Logística. A empresa já tinha no local um centro logístico para distribuição de produtos no Nordeste. O terminal foi arrendado pela Wilson Sons por 25 anos de uma terceira empresa que investiu nas obras civis.
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INFORMATIVO DOS PORTOS
Artigo
Wagner Antônio Coelho
Contêiner NOR na importação – solução ou preocupação Nosso comércio exterior brasileiro possui peculiaridades interessantes com relação à utilização de unidades de carga para exportação e importação de mercadorias. Nesse sentido, a logística de transportes internacionais para atender a demanda crescente do comércio exterior brasileiro vem se reinventando e aperfeiçoando com o passar dos anos. Afinal de contas, o dinamismo e a concorrência na área fazem com que sejam necessárias tais características. Desse modo, principalmente a partir de 2012, verificou-se uma utilização considerável e crescente nos último anos, com relação à utilização de “contêiner NOR” no transporte relativo às operações de importação de mercadorias, no Brasil. A sigla “NOR” corresponde à expressão inglesa “Non-Operating Reefer”, traduzida de forma livre para o português como, “reefer fora de operação”. Em suma, é a utilização de um contêiner reefer (refrigerado) desligado, para o transporte de carga seca.
Tal utilização se deve à grande quantidade de exportação de mercadorias derivadas do agronegócio brasileiro, as quais são exportadas em contêineres reefer, em razão da necessidade de controle da temperatura. Por outro lado, na pauta de importação brasileira se verificam poucos produtos com necessidade de refrigeração durante o trajeto relativo ao transporte de carga internacional, com caracterização de grande parte de carga seca. Em razão dessa situação, os transportadores marítimos passaram a otimizar o uso das unidades de carga refrigeradas, mediante utilização das mesmas para o transporte de carga seca, quando do retorno do equipamento para o Brasil, com redução significativa nos custos relativos a armazenagem e remanejamento de contêineres reefer, justamente por se trazer o contêiner reefer de volta para o Brasil, sem custos e, agora, com lucro. Tal situação, além de trazer redução de custos para os transportadores, também pode significar bons resultados na operação para os importadores, desde
que se atente para os riscos dessa operação com contêineres NOR na importação de carga seca. Isso se deve à política de indução dos transportadores marítimos, pela qual a utilização de NOR possui um frete bem abaixo do preço de mercado. Nesse sentido, além da redução do frete, tem-se um reflexo direto na tributação sobre a operação de importação, na qual o frete internacional compõe a base de cálculo do imposto de importação. Por outro lado, em razão da grande demanda de carga refrigerada para exportação e menor oferta de contêineres refrigerados, na operação de importação com NOR para carga seca, deve-se tomar cuidados com o período de free time, muito inferior ao de um contêiner dry box, bem como quanto ao valor da demurrage/sobrestadia destas unidades de carga reefer (NOR), as quais possuem a diária muito mais cara que a prevista para um dry box. Assim, verifica-se importante analisar os custos operacionais, levando-se em consideração as características de cada operação, para que se possam comparar os custos e escolher a melhor opção.g
Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: nos Cursos de Gestão Portuária, e, Comércio Exterior; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.
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anuncio_21x28 segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014 09:06:37