Information Week Brasil - Ed. 236

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EXCLUSIVO

Em entrevista, presidente da Oracle no Brasil fala sobre estratégias da companhia

NO RADAR

Fornecedoras de TI apontam quais são seus mercados-chave para 2011

REDES SOCIAIS

Casos emblemáticos ensinam o que não fazer na internet www.informationweek.com.br

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Índice

Fevereiro de 2011 - Número 236

Fixas

06 Expediente 07 Editorial 13 Estratégia 14 IWB Online 32 Segurança 46 Mercado 63 Telecom 72 Novo Mundo 73 Estante 74 Inovação

Indústria

Foco 34 iNDÚsTRia Onde moram as oportunidades. Frente à boa expectativa, fornecedores mapeiam mercados verticais promissores

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44 sTaRTUP Chaordic Systems trabalha para transformar recomendações, em tempo real, em algo personalizado para cada cliente de e-commerce

GEsTÃO

Em um país burocrático como o Brasil, manter os sistemas em conformidade com as exigências legais e tributárias consome tempo e muito esforço da TI. O presidente da Oracle Brasil, Cyro Diehl, fala CIOs lidam com a questão Veja como

de estratégia da companhia, mostra confiança no avanço do País e elogia sistema de vendas para empresas de menor porte da Totvs, classificando-o como modelo imbatível

50 CaRREiRa Sociedade conectada em redes virtuais. Relembre casos emblemáticos do mau uso de ferramentas como Twitter e Facebook

crescimento

Gilberto Pavoni Junior, esPecial Para informationWeek brasil

Carreira

Mau uso das

redes 08 sociais

faz vítimas e derruba profissionais em empresas do Brasil e do mundo. Relembre alguns casos emblemáticos para não repetir os erros já cometidos

Erramos Diferente do publicado na página 16, da edição 235, a foto do executivo saiu trocada e 34 não condiz com Edison Fontes; o executivo retratado na página 54 não é Nilton Martins INDUSTRIA_oportunidades_mercado.indd Vieira, da Totvs, mas Gilsinei Hansen, da mesma empresa, a declaração na legenda também não é do executivo. Na página 50, da edição 231, o autor correto da foto é Guilherme Bergamini.

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Indústria nacional de TI vive um 2011 de excelente expectativa, onde a demanda virá além dos tradicionais compradores de tecnologia como bancos, telecom e Contudo, para 34 50governo. aproveitar as diversas oportunidades, os fornecedores terão que reforçar os 08 ENTREVisTa times de venda Em meio a muitas histórias e exemplificações, Cyro Diehl conta as estratégias da Oracle para InformationWeekBrasil | Fevereiro de 2011 o mercado brasileiro 27 CiO iNsiGHT Carlos Espínola, da Enfil, reflete sobre as vitórias da companhia e os impactos disso na 34 TI; Érlen Abatayguara, da Tejofran, destaca a importância de pensar, agir e ser estratégico; e Luiz Arêas, da Zodiac, demonstra que não há mais espaço para a TI que se preocupa apenas com sistemas e equipamentos.

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58 PERFiL Sempre em busca de uma solução. Conheça a carreira e a vida de Nivaldo Marcusso, da Fundação Bradesco 60 FOR iT BY iT Projeto ConectAG levará recursos de voz, imagem e atualização da versão de chat via texto para profissionais e parceiros da Andrade Gutierrez 62 Na PRÁTiCa Sírio-Libanês implanta login único e facilita trabalho dos médicos 64 Na PRÁTiCa ID Logistics virtualiza 75% dos servidores e ganha facilidade de gerenciamento do ambiente e agilidade para subir novas aplicações 68 TECH REViEW Os vilões têm tempo, números e camuflagens. A abordagem de segurança pede uma gestão de risco unificada para vencer as batalhas

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Nunca nos cansamos de fazer pequenas coisas para nossos clientes. Às vezes, estas pequenas coisas podem fazer a grande diferença. Conexão Única dos líderes de TI 13ª Edição

Liderança Globalmente Responsável: Você se orgulha do líder que é?

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Carta ao leitor

Paramanter-se

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Foto: Ricardo Benichio

á escrevi neste espaço sobre o nosso processo editorial e como nascem as pautas de InformationWeek Brasil. A história da reportagem de capa desta edição vale um adendo: era o fim de um evento na sede da IT Mídia, quando, esperando o elevador, conversávamos com o CIO de uma grande montadora sobre os desafios de seu dia a dia. A ocasião coincidiu com algumas decisões do governo. Eis que o executivo diz: olha, se vocês soubessem o trabalho que dá manter os sistemas atualizados diante de tantas mudanças regulatórias! O elevador chegou e nós fomos embora com aquela ideia na cabeça. Meses depois, retomamos o assunto. E a sugestão do elevador rendeu uma história interessante — aqui contata pela jornalista free lancer Ana Lúcia Moura Fé. Ela conversou com diversos líderes de TI para entender como as alterações legais e normativas afetam a rotina dos profissionais de tecnologia e consomem boa parte dos recursos e esforços de pessoal. Infelizmente, o CIO que nos deu a dica da pauta declinou nosso convite de entrevista. Ao editar a reportagem, me chamaram atenção informações como as contados por Clarice Coppetti, da Caixa Econômica Federal. “Diariamente, 15% de todo o esforço da TI relaciona-se com isto.” Então, em vez de investir em pessoal, estruturar projetos para que a companhia fique mais competitiva ou foquem esforços na inovação, cuja importância para o departamento insistimos a cada edição, os líderes de tecnologia precisam direcionar profissionais e verba para atender às exigências do governo. O texto mostra o lado dos CIOs e expõe os problemas sob a ótica de quem gerencia a área de TI. A pergunta que segue é o que os fornecedores estão fazendo para minimizar esforços e como podem ajudar os departamentos de tecnologia. Mas, se neste aspecto ainda podem existir lacunas a preencher, a revolução egípcia mostrou a força dos players deste setor em ajudar uma população inteira. Tiramos lições do Egito. Aprendizados que vão além da concorrência ou do lucro. A tecnologia mostrou seu lado e sua função social. Ao se unirem para criar um mecanismo que vencesse as barreiras impostas, o controle e a restrição à internet, Google e Twitter foram além: deram voz ao povo. E, assim, as pessoas conseguiram expor ao mundo o que o governo tentava esconder.

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PME? Entrevista

Vitor Cavalcanti

Só com solução na nuvem

Na sede da empresa em São Paulo, o presidente da Oracle no Brasil, Cyro Diehl, recebeu a InformationWeek Brasil para uma conversa que durou pouco mais de um hora. Em meio a muitas histórias e exemplificações dos mais diversos assuntos tratados, o executivo, na companhia há quase 14 anos, passou pela estratégia que pretende seguir no País, revelou a possibilidade de trazer uma fábrica de hardware para cá, elogiou o programa de venda da Totvs para PME e frisou, por diversas vezes, que a Oracle trabalha fortemente na integração dos produtos adquiridos e que não tem a intenção de descontinuar nada. Tudo isto uma semana antes de partir para os Estados Unidos para a reunião de planejamento de orçamento. Figura simpática, preocupado em responder a todas as perguntas feitas, Diehl se mostrou muito animado com o momento pelo qual passa o Brasil e sentencia: “em quatro anos, seremos um país de primeiro mundo”. Para o executivo, não há alternativa e, ainda que o novo governo não queira, não haverá como fugir desse destino. A seguir, os principais momentos do bate-papo.

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Fotos: Ricardo Benichio

InformationWeek Brasil – Como está a integração com o portfólio da Sun Microsystems globalmente e qual é o reflexo no Brasil? Cyro Diehl – A Oracle vem de mais de 60 aquisições nos últimos cinco anos e aprendemos a comprar como ninguém. Tradicionalmente as aquisições fracassavam, os produtos se perdiam. A Oracle desenvolveu um know-how bacana. Fruto disso é a rapidez. Óbvio que temos um delay de até 40 dias em relação à matriz; nos Estados Unidos, sai mais rápido. Temos um plano de integração de trinta dias, então, dentro desse período, por exemplo, eu estava com todo mundo [da Sun] aqui dentro, 100% adaptado. Tem um período de aprovação prévio que permite um trabalho com algumas pessoas, para interação mesmo. Assim, após aprovação, em trinta dias está integrado. InformationWeek Brasil | Fevereiro 2011 InformationWeek Brasil | Janeiro de 2010

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IWB – Inclusive produtos? Diehl – Sim, até os produtos. A gente pode fazer aquisição e ter overlap, mas não compramos mercado. É sempre para integrar o portfólio. Imagine um Lego. Aqui estão as soluções para atender a todas as indústrias e vamos preenchendo os espaços brancos.

O presidente da Oracle Brasil, Cyro Diehl, fala de estratégia da companhia, mostra confiança no avanço do País e elogia sistema de vendas para empresas de menor porte da Totvs, classificando-o como modelo imbatível

IWB – Você não compraria outro provedor de ERP? Diehl – Não, este não é nosso objetivo.

Fotos: Ricardo Benichio

IWB – Mesmo que atenda a outra fatia de mercado? Diehl – Aí sim. Compramos uma empresa chamada iFlex que tinha uma solução de core bancário. Eu não tinha um sistema para falar de câmbio, é muito específico. Compramos também para varejo, que tem um nível de detalhe que chega em cada loja. O varejo precisa disto. Muita gente pergunta se compraríamos nosso concorrente direto. Mas não compramos isto e também haveria problema regulatório se o fizéssemos. IWB –Como vocês montam a oferta e como vê a evolução e sofisticação da tecnologia? Diehl – A ideia é oferecer um carro. A tecnologia sofisticou-se demais. Um exemplo é o Facebook. Pode ser que ele saiba mais de você que você mesmo. Se eu entrar no seu perfil pode ser que eu saiba mais de você do que possa imaginar. O software de relacionamento com cliente já está extremamente sofisticado, assim como o de gestão de talento. A própria tecnologia se sofisticou para integração de legado. Só que o que aconteceu com a indústria? Ela transferiu a complexidade, isto tudo tem de

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Entrevista funcionar integrado. A indústria avançou nas soluções e transferiu a integração para as empresas. Está aqui, Sr CIO, o melhor CRM, ERP, rádio de telecomunicação e agora você monta o carro e põe para funcionar. E se der problema? Chama todo mundo. A estratégia da Oracle, quando falo do Lego, é que só compramos líderes de mercado. Trazemos e integramos. A ideia é entregar um carro, não vou dar pneus GoodYear, banco Recaro. IWB – Mas como está o processo de colocar tudo dentro do mesmo pacote? Diehl – Tinha de ter uma cola. A gente comprou a cola que é um software robusto, baseado em SOA, que permite conectar e desconectar automaticamente. Esta camada de middleware vai revolucionar o mercado, porque ali estarão as regras de negócio. Quando você compra um ERP, vai escutar que são duas implantações: a primeira, onde falamos para que não personalize e aceite tudo que meu software faz. Isso é barato, mas engessa. As empresas se diferenciam pelos processos. Você pode roubar tudo da Volkswagen, mas sem os processos não terá sucesso. E há o lado oposto que é transformar toda sua empresa para ficar aderente ao software. Isto é a personalização, que fica caro, traz dependência e você fica com um software que é um monstrinho, não evolui. Com a camada de middleware, você desenha o processo ali, é a arquitetura de serviço e ela faz a chamada para o software. Se eu trocar meu ERP por outro ou mesmo uma versão nova, não altera em nada. É uma solução de serviço. IWB – E se o software for de um concorrente? Fica mais complicado? Diehl – Bem, se o software não tiver arquitetura de serviços, você não tira vantagem, porque fará uma conexão personalizada. A tecnologia está dando uma inflexão. Você verá empresas trabalhando com pacotes completos. Quando compramos a Sun muita gente falou que a Oracle jogaria fora o hardware, mas lançamos dois equipamentos com conceito de appliance. Quando se criava hardware na Sun, no passado, ele funcionava com todos os sistemas operacionais, bancos de dados e aplicativos e para isso precisava de camada de interpretação grande, deixando o hardware lento. A máquina que lançamos é software e hardware juntos, parte do banco vai para o hardware, parte da máquina vai para o banco. Então, muda de oito horas para oito minutos. Eu sou um cara técnico e falei: isso não pode ser. No começo eu mentia, falava de oito para cinco horas. E agora isto faz todo sentido. O que terá

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Há anos, decidimos usar Java em todos os nossos produtos. Não temos como descontinuar algo que vamos usar a máquina para telecom? ERP, billing, que é principal software, CRM, BI, banco de dados. E se quebrar? Você liga para uma empresa e pede para arrumar. IWB – No Oracle Open World Latin America, questionaram a continuidade do Java. O produto corre algum risco? Diehl - Há anos decidimos usar Java em todos nossos produtos. Não temos como descontinuar algo que vamos usar. O rumor, mais que descontinuar, era de que a Oracle deixaria de ter o modelo de comercialização gratuita. Na verdade, não é gratuita, ele tem um custo bem baixo. Então, o temor era se iríamos vender o Java custando, por exemplo, US$ 10 mil e todos que eram dependentes teriam que pagar. Mas com upgrades do MySQL e novas versões do Java, demos um sinal claro ao mercado. IWB – Houve uma explosão de dispositivos móveis. Como está a questão da mobilidade dentro da Oracle? Diehl - Nossos aplicativos estarão acessíveis nestes aparatos. Será como internet banking, o que tem dentro? Nada, é um aplicativo, uma interface e vemos a evolução por aí. Quando o nosso concorrente comprou a Sybase, diziam que era por conta do banco de dados (BD) móveis. Os BDs para mobile têm de ser pequenos, o que se precisa é um aplicativo que o acesse por aquele meio. Eu sou fanático por isto. Mas computação InformationWeek Brasil 2011 InformationWeek Brasil| Fevereiro | Outubro de 2010

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móvel é mais acessibilidade que um banco de dados para o telefone. Baixei um monte de revista para o iPad e ficou pesado, agora tenho de limpar a memória. Ainda não existe um formato que baixa e fica leve. E mobile é isso, você não precisará ir até a empresa, acessará tudo por meio daquilo. Vou para Miami (EUA) para discutir planejamento e só vou levar meu iPad e telefone. IWB – Como está a Oracle no Brasil? O que vocês esperam para 2011? Diehl – Acho que o Brasil, em quatro anos, será um país de primeiro mundo, sem ser piegas. Não tem alternativa. É obvio que muita gente questiona governo da Dilma [Rousseff]. O governo do PSDB trouxe à mesa uma discussão importante que é a financeira, controlar inflação, juros, dívida. O PT trouxe também uma discussão muito importante que é a social. Minha dúvida é que deveríamos estar em outra onda, a era da informação. Deveríamos estar focados em educação e criação de infraestrutura. Acho que nem que ela [Dilma Rousseff] não queira, não terá como não criar infraestrutura. Aeroporto é um exemplo, seremos obrigados a fazer e gastaremos muito dinheiro. A indústria vai obrigá-la a construir. O gargalo em se tornar um país de primeiro mundo está na velocidade de criar infraestrutura, isto pode ser em três, quatro, cinco anos. Assim, todas as empresas crescerão no Brasil. A Oracle tem tido crescimento significativo. Nos últimos três ou quatro anos, América Latina ganhou como melhor região do mundo em termos de crescimento e, obviamente, o Brasil é cerca de metade da AL, entre 40% e 50%, e a gente vem de crescimento bastante interessante e estamos bem otimistas para 2011. IWB – Com o crescimento de empresas nacionais, existe possibilidade de aquisições no Brasil? Diehl – Claro. Neste momento estamos analisando, existem soluções que atendem ao mercado local e que muitas vezes a gente não tem. Por exemplo, exigências fiscais, legais. Hoje, temos parceiros que complementam nossas soluções para área fiscal. É impossível, com a dinâmica do Brasil, alguém desenvolver no laboratório lá. Então, a gente analisa aquisições locais. Obviamente tem de ter boa tecnologia. Criamos um conceito de centro de serviços compartilhados interessante, temos um backoffice centralizado na Índia. O pulo do gato

é processo padronizado. Não adianta ter um monte de gente fazendo contabilidade se compro uma empresa com processos diferentes dos meus e aceito. O jeito que pago meu vendedor hoje no Brasil é o mesmo em Cingapura. A modalidade de compensação muda muito pouco. Isso reduz custo. Antes tinha vários RH e não preciso disso. Esse centro virou case público de US$ 1 bilhão de economia. IWB – Você falou da dificuldade de acompanhar as questões legais, existe a ideia de um centro de desenvolvimento mais parrudo no País? Diehl – O centro de desenvolvimento do Peoplesoft é no Brasil. Temos também na Argentina e no Chile. E a medida é custo benefício. Já estudamos trazer algum centro para cá, mas não teria nenhuma vantagem competitiva. Já o hardware sim. IWB – O que pesa mais? Diehl – Ter gente capacitada para desenvolvimento e foi por isso que a Índia se desenvolveu. Eles investiram em pessoas, formam em inglês, têm gente boa tecnicamente e custo atrativo. Estrategicamente eu teria um centro no Brasil? Prefiro uma fábrica de hardware. Porque aí eu tenho benefício fiscal. Hoje, eu importo a máquina da Sun. Se fabricasse aqui, teria benefícios que no desenvolvimento eu não tenho. IWB – Mas há conversas para trazer esta fábrica? Diehl – Sim. Estamos sempre estudando e hardware é um ponto que avaliamos agora. Eu perco xis por cento de competitividade quanto importo o produto e tenho uma série de tributos que quem fabrica aqui não tem. IWB – Como computação em nuvem e SaaS estão dentro da estratégia de vocês? Diehl – Vivo esse mercado e ele é feito por ondas. Parece que tem de girar. O que é nuvem? Amazon é cloud? Salesforce é? Depende de como entende-

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Entrevista mos. O Exalogic chamamos de cloud in a box. O que você precisa para ter uma nuvem? Uma máquina rodando não interessa onde, mas que tenha todas as aplicações. Cloud tem um truque que funciona assim: hoje tenho dez usuários, agora preciso cem, agora 200. Isto é escala. Essa máquina tem uma capacidade tão grande que em apenas duas colocaria o Facebook inteiro. IWB – Você acredita que nuvem privada é realmente cloud quando falamos em escala? Diehl – Sim. Depende do conceito que entendemos por nuvem. Pode ter uma nuvem privada. O Exalogic, por exemplo, distribui. O que precisa no fim do mês? Contabilidade? Então as máquinas se conectam em clusters para dar o poder computacional. E o que faz? O sistema de vendas para, porque está fechado no fim do mês, e empresta as máquinas. Nós chamamos de elastic cloud. Permite que você use o que precisar do jeito que quiser. Se estiver no Google ou qualquer outro, também terá limite de máquina. O que te permite lá é você ser flexível. Mas hoje tem riscos grandes, as pessoas entendem como nuvem coisas que não são seguras. Eu não quero o dado da minha empresa com o do meu concorrente, no mesmo banco de dados. Quero uma instância separada. Imagine a Odebrecht que tem diversos negócios distintos e está ao redor do mundo. Ela pode criar sua própria nuvem com as empresas do grupo. IWB – Quais verticais vocês devem focar em 2011 aqui no Brasil? Diehl – A gente quer fortalecer governo, finanças e serviços, telecomunicações, que já é uma aptidão natural, varejo e óleo e gás. A gente tem outras verticais dentro da Oracle, como utility, mas essas são as principais. E porque focamos nessas indústrias? Porque compramos ou temos alguma solução para o core business dessas empresas. IWB – E PME, está como na estratégia de vocês? Quando falamos de ERP, temos empresas como a Totvs dominando. Diehl – Eu diria que nosso foco é “M” para cima. Não tenho hoje – não vou dizer produto, porque pode ser on demand, pode ser tudo – uma estrutura capaz de atender a necessidade [dessas empresas]. Vai ser muito difícil alguém bater a Totvs. A estratégia que eles adotaram no passado de ter franquias é muito legal. A pequena empresa tem necessidade de uma grande corporação, mas não tem dinheiro para bancar uma consultoria. Esse estilo de franquia ao redor do Brasil, construído ao longo de anos pelo Laércio [Cosentino, presidente da Totvs], é um modelo que dificilmente alguém chega. Quem tentar batê-los em pequenas vai falhar. A não ser que você crie cloud, conceito de aplicativo, que aí você revoluciona o mercado. O que acontece com o meu CRM e o da Salesforce? Ele é tão simples que não se implanta. O pulo para alguém batê-los no futuro é via cloud. iwb No modelo atual eu não tenho e não foco.

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Foto: Magdalena Gutierrez

Estratégia Sergio LozinSky

diretor da SLozinSky ConSuLtoria de negóCioS

twitter.Com/SLozinSky

A diferença entre trabalhar muito e trabalhar bem “Quem se mata de trabalhar merece mesmo morrer” (millôr Fernandes)

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m dos projetos de consultoria que desenvolvo com maior frequência é o “planejamento de uma nova arquitetura de sistemas”: a partir do entendimento da estratégia do negócio, e de uma revisão ou diagnóstico de processos e sistemas existentes, projeta-se um novo ambiente de aplicativos que permitirão à empresa executar com maior eficácia os seus planos e tornar as atividades que sustentam o negócio mais produtivas (com menores custos). Quando os acionistas e executivos do cliente pedem-me para resumir a essência da diferença entre a velha e a nova arquitetura, em geral, eu explico que, na situação anterior, a empresa trabalhava “sob reação”, enquanto na nova, a ideia é atuar “sob planejamento”. No primeiro caso, o negócio costuma privilegiar a intuição de poucos, mudanças de planos ocorrem com frequência (por falta de um planejamento mais adequado), as pessoas entendem que erros, atrasos e surpresas é parte da “dinâmica” do mercado, e alguns até se orgulham de serem chamados para “apagar incêndios”, como se isso confirmasse sua capacidade e dedicação. Nessa situação, também é comum identificar que as diversas áreas da empresa não trabalham de forma integrada e costumam gastar todo o tempo tentando “limpar” as suas próprias pendências, às vezes deixando claro que “fizemos a nossa parte”, mas “os outros não cumpriram a sua”,

e o negócio, então, deixou a desejar em termos de desempenho. Esse cenário – mais comum do que seria desejável – reflete a constante pressão sob a qual a maior parte das atividades empresariais se desenvolve. E explica muitos dos problemas enfrentados pelas empresas: perda de talentos e de clientes, negociações mal feitas, custos em ascensão, multiplicação de planilhas que tomam o lugar dos sistemas e até executivos que só se preocupam com o curto prazo. Trabalhar bem significa investir tempo em planejamento em análises dos dados, em pesquisas, em conhecer os participantes da cadeia de valor do seu negócio, em entender como o mercado está evoluindo e, também, em acompanhar os resultados à medida que eles ocorrem, compará-los com o planejamento, corrigir rumos quando necessário e de forma preventiva e automatizar ao máximo as tarefas. “Desdepartamentalizar” a companhia através de aplicativos que integrem pessoas e unifiquem a geração dos dados. Usar as reuniões para discutir soluções propostas, não para tentar interpretar os números e defender a sua agenda pessoal. Um dos papéis da TI é suprir ferramentas que tornarão factível esse cenário de melhores práticas, e garantir que a arquitetura de sistemas do negócio evolua de modo a suportar as mudanças estratégicas e táticas necessárias, e também aumentar a eficiência dos processos, para que a empresa continue competitiva em seus mercados de atuação.

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Posse da Dilma e o mercado de TI

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Agora perfil falso é crime! Na Califórnia! A

SB 1411 (Criminal E-personation) está em vigor desde o dia primeiro de janeiro deste ano. Aprovada por unanimidade na Califórnia (EUA), a lei prevê penas que variam de multa de US$ 1 mil a um ano de prisão para quem criar perfis falsos em redes sociais ou enviar e-mails e postar comentários se passando por outra pessoa. As reportagens que comentam o assunto apresentam opiniões a favor e contra a medida. Será que ela é rígida demais? Pode-se regular a internet? Concordo que o tema é um pouco polêmico, mas na essência da motivação da lei e considerando pessoas que se passam por outras para enganar e para fraudar, entendo que deva haver a tipificação de crime. Não sou operador jurídico, mas um profissional que lida com a questão da segurança da informação. Quando você toma conhecimento de pessoas que sofreram por que foram fraudadas na sua identidade no mundo real ou virtual, tendemos a acreditar que o fraudador é um criminoso e deve ter penas rígidas. Entendo que é a mesma situação de alguém roubar sua carteira de identidade, falsificar a foto e sair agindo como você. Não sei se vocês se lembram, mas meses depois daquele terrível acidente aéreo do avião da Gol que se chocou com um avião menor, foram identificadas situações de fraudes com as identidades de passageiros que morreram. Alguns documentos foram achados na área do acidente e repassados para criminosos em grandes cidades. Empréstimos, financiamentos de carros e outras ações deste tipo foram feitas em nome dos mortos. Imagine os familiares: além da dor da perda, a complicação de resolver este tipo de problema. Imagine se fosse com um parente seu? No ambiente virtual, uma informação falsa ou uma identidade falsa realizando negócios ou divulgando informações não verdadeiras acarreta um impacto na vida da pessoa verdadeira. Não encontrei justificativas para que construção de perfil ou identidade falsa não seja considerada crime. Pessoa, identidade e informação não são brincadeiras. Roubo desses elementos é ação de criminoso! Por Edison Fontes Leia mais artigos deste bLogueiro em: http://www.itweb.com.br/blogs/blog.asp?cod=58

InformationWeek Brasil | Fevereiro de2010 2011 InformationWeek Brasil | Janeiro de

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USO de RedeS SOCIaIS Saiba como o Brasil está usando as redes sociais. Estudo inclui dados de uso das redes pelos profissionais, pelas empresas, e a gestão das redes. Roberto C Mayer

TwiTTer: @InfoWeek_bRasIl

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Recall de chips: falha faz Intel perder US$ 300 milhões

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Legado de Steve Jobs: dez formas como ele mudou o mundo

Problema de projeto poderia afetar o serialATA, ou SATA, e degradar as portas de chip ao longo do tempo

SeGURança GeStãO de peSSOaS Todos os gerentes terão que lidar com funcionários difíceis. Por quê? Sempre existirão pessoas difíceis e seu trabalho, como gerente, é lidar com elas. E pode ter certeza de uma coisa: se não lidar com o problema, isso só vai piorar a situação. Pablo A Andres

Vale a pena investir em Soluções de Segurança sem antes definir uma politica de segurança da inofrmação? Ten

enqueTe O FaCeBOOk vaLe US$ 50 BILhõeS?

O IT Web fez a pergunta aos leitores e 68,7% dos que participaram da enquete acreditam que a rede social não valha esse montante. O valor de mercado foi dado ao Facebook após aportes de investidores intermediados pelo banco de investimento Goldman Sachs. Na opinião dos leitores, o número se assemelha ao verificado nos anos 2000, quando estourou a bolha especulativa no mercado de ações norte-americano das empresas Pontocom. Para 19% o Facebook vale mesmo US$ 50 bilhões por ser uma empresa inovadora. Outros 15% disseram não ter opinião formada.

IT Web MulTIMídIa

Em análise, publicação questiona se o CEO da Apple é um gênio e sua influência sobre a companhia

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Cinco temas para BI em 2011

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Google acusa Microsoft de plágio em buscador

O futuro próximo aponta para ferramentas mais visuais, móveis e sociais

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Você Sabia? Toda vez que você vir esses ícones pode acessar nosso portal e consultar fotos, vídeos e podcasts

Mercado de trabalho Diretor da Asap, João Paulo Camargo, avalia regiões brasileiras onde existem mais vagas disponíveis e fala sobre requisitos fundamentais

IPV6 Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, comenta como anda questão para atualização do padrão

Social Conheça 15 aplicativos do Facebook voltados para os negócios. Marcada por games online, a rede social já abriga diversas aplicações corporativas

Plataforma de invenção Tim Bernes-Lee, criador do World Wide Web, fala sobre necessidade do open data para o crescimento da web

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Imagens: ITWeb.com.br

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Redes SociaiS

Recomendamos

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IWB Online

Mercado em mutação

A IDC divulgou dados do mercado de telefonia móvel, apontando um crescimento de 18,5% em 2010. As vendas de smartphones impulsionaram o segmento. Veja como ficou o ranking dos principais fabricantes.

5 maiores

fabricantes de celulares consolidado de 2010 FABRICANTE

PARTICIPAÇÃO

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Nokia

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ZTE

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RIM

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(em milhões)

Na onda da nuvem

IDC projeta receita de US$ 2,5 bilhões, até 2015, para vendas de sistemas de gerenciamento de cloud

US$ 15 bilhões Esse é o faturamento previsto pelo Gartner para este ano para lojas de aplicativos móveis. Entre 2010 e 2014, a previsão é de um salto de 1000%, chegando a US$ 58 bilhões. Veja outros números:

Downloads: 17,7 bilhões em 2011, 117% superior aos 8,2 bilhões de 2010. Até 2014, 185 bilhões de aplicativos terão sido baixados das lojas online. Receita: em 2010, o faturamento das lojas de aplicativos móveis foi de US$ 5,2 bilhões. Neste ano, a previsão é 190% superior Perfil: downloads gratuitos devem responder por 81% do total de aplicações baixadas em 2011. Esse porcentual vem caindo desde o lançamento do conceito em 2008 e deve continuar neste ano, mas entre 2012 e 2014, pode voltar a cresce Publicidade: até 2014, essa modalidade gerará pouco menos de um terço da receita das lojas de aplicativos. Em 2010 foi 16%.

VoIP

A consultoria In-Stat afirma que as redes sociais devem elevar o número de usuários de serviços de voz sobre IP para algo próximo a

139 milhões até 2014.

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Terceirização

de infraestrutura

A Frost & Sullivan aponta que o mercado brasileiro de terceirização de infraestrutura avançou 15,2% em 2010, atingindo

faturamento de

US$ 1,2

bilhão

A pesquisa mostra ainda que, embora players globais mantenham liderança em Argentina, Brasil e Chile, os provedores locais passam a ganhar força.

Em alta Dados da Abinee revelam que vendas de

PCs em 2011 devem chegar perto de 16 milhões. Se o número se confirmar, será um avanço de 13% sobre 2010. Do total, sete milhões devem ser desktops e nove milhões notebooks.

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Sistema de Prevenção de Intrusão Wireless AirMagnet

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Garanta Segurança, Desempenho e Conformidade à sua Rede Wireless LAN AirMagnet Enterprise é um sistema centralizado que protege proativamente suas redes Wi-Fi de todos os tipos de ameaças, garante o máximo desempenho e disponibilidade da rede e mune a equipe de TI com as ferramentas necessárias para resolver problemas de forma rápida e remota. A solução fornece em tempo integral análise automatizada de todo o tráfego Wi-Fi, canais, dispositivos, o estado de suas conexões, bem como análise de espectro de dispositivos não Wi-Fi opcionais e fontes de interferência. O AirMagnet Enterprise entra em ação para defender automaticamente o ambiente sem fio bloqueando, rastreando e mapeando qualquer ameaça, além de possuir um conjunto inigualável de eventos de alerta, escalada, solução remota de problemas, análise forense e relatórios de conformidade. O resultado final é um sistema unificado que mantém a rede Wi-Fi sob seu controle – funcionando de forma segura e atendendo às necessidades de seus usuários e aplicações.

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Gestão | Reportagem de capa Manter os sistemas atualizados e em conformidade com as exigências legais, tributárias e particulares a cada indústria consome tempo e muito esforço da equipe da TI. E, em meio a novos projetos, CIOs precisam organizar a área para atender prontamente a tantas mudanças 18 18

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o

É frenética no Brasil a liberação de modificações regulatórias e tributárias, seja por autoridades federais, estaduais ou municipais. Em geral, estas alterações desembocam nos departamentos de TI, encarregados de adequar os sistemas das empresas às novas regras. Às voltas com exigências e prazos relacionados com Sped, nota fiscal eletrônica e International Financial Reporting Standards (IFRS) – só para citar algumas das demandas atuais do Fisco –, os CIOs enfrentam diariamente um teste de fogo: mostrar que estão afiados no quesito gestão, de forma que as chamadas “demandas mandatórias” não impactem negativamente a capacidade de entrega do departamento. “Novas normas são constantes e imprevisíveis. É essencial governança forte na gestão de projetos para que a área de TI não perca o seu rumo”, diz Clarice Coppetti, vice-presidente de tecnologia da Caixa Econômica Federal. No comando de mais de 2 mil profissionais, Clarice considera “altíssimo” o esforço que a equipe despende para não perder o compasso nestas questões legais. “Diariamente, 15% de todo o esforço da TI relaciona-se com isso”, calcula a executiva. Além de lidar com atividades típicas da indústria financeira, a instituição ainda responde, como agente do governo, pela operação de políticas de programas sociais, cujo conjunto de normas e diretrizes sofrem constantes mudanças. Na Caixa, as alterações legais e normativas chegam ao departamento de TI por dois caminhos. Ou diretamente do órgão regulador ou por intermédio das áreas gestoras de cada linha de negócio da instituição. “Se o Banco Central lança norma relacionada com conta corrente, por exemplo, a área responsável por esse produto interpreta o documento e encaminha à TI a especificação para alteração dos sistemas relacionados”, explica a VP. Convergir a atuação de todas as áreas envolvidas, de forma que a ordem chegue à tecnologia em tempo hábil para implementações, não é tarefa fácil. Na maioria das vezes, o prazo para adequações é insuficiente e o impacto no planejamento, inevitável. “Por mais que você faça uma boa gestão do portfólio, exigências inesperadas entram na frente, porque questão mandatória tem de ser implementada, sem discussão, sob risco de a empresa incorrer em problemas legais”, diz Clarice. Não raro, projetos em desenvolvimento têm de ser deixados de lado. A estrutura de TI da Caixa reflete as linhas de negócios do banco, o que significa que não há equipes específicas para cuidar de modificações relacionadas com leis e normas. Para Clarice, o mais importante para o CIO, nesse cenário, é manter o portfólio de projetos muito bem controlado para minimizar impactos de demandas sobre as quais o departamento não tem controle e nem conhecimento prévio do quanto irão afetar os sistemas da companhia.

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Gestão

Foto: Romerto Jayme

Reportagem de Capa

Clarice, da Caixa: “Diariamente, 15% de todo o esforço da TI relaciona-se a adequação às questões legais”

ALTERAÇÕES QUASE TRIPLICARAM No Banrisul, banco de varejo com forte atuação no Sul do País, o único aspecto considerado desafiante, segundo o vice-presidente responsável pela diretoria de gestão da informação, Rubens Bordini, é o prazo para as implementações. “Às vezes, uma única mudança implica mexer em uma série dos 496 sistemas que compõem o nosso ambiente”, conta o executivo. Com um orçamento anual da ordem de R$ 185 milhões e time composto por 350 profissionais (além de 150 terceirizados), o executivo observa em seu departamento uma aceleração no ritmo de alterações decorrentes de mudanças tributárias e de legislação. “Os pedidos de adequação saltaram de 49 no ano passado para 130 este ano, 49 dos quais ainda estão em andamento”, informa. A instituição mantém um rito especial para atendimento deste tipo de atividade, envolvendo inicialmente a controladoria, que identifica as demandas; as áreas de negócios, que definem as alterações; e, por fim, a TI. Cerca de 80 pessoas dedicam-se às questões relacionadas ao Banco Central. “Temos conseguido cumprir os prazos, mesmo que apertados”, explica o executivo, que descarta, por enquanto, a necessidade de contratar mais profissionais para essas tarefas. Para garantir a harmonia entre controladoria, áreas de negócios e TI, Bordini diz que é essencial a atuação de comitês criados pelo banco para promover a integração e a comunicação. “Todas as alterações passam por esses comitês,

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que geram sincronia entre os envolvidos Na rotina para atender a essas demandas, o CIO aloca profissionais de e acelera o fluxo das demandas”, diz. acordo com a complexidade da alteração, com a quantidade de aplicaBaseado em sua experiência, o executivo tivos envolvidos e com o número de áreas de negócios afetadas. “Conrecomenda tratamento específico para forme a necessidade, primeiro direcionamos os especialistas em cada questões relacionadas com alterações sistema. Depois trazemos recursos de outras equipes de TI que possam legais. “É claro que tudo depende da ser remanejados”, detalha o executivo, que também se vale dos serviços organização de cada companhia, mas das três fábricas de software que prestam serviço ao HSBC. Para o diretem de ter um rito separado da atividade tor, a alocação de um gerente de projeto é fundamental para o sucesso da normal da empresa.” implementação. Ele também destaca a boa parceria com as demais áreas Da sua parte, Edenio Nobre, diretor como fator crítico de sucesso. “O profissional de TI conhece a arquitetura estatutário das áreas de RH e TI do bando aplicativo e o negócio, mas são os representantes das outras áreas que co, avalia que o setor financeiro goza de irão realizar os testes de aceitação e validação, garantindo que os sisterelativa estabilidade quanto à legislação mas cumpram o que a legislação determina.” fiscal. Por outro lado, alterações normatiDa sua parte, o Banco Sofisa, que centra o foco da sua atuação no vas, especialmente vinculadas ao Banco chamado middle market, optou por manter grupo de profissionais que têm como prioridade o desenvolvimento e ajustes em sistemas referenCentral, à CVM e à Receita Federal, são tes a assuntos regulatórios, onde se incluem as demandas fiscais. As mais constantes. Para acompanhar de alterações tributárias chegam ao departamento de TI em texto oficial da perto as demandas, a TI do Bicbanco área de controles internos, que fica hierarquicamente acima da contabiliconta, além da vigilância do depardade. Bazili Rossi Swioklo, superintendente de tecnologia do Sofisa, não tamento tributário e fiscal, com uma considera grande a quantidade de demandas da área fiscal. O problema, ferramenta tecnológica especializada ele diz, são os prazos curtos e variedade de interpretações. em busca. “Usamos um software de Outro grande desafio, segundo Swioklo, é conseguir que os parceimercado do tipo robô que a cada duas ros externos se enquadrem no modelo de atendimento das demandas, horas se conecta com o sistema do Banco para evitar as problemáticas implantações de última hora. Por sorte, as Central e faz uma varredura em busca alterações tributárias afetam normalmente apenas dois fornecedores que de alterações normativas as quais são mantém alguns dos sistemas do Banco Sofisa, segundo o executivo. encaminhadas diretamente para a área responsável. A outra alternativa seria manter gente própria ou terceirizada dedicada a vasculhar o Diário Oficial o dia todo”, exemplifica. Banco privado com forte atuação no fornecimento de crédito para pequenas e médias empresas, a instituição mantém uma TI composta por 90 profissionais. Já no HSBC, a ordem é reunir todos os principais envolvidos numa mesma sala até que o escopo do que deve ser feito seja claramente definido. “Porque a principal dificuldade é exatamente interpretar e adequar os aplicativos, normalmente em curto prazo e envolvendo diversas áreas operacionais”, diz Marco Tavares, diretor-executivo de tecnologia e serviços do banco. Na instituição, as mudanças de legislação são tratadas como prioridade. O departamento de finanças interpreta a legislação e prepara documento formal de modificações nos sistemas, que pode ser objeto de reuniões para esclarecimentos envolvendo as áreas operacional, processos e TI, além de finanças. Essas áreas fazem conjuntamente a avaliação sobre qual melhor solução a implementar.

No Banrisul, explica o VP responsável pela gestão da informática, Rubens Bordini, os pedidos de adequação tributária e de legislação saltaram de 49, no ano passado, para 130 neste ano 21 21

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Gestão Reportagem de Capa

Foto: divulgação

DEMANDAS ESPECÍFICAS

Bordini, do Banrisul: “Temos cumprido os prazos, mesmo que apertados”

A VOZ DA EXPERIÊNCIA

CONFIRA DICAS DE CIOS: Fortaleça a gestão de projetos. Esse

controle amortizará os impactos negativos de demandas imprevistas no planejamento da TI e nas entregas do departamento

Pesquise sempre o que o mercado disponibiliza de mais eficaz em termos de metodologias e ferramentas que auxiliam as tarefas de identificar, implementar e testar as alterações nos sistemas Incremente o sentimento de parceira entre a TI e as áreas usuárias. São elas que realizam os testes de aceitação e validação que garantem o cumprimento da legislação Trate mudanças de legislação sempre como prioridade. Dependendo da organização da TI, a alocação de um gerente de projetos pode ser de grande valia Consiga que parceiros externos se

enquadrem eficazmente no modelo de atendimento das demandas. Não perca o foco no negócio principal, ainda que sua equipe de TI seja muito pequena

Seja proativo nessas questões. Fica

mais fácil quando se está mais próximo das áreas de negócios

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Empresas de todos os segmentos econômicos experimentam a crescente necessidade de incrementar a governança da TI, de forma a amortecer os impactos decorrentes da enxurrada de mudanças fiscais e regulatórias. No caso da indústria farmacêutica, por exemplo, somam-se aos desafios as demandas específicas de órgãos como Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e FDA (agência americana reguladora de medicamentos e alimentos). Dois exemplos recentes são a Resolução RDC Anvisa Nº 59, de 24/11/09 (que trata de mecanismos para rastreamento de medicamentos por meio de tecnologia de captura, armazenamento e transmissão eletrônica de dados), e a RDC Nº 17, de 16/04/2010 (que dispõe sobre boas práticas de fabricação de medicamentos). São dispositivos que implicam investimentos grandes e complexos de TI, com cronograma de implementação já em vigor. “Realmente não é fácil. IFRS, PIS/Cofins, Sped contábil e fiscal e tantas outras alterações e, como se não bastasse, adequação de processos e sistemas computacionais às exigências de validação da Anvisa, além de implementação de sistema de rastreabilidade”, resume Eduardo Kondo, gerente de TI da Galderma Brasil, indústria farmacêutica focada em dermatologia que se originou de uma joint venture entre Nestlé e L'Oréal. Kondo calcula que, atualmente, a TI a dedica 25% dos seus esforços ao atendimento desses requerimentos. Sua rotina se complica por contar com equipe extremamente enxuta – menos de dez pessoas –, distribuídas por duas divisões, uma transacional, que cuida de sistemas como o ERP, e outra responsável por aplicações para as áreas de negócios. Não por acaso, Kondo se vale de especialistas do mercado quando tem de implementar solicitações do governo. A empresa usa ERP da Totvs, o que é considerado uma vantagem pelo CIO quando se trata de se manter em dia com a parte fiscal e tributária. “O fornecedor atualiza a plataforma com os requerimentos legais e somos atendidos com os releases”, diz. O gargalo está no atendimento das demandas da Anvisa. “O desafio é enorme. A Totvs não tem módulo específico para a agência ou para indústria farmacêutica”, diz o CIO. Para resolver o problema, uma força-tarefa com profissionais internos de garantia de qualidade, da parceira Doctor Bit e do braço de consultoria da Totvs foi formada para adaptar o sistema. “Com essa experiência, talvez possamos conversar com fornecedores sobre a criação de um módulo para a indústria farmacêutica”, planeja o CIO. O maior desafio de Kondo é atender a todos esses requerimentos IWB sem perder o foco principal. InformationWeek Brasil | Fevereiro 2011 InformationWeek Brasil | Janeiro de 2010

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A multiplicidade de agentes no direito tributário é um dos motivos por trás do grande número de alterações que implicam ajustes nos sistemas informáticos das empresas. Segundo Luca Salvoni, sócio do WFaria Advocacia e Consultoria, escritório especializado em serviços jurídicos e consultoria fiscal, estima-se que a cada duas horas ocorre uma mudança tributária, intervalo que pode ser até menor. “Junte a complexidade do sistema tributário com governo federal, 26 Estados e mais de 5 mil municípios, todos legislando sobre tributos. Eu não duvidaria se me dissessem que há uma alteração por minuto”, diz Salvoni. Segundo o advogado, as formas como novas normas chegam ao departamento de TI variam muito de empresa para empresa. “Mas todos os CIOs têm pelo menos uma coisa em comum: quando chegam em sua área, as mudanças são sempre para ontem”, diz. Entre os fatores agravantes – além da característica reativa de vários departamentos de TI, que dependem de outras áreas da empresa para iniciar as implementações, como finanças e controladoria –, o especialista destaca que o princípio constitucional da anterioridade tributária (que estabelece que a lei que cria ou aumenta tributos, salvo exceções, deve ser publicada no ano anterior ao de início da cobrança do tributo) historicamente tem levado à concentração de alterações em dezembro. “Há uma correria constante no fim do ano, porque as alterações já passam a valer a partir de janeiro”, explica Salvoni. A consequência mais comum no caso de erros e atrasos de implementação, segundo o advogado, é perda financeira. “A empresa que paga imposto errado ou a menor, por erros de parametrização dos sistemas, está sujeita a multas pesadas. Daí a importância de o CIO se antecipar e cobrar das áreas envolvidas uma revisão periódica dos parâmetros”, diz o especialista, lembrando que esta vigilância é importante mesmo para quem terceiriza a sua TI fiscal. Para Edino Garcia, coordenador editorial da IOB, as alterações tributárias ocorrem constantemente devido à necessidade do governo de fomentar a economia ou fazer mais caixa. “Quando a economia não está bem, libera-se uma isenção, como a recente redução do IPI. Quando precisa fazer caixa, aumenta-se ou cria-se alguma alíquota”, exemplifica Mas Garcia considera que o maior impacto na TI nos últimos anos não decorre de aumentos ou reduções de carga tributária, e sim das medidas para controle fiscal. “O maior foco do Fisco hoje é a redução da sonegação, e é isso que tem mexido com o pessoal de TI”, diz ele, citando como exemplo a criação do Sped pela Receita Federal. “Cada ano implanta-se um módulo, o que gradativamente aumenta o controle sobre as informações das empresas, que têm de ser entregues em formato tecnológico definido. Isso exige grande esforço da TI”, pontua.

Foto: Ricardo Benichio

UMA MUDANÇA A CADA DUAS HORAS

Kondo, da Galderma Brasil: além das alterações tributárias, é preciso adequar sistemas e processos às exigências da Anvisa

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Gestão | CURTAS

iPad

muda trabalho

de vendas em

farmacêutica A

TI da Galderma aproveitou uma ideia das áreas de negócios e inovou a rotina dos representantes de venda. Todo o catálogo de produtos, antes impresso, ganhou um aplicativo para iPad totalmente interativo. O gerente de TI da companhia focada na fabricação de produtos dermatológicos, Eduardo Kondo, lembra que, para levar o catálogo até a equipe comercial, a empresa gastava, em média, 40 dias, levando em consideração toda a produção do material. Além disso, o pessoal de vendas passava mais de cem dias com o mesmo impresso e novidades podem surgir a qualquer momento. Assim, eles apostaram as fichas no iPad. E por que não esperar pelos concorrentes? "Queríamos ser

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os primeiros. Se esperássemos por outros lançamentos, talvez, ficássemos para trás", aponta o executivo. O laptop chegou a ser pensado no passado, mas a demora para iniciar, causava insatisfação. Entre a escolha dos parceiros e o início do projeto piloto com seis representantes em outubro passado foram dois meses de trabalho. A tarefa envolveu criação da aplicação do zero e negociações com a Apple para que o software não passasse pela App Store. A criação do aplicativo, uma versão multimídia do Visual Aid, nome dado ao material promocional, ficou à cargo da LabOne. Além da aplicação, a companhia também se responsabilizou pelo suporte e desenvolvimento de um software onde o marketing pudes-

se atualizar o conteúdo sem depender da TI. Em relação aos equipamentos, em vez de comprar, Kondo optou pela contratação como serviço via Computeasy. O investimento total gira em torno de R$ 350 mil, mas o executivo não abre detalhes dos números; adianta, no entanto, que sai mais barato que mandar imprimir o material, lembrando que cada representando ficava com três cópias. Além disso, eles levam vantagem na atualização de conteúdo. "O que levava 40 dias, faço em minutos." Atualmente são 145 dispositivos distribuídos entre os representantes espalhados pelo País. InformationWeek Brasil | Fevereiro de2010 2011 InformationWeek Brasil | Janeiro de

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TI da Votorantim conquista SAS 70 tipo II A TI da Votorantim Industrial conquistou, em novembro último, a certificação SAS 70 (Statement on Audit Standards nº 70) tipo II. O padrão internacional desenhado pelo American Institute of Certified Public Accountants (AICPA) atesta qualidade na prestação de serviços em tecnologia da informação. O processo foi conduzido pela KPMG Risk Advisory Services que, depois de um ano de auditoria, aplicou testes e gerou um relatório reconhecendo a confiabilidade dos processos adotados na empresa sem ressalvas ou exceções. “Toda cadeia de valor da área de TI foi auditada”, explica Marco Bastoni, gerente de qualidade e relacionamento da diretoria corporativa de tecnologia (DCTI) da Votorantim Industrial. Ele acrescenta que o SAS 70 reside em um relatório gerado que mostra se existem falhas de gestão e controle da tecnologia e se essas falhas podem afetar os negócios. “Imagine que não tenhamos um processo de gestão de mudança pronto ou maduro. De alguma maneira, as pessoas colocarão coisas, do ponto de vista de TI, em produção sem testar. Se der algum problema, poderia afetar o negócio de alguma forma”, ilustra o executivo, que prossegue: “Quando somos auditados por uma empresa e ela emite o parecer sem ressalvas, significa que ela fez um conjunto de testes profundos e não encontrou nenhum elemento relevante que pudesse sugerir que a área de TI deixe vulnerável a área de negócios”.

Icatu integra sistemas A partir de projeto iniciado em 2009, a Icatu Seguros conta atualmente com diversos sistemas integrados, entre eles o ERP. Como explica Carlos Alberto Goi, diretor de TI da companhia, eles foram ao mercado, avaliaram as opções e, para a proposta de integração, fecharam parceria com a Oracle, aderindo ao Fusion Middleware. Uma das utilidades desse projeto diz respeito às transações online. Era essencial que o

ERP conversasse com o sistema de produtos, por exemplo. “A arquitetura de dados tem influência grande, precisa organização forte de dados e tem que fazer isso com grau de acerto forte, para garantir a entrega”, comenta Goi. A maior barreira durante o projeto de integração de sistemas foi a estruturação do ambiente de testes. Toda a implantação contou com o apoio da Concrete Solutions, especia-

lizada em soluções BPM/SOA da Oracle. O benefício, lembra o executivo, está muito mais na estrutura de TI que para o usuário diretamente. “Qualquer ajuste ou correção é mais fácil. Benefício para a TI é grande e reduz ocorrências.” Neste projeto, especificamente, não houve preocupação com ROI, uma vez que já existia um processo para troca de sistemas e não teve a necessidade de justificar investimento.

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CIO INSIGHT O CENÁRIO APONTA PARA UMA TI CADA VEZ MAIS INSERIDA NO NEGÓCIO. O MOVIMENTO OBRIGA OS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NO DEPARTAMENTO A TEREM UMA VISÃO AMPLA PARA CONTRIBUIR DE FORMA EFETIVA PARA OS RESULTADOS CORPORATIVOS. O PAPEL DO LÍDER NO DIRECIONAMENTO DOS TIMES É FUNDAMENTAL. DE CERTA FORMA, AS PRÓXIMAS TRÊS PÁGINAS EVIDENCIAM A IMPORTÂNCIA DE FORMAR, CAPACITAR E MANTER EQUIPES VENCEDORAS.

CAPITAL HUMANO

3 ARTIGOS ESPECIAIS CIO INSIGHT_236.indd 27

Três princípios expostos por Luiz Arêas, da Zodiac, demonstram que não há mais espaço para a TI que se preocupa apenas com sistemas e equipamentos. Página 32

Foto: Ricardo Benichio

A história ensina que nem sempre a melhor tecnologia é a que vence as batalhas. Érlen Angelo Abatayguara, da Tejofran, destaca a importância de pensar, agir e ser estratégico. Página 31

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Expandir negócios e qualificar pessoas. Carlos Eduardo Espínola, da Enfil, reflete sobre as vitórias obtidas pela companhia e os impactos disso na TI. Página 30

Carlos Espínola | Érlen Abatayguara | Luiz Arêas

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F CIO InsIght Leia todos os artigos em: www.itweb.com.br/iwb/cioinsight

Reflexões

Receber um ambiente complexo, com muitos itens necessitando de atenção, bem como uma equipe em formação é um bom desafio, que pessoalmente acho muito motivador. Certamente, esse foi o combustível para desencadear uma verdadeira revolução tecnológica ocorrida durante o ano de 2009 e que se estendeu por 2010. A revisão de contratos e o downsizing de alguns pontos na infraestrutura já não mais vitais, somado ao crescimento e desenvolvimento de outros fatores agora necessários, tomaram grande parte do dia a dia, em um ano no qual o crescimento interno se fez novamente presente e a redução dos gastos com TI foi efetivamente notada em ações inteligentes apoiadas por uma competente equipe de técnicos e analistas. Estimular o crescimento e o treinamento profissional desse time é imprescindível para o sucesso dos negócios. Essa necessidade aumenta ainda mais quando TI passa a ter um valor vital no fornecimento de serviços internos para as demais áreas da companhia. Na Enfil, em 2010, tivemos grande preocupação com a segurança dos dados, que é um dos principais valores de qualquer empresa, e uma forte tendência a melhorar o ambiente que é disponibilizado aos colaboradores.

A vitóriA dA compAnhiA não se deu ApenAs no fAto de que fAturou mAis, mAs porque expAndiu negócios, quAlificou recursos humAnos e, AindA, promoveu AlinhAmento entre As áreAs internAs

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Em 2010 TIvEmos a saTIsfação dE aparECEr pEla sEgunda vEz no rankIng das mIl maIorEs EmprEsas do BrasIl. não à toa, a notícia veio acompanhada de uma grande alegria e percepção de que estamos no caminho certo. a equipe de tecnologia da informação da Enfil Controle ambiental foi tomada por uma euforia seguida de profunda revisão no papel de cada elemento do departamento nesta conquista. a vitória da companhia não se deu apenas no fato de que faturou mais, mas porque expandiu negócios, qualificou recursos humanos e, ainda, promoveu alinhamento entre as áreas internas, um esforço individual de cada funcionário, e que dentro da TI não é diferente.

Carlos Eduardo Espínola é coordenador de TI da Enfil Controle ambiental

Está em curso um processo de reestruturação de funções que busca otimizar o tempo e os recursos humanos disponíveis para que o investimento em tecnologia no próximo ano esteja voltado para a capacitação dos colaboradores, que atenderão a demanda existente sem que exista a necessidade de alterar o quadro de funcionários do setor, tornando-os mais preparados e aptos a realizar as funções requeridas. Alguns projetos, como o desenvolvimento da continuidade de negócios, melhoria dos meios de se-

gurança da informação e a conscientização do público interno para o correto uso da tecnologia disponível estão em pauta. Outro ponto a ser trabalhado trata da capacidade de permanecer online mesmo frente a um cenário em que outras empresas certamente estariam paralisadas. Assim, apostamos que mobilidade também será um assunto em alta para 2011. Vemos isso como um fator decisivo para os negócios, bem como a disponibilidade da informação a qualquer tempo e em qualquer lugar.

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No muNdo de TI, fazer prevIsões se TorNa um processo cada vez maIs ImperaTIvo e dIfícIl. as corporações cobram melhores roIs e acertos, o budget proporcionalmente diminui, as ameaças e os riscos aumentam, a necessidade da conformidade com novas regras fiscais se elevam, assim como o tempo de entrega dos serviços torna-se drasticamente apertado. Observando esse cenário, muitas vezes a tendência é buscar novas soluções e, como o orçamento normalmente é apertado, o ideal não é focar apenas no tentar prever somente quais rumos a tecnologia irá tomar ou mesmo quais serão os lançamentos que ocorrerão no decorrer do ano que está vindo. Até ajuda, mas o mais importante é tornar a Tecnologia da Informação como parte integrante do negócio. Esse é o grande desafio dos gestores de TI. É pensar, agir e ser estratégico. A história nos ensina que nem sempre a melhor tecnologia é a que vence as batalhas, mas as melhores estratégias e adaptabilidade ajudam de forma significativa a alcançar o sucesso. Em negócios não poderia ser diferente e é aí que os melhores CIOs conseguem diferenciar-se. É no desenvolvimento organizacional

do time, na gestão de pessoas e liderança da equipe de TI, bem como no tratamento e alinhamento de ações e investimentos entre os pares e o board da empresa, que reside o diferencial da área de TI, uma vez que, sendo o departamento que controla a automação dos processos, pode colaborar muito com a otimização do fluxo, reduzindo custos e possibilitando melhorar a eficiência. Sempre se fala que TI deve estar alinhada aos negócios, mas, como num casamento, é necessário que as duas partes desejem estar alinhadas, pois muitas vezes se vê que o negócio não pensa no alinhamento, o que faz com que o CIO tenha que corrigir a defasagem e a organização acabe por dispor de verba insuficiente. Um bom planejamento estratégico feito corporativamente auxilia muito em reduzir esses gaps.

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Pensar, agir e ser estratégico

ÉrleN aNgelo abaTayguara é gerente de tecnologia da informação da Tejofran

A históriA nos ensinA que nem sempre A melhor tecnologiA é A que vence As bAtAlhAs, mAs As melhores estrAtégiAs e AdAptAbilidAde AjudAm de formA significAtivA A AlcAnçAr o sucesso

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Luiz ArêAs é gerente de Ti da zodiac

Três princípios

Não há mais espaço paRa a Ti TRadicioNal, que se pReocupa apeNas com sisTemas e equipameNTos

Num ANo que promeTe ser cheio de mudANçAs, é preciso esTAr prepArAdo e se ANTecipAr às vAriAções que impõem desAfios à Ti. As expectativas geradas vão além das transformações tecnológicas e cada vez mais as empresas necessitam que a área de tecnologia conheça, se envolva e passe a utilizar o seu conhecimento técnico como uma habilidade empresarial adicional. Com esses desafios em vista, a TI trabalha cada vez mais inserida no negócio e, para isso, segue três importantes princípios para maximizar as chances de sucesso e o cumprimento dos prazos, ao mesmo tempo em que minimiza os riscos e a falta de atendimento das expectativas. O primeiro princípio chama-se “Integridade das Informações”, cujo foco é garantir dados consistentes, verídicos e íntegros. Hoje se espera que a TI vá além dos tradicionais controles de inventários de software e hardwares, disponibilidade de uso, registro de incidentes e indicadores de desempenho da área. Pode parecer fácil, mas, na prática, é muito complicado. Citemos um exemplo: ao recebermos uma solicitação de alteração de sistema, o que enxergamos na verdade é um pedido para mudar algo no processo existente. Trata-se de uma mudança

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de negócio e não simplesmente de tecnologia. Como segundo princípio há o que chamamos de “Continuidade do Negócio”, onde o foco principal passa pela mudança cultural dos profissionais de TI. Isso significa não mais se limitar somente aos planos de recuperação de desastres e de contingências. O modelo do negócio precisa de algo mais dinâmico e seguro, pois qualquer interrupção pode representar um lucro não-consumado ou até mesmo um prejuízo à empresa. Quando falamos de continuidade, o que se busca é evitar as interrupções do negócio e, nesse aspecto, não nos restringindo apenas aos sistemas e computadores, mas também aos profissionais de TI e de outras áreas. Sabemos que imprevistos ocorrem, mas devemos mitigá-los ao máximo e estarmos preparados. O que não

puder ser evitado, que tenha, ao menos, o menor impacto possível. Por fim, há a “Integração das Soluções”, onde realmente podemos fazer a diferença. Para integrar tecnologias disponíveis precisamos praticar a visão estratégica e de processos e colocar a famosa “visão sistêmica” para funcionar, enxergando o todo e realizando uma boa análise de riscos e impactos. O que se espera é não sermos simplesmente as pessoas que irão dizer onde estão as dificuldades, mas as que apontarão oportunidades escondidas no problema em questão. Veja, não há mais espaço para a TI tradicional, que se preocupa apenas com sistemas e equipamentos. Para estar inserido no negócio, precisamos vivenciá-lo, ser pessoas de negócio, fazer com que a TI deixe de ser Tecnologia da Informação para ser Transformando e Integrando. InformationWeek Brasil | Fevereiro 2011 InformationWeek Brasil | Janeiro de 2010

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Foto: Madalena Gutierrez

Segurança Edgar d’andrEa é sócio da árEa dE sEgurança E tEcnologia da Pwc.

Espionagem 2.0

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o final do ano passado, o WikiLeaks iniciou o processo de divulgação gradativa de mais de 250 mil correspondências secretas trocadas entre o Departamento de Estado e as Embaixadas dos Estados Unidos pelo mundo (“Cablegate”). Isto representa o maior vazamento de informação confidencial de todos os tempos. Até o momento, um volume pequeno de documentos se tornou público. No entanto, o caso já se tornou emblemático. As informações que dizem respeito ao Brasil são variadas. Desde o relato da Embaixada sobre o perfil pessoal e político de Dilma Rousseff, as forças ideológicas que direcionam as ações do Itamaraty, o pedido de ajuda ao País na guerra do Afeganistão, até a preocupação sobre uma vulnerabilidade nos procedimentos de decisão do alto escalão do governo como parte do processo de autorização para abates de aviões, pela FAB, em caso de ataques aéreos terroristas. O objetivo desta organização sem fins lucrativos é de tornar públicas notícias e informações importantes. Eles garantem uma forma segura de manter o anonimato das fontes das informações “vazadas” para seus jornalistas e aceitam material confidencial de grande significado político, ético, diplomático ou histórico. O WikiLeaks tem sido um dos mais visitados e visados sites no mundo. Com o slogan “Help WikiLeaks keep governments open”, esta organização parece ter aumentado seu apetite por informações vazadas, também, no setor privado. Um ex-funcionário executivo de um banco suíço declarou publica-

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mente que entregou ao site dois CDs contendo informações bancárias de mais de 2 mil correntistas da sucursal do banco nas Ilhas Cayman, pessoas físicas e jurídicas que supostamente operavam de forma ilícita. Outro episódio divulgado recentemente foi da francesa Renault, que culminou no afastamento de três executivos que lideravam o projeto estratégico de veículos elétricos da empresa. A partir de denúncia feita ao comitê de compliance da montadora, se iniciou um processo investigativo que, segundo o divulgado, permitiu a coleta de evidências que mostram ter havido má conduta e não cumprimento do código de ética da companhia por estes funcionários. Com base na suspeita de vazamento de segredos industriais do programa de fabricação dos novos modelos de carros elétricos, que expôs também sua imagem e reputação, a Renault declarou que analisaria, além da suspensão dos funcionários, todas as opções legais e judiciais. O governo francês, acionista da montadora, classifica o caso como grave e promete aprimorar as leis que tratam de vazamento de informação estratégica nas empresas. A espionagem industrial, a apropriação indevida de informação estratégica e o vazamento de dados são ameaças constantes para governos e empresas em todo o mundo. Os fatos reforçam o risco a cada dia. Por isso, a implantação de programas estruturados de proteção desse tipo de ativo, considerando o grau de sofisticação apropriado, deve ser prioridade estratégica de empresas e governos. InformationWeekBrasil | Fevereirode2011

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Indústria

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Gilberto Pavoni Junior, esPecial Para informationWeek brasil

Indústria nacional de TI vive um 2011 de excelente expectativa, onde a demanda virá além dos tradicionais compradores de tecnologia como bancos, telecom e governo. Contudo, para aproveitar as diversas oportunidades, os fornecedores terão que reforçar os times de venda

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no escimento Fique de olho em novas oportunidades para vender tecnologia e serviços de TI em 2011. Este é o conselho de algumas das principais empresas do setor. Há uma boa expectativa quanto ao crescimento do mercado, tanto nos segmentos que são compradores tradicionais de tecnologia, como bancos, telecomunicações e governo, quanto em novos clientes. As apostas são variadas, mas isto tem explicação até bem simples. O setor de TI espera um crescimento geral da economia, ainda no embalo do fortalecimento do poder de compra da classe média e da entrada de novos brasileiros no mercado de consumo. O fato deve fortalecer as classes C e D. Tal ampliação vai forçar com que vários tipos de empresa comecem a vislumbrar na tecnologia uma forma de promover vendas, lucros, logística e produtividade. Se as perspectivas se confirmarem, algumas verticais são vistas com mais carinho pela indústria. A fabricante de programas de gestão Totvs, que atende a clientes de vários tipos, tem algumas apostas certas. “Construção e saúde devem crescer muito em 2011”, aponta o vicepresidente de estratégia de mercado, Rodrigo Caserta.

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Indústria O primeiro ainda impulsionado, principalmente, pelo aumento da demanda por casa própria promovido por iniciativas do governo e pelo aumento da nova classe média com renda estável. Em 2011, alguns projetos referentes aos grandes eventos esportivos que o Brasil abrigará também devem influenciar. “Muitas empresas desse setor ainda convivem com soluções caseiras e é natural que procurem ferramentas com padrão de mercado para conseguir competitividade”, explica Caserta. Para o executivo, esse é só o começo de um possível aquecimento maior das compras de TI no

Os setores de construção e saúde estão no foco da Totvs, que aposta na Copa do Mundo e Olimpíada. Para Caserta, empresas destas verticais ainda convivem com soluções caseiras e é natural que procurem ferramentas com padrão de mercado para conseguir competitividade

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setor de construção. Os projetos relativos à Copa do Mundo e à Olimpíada devem promover melhorias urbanísticas e de infraestrutura profundas nas cidades-sedes destes eventos. Assim, áreas imensas deverão ser modernizadas, tornando seus moradores, comércio e indústria consumidores mais vorazes de tecnologia. Já o setor de saúde, pela expectativa da Totvs, deve crescer independentemente de eventos. A fabricante espera um aumento das vendas de programas de gestão e soluções específicas desse ramo. “Tudo que é relacionado à eliminação de papelada irá vingar em 2011”, aposta Caserta. A fabricante já sente um aumento na procura por soluções que digitalizem prontuários e automatizem processos internos entre médicos e pacientes. “O problema neste setor é que nem tudo é padrão para todos”, alerta o executivo. Clínicas não usam soluções de hospitais. As empresas de saúde complementar não compram exatamente os mesmos produtos que os laboratórios e assim por diante. Caberá aos fornecedores, em 2011, entender a especificidade deste tipo de demanda. A fabricante nacional tem ainda outra grande aposta. A empresa tem certeza que as manufaturas irão comprar mais TI em 2011. Qual manufatura? A resposta é simples, mas de pouca ajuda. “Qualquer tipo de fábrica”, diz Caserta. A projeção da Totvs é que isto se concentre nas empresas de pequeno e médio portes que se beneficiarão dos bons ventos da economia e têm um parque de TI antiquado. Confirmado o crescimento do mercado, qualquer fornecedora de TI e serviços deve ficar esperta. Se a demanda relacionada ao ERP deve impulsionar os negócios da Totvs, o novo paradigma da mobilidade irá impulsionar as vendas da Everis. “Se a tecnologia ganha importância dentro do mundo corporativo, qualquer fornecedora pode se beneficiar”, analisa o gerente de área de negócio, Ricardo Contrucci. Para Contrucci , o budget de TI continuará a ser mais InformationWeekBrasil | Fevereiro de 2011

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significativo em clientes tradicionais como bancos, governo e telecom. “Não há como fugir disto, são os que mais têm dinheiro e os que mais gastam”, diz. Porém, isto não significa que, em 2011, não haverá oportunidades distintas das que se conhece. “Se a economia cresce de forma geral, você pode esperar tudo; e caberá às empresas perceberem onde estarão as novas demandas e de que forma se apresentarão”, comenta. A Everis, especializada em mobilidade, planeja um 2011 focado nos setores tradicionais, mas se prepara para atender qualquer oscilação positiva nas compras. “É preciso entender como a TI mudou. Nós iremos ser afetados pela evolução dos tablets e isto pode vir de qualquer empresa.” Companhias de TI que trabalham em segmento específico devem ficar atentas aos movimentos do mercado de atuação. “Além do aumento esperado de uma forma geral, esperamos um crescimento pela conscientização sobre cibercrime”, aponta o gerente-regional da Kaspersky, Eljo Aragão. Para o executivo, o varejo pode surpreender positivamente durante o ano nas compras de segurança digital, mas isso não deve afetar outros fornecedores da mesma forma. “Quando se sai dos setores que tradicionalmente compram TI, tudo adquire os mais diversos formatos”, alerta.

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Yamamuro, da NEC no Brasil: quem vai comprar TI em 2011 são empresas com visão e projetos maduros sobre as possibilidades da tecnologia

As análises das possibilidades de aquecimento do setor de TI em 2011 variam. Há quem acredite na elevação de gastos em verticais específicas e há quem aposte em projetos pontuais 37

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Indústria

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OPORTUNIDADES DISPERSAS

Aragão, da Kaspersky: “Quando se sai dos setores que tradicionalmente compram TI, tudo adquire os mais diversos formatos”

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Esse mesmo tipo de visão é compartilhado por outras empresas. Elas não apostam em setores específicos. Para algumas, o aumento da demanda em TI não deve ser muito diferente do que se conhece historicamente. Alguns executivos apostam que bancos, telecom e governo ainda serão os maiores compradores e, quando 2011 chegar ao fim, o balanço trará o já conhecido retrato. “O que deve ocorrer é que algumas empresas de um setor provavelmente tentarão se modernizar, mas, no geral, o setor delas ficará no mesmo patamar do total de gastos que estamos acostumados”, diz o CEO da NEC no Brasil, Herberto Yamamuro. Para o executivo, não é uma questão de vertical da economia. As oportunidades estarão dispersas e podem mesmo ter um sentido horizontal. “Quem vai comprar TI em 2011 são empresas com visão e projetos maduros sobre as possibilidades da tecnologia e isso não tem a ver com setores, é algo pontual”, explica. Para ele, a única possibilidade de agrupamento das oportunidades que se pode tentar em 2011 é horizontal. Prestar atenção nas pequenas e médias empresas (PMEs), por exemplo. “Os bons sinais da economia esperados para 2011 devem promover o aquecimento na procura por data centers que trabalham com PME”, acredita Yamamuro. Com isso, a demanda de TI pode se concentrar não em setores, mas em soluções específicas. “Tudo relacionado à virtualização e à infraestrutura ou serviços de cloud computing ganha espaço”, diz. Para ele, os data centers ainda são procurados por grandes empresas e este ano pode ser o início de uma demanda consistente por parte das pequenas e médias. Outra aposta mais horizontal da NEC é o comércio virtual. “Quem ainda não tem uma loja na internet vai começar a se interessar por isso”, destaca. E o movimento não virá apenas do varejo aquecido com as vendas ao consumidor final. Indústrias e mesmo canais de vendas devem lançar projetos de entrada no e-commerce ou melhorar as operações atuais. Nesse movimento, um leque maior de equipamentos e serviços deve ganhar espaço, gerando impacto positivo nas vendas de revendas e integradores de TI também. InformationWeekBrasil | Fevereiro de 2011

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AS MAIORES

APOSTAS

DO SETOR

Bancos e telecom – tradicionais compradores de tecnologia, ambos farão valer o histórico de early adopters baseados na mobilidade e na web social. Devem promover a computação em nuvem como um todo. Saúde – modernização de prontuários e soluções de gestão específicas. Hospitais, clínicas, laboratórios e empresas de saúde complementar exigem ferramentas distintas. Educação – equipamentos de infraestrutura básicos nas instituições públicas que passarão por uma inclusão digital. O setor privado faz bom uso da TI, mas pode se interessar por colaboração e soluções de ensino e relacionamento on-line. Médias manufaturas – equipamentos mais modernos e softwares gestão para quem ainda não entrou no mundo da tecnologia. Quem já tem intimidade, deve aderir a soluções que ajudem ampliar o lucro. Logística e infraestrutura – 2011 será o início dos gastos por causa da Copa do Mundo e da Olimpíada. Mas a TI pode ficar para os anos seguintes. No entanto, é boa a oportunidade de estreitar relações comerciais e entender a demanda. Deve ser um dos primeiros a adotar smart grid.

EQUIPES DE VENDAS MAIS PREPARADAS As análises das possibilidades de aquecimento do setor de TI em 2011 variam. Há quem acredite na elevação de gastos em verticais específicas e há quem aposte em projetos pontuais. Mas, se há diferenças nas probabilidades de onde virá o crescimento, o mesmo não se aplica aos conselhos de como preparar-se para atender à demanda. O fortalecimento do time de vendas é apontado como principal atitude na gestão das fornecedoras de TI e serviços para que se possa aproveitar o bom momento da economia. Com as apostas variando entre setores com orçamentos menores e mais sensíveis a preços, caberá ao vendedor entender o valor da tecnologia no negócio do cliente de uma forma integral. De acordo com empresários e especialistas, quem conhecer mais sobre os problemas e necessidades de setores e, mais ainda, de cada empresa em particular, sairá ganhando. Dentro dessas expectativas, já surge o primeiro problema para as fornecedoras de TI que quiserem aproveitar as oportunidades. Os clientes podem errar no plano de compras e as fornecedoras na oferta. “Não se pode tentar tirar o atraso de vários anos em apenas um”, enfatiza o líder da prática de tecnologia da Accenture, Ricardo Chisman. Para o especialista, as apostas de 2011 devem se confirmar. Porém, para a efetivação das vendas, será necessário um tipo de trabalho diferente dos “anos dourados” da TI. “Nunca se fez tantos planos de compra como nos últimos meses, porém isso vem de demanda e estratégia diversas”, diz. Somente quem entender essa diversidade deve chegar ao final de 2011 com orgulho de ter aproveitado as oportunidades que se apresentaram. Apesar da visualização de um aquecimento das compras e serviços de TI, as empresas que possuem time de vendas acostumado a tirar pedidos irão enfrentar dificuldade e, provavelmente, tudo relacionado às vendas consultivas serão importantes como nunca. “É melhor que as empresas de TI invistam na força de vendas em 2011”, alerta o diretor de desenvolvimento de novos negócios da Cisco, Rodrigo Uchôa. São os bons vendedores, que conhecem os atuais clientes e conquistam novos, que serão os responsáveis por entender as oportunidades de crescimento durante o ano. Haverá clientes querendo dar saltos de produtividade e outros aproveitando o dólar baixo para se modernizar. No meio disso, alguns clientes soltarão seus projetos de cloud computing, SaaS enquanto outros verão que a infraestrutura está boa e devem partir para soluções que ajudem a gerar negócio. “Em 2011, haverá boas oportunidades espalhadas de tal forma que somente um bom time de vendas especializado em várias demandas poderá transIWB formar tudo isso em lucro”, destaca.

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Indústria | CURTAS

nuvem Caminhos da Vitor Cavalcanti

As projeções para 2011 quando o assunto é computação em nuvem são positivas. Os principais institutos de pesquisa apontam uma curva crescente de adoção, na medida em que mais executivos passam a confiar no modelo. A indústria, por sua vez, investe no aprimoramento e amadurecimento do conceito, como forma de exterminar dúvidas relativas à segurança, disponibilidade e robustez da infraestrutura colocada à disposição dos clientes. Isso não significa que os desafios estejam superados. Como lembra Reinaldo Roveri, gerente de pesquisa da IDC, “[a nuvem] cria imprevisibilidade no mercado. Ela não tem receita prevista, como no modelo com licença. Em cloud, [o cliente] entra e sai quando quer, trata-se de um modelo onde se vende de acordo com o uso”. Para o especialista, plataforma e infraestrutura como serviço (PaaS e IaaS, nas siglas em inglês) são os que ainda sofrem deste mal. Ele vê, entretanto, software como serviço (SaaS) com previsibilidade maior e, também, com oportunidades de aumentar margem por ser valor agregado.

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Enquantoadoçãodecloud computingapontaparaum crescimentoacelerado,a indústriaassiste,aomesmo tempo,odesenhodecomo seráoperfildeusoditado pelascorporações A Microsoft, que aposta muito em sua plataforma Azure, é um dos players que tentam convencer o mercado, vendendo a mensagem de que está 100% focada em cloud. Otávio Pecego, arquiteto de soluções sênior da fabricante, diz que o problema de indisponibilidade que o serviço de nuvem sofreu no passado está superado e que isso é fruto de investimentos e pesquisa. “Trabalhamos muito nos data centers. Em storage, temos no mínimo três cópias da informação, se o hardware falhar, o tempo de recuperação é de cinco a dez minutos. Estamos indo para quarta geração de DC que fica em contêineres, ao ar livre, mas o básico é redundância, mas não podemos dizer que nunca haverá falha.” O executivo diz ainda que o conceito de computação em nuvem dentro da Microsoft consiste em levar a informação para a tela do usuário, independente do tipo de equipamento utilizado. “Focamos três grandes telas: edição (note/workstation), mobilidade (todos os móveis com web) e diversão (TV/jogos). Todos precisam processamento local, na edição não precisa ir e voltar na web toda hora e em mobilidade também não”, detalha. Do lado corporativo, ambos os lados, indústria e consultorias, concordam que há grandes possibilidades para companhias de pequeno e médio portes (PME). A nuvem pode, no caso de uma desenvolvedora de softwares, por exemplo, colocar um player iniciante em pé de igualdade com outros já consolidados. “Essas empresas que não tinham acesso a determiInformationWeek Brasil | Fevereiro de2010 2011 InformationWeek Brasil | Janeiro de

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Gerenciando a nuvem Afora oportunidades para PME, o consenso geral é de que o modelo híbrido prevaleça como regra de mercado, sobretudo, quando falamos de grandes corporações que, dificilmente, ao menos no curto prazo, levarão sua estrutura tecnológica para a nuvem. Ainda é complicado trabalhar o conceito de que suas informações estarão em um data center que pode mudar de lugar sem que você saiba. E é neste tipo de tendência que algumas empresas focam seus esforços, levando serviços agregados e outras camadas de software para gerenciar o mundo da nuvem. Um desses casos é a BMC Software, como explica Francisco Carlos Hernández, diretor de software para América Latina, a fabricante está com uma proposta de gestão de nuvem, ofertando uma ferramenta que faz o provisionamento automático entre os ambientes privado e público, quando necessário, ou seja, “o benefício é para quem usa modelo híbrido”.

Com esta ferramenta, ele mira, apenas na América Latina, oportunidades de ao menos US$ 100 milhões. O executivo aponta, também, que o desejo da companhia é ter 80% de vendas em SaaS. “Para o atual ano fiscal iniciado em abril (de 2010) o objetivo é ser especialista em cloud. Todo nosso esforço está em nuvem.” Na região, inicialmente, o produto será voltado aos provedores de cloud, que poderão usar a solução para gerenciar e direcionar as demandas dos clientes. “O portfólio foi adaptado para atender todos os ambientes. São quatro iniciativas (planos, gerenciamento do ciclo de vida, otimização e governança) cobrindo nível de maturidade atendendo empresas e provedores.” O software da BMC propicia, por exemplo, uma conexão direta com o serviço de cloud da Amazon. Para uma empresa usuária de nuvem privada e que tenha a solução da fabricante isso significa que, na necessidade de mais memória ou processamento, ela pode deixar habilitado esse link e a demanda é direcionada automaticamente para o provedor. Esse plug-in detecta o uso, calcula custos, identifica recursos usados e o que será demandado. Além da aliança com a Amazon, a BMC aposta em acordos com Cisco e Dell. “Hoje a HP é nosso principal concorrente, é a que tem o conceito que mais se aproxima do nosso.”

Foto: thinkstockphotos

nados ambientes pelo dinheiro, passam a ter. No caso da empresa de desenvolvimento, que antes tinha a capacidade limitada, pode contratar [infraestrutura] como serviço”, pontua Roveri. Ao lembrar da necessidade de armazenamento, o especialista da IDC cita como exemplo o Mozy, um serviço de storage em nuvem, adquirido pela EMC, e que pode ser contratado como serviço. Há até uma versão gratuita para até 2 giga de memória, uma excelente perspectiva para quem, há até pouco tempo, contava apenas com PCs comuns. “A nuvem pública dá poder computacional à PME”, atesta.

Certificação Em meio aos investimentos em infraestrutura, telecom e camadas de software, chama a atenção a aposta da ITpreneurs, consultoria especializada em certificações como ISO 20 mil. A empresa desenvolveu uma metodologia para certificar profissionais de TI em melhores práticas de computação em nuvem. “Muitos falam em nuvem, mas não há educação ou padrão de certificação para isso. E tudo o que temos disponível é específico de fornecedor como IBM, VMware. Mas não há uma certificação que sirva para o conceito de cloud”, lembra Sukhbir Jasuja, CEO da companhia. Para mudar esse cenário, Jasura explica que eles desenvolveram algo como um padrão internacional, onde o profissional treinado dentro de tais especificações trabalharia no ambiente cloud independente do fornecedor. “As companhias gastam milhões nessas soluções, assim como os fornecedores investem muito nesse padrão, precisamos ter pessoas competentes para isso.” Assim como em outras certificações, essa terá uma divisão por níveis e, neste início, o projeto já conta com suporte de IBM, HP, Cisco, EMC e Microsoft. “Também estamos em contato com Oracle, Google, para conseguir mais apoiadores para esse projeto. Isso iwb afeta 10 milhões de profissionais.”

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Indústria | CURTAS

Revolta à egípcia O Egito passou por um momento turbulento. Depois de 18 dias de protesto, o ditador Hosni Mubarak renunciou ao poder, em 11 de fevereiro, e abriu a possibilidade de se instaurar um regime democrático e que atenda aos anseios de uma sociedade ávida por dias melhores. O que se viu por lá foi a continuação de uma série de revoltas que se assistiu em países árabes, começando pela Tunísia, e que contou com uma ajuda da internet para sua propagação. A rede mundial, aliás, chegou a sofrer baixas no Egito, quando o ditador, então no poder, ordenou a paralisação do serviço. Alguns representantes da indústria de tecnologia, como Google e Twitter, trabalharam para manter os egípcios conectados e em comunicação com pessoas dentro e fora do país. Até o velho acesso discado foi utilizado. Mesmo com os provedores sem funcionar, encontrou-se uma forma de usar até ondas de rádio e permitir à população acesso à rede.

PaPel da indústria Um sistema criado por Google e Twitter permitia o envio de mensagens ao microblog via telefone e, assim, contornava o problema da internet, mostrando um papel importante da indústria de tecnologia em momentos de tensão como o que se assistiu. Esta atuação também suscitou um debate sobre a possibilidade de se controlar a grande rede, já que quase sempre se encontra uma solução para burlar um bloqueio criado, seja por um regime ditatorial, empresas ou até, quem sabe, uma máfia qualquer.

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Controle de quem? A questão do controle da internet está sempre em discussão nos meandros da política de qualquer país. O caso do Egito prova por si só que, ainda que seja o desejo de um político, existe uma solução para que a rede mundial possa ser acessada e servir de apoio para manifestação de uma sociedade. E não adianta falarmos que se trata de um debate apenas de governos autoritários. O congresso norte-americano tem um projeto que dispõe sobre o assunto. Ou seja, todos temem o real poder da web. Outro ponto envolvendo essa força que a internet conferiu à voz do povo’ está relacionada à qualidade da informação que se discute e à importância que se dá a certas coisas. As pessoas elegeram Twitter, Facebook, Orkut, blogs e afins como canais para divulgar tudo e qualquer assunto, desde uma reclamação de serviço mal feito a discussões familiares. Ainda não há uma equação do que seria correto ou de como seria a forma mais acertada de usar esses espaços, enfim, um debate a ser encabeçado por algum filósofo 3.0 de plantão.

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US$ 4,05 BILHÕES É o montante que publicitários do mundo inteiro gastarão em propaganda no Facebook neste ano, segundo previsões do eMarketer. Apenas nos EUA, o valor disponível chega a US$ 2,19 bilhões, aponta o estudo. Em comparação, os gastos das companhias em publicidade na rede social em 2010 chegaram a US$ 1,86 bilhão. Desse total, US$ 1,21 bilhão foi direcionado para atingir os consumidores nos Estados Unidos e US$ 65 milhões para o resto do mundo. Pelas previsões do eMarketer, o Facebook deve representar 7,8% do mercado de publicidade online nos Estados Unidos. No ano passado, a rede social representou 4,7%.

NOKIASOFT? Depois de muitos rumores, a Nokia, finalmente, anunciou o que era previsto por muitos analistas de mercado: abandonou a plataforma Symbian, não chegou a lançar a Meego e fechou uma ampla aliança com a Microsoft. A partir do acordo, os smartphones produzidos pela finlandesa rodarão o Windows Phone 7. Além disso, a Ovi Store deixa de existir e os aplicativos serão migrados para a Marketplace, da Microsoft. Ainda pelo tratado, o serviço de mapas da Nokia passará a ser usado pela Microsoft e o Bing virará padrão nos aparelhos. A aliança foi o caminho encontrado pelas duas companhias, principalmente pela Nokia, para tentar brigar com Apple e Google no cenário móvel. A Nokia vinha perdendo market share e o Windows Phone, até agora, ainda não teve o seu grande momento no mercado. A participação da Microsoft é pequena e, até então, o novo sistema não demonstrou fôlego para alcançar Android, iOS e BlackBerry. Muitos analistas, como Tomi Ahonen, consultor de mobilidade baseado na Ásia, dizem que, inicialmente, a parceira deve favorecer mais a Microsoft, que terá como distribuidor a maior fabricante de celulares do mundo. Para a Nokia, o desafio deve ser maior, uma vez que o Symbian coleciona admiradores e a plataforma Windows Phone 7 lança diversos requisitos para rodar em um hardware. A grande questão está sob o efeito no longo prazo, onde poucos se arriscam a opinar, mas, informalmente, dizem que a Nokia pode sair prejudicada. A Microsoft também pode perder algo nesse jogo. Ainda não se sabe se as fabricantes que haviam se comprometido com o Windows Phone 7, como Samsung e LG, continuarão com suas estratégias para o sistema móvel depois dessa aliança com a Nokia. Enquanto isto, o Android segue ganhando terreno em celulares inteligentes e tablets e o iOS ampliando seu porcentual de admiradores.

DEZ EMPRESAS (OU NÃO) QUE A ORACLE DEVERIA COMPRAR Inspirado na ideia (pouco provável) de um investidor, de que a Oracle deveria comprar a Dell, e na esperança de ilustrar como o negócio seria ruim para a nova direção da empres a, Bob Evans, da InformationWeek EUA, criou dez ideias de aquisições que seriam muito melhores que a Dell para Ellison: 1) A parcela da Pensilvânia na Interestadual 80 2) A cadeia da livrarias Border 3) IBM 4) General Motors 5) Serviço Postal dos Estados Unidos 6) New Orleans Hornets da NBA 7) SCO Group 8) São Francisco 9) Universidade da California Berkeley 10) HP LEIA MAIS: Veja os argumentos para cada sugestão em www.itweb.com.br/iwb/ aquisicoesoracle

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STARTUP

Fotomontagem: Rodrigo Martins

Produtos

encontram

pessoas FELIPE DREHER

Chaordic Systems trabalha para transformar recomendações, em tempo real, em algo personalizado para cada cliente de e-commerce O comércio eletrônico ganha cada vez mais espaço junto aos consumidores brasileiros. E, assim como nas lojas físicas, conhecer o cliente e personalizar o atendimento contribui para elevar as taxas de conversão de vendas. A premissa simples do mundo de cimento e tijolo direciona a atuação da catarinense Chaordic Systems no universo dos bits e bytes. Afinal, vivemos na era da recomendação. A startup nasceu para prover uma tecnologia baseada em algoritmos capaz de oferecer elevados níveis de personalização nas ofertas. “Imagine um e-commerce que vende milhares de tipos de produtos. Você pode mostrar o mesmo site para todo mundo ou usar ferramentas para personalizar a página para cada pessoa de maneira distinta à medida que os clientes interagem com a loja”, justi-

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fica João Lourenço Vivan Bernartt, um dos fundadores da companhia. A tecnologia chamada de RaaS (recommendation as a service) trabalha para transformar recomendações, em tempo real, em algo personalizado para cada indivíduo. Para fazer isso, o sistema observa e coleta padrões de consumo [cada clique é informação a ser explorada], joga esses dados em algoritmos para ajudar a direcionar a compra. Uma parte de redes neurais da tecnologia aprende padrões e automatiza ofertas personalizadas a partir de cálculo da probabilidade de compra para o perfil de cada cliente. “Vivemos a era da descoberta. Produtos tentando encontrar compradores”, comenta o executivo, que acrescenta: “Temos o objetivo de ajudar pessoas perdidas em meio a massa de informações,

analisando um ambiente restrito de relacionamento com produtos”, explica o fundador da empresa cujo nome vem de um termo cunhado pelo fundador da Visa, Dee Hock, e significa “caos mais ordem”. Parte do sistema fica dentro da loja virtual. Outra parte fica nas máquinas do provedor da solução. Na medida em que o cliente interage com o site, servidores do comércio eletrônico e da startup são abastecidos com metadados. Calculadas as recomendações são feitas entregas de ofertas. Segundo Bernartt, muito e-commerces ainda baseiam suas sugestões aos internautas. Isto significa, por exemplo, recomendar livros de Paulo Coelho para quem comprou uma obra do mesmo autor. Mas isso pode não ser efetivo uma vez que padrões de consumo não necessariamente seguem

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A cAdA edição, A seção stArtup conta a história de uma empresa nascente.

Você conhece alguma organização de TI jovem e inovadora? escrevA pArA fdreher@itmidia.com.br

Parte do sistema fica dentro da loja virtual. Outra parte fica nas máquinas do provedor da solução. Na medida em que o cliente interage com o site, servidores do comércio eletrônico e da startup são abastecidos com metadados

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esse tipo de lógica. “A ideia é surpreender o cliente a partir de dados estatísticos”, comenta. A cobrança é feita por meio de comissão de acréscimo de vendas. A Chaordic surgiu a partir de um concurso promovido pela locadora de filmes norte-americana Netflix. Na segunda metade de 2006, a companhia – que tem uma ponta de culpa no cartório pelo declínio da rede Blockbuster – lançou um concurso no qual premiaria com US$ 1 milhão quem conseguisse melhorar em 10% a precisão de seu sistema de recomendação. Quarenta e duas mil equipes se inscreveram atrás do dinheiro. Para o trabalho, a empresa forneceria uma grande base de dados reais que serviria como ferramenta para os times trabalharem seus algoritmos. “Aquilo era perfeito para mim, pois era uma oportunidade de ter uma curva de aprendizado melhor do que se tivesse focado apenas com a universidade”, conta. Bernartt formou uma equipe multidisciplinar, começou a trabalhar no projeto e alcançar alguns bons resultados. “Em determinada classe de algoritmos chegamos a ter o segundo melhor tempo computacional. Para competição não valia de nada, mas para quem queria transformar aquilo em produto era interessante”, estabelece. Quando o resultado do esforço encontrava-se em 6% de melhoria frente ao sistema global, de mercado, veio o estalo de transformar aquilo em uma empresa, pois cada ponto porcentual de avanço demandava esforço exponencialmente superior ao despendido. Além disso, a companhia mexia em bases estáticas enquanto dados, lembra o empreendedor, “são como organismos vivos”. Entrou-se, então, na fase de moldar a firma. A nascente foi acolhida na Fundação Certi, onde o empreendedor trabalhava antes de montar a companhia. O negócio se estabeleceu por volta de 2008, mesmo ano em que a empresa inscreveu o projeto em editais e levantou R$ 1 milhão para seu desenvolvimento. Com um bom dinheiro em caixa para formatar a solução, o executivo foi ao mercado em busca de investimento para alavancar o negócio. Três investidores interessaram-se em aportar recursos. As conversas evoluíam. Mas, no meio do processo, Bernartt foi apresentado a Jorge Stefens e Paulo Caputo – executivos egressos da Datasul – com capital para investir e portas para abrir. Depois de longo período, que

se estendeu de agosto de 2009 a maio de 2010, os ex-profissionais da companhia adquirida pela Totvs assumiram 20% da Chaordic. Casualmente, 2010 foi um grande ano para a startup. Configurou-se no tempo de vivenciar os primeiros negócios. A nascente fechou contratos e começou a faturar. Atualmente são três clientes ativos. O caso público é com o canal de comércio eletrônico da Saraiva, que viu a taxa de conversão de vendas em sua loja virtual subir a uma taxa superior a 40%. O desempenho deu visibilidade ao sistema dentro do corpo diretivo da organização e chamou alguma atenção da imprensa. Os outros dois usuários da tecnologia são mantidos em sigilo pelo executivo. O desempenho ao longo do ano satisfez os desejos do empreendedor que espera fechar 2011 com mais de 50 clientes iwb utilizando sua tecnologia.

raiO x O que faz: ferramenta de recomendação PrOjeçãO de clientes: 50 ao final de 2011 nascimentO: 2008 funciOnáriOs: 20 pessoas escritóriOs: santa catarina (desenvolvimento) e são Paulo (comercial)

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Foto: Magdalena Gutierrez

Mercado RobeRto CaRlos MayeR

VP de Relações PubliCas da assesPRo NaCioNal e diRetoR da Mbi

e-Mail: RoCMayeR@Mbi.CoM.bR

TIC,Tac:Dil-ma?

O

relógio da história (tic, tac) é implacável. O segundo mandato presidencial de oito anos já é parte da história. Este fato tem (ao escrever estas linhas) poucos dias. Qual será o impacto da nova gestão sobre o setor de TICs? Como a campanha eleitoral omitiu o tema, só temos o discurso de posse da presidente Dilma no Congresso Nacional como fonte. Ela mesma afirmou, depois, que ele contém um resumo das prioridades de seu governo para cada área. Então vasculhei o que foi dito em busca de pistas e compartilho aqui meus “achados”. Uma análise numérica das palavras revela que “tecnologia” foi citada quatro vezes. “Brasil” e/ou “brasileiro/a” teve 64 citações. “Povo” apareceu 15; “mulher”, dez; “saúde”, oito; “educação”, cinco; “internacional”, duas e “informação”, apenas uma! A única citação explícita à “tecnologia da informação” cita seu “uso intenso, a serviço de um sistema de progressiva eficiência e elevado respeito ao contribuinte”. Vejo ai um “Leão” cada vez mais voraz: o Big Brother fiscal, com o monitoramento online das receitas, da contabilidade e dos estoques das empresas. Torço para que o “elevado respeito” se transforme em leis de proteção ao contribuinte. A implementação do Sped, NF-e e agregados está baseada apenas em uma Emenda Constitucional (que permitiu

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o compartilhamento de dados sobre os contribuintes entre diferentes órgãos do governo) e um conjunto de portarias (na sua maioria da Receita Federal). Ou seja, esse quadro está juridicamente incompleto. Não há Lei Complementar nem Ordinária sobre o tema que defina, por exemplo, limites para o uso das informações coletadas. Só um exemplo para pensar: os estoques de um insumo necessário à produção podem ser usados para autuar a empresa fornecedora, se os impostos pagos por esta parecerem incompatíveis com as vendas para seu cliente? As três citações restantes da “tecnologia” fazem alusão à qualidade do ensino para “nos conduzir à sociedade da tecnologia e do conhecimento” – além da qualidade, será preciso ensinar tecnologia! –, à “capacitação federal na área de inteligência e no controle das fronteiras” – isto é, por órgãos de governo novamente –, e, finalmente, no “forte” apoio ao “desenvolvimento científico e tecnológico” (confiado a um Ministro político formado em Economia e derrotado nas eleições). Fiquei frustrado pela omissão dos planos para a TV Digital e o Plano Nacional de Banda Larga. O uso da TI para tornar toda a economia mais eficiente (não só o Estado!), também não foi citado. Queremos saber por quê! InformationWeekBrasil | Fevereirode2011

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Em parceria com a PwC, a IT Mídia anuncia os finalistas da décima primeira edição do estudo. Conheça a metodologia de análise e os indicados Em sua 10ª edição, o estudo “Executivo de TI do Ano” é realizado pela IT Mídia, em parceria com a PwC, e reconhece os profissionais do setor que cultivam as melhores práticas de gestão da TI e, assim, contribuem para o crescimento do negócio. Neste ano, a metodologia do estudo passou por uma evolução, sendo que a principal mudança refere-se à segmentação dos executivos entre dois grandes grupos de avaliação, de acordo com o faturamento da empresa – abaixo de R$ 1 bilhão e igual ou acima de R$ 1 bilhão. A análise dos melhores executivos de TI é baseada na metodologia CIO Advisory da PwC, que descreve as funções da área de TI de uma organização em um contexto de negócios, ou seja, a TI como uma área de prestação de serviços transparente e geradora de benefícios tangíveis ao negócio. O estudo está estruturado em dez pilares, considera-

Executivos de TI do Ano Em parceria com a PwC, a IT Mídia anuncia os finalistas da décima primeira edição do estudo. Conheça a metodologia de análise e os indicados Em sua 10ª edição, o estudo “Executivo de TI do Ano” é realizado pela IT Mídia, em parceria com a PwC, e reconhece os profissionais do setor que cultivam as melhores práticas de gestão da TI e, assim, contribuem para o crescimento do negócio. Neste ano, a metodologia do estudo passou por uma

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dos também as categorias de premiação. Desta forma, para cada pilar de avaliação, haverá dois vencedores – um para empresas com faturamento de até R$ 1 bilhão e, um segundo ganhador, para companhias que faturam acima de R$ 1 bilhão. Os critérios finais e pesos foram definidos por um comitê da IT Mídia, que apontou, dentro dos dez segmentos avaliados, as questões mais urgentes e relevantes da gestão de TI. A PwC, por sua vez, verificou a aplicação dos critérios de forma a confirmar os profissionais de destaque em cada esfera. Além disso, a segmentação dos participantes por indústria permitiu a correta interpretação da atual situação da TI nas maiores organizações do Brasil. Realizado no período de outubro a dezembro de 2010, com 237 líderes de TI, o estudo traz ainda dois novos pilares de análise – gestão de pessoas e adoção de tecnologias emergentes. Em resumo, as competências e os resultados medidos em cada pilar pelo Executivos de TI do Ano são:

evolução, sendo que a principal mudança refere-se à segmentação dos executivos entre dois grandes grupos de avaliação, de acordo com o faturamento da empresa – abaixo de R$ 1 bilhão e igual ou acima de R$ 1 bilhão. A análise dos melhores executivos de TI é baseada na metodologia CIO Advisory da PwC, que descreve as funções da área de TI de uma organização em um contexto de negócios, ou seja, a TI como uma área de prestação de serviços transparente e geradora de benefícios tangíveis ao negócio. O estudo está estruturo em dez

pilares, considerados também as categorias de premiação. Desta forma, para cada pilar de avaliação, haverá dois vencedores – um para empresas com faturamento de até R$ 1 bilhão e, um segundo ganhador, para companhias que faturam acima de R$ 1 bilhão. Os critérios finais e pesos foram definidos por um comitê da IT Mídia, que apontou, dentro dos dez segmentos avaliados, as questões mais urgentes e relevantes da gestão de TI. A PwC, por sua vez, verificou a aplicação dos critérios de forma a confirmar os profissionais de destaque em cada esfera. Além disso, a segmentação

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CONFIRA OS FINALISTAS DO ESTUDO

O EXECUTIVO DE TI DO ANO – 10ª EDIÇÃO Foram registradas 237 participações coletadas no período de 30 de outubro a 20 de dezembro de 2010. Os dados foram submetidos à PriceWaterHouseCoppers, responsável pela consolidação e análise das informações. O resultado desta avaliação é a lista de finalistas a seguir. Os vencedores do Executivos de TI 2011 serão revelados no dia 15 de março, em evento de premiação que acontece em São Paulo. CATEGORIAS DO GRUPO DE EMPRESAS QUE FATURAM ABAIXO DE R$ 1 BILHÃO CATEGORIA

EXECUTIVO

EMPRESA

Estratégia de TI

JOSÉ PIRES DA COSTA FILHO

ECAD - Escritorio Central de Arrecadação e Distribuição

Estratégia de TI

MARCIO DO LAGO

HOSPITAL E MATERNIDADE BRASIL

Estratégia de TI

VALDEMIR RAYMUNDO

TORTUGA CIA. ZOOTECNICA AGRARIA

Governança de TI

ADRIANA BIANCA

HENKEL LTDA.

Governança de TI

IRAJA V CURTS

FRIMESA COOPERATIVA CENTRAL

Governança de TI

MARCOS HAMSI

MARTIN-BROWER COM.,TRANSPORTES E SERVICOS LTDA

Monitoramento e Qualidade

ANDRE NAVARRETE

INDÚSTRIA GRÁFICA SANTA MARTA LTDA

Monitoramento e Qualidade

wAUGUSTO ANTONIO CARELLI FILHO

PIF PAF ALIMENTOS S/A

Monitoramento e Qualidade

HELIO GUSSIARDI

FESTO Brasil Ltda.

Maturidade dos processos de TI

ANDRE NAVARRETE

INDÚSTRIA GRÁFICA SANTA MARTA LTDA

Maturidade dos processos de TI

AUGUSTO ANTONIO CARELLI FILHO

PIF PAF ALIMENTOS S/A

Maturidade dos processos de TI

IRAJA V CURTS

FRIMESA COOPERATIVA CENTRAL

Gestão financeira

MAURO NEGRETE

GRV SOLUTIONS

Gestão financeira

HELIO GUSSIARDI

FESTO Brasil Ltda.

Gestão financeira

SERGIO RICARDO MOYSES

FEDERACAO DAS INDUSTRIAS DO RIO GRANDE DO SUL

Estratégia de terceirização

NIVALDO TADEU MARCUSSO

FUNDACAO BRADESCO

Estratégia de terceirização

SERGIO RICARDO MOYSES

FEDERACAO DAS INDUSTRIAS DO RIO GRANDE DO SUL

Estratégia de terceirização

TERESINHA MOREIRA DE MAGALHÃES

INSTITUTO VIANA JÚNIOR

Indicadores de desempenho

AUGUSTO ANTONIO CARELLI FILHO

PIF PAF ALIMENTOS S/A

Indicadores de desempenho

MAURO NEGRETE

GRV SOLUTIONS

Indicadores de desempenho

NIVALDO TADEU MARCUSSO

FUNDACAO BRADESCO

Segurança da informação

EDSON VICENTE SIVIERI

BANCO BVA

Segurança da informação

PAULO ROBERTO SONZINI SAEZ

Mc LANE DO BRASIL

Segurança da informação

MARCO A. F. POZAN

27\7 INTELIGÊNCIA DIGITAL

Gestão de pessoas

ADRIANA BIANCA

HENKEL LTDA.

Gestão de pessoas

IRAJA V CURTS

FRIMESA COOPERATIVA CENTRAL

Gestão de pessoas

JOSE RUBENS SPADA JUNIOR

TICKET SERVICOS S.A.

Adoção de tecnologias emergentes

BAZILI ROSSI SWIOKLO

BANCO SOFISA S.A.

Adoção de tecnologias emergentes

GLAYCON CRISTIAN FERREIRA

MB5 COMERCIO IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

Adoção de tecnologias emergentes

NIVALDO TADEU MARCUSSO

FUNDACAO BRADESCO

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CATEGORIAS DO GRUPO DE EMPRESAS QUE FATURAM ACIMA DE R$ 1 BILHÃO CATEGORIA

EXECUTIVO

EMPRESA

Estratégia de TI

FABIO FARIA

VOTORANTIM INDUSTRIAL S.A

Estratégia de TI

FRANCISCO CUNHA

DIAGNOSTICOS DA AMERICA S. A.

Estratégia de TI

MATEUS DIAS MARCAL

DERSA - Desenvolvimento Rodoviário SA.

Governança de TI

ERNANI PAULO TOSO

GRENDENE S/A

Governança de TI

FABIO FARIA

VOTORANTIM INDUSTRIAL S.A

Governança de TI

LAERCIO ALBINO CEZAR

BANCO BRADESCO S.A.

Monitoramento e qualidade

CLAUDIO ANTÔNIO FONTES

SPAIPA S.A.

Monitoramento e qualidade

FABIO FARIA

VOTORANTIM INDUSTRIAL S.A

Monitoramento e qualidade

FELIPE FANGUEIRO SOARES

DELL COMPUTADORES

Maturidade dos processos de TI

CLAUDIO ANTÔNIO FONTES

SPAIPA S.A.

Maturidade dos processos de TI

FABIO FARIA

VOTORANTIM INDUSTRIAL S.A

Maturidade dos processos de TI

FELIPE FANGUEIRO SOARES

DELL COMPUTADORES

Gestão financeira

ITALO GENNARO FLAMMIA

PORTO SEGURO S/A

Gestão financeira

FRANCISCO CUNHA

DIAGNOSTICOS DA AMERICA S. A.

Gestão financeira

RUBENS SALVADOR BORDINI

BANCO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL S.A.

Estratégia de terceirização

CLAUDIO ANTÔNIO FONTES

SPAIPA S.A.

Estratégia de terceirização

FABIO FARIA

VOTORANTIM INDUSTRIAL S.A

Estratégia de terceirização

FRANCISCO CUNHA

DIAGNOSTICOS DA AMERICA S. A.

Indicadores de desempenho

JOSE ANTONIO EIRADO NETO

BANCO CENTRAL DO BRASIL

Indicadores de desempenho

LAERCIO ALBINO CEZAR

BANCO BRADESCO S.A.

Indicadores de desempenho

PAULO GUZZO NETO

CIELO SA

Segurança da informação

FELIPE FANGUEIRO SOARES

DELL COMPUTADORES

Segurança da informação

LAERCIO ALBINO CEZAR

BANCO BRADESCO S.A.

Segurança da informação

LUIS JANSSEN

YARA BRASIL FERTILIZANTES S.A.

Gestão de pessoas

FABIO FARIA

VOTORANTIM INDUSTRIAL S.A

Gestão de pessoas

ITALO GENNARO FLAMMIA

PORTO SEGURO S/A

Gestão de pessoas

MATEUS DIAS MARCAL

DERSA - Desenvolvimento Rodoviário SA.

Adoção de tecnologias emergentes

CARLOS EDUARDO MENEZES

FEDEX

Adoção de tecnologias emergentes

FABIO FARIA

VOTORANTIM INDUSTRIAL S.A

Adoção de tecnologias emergentes

LAERCIO ALBINO CEZAR

BANCO BRADESCO S.A.

*finalistas em ordem alfabética por nome do executivo

Promoção:

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Apoio:

Patrocínio

Realização:

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Carreira

Mau uso das

redes sociais

faz vítimas e derruba profissionais em empresas do Brasil e do mundo. Relembre alguns casos emblemáticos para não repetir os erros já cometidos

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A internet não só ampliou horizontes como também borrou fronteiras. A intersecção dos contatos proporcionada por estas ferramentas criou um mundo diferente, próspero; mas também desencadeou situações a beira do perigoso. Não é necessária uma reflexão muito profunda para identificar que nosso comportamento vincula-se e ajusta-se diretamente ao grupo com o qual interagimos em determinado momento. Assim, uma conversa com o pessoal do bar é diferente da que travamos com o do trabalho. Agora, imagine a confusão que pode gerar o fato de disseminar uma mensagem única a dois universos muitas vezes tão distintos? Se no mundo de tijolo e cimento dá para fazer uma distinção mais clara, os círculos sociais nas redes de relacionamento se misturam e seu perfil facilmente agrupará elementos da família, o pessoal da igreja e do trabalho, os amigos do futebol e os conhecidos dos conhecidos, todos interagindo entre si e com outros nichos como ex-colegas da escola, parentes distantes, headhunters, seu chefe e, quem sabe, até um perfil fake de algum famoso que você decidiu adicionar à sua lista porque, afinal, aquele “amigo falso” garantia momentos de bom humor ao seu dia com algumas piadinhas engraçadas. Antes de prosseguirmos, vale ressaltar que o tom

desta reportagem é de alerta. Aquelas do tipo abordagem policial de filme norte-americano: “Tome cuidado. Tudo o que disser pode, e será, usado contra você no tribunal”. Um levantamento realizado pela Robert Half entre fevereiro e março de 2010 identificou que 63% dos profissionais responsáveis por recrutamento nas empresas brasileiras checam, antes de contratar, perfis de candidatos nas redes sociais. O conselho mais básico é também o mais valioso: seja você mesmo e evite polêmicas. Percebe-se que ainda há muita dificuldade em dosar o bom senso. “Vemos alguns profissionais com perfis nas redes sociais adotando posturas que não combinam muito com o cargo que ocupam”, reconhece Alessandro Barbosa Lima, CEO da empresa de monitoramento na internet e.life. “Faltam etiqueta e compreensão de que não há mais separação entre o que é privado e o que é pessoal. São mundos que coexistem no espaço virtual.” Muitas vezes, as pessoas pensam alto em suas páginas na internet. É aí que mora o perigo.

Regras de

Fotos: Thinkstock Montagem: Rodrigo Martins

duta FELIPE DREHER

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Carreira RELIGIÃO, FUTEBOL, POLÍTICA

De acordo com empresa de segurança Proofpoint, 7% das empresas já demitiram funcionários devido ao comportamento em sites de relacionamento, enquanto outros 20% afirmaram ter advertido colaboradores pelo mesmo motivo

O dia de 28 de março de 2010 foi um domingo de clássico. Pelo Campeonato Paulista, o Corinthians enfrentava o São Paulo Futebol Clube. Após o segundo gol corintiano na partida, ocasionado por uma falha do goleiro rival, o diretor-comercial da Locaweb, Alexandre Glikas postou em seu perfil no Twitter: “Sou fã do Rogério [Ceni], se continuar assim está ótimo! Chupa bambizada! Isso aqui é Locaweb”. A seguir, acrescentou: “Vamos Locaweb! Chupa bambizada!”. A situação ficou ainda mais desagradável pelo fato de que a empresa de internet fechara, dias antes, contrato para expor sua marca no uniforme do time que o executivo atacava na rede social. Foi como riscar um fósforo dentro de um barril de pólvora. Glikas não era um sujeito popular no microblog. Tinha pouco mais de uma dezena de seguidores. Mesmo assim, suas palavras se disseminaram a uma velocidade impressionante, gerando milhares de respostas em poucas horas e evidenciando a revolta dos torcedores são-paulinos alegando desrespeito e falta de ética do diretor, corintiano declarado. O executivo até tentou controlar o incêndio postando a mensagem “Parabéns São Paulo e parabéns Corinthians pelo belo clássico!” e, pouco depois, “Minhas sinceras desculpas à torcida e ao time do SPFC. No calor do clássico, o torcedor tomou conta do profissional. Não acontecerá de novo”. Contudo, o estrago estava feito. A Locaweb emitiu comunicado oficial tentando abafar o caso. O esforço não surtiu efeito e dias depois a companhia emitiu nota ao mercado inforUm caso similar tocou Mayara Petruso, que mando que o autor dos tuítes “inoportunos” havia sido desligausou o microblog para registrar sua frustração do de seus quadros. pela vitória de Dilma Rousseff nas eleições O episódio catastrófico serviu de lição para o profissional e presidenciais de 2010. A candidata do PT recebeu para a empresa. “Aprendemos que não dá para separar o papel um volume grande de votos das regiões Norte e público do privado, por mais que tentemos”, comenta Rene de Nordeste do Brasil. Aparentemente inconformaPaula, que, em outubro de 2010, inaugurou o cargo de responda, a estudante de direito disparou: “Nordestisto sável pela área de relacionamento e mídias sociais da Locaweb. [sic] não é gente. Faça um favor a SP: mate um Sua posição foi criada para tentar aproveitar as redes sociais a nordestino afogado”. A declaração gerou reações favor da empresa, incentivando a comunicação com públicosPaís afora, o que motivou pedidos de desculpa -alvo por meio de blogs, microblogs e afins. da moça, ainda nas redes sociais, e um suposto De Paula lembra que, mesmo atuando em outra companhia na desligamento do cargo de estagiária em um escriépoca, ficou impressionado com a repercussão do caso envolventório de advocacia. “O que era algo para atingir do o colega. “O efeito ‘malhação de Judas’ pegou todo mundo outro foco, acabou saindo fora [sic] de controle. de surpresa. São coisas tão virulentas, que a maior dificuldade Não tenho problemas com essas pessoas, pelo é saber a escala real disto”. Na visão do executivo, as pessoas contrário. Errar é humano”, tentou, ainda na web. que atacavam o diretor não necessariamente eram clientes da Outro exemplo: quatro alunas foram afastadas Locaweb, o que acabou não acarretando problemas mais graves de uma escola norte-americana quando postaram — além do arranhão na imagem. Tanto, que o afastamento de em suas páginas no Facebook uma foto ao lado de Glikas não durou. Alguns meses depois, ele voltou à companhia, uma placenta feita durante uma aula prática no na mesma posição ocupada na ocasião do ocorrido. centro médico estudantil. O episódio ocorreu no

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IMPR


fim de 2010 e a imagem ficou na rede social pouco mais de três horas antes de ser deletada. Uma das envolvidas no caso, Doyle Byrnes, de 22 anos, chegou a proferir para a imprensa internacional que seu futuro está em risco pelo que considera um “erro momentâneo de julgamento”.

PRESERVANDO A IMAGEM O headhunter Rodrigo Vianna, gerente da área de vendas, marketing e IT da Hays Brasil, garante que não deixaria de conversar com um candidato cotado para preencher uma vaga em aberto em um de seus clientes, mesmo que este tivesse sido demitido por sua conduta nas redes sociais. “Quantos eventuais deslizes uma pessoa não cometeu até chegar a determinado ponto da carreira?”, indaga. A vida é, também, feita de tropeços. Ele diz que algo deste tipo — que, segundo ele, nunca aconteceu – pode pesar em um momento de escolha, mas não se trata de uma questão tão decisiva. A empresa de segurança Proofpoint conduziu um levantamento em 2010 e descobriu que 7% das empresas já

demitiram funcionários devido ao comportamento em sites de relacionamento, enquanto outros 20% afirmaram ter advertido colaboradores pelo mesmo motivo. De fato, pipocam casos de pessoas passando apuros nas redes sociais. Vianna lembra de um episódio, sem repercussão, ocorrido durante suas férias, quando percebeu que amigo fez um comentário criticando o próprio chefe em sua página no Facebook. Fica latente a necessidade de atentar-se para o peso e a forma do que escreve e a consequência que isto terá não apenas em sua imagem, mas na da companhia onde trabalha. Afinal, muita gente poderá ler aquilo. Fica a dica: muito cuidado com divulgação de questões internas de sua empresa. Imagine vazar, acidental, alguma informação confidencial da sua companhia? Pense um pouco e verá que é comum as pessoas postarem vídeos de seu ambiente de trabalho no YouTube. E, se em uma dessas imagens vier estampado, por acaso, o desenho de um projeto, um

INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

IMPRESSÃ O INTELIGEN TE

GESTÃO DO CONHECIMEN

TO

SUPORTE INTELIGENTE

CONSULTORIA

SOLUÇÃO INTE

LIGENTE

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Carreira

MANDAMENTOS

TENHA discernimento do peso de sua opinião e as consequências dela PENSE três vezes antes de fazer uma crítica, seja a quem for destinada LEMBRE-SE: acabou a distinção entre você como “pessoa” ou “profissional” MANTENHA sua página com informações atualizadas ATENÇÃO à gramática CUIDADO com as fotos NÃO leve para a rede assuntos confidenciais de sua vida ou trabalho CRIE conteúdo relevante INVISTA em networking TENTE monitorar sua imagem virtual

gráfico importante ou projeções de lançamento no qual o time de P&D trabalha? Ou, então, na hora de atualizar seu perfil no LinkedIn citar que passou a ocupar uma posição de liderança em um projeto superinovador que mudará a forma como sua corporação atua? Os impactos desse “vazamento de informação estratégica” podem acarretar prejuízos incalculáveis. A pesquisa realizada pela Robert Half com cerca de 3 mil profissionais de todo o mundo (dos quais mais de 200 brasileiros) traz alguns resultados que apontam a forma como as redes sociais figuram nas rotinas das empresas e de sua força de trabalho. Uma das perguntas versava sobre o quão confortável as pessoas se sentiam em adicionar seus chefes entre seus contatos do Twitter e Facebook. Apenas 12% dos respondentes do Brasil afirmaram se sentirem desconfortáveis com o fato, contra 61% que se declararam confortáveis ou muito confortáveis com a possibilidade. O porcentual é parecido com os que afirmaram adicionar subordinados. Acima de 60% também não veem problema em conectar-se a clientes e fornecedores entre seus amigos virtuais. A mesma pesquisa confirmou que os brasileiros são aficionados por sites de relacionamento. Dentre os respondentes, 40% afirmou que acessa essas ferramentas diariamente e outros 35%, de duas a três vezes por semana. O desempenho foi superior a média global de 22% e 27%, respectivamente. Do total de participantes nacionais, 32% enxerga as redes sociais como uma forma de abrir janelas de oportunidades para novos negócios, 29% como uma forma de compartilhar conhecimento, 6% não veem nenhum benefício em especial e 2% para manter contato com família e amigos. (Leia box na página ao lado)

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FUNDAMENTAL “É preciso saber usar as redes ao seu favor”, alerta Maria Paula Menezes, gerente da divisão de TI da Robert Half. Fotos, participação em comunidades de cunho duvidoso, depoimentos mal colocados, abordagem de assuntos polêmicos ou opiniões extremistas podem influenciar negativamente sua imagem e são apenas alguns dos aspectos que necessitam atenção. Do outro, dá para usar as ferramentas a favor da empregabilidade, como alerta Maria, “para obter informações e aumentar o network”. Sua imagem no Facebook ou Twitter talvez não seja o que garantirá um emprego, mas pode contar como critério de desempate em um processo de seleção — para o bem ou para o mal. A mais batida profecia da modernidade, de certa forma, se concretiza. Muito provável, o próprio Andy Warhol não cogitasse a interInformationWeek Brasil | Fevereiro 2011 InformationWeek Brasil | Janeiro de 2010

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angria 5mm

Qual é o principal benefício que você percebe ao manter um perfil em um site de rede social ou profissional?

TOTAL

Áustria

Belgica

Brasil

República Tcheca

Dubai

França

Alemanha

Irlanda

Itália

Luxemburgo

Espanha

Suíça

Holanda

Número total de respondentes

2720

98

364

216

120

131

422

348

122

225

132

145

102

295

Não acredito que tenha algum benefício

29%

42%

45%

6%

41%

15%

35%

27%

32%

32%

30%

17%

40%

18%

Mais oportunidades de carreira

11%

6%

7%

19%

3%

8%

13%

15%

10%

11%

5%

14%

14%

12%

Ferramenta adicional de recrutamento

12%

10%

7%

10%

13%

7%

16%

12%

2%

11%

19%

12%

8%

20%

Uma janela para novas oportunidades de negócio

15%

12%

13%

32%

7%

8%

7%

15%

12%

14%

11%

19%

14%

25%

Possibilidade de troca de experiência

29%

28%

22%

29%

34%

56%

27%

30%

33%

29%

33%

37%

21%

23%

Manter contato com amigos e famílias

2%

2%

3%

2%

1%

4%

1%

0%

7%

2%

1%

0%

2%

2%

Outra

1%

0%

3%

1%

2%

2%

1%

1%

3%

1%

1%

1%

2%

0%

Não sei

332

16

38

11

81

20

64

24

8

15

18

11

9

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Respondentes: Finanças, Recursos Humanos e profissionais de nível executivo ou alta gestão

Fonte: Heliview Research / fevereiro e março de 2010

net quando disse que todo mundo seria famoso por antigos. Afinal, prudência não faz mal a ninguém. pelo menos 15 minutos na vida. Acontece que, além “O príncipe Charles não toma uns drinks e sai 20,2 cm dos afamados, a popularidade gerada pela web fez ofendendo todo mundo. As pessoas precisam, cada surgir alguns episódios populares de “difamados”. vez mais, serem polidas como indivíduos”, pondera O aprendizado trazido pelas redes sociais, por fim, Villela da Matta, presidente da Sociedade Brasileira não se distanciam tanto dos ensinamentos mais de Coaching. Ta aí um bom ponto para refletir. IWB

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Carreira | CURTAS

ex-datasul assume CargO de CeO da sOFIt

Giovani Amaral acaba de assumir a posição de CEO na Sofit Software, empresa especializada em soluções de negócios baseadas no conceito de software como serviço (SaaS, da sigla em inglês). Amaral acumula 15 anos de experiência em TI, atuando em empresas como Datasul e Totvs.

CIO assume InterInamente presIdênCIa dO

Foto: João Valério

BanrIsul

KeIJI saKaI deIxa JpmOrgan O executivo ingressou no banco em 2008 e ocupava o posto de líder do departamento de tecnologia da instituição no Brasil. No currículo registra passagens, em posições de liderança de departamentos de TI, pelo HSBC Brasil e Deutsche Bank. “Devo ficar pelo menos uns 60 dias descansando”, escreveu o executivo em mensagem enviada ao mercado. O JPMorgan ainda não confirmou quem ocupará o lugar de Sakai (foto).

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Rubens Salvador Bordini assume interinamente a presidência do Banrisul. O movimento ocorreu em meados de janeiro. Até então, o executivo acumulava os cargos de vice-presidente e responsável pela gestão da informação do banco estatal gaúcho. Segundo fonte oficial, ele responderá pelo cargo até a posse de Túlio Zamin, indicado pelo governo do Estado. A posse da nova diretoria do banco deve ocorrer no mês de março. Até lá, o executivo acumula funções. Ainda não há indicação se Bordini permanecerá na instituição pós-mudança no governo do gaúcho. InformationWeek Brasil | Fevereiro de2010 2011 InformationWeek Brasil | Janeiro de

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Argemiro Leite Assume presidênciA dA onset

Executivo com 35 anos de experiência no mercado de TI, atuou até janeiro de 2010 como CIO da Johnson & Johnson, empresa onde ingressou em 1975. O executivo trabalhou fortemente para fazer da comunidade local de TI um polo de exportação de serviços e geração de negócios. A meta na empresa de serviços e consultoria de TIC é, até o fim de 2011, aumentar o faturamento em 70%.

pAnAmericAno reformuLA depArtAmento de ti O Banco PanAmericano promoveu uma reestruturação intensa em seu time de gestores de tecnologia da informação. O movimento contemplou uma reorganização hierárquica da área que culminou com a troca de três executivos, criação de novos cargos e a eliminação da figura do diretor de TI. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, deixaram a companhia Eduardo Ávila, que respondia como CIO; Gilson Miranda de Magalhães, gerente-geral de TI e Roque Luis Nascimento, que também ocupava um posto gerencial. Em seus lugares ingressaram Everaldo José Santos, vindo da Unimed para assumir a gerência-geral do departamento; Márcio Barcellos, ex-Função Informática, para ocupar o posto recém-criado de gerente-geral de Aplicativos; e Ricardo Zanetta, ex-Grupo Orinfo, para inaugurar a cadeira de gerente-geral de Infraestrutura. O Banco PanAmericano viveu momentos turbulentos. A instituição financeira, quando pertencia ao grupo Silvio Santos, descobriu no final de 2010 um rombo da ordem de R$ 2,5 bilhões. As mudanças na TI ocorreram antes da venda do PanAmericano para o BTG Pactual por R$ 450 milhões.

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Perfil nivaldo marcusso

sempre em busca

de uma solução

A serenidade do típico paulista continua forte na personalidade do superintendente-executivo da Fundação Bradesco, Nivaldo Marcusso. E olha que ele poderia ter motivos para ser um pouco mais estressado. Morando em Campinas, precisa, diariamente, estar às 7 horas na sede da instituição em Osasco, na Grande São Paulo, distante cerca de 90 km. A trajetória profissional deste engenheiro, nascido em Sorocaba, interior de SP, é interessante não apenas pelas posições conquistadas após muito preparo, mas remete à origem humilde, o incentivo dos pais à educação e o início no mundo da eletrônica por meio de cursos por correspondência. Filho de pais que não tiveram a oportunidade de estudar, Marcusso lembra que sua mãe mal conseguia escrever o nome. O pai cursou supletivo e trabalhava na Polícia Militar do Estado de São Paulo. Isto, entretanto, não o impediu de levar os estudos adiante. Pelo contrário. “Meus pais eram analfabetos, mas valorizavam muito a educação”, comenta. Até por esta realidade, em certo momento da vida, ele achou que deveria seguir carreira de professor e, em determinada fase da carreira, o foi. Entusiasta da Fundação Bradesco, que há 54 anos atua no ramo da educação atendendo a comunidades carentes, o executivo iniciou no mundo da eletrônica de forma inusitada. Estudou em colégios públicos e sempre teve interesse em fazer cursos. Na falta de muitos recursos, partiu para os treinamentos por correspondência. “Fiz alguns do Instituto Universal Brasileiro e do Instituto Monitor, o primeiro foi de eletrônica. Conversei com meus pais e eles pagaram. Eu tinha entre 13 e 14 anos.” A sequência disso foi um curso técnico em uma unidade hoje pertencente ao Centro Paula Souza e a faculdade de engenharia eletrônica, na Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens). Logo após a graduação, Marcusso mudou-se, em 1985, para Campinas, mesmo ano em que entrou na Digilab, então uma empresa do Grupo Bradesco. Na ocasião, ele já havia direcionado sua carreira para tecnologia da informação com destaque para o mundo do software. Neste primeiro desafio, o executivo atuou na área de engenharia de teste, departamento que comandou até 1992. Só para ambientar, naquela época, o Brasil vivia uma reserva de mercado e o banco fabricava praticamente todo o arsenal tecnológico por meio desta empresa. Como lembra Marcusso, desde o leitor de cheque até os primeiros ATMs. Entre 1986 e o fim da Digilab, em 1992, Marcusso já estava com os pés fincados na Fundação Bradesco, como professor de informática. Quando o banco deixou de fabricar tais produtos, a Fundação o convidou para começar o departamento de TI. Eles compartilhavam a infraestrutura. Com isso, ele mudou sua base profissional de Campinas para Osasco, onde está a sede da instituição. “Comecei como gerente da área, estruturando todo o departamento. Como formamos muita mão de obra em TI, a maioria dos integrantes da nossa equipe são ex-alunos da Fundação”, afirma. Ao falar do curso técnico, Marcusso chama a atenção para algo importante, a não valorização de profissionais técnicos. “Infelizmente não se valoriza por aqui. A Alemanha é um exemplo de gente técnica.”

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Fotos: Ricardo Benichio

Vitor CaValCanti

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Caminhada de Carnaval Quando assumiu a responsabilidade pela TI da Fundação, algumas coisas mudaram na rotina de Marcusso. Ele deixou de ministrar aulas na unidade de Campinas, passou a fazer um percurso maior entre a casa e o trabalho, já que manteve a moradia no interior e, com o tempo, passou a dedicar-se ao aprimoramento profissional como forma de fortalecer o lado gestor, até pelos desafios que viriam mais à frente. Entre os diversos cursos que buscou, constam MBA na USP, certificação executiva no MIT e especializações nas universidades norte-americanas de Harvard e Stanford. “Em dez anos, investi muito em minha formação complementar.” Sua história dentro da Fundação mudou muito a partir de 2004, quando passou a ganhar atribuições além da TI, como o planejamento estratégico. Mais recentemente, assumiu como superintendente-executivo, tendo sob sua responsabilidade recursos humanos, finanças, estratégia, planejamento, administrativo e TI. Mas nem por isso deixou de dedicar-se a algo que valoriza muito: a família. Aos 49 anos e casado há 25, Marcusso tem três filhos e um deles seguiu mais ou menos os passos do pai: é engenheiro de telecomunicações. Até atingir o estágio atual da carreira, Marcusso participou de diversos projetos dentro da Fundação que o gabaritaram para a função de superintendente. É dele, por exemplo, a ideia de inserir o acompanhamento de indicadores com uso de balanced scorecard. Em 1995, quando e-learning ainda era pouco falado, já havia pesquisas para seu uso na instituição e até deficiente visual foi beneficiado por um projeto que adaptou o curso de informática para as necessidades dessas pessoas. “Já formamos mais de 14 mil.” Apesar de aparentemente não ser adepto a aventuras, Marcusso pratica esportes e, algumas vezes, envolve-se em situações inusitadas. Gosta de correr e fazer caminhadas que podem durar até sete horas, como a que faz na Serra do Japi, região de Jundiaí (SP). O filho costuma acompanhá-lo. Recentemente, aderiu também ao ciclismo. Em meio às aventuras esportivas, houve até um desafio de caminhar entre Campinas e Sorocaba, algo em torno de 100 km. Nessa, entretanto, o filho preferiu não acompanhar, até porque era um sábado de carnaval em 2007. “Saí às 8h de Campinas e às 20h30 estava em Itu. Fui sozinho e minha esposa me encontrou já na entrada de Sorocaba, no dia seguinte. É uma questão de desafio, trago isso comigo. Engenheiro tem muito esse negócio de pensamento sistêmico, buscar a todo instante. Engenheiro sempre está em busca de uma solução.” iwb

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For IT by IT

Programa de

convergência

tecnológica

Projeto ConectAG levará recursos de voz, imagem e atualização da versão de chat via texto para profissionais e parceiros da Andrade Gutierrez

Alinhada às estratégias corporativas, a TI da Andrade Gutierrez iniciou um estudo, em 2009, para identificar novas ferramentas de comunicação corporativa. Devido às características do negócio da construtora, que possui canteiros de obras e escritórios espalhados por todo o País e no exterior, e a quantidade de executivos em constante deslocamento, existia a demanda por uma solução (além da telefonia convencional) que permitisse aos colaboradores, a qualquer momento e em qualquer lugar, manter contato entre si e com profissionais de outras empresas. Também, deveriam ter condições de responder rapidamente a mudanças repentinas ou a demandas emergenciais de seus clientes. 60 60

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Topologia da Solução

a

de são is e

Imagem: divulgação

a

Uma vez que os serviços de telefonia fixa e móvel, além do VoIP, já haviam sido implantados, optou-se pela avaliação e implantação de uma ferramenta de mensagens instantâneas (chat). Para a escolha dessa solução, as seguintes premissas foram adotadas: - Garantir a confidencialidade das mensagens trocadas; - Ser de fácil acesso e utilização; - Ter alta disponibilidade; - Não demandar grandes investimentos com hardwares e softwares; - Baixo custo de manutenção e de utilização; - Ser uma ferramenta conceituada no mercado, seguindo a avaliação de institutos de pesquisa; - Permitir a integração futura com outros serviços de comunicação (telefonia e videoconferência). A gerência de TI, por meio da equipe de Novas Tecnologias, buscou soluções com critérios aderentes às premissas mapeadas e conduziu testes (julgamento) do Microsoft Office Communicator. A partir da avaliação, concluiu-se que esta seria a ferramenta mais adequada e que seria preciso iniciar provas de validação. O tempo de projeto foi um fator importante, pois adoção da ferramenta era um objetivo estratégico, uma vez que traria ganhos para o negócio. No primeiro momento, optou-se por disponibilizar apenas os recursos de chat. Mesmo limitado, sem telefonia ou videoconferência, aquela facili-

dade representava uma inovação, já que até aquele momento a empresa não utilizava nada naquele padrão (disponibilidade, capacidade, performance e segurança). Após um breve período de análises, a TI assimilou o conhecimento técnico necessário para implantar, com segurança, um ambiente para validação da solução. Os testes foram iniciados com a participação de profissionais tanto dos escritórios da Andrade Gutierrez quanto de suas obras. Era preciso validar se as premissas seriam respeitadas e mapear parâmetros como: consumo de banda, memória e processamento dos servidores que fariam parte do ambiente; vulnerabilidades, usabilidade e manutenção, quando necessário; formas de distribuição do cliente da tecnologia; impacto da

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For IT by IT José Roberto Andrade dos Santos

A previsão de término é para o mês de abril de 2011, com a liberação dos novos serviços de comunicação para profissionais contemplando recursos de voz, imagem e atualização da versão de chat via texto instalação no funcionamento das aplicações corporativas nas estações de trabalho dos usuários; impactos nos outros ambientes críticos da empresa uma vez que a solução seria integrada a serviços já utilizados, como o Active Directory e correio eletrônico. Terminada a validação, iniciou-se a implantação. Com o conhecimento adquirido durante o período de testes, a própria equipe de TI realizou a implementação, utilizando o suporte da Microsoft nos momentos que poderiam impactar ou comprometer o processo. Para tornar a solução atraente, fez-se a integração com outros serviços de chat existentes, viabilizando a comunicação com fornecedores, parceiros e até familiares e amigos. Outro ponto abordado foi a preparação do service desk para receber as solicitações de instalação e suporte. Foram estabelecidos SLAs para atendimento das questões e elaborados manuais de uso e configuração do cliente como material de apoio ao primeiro nível. O setor de comunicação corporativa enviou comunicados a todos os profissionais divulgando o novo serviço. Passados os dois primeiros meses de operação, o número de usuários do serviço atingiu o patamar previsto para o período (quase 90% de adesão). Com a implantação bem-sucedida, foi possível continuar o investimento no ambiente, ampliando a quantidade de serviços disponíveis e aperfeiçoando o processo de comunicação. Os objetivos agora seriam o de disponibilizar videoconferência e telefonia na estação de trabalho dos executivos, permitindo a interação de maneira simples, rápida e com segurança com seus colegas e parceiros de negócio, a qualquer momento e em qualquer lugar, necessitando apenas um laptop e uma conexão de banda larga. O projeto recebeu o nome de Programa de Convergência Tecnológica, ganhando inclusive uma marca, ConectAG, e foi iniciado em maio de 2010, como estudo de viabilidade e julgamento, passando posteriormente para contratação e implantação. Um dos principais desafios foi estruturar o ambiente para validação da solução. As avaliações contaram com a parceria dos fornecedores, que disponibilizaram pessoas, hardwares, softwares e processos. A fase de validação durou aproximadamente dois meses e cobriu todos os aspectos esperados dos serviços caso entrassem em produção. Devido à complexidade da solução, toda a equipe de infraestrutura de TI foi mobilizada a participar. Como na maioria dos projetos que envolvem diversos

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> é coordenador da equipe de Novas Tecnologias de TI da Construtora Andrade Gutierrez; > ingressou na construtora em janeiro de 2007, como líder da equipe de datacenter; > atua na área de TI há 20 anos, com foco na área de infraestrutura de TI; > conduziu projetos de adequação de capacidade, implantação de infraestrutura de TI em obras e escritórios além de projetos de inovação de processos e adoção de novas tecnologias na Construtora; > possui certificações Itil, Cobit e MCSO.

fabricantes, um grande desafio foi viabilizar a integração entre os diferentes ambientes. Ao término do estudo de viabilidade, a implantação da solução foi autorizada. Neste momento, o programa está em fase de implantação. O planejamento e a comunicação têm sido as atividades que mais demandam tempo, pois são necessários esforços de adequação e modificação dos ambientes de produção. A previsão de término é para o mês de abril de 2011, com a liberação dos novos serviços de comunicação para profissionais contemplando recursos de voz, imagem e atualização da versão de chat via texto. A expectativa é que todo o trabalho e esforço necessários revertam ganhos para o negócio, principalmente com redução de custos e agilidade na comunicação. A TI continuará gerenciando os indicadores de disponibilidade, capacidade e desempenho do ambiente, a fim de manter a qualidade e a confiabilidade da solução de acordo com as necessidades do negócio. InformationWeek Brasil | Fevereiro 2011 InformationWeek Brasil | Janeiro de 2010

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Foto: divulgação

Telecom Luís Minoru shibata

Diretor De consuLtoria Da ProMonLogicaLis.

twitter.coM/LuisMinoru

Novos padrões de

comunicação

Q

uanto tempo você espera seus conhecidos retornarem a sua ligação não atendida ou um recado na caixa postal? E se for um SMS? Quanto tempo você espera para que um e-mail seja respondido? Para os jovens, é cada dia mais importante colocar as mãos num smartphone. Computadores de bolso com mais capacidade de processamento e armazenamento, o celular inteligente é desejado como principal meio para atualizarem seus perfis e trocar mensagens via redes sociais e miniblogs. É como se não houvesse identidade ou até mesmo vida sem isso. O curioso é notar um fenômeno diferente no mundo corporativo, no qual a receptividade dos profissionais não é exatamente a mesma. A combinação de maior competição entre as operadoras e as melhores estruturas para atender o segmento empresarial junto ao interesse das empresas em busca de maior produtividade, faz com que desde grandes até pequenas companhias comecem a fornecer celulares a seus colaboradores. E ao receberem esses dispositivos com acesso a e-mail e aplicações corporativas, a reação de muitos é de que a vida acaba por ficar comprometida. Apesar do receio inicial, a realidade é que, com o tempo, os profissionais entendem que na verdade estão se tornando mais produtivos, pois podem executar tarefas e resolver pendências

de imediato e até em trânsito, evitando, assim, o acúmulo de atividades que teriam que ser resolvidas em outro momento. Eles acabam utilizando o aparelho porque enxergam vantagens ou porque simplesmente precisam fazer jus ao benefício. O fato é que essas novas formas de comunicação, que têm deixado as pessoas disponíveis para serem contatadas o tempo inteiro, impactam diretamente no comportamento humano. As “boas maneiras” ou aquelas etiquetas sociais de atender e retornar contatos também se alteram. Além disso, aumentam ainda mais a partir do momento em que novos recursos ou aplicações vão se tornando populares. De uma maneira geral, deixar de atender a um telefonema ainda é aceitável, pois sabe-se que a pessoa do outro lado pode estar em uma reunião ou prefere retornar mais tarde. Porém, deixar de responder a um SMS ou a um e-mail tem se tornado cada vez mais complicado. Não pelo fato da não resposta, mas pelo que isso pode significar (desprezo, boicote, algo aconteceu...). Isso tem ocorrido porque as pessoas começam a enviar mensagens já estimando um tempo de resposta. E torna-se cada vez mais comum escutarmos anedotas por um não-retorno, que, muitas vezes, pode ter sido causado até mesmo pelo simples fato do celular ter ficado sem bateria. Eu gostaria muito de saber a sua opinião sobre esse tema. Que tal me enviar um e-mail? Mas não demore muito!

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Na Prática

Simples e

seguro Vitor CaValCanti

Sírio-Libanês atende à demanda antiga de login único, ganha satisfação de usuários e mantém premissas de segurança Quantas vezes você ouviu alguém reclamar que precisar usar diversas senhas para acessar sistemas no ambiente de trabalho? Este tipo de situação é tão comum quanto se imagina e, muitas vezes, causa insatisfação do usuário e pode até aumentar o número de chamados no suporte, uma vez que, com a necessidade de decorar várias combinações, as chances de esquecer e bloquear o acesso são maiores. Ao vivenciar esta situação, o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, optou por criar um esquema de login único, com a premissa de manter o ambiente seguro e, ao mesmo tempo, satisfazer o corpo clínico. Algo que chama a atenção nesse projeto, como destaca Margareth Ortiz de Camargo, superintendente de TI da instituição, é o fato de o hospital não ter desembolsado nada para que ele vingasse. Para possibilitar o tão sonhado login único dos médicos, a executiva definiu como protocolo padrão para autenticação de processos, o Kerberos Microsoft Implementation, e o NTLM para sistemas legados ou não compatíveis, além disso, como base de dados central para registro de usuários, ela aderiu ao Microsoft Active Directory. Tecnologias que a instituição já possuia. Iniciado em 2009, o projeto era uma demanda antiga dos médicos, como frisa Margareth. “O pessoal do administrativo entra no sistema e tem tudo [finanças, contabilidade], mas o médico precisa entrar em vários, é um para imagem, outro para prontuário, a UTI tem um sistema específico e eles estavam

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com dificuldades”, comenta. Foram dois anos de trabalho para que tudo ficasse nos conformes. Entre as etapas do projeto houve um trabalho de base, envolvendo reuniões com os fabricantes de software. Era preciso que tudo conversasse. De outra forma, o projeto se inviabilizaria. “A dificuldade não está em trabalhar com um aspecto técnico. São vários fornecedores e com plataformas distintas para a mesma coisa. O desafio desse projeto foi fazer com que diferentes sistemas conversassem entre eles”, pontua a superintendente, lembrando que, quando houver a tão sonhada interoperabilidade de sistemas na área de saúde, será muito mais simples implantar um ID único. Em média, os médicos do SírioLibanês usavam três logins. Com o projeto implantado, isto se converteu para apenas um. Em linhas gerais, criou-se uma interface única que trata o usuário de acordo com o comInformationWeek InformationWeek Brasil Brasil |Fevereiro Outubro de2010 2011 InformationWeek InformationWeek Brasil Brasil ||Fevereiro | Janeiro de

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Fotos: divulgação

o Margareth, do Sírio-Libanês: “Segurança não é apenas a parte técnica. Existem boas metodologias, mas passa pela cultura”

portamento dele na instituição. Profissionais de finanças, por exemplo, acessam dados desnecessários aos médicos e é com essa porta de permissões que a executiva garante segurança ao ambiente. “Segurança, por mais que falem, não é apenas a parte técnica. Existem boas metodologias, mas passa pela cultura.” A política rígida de senha está mantida e todos precisam respeitar as regras. Como lembra Margareth, antes, os profissionais de saúde ficavam nervosos porque precisavam guardar até quatro combinações complexas.

“A cultura de saúde não é a de engenheiro ou de banco. No login único, melhorei tudo isto, pois eles precisam decorar apenas uma senha.” A implantação do login único ocorreu por fases. Primeiramente, conta a executiva, foram incluídos os dois maiores sistemas (o de informações e o de imagem). O desafio para expan-

em foco Desafio: criar login único para sistemas acessados por profissionais da saúde solução: uso de protocolos e repositório de usuários que o hospital já possuía licença de uso para criação de interface única e possibilitar o acesso com uma única senha ResultaDo: melhora da satisfação do usuário de ti e redução no número de chamados

são estava no fornecedor, que precisava estar alinhado com a mesma linguagem. “Focamos os que tinham mais usuários e, depois, os satélites. Hoje, está na totalidade e se tornou uma obrigatoriedade o fornecedor estar compatível com essa política de ID único”, assinala. No total, são sete sistemas integrados. Para Margareth, a sacada do projeto não é o software, mas juntar mão de obra e pessoas para criar um fluxo único. Ela lembra ainda que nem tudo é baseado em Microsoft. A executiva diz que médicos que trabalham muito com sistemas de imagem utilizam Apple e o departamento precisa estar preparado para isso. Ainda relacionado à segurança, como adesão à senha complexa, a superintendente afirma que existe um processo educativo para bloquear a máquina ao se ausentar da mesa. Mas como nem todos o fazem, o sistema possui um robô que bloqueia o computador após dez minutos inoperante. Como não houve investimento, é difícil mensurar o ROI do projeto, mas, para Margareth, o fato de não ouvir mais reclamações, já é um indicador positivo. Afora isto, é uma forma de aumentar a adesão dos profissionais de saúde aos sistemas. Houve ainda redução no número de chamados. Durante o desenvolvimento do ID único, o projeto chegou a contar, em alguns momentos, com dez profissionais envolvidos, todos internos. iwb

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Na Prática

Antifraude

Rede de Telecomunicações para o Mercado incrementa segurança com sistema antilavagem de dinheiro

Calcula-se que o montante de dinheiro “lavado” anualmente em todo mundo varie entre US$ 500 bilhões e US$ 1,5 trilhão. Muitas vezes, as fraudes vinculam-se a um processo que envolve uma série de operações aparentemente legítimas que, por fim, acabam impedindo o rastreamento da origem ilegal da grana. A filtragem de pagamentos é uma das armas mais poderosas na luta contra essa pilantragem. A Rede de Telecomunicações para o Mercado (RTM) tem uma preocupação especial com a questão. A companhia possui uma extranet que conecta cerca de 500 instituições financeiras e mais de 30 provedores de informações num ambiente operacional unificado e seguro. “No passado, cada banco tinha uma infraestrutura para acessar diversos provedores”, explica Marcelo Vilaça, diretor de TI da companhia, citando que ela foi criada para ajudar na redução de investimento para uso das principais aplicações desse setor. “É um backbone onde está conectada a maior parte do mercado financeiro através de links de alta velocidade.” Definindo-se em uma posição central no mercado financeiro brasileiro, a empresa reconheceu que precisava de uma solução de antilavagem de dinheiro

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(AML) suficientemente poderosa para analisar e processar em tempo real os pagamentos recebidos e enviados pelos 20 usuários de seu bureau que utilizam a conexão à rede Swift, infraestrutura de transferência monetária que envolve links internacionais. “É uma cooperativa por meio da qual instituições financeiras ao redor do mundo conduzem suas operações bancárias”, compara. Após um processo de seleção que durou dois anos e uma licitação, selecionou a solução HotScan AML, da Lógica. A ferramenta filtra a maioria das InformationWeekBrasil Brasil||Fevereiro Fevereirode de2010 2011 InformationWeek

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operações cambiais realizadas diariamente nas instituições financeiras. O software é capaz de analisar cada transação em tempo real, sem retardar o processo, e requer pouca intervenção humana. O processo de instalação e configuração da solução no ambiente de tecnologia da RTM durou três semanas. Após dois meses de operação, o sistema estava pronto para entrar em produção. O software reduz o número de “falsos positivos” (alarme falso que acusa arquivos ou programas como infectados, quando na verdade não estão) e foi desenvolvido de modo a permitir que cada banco defina seus próprios “limites” para emitir um alerta e para que os integrantes do Service Bureau RTM possam inserir suas próprias listas de entidades reconhecidas como 100% legítimas.

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“[A ferramenta] é um agregado, que fica dentro da solução Swift analisando todas as mensagens recebidas e enviadas pelas instituições financeiras, checando todos os campos dessa transação para fazer parte de uma lista negra. Ele cria alertas e fluxos para autorizar transações entre bancos”, detalha o executivo, citando que a tecnologia agregará o portfólio de serviços oferecidos aos bancos que IWB compõem o Service Bureau.

EM FOCO DESAFIO: Mitigar possibilidade de lavagem de dinheiro SOLUÇÃO: Adoção de uma ferramenta capaz de analisar, processar e filtrar transações financeiras em tempo real RESULTADO: Redução do número de “falsos positivos” e emissão de alertas dentro de limites definidos

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ExtErminadorEs dE

Tech Review

Riscos Erik Bataller , da InformationWeek EUA

Ilustração: IW E.U.A.

Os vilões têm tempO, númerOs e camuflagens e, cOm istO, a gestãO de riscO unificada ganha cada vez mais destaque. mas a batalha requer uma frente única

como disse um amigo de chicago, “nunca desperdice uma boa crise”. uma convergência única de circunstâncias faz deste um momento perfeito para unir ti e unidades de negócio sob a bandeira de uma abordagem de segurança orientada a risco. O estresse econômico e a concorrência acirrada em escala global justificam cada centavo gasto em segurança. até porque, quando os vilões viram notícia, o destaque é grande: as especulações em dezembro passado de que o Wikileaks poderia revelar dados do bank of america, por exemplo, derrubaram as ações da empresa em 3%. executivos são cada vez mais responsabilizados e o gerenciamento de risco unificado como disciplina está, finalmente, alcançando a maturidade.

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E o amadurecimento é seguido de investimento: 35% dos 563 entrevistados pela pesquisa Gerenciamento de Risco em TI, da InformationWeek Analytics, disseram que os programas de suas empresas receberão, em 2011, mais verba que em 2010. Poucos terão cortes. Falamos sobre esses riscos há anos. Agora é hora de entrar em ação. E o que isso significa? Que é preciso articular valor de proposta para os gastos com segurança de uma forma que a gestão executiva consiga digerir. É claro que já existiu pressão para associar riscos de negócio e custos de controles correspondentes, e muitos CISOs se equilibraram na instabilidade. Se comprometa em mudar o foco da segurança da informação (SI) e poderá, finalmente, deixar de ser centrado em custos e gerar estratégias que entreguem vantagens competitivas. “Nosso programa holístico para identificar e gerenciar alterou nossa cultura, de consciência para inteligência de risco”, contou um diretor de uma empresa de dispositivos médicos. “Fomos capazes de educar o negócio e ajudá-lo a compreender que risco de TI é risco de negócio.” Tamanho da empresa ou vertical não importam. Grandes organizações se destacam nesse jogo porque seus executivos são responsabilizados. Negócios menores, que oferecem serviços ou produtos para empresas maiores, se preocupam porque seus clientes esperam que elas estejam de acordo com regras. Alternar entre um projeto tático e outro sem um plano principal é perder propósito. O fato é que empresas que gerenciam riscos com mais eficiência têm melhor desempenho financeiro.

ComECE A AgIr A experiência de trabalho com uma grande gama de clientes mostra que essa transição vai acontecer. O que impulsiona a adoção de estratégias orientadas a risco quase sempre envolve a combinação de seis reclamações universais: • Status de segurança e legitimidade constantemente oscilantes. Grandes eventos, como os ataques ao Google ou os dados vazados pelo WikiLeaks, direcionam a atenção às necessidades de segurança. Então, adicionar restrições para prevenir tais eventos resulta em insatisfação e tentativas de contornar controles. • Executivos de segurança penam para transportar informações de forma eficiente para seus parceiros de negócio e para o conselho diretor. Eventos que viram notícias mostram o que falhas podem causar a uma marca. • Executivos de segurança também sofrem para articular o valor de negócio de seus programas. Nem sempre é fácil mostrar como um sistema operacional pode render lucros. • Equipes ativistas de segurança trabalhando para unir diversos silos, geralmente acabam em meio a uma guerra territorial improdutiva. • Projetos de segurança se tornam confusos. Pode ser que o programa enfrente resistência ou os gastos excedam a expectativa, fazendo com que controles caríssimos sejam pouco eficientes. • Existe um conflito constante e longo entre segurança, compliance e equipes operacionais por poder e orçamento. Conforme seguranças físicas e lógicas se consolidam, surgem questionamentos sobre quem foi responsável por o que. Uma abordagem orientada a risco pode ajudar nessas áreas. Se estiver pronto para uma mudança, comece de duas maneiras: primeiro, expanda seu escopo para incluir, ao menos, SI e risco de tecnologia, risco operacional e compliance conforme trabalha na transição para longe de segurança tática e projetos pontuais. Segundo, pense no papel constante da equipe de segurança. Uma

abordagem holística é onde os esforços são destacados. Há tanto uma oportunidade de alinhamento quanto uma ordem de mudança. Muitos argumentos envolvem riscos. Estruturas elaboradas e tecnologias caras não aguentarão e acabarão falhando e especialistas continuarão declamando o que geralmente parece bobagem. Mas existe uma parte de verdade nisso. Na pesquisa, 40% dos entrevistados disseram que suas empresas irão expandir seus programas de risco. Elas precisam fazê-lo porque os princípios de gestão são enganosamente simples. Quando se compreende o que é necessário para definir valores de recursos, ameaças, controles, políticas, procedimentos, responsabilidades e carga de trabalho, e então gerenciá-los além de fronteiras organizacionais, jurídicas, regulatórias e até mesmo nacionais, fica claro que é preciso toda abrangência possível. Mas de forma parecida com a evolução de manobras de firewall e com a gestão de SI e os profissionais CISOs de hoje, gerenciamento de risco está pronto para se tornar um modelo prioritário; o que não pode acontecer até que alguém tome as rédeas.

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Tech Review Quão eficientes são seus programas e atividades de segurança e gerenciamento de risco?

3% Não sabem 5% Sem eficiência alguma 12% Estão de acordo com os requerimentos legais básicos 38% Eficiente, mas precisam de aprimoramentos 32% Satisfatório 10% Excelente

Como será o investimento em programas de gerenciamento de riscos em 2011?

17% Não temos investimento direto em gerenciamento de risco 35% Irá aumentar 5% Será reduzido 43% Permanecerá igual Dados: Pesquisa “Gerenciamento de Risco de TI”, da InformationWeek Analytics, com 563 profissionais de tecnologia do negócio. Janeiro, 2011.

A ASCENSÃO DO CRO Há dez anos, os CEOs queriam coisas justas e básicas: uma pessoa responsável pela equipe de tecnologia e segurança, um plano simples de ação e um orçamento razoável com alguns gráficos. Logo, CISOs começaram a surgir como brotam margaridas na primavera.

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Hoje, executivos de negócios querem que seus programas de gestão de risco incorporem SI, risco de tecnologia, risco operacional e compliance. Eles querem segurança com proposta de valor e métricas mensuráveis. Buscam estimativas coesas sobre com o que devem ou não se preocupar. Querem uma fonte única capaz de fornecer avaliações concisas do perfil de risco da empresa a qualquer momento e uma lista de investimentos prováveis para mitigar riscos futuros. E, quando as coisas vão de mal a pior, não querem diversas avaliações de equipes de TI, compliance e negócio protegendo seus territórios. Em resumo, querem uma pessoa que tome para si a responsabilidade. A experiência mostra que eles estão dispostos a pagar por isso. Que entre o chief risk officer (CRO). Mesmo que apenas 3% dos entrevistados tenham dito que o CRO é o principal responsável pelo programa de gestão de risco de TI em suas empresas, em alguns anos, este cargo será corriqueiro. No entanto, para unir todo mundo, esse executivo precisa formar uma organização ágil que possa se esquivar e se contorcer entre obstáculos e evoluir de acordo com o clima regulatório, cenário de ataques, ciclos orçamentais e dinâmica de indústria. O CRO precisa ter uma visão convincente para silenciar os negativistas e conquistar a colaboração de pessoas com diferentes prioridades. O candidato ideal terá habilidade técnica, financeira e operacional, além da autoridade para instituir e reforçar padrões. Se você não consegue se imaginar explicando para o chefe de e-commerce por que (e como) práticas de códigos seguros devem ser implantadas na maior geradora de renda de um varejista, esse cargo não é pra você. Trabalhamos com um executivo de segurança em uma grande varejista que levou a iniciativa para a equipe de seu CRO, que iniciou a transição para gestão baseada em risco por toda a empresa. A companhia passou por uma reorganização que estabeleceu risco como função central de negócio de segurança. Agora, sempre que uma decisão de TI é tomada, segurança é parte fundamental. Se já fez uma revisão de código em um aplicativo que já foi implantado em metade da empresa, sabe que tentar corrigir erros de segurança após a implantação é mais caro e menos eficiente. Devido ao foco em riscos, a empresa é capaz de investir mais em esforços funcionais como políticas globais e reengenharia de infraestrutura. Na empresa mencionada, os grupos de operação trabalham com 120% de capacidade, e os sistemas operacionais ainda precisam ser aprimorados antes da implantação. Mas como? Com a participação da liderança de segurança no planejamento do projeto e incluindo requisitos de segurança em cronologia e escopo, a equipe recebe financiamento. Como resultado de incorporação dos riscos de negócio como propósito de valor, a empresa é capaz de desenvolver padrões usados por toda a organização. Enquanto isso, esses líderes se reúnem com seus colegas de InformationWeek Brasil | Fevereiro 2011 InformationWeek Brasil | Janeiro de 2010

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negócio para compreender as prioridades e, assim, ter requerimentos e preocupações refletidos na estratégia do grupo de segurança. Agora, quando surgem problemas do negócio, as tecnologias devem estar prontas para encará-los. Não surpreende que essa empresa esteja em um caminho sólido. Os recursos ainda estão apertados, mas a equipe de segurança provou que está disposta a fazer o que for preciso para garantir segurança de um centro de custo para um ativo.

Palavras que imPortam “Risco” sempre foi uma palavra importante para SI, no entanto, os riscos de que falamos não são os que tiram o sono dos executivos. O CEO não se interessa pelo tipo de firewall. Portanto, ao defender uma estrutura centrada em risco, não perca tempo relatando estatísticas e comece a falar sobre a estabilidade e a disponibilidade de sistemas e serviços que direcionam os negócios. Os executivos se preocupam com o que os reguladores irão encontrar em uma auditoria e se poderá haver repercussão financeira. Eles querem proteger as propriedades intelectuais e os dados dos clientes. “É o mesmo que perguntar quanto meu seguro economiza”, disse um VP de TI, em um argumento clássico sobre os retornos de um programa de gestão de risco. É claro que quantificar perdas evitadas e o risco mitigado é difícil. Mas os entrevistados pela pesquisa disseram que seus programas podem oferecer valores tangíveis. Quando perguntamos sobre economias e gastos com as iniciativas, a resposta mais popular, de 31% deles, foi que eles economizam pouco tempo e dinheiro da empresa; 30% disseram que economizam muito tempo e dinheiro. Por enquanto, a maioria

das empresas acredita que não seja fácil implantar programas de controle de riscos; eles requerem comprometimento com mudanças. Quando perguntamos o que impede as empresas que ainda não possuem programas de gestão de risco de TI formais, os entrevistados citaram falta de vontade, baixo orçamento e falta de tempo e poder humano (entenda: pouca verba). Tradicionalmente, riscos são controlados no modo ad hoc em muitos silos. Às vezes, um indivíduo é responsável por compliance, mas, com mais frequência do que desejamos, vemos responsabilidades espalhadas por várias unidades. Mudar esta estrutura não é fácil e põe muitas coisas em jogo. Globalização e outsourcing chegaram para ficar. Defina a si mesmo e a sua empresa como agentes de mudança ou deixem o jogo. E não pense que poderá fazer isso ao estreitar seu escopo. Na pesquisa, 65% dos entrevistados disseram que seus programas não incluem riscos operacionais, financeiros ou de negócio, mas serão expandidos. Reduza sua esfera de responsabilidades e acabará de fora olhando pra dentro. Uma abordagem de segurança baseada em risco mostra o custo da mitigação de riscos relativo ao valor conhecido de um recurso, dentro de um contexto de vulnerabilidades, ameaças e impacto ao negócio. Os resultados da pesquisa explicam melhor: 41% dos entrevistados disseram que um dos principais objetivos dos programas de gestão de risco é garantir que a TI esteja de acordo com as necessidades do negócio. Mas as empresas raramente têm uma lista completa de recursos, imagine ter análises consistentes e controles baseados em risco. Além disso, muitos modelos nesse conceito acabam em guerras sobre qual é o melhor. Dentre esses, existe uma variedade de abordagens, incluindo segurança centrada em dados; gerenciamento corporativo de risco; gestão de informação de risco; governança e compliance. Os detalhes são cruciais. Para basear uma abordagem de gerenciamento de segurança em risco é preciso saber como tudo é avaliado, a chance de que uma ameaça irá explorar uma vulnerabilidade e o impacto causado ao negócio caso algum recurso seja comprometido. E nem tudo pode ser consertado. Ao gerenciar risco, a TI tem diversas opções de mitigação a considerar: reduzir, transferir, evitar ou aceitar. Por enquanto, pode ser que tenha de transferir, evitar ou aceitar riscos que gostaria de reduzir. É nesse ponto que a habilidade de avaliar o valor de um serviço e os custos de um possível controle é inestimável. Todos os padrões de risco, hoje, possuem os mesmos componentes centrais. Brigar sobre quais usar oferece apenas um resultado: você não conseguirá progredir. Existe sempre a opção de mudar caso uma abordagem se prove complexa ou se outra estrutura for mais relevante para seu negócio. Mas escolha uma e vá em frente. UBm Leia mais: www.itweb.com.br/iwb/grc

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Foto: Ricardo Benichio

Novo mundo Alberto leite

é diretor-executivo e publisher dA it MídiA

twitter.coM/Albertoleite

Desejopolíticoecultura

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que te vem à cabeça quando se fala em Europa? Lugar maravilhoso, de vasta cultura, pessoas mais velhas, berço do mundo ocidental, tecnologia não tão atual assim. O que te vem à cabeça quando se fala em Inglaterra? Harry Potter, Rainha Elizabeth, Princesa Diana, Sherlock Holmes. A mais importante rede de farmácias de Londres resolveu apostar em terceirização de check outs. Testei e aprovei. Isso aconteceu há alguns anos, mas só pude ver essa tecnologia recentemente. Além dessa, vi outras. Todas, sem exceção, dependentes de dois fatores cruciais num país e que nós não temos: cultura e desejo político. Nosso desejo político em ter um país para frente é pequeno. De cada dinheiro investido em infraestrutura ou projetos de desenvolvimento, parte fica para as “comissões internas”, outro tanto para as licitações, leilões, etc., uma fatia vai literalmente para o bolso de alguém, deixando uma pequena parte para o seu verdadeiro fim. Basta passar algumas horas em Brasília e entenderá o que estou falando. Veja um caso simples. Países desenvolvidos não possuem eletricidade passando nas ruas. Aqui no Brasil as cidades parecem a mesa de tricô da minha avó, tem linhas por todos os lados, cruzamentos, ninguém sabe quem é dono do que ou para o que serve, mas lá estão. Projeto de melhoria? Nunca vi. Sobre a cultura. Aqui vale um ponto importante: acabamos de inserir mais 37 milhões de brasileiros na classe C. A conta é simples, basta uma renda familiar acima

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de R$ 1,6 mil. Ninguém te pergunta se fez alguma graduação ou curso de algo; chegou nessa faixa, tá dentro. Se somarmos com o que já tínhamos num passado recente, são quase 92 milhões de brasileiros na classe “do meio”. Não conseguimos fazer com que esse contingente troque o plano de celular ou do magazine (tv e geladeira novas) por um plano de saúde, mesmo que este custe R$ 30. Já fiz o teste com minha empregada pagando isso a ela, que me pediu em dinheiro para poder pagar o computador novo. Enfim, não somos civilizados ainda para uma farmácia sem check out. Sem os dois pequenos detalhes acima, nos resta viver olhando para o considerado velho mundo, lá longe, e imaginar que um dia nosso país possa ser algo parecido. “Alberto, mas nós temos a melhor eleição do mundo!”. Claro, interesse de alguns. “Temos o melhor sistema bancário do mundo!”. Claro, há alguns anos, o dinheiro perdia metade de seu valor da noite para o dia. Enfim, se localizarmos os pontos-chave de nosso desenvolvimento, perceberemos que fomos bons demais ao criar tecnologias, processos e cultura onde precisávamos. E onde precisamos agora? Nosso desafio é crescer e desenvolver. Para isso precisa haver no país uma necessidade do empresariado, do governo, da sociedade, com base no fato de que queremos ser a quinta ou sexta economia do mundo em 2050, e trabalhar em criar as bases para a sustentação de tal ambição: desejo político e cultura. Sem isso continuaremos na promessa de sermos um país do futuro. InformationWeekBrasil | Fevereirode2011

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Estante

Vencendo em mercados emergentes Onze em cada dez corporações, em algum nível, pensam em tirar proveito das reluzentes oportunidades vislumbradas nos chamados “mercados emergentes”. Mas obter sucesso nessas economias pode não ser tão simples assim. Para vencer esse tipo de obstáculo, os autores apresentam um quadro contextual prático para a criação de estratégias.

Preço sugerido: R$ 75 Editora: Campus

1001 invenções que mudaram o mundo Da roda ao MP3, das ferramentas de pedra ao avião. O livro revela detalhes curiosos e explora a história por trás de invenções que influenciaram a forma como vivemos e mudaram aspectos da sociedade, traçando o caminho desde sua concepção até os recentes aprimoramentos.

Preço sugerido: a definir Editora: Sextante

The Startup Game “Qualquer um que tenta transformar uma boa ideia em uma empresa inovadora com grande impacto deve ler esse livro”. O testemunho de Marc Benioff, CEO da Salesforce.com, corrobora com a obra cujo prefácio foi assinado por Eric Schmidt, do Google. O autor parte da premissa que o empreendedorismo alavanca o futuro. Os pulsantes momentos nas últimas décadas trouxeram consigo – ao lado da figura do empreendedor – executivos e empresas interessadas em financiar negócios inovadores. William H. Draper III viveu a realidade do venture capital no Vale do Silício por mais de 40 anos e agora conta os bastidores da relação entre investidores e as startups. Com narrativa envolvente e experiências pessoais, o autor lista algumas práticas valiosas para tirar o máximo proveito desse tipo de relação.

Imagens: divulgação

Preço sugerido: US$ 20 Editora: Palgrave Macmillan

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Inovação Foto: Divulgação

Soumitra Dutta

é reitor para relaçõeS exterioreS Da inSeaD e profeSSor De negócioS e tecnologia Da rolanD Berger Soumitra.Dutta@inSeaD.eDu

Você está preparado para as mídias sociais?

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esmo que as mídias sociais já estejam presentes em nossas vidas há alguns anos, o papel que desempenharam nas recentes revoltas populares na Tunísia e Egito destacou a importância de se prestar atenção ao monitoramento e aprendizado dessas ferramentas. Recentemente, uma agência de relações públicas do Reino Unido, responsável pela supervisão de envio de leite materno industrializado pela Europa, contatou a Fisheye Analytics, uma empresa de monitoramento de mídias sociais baseada em Paris, com um pedido urgente. Eles haviam encontrado um blog alemão, escrito por uma mãe furiosa, que alegava que o leite estava causando coceira extrema e brotoejas em seu bebê. Tal alegação alarmou seus clientes, um grande conglomerado multimarcas. A Fisheye Analytics rodou o blog em sua calculadora proprietária de impacto social, uma ferramenta que rastreia e mede a disseminação de diários e artigos digitais em canais de compartilhamento, como Facebook, Twitter, Reddit e Google Buzz. Em questão de minutos, a extensão da ameaça foi determinada: o blog não havia recebido atenção significativa ou cliques em canais de compartilhamento social. Monitorando a dispersão por um período de quatro semanas, ficou claro que a declaração não se tornaria viral. Quando o cliente optou em contatar diretamente a mãe furiosa, eles descartaram a necessidade de emitir uma declaração oficial sobre o assunto.

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Com o nível de acesso oferecido pela mídia social aos acionistas, as funções de comunicação, geralmente negligenciadas, e as pesquisas públicas estão retomando o centro das atenções. Enquanto ferramentas de monitoramento de mídia auxiliam a destilar insights baseados em estatísticas de conversações online, o volume de informações e sua potencial relevância para diversas funções dentro de uma organização implicam que organizações precisam configurar sistemas e processos para “ouvir” e se comprometer com requerimentos de acionistas internos, marketing, vendas, cuidados com clientes, tecnologia e P&D. Um grande componente em qualquer estratégia de mídia social é a combinação correta entre conteúdo, plataforma e papel. Ou seja, saber em quais redes e canais se engajar, de acordo com o público pretendido, e saber o que dizer e quais os “direitos” naquela área. Por exemplo, empresas de medicamentos precisam ter cuidado ao participar de comunidades online sobre doenças específicas porque os consumidores nem sempre as veem como especialistas imparciais. Tom e estilo de envolvimento também são importantes ao criar uma experiência de marca favorável para os consumidores baseados em mídias sociais. Além disso, no tumultuado e sem limites espaço online, conteúdo se transforma em estratégia pura. No novo reino da mídia social, conteúdo de marca e alta qualidade ajudam a exercer influência sobre o desenvolvimento da mensagem de uma marca. Você está preparado? InformationWeekBrasil | Fevereiro de 2011

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