CARREIRA DE CSO
Há oportunidades para profissionais capazes de dosar perfis técnico e gerencial
ENTREVISTA
CEO da SAP, Léo Apotheker, diz que companhia mantém foco em software
INVASÃO INDIANA
Empresas aumentaram sua presença no Brasil. Saiba a dinâmica e os reflexos desta política www.informationweek.com.br
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N ECES SÁ R I O Passado o pior da crise, empresas de diversos setores reavaliam planejamentos e muitas preveem executar em 2010 o que precisou ser adiado neste ano, mas analistas avisam que, dificilmente, executivos terão de volta aquilo que lhes foi tirado
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Índice
Dezembro de 2009 - Número 222
26
Fixas 06 Expediente 08 Editorial 16 Estratégia 18 www.itweb.com.br 38 Segurança 52 Telecom 62 Mercado 80 Novo Mundo 89 Estante 90 Inovação
são indian GESTÃO Setorial No que se refere à crise econômica global vivida ao longo dos últimos meses, ouviu-se de tudo. Teve os que enxergaram oportunidade, os que desdenharam, os que negaram e os que sentiram seus impactos. Passada a fase mais aguda da turbulência, questionamos gestores de TI para saber quais projetos realmente andaram e quais não saíram do papel devido à retração de orçamentos
A postos para o
54 SETORIAL
Varejo brasileiro acende as luzes do Natal em clima de otimismo. Expectativas de vendas gordas colocam a área de TI em estado de alerta para falhas ou sobrecargas nos sistemas durante o pico de negócios
60 FOR IT BY IT
Equipe de TI da Carbocloro conta como melhorou o desempenho da tecnologia por meio de medições constantes
Carreira
elas planejam serviços para s, que estão se os emergentes
64 CARREIRA
Ainda que muito baseado em empirismo, o cargo de CSO ganha importância nas companhias nacionais
72 NA PRÁTICA
46
54
64
Com o mundo cada vez mais globalizado, o que antes era distante, agora, está acessível a apenas um clique. BM&FBovespa se aproveita do contexto e usa tecnologia para impulsionar acesso ao mercado de derivativos e capitais
75 NA PRÁTICA 10 ENTREVISTA
O futuro da SAP nas palavras de seu atual presidente mundial, Léo Apotheker. As diretrizes da companhia que não quer saber de hardware. Saiba como ela planeja concorrer no acirrado mercado de TI
Entenda o que é s-business e tire proveito do conceito na terceira matéria da série
Carlos Pulici, da Simpress, reflete sobre o equilíbrio entre
Ana Lúcia Moura Fé, especial para InformationWeek Brasil Suzuki, da Promontecnologia e cultura corporativa; Rodrigo Foto: glowimages.com
76 NA PRÁTICA
Matec aposta em solução de comunicação unificada para melhorar gestão da telefonia e zera custos com suporte técnico
O avanço
36 GESTÃO REDES SOCIAIS 41 CIO INSIGHT
A indústria de fios e cabos Sil aposenta sistema para representantes comerciais obsoleto e entra no mundo de ferramentas de vendas suportadas pela internet
Felipe Dreher
Logicalis, destaca a importância do envolvimento das pessoas nos projetos de segurança; e Carlos Maurício Ferreira, da Algar Tecnologia, expõe desafios da computação em nuvem trás
78 NA PRÁTICA
Ao virtualizar desktops, cidade de São José dos Campos otimiza agendamento de consultas em seu sistema de saúde
82 TECH REVIEW
Paranoia corporativa? Sistemas de busca
capazes de juntar todos os dados corpos completos e integrados. Por rativos em um grupo coeso e pesquisável 46 INDÚSTRIA ste jargão, os concorrentes podem está disponível há um bom par de ano. O O ano de 2009 marcou a intensificação da presença indiana problema não é tecnologia, mas os três Ps perar muito mais ofertas de soluno mercado brasileiro de TI. Veja a dinâmica e os reflexos prejudicam muitas das iniciativas de AINDA MUITO BASEADO que EM EMPIRISMO, O desta política expansionista na indústria local TI: políticas, privacidade e percepção es com qualidade InformationWeek Brasil CARGO DE DIRETOR DE SEGURANÇA GANHA 54 internacionalIMPORTÂNCIA NAS COMPANHIAS NACIONAIS. A ente reconhecidas, tudo com preço BUSCA É POR PROFISSIONAIS CAPAZES DE DOSAR mpetitivo (característica destas PERFIS TÉCNICO E GERENCIAL mpanhias). Na mira das indianas QUANTO VALE UMA INPor volta do ano de 2004, a Encontramos cinco pesso lay_setorial_varejo 54 02.12.09 19:58:20 ão possíveis clientes que planejam FORMAÇÃO? EM TEMPOS consultoria de recrutamento e lificadas e o candidato foi pandir negócios para o mercado DE GOVERNANÇA, BOLSA seleção Fesa aceitou um job para tado em sete dias úteis”, c terno e as corporações globais que DE VALORES E MERCADOS conduzir um processo de um Luiza, que, m lay_indice 4 03.12.09 apontando 18:01:28
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INFORMATIONWEEK Brasil InformationWeek Brasil é uma publicação mensal da IT Mídia S.A. InformationWeek Brasil contém artigos sob a licença da United Business LLC. Os textos desta edição são traduzidos com a permissão da InformationWeek e da United Business LLC. Todos os direitos reservados United Business LLC. “As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem unicamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da IT Mídia ou quaisquer outros envolvidos nessa publicação. As pessoas que não constarem no expediente não têm autorização para falar em nome da IT Mídia ou para retirar qualquer tipo de material se não possuírem em seu poder carta em papel timbrado assinada por qualquer pessoa que conste do expediente. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da IT Mídia S.A
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Carta ao leitor
Em ritmo de retomada
Da esq. para direita: Felipe Dreher, Gilberto Pavoni Jr., eu e Vitor Cavalcanti no Canecão (RJ) no Prêmio Imprensa Embratel. Ficaram faltando Ana Moura Fé e Rodrigo Martins, que não puderam comparecer à entrega
Durante todo o decorrer de 2009, escutamos de diversos fornecedores de TI e telecom o discurso de que a crise pouco afetava as operações brasileiras. Todas as vezes que os indagamos — e os questionamos muitas vezes — disseram-nos que raros projetos haviam sido cancelados. Na verdade, o máximo que obtivemos de retorno foi que alguns contratos haviam sidos postergados. Nada além disto. Pouco depois de um ano de a crise financeira eclodir nos Estados Unidos e abater em cadência o mundo, InformationWeek Brasil retoma a pauta com objetivo de mostrar como foi — realmente — o ano de 2009 para CIOs de empresas de distintos setores. O resultado da apuração, que você confere na reportagem de Vitor Cavalcanti a partir da pág. 26, evidencia um mundo bem menos “cor-de-rosa” que o pintado pela indústria de TI. Há exatos 12 meses, em meu editorial da edição
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de dezembro de 2008, retratei o otimismo dos executivos. Não que este ano tenha sido ruim — pelo contrário, em comparação com outros países, fomos bem. Mas, sim, orçamentos foram cortados, projetos foram cancelados (e não somente postergados) e focou-se somente naquilo que era essencial e, de preferência, com ROI comprovado. Para o departamento de TI chegou o recado de usar os recursos com moderação. Isto deverá permanecer por algum tempo. Analistas apontam uma possível demora até que os investimentos voltem ao nível que estavam antes da turbulência. Nada de desespero, nada de abundância. Neste momento, precisão, assertividade e cautela são palavras de ordem. Contudo, isso não representa nada diferente do que as adversidades e as crises já enfrentadas por diretores de TI e fornecedores. Como mostramos na série de reportagens Retrato de uma Década, que marcou os dez anos de InformationWeek Brasil, o mercado de tecnologia da informação e telecomunicações sobreviveu a momentos de euforias e depressões — e saiuse bem. Teremos outro ano difícil? Ninguém cogita a afirmar com certeza nem que sim e nem que não. Mas tudo aponta para recuperação e retomada de crescimento. E é nisto também que acreditamos. Depois de retratar nestas páginas todas as movimentações e mudanças ocorridas neste ano, encerramos 2009 com uma grande vitória. A equipe de jornalistas e arte da revista ganhou o Prêmio Imprensa Embratel pela edição de dez anos. Gostaríamos de dividir com você, leitor, a nossa alegria com este reconhecimento.
Boa lei t ur a! Rober ta Pr escott - Editora En v ie c o men t á r io s e s ug e s t õ e s p a r a r p r e s c o t t@i t midia.c o m.b r
InformationWeek Brasil
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Entrevista
“A indústria do s está apenas co
Roberta Prescott*
Para o CEO da SAP, Léo Apotheker, hardware não passa de commodity. Em um mundo dominado pela internet das coisas, investir em sistemas inteligentes mostra-se como a melhor solução Há três percepções que a SAP quer combater: de que é apenas fornecedora de ERP, de que é focada nas grandes empresas e de que é cara. A fabricante alemã, sediada na pacata e pequena cidade de Walldorf, a uma hora de Frankfurt, reforça seu posicionamento de provedora de soluções fim a fim e descarta veementemente investimentos em hardware. Oferecer sistemas que promovam a integração dos diferentes processos de negócios entre distintas empresas é a grande aposta para manter-se relevante no agressivo mercado de TI. E também representa uma maneira de proteger-se de ser alvo de aquisições — rumores que, segundo o CEO global, Léo Apotheker, não passam de informações plantadas por jornalistas. Assim, o futuro da fabricante com faturamento de cerca de 13 bilhões de euros fica mesmo em software. o executivo defende que tudo irá convergir, impulsionado, principalmente, pela internet das coisas.
Fotos: Roberta Prescott
InformationWeek Brasil — A SAP já afirmou que não tem planos de investir em hardware, nem por meio de aquisição. Qual é a estratégia da companhia para continuar relevante? Léo Apotheker — Nós vivemos em um momento bastante interessante, no qual a informação flui em uma velocidade inédita; há mais dados que nunca e viveremos mais e mais em um mundo conectado. A pressão aumenta para as companhias, que precisam de um ambiente sustentável e transparente. Ao mesmo tempo, há um significativo avanço tecnológico e tudo vai convergir. A
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InformationWeek Brasil
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o software as começando” nossa estratégia é entregar esta convergência para o negócio. Queremos dar ferramentas para que as empresas trabalhem neste mundo altamente conectado. Mas, sim, queremos seguir como uma companhia de software, porque, no fim do dia, tudo será software. Ninguém compra tecnologia pela tecnologia. A coisa mais inteligente a se fazer é ter o melhor software. Para isto, precisamos ser uma companhia muito inovadora e ter bons parceiros. Ao fazermos isto, criamos valor para o cliente e para os acionistas. A SAP é uma das maiores companhias no mercado de TI e somos a maior de software do mundo. Vamos continuar trabalhando para criar valor para o cliente, incluindo a América Latina, vamos ter mais inovação e também fazer aquisições quando fizer sentido. IWB — Aquisições para comprar tecnologias? Apotheker — Para comprar uma série de coisas, pode ser tecnologias. Estou certo de que podemos criar valor para os clientes. IWB — A SAP já disse que pretende que o Brasil integre a lista dos cinco países mais importantes dentro de três anos. Como vocês vão fazer isto? Apotheker — O Brasil é uma das prioridades em nossa estratégia em termos de geografia; e não é desde ontem. Temos investido em laboratórios para ter desenvolvimento e suporte locais. Estamos Dezembro de 2009
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Entrevista orgulhosos de suportar as maiores companhias do Brasil, mas também estamos orgulhosos de servir às pequenas. Há algumas visões sobre a SAP que queremos nos livrar. Uma delas é que somos apenas de ERP e a outra é que somos somente para as grandes empresas. Mas temos mais de 92 mil clientes e eu pergunto: quantas empresas existem na Lista Fortune 10 mil? Dez mil. Estas são as maiores empresas do mundo. Então, 70% dos nossos clientes são pequenos e médios — e isto, inclusive, no Brasil, na Argentina, no México ou na Colômbia. Outra visão é sobre preço, que somos caros, o que também não é verdade. Voltando ao Brasil, sim, vamos continuar investindo e eu quero ver o País entre os Top 3 — e não os Top 5. IWB — Quanto vocês planejam investir no Brasil? Apotheker — O suficiente. IWB — Suficiente quanto? Milhões de dólares... Apotheker — O suficiente. O que se precisa para ser um líder de longo prazo? Muito mais. IWB — E qual é o plano para competir com a Totvs, que, hoje, ocupa a liderança do mercado de ERP? Apotheker — Eu respeito a Totvs, o que eles fizeram, e vamos competir. Nós temos algumas coisas que a Totvs não tem, como globalização, soluções por indústria, funcionalidades e a mais recente tecnologia em um nível que a Totvs não alcança. Pois, como eu disse, o ERP é apenas um elemento. Nós temos 25 soluções por indústria com funcionalidades bem específicas para cada vertical, temos suporte global, uma maneira de inovação. A Totvs terá um tempo difícil para competir conosco. E eles não vão competir. IWB — Mas a Totvs tem o maior market share nas empresas médias, um pouco devido ao que vocês classificam como média. Apotheker — A Totvs desenvolveu uma rede de distribuição muito boa e fez um bom trabalho adquirindo empresas. Nós estamos
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trabalhando para melhorar a nossa rede de distribuição no mercado de médias empresas; e isto nem sempre vem de compras. Vamos fazer parcerias. Você vai observar um crescimento exponencial da rede de VAR no País, que vai nos ajudar na estratégia de fincar nossa marca no mercado das médias. Tenho certeza que nossas soluções podem competir muito bem. Na verdade, quando concorremos na base das soluções, normalmente, não temos de nos preocupar. Apenas precisamos ter mais exposição e oportunidades para competir — e o melhor para isto é via canal. Nós também usamos a web como veículo de distribuição e comunicação. IWB — E tudo isto sem abrir o leque, ou seja, sair do software? Apotheker — A indústria de software está apenas começando. Dou um exemplo para mostrar isto. A SAP é a líder mundial na indústria de utilities — cerca de 75% de todas as companhias deste segmento usam nossas soluções. Nós vamos na direção de sustentabilidade, e um elemento é como utilizar melhor a energia. Se você usa energia solar, não pode dizer quando o Sol vai nascer — o mesmo ocorre para o vento. Por isto, os sistemas têm de ser mais inteligentes: para medir e se comunicar. Somos líderes em plataformas inteligentes. Cada vez mais, você vai capturar dados e terá de analisálos, armazená-los. Acabamos de lançar a tecnologia in-memory para analisar uma enorme quantidade de dados em tempo real e com resposta em menos de um segundo. Isto é software. Nada além disto. Outro exemplo é a internet das coisas. Cedo ou tarde, todos os devices serão inteligente e se comunicarão via internet. InformationWeek Brasil
04.12.09 16:46:16
Entrevista A conectividade entre as pessoas e as coisas é um programa de software. E isto é uma grande oportunidade. Como você comanda uma empresa em um mundo em rede? Este será o negócio da SAP no futuro. Software apenas começou. IWB — Como a geração Y vai mudar a indústria de software? Apotheker — Vai mudar radicalmente, porque esta geração não vai aceitar que não se possa se conectar todo o tempo e de qualquer lugar, que tenha de ir ao escritório para pegar um relatório ou ainda sentar em frente a uma tela chata e ter de fazer 50 ligações de telefone para ter algo resolvido. São acostumados a viver em mundo digital onde tudo acontece rapidamente. Alguma infraestrutura é necessária para isto, mas elas estão ficando cada vez mais acessíveis. Esta geração quer serviços. IWB — Como a crise afetou a SAP? Apotheker — A crise nos afetou assim como a outras companhias. Mas a questão é o que ela fez com o mundo. Estou convencido — e espero profundamente — que o mundo depois da crise seja diferente do de antes dela. Um dos tópicos principais que estamos preocupados é a sustentabilidade, e não apenas o aspecto “verde”. Todo modelo de negócio tem de ser sustentável, ou seja, que não se consuma o futuro para salvar o presente, que as pessoas não corram riscos que não querem. E só se faz isto por meio de software — e, justamente por isto, a SAP lançou um pacote completo voltado à sustentabilidade e está investindo muitos recursos nisto. IWB — Em meio a tudo isto, como a SAP planeja seu futuro para daqui a 20 anos? como ela vai se estruturar para não ser comprada, como o mercado especula? Apotheker — Deixe-me falar uma coisa: o mercado não diz isto.
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Dois ou três jornalistas estão dizendo isto, o que não é a mesma coisa, com todo respeito. Não sei de onde estes rumores partem. Bom, falando para daqui a 20 anos, acho que um dia a SAP terá 1 bilhão de clientes e vamos trazer para o mercado uma tecnologia tão revolucionária que vai modificar para sempre a maneira como os negócios são feitos. Você poderá gerenciar qualquer companhia em tempo real, todos os aparelhos poderão ter [aplicativos] SAP para usar os dados que estão nos nossos sistemas. Também “abraçamos” a computação em nuvem, mas ela é apenas um veículo de distribuição. Nós acreditamos que a SAP será o centro de convergência de todas as tecnologias. Vamos ajudar os negócios pequenos a competirem com os grandes e os grandes a terem a agilidade dos pequenos. Estou bem convencido de que a SAP pode crescer ano a ano de maneira sustentável. IWB — De quanto é este crescimento? Dois dígitos ano sobre ano? Apotheker — Sim, dois dígitos “baixos”. É uma perspectiva de longo prazo. IWB — Como a SAP se prepara para sair da crise? Apotheker — Não sei quando a crise vai terminar, queria saber, mas não
InformationWeek Brasil
04.12.09 16:48:30
“NÓS ACREDITAMOS QUE A SAP SERÁ O CENTRO DE CONVERGÊNCIA DE TODAS AS TECNOLOGIAS. VAMOS AJUDAR OS NEGÓCIOS PEQUENOS A COMPETIREM COM OS GRANDES E OS GRANDES A TEREM A AGILIDADE DOS PEQUENOS” sei. A SAP passou por todos os passos para sair da crise mais forte do que entrou. Levamos ao mercado, neste ano, um portfólio inovador que ajuda nossos clientes a saírem melhor da crise. Estou absolutamente convencido de que esta companhia está superforte, com muitos bons clientes, ótima tecnologia e pessoas fantásticas. Não estou preocupado. Temos de trabalhar duro, mas todas as crises têm um fim — e esta também terá. IWB — O QUE O BUSINESS BYDESIGN REPRESENTA PARA A SAP? QUANDO VOCÊS VÃO LANÇÁ-LO? APOTHEKER — Assim que estivermos prontos. Espero que logo. No primeiro trimestre, nós vamos fazer um grande anúncio sobre o que está acontecendo com o byDesign. IWB — E QUAL É A ESTRATÉGIA PARA O PRODUTO? APOTHEKER — Falaremos no anúncio, quando daremos detalhes. IWB — COMO ESTÁ A COMPETIÇÃO COM A ORACLE? APOTHEKER — Como disse antes, eu respeito todos os competidores. Nós competimos em todos os mercados do mundo, mas temos o dobro de market share que a Oracle e nossos dados indicam que estamos ganhando mercado. Por exemplo, atualmente, oito em cada dez acordos nós competimos com a Oracle. É tudo que posso dizer. Não quero confundí-la ainda mais (risos). IWB — COMO ESTÁ A INTEGRAÇÃO COM A BUSINESS OBJECTS? O QUE OS CLIENTES PODEM ESPERAR EM TERMOS DE NOVOS PRODUTOS? APOTHEKER — A integração está 100% concluída. Dezembro de 2009
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Agora temos um portfólio completo e os produtos SAP BusinessObjects podem ajudar as companhias de todos os tamanhos a melhorar processos, ter uma visibilidade de todos os dados de dentro da organização que ajudem a diretoria e os tomadores de decisão. IWB — A TAXA DE 22% DE MANUTENÇÃO É UMA DAS MAIORES RECLAMAÇÕES DOS CIOS. A SAP PRETENDE REDUZIR ESTE VALOR? APOTHEKER — O SAP Enterprise Support é um dos melhores suportes oferecidos globalmente e tem como objetivo reduzir o TCO, enquanto as empresas tiram vantagens da integração de seus produtos, minimizam os riscos e aceleram a inovação. Os 22% anuais estão posicionados nos mesmos níveis de mercado. IWB — QUANTO A SAP TEM INVESTIDO PARA MELHORAR OS SERVIÇOS DE CONSULTORIA? APOTHEKER — Consultoria é uma linha estratégica de negócio devido ao valor endereçado aos nossos clientes. E não apenas consultores da SAP como também de nosso ecossistema de 200 parceiros na América Latina. IWB — OS CONSULTORES SAP SÃO MUITO CAROS E NÃO SÃO MUITOS; O QUE ESTÁ SENDO FEITO PARA AUMENTAR ESTE NÚMERO? APOTHEKER — Com o SAP Education, vamos manter nossos investimentos nos profissionais para aumentar drasticamente o número de pessoas certificadas no mercado.
* A jornalista viajou à Alemanha a convite da SAP. Leia mais: Confira as reportagens e fotos feitas durante viagem à sede da SAP na Alemanha em: www.itweb.com.br/iwb/sapwalldorf
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03.12.09 17:52:50
Estratégia
“As pessoas lhe pedem críticas, mas elas somente querem elogios.” (Somerset Maugham) Nos últimos anos – e particularmente ao longo da crise econômica de 2008 – fui convidado várias vezes para conduzir trabalhos de diagnóstico cujo objetivo era não somente encontrar problemas e corrigí-los, mas também avaliar o “real” grau de contribuição da área de tecnologia ao negócio. A busca por encontrar ou demonstrar essa contribuição indica, no mínimo, que havia percepções diferentes entre o que TI julgava agregar e o que os usuários percebiam como valor agregado (vale dizer que em todos os casos encontrei valor agregado, independente da presença de problemas que afetavam o desempenho do departamento). O tema é recorrente desde os primórdios dos ERPs, na década de 90, mas segue como uma questão mal resolvida em várias organizações. Continua amplo o número de CIOs que acham que o trabalho da área que conduzem não é reconhecido, assim como o de usuários e gestores que percebem a TI como um departamento confuso e arrogante. Uma forma de atacar o problema de maneira prática é alocar mais tempo de análise quando os investimentos em novas tecnologias ainda estão sendo discutidos e avaliados. Gastam-se muitas horas definindo orçamentos anuais e brigando por números, em lugar de qualificar bem esses valores. As justificativas de investimentos (o chamado ROI) que suportam esses recursos são elaboradas burocraticamente, buscando encontrar argumentos e números que
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Foto: Magdalena Gutierrez
A constante busca pelo reconhecimento Sergio Lozinsky é consultor de tecnologia e gestão empresarial http://twitter.com/slozinsky
suportem desejos e convicções, em lugar de projetar cenários que ilustrem os benefícios e riscos que esses investimentos irão proporcionar. TI, como um prestador de serviços que precisa demonstrar que suas iniciativas alcançaram resultados importantes para o negócio, deveria preocupar-se em identificar, o mais cedo possível – antes mesmo de o projeto começar – onde estará o valor agregado e como desenvolver os trabalhos de modo a evidenciar esse ponto. Deixar essa questão para o final, depois do desgaste natural que qualquer implementação de tecnologia traz para as organizações, é tornar a tarefa quase impossível. Quando os projetos acabam, muitas boas ideias já foram absorvidas nos processos do usuário (e, por isso, contam “menos” como valor agregado por TI). Algumas pessoas nem lembram mais porque o projeto foi realizado pois já estão focadas em terminá-lo de qualquer jeito. E, se a diretoria não mais participa ativamente do acompanhamento dos trabalhos, aí é que falar em valor agregado vai realmente cair no vazio. Todas as atividades que requerem demonstração constante de valor agregado – TI, RH, pesquisa & desenvolvimento, marketing & comunicações – necessitam um trabalho pró-ativo de seus profissionais, que precisam estar “ligados” na questão do valor assim que as primeiras ideias de uma nova iniciativa surgirem. E essa atitude ajuda a aprimorar a abordagem e os produtos finais. InformationWeek Brasil
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Vivendi dribla Telefônica e leva GVT Depois de muita concorrência e especulação de mercado, a Vivendi fez uma oferta que desbancou as investidas da Telefônica para compra da operadora GVT. O grupo francês pode pagar R$ 7 bilhões por 100% das ações da empresa de origem paranaense. A disputa pela GVT começou em setembro quando a Vivendi anunciou uma oferta de R$ 5,4 bilhões pela companhia — ou R$ 42 por ação. Menos de um mês depois, a Telefônica disse ao mercado que pagaria até R$ 6,5 bilhões. Diante do silêncio da Vivendi, o conselho da GVT chegou a se reunir para acertar como seria o processo de venda, quando ficou definido que o pagamento deveria ser em dinheiro e que o interessado precisaria ter capital para aquisição de 100% das ações.
Um dia após a assembleia, em 04/11, a Telefônica voltou ao mercado, mesmo sem pronunciamento da Vivendi, e elevou sua oferta para R$ 6,9 bilhões, o que foi visto como um importante passo em direção ao fechamento do acordo. Mas, de forma silenciosa, os executivos da Vivendi trabalhavam uma reação. O fato veio à tona em 13/11, quando a empresa francesa fez uma oferta de R$ 7,2 bilhões — ou R$ 56 por ação. Já está certa a venda de 53,7% do capital da companhia, referente aos papéis que estavam nas mãos dos controladores. No começo de dezembro, o grupo informou ter adquirido mais 5% do capital da GVT. Dias antes, a CVM questinou as intenções da Vivendi. O assunto ainda depende de aprovação de órgãos reguladores.
BT lança telefonia fixa
A BT (British Telecom) vai entrar no mercado de serviço de telefonia fixa (STFC) local e de longa distância (código 47) no Brasil com objetivo de fortalecer sua oferta de comunicações unificadas (UC, na sigla em inglês). “Isto é uma evolução natural da nossa presença e representa também uma mensagem importante para os clientes”, afirmou o diretor-geral da BT para o País, Sérgio Paulo Gallindo, em entrevista ao IT Web. O movimento começou no ano passado com a aquisição da licença e a construção da rede de nova geração. O serviço está em testes há alguns meses e os primeiros clientes poderão começar a usá-lo em dezembro. A BT tem cerca de mil clientes na América Latina — todos de médio para grande porte.
Confirmado
Depois de muita especulação, negativas por parte da fabricante e boatos de acordo com operadora chinesa, a Dell finalmente confirmou seu smartphone. O aparelho será vendido, inicialmente, na China e no Brasil, onde a empresa fechou acordo com a Claro para oferta exclusiva. Ainda não se tem detalhes sobre as configurações e nem uma data certa para a chegada do Dellphone ao mercado. Mas especula-se que o handset rode plataforma Android e tenha interface touchscreen.
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InformationWeek Brasil
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O que vem por aí
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Redes sociais nas empresas
Bancarização da telefonia
BPM e SOA
TI verde
Business intelligence (BI)
Telepresença
Virtualização
Cloud computing
Segurança em nuvem
Um painel realizado com executivos de empresas como EMC, CA, Google e Websense, no México, chegou à seguinte lista de prioridades para o próximo ano:
Redes sociaisTelepresença nas empresas
VirtualizaçãoBPM e SOA Cloud computing Bancarização da telefonia
TI verde
Segurança em nuvem
Business intelligence (BI)
R$ 850 mil
Este é o valor que a Justiça condenou o Google a pagar ao piloto de Fórmula 1 Rubens Barrichello. O processo correu em primeira instância. A condenação está relacionada a perfis falsos e comunidades ofensivas publicados na rede social Orkut.
Autorizado
Agências antitruste dos Estados Unidos e do Canadá aprovaram a venda da unidade Enterprise da Nortel para a Avaya por US$ 900 milhões. Em nota enviada à imprensa, a companhia afirmou que espera concluir a transação até dezembro.
SaaS em alta
O Gartner prevê de crescimento 18% para a modalidade software como serviço (SaaS, da sigla em inglês). De acordo com a consultoria, até o fim deste ano, o faturamento do setor deve atingir US$ 7,5 bilhões. O levantamento destacou ainda que SaaS tem sido um propulsor de projetos de CRM nos últimos quatro anos. Dezembro de 2009
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Android:
até que enfim! A promessa de ter diversos celulares lançados com Android até o fim de 2009, feita pelos executivos do Google no início do ano, se cumpriu. Aos poucos, a plataforma ganha força e começa a se popularizar. O último modelo a chegar ao mercado é o Milestone, produzido pela Motorola, e o primeiro a contar com a versão 2.0 do sistema operacional, que vem com suporte ao Microsoft Exchange, além de permitir gerenciar diversos e-mails em uma interface única. A ideia é competir diretamente com o iPhone. Leia mais: Em w w w.i t web. com.br/i w b/ especialandr oid, você encon t r a uma sér ie de r epor t agens sobr e a pla t af or ma Google, que r es sal t a a adap t ação do so f t war e par a o mundo cor por a t i vo.
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03.12.09 17:59:58
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Vaivém de executivos
> A Gol extinguiu o cargo de vice-presidente de TI. Com isto, Wilson Maciel Ramos, que teve papel importante no crescimento da companhia, deixou a empresa. Por lá, questões estratégicas de TI ficarão sob a responsabilidade do VP financeiro, Leonardo Pereira.
Andando
nas nuvens Vitor Cavalcanti
> Edson Leite é o novo CEO da Logica para América Latina. Antes ele estava na vice-presidência da unidade de terceirização de serviços da Tivit, braço de TI do Grupo Votorantim. > Na White Martins, Jorge Santos chega para ocupar o cargo de diretor de tecnologia para a América do Sul. > Antonio Gueiros é o novo CIO da Michelin para a América do Sul. Ele entra no lugar de Marcelo Ramires, que faleceu vítima do acidente do vôo AF 447. > A empresa de medicina diagnóstica Dasa contratou Francisco Cunha para sua diretoria de TI. Antes ele estava como CIO da Sky. > Na Zatix, empresa de rastreamento automotivo, Marcelo Hirata, ex-gerente de TI da Gafisa, assumiu a diretoria de TI. > André Almeida assume a diretoria de serviços da T-Systems no Brasil. Ele terá pela frente a meta de ampliar em 20% o faturamento da área nos próximos doze meses. > Paulo Roberto Ferreira assume a direção geral da Polycom Brasil.
Foto: Votor Cavalcanti
> Lisias Lauretti deixou a TecBan para assumir a TI da Serasa Experian. O novo CIO substitui Dorival Dourado que, em junho, foi promovido à vice-presidência de marketing services do Grupo Experian.
Executivos da Salesforce.com estão animados com as projeções para o mercado de software como serviço (SaaS, da sigla em inglês) e computação em nuvem. Dados de uma pesquisa encomendada à IDC revelam que, até 2012, os gastos da TI com aplicações em cloud devem atingir US$ 22 bilhões. Talvez por este motivo, a plataforma de desenvolvimento Force.com esteja entre as prioridades, como ficou claro no evento anual Dreamforce, realizado em São Francisco (EUA) e que contou com 19 mil inscritos. Embora ainda não represente a maior parte do faturamento, o CEO e chairman da empresa, Marc Benioff, destaca que “a plataforma de desenvolvimento tem se tornado cada vez mais importante”. Ele afirma que desenvolver uma aplicação no produto é até cinco vezes mais rápido e sai pela metade do custo. Para intensificar a adoção, foi lançada uma campanha que oferece uma versão gratuita da Force.com. Mais que olhar para o futuro com ambição de angariar uma maior participação de mercado, a Salesforce mira na Microsoft, SAP e Oracle, sobretudo, na fabricante do Windows, que acaba de lançar o Azure. “Plataformas atuais ou são lentas ou complicadas e caras.” Prevendo que a concorrência seria acirrada, a Salesforce costurou, recentemente, parceria com a Adobe para levar o Flash à Force.com e, assim, proporcionar mais recursos aos desenvolvedores. Já sobre o Brasil, a companhia garante que as perspectivas são as melhores, mas diz que não existe a intenção de abrir um escritório nacional. “Não precisamos de um escritório, porque o portal é o que tem mais valor agregado para nossos clientes”, justifica o presidente da Salesforce para AL, Enrique Perezyera. *O jornalista viajou a São Francisco (EUA) a convite da Salesforce.com.
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InformationWeek Brasil
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3Com vendida para
HP
Para fazer frente à Cisco, a HP anunciou que pagará US$ 2,7 bilhões pela 3Com. Os conselhos de diretores das duas companhias aprovaram a negociação. Em comunicado, a HP afirmou que o acordo permitirá aos clientes simplificar a sua infraestrutura de rede, além de aprimorar a capacidade de entrega de serviços. Com a aquisição, espera-se uma ampliação da oferta de switches Ethernet, com adição de soluções de roteamento, e fortalecimento da presença na China. O mercado reagiu bem à compra. O Gartner, por exemplo, disse que a aquisição proporciona um salto no portfólio da HP, em função da inserção de switches de core, roteadores de WAN e plataformas de segurança, complementares ao forte posicionamento na borda de LAN. Além disso, para a consultoria a transação reduziu a distância entre HP e Cisco, especialmente em termos de volume. Já Reinaldo Roveri, gerente de análise de mercado da IDC, afirmou que o negócio acirra a competição, trazendo benefício para o usuário final. O especialista recorda ainda que a HP já vinha se estruturando para oferecer solução de ponta a ponta para data centers. “Começou com aquele discurso de TI dinâmica; depois foi um pouco mais agressiva para a parte de TI verde. Analisando-se o portfólio faltava esta parte de rede”, justifica. Para o gerente da IDC, são três os motivos para a compra da 3Com: complementaridade de portfólio, cultura de vendas indiretas e o esforço da Cisco por espaço no universo dos data centers.
IT Web TV | www.itweb.com.br/webcasts
Imagens: ITWeb.com.br
Confira o que disseram executivos de TI e telecom em entrevistas para o webcast do IT Web.
Estratégia da Novell Presidente da subsidiária brasileira, Sérgio Toshio, revela planos da companhia e direcionamento para área de data center.
Dezembro de 2009
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Brasil melhora posição em TIC Teodoro Lopez, VP da everis, comenta pontos do Indicador da Sociedade da Informação. Brasil e Peru melhoraram posição em tecnologia da informação e comunicações.
Perfil: César Gon Fundador da CI&T conta sua história de empreendedorismo desde os tempos em que aos 14 anos comercializava programas de sua autoria. Em 1995, ele fundou a Ci&T.
Publicidade móvel Companhia francesa traz ao Brasil modelo de publicidade que recompensa usuário de telefonia móvel cada vez que acessa um anúncio pelo celular.
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03.12.09 17:47:56
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Blogs | www.itweb.com.br/blogs Impulsione sua Confira alguns dos assuntos postados pelos blogueiros
Valer Sousa Consultor em gestão de projetos traz uma série de posts sobre a eliminação
carreira
de personalizações durante um upgrade.
Guilherme Ieno Sócio-responsável pela área de Telecom da KLA – Koury Lopes Advogados fala sobre a chegada da Vivendi ao mercado brasileiro.
Itil na Prática Autores fazem analogia entre o apagão que atingiu o País em novembro e a gestão de serviços.
José Milagre Analista de segurança da informação e perito computacional, em dois posts, fala sobre a profissão de perito digital, apostando que ela estará em ascensão.
Ronei Silva Sócio-diretor da TGT Consult escreve sobre a organização de uma equipe e como conseguir ter um time vencedor.
Frank Meylan Sócio da consultoria KPMG questiona se as companhias estão preparadas para computação em nuvem.
Luis Minoru Shibata Diretor de consultoria da PromonLogicalis faz um balanço das últimas aquisições no mercado de TI e telecom, fala sobre consolidação e levanta discussão sobre futuras fusões.
Um especial do IT Web traz reportagens com dicas, avaliação de mercado e até métodos para buscar as melhores vagas de emprego. Em uma delas, o repórter colaborador do portal Tagil Oliveira Ramos mapeia locais onde os headhunters fazem a busca pelos candidatos. O texto aponta que estes profissionais de recrutamento vasculham redes sociais, bancos de currículos, sites especializados e fazem uso da boa e velha rede de contatos. “O profissional de recrutamento, hoje, tem de ir muito além do seu banco de currículos”, revela Patrícia Epperlein, sócia e diretora-geral da Mariaca, empresa especializada em gestão de capital humano para executivos. Na terceira reportagem, a série traz uma lista de dicas que podem valer a contratação de um profissional. O aperfeiçoamento da língua inglesa está entre as prioridades para quem quer atuar ou mesmo crescer na área de tecnologia da informação. A quantidade de informações que vem de outros países é imensa e exige o conhecimento no idioma. “Quanto mais você estiver fluente nesta língua, mais chances terá de conquistar um emprego melhor”, diz Ana Paula Mendes Oliveira, consultora de recrutamento e seleção da Ricardo Xavier (ex-Manager). O especial contempla ainda um quadro elaborado pela consultoria Talengy, especializada em TI e telecom, que pode ajudar — e muito — na identificação de oportunidades e também na avaliação das vagas para checar se tratase ou não de uma boa chance. Leia mais:
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Ficou interessado? Acesse o especial completo em www.itweb.com.br/iwb/carreira2009.
InformationWeek Brasil
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Revelados os
ganhadores
Os vencedores de cada uma das 17 categorias principais e da especial PME de As 100+ Inovadoras no Uso de TI foram conhecidos em festa, na sede da IT Mídia, em São Paulo, dia 12/11. O estudo está em sua nona edição e contou, mais uma vez, com a coautoria da Deloitte.
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04 01 – José Roberto Mantuani, da Bunge Fertilizantes, e Miguel Petrilli, da IT Mídia; 02 – Martha Helena, da GM, e Roberta Prescott, da IT Mídia; 03 – Wilson Roberto Lopes, da Votorantim Celulose e Papel; 04 – Jedey Miranda, da Eaton; 05 – Nelson Cardoso, da BR Distribuidora, e Carlos Motti, da Computeasy; 06 – Marco Antonio Gutierrez, do InCor;
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07 – Nivaldo Marcusso, da Fundação Bradesco, e Osmar Luis, da IT Mídia.
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InformationWeek Brasil
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11 08 – Laércio Albino Cezar, do Bradesco, Miguel Petrilli, da IT Mídia; 09 – Cibele Fonseca, da Andrade Gutierrez, e Ramiro Martini, da 5TI; 10 – Roberto Carneiro, da Comgas;
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11 – Bernardo Tavares, da Unilever; 12 – Alessandro Raposo, da Redecard, e Petrilli, da IT Mídia 13 – Mário Sérgio Moreira, da TIM; 14 – Marco Pereira, da Amil Participações; 15 – Paulo Vassalo, da CCEE, e Carlos Motti, da Computeasy; 16 – CIOs e representantes da indústria lotaram a sede da IT Mídia na noite da premiação.
Leia mais:
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Dezembro de 2009
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Cobertura especial reúne matérias, fotos e webcasts gravados com os CIOs no dia da premiação: www.itweb.com.br/hotsites/ 100mais2009/
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Gestão
Reportagem de capa
SETEMBRO DE 2008.
Esse mês ficará marcado por muito tempo na história da economia global. A quebra do sistema financeiro norte-americano disparou uma das maiores crises dos tempos recentes. Com ela, veio a escassez de crédito, volatilidade cambial, demissões e, como não poderia deixar ser, cancelamento de projetos, congelamento de investimentos, inclusive na área de tecnologia da informação. O período de apreensão teve seu ápice no primeiro semestre de 2009, quando empresas em praticamente todo o mundo mais sentiram os reais efeitos da recessão. Agora, passado mais de um ano do início do colapso, existem sinais de recuperação. No entanto, analistas ainda alertam que ela não se foi por completo.
USE APENAS O
NECESSÁRIO PASSADO O PIOR DA CRISE, EMPRESAS DE DIVERSOS SETORES REAVALIAM PLANEJAMENTOS E MUITAS PREVEEM EXECUTAR NO PRÓXIMO ANO O QUE PRECISOU SER ADIADO NESTE, MAS ANALISTAS AVISAM QUE, DIFICILMENTE, EXECUTIVOS TERÃO DE VOLTA AQUILO QUE LHES FOI TIRADO VITOR CAVALCANTI
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COTAÇÃO DO DÓLAR COMERCIAL NO BRASIL PASSOU DE R$ 1,91 EM 30 DE SETEMBRO DO ANO
14 SETEMBRO 2007 Início da queda no sistema financeiro dos EUA — problemas no mercado de crédito levam banco de subprime Northern Rock pedir ajuda ao banco central inglês, o Bank of England. Meses depois, ele seria nacionalizado.
17 MARÇO 2008
MARÇO 2008
SETEMBRO 2007
9 AGOSTO 2007
CONGELAMENTO DO MERCADO DE CRÉDITO
início
Fotos: divulgação
SIGA A CRONOLOGIA CRISE:
JP Morgan Chase oferece resgatar o rival Bear Stears.
InformationWeek Brasil
03.12.09 17:12:32
Ainda assim, para uma boa parcela das empresas o ano que está por vir será, em termos de projetos, aquilo que 2009 não foi. Porém, depois de um período conturbado, o que esperar? As companhias retomarão os níveis de investimento? A luz no fim do túnel estaria acesa e pronta para iluminar os caminhos dos setores mais afetados pela recessão global? InformationWeek Brasil, por meio de entrevistas com CIOs e especialistas na área, saiu em busca destas respostas. Neste momento, o que se pode dizer é que, pelo menos no Brasil, o pior já passou. Mas nada de baixar a guarda, até porque, não existe nenhuma previsão brilhante para o próximo ano. Entre os setores mais afetados pela crise está o automobilístico. No Brasil, empresas deste segmento ganharam do governo um pacote de ajuda com isenção fiscal e respiraram com mais alívio. O benefício, entretanto, não foi suficiente para que os conglomerados retomassem investimentos, sobretudo em TI. Mineração, construção civil, siderurgia e metalurgia são outros setores fortemente atingidos pelo colapso econômico. Para eles pesou a volatilidade cambial. A cotação do dólar comercial no Brasil passou de R$ 1,91, em 30 de setembro do ano passado, para R$ 2,33 em dezembro. Atualmente, com a moeda norte-americana na casa dos R$ 1,70 — quem reclama são os exportadores. Pelos cálculos do Gartner, entre as verticais que mais reduziram os gastos com TI está um grupo que une agricultura, mineração e construção, com retração de 9,2%. Na média, as compras foram 6,8% menores.
Fotomontagem: Rodrigo Martins, convidado especial Rodrigo Gonçalves IT Mídia S.A.
O PASSADO PARA R$ 2,33 EM DEZEMBRO. O ÍNDICE BOVESPA VIVEU MOMENTOS DE FORTE INSTABILIDADE. SETEMBRO 2008
ANO
7 SETEMBRO 2008 Governo dos EUA anuncia resgate das gigantes das hipotecas Fannie Mae e Freddie Mac, para evitar colapso imobiliário.
Dezembro de 2009
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15 SETEMBRO 2008 Banco de investimentos Lehman Brothers anuncia concordata e Bank of América compra Merrill Lynch.
16 SETEMBRO 2008 Seguradora AIG é resgatada com um pacote de US$ 85 bilhões do tesouro norte-americano.
19 SETEMBRO 2008 EUA anunciam pacote de resgate de US$ 700 bilhões. 21 SETEMBRO 2008 Goldman Sachs e Morgan Stanley abandonam status de banco de investimentos.
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Gestão
Reportagem de capa
Foto: Lucas Goulart Collares
Isso teve um efeito cascata. Companhias de software Co e lembra que houve um momento de análise profune hardware amargaram queda nas vendas e lucros. De da sobre o real valor de determinados projetos para as acordo com o Gartner, os gastos globais com software empresas. “Elas pararam de investir e descobriram que caíram 2,1% em 2009, ficando em US$ 221 bilhões. Re- não tinham métricas para avaliar os projetos. Alguns sultado: demissões, milhares delas para ser mais exato. cancelaram tudo”, atesta. “Até setembro de 2008, o Brasil vinha crescendo muito Em Minas Gerais, na sede da multinacional espee, quando cresce, a gordura fica escondida. Todos inves- cializada em soldagem Esab, o CIO para América do tem, seja em infraestrutura de TI ou sistemas, agregam Sul, Fernando Leite, relembra que em 2009 o segmento recursos e não dão bola para os gastos. Mas, ao chegar a siderúrgico sofreu impacto muito grande, assim como crise, todos tomaram um susto e as empresas resolveram frear”, resume Mario Sacchi, consultor em tecnologia da informação na Booz & Co. Para o especialista, o que se viu, em termos de economia e que se pode levar para TI, foi uma clara divisão entre dois setores no que diz respeito ao comportamento diante do colapso: indústria e Leite, da Esab: “O primeiro semestre foi muito difícil e a maioria dos projetos ficou congelada” serviços. Este último, embora tenha desempenho muito o mercado de aço, afetando a companhia. “O primeiro atrelado ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), semestre foi muito difícil e a maioria dos projetos ficou traz em sua bagagem serviços essenciais como saúde e congelada”, atesta. De acordo com o executivo, o direcioalimentação, o que acabou assegurando certo positivis- namento agora é executar tudo o que estava planejado mo. Na indústria, entretanto, a história foi outra. “Quan- para este ano em 2010, mas não há garantia nenhuma do houve o problema, se estabeleceu uma retração total. de que isto, de fato, vai ocorrer. Em 2009, entre os poucos projetos executados está o Só fizeram o estritamente necessário”, calcula Sacchi. Reinaldo Roveri, gerente de pesquisa da IDC, parti- de adequação ao Sistema Público de Escrituração Digilha do cenário desenhado pelo especialista da Booz & tal (Sped), algo muito parecido com o que ocorreu em
6 OUTUBRO 2008 Banco Central do Brasil é autorizado a comprar carteiras de créditos de bancos em dificuldades.
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12 OUTUBRO 2008 Europa apresenta plano de resgate do sistema bancário.
22 OUTUBRO 2008 Bancos públicos brasileiros são autorizados a comprar, sem licitação, participação em instituições privadas.
NOVEMBRO 2008
OUTUBRO 2008
EM 29/09, A BOLSA AMARGAVA QUEDA DE 9,36%, MAS, EM 30/09, SUBIA 7,63%, NO CONSOLIDADO DE 2008, A DESVALORIZAÇÃO FOI DE 41,2% 3 DE NOVEMBRO Unibanco e Itaú anunciam fusão.
5 DE NOVEMBRO Barack Obama é eleito presidente dos Estados Unidos.
InformationWeek Brasil
02.12.09 18:31:16
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Gestão
Reportagem de capa
Prioridades dos CIOs da AL em 2009 1 Melhorar processos de negócios 2 Redução de custos corporativos 3 Atrair e reter consumidores 4 Criar produtos ou serviços (inovação) 5 Ampliar uso de informação e análise na tomada de decisão 6 Consolidação de operação 7 Suportar regulação 8 Expansão para novos mercados 9 Qualidade de produtos e serviços 10 Melhorar eficiência da força de trabalho Fonte: Gartner
“Até setembro de 2008, o Brasil vinha crescendo muito e, quando cresce, a gordura fica escondida. Mas, ao chegar a crise, todos tomaram um susto e as empresas resolveram frear”, Mario Sacchi, da Booz & Co.
O que esperar de 2010 OS EXECUTIVOS DE TI DEVERÃO FOCAR SEUS ESFORÇOS NAS SEGUINTES TECNOLOGIAS:
1 Computação em nuvem 2 Tecnologias de análise avançada 3 Client computing (a virtualização está trazendo novos caminhos para essa vertente) 4 TI verde 5 Renovação de data center 6 Computação social 7 Segurança — monitoramento de atividades 8 Memória Flash 9 Virtualização para disponibilidade 10 Aplicações móveis Fonte: Gartner
diversas outras organizações, pois se trata de uma regulamentação, que tem de ser cumprida. “Como era obrigatório, não havia como parar. Implantamos com todas as variações (aludindo à Nota Fiscal Eletrônica).” Além disto, a diretoria da Esab demandou um projeto de business intelligence (BI) para fazer o melhor uso possível das informações, um movimento que se mostrou tendência nesta crise. “Ele teve início em novembro de 2008 e foi uma opção da empresa mantê-lo. Para nós, é estratégico, sobretudo, na agilidade de tomada de decisão.” O congelamento de projetos não serviu apenas para a subsidiária brasileira. Leite avisa que na Argentina, também sob sua alçada, tudo ficou paralisado. “Fizemos roll out do ERP (da SAP) em janeiro e depois trabalhamos na estabilização”, lembra. O país vizinho era o único que ainda não tinha recebido padronização de sistema de gestão na região. Até mesmo na China, a Esab cancelou iniciativas. “Estávamos com projeto de ERP para uma planta e foi parado. A ação de contingenciamento valeu para todos os países.” Conforme explicou Roveri, de acordo com uma pesquisa realizada pela IDC ainda no primeiro semestre de 2009, com 339 empresas, as companhias priorizaram projetos de regulamentação ou compliance, adoção ou aprimoramento de governança em TI e implementação ou atualização de ERP. “Existiu um foco em desenvolvimento para tornar a ferramenta de gestão mais poderosa e gerar mais informações”, argumenta. Para 2010, a IDC aponta que governança corporativa, BI e sistemas de inovação devem liderar as iniciativas em TI.
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18 DE NOVEMBRO CEO do Yahoo, Jerry Yang, pede demissão.
18 DE DEZEMBRO 2008 Anatel aprova compra da Brasil Telecom pela Oi; negócio envolveu R$ 5,8 bilhões.
11 DEZEMBRO 2008 Governo brasileiro anuncia pacote anticrise com redução de impostos.
JANEIRO 2009
15 NOVEMBRO 2008 G20 se compromete a trabalhar para endurecer regulamentação financeira no futuro.
DEZEMBRO 2008
NOVEMBRO 2008
A COMISSÃO ECONÔMICA PARA A AMÉRICA LATINA E O CARIBE (CEPAL) CALCULA QUE A CRISE FINANCEIRA DEVE LEVAR AO MENOS NOVE
InformationWeek Brasil
02.12.09 18:31:30
Nem mesmo boas perspectivas de vendas para os próximos meses têm ajudado as empresas a avaliarem uma possível retomada de investimento. A Epcos, por exemplo, grupo alemão produtor de componentes eletrônicos vendido há alguns meses para a japonesa TDK, iniciou a elaboração dos planos para 2010 e, por enquanto, além de fechar a torneira, a ordem é reduzir ainda mais os custos. Na subsidiária brasileira, instalada em Gravataí, Rio Grande do Sul, o gerente de TI, processos e auditoria interna, Ricardo de Rose, explica que sua empresa foi pesadamente afetada pela crise e existe um motivo óbvio nisso: o maior cliente do grupo é a indústria automotiva, seguida pelas fabricantes de produtos de linha branca, como geladeiras e freezers. A Epcos produz componentes utilizados, por exemplo, na injeção eletrônica de um carro ou mesmo na máquina do vidro elétrico. “A crise nos pegou muito por conta desse foco. O primeiro trimestre do ano não foi muito bom e o segundo trimestre, bem ruim. Com isto, tivemos corte geral em de-
senvolvimento e investimento; não apenas em TI. Atendemos apenas às obrigações fiscais com NF-e e Sped”, comenta. O orçamento de 2009 não sofreu corte — era preciso manter a casa funcionando —, mas a equipe de De Rose foi reduzida de 16 para 12. Além disto, ele garante ter gastado menos do que o previsto pela intensa renegociação de contratos, procedimento comum às corporações nos últimos meses. Como a empresa está em processo de fusão, De Rose ainda não sabe como será 2010 em relação a projetos, ele acredita que haverá demanda em termos de segurança e também atualização do sistema de gestão para o processo de integração. Mas uma confirmação tem: o orçamento será reduzido em pelo menos 32%, mesmo com a fábrica brasileira estando com pedidos para os próximos três meses. “Há expectativa de melhora do mercado, mas o horizonte não é tão grande e a empresa não quer extensos projetos antes do retorno do mercado, mas a fusão pode demandar.” De acordo com a consultoria Booz & Co., a realidade pintada por de
Rose, da Epcos, deve se tornar uma constante. Isso porque, acreditam os analistas, como as empresas perceberam que seus departamentos de tecnologia conseguiram seguir com o barco com menos pessoas e menos dinheiro, dificilmente, retomarão os níveis anteriores de investimentos e mesmo de equipe. “Se consegue fazer e manter infraestrutura, por que aumentar o custo?”, questiona Renata Serra, diretora para estratégia de TI da Booz. “Eles enxugaram tudo o que podiam, partiram para novos modelos como SaaS (sigla em inglês para software como serviço). É mais fácil fechar a torneira. Será muito difícil retomar os índices, mas depende muito do setor. Os bancos, por exemplo, têm custo para integrar tecnologia até por conta das fusões.” Renata lembra que isso não significa que as companhias deixarão de investir, mas que estarão focadas no que é estritamente necessário, ou seja, mobilidade, automação e outros tipos de projetos só entram em pauta se estiverem realmente alinhados com a estratégia ou produzirem redução de custo ou ganho de produtividade.
JANEIRO 2009 IBM, Microsoft, SAP, Ericsson, Dell, Lenovo e Google estão entre as empresas de tecnologia que, juntas, dispensaram mais de 50 mil funcionários.
Dezembro de 2009
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14 DE JANEIRO 2009 Nortel pede concordata. Companhia enfrentava queda nas vendas e forte concorrência de empresas como AlcatelLucent e Huawei. Mais tarde, empresa venderia ativos de forma partilhada.
14 FEVEREIRO 2009 Congresso americano aprova pacote de US$ 787 bilhões; G7 teme protecionismo. 18 DE FEVEREIRO DE 2009 BearingPoint pede concordata nos Estados Unidos.
MARÇO DE 2009
MILHÕES DE PESSOAS À SITUAÇÃO DE POBREZA NA REGIÃO FEVEREIRO 2009
OS NOVE
ADEUS, ORÇAMENTO
09 MARÇO DE 2009 Índice Dow Jones inicia recuperação.
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04.12.09 11:42:31
Gestão
Reportagem de capa COM MUITA CAUTELA
O próprio Gartner (leia box na página anterior) coloca entre as tecnologias prioritárias do ano que vem computação em nuvem e virtualização de servidores, componentes com forte potencial de redução de custos e otimização da infraestrutura. A consultoria cita ainda o grupo de tecnologias de análise avançada, onde estão BI e business analytics, cujos projetos, inclusive, foram adiantados por muitas companhias mesmo com orçamentos enxutos durante a crise. Um levantamento do Forrester Group aponta que o Brasil encerrará o ano, apesar da crise, como terceiro maior mercado de TI nas Américas, com US$ 25 bilhões em compras de bens e serviços. No entanto, este valor reflete uma queda de 5% em comparação com 2008. Para 2010, a consultoria prevê avanço de 5%. Para Roveri, da IDC, voltar a exercer os níveis de gastos que se assistiram em 2008 será algo muito complicado e não porque as companhias deixarão de investir, mas justamente porque, como declarou Renata, da Booz& Co., o foco estará em projetos que tragam resultados claros — e em
um prazo mais curto. “É uma tendência que vem se desenvolvendo nos últimos anos. O próprio conceito de computação em nuvem refere-se à entrega de TI usando apenas o necessário e tem como um dos pilares a virtualização que consiste em usar o recurso ocioso — e recurso ocioso é dinheiro perdido.” Até a rede de fast-food árabe Habib’s teve seu momento de temor. Como explica o CIO, Geraldo Espírito Santo, o primeiro semestre foi um período de avaliação e muita cautela. Os executivos do grupo ainda estavam reticentes com o andar da economia e temiam iniciar projetos de grande porte e necessitar de paralisação mais à frente. “Cancelamento em si não houve, porque todos estavam aprovados, mas, no começo do ano, alguns ficaram em espera. Se tínhamos dez, não fizemos todos, focamos apenas naqueles que eram estratégicos para a corporação”, comenta. O que eles chamam de projetos não-críticos ficaram para uma segunda etapa e, provavelmente, serão executados em 2010. Mas, ainda assim, o CIO conseguiu implementar sistemas de controles
para o programa de universidade corporativa da empresa, incrementando as funcionalidades do portal, onde os funcionários podem consultar os cursos disponíveis e as notas. A ideia, para o futuro, é deixar o conteúdo disponível por meio deste canal.
NO AZUL
Durante a recessão econômica, um dos setores no Brasil que menos sofreu foi o financeiro, diferente do que ocorreu no restante do mundo. Prova disto é a intensidade de projetos e demandas de TI. Na Caixa Econômica Federal (CEF), a vice-presidente de TI, Clarice Coppetti, anda com a agenda cheia, mas contingência de orçamento ou cancelamento de projetos, por conta da crise, não estiveram na pauta do banco. A executiva explicou que em 2009 houve uma reprogramação de projetos, devido a questões estratégicas, sobretudo, a novas demandas oriundas de projetos como Minha Casa, Minha Vida (de moradia popular) e crédito empresarial (a CEF sempre manteve grande foco em empréstimo para pessoa física). “Nosso
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02 ABRIL 2009 G20 se reúne em Londres; Lideres destinam US$ 1,1 trilhão ao FMI para ajudar emergentes.
20 ABRIL Oracle fecha acordo para compra da Sun Microsystems por US$ 9,5 bilhões.
JULHO 2009
ABRIL 2009
PARA CONTINUAR A ESTIMULAR O CONSUMO, GOVERNO FEDERAL RENOVA IPI REDUZIDO PARA AUTOMÓVEIS COM MOTOR FLEX, AMPLIA
28 DE JULHO IBM compra, no mesmo dia, a Ounce Labs, por valor não divulgado, e a SPSS, por US$ 1,2 bilhão, para ampliar portfólio em BI.
+
=
29 DE JULHO Microsoft e Yahoo fecham acordo na área de buscas de olho na concorrência. Bing será ferramenta de pesquisa padrão, enquanto Yahoo cuidará da parte de publicidade online.
InformationWeek Brasil
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Foto: Roberto Jayme
investimento até cresceu, vamos ultrapassar os 100% do previsto. Como diminuiu o crédito no mundo, a Caixa e outros bancos públicos tiveram demanda muito superior e, então, readequamos produtos. Tudo isto mexe com os sistemas”, detalha. O projeto de moradia também consumiu boas horas de trabalho, porque, como adiantou Clarice, até o ano que vem, devem ser liberados um milhão de financiamentos pelo programa do governo federal. “O crédito imobiliário é complexo. Um empréstimo tem prazo de 36 a 60 meses, já no imobiliário podem ser 30 anos. A demanda cresceu 6% e estamos expandindo ambientes para nos prepararmos para a onda que virá.” Mesmo com tudo isso em mente, a
executiva já pensa em 2010 como um ano em que deverá focar boa parte do esforço na implantação de um sistema de gestão de atendimento do ponto de venda, que acontecerá também por conta da demanda por crédito em todas as suas vertentes (pessoas física e jurídica e imobiliário). Nos planos da VP, há ainda um projeto de automação de processos na retaguarda com uso de imagens. Ela está aficionada para reduzir o máximo possível a circulação de papel na Caixa. O momento vivido pela CEF reflete também a situação do setor. E a mensagem que vem dos bancos entrevistados é que está tudo azul para eles. O Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) não foge a regra: além de investir, ele ampliou
Clarice, da Caixa Econômica Federal: nada de contingência de orçamento ou cancelamento de projetos por conta da crise
o orçamento de R$ 150 milhões para R$ 230 milhões entre 2008 e 2009. Para o vice-presidente de TI da instituição, Rubens Bordini, o banco está capitalizado e possui um sistema de gerenciamento que permitiu “navegar bem” durante a turbulência econômica, fazendo com que as coisas andassem conforme o programado. Um dos grandes projetos do banco gaúcho, neste ano, foi o de Débito Direto Autorizado (DDA), que está correndo bem, de acordo com o executivo. Sem contar as demandas rotineiras, como ampliação de capacidade ou ajustes de soluções devido ao crescimento da base de clientes, já que o banco também teve forte atuação na concessão de crédito. Com a cabeça em 2010, ele avisa que ainda
13 DE AGOSTO França e Alemanha saem da recessão.
Dezembro de 2009
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SETEMBRO 2009
AGOSTO 2009
PRAZO DE DESONERAÇÃO FISCAL PARA MATERIAL DE CONSTRUÇÃO E ESTENDE BENEFÍCIO PARA MÓVEIS
11 SETEMBRO 2009 PIB brasileiro cresce 1,9% no segundo trimestre e País sai da recessão. Indústria volta a expandir, mas investimento tem nível mais baixo desde segundo trimestre de 2003.
14 SETEMBRO 2009 Casio, Nec e Hitachi anunciam joint venture de celulares. Fabricantes combinaram recursos para desenvolver celulares ultrafinos e com tecnologia LTE. União visou, principalmente, redução de custo.
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Gestão
Foto: divulgação
Reportagem de capa
Bordini, do Banrisul: banco teve orçamento ampliado de R$ 150 milhões para R$ 230 milhões entre 2008 e 2009
em dezembro ocorrerá uma licitação para renovação do data center. “O vencedor terá cinco meses para entregar o projeto e a execução deve ocorrer em um ano.” O Banrisul assistirá ainda a consolidação e virtualização de servidores e à ampliação da gama de clientes de cartões com chip MV PKI. Eles fazem parte de um projeto mais amplo de integração com mais de 700 serviços públicos do Estado do Rio Grande do Sul. “Os funcionários públicos, por exemplo, assinarão documentos digitalmente.” Desde setembro, de acordo com dados da conjuntura econômica brasileira, o País está
livre da recessão. Na ocasião, o governo havia anunciado crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,9%. Isto não significa, entretanto, que as companhias estão ou irão entrar em ritmo de festa. Como é possível sentir nos próprios entrevistados para esta reportagem, com exceção dos bancos, o clima de cautela deve prevalecer por algum tempo, provavelmente, até o fim do primeiro semestre de 2010. “No ano que vem, as empresas voltarão a investir, mas haverá direcionamento setorial. Hoje, o que mais puxa a demanda no mercado é a Petrobras. O momento é bom para o País e saímos antes da crise. No caso dos bancos, há planejamento de longo prazo e a automação faz parte do serviço deles”, reflete Paulo Tigre, professor titular de economia industrial do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A própria Booz & Co. não se mostra tão otimista com o primeiro semestre do próximo ano. A consultoria acredita no crescimento econômico, na melhora do ambiente mundial, mas não aposta na retomada dos gastos para os níveis de investimento anteriores à crise. Eles apontam ainda que, além de manter estrutura e renegociação de contratos, os CIOs e suas respectivas companhias sairão em busca, cada vez mais, de modelos mais econômicos como o próprio SaaS. Mesma visão da IDC: “2010 não será um ano de explosão de investimentos. A maioria focará em governança e na redefinição de infraestrutura para investir a partir de 2011. Além disso, será ano eleitoral, o que já traz um IWB conservadorismo maior”, conclui Roveri. Nota da redação: Geraldo Espírito Santo anunciou sua saída da TI do Habib’s no dia do fechamento da InformationWeek Brasil.
NOVEMBRO 2009
FORRESTER RESEARCH ACREDITA EM RECUPERAÇÃO MODERADA DO MERCADO DE TI, COM CRESCIMENTO DE 5% , EM 2010
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NOVEMBRO IDC divulga relatório e aponta que, apesar da crise, TI brasileira deve fechar 2009 com crescimento de 5,13%.
13 DE NOVEMBRO Vivendi dribla Telefônica e compra operadora GVT. Grupo francês poderá pagar até R$ 7,2 bilhões por 100% das ações.
18 DE NOVEMBRO Ipea divulga boletim e aponta que setor de tecnologia foi um dos mais afetados pela crise. De acordo com instituto, produção dos setores de média e alta densidade tecnológica caiu 25%. Já a indústria de transformação sofreu queda de 16%.
InformationWeek Brasil
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VENCEMOS Rodrigo Martins
Série de reportagem cada, Retrato de uma Déaos ção ora em com em adez anos de Inform gan l, asi Br eek nW tio nsa hou o Prêmio Impreria Embratel na catego ção tecnologia, comunica o cul veí — a ídi ltim e mu especializado
Em sua 11ª edição, o prêmio teve trabalhos 1.219 inscritos; destes, 52 e nal fi a a par -se am classificar CATEGORIAS. concorriam em 17 orta gens do jornal Competimos com rep urit Sec ista rev O Povo e da
A série foi coordenada pela editora,
ROBERTA P RESCOTT, com reportagens de FELIPE DREHER, VITOR CAVALCANTI, ANA LÚCIA MOUR A FÉ E GILBERTO PAVONI JR., e direcão de arte de RODRIGO MARTINS. Leia a matéria vencedora em: http://www.itweb.com.br/iwb/10anos
UMA REVISTA PREMIADA
ISMO — A reportagem 7º PRÊMIO UNISYS DE JORNAL goria t Geração Y, de Roberta Prescot , venceu na cate mídia especializada UNICAÇÃO 20º PRÊMIO VEÍCULOS DE COM ganhou na sil Bra k Wee tion rma Info — categoria revista dirigida
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Gestão
BEM-VINDO Gilberto Pavoni Junior, especial para InformationWeek Brasil
Se alguém disser que as redes sociais vieram pra ficar, não acredite. O verbo ficar talvez não seja o mais adequado para as novas plataformas de relacionamento e troca de informações. Isto porque elas já começam a ser pensadas para objetivos maiores e mais complexos dos negócios das empresas, muito além das ações de promoção e propaganda. Talvez, o mais adequado seja dizer que as redes sociais vieram para abalar.
“O poder das pessoas reunidas em comunidades, trocando informações sobre suas vontades e expectativas, ainda vai modificar muitas coisas que conhecemos sobre as relações comerciais de hoje”, defende o professor de marketing e de arena digital da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Rodrigo Tafner. Ele é um defensor do s-commerce (social commerce). O termo pode ser traduzido por uma extensão do que se convencionou chamar de e-commerce, só que agora turbinado com as redes sociais. Um exemplo recente é o Nike Plus, um tênis feito para quem gosta de praticar corrida. O calçado traz um chip embutido que recolhe dados sobre a atividade esportiva, armazena tudo em um iPod e envia as informações para o site da comunidade que tem mais de um milhão de corredores ao redor do mundo. Também divulga as listas de música (playlists). O iPod conectado ao tênis percebe, por meio de um sensor, o ritmo da corrida e pode sugerir uma trilha sonora. Há listas pra tudo. Músicas pra animar na subida, pra relaxar ao ar livre, rock pesado pra queimar mais calorias etc. A mania das playlists favorece a loja virtual de música da Apple, a iTunes. Do lado da Nike, o entusiasmo da comunidade incentiva pessoas a calçarem o tênis e a correr. “Isto é apenas o começo de um scommerce. Outras oportunidades poderiam sair da interação destas empresas com seus consumidores”, argumenta Tafner. As possibilidades são muitas: CDs específicos para cada tipo de corrida, lançamentos exclusivos de artistas, shows, entre outros. A etapa futura do s-commerce depende de as empresas entenderem o que os consumidores gostariam de comprar. Elas precisam saber lidar com
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ao s-business A TRANSFORMAÇÃO DAS REDES SOCIAIS É TÃO AMPLA E DRAMÁTICA QUE PODEMOS ESTAR RUMANDO PARA UMA NOVA ETAPA DOS NEGÓCIOS DIGITAIS, O SOCIAL BUSINESS. O TERMO AINDA NÃO É USUAL, MAS OS SINAIS JÁ ESTÃO POR AÍ o manancial de informações da comunidade e integrar isso em seus processos. Detectar qual opinião ou comportamento tem chance de se tornar uma nova estratégia de negócios é outro braço do social business. “Já temos condições de evoluir no CRM social”, defende o gerente de estratégia de clientes e mercado da Deloitte, Fabio Cipriani. A integração do CRM com as redes sociais também tem dominado fóruns de discussões sobre o novo modelo de negócios. Certas de que o cenário é promissor, empresas como Oracle, SAP, Salesforce, Microsoft e uma dezena de startups já desenvolvem produtos específicos para este fim. “Já conhecemos o potencial disto nas ações de marketing. O próximo passo é levar esta interação para outros processos de negócio”, propõe Cipriani. No CRM social, a gestão do cliente se transforma na gestão da relação cliente—empresa; tudo é pensado como uma estratégia horizontal que leva ao lucro. Qualquer processo que envolva o cliente e tenha este objetivo final pode ser apoiado por uma rede social. “Quem trabalha com dados transacionais passará a lidar com dados conversasionais”, explica o consultor, com o apoio de um neologismo para lá de apropriado.
INOVAÇÃO SOCIAL
Porém, o suprassumo do s-business — a inovação aberta — ainda é pouco conhecido. São teorias que expostas primeiramente em 2003 no livro Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting from Technology, do professor da Universidade de Berkeley, Henry Chesbrough. A ideia é simples, mas a prática é complexa. O termo opõese ao conhecido modelo de inovação fechada, que
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conta com laboratórios isolados e técnicos caros. Em substituição, seriam usados clientes, parceiros de negócio e quem mais estiver disposto a colaborar para aprimorar o negócio. “As redes sociais têm o papel importante de fazer a ponte entre a necessidade de inovação da empresa e as comunidades dispostas a colaborar”, comenta o professor de inovação da Fundação Dom Cabral, Carlos Arruda. Já existem exemplos. O Fiat Mio foi construído com ideias enviadas por milhares de pessoas ao redor do mundo por meio do portal http://www. fiatmio.cc. A cafeteria Starbucks mantém o site My Starbucks Idea para coletar insights sobre como suplantar a nova concorrência do McDonald’s. Há outros casos, e todos devidamente apoiados por uma rede social aberta ou privada. “São grandes empresas, mas a inovação aberta é perfeita para as pequenas e médias, porque seu custo é baixíssimo”, acrescenta Arruda. Basta um pouco de pesquisa e algumas conversas para ver que o “s” está realmente migrando para dentro do negócio. É bem provável que ele seja mais uma evolução do que uma revolução. Porém, não há como esquecer que, quando o conceito de e-business surgiu, ele também não foi compreendido na sua totalidade. Hoje, não há empresa que não tenha ao menos um processo e-alguma-coisa. E, juntando estes casos e opiniões aqui e ali, é bem provável que estejamos migrando para o s-alguma-coisa netse exato momento. Sua empresa está preparada? IWB Leia mais: Esta matéria faz parte de uma série de reportagens que InformationWeek Brasil e o portal IT Web publicam entre setembro e dezembro. O especial completo está em www. itweb.com.br/iwb/redesocial.
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Segurança
Uma recente pesquisa da PricewaterhouseCoopers sobre a situação mundial da segurança da informação nas empresas revelou que o tema, no Brasil, alcançou a “maioridade”. Um dado revelador é que as companhias nacionais atingiram posição de liderança global em relação a investimentos para a implementação das práticas essenciais do programa de maturidade em segurança. A avaliação de riscos corporativos, conduzida duas vezes ao ano, e a priorização dos ativos de informação, sistematicamente, de acordo com os níveis de risco, são alguns desses exemplos. Além disso, em relação às medidas gerais de segurança, as brasileiras parecem mais avançadas do que as europeias. As companhias nacionais, diferentemente das empresas da Europa, conhecem muito mais a respeito dos números, tipos e fontes de ataques sofridos nos últimos 12 meses. No Brasil, as empresas aproveitaram a crise mundial para promover a importância da segurança da informação e de seus papéis e responsabilidades. Por fim, os investimentos, por aqui, têm sido justificados com base em valor agregado e necessidades para o negócio e não apenas nas necessidades legais e regulamentares, como feito pelos europeus. A evolução no Brasil e na América do Sul parece ser consistente e sustentável. Isto porque, 82% das empresas na região revelam que irão aumentar ou manter os investimentos em segurança da informação nos próximos 12 meses, representando o maior percentual dentre todos os continentes.
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Foto: Madalena Gutierrez
Brasil mais consciente Edgar D’Andrea é sócio da área de segurança e tecnologia da PricewaterhouseCoopers
Outros aspectos revelados pela pesquisa confirmam o fortalecimento da área em nosso País. Os gestores de segurança expandiram suas atuações. No Brasil, 50% das organizações tem a posição de CiSO; nos Estados Unido, 42% e na Europa, 37%. Entre as brasileiras, 75% consideram o investimento em soluções de data loss prevention (DLP) como prioritário ou importante, indicando foco e prioridade na proteção de dados. Além disso, 78% já contam com soluções de virtualização, o que confirma “cloud computing” na agenda da segurança. O uso de redes sociais no trabalho tem aumentado e algumas empresas tem se preparado para fechar os gaps, seja pela adoção de tecnologias seguras que suportam web 2.0, seja por meio de monitoramento e auditorias regulares. O destaque deste ano na pesquisa é a China, cujas empresas direcionam esforços para o alcance do padrão “classe mundial” em segurança da informação. Claramente o tema é prioridade às organizações do país, seja pelo aumento da complexidade empresarial e da regulação do mercado ou pelos riscos adicionais advindos da crise econômica mundial. Apesar das diferenças regionais, o futuro para a segurança da informação é promissor. As expectativas das empresas no âmbito da segurança são focar primeiramente nos principais riscos, aprimorar o processo, as práticas e a tecnologias de proteção de dados, investir no alinhamento da estratégia de segurança, melhorar a eficiência e reduzir os custos. InformationWeek Brasil
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www.informationweek.com.br
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CIO INSIGHT EMPRESAS FORNECEDORAS TAMBÉM SÃO USUÁRIAS DE TI. PARA ENTENDER UM POUCO DESTA DINÂMICA QUASE REVERSA, CONVIDAMOS GESTORES DE TRÊS PROVEDORES COM RAÍZES NO BRASIL PARA FORNECEREM UMA VISÃO INTERNA DA ÁREA QUE DIRIGEM. ESTES EXECUTIVOS CONTAM COMO TRABALHAM PARA IMPULSIONAR A ESTRATÉGIA PELO USO DA TECNOLOGIA, REFLETEM SOBRE OS COMPONENTES DE INOVAÇÃO, A CULTURA CORPORATIVA E OS CONCEITOS QUE, AOS POUCOS, DEIXAM DE SER TENDÊNCIAS PARA VIRAREM REALIDADE.
VISTO POR DENTRO
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3 ARTIGOS ESPECIAIS lay_cio_insight 41
Foto: divulgação
Computação em nuvem é uma das buzzwords do momento. Carlos Maurício Ferreira, CIO da Algar Tecnologia, expõe sua visão sobre o tema.
Foto: divulgação
Rodrigo Suzuki, gerente de TI da PromonLogicalis, destaca a importância do envolvimento das pessoas nos projetos de segurança da informação.
Foto: Izilda França
Processo versus TI. Carlos Pulici, CIO da Simpress, reflete sobre o equilíbrio entre tecnologia e cultura corporativa para promover a inovação.
Carlos Pulici | Rodrigo Suzuki | Carlos Maurício Ferreira
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CIO Insight
Leia todos os artigos em: www.itweb.com.br/iwb/cioinsight
Carlos Pulici é CIO da Simpress
A overdose de tecnologia dentro de uma solução pode comprometer seu custo ou até sua implementação. Por outro lado, a carência pode trazer sérios impactos para a criação de uma saída inteligente, ágil e eficiente
Foto: Izilda França
Entre a inovação e os resultados A área de TI, já há algum tempo, deixou de ser vista exclusivamente como uma provedora de tecnologia, na qual tudo que se propunha era norteado pelo pioneirismo das soluções. É fato que a inovação foi, e sempre será, um elemento de diferenciação para todos os nichos de mercado, mas não pode ser carregada de responsabilidade a ponto de ser fator de sucesso da maioria das soluções. Recentemente, conversando com um grupo de colegas que havia acabado de finalizar um MBA internacional, foi possível notar que muitos acumulavam frustrações pelo fato de não terem aprendido nada de novo. Chegaram a questionar se a universidade era realmente tão renomada como todos falavam. O acesso rápido e globalizado à informação socializou aquelas antigas soluções mágicas que só eram conhecidas por poucos. Será cada vez mais difícil encontrar grandes novidades. Na verdade, se este assunto não for bem entendido, muitas frustrações ainda aparecerão. A tecnologia perde um pouco sua hegemonia, passando a ser tratada como uma das variáveis de um contexto mais amplo que visa buscar equilíbrio entre os processos da companhia. O resultado, assim, aparecerá na habilidade de moldar cada uma das soluções. Aqui temos um ponto
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importante para entendimento. No entanto, enquanto a solução baseada em tecnologia tem uma característica de ser mais padronizada, orientá-las por processo, buscando harmonia com os aspectos culturais de cada empresa, faz com que sejam quase que únicas para cada caso. Com isso, o desafio fica ainda mais difícil. As soluções desenhadas ficam obsoletas mais rapidamente e precisam ser reinventadas a todo o momento. Cada novo ciclo de revisão precisa ser mais inteligente que o anterior, mais rápido e lucrativo, além de produzir mais valor para os clientes. Nesse contexto, a área de tecnologia precisa romper as fronteiras da TI e ir além da implantação das soluções. Deve se comprometer com o resultado da operação, garantir que o novo cenário proposto esteja aderente à cultura, aos
processos e à realidade tecnológica da companhia. Já vi ótimas soluções de mobilidade fracassarem após sua implantação, seja por questões culturais ou de processos. A proposta deve ser estruturada em conjunto com a área de processos desde sua concepção. A tecnologia deve ser dosada de maneira assertiva. A overdose de tecnologia dentro de uma solução pode comprometer seu custo ou até sua implementação. Por outro lado, a carência pode trazer sérios impactos para a criação de uma saída inteligente, ágil e eficiente. Dessa forma, a gestão de TI com foco em processos e participação ativa nos resultados da operação ajuda a estreitar aquela infindável distância que ainda existente entre a área de tecnologia e a diretoria estratégica da companhia, trazendo inúmeros benefícios, tanto aos profissionais como para os negócios.
InformationWeek Brasil
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Um passo além da segurança de TI Ao falar sobre Segurança da Informação, é muito comum surgirem algumas polêmicas. Quando abordado por profissionais de TI, é bem provável que a conversa caminhe para discussões sobre firewalls, antivírus ou sistemas de controle de acesso. Estes aspectos continuam sendo muito importantes para qualquer empresa e sempre merecerão a devida atenção e, principalmente, investimento. Entretanto, a segurança depende de muitos outros fatores que nem sempre nos chamam a atenção, em especial os relacionados aos usuários dos sistemas e ao monitoramento do ambiente.
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tização dos usuários que podem ter deixado de notificar tais incidentes. Aliás, os usuários merecem uma atenção especial, pois deles se originam boa parte dos problemas de segurança. Cada um de nós conhece inúmeras ‘histórias de terror’ envolvendo o comportamento indevido de pessoas. Muitas vezes é mais efetivo conscientizá-las de suas responsabilidades do que tentar bloquear todas suas possibilidades de erro. Para isso, as políticas corporativas devem ser comunicadas de forma constante a todos. Estas ações são vitais para o sucesso de qualquer implantação de segurança da informação, já que os benefícios dos investimentos realizados nem sempre são perceptíveis para os executivos da companhia. Com a implementação de todas as recomendações da ISO 27001, a certificação será consequência natural, bastando apenas a contratação da auditoria de um órgão certificador para verificar as políticas, os processos e os procedimentos implantados. Embora as empresas nem sempre encarem a certificação como finalidade, este pode ser um bom objetivo a ser perseguido, pois fará com que os requisitos da Norma sejam sempre aplicados de modo adequado.
Se o volume de incidentes registrados for muito baixo, provavelmente a detecção ou a notificação desses eventos pode ser deficiente. Já, se for elevado demais, pode denotar falha de controles
Foto: divulgação
A pergunta é: como garantir que a segurança da informação continue evoluindo depois da implementação de uma nova ferramenta ou de um hardware, por exemplo? Uma boa abordagem é proporcionada pela Norma ISO 27001, que oferece um conjunto de processos para garantir a evolução contínua da segurança e que pode ser facilmente implementada. Um de seus requisitos é a avaliação de riscos do ambiente para identificar problemas e oportunidades de melhorias em processos, ferramentas e treinamento de pessoas. Essas avaliações podem gerar indicadores interessantes de níveis de riscos. Quando conduzidos em períodos pré-determinados, possibilitam mapear a evolução da segurança de ambiente em sua empresa, servindo como subsídio para direcionar os investimentos. Checar o número de incidentes registrados nos últimos seis meses é um indicador simples de se obter e que pode auxiliar nesta tarefa. Se o volume for muito baixo, provavelmente a detecção ou a notificação desses eventos pode ser deficiente. Já, se for elevado demais, pode denotar falha de controles. Essa interpretação ajudará a identificar possíveis pontos de melhoria tanto em tecnologia, quanto na conscien-
Rodrigo suzuki é gerente de TI da PromonLogicalis
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CIO Insight
Leia todos os artigos em: www.itweb.com.br/iwb/cioinsight
Cloud computing é, sem dúvida, uma das principais buzzwords do momento na área de TI. Como o período é de altas expectativas, os fabricantes exploram o conceito de uma forma um pouco indisciplinada, agregando-lhe todas as novidades ou melhorias implementadas em suas plataformas de computação.
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Para os provedores de serviços, o maior desafio será resolver a equação investimento-receita
Carlos Maurício Ferreira é CIO da Algar Tecnologia
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Reflexões sobre a nuvem É natural que o mercado e, especialmente os CIOs, recebam grande quantidade de informação, que pode criar confusões conceituais, levando a dúvidas quanto à sua efetividade ou mesmo à sua importância. Contudo, computação em nuvem veio para ficar. Mais que uma tecnologia ou plataforma, trata-se de uma evolução na forma de disponibilizar a TI e, principalmente, de um novo modelo de negócios. O conceito de cloud foi tomado emprestado do universo de telecom e internet. Nestes ambientes, utiliza-se uma nuvem para se abstrair das topologias de equipamentos e links utilizados na implementação de uma rede de comunicação, sendo que a nuvem representa todos os equipamentos e enlaces que compõe uma rede. A nuvem vem para resolver problemas de economia de recursos de infraestrutura, oferecendo vantagens de independência geográfica, escalabilidade e elasticidade. Uma forma de se entender a cloud computing é fazer uma analogia com o provimento de serviços públicos. Ao se utilizar ou mesmo ao se estabelecer um contrato com uma concessionária de energia, por exemplo, os clientes não questionam qual a fonte geradora de eletricidade, se provém da hidrelétrica A ou B, ou se é oriunda de uma usina termoelétrica ou termonuclear. As unidades geradoras estão
todas interligadas a um sistema ou a um barramento, a partir do qual os recursos são disponibilizados aos clientes. Então, neste modelo de prestação de serviço está presente uma independência geográfica da fonte geradora do recurso, e ele é suficientemente projetado para adequar-se, dentro de limites pré-estabelecidos, para suportar a sazonalidade da demanda dos clientes. O bom de uma tecnologia ou conceito emergente é quando ele traz ganhos para o parque instalado. Neste sentido, a cloud computing já entra ganhando. Por exemplo, os mainframes ganharam um novo destaque, pois agora é possível compartilhar os excelentes recursos de I/O (Input/Output) entre diversas aplicações ou mesmo empresas. Era algo impensado no passado. Este ponto é também importante porque pode-se destacar aqui a independência da plataforma física trazida pela computação em nuvem. Para os provedores de serviços, o maior desafio será resolver a equação investimento-receita. No modelo convencional, os recursos são adquiridos após o fechamento do contrato com o cliente. Na computação em nuvem, eles precisam investir primeiro para construir a infraestrutura de suporte ao serviço, ou seja, antes do fechamento dos contratos com os clientes. Não por acaso, segundo o Gartner, a confiança no desempenho do serviço é o tópico de maior importância na relação entre cliente e fornecedor.
InformationWeek Brasil
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Indústria
Invasão i
Brasil virou mesmo destino das empresas. E, aqui, elas planejam ganhar mais força avançando na prestação de serviços para companhias nacionais e filiais de players globais, que estão se preparando para conquistar mercados emergentes
A globalização não terminou ainda para as empresas indianas prestadoras de serviços de TI. Após se estabelecerem em dezenas de países com infraestrutura suficiente para suas políticas expansionistas – o Brasil entre eles –, empresas como Tata Consulting Services (TCS), Infosys, Wipro e HCL buscam expandir suas fronteiras. Desta vez, os limites explorados não fazem parte da geo-
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grafia que pode ser acompanhada em mapas-mundi. Estas corporações com faturamento na casa dos bilhões de dólares tentam explorar novos territórios dentro do próprio negócio e do mercado onde se instalaram. O resumo da estratégia está bem explicado em uma recente entrevista que o CEO da TCS concedeu ao jornal Financial Times. Natarajan Chandrasekaran argumentou que a empresa almeja ser global em servi-
ços completos e integrados. Por trás deste jargão, os concorrentes podem esperar muito mais ofertas de soluções com qualidade internacionalmente reconhecidas, tudo com preço competitivo (característica destas companhias). Na mira das indianas estão possíveis clientes que planejam expandir negócios para o mercado externo e as corporações globais que pretendem melhorar o posicionamento no Brasil. InformationWeek Brasil
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o indiana O País está na rota das indianas de TI desde 2002, quando a TCS, braço tecnológico do Grupo Tata estabeleceu-se por aqui. A companhia é a maior exportadora de TI da Índia e de longe a mais experiente no mercado brasileiro. A Wipro, outra gigante vinda do oriente, aportou por aqui em 2006, após comprar a Enabler, uma fornecedora de tecnologia do Grupo Sonae, presente no Brasil desde 1997. A Satyam chegou em 2007, Dezembro de 2009
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almejando o mercado da América Latina. E, em 2009, HCL e Infosys se juntaram às suas conterrâneas. Todas, contudo, ainda mantêm operações modestas se comparadas às de suas matrizes ou à de outros centros de desenvolvimento na Europa e Ásia. São bem menores também que gigantes americanas instaladas no Brasil, como IBM, HP e EDS (comprada pela HP em maio de 2008). Porém, o tamanho delas por aqui não corres-
ponde à presença mundial. Só a TCS tem cerca de 144 mil funcionários espalhados por 42 países e faturamento global de US$ 6 bilhões. A mais recente destas empresas a mostrar a força de seus planos no Brasil é a HCL, que tem faturamento mundial de US$ 2,5 bilhões. Em setembro, a companhia anunciou a criação do seu centro global de desenvolvimento de TI (delivery center), em São Leopoldo, no Vale
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Indústria do Sinos (RS), um dos polos de excelência tecnológica brasileiros. A instalação da empresa em território nacional é uma prova de que o Brasil virou mesmo destino das indianas de TI. Até então, a HCL concentrava suas operações na Ásia, Europa e América do Norte, empregando 59 mil funcionários. Os planos da empresa são mais ambiciosos. A expectativa é ser um grande empregador e mudar os rumos dos negócios de TI do País. Na Irlanda, por exemplo, a companhia também iniciou com uma operação parecida com a brasileira há oito anos. Hoje, emprega mais de 9 mil funcionários e domina o mercado de serviços. Por aqui, a HCL investiu US$ 2 milhões na operação e espera contratar 300 engenheiros para trabalhar no centro até 2012. Sem revelar nomes, a empresa afirma que já atende no Brasil uma grande empresa farmacêutica, uma editora de nível mundial, uma companhia de infraestrutura de telecomunicações e um varejista local. Atualmente, a HCL tem cerca de cem engenheiros. “Nossos planos são de crescer em novas frentes, auxiliando as empresas em seus negócios”, diz o CEO, Shami Khorana. O discurso do executivo é bem diferente daquele que fez a fama de companhias indianas. Após terem seu potencial técnico e custos baixos relevados para o mundo durante os trabalhos de adequação para o Bug do Milênio, estas organizações se notabilizaram por oferecerem o chamado body -shop, quando assumem todo o operacional de serviços de TI. Uma década depois, o modelo mudou. A oferta atual não é a capacidade de assumir trabalhos monumentais. O que elas pretendem oferecer ao mercado nacional é uma chance de entrar na globaliza-
Brasil ainda tem muito a evoluir no modelo global dos serviços terceirizados em TI
Sem fronteiras
É o que se pode chamar de nova fase da globalização. Seduzidas pelos mercados emergentes, diversas companhias em todo o mundo tiram da gaveta seus planos de atuação no exterior e buscam parceiros que possam ajudá-las a serem viáveis e respeitadas em qualquer país. Nesta seara, entra a virtude das indianas. “Queremos atender os clientes de qualquer lugar e em qualquer lugar”, resume o presidente local da TCS, Cesar Castelli. Essa falta de fronteiras é o ponto central do novo modelo almejado. As empresas indianas já descobriram que os clientes globais não se importam se uma parte do negócio é gerenciada no Brasil, com mão-de-obra irlandesa, desenvolvimento romeno e
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Espere mais indianas O Brasil pode esperar a chegada de mais empresas indianas. “Elas têm vindo e feito muitas reuniões, creio que duas ou três devem se posicionar por aqui no próximo ano”, aponta o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), Antonio Carlos Rego Gil. São, de uma forma geral, companhias de TI. Mas pelo menos uma delas está entre a lista de “as dez mais de BPO” destacadas pela National Association of Software and Service Companies (Nasscom), que inlcui Genpact, WNS, Daksh, Firstsource, Aditya Birla Minacs e Aegis BPO. InformationWeek Brasil
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idéia dois design
ção, terceirizando os serviços dos clientes e deixando-os no mesmo nível de controle e qualidade de qualquer player mundial. As indianas acreditam que a experiência em lidar com padrões globais e ferramentas mundialmente aceitas irá seduzir novos clientes por aqui, sejam eles genuinamente brasileiros, com ou sem operações internacionais.
medida que o cliente aumenta sua participação em mercados internacionais, a Wipro vai usando sua experiência em lidar com TI ao redor do mundo para facilitar o fluxo de informações e a gestão do negócio. Trata-se de uma transformação. As empresas de TI indianas se encaminham para transformar as fronteiras em algo sem a menor importância. É um modelo no qual — acreditam as indianas — todos ganham. Os clientes garantem um modelo de infraestrutura e serviços de TI terceirizados e mundialmente reconhecidos; os técnicos têm a chance de trabalharem em projetos internacionais; e as fornecedoras de diminuírem o risco e o custo dos próprios negócios.
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destinado ao mercado americano que fala espanhol. “Basta que tudo funcione dentro do que foi contratado e com processos entendidos por qualquer pessoa e em qualquer país”, diz o diretor da Wipro para América Latina, Fernando Estrazulas. A Wipro é um exemplo desse novo modelo. O centro de business process em Curitiba (PR) é uma plataforma de TI para seus clientes como a cervejaria Ambev, uma das mais globalizadas companhias brasileiras, com marcas emblemáticas como Budweiser, Stella Artois, Quilmes e Beck’s. A unidade brasileira oferece serviços compartilhados em vários processos de negócio para as operações da holding para toda a América Latina. À
Khorana, da HCL: investimento de US$ 2 milhões em delivery center
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Dezembro de 2009
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Indústria O tamanho da TI na Índia
Foto: Divulgação
As exportações do setor chegam a US$ 47 bilhões • As vendas totais, incluindo o mercado interno, devem encerrar o ano em US$ 60 bilhões • O setor representa 5% do PIB indiano • Até 2020, as exportações devem chegar a US$ 175 bilhões • As maiores exportadoras de TI indianas fizeram aquisições nos últimos dois anos Fonte: National Association of Software and Service Companies (Nasscom)
Castelli, da TCS: "Queremos atender os clientes de qualquer e em qualquer lugar"
O Brasil como plataforma mundial
No modelo global dos serviços terceirizados em TI, o Brasil tem muito a evoluir. O estudo sobre as principais cidades para este tipo de negócio, conduzido pela consultoria Tholons e pela publicação especializada Global Services, não aponta nenhuma cidade brasileira na lista das oito mais requisitadas. No ranking, seis são indianas: Bangalore, Déli, Mumbai, Chennai, Hyderabad e Pune. Completam a lista: Manila (Filipinas) e Dublin (Ir-
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landa). O País só aparece com destaque no ranking geral das nações, sendo a quinta colocada, e na lista das cidades emergentes. São Paulo, na oitava colocação neste quesito, é considerada, pelo estudo, um ótimo local para operações de contact center multilínguas, serviços de gerenciamento de infraestrutura (infrastructure management services), desenvolvimento de produtos e testes. Curitiba (11º), Rio de Janeiro (21º) e Brasília (41º) também são citadas. Recife, entra como uma das dez aspirantes para, nos próximos anos, figurar no ranking das 50 mais. As
líderes, respectivamente, são: Cebu (Filipinas), Xangai, Pequim (ambas na China), Cracóvia (Polônia), Ho Chi Minh (Vietnã), Buenos Aires (Argentina) e Cairo (Egito). Não há, também, como comparar as forças. TCS, HCL, Wipro, Infosys e suas compatriotas tiveram vendas externas de US$ 47 bilhões em 2008. Por aqui, o volume de exportações de TI foi de US$ 2,2 bilhões no mesmo período. Mesmo assim, o Brasil é considerado um local estratégico pelas indianas. “O País está situado numa conjunção de fusos horários que o torna atraente para qualquer tipo de serviço”, aponta Estrazulas, da Wipro. É uma posição geográfica realmente privilegiada. Vivemos praticamente o mesmo horário comercial dos Estados Unidos, o que facilita a prestação de serviços no período diurno. Porém, se a demanda vem da Índia, nossa vantagem é exatamente a oposta, possibilitando que trabalhos iniciados na matriz dessas empresas possam continuar no que seria noite adentro para eles. “Já para a Europa, é como se acordássemos um pouco mais cedo ou um pouco mais tarde, o que facilita quando a necessidade é de completar alguma demanda iniciada no horário comercial europeu e que deve ficar pronta no dia seguinte daquele continente”, completa. Essas virtudes e a capacidaInformationWeek Brasil
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nas áreas bancária, segurança e de telecomunicações. Os desafios futuros ainda são enormes. Neste mundo sem fronteiras para os negócios, que as empresas de TI indianas estão criando, o Brasil tem concorrentes fortes. De acordo com pesquisa elaborada pela consultoria A.T. Kearney, o País deve competir com outros emergentes, como China, Argentina, México e Chile, para dividir os US$ 101 bilhões que serão movimentados no setor em 2010. “O mercado é grande e cabe todo mundo, inclusive, as brasileiras”, destaca o diretor da Wipro, Estrazulas. “Basta que elas se posicionem nesse novo iwb cenário globalizado”, ensina.
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de de técnicos brasileiros de lidarem com desenvolvimento complexo têm feio o País se consolidar como destino para os serviços tradicionais de outsourcing e offshore. O estudo “The Impact of the Global Economic Downturn on Outsourcing and Offshoring”, encomendado pela Sociedade para a Promoção da Excelência de Software Brasileiro (Softex) junto ao Everest Institute, aponta que o Brasil traz grandes vantagens na solidez econômica e na estabilidade social, além de ter boa qualificação da mão-de-obra, principalmente
Estrazulas, da Wipro: “O mercado é grande e cabe todo mundo, inclusive, as brasileiras”
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Telecom
E o processo de consolidação das empresas do setor continua. No Brasil, enquanto a Oi dá andamento a fusão com a Brasil Telecom, a TIM está em vias de integrar as operações da Intelig. Nesse meio tempo, o mercado também aguarda a finalização das negociações envolvendo a Vivendi para, em breve, termos uma GVT turbinada no processo de expansão. O movimento das operadoras tem um foco de ganho de escala e, principalmente, geográfico. No mesmo processo, mas com foco na complementaridade de produtos e serviços, o lado dos vendors – ou os fornecedores das operadoras* – passa pelo mesmo momento. Recentemente as divisões da Nortel de negócios corporativos, redes óticas/ethernet e CDMA/GSM foram adquiridas pela Avaya, Ciena e Ericsson respectivamente. Enquanto a Cisco aguarda resposta final da empresa de soluções de videoconferência Tandberg, e a Oracle espera os pareceres legais na Europa para a aquisição da Sun Microsystems; a HP anuncia a aquisição da 3Com. Isso sem mencionar as diversas aquisições de empresas menores que são relatadas quase que semanalmente. Na tentativa de entender qual o impacto deste movimento, seja para as empresas ou para os profissionais do mercado de telecomunicações aqui no Brasil, tenho provocado este tema sempre que posso. Não é uma pesquisa científica, mas garanto que a amostra é bem qualificada. É interessante notar que todos concordam que o hoje Brasil atrai uma atenção muito maior de pers-
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Foto: Magdalena Gutierrez
Consolidação constante Luís Minoru Shibata é diretor de consultoria da PromonLogicalis. Twittando: @luisminoru
pectiva positiva de negócios. Com exceção da Vivendi, ninguém se lembra de alguma aquisição motivada pela presença no Brasil ou América Latina. Daqui para frente este movimento já será mais possível de acontecer, tendo em vista a elevação do status do país diante das perspectivas de investimento em infraestrutura nos próximos anos. A chegada da Vivendi traz algumas incógnitas. É esperado que os franceses partam para obter uma operação móvel ou que se aproximem do mundo de aplicações e conteúdo para combinar com a base já existente da GVT. No caso da operação móvel, levando em consideração o cenário atual, é mais provável que eles realmente participem da licitação da banda H de 3G. Todos que mencionam a TIM como uma possibilidade para a Vivendi sabem também que ela é remotíssima – mas não impossível. Quanto ao mundo dos fornecedores, as empresas que mais têm se destacado como os grandes compradores são HP, IBM, Cisco, Oracle e Ericsson. Das empresas potenciais e alvos de negociação, as que eu mais ouvi falar foram Dell, Motorola e Polycom. Curioso notar que o pessoal ainda não enxergou os chineses – que são os que mais crescem e “incomodam o mercado” – fazendo aquisições por terem um modelo de desenvolvimento de negócios à parte. * Não estou considerando nesse texto os fabricantes de aparelhos InformationWeek Brasil
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Setorial
A postos para o
Foto: glowimages.com
Ana LĂşcia Moura FĂŠ, especial para InformationWeek Brasil
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CIOs de redes varejistas falam sobre o desafio de manter máquinas e sistemas em pleno funcionamento na data mais aquecida do comércio Dezembro 2009
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Com a crise mundial praticamente no retrovisor, o varejo brasileiro acende as luzes do Natal em clima de otimismo. O índice de confiança do consumidor medido pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio), por exemplo, atingiu 153,1 pontos em novembro, contra 132,6 no mesmo período do ano passado — em escala onde acima de 100 significa otimismo. Isto eleva as expectativas de vendas gordas no fim do ano e coloca a área de tecnologia da informação das redes em estado de alerta máximo. Não é para menos. Em datas de pico nas vendas, falhas ou sobrecargas em equipamentos e sistemas podem resultar em grandes prejuízos financeiros, além de anular esforços realizados ao longo do ano, como investimentos em tecnologia para melhorar a logística de distribuição ou tornar mais ágil o atendimento da clientela nas lojas. Leandro Balbinot, CIO da Lojas Renner, explica como a rede de lojas de departamentos de vestuário se prepara para dezembro, mês que responde por 20% das vendas anuais da empresa. “Temos um plano que cobre os ecossistemas mais críticos de TI, sujeitando-os a mais monitoramento e mais contingenciamento”, diz. Este ano ele contou com um recurso extra para avaliação de impactos, riscos e controle de investimentos de TI. Trata-se do guia Cobit (control objectives for information and related technology), que considera um dos investimentos mais importantes da empresa em 2009. Além disto, sofisticou sua inteligência analítica com nova versão de business intelligence (BI). “Contamos agora com solução de BI baseada em lista de exceções, que entrou em operação apenas recentemente, mas já trouxe benefícios perceptíveis nas tomadas de decisão relacionadas com estoques”, diz o executivo. Outra inovação da Lojas Renner, em 2009, ocorreu na área da mobilidade. Em algumas lojas, os consumidores já se beneficiam com a comodidade do caixa móvel, ou seja, pontos de vendas (PDVs) sem fio que podem ser deslocados até o cliente, tornando mais rápido o atendimento e reduzindo filas. A previsão era fechar novembro com a facilidade disponível em 14 lojas. Balbinot também corre contra o tempo para promover a estreia da empresa no mundo virtual, um território já conquistado por grandes concorrentes do segmento de roupas e acessórios, como Hering e Lojas Marisa. A expectativa da TI é inaugurar o seu e-commerce até março de 2010. Mas, se depender do desejo do CIO, a experiência começa antes do Natal, ao menos com produtos de perfumaria. O ano também marcou o avanço da rede de vestuário em direção à web 2.0. “Selamos parceria com o Google e estamos usando seus
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Setorial Balbinot, da Lojas Renner: “Temos um plano que
Foto: Clicfotos.com.br
cobre os ecossistemas mais críticos de TI, sujeitando-os a mais monitoramento e mais contingenciamento
aplicativos em software livre para transformar nossos processos de colaboração interna”, diz. No cargo há menos de um ano, Balbinot recebeu a incumbência de intensificar a profissionalização da tecnologia da informação, acelerada nos últimos anos. “A área era voltada para si mesma e sem muito alinhamento com o negócio, mas nos últimos anos aproximou-se das unidades e acumulou novas funções. Hoje, responde pelos processos corporativos e pela gestão de todos os projetos da companhia, além dos de TI”, diz o CIO. O trabalho de Balbinot foi facilitado por investimentos prévios imRocha, da D’AvóSupermercados:
Foto: divulgação
“Montamos uma operação de guerra com escalas especiais, tanto presencial quanto remota”
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portantes como a implementação, há cerca de três anos, do Oracle Retail, uma plataforma integrada que abrange merchandising, cadeia de suprimentos e operações de loja. Com o software, a Lojas Renner ganhou uma visão do negócio em tempo real e a possibilidade de tomar decisões com base em cenários futuros, e não apenas em histórico de vendas.
mais redundância
O time de TI do Supermercados Modelo, maior rede varejista do estado do Mato Grosso, se preparou para o Natal com muita antecedên-
cia e definiu meados de novembro como prazo máximo para grandes alterações em infraestrutura ou sistemas. A ordem é que, a partir daquela data, a equipe fique focada em medidas preventivas visando aos equipamentos das lojas. “Desde o segundo trimestre, sabemos que este fim de ano promete muito, em termos de volume de vendas. Temos esperança que os investimentos e as ações que tomamos resultem em número baixo de instabilidade, pois o cliente é o primeiro a sofrer o impacto de oscilações”, diz Alessandro Rodrigues Monge, coordenador de TI do grupo.
“Esperamos que os investimentos e as ações que tomamos resultem em número baixo de instabilidade, pois o cliente é o primeiro a sofrer o impacto de oscilações”, Monge, do Supermercados Modelo
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Dezembro 2009
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Até 1997, as empresas varejistas, um segmento do comércio, investiam em média apenas 1% do seu faturamento em informática. O percentual aumentou a partir de 2000, com a expansão da automação, e mais recentemente, com exigências legais como nota fiscal eletrônica e Sped. Mesmo assim, o segmento está atrás de todos os demais em porcentual do faturamento líquido destinado a TI. Confira:
Gastos e investimentos em informática
Entre os investimentos a que Monge se refere, destacam-se a instalação de servidores blade para otimização do data center, a redundância de geração de energia para TI e as melhorias na comunicação das lojas. A rede de supermercados ganhou monitoramento de links e servidores e passou a contar com fail over entre as comunicações, ou seja, mudança automática entre link principal e redundante. O link para transações com cartões (transferência eletrônica de fundos ou TEF) também ganhou redundância, e todo o parque de periféricos PinPad dos PDVs, usados nessas operações, foi trocado. “Diminuímos de 11% para 5,5% o número de clientes que não conseguem pagar suas compras diretamente no PDV. Agora, é só manter esse resultado no Natal.” O ano de 2009 na rede Modelo também foi marcado pela corrida para cumprir prazos de novas obrigações legais, como a nota fiscal eletrônica (NF-e) e o Sped Contábil. Este último, aliás, foi considerado por Monge o maior desafio do período. “Alguns projetos foram paralisados para que nossos analistas se dedicassem a essas exigências”. Ele ressalta, por outro lado, que nenhum investimento prioritário recuou em decorrência da instabilidade econômica. “Prosseguimos com a renovação de equipamentos, tanto nas lojas quanto no data center, implementamos o fluxo de caixa no ERP e iniciamos projeto de software gratuito nas estações das lojas, entre várias outras iniciativas”, descreve. A propósito, migrar o sistema operacional proprietário de estações de
6% Média nacional:
Varejo
(lojas, supermercados, drogarias etc)
2,4% Comércio
2,7%
4% Indústria
Serviços
8,5% Fonte 20ª Pesquisa: Administração de Recursos de Informática - FGV/2009
todas as lojas para sistema de código aberto, estendendo a iniciativa para os aplicativos de escritório, com adoção do pacote OpenOffice, é o principal desafio da TI da rede para 2010. Além disso, a empresa pretende investir no aperfeiçoamento do programa SOS Cliente, um sistema caseiro que promove a interação dos clientes com os tomadores de decisão da empresa e gera subsídios para acompanhamento do comportamento e das mudanças no perfil da clientela, auxiliando as estratégias da rede.
Operação de guerra
Na rede paulista D’Avó Supermercados, a estratégia de preparação para o fim do ano envolve planejamento rigoroso de cobertura de horário, para garantir disponibilidade perene de recursos de TI. “Montamos uma operação de guerra com escalas especiais, tanto presencial quanto remota”, diz o gerente de divisão de tecnologia da rede, Willian Rocha. Acostumado com esquemas especiais para picos de demanda — como o que ocorre em outubro, mês de promoções agressivas por conta do aniversário do D’Avó —, Rocha informa que o Natal de 2008 aumentou em 50% as vendas da rede. “As perspectivas para este ano são muito boas e a TI está preparada.” Um dos mais importantes avanços tecnológicos do D’Avó este ano ocorreu na frente de loja. A empresa substituiu todos os equipamentos por modelos top de linha, por meio de contrato de outsourcing firmado com o seu principal fornecedor de
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Setorial
Guerra pelo neoconsumidor
hardware. “Selamos um acordo com um SLA extremamente agressivo e passamos a contar com equipamentos de backup, que poderão e serão utilizados para suprir a demanda”, diz o executivo. Outro passo importante envolveu o sistema de gestão empresarial da empresa. Após avaliar necessidades de melhorias e opções de mercado, o grupo varejista decidiu substituir o ERP JDE da Oracle pelo sistema RMS, de empresa homônima. “A decisão implicou investimentos em servidores, storage e backup, além do software”, diz Rocha, explicando que os projetos levados a termo este ano passaram por um crivo que priorizou aqueles mais urgentes e com retorno mais curto, em adequação às incertezas da economia no Brasil e no mundo. Além dos gastos relacionados com a mudança do ERP, outros investimentos priorizados referem-se a obrigações fiscais, como o Sped, e a automação do primeiro posto de combustível inaugurado pela empresa, onde o cliente abastece o automóvel usando o smartcard da rede, batizado de Cartão Confiança. A equipe de Rocha responde pelo suporte tecnológico para a operação do Cartão Confiança e do site de e-commerce que a empresa mantém para venda de eletrodomésticos, eletrônicos, eletroportáteis, informática, telefonia, beleza, saúde, brinquedos, produtos automotivos e de lazer. “Também cuidamos de toda a comunicação eletrônica com nossos 400 mil clientes cadastrados”, diz o gerente. É por meio do controle de mensagens trocadas com os consumidores que a empresa sonda o nível de satisfação e novas exigências dos consumidores, que são levados em conta nas estratégias de TI. A rede de supermercados também está atenta às tendências da rede mundial, como as redes sociais e o microblog Twitter, onde incluiu perfil recentemente para divulgação de promoções e geração de tráfego para a loja virtual.
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O varejo virtual deve vender neste Natal 30% a mais do que vendeu no mesmo período do ano anterior, segundo a e-bit. Em todo o ano, o comércio eletrônico deve faturar R$ 10,5 milhões, 28% a mais do que em 2008. Por trás desses números, há uma guerra renhida pelo consumidor, disputado não apenas por grandes redes que fincaram a sua bandeira na rede mundial, como Americanas.com, Submarino e Casas Bahia, mas também pelo denominado “Long Tail”, segmento de pequenas e médias varejistas que avançam firmemente no ciberespaço e que já abocanharam perto de 10% do e-commerce nacional. Grandes e pequenos têm um desafio comum: conquistar e fidelizar o chamado “neoconsumidor”, um cliente exigente e bem-informado, com capacidade de comparar marcas, produtos e empresas em uma velocidade e abrangência inéditas. “É um consumidor gerado em cenário de convergência tecnológica, mobilidade e interatividade, onde o varejo passa a incorporar todos os canais digitais para relacionamento, pagamento, comércio, comunicação e publicidade, e onde as decisões de compra são influenciadas não apenas pelo marketing ou tradição das lojas, mas também pela opinião de outros internautas”, diz Marcos Gouvêa, diretor-geral da GS&MD-Gouvêa de Souza. O papel da TI para conquista desse novo consumidor vai além dos investimentos em tecnologias contra fraudes, meios variados de pagamentos online, sistemas sofisticados de logística e site atraentes e com boa navegabilidade Envolve também aproximarse do mesmo por meio de ferramentas da web 2.0, como Twitter, Youtube e Orkut, para realizar promoções e publicidade, gerar tráfego para as lojas e captar tendências, desejos e insatisfações. A B2W, empresa criada com a fusão entre Americanas. com e Submarino e que lidera o comércio virtual no Brasil, não ignorou a onda. “Gerenciamos comunidade no Orkut, fazemos uma série de ações no Youtube e estamos no Twitter, uma ferramenta que há um ano praticamente não existia. É provável que em seis meses ou um ano estejamos fazendo coisas que ainda irão surgir na internet”, diz Timótheo Barros, diretor de relações com investidores da B2W, empresa criada com a fusão entre Americanas.com e Submarino. De acordo com o diretor, o importante é estar atento e não ficar para trás, porque quando se trata de brigar pela preferência do consumidor, não há mais fronteiras entre o mundo real e o virtual. “Quando alguém compra um DVD, ele compara preços de lojas online e de tijolos” diz, informando que a inovação tecnológica nos sites do grupo acontece continuamente, com a soma de pequenas melhorias em todas as áreas, de sistemas administrativos e atendimento ao cliente até logística, meios de pagamento online e navegabilidade. InformationWeek Brasil
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Aposta na mobilidade
Para não ter surpresas desagradáveis nas duas datas mais importantes do seu negócio —Natal e Dia das Mães —, a TI da Lojas Marisa costuma promover uma revisão de estruturas físicas de todas as suas unidades. Além disso, a empresa congela, com um mês de antecedência, qualquer grande modificação nos seus sistemas. “Com exceção de ações de manutenção, todo resto é paralisado, para não haver risco de problemas sérios nessas ocasiões”, diz Mendel Leis Szlejf, CIO da rede de lojas de departamento especializada em vestuário. Nessas datas, o número de transações aumenta em média 50%, o que exige infraestrutura e sistemas robustos, fato que não assusta o CIO. “Estamos dimensionados e otimizados para suportar qualquer demanda e garantir a velocidade na boca do caixa, para que o cliente não gaste muito tempo em filas”, diz o executivo, que manteve em seu orçamento a verba prevista para o ano, apesar da crise. “Os investimentos para TI foram os únicos que a empresa fez questão de não reduzir.” Focada em um público da Classe C composto basicamente por mulheres entre 20 e 35 anos, a Lojas Marisa acumula longa experiência em uso de inteligência do negócio para compreender os anseios dessa clientela. “Nosso investimentos em BI e data warehouse começaram há mais de onze anos. Nesse período, aprendemos que a TI não pode ser pensada apenas em termos de bits e bytes, e sim como meio de atender às Dezembro 2009
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necessidades dos consumidores e de promover mudanças constantes em um setor que se caracteriza pela concorrência acirrada e pelo acelerado dinamismo”, ensina o CIO. Com os investimentos em dia no que se refere à inteligência do negócio e a tecnologias para gestão e acompanhamento do desempenho de cada loja em tempo real e a partir de qualquer lugar — os executivos da Marisa utilizam dispositivos móveis ligados à internet e aos sistemas corporativos há mais de sete anos —, o empenho da TI centra-se agora na mobilidade dentro das lojas. Uma das mais recentes inovações nessa área é a implantação de coletores wireless de dados que permitem serviços diversos, como pagamentos e informações sobre preços de produtos e limites de crédito. “Esta melhoria facilita a vida do cliente, porque deixa o atendimento mais ágil e diminui as filas no crediário.” A expectativa do CIO é que o coletor sem fio mantenha o cliente mais tempo na área de vendas, o que pode resultar em maior número de itens comprados. “Essa tecnologia deverá impulsionar a venda de produtos por meio de cartões, além de facilitar a oferta dos planos dos cartões da Marisa e a conversão de clientes do private label para o co-branded”, diz ele. Com a inovação, a empresa espera um aumento significativo na rentabilidade de cada loja, em especial em datas de grande fluxo de pessoas e aumento expressivo de vendas, como promete ser o primeiro iwb Natal pós-crise mundial.
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Gerenciar é preciso Para garantir a disponibilidade de serviços de TI, a equipe da Carbocloro investiu em melhoria do desempenho por meio de medições constantes Um dos reflexos da acirrada competitividade no mundo globalizado é o crescente uso de recursos e serviços computacionais, que, cada vez mais, são consumidos por meio de diferentes dispositivos. Isto amplia muito os ativos e serviços necessários para manter este complexo ambiente operacional com o menor tempo de downtime. Parafraseando Kaplan e Norton (1997), criadores do BSC, que afirmam que o que não pode ser medido, não pode ser gerenciado, a Carbocloro entendeu que conseguiria melhorar o desempenho e aumentar a disponibilidade de seus recursos computacionais, se conseguisse medir a sua eficiência. Para nos anteciparmos à so-
lução de problemas rotineiros (como indisponibilidade de comunicação com a internet, roteadores, links e serviços de rede), em meados de 2000, adquirimos um produto para monitorar os ativos básicos e, assim, controlar unicamente o status de “up” e “down”, nos avisando imediatamente a ocorrência de problemas. Como a TI da Carbocloro sempre esteve alinhada ao conceito de qualidade e excelência operacional que a empresa pratica, em 2003, decidimos ampliar o monitoramento para fornecer aos usuários um indicador de disponibilidade dos serviços de TI. Levantamos tudo que eram utilizado e solicitamos aos executivos que o identificasse e classificasse o grau de importância para o negócio.
Após a tabulação, definimos por meio de média ponderada todos os serviços para que pudéssemos medir sua disponibilidade e atuar na solução de problemas de acordo com este grau de importância. Foram detectados 18 serviços, mapeados por meio de 196 métricas, que eram monitoradas individualmente. Para melhor entendimento, um dos serviços, que denominamos como Outlook (Exchange), era constituído por aproximadamente 16 métricas monitoradas. Nesse período, eram expurgados os tempos de backup e downtime para intervenções técnicas, desde que comunicados com 24 horas de antecedência, porém, por sugestão de alguns executivos, a partir de
Experiência Paulo Roberto Domingues Caetano > Graduou-se em tecnologia de processamento de dados pela UNESP Bauru. > Atualmente, é responsável pelo suporte técnico e pela infraestrutura de TI da Carbocloro, empresa em que atua desde 1985. > É certificado Green Belt pela Fundação Vanzolini. > Atuou também em suporte técnico em empresas como Matarazzo e Suzano.
Servidor de autenticação
Norivaldo Ribeiro Lourenço
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Ilustrações: divulgação
> É graduado em matemática com ênfase em processamento de dados e pós-graduado em ciência da computação pela Universidade Santa Cecília em Santos. > Tem MBA em gestão de TI pela FIAP e é certificado Green Belt pela Fundação Vanzolini. > Trabalha na Carbocloro desde 1989; foi analista de centro de informações, analistasênior de sistemas e, atualmente, exerce a função de analista-sênior na área de suporte técnico e infraestrutura. > Possui 12 anos de experiência em administração de redes, banco de dados e telecom.
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Legenda:
Meta de Disponibilidade: 98.5
Formular Estratégia
Serviço de acordo com a meta:
Plano de monitoramento estratégico Assegurar Escelência na Gestão
Desempenho classe mundial Plano e monitoramento operacionais
Realizar Planejamento e controle de Operações
C l i e Pedidos n Feitos t e s
Serviço abaixo da meta:
Clientes Realizar Marketing e Vendas
Suprir materiais e Serviços
Produzir
Entregar Produtos e Atender os Clientes
Pedidos Entregues
Politicas e Programas do SGQ implementados
Ativos produtivos disponíveis para utilização
Gerenciamento de questões relativas a pessoas e suporte opracional a RH
Operações/controles financeiros e contábeis realizados
Aplicativos e Infraestrutura disponíveis para utilização
Suporte Jurídico, Legal e Fiscal às operações
Gerir SGQ
Gerir Ativos e produtos
Gerir Pessoas
Gerir Finanças
Gerir Tecnologia
Gerir Asp Jurídicos, Legais e Fiscais
Transportadores Fornecedores
Relacionamento Externo e Monitoramento Melhoria Imagem implementados
Gerir Relações Externas
99.99%
Fonte: Carbocloro S/S Indústrias Químicas 2009
2005, não mais retirávamos este tempo, incluindo-os como indisponibilidade. Este foi mais um desafio para alcançar a meta que estipulamos empiricamente: ter a disponibilidade de todos os serviços de TI igual ou superior a 98%. Todas as informações coletadas 24 horas, no intervalo médio de dez minutos eram transformadas no índice de disponibilidade de TI e comunicada de forma resumida mensalmente para os usuários pelo portal. Assim, demonstramos transparência e comprometimento na busca de melhores resultados. Com a ajuda da metodologia 6Sigma (ferramenta muito disseminada em toda a empresa), estudamos o processo de medição dos indicadores de TI com objetivo de buscar a visão dos indicadores relacionada à cadeia de valor da empresa. Desta forma, conseguimos definir para cada processo os serviços e os horários importantes e, assim, ter um indicador específico daquele processo. Dezembro de 2009
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Isso foi de extrema importância. Conseguimos, por exemplo, medir a disponibilidade da internet com diferentes visões para a área comercial e para a produção, pois a necessidade deste serviço é diferente, fazendo com que o indicador reflita à realidade do processo. Outra modificação foi ampliar o nível de detalhamento, incluindo o monitoramento de todos os pontos que possibilitam a sua operacionalidade. Se pensarmos no processo de disponibilidade do serviço de correio eletrônico para os colaboradores, temos de lembrar que, para que eles possam utilizá-lo em sua plenitude, precisamos medir desde a conexão no switch de borda onde está conectada a estação até nossa comunicação com a internet. Para cada processo da cadeia de valor, teremos a média de todos os serviços importantes medidos. A média dos indicadores de todos os processos será a média de disponibilidade da empresa. Mantemos
ainda um sistema de semáforos para verificar diariamente se algum serviço está abaixo de 98%. Atualmente, temos um total de 196 visões dos serviços em diferentes processos e aproximadamente 2,8 mil métricas, que compõem todos estes cenários e, igualmente ao modelo anterior, ficam disponíveis os valores acumulados mensalmente em nosso portal. Devemos sempre buscar melhorias na disponibilidade do ambiente computacional vital para o negócio da Carbocloro, criando rotinas e procedimentos que otimizem a detecção e resolução dos problemas. Um ambiente 100% virtualizado permite uma alta disponibilidade dos servidores e a integração com nosso sistema de help desk propicia a abertura automática de tickets para os analistas responsáveis. Isto possibilita a solução rápida de problemas e dá a oportunidade de dedicarmos mais tempo para novos desafios em vez de ficar apagando incêndios.
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Mercado
TICs e
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nacional? O título deste artigo se baseia nas lembranças do período que ficou conhecido como reserva de mercado: ainda na época do governo militar, por meio de lei federal, foram criadas regras (que alguns preferem chamar de privilégios) para a comercialização de produtos importados de TI. A Constituição de 1988 define, no seu artigo 173, que “a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei”. Além da exigência dessa lei, a Constituição ainda detalha como essa atividade deve ser implementada por meio de empresa pública, que deve se sujeitar ao mesmo “regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributárias”. Nos últimos anos, entretanto, temos assistido a ‘exceções’ a esta regra constitucional no mundo das TICs, sem que houvesse qualquer lei sancionada a respeito. Um exemplo importante é o crescimento vertiginoso das equipes de TI das empresas públicas. Por exemplo, o Serpro quadruplicou sua área de desenvolvimento nos últimos seis anos, justificando sua ação como parte dos investimentos em software livre. Além da inexistência de lei específica para isso, esse tipo de ação retira recursos humanos, sabidamente
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Foto: Magdalena Gutierrez
segurança
Roberto Carlos Mayer é diretor da MBI, presidente da Assespro São Paulo e membro do conselho da Assespro Nacional. E-mail: rocmayer@mbi.com.br
escassos, das empresas privadas do setor. O valor da folha de pagamento gerada deve ser avaliado frente aos benefícios para o país. O mesmo efeito ocorreu em vários estados, com as ProdeXXXs. Outro exemplo vem do Portal de Software Livre: alguns produtos lá disponíveis levam à contratação de consultoria da empresa autora do software ‘livre’. Mas ninguém sabe como esta empresa foi escolhida. Finalmente, as recentes notícias sobre a criação de uma nova estatal para atuar no setor de banda larga, mostram que o ‘apetite’ do Estado para concorrer com a iniciativa privada no setor continua a crescer. Não cabe a nós fazer uma avaliação jurídica-política sobre o desrespeito ao Estado de Direito. Mas cabe-nos alertar que, para transformar o Brasil num player importante no mundo da Tecnologia Informação, dentro de um nível global, temos que ter regras jurídicas justas e estáveis, para que as empresas nacionais se desenvolvam e possam competir sem se deparar com ‘surpresas’ no meio do caminho. Assim, será imprescindível que tenhamos um conjunto de novas leis, específicas para o setor, assim como ocorre, por exemplo, com o petróleo ou a energia.
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Carreira
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Foto: glowimages.com
do CSO
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Carreira
O avanço do Felipe Dreher
AINDA MUITO BASEADO EM EMPIRISMO, O CARGO DE DIRETOR DE SEGURANÇA GANHA IMPORTÂNCIA NAS COMPANHIAS NACIONAIS. A BUSCA É POR PROFISSIONAIS CAPAZES DE DOSAR PERFIS TÉCNICO E GERENCIAL QUANTO VALE UMA INFORMAÇÃO? EM TEMPOS DE GOVERNANÇA, BOLSA DE VALORES E MERCADOS EM CONSOLIDAÇÃO acessar dados confidenciais pode render prejuízo (ou lucro) de algumas centenas de milhares de reais. Muitas companhias já se atentaram para este fato — algumas até de forma dolorosa, depois de amargarem situações constrangedoras — e isto vem impulsionando uma razoável popularização de outro “C” dentro da hierarquia corporativa. Trata-se do chief security officer (CSO), profissional com a missão de estabelecer normas de segurança.
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Por volta do ano de 2004, a consultoria de recrutamento e seleção Fesa aceitou um job para conduzir um processo de um diretor de segurança para uma empresa de cartões de crédito. A ideia era a achar um profissional qualificado em poucos dias. “Foi uma tarefa difícil, pois não havia muita opção no mercado”, recorda Ana Luiza Segall, diretora para área de TI e telecom da prestadora de serviço, citando que existiam muitos técnicos e poucos gestores para a vaga. Quatro anos depois veio uma nova demanda. Desta vez, as coisas não foram tão complicadas. “O cargo estava mais maduro.
Encontramos cinco pessoas qualificadas e o candidato foi contratado em sete dias úteis”, cita Ana Luiza, apontando que, mesmo a tarefa parecendo mais simples, ainda há dificuldade de encontrar executivos no mercado brasileiro aptos a ocupar o posto de CSO. A situação vivida na Fesa revela um mercado de trabalho em crescimento, que evolui da necessidade que as companhias têm no trato das informações. Se no mundo a nomenclatura já existe há aproximadamente uma década, no Brasil, o movimento é mais recente. “Mesmo os CSOs que conseguiram um lugar ao Sol, ainda estão debaixo da TI”, InformationWeek Brasil
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do CSO comenta o diretor da divisão de consultoria em segurança da PricewaterhouseCoopers, Edgar D’Andrea. “Dificilmente, este profissional responde direto para o CEO”, observa o especialista, revelando que o comum nas companhias brasileiras são profissionais seniores no assunto reportando-se aos CIOs. Essa dependência decorre, em muitos casos, do fato de que aproximadamente 70% do conhecimento de um diretor de segurança está Dezembro de 2009
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relacionado com tecnologia. O entendimento sobre o que é TI pode fazer a diferença na hora de definir normas, arquiteturas e avaliar iniciativas sobre o que impactará na corporação. “A questão de segurança da informação começou a vir de dentro da área de informática”, contextualiza o professor da Fiap e especialista no assunto Edison Fontes. Mas a informação não se restringe à computação. Contudo, tal afinidade fez com
que muitos dos que ocupam o cargo de gestor de segurança tenham (ou, no mínimo, tiveram) um pé no departamento de tecnologia. A afirmação indica, ainda, uma possibilidade interessante para quem está na TI e quer uma mudança sutil na carreira. A estes profissionais, aconselham-se abrir horizontes, buscar noções amplas dos conceitos de segurança e estabelecer vínculos com o negócio. “É preciso ver cada uma das árvores e, também, poder visua-
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Carreira O mercado de trabalho está em crescimento e evolui da necessidade que as companhias têm no trato das informações VONTADE DE APRENDER
Cesar Augusto Kadota não faz o tipo durão. Pelo contrário. Sujeito simpático, de fisionomia oriental, aparenta menos do que os 47 anos que tem. Em seu perfil no LinkedIn, define-se como gerente de segurança da informação. Desde 2006, trabalha na Net, onde coordena uma equipe de cinco pessoas que o ajuda a gerenciar 470 mil logins, 10 mil estações de trabalho, 13 sistemas auditados por Sarbanes-Oxley (Sox); além de bloquear 5 milhões de spams todos os meses. Na hierarquia, reporta-se ao CIO da operadora. Fora isto, integra um comitê composto por líderes de negócio que se reúne de tempos em tempos e o ajuda nas ações. Sua rotina começa cedo. Chega às 7 horas à companhia, acessa seus e-mails, alguns sites de notícia e blogs para saber se existe algo na iminência de ocorrer e que, de alguma forma, pode impactar a operação da operadora de TV. No restante do dia, sua agenda registra reuniões e mais reuniões até por volta das 19 h, quando sai da empresa mantendo o celular ligado. Kadota se define como um autodidata. “E quem na área de segurança, não é?”, questiona, apontando este traço como algo comum entre os que escolheram trabalhar com tema. “Os hackers inventam novos ataques a cada segundo”, justifica o executivo que estudou por conta própria vários tópicos de segurança, mas ainda não tirou nenhuma certificação na área. “Me dediquei à parte administrativa”, resume o gestor, afirmando ter lido vários livros para compor sua formação, manter-se sempre atualizado e trocar, com frequência, informações com colegas. Para suas atribuições, cursou uma pós-graduação e um MBA em telecomunicações. “Rede é fundamental”, menciona. Formado em análise de sistemas, o gestor da Net começou carreira na TI de um banco, nos anos 80, como
Foto: Ricardo Benichio
lizar a floresta”, ilustra Fontes. Em outras palavras: CSOs têm à frente uma grande gama de assuntos que tocam vários ambientes corporativos; eles têm de ver o todo, mas se atentarem aos detalhes. Há no mercado diversos cursos e, pelo menos na opinião das fontes ouvidas para esta reportagem, as oportunidades de trabalho são latentes — com um salário inicial para gestor de segurança estimado na casa dos R$ 15 mil ao mês (mais bônus). “A carreira está em franca expansão”, avalia Zilta Marinho, diretora de educação da Módulo, entidade que, desde 2002, formou mais de mil profissionais em seu curso de CSO. Armar-se com certificações, MBAs, graduação e pós-graduação é um bom ponto de partida, mas pode não ser tudo. “Muitos dos profissionais que se destacam na área se viraram e foram atrás de maneiras para construir sua carreira de forma independente”, comenta Fontes. Para entender um pouco mais desta carreira e do dia a dia de um CSO, InformationWeek Brasil acompanhou o trabalho de algumas pessoas que trilharam este caminho.
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Kadota, da Net: autodidata, ele não tirou nenhuma certificação na área e se dedicou à parte administrativa, cursando pós-graduação e MBA
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Dastis, da PwC Brasil:
“Aprendi, ao longo do tempo, que o mais importante não é a segurança como um fim, mas a gestão do risco”
operador de mainframe. Seguia uma carreira clássica pelo departamento de tecnologia até que assumiu o desafio de coordenar a área de disaster recovery na BCP (hoje, Claro). “Foi aí que entrei em segurança especificamente”, determina, citando que realizou alguns cursos para completar o conhecimento acadêmico e, no posto, precisou aproximar-se das áreas de negócio da companhia. Na época, Kadota gerenciava três funcionários e um time de consultorias terceirizadas. Por volta de 2001, ele recebeu uma proposta para assumir a gerência de segurança da informação na Telefônica. Recuperação de desastres, então, passou a ser apenas uma de suas atribuições diárias. Entre as diferenças dos cargos, o executivo lista que orçamento, responsabilidade e gestão de pessoas ganharam mais ênfase. “Técnico é fundamental, mas o cara tem de ser bom em relacionamento para saber vender suas ideias”, ensina, afirmando que em sua carreira passou apenas por uma situação mais tensa, na qual sistemas de uma das empresas onde trabalhou no passado foram infectados por vírus e o assunto chegou à imprensa. Foram 12 horas de muito trabalho para administrar o transtorno. Tirando isto, só questões de rotina. “Problemas acontecem todo o dia, mas são coisas pequenas.”
RELAÇÃO ANALÓGICA
Armando Linhares Neto também não detalha grandes percalços na carreira como CSO. Segundo o executivo de 39 anos de idade (dos quais sete como diretor de segurança), o caso mais complicado que vivenciou ocorreu de maneira banal e sem ligação direta com a TI. Foi mais o menos o seguinte: uma área da empresa onde trabalhava planejava ações
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Foto: Ricardo Benichio
Carreira que não chegaram a se materializar. A informação era restrita, mas um funcionário comentou o tema em casa. A esposa do profissional mencionou o assunto estratégico com um grande número de pessoas. Foi como se um cano hidráulico rompesse, tamanho o impacto do vazamento. A história mostra como o cargo de gestor de segurança não se vincula apenas à TI. Apesar disto, Linhares Neto, atualmente na Infoglobo, começou sua carreira prestando suporte à tecnologia nos idos anos 90 — um início muito parecido com o de Kadota. Quando a rede da empresa na qual trabalhava passou a ser estruturada, ele foi chamado para atuar na manutenção, cuidando para que os servidores não ficassem expostos. Até então, recorda o executivo, não havia uma estrutura formal de segurança nas companhias. A questão tocava bastante os atributos técnicos e gestão da infra. “Junto das facilidades da tecnologia, veio o pacote responsabilidade”, analisa. Na sua visão, os profissionais que cuidavam da rede acabaram assumindo assuntos relativos à segurança. Pelos menos foi o que ocorreu com Linhares. Sabendo falar o idioma técnico, hoje se reporta ao presidente da companhia e tem o CIO como par. O executivo assumiu a função de diretor de segurança em uma companhia da vertical de finanças. “Aceitei aquilo como um desafio.” Sua formação técnica casou com o perfil que a empresa buscava. No InformationWeek Brasil
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Comgás investe R$ 50 A segurança currículo, ele registrava uma graduação em engenharia, uma pós em análiPrincipaisem Certifi cações milhões CRM e billing governo Aofederal se de sistemas e outrado em telecomunicações. aceitar o cargo, o executivo
CISSP SSCP CISM
Em um projeto de 18 com o apoiobuscou da Accenture Administrar a segurança entrevista formações ligadas a negócio. Fez isto por meio de dois exclusiva MBAs. “Muda meses, a área de TI da e da Logica, que formaram da rede de uma grande ao IT Web. a forma de trabalhar, pois começa a entrar mais na estratégia”, compara o Companhia de Gás de São um consórcio na prestação empresa não é algo fácil. De acordo com ele, profissional, que seu papel, hoje, é definirapenas políticas e normas, além CERTIFIED INFORMATIONmigrou SYSTEMS SECURITY PROFESSIONAL Paulo (Comgás) de consultoria, além da dizendoImagine, então, ter sob uma das redes os sistemas de CRM e de própria SAP. suapossam responsabilidade recebeu três milhões de deInternamenavaliar projetos que gerar riscos à corporação. faturamento em um inves- te, foram mobilizadas dados de 39 ministérios e ataques em um ano. “Mas timento de R$ 50 milhões. 35 pessoas que atuaram seis mil órgãos federais, 1% deste total é o que me (E DE De acordo com o CIO, durante todo VISÃO o projeto. “ADE DENTRO onde estão alocados 900FORA) preocupa, que é a tentatiSECURITY CERTIFIED PRACTITIONER Desde março de 2009, Dastis trabalha como gerente-sênior nacerca área RobertoSYSTEMS Newton Carneiro, implantação foi em conmilRicardo servidores públicos. va de invasão.” São a estrutura anterior não junto, sem piloto, sem diSem contar 320 grandes de duas mil tentativas de segurança da PricewaterhouseCoopers (PwC) Brasil. Antes disso, ele defisuportaria a demanda que visão por fases”, comenta redes e sistemas por onde de invasão a cada ano. nia seu cargo como CISO (chief information security officer), justificando que a adição de novos clientes Carneiro. A infraestrutura trafegam informações Em geral, criminosos em sealteração, reportava mais ao ultraconfidenciais CIO e não diretamente ao presidente. Nas empresas petraria. CERTIFIED “Como tínhamos precisou de pois envolbusca de informações INFORMATION SECURITY MANAGER ERP da SAP, fizemos um não comportava o dimenEsta estratégicas. las quais passou não vendo havia aoutros figurapaíses. do CSO. “Bem ou mal, eu ocupava a funmovimento para conversionamentoção”, novo, e alguns é a realidade Para ocarreira diretor,na as área açõespor resume o executivo, hoje comde 35Raphael anos, que iniciou gir.”, lembra, explicando módulos do ERP também Mandarino Jr, diretor da promovidas pelo governo de 1995. Recém-formado em ciências da pela Universidade que optou pelo produto tiveram de volta ser atualizados. divisão de segurança dacomputação precisam envolver a socieFederal estão do Rio Grande do Sul (UFRGS), resolveu empreender empresa SAP, com as ferramentas Os novos sistemas informação e comunicadade comonuma um todo, já que MySAP CRM e IS-U CCS. em operação diacomputadores. 1º ção doAgabinete mal-configurados dedesde rede de demandainstitudo mercadopontos direcionou a companhia O processo, iniciado em de julho deste ano. cional da Presidência da podem gerar possibilidade a prover soluções de segurança. Por volta do ano 2000, a firma de Dastis foi janeiro de 2008, contou (Vitor Cavalcanti) República, que concedeu de ataque. o de risco.” absorvida e tornou-se uma filial da Módulo na região Sul do País. Com isto, o
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Carreira
ele se reporta ao presidente da companhia e tem o CIO como par
profissional passou a responder pelo cargo de gerente-geral da operação local. A guinada de mercado ocasionada pelo estouro da bolha da internet mudou o rumo da história. Mais ou menos naquela época, a Telemar montava uma equipe de segurança informação e Dastis foi convidado para integrar o time. Em 2002, quando o gerente da unidade deixou a operadora, ele foi promovido e permaneceu até 2005. Uma nova oferta de trabalho ocorreu e o executivo mudou-se para São Paulo para assumir um posto similar na subsidiária brasileira da Basf, focando ações de segurança na operação da companhia em toda América do Sul. O profissional atribui o rumo dado à carreira a um mix de casualidade e oportunidade. O executivo acredita que a promoção para o cargo de gestor na operadora de telefonia deve-se à bagagem que acumulou como gerente da consultoria Módulo. “Curso
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Foto: Leo Pinheiro
Linhares Neto, da Infoglobo:
e certificação, na época, eu não tinha”, recorda, dizendo que os aspectos técnicos que contaram a seu favor não foram medidos por formação estruturada, mas pela experiência de implantação de tecnologias. “Aprendi, ao longo desse tempo, que o mais importante não é a segurança como um fim, mas a gestão do risco”, analisa Dastis. “Todo mundo sabe que nada é 100% seguro. Logo, algumas coisas terão um grau de exposição maior ou menor. A principal rotina deve ser: o que é preciso para conseguir justificar os projetos a partir do retorno sobre o investimento”, comenta, dizendo que essa clareza ajuda na tomada de decisão dos diretores da companhia para trabalhar de forma preventiva.
ADMINISTRATIVO
A busca de perfis mais vinculados aos negócios pode esconder uma questão velada sobre profissionais de segurança. Entre os entrevistados, permaneceu a impressão de que todos gerenciavam times de três até oito funcionários. Claro que não é possível afirmar que esta seja a realidade para todo mercado, mas ao menos mostra uma faceta a ser considerada. “Os departamentos são enxutos”, define Cezar Kadota, da Net, dizendo que esta questão faz com que o time da operadora trabalhe mais no nível gerencial, indicando rumos aos profissionais terceirizados. “Não daria para fazermos o operacional com tal quantidade de pessoas”, revela. Tanto que o gestor menciona que sua equipe não tem certificações. “Valorizo, mas não é algo obrigatório”, conta, afirmando já ter entrevistado pessoas que já tem CISSP e CISM. “Não estou desmerecendo. Mas, às vezes, a experiência é mais importante”. InformationWeek Brasil
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Para Ana Luiza, da Fesa, no Brasil, ainda há dificuldade de encontrar executivos aptos a ocupar o posto de CSO Além disso, um fator considerado indispensável pelo gestor de segurança da Net na hora de contratar um profissional é confiança. “Temos acesso a muitas informações que a maioria das pessoas não tem”. Por isso, o executivo revela que, geralmente, sugere para o RH nomes de candidatos vindos de indicações de colegas. Portanto, uma dica para quem quiser seguir carreira na profissão passa por fazer uma boa rede de relacionamento e preservar sua integridade. “Tome cuidado com o que fica postando em blog, Twitter, Orkut”, aconselha Kadota. Atualmente desempenhando a
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função de consultor, Dastis recomenda que quem quiser ser CSO precisa considerar experiências técnicas sem perder o foco no administrativo. O especialista revela que é interessante aos postulantes ao cargo de diretor da área encarem os benefícios da segurança sempre visando ao negócio. “Isto trará diferenciais”, sintetiza. Edison Fontes, da Fiap, lista características pessoais exigidas na função: “O CSO tem de ter um pavio longo e planejar.” Para o especialista, uma das tarefas mais difíceis do cargo é priorizar as ações dentre tantas urgências. Sobre os
atributos gerenciais, Zilta Marinho, da Módulo, diz que os CSOs, cada vez mais, precisam pautar sua atividade no ambiente macroeconômico e social, sendo mais atentos aos negócios, às coisas que acontecem no mundo (dentro e fora da TI) e medindo como estes acontecimentos impactam a companhia onde trabalham. Para os profissionais que almejam o posto, a executiva aconselha cursos de formação específicos, conhecimento técnico, aperfeiçoamento das habilidades gerenciais, curiosidade e, mão na massa, para cavar oportunidades na área. IWB
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Na Prática
Créditos: Divulgação BM&FBOVESPA.
Autoestrada v Castro, da BM&FBovespa: "Tivemos a fusão e, desde então, temos operado as duas com segmentos distintos"
O mundo capitalista moderno transformou fronteiras em linhas etéreas. As tecnologias, por sua vez, revolucionaram o fluxo monetário ao redor do globo. Instituições financeiras da Ásia, Europa, África, Oceania e América ficaram a apenas um clique de distância. A história recente intensificou esta relação — e o mercado pulsante dos últimos anos levou as empresas (e pessoas) às Bolsas. Acompanhando esta mudança, a BM&FBovespa iniciou um projeto para ampliar as formas de acesso à Bolsa. “A iniciativa visava à maior capacidade de distribuição”, resume Márcio Castro, diretor de tecnologia da informação para sistemas de negociação da casa. No limiar deste movimento, a entidade desenvolveu e partiu para implantação de uma série de modelos que impulsionassem novas formas de negócios. Dentro deste contexto, a partir do final de 2007, a
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casa travou diálogos para estabelecer parceria operacional com a norte-americana Chicago Mercantile Exchange (CME). A medida abriu fronteiras para comercialização eletrônica de commodities agrícolas, mercado futuro e derivativos do Brasil para mais de 80 países. “O acordo faz com que nossos instrumentos de negociação fiquem disponíveis na plataforma eletrônica deles.” A parceria demandou a construção de uma extranet entre as bolsas parceiras por meio de um link privado de alta velocidade com 40 Mbps. Via conexão, as ofertas da BM&F são transmitidas em tempo real para os usuários da plataforma eletrônica Globex, da CME. O caminho inverso também é verdadeiro, com iniciativas de compra e venda nos Estados Unidos sendo roteadas pelo sistema de negociação de derivativos GTS (Global Trading System), em São Paulo. InformationWeek Brasil
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a virtual Felipe Dreher
BM&FBovespa usa tecnologia para impulsionar acesso ao mercado de derivativos e capitais O planejamento, o desenvolvimento e a integração consumiu nove meses de trabalho e envolveu profissionais de diversas áreas. A solução foi desenhada para gerar o mínimo impacto para os usuários. O diretor explica que, além da rede, foram colocados servidores para receber mensagens nas duas pontas e máquinas para converter protocolos. “Mesmo que exista padronização na linguagem, cada Bolsa atua com dialetos distintos”, comenta. “Não posso exigir que um cliente final conheça seu código junto ao corretor”, enfatiza o profissional, apontando que, mesmo atuando no mercado externo, esses investidores operam como se estivesse atuando localmente. Segundo Castro, atualmente, o volume diário de informações trocadas entre as entidades em São Paulo e Chicago gira em torno de 70 milhões, com forte crescimento. O volume de informações trocadas diariamente entre as casas é de 70 milhões. Esse volume vem crescendo fortemente com o passar do temDezembro de 2009
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po. Além disso, o segmento BM&F já registrava, com base em números de setembro, 1,785 milhão de contratos negociados pelo Globex. De acordo com o diretor, em várias outras ocasiões tentou-se a integração entre bolsas de valores de países distintos. “Poucos projetos foram até o fim”, diz. Na visão do executivo, talvez o principal elemento de sucesso da aliança foi o respaldo tecnológico que foi possível graças ao amadurecimento do mercado de redes e a padronização dos protocolos. Agora, a BM&FBovespa estuda um potencial acordo com a Nasdaq OMX Group. A aliança prevê o compartilhamento de uma série de serviços, gerando oportunidades de cooperação na área de TI. Se sair do papel, a parceria representa o desenvolvimento de um sistema de roteamento de ordens muito parecido com o existente com a CME. Só que, desta vez, a possível medida tocará negociação de ações, uma vez que contempla o segmento Bovespa.
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Na Prática Provendo acesso Existe uma direção tecnológica forte para novas formas de conexão e acesso com o objetivo de ampliar distribuição não só para usuários internacionais como para o mercado em geral. “Ao longo de 2009, tivemos várias iniciativas de ampliação de capacidade”, comenta. O movimento alinha-se à uma busca, perceptível até em investidores mais tradicionais, pelo mercado de capitais como uma forma de potencializar seus rendimentos. Com isso, somam-se esforços tecnológicos para ampliação da abrangência do sistema de negociação de acesso direto ao mercado (DMA, na sigla em inglês) da BM&FBovespa. Em maio, entrou em operação uma nova versão do Mega Bolsa, reduzindo pela metade o tempo de processo das transações eletrônicas. Cinco meses depois, um novo gateway (Mega Direct) melhorou ainda mais o desempenho, fazendo com que o tempo de resposta caísse para um décimo do verificado desde a evolução anterior. A facilidade propiciou um salto quantitativo. Em outubro, as transações realizadas por roteamento de ordens via DMA ao segmento BM&F representaram 15% do total de 34 milhões contratos negociados. Já os negócios sobre o sistema no segmento Bovespa representaram 59% do total de 9 milhões de negócios. Vale ressaltar: o segmento BM&F possui quatro modelos de acesso direto ao mercado, enquanto o Bovespa, até então, oferece apenas o “tradicional”, no qual o cliente acessa o sistema Mega Bolsa por intermédio da estrutura tecnologia da corretora. Mas, ainda em 2009, isso deve mudar com a extensão de facilidades que operam na bolsa de mercadorias e futuros para o segmento de ações. A medida — após aprovação da Comissão de Valores Mobiliários, a CVM — levará as modalidades provedor (via provedor de acesso), conexão direta e colocation (instalação de computador dentro da Bolsa) para o segmento de negociação de ações. Só em 2009, a TI da BM&FBovespa conduziu mais de 12 projetos. As incursões seguem ainda para estabele-
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Em foco
Desafio: ampliar acesso de
usuários à Bolsa Solução: fortalecer canais de negociação e estabelecer parceria com bolsas internacionais Resultado: solução de DMA já representa volume significativo dos negócios da BM&FBovespa
cer uma interface única e padronizada entre os segmentos para o usuário. A iniciativa começou em maio e deve ser concluída até o final do ano. “Tivemos a fusão e desde então temos operado as duas com segmentos distintos”, comenta o executivo. A medida de integração, na opinião do diretor, acarretará redução de custos e facilidade no fomento de negócios a partir de oferta combinadas. As equipes de tecnologia trabalham em conjunto desde agosto de 2008. “A principais metas de sinergia já conquistamos”, avalia, dizendo que restam apenas sistemas que demandam cronograma mais longo. iwb Information Week Brasil
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Aposentando o legado A indústria de fios e cabos Sil substitui sistema de vendas obsoleto por tecnologia que fica disponível na internet
FOI POR VOLTA DE 2006 QUE A EMPRESA DE FIOS E CABOS SIL RESOLVEU APOSENTAR O SISTEMA DE VENDAS desenvolvido havia um bom tempo para rodar em DOS. A tecnologia estava obsoleta, dava problema e precisava ser instalada no computador dos vendedores. Toda vez que o sistema falhava, a TI era acionada. Os chamados eram constantes. Não bastasse, o número de representantes crescia. A internet, naquela época, já era algo consolidado e estava — novamente — forte depois do estouro da bolha. A indústria, então, optou por usar as estruturas da rede mundial para sua nova plataforma. Com quatro pessoas na equipe, o gerente de TI da empresa, Vicente Sugui, procurou uma fábrica de software capaz de desenvolver a solução desejada dentro de um prazo razoável. Fechou contrato com a ITGroup para tocar o projeto. Em quatro meses a nova ferramenta de vendas já operava de forma parcial. Colocada em produção, a empresa identificava melhorias e ajustava a plataforma. Levou um ano para o sistema estar do jeito que roda atualmente. A nova versão ganhou o nome SILOnLine. Nas palavras do gestor, a modernização deixou o processo de cadastro de pedidos e clientes, comissão, consulta a cadastros e acompanhamento de vendas mais fácil, simples e rápido.
Em foco
Desafio: melhorar o sistema de vendas para representantes
Solução: desenvolver uma ferramenta disponível na web Resultado: facilidade, agilidade e rapidez no processo de vendas
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“O formulário online tem tudo aquilo que o representante já estava acostumado”, comenta Sugui, salientando que a base de dados utilizada na tecnologia antiga foi completamente aproveitada. Por meio de uma conexão segura na internet, os 53 profissionais de vendas são redirecionados à ferramenta, armazenada em um servidor da companhia. Sempre que um pedido é gravado, um atendente revisa as informações e envia a solicitação para os trâmites administrativos. Levar a plataforma para “a nuvem computacional” reduziu a demanda por suporte na área de TI. O próximo passo é aproveitar as informações de vendas e integrar com um sistema de planejamento e controle de produção (PCP), em fase final de desenvolvimento, também pela ITGroup. De acordo com o gerente, a tecnologia entra em produção no início de 2010. A integração facilitará bastante a rotina. “Hoje, a programação da fábrica é feita a olho”, diz o gestor, que pondera: “imagine todos os itens que temos?”. Sugui explica que a linha de manufatura é extensa, composta por produtos de várias bitolas e diferentes cores que variam de acordo com a região e com normas técnicas. O PCP fará um levantamento de todos os pedidos registrados no SilOnLine, verificando estoque e emitindo ordem de produção, refletindo mais precisamente as vendas feitas pelos representantes. “Vai aumentar a produtividade e baixar os custos”, comemora o executivo. (FD)
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Vida simples Vitor Cavalcanti
MATEC APOSTA EM SOLUÇÃO DE COMUNICAÇÃO UNIFICADA PARA MELHORAR GESTÃO DA TELEFONIA E ZERA CUSTOS COM SUPORTE TÉCNICO
QUEM NÃO CONHECE AQUELE VELHO PABX QUE, QUANDO ERA NOVIDADE, ATÉ CURSOS AS SECRETÁRIAS FAZIAM PARA OPERÁ-LO? Diversas teclas, ramais a decorar, funções que ficaram obsoletas com o advento das novas tecnologias. Mas é fácil encontrar empresas que ainda dependem destes produtos, mesmo que mais modernos. Isto decorre, principalmente, porque a evolução vem acompanhada de preço elevado, muitas vezes, proibitivos para a maior parte das empresas. Chega um momento, no entanto, que não tem jeito. A dor de cabeça e o custo gerados por manutenções e suportes sequenciais fazem qualquer um pensar em adotar algo mais moderno, que facilite a vida, deixe os processos mais ágeis e, principalmente, reduza custos. Com isto em mente — e também por orientação dos executivos da companhia — o gerente de TI da Matec, Luis Ricardo Velho, saiu em busca de uma solução de comunicação unificada. A ideia inicial nem era levar algo muito sofisticado para a empresa de engenharia, mas uma solução que, logo de início, pudesse resolver o impasse de gastos com suporte técnico para coisas simples, o que acontecia pelo não domínio da tecnologia utilizada. Um exemplo clássico citado pelo executivo e que costumava gerar vários chamados para prestadores de serviço em suporte é a mudança de grupos de ramais ou mesmo a criação de uma extensão. “Buscávamos uma tecnologia que pudéssemos dominar, ter conhecimento e operar sem ajuda”, relata Velho.
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A procura começou em julho de 2008, a partir de uma pesquisa de mercado que envolveu cinco fornecedores: Alcatel-Lucent, Cisco, Nortel, Ericsson e Avaya, sendo esta última escolhida. “As soluções eram parecidas, mas a simplicidade me chamou a atenção. As outras eram mais parrudas para operações com 10 mil ramais e precisamos entre cem e 150”, justifica. InformationWeek Brasil
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Antes da aquisição, a realidade da Matec era um PABX analógico da Panasonic do qual não se tinha o domínio sobre a configuração. Qualquer operação precisava de um terceiro e havia limitação, a expansão de ramais era física e coisas adicionais precisavam de placas”, exemplifica. É o tipo de situação que deixa qualquer gestor de TI maluco, principalmente quando se lida com obras, escritórios móveis e necessita de movimentação rápida de ramais. Os negócios da Matec estão divididos em quatro frentes: imobiliária, comercial, industrial e built to suit (construção, em tradução livre). Isto mostra o dinamismo do dia a dia da companhia que está no mercado há 17 anos e o porquê era necessário uma mudança na gestão do serviço de telefonia. A implantação do IPO 500 da Avaya durou 15 dias — está em funcionamento desde outubro do ano passado — e o custo total do projeto ficou em US$ 30 mil. “É uma solução híbrida, podemos usar serviço analógico e IP, além de poder ser estendida até 500 ramais.” Há ainda um aplicativo de gerenciamento para cada ramal utilizado pelo usuário no próprio PC. Assim, é possível marcar reuniões, consultar agenda e saber quem está ligando, por exemplo. De acordo com o gerente de TI, uma das premissas da empresa era trocar
o PABX sem alterar a rede ou mexer demais nos aparelhos. Eles compraram alguns telefones IP — basicamente para secretárias — e modelos mais simples para os funcionários, só para padronizar. Tudo isso mudou a rotina da empresa. Com o domínio da tecnologia, a criação e a realocação de ramais ficou mais ágil. “A estabilidade do sistema também melhorou muito. Além disso, a economia com suporte foi de 100%”, atesta. No entanto, o custo das ligações não foi reduzido, porque a companhia manteve o contrato com a Embratel e não instalou muitos ramais IP. Os funcionários instalados na sede da companhia são os que mais sentiram as mudanças ocasionadas pela solução de comunicação unificada. Nas obras, como explicou Velho, ainda não se usa IP. “O que posso fazer é ativar um ramal IP na obra. O limitador é a internet, que ainda é instável. A qualidade degrada a conversa por conta do link.” Na sede isto não acontece, pois possuem uma rede de fibra ótica. Apesar de ainda não aproveitar todo o potencial de economia que a telefonia IP pode oferecer, Velho aponta que isso está nos planos da empresa. “Tem IP que é ruim, que precisa substituir os equipamentos, mas vamos testar IP. De início, queríamos agilidade e conseguimos iwb isso”, resume.
Em foco
Desafio: melhorar gestão da telefonia e eliminar custos com suporte técnico Solução: investimento de US$ 30 mil em sistema de comunicação unificada Resultado: zerou gastos com suporte e passou a ter domínio da tecnologia para atender a demandas rapidamente
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Na Prática
Partindo do z Vitor Cavalcanti
São José dos Campos informatiza sistema de saúde e melhora o agendamento de consultas com desktops virtualizados
A cidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo, é conhecida pela indústria aeroespacial, segmento que lida com alta tecnologia e faz parte do dia a dia do município desde 1950, quando foi instalado o Centro Técnico. Desde então, houve um grande crescimento — tanto populacional, quanto no processo de industrialização —, mas algumas áreas não acompanharam esta evolução. Uma delas é a saúde municipal que, até 2005, não tinha nenhum processo informatizado. O agendamento de consultas era manual, as unidades não contavam com computadores e faltava um sistema centralizado para computar os dados dos pacientes. Uma realidade que tendia a piorar com o aumento da população, hoje em torno de 615 mil habitantes, de acordo com dados da prefeitura da cidade. “O nível de informatização era muito pequeno e São José dos Campos sofria para conseguir gerenciar os recursos de saúde”, explica Marcelo Augusto Ferreira, chefe da divisão de informática da secretaria de Saúde. À frente do projeto de informatização e gerenciamento do agendamento de consultas, Ferreira lembra que o trabalho acontece desde 2005, quando foi desenvolvido um sistema com regras para marcação — como critérios de quarto, vagas para idosos, retorno, primeira consulta, área de abrangência, bairros atendidos por cada Unidade Bási-
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ca de Saúde (UBS), entre outros. Antes disso, apenas dois hospitais administrados pela prefeitura possuíam parte do atendimento informatizado. Um dos problemas no processo de informatização da saúde em São José dos Campos era a descentralização das unidades e algumas UBS instaladas em zonas rurais, a cerca de 60 quilômetros do centro da cidade. “Precisávamos garantir o atendimento de forma homogênea”, avisa. Depois de desenvolvido internamente o sistema, Ferreira precisou resolver como seria este acesso. Uma das opções era instalar o software nas máquinas das unidades. No entanto, ele acabou decidindo por um processo que cresce em adesão, a virtualização de desktops. A solução XenApp, da Citrix, foi escolhida para resolver o problema. As primeiras licenças do produto foram adquiridas em agosto de 2005, sendo este o primeiro contato da secretaria com sistemas de virtualização de desktops. O software desenvolvido pela equipe de 12 pessoas ficou hospedado no data center da secretaria de saúde e, cada UBS, o acessa via web. “Dentro do meu próprio servidor, faço com que as unidades usem o sistema.” Trata-se de um grande projeto que, em três anos, com licenças, adequação de infraestrutura e compra de link, consumiu pelo menos R$ 5 milhões. “Tínhamos uma situação que era falta de informatização. Tinha gente que InformationWeek Brasil
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o zero nunca havia usado PC”, relembra. “Partimos para treinamento básico de noções de informática”, detalha. De acordo com Ferreira, depois de desvendado o mundo do computador para esses funcionários, a parte mais fácil foi mostrar como se acessava o sistema por meio da virtualização. Embora o projeto ainda não esteja 100% concluído, como Ferreira faz questão de ressaltar, os resultados com a informatização já são colhidos. Em setembro de 2009, 52.178 mil consultas foram disponibilizadas para os munícipes, apenas na parte de atenção básica, onde estão clínico geral, gineco-obstetra e pediatra. As demais especialidades responderam por mais de 33 mil consultas. Esse número elevado de atendimentos só é possível por conta de uma me-
lhor gestão da base. Eles uniram regulação e controle das agendas da rede para que o tempo de marcação não ultrapassasse os 30 dias, isso desde meados deste ano. “Foram quase três anos de trabalho. O sistema é grande e as unidades espalhadas. Precisávamos levar para todas as unidades e garantir homogeneidade.” Antes do sistema, a agenda era aberta e as datas das consultas ficavam muito espaçadas, elevando a probabilidade de ausências. Com a readequação das regras, Ferreira garante ter sanado o problema. Hoje são 65 pontos de acesso. Além da rede própria, a TI providenciou integração com os sistemas das redes conveniadas. “Iniciamos este trabalho com um prestador e tiiwb vemos sucesso.”
Em foco
Desafio: melhorar gestão do sistema de saúde e informatizar marcação de consultas
Solução: investimento de R$ 5 milhões no desenvolvimento de um sistema e na compra de licenças de software de virtualização de desktops Resultado: mais de oitenta mil consultas agendadas pelo sistema e redução de ausência
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Dudinka MEU AMIGO MARCOS TOLEDO RECENTEMENTE LANÇOU UMA CAMPANHA. ELE PAGA US$ 500 PARA O PRIMEIRO QUE MOSTRAR A ELE UM CARIMBO DE PASSAPORTE DA FAMOSA DUDINKA, eternizada nos jogos WAR. Para ele, assim como para mim e outros milhares de conhecidos, tal país não existe. Assim é com o mundo da tecnologia. Muitas tecnologias que leio e ouço falar parecem a tal Dudinka, pois só aparecem em apresentações de planos de negócios, palestras de visionários e presidentes de empresas que as constroem. Algumas delas, de tão visionárias foram impossíveis de serem construídas. Para criar algo mais valioso para cada uma dessas soluções incríveis, adicionam-se alguns fatores, que coloco abaixo: • Em primeiro lugar, ela precisa ser realmente cara, para que poucos ou, digamos, nenhum possa comprála, fazendo então parte do imaginário coletivo; • Precisa ser colocada sempre como uma nova onda. O mercado, às vezes, se assemelha ao Hawaii de tanta tecnologia em onda que já apareceu. Depois do ERP eu já me perdi de tanta onda e marola presente nesse nosso mar; • Precisa ser patrocinada por uma grande indústria ou ter nascido num quarto de faculdade, onde o CEO sempre tem menos de 25 anos de idade e alguns bilhões numa conta, que ele também não sabe o número; • Necessita de uma validação de um grupo de estudo isento, que sempre tem como cabeça um cientista-
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Foto: Ricardo Benichio
Novo mundo
Alberto Leite é diretor-executivo e publisher da IT Mídia twitter.com/albertoleite
chefe que trabalhou em algum projeto há alguns anos, mas demitido desta empresa por apresentar muitos projetos dedicou-se, digamos, ao nada; • Precisa necessariamente de um case. Nota-se em muitos dos casos que os cases são ou de empresas multinacionais, num pequeno departamento num país pobre ou numa cidade de 50 mil habitantes e que ninguém ouviu falar, como Dudinka por exemplo. • Tem uma aplicação genérica, ou seja, não diz porque veio e porque vai, mas diz que vem transformar a forma como as pessoas interagem com outras palavras sem significado tipo: management, environment etc. • Não podem ser questionadas, já que consumiram algum dinheiro e muito tempo de P&D; • Elevam, já no dia seguinte ao seu anúncio, o valor das ações da empresa, criando então um ambiente bastante especulativo e de inúmeras incertezas. Já vi CEOs serem demitidos após um bombástico lançamento; • Elevam o budget das corporações, em busca de diferenciais competitivos (aliás, também não confio muito nessa expressão), criando cenários espetaculares e invariavelmente distantes da estratégia; • Nascem e morrem mais rápido que as borboletas da Ásia, deixando um rastro de infelicidade no ar. Assim como Dudinka, temos inúmeras razões para crer que muitas coisas foram feitas para constar em tabuleiros de jogos, fazer crianças criarem seus cenários, seus sonhos e quem sabe um dia, fazerem apostas de US$ 500. InformationWeek Brasil
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TI
Tech Review
Michael Healey, da InformationWeek EUA
AS EMPRESAS DEMORAM A ADOTAR SISTEMAS CORPORATIVOS DE BUSCA PARA QUE OS USUÁRIOS ENCONTREM DADOS EM DESKTOPS, NA REDE E NA INTERNET. OS DESAFIOS SÃO MAIS OPERACIONAIS QUE TÉCNICOS E A RECOMPENSA É A EFICIÊNCIA
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Imagem: IW EUA
PARANOIA C TODOS CONHECEMOS BEM A DOR DE PERDER UMA INFORMAÇÃO VITAL, SEJA A PROPOSTA DE UM CLIENTE, um documento ou um e-mail importante. Este sentimento intensificou-se neste ano, quando muitos foram forçados a vasculhar os dados deixados para trás pelos colegas demitidos. É uma pena, porque a tecnologia principal que permite a criação destes sistemas de busca existe há mais de 15 anos. Ainda assim, de acordo com uma pesquisa da InformationWeek Analytics com 552 profissionais de tecnologia de negócios, nem 25% das empresas usa qualquer tipo de sistema de busca corporativa.
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InformationWeek Brasil
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A CORPORATIVA
Mas essa não é a pior parte. A pesquisa perguntou quantos dos entrevistados que adotaram algum sistema de busca corporativa realmente o utilizam e se ele oferece uma busca unificada entre redes compartilhadas, banco de dados, aplicativos, intranets, sharepoints e desktops, além de consolidação com navegadores web. Dos 24% que implementaram, menos de 8% oferecem acesso vinculado a diferentes silos. Esses não chegam a 2% do total. Dezembro de 2009
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Tech Review | COMPARANDO CUSTOS | Google e Microsoft Fast GOOGLE
o Google Search Appliance 1001 é um sistema baseado em appliance.
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o sistema oferecido pelo Google (fabricado pela Dell) inclui capacidade de armazenamento para indexar 2 milhões de documentos
US$ 100 mil
Hardware:
Software:
SO Linux, sistema proprietário incluindo web, relatório e busca
Visão geral:
MICROSOF T FAST Uma das vantagens da tecnologia de busca Fast é que o sistema utiliza muitos produtos Windows.
-
entre quatro e seis servidores virtualizados para suporte de indexação; incluindo a acomodação SAN de 500 GB para banco de dados e indexes
US$ 22,5 mil
0
Windows Server 2008 com IIS, Fast ESP e SQL 2008
US$ 99,6 mil
um segundo GSA ajustado no modo “failover”
US$ 20 mil
utiliza reserva criada dentro de um ambiente virtualizado
0
inclui ajuste inicial, integração com o Active Directory, configuração de crawl e links customizados
US$ 15 mil
Integração:
ajuste inicial, configuração de busca, banco de dados, sistema e conectores customizados; fácil integração com o Active Directory
Treinamento:
5 dias
US$ 5 mil
5 dias
Tempo de implementação:
Entre uma e três semanas para teste piloto
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entre uma e três semanas para teste piloto
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Total
US$ 140 mil
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US$ 146 mil
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Reserva:
US$ 13,5 mil
US$ 5 mil
O que está nos segurando? A tecnologia para juntar todos os dados corporativos em um grupo coeso e pesquisável está disponível por meio de vários gigantes como Google, IBM, Microsoft e Oracle, assim como por meio de especialistas como a Automomy, Endeca e Vivisimo. Dito isto, são mais de 50 sistemas de busca disponíveis no mercado e a maioria dos fornecedores continua investindo em novas funções a serem lançadas ou adquiridas, como Microsoft/Fast e Automomy/K2. O problema não é tecnologia, mas os três Ps que prejudicam muitas das iniciativas de TI: políticas, privacidade e percepção. “Ignorar a opção de busca em e-mails foi uma decisão política, não tecnológica”, disse um dos entrevistados que trabalha em uma grande empresa que usa sistema de busca para praticamente tudo, menos e-mail. “Não temos como lidar com esse tipo de ataque em TI.” Traduzindo: esta empresa resolveu cortar um sistema que tinha potencial de tornar os funcionários mais produtivos para evitar os problemas de uma possível mudança na sua política. O medo baseia-se no fato de que a busca em e-mail é uma das áreas mais complicadas que um CIO pode encontrar. As políticas oficiais, em quase todas as empresas, é que os correios eletrônicos são de propriedade da empresa e os funcionários não devem esperar ter privacidade, ainda assim, todos os entrevistados pesquisados limitaram a busca de e-mail em nível individual, com apenas 3% permitindo a busca dentro de departamentos ou equipes. A não ser que você tenha um serviço de e-mail completamente integrado com seu sistema de CRM ou de ERP — algo que raramente vemos — os e-mails trocados entre funcionários e clientes, parceiros e fornecedores são
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InformationWeek Brasil
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“O turn over das companhias de TI é mais alto que mantidos emdo suasmercado, devidas caixasporque importa o que o fornecedor a média sobram vagas, otenha que de entrada. Sedisputas você já dependeu falado. A área de TI precisa acarreta entredeas teempresas pelos melhores um antigo e-mail para reunir pardesenvolver políticas, treinar técnicos”, Andrade, da Robert Half tes de um projeto que deu errado milentender empregados no Brasil e a taxa méou o porquê da recladia de rotatividade é de 1,4% por mês. mação de um cliente, então, você “Desde o início de 2009, a rotatividade está familiarizado com as dores de aumentou em vez de diminuir, por cabeça que isso pode gerar. conta de remanejamentos Privacidade ou o conceitointernos”, de afirmam as analistas de RH da compaprivacidade de um usuário é um nhia, Nívea Watanabe e Cláudia Cruz. tópico que deve ser discutido Para brecar esse movimento,dizer a receita abertamente. Experimente da empresa combina um bom ambiente algo como: “a área de TI controla debuscas” trabalhona e oportunidades de crescias próxima reunião da mento profissional. “Oferecemos novos empresa e veja o telefone do RH desafios e possibilidades de atuação em tocar sem parar. Nós evoluímos todo o território nacional, além de propara uma estranha dicotomia. jetos emde outros países”, diz Nívea. Muitos nós aceitam que o GooO grupo tem 31 escritórios em 13 gle e o Facebook rastreiem todos Estados especialisos nossos brasileiros. movimentosAs e usem tas também pilotam ações esses dados para nos vendervoltadas qualà gestão de pessoal, como pesquisas quer coisa, desde estudos sobre de clima organizacional, avaliação de comportamento até propagandas desempenho, treinamentos comporpay-per-click. tamentais e academias técnicas As pessoas passam dados pes- internas. Agora, o foco é melhorar o kit soais, sem pensar duas vezes, em de benefícios para o corpo supermercados para teremfuncional. algum “Há treinamentos em andamento desconto em coisa pouca. Mas em instituições parceiras ecarnaval programas de fazem um verdadeiro certificações”, exemplifica Cláudia. ao imaginar a possibilidade de a A área de também área de RH TI ter acessoestá aosdesenvolvene-mails do um programa de identificação e às movimentações de web para de talentostodos para mais mapear perfis internos. tornar produtivos. “A meta é realizar uma capacitação Não os pagamos para isso? direcionada ao potencial de cada pesExistem também questões envolsoa.” Apercepções preocupação não sobre é gratuita. vendo erradas A recente política de expansão o que é a busca corportativa e o dos negócios na área SAPempresa. empurrou a que ela pode fazerdepela companhia a investir na Em primeiro lugar, busca contratação corpode mais para ampliar o rativa nãoprofissionais é uma tecnologia do atendimento a clientes. estilo “implante e esqueça”, não Outubro de Dezembro de2009 2009
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usuários, analisar as buscas e responder mensagensdE como “não EscassEz encontrado”. Internamente, cada mão-dE-obra Segundo Victor deve Martinez, CEO da retorno em branco ser visto Thomas Brasil, consultoria especialicomo um caso para o help desk, já zada ferramentas avaliação que se em trata de alguémde que está, que auxiliam empresas a recrutar, reter e de fato, usando o sistema de buspessoal,encontrar a falta deomãocadesenvolver mas não consegue de-obra qualificada é uma das que procura. É um momento derazões do rodízio de profissionais na área de treinamento. TI. “Com o aperfeiçoamento das tec“Não é uma questão de tecnonologias, foi necessário se especializar logia, mas uma questão de bom em determinados de de conhecifuncionamento”, diznichos o diretor mento”, diz. “E este tipo de currículo, busca de uma empresa global de mais específico, é oexpandindo que está faltando consultoria que vem no mercado.” seu sistema há dez anos. Ele diz razão apontada pelo especiaque Outra o gerenciamento de resultados lista para o entra-e-sai de das buscas é ponto númeroempregados um é que a própria área de TI é muito no sucesso da iniciativa, e ele sabedinâmica os profissionais estão sempre em bem doe que está falando. A princibusca do que há de mais moderno pal preocupação dos pesquisados em seus segmentos. “As pessoas que comera justamente o oposto: que os põem esse grupo também pertencem usuários ficariam perdidos em a uma nova dados geraçãoirrelevantes. que não valoriza meio a tantos tanto a permanência por muito tempo É aí que a área de TI precisa em uma mesma organização.” adiantar-se e procurar, entre difeMartinez também observa rentes fornecedores, um sistemaque as talentos por ofedeempresas busca queperdem possa ser integrado recerem remuneração inadequada à infraestrutura da empresa, ine tarefas que não correspondem cluindo o e-mail. Existem muitas ao perfil do profissional. “Há falta de suítes com capacidades diferentes, motivação e de mas lembre-se de ferramentas que muitos de gestão para a árease deoriginaram TI”, afirma. na “Nesse destes sistemas setor, o conhecimento técnico é mais web, portanto, alguns podem não valorizado do que em qualquer realizar funções básicas como outro e esta importância acaba gerando integrar e conectar o Active Di- um dilemaou nas corporações.” o conrectory o Exchange comPara certos sultor, apesar de precisar de executibancos de dados.
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Tech Review Os maiores desafios tecnológicos da busca corporativa 1 - Indexar conteúdo/manutenção de index 2 - Oferecer capacidade de processamento suficiente para suportar as buscas 3 - Oferecer capacidade de armazenamento suficiente 4 - Garantir o acesso apropriado aos resultados das buscas 5 - Implementar conectores para os bancos de dados 6 - Oferecer buscar por toda WAN 7 - Confederar com a capacidade de busca nativa de armazenamento de conteúdo
CARO E ARRISCADO?
Quanto aos custos, pode ser difícil especificar o quadro completo, especialmente se incluirmos as necessidades de e-discorevy e desktop. Os investimentos iniciais podem variar de acordo com o número de documentos e silos de dados a serem indexados. Para ter uma noção melhor do potencial do investimento, nós criamos um cenário envolvendo cerca de 2 milhões de documentos, compartilhamento de arquivos Windows e Unix, integração de servidores SharePoint e Active Directory, sites intranet adicionais, diversos Websites externos seguros e 1.500 usuários acessando o sistema. Fizemos os cálculos contrapondo dois sistemas populares, o Google Search Appliance e o Microsoft Fast ESP. Existem também uma impressão, entre os profissionais de TI, de que os sistemas de busca corporativa representam um risco de segurança. No entanto, dispensar a busca, porque ela representa risco de segurança é uma página arrancada do manual de Barney Fife. Se não sabemos onde os dados confidenciais residem, manter as pessoas no escuro não é a resposta. A maioria das empresas faz uma auditoria interna sobre segurança algumas vezes por ano. De repente, você já roda um sistema que invade, seguramente, sua rede todos os dias. Você acha que, um dia, a Susie, da área de compras, não fará uma busca sobre “pagamento” e encontrará a planilha com o orçamento para 2009 que foi colocada, de forma errada, em um compartilhamento desprotegido? Acidentes como esse acontecem o tempo todo. Mesmo sem busca corporativa, mas com um sistema de busca, você pode apostar que isso acontecerá sem tanto esforço do usuário final. É melhor ser proativo e encarar o sistema de busca corporativa como um enviado dos céus para a equipe de segurança, ajudandoos a identificar, rapidamente, erros de configuração antes que a
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Susie encontre dados confidenciais - acidentalmente, ou não. Além disso, mesmo que você não dê força para o sistema de busca, a maioria das empresas grandes já tem alguns sistemas pouco seguros rodando. Mais de 60% dos profissionais de TI entrevistados deixam que os usuários carreguem suas próprias ferramentas de busca em desktop ou não possuem regras que restringem ou controlam seu uso, o que concede permissão tácita. A Microsoft e o Google dominam o mercado de buscadores de desktop com aplicativos gratuitos que são fáceis de instalar e de usar. O problema é que essas ferramentas de busca em desktop podem liberar uma corrente de tráfego em sua rede para satisfazer as necessidades de busca de um único usuário. E não é bom para área de segurança que permite isso - se você ainda não tem um sistema de busca de baixa segurança rodando em sua rede, terá, e vai doer. Cada index é único para o desktop - sem escala, não agrega resultaInformationWeek Brasil
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dos. Na verdade, nossos testes com ferramentas de busca de desktop mostraram um colossal aumento de 15% de tráfego, por desktop, durante a indexação inicial ou reindexação completa. Multiplique isso por 10 mil desktops. Até o produto de busca corporativa mais básico oferece index de banco de dados unificado com suas informações, e todos usam metodologia de indexação que quase não causa impacto no tráfego. Eles também oferecem o benefício de coleta de resultados, te repassando informações valiosas para ajudar os usuários a encontrarem o que procuram. Afinal de contas, o termo “jobless recovery” está se espalhando conforme a recessão chega ao seu fim oficial. Conforme os negócios melhoram, os funcionários podem ficar numa saia justa. Implementar — e usar — uma tecnologia de busca é uma boa maneira de melhorar a produtividade. Se sua empresa sofreu demissões, os funcionários que continuam Dezembro de 2009
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trabalhando estarão mais ansiosos do que nunca para adotar um sistema de busca. As chances são de que eles já sintam na pele a dor de procurar por informações que estavam na cabeça — ou nos e-mails — de colegas que foram demitidos. Hora de ajudá-los. O primeiro passo é garantir que você tenha um bom mapa de todos seus silos de dados: arquivos compartilhados, banco de dados central, e-mail, até mesmo software como serviço (SaaS) e aplicativos em nuvem. Documente o sistema de busca disponível em cada um deles. Só assim você passará a ter noção dos ganhos potenciais que estiveram bem diante de você por anos. Antes de selecionar o novo sistema de busca, converse com os grupos responsáveis pela segurança e aplicativos e, especialmente, com os administradores. Com o poder da busca virão as reclamações sobre o Big Brother; você precisa ter apoio. “Antes de darmos esse passo e lançarmos a busca, pensamos apenas na pro-
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dutividade”, disse um diretor de TI durante nossa pesquisa. “Depois de alinhar a empresa às necessidades do sistema de busca, fomos capazes de aumentar, e muito, a velocidade com que entregamos informações às nossas equipes”. Lembre-se: mesmo que você reforce as regras e permita busca normal de e-mail, sem um sistema sólido de arquivamento que organize as correntes de e-mail, remova duplicações e realize limpeza automática, você acabará com um monte de informação emaranhada.
A NOVA GERAÇÃO
Nós descrevemos todo o conceito de busca integrada, incluindo o rastreamento de todas as buscas em nível corporativo, para um pequeno grupo de vendendores de uma média empresa distribuidora, na Nova Inglaterra. Todos entre 25 e 28 anos. A resposta deles foi “por que não estamos fazendo isso?”, então descrevemos o mesmo conceito para o CEO da empresa, incluindo como as buscas federadas, não apenas as informações de dentro da empresa, mas também permitem que a área de TI revise todas as buscas e padrões usados pelos usuários e ajuste os resultados de acordo com suas necessidades. Parafraseado sua resposta: “de jeito nenhum vou permitir que a área de TI saiba o que estou procurando”. Sem querer transformar isso num episódio de Oprah, mas ai está ressaltada a grande mudança que vem acontecendo nos locais de trabalho e afetando as áreas de TI de diferentes formas. A próxima geração entende e gosta de computador, espera usar IM no trabalho, não entende como alguém não gosta do iPhone, e sim, quer fazer buscas na web e na rede com apenas uma janela. Você poderia se aproveitar dessa próxima geração para dar início a uma UBM iniciativa de busca federadas (federated search)? Talvez.
Avaliação do impacto: análise do comportamento de rede Risco
Áreas de TI
O sistema de busca federal pode representar um risco de segurança; para evitar problemas, peça uma auditoria sobre o assunto. A área ed TI deve expor os desafios envolvendo questões de privacidade e dados proprietários. A área mais complicada deve ser e-mails em geral.
Empresas
Muitas tecnologias prometem ganhos na produtividade, mas a busca realmente entrega - desde que todos os silos de dados sejam incluídos e a interface seja simples o bastante para que os usuários mais ocupados percebam seus benefícios imediatamente.
O sistema de busca envolve privacidade e controle. Os líderes dos negócios devem aceitar que o sistema precisa ter acesso a todos os dados relevantes e que a área de TI também precisa desempenhar um papel mais ativo ao rever e gerenciar os resultados obtidos por toda a empresa.
Agregar busca interna, de desktop e de web, representa uma incrível vantagem competiCompetitividade tiva. Além de sua equipe obter resultados de busca mais abrangentes, mas sua empresa terá sido uma das primeiras a dar esse grande passo a favor da tecnologia.
Conclusão
Uma falha na segurança de indexação e você corre o risco de perder todo o controle de segurança que foi cuidadosamente desenvolvido para cumprir todas as regras como SOX e HIPAA, possivelmente resultando em multas e/ou péssima relação publica.
Google, Microsoft e outros vários fornecedores competem nesse mercado; a pressão que derrubou os preços indica que você pode experimentar uma grande variedade de produtos até encontrar o que está mais de acordo com as suas necessidades. Superar os obstáculos corporativos e gerais pode ser um grande desafio, mas essa tecnologia vale o esforço.
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Fonte: InformationWeek EUA
Benefício Qualquer sistema que possa ajudar a área de TI a se conectar melhor com as necessidades representa um passo à frente. A TI pode afetar de forma positiva a produtividade, melhorar a segurança dos dados, facilitar compliance e alinhar os processos do negócio.
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Estante
SOA na prática
In Fed we trust
A crise econômica mundial vista do olho do furacão. O editor de economia do The Wall Street Journal, David Wessel, tenta mostrar em detalhes como o Banco Central Americano (FED) desconsiderou meio século de regras para salvar o capitalismo do colapso. A obra é considerada um dos mais detalhados relatos dos bastidores da crise escrito até agora. Editora: Crown Business Preço sugerido: US$ 26,99
Empreenda antes dos 30
Arquitetura orientada a serviços ou simplesmente SOA (da sigla em inglês) é um conceito que vem se mantendo quente ao longo dos últimos anos. A obra de Fabio Perez Marzullo oferece ferramentas úteis para quem quer partir para o modelo e otimizar, ao máximo, a solução na hora de alinhar plataformas de TI a necessidades de negócio.
O empreendedorismo cumpre papel fundamental para amadurecimento e crescimento de toda sociedade. Mas o ímpeto e a ousadia empregado na gestão de companhias nascentes muitas vezes conduzem a realidades desastrosas. Contradizendo o título, o livro apresenta lições e recomendações que podem ser úteis para pessoas de todas as idades que queiram vencer com negócio próprio. Editora: Saraiva Preço sugerido: R$ 19,90
Imagens: Divulgação
Editora: Novatec Preço sugerido: R$ 73
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Inovação
Vivemos em um momento especial. Depois de uma longa espera, o mundo está se tornando realmente conectado. Por todo o globo, quase 5 bilhões de pessoas estão interligadas via telefones móveis. A penetração dos celulares na China, para se ter uma ideia, deve chegar a 100% nos próximos cinco anos. A Índia não fica atrás, mais de um terço da sua população está conectada via rede móvel. Grandes áreas da África também estão chegando rapidamente à curva de adoção. De fato, o mundo está cada vez mais próximo. A quase onipresença da tecnologia móvel provoca um poderoso impacto na vida das pessoas em mercados emergentes. Ela permite que novas conexões sejam feitas e antigas ligações, renovadas. A telefonia móvel permite novas formas de empreendimentos entre as populações rurais. Veja o sucesso do Grameen Phone, em Bangladesh, em que mulheres estão criando negócios para vender serviços de comunicação por meio de celulares. Estimulou, também, a criação de aplicativos inovadores para melhorar a qualidade de vida de fazendeiros. Nano Ganesh (vencedor do prêmio Inovações de Mercados Emergentes, da Nokia, em 2009), por exemplo, consiste em um sistema simples baseado em rede móvel, usado na Índia, para ligar os equipamentos de irrigação nos campos. Um fenômeno parecido está acontecendo nos países desenvolvidos. O aumento na disponibilidade das redes 3G contribuiu para a riqueza da comunicação e do acesso a dados possível por meio de telefones. Um bom exemplo é quantidade de aplicativos disponíveis para a plataforma do iPhone. No período de um ano, mais de 100 mil programas focados no aparelho da Apple foram disponibilizados para uma grande variedade de necessidades, pessoais ou comerciais. Essas inovações não são
Foto: Divulgação
Uma cultura social de inovação Soumitra Dutta é reitor para relações exteriores do Insead e professor de negócios e tecnologia da Roland Berger
criadas por grandes desenvolvedores de software, mas, em muitos casos, por pessoas físicas. Um outro fenômeno similar acontece direcionado a outras plataformas de computação social. Mais de um milhão de desenvolvedores e empreendedores, de 180 países, criaram mais de 350 mil aplicativos para o Facebook, em um ano. Enquanto essas inovações melhoram a qualidade de vida de muita gente, é interessante notar que, normalmente, elas não são originadas em pesquisas de alta tecnologia. A maioria se origina no entendimento e conhecimento das necessidades locais e contextuais e na liberação da criatividade de um individuo. Não é apenas a tecnologia que está se tornando onipresente na sociedade. Uma nova força está se difundindo. Uma cultura social de inovação está emergindo e a tecnologia onipresente a está originando. patrocínio:
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InformationWeek Brasil
03.12.09 12:16:07
JIMENEZ ASSOCIADOS
INOVAÇÃO = EDUCAÇÃO = PROTEÇÃO
Educar é proteger o futuro.
E de proteção, a gente entende.
De forma inovadora e pioneira, a F-Secure Brasil lança o Projeto Social “F-Secure Por Um Mundo Melhor”, dentro do Programa da ONU “8 Jeitos de Mudar o Mundo”. Juntamente com a Linha 2010 das soluções de segurança mais premiadas do mundo, a F-Secure Brasil distribuirá mais de 3 milhões de livros “A Internet Segura do Menino Maluquinho”, do autor Ziraldo, além de mais de 2 milhões de sementes de árvores Ipê. O objetivo do Projeto Social é estimular o hábito da leitura nas crianças, bem como orientá-las para o uso da Internet segura, além de promover a consciência ambiental. Colaborando para a educação e para uma Internet mais segura, a F-Secure Brasil também distribuirá licenças gratuitas de suas soluções para alunos e professores.
É o jeito da F-Secure Brasil proteger sonhos e contribuir para Um Mundo Melhor.
Programa de Responsabilidade Social:
Apoio:
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