InformationWeek Brasil - Ed.244

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Dezembro de 2012 - Ano 14 - nº 244

O VA L O R D A T I P A R A O S N E G Ó C I O S

Antes da TI, a Estratégia

Especial compila constatações de estudo realizado pela IT Mídia que configuram alguns dos principais desafios para os CIOs

Sempre

em busca do novo Aurélio Conrado Boni conta sua trajetória no Banco Bradesco, fala sobre liderança participativa e confessa ser movido pela curiosidade

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Índice

Dezembro de 2012 - Número 244

58 Perfil

Conheça a trajetória profissional de aurélio Conrado Boni, viCe-presidente exeCutivo de ti do BanCo BradesCo

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entrevista

responsável pelo programa de liderança em ti da universidade de santa Clara, nos eua, pete delisi discute as principais competências que os Cios precisam desenvolver para se aproximarem das áreas de negócio

inovação

Cada vez mais os departamentos de ti são chamados a participar do processo de transformação empresarial. Conversamos com alguns executivos que mostraram como eles têm atendido a mais essa demanda em suas companhias

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Índice

Dezembro de 2012 - Número 244

31 ESPECIAL

COMPILAMOS ALGUNS TÓPICOS DO ESTUDO “ANTES DA TI, A ESTRATÉGIA”, PRODUZIDO PELA IT MÍDIA, E OS TRANSFORMAMOS EM REPORTAGENS, DISCUTINDO ALGUNS DOS PRINCIPAIS DESAFIOS ATUAIS PARA OS CIOS

FIXAS 08 Expediente 10 Editorial 66 Papo aberto

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TENDÊNCIA

Você já sabe como lidar com a avalanche de dados? O tão falado Big Data está aí e a IW Brasil buscou discutir os desafios em torno desse movimento

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EXPEDIENTE

PRESIDENTE-EXECUTIVO ADELSON DE SOUSA • adelson@itmidia.com.br VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO MIGUEL PETRILLI • mpetrilli@itmidia.com.br DIRETOR DE RECURSOS E FINANÇAS JOÃO PAULO COLOMBO • jpaulo@itmidia.com.br DIRETORA EXECUTIVA EDITORIAL STELA LACHTERMACHER • stela@itmidia.com.br CONSELHO EDITORIAL

ADELSON DE SOUSA , MIGUEL PETRILLI E STELA LACHTERMACHER

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Carta ao leitor IW Brasil

Reverência ao É comum ver integrantes das novas gerações torcerem o nariz para um feedback negativo ou mesmo para um posicionamento totalmente distinto de alguém mais velho e que está na companhia há muito tempo. A sensação é sempre de que as ideias desse profissional experiente são ultrapassadas. É verdade que a resistência também está na outra ponta. Alguns executivos rivalizam com os mais jovens e, em diversas ocasiões, se irritam com o ímpeto e com a audácia dessas pessoas que querem soluções simples e ágeis para tudo e a todo instante. Como você, leitor, já deve ter observado, a capa da IW Brasil desta edição traz o vice-presidente executivo de TI do Banco Bradesco, Aurélio Conrado Boni. Dizer que ele é um profissional experiente é indispensável: são 45 anos de casa, sendo 42 na TI. A escolha desse nome é uma forma de mostrar ao mercado como é importante a contribuição de executivos como Boni, que iniciaram a carreira em um momento de pouca informação disponível, para o desenvolvimento da TI brasileira. Sim, esses CIOs, que muitos chamam de retrógrados, têm muito a ensinar. Embora a figura do jovem seja importante, por não temer o novo e trazer todo o dinamismo da idade para os projetos, a experi-

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ência da velha guarda auxilia – ou pelo menos deveria – na prevenção de erros. Todos nós sabemos que a TI vive de ondas e muitas delas acabam rapidamente pela execução inadequada. Então, por que não aprender com os erros? Mesmo o encurtamento de caminhos, muito buscado pelas novas gerações, para facilitar algumas atividades, pode ser atingido mais rapidamente quando há uma troca de conhecimento entre gerações. A diversidade, então, se torna essencial e benéfica para as corporações como um todo. E em tempos de Big Data, cloud, redes sociais, entre outras tendências, quanto mais cabeças pensantes estruturando a forma agir diante desses temas, melhores serão os resultados. Além do perfil de Boni, você terá ainda, nesta edição, um especial formatado a partir do estudo Antes da TI, a Estratégia, produzido pela IT Mídia, em parceria com o consultor Sérgio Lozinsky. Separamos alguns tópicos e transformamos em reportagens que traduzem alguns dos desafios atuais dos executivos de TI. Espero que vocês gostem e consigam fazer proveito desse conteúdo.

Até a próxima!

Foto: Ricardo Benichio

conhecimento

Vitor CaValCanti Editor

VCaValCanti@itmidia.Com.br

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Entrevista IW Brasil

Habilidade

comunicac As ondas que afetam a indústria de TI sazonalmente, neste momento, estão voltadas à carreira do CIO. Projeções sobre o futuro do gestor de tecnologia, que evoluiu muito em seus afazeres ao longo dos últimos anos, não faltam. Algumas consultorias sugerem perda de relevância, pregam o abandono do conservadorismo, mas, de fato, o que esses executivos precisam para avançar ou permanecer relevantes em suas organizações? Para Pete DeLisi, responsável pelo programa de liderança em tecnologia da informação

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da Universidade de Santa Clara, nos Estados Unidos, os líderes de TI precisam, urgentemente, desenvolver habilidades que os coloquem em par de igualdade com os demais integrantes do C-Level, como liderança, comunicação, pensamento estratégico e relacionamento. Formado em química, pós-graduado em meteorologia, filosofia e psicologia, DeLisi representa o perfil que muitas companhias buscam. Formação diversificada e experiência em áreas de negócio. Antes da vida acadêmica, ele passou quase 20 anos

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Foto: Divulgação

acional VITOR CAVALCANTI

em companhias como IBM e Digital Equipment Corporation, entre áreas como vendas e marketing, o que o ajudou no desenvolvimento de habilidades altamente complexas e necessárias aos CIOs: comunicação e, consequentemente, a capacidade de influenciar pessoas. A experiência adquirida é usada, também, na consultoria de estratégia empresarial Organizational Synergies, fundada por ele nos anos 90 e de onde consegue observar que os executivos enfrentam muita dificuldade em enxergar como a TI se encaixa na estratégia corporativa. A seguir, você confere os principais trechos da entrevista.

Em conversa com a IW Brasil, Pete DeLisi, responsável pelo programa de liderança em TI da Universidade de Santa Clara, destaca capacidades essenciais ao novo CIO, frisa a necessidade de um pensamento estratégico e faz um alerta para os gestores que não conseguem reconhecer o valor da TI para o negócio IW Brasil – Algumas consultorias têm dito que o CIO precisa pensar mais em tecnologia e menos em TI, no sentido de olhar o comportamento do consumidor. O que você acha disso? Pete DeLisi - Sinceramente, não gosto muito dessa frase, eles precisam pensar no negócio em primeiro lugar e não em tecnologia, é uma visão diferente. Quando pensa em negócio, ele passa a entender as necessidades das áreas. O que eles devem fazer é traduzir a tecnologia em soluções de negócios.

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Entrevista IW Brasil

IWB – Mas eles falham nessa missão. DeLisi - Eles falham em fazer isso, não traduzem a linguagem tecnológica para algo mais palatável e não mostram muito valor ao negócio. Eu faço um trabalho muito estratégico em minha consultoria, falo com grandes empresas, com o C-level, e trabalho com eles para desenvolver estratégia para os negócios e o CIO não entende essa perspectiva. Eles não entendem o valor estratégico da TI e, com isso, não entregam valor. IWB – Mas o CEO entende o valor da TI? DeLisi – O CEO entende a estratégia e para onde a empresa vai e o CIO não entende como a TI pode ajudar. Eles falam a língua do CIO. O que uma nova tecnologia pode fazer para o negócio? É isso que eles precisam mostrar. IWB – Não é de hoje que ouço falar sobre a falta de habilidade do CIO em vender ou em comunicar um projeto. Por que isso acontece? DeLisi - Pensando em exemplos do passado e em coisas nas quais eu estive envolvido para tentar comunicar o valor da tecnologia aos integrantes do C-level, lembro que, anos atrás, no início da década de 80, o CIO não conseguia comunicar o valor do client server. Na ocasião, fiz uma pesquisa na Universidade de Santa Clara sobre isso, voltei ao CIO e perguntei: você sabe o valor

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dessa tecnologia? Ela coloca pessoa e tecnologia juntas. Esse é o valor, é assim que você tem que explicar. Era uma grande mudança, dava mais agilidade, tinha impacto no negócio. Era a primeira vez em anos que tínhamos aquela possibilidade. Quando a internet veio nos anos 90, fiz uma apresentação em um congresso de desenvolvimento econômico para C-level e expliquei o que a internet era e que a web reduziria a noção do tempo. Falei que, com a web, as companhias poderiam acelerar processos, ter vantagem

gica. Eles querem saber como a TI pode ajudar no crescimento, a tornar a companhia mais lucrativa, mais competitiva, a melhorar os serviços ao consumidor. Comunicar bem e entender a estratégia do negócio são essenciais. Esse programa que coordeno na Universidade de Santa Clara é desenvolvido para prover esse tipo de formação para os executivos. O que nos impressiona é que fizemos um estudo de caso nesse programa. É um case de três partes: quais as necessidades, o problema a ser

“Há diferentes formas de explicar aos líderes de negócio e não em termos tecnológicos, mas em termos estratégicos competitiva. Há diferentes formas de explicar aos líderes de negócio e não em termos tecnológicos, mas em termos estratégicos, de negócios. IWB – Entendi, mas é uma habilidade que pode ser desenvolvida? DeLisi – Eles podem desenvolver. Em 2010, publiquei no The Wall Street Journal um artigo que descrevia as habilidades necessárias e quais poderiam ser desenvolvidas. Praticamente todas as habilidades podem ser desenvolvidas por meio de treino. Mas mais que qualquer coisa, eles precisam pensar o negócio de forma diferente e do ponto de vista estratégico também. Os CEOs pensam de forma estraté-

resolvido e a solução adequada. E, em 12 anos, apenas um time de TI resolveu o problema. E sabe por quê? Eles não fazem as perguntas corretas, em vez de focar o negócio, falam de tecnologia. É isso que acontece: eles não fazem perguntas estratégicas. Por isso, não entregam valor. IWB – Eles entendem que possuem essas falhas? DeLisi – As pessoas que nos procuram são boas e reconhecem que precisam dessas habilidades para evoluir na carreira. No geral, são perfis mais técnicos, não extremamente técnicos, e sabem que precisam ser mais comunicativos, IW Brasil | Brasil Dezembro InformationWeek |Janeirode de2012 2010

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aprender a liderar projetos, entender de consultoria para construir melhores relações.

fônicas com CIOs e outros executivos do C-level. São momentos em que falamos com CEOs, engenheiros, comercial, finanças. Uma vez pedi para um CIO acompanhar uma conferência dessas. Depois disso, ele voltou para equipe dele e disse o seguinte: ‘Sabe o que é interessante com o Pete? Ele nunca faz uma pergunta técnica. Ele perguntou sobre a área, sobre o negócio, o que estava acontecendo, quais eram as necessidades, processo das operações, da manufatura, sobre o que era mais importante, falou sobre market share e competição’. Então, eles precisam ser capazes de questionar esse tipo de coisa. Nem todo mundo sofre desse mal, mas poderiam ser melhor. Foto: Divulgação

IWB – Você propõe que eles desenvolvam uma série de habilidades (liderança, pensamento estratégico, poder de síntese, comunicação, influência e relacionamento). Existe alguma que seja mais complexa ou essencial? DeLisi - Francamente, todas são complexas para eles. O que temos visto, até nas pesquisas, é que

os CEOs falam que a habilidade comunicacional é muito importante e acreditamos nisso. Se não pode comunicar bem, a capacidade de influenciar os outros também fica comprometida. Você pode ter boas ideias, mas se não influencia, não vai a lugar nenhum. Parte da comunicação é fazer as perguntas corretas, mais estratégicas, (os executivos) precisam estar mais confortáveis com as estratégias. IWB – Por que é tão difícil para eles? Como fazer essa mudança de pensamento? DeLisi – Falo diversas vezes com CIOs e faço muitas conferências tele-

IWB – Qual seu sentimento. Eles estão fazendo a parte deles? DeLisi – Olha, existe uma preocupação. Muitos CIOs respondem para CFOs, e isso aconteceu porque eles sempre esperam que as coisas aconteçam. Recentemente, eles perderam mais budget (em referência à migração do dinheiro da TI para outras áreas) e eles sabem o que vai acontecer. A TI pode ir ao negócio, mas se não fizer nada, vai perder. Eles precisam ser proativos, mais agressivos, pois têm grandes oportunidades. Eles devem mostrar que são qualificados e quais benefícios podem oferecer para as companhias. IWB – Algumas consultorias

falam em grandes mudanças na área que podem impactar até a nomenclatura do cargo. Como você vê isso? DeLisi – Eu proponho essa posição estratégica, isso é negócio. É uma estrutura de negócio. Mudar o título não vai alterar o que ele faz ou entregar mais valor. Ele já foi o suporte, o cara da tecnologia, o diretor de processamento de dados e hoje é o CIO. Não importa como ele é chamado, tem que fazer o trabalho direito. Não me importo com o nome, mas em como eles atuam nas organizações. IWB – Vocês discutem essas transformações no programa que você lidera na Universidade de Santa Clara? DeLisi - Discutimos muito aqui. E o que fazemos é desafiá-los a pensar na organização em termos de entrega de valor, de como chegar a ser um CEO. Há muita mudança neste momento, quando faço meu trabalho estratégico, tento pensar as organizações como sistemas e, na verdade, elas são formadas por peças independentes e precisa haver uma fusão. A companhia, nessas análises, percebe que algumas peças precisam estar juntas e o CIO pode contribuir nessa junção. Eles são boas pessoas, competentes, tenho muito respeito por esses profissionais. Eles são capazes, mas precisam desenvolver as habilidades executivas que não possuem.

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Gestão Crise

Plano Paulo Gratão | esPecial Para informationWeek Brasil

Considerado atípico para diversos economistas, 2012 trouxe desafios à gestão dos executivos, que precisaram se adaptar as mudanças de cenário e à não concretização das projeções de crescimento

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imaginação

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Foto: Magdalena Gutierrez

Gestão Crise

Badan, da Ford: projeção de 2012 era de contexto positivo baseado em lançamentos globais da companhia

Poucas eram as evidências de que 2012 não seria um ano próspero para a tecnologia da informação, em todos os setores da economia. Com a perspectiva de um crescimento acelerado, estava praticamente certo de que muitos projetos aconteceriam ao longo do ano e haveria até espaço para iniciativas congeladas em outras ocasiões. Até porque, mesmo com o Produto Interno Bruto (PIB) de 2011 ficando em 2,7% - uma desvalorização brusca, quando comparado aos 7,5% de 2010 -, a indústria automobilística, por exemplo, seguia bem: medidas governamentais beneficiaram as montadoras e concessionárias, que incrementaram seus volumes de venda. Mas o que era para ser um céu de brigadeiro se converteu em um tempo instável, com nuvens que surgiam e desapareciam em diversos

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momentos. É verdade, também, que o cenário atual ainda é fruto da crise financeira de 2008, que inverteu os papéis no jogo da economia mundial. Grandes lideranças sofreram com recessões e países emergentes, como o Brasil, mostraram sua força com a ascensão da nova classe média, que transformou a pirâmide das classes sociais em um losango, com a valorização da moeda e o aumento do consumo das famílias. “Claro que essa conquista da credibilidade internacional ocorreu com o prejuízo de o País permanecer por muitos anos sem crescimento econômico satisfatório e desequilíbrio monetário, como a hiperinflação”, avalia Alex Agostini, economista chefe da Austin Rating. Apesar de 2011 ter sido razoavelmente melhor, 2012 não foi tão ruim. A previsão de Agostini é que

2013 será o ano da estabilidade nas economias. Estados Unidos e Europa podem levar ainda mais dois ou três anos para apresentar uma melhora significativa. Justamente por prever a situação caótica que assombraria as economias internacionais, a área de tecnologia da Tejofran não sonhou alto com os investimentos para 2012. “Tínhamos uma perspectiva de que o cenário seria fortemente influenciado pelas crises europeia e norte-americana. Assim, as ações em 2012 deveriam ser mais conservadoras, porém, sem perder mercado e focar em áreas específicas e grandes clientes”, comenta Erlen Abatayguara, gerente de tecnologia da informação da Tejofran. Já a Ford, diante de um cenário otimista, era uma das companhias que tinham uma boa perspectiva. IW Brasil | Brasil Dezembro InformationWeek |Janeirode de2012 2010

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menos. SOA nem iniciamos”, explica Valdemir Raymundo, gerente de tecnologia corporativa da Tortuga. Outro investimento importante da Tortuga em 2012, apontado pelo CIO, foi a gestão de documentos. A solução permite que a empresa trabalhe com mais inteligência, não perca os prazos de vencimentos e reduza significativamente o uso do papel. O executivo apresentou o projeto em setembro, para a premiação “As 100+ Inovadoras no Uso de TI”, realizado pela IT Mídia, que reconheceu a Tortuga na categoria de Agropecuária. “Para 2013 esperamos entrar, cada vez, mais na redução de custos e sustentabilidade”, afirma. Reação em cadeia Mas antes de partir totalmente para 2013, ainda existem pontos deste ano que pedem atenção especial. A pressão do governo pela queda de juros bancários é um

exemplo. A iniciativa abalou as estruturas das instituições financeiras e isso influenciou indiretamente seus fornecedores e investidores, incluindo tecnologia. Com menos verba no caixa, era preciso cortar custos. “A redução da taxa de juros beneficia indústria e comércio, mas prejudica investidores”, avalia Antonio Toro, sócio da PwC. Abatayguara, da Tejofran, avalia que, não apenas a queda dos juros, mas a questão cambial influenciou e muito o mercado de tecnologia, justamente, por ser uma área prestadora de serviços. “A área de TI é muito direcionada pela situação econômica, uma vez que o budget (que é fixado em reais) é diretamente afetado pela variação cambial. Com a subida do dólar, acaba por perder valor. A máxima entregar mais com menos passa a ser ainda mais incisiva”, pontua. Apesar disso, nem tudo o que foi Foto: Photogama

“Nossa projeção para 2012 era de um contexto positivo baseado em importantes lançamentos globais na região, e as atividades de TI da Ford estiveram focadas nisso. Alinhados ao programa estratégico de modernização de produtos, a estrutura e serviços ligados à área também demandaram investimentos, como: WAN, LAN, mainframe, servidores, PCs, impressoras, telefone, etc”, comenta Edson Badan, diretor de TI da Ford América do Sul. Entre os maiores desafios da montadora ao longo de 2012 estava a implantação de ferramentas corporativas que atendessem globalmente e auxiliassem a estratégia para os lançamentos dos produtos. Gestão assertiva e integrada foi a solução que a companhia encontrou para isso. “Com o apoio e participação de times multifuncionais de diversos países, as etapas do plano seguiram rigorosamente o cronograma estabelecido e o orçamento aprovado, seguindo as diretrizes do One Ford, que guia todas as ações da Ford”, afirma. Com mais cautela, os planos da Tortuga para 2012 incluíam a ampliação da mobilidade corporativa, a virtualização, a expansão de cloud computing e SOA. Diante das incertezas que rondaram a economia, cerca de 50% do que foi projetado saiu do papel. “Priorizamos o que nos daria retorno imediato, como a mobilidade que precisava ser ampliada em questões de colaboração. Aquilo que traria resultados futuros nós crescemos

Abatayguara, da Tejofran: a máxima do mais com menos passa a ser incisiva

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Gestão Crise

investido no otimismo generalizado de 2012 foi perdido, na visão do sócio da PwC. “O ano passado terminou com uma perspectiva muito boa e isso foi sendo amainado ao longo de 2012. Significa que aqueles crescimentos que eram esperados, na melhor das hipóteses, serão apenas postergados, e não perdidos totalmente, pois temos um cenário flexível, que tolera decisões.” O ano com percalços não mudou os planos da Ford. A empresa manteve os planos de investimento, mesmo com todas as mudanças no cenário econômico. “Apesar de um ambiente competitivo mais in-

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tenso, não alteramos o nosso plano de investimentos no Brasil, do qual faz parte a área de TI, e que prevê um aporte de R$ 4,5 bilhões de 2011 a 2015”, afirma Badan. Apesar das intempéries, Abatayguara, da Tejofran, avalia que o ano foi mais atípico para economia que para a TI. Segundo o executivo, a área está acostumada a trabalhar com variações impostas por fatores monetários, novas tecnologias, diretrizes definidas pelo boarding e, agora, de uma forma ainda mais forte, o desafio do traga seu próprio dispositivo (Byod, da sigla em inglês). “Se eu tivesse que escolher um assunto

para definir 2013, diria que o Byod é um dos mais importantes, pois demonstra que os usuários estão mudando drasticamente e assumindo um novo papel. Estão saindo de uma posição passiva e reativa para uma posição fortemente ligada aos negócios da empresa”, comenta. Quanto ao papel da tecnologia da informação nos negócios, Raymundo, da Tortuga é otimista. “O perfil de TI dentro das empresas mudou totalmente. Antes era um limbo e agora é parte estratégica, um parceiro para alavancar negócios. Tem que ser dinâmica e agregar valor aos negócios da empresa”, afirma.

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TAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIEN SSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONH ARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LI • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E R TILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDE CANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REAL RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PEL TAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR IQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO TAR O CLIENTE • LIDERAR PELO • COMPARTILHAR Durante todoEXEMPLO o ano de 2012 comemoramos os RIQUEZA • • SONHAR E REALIZA IQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO 15 anos da IT Mídia. R O CLIENTE • LIDERAR PELOdestes EXEMPLO COMPARTILHAR Ao longo meses,• tivemos a honra de RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • • contar com a participação de lideranças do COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIEN da Tecnologia da Informação descrevendo ESSOAS • ENCANTAR setor O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONH a percepção da essência entregue pela IT Mídia. R PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • E Que a “poesia” nunca fique de fora de suas LIZAR • CONECTAR PESSOAS vidas. • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTIL O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CO Muito obrigado! PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEM A • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR OAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHA ARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LI R • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR LO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENC R • • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXE CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CON A • SONHAR E REALIZAR • • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENT SSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONH PARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • E LIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTIL LO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • • SONHAR E REALIZAR • CO A • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEM NTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • • SONHAR TILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDE NCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REA MPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O TAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA DERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSO EALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPAR ANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALI RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PEL CTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZ Untitled-3 2 Dezembro IWB.indd 1

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Em nome da HP parabenizo a IT Mídia pelos 15 anos de muito sucesso. A IT Mídia e a HP compartilham de muitos valores. A IT Mídia, assim como a HP, motiva seu time (e seus leitores) a encarar desafios, criar e ultrapassar barreiras na busca do novo. Além de conectar pessoas, ter compromisso com a qualidade da informação e foco nos resultados e na satisfação dos clientes. E, acima de tudo, ter verdadeira paixão pelo que faz! Estamos muito felizes e orgulhosos em participar desta trajetória ímpar. Desejamos que os próximos 15 anos sejam ainda melhores e que nossa parceria se fortaleça e continue próspera.

Daurio Spenranzini Vice-Presidente América Latina GE HelthCare

Oscar Clarke Presidente HP

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IT Mídia, parabéns pelos 15 anos conectando pessoas e empresas e incentivando o desenvolvimento e sucesso dos clientes, com paixão pelo resultado, integridade e responsabilidade. Por meio dos eventos, publicações e ações organizados pelo grupo, vocês fazem a diferença no mercado brasileiro, inspirando os líderes da indústria e contribuindo para a prosperidade das empresas!

A IT Mídia é uma adolescente! Quinze anos nos ajudando a encontrar caminhos promovendo a arte do encontro! Meu desejo neste simbólico momento de seu crescimento é que continue contribuindo para a construção de um mundo melhor através da disseminação/ insemi nação/ fertiliz ação de nossos sonhos e visões de um futuro que merecemos se o construirmos! Parabéns – CONSTRUTORES!!

Sonhar e ter a ousadia de realizar leva a IT Mídia a mudar paradigmas. No nosso setor da Saúde ninguém até hoje conseguiu conectar pessoas de um modo tão agradável e produtivo.

Raymu ndo Peixoto Diretor Geral Dell

Dr. George Schahin Diretor Presidente Hospital Santa Paula

Gonzalo Vecina Superintendente Corporativo do Hospital Sírio Libanês Professor da Faculdade de Saúde Pública da USP

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TAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIEN SSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONH ARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LI • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E R TILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDE CANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REAL RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PEL TAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR IQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO TAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • • SONHAR E REALIZA IQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO R O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIEN ESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONH R PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • E LIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTIL O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CO A • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEM OAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHA ARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LI R • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR LO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENC R • • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXE CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CON A • SONHAR E REALIZAR • • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENT SSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONH PARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • E LIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTIL LO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • • SONHAR E REALIZAR • CO A • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEM NTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • • SONHAR TILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDE NCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REA MPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O TAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA DERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSO EALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPAR ANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZA • SONHAR E REALI RIQUEZA • SONHAR E REALIZAR • CONECTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PEL CTAR PESSOAS • ENCANTAR O CLIENTE • LIDERAR PELO EXEMPLO • COMPARTILHAR RIQUEZ A IT Mídia é mais do que uma parceira no Setor da Saúde. É realmente uma difusora de excelência para todos que querem construir uma saúde melhor no Brasil.

Falar da IT Mídia é fácil e prazeroso, afinal temos muitas coisas em comum: coerência entre a fala e a ação, entre a promessa e a entrega. Além disso, comungamos das mesmas práticas, atitudes, crenças e valores. Isso faz toda a diferença nos relacionamentos pessoais e profissionais. E foi por isso que tornamo-nos grandes amigos, Adelson, Miguel e eu.

Dr. Mario Wrandecic Diretor Presidente Biocor Instituto

Luis Carlos Nacif Presidente Microcity

A Petrobras Distribuidora se 15 orgulha de estar presente nesses os anos da IT Mídia. Testemunham e, o seu crescimento, onde lealdad am, amizade e competência, marcar ao longo dessa década e meia, o BR excelente relacionamento com a e com o mercado brasileiro de TI. das to olvimen desenv o ar Foment TI lideranças e do corpo técnico de do Brasil sempre será uma marca Mídia. IT da da registra Nelson Costa Cardoso

gia Gerente Executivo de Tecnolo da Informação Petrobras Distribuidora

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Sonhar e ter a ousadia de realizar leva a IT Mídia a mudar paradigmas. No nosso setor da Saúde ninguém até hoje conseguiu conectar pessoas de um modo tão agradável e produtivo.

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Dr. George Schahin Diretor Presidente Hospital Santa Paula

r as A IT Mídia consegue quebra ciobarreiras dos negócios propor pronando um ambiente mágico e pagador, porém altamente qualificado e profissional e também dos gerador de grandes resulta para todos os envolvidos.

Jorge Nitzan Presidente Aceco TI

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Em nome da Agfa HealthCare parabenizo a IT Mídia pelos 15 anos de inovação em relacionamento e geração de negócios que tem garantido seu sucesso nos setores de Saúde e da Tecnologia da Informação. A IT Mídia vem conectando a cadeia produtiva da Saúde de forma exemplar. Com seriedade, profissionalismo e coerência tem desenvolvido as comunidades de negócios fazendo com que os profissionais destes setores estejam mais próximos e novas ideias sejam criadas. Continuem Sonhando e Realizando, pois, este é o super jeito IT Mídia de ser.

A Philips do Brasil tem muito orgulho em fazer parte da história de sucesso da IT Mídia. A IT Mídia se destaca por promover, de forma ativa, a saúde no país, contribuindo para criar oportunidades e novos caminhos.

Nestes 15 anos de existência a IT Mídia tornou-se uma referência na valorização do profissional e do próprio setor de Tecnologia da Informação, identificando, questionando e influenciando tendências. Atinge de forma competente um público fundamental nas definições que suportam as estratégias corporativas de TI, compartilhando opiniões, experiências e cases de destaque nos diversos segmentos de mercado. É protagonista de eventos diferenciados, que além de conectarem a comunidade de TI, proporcionam um ambiente descontraído para networking e negócios.

A Petrobras Distribuidora se 15 orgulha de estar presente nesses s anos da IT Mídia. Testemunhamo , o seu crescimento, onde lealdade am, amizade e competência, marcar ao longo dessa década e meia, o BR excelente relacionamento com a e com o mercado brasileiro de TI. Fomentar o desenvolvimento das TI lideranças e do corpo técnico de do Brasil sempre será uma marca registrada da IT Mídia. Nelson Costa Cardoso

Vitor Rocha CEO

Philips Healthcare Latam

Ricardo Pelegri ni Vice-Presidente de indústr ias e iniciativas estratégicas na organização de mercados emergentes IBM Brasil

Fabio Faria Diretor de Tecnologia da Informação Votorantim Industr ial

gia Gerente Executivo de Tecnolo da Informação Petrobras Distribuidora

José Laska Diretor Geral Agfa HealthCare do Brasil

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O “jeito IT Mídia de ser” vem conectando clientes e fornecedores de maneira eficiente, sempre levando em conta a conveniência de todas as partes interessadas. O resultado não poderia ser diferente, 15 anos de sucesso !

ível “Talvez seja mesmo imposs tordescrever qual a essência que na a IT Mídia tão especial. Atrair s grande atrair difícil, é já s pessoa esta profissionais mais ainda, mas procapacidade de atrair pessoas e fissionais e conectá-las de forma sem tão surpreendente e eficaz, é, dúvida, o toque mágico que corre a.” empres grande desta nas veias

José Luiz Rossi CEO da CPM Braxis Capgemini

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Laércio Albuquerque Presidente América Latina CA Technologies

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Aos 15 anos, IT Mídia é uma marca no forte, com reputação consolidada a mercado editorial brasileiro. Para ra Central Nacional Unimed, operado nacional do Sistema Unimed, tem sido importante acompanhar a evolução dos mercados e das inovações tecnológicas por meio das publicações da editora. Suas , revistas, informes digitais, estudos fóruns e catálogos são vitais para os negócios das companhias que atuam no Brasil, devido ao ia inteligente casamento da tecnolog os da informação com a saúde. Que mais próximos 15 anos tragam ainda crescimento para a empresa, sempre com o foco no desenvolvimento a tecnológico e nos cuidados com qualidade de vida. Parabéns!

Mohamad Akl Presidente Central Nacional Unimed

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Uma nova tecnologia, tendência, dispositivo ou sistema só se torna realidade quando o mercado toma conhecimento sobre os impactos positivos e ou negativos decorrentes de sua adoção. Para isto acontecer, um jornalismo de alto impacto, coerente e de vanguarda tem um papel relevante quer pela simples divulgação ou pelo seu firme posicionamento. É exatamente isto que a IT Mídia fez nos últimos 15 anos contribuindo a com o mercado de TI de maneir expressiva. Sempre esteve presente em tudo que aconteceu no mercado de TI.

os de existência a tornou-se uma a valorização do do próprio setor da Informação, o, questionando ndo tendências. rma competente co fundamental es que suportam ias corporativas compartilhando eriências e cases que nos diversos os de mercado. É onista de eventos ados, que além de a comunidade de am um ambiente para networking e negócios.

“Talvez seja mesmo descrever qual a essên na a IT Mídia tão espe pessoas já é difícil, atr profissionais mais aind capacidade de atrair pe fissionais e conectá-la tão surpreendente e e dúvida, o toque mágic nas veias desta grand

José Luiz Rossi CEO da CPM Braxis Capgemini

Laércio A Presidente Am CA T

Laércio Cosenti no Presidente TOTVS

Fabio Faria de Tecnologia da Informação antim Industr ial

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São poucas as iniciativas que o conseguem combinar visão, inovaçã de, e empreendedorismo com serieda 15 profissionalismo e excelência. Os anos da IT Mídia mostram que essa da combinação pode sim ser alcança ão de com sucesso a partir da dedicaç e um grande grupo de profissionais por que não dizer amigos. Por tudo Mídia isso, não é surpresa hoje ver a IT como referência, ajudando a fazer e com que nossas empresas, setores a País sigam avançando em direção um futuro melhor. Para nós da Cisco é uma felicidade poder compartilhar desses objetivos, e deixamos nossos se parabéns pelas conquistas passada também futuras!

Rodrigo Abreu Presidente Cisco

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Reportagem Inovação

MARTHA FUNKE, ESPECIAL PARA INFORMATIONWEEK BRASIL

Com tendência natural pela busca por novidades, área de TI acelera os processos de inovação nos mais diferentes setores – e em muitas empresas o departamento já assumiu o papel de líder neste quesito

Em busca da

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Reportagem Inovação Moderno e amigável A criação de um novo terminal de autoatendimento (TAA) é um dos exemplos de inovação do Banco do Brasil. O objetivo foi oferecer aos clientes uma experiência consistente e agradável, com equipamento mais intuitivo e amigável e interface inovadora em tecnologia e elementos gráficos. Depois de quatro grandes etapas – prototipação, desenvolvimento, avaliação de usabilidade e ajustes –, o novo desenho do TAA faz uso intenso de tela sensível ao toque e ícones, aproximando-se à navegação de smartphones e tablets. Ele oferece facilitadores como consulta de saldo dentro de uma transação, teclado numérico em tela e possibilidade de armazenar para futura utilização transações mais utilizadas e personalizar sua página inicial de acesso, além de contar com interface que usa elementos gráficos e fluxos semelhantes aos canais internet, TV Digital e mobile.

Óbvio bem aplicado A negociação institucional entre poderes políticos fez da integração da base de dados do Cadastro Único de Programas Sociais, do Governo Federal, com a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) do Rio de Janeiro o principal elemento de inovação do projeto de BI para o plano de complementação de renda Rio sem Miséria. A parceria com a Caixa Econômica Federal e com o Ministério do Desenvolvimento Social rendeu a viabilização, em tempo reduzido, de relatórios e painéis de controle sobre políticas sociais e ações dos programas com os módulos Cadastro Único RJ, Renda Melhor, Renda Melhor Jovem e Bolsa Familia RJ, criados pelo Proderj. “Integração é uma ideia óbvia, mas nem sempre aplicada”, lembra o presidente da Proderj, Paulo Cesar Coelho. A solução de BI da SAP, em conjunto com Share Point, da Microsoft, já havia sido usada para acompanhamento de estatísticas de criminalidade pela Secretaria de Segurança Pública.

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Acostumada a pesquisar lançamentos, atualizações e outras criações que transformam o segmento praticamente do dia para a noite, a área de TI começa a tomar as rédeas do processo de inovação em um punhado de empresas, juntando a visão técnica à compreensão dos negócios em iniciativas mais ou menos disruptivas que rendem competitividade, agilidade e em muitos casos novas fontes de lucro – mesmo quando é necessário enfrentar a resistência às mudanças propostas. “Inovação é fator estratégico de manutenção da nossa competitividade. E por estar muito ligada à TI, incentivo minha equipe a liderar os processos, uma vez que essa é a área que revoluciona a forma dos bancos atenderem seus clientes”, avalia o vice-presidente de Tecnologia do Banco do Brasil, Geraldo Afonso Dezena, que cita exemplos de inovação como as grandes ondas do autoatendimento bancário – os terminais de atendimento, a internet e a mobilidade. Para Dezena, caberá aos CIOs continuar no comando desse processo que tende a se acelerar, com responsabilidade crescente. O BB conta com abordagem específica para inovação e tecnologias disruptivas, como assuntos prioritários nos próximos meses durante o planejamento estratégico de TI e uma estrutura especializada na diretoria de tecnologia. “Não é a única responsável, mas funciona

como catalisadora da cultura de inovação em toda a área”, referenda o vice-presidente. Os formatos são variados, mas um bom número de casos soma recursos dedicados para reduzir o impacto das pressões do dia a dia e fóruns multidisciplinares compostos por representantes das áreas impactadas pelos projetos em curso. Um dos exemplos é o Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj), que este ano ganhou uma gerência de inovação fora do dia a dia operacional, para tratar projetos diferenciados e estratégicos, como explica o presidente Paulo Cesar Coelho. A estrutura já está envolvida em iniciativas de software livre, data center e projetos como o m-clipping, que leva a equipamentos móveis de governador e secretários notícias veiculadas em TV, rádio e internet selecionadas de acordo com o perfil do interessado. “É pequena, com efeito cascata”, descreve. No Banco BMG, uma saída para descontaminar projetos de inovação das pressões do dia a dia foi criar uma ilha dentro da estrutura de TI, ligada a desenvolvimento. Outra, o comitê de inovação, nascido há um ano, que é liderado pelo setor, tem a participação das principais áreas da empresa e permite acompanhamento do status das demandas. “Também ouvimos ideias das áreas”, diz o CIO Eduardo Mazon. IW Brasil | Brasil Dezembro InformationWeek |Janeirode de2012 2010

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Foto: Divulgação

Empréstimo fashion

Dezena, do Banco do Brasil: “Incentivo minha equipe a liderar os processos, uma vez que essa é a área que revoluciona a forma dos bancos atenderem seus clientes”

O fórum colabora para definir prioridades e promover o engajamento às mudanças. Recentemente, colaborou para mitigar as resistências contra um novo processo de refinanciamento automático de contratos, com cartão pré-aprovado para saques na rede 24 Horas. Mesmo com 98 lojas próprias, o banco depende de correspondentes bancários para maior capilaridade da solução de crédito consignado, mas permitiu, ao mesmo tempo, a ampliação da cobertura e redução de custos, eliminando a comissão do correspondente. “O novo modelo é melhor para o banco, mas sofre resistência por sobrecarregar a área operacional”, descreve o CIO. Conhecimento distribuído A promoção de encontros para estimular o aporte de conhecimen-

to é a uma das estratégias adotadas pela Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs) para estimular a inovação por insights. “Procuramos sempre ter ideias novas para atender a demanda exponencial por tecnologia para o governo funcionar”, descreve o presidente Carlson Aquistapasse. O Grupo de Usuários de Tecnologia promove um encontro mensal para exposição de projetos em desenvolvimento para diferentes órgãos do estado e troca de informações. A Quarta do Conhecimento promove palestras de especialistas presenciais com transmissão online, e, nos Tech Days, técnicos e fornecedores garantem imersões em novas tecnologias. Na Localiza, a cultura da inovação

Com modelo de negócios apoiado em correspondentes que abordam o cliente com simulação de empréstimos em contratos preenchidos, o Banco BMG aumentou a produtividade com tablets para concentrar contratos, regras, avaliação de consistência à prevenção de fraudes e captação de imagem de documentos – tudo em tempo real. A operação é concluída com a assinatura do cliente no equipamento, com certificado digital. O cliente visualiza condições, saldo e valor consignável e as informações enviadas em tempo real para o back office. Mesmo assim, surgiram resistências. “As pessoas estão acostumadas com o jeito antigo e o departamento jurídico fez estudo detalhado para avaliar a eliminação de documentos e cédula bancária”, diz o CIO Eduardo Mazon. O projeto está em piloto com os quatro maiores correspondentes da instituição.

Democracia digital O uso de ferramentas de colaboração é o pulo do gato do Portal do Gabinete Digital, plataforma pública de comunicação na internet, em software livre, criada pela Procergs e que permite a internautas enviar, selecionar e votar em questões como quais as melhores medidas a serem adotadas em áreas como Saúde (170 mil participantes) ou Trânsito (mais de 220 mil). Campanhas em redes sociais com perguntas são respondidas pelo governador em vídeos veiculados no portal, que já recebeu cinco prêmios por instâncias como Conip e Banco Mundial.

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Reportagem Inovação

Perto dos olhos A adoção da abordagem ágil em substituição ao processo tradicional de desenvolvimento de BI reduziu os prazos de resposta a questões de negócios, rendeu ganhos de produtividade superiores a 80% em comparação com soluções tradicionais e já beneficia as quatro divisões da Localiza – aluguel de veículos, frotas, venda de seminovos e franchising. Um dos exemplos é uma solução de controle de custos, que em três semanas trouxe economia de 8% só por promover compras mais eficazes. Hoje, dashboards para tomada de decisão com informações mais próximas do momento atual são criados graças ao uso do conceito de BAM (business ative monitoring), com informações subindo dos sistemas de OLTP para um barramento, onde são enriquecidas e levadas para os dashborads das áreas.

Tudo pelo social O modelo de redes sociais como base do processo colaborativo permitiu fluência de comunicação para estimular a colaboração e a gestão do conhecimento na Ci&T. “Hoje a comunicação está associada ao ambiente social, na empresa e na cadeia de valor com o cliente”, diz o diretor Flávio Pimentel. Como a estrutura funciona em cloud, ganhou facilidade econômica por escalabilidade e processo descentralizado, para derrubar as barreiras relacionadas à dependência da área de TI. A utilização do ambiente completo e integrado do Google Apps, Google+, Google Sites, Docs, App Engine, Salesforce e Amazon ajudou na consolidação de um ambiente social com suporte à gestão de projetos, gestão de relacionamento com clientes, gestão de vendas e redução da gestão de licenças de software.

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faz parte da busca permanente por melhores processos de atendimento. “A questão é que hoje estas coisas estão amarradas com soluções tecnológicas”, observa o diretor de TI Alberto Campos. Segundo ele, a participação da área é ativa nos processos de melhoria contínua e inovação e, desde o ano passado, ações mais robustas buscam captar, implantar e premiar pessoas que trazem ideias e inovações. Uma das iniciativas nascidas este ano são as Salas de Produtividade, reunindo TI e analistas de negócios, técnicos, terceiros, usuários chaves e gestores. O uso de metodologia ágil rende entrega de valor o mais rápido possível. “São ciclos de quatro a cinco semanas para termos um objeto entregável”, descreve o gerente de arquitetura e inovação Gustavo Leal. Hoje a área de TI conta com cerca de 50 objetos em produção para solução de questões específicas do negócio, dos quais já entregou 15 em modelo de produtividade. Onde a gestão da inovação também é distribuída para criação de novos produtos ou empresas é na Ci&T. A companhia também usa o movimento pensando, na ponta, em novos projetos e serviços. Apesar do paradigma, a empresa conta com um diretor de inovação corporativa, Flávio Leal Pimentel. “Onde a inovação acontecer tem de ser subsidiada.

E onde teve motivação terá melhor condição de se desenvolver”, resume o executivo. A metodologia lean start up leva a criação de algo novo ou disruptivo ao desenvolvimento em pequenas experimentações, com evolução determinada por resultados até a entrada em linha de produção. “Neste ponto, a inovação sofre reavaliação, com estudo de alternativas, como capital externo, financiamentos ou recursos de parcerias com agências estaduais, além do budget da empresa”, enumera Pimentel. Já no Habib´s, a simples modernização do parque tecnológico criou condições de inovação por aumentar a velocidade da entrega de informação – estratégica para uma empresa dependente de decisões rápidas relacionadas a produtos. Com investimentos de 1,5 milhão de reais, a captação e a apresentação de informações das lojas caiu de prazos entre 45 a 60 dias para um intervalo de 30 em 30 segundos. Segundo o diretor de TI, Paulo Vieira, entretanto, o componente de inovação neste processo foi mais cultural do que técnico, já que a TI na empresa tende a ser vista como custo – e não é fácil justificar verbas deste porte em um negócio baseado em vendas unitárias de 49 centavos. “Tem de ter grande poder de persuasão para mostrar quantas esfihas são necessárias”, compara. IW Brasil | Brasil Dezembro InformationWeek |Janeirode de2012 2010

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ANTES DA TI, A ESTRATÉGIA lay_abre especial.indd 31

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Antes da TI, a Estratégia

1000 maiores O estudo “Antes da TI, a Estratégia: uma análise expandida sobre as reais motivações dos investimentos em tecnologia” nasceu com o objetivo de promover um levantamento diferenciado sobre as motivações que determinam a aquisição de produtos e serviços de TI pelos principais setores do mercado. Uma das reflexões mais importantes que marcou o planejamento da 2ª edição do estudo é que quando decidimos verificar junto aos CIOs se os seus planejamentos e investimentos foram levados à cabo, fomos surpreendidos pela alta execução: quase 55% dos CIOs das 1000 maiores empresas concluíram seus planos de TI. Compreender as reais motivações dos investimentos em TI é o principal objetivo do estudo, no entanto,

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entender o quanto a comunidade de CIOs está realizando o planejado e está seguindo alinhada à estratégia do negócio é um ponto que daqui para frente temos o propósito de acompanhar ano a ano. O “Antes da TI, a Estratégia 2012” consultou 619 empresas que estão entre as mil maiores do Brasil, entre dezembro de 2011 e agosto de 2012, sendo que 331 delas fazem parte do perfil 500 maiores e 288 integram o grupo 501 a mil. Para

Foto: Ricardo Benichio

Premissas do cenário da TI nas

GABY LOAYZA*

nós, é motivo de comemoração ver a confiança depositada por 60% dos CIOs das mil maiores empresas do País. Neste especial elaborado pela InformationWeek Brasil, você tem acesso as principais constatações da pesquisa, configurando uma espécie de retrato da TI nas mil maiores companhias brasileiras. Esta abordagem permite um entendimento mais lúcido e certeiro em torno do impacto que suas estratégias podem efetivamente trazer ao negócio da organização. Para os fornecedores de TI, o estudo consiste em uma ferramenta indispensável para a geração de negócios e a conquista da lealdade do cliente, pois possibilita à companhia falar com propriedade sobre as necessidades do cliente e enriquecer a sua proposta de valor. Se você é CIO de uma das mil maiores empresas, terá a oportunidade de conferir o relatório completo da versão 2012, participando da terceira edição do estudo, que já está no ar. Basta entrar em contato pelo email: itforum@itmidia.com.br IWB Gerente de Estudos e Análises da IT Mídia IW Brasil | Brasil Dezembro InformationWeek |Janeirode de2012 2010

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NORTE

1% NORDESTE

6%

PERFIL DOS PARTICIPANTES

CENTRO-OESTE

5% SUDESTE

71%

PARTICIPAÇÃO POR REGIÃO

SUL

RAMO DE ATIVIDADE:

17%

2012 2011 2012 2011 2012 2011 2012 2011

ENTRE 1000 MAIORES:

2012 2011 2012 2011

47%

2012 2011

501 a 1000

2012 2011

54%

2012 2011

1 a 500

2012 2011

ORÇAMENTO DESTINADO A TI: 2012 2011 2012 2011 2012 2011 2012 2011 2012 2011 2012 2011 2012 2011

De R$ 2,1 milhões a R$ 8 milhões Até R$ 2 milhões De R$ 8,1 milhões a R$ 15 milhões De R$ 15,1 milhões a R$ 30 milhões Mais de R$ 100 milhões De R$ 30,1 milhões a R$ 50 milhões De R$ 50,1 milhões a R$ 100 milhões

2012 2011 29,1% 30,5%

2012 2011

16,6% 14,2%

2012 2011

15,3% 20,8%

2012 2011

13,0% 15,7%

2012 2011

12,0% 5,1%

2012 2011

8,1% 8,6%

2012 2011

6,0% 5,1%

2012 2011

Comércio atacadista e varejista Serviços diversos (financeiro, BPO, transporte, educação, etc) Bens de consumo (Alimentos, bebidas e fumos) Siderurgia, metalurgia, mineração e mecânica Bancos e seguradoras Tecnologia, Midia e Telecomunicações Automotivo e autopeças Construção e material de construção Agropecuária Saúde Serviços: públicos Utilities Química e petroquímica Farmacêutico, higiene e cosméticos Papel, celulose, plastico e borracha Indústria eletroeletrônica Educação Holding

10,2% 6,8% 9,9% 6,8% 8,2% 14,9% 7,9% 9,0% 7,8% 5,4% 7,3% 5,0% 6,8% 7,7% 6,1% 6,8% 5,7% 5,9% 5,2% 4,5% 5,0% 7,2% 4,2% 0,0% 3,9% 7,7% 2,7% 2,3% 2,6% 5,0% 2,6% 2,7% 2,1% 2,7% 1,9% 0,0%

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Antes da TI, a Estratégia

A TI nas

1000 maiores Separamos pontos do estudo produzido pela IT Mídia que traduzem alguns dos desafios para os CIOs brasileiros, especialmente, no que diz respeito à percepção do investimento em TI os investimentos e iniciativas estratégicas do negócio: Ficaram aquém do previsto, e parte foi transferida para 2012-2013

Houve aceleração dos planos, e atenciparam-se investimentos previstos para os próximos anos

28% 58% 14%

Foram executadas conforme o planejado

Fatores internos que aFetam a estratégia do negócio: 2012 2011

31,8% 51,4% Problemas com retenção de mão-de-obra qualificada

2012 2011 2012 2011 2012 2011

Resistência a mudanças

Estreitamento das marges de lucro

31,5% 49,1% 27,9% 37,9% 26,5% 0%

Restrições financeiras para investimentos

20% 33,2%

2012 2011 Baixa eficácia e eficiência dos processos atuais

18,7% 30,8%

2012 2011 Falta de cultura em inovação

2012 2011

13,4% 22,9%

Estratégia empresarial O fato de que quase 60% das empresas cumpriram suas estratégias de negócios previstas para 2011, e outros 13% até aceleraram os planos originais, indica que nos anos de 2013 e 2014 as áreas de TI dessas organizações vão ter “muito trabalho”: o desdobramento eficaz dessas estratégias em planos táticos, reestruturações e consolidações também vai depender da capacidade de TI em desenhar as soluções adequadas, e implantar com eficiência essas soluções em tempo hábil. Mesmo para as quase 30% das empresas que disseram que seus planos ficaram aquém do previsto, haverá algum tipo de impacto nos planos de TI: porque justamente por não ter conseguido realizar as estratégias conforme o planejado, os líderes dessas empresas certamente adotarão algum “Plano B” para o qual não necessariamente a TI estava preparada.

O gráfico que descreve a percepção dos fatores internos que podem colocar em risco as estratégias do negócio volta a apontar os recursos humanos como a grande preocupação – seja pela dificuldade em reter mão de obra qualificada (32% das respostas), seja pela resistência às mudanças (outros 32%). A combinação desses dois fatores mostra um mercado que compete por talentos (sempre foi assim, mas em épocas de prosperidade essa competição fica muito acirrada), e que precisa lidar com perfis aquém do desejado para cumprir seus planos. (veja reportagem na página 42)

Informações insuficientes para tomada de decisão/planejamento

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como InvestImento em tI é percebIdo nos negócIos de sua empresa:

2012

2011

A empresa vê TI como estratégico e, embora busque retorno sobre os investimentos realizados, cobra de TI uma postura de inovação e aplicação de novas tecnologias que tornem os negócios mais competitivos e inovadores

44,6%

43%

A empresa percebe a tecnologia como base para aumentar a competitividade do negócio e realiza investimentos frequentes em TI, buscando retornos tangíveis sobre esses investimentos

35,1%

37,7%

A empresa é conservadora nos investimentos em TI (ele é percebido como gasto) o objetivo é investir o necessário para manter o ambiente de sistemas satisfatório e realizar aquisições apenas quando há necessidade real e claro retorno

13,8%

14%

A empresa não possui uma cultura de investimentos em tecnologia - investimentos são aprovados à medida que as necessidades se impõem

6,5%

5,3%

Na seção “O Papel de TI na Empresa”, um quinto das respostas (20%) apontou para a percepção de TI como gastos, e menos da metade dos respondentes (45%) marcou a resposta “TI é percebida como estratégico para a empresa”. Como estamos falando das 1000 maiores empresas atuando no Brasil, esse percentual é preocupante, e indica que a participação de TI nos planos de expansão do negócio pode ocorrer tardiamente em muitos casos, comprometendo os resultados e a imagem de TI na empresa. (veja, também, reportagem na página 46)

O papel da TI Analisando o gráfico que descreve os perfis das áreas de TI das 1000 maiores empresas verificamos que o aumento na base de respostas da pesquisa deste ano confirmou que o perfil mais comum (43% das respostas) é de uma área de TI formada por analistas de negócios ou analistas de sistemas. Isso não é ruim, mas tende a ser insuficiente para os desafios que vêm pela frente: idealmente deveria haver na TI profissionais com maior capacidade de gestão, conhecimento dos negócios da empresa e até aptos a assumir novos papéis na organização para que TI atue proativamente na modernização dos sistemas e em inovação. IW Brasil | Dezembro de 2012

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como é o perfIl da área de tI da empresa: Equipe com um número representativo de profissionais que conhecem processos e negócios, e que atuam proativamente na melhoria das soluções da empresa

Além de possuir colaboradores que entendem de processos e negócios, alguns profissionais da equipe estão sendo preparados para assumir a gestão da TI ou de outras áreas da empresa no futuro, no papel de executivos

Equipe com maioria de formação técnica, que atua fortemente no desenvolvimento de demandas dos usuários, suporte aos usuários, e resolução de problemas

"Quase toda a equipe tem formação técnica, mas há um pequeno grupo que possui um perfil de analista de negócios e atua como ""mini-CIO's""

2012

2011

43,4%

33,8%

29%

17,6%

27,6%

22,5%

0%

26%

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Antes da TI, a Estratégia

Estratégia de TI O maior número de respondentes entre as 1000 maiores empresas confirmou que menos de 50% das empresas afirmam ter disponibilizado uma arquitetura completa de sistemas integrados e de concepção moderna – o que inclui ERP, Business Intelligence, CRM, Knowledge Management e outras ferramentas importantes de gestão empresarial. Uma quantidade relevante (quase 50%), porém, ainda reconhece que tem um bom caminho a percorrer para eliminar a dependência de planilhas, o retrabalho e a limitação de algumas aplicações. Boa notícia para os fornecedores de aplicativos e para os consultores.

Grau de informatização: 2012 A empresa já implementou um ERP e possui algumas aplicações em BI, mas ainda depende de planilhas e aplicações legadas limitadas para suportar os processos do negócio

49,4%

53,2%

A maior parte dos processos é suportada por uma arquitetura de sistemas integrados de concepção atualizada - ERP, CRM, BI, KM, SEM, portais etc.

42%

38,4%

Ainda há amplo uso de planilhas e soluções legadas limitadas, e os sistemas suportam principalmente os processos de back office

8,6%

8,4%

Investimentos Os números em 2012 mostraram solidez: mais de 62% das empresas indicaram que seu orçamento foi ampliado em mais de 6% em relação ao ano anterior (portanto, acima da inflação prevista). Se limitarmos a análise a aumentos maiores do que 10% no orçamento, ainda assim teremos mais de 43% das áreas de TI incluídas nesse grupo. Excelente resultado, e uma oportunidade para que os CIOs das 1000 maiores empresas tenham aproveitado o bom momento financeiro de suas áreas para entregar soluções e resultados relevantes. Para os fornecedores, esse foi um novo período de grande potencial de vendas.

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2011

no ano de 2011, o orçamento de ti: Ficou aquém do planejado em pelo menos 10%

Houve investimentos adicionais superiores a 10% do valor orçado

23,10% Foi cumprido conforme o planejado

54,50%

22,40%

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Comparação do orçamento de tI: 2012 2011

11,2% 11,2% Crescerá entre 1% e 5%

2012 2011

19,2% 19,8% Crescerá entre 10% e 20%

2012 2011

10,2% 12,2% Crescerá entre 21% e 30%

2012 2011

19,0% 21,3% Crescerá entre 6% e 10%

2012 2011

14,3% 13,7% Crescerá mais de 30%

2012 2011 Diminuirá 51% ou mais

2012 2011 Diminuirá entre 1% e 5%

2012 2011 Diminuirá entre 11% e 25%

2012 2011 2012 2011 2012 2011

Diminuirá entre 26% e 50%

Diminuirá entre 6% e 10%

Será mantido

*Colaboração Sérgio Lozinsky

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0,0% 0,0% 2,2% 2,5% 3,2% 1,0% 1,3% 0,5% 4,5% 2,0% 14,9% 15,7%

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Antes da TI, a Estratégia

Na mira dos VITOR CAVALCANTI E RENATO GALISTEU

Ao longo de 2012, executivos de TI das mil maiores companhias do Brasil focaram seus esforços em diversos temas/tecnologias como segurança, colaboração e virtualização para rodar seus negócios, como mostra o estudo Antes da TI, a Estratégia, produzido pela IT Mídia. É interessante notar, entretanto, que tendências importantes como redes sociais e nuvem pública ainda aparecem com pouco destaque, ficando de fora quando analisamos apenas os dez tópicos mais citados - diferente de mobilidade, um tema que tem crescido em importância, uma vez que as corporações descobriram a possibilidade de ampliar a produtividade dos funcionários por meio de todo o ferramental disponível no mercado. A seguir, você confere as temáticas mais citadas e alguns exemplos de cases executados ao longo de 2012.

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48,3% 42,6%

Mobilidade

Eficiência operacional

A companhia de energia elétrica Duke Energy aderiu a duas tendências no mesmo projeto: mobilidade e colaboração e, inclusive, inscreveu o caso em nossa premiação As 100+ Inovadoras no Uso de TI. O foco principal esteve em permitir o compartilhamento de informações com segurança, sem importar a localização geográfica, além de liberar o acesso remoto aos recursos disponíveis no escritório por meio da TI. Para isso, a companhia investiu em video conferência via satélite integrada à solução de email, ampliou o uso de mensagem instantânea e aderiu à tecnologia de VDI móvel para acesso remoto via dispositivos pessoais. A colaboração foi usada via SharePoint.

Sistemas de gestão empresarial (ERP + CRM + BI)

Segurança da informação

Agilidade na tomada de decisão

47%

Falar em velocidade de acesso aos dados nos dias de hoje virou objeto comum. De olho nessa necessidade e atendendo aos anseios das áreas de negócios, o CIO do Grupo Bueno Netto, Marcos Roberto Pasin, trabalhou forte na implantação de um sistema de business intelligence para garantir mais eficiência operacional. Como informou no caso inscrito no prêmio As 100+ Inovadoras no Uso de TI, uma das demandas era a necessidade de informações para tomada de decisões e acompanhamento das obras. Além da implantação do BI, houve ainda um trabalho de desenho das informações, treinamento e disponibilização dos dados on-line em dispositivos móveis. A iniciativa beneficia, ainda, a gestão das obras, evitando atrasos e custos inesperados.

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Antes da TI, a Estratégia

37,6%

34,1%

30,4%

Backup site / data center Virtualização

Aplicações web

Quem apostou nesta área foi a Receita Federal do Brasil (RFB), como informou a CIO Claudia Maria de Andrade. A iniciativa Backup Centralizado de Equipamentos Servidores abrangeu 669 unidades da RFB e o data center da instituição, dando uma dimensão continental ao projeto. O avanço das tecnologias de backup e a modernização da infraestrutura motivaram o projeto. Entre os benefícios da empreitada, Claudia cita uma política de configuração única para todo o sistema e de forma mais fácil; mais proteção ao sistema de backup; relatórios consolidados, facilitando gerência e verificação de erros, entre outros. O projeto está dividido em duas fases: centralização do backup de serviços hospedados em servidores descentralizados e centralização dos servidores de arquivos que ainda estão descentralizados.

A Martin-Brower, especializada em logística e em soluções para o mercado de food service, viu no ambiente conectado a oportunidade de atender melhor seus clientes, acelerando a troca de informações. O objetivo do projeto, chamado Web Order Planning, era equalizar os níveis de estoque dos restaurantes, gerando pedidos adequados em ambiente web, evitando erros, protegendo o capital de giro – o que também reduziria a jornada de trabalho dos funcionários. A nova plataforma deveria, ainda, ser aderente aos processos de qualquer restaurante atendido pela empresa. Para o projeto, o CIO Marcos Hamsi informou que a companhia realizou, durante seis meses, uma pesquisa dentro de um restaurante, para entender as atividades e transformar seus processos num software para equalizar o estoque e o planejamento de pedidos.

Centralização

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COBIT/ITIL (Governança/Melhores práticas)

30,9%

Janela de eficiência

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28,3%

Cloud computing (private) Flexibilidade da nuvem interna

A computação em nuvem já tem seus muitos adeptos. Pelo menos nos ambientes privados. A Affinity investiu, em parceria com a Dell, num ambiente de cloud computing interno, em busca de flexibilidade para atender a múltiplas áreas de negócios e melhorar a gestão do nível de serviço entregue, assim como os recursos e o ChargeBack. Chamado de Affinity Cloud, o projeto foi implantado em seis meses, e teve, como principal dificuldade, a escolha da solução técnica e a capacitação da equipe interna. “O trunfo foi o apoio interno da organização”, aponta Gaspar Lins, CIO da Affinity América Latina, que afirma que ter conquistado com a nova solução todos os objetivos traçados previamente à implantação.

27,5%

Ferramentas de colaboração

CPTM mira colaboração

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) iniciou em junho deste ano seu projeto de colaboração em nuvem, que busca aumentar a eficiência operacional da empresa. Como se pode imaginar, estão envolvidas nesse projeto várias áreas, como TI, RH, marketing, administração, jurídico entre outras. O CIO Nilson Roberto Brito dos Santos explica que será efetuada a migração do ambiente atual de email da companhia para a nuvem, visando a aumentar a eficiência e eficácia, e agregar novos serviços de colaboração à empresa. Serão migradas seis mil contas e criadas outras três mil, adicionando o serviço de colaboração e mensageria em tempo real – os fornecedores avaliados são Microsoft e Google, e a instituição passa pelo momento de estudo da viabilidade da migração do atual ambiente para nuvem.

Upgrade de sistemas

22%

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Antes da TI, a Estratégia

Segure seus

talentos

Gilberto Pavoni Junior | esPecial Para informationWeek brasil

Diante do tão falado apagão de mão de obra do setor, gestores de TI precisam trabalhar na retenção dos profissionais que se encaixam e participam da transformação do negócio. Mas isso envolve uma nova compreensão sobre o papel da área nas empresas 42

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de educação e o problema vem desde a formação escolar básica, com pouca ênfase em matemática. Passa ainda pelo ensino secundário baseado na “decoreba” e permeia a alta desistência nos cursos superiores da área de exatas. Sempre acompanhando esse quadro, está a carência do aprendizado de outros idiomas, principalmente o inglês. O cenário se torna mais complexo porque a TI tem perdido o glamour e sofre a concorrência de vagas abertas em outros setores em tempos de queda de desemprego. Os jovens veem boas oportunidades em segmentos aquecidos como varejo, publicidade, petroquímico, e mesmo espaço para montar o próprio negócio com as facilidades de financiamento e oportunidades de mercado. “A TI tem errado no discurso nos últimos anos e precisa entender o próprio mundo que ajudou a criar, com tecnologia fácil e em todos os lugares”, alerta o diretor de Tecnologia e Informação da Universidade Metodista, Davi Betts. O próprio departamento da instituição mudou a nomenclatura para se adaptar aos novos tempos. “Não é mais ‘tecnologia da informação’ é ‘e-informação’, porque é sobre isso que as coisas são agora”, explica. A diferença é sutil, mas mostra que o foco da TI não está mais em softwares e hardware. É uma nova camada

em cima de tudo que foi construído e envolve pessoas, conhecimento e atitudes. Trabalhadores de TI desse novo mundo não lidam mais somente com manutenção, help desk e envio de relatórios a toque de caixa para executivos das áreas de negócio. Esses profissionais estão ao lado dos demais departamentos para evitar que essa correria aconteça. Em alguns casos, antecipam as demandas e surpreendem a empresa com um projeto novo que pode mudar os rumos dos negócios. “Os novos trabalhadores querem envolvimento e perspectiva de crescimento, dele e da companhia, é isso que os segura e faz com que uma empresa não precise ficar a todo momento procurando novos profissionais”, aponta Betts. O conselho se encaixa perfeitamente em um estudo recente da consultoria global de recrutamento Hays. De acordo com o levantamento, o maior índice de insatisfação dentro de uma empresa é a falta de perspectiva de carreira (21%). Em seguida surgem a falta de perspectiva em relação ao desenvolvimento da própria companhia (20%) e do setor como um todo (14%). Por outro lado, o motivo de maior satisfação é a existência de desafios constantes (61%), seguido de integração com a equipe e ambiente corporativo (50%), reconhecimento e chances de promoção (ambos com 47%). O

Foto: shutterstock

A falta de mão de obra em TI tem deixado de assombrar alguns executivos. Não que o problema tenha sido resolvido, longe disso. O setor, seja pelo lado de quem fornece tecnologia, como as companhias de BPO, ou de quem consome, está longe de ultrapassar esse desafio. Dados do estudo Antes da TI, a Estratégia, produzido pela IT Mídia com a participação de CIOs das mil maiores empresas do Brasil, mostram que a questão da mão de obra está entre as principais preocupações do gestor de tecnologia. Para 32% deles, esse é um ponto de atenção quando se avalia fatores internos que podem colocar a estratégia do negócio em risco, olhando para influências externas, 37,8% deles apontam também a falta de profissionais. Mas diante das dificuldades em encontrar quadros qualificados, o foco tem se voltado para desenvolver meios de reter os talentos internos o que, para muitos consultores, exige uma aproximação maior entre as áreas de TI e recursos humanos. O tão falado apagão de mão de obra – que não é exclusivo de tecnologia da informação - é uma questão que tem desafiado fortemente o desenvolvimento do País. E o problema é que soluções para isso só geram resultados no longo prazo. De forma geral, executivos e especialistas concordam que o Brasil ainda é precário em vários aspectos

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Antes da TI, a Estratégia

Foto: Photogama

salário aparece nas últimas posições em ambos os casos. “Uma remuneração maior costuma comover funcionários operacionais, mas a TI tem cada vez mais necessidade de profissionais completos e eles se interessam exatamente por esses aspectos destacados na pesquisa”, aponta o gerente da área de TI da Hays, Henrique Gamba. Ele é outro que concorda que a TI tem errado no discurso, embora tenha tudo para mudar isso. Os profissionais de hoje querem desafios; a TI pode iniciar projetos de inovação em qualquer área e a qualquer momento. Eles querem perspectivas amplas de crescimento; a TI pode direcionar equipes multidisciplinares, internacionais e com foco em

soluções que vão de um processo básico à uma nova estrutura de e-commerce. Eles não se interessam pela TI antiga; a área é primordial para ajudar nas novas soluções de inteligência para o marketing, relacionamento, vendas ou pesquisa e desenvolvimento (P&D). Mas, para isso, a TI tem que deixar de ser TI. Ou pelo menos ser o departamento que, ao receber uma demanda por BI, pensa apenas nos problemas de geração de relatórios, em vez de se perguntar se todos que irão lidar com o sistema têm conhecimento de técnicas de administração e se não seria interessante implantar o ensino a distância na companhia. A TI tem que parar de pensar só na tecnologia e pensar nos resultados da solução. “Tem que ser pessoas,

Betts, da Metodista: “A TI tem errado no discurso nos últimos anos e precisa entender o mundo que ajudou a criar”

O tamanho do problema O Brasil deve fechar 2012 com carência de

115 mil especialistas em tecnologia, de acordo com dados da Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação). Para a Softex (Sociedade Brasileira para Promoção da Exportação de Software) o déficit de talentos em TI pode provocar prejuízo de

R$ 115 bilhões até 2020. Se mantidas as dificuldades atuais, o mercado terá falta de 280 mil profissionais por essa época.

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Foto: Divulgação

Gambam da Hays: TI tem, cada vez mais, necessidade de profissionais completos

processos e negócios, é algo que se fala há muitos anos, mas pouco se faz”, diz o atual gestor de RH da W. Torre, Paulo Garcia, que, até recentemente, respondia pela TI da companhia e possui ampla experiência no setor. A construtora não teve medo de mudar. Se era pra não se preocupar com a parte tradicional e operacional de TI, ela transferiu o que pode para parceiros. A terceirização é uma regra e o uso da nuvem uma aliada. O data center é externo, o suporte do ERP e serviços de help desk estão nas mãos de parceiros. “Com isso, a

TI é mais enxuta e mais próxima de outras áreas para fornecer inovações que façam a W. Torre se diferenciar de outras”, comenta. Com essas mudanças, o talento se tornou essencial. A empresa fornece planos de carreira, desafios constantes em novos projetos e reconhecimento profissional. O mercado mudou, a tecnologia é tão essencial que a TI não pode ficar presa aos modelos. A empresa precisa de tecnologia e os profissionais de TI querem dar isso. “Se conseguirmos juntar isso, conseguimos controlar a falta de mão de obra”, destaca Garcia.

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Antes da TI, a Estratégia

Gilberto Pavoni Junior | esPecial Para informationWeek brasil

TI como custo

assusta CIOs Apesar de décadas de trabalho indispensável, o departamento de tecnologia da informação ainda é visto como custo para algumas empresas. Cabe ao executivode TI mudar essa visão e participar das mudanças de rumo da companhia Qual o papel da tecnologia da informação hoje nas empresas? A pergunta pode parecer trivial, mas a resposta pode definir o futuro de muitos CIOs que estão ficando distantes das necessidades urgentes das corporações num ambiente altamente competitivo e desafiador. A área de TI vem há décadas mostrando o quanto é essencial uma companhia entrar na era dos negócios digitais. ERPs foram instalados, redes foram montadas, PCs mudaram a cara dos escritórios, produções foram automatizadas, equipes de vendas ficaram móveis, CRMs foram implantados, burocracias e papéis eliminados, sem contar a entrada no e-business, suply chain, entre outros. Só que tudo isso envolveu a queima de alguns milhões de reais - e nem tudo foi devidamente comprovado. Voltar à era pré-digital é impossível, mas viver nesse mundo de

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gastos discricionários (aqueles que são feitos livremente) também é fora da realidade. As empresas querem comprovação do investimento, sem isso, a TI é somente custo. E esse tem sido um drama para muitos CIOs, como detectou o estudo “Antes da TI, a Estratégia”, realizado pela ITMídia com executivos de empresas que figuram entre as mil maiores do Brasil. Quando questionados sobre como o investimento em TI é percebido nos negócios de sua empresa, 13,8% dos executivos responderam que ele é visto como gasto. Outros 6,5% disseram que não há uma cultura para isso e os investimentos são feitos à medida que a necessidade se impõe. O resultado coloca um quinto das companhias do País num mundo no qual a TI não fala de inovação e não direciona as mudanças da companhia, apenas gerencia emergências.

“A culpa pode estar no próprio CIO”, avalia o diretor de TI e Processos da Sodexo On-Site Solutions, Roberto Newton Carneiro. Para ele, a área comunica mal o próprio valor e falta ao gestor que vive esse drama um entendimento maior sobre a linguagem das áreas de negócio. “É preciso se perguntar o que tira o sono do presidente da companhia, do diretor de marketing ou do diretor financeiro. Nas respostas está como a tecnologia irá ajudar a empresa a crescer, vender, lançar novos produtos ou a resolver qualquer outro problema que esteja sendo enfrentado”, pontua. A TI velha Não é mais uma questão de fazer o computador funcionar na mesa do funcionário, atender a chamados emergenciais para fazer o sistema voltar ou ensinar IW Brasil | Brasil Dezembro InformationWeek |Janeirode de2012 2010

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Foto: Magdalena Gutierrez

Carneiro, da Sodexo OnSite Solutions: รกrea de TI precisa comunicar melhor o valor da tecnologia

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Antes da TI, a Estratégia

Foto: Divulgação

como preencher os campos de uma tela de dados. A TI precisa ir além desse papel operacional e começar a sentar junto do board para tomar decisões estratégicas. Mas, para isso o discurso precisa ser modificado. Atualmente, vivemos uma ambiguidade no mundo da TI. Ao mesmo tempo em que qualquer funcionário tem acesso a novos dispositivos móveis, enchendo-os de aplicativos e se dizendo da geração que nasceu com a tecnologia, essas pessoas pouco ou nada sabem sobre como aquilo se liga no ERP, interfere no banco de dados, carrega a infraestrutura ou compromete a segurança. Cabe ao CIO expor perigos e oportunidades desse novo mundo. E, para isso, o executivo não

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pode falar como se estivesse em um congresso técnico com uma plateia de escovadores de bits. “É preciso contar historinhas de negócios”, brinca o CIO da Esab, Carlos Araújo, se referindo aos jargões de cada área. “Aprendi que para falar de mobilidade com outras áreas é preciso falar de governança, para falar de redes é preciso falar de navegação fácil”, comenta. Governança, compliance, eliminação de burocracia, capacidade ociosa e diminuição de riscos são parte da linguagem de negócios. Todos os conceitos envolvem tecnologia de alguma forma e, portanto, são parte do que se espera do CIO. Porém, se ele quiser comprar appliances, softwares ou máquinas que cui-

dem disso sem mostrar qualquer retorno do gasto, seu pedido pode ser sumariamente ignorado e ele ficar com o estigma de “gastador”. Dentro da estratégia corporativa, se tem uma coisa que as áreas de negócio entendem bem é de números. Sem fronteiras O CIO vive hoje em um mundo onde a TI não tem fronteiras. Não dá pra saber onde começa e onde termina a abrangência e a importância da tecnologia para a empresa. Há alguns anos, ela existia somente do cabo de rede para dentro da companhia. Em algum lugar frio e esquecido pela humanidade havia um conjunto de máquinas e nerds que cuidavam de tudo. A tecnologia

Araújo, da Esab: é preciso adaptar discurso para falar de tecnologia com as demais áreas

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Exorcizando

Terceirizar: usar parceiros de tecnologia como serviço é o primeiro passo para que o CIO possa se dedicar a mudar processos e fazer inovação dentro da empresa. Mas mostre em números as vantagens.

Linguagem: aprenda a usar jargões das áreas de negócio e se informe sobre como os hypes de TI se traduzem em novos conceitos da gestão moderna das empresas, sempre trazendo as vantagens em números.

ia desse ambiente desconhecido até a tela do PC na mesa do funcionário. Esse limite foi expandido de forma irreconhecível. A tecnologia está em parceiros de negócio, na casa do funcionário, em órgãos que cuidam do setor, etc. Falar que está em qualquer lugar não é exagero. Mas para cerca de 20% das empresas brasileiras ela não está onde deveria estar. Para o CIO do SBT, Nelson Carpinelli, além da necessidade de mudar o discurso sobre o departamento de TI, se aproximando das áreas de negócios, existem duas questões atuais as quais os gestores devem ficar atentos. Elas são conectadas e

Visão: conheça cada área da companhia, cada elo da cadeia produtiva e como o que ela oferece é aceito pelo cliente final. Descubra onde a tecnologia melhora isso.

Regras: tenha em mãos as leis e práticas estabelecidas de negócio que interferem nos negócios e como a TI pode ajudar a cumpri-las. O conhecimento facilita investimentos na área.

fazem parte da complexidade do mundo atual. A primeira é o fenômeno da consumerização, que tem desafiado muitas organizações. O executivo aconselha os CIOs a ficarem o mais próximo possível dessa nova camada da TI que é o usuário, de forma que possam entender as demandas que surgem de novos aplicativos e plug-ins que rodam em dispositivos que eles possuem, principalmente, porque esse arsenal, muitas vezes, está ajudando na produtividade. A TI precisa oferecer para seus usuários o que eles precisam dentro de uma politica de governança adequada, garan-

Números: sempre mostre em números as vantagens da TI. É isso o que as áreas de negócio esperam de vocês: linguagem simples e resultados, quando possível, mensuráveis.

tindo, também, apoio para as questões tradicionais. Outra tendência apontada por ele como algo que está esquecido é a rapidez das transformações da tecnologia na ponta. “O CIO precisa oferecer o que os usuários querem tão rápido quanto eles compram um smartphone na loja”, aconselha. Para ele, o tempo no qual era possível fazer projetos que demoravam anos já não existe mais. “Hoje em dia, uma empresa pode perder muito em um mês e os projetos precisam ter maior velocidade. Se o CIO não entregar soluções de forma rápida, ele não é nem estratégico nem operacional”, destaca.

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NENHUMA EMPRESA BRASILEIRA CONHECE TANTO A COMUNIDADE DE CIOS COMO A IT Mテ好IA

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01 a 05 de maio de 2013 O encontro de CIOs das 500 maiores empresas brasileiras

14 a 18 de agosto de 2013 O encontro de CIOs das 501 a 1000 maiores empresas brasileiras

26 de novembro de 2012 a 08 de março de 2013 Análise expandida sobre as reais motivações de investimentos em TI nas 1000 maiores empresas brasileiras

A revista que aborda o valor da TI para os negócios

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28 de novembro de 2012 a 28 de janeiro de 2013 Estudo que reconhece os principais líderes de TI do Brasil

15 de julho a 20 de setembro de 2013 O mais importante balizador da aplicabilidade da tecnologia em prol da inovação empresarial

itweb.com.br Tudo sobre a comunidade de Tecnologia da Informação

www.itmidia.com.br Anu Revista IW Brasil.indd 53

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Antes da TI, a Estratégia

A verdadeira

nuvem A nuvem chegou para o departamento de TI com a promessa clara de trazer flexibilidade e facilitar a rotina do CIO. Contratando uma solução como serviço, retira-se o peso da infraestrutura interna e da manutenção por ela exigida. Tudo estaria perfeito se não houvesse, ainda, um ambiente de rede por trás para prover a conexão de internet, peça vital para garantir que essa mesma nuvem consiga, enfim, reduzir a complexidade. Mas a espiral parece não ter fim, já que onde há hardware, há especificações necessárias para sua gestão. E esta tem sido a limitação da nuvem. Contudo, as tecnologias de redes definidas por software (SDN, da sigla em inglês) e data center definido por software (SDDC, da sigla em inglês) prometem abstrair essa complexidade e trazer a real computação em nuvem. O próprio gestor de TI já tem direcionado seus investimentos

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para soluções mais inteligentes, que garantam não somente um hardware de bom desempenho, mas um ambiente com resposta mais assertiva. Dados do estudo “Antes da TI, a Estratégia”, produzido pela IT Mídia com CIOs das mil maiores empresas do Brasil em 2012, mostram que 62,7% dos respondentes, olhando para aquisições a serem realizadas num período de 12 a 24 meses, levarão em consideração a compra de soluções estratégicas, com impacto nos processos e negócios da empresa. No levantamento do ano anterior, essa proporção era de 60,1%. Em segundo lugar, com 25%, esta a ênfase na contratação de serviços de terceiro, com foco em hosting, colocation, BPO, helpdesk, call center, entre outros, contra 26,6% do ano anterior. Por último, é importante observar uma redução no foco da aquisição de itens com menos valor agregado, considerado como commodity por possuir baixa inovação, com redução de 13,3% para 12,3% no intervalo de um ano.

Adriele MArchesini

“Chegamos a uma nova forma de operar as redes. Você pode gerenciar configurações de múltiplos devices e redes de forma mais fácil e integrada. Isso torna a operação mais dinâmica”, afirmou Milind Govekar, analista do Gartner, durante evento realizado recentemente no Brasil. O especialista colocou as redes definidas por software no segundo lugar de uma lista com as principais tecnologias e tendências que impactarão a TI nos próximos cinco anos, perdendo apenas para “disrupção e organização”, já que, até 2014, por exemplo, 30% das organizações usarão software como serviço (SaaS, da sigla em inglês), substituindo compras no modelo tradicional. Como funciona A virtualização de desktop, servidor e aplicações já é realidade há anos. Sua extrapolação para a rede começou em 2007, quando a Universidade de Stanford e a Universidade da Califórnia iniciaram a produção do protocolo OpenFlow, um framework de código aberto que

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Com tendência de rede e data center definidos por software, promessa é de chegada, enfim, da flexibilidade prometida pela computação em nuvem. Mas processo de abstração do hardware ainda passará por prova, que garantirá, ou não, sua efetiva decolagem padroniza a comunicação dos hardwares com a camada de software responsável pela abstração dos equipamentos. “Esse software vai montar o mapa da rede, descobrir switches, roteadores e wirelless points”, explicou Antonio

Mariano, diretor de pré-vendas da HP Networking no Brasil. O que existe, portanto, é um espaço central de gerenciamento, no qual a capacidade de cada hardware pouco importa, o que vale é o conjunto da obra. “SDN tem a ver com virtualização. E a ideia é permitir que você, de um ponto único, programe a rede toda”, explicou. O processo atual exige uma configuração item a item e demanda gestão constante de todos os componentes. Mas a dor do processo desta evolução não tende a ser a mesma assistida na migração do IPv4 para o IPv6. “Algumas empresas já

começam a adotar esse tipo de tecnologia com a compra de equipamentos. É um processo que está seguindo seu curso, mas que não será tão dramático quanto a migração do IPv4. É um grau diferente, porque nem tudo terá de ser reescrito, mas deve haver uma adequação do software atual”, contextualizou Kevin Curran, membro sênior do organização mundial Institute of Electrical and Electronic Engineers (Ieee) e chefe da escola de computação e sistemas inteligentes da Universidade de Ulster. “Basicamente, o gestor de TI quer manter seu trabalho e tudo

otimizado 99,99% das vezes, e o SDN traz isso para a rede”, comparou. Durante a Interop Las Vegas, evento realizado em maio deste ano, o tema principal já era a evolução que a tecnologia de cloud computing e virtualização geram no ambiente físico da empresa, com a “softwarerização” do hardware. Os conceitos de maior destaque foram SDN e SDDC e, em meio ao evento, era clara a mensagem de refletir sobre uma solução, que é o que o cliente espera. O que tem no meio já não importa muito. E tanto os profissionais técnicos quanto os fornecedores precisarão mudar a forma de encarar e trabalhar com tecnologia. “Nos últimos dez anos vimos uma corrida para softwares definindo orquestração de aplicações, sistemas operacionais e máquinas

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Antes da TI, a Estratégia

Integração que traz resultado

IWB - E qual é o desafio da companhia? Mollien - Temos um modelo misto. Uma parte é feita em cloud, que vai para aplicações de software como serviço, com informação de saúde protegida dentro dele. Aqui nos Estados Unidos temos regras e leis diferentes para o tratamento dessas informações,

virtuais. E o mesmo aconteceu com storage. Mas o que ainda não vemos é a virtualização de rede, já que essa área da empresa ainda é basicamente formada por caixas”, contextualizou John Harcourt, fundador da Vello System, companhia criada para operar no mercado de SDN, durante o evento. Segundo o executivo, a rede definida por software foi um processo natural e uma demanda do próprio mercado

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Foto: Divulgação

IW Brasil - Você optou pelo SDN para resolver um problema ou para melhorar sua infraestrutura? Cas Mollien - Inicialmente foi por curiosidade profissional, é uma nova tecnologia, e eu queria saber o que é, o que faz. Olhando para o que estamos tentando conquistar, achei que o OpenFlow e o SDN seriam um tremendo valor agregado na forma que tocamos nosso negócio. de acordo com o Estado. Então, precisamos ser flexíveis na forma como construímos coisas. O outro lado dos negócios é, na verdade, manter as práticas e consultórios médicos ao redor do país. Estes escritórios entram na mesma categoria de que diferentes Estados tem regulações diferentes. Com SDN podemos ampliar o ambiente com o número limitado de pesso-

por menos complexidade. “Um serviço que levaria muitas semanas para ser configurado pode ser feito em segundos usando um software de abstração de rede”, explicou. Rodrigo Rezende, engenheiro de sistemas sênior da VMware, entende que o debate, agora, não está mais centrado na virtualização do PC, da rede ou do storage, mas na independência do hardware. E quanto maior ela for, mais flexibilidade

as que tenho em meu quadro de funcionários. IWB - Como está a infraestrutura hoje? Mollien - Saímos de quatro escritórios e vamos para 25 até o fim do ano, o que demandou um grande trabalho do time de software. Agora estamos na fase de entender o que temos e quanto temos. Queremos

terá o gestor, entende o especialista. Dentro do movimento de SDDC, Rezende afirma que é possível migrar todo o conteúdo de um data center para outro de forma automática, com poucos comandos por meio de uma central. “Alguns clientes estão adotando em fase de teste, mas não em aplicações críticas. É importante frisar que a tecnologia não vai resolver o problema. Tem que pensar nas pessoas, novos cargos, novas formas IW Brasil | Brasil Dezembro InformationWeek |Janeirode de2012 2010

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Há cerca de dois anos como CIO da ChenMed – empresa norte-americana voltada para o cuidado de saúde de idosos – Cas Mollien conheceu o conceito de SDN no início deste ano, quando a HP anunciou o lançamento de switches adaptados a OpenFlow. Ainda no estágio inicial de adoção da tecnologia, o executivo concedeu uma entrevista por telefone à IW Brasil para explicar o conceito, garantindo que este é o link que faltava nas ofertas de cloud computing. Ele preferiu não abrir o valor total dos investimentos, mas afirmou que o projeto de expansão pelo qual a empresa passa já consumiu cerca de US$ 500 mil neste ano. O executivo, entretanto, afirma que o ROI é praticamente em tempo real, já que a única coisa diferente que teve de fazer foi comprar switches adequados a OpenFlow – e mesmo que não optasse por esse padrão, teria de comprar esses hardwares invariavelmente. colocar no topo do data center que estamos construindo com a HP o SDN e no momento que trouxermos novos escritórios poderemos providenciar equipamento da HP por lá que suporte OpenFlow. Assim, conseguiremos estender esses escritórios, em vez de configurar cada rede e trata-la de forma independente. A rede está se tornando parte do modelo de entrega de serviço que estamos contratando. IWB - E qual o ganho de produtividade que isso representa? Mollien - Para o SDN funcionar de forma produtiva, é preciso reescrever aplicações e integra-lo em seu

de consumir os recursos”, alertou. “A TI está enfrentando uma dificuldade, porque outras áreas passam a comprar serviços de forma independente e resta a eles fazer a gestão. A TI precisa ser mais rápida, e soluções como o SDDC vão ajudar.” Mas quando? Sair do papel e se configurar como uma tendência é algo que leva tempo. Apesar do afã em

ambiente de nuvem. Para suportar esse processo de crescimento que estamos passando, tenho certeza de que onde precisaria entre cinco e dez pessoas dedicadas em rede convencional. Com SDN posso fazer com um ou dois. IWB - Mas foi muito retrabalho? Mollien - Sim, por múltiplas razões: 1. Fazer em tempo. 2. Realmente desenvolver nosso modelo SDN, se torna um modelo de entrega de aplicação. A rede falando diretamente com a aplicação se torna uma parte íntima da entrega da própria aplicação. Normalmente, o nível de rede é autônomo. No

torno do tema, os primeiros projetos começam a surgir. No Brasil, não foi possível obter estudos de caso envolvendo SDN ou SDDC. A VMware anunciou ter cerca de 60 projetos em curso no exterior. A HP vê movimentos piloto com universidades e a divulgação de iniciativas dentro da área de educação no ano que vem. Para Curran, do Ieee, saberemos somente em 2013 se a virtualização

momento em que apostamos em SDN a rede se torna quase que uma máquina virtual. IWB - Apesar de ainda estar no início do projeto, enfrentou problemas? Mollien - Não há problemas, existem desafios. Estamos vendo um tipo diferente de virtualização, onde toda a gestão e funcionalidades não são tão diferentes, mas estamos vendo que trouxemos algumas pessoas de desenvolvimento de software, para escrever a integração e reescrever as aplicações especificas para o que precisamos fazer.

da rede e do data center realmente vai se consolidar e confirmar como tendência no mercado corporativo, extrapolando a contratação de clientes provedores. Mas fica o alerta. “Uma habilidade que falta em TI é boa especialização em segurança. A virtualização neste nível traz uma necessidade de conhecimento que precisa ser aprendida. Mas, virtualização ainda é complicado de proteger hoje”, finalizou.

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Perfil Aurélio Conrado Boni

A curiosidade me motiva até hoje Vitor CaValCanti

É cada vez menos comum ter pessoas que constroem suas carreiras dentro de uma organização e que nela permaneçam por vários anos, até décadas. As novas gerações anseiam por mudanças mais aceleradas e não se imaginam dentro de uma empresa por, sei lá, 45 anos. Mas é este período que Aurélio Conrado Boni está no Banco Bradesco. Alçado à vice-presidência executiva de TI no início deste ano, ele se mostra entusiasta da liderança participativa e se classifica como um eterno curioso. “Hoje essa palavra, curioso, está transformada para inovador. Eu acho que, no começo, quem não tinha curiosidade, ficou parado no tempo. Tinha que tentar entender o que era o mundo, como poderia fazer uso daqueles computadores, ajudar nos negócios a partir da computação. A curiosidade me motiva até hoje, isso é o que mantém a gente vivo no dia a dia”, acredita. Boni é de um tempo onde tudo precisava ser aprendido do zero. As coisas vinham se desenvolvendo rapidamente na área de TI, mas não havia literatura nacional. Ele lembra que, quando alguém viajava para o exterior, especialmente para os Estados Unidos, a expectativa era muito grande, porque sempre vinha algo novo na bagagem. Atualmente, o acesso é mais fácil. O executivo lembra, como se fosse hoje, de quando fez sua primeira viagem ao exterior para conhecer uma tecnologia que seria implantada no banco. “Era 1979, meu diretor chegou para

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mim e falou sobre prospectar um novo equipamento e eu topei. Aí ele me disse: ‘Olha, vamos providenciar tudo e você vai para o Japão’. Na época, eu tinha 28 anos. Fiquei no Japão por 19 dias numa fábrica que produzia computadores, fazendo testes, verificando se o equipamento era aderente para trazer ao Brasil e colocá-lo em operação. Fui eu e mais dois colegas. Passamos relatórios para diretoria e, três meses depois, os computadores vieram”, relembra. Tão inusitada quanto a proposta de ida ao Japão, e o fato de ele tê-la aceitado mesmo antes de saber que cruzaria o oceano, foi o início de Boni na TI. Ele já era funcionário do banco, é verdade. Lá se vão 45 anos de casa, sendo 42 em tecnologia. Mas o que levou um técnico em administração e que, mais tarde, viria a se formar na universidade em administração de empresas a partir para TI? O VP diz que tudo aconteceu naturalmente. “Em 1970, mais ou menos, a área

começou a ter um pouco de notoriedade e comecei a dar uma olhada e ver o que a TI fazia. Na época, eu não sabia nada, não tinha revista, só sabia que havia computador e que estavam operacionalizando todo o banco e que havia uma perspectiva grande de carreira. Quem tinha ingressado para trabalhar com o tal do computador ganhava bem e eu decidi tentar.” Nascido em 1951, casado, pai de três filhos, sendo que dois seguiram os passos do pai e trabalham com tecnologia, Boni iniciou seu desafio em TI trabalhando no turno da madrugada. Na mesma época, estava na faculdade. Então, saía do curso e corria para o banco. A vida mudou em 1972, logo após o casamento. Ele brinca dizendo que as pessoas ficaram com dó pelo fato de ele ser recém-casado e trabalhar de madrugada, assim, o trocaram de turno. Em meio a tudo isso, ele se apaixonou pela parte técnica da TI. Conta que se interessava por todos os curIW Brasil | Brasil Dezembro InformationWeek |Janeirode de2012 2010

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sos, chegando a perder a conta da quantidade de treinamentos dos quais participou. Dentro do banco, entretanto, amadureceu e ganhou novas responsabilidades para exercer atividades competentes a um gestor. “Adoro o que faço. Se não gostasse tanto, talvez, tivesse procurado outro caminho. Esse desafio não é uma novidade a cada dia, é uma a cada momento. Temos um departamento de inovação no banco, aquilo borbulha coisas novas. Gosto dessa procura pelo desconhecido. Você fazer o arroz com feijão todo o dia é fazer o tradicional, o que mais podemos fazer? O dia a dia tem que ser estável, mas não move futuro. Estou numa carreira que até hoje, quando minha equipe senta aqui e fala sobre algo diferente, meus olhos brilham.” Implantação de caixas eletrônicos, atendimento via telefone, internet banking, diversos serviços que, aos poucos, revolucionaram a forma como o consumidor interage com o banco marcam a carreira de Boni no Bradesco. Ao longo de uma hora de bate papo, o VP citou por diversas vezes a importância vital de uma boa equipe. E hoje, à frente de uma das vice-presidências da instituição, ele leva isso extremamente a sério. “Talvez, por eu estar há muito tempo na área, acho que consigo, junto com a equipe, levar motivação para o pessoal para concretizar os projetos, muitos estão comigo há mais de trinta anos. As vezes, nos entendemos pelos olhos. Tenho um grupo tão maduro que, quando me trazem as coisas, já vem tudo muito mastigado. Isso é liderança? Pode ser. A equipe tem que compreender aquilo que você quer. A liderança se faz muito pela participação, não gosto de dar missão e ser um cobrador, gosto de participar, claro que não consigo estar nos detalhes (são 3180 pessoas na TI). O clima do departamento que eu lidero é confiante.”

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Tendência

Não tão

Big Adriele MArchesini

assim SIP

Da INovação

S

SIGHTING

Projeções apontam que, em 2020, produziremos o equivalente de conteúdo que toda a humanidade criou em 18 mil anos a cada 18 minutos. A grande transformação, no entanto, não está no volume de dados, mas no valor que o departamento de TI pode extrair dele Nascimento da

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INovação IW Brasil | Brasil Dezembro InformationWeek |Janeirode de2012 2010

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Da forma que caminha, a geração de dados remete muito à história indiana “Lenda de Ambalappuzha Paal Paayasam”, onde, num jogo de xadrez com um rei de uma determinada região, o Lord Krishna, disfarçado de um sábio qualquer, acertou o ganho de punhados de arroz como prêmio. Pelas regras, a distribuição dos grãos ao longo do jogo seguia a seguinte dinâmica: um para o primeiro movimento da peça, dois para o segundo, quatro no terceiro e assim por diante, sempre dobrando o número em relação ao anterior. Cada quadrado andado representava o dobro de grãos do movimento anterior. No vigésimo quadrado percorrido, o número já representava um

Até 2015, serão criados milhão de grãos. No quadragésimo, eram três milhões. Tudo isso graças à projeção geométrica. No caso das informações digitais, o fluxo tem seguido uma trilha parecida, trazendo muitos desafios para as corporações. Vito Di Bari, professor de design e gestão da inovação na Universidade Bocconi e diretor científico do LabNext, o “tanque de conhecimento de Milão”, faz projeções monstruosas em torno da geração de dados. O especialista, que esteve no País em novembro durante o TEDxFiap, lembra que, até 2001, todo o conhecimento da humanidade representava cinco exabytes em capacidade de armazenamento. “Os dados de toda a história da humanidade, com 18 mil anos de civilização”, ponderou. Para fazer uma correlação do

milhões

de empregos em todo o mundo para suportar as iniciativas de

segundo o Gartner 61

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Entrevista IW Brasil

Perfil profissional Segundo o Gartner, até 2015, serão criados 4,4 milhões de empregos em todo o mundo para suportar as iniciativas de Big Data. Apenas nos Estados Unidos serão quase dois milhões de postos de trabalho. Peter Sondergaard, vice-presidente e líder global de pesquisa da empresa, calcula que para cada papel relacionado à tendência será criado trabalho para três pessoas fora da TI. Se confirmado, serão outras seis milhões de vagas nos próximos quatro anos, criadas a partir da tecnologia da informação. Ao mesmo tempo em que traz uma boa projeção para o mercado de trabalho, o especialista, entretanto, faz um alerta. Para ele, não haverá mão de obra suficiente para suprir toda essa demanda. Ou seja, o desafio atual de falta de profissionais especializados deve ser acentuado na medida em que essas tendências ganham força no mercado. Em entrevista concedida recentemente ao IT Web, Marcos Brittes, diretor de Operações BI da Softtek, explicou que o Big Data já traz a necessidade de dois perfis diferenciados de profissionais de data warehouse: um responsável por gerar insights a partir dos dados e outro para tratamento de informações. “Teremos o analista ou engenheiro de dados, um tipo de profissional diferente, que mexa nesse mercado. Vai haver uma grande mudança no organograma e nas habilidades”, concordou Anderson Figueiredo, analista do IDC. Este movimento, explicou, já se iniciou nos Estados Unidos, e chegará ao Brasil com o desenvolvimento do business analytics por aqui.

processo,o especialista comparou o fluxo de inovação aos movimentos que uma raposa faz ao se preparar para dar um bote, em um conceito que forma o acrônimo SIP: Sighting (sentir, verificar uma possibilidade), Immobility (imobilidade, momento no qual há uma pausa natural no processo, até a espera do momento certeiro) e Pounce (o bote, no qual a presa é capturada, mudando totalmente os processos). Até 2022, o movimento de internet das coisas e o consequente Big Data atingirão a letra P desse caminho, o que é classificado como Big Bang dos dados. Pelo menos é esta a visão do italiano Di Bari, terceiro futurista mais respeitado do mundo. Para o especialista, o mundo, agora, está no “I” do processo, no qual objetos passam a ganhar sensores e deixar a vida mais automatizada. O cientista prevê que, em 2020, será produzida a mesma quantidade de informações que toda a humanidade gerou até 2011 a cada 18 minutos. Ou seja: cinco exabytes de dados serão jogados na nuvem a cada 1080 segundos, o que dá um estoque de 25 mil exabytes. “Este será o Big Bang do Big Data”, comentou. Diante deste cenário, qual a possibilidade de uma explosão de dados criar um novo cenário de informação? Ou mesmo deixar o data warehouse da companhia tão sobrecarregado que seja impossível armazenar e correlacionar tais dados? Para Anderson Figueiredo,

gerente de pesquisa da IDC Brasil, não há motivo para desespero. “Em primeiro lugar, 2020 está muito longe. Muitas coisas que a IDC tinha previsto há uns dois anos para 2020 já aconteceram”, iniciou. Além disso, ele não vê com fatalidade essa situação. Primeiramente, é preciso entender que estamos falando em um mundo onde o recém-atingido nível de armazenamento de dados zettabytte será suplantado pelo yottabytte, uma combinação numérica com 24 zeros em sua composição. Parece existir uma ânsia em torno do termo Big Data, e o medo que as companhias têm em perder dados relevantes cria um cenário onde armazenar, mesmo que sem critério, parece ser a melhor alternativa. “O volume de dados é o que menos vale. O grande problema é como eu vou tratar isso”, avaliou Figueiredo, indicando que ferramentas de analytics são, então, a verdadeira vedete em um contexto Big Data. “Estamos aprendendo como acessar o valor dos dados agora. Tradicionalmente nós guardamos tudo, mas isso está se tornando impossível”, afirmou, Joel Makower, fundador do GreenBiz. O executivo esteve no Brasil em outubro de 2012 para mediar o Verge, ro-

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IMMOBILITY

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de uma máquina de arar terra, as empresas saberão exatamente o que oferecer de relevante para aquele indivíduo. É como se fosse possível ver um mapa do consumo e comportamento de cada um. Mas o conceito tende a ficar ainda mais complexo. Quando se fala em cidades e prédios inteligentes, tudo passa a ter um endereço IP e a rastrear e emitir informações que podem, ou não, ser utilizadas para uma melhor interação da sociedade. O problema é quando o “ou não” toma evidência no contexto da frase anterior, e um sensor emite dados cujo resultado principal é a sobrecarga das redes. “Pense no futuro, um veículo elétrico em uma estrada inteligente. Serão cinco fluxos de dados diferentes: do veículo para a central, do veículo para a estrada, do veículo para a nuvem, do veículo para o motorista e do veículo para outros veículos, a fim de evitar colisão. Essa informação precisa ser usada em milésimos de segundos, se não perde valor”, exemplificou Makower. Como é impossível para o ser humano lidar com tanto conteúdo, o papel da tecnologia machine to machine (M2M) é essencial. “Se pensarmos em um prédio inteligente, qualquer dispositivo ou tomada tem um endereço IP. Alguns deles podem alterar as informações uma vez por semana, outros ficam ali parados por vários dias. Mas algumas coisas mudam

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dada de discussão mundial sobre evolução da TI, telecom e modelos de negócios em uma sociedade mais conectada. “Vamos evoluir em termos de o que precisará ser guardado. Da mesma forma que estamos aprendendo a entender qual tipo de Big Data vamos ouvir”, continuou. Quando se pensa em Big Data, o que sempre vem à mente é a produção de conteúdo que a internet 3.0, mais colaborativa que suas gerações anteriores, permite. Mas não são somente as redes sociais que abrem espaço para esse conceito: o comportamento do consumidor na internet, como um todo, passa a ser avaliado e mensurado. Peguemos o exemplo do internet banking, inexistente alguns anos atrás: a atitude do usuário no pagamento de contas, solicitação de crédito e investimentos pode ser avaliada pelo banco, tanto com foco em ampliar segurança quanto com o objetivo de apresentar ofertas condizentes com o perfil da pessoa. A forma como o internauta compra no e-commerce é outra. As menções a marcas e empresas nas redes sociais também dão um claro indicativo. Assim, o business analytics abre uma sorte de oportunidades tão intensa que especialistas consideram, no futuro, o fim do spam: em vez de e-mails chatos que, por exemplo, indicam a uma pessoa a aquisição

Na visão de Anderson Figueiredo, analista da IDC, o que se vê hoje no mercado em termos de cases de Big Data ainda representa pouco sobre a complexidade do tema.

As verdadeiras histórias surgirão em meados de 2014 63

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Tendência

a cada segundo, como é o caso dos servidores. Se tratar todas as informações da mesma forma, não tem valor”, ponderou. O valor Esse aprendizado do que deve ser levado em consideração ou de como usar as informações de forma mais inteligente, a ponto de influenciar os rumos de uma empresa, é algo que está em curso. Você pararia o carro, por exemplo, para buscar uma nota de R$ 2 que tivesse voado pela janela? Provavelmente, não. A situação, possivelmente, mudaria caso fosse uma cédula de R$ 50. Fazendo alusão ao valor que cada pedaço de papel representa, o evangelista da Symantec, Dale Zabriskie, conhecido de Dr. Z, explicou, em evento da companhia na cidade de São Paulo, que a mesma análise deve ser feita dentro da empresa, quando for escolher níveis de proteção para seus dados. “As empresas caminham para o movimento de inteligência da informação. Isso se dá quando começam a entender o valor que cada informação tem”, justificou. Para contextualizar, ele citou o caso de um cliente CIO que lhe disse: “somos ricos com dados, mas pobres com informação”. E é este tipo de diferenciação que é preciso haver para garantir um ambiente eficiente e seguro. Exatamente por isso que o SAS

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Institute considera que, por motivos físicos ou econômicos, chegará o momento em que armazenar todos os dados não será a opção mais inteligente. “O foco da medição da relevância da informação tem que mudar. Não pode ser o dado que eu tenho, mas o dado que eu preciso. Existem modelos estatísticos em que estudo 300 variáveis. Depois de passar pelo enterprise mining, são 23 ou 25 que realmente explicam o fenômeno, as demais são correlatas. Eu derrubo aquela quantidade enorme a partir de uma análise. As áreas de TI têm de deixar de se comportar como zelador do prédio, que recebe as demandas, e tem de cuidar delas, e olhar para a estratégia da empresa”, comparou Marcos Pichatelli, gerente de produtos de High-Performance Analytics (HPA) da empresa Na visão de Pichatelli, as companhias dos setores de finanças e telecom, que hoje já lidam com alto volume de dados, serão as primeiras a trabalhar com um montante ainda maior por conta dessa facilidade de trânsito das informações. De qualquer maneira, todos serão afetados de uma forma ou de outra com o passar do tempo: com o conceito de internet das coisas, uma manufatura de máquinas pesadas, por exemplo, pode mensurar em tempo real a situação de todo o seu parque fabril e receber informa-

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de dados serão jogados na nuvem a cada

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De acordo com o Gartner, quatro movimentos, dentro do que a consultoria chama de Nexus of Force, ditam o futuro da TI e de seu departamento: cloud, mobile, social e informação. Tudo interligado em um eterno movimento de retroalimentação ções sobre problemas antes mesmo de os ferramentais entrarem em colapso. E é nesta situação que a ideia de mídias sociais como fonte exclusiva da explosão de dados cai por terra.“Esse tipo de informação está ligado à internet como um todo, e não exclusivamente às redes sociais. A internet é causadora do Big Data, muito antes de ficarmos tão ligados em plataformas como o Facebook”, advertiu. É neste ponto que a computação em memória, que deixa os dados mais importantes nas margens do servidor, permitindo o acesso de forma tão rápida quanto o pensamento, e a evolução de appliances fincam seus pés nas ofertas de analytics, segundo Figueiredo, da IDC. Transformação Mas retornado ao início do texto e à lenda indiana, ao se deparar com a dívida que não poderia pagar, o rei viu o sábio transfigurado em sua verdadeira imagem,

a do próprio Krishna. O deus disse que o devedor não precisaria pagar tudo de uma vez, porque isso era simplesmente impossível, e que o débito seria quitado ao longo do tempo. O rei deveria servir paal-payasam, um prato à base de arroz, para os peregrinos do templo todos os dias, até que o débito fosse pago. Na história, o arroz era o dado inicial e que, ao receber uma dose de evolução, se tornava um prato de comida. Ou seja, a transformação do objeto inicial, com foco em valor. “Hoje, o mais importante para a empresa é o dado. E amanhã será o dado analisado”, conclui Figueiredo.

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Foto: Magdalena Gutierrez

Papo Aberto

Objetivos em comum Em um dos nossos últimos Papos Abertos, que tratou do tema Colaboração na Prática, eu mencionei sites que reúnem colaboradores em torno de um objetivo comum, seja este um projeto cultural ou uma ação social ou mesmo algum tipo de negócio em gestação, nos quais estes colaboradores podem participar via Web como contribuintes, aderindo à causa com ajuda financeira, por exemplo, ou até mesmo se juntando a ela oferecendo algum tipo de suporte. É o fenômeno conhecido como crowdsourcing, produção a partir de recursos coletivos. Algumas pessoas me procuraram para entender melhor como estes sites funcionam por terem achado a idéia interessante. Um destes sites é o Catarse. Especializado em projetos culturais, ele atua como um catalisador lançando informações sobre projetos que precisam de financiamento. “Faça acontecer os projetos em que você acredita”, diz a home do site, acrescentando: “Financie projetos de maneira colaborativa e torne-se parte de algo maior. Promova uma catarse coletiva!” Sob o título de Movere.me, o site convida os leitores a moverem ideias, pessoas, dizendo que coloca em suas mãos o poder de financiar e realizar projetos maravilhosos. “Aqui as pessoas se unem, investem em projetos legais e fazem acontecer”, e pergunta: “E você, o que te move?” Entre os cases de sucesso está a gravação de um CD em homenagem a Nel-

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son Cavaquinho que dependia de um ivestimento de R$ 34 mil e arrecadou pouco mais de R$ 35 mil. Outro destes sites tem o sugestivo nome de Vaquinha e trata da arrecadação que vai desde uma comemoração coletiva, tipo churrasco da turma, até a contribuição para a realização de algum sonho de alguém que necessita de um suporte financeiro, como um empreendedor com uma ideia na cabeça e sem dinheiro no banco. O valor a ser financiado é dividido em cotas e é estabelecido um prazo dentro do qual o projeto deve ser viabilizado para que o dinheiro arrecadado seja repassado aos autores e a idéia colocada em prática e transformada em realidade. Uma ação de marketing? Pode-se dizer que sim, um marketing web based, ou baseado em iniciatvas que tem o ambiente virtual como cenário. E que reforça, também, o conceito de marketing de experiência. Neste caso, o colaborador pode se sentir como uma espécie de coprodutor do projeto à medida em que está investindo em algo em que acredita. É o consumidor fazendo acontecer uma iniciativa com a qual concorda e quer participar. Mais uma vez o consumidor é peça central para que um projeto se concretize e as ferramentas sociais são a forma para que ele se viabilize.

Stela Lachtermacher Diretora Editorial IT Mídia

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